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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

THIAGO HERCULANO FERREIRA DE CASTRO

PROJETO DE ENERGIA FOTOVOLTAICA PARA ATENDER A DEMANDA DE


ENERGIA DE UMA ESCOLAINDIGENA

Manaus
2016
THIAGO HERCULANO FERREIRA DE CASTRO

PROJETO DE ENERGIA FOTOVOLTAICA PARA ATENDER A DEMANDA DE


ENERGIA DE UMA ESCOLAINDIGENA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro


Universitário do Norte, UNINORTE - LAUREATE como um
dos requisitos para obtenção do grau de Engenharia Elétrica.

Orientador: Profº. Kleber Santana

Manaus
2016
FICHA CATALOGRÁFICA

6334p Castro, Thiago Herculano Ferreira

Projeto de energia fotovoltaica para atender a demanda de energia de


uma escola indígena / Thiago Herculano Ferreira de Castro. – Manaus:
Centro Universitário do Norte – Uninorte / Laureate, 2016.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia


Elétrica como pré-requisito para obtenção do título de Bacharelado.
Orientador: Prof. Esp. Kleber Santana

1. Energia solar fotovoltaica. 2. Eficiência energética. 3. Escola indígena. 4. Energia


fotovoltaica para escola. 5. Alternativa Sustentável. 6. Energia solar

CDU: 620.91
THIAGO HERCULANO FERRREIRA DE CASTRO

PROJETO DE ENERGIA FOTOVOLTAICA PARA ATENDER A DEMANDA DE


ENERGIA DE UMA ESCOLAINDIGENA

Trabalho de Conclusão de Curso como pré-requisito para obtenção do grau de Engenharia


Elétrica do Centro Universitário do Norte, aprovada na sua versão final no dia 13/12/2016
atendendo as normais da legislação vigente na coordenação do curso e examinado pela banca
com os seguintes membros:

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Prof. Esp. Kleber Santana
Centro Universitário do Norte

_______________________________________________
Prof. Msc. Wilson Gonçalves de Araújo
Centro Universitário do Norte

_______________________________________________
Prof. Msc. André Ferreira Aranha
Centro Universitário do Norte

Manaus,__________de____________________de 2016.
DEDICATÓRIA

Dedico

Primeiramente a minha mãe Iranice Herculano


por todo apoio, contribuição, e esforço sem ela
seria quase impossível minha formação
acadêmica.
A minha família que sempre me incentivaram a
prosseguir, dando ânimo nos momentos mais
difíceis, aos amigos e companheiros de curso que
durante cinco longos anos trabalharam duro para
conseguir a conclusão dos ideais.
2

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela sabedoria e força e


firmeza a mim concedida durante a caminhada acadêmica.
Agradeço a minha mãe de uma forma especial, pelo cuidado
e carinho e incentivo em toda a caminhada acadêmica e em
toda vida.
Agradeço aos meus familiares que na mesma medida
ajudaram em vários aspectos para que estivesse aqui hoje.
Aos amigos e colegas da sala e também fora dela, e aos
professores que contribuíram, ensinaram e orientaram e
pelos seus conhecimentos que transmitiram a mim
contribuindo para meu conhecimento e formação.
O saber a gente aprende com os mestres e
os livros. A sabedoria se aprende é com a
vida e com os humildes.

- Pitágoras
RESUMO

A presente pesquisa se refere ao projeto de um sistema de energia fotovoltaico. A proposta


para elaboração de um projeto de energia alternativa veio devido a real necessidade de uma
escola indígena no interior do amazonas onde não se tem energia elétrica que vem da central
abastecedora. Como procedimento foi feito todos os cálculos de demanda para um
dimensionamento real da quantidade de painéis e do banco de baterias suficientes para um
bom funcionamento do sistema na escola. Devido ao tamanho e a quantidade de aparelhos na
escola a carga consumida é bastante alta fazendo com que os equipamentos presentes no
projeto também sejam elevados assim como seu valor. Os resultados obtidos partem de um
quantitativo real e devido a necessidade, para que funcione todos os equipamentos necessários
que compõe a escola, com o fornecimento da energia através do sistema solar fotovoltaico.

Palavra-chave: Energia solar fotovoltaica, eficiência energética, escola indígena, energia


fotovoltaica para escola.
2

ABSTRACT

This research relates to the design of a photovoltaic power system. The proposal for the
development of an alternative energy project came because of the real need for an native
school within the Amazon where there is no electricity coming from the central supplying. As
procedure was done all the demand calculations for a real scaling of the number of panels and
the bank enough batteries for proper functioning of the system at school. Due to the size and
amount of charge consumed in the school is very high school causing the present equipments
in the project are very high as well as their value. The results are based on a real quantitative
and because the need for it to work all the necessary equipment that make up the school, with
the supply of through photovoltaic solar system.

Keywords: Photovoltaic solar energy, Energy efficiency, native school, Photovoltaic energy
for school
LISTA DE FIGURAS

Figura 2-1 - Calvin Fuller prepara uma amostra de silício dopado com arsénio para colocar num
forno de difusão de modo a criar uma junção p-n...................................................................... 18
Figura 2-2 - A primeira aplicação de uma célula solar de silício foi como fonte de alimentação de
uma rede telefónica local em Americus, na Geórgia, Estudos Unidos da América, em 1955. ..... 19
Figura 2-3 - Mapa que mostra a radiação solar no mundo ........................................................ 21
Figura 2-4 - Painéis de energia térmica...................................................................................... 23
Figura 2-5 - Ilustração do efeito foto voltaico ............................................................................ 24
Figura 2-6 - Filme plástico que capita energia solar................................................................... 25
Figura 2-7 - Configuração básica de um sistema fotovoltaico .................................................... 25
Figura 2-8 – Diagrama de um sistema fotovoltaico isolado ........................................................ 26
Figura 2-9 - Diagrama de um sistema fotovoltaico conectado a rede ......................................... 27
Figura 2-10 – Diagrama de um sistema fotovoltaico híbrido...................................................... 28
Figura 2-11 – Diagrama dos tipos de sistema foto voltaicos ....................................................... 29
Figura 2-12 – Célula de Silício monocristalino........................................................................... 30
Figura 2-13 – Célula de Silício policristalino.............................................................................. 31
Figura 2-14 – Bateria de chumbo-ácido..................................................................................... 32
Figura 2-15 - Inversor ............................................................................................................... 35
Figura 2-16 – Controlador de carga .......................................................................................... 36
Figura 4-1 - Mapa com a latitude e longitude do município de tabatinga................................... 43
Figura 4-2 – irradiação solar diária média ................................................................................ 44
4

LISTA DE QUADROS

Quadro 2.1 - Quadro das vantagens e desvantagens em relação ao custo ...................................22


