Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRESIDENTE EPITÁCIO
2023
EUGÊNIO DA SILVA NETO
PRESIDENTE EPITÁCIO
2023
Ficha catalográfica elaborada pela Coordenadoria de Biblioteca, IFSP
Câmpus de Presidente Epitácio, com dados fornecidos pelo autor.
CDD – 621.3104
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Dr. Tiago Veronese Ortunho – IFSP
Orientador (Presidente)
___________________________________________
Prof. Dr. Leonardo Ataide Carniato – IFSP
Avaliador
___________________________________________
Prof. Me. Davi Carnieto – IFSP
Avaliador
Dedico este trabalho aos meus pais, familiares
e amigos que não pouparam esforços para que
eu pudesse concluir meus estudos.
AGRADECIMENTOS
Immanuel Kant
RESUMO
Through the development of the following study, the objective is to know the capacity of
electric energy generation of a mechanical system in a pre-selected road, whose flow of vehicles
in transition helps in the capture of energy that is commonly wasted, in order to contribute with
sustainability through the generation of energy by means in which it would be wasted. The
feasibility analysis consists of the approach referring to the clean generation of electricity,
encompassing mechanical systems. These can be described and characterized by the
performance of work through mechanical energy, in short, from gravitational and kinetic
potential energies. Aiming to obtain the particularities and singularities of the real world, the
study is based on several studies that portray such a system, demonstrating the generation
capacity, considering a location with a high flow of vehicles. In addition, the study presents an
example of the application of energy generated in public lighting, and for this it was necessary
to consider a storage system that, through the calculations presented, proved to be suitable for
feeding estimated lighting points. However, given the low level of energy generation and the
long term financial return due to the costs associated with the components, it demonstrates little
feasibility of implementation in the public lighting system.
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
elétrico, contribuindo com um aumento do percentual das fontes renováveis na matriz elétrica
brasileira.
Ainda, de acordo com dados do Centro Universitário FEI (2019), o Projeto Lombada
Geradora de Energia (LGE), objetiva estimar a capacidade de geração de energia através do
fluxo de veículos perante a substituição das lombadas de concreto tradicionais por um sistema
mecânico que utiliza o peso dos carros para a geração de energia, utilizando baterias como meio
de armazenamento. A LGE foi idealizada pelo inglês Peter Hughes, que com o auxílio do
governo de Londres, executou a construção de trinta mil lombadas para testes.
Segundo Triches (2016) o projeto Magneter foi projetado e implementado pelo designer
chinês Fang-Chun Tsai, o mesmo apresenta como princípio de funcionamento a utilização de
energia cinética referente ao tráfego de veículos que atingem grandes velocidades, tendo em
evidência a alteração em um campo magnético, e assim, gerar energia elétrica.
Para tal atuação, neste sistema os veículos em questão precisam dispor de dispositivos
magnéticos alocados em sua parte inferior, de forma a trabalhar em conjunto com os
dispositivos posicionados no solo das rodovias.
O projeto teve aplicação em uma rede de supermercados europeu, sendo que para o
funcionamento do mesmo utilizou-se duas placas geradoras, uma posicionada na entrada e outra
na saída do estacionamento do supermercado. Desta forma, a energia gerada pode ser utilizada
nos caixas do empreendimento.
As diversas formas de geração de energia, bem como pesquisas e novos métodos além
dos usuais para geração, são fundamentais para a complementação das atividades já existentes,
e o atendimento a grande demanda requisitada por todo o país. Justamente em períodos de seca,
nos quais tem-se a necessidade de operação das usinas termelétricas.
O Brasil se destaca no cenário mundial por ter grande parte de sua matriz elétrica
baseada em fontes renováveis de energia. Enquanto em outros países as usinas
térmicas a carvão e nucleares ainda têm grande peso, aqui a maior parte da energia é
produzida por hidrelétricas, parques eólicos e outras fontes limpas. O problema é a
falta de diversificação: como cerca de 65% da nossa energia depende das hidrelétricas,
o sistema fica vulnerável ao regime de chuvas (CAVALHERI, 2021).
