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Objetivos
• Compreender o conceito de estado de equilíbrio químico;
• Compreender o significado da constante de equilíbrio;
• Expressar matematicamente a constante de equilíbrio;
• Conhecer os principais fatores que atuam sobre o estado de equilíbrio;
• Empregar o princípio de Le Châtelier no deslocamento do equilíbrio químico;
• Conhecer aplicações práticas sobre equilíbrios químicos.
Introdução
Figura 1: Variação das velocidades de reação em função do tempo numa reação química.
(Adaptada de Brown, TL, et al. Química: a ciência central, 9a ed).
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AULA 10 – EQUILÍBRIO QUÍMICO LABORATÓRIO DE QUÍMICA – QUI126
Misturamos hidrogênio (H2) e iodo (I2) os quais vão reagir e produzir o produto, ácido
iodídrico (HI). No momento da mistura (t=0) dá-se início à reação com velocidade v1 (máxima) que
é diretamente proporcional à concentração dos dois reagentes. Ou seja:
v1 ∝ [H2 ][I2 ]
Introduzindo o conceito de constante de velocidade, k1:
v1 = k1 [H2 ][I2 ]
No momento em que se começa a formar o produto HI, inicia-se a reação para formar (H2)
e (I2) com uma velocidade v2. De forma semelhante:
v2 ∝ [HI]2
v2 = k 2 [HI]2
Quando alcançado o estado de equilíbrio, v1 = v2, então:
[C]c [D]d
K=
[A]a [B]b
Para a reação de hidrogênio (H2) e iodo (I2) formando HI, na temperatura de 425 oC, temos
que o valor da constante de equilíbrio é 55,64 (K é adimensional).
[HI]2
= K = 55,64
[H2 ][I2 ]
Vamos admitir que seja colocado em um balão fechado H2 e I2 suficiente para que as
concentrações de cada um sejam iguais a 0,0175 mol.L-1, e que a temperatura seja de 425 ºC.
Com o decorrer do tempo, as concentrações de H2 e de I2 diminuem, a de HI aumenta, e se atinge
um estado de equilíbrio. Se os gases no balão forem analisados, encontra-se [H2] = [I2] = 0,0037
mol.L-1 e [HI] = 0,0276 mol.L-1. Substituindo esses valores no equilíbrio na expressão
anteriormente mencionada, temos:
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[HI]2 (0,0276)2
= = 56
[H2 ][I2 ] (0,0037)(0,0037)
Esta razão tem sempre este mesmo valor, desde que as experiências sejam realizadas a
425 ºC.
O equilíbrio químico pode ser classificado quanto ao tipo de sistema ou quanto à natureza dos
reagentes e produtos em equilíbrio.
2CrO2− + 2−
4 (aq) + 2H3 O (aq) ⇌ Cr2 O7 (aq) + 3H2 O(l)
Atenção: Os sólidos puros nos equilíbrios heterogêneos e os líquidos puros e solventes não
entram na expressão da constante de equilíbrio. Vejam as reações e suas respectivas
constantes de equilíbrio, explicitadas abaixo:
𝑃𝑏𝐶𝑙2 (𝑠) ⇌ 𝑃𝑏 2+ (𝑎𝑞) + 2𝐶𝑙 − (𝑎𝑞) 𝐾 = [𝑃𝑏 2+ ][𝐶𝑙 − ]2
[𝑂𝐻 − ][𝐻𝐶𝑂3− ]
𝐻2 𝑂(𝑙) + 𝐶𝑂32− (𝑎𝑞) ⇌ 𝑂𝐻 − (𝑎𝑞) + 𝐻𝐶𝑂3− (𝑎𝑞) 𝐾=
[𝐶𝑂32− ]
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Isso pode ser explicado pelo fato de que a concentração de um líquido ou sólido puro tem
um valor constante. Por exemplo, ao se triplicar a massa de um sólido, seu volume também
será triplicado. Assim, a sua concentração (relação entre massa e volume) permanecerá igual.
Assim, como a expressão da constante de equilíbrio apresenta apenas concentrações de
substâncias que variam de fato na reação química, as concentrações de sólidos e líquidos
puros são omitidas.
