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João Monlevade, MG
2022
João Carlos Lot Junior
CDU 621.3
FOLHA DE APROVAÇÃO
Membros da banca
Welbert Alves Rodrigues, orientador do trabalho, aprovou a versão final e autorizou seu depósito na Biblioteca Digital de Trabalhos de
Conclusão de Curso da UFOP em 29/11/2022
Documento assinado eletronicamente por Welbert Alves Rodrigues, PROFESSOR DE MAGISTERIO SUPERIOR, em
30/11/2022, às 15:24, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8
de outubro de 2015.
Referência: Caso responda este documento, indicar expressamente o Processo nº 23109.016065/2022-88 SEI nº 0434891
Keywords: Electric Vehicles. EV. Eletric cars. Network Compensation. Peak Hour Com-
pensation. Battery Electric Vehicles.
Lista de ilustrações
VE ou EV Veículos Elétricos
FP Fator de Potência
V2G Vehicle-to-Grid
TB Tarifa Branca
FV Sistema Fotovoltaico
MT Média Tensão
BT Baixa Tensão
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1 Contextualização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3.1 Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3.2 Específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1 Tipos De Veículos Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1.1 Veículos Elétricos Híbridos (HEV’s) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1.2 Veículo Elétrico Hibrido plug-in (PHEV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1.3 Veículos Elétricos a Bateria (BEV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.1.4 Veículos Elétricos a Célula de Combustível (FCEV) . . . . . . . . . . . . . 15
2.2 Baterias de Veículos Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.2.1 Bateria de Íon de Lítio - Li-íon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2.2.2 Bateria de Hidreto Metálico de Níquel - NiMH . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2.3 Bateria de Chumbo-Ácido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2.2.4 Bateria de Cloreto de Sódio – Níquel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2.5 Supercapacitores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.2.6 Segurança, Altos Preços e Vida Útil de Baterias de VEs . . . . . . . . . . . 23
2.3 Tipo de Carregamentos de Veículos elétricos . . . . . . . . . . . . . . 25
2.4 Sistema Elétrico Brasileiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4.1 Curva de Carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.4.2 Horário de Pico de Consumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.4.3 Tarifa Branca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2.4.4 Fator de Potência em Regime de Baixa Carga . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.5 Interações de VEs com a Rede Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
2.5.1 Grid to Vehicle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.5.2 Vehicle to Grid . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.5.3 Vehicle to Home . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3 DESENVOLVIMENTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.1 Conceituação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.2 Escolha de Carregador e Carro Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.3 Apresentação do Sistema Simulado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.4 Configuração e Inserção de dados OpenDSS . . . . . . . . . . . . . . 43
3.4.1 Apresentação do Caso Base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.4.2 Apresentação do Caso 1: VE com Carregamento no Horário de Pico . . . . 47
3.4.3 Apresentação do Caso 2: VE com Carregamento fora do Horário de Pico . . 49
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4.1 Estudos dos Casos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4.1.1 Caso Base: Sistema sem Veículos Elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4.1.2 Caso 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
4.1.3 Caso 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
4.2 Tarifa Branca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
4.2.1 Tarifa Branca: Custos de carregamento de um VE . . . . . . . . . . . . . . 62
4.2.2 Tarifa Branca: Redução da Conta de Energia com VE . . . . . . . . . . . . 63
4.2.2.1 Cenário 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.2.2.2 Cenário 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.2.2.3 Cenário 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.2.2.4 Cenário 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
4.2.2.5 Cenário 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
5.1 Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
6 REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
7 ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
7.1 Anexo 1 - Arquivo de Linhas do Sistema . . . . . . . . . . . . . . . . 78
7.2 Anexo 2 - Dados dos Transformadores . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
7.3 Anexo 3 - Declaração das Cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
7.4 Anexo 4 - Gráfico de Demanda com Zoom . . . . . . . . . . . . . . . 78
1
1 Introdução
1.1 Contextualização
Uma das características mais importantes do transporte sustentável, é o uso eficaz
e consciente da energia. Veículos mais leves, motores mais eficientes e fontes de energias
renováveis, contribuem para a preservação dos recursos naturais e a diminuição das emissões
de gases na atmosfera. O setor de transporte é o principal responsável pelas emissões nos
grandes centros urbanos [1]. A principal motivação para o desenvolvimento de veículos
elétricos está relacionada à redução de impactos ambientais causados pela dependência de
combustíveis fósseis, gerados pelo setor de transportes.
O conceito de veículos elétricos (VEs) não é algo recente, tendo surgido em meados
do século 19. Por volta de 1800, quando ainda nem existia o automóvel motorizado,
inventores da Hungria, da Holanda e dos Estados Unidos imaginavam um veículo movido
à bateria [2]. A priori, o carro movido a energia elétrica surgiu 1828, quando o engenheiro,
físico e sacerdote Anyos István Jedlik criou o primeiro modelo. Entretanto, o título de
inventor oficial do carro elétrico vai para Thomas Davenport, que criou uma locomotiva
movida a ímãs no ano de 1834 [3]. Independente de não ser exatamente um carro elétrico,
a criação de Davenport ajudou a criar o que viria a ser carros movidos a eletricidade.
Entre 1832 e 1839, o escocês Robert Anderson criou uma espécie de carruagem elétrica, no
entanto, não há relatos exatos que comprovem a eficiência desse modelo. Apesar de várias
tentativas e modelos criados, nenhum projeto conseguiu ser apresentado de fato como um
carro elétrico.
Já na França, nos anos de 1859 e 1881, dois inventores criaram baterias recarregáveis
de chumbo, sendo essa invenção decisiva para a que o carro elétrico surgisse. Sendo assim,
em 1891, o primeiro carro elétrico foi construído nos EUA por William Morrison. Sendo
este, considerado uma espécie de vagão eletrificado, com capacidade para seis pessoas e
que chegava a 14 quilômetros por hora. Em 1900, os carros elétricos ganharam ampla
popularidade, somando 38 % de todos os veículos nas ruas dos EUA, comparados com
22 % movidos à gasolina. Na mesma época, os modelos elétricos atingiram seu apogeu
Capítulo 1. Introdução 2
em Nova Iorque, que desfilava uma frota de 60 táxis movidos à bateria. Thomas Edison e
Henry Ford trabalharam juntos para construir um veículo elétrico comprável, de baixo
custo. Em 1912, o estoque global de veículos elétricos alcançou o pico histórico de 30.000
unidades [4].