Figura 3: Deslocamento vertical (Δy) e componente da força peso normal a superfície da lombada.
Ressalta-se que o projeto LGE tem como base a estrutura externa de uma lombada
convencional, ou seja, que apresenta uma determinada curvatura em toda a sua extensão de
aplicação. Neste sentido, durante a interação do veículo com a mesma, estima-se que toda a
curvatura pode ser decomposta em diversas superfícies declinadas, onde em cada ponto destas
superfícies a força exercida é diferente, e obtendo valor máximo quando atinge o pico da
curvatura da lombada.
Para encontrar a massa do conjunto, sendo esta composta pela massa da lombada e a
massa do veículo que interage com a mesma, deve-se, inicialmente, definir o material da
lombada a ser utilizado. Neste caso, será considerada uma lombada feita de asfalto sobre uma
plataforma, conforme ilustrado na Figura 9.
𝑉𝐿 = 𝐶𝐿 . 𝐿𝐿 . 𝐻𝐿 (1)
𝑉𝐿 = 0,1493 𝑚3 (3)
24
Sendo que:
• "𝑉𝐿 " é o volume da lombada;
• "𝐶𝐿 " é o comprimento da lombada;
• "𝐿𝐿 " é a largura da lombada;
• "𝐻𝐿 " é altura da lombada com o incremento proveniente do peso.
𝑚𝐿 = 𝑉𝐿 . 𝜌𝑎𝑠𝑓 (4)
𝑚𝐿 = 346,7 𝑘𝑔 (6)
Sendo:
• "𝑚𝐿 " é a massa da lombada;
• "𝑉𝐿 " é o volume da lombada;
• "𝜌𝑎𝑠𝑓 " é a massa específica do asfalto por 𝑚3 .
𝑚𝑐 = 𝑚𝐿 + 𝑚𝑣 (7)
𝑚𝑐 = 346,7 + 𝑚𝑣 (8)
Sendo que:
• "𝑚𝑐 "é a massa do conjunto;
• "𝑚𝐿 " é a massa da lombada;
• "𝑚𝑣 ” é a massa do veículo.
25
3.2. MOLAS
𝐹𝑚á𝑥 = 𝑚 ∗ 𝑔 (9)
Sendo:
• "𝐹𝑚á𝑥 "é a força máxima designada ao sistema;
• "𝑔" é o módulo da aceleração da gravidade;
• "𝑚" é a massa do eixo do veículo.
26
Nas Equações 12 a 14, tem-se designada a força nominal imposta ao sistema, sendo
referente a veículos de passeio.
𝐹𝑛𝑜𝑚 = 𝑚 . 𝑔 (12)
Por fim, para os veículos de menor massa, na Equação 15, determina-se a força exercida
na lombada.
𝐹𝑚í𝑛 = 𝑚 . 𝑔 (15)
Desta forma, pode-se determinar a deflexão da mola (𝑌𝑚𝑜𝑙𝑎 ), situada nas Equações 18
a 20.
𝑌𝑚𝑜𝑙𝑎 = 𝐿𝑜 − 𝐿𝑠 (18)
No qual:
• "𝐿𝑜 " é o comprimento natural da mola;
• "𝐿𝑠 "é o comprimento sólido da mola;
• "𝑌𝑚𝑜𝑙𝑎 " é a deflexão da mola.
Para esta mola, deve-se considerar uma pré-carga, sendo respectiva a massa da lombada.
A mesma deve apresentar valor igual ou superior a 20% da carga máxima suportada por cada
mola. Neste caso, a pré-carga é referenciada a partir do peso da lombada, cujo valor é definido
nas Equações 21 a 23.
