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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM GESTÃO AMBIENTAL

Trabalho de Campo de Gestão Ambiental de Petróleo e Gás Natural

TEMA: MARÉS NEGRAS - O ACIDENTE DEEP WATER HORIZON

NOME: MARIANA CLEMÊNCIA MAURÍCIO

Os Tutores: Mestre Elton Sitoe e Mestre Samuel Chifuco

Pemba, 16 de Junho de 2021


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Nome do estudante: Mariana Clemência Maurício Ano de frequência: 3º

Especialização: Gestão Ambiental Turma: B

Trabalho de campo de: Gestão Ambiental de Código do Estudante: 91190193


Petróleo e Gás Natural

Dirigido pelos Tutores: Mestre Elton Sitoe e Mestre Número de páginas: 10


Samuel Chifuco

Confirmado pelo responsável do ISCED Data de entrega: 13/06/2021

ASPECTOS A CONSIDERAR NA CORREÇÃO: Cotação Cotação

INTRODUÇÃO: exposição e delimitação do assunto


em análise.

Desenvolvimento:
Fundamentação teórica (definição de conceitos e
termos e apresentação dos pontos de vista dos
autores).
Interligação entre teoria e prática (argumentos/ contra
argumentos e exemplificação)
Clareza expositiva

Citações bibliográficas (directas e indirectas)

Conclusão

Referências bibliográficas (normas APA)

Cotação Total:

Assinatura do docente:

Assinatura do assistente pedagógico:


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Índice

Introdução......................................................................................................................4

1. Maré negra..............................................................................................................4

2. O acidente Deep Water Horizon.............................................................................6

Conclusão.......................................................................................................................9

Bibliografia..................................................................................................................10
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Introdução

O crescimento económico de um país e seu desenvolvimento estão directamente


relacionados à oferta de energia que este possui em sua matriz energética ou em seu
poder de compra lá de outras fontes. Muitos governos procuram a todo o custo manter
seus interesses e seu crescimento económico. Na afirmação “sem energia não há
sociedade humana é tão verdadeira quanto ao fato de sem energia não haveria sequer
seres humanos”.

Um dos piores desastres ambientais da história dos Estados Unidos, o vazamento de


petróleo no Golfo do México, em 2010, já custou à petroleira britânica BP, principal
empresa envolvida, mais de US$ 65 bilhões (R$ 238,5 bilhões) - e a conta continua a
aumentar.

Após o acidente, a empresa teve sua avaliação rebaixada por agências de risco, viu suas
acções despencarem e teve de vender bilhões de dólares em activos. No auge da crise,
sua sobrevivência chegou a ser colocada em dúvida.
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1. Maré negra

As marés negras dizem respeito à poluição dos mares e zonas litorais por grandes
manchas de hidrocarbonetos (petróleo e derivados), os quais representam cerca de 10%
do total anual da poluição dos oceanos. Todos os anos são derramadas cerca de
3 000 000 de toneladas de petróleo nos oceanos.

As principais causas de marés negras são a ruptura de oleodutos, o transporte de


hidrocarbonetos em alto-mar, pelos petroleiros, e as actividades de exploração
petrolífera off-shore  (plataformas de exploração de jazigos de petróleo, através de
perfurações submarinas, localizadas nos limites das plataformas continentais).
Embora alguns derrames de petróleo ocorram em sequência de acidentes (naufrágios,
colisões, explosões, etc.), uma parte muito significativa ocorre devido a insuficiências
técnicas ou como resultado de medidas pouco escrupulosas de redução de gastos. Como
exemplo, refira-se o caso das explorações de pesquisa nas plataformas off-shore que
libertam para os oceanos lamas com altos teores em hidrocarbonetos, que podem, em
alguns casos, atingir os 30%, ou ainda, a lavagem de tanques dos petroleiros em alto-
mar, uma prática regular, embora proibida pela lei marítima internacional, por forma a
poupar tempo e gastos durante as paragens nos portos. De salientar ainda o mau estado
de grande parte da frota marítima internacional, formada em elevada percentagem por
navios com mais de 20 anos de idade e em deficientes condições de manutenção, assim
como a inadequada preparação técnica de muitas tripulações.