Apesar dos carros elétricos serem mais silenciosos que os demais e também mais
fáceis de operar, algumas desvantagens fizeram com que o carro elétrico fosse deixado de
lado em relação aos movidos a gasolina, sendo a principal delas, sem dúvidas, a baixa
capacidade de carga da bateria. Em 1908, ao mesmo tempo em que considerava produzir
um carro elétrico, o fundador da Ford, Henry Ford, iniciava a fabricação em série do
famoso Ford T, o modelo foi celebrado como ícone da indústria automotiva, custando
apenas US$ 650, o Ford T atraiu o interesse dos consumidores, em contraste aos veículos
com bateria, que saíam por US$ 1.750.
A partir de 1935, o carro elétrico deixou de ser produzido em definitivo. Apenas
em 1966, sua produção cogitou ser retomada, como parte de um conjunto de medidas para
frear a poluição ambiental. Desse modo, a partir da década de 70, diversas montadoras
passaram a investir na criação de novos modelos [3], sendo um dos motivos a crise do
petróleo, em que aumentou o preço do recurso em 400 %, causando desestruturação na
economia mundial. A Figura 1 mostra a evolução dos veículos elétricos ao longo do tempo.
certas vantagens [2]. Como é possível ver na Figura 1, os carros elétricos passaram a
ganhar força no final do século 20, em que em 1997, a Toyota lançou o Prius, primeiro
carro híbrido produzido em série. Já em 2003, foi fundada a Tesla, que em 3 anos após sua
criação, lançou Tesla Roadster, veículo esportivo de luxo que foi produzido em massa e
mudou a concepção acerca do carro elétrico. Já em 2010, foi a vez da Nissan lançar o Leaf,
mais uma opção de automóvel elétrico, sendo um dos carros elétricos mais vendidos no
mundo. Atualmente a Volvo anunciou que, a partir de 2021, venderia modelos contendo
somente propulsão eletrificada no Brasil, sendo um avanço na ideologia de vendas de carros
elétricos, por parte de uma montadora, onde inicialmente se baseava em vendas de carros
a combustão [4].
O cenário mundial atual de carros elétricos apresenta ser muito promissor. Diversos
países, principalmente os considerados desenvolvidos, dispõem de diversos incentivos para
que a indústria automotiva invista e desenvolva mais seus carros elétricos chamando a
atenção de consumidores e sendo assim mais atrativos para o cliente final. Nos EUA, está
previsto a aprovação de um projeto de lei chamado GREEN, é esperado, entre outras
medidas, um aumento do limite de créditos fiscais para montadoras que atingirem a meta
de entregar 600 mil carros elétricos. Nesse sentido, os primeiros 200 mil carros elétricos
vendidos por uma fabricante têm direito à isenção de até US$ 7.500 (aproximadamente
R$ 40 mil), após atingir essa quantidade, o crédito cai para US$ 7 mil até a montadora
chegar as 600 mil unidades vendidas [6].
No Reino Unido, a venda de carros a gasolina e diesel será proibida a partir de 2030,
enquanto a Alemanha aprovou uma extensão de quatro anos de subsídios para veículos
elétricos. As medidas refletem a abordagem combinada de incentivos e penalidades dos
governos para que montadoras passem a fabricar carros movidos a bateria.
A pressão regulatória já ajudou os veículos elétricos a conquistarem uma fatia
maior das vendas de carros de passageiro na Europa do que em qualquer outro mercado de
automóveis desenvolvido no mundo [7]. Uma dessas novas regras regulatórias ambientais
entrou em vigor em 2020, na qual se tem a obrigatoriedade da redução das emissões
médias de CO2 para 95g/km até ao final do ano. Já a China, terá uma redução de 20%
dos subsídios para automóveis de passageiros, enquanto para o transporte público (ônibus,
táxis), essa redução ficará em 10%. Essa redução é devido à recuperação de vendas durante
pandemia de 2020, e a mudança parece razoável e não deve afetar o mercado de forma
significativa o suficiente para impedir o seu crescimento. Os subsídios estatais estarão
disponíveis pelo menos até o final de 2022 [8].
O cenário mundial de vendas de carros elétricos está indo na contramão do conjunto
do setor automotivo Mundial. Enquanto temos uma redução das vendas de carros movidos
à gasolina e outros derivados do petróleo, carros elétricos estão em ascensão em seu número
de vendas. O que começou com uma desaceleração econômica sem precedentes durante a
Capítulo 1. Introdução 4
primeira onda do COVID-19, se tornou uma história de sucesso para os VEs na Europa,
em 2020 quase 1,4 milhão de Veículos Elétricos a Bateria (VEBs) e Veículos Elétricos
Híbridos plug-in (PHEVs) foram registrados na Europa, 137% a mais do que em 2019, em
um mercado de veículos que cai 20% ano a ano. Já em 2021, a Europa teve 2,3 milhões
de registros, um crescimento de 66% comparado ao ano de 2020, como visto na Figura
2. Resultado da combinação de novos modelos atraentes, e também por aumentos de
incentivos por fundos de recuperação verdes, a Lei dos 95g CO2 .
As vendas de Veículos Elétricos e Novos Combustíveis (NEV) na China tiveram
um forte aumento no ano de 2021, passando quase 3,4 Milhões de veículos registrados,
um aumento de 155% em relação ao ano anterior. As vendas de VEs nos EUA cresceram
96% devido aos lançamentos de novos modelos na região norte americana e das melhores
disponibilidades do Tesla Model 3 e Y.
Os dados de vendas em outros mercados tiveram um aumento significativo, como
por exemplo, a Coreia do Sul com o aumento de 64.200 unidades para 114.500 de vendas
de VEs. Israel, Austrália, Índia e Japão também expandiram, com vendas adicionais de
mais de 10.000 unidades cada. Muitos mercados de veículos elétricos menores, como, Nova
Zelândia, Arábia Saudita, Cingapura, aumentaram as vendas de veículos elétricos em mais
de 200% [9]. Com as vendas totais de veículos leves recuperando apenas 4,6% em relação
ao ano de crise de 2020, o crescimento de 108% dos VEs significa dobrar sua participação
de mercado, mostrando o crescimento exponencial ano após ano.
Figura 2 – Ampliação das Vendas Carros Elétricos no Cenário Mundial em 2021 [9].