Neste sentido, considerando o valor definido nas Equações 6 e 23, tem-se nas Equações
24 a 26, o número de molas para fixar a pré-carga em 695,4 N. Nas mesmas, a estimativa tem
como referência o número de molas necessário para que o peso total da lombada tenha interação
com as molas de modo a exercer sobre cada mola um peso de aproximadamente 695,4 N.
𝑃𝑙𝑜𝑚𝑏𝑎𝑑𝑎
𝑁𝑚𝑜𝑙𝑎𝑠 = (24)
𝑃𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
29
346,7𝑥103 . 9,8
𝑁𝑚𝑜𝑙𝑎𝑠 = (25)
695,4
𝑁𝑚𝑜𝑙𝑎𝑠 ≌ 5 (26)
𝑌 . 𝑃𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑌𝑃𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = (27)
3477
122 . 695,4
𝑌𝑃𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = (28)
3477
Desta forma, entende-se que dos 122 mm de deflexão total (Y) das molas, 24,4 mm são
ocupados pela pré-carga, resultando em uma deflexão máxima de 97,6 mm (𝑌𝑚á𝑥 ) que serão
utilizados para geração de energia elétrica do sistema LGE, conforme será apresentado na
Equação 48.
Com isso, considerando os valores das Equações 11, 14 e 17, pode-se determinar o
deslocamento/deflexão executado a partir dos diferentes tipos de veículo que trafegam pela via.
Tais deslocamentos são determinados para as três condições relacionadas ao sistema nas
Equações 30 a 38.
𝐹𝑚í𝑛 . 𝑌
𝑌𝑚𝑜𝑡𝑜 = (30)
𝐶𝑚á𝑥
30
1,47𝑥103 . 122
𝑌𝑚𝑜𝑡𝑜 = (31)
3477
𝑌𝑚𝑜𝑡𝑜 = 51,58 𝑚𝑚 (32)
𝐹𝑛𝑜𝑚 . 𝑌
𝑌𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 = (33)
𝐶𝑚á𝑥
7,35𝑥103 . 122
𝑌𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 = (34)
3477
𝑌𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 = 257,9 𝑚𝑚 (35)
𝐹𝑚á𝑥 . 𝑌
𝑌𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 = (36)
𝐶𝑚á𝑥
78,4𝑥103 . 122
𝑌𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 = (37)
3477
78,4𝑥103 . 122
𝑌𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 = = 2751 𝑚𝑚 (38)
3477
Sendo que:
• "𝑌𝑚𝑜𝑡𝑜 " é a deflexão ocasionada pelas motocicletas;
• "𝑌𝑐𝑎𝑟𝑟𝑜 " é a deflexão ocasionada pelos veículos de passeio;
• "𝑌𝑐𝑎𝑚𝑖𝑛ℎã𝑜 " é a deflexão ocasionada pelos caminhões de eixo simples;
• "𝐹𝑚í𝑛 " é a força mínima designada ao sistema;
• "𝐹𝑛𝑜𝑚 " é a força nominal designada ao sistema;
• "𝐹𝑚á𝑥 " é a força máxima designada ao sistema;
• "𝐶𝑚á𝑥 " é a carga máxima suportada;
• "𝑌" é a deflexão máxima das molas.
Como serão utilizadas 5 molas, para determinar a força elástica da mola (𝐹𝑒 ), deve-se
dividir a força peso imposta ao sistema pelo veículo pela quantidade de molas, conforme
Equações 39 a 41.
𝐹𝑛𝑜𝑚
𝐹𝑒 = (39)
𝑁𝑚𝑜𝑙𝑎𝑠
7,35𝑥103
𝐹𝑒 = (40)
5
𝐹𝑒 = 1,47 𝑘𝑁 (41)
31
A partir das Equações 26 e 41, pode-se definir a constante elástica (𝑘𝑒 ) das molas em
questão, cujo valor é definido na Equação 45.