As marés negras originam grandes catástrofes ecológicas, continuando a ocorrer, mau


grado a existência de inúmeros incidentes históricos, como, por exemplo, o derrame
no Alasca, em 1964, de 40 000 T de crude, afectando 1744 Km de costa e muito mais de
30 000 animais marinhos. São também ainda exemplos de marés negras históricas as
provocadas pelo naufrágio dos petroleiros Torrey Canyon, em 1967, libertando 170 000
T de petróleo no Canal da Mancha, e do Almoço Cadix, em Março de 1978, largando
mais de 230 000 T de petróleo. Durante a Guerra do Golfo, em 1991, a libertação de
mais de 600 000 T de petróleo nas águas do Golfo Pérsico deu também origem a uma
das maiores marés negras de que há memória.

Os hidrocarbonetos petrolíferos são insolúveis na água e menos densos que esta,


formando, em consequência destas propriedades, uma película extremamente delgada,
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monomolecular, à superfície da água, o que origina grandes manchas de petróleo que


alastram rapidamente.

2. O acidente Deep Water Horizon

Na noite de 20 de Abril de 2010, ocorreu uma explosão seguida de um grande incêndio


na plataforma de exploração de petróleo Deep Water Horizon, que era propriedade da
Trans Ocean estrutura arrendada á empresa britânica British Petroleum BP com contrato
firmado até o ano de 2013, que naquele dia vitimou 11 trabalhadores e foi consumida
pelo incêndio em dois dias virando uma montanha de metal queimado e retorcido que
ficou a deriva e afundou na Costa do Golfo do México. [Agência Reuter, 2010].

A plataforma explode e na sequência a explosão, segue se vários incêndios que duram


aproximadamente 24 horas após a primeira explosão.

 Ruptura dos rises

O sistema de tubulação sofre fadiga e ruptura ao ser dobrado pelo peso da plataforma.

 Accionamento de válvula de bloqueio

O sistema de válvulas de bloqueio, chamado de Preversor de explosões a algum tempo


apresentava anomalias por falta de manutenção adequada o sistema o mesmo não
funciona.

A plataforma Deepwater Horizon não possuía, segundo analistas um sistema secundário


de accionamento remoto de controle de fluxo, este equipamento o BOP (Sistema de
prevenção de fluxo descontrolado), é o que mantém a segurança da operação em casos
de emergências, como o ocorrido neste caso este equipamento é obrigatório para este
tipo de trabalho no Brasil e no Mar do Norte e poderia ter evitado o acidente ambiental.

 Início do vazamento

O sistema de válvulas de bloqueio de fluxo não funcionou, deixando o poço aberto


dando inicio ao vazamento. Esta plataforma ficava localizada em uma das regiões mais
perigosas do mundo, para este tipo de exploração o acidente colocou em evidência a
vulnerabilidade deste tipo de trabalho em alto mar e o risco que ele apresenta ao homem
e ao meio ambiente. No presente trabalho se abordam, de forma detalhada, mas, não
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exaurida, os tipos de prejuízos sofridos pelo meio ambientes e os biossistemas presentes


nesta região e sua consequência os impactos ambientais provocados pelo citado
acidente.

 O vazamento

Com o vazamento diário de 895 mil litros de óleo cru em poucos dias se tornou uma
mancha de óleo do tamanho do estado do Rio de Janeiro, segundo a equipe de cientistas
que acompanhou o acidente desde o início até o fechamento do poço o volume estimado
de petróleo vazado no Golfo do México chega a 4,9 milhões de barris (158 litros/barril).
Sendo que durante a operação de limpeza apenas 800 mil barris foram colectados. A
Casa Branca, através de Carol Browner, assessora para energia, revelou que este
vazamento é o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos. O acidente fez
com que o governo norte-americano proibisse novas perfurações e revisara as
regulamentações e concessões para a exploração e exploração de óleo mineral e gás em
águas profundas. O acidente causou perdas económicas e políticas para o governo de
Barack Obama que como chefe de estado teria apresentado uma intervenção lenta e
tardia sofrendo assim várias criticas.