Capítulo 1. Introdução 5
1.2 Motivação
É indiscutível que o veículo elétrico se mostra cada dia mais como uma solução
para os diversos problemas de poluição produzidos pelos veículos à combustão. Porém,
uma das grandes questões para aplicação em centros urbanos desse meio de transporte é
como suprir a demanda energética dessa nova carga no sistema elétrico [11]. É necessária
a realização de estudos sobre impactos do carro eletrificados na rede elétrica, mostrando,
assim tanto pontos negativos, quanto pontos positivos.
Neste caso, uma das soluções para suprir a demanda energética em horários de pico
de consumo seria a utilização de baterias de caros elétricos. Pois nesse horário há o cenário
onde, além de fábricas e comércios, a população chega a suas casas e faz o uso de chuveiros
elétricos (grande responsável pelo horário de pico na rede elétrica). A solução proposta
com a elaboração desse trabalho, é a utilização de veículos elétricos para compensação
desse pico de carga utilizando suas baterias, um conceito chamado de Vehicle-to-grid.
Contudo, sendo necessário ter toda uma configuração e hardware embarcado para ser
utilizado neste período de grande demanda. E assim também, deslocar o carregamento
dos veículos elétricos para o horário de menor consumo, ou seja, madrugada, de 00:00 até
as 6 horas da manhã.
Com a recarga dos carros elétricos nos horários da madrugada, estes estariam
ajudando com outro problema da rede. Como o consumo da madrugada é muito baixo, a
rede tende a um aumento de sua tensão, em que é regulada pela concessionarias para se
manter na faixa de tensão estabelecida por normas. Assim, com recargas de carros nesse
horário, a rede receberia uma maior quantidade de carga durante a madrugada, auxiliando
as concessionarias na correção da tensão durante a noite.
1.3 Objetivos
1.3.1 Geral
O objetivo geral do trabalho é realizar um estudo do impacto da inserção de uma
frota de veículos elétricos na rede de Distribuição. Para isso será mapeado um alimentador
real da cidade de João Monlevade-MG e realizado uma análise da rede para um caso base e
dois casos contendo VE, carregados em horários distintos. Além disso, estudos financeiros
envolvendo Tarifação Branca (TB) serão feitos, com o intuito de melhorar as contas dos
consumidores utilizando essa tipo de tarifação. Espera-se que com a inserção dos VEs no
horário de pico a demanda máxima aumente. Sendo assim, para resolver esse problema, o
carregamento será realizado de madrugada e no horário de pico será utilizado a carga das
baterias dos VEs, compensado uma parte da demanda desse horário de grande consumo.
Capítulo 1. Introdução 8
1.3.2 Específicos
Os seguintes objetivos específicos deste trabalho são:
• Uso da Tarifação Branca junto com a tecnologia de V2G para estudos de viabilidade
econômica junto ao consumidor final.
9
2 Fundamentação Teórica
Os carros elétricos a bateria são conhecidos por serem aliados do meio ambiente. No
entanto, para se manter nessa perspectiva positiva para com o meio ambiente, é importante
que a fonte de geração de energia para o carregamento bateria do carro elétrico tenha uma
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 14
origem também limpa, como por exemplo geração proveniente de painéis fotovoltaicos,
energia eólicas, entre outras fontes renováveis.
Assim como os híbridos elétricos, os carros 100% elétricos minimizam a perda de
energia desligando o motor quando parados no trânsito ou no semáforo. E ao frear usam os
freios regenerativos (KERS). Alguns modelos de BEV’s conhecidos são: Tesla, Chevrolet
Bolt, Nissan Leaf, BMW i3, Renault Zoe, Jaguar I-Pace, Volkswagen e-Golf.
Em um motor a combustão, a produção de força e energia nunca é uniforme.
Os componentes ligados ao pistão causam problemas de equilíbrio mecânico e diversos
acessórios são necessários para resolver estes problemas, o que torna o motor mais pesado.
Grande parte da energia produzida pelo motor é perdida em forma de calor e apenas cerca
de 5% a 30% é convertida em trabalho para movimentar os eixos. Estes mesmos problemas
não aparecem em um motor elétrico, uma vez que ele trabalha com a ajuda de um campo
magnético gerado pelo estator, possibilitando controlar a velocidade do motor apenas com
o ajuste da frequência da potência injetada. Este controle garante uma produção uniforme
de potência e velocidade. Como visto na Figura 7, Os motores elétricos não necessitam do
sistema de exaustão, reduzindo consideravelmente os níveis de ruído e são projetados para
terem um aproveitamento de 93% a 95% da energia [23].
das baterias aumenta. Com isso, muito em breve os carros elétricos vão custar menos que
os carros a gasolina ou de outro combustível fóssil [23].
A principal vantagem do carro à combustão interna é a autonomia e o abastecimento,
que é muito rápido e difundido levando em conta a excelente infraestrutura de postos pelo
país. Entretanto, ele possui algumas desvantagens como a alta emissão de gases poluentes,
manutenção elevada, motor com baixa eficiência e custo elevado do combustível. Os veículos
elétricos possuem diversas vantagens como: baixo custo de energia para carregamento
e manutenção, alta eficiência do motor, baixa emissão de ruídos e nenhuma emissão de
gases poluentes. As desvantagens ainda ficam por conta da autonomia, embora já existam
modelos competitivos com os carros convencionais, tempo de carregamento e baixa oferta
de pontos de recarga [23]. Contudo, são notáveis os avanços significativos nestes três
aspectos nos últimos anos e a tendência é crescer e melhorar ainda mais o cenário de carros
elétricos tanto no Brasil, quanto no mundo.
entre 320 a 600 km. Assim como os outros veículos elétricos, os de células a combustível
minimizam a perda de energia desligando o motor quando parados no trânsito ou no
semáforo. Depois, o motor elétrico pode ligar o carro novamente para iniciar o movimento
[23].
• Elevado custo de fabricação, sendo este 40% maior que uma bateria de Ni-Cd [27].
Além das características citadas, é preciso mencionar que, a maioria das peças de
baterias de íon de lítio são recicláveis, tornando essas baterias uma boa opção para os
ambientalmente conscientes. Este tipo de bateria é usado em BEVs e PHEVs [25]. Apesar
de ser muito utilizada em carros elétricos, a tecnologia da bateria de íon de lítio ainda
esta em evolução para que esta seja mais leve, tenha uma maior carga e maior duração.