Quadro 2.2 - Dados técnicos de baterias recarregáveis...............................................................33
Quadro 2.3 – Quadro que demonstra os sistemas e seus componentes de funcionamento ..........37
Quadro 4.1 Área construída em M2...........................................................................................40
Quadro 4.2 Quadro do levantamento de carga...........................................................................47
Quadro 4.3 Cálculo demanda corrigida .....................................................................................49
Quadro 4.4 Cálculo da potencia do sistema................................................................................50
Quadro 4.5 Cálculo para a quantidade de painéis em série ........................................................50
Quadro 4.6 Número de painéis em paralelo ...............................................................................51
Quadro 4.7Quantidade mínima de painéis.................................................................................52
Quadro 4.8 Capacidade do banco de bateria (Wh).....................................................................53
Quadro 4.9 Capacidade do banco de bateria em (Ah) ................................................................54
Quadro 4.10 Numero de baterias em paralelo............................................................................55
Quadro 4.11 Quantidade de baterias em série............................................................................56
Quadro 4.12 Total de baterias....................................................................................................56
Quadro 4.13 Corrente máxima do controlador ..........................................................................57
Quadro 4.14 Número de paineis em paralelo .............................................................................58
Quadro 4.15 Quadro da curva de carga........................................................................................60
Quadro 4.16 Quadro de consumo por hora de cada equipamento ................................................61
Quadro 4.17 Controlador de carga em (W)...............................................................................62
LISTA DE TABELAS

Tabela 4-1 especificações do painel fotovoltaico......................................................................... 48


Tabela 4-2 Especificações da bateria ......................................................................................... 52
Tabela 4-3 Especificações do controlador de carga.................................................................... 57
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 15

1 CONTEXTUALIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO 17
1.1 APRESENTAÇÃO 17
1.2 OBJETIVOS 17
1.2.1 Objetivo geral 17
1.2.2 Objetivo específico 17
1.3 JUSTIFICATIVA 17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 18
2.1 UMA BREVE HISTÓRIA DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 18
2.2 ENERGIA SOLAR 19
2.2.1 Vantagens da energia solar 20
2.2.2 Desvantagens da energia solar 21
2.3 ENERGIA SOLAR TÉRMICA 22
2.4 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 23
2.5 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS 25
2.5.1 Sistema fotovoltaico isolado ou autônomo 25
2.5.2 Sistema Fotovoltaico conectado a rede 27
2.5.3 Sistema Fotovoltaico Híbrido 28
2.6 COMPONENTES BÁSICOS DO SISTEMA FOTOVOLTAICO 29
2.6.1 Células Solares 29
2.6.2 Acumuladores de carga (Baterias) 31
2.6.3 Inversor de corrente 34
2.6.4 Controlador de carga 35
3 METODOLOGIA 38
4 ESTUDO DE CASO 40
4.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO 40
4.2 FASES DO PROJETO 41
4.2.1 Radiação Solar na Região 41
4.3 LEVANTAMENTO DAS CARGAS 45
4.4 DIMENSIONAMENTO DO PAINEL FOTOVOLTAICO 48
4.5 DIMENSIONAMENTO DO BANCO DE BATERIA 52
4.6 DIMENSIONAMENTO DO CONTROLADOR DE CARGA 56
4.7 DIMENSIONAMENTO DO INVERSOR 58
4.8 CORREÇÃO DO NÚMERO DE PAINÉIS E BATEIAS POR BLOCO 62
5 RESULTADOS 65
5.1 CUSTO DOS COMPONENTES DO SISTEMA 65
CONSIDERAÇÕES FINAIS 66

Referências

Anexos
15

INTRODUÇÃO

O constante crescimento da população mundial tem gerado uma demanda muito alta do
consumo de energia elétrica, que também indica um alto crescimento do desenvolvimento
econômico e do ritmo acelerado das atividades do setor industrial que para atender esses
consumidores elevou-se a o uso dos combustíveis fósseis de naturezas esgotáveis tais como
petróleo e carvão, que correspondem a uma grande parte das fontes de energia do mundo e
também um agente gerador de grandes prejuízos ambientais no mundo inteiro por sua queima
emitir dióxido de carbono e vários outros gases que contribuem para o efeito estufa.
Segundo a ANEEL(Agencia Nacional de Energia Elétrica) cerca de 40% de
CO2 (dióxido de carbono) produzido no mundo são resultantes da combustão dos
combustíveis fosseis para produção de calor, vapor ou energia elétrica. Um dos maiores
problemas é que essas fontes de energia são esgotáveis como foi citado acima, por conta disso
o mundo inteiro começou a se preocupar e a buscar novas fontes de energia renováveis que
pudessem suprir essa defasagem e diminuir a poluição causada por algumas fontes.
Como se ouve agora a busca incessante para uma energia mais limpa e um consumo
mais responsável, preservação do meio ambiente e melhor qualidade de vida tem ultrapassado
barreiras e vários estudos foram feitos para descoberta de fontes que não se esgotem á médio
prazo.
Varias soluções foram dadas para essa questão que foi levantada, as fontes de energia
renováveis que se torna cada vez mais constante com no mundo, que são elas: Energia hídrica,
Energia eólica, Energia, Energia das ondas e marés, Energia da biomassa.
E por fim uma das energias renováveis que mais vem crescendo e ganhando espaço no
mercado energético do Brasil e do mundo a energia solar que é proveniente da radiação do sol
que é inesgotável que é hoje uma das alternativas promissoras para prover a energia
necessária para o desenvolvimento humano lembrando também que grande parte das outras
fontes de energias são derivadas da energia do sol.
Com isso este presente trabalho tem como objetivo a elaboração de um projeto de
energia fotovoltaica para uma escola indígena que não é contemplada pela rede elétrica que
poderá então ter a energia que antes era gerada escassamente por grupo gerador que raramente
funcionava pela difícil logística da localidade.
16

Para isso foi feito um levantamento de todo os equipamentos elétricos, luminárias e


outros fontes de consumo e suas potências, simulando através de cálculos o consumo de
energia para levantamento de toda carga instalada da escola.
Com todas essas informações foi feito os cálculos para dimensionamento do sistema
de energia fotovoltaico, como o banco de baterias, painéis solares, inversor e controlador que
saram necessários para o bom funcionamento do sistema na escola.
Levando em consideração o lugar geográfico onde se encontra a escola e também o
nível de insolação que pode influenciar negativamente no sistema por se tratar de um lugar
bastante isolado e onde a chuva é constante e o calor é elevado prejudicando a eficiência do
sistema de energia fotovoltaico.
Também fazendo a previsão estimativa do tempo em que não há sol na região e o
sistema terá que continuar funcionando normalmente na escola para que as baterias não sejam
rapidamente danificas em seu tempo de vida pela total descarga de sua porcentagem
permitida.
E assim fazendo com que o projeto opere na sua eficiência máxima sem danos ao
mesmo pra o funcionamento pleno de todos os itens do sistema fotovoltaico.
17

1 CONTEXTUALIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO

Todo projeto de qualquer espécie deve seguir passos, um projeto de energia solar
fotovoltaico não é diferente este trabalho seguirá algumas etapas desde o conceito histórico da
energia solar no mundo e no Brasil e os componentes do sistema solar fotovoltaico como as
baterias, inversores, os painéis solares, e o controlador de carga.
Assim como o passo a passo do projeto todo o dimensionamento dos componentes
necessários para a eficácia no sistema.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Elaboração de um projeto de energia solar fotovoltaico.

