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05.06.17 - 18h56
Ter mais áreas do oceano protegidas contra a pesca, mineração e turismo pode ser uma
ferramenta importante na luta contra as mudanças climáticas, disseram pesquisadores
internacionais nesta segunda-feira.
Tais áreas podem proteger as costas que são vulneráveis ao aumento do nível do mar e
às tempestades, e ajudar a restaurar as espécies marinhas que estão lutando devido ao
aquecimento e às águas poluídas, segundo um artigo publicado na revista científica
americana Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).
O artigo, baseado em estudos revisados por pares sobre o impacto das reservas marinhas
em todo o mundo, foi divulgado no dia da abertura da primeira conferência global das
Nações Unidas sobre a proteção dos oceanos, que acontece em Nova York.
“Muitos estudos mostram que as reservas marinhas bem administradas podem proteger
a vida selvagem e apoiar pescarias produtivas, mas queríamos explorar este conjunto de
pesquisas através da lente das mudanças climáticas para ver se esses benefícios
poderiam ajudar a melhorar ou diminuir a velocidade de seus impactos”, disse o autor
principal, Callum Roberts, professor da Universidade de York.
“Logo ficou claro que elas podem oferecer aos ecossistemas oceânicos e às pessoas
benefícios fundamentais de resiliência para as mudanças climáticas rápidas”,
acrescentou.
Apenas 3,5% dos oceanos do mundo são reservados para proteção, e apenas 1,6% estão
totalmente protegidos contra a pesca e outras explorações.
Estão em curso esforços internacionais para aumentar esse total para 10% até 2020.
Estudos mostram que a maioria dos benefícios vem de reservas grandes e bem
administradas que estão protegidas contra a pesca e a extração mineral e de petróleo.
“Mas nossa avaliação mostrou que as reservas são uma estratégia viável de adaptação,
econômica e de baixa tecnologia, que geraria múltiplos cobenefícios em escalas locais a
globais, melhorando as perspectivas para o meio ambiente e as pessoas no futuro