Uma tecnologia atualmente em desenvolvimento é a bateria de lítio-metal, uma
bateria para carros elétricos com tecnologia de ”Estado Solido”, já que dispensa o eletrólito
líquido. Em seu lugar ela usa um separador cerâmico seco, que permite transferência de
energia com mais eficiência. Elas mantêm mais de 80% da capacidade após 800 ciclos de
carga, muito mais que as baterias para carros elétricos atuais, e tem recarga rápida, em
que pode chegar a 80% da capacidade em apenas 15 minutos [28]. A empresa responsável
pelo desenvolvimento (QuantumScape) afirma que tudo isso pode se traduzir em baterias
capazes de alimentar um veículo por “centenas de milhares de quilômetros” antes que precise
ser substituída. Sendo essa tecnologia um avanço no que se diz respeito ao armazenamento
de energia para o futuro do transporte eletrificado.
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 20
• A bateria pode ser resfriada, no entanto levará cerca de um dia para aquecer
novamente [26].
Capítulo 2. Fundamentação Teórica 23
2.2.5 Supercapacitores
Os supercapacitores, Figura 14, são dispositivos de armazenamento e energia, porém
não são considerados baterias, no entanto são dispositivos que contêm baixa densidade
energética, alta densidade de potência e possuem um excepcional ciclo de vida, ou seja,
armazenam menos energia, mas possuem a capacidade de carga e descarga muito maior
que as baterias tradicionais.
contra colisões laterais e leva o centro de gravidade para próximo do solo tornando-o mais
estável.
O preço de uma bateria de veículo elétrico é determinado por sua capacidade de
armazenamento, dada em quilowatts-hora (kWh), que define a autonomia e o nível de
potência do motor que fornece. Este preço já representou mais da metade do custo de
produção do veículo, porém o desenvolvimento envolvido no mercado de veículos elétricos
fez com que o preço por quilowatt-hora baixasse. Neste contexto, é visto uma queda no
custo do lítio, que também deve diminuir o preço das baterias por conta da abertura de
novas minas para atender a alta demanda esperada do mercado. O mesmo deve acontecer
com o cobalto, outro material caro utilizado na produção das baterias, que também precisa
ser minerado.
Apesar de cada tipo de bateria ter seu próprio uso, a bateria dos veículos elétricos foi
projetada para uma vida útil prolongada, devido a repetição do processo de carga/descarga.
Assim, podendo durar até 20 anos em climas moderados ou até 12 anos em climas extremos.
O processo cíclico de descarga para alimentação do motor elétrico e a recarga da bateria
afetam a quantidade de energia que pode ser armazenada. Ao longo do tempo, a repetição
deste processo acaba diminuindo a autonomia do carro e o tempo entre as cargas.
Portanto, com a redução dos custos do lítio, e com toda a tecnologia sendo estudada
e aperfeiçoada, é compreensível que este material está sendo o mais usado para projetos
de veículos elétricos. Pois a escolha pelo tipo de bateria depende da densidade energética
a qual se pretende obter, sendo este o termo que define a capacidade de armazenamento
de energia da bateria. Assim, observando a Tabela 3 , é possível ver um bom valor de
densidade energética na bateria de lítio. Isso comparada as outras baterias, sendo uma
das melhores escolhas para projetos de carros elétricos.
carros elétricos para recarregar suas baterias, adicionado mais cargas neste horário de
grande consumo, além de tomar seu banho após um dia de trabalho cansativo. Assim,
é esperado que com o aumento de quantidade e popularização dos veículos elétricos no
Brasil, o pico de consumo na rede elétrica brasileira também aumentara. É possível ver
um incentivo por parte da ANEEL em reduzir esse pico de consumo, disponibilizando
a tarifação horosazonal para consumidores residenciais. Vendo esse incentivo, também é
notável a necessidade de realizar estudos com o objetivo de reduzir o grande aumento de
demanda causado pelos carros elétricos no horário de ponta.
• Faixa Intermediária
Na faixa intermediária, como o próprio nome sugere, são dois períodos período do
dia, de 1 hora de duração, em que o consumo esta entre o horário de pico, e fora do
horário de pico de consumo. Na CEMIG, esse posto tarifário é de 16h às 17h e de
20h às 21h.
considerando a curva de carga de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL. Essa
divisão de faixas de consumo só se aplica nos dias úteis já que nos finais de semana
temos todo o dia sendo cobrado como Fora de Ponta [67].
|P |
FP = = cos(Φ) (2.1)
|S|
dia, enquanto fornece energia para a residência durante a noite. Além disso, no caso de
interrupção do serviço da concessionária, o conjunto FV e VE manteria o fornecimento de
energia, tanto durante o dia quanto à noite. Outro conceito, também desenvolvido baseado
na proposta bidirecional do fluxo de potência, é o veículo no empreendimento (do inglês,
vehicle to building) (V2B). Nesta proposta, a energia armazenada na bateria é usada como
um sistema de backup em escala comercial [43].
3 Desenvolvimento
3.1 Conceituação
O Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas da Universidade Federal de Ouro Preto,
localizado na cidade de João Monlevade no estado de Minas Gerais, apresenta vários
estudos referentes à rede elétrica de sua região. São disponibilizados cursos de estudos da
rede de distribuição de energia elétrica e com isso são feitos relatórios da rede elétrica da
região da cidade de João Monlevade [55].
Segundo o IBGE a cidade contém uma população estimada de 80.903 pessoas
[47], contendo uma variedade de agências bancárias, escolas, comércios, indústrias. Todo
esse conjunto demanda uma grande quantidade de energia, e portanto, o conceito V2G,
indicado na Figura 20, pode contribuir para a redução desse pico de consumo e perdas, se
as baterias forem usadas de forma correta.
V2G, como visto na Figura 20. A simulação busca analisar a redução na demanda de
potência na cidade utilizando a energia armazenada nos VEs durante os períodos do dia
de maior demanda de consumo.
Para realizar a simulação foi utilizado o software OpenDSS, um software aberto que
realiza simulações de fluxo de potência em regime permanente em redes de distribuição.
Para modelar a rede elétrica de distribuição do sistema real de um dos alimentadores
da cidade, este foi mapeado a partir da ferramenta Google Maps ,colhendo os dados de
coordenadas dos postes do alimentador. Posteriormente foi aplicado o comportamento
da demanda de potência da região nas cargas presentes nesse modelo. Os VEs foram
parametrizados como um banco de baterias, com as características de dados de recarga
dos VEs utilizados.