Colocando em estado de emergência os estados do Alabama, Mississipi, Louisiana e La


Florida.

A plataforma ficava localizada ao sul aproximadamente 80 quilómetros do território da


Louisiana, em poucos dias a mancha de óleo atingiu o litoral.

A guarda costeira em conjunto com a British Petroleum BP empresa responsável pelo


vazamento iniciaram uma mega operação a fim de evitar que a mancha atingisse a costa
americana, mesmo com o exército de 47.700 pessoas, 4.300 embarcações, 72 aeronaves
e quilómetros de bóias de contenção de óleo não foi possível evitar a contaminação da
região mapeada.

A BP não possuía nenhum plano de emergência para possíveis acidentes, agravando


ainda mais a situação pelo seu despreparo, sendo que a mesma tomou várias medidas
duvidosas e erróneas para amenizar o acidente exemplo disso: Lançou ao mar sete
milhões de litros de dispersantes produto usado para evitar a formação de manchas,
mais este acaba por aumentar a toxicidade do petróleo derramado, outra acção
desastrosa foi simplesmente decidir queimar o óleo.
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 Impacto Ambiental

Impacto ambiental é a alteração no meio ambiente ou em algum de seus componentes


por determinada acção ou actividade humana. Estas alterações precisam ser
quantificadas, pois apresentam variações relativas podendo ser positivas ou negativas,
grandes ou pequenas. [National Geografic, 2008]. Na opinião dos cientistas é muito
fácil calcular os danos materiais e morais causados aos empresários do sector pesqueiro,
turismo, assim como aos pequenos pescadores e produtores de ostras que juntos são
responsáveis pela principal região produtora de frutos do mar e camarão.

Mais é imensurável calcular os danos a fauna, flora costeira e marinha, somente o


estado da Louisiana abriga mais de 40% (quarenta por cento) de todos os pântanos e
mangues dos Estados Unidos, estas são áreas de preservação ambiental, que a cada ano
recebem a migração de três quartos das espécies de aves aquáticas americanas além de
ser um berçário natural de alguns animais como crustáceos, caranguejos, siris, tartarugas
e a área da desova do atum azul que está na lista de animais em extinção.

A medida que o petróleo vai se espalhando, cresce a área de contaminação e um número


cada vez maior de espécies ficam sujeitas as contaminações este número está estimado
em torno de 300 a 600 tipos diferentes.

 Dispersão da mancha

A velocidade que a mancha se expandiu foi factor determinante nos prejuízos que o
meio ambiente sofreu, a dinâmica estuaria de movimentação dos mares foi factor
decisivo na expansão das manchas de óleo no Golfo, sendo o vento como o principal
agente transportador desde que consideremos também o volume derramado, temperatura
e pressão local definiu a expansão da mancha.

 Primeira vítima

Uma das primeiras espécies que não resistiu foram os plânctons e fitoplânctons, por não
possuírem poder de locomoção próprio ficaram vulneráveis a contaminação e
morreram. É importante citar que estes seres aquáticos microscópicos são a base da
cadeia alimentar, sendo responsáveis por todo o sustento das comunidades oceânicas e
ainda é o maior produtor de oxigénio mundial.
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Conclusão

Concluí que o acidente do Golfo foi uma sucessão de erros, que teve início no congresso
americano, que ao aprovar as leis de concessão das empresas exploradoras, não levou
em consideração as especificações técnicas adequadas e o comprometimento para
garantir a segurança das operações que se agravou devido as dificuldade geográficas da
região colocando em risco o meio ambiente.
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Bibliografia

BRAGA, Benedito et al. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed.

https://www.infopedia.pt/$mare-negra – Acessado no dia 10/06/2021

MILLER JR, G. Tyler. Ciência ambiental.

Pesquisas electrónicas, revistas, jornais, documentários e livros.

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