1.2.2 Objetivo específico

I. Demonstrar o funcionamento de um sistema solar fotovoltaico;

II. Apresentar os cálculos para dimensionamento do sistema;

III. Especificar os materiais usados no sistema;

IV. Dimensionar o sistema fotovoltaico para a escola.

1.3 JUSTIFICATIVA

Algumas escolas localizada em aldeias indígenas no Amazonas têm sofrido com a


ausência de energia elétrica por serem muito isoladas da capital.
Em algumas dessas escolas os geradores raramente funcionam por conta das
dificuldades enfrentadas pela logística para que o combustível chegue até esses locais,
fazendo com que esses geradores fiquem inutilizados grande parte do tempo.
A implantação de um projeto solar fotovoltaico iria acabar com o problema de energia
dessas escolas que passaria a ter energia elétrica para atender as necessidades elétricas das
escolas.
18

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 UMA BREVE HISTÓRIA DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

O sol foi descoberto como fonte energia em 1839, quando o físico francês Alexandre
Edmond Becquerel observou o efeito fotovoltaico. Na época, o físico conduzia experiências
eletroquímicas quando, por acaso, verificou que a exposição à luz de elétrodos de platina ou
de prata dava origem ao efeito fotovoltaico. (VALLÊRA et al., 2006)
Na sequência desta descoberta, dois inventores americanos chamados Adams e o seu
aluno Richard Day desenvolveram em 1877 o primeiro dispositivo sólido de fotoprodução de
eletricidade, um filme de selénio depositado num substrato de ferro em que um filme de ouro
muito fino servia de contato frontal. Este dispositivo apresentava uma eficiência de conversão
de aproximadamente 0,5%. (Energia... 2011)
Em 1940, foi inventada a primeira placa de silício por Russel Ohl. Mas em 1954 o
processo de dopagem de silício foi desenvolvido por Calvin Fuller e Gerald Pearson, nos
Laboratórios Bell, localizado em Murray Hill (EUA). Pearson, seguindo instruções de Fuller,
produziu uma junção p-n ou díodo, com banho de lítio uma barra de silício dopado com um
elemento doador eletrônico. Mais tarde, com o intuito de superar problemas técnicos, Fuller
dopou silício primeiro com arsênio e depois com boro, obtendo células que exibiam
eficiências recorde de cerca de 6%.(VALLÊRA et al., 2006)

Figura 2-1 - Calvin Fuller prepara uma amostra de silício dopado com
arsénio para colocar num forno de difusão de modo a criar uma junção p-n.

Fonte: http://solar.fc.ul.pt
19

Em 1954, a primeira célula solar foi oficialmente apresentada na reunião anual da, em
Washington (EUA). Em 1955, a célula de silício foi aplicada pela primeira vez como fonte de
alimentação de uma rede telefônica, na Geórgia.

Figura 2-2 - A primeira aplicação de uma célula solar de silício foi como
fonte de alimentação de uma rede telefónica local em Americus, na Geórgia,
Estudos Unidos da América, em 1955.

Fonte: http://web.ist.utl.pt/palmira/solar.html

No inicio, a energia fotovoltaica foi restrita para ser utilizada somente em locais onde
não havia energia elétrica e também para alimentar os satélites e sondas espaciais. “A corrida
espacial, de certa forma, ajudou no aperfeiçoamento do sistema fotovoltaico porque os
primeiros satélites funcionavam à base de baterias que eram danificadas ou interrompiam o
seu funcionamento depois de um tempo. A segunda geração de satélites passou a funcionar
100% com energia fotovoltaica. Por esse processo ser caro ficou durante muito tempo restrito
a área de alimentação de satélites. (Energia... 2011)
O primeiro satélite alimentado por energia solar, denominado Vanguard I, foi enviado
ao espaço em março de 1958 e encontra-se em órbita até hoje.

2.2 ENERGIA SOLAR

O mundo tem evoluído rapidamente e suas tecnologias aumentado constantemente com


isso com varias pesquisas, foram feitas para aprimoramento e descoberta de uma serie de
novas tecnologias para aproveitamento das energias renováveis, uma das mais crescentes e
mais faladas ultimamente são o aproveitamento da energia solar na forma de energia
solar térmica e fotovoltaica.
20

Essa nova tecnologia não tem aumento só nas residências apesar de ser mais
direcionadas para essa área, cada vez mais tem crescido a sua utilização na produção de
energia elétrica a grande escala através de parques e usinas solares, em todo o mundo.
Por seu potencial ilimitado que produz 4 milhões de vezes mais energia do que
conseguimos consumir. Essa energia solar que é produzida é convertida em energia usada
pelos seres humanos, quer para a produção de eletricidade ou de calor através de equipamento
que fazem essas transformações.
Considerando que a energia solar está disponível de forma absolutamente gratuita,
pergunta-se por que é seu aproveitamento ainda é tão limitado? O problema é que a energia
solar apresenta-se sob a forma disseminada e a sua captação, pelo menos para potências
elevadas, requer instalações complexas e dispendiosas.
O aproveitamento da energia solar poderá em teoria e á longo prazo tornar-se como a
grande solução para todos os problemas energéticos da nossa sociedade, apesar de todas as
vantagens aparentes possui também desvantagens no decorrer do seu aproveitamento.
(TECNOSOL, 2014)

2.2.1 Vantagens da energia solar

– A energia solar não polui durante seu uso. A poluição decorrente da fabricação dos
equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável
utilizando as formas de controlo existentes atualmente.
– As centrais necessitam de manutenção mínima.
– Os painéis solares são cada vez mais potentes e seu custo vem decaindo. Isso torna
cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.
– A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua
instalação em pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.
– Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em
praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética sua
utilização ajuda a diminuir a procura energética nestes e consequentemente a perda de energia
que ocorreria na transmissão. (TECNOSOL, 2014)
21

Figura 2-3 - Mapa que mostra a radiação solar no mundo

Fonte: http://www.portal-energia.com/

2.2.2 Desvantagens da energia solar


– Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação climatérica
(chuvas, neve), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que
existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os
painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.
– Locais em latitudes médias e altas (Ex: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia e Sul da
Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de Inverno devido à
menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura de nuvens
(Londres) tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de nebulosidade.
– As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando
comparadas, por exemplo, aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), e a energia
hidrelétrica (água).
– Os painéis solares têm um rendimento de apenas 25%, apesar deste valor ter vindo a
aumentar ao longo dos anos. (TECNOSOL, 2014)
22

Quadro 2.1 - Quadro das vantagens e desvantagens em relação ao custo

Fonte: portal solar

2.3 ENERGIA SOLAR TÉRMICA

A energia Solar térmica tem o calor do sol como sua principal fonte para aquecer
geralmente agua ou outros sistemas, são usados coletores térmicos (também conhecidos como
placas) para essa transformação ou tubos evacuados para captar o calor do sol e transferir o
calor. (PORTAL SOLAR 2013).
A energia solar térmica é normalmente usada para produzir água quente para banho ou
processos industriais. Em dias chuvosos, provavelmente, não haverá sol suficiente para gerar
toda a água quente que precisa, portanto os aquecedores solares possuem também ou uma
resistência elétrica ou um aquecedor a gás para auxiliar a atingir a temperatura ideal da água.
De qualquer forma, são extremamente eficientes e reduzem em até 80% o consumo de energia
relativo ao aquecimento da água. (PORTAL SOLAR 2013).
Estes painéis não geram eletricidade. Os painéis contêm fileiras de tubos cheios de água
que coletam o calor do sol, desta forma aquecendo a água e à armazenando em um
reservatório térmico(boiler). (PORTAL SOLAR 2013).
23

Figura 2-4 - Painéis de energia térmica.