O projeto apresenta três casos de simulação. O caso base é aquele que se encontra a
atual situação da rede elétrica da região, ou seja, sem uma frota de VEs para ser carregados.
O caso 1 representa a inserção de carros elétricos no caso base, sendo carregados da hora de
maior demanda da rede. Por fim, é apresentado o caso 2, cujo cenário há o carregamento
dos VEs no horário de 0h até 6h e as baterias dos veículos seriam utilizados das 17h até
22h para suprir uma parte da demanda neste horário de maior consumo elétrico da rede.
energia [48].
O acesso a informações sobre a demanda da carga em tempo real é uma inovação
que torna mais eficiente a interação entre o VE e a rede elétrica, que seria proporcionado
com investimentos para a infraestrutura da rede elétrica inteligente.
Dentre uma das características dos carregadores que são importantes para esse
projeto são os Interruptores de Horários Programáveis, que são utilizados para o fun-
cionamento automático de ventilação, iluminação, aquecimento entre outras utilidades.
Esse interruptor permite a abertura e o fechamento de circuitos independentes a partir
de uma lógica pré-definida pelo usuário, podendo ligar e desligar aparelhos em horários
programáveis[41].
Sabendo das utilidades dos carregadores, nos modos de operação em que o VE atua
como um gerador de energia, é possível saber quais serão as suas utilidades. Acontecendo
da seguinte forma: conhecendo a curva de demanda de um estabelecimento como um
shopping, edifício comercial ou até uma residência, é possível identificar pontos de pico de
demanda em horários definidos. O VE atuaria nesses horários de pico de demanda como
um gerador de energia para poder equilibrar a curva de demanda. Os Interruptores de
Horários Programáveis então seria conectados entre o carregador e a rede de distribuição,
ou então atuaria no próprio sistema do carregador inteligente via aplicativo. Este seria
programado para atuar nos horários de pico de demanda realizando então a conexão do
VE com a rede apenas nos horários programados, mesmo o VE estando conectando com o
carregador durante todo o período que esteja estacionado [48].
Outra característica importante é que, para o modo de operação V2G ser possível,
é necessário que o sistema de carregamento do VE possua um conversor bidirecional
embarcado. Permitindo o fluxo de potência nos dois sentidos, da rede elétrica para o VE e
do VE para a rede elétrica, como indicado na Figura 18.
Para a escolha do carregador do sistema da simulação foi realizado estudo dos
tipos de carregador disponíveis, além de conter as características anteriormente citadas.
Portanto foi escolhido um carregador de parede, ou então chamado de Wallbox, contendo
potência de 7,4 kW, de modelo chamado de Wallbox Quasar, como visto na Figura 21. A
empresa Wallbox é uma empresa de carregamento inteligente e fabricante líder de estações
de carregamento de veículos elétricos na Europa. E anunciou na CES 2020 ( consumer
Electronics Show - 2020) o seu produto Quasar, o primeiro carregador EV bidirecional do
mundo para uso doméstico [49]. Alguma das principais características de carregamento
pode ser vista na Tabela 6. Apesar do anuncio do Wallbox Quasar 2, será utilizado o de
primeira geração, pois o de segunda geração faz o carregamento de VE com uma potência
de 11,5 kW [50]. Além do primeiro modelo ser mais acessível se comparado com o modelo
mais novo da marca.
Capítulo 3. Desenvolvimento 39
Figura 21 – Carregador Wallbox Quasar, de 7,4 kW, apresentado na CES 2020 [51].
Figura 22 – Carro Elétrico Nissan Leaf, utilizado em conjunto com Wallbox Quasar. [52]
Esse conjunto de veiculo Elétrico Nissan Leaf e Wallbox Quasar como carregador
não foi escolhido arbitrariamente. O carro da Nissan foi devidamente escolhido, pois esse
é um dos poucos carros elétricos com sistema embarcado. Possibilitando a utilização de
suas baterias para compensar a rede elétrica [53], seguindo o sistema de fluxo de potência
indicado na Figura 23. Os únicos veículos disponíveis no momento (primeiro trimestre de
2022) que possuem recursos V2G são o Nissan Leaf e o Nissan e-NV200.
Figura 23 – Arranjo dos Sistemas V2G, G2V, V2H e G2H. Adaptado de [59].
Capítulo 3. Desenvolvimento 41
Para a obtenção dos dados mais atuais da rede de distribuição, foi escolhido um
dos alimentadores, JMLT 307, e com a ajuda da ferramenta Google Maps. Foi realizado a
análise da rota desse alimentador que passa pelos bairros Recanto Paraíso, Santa Bárbara,
Carneirinhos, Industrial, Aclimação e República. Durante os estudos, foi efetuado o cadastro
dos postes presentes no trecho principal da linha de média tensão e a indicação das suas
coordenadas. Devido ao contexto de pandemia, para seguir as normas de segurança contra
o COVID-19, a realização das análises e cadastros dos postes e dispositivos de segurança e
proteção nos postes, foi efetuada remotamente e, portanto podem conter diferenças com
os dados reais atuais.
A coleta de dados dos postes presentes no trecho principal da linha de MT, ocorreu
buscando dados de derivação do trecho, bairro, estrutura, comprimento, se continha ou não
derivação, religador e por fim transformador. Além disso, foram coletadas as localizações
(Latitude e Longitude) dos postes e se continham rede trifásica ou monofásica. Por último
foi adicionada a informação da rua do poste para facilitar sua localização e controle
dos dados. Alguns das principais informações podem ser vistas na Tabela 9. É possível
identificar que a distribuição nessa área é feita com a utilização de circuitos trifásicos e
nenhum monofásico. Pois há uma maior densidade de carga na região, não sendo viável para
Capítulo 3. Desenvolvimento 42
cima da matriz de admitância nodal do sistema, isto é, com os fasores de tensões nodais e
correntes injetadas [54].
A rede de distribuição definida para análise, como visto, é o circuito de um alimen-
tador real brasileiro. O alimentador possui tensão nominal de 13,8 kV, 60 transformadores
de distribuição MT/BT. Suas cargas foram distribuídas em consumidores residenciais, em
sua maioria, mas também contendo cargas comerciais e industriais. Podes-se destacar que
o sistema não possui reguladores de tensão e banco de capacitores. As simulações foram
realizadas no modo diário, em que os resultados são obtidos a cada hora do dia.