𝐹𝑒 = 𝑘𝑒 . 𝑌𝑚á𝑥 (42)
𝐹𝑒
𝑘𝑒 = (43)
𝑌𝑚á𝑥
1,47𝑥103
𝑘𝑒 = (44)
97,6𝑥10−3
𝑘𝑒 = 15,06 𝑘𝑁/𝑚 (45)
permite o giro do eixo da máquina elétrica, enquanto que nos momentos de subida o giro
acontece em falso.
Ainda, com este valor de variação da posição percorrida pela cremalheira, pode-se
definir o comprimento máximo da mesma. Deste modo, a cremalheira designada para o sistema
mecânico deve possuir comprimento igual ou inferior a 178 mm, valor este considerando o
comprimento total das molas (300 mm), e desconsiderando deste a deflexão associada a pré-
carga (24,4 mm) e a deflexão máxima de deslocamento restante (97,6 mm), conforme indicado
na Figura 13 . De forma, a atingir o ponto máximo de variação da posição quando a força total
do veículo for exercida sobre a lombada.
(a)
(b)
(a)
(b)
Retrata-se na Figura 19, ainda em uma visão diagonal, a parte interna do sistema. Na
qual pode-se observar alguns elementos internos do sistema mecânico.
37
Por fim, tem-se na Figura 20 (a), a representação em uma vista lateral do sistema,
compreendendo a instalação da lombada de asfalto. Enquanto que, na Figura 20 (b), destaca-se
a mesma visão lateral, considerando as dimensões projetadas para a estrutura do projeto LGE.
(a)
(b)
𝑎
𝐷𝑎 = 𝐷𝑚é𝑑 = 60 𝑚𝑚 (49)
Sendo que:
• 𝑎
"𝐷𝑎 " = "𝐷𝑚é𝑑 " é o diâmetro médio do pinhão A.
𝑎
2 . 𝜋 . 𝑟𝑎 𝜋 . 𝐷𝑎
𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 = = (50)
𝑌𝑚á𝑥 𝑌𝑚á𝑥
𝑎
𝜋 . 60𝑥10−3
𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 = (51)
97,6𝑥10−3
𝑎
𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 = 1,931 (52)
Sendo:
• 𝑎
"𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 " é o número de voltas percorrido pelo pinhão A;
• "𝑟𝑎 " é o raio do pinhão A;
• "𝐷𝑎 " é o diâmetro do pinhão A;
• "𝑌𝑚á𝑥 " é o deslocamento máximo da cremalheira.
39
𝑏
𝐷𝑏 = 𝐷𝑚é𝑑 = 46,5 𝑚𝑚 (53)
Sendo que:
• 𝑏
"𝐷𝑏 " = "𝐷𝑚é𝑑 " é o diâmetro médio do pinhão B.
Como o pinhão A e a engrenagem B não estão conectados diretamente, mas sim por um
eixo, a relação de transmissão é de 1:1, ou seja, quando o pinhão A gira uma vez a Engrenagem
𝐵 𝑎
B também irá girar uma vez. Neste sentido 𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 é igual a 𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 .
Por fim, na Equação 54 é calculado o diâmetro médio da engrenagem C.
𝑐
𝐷𝑐 = 𝐷𝑚é𝑑 = 16 𝑚𝑚 (54)
Sendo que:
• 𝑐
"𝐷𝑐 " = "𝐷𝑚é𝑑 " é o diâmetro médio do pinhão C.