-
Fonte: http://www.portalsolar.com.br/

2.4 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

Os sistemas fotovoltaicos são capazes de gerar energia elétrica através das chamadas
células fotovoltaicas. As células fotovoltaicas são feitas de materiais capazes de transformar a
radiação solar diretamente em energia elétrica através do chamado “efeito fotovoltaico”. Hoje,
o material mais difundido para este uso é o silício. O efeito fotovoltaico acontece quando a luz
solar, através de seus fótons, é absorvida pela célula fotovoltaica. A energia dos fótons da luz
é transferida para os elétrons que então ganham a capacidade de movimentar-se. O
movimento dos elétrons, por sua vez, gera a corrente elétrica. (NEW ENERGY 2015)
Para que exista este efeito é necessário que as células fotovoltaicas sejam construídas
com materiais semicondutores, que se caracterizam por possuir bandas de energia capazes de
produzir cargas elétricas com a incidência dos fótons “energia luminosa”.
Segundo (GALDINO,2016), Entre os semicondutores mais utilizados temos o silício,
que pode ser encontrado em formato de cristais monocristalinos e policristalinos. Quando o
silício é dopado juntamente com boro (tipo P) e fósforo (tipo N) na quantidade certa, uma
junção do tipo P-N é formada, o que dá origem a um campo elétrico permanente no cristal,
que ao encontrar equilíbrio provoca um deslocamento de cargas (positivas de um lado e
negativas do outro) conhecido como Efeito Fotovoltaico.
24

Figura 2-5 - Ilustração do efeito foto voltaico

Fonte: http://www.housepress.com.br/

Em uma célula fotovoltaica, esta junção P-N fica exposta ao sol e suas extremidades são
ligadas a metais condutores, e estes por sua vez são conectados a cabos que permitem a
circulação de elétrons para a geração de energia.
Por meio do efeito fotovoltaico a energia contida na luz do sol pode ser convertida
diretamente em energia elétrica. Este método de conversão energética apresenta como grandes
vantagens sua extrema simplicidade, a inexistência de qualquer peça mecânica móvel, sua
característica modular (desde mW até MW), os curtos prazos de instalação e posta em marcha
envolvidos, o elevado grau de confiabilidade dos sistemas e sua baixa manutenção. Além
disso, sistemas solares fotovoltaicos representam uma fonte silenciosa, não poluente e
renovável de energia elétrica bastante adequada à integração no meio urbano, reduzindo quase
completamente as perdas por transmissão e distribuição da energia devido à proximidade
entre geração e consumo. (LABE.E.E, 2013).
As células fotovoltaicas podem ser dispostas de diversas formas, sendo a mais utilizada
na montagem de painéis ou módulos solares. Além dos painéis fotovoltaicos, também se
utilizam filmes flexíveis, com as mesmas características, ou até mesmo a incorporação das
células em outros materiais, como o vidro. As diferentes formas com que são montadas as
células se prestam à adequação do uso, por um lado maximizando a eficiência e por outro se
adequando às possibilidades ou necessidades arquitetônicas.
25

Figura 2-6 - Filme plástico que capita energia solar

Fonte: www.ambienteenergia.com.br

2.5 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Um sistema fotovoltaico pode ser classificado em três categorias distintas: sistemas


isolados, híbridos e conectados a rede. Os sistemas obedecem a uma configuração básica onde
o sistema deverá ter uma unidade de controle de potência e também uma unidade de
armazenamento. (CRESESB, 2006).

Figura 2-7 - Configuração básica de um sistema fotovoltaico

Fonte: CRESESB, Tutorial solar.

2.5.1 Sistema fotovoltaico isolado ou autônomo


Sistemas isolados, em geral, utiliza-se alguma forma de armazenamento de energia. Este
armazenamento pode ser feito através de baterias, quando se deseja utilizar aparelhos elétricos
ou armazena-se na forma de energia gravitacional quando se bombeia água para tanques em
26

sistemas de abastecimento. Alguns sistemas isolados não necessitam de armazenamento, o


que é o caso da irrigação onde toda a água bombeada é diretamente consumida ou estocadas
em reservatórios. (CRESESB, 2006).
Em sistemas que necessitam de armazenamento de energia em baterias, usa-se um
dispositivo para controlar a carga e a descarga na bateria. O “controlador de carga” tem como
principal função não deixar que haja danos na bateria por sobrecarga ou descarga profunda. O
controlador de carga é usado em sistemas pequenos onde os aparelhos utilizados são de baixa
tensão e corrente contínua (CC). (CRESESB, 2006).
Para alimentação de equipamentos de corrente alternada (CA) é necessário um inversor.
Este dispositivo geralmente incorpora um seguidor de ponto de máxima potência necessário
para otimização da potência final produzida. Este sistema é usado quando se deseja mais
conforto na utilização de eletrodomésticos convencionais.

Figura 2-8 – Diagrama de um sistema fotovoltaico isolado

Fonte: CRESESB, Tutorial solar.

2.5.1.1 Sistema autônomo com armazenamento

Um sistema fotovoltaico puro é aquele que não possui outra forma de geração de
eletricidade. Devido ao fato de o sistema só gerar eletricidade nas horas de sol, os sistemas
autônomos são dotados de acumuladores que armazenam a energia para os períodos sem sol,
o que acontece todas as noites, e também nos períodos chuvosos ou nublados. Os
acumuladores são dimensionados de acordo à autonomia que o sistema deve ter, e essa varia
de acordo às condições climatológicas da localidade onde será implantado o sistema
fotovoltaico.
27

2.5.1.2 Sistema autônomo sem armazenamento

São sistemas que funcionam somente durante as horas de sol. Temos como exemplo os
sistemas de bombeamento de água. As características das bombas são calculadas levando em
consideração a necessidade água e o potencial solar da localidade. O painel fotovoltaico é
dimensionado para fornecer potencial para a bomba. Apesar de não utilizarem sistemas de
armazenamento elétrico, o armazenamento energético é feito na forma de água no
reservatório.

2.5.2 Sistema Fotovoltaico conectado a rede

Um sistema fotovoltaico conectado à rede, on-grid ou grid-tie, permite a venda da


energia excedente gerada, para a concessionaria da distribuidora de energia.
O painel fotovoltaico gera eletricidade em corrente contínua, e o inversor de frequência
(aparelho que faz a interface entre os painéis fotovoltaicos e a rede elétrica) converte em
corrente alternada essa energia é enviada para a rede elétrica, tornando o sistema mais simples
e mais barato que o isolado e reduzindo também as manutenções. Quando os aparelhos
eletroeletrônicos estão consumindo, e o sistema fotovoltaico está gerando energia, toda a
energia gerada é aproveitada pelo consumidor.
Quando os aparelhos eletroeletrônicos estão consumindo mais do que o sistema
fotovoltaico está gerando no momento, a parte que falta é puxada da rede elétrica. E quando o
sistema fotovoltaico gera mais energia do que está sendo consumida, essa energia é jogada na
rede. Para isso é necessário que o medidor de energia gire ao contrário e o cliente tem um
crédito energético aplicado a sua conta para ser consumido em até 36 meses.

Figura 2-9 - Diagrama de um sistema fotovoltaico conectado a rede

Fonte: CRESESB, Tutorial solar.


28

2.5.3 Sistema Fotovoltaico Híbrido

Sistemas híbridos são aqueles que, desconectado da rede convencional, apresenta várias
fontes de geração de energia como, por exemplo: turbinas eólicas, geração diesel, módulos
fotovoltaicos entre outras. A utilização de várias formas de geração de energia elétrica torna-
se complexo na necessidade de otimização do uso das energias. É necessário um controle de
todas as fontes para que haja máxima eficiência na entrega da energia para o usuário.
(CRESESB, 2006).
O sistema híbrido tem uma configuração mais complexa, pois necessitam de um
aprimoramento no controle para aperfeiçoar o uso de todas as fontes de energia e fazer com
que o usuário receba a eficiência máxima na entrega.