Com o auxilio da Ferramenta MATLAB, foram obtidos os dados do OpenDSS e
plotados os gráficos para uma melhor análise. Desta forma, são necessárias as apresentações
das curvas de cargas que definem a demanda do sistema.Também serão apresentados os
casos de estudos deste trabalho indicando todas as características dos sistemas para cada
cenário, como indicado na Tabela 10.
0.8
Demanda (pu)
0.6
0.4
0.2
0
0 5 10 15 20 25
Tempo (h)
A partir das análises feitas no Capítulo 2.4.1 de curva de carga, foi possível entender
a curva de consumo brasileiro no setor residencial. Com o auxilio da Figura 15, foi criado
e adotado como parâmetro a curva de carga ilustrada na Figura 28, de modo que houvesse
uma maior demandas de carga nos horários entre 17 horas e 22 horas. A Figura 28 mostra
que a curva de carga residencial adotada tem como característica principal de consumo
máximo às 18h. Sendo evidenciado o comportamento predominantemente do tipo de curva
de consumo na regiões, sendo esta, com concentração de cargas residências.
Capítulo 3. Desenvolvimento 47
Neste contexto, a potência máxima que os carros elétricos poderão consumir será
de 976,8 kW. O cálculo considerou os 132 VEs e o carregador escolhido na seção 3.2 (de
7,4 kW).
Sabendo a quantidade de demanda dos carros elétricos estabelecidas, é possível
encontrar a capacidade total das baterias disponíveis para o uso. Sendo assim, carregamento
do veículo escolhido, Nissan Leaf, tem um carregamento completo efetuado com um tempo
estimado de 6 horas. Portanto a frota 132 de carros pode chegar a demandar 976,8kW
da rede em um tempo de carregamento de 6 horas, deste modo esta disponível um banco
de baterias de carros elétricos de 5.860,8 kWh, sendo esta a capacidade total disponível
para serem carregadas, ou então usadas para suprir uma demanda em horários de grande
necessidade. A Tabela 11, resume todos os dados encontrados de VE da região, para a
realizar a simulação.
1
Curva de Carregamento (pu)
0.5
-0.5
-1
0 5 10 15 20 25
Tempo (h)
Capítulo 3. Desenvolvimento 49
Com a curva de carregamento definida, foi realizada a adição desta frota de carros
elétricos no sistema elétrico estudado, referente a um dos alimentadores presentes na
subestação da cidade de João Monlevade, em Minas Gerias. Utilizando o mesmo código
da Figura 26 de declaração do arquivo principal da simulação, foi adicionado o sistema de
baterias dos carros elétricos, referentes à frota de 132 VEs. Como visto na Figura 31, foi
realizado a adição de uma curva de carga, onde foram inseridas as informações da curva de
carregamento da Figura 28. Logo após, houve a criação de um banco de baterias, contendo
as informações de potência e capacidade total da bateria disponível, referentes aos 132
VE. Em seguida é adicionado um novo transformador exclusivo deste banco de baterias,
pra suporta toda a demanda e realiza a conversão de BT/MT do sistema elétrico. E por
fim, alguns monitores de tensão e potência foram adicionados para ter um melhor controle
e monitoramento sobre o sistema.
1
Curva de Carregamento (pu)
0.5
-0.5
-1
0 5 10 15 20 25
Tempo (h)
4 Resultados
900
800
700
S (kVA)
600
500
400
300
0 5 10 15 20 25
Horas
Figura 34 – Tensões nas barras do sistema em p.u no horário de pico, Caso base.
0.99
Tensão em pu
0.98
0.97
0.96
0.95
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Barras
cargas consumirem potência e perdas nos condutores das linhas entre as barras.
Além das tensões, também foram obtido os dados de corrente no horário de maior
consumo. Como é possível observar na Figura 35, ocorre uma variação das correntes
durante o gráfico. Há um grande valor de corrente no início do gráfico, pois essa corrente
é do início do Alimentador e essa corrente vai tendendo a zero já no final do sistema. É
possível notar variações bruscas durante o gráfico, pois ocorrem ramificações durante o
caminho, ou seja, ruas paralelas durante o percurso, e nessas ramificações são encontradas
pequenas cargas. Como observado na Figura 24, é possível ver um maior fluxo de carga na
avenida principal, contendo essas linhas com um maior nível de corrente, porém durante o
caminho, podem ocorrer derivações para pequenas ruas, e essas pequenas ruas possuem
pouca demanda de carga, e a corrente em sua linha será baixa, porém temos a continuação
do sistema na rua principal, assim temos essa elevação de corrente no gráfico, pois voltou
à indicação da corrente das linhas da rua principal.
Para este sistema sem carros elétricos, a corrente máxima encontrada foi de 109,67
A, sendo esta corrente referente à primeira linha do sistema a partir do alimentador, como
indicado na Figura 35 .
120
100
80
Corrente (A)
60
40
20
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Linhas
a sua variação de seus valores é semelhante a demanda do sistema, onde esta correlação
é coerente, visto que, maior a demanda, maior a corrente nas linhas e maior as perdas
causadas por estas.
Figura 36 – Perdas de Potência Diárias (Soma das Três Fases) da Rede de MT, Caso Base.
104
8
6
Watts [W]
2
0 5 10 15 20 25
Horas
A obtenção das perdas de energia diária no alimentador pode ser feita calculando
a área do gráfico da Figura 36, de Perdas de Potência Diárias. Sendo assim, considerando
às 24 horas simuladas do sistema, foi obtido o valor de 1,239 MWh de perdas de energia
diária no alimentador, sendo às 18 horas o horário de maior perda com o valor de 79.416,03
W.
Segue abaixo na Tabela 12 os dados obtidos pela simulação do caso base, sendo
estes dados a base de comparação para os Casos 1 e 2 seguintes.
4.1.2 Caso 1
Para o caso 1, foi realizada a simulação do sistema do caso base, contudo, tendo a
diferença que será adicionado uma frota de VEs, contendo 132 carros elétricos carregando
no horário de pico, ou seja, das 17h até as 22h, seguindo o gráfico da Figura 24. Ao simular
a rede com as cargas dos VEs, será verificado qual o impacto que os carros elétricos irá
causar na curva de carga representada na Figura 33. A Figura 37 representa o resultado
da adição dos carros elétricos na rede.