𝑐
𝐷𝑏 𝑏
𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 = . 𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 (55)
𝐷𝑐
𝑐
𝐷𝑏 𝜋 . 𝐷𝑎
𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 = .( ) (56)
𝐷𝑐 𝑌𝑚á𝑥
𝑐
𝜋 . 𝐷𝑎 . 𝐷𝑏
𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 = (57)
𝑌𝑚á𝑥 . 𝐷𝑐
𝑐
𝜋 . 60𝑥10−3 . 46,5𝑥10−3
𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 = (58)
97,6. 16
𝑐
𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 = 5,665 (59)
• 𝑐
"𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 " é o número de voltas percorrido pela engrenagem C;
• 𝑏
"𝑁𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 " é o número de voltas percorrido pela engrenagem B;
40
Com o valor obtido na Equação 59, pode-se encontrar a velocidade angular (𝜔) do eixo
do gerador, a partir do tempo útil (𝛥𝑡𝑢 ) de deslocamento do sistema para geração máxima de
energia, ou seja, o tempo caracterizado pelo início da interação do veículo com a LGE até o
ponto de maior força aplicada, tempo este em que a deformação da mola é suficiente para plena
geração de energia.
Nas Equações 60 a 62, é apresentada uma aproximação para o tempo útil, que tem
origem na Equações 1, e a partir da velocidade do veículo durante a passagem, que neste caso
será considerada em 7,2 km/h (2 m/s). A velocidade em questão, é admitida diante da
necessidade de o veículo e os passageiros presentes no mesmo, não sofrerem danos ou
incômodos ao atravessá-la. Por isso, é considerada uma baixa velocidade no momento de
interação com a LGE.
Além disso, a Equação 60 é referenciada com base na metade da distância a ser
percorrida pelo veículo, considerando a velocidade do mesmo. Considera-se a metade, pois é o
período de ascensão relacionado a produtividade de geração de energia, visto que para este
estudo não se considera a geração de energia nos momentos de subida da lombada.
𝐿𝐿
( ) (60)
𝛥𝑡𝑢 = Velocidade ⁄2
0,4
( 2 )⁄ (61)
𝛥𝑡𝑢 = 2
𝛥𝑡𝑢 = 100 𝑚𝑠 (62)
𝑁𝑐𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠
𝜔= (63)
𝛥𝑡𝑢
41
5,665
𝜔= (64)
100𝑥10−3
Sendo que:
• "𝜔" é a velocidade angular;
• "𝑁𝑐𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 " é o número de rotações do eixo do gerador;
• "𝛥𝑡𝑢 " é o tempo útil de passagem do veículo no sistema.
Além disso, pode-se determinar o torque exercido no eixo do gerador, neste caso
considerando a força dos veículos de passeio (Equações 14 e 17), que apresentam maior
contribuição no número de veículos, conforme Equação 66.
𝐷𝑐
𝑇= . 𝐹𝑛𝑜𝑚 (66)
2
𝑃 = 𝑇 .𝜔 (67)
16𝑥10−3
𝑇𝑛𝑜𝑚 = . 7,35𝑥103 = 58,8 𝑁𝑚 (68)
2
𝑃𝑛𝑜𝑚 = 58,8 . 56,65 = 3,331 𝑘𝑊 (69)
𝐷𝑐
𝑇= . 𝐹𝑚𝑖𝑛 (70)
2
16𝑥10−3
𝑇𝑚í𝑛 = . 1,47𝑥103 = 11,76 𝑁𝑚 (71)
2
𝑃𝑚í𝑛 = 11,76 ∗ 56,65 = 666,2 𝑊 (72)
Para o gerador, considera-se o estudo desenvolvido por Edvard (2015), que indica para
aplicações mecânicas e compactas a utilização de máquinas CC de imã permanente, conforme
42
o Quadro 5. Além disso, segundo Azam et al. (2021), com o objetivo de melhorar a eficiência
de coleta da energia de entrada fornecida pelos veículos, a inércia rotativa do gerador deve
apresentar um valor baixo com perdas mínimas de cobre. Sendo assim, um gerador CC sem
escovas é mais designado a aplicação, pois neste estudo tem-se como objetivo uma estrutura
compacta, devido a elevação de custos conforme o porte da estrutura aumenta.
