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BIOLOGIA

3ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO

CICLOS BIOGEOQUIMICOS
• A biosfera é formada pela reunião de todos os ecossistemas do planeta. Todos os
seres vivos interagem nos ecossistemas e modificam o ambiente. No entanto, o
grau de interferência do ser humano tem se mostrado tão alto nos últimos dois
séculos que pode trazer consequências irreversíveis. Algumas das
transformações mais danosas do ser humano na Terra estão levando ao
esgotamento de recursos, como a água potável e o petróleo; e à poluição da água,
do ar e do solo.
RECURSOS HÍDRICOS

• A água é fundamental para os seres vivos, pois possibilita a ocorrência das


reações químicas, ajuda a regular a temperatura (absorve ou perde calor sem
que sua temperatura varie muito) e facilita o transporte de substâncias. O
acesso à água potável é também um dos direitos humanos. A garantia a esse
direito, no entanto, vem se tornando cada vez mais difícil, até mesmo em
regiões que não sofrem com a falta de água de forma recorrente, como o
Sudeste do Brasil.
• Como os elementos químicos encontrados nos seres vivos circulam pela
natureza?
• Que desequilíbrios o ser humano vem causando nos ciclos desses
elementos?
• O que é efeito estufa?
• Como o aquecimento global nos afeta?
CICLO DO CARBONO
• As cadeias de carbono que formam as moléculas de açúcar são fabricadas pelos
seres autotróficos por meio da fotossíntese, durante a qual ocorre absorção de gás
carbônico do ambiente.
• A absorção do carbono atmosférico pelas plantas e outros seres autotróficos e sua
transformação em substâncias orgânicas é chamada fixação do carbono ou
sequestro do carbono.
• A partir disso, o carbono passa a circular pela cadeia alimentar na forma de
moléculas orgânicas. A devolução de gás carbônico ao ambiente físico se dá por
meio da respiração de praticamente todos os seres vivos e da decomposição de
seus corpos após a morte.
• Boa parte do carbono da Terra está nos compostos minerais – como os
carbonatos presentes em depósitos de carapaças de organismos com concha
ou esqueleto de carbonato de cálcio – e nos depósitos orgânicos fósseis –
como o carvão mineral, o petróleo e o gás natural.
• Essas reservas de carbono se originaram de vegetais e de outros organismos
que foram soterrados e, durante centenas de milhões de anos, estiveram
sujeitos a grandes pressões das camadas de sedimentos.
• Essasformas de carbono podem voltar à atmosfera pela oxidação lenta em
contato com o ar ou pela queima de combustíveis fósseis.
EFEITO ESTUFA
• Na figura podemos ver uma horta crescendo
dentro de uma estufa. A luz do Sol passa
pelo vidro e é absorvida pelas plantas e por
outros objetos, que se aquecem e emitem
raios infravermelhos. Essa emissão é
também chamada radiação, onda
infravermelha ou, ainda, radiação térmica.
• Por meio da radiação ocorre a transferência
de calor de um corpo para outro.
• A radiação infravermelha não atravessa tão
bem o vidro como o faz a luz; isso faz com
que o calor fique preso, mantendo a estufa
aquecida e ajudando na sobrevivência de
certas plantas sensíveis a variações de
temperatura.
• Esse efeito da atmosfera
sobre a temperatura da Terra
é chamado efeito estufa,
pois lembra o que acontece
nas estufas de vidro.
• Ele mantém a temperatura
média da Terra em torno de
15 °C e, sem ele, o planeta
estaria permanentemente
coberto por uma camada de
gelo e sua temperatura
média estaria em torno de –
18 °C.
• Diversos gases na atmosfera colaboram para o efeito estufa, entre eles: o
vapor de água, o gás carbônico, o gás metano, o dióxido de nitrogênio e os
clorofluorcarbonos (CFCs).
• O gás carbônico é o principal gás para o efeito estufa, sendo responsável por
cerca de 63% do efeito.
•O gás metano é produzido na decomposição da matéria orgânica em
condições anaeróbicas, como ocorre em regiões pantanosas, no cultivo de
arroz em terras alagadas e na decomposição do lixo, do esgoto e de florestas
submersas em represas. O metano é produzido também na fermentação da
comida no intestino de cupins e ruminantes.
• O dióxido de nitrogênio é produzido na combustão da matéria orgânica, e os
clorofluorcarbonos são gases que tiveram aplicações industriais, como
veremos adiante no ciclo do oxigênio.
AQUECIMENTO GLOBAL:
AS EVIDÊNCIAS
• Nas últimas décadas, a temperatura média da
Terra tem aumentado. Os cientistas acreditam
que isso ocorra devido à intensificação do efeito
estufa.
• Medidas feitas por satélites comprovam que
cada vez menos radiação infravermelha escapa