1200
Caso Base
Caso 1
1000
800
S (kVA)
600
400
200
0 5 10 15 20 25
Horas
Com a adição dos veículos elétricos pode-se notar que ao adicionar esses veículos
na rede, acarretou em um aumento significativo no consumo de energia principalmente no
horário de pico das 18h. Assim, sendo este o horário onde a demanda de energia é maior,
causado principalmente por a maioria das pessoas estarem chegando a suas casas após o
trabalho casa e consequentemente elevando o consumo de energia.
Ao realizar a adição da frota de carro nesse horário, é notado que houve uma
sobrecarga no sistema de distribuição. Sendo assim, necessária uma maior demanda de
energia, forçando um investimento para realização de melhoras na infraestrutura da região,
para então aumentar a capacidade de energia demandada. O pico de energia, que no caso
base era de 872,9 kVA, agora passa a casa de 1.0 MVA, e chega aos 1192,76 kVA por fase,
um valor bem expressivo, levando o aumento de 36,64% de demanda em relação ao caso
anterior.
Para a tensão do sistema no horário de maior demanda, 18 horas, ocorreu uma
leve atenuação na tensão mínima do sistema, no qual passou de 0,95629 pu, para 0,956160
pu, na qual essa redução de tensão pode ser perigosa para o sistema caso ocorra uma
queda muito brusca da tensão. Para o caso da simulação deste trabalho a queda não foi
muito elevada, não acarretando algum problema. Como apresentados na Figura 38, os
Capítulo 4. Resultados 56
Figura 38 – Tensões nas Barras do Sistema em p.u no Horário Demanda Máxima, Caso 1.
1
Caso Base
Caso 1
0.99
Tensão em pu
0.98
0.97
0.96
0.95
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Barras
120
Caso Base
100 Caso 1
80
Corrente (A)
60
40
20
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Linhas
MWh para 1,60 MWh, um aumento de 29,80% em relação ao caso base. Isso mostra o
consequência de se adicionar a carga da frota de VEs no horário de maior demanda.
Figura 40 – Perdas de Potência Diárias (Soma das Três Fases) da Rede de MT, Caso 1.
104
12
Caso Base
Caso 1
10
Watts [W]
2
0 5 10 15 20 25
Horas
4.1.3 Caso 2
Em relação ao segundo caso, foi necessário estudar um cenário em que o carrega-
mento de carro elétrico não comprometesse a rede elétrica, ao ser adicionado 132 VEs,
como acorreu no caso 1. Com isso foi simulado o carregamento dos veículos no horário
da madrugada, de 0h até às 6h e também foi feito a utilização das baterias no horário de
pico para suprir uma parte da demanda, assim reduzindo o pico de consumo, e o resultado
podem ser vistos a seguir, na Figura 41.
1200
Caso Base
Caso 1
1000 Caso 2
800
S (kVA)
600
400
200
0 5 10 15 20 25
Horas
Figura 42 – Tensões nas Barras do Sistema em p.u no Horário Demanda Máxima, Caso 2.
1
Caso Base
Caso 1
0.99 Caso 2
Tensão em pu
0.98
0.97
0.96
0.95
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Barras
120
Caso Base
100 Caso 1
Caso 2
80
Corrente (A)
60
40
20
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Linhas
A Figura 44, retrata as perdas do caso 2. E apesar do sistema conter uma boa
distribuição do carregamento, ainda terá uma grande carga de 132 carros elétricos sendo
carregados na rede de distribuição. Portanto é esperado um aumento de perdas se com-
parado com o caso base. Para o cenário base estudado foi identificado uma perda de
energia diária no alimentador de 1,23 MWh, e no caso 2, 1,32 MWh. Um aumento de
aproximadamente 6,57% se comparado ao caso base. Porém, foi uma adição de perdas
Capítulo 4. Resultados 60
Figura 44 – Perdas de Potência Diárias (Soma das Três Fases) da Rede de MT, Caso 2.
104
12
Caso Base
Caso 1
10 Caso 2
Watts [W]
2
0 5 10 15 20 25
Horas
Portanto, a inserção de carros elétricos podem ser feita de forma que beneficie
a rede nesse horário crítico de maior demanda. Como visto na Tabela 14, a demanda
máxima no horário de 18h caiu de 1192,76 kVA para 618,80 kVA, aliviando o sistema e
deslocando o pico para outro horário. Esse deslocamento traz uma folga para o sistema,
caso o cenário fosse do caso 1, o sistema teria que receber atualizações e melhorias para se
manter operando, pois ele estaria atuando perto do limite de operação, caso o alimentador
fosse projetado para uma demanda de 1.200 kVA. Isso traz mais gastos pra concessionaria
de energia e esses gastos possivelmente serão passados para os consumidores, aumentando
suas contas de energia.
Como visto na Figura 41, o deslocamento faz com que o horário de pico fique
deslocado pra madrugada, e por esse fato, faz com que investimentos na infraestrutura da
rede seja postergado e assim diminuindo custos pra concessionário e consequentemente
pro consumidor final.
Capítulo 4. Resultados 62
Para o calculo o custos mínimo, foi utilizado a Tarifação B1-Ponta de bandeira verde,
indicados na Tabela 4 e sendo utilizado um carregador de 7,4 kW para o carregamento da
bateria do carro Nissan Leaf, no tempo de 6 horas, totalizando no valor de R$ 51,96 para
realizar seu carregamento completo. Porém para o caso 2, a situação econômica é melhor,
tendo uma redução de 56.52%, seguindo as contas mais abaixo.
Capítulo 4. Resultados 63
4.2.2.1 Cenário 1
Para o primeiro cenário de estudo, foi encontrado o valor cobrado do uso da energia
elétrica pela concessionária da região, onde no mês de setembro de 2022, foi cobrado o
valor de 0,74785464 R$/kWh [75].
Este cenário da Figura 45 contém um carro elétrico em seu contexto e mostra o
consumo de 675kWh de um mês da família, onde são consumido em média 22,6 kwh/dia
em um mês de 30 dias. Esse contexto de demanda do carro elétrico é semelhante ao caso 1,
onde o trabalhador chega em sua casa e colocaria seu carro elétrico para carregar. Para este
caso o VE chegaria em casa, com uma média de 83,33% de carga na bateria, precisando
somente de 1 horas de carregamento. Com esse 16,67% gastos de bateria, o automóvel teria
uma autonomia mínima de 45 km, suficiente para a volta do trabalhador à sua residencia.