100𝑥10−3
𝐸𝑑𝑖𝑎 = 2 . 38000 . (2𝑥103 ) . (80)
3600
44
𝐸𝑑𝑖𝑎
𝑁𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒𝑠 = (82)
𝐶𝑖𝑝
4,222
𝑁𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒𝑠 = (83)
1,08
𝑁𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒𝑠 ≌ 3 (84)
𝐸𝑑𝑖𝑎 (85)
𝐶𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 =
𝑉𝐵𝐴𝑁𝐶𝑂 . 𝑃𝐷
4,222𝑥103 (86)
𝐶𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 =
24 . 0,8
Sendo que:
• "𝐶𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 " é a capacidade de carga do banco de bateria;
• "𝐸𝑑𝑖𝑎 " é a energia produzida pelo gerador por dia.;
• "𝑃𝐷 " é a profundidade de descarga;
• "𝑉𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 " é a tensão do banco de baterias.
𝐶𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 (88)
𝑁𝐵 =
𝐶𝑏𝑎𝑡
219,9 (89)
𝑁𝐵 =
40
𝑁𝐵 ≌ 6 (90)
Sendo:
• "𝐶𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 " é a capacidade de carga do banco de bateria;
• "𝑁𝐵 " é o número de baterias;
• "𝐶𝑏𝑎𝑡 " é a capacidade de cada bateria.
Segundo Villalva (2015) para determinar o controlador de carga a ser utilizado em uma
aplicação deve-se considerar dois parâmetros, que são a tensão de operação do sistema e a
corrente elétrica máxima fornecida pelo gerador de energia elétrica, que neste caso, de acordo
com as especificações do gerador, apresenta um valor máximo de 41 A, conforme especificado
no Quadro 6.
Ademais, de acordo com Villalva (2015) “A corrente máxima fornecida pelo gerador
pode ser corrigida com um fator de segurança de 30%, para garantir que a corrente máxima do
controlador especificado não será excedida em nenhuma hipótese.” Sendo assim, a corrente
máxima de geração é igual a 41 A, resultando 53,3 A com o acréscimo de trinta por cento.
No sistema LGE, o controlador de carga deve operar na tensão de 24 V e, como
mencionado, deve suportar uma corrente de até 53,3 A.
Para este estudo, diante dos controladores de carga comerciais existentes no mercado,
optou-se por considerar o emprego de um controlador de carga de 50 A e 24 V, cujo datasheet
é indicado no Anexo D. A escolha do controlador é referenciada de acordo com a classe de
operação do sistema de armazenamento e das cargas de iluminação pública (24 V) e a corrente
máxima admitida ao sistema (53,3 A).
Desta forma, considera-se a configuração de saída do controlador de carga em 24 V para
atender os pontos de iluminação pública, visto que o banco de baterias apresenta a mesma classe
de tensão. Sendo assim, conforme o controlador selecionado, tem-se a admissão de até 50 V
para a geração, para uma saída 24 V, fato este que efetiva a funcionalidade do sistema.
48
3.7.1. Custos
As informações compreendidas nesta seção estão voltadas totalmente para os custos dos
dispositivos e equipamentos a serem empregados, desconsiderando quaisquer outros possíveis
geradores de custos, como por exemplo a mão de obra exigida ou deslocamento dos
dispositivos.
Inicialmente, realizou-se um levantamento por meio digital a fim de verificar e
comparar os preços de cada dispositivo adotado para a LGE. Desta forma, pode-se atender às
exigências de parâmetros do sistema como um todo, considerando a melhor relação de custo
benefício dos equipamentos.
TOTAL R$6.411,56
Fonte: Autor (2022).
3.7.2. Payback
Considerando que as cargas que serão alimentadas pelo sistema tratam-se lâmpadas de
90 W de potência, sendo um total de 3 pontos de iluminação públicas a serem atendidos pelo
mesmo, em um período total de tempo estimado em 12 horas seguidas de alimentação.
Inicialmente, deve-se considerar que um período de 30 dias para a designação mensal
de custo relacionados a iluminação do local. Desta forma, tem-se como resultado o consumo de
energia para uma lâmpada, conforme apresentado nas Equações 91 a 93.