Figura 2-10 – Diagrama de um sistema fotovoltaico híbrido

Fonte: real-solar.com
29

Figura 2-11 – Diagrama dos tipos de sistema foto voltaicos

Fonte: http://www.soeletrica.ind.br

2.6 COMPONENTES BÁSICOS DO SISTEMA FOTOVOLTAICO

2.6.1 Células Solares

A célula solar é o dispositivo mais importante do sistema fotovoltaico, visto que é


responsável pela conversão da energia solar em energia elétrica. Uma célula solar é,
basicamente, um sanduíche contendo uma grade metálica, uma lâmina que coleta os raios
solares, uma lâmina absorvedora dos fótons e um contato metálico posterior.
A corrente elétrica produzida é coletada pelos contatos metálicos nas superfícies. As
células solares normalmente são quadradas ou redondas dependendo do processo de
fabricação utilizado. Esta corrente depende da intensidade da radiação solar e da área
30

iluminada. A tensão gerada é apenas uma fração de Volt. A célula solar mais comumente
utilizada, de silício cristalino, possui uma tensão de trabalho de aproximadamente 0,5 V.

2.6.1.1 Tipos de células

As células fotovoltaicas são fabricadas, na sua grande maioria, usando o silício (Si) e
podendo ser constituída de cristais monocristalinos, policristalinos ou de silício amorfo.

2.6.1.1.1 Silício Monocristalino

A célula de silício monocristalino é historicamente as mais usadas e comercializadas


como conversor direto de energia solar em eletricidade e a tecnologia para sua fabricação é
um processo básico muito bem constituído. A fabricação da célula de silício começa com a
extração do cristal de dióxido de silício. Este material é desoxidado em grandes fornos,
purificado e solidificado. Este processo atinge um grau de pureza em 98 e 99% o que é
razoavelmente eficiente sob o ponto de vista energético e custo. Este silício para funcionar
como células fotovoltaicas necessita de outros dispositivos semicondutores e de um grau de
pureza maior devendo chegar na faixa de 99,9999%. (CRESESB, 2006).
Dentre as células fotovoltaicas que utilizam o silício como material base, as
monocristalinas são, em geral, as que apresentam as maiores eficiências. As fotocélulas
comerciais obtidas com o processo descrito atingem uma eficiência de até 15% podendo
chegar em 18% em células feitas em laboratórios.

Figura 2-12 – Célula de Silício monocristalino

Fonte: www.portalsolar.com.br
31

2.6.1.1.2 Silício Policristalino

As células de silício policristalino são mais baratas que as de silício monocristalino por
exigirem um processo de preparação das células menos rigoroso. A eficiência, no entanto, cai
um pouco em comparação as células de silício monocristalino. O processo de pureza do silício
utilizada na produção das células de silício policristalino é similar ao processo do Si
monocristalino, o que permite obtenção de níveis de eficiência compatíveis. Basicamente, as
técnicas de fabricação de células policristalinas são as mesmas na fabricação das células
monocristalinas, porém com menores rigores de controle. (CRESESB, 2006).

Figura 2-13 – Célula de Silício policristalino

Fonte: www.portalsolar.com.br

2.6.2 Acumuladores de carga (Baterias)

Segundo (ALMEIDA, 2015), as baterias, ou acumuladores, entre os diversos sistemas,


são mais utilizadas naqueles isolados da rede elétrica, ou seja, são dispositivos responsáveis
por fazer o armazenamento da energia elétrica gerada pelos módulos, com o intuito de suprir a
demanda da mesma na ausência da radiação solar. Com isso, podem ser consideradas de
extrema importância, já que a radiação solar não ocorre nos períodos noturnos, e é reduzida
em dias nublados.
Uma bateria é um conjunto de células ou vasos eletroquímicos, conectados em serie ou
em paralelo, capazes de armazenar energia elétrica na forma de energia química por meio de
um processo eletroquímico de oxidação e redução (redox) que ocorre em seu interior. Quando
uma bateria carregada é conectada a uma carga elétrica, ocorre o processo reverso, ou seja,
32

uma corrente continua é produzida pela conversão de energia química em energia elétrica.
(CEPEL-CRESESB 2014).
A escolha das baterias é de suma importância para o sistema por conta da sua
durabilidade e pelo alto custo que essas baterias possuem, por isso deve-se levar em
consideração alguns fatores na hora de dimensionar as baterias como a capacidade de
armazenamento, profundidade de descarga, tempo de vida útil, etc.
A bateria é o primeiro item de desgaste em um sistema fotovoltaico e, portanto, a sua
escolha deve levar em conta a dificuldade/custo de manutenção e troca. Sistemas de energia
renovável são feitos para durar 30 anos ou mais e economizar em baterias pode não ser a
melhor opção no longo prazo.
As baterias mais utilizadas no sistema solar fotovoltaico são as baterias de chumbo-
ácido e as baterias de níquel-cádmio, porem a predominante em grande parte dos sistemas
fotovoltaicos são as baterias de chumbo acido.
Segundo (CARNEIRO, 2009), as baterias de chumbo - ácido desfrutam desta
designação, pois são constituídas por uma solução aquosa de ácido sulfúrico. As baterias com
tensão nominal igual a 12V são constituídas por um conjunto de 6 células eletroquímicas
(tensão ao terminal de cada célula igual a 1,75V) associadas em série (de modo a se obter nos
terminais da bateria valores de tensão igual a 10,5V), isoladas entre si e banhadas pela solução
de ácido sulfúrico. No mercado existem baterias de chumbo - ácido com tensões nominais de

12, 24 e 48V. No entanto a tensão nos terminais da bateria depende do seu estado de
carga, baixando durante o processo de descarga e subindo durante o processo de carga.

Figura 2-14 – Bateria de chumbo-ácido


33

Quadro 2.2 - Dados técnicos de baterias recarregáveis

Fonte: Manual de engenharia pra sistemas fotovoltaicos


34

2.6.3 Inversor de corrente

Um inversor é um dispositivo eletrônico que fornece energia elétrica em corrente


alternada (C.A) a partir de uma fonte de energia elétrica em corrente continua (C.C). A
energia c.c pode ser proveniente de baterias, painéis solares e etc. A tensão c.a de saída deve
ter amplitude, frequência, e conteúdo harmônico adequado ás cargas a serem alimentadas.
Adicionalmente, no caso de sistemas conectados a rede elétrica a tensão de saída do inversor
deve ser sincronizada com a tensão da rede. (INVERSORES..., 2015)
Os painéis solares fornecem energia na forma de corrente contínua (CC) e, também as
baterias, recebem e fornecem em CC. Por esse motivo, a menos que todos seus aparelhos
possam trabalhar com este tipo de corrente, você precisará de um inversor. Hoje, praticamente
todos nossos aparelhos eletrônicos utilizam corrente alternada (AC) e, portanto, apenas
pequenos sistemas isolados podem dispensar o inversor.
No caso de sistemas fotovoltaicos, os inversores podem ser divididos em duas
categorias com relação ao tipo de aplicação: SFIs e SFCRs. Embora os inversores para SFCRs
compartilhem os mesmos princípios gerais de funcionamento que os inversores para SFIs,
eles possuem características específicas para atender ás exigências das concessionarias de
distribuição em termos de segurança e qualidade de energia injetada na rede.
(INVERSORES..., 2015)
Inversores para Conexão à Rede (Grid-tie) – Caso sua instalação seja conectada à rede,
você precisará de Inversor Grid-tie. Estes inversores, além de produzir uma onda senoidal
pura, precisam sincronizar a frequência com a rede elétrica. Geralmente possuem um
mecanismo chamado “ilhamento”, que garante que o sistema não energiza a rede quando esta
for desligada, evitando eletrocutar pessoas durante procedimentos de manutenção.
Inversor/Carregador – Além da função de inversor, tem a capacidade de carregar as baterias
a partir de uma fonte AC. Permitem carregar as baterias e reduzir o risco de danos a elas por
descarga exagerada e, por essa mesma razão, permite reduzir o banco de baterias. Outra
vantagem é que permite arrancar um motor ou gerador mesmo quando as baterias estão
descarregadas. (INVERSORES..., 2015)
Um inverso para os sistemas fotovoltaicos devem possuir as seguintes características:

