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1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
Este trabalho foi desenvolvido com base quantitativa utilizando ferramentas com base
científica em revistas, artigos, publicações em simpósios e análise em jornais. Assim
desenvolvendo levantamento bibliográfico de conteúdos e dados de grande relevância
voltados para aspectos ambientais e hídricos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1.3. Degelo: Ártico e o Antártico, bem como vastas áreas de pergelissolo e glaciares
montanhosos constituem a criosfera terrestre: o nosso ambiente de neve e gelo. Estas partes
mais frias do mundo são particularmente vulneráveis às alterações climáticas e respectivos
impactos, sendo a criosfera um indicador sensível destes processos.
3.1.4. Impactos nas zonas costeiras: as alterações climáticas nas zonas costeiras,
ecossistemas e povoações incluem fenômenos de início lento, como a subida do nível dos
mares e a acidificação dos oceanos, bem como o aumento de tempestades devastadoras. De
acordo com o IPCC, o nível médio global dos mares subiu cerca de 20 centímetros entre 1901
e 2018. Em algumas regiões, a subida relativa (local) do nível dos mares pode ser maior do
que a média global devido a outros fatores em jogo, como movimentos tectónicos ou
explorações de petróleo.
3.1.5. Alterações nas grandes cidades: Mais da metade da população mundial vive
atualmente em cidades e a ONU prevê que este número chegue a 68% até 2050. Isto significa
que as cidades e as respetivas populações estão suscetíveis a muitos riscos climáticos atuais e
futuros. Impactos como fenômenos meteorológicos extremos podem provocar danos em
infraestruturas vitais, habitações e serviços básicos, tornando os residentes mais vulneráveis a
estas ocorrências.
3.1.7. Saúde: Diante das alterações no clima, os problemas de saúde vão aumentar,
assistência médica após acidentes em localidades atingidas por desastres causados pelas
alterações climáticas terão um impacto ainda maior na saúde das pessoas mais fragilizadas e
vulneráveis socialmente diante do agravamento dos problemas ambientais (IPCC, 2022).
Portanto, a gestão eficaz dos recursos hídricos torna-se crucial nesse contexto,
destacando a importância de avaliar cuidadosamente os impactos das mudanças climáticas
considerando diversos aspectos como os ambientais, sociais, econômicos, entre outros, a fim
de garantir a sustentabilidade e resiliência dos corpos hídricos, para garantir o equilíbrio
ambiental e o bem-estar social.
Como as precipitações são cruciais para a recarga de aquíferos, vazões dos rios e
outros corpos hídricos superficiais, a diminuição da precipitação ou a irregularidade das
chuvas comprometem a recarga e influenciam diretamente a disponibilidade de água (Taylor
et al., 2013).
Vale ressaltar que o degelo das geleiras e a neve em declínio tem suas implicações na
disponibilidade dos recursos hídricos. Isso porque as geleiras desempenham o papel de
reservatórios naturais, liberando água durante os meses mais quentes. Essa problemática
ameaça o fornecimento de água para bilhões de pessoas, principalmente nos continentes
asiáticos e sul americano (Pritchard, 2018). Por sua vez a neve, reflete grande parte da luz
solar de volta para a atmosfera por seu alto albedo. Quando a cobertura de neve diminui, áreas
escuras, como o solo ou a água, são expostas. Essas superfícies mais escuras absorvem mais
calor, contribuindo para o aquecimento (Immerzeel et al., 2010).
Conforme Bazzi et al. (2021), a elevação das temperaturas resulta em taxas elevadas
de evaporação, impactando os níveis de água em reservatórios e intensificando o estresse
hídrico em plantas. Em áreas áridas e semiáridas, que possuem ecossistemas particularmente
vulneráveis, a evaporação intensificada amplifica a perda de água e representa uma ameaça à
continuidade desses habitats.
3.2.4 Aumento do nível do mar e invasão de água salgada nas fontes de água
doce
O derretimento das geleiras junto com a expansão térmica dos oceanos contribui para
o aumento do nível do mar (NICHOLLS; CAZENAVE, 2010). Nesse cenário, a população
costeira do litoral de todo o mundo se encontra cada vez mais exposta ao perigo iminente de
inundações frequentes e submersão permanente.
Essa mudança também representa uma ameaça latente à contaminação de fontes de
água doce, comprometendo a disponibilidade de recursos essenciais para a vida humana e
animal, tendo em vista o risco aos ecossistemas. Além disso, a salinização dos solos costeiros
também é um desdobramento desse fenômeno, intensificando os desafios agrícolas nessas
regiões (Mazhar et al, 2022).
Uma das consequências das mudanças climáticas é a variabilidade hídrica que pode
ser considerada um risco a produção de energia especialmente a hidrelétrica, que dependem
significativamente dos fluxos fluviais.
Segundo um relatório do Banco Mundial (WORLD BANK, 2015), estima-se que, até
2030, entre 32 e 132 milhões de pessoas podem ser empurradas para a extrema pobreza
devido às mudanças climáticas, incluindo eventos extremos como tempestades, inundações,
estresse térmico e secas. Esses impactos possuem o potencial de anular avanços conquistados
na luta contra a pobreza, especialmente em regiões mais vulneráveis.
As mudanças climáticas são uma realidade global. Este trabalho mostrou variados
efeitos dessas alterações, principalmente aqueles voltados para os recursos hídricos. Os
impactos vão desde aqueles que afetam o meio ambiente até aqueles que afetam o meio
socioeconômico, passando por desafios na disponibilidade de água potável, a riscos na
segurança alimentar e possíveis conflitos.
Tudo isso mostra que as ações contra as mudanças climáticas e a preservação dos
recursos hídricos não é apenas uma questão de segurança ambiental, mas também uma
necessidade para a sobrevivência humana. A gestão sustentável da água é crucial para
enfrentar esses desafios que requerem ação global, redução de emissões, conscientização,
combate a desigualdade social, dentre outros. Assim como o envolvimento social, é
necessário um engajamento colaborativo transdisciplinar de diversos profissionais de
diferentes áreas para esse gerenciamento. Essas ações podem ajudar a garantir um futuro
sustentável para os nossos recursos hídricos e nosso planeta no cenário de mudanças
climáticas globais.
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