8
Demanda S (kVA)
0
0 5 10 15 20 25
Tempo (h)
Foi designado o valor médio de 675 kWh por mês consumido para o contexto da
família junto com um VE, resultando em um valor de R$500,00 para a conta da casa. Para
este contexto de uma família de 4 Pessoas, a Figura 45 mostra o cenário médio de consumo
diário da casa. É visto que, o maior pico de consumo seria o carregamento do carro elétrico
Capítulo 4. Resultados 65
e os outros pequenos picos de consumo, são ocasionados pelo uso dos chuveiros elétrios e
eletrodomésticos de maior consumo, como secadores de cabelo, fornos elétricos e air fryer.
4.2.2.2 Cenário 2
Para o cenário 2 de estudo, foi alterado o sistema de cobrança, onde foi aplicado a
Tarifa Branca. Nesse cenário médio de consumo diário da casa, indicado na Figura 45 do
cenário anterior. Porém, com esse novo método de cobrança de energia, a conta da família
teve um aumento de 30,9% se comparado ao cenário anterior. Agora será cobrado o valor
de R$654,67. Esse cenário se torna a pior opção para os consumidores, pois o horário onde
tem a maior demanda de energia da casa coincide com a tarifa de ponta. Segue a Tabela
16, comparando os valores dos cenários apresentados até o momento.
4.2.2.3 Cenário 3
Demanda S (kVA) 8
0
0 5 10 15 20 25
Tempo (h)
4.2.2.4 Cenário 4
Para o cenário quatro, foi utilizado o conceito de V2H, em que a carga da bateria
é utilizada pra suprir a demanda da casa durante o horário de pico de consumo e o carro
passa a ser carregado no horário da madrugada. Também foi usado a Tarifa Branca, pois
como o carro vai ser carregado na madrugada o kWh é mais barato, compensando usar
essa taxação nesse cenário. A Figura 47 mostra como ficou a curva de demanda para a
concessionaria.
8
Demanda S (kVA)
0
0 5 10 15 20 25
Tempo (h)
Analisando a figura 47, é possível ver que no horário de grande demanda da rede
elétrica, o consumo, pra concessionaria, é zerado já auxiliando a rede, eliminando uma
Capítulo 4. Resultados 67
carga para a rede. Para esse cenário, teve uma redução de 17.21% na conta de energia, se
comparado ao cenário 1, reduzindo para R$ 413,95 a conta de energia elétrica da família.
4.2.2.5 Cenário 5
6
Demanda S (kVA)
-2
-4
0 5 10 15 20 25
Tempo (h)
Para esse cenário de consumo, a família tem o mesmo gasto do cenário anterior
de R$ 413,95 de conta de energia, reduzindo em 17.21% a conta de energia da residência
Capítulo 4. Resultados 68
devido a tarifa adotara ser mais barata nos horários consumidos. Porém, agora, com a
tecnologia V2G, auxilia a rede no horário de pico de consumo. A Tabela 19 mostra a
comparação dos cenários.
5 Conclusão
6 Referências
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ativa-e-reativa-em-redes-de-distribuicao/>
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Capítulo 6. Referências 75
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[65] CEMIG. Nossos Negócios – Comercialização. Disponível em: <https://www.ce
mig.com.br/quem-somos/#: :text=A%20Cemig%20%C3 %A9%20a%20maior,tamb%C3%A
9m%20sobre%20as%20energias%20renov%C3%A1veis>
[66] CEMIG. VALORES DE TARIFAS E SERVIÇOS. Disponivel em: <https://www
.cemig.com.br/atendimento/valores-de-tarifas-e-servicos/#: :text=Tamb%C3 %A9m%20co
nhecido%20como%20hor%C3%A1rio%20de,2>
[67] WGSOM. A tarifa da CEMIG – Tudo que você precisa saber sobre sua conta
de luz. Betin-MG. Disponível em: <https://wgsol.com.br/a-tarifa-da-cemig/>
[68] Topcharger. Will V2G take off in 2022? Investment is likely. Disponível em:
<https://topcharger.co.uk/will-v2g-take-off-in-2022/>
[69] Wallbox. Quasar. Disponível em: <https://wallbox.com/en_catalog/quasar-
dc-charger>
[70] Manual do Proprietário Nissan LEAF. Disponível em: <https://www.nissan.com
.br/content/dam/Nissan/br/manuais/LEAF/2021/MP%20LEAF%20WEB%20retrato%20
12-3-21%20(1).pdf>
[71] NEOCHARGE. TIPOS DE CARREGADORES PARA VEÍCULOS ELÉ-
TRICOS. Disponível em: <https://www.neocharge.com.br/tudo-sobre/carregador-carro-
eletrico/tipo-carregador-ve>
Capítulo 6. Referências 77
[72] WEG. Transformador Óleo 30.0kVA 13.8/0.22kV CST ONAN. Disponível em:
<https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Gera%C3%A7%C3%A3o%2C-Transmiss%C3%
A3o-e-Distribui%C3%A7%C3%A3o/Transformadores-e-Reatores-a-%C3%93leo/Transforma
dores-de-Distribui%C3%A%C3%A3o-a-%C3%93 leo/30-a-300-kVA/Transformador-%C3%93
leo-30-0kVA-13-8-0-22kV-CST-ONAN/p/14537454>
[73] Conduspar. Cabo de Alumínio CA. Disponivel em: <https://conduspar.com.br
/produtos/cabos-nus/cabo-de-aluminio-ca/>
[74] GOV. Famílias e Filhos no Brasil. Disponível em: <https://www.gov.br/mdh/pt-
br/navegue-por-temas/observatorio-nacional-da-familia/fatos-e-numeros/familias-e-filhos-
no-brasil.pdf>
[75] CEMIG. VALORES DE TARIFAS E SERVIÇOS. Disponível em: <https://www.
cemig.com.br/atendimento/valores-de-tarifas-e-servicos/>
[76] AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL. RESOLUÇÃO
NORMATIVA Nº 482, DE 17 DE ABRIL DE 2012. Disponível em: <https://www2.aneel.gov.
br/cedoc/ren2012482.pdf>
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7 Anexos