para o espaço.
• Ao mesmo tempo, vem aumentando a
quantidade dessa radiação que volta para a Terra.
Esse fenômeno é chamado aquecimento global.
• Há fortes evidências de que a intensificação do efeito estufa resulta
principalmente do aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera.
A produção desse gás pela respiração e pela decomposição deveria ser
naturalmente compensada pelo seu consumo na fotossíntese.
• No entanto, com o aumento da produção de gás carbônico – por causa da
queima de combustíveis fósseis (em motores, nas indústrias e nas usinas) e,
em menor grau, pelas queimadas de florestas –, a concentração desse gás
vem aumentando gradativamente.
• No início da Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no final do século
XVIII, a concentração de gás carbônico era de cerca de 280 partes por
milhão (ppm). Com a substituição do trabalho artesanal pelo trabalho com o
uso de máquinas, a concentração desse gás passou para 315 ppm no final da
década de 1950, e em 2015 ultrapassou 400 ppm.
AQUECIMENTO GLOBAL: CONSEQUÊNCIAS
• Em 2014, um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática –
elaborado por um comitê de especialistas de vários países, com base na análise de
mais de 3 000 artigos científicos – concluiu que muito provavelmente (com
probabilidade maior do que 95%) o aquecimento global se deve principalmente ao
aumento das emissões de gás carbônico provocadas pelo ser humano.
• O aumento da temperatura pode provocar o degelo de parte das calotas polares e o
derretimento do gelo das montanhas, o que pode causar a subida do nível dos
mares.
• No século passado, o nível do mar subiu de 10 cm a 20 cm. Se esse aumento
continuar, grandes áreas do litoral serão inundadas, muitas ilhas ficarão submersas e
milhões de pessoas ficarão desabrigadas. Além disso, o avanço das águas salgadas
pode contaminar os reservatórios de água doce mais próximos das regiões costeiras.
• O aquecimento do planeta também poderá interferir nos caminhos das
correntes de ar e de água e alterar o regime de chuvas, afetando mais
profundamente o clima de várias regiões.
• Todas essas mudanças climáticas poderão prejudicar a agricultura. Um
pequeno aumento da temperatura, por si só, pode até beneficiar algumas
culturas agrícolas na América do Norte e na Europa, mas, após um
acréscimo de 2 °C, a situação se reverteria.
• A seca, a falta de água e os problemas na agricultura poderão fazer com que
600 milhões de pessoas sejam atingidas pela fome e pela desnutrição até o
fim deste século.
• Outro fator negativo seria a proliferação de insetos (que se reproduzem
melhor em climas mais quentes) que atacam plantações ou que transmitem
microrganismos patogênicos.
• Há ainda riscos de perda de biodiversidade. O IPCC calcula que entre 20% e
30% das espécies do planeta podem ser extintas caso as temperaturas globais
aumentem até 2,5 °C.
• Em relação à Amazônia, estudos realizados pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o aumento de temperatura, aliado ao
desmatamento, transformaria parte da floresta em savana, o que, entre outros
efeitos, levaria a uma considerável perda de biodiversidade.
• Particularmente atingidos serão os recifes de corais: o aumento da
concentração de gás carbônico já está provocando elevação da acidez da
água, o que, em conjunto com o aumento da temperatura da água, pode
provocar a morte das algas associadas aos corais, resultando na morte desses
animais.
O QUE FAZER?
• Em 1992 foi criada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do
Clima (CQNUMC); Em 1995 temos a COP 1.
• Em 2005, entrou em vigor o Protocolo de Kyoto, em que cerca de 190 países
apoiaram a redução da emissão de gás carbônico de 5,2%, em média, em comparação
com os níveis de 1990. A maioria dos países desenvolvidos se comprometeu a atingir
essa meta entre 2008 e 2012, primeiro período de cumprimento do protocolo.
• Em 2015, ocorreu um encontro (COP 21) aprovando um acordo para frear as
emissões de gases-estufa e lidar com os impactos das mudanças climáticas devido ao
aquecimento global.
• Em 2021 ocorreu a COP 26, o texto enfatizou a necessidade de uma rápida
redução nas emissões de carbono, pretendendo chegar ao objetivo de 45% de
redução até 2030 (em relação aos patamares de 2010), e em 2050 as
emissões deverão estar neutralizadas globalmente, significando que na data
qualquer emissão adicional deverá ser compensada por reflorestamento ou
mecanismos de captura de carbono.

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