Sendo:
• "𝐶𝑚ê𝑠 " é o consumo mensal do conjunto de lâmpadas;
• "𝑃𝑙â𝑚𝑝 " é a potência da lâmpada;
• "𝑁ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 " é o número de horas em funcionamento;
• "𝑁𝑑𝑖𝑎𝑠 " é o número de dias;
• "𝑁𝑙â𝑚𝑝 " é o número de lâmpadas.
Sendo:
• "𝐸𝑐𝑜" é a economia alcançada.
Considerando o valor encontrado na Equação 96, tem-se uma estimativa de
ressarcimento total em um período de mais de 8 anos.
50
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ABNT. NBR 5462: 1994. Confiabilidade e mantenabilidade. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.
ANEEL. Resolução Normativa 414/2010: atualizada até a REN 499/2012 / Agência Nacional
de Energia Elétrica. Brasília: ANEEL, 2012.
AZAM, Ali et al. Design, fabrication, modelling and analyses of a movable speed bump-based
mechanical energy harvester (MEH) for application on road. Energy, v. 214, p. 118894, 2021.
DIAS, Marcos Vinícius Xavier; BOROTNI, Edson da Costa; HADDAD, Jamil. Geração
distribuída no Brasil: oportunidades e barreiras. Revista Brasileira de Energia, [N.I], v. 2, n.
11, p. 2-12, 11 fev. 2005. Disponível em: https://sbpe.org.br/index.php/rbe/issue/view/21.
Acesso em: 15 mar. 2022.
ENERGETECH SOLAR. 120 Watts 12V or 24V DC 12,100 Lumens LED Solar Powered
Street Light. Disponível em: https://energetechsolar.com/90-watts-integrated-led-solar-street-
light. Acesso em: 19 maio 2023.
EPE. Empresa de Pesquisa Energética: Anuário estatístico de energia. "Ano Base 2019."
Empresa Pesquisa Energética, 2020. Disponível em: https://www.epe.gov.br/sites-
pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-160/topico-
168/EPEFactSheetAnuario.pdf#:~:text=O%20consumo%20total%20de%20energia%20el%C
3%A9trica%20no%20Brasil,ELETRICIDADE%20EM%202019%3F%20%2B1%2C9%25%
20%2B3%2C8%25%20-0%2C1%25%20%2B2%2C4%25%20%2B5%2C3%25. Acesso em:
10 nov. 2021.
FLORIOS, Daia. SolaRoad: na Holanda a primeira ciclovia solar do mundo. 2014. Disponível
em: https://www.greenme.com.br/locomover-se/bicicleta/57122-solaroad-na-holanda-a-
primeira-ciclovia-solar-do-mundo/. Acesso em: 15 out. 2022.
GARTNEER, Chance E. Como calcular o peso de asfalto por metro. 2021. Disponível em:
https://www.ehow.com.br/calcular-peso-asfalto-metro-como_224130/. Acesso em: 03 mar.
2023.
IPC COMERCIAL (Brasil). Trilho roletado para [200 Kg]. 2023. Disponível em:
https://www.ipccomercial.com.br/trilho-roletado-flow-rack/trilho-200-nylon/trilho-roletado-
para-200-kg-rodizio-de-nylon-50-cetimetros-p?gclid=CjwKCAiAxvGfBhB-
EiwAMPakqqCQsCr5jIashgPxhDM_zpKwNPaKgz66SzZ0tNK8iTCM5SVWhpBXlBoCiikQ
AvD_BwE. Acesso em: 12 maio 2023.
NAKASHIMA, Caio Yukio et al. Power generator board: estudo da implementação de placa
geradora de energia através do fluxo de veículos. 2021. 119 f. TCC (Graduação) - Curso de
Engenharia Mecânica, Centro Universitário FEI, São Bernardo do Campo, 2021. Disponível
em: https://repositorio.fei.edu.br/bitstream/FEI/3318/1/PGB-Power_Generator_Board.pdf.