 Alta eficiência de conversão, tanto na carga nominal quanto na carga parcial:

 Alta confiabilidade e baixa manutenção;

 Operação em uma faixa ampla de tensão de entrada;


35

 Boa regulação na tensão da saída;

 Forma de onda senoidal com baixo conteúdo harmônico;

 Baixa emissão de ruído audível;

 Baixa emissão de interferência eletromagnética;

 Tolerância aos surtos de partida das cargas a serem alimentadas;

 Segurança tanto para as pessoas quanto para a instalação;

 Grau de proteção IP adequada ao tipo de instalação;

O dimensionamento do inversor deve ser feito de acordo com a potência nominal, fator
de demanda e característica de operação das diversas cargas.

Figura 2-15 - Inversor

Fonte: www.neosolar.com.br/

2.6.4 Controlador de carga

O controlador de carga é uma peça fundamental no sistema fotovoltaico, pois é ele que
regula a carga e a descarga das baterias que possibilita o bom rendimento do sistema e
também a vida útil das baterias. As tensões de carga e equalização devem ser maiores que a
tensão nominal, podendo ser em torno de 14,4V numa bateria com tensão nominal de 12V.
Alguns módulos com 36 a 40 células fotovoltaicas geram tensões nominais entre 15 V e 18 V.
O aumento da temperatura faz com que a tensão dos módulos diminua, mas ainda assim deve
ser maior que a tensão de carga das baterias. Quando a temperatura é menor, a tensão em
36

ponto de máxima potência (Vmpp) do módulo citado acima será de aproximadamente 21 V e


a tensão em circuito aberto será de 25 V, ultrapassando o limite máximo de tensão para
recarga das baterias. Os controladores de carga medem a tensão das baterias e as protege de
sobrecargas. (ENEGIA SOLAR, 2013).
Para selecionar o controlador de carga devemos seguir os seguintes critérios:

 Tensão nominal do sistema, pois o controlador deve conter a mesma tensão


nominal do banco de bateria;

 Corrente de curto circuito do arranjo fotovoltaico, ele deve ser capaz de


suportar a corrente máxima enviada pelos módulos fotovoltaicos;

 Corrente de saída que deve se considerar um fator de segurança entre 10% e


25% para a corrente que vai para as cargas;

Os controladores podem ser classificados em 3 tipos: os controladores série,


controladores shunt e controladores com MPPT.
As funções fundamentais de um controlador de carga são: controlar perfeitamente a
carga das baterias, proteção contra sobrecarga indevida, proteção conta descarga excessiva,
informações do nível de carga do banco de bateria.

Figura 2-16 – Controlador de carga

Fonte: www.solarbrasil.com.br
37

Quadro 2.3 – Quadro que demonstra os sistemas e seus componentes de funcionamento

Alimentação dos acumulação de Componentes


Tipos de sistema Aplicação típica
consumidores energia elétrica básicos
Segidor de potência Bombeamaneto, produção de
Não
máxima (desejavel) hidrogênio, etc.
Tensão contínua Iluminação, telecomunicação,
Controlador de carga e
Sim sinalização nautica, cerca elétrica,
acumulador
proteção catodica etc.
Puros
Não Inversor Bombeamento, uso industrial etc
Tensão
Sistemas Eletrifição rural, bombeamento,
alternada controlador de carga,
isolados Sim telecomunicação, uso industrial,
acumulador e inversor
iluminação etc
Controlador de carga
Telecomunicação, iluminação,
Tensão contínua Sim acumulador e gerador
sinalização rodoviaria, e ferroviaria etc
complementar
Hibridos
controlador de carga,
Tensão
Opcional acumulador opcional e iIlumanação, uso industrial
alternada
gerador complementar
Aplicação residencial, comerciais e
Tensão
Puros Não Inversor industriais, produção de energia para
alternada
rede pública etc
Sistemas
Aplicação residencial, comerciais e
conectado á Inversor e gerador
rede Não industriais, produção de energia para
complementar
elétrica Hibridos Tensão rede pública etc
alternada Inversor, gerador
Eletrificação rural, uso industrial,
Sim complementar, e
suprimento initerrupto de energia
acumulador
NOTA: Todos os tipos de sistemas possuem gerador fotovoltaico entre os componentes bãsicos.

Fonte: ABNT NBR 11704:2008


38

3 METODOLOGIA

O método utilizado para este trabalho foi uma pesquisa da real necessidade de uma
escola, aplicando todos os cálculos para a escolha doe todos os componentes do sistema
fotovoltaico.
Primeiro foi definido a quantidade de painéis fotovoltaicos pelos seus respectivos
cálculos, depois da escolha do painel necessário com sua potencia para ser feitos tudo para
definir a quantidade real.
O mesmo foi feito com os demais componentes do sistema, como as baterias, inversores
e controladores de carga, em seguida foi feito um ajuste nos equipamentos, dividindo todos
por blocos para que o sistema funcione perfeitamente e não danifique nenhum de seus
componentes.
Todos os cálculos usados no dimensionamento e os métodos e informações do sistema
estão descritos no capítulo 4 seguindo todos os requisitos para as demandas e potências do
sistema.
O projeto segue os procedimentos conforme o fluxograma abaixo:
39

Fluxograma 3,1 - Descrição das etapas do projeto

Projeto

Insolação Levantamento de
diaria carga

Carga Consumo Consumo


intalada diario mensal

Consumo
corrigido
Inversor

Potência Capacidade
do necessária do banco
sistema de baterias

Número de Número de
Painéis baterias

Controlador
de carga

Sistema fotovoltaico
dimensionado
40

4 ESTUDO DE CASO

4.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO

O presente projeto destina-se a uma escola de um pavimento com quatro salas de aula,
localizada no município de São Gabriel da Cachoeira, a escola foi construída através do
projeto do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação).
A escola é um padrão quatro salas de aula um projeto com sua superestrutura de
concreto armado e laje pré-moldada treliçada para forro, sua infraestrutura feita com lastro de
concreto e concreto armado, as paredes de alvenaria de bloco cerâmico com as divisórias de
granito cinza, as esquadrias como portas são de madeira de lei lisa semi-ôca, basculantes de
ferro, a cobertura é de telha colonial e estrutura para a telha é de madeira de lei, sua érea
externa é toda cercada por muro,
A escola possui instalações de rede de lógica para telefone e internet, com abrigo de gás
na érea externa, instalações elétricas completas, instalações hidrosanitárias, e instalações
hidráulicas.
Em um bloco central em forma de hexágono, temos a área Administrativa, e de serviço
com a sala de professores, Secretaria. Na outra parte do bloco central estão as atividades de
Serviços, com dois sanitários para alunos, uma cozinha industrial, um vestiário para
funcionários, recreio, dispensa e uma área de serviço ligada às atividades dos funcionários.
No bloco maior, estão as salas de aula com capacidade para 36 alunos cada. A ligação
entre os blocos é feita através de uma passarela cujo telhado está abaixo dos telhados
principais.