Outra explicação reside no fato de que podemos nos utilizar da atividade (aJ), que é uma
medida diferente da concentração para a escrita da expressão da constante de equilíbrio de
reações químicas. A atividade de uma substância J é dada pelas regras empíricas que estão
apresentadas na Tabela 1. É possível se observar que a atividade não tem unidade. A atividade
pode ser introduzida em sistemas nas quais há o desvio do comportamento ideal para gases e
soluções reais, onde as forças intermoleculares são proeminentes.
Tabela 1. Atividade (aJ) e sua forma simplificada para uma substância J com diferentes
características.
Quase todas as reações químicas consomem ou liberam energia na forma de calor (são
designadas, respectivamente, reações endotérmicas e exotérmicas). Para essas reações
podemos entender a energia como se fosse um reagente ou produto. Assim, a adição de
energia ao sistema (por aquecimento) ou a sua remoção (por resfriamento) pode produzir um
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Parte prática
Materiais e reagentes
04 pipetas de Pasteur Solução aquosa de K2CrO4 0,05 mol.L-1
03 tubos de ensaio Solução aquosa de K2Cr2O7 0,05 mol.L-1
01 estante de tubos de ensaio Solução aquosa de HCl 1,0 mol.L-1
Solução aquosa de NaOH 1,0 mol.L-1
Procedimento experimental
2CrO2− + 2−
4 (aq) + 2H (aq) ⇌ Cr2 O7 (aq) + H2 O(l)
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Explique o que ocorreu com o equilíbrio químico no tubo 3, após a adição de uma base.
Materiais e reagentes
01 pipeta de Pasteur 01 bastão de vidro
01 tubo de ensaio 01 vidro de relógio
01 estante de tubos de ensaio Solução aquosa de CH3COOH 0,5 mol.L-1
01 espátula metálica Acetato de sódio (CH3COONa)
Papel indicador universal
Procedimento experimental
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• Comparar a cor do papel indicador universal com a escala na bancada. Anote o valor de
pH;
• Em seguida, adicionar ao tubo de ensaio uma pequena quantidade de acetato de sódio
sólido (CH3COONa). Verificar novamente o pH.
Por que houve variação do pH? Explique o que ocorreu baseado no Princípio de Le Châtelier.
Materiais e reagentes
01 pipeta de Pasteur 01 bastão de vidro
01 tubo de ensaio 01 vidro de relógio
01 estante de tubos de ensaio Solução aquosa de NH4OH 0,5 mol.L-1
01 espátula metálica Cloreto de amônio (NH4Cl)
Papel indicador universal
Procedimento experimental
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Por que houve variação do pH? Explique o que ocorreu baseado no Princípio de Le Châtelier.
Materiais e reagentes
01 pipeta de Pasteur tripé
01 tubo de ensaio com tampa tela de amianto
01 béquer de 250 mL bico de Bunsen
01 espátula metálica cuba de vidro para banho de gelo
01 bastão de vidro pinça de madeira
Cobre metálico em aparas solução de HNO3 6 mol.L-1
Procedimento experimental
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A reação de obtenção do gás NO2 está representada pelas equações química a seguir:
3Cu(s) + 8HNO3 (aq) → 3Cu(NO3 )2 + 2NO(g) + 4H2 O(l)
2NO(g) + O2 (g) ⇌ 2NO2 (g)
Por que a diminuição de temperatura mudou a cor do sistema de marrom para incolor?
Materiais e reagentes
03 pipetas de Pasteur Solução aquosa de K2CrO4 0,05 mol.L-1
01 tubo de ensaio Solução aquosa de AgNO3 0,1 mol.L-1
01 bastão de vidro Solução aquosa de NaCl 0,1 mol.L-1
Procedimento experimental
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Referências bibliográficas
1. Brown, TL; LeMay Jr, HE; Bursten, BE e Burge, JR, Química: a ciência central, 9a ed,
Pearson,São Paulo, SP, 2005. (ISBN: 978-85-78918-42-0)
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[Co(H2 O)6 ]2+ (aq) + 4Cl− (aq) ⇌ [CoCl4 ]2− (aq) + 6H2 O(l) ΔH > 0
rosa claro azul escuro
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