Acesso em: 09 nov. 2021.
Pinios Parts (Brasil). 36 t grande engrenagem do motor do veículo elétrico 47.5mm diâmetro
e-bike 608 rolamentos pinhão peças 36 dentes 3 peças. Disponível em:
https://pt.aliexpress.com/item/1005004420702162.html?spm=a2g0o.detail.1000023.5.330aigr
rigrrPb&gatewayAdapt=glo2bra. Acesso em: 03 mar. 2023.
REIS, Lineu Belico dos. Geração de energia elétrica. 2. ed. Barueri: Manole, 2015. Disponível
em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=YpgDCwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT3&dq=gera%C3%A7%C3%A3o+de+energ
ia+el%C3%A9trica&ots=2P8nW97-HZ&sig=fcyuFaqFm_kUhwMLdzezhJ-
Jwvo&redir_esc=y#v=onepage&q=gera%C3%A7%C3%A3o%20de%20energia%20el%C3%
A9trica&f=true. Acesso em: 09 nov. 2021.
KNUP (Brasil). Controlador De Carga Solar 50a PWM Usb 12v/24v Tela Lcd Usb. 2023.
Disponível em: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2894694167-controlador-de-carga-
54
solar-50a-pwm-usb-12v24v-tela-lcd-usb-
_JM#position=3&search_layout=stack&type=item&tracking_id=6d8e4c86-dde2-4985-a9d3-
1c4b93150862. Acesso em: 11 ago. 2023.
RESENDE, Carolina Barbosa et al. Aproveitamento energético no tráfego: uma análise para o
campus UFMG – Pampulha. REEC: Revista Eletrônica de Engenharia Civil, Pampulha, v.
11, n. 3, p. 29-41, jun. 2016. Disponível em:
http://professores.dcc.ufla.br/~terra/publications_files/2016_reec.pdf. Acesso em: 15 out.
2022.
REVISTA PLANETA. Brasil: energia eólica e solar já é mais de 13% da matriz elétrica. energia
eólica e solar já é mais de 13% da matriz elétrica. 2022. Disponível em:
https://www.revistaplaneta.com.br/brasil-energia-eolica-e-solar-ja-e-mais-de-13-da-matriz-
eletrica/. Acesso em: 15 mar. 2022.
SOUSA, Laylson Carneiro de; COSTA, Mariele Ferreira. Estudo sobre o potencial de geração
de energia elétrica para semáforos a partir de placas piezoelétricas na MA 006. Revista
Brasileira de Iniciação Científica, Itapetininga, v. 3, n. 3, p. 36-52, nov. 2016.
SOUZA, Eduardo. Calçadas que geram energia através dos passos. 2019. Disponível em:
https://www.archdaily.com.br/br/911887/calcadas-que-geram-energia-atraves-dos-passos.
Acesso em: 15 out. 2022.
VAMOS ESTUDAR FÍSICA. Como se comporta a força de atrito? 2018. Disponível em:
https://vamosestudarfisica.com/como-se-comporta-a-forca-de-atrito/. Acesso em: 25 jan. 2023.
VEVOR. Motor elétrico DC sem escovas VEVOR 48V 2000W. 2023. Disponível em:
https://eur.vevor.com/brushless-dc-motor-c_11227/vevor-electric-brushless-dc-motor-
brushless-electric-motor-48v-2000w-controller-p_010400593330?lang=pt. Acesso em: 13
maio 2023.
55
Capacidade (Ah) 40
Eficiência (%) 82
Potência (W) 90
Fonte: Energetech Solar (2023).
59
Este documento foi armazenado no SUAP em 14/08/2023. Para comprovar sua integridade, faça a leitura do QRCode ao lado ou acesse
https://suap.ifsp.edu.br/verificar-documento-externo/ e forneça os dados abaixo:
Página 1 de 1