Quadro 4.1 Área construída em M2

ITEM ÁREA CONSTRUIDA


Bloco Pedagógico 257,67 m²
Circulação – Pedagógica 62.37 m²
Bloco Administrativo 74.81 m²
Circulação – Administrativa 23.86 m²
Bloco de Serviço 74.81 m²
Circulação de Serviço 23.86 m²
Pátio Central 175.35 m²
41

Passarelas 33.69 m²
Total 726.42 m²

Fonte: FNDE

A escola em questão por ser localizada em uma comunidade isolada, tem sua
funcionalidade escassa quanto a aparelhos eletroeletrônicos, pois o grupo gerador existente
não consegue atender a escola grande parte do tempo, pois a logística encontra grande
dificuldade para levar combustível até esses municípios isolados, dai então a ideia do estudo
de um projeto de energia solar fotovoltaica para levar energia elétrica até essa escola.

4.2 FASES DO PROJETO

O projeto fotovoltaico visa a orientação dos módulos o tipo de modulo a ser utilizado, a
disponibilidade da área, disponibilidade do recurso solar, a demanda que deve ser atendida e
adequar o sistema para atender a demanda exigida pela escola, e o dimensionamento das
baterias.
Primeiro passo no projeto de um sistema solar fotovoltaico é o levantamento da
incidência solar no local da aplicação do sistema, depois vem o levantamento das cargas todos
os aparelhos eletroeletrônicos que são usados na escola de e toda demanda, posse dessas
informações fazemos então o dimensionamento do gerador fotovoltaico, dai então será
dimensionado a quantidade de baterias, e então escolher o inversor e o regulador de tensão
que irão ser usados no sistema isolado.

4.2.1 Radiação Solar na Região

Essa é uma das fases preliminares do projeto (FV), que consiste em quantificar a
radiação que ira incidir sobre o painel solar, os dados da radiação podem estar especificados
em termos de valores instantâneos do fluxo de potência ou valores de energia por unidade de
área, conhecidos como irradiância e irradiação. Uma das formas mais comum de apresentar os
dados de radiação é através dos valores médios mensais a partir de informações armazenadas
ao longo de vários anos de medida. Existem varias unidades para se representar valores de
radiação solar (CEPEL – CRESESB, 2014).
42

No presente estudo foi adotado a media anual do total diário de irradiação solar global
incidente no território brasileiro, apesar de todas as diferenças climáticas que encontrasse no
território o mapa mostra uma uniformidade nas medias de radiação.
O valor máximo de radiação solar encontra-se na Bahia com 6,5kWh/m², pois nessa
região se encontra uma baixíssima cobertura de nuvens, a menor do Brasil, já a menor
incidência de radiação solar se encontra na região de Santa Catarina com 4,25kWh/m², essa
região caracteriza-se pela ocorrência de precipitação bem distribuída. (ATLAS SOLAR
2006).
O Brasil tem uma variação de 4,2kWh/m² á 6,5kWh/m² em todo seu território, que é
maior que muitos países onde os incentivos para produção da energia proveniente do sol são
uma referência.
Para efeitos de estudo da irradiação solar, foi usado o mapa das medias anuais e
sazonais da irradiação solar diária incidente sobre um plano com inclinação igual a latitude do
pixel em consideração. Essa configuração possibilita a máxima capitação de energia solar
incidente na superfície.
Para calcular o índice solarimétrico da região em estudo será usado os modelo de
calculo do site da AtomRA (http://www.atomra.com.br/indice-solarimetrico-do-local/)
que usa as coordenadas do GOOGLE-MAPS para fazer os cálculos segundo os dados da
CRESESB-CEPEL pelo programa SunData que gera o índice dos 3 locais próximos ao local
informado para o dimensionamento dos painéis solares.
O programa SunData destina-se ao cálculo da irradiação solar diária média mensal em
qualquer ponto do território nacional e constitui-se em uma tentativa do CRESESB de
oferecer uma ferramenta de apoio ao dimensionamento de sistemas fotovoltaicos. Foi usado
no dimensionamento dos sistemas nas diversas fases do PRODEEM.
E consiste nos seguintes passos:
O primeiro passo consiste em determinar as coordenadas da localidade que será
implantado o sistema, fazendo isso pelo GOOGLE-MAPS disponível em
(https://www.google.com.br/maps), de posse da latitude e da longitude em graus do
município de Tabatinga que segue nas imagens a baixo.
43

Figura 4-1 - Mapa com a latitude e longitude do município de tabatinga

Fonte: Google maps

Obteve-se então a latitude de -0.135120 graus decimais ao sul e 67.085880 graus


decimais a Oeste, de posse das coordenadas segue-se para o segundo passo.
O segundo passo consiste em usar as coordenadas encontradas no google e utilizar no
programa da SunData no site da CRESESB-CEPEL o resultado fornecerá as informações
sobre o local. Usando as coordenadas do município de São Gabriel da Cachoeira gerando os
seguintes resultados como mostra a figura abaixo.
44

Figura 4-2 – irradiação solar diária média

Fonte: CRESESB - CEPEL

O índice solarimétrico da CRESESB é representado pela grandeza kWh/m².dia, ou seja


será a quantidade de watts que incidem em uma área de 1 metro quadrado durante um dia.
Este resultado representa uma estimativa média anual do índice solarimétrico local.
As medias encontradas nos municípios próximos foram:

 4,86 kWh/ m² em São Gabriel da Cachoeira.


 4,63 kWh/ m² em Uaiupés
 4,26 kWh/ m² em Santa Isabel do Rio Negro

Depois de todas essas informações deve-se escolher o índice que será usado conforme o
plano de inclinação dos painéis que no caso da cidade temos 4 opções :
45

Figura 4-3 – índice solarimétrico no plano inclinado

– irradiação solar diária média

Fonte: CRESESB - CEPEL

Usaremos então a maior media anual da insolação em plano inclinado para calculo dos
painéis solares, ou seja, 4,86kWh/m² com o painel inclinado 10° ao norte (10° grau de
inclinação, voltados para a face norte geográfico do planeta).

4.3 LEVANTAMENTO DAS CARGAS

De posse das informações encontradas sobre a insolação media o segundo passo para
dimensionar o sistema (FV), é o levantamento das cargas, pois o sistema tem por obrigação
gerar mais energia elétrica do que o limite que será consumida em certo período de tempo.
O levantamento das cargas será feito somando as cargas consumidas por todos os
equipamentos, listando a suas potências e o seu tempo diário de funcionamento para que se
tenha a energia produzida em Wh/dia.
Nesse estudo serão levantadas as cargas em C.A (Corrente Alternada), sabendo-se então
que o sistema utilizará o inversor para transformar a energia pois ele influenciará na demanda
final, devido a sua eficiência.
As cargas dos equipamentos e de todas as instalações elétricas da escola estão
discriminadas na tabela a seguir, levando em consideração as especificações do fabricante e
de equipamentos semelhantes aos existentes, para se calcular o consumo médio de energia em
(kWh) utiliza-se a seguinte expressão:
46

Eq. 4-1

= , / ê

Onde:

(kWh/mês) – consumo médio mensal


(W) – potência nominal do equipamento
(h/dia) – horas médias diárias de utilização do equipamento
(dias/mês) – média dos dias em que se utilizam os equipamentos
– Quantidade total de equipamentos

As formulas para o cálculo já estão inclusas na tabela fazendo toda a multiplicação para
se obter o consumo médio mensal de todos os aparelhos o mesmo calculo da equação (4.1)
será padrão para calcular todos os outros equipamentos .
Com o levantamento de carga do quadro 4.2 obteve-se o seguinte resultado:
 Carga total instalada: 10.261 W.
 Consumo diário: 99,21 kWh.
 Consumo mensal: 2.976,30Wh.
47

Quadro 4.2 Quadro do levantamento de carga

Consumo em kWH Escola Indígena 04 Salas


Tempo
Consumo Consumo
Potência Carga Total médio
Item Equipamentos Qde diário Mensal(30d)
(W) (W) por dia
(kWh) (kWh)
(h)
1
2 Lâmpada Tubular LED 12 11 132 10,00 1,32 39,6
3 24 84 2016 10,00 20,16 604,8
4 Lâmpadas LED PAR 30 13 7 91 10,00 0,91 27,3
5 100 25 2500 6,00 15 450
Refletores LED
6 200 3 600 6,00 3,6 108
7 Tomadas uso geral 100 14 1400 4,00 5,6 168
8 Televisor 42 polegadas 200 2 400 4,00 1,6 48
9 DVD 30 1 30 4,00 0,12 3,6
10 Impressoras multifuncional 100 1 100 3,00 0,3 9
11 Impressoras/XEROX média 1000 1 1000 3,00 3 90
12 Caixa amplificada média 300 1 300 0,50 0,15 4,5
13 Microcomputador 450 4 1800 8,00 14,4 432
14 Campaínha 30 1 30 0,20 0,006 0,18
15 Liquidificador industrial 800 1 800 0,30 0,24 7,2
16 Geladeira 253 litros - 1 porta 160 1 160 8,00 1,28 38,4
17 Freezer horizontal 480 litros - 2 portas 220 1 220 8,00 1,76 52,8
18 Bebedouro (Garrafão) 125 2 250 8,00 2 60
19 Bebedouro com 4 torneiras 540 1 540 8,00 4,32 129,6
20 Ventilador médio 250 11 2750 8,00 22 660
21 Telefone fax 240 2 480 3,00 1,44 43,2
Carga total
instalada (KW)
10.260,00 70,00 99,21 2.976,18
48

4.4 DIMENSIONAMENTO DO PAINEL FOTOVOLTAICO

Para iniciar o dimensionamento do sistema primeiramente deve-se escolher o painel


fotovoltaico que será usado no sistema.
Para efeito de cálculos, deste sistema fotovoltaico será usado o painel solar fotovoltaico
da Canidian com as seguintes descrições:

Tabela 4-1 especificações do painel fotovoltaico

ESPECIFICAÇÕES DO PAINEL
Potência Máxima (Wp) 265

Dimensões (mm) 1638 x 982 x 40 mm

Eficiência (%) 16,47

Corrente de Curto Circuito (A) 9,23

Tolerância +/- 5W

Corrente de Máxima Potência (A) 8,66

Voltagem de Circuito Aberto (V) 37,7

A especificação completa do painel segue nos anexos.

Diante dessas informações os cálculos deveram ser feitos para dimensionar os painéis
para o funcionamento do sistema. Para calcular a energia ativa necessária diariamente (L)
levam-se em consideração os tipos de carga e a eficiência dos elementos presentes no
processo de armazenamento conforme a equação a seguir:

=
Eq. 4-2

/
= = . , /
, ,

Onde:

(Wh/dia) – quantidade de energia consumida diariamente em corrente alternada em


determinado mês;
(%) – eficiência global da bateria;
(%) – eficiência do inversor;
49

A eficiência do inversor é citada com faixa de operação entre 50% e 100% da potência
nominal, pelo requisito de avaliação da conformidade de sistema e equipamento para energia
fotovoltaica é de, no mínimo, 85% e o valor da eficiência global da bateria sugerido é de 86%.
Temos então o quadro abaixo que demonstra o calculo para corrigir a demanda diária
com as devidas eficiências da bateria e do inversor.

Quadro 4.3 Cálculo demanda corrigida

DEMANDA DIARIA CORRIGIDA

Consumo Eficiencia global Eficiencia do Demanda diaria


diario(Wh) da bateria (%) inversor (%) corrigida (Wh)

99.210,00 0,860 0,90 128.178,29

Através da 4.2, deve ser calculado o valor médio diário de energia requerido para cada
mês do ano, e a potência necessária para o painel fotovoltaico gerar a potência necessária para
o sistema deve ser obtido conforme a equação abaixo.

=
Eq 4-3
. ,
= = . ,
, , ,

Onde:
= Potência necessária do sistema;
= energia consumida diária;
= Irradiação solar diária;
(%) = Fator de redução da potencia do modulo fotovoltaico 0,75
(%) = fator de derating da potencia devido a perda no sistema 0,9.

Como mostra o quadro a seguir os respectivos valores.


50

Quadro 4.4 Cálculo da potencia do sistema

POTÊNCIA DO SISTEMA
Consumo HSP Red1 (fator Red2 Potencia
corrigido (Horas de de (fator de necessaria do
(Wh) sol pleno) redução) redução) sistema (Wp)

128.178,29 4,330 0,75 0,90 43.855,37

Utilizando o pior mês de insolação encontrado no site da CRESESB de 4,33 diário e o


consumo corrigido temos a potência do sistema com 43.855,37 Wp.
Para dimensionamento utilizando o sistema MPPT o número de painéis em série deve
ser tal que a tensão de saída do painel fotovoltaico esteja dentro da faixa ótima de operação do
controlador.

Quadro 4.5 Cálculo para a quantidade de painéis em série

PAINEIS EM SERIE
Tensão de Tensão de
Tensão máxima Tensão minima Tensão minima tensão max Op/
máxima máxima Nº de paineis
do controlador do controlador Op/ Tensão Max Tensão max
potência potência em serie
de carga (V) de carga (V) tmax Tmin
Tmax(Vmp) Tmin(Vmp)

150 24 30,11 30,94 0,80 4,85 2

O numero de painéis escolhido segundo a faixa de operação foi de 2 painéis em série que foi
calculado pela seguinte equação:

< ° é é <

Eq 4-4
< ° é é <
, ,

, < < ,
51

Onde:
= Máxima tensão de operação MPPT do controlador
= Mínima tensão de operação MPPT do controlador
e = Tensões de máxima potencia do módulo fotovoltaica

Para cálculo do número de painéis em paralelo deve-se considerar a potência do sistema


e a potência de cada fileira de painéis conforme a equação 4-5:

° =
° é é
Eq.4-5
. ,
° = =

Onde:

= Potência nominal do modulo adotado em (Wp)


= Potência do sistema encontrado

Quadro 4.6 Número de painéis em paralelo

NÚMERO DE MÓDULOS

Nº de paineis
Potencia do Potencia do Nº de paineis Nº de paineis
em paralelo
sistema (Wp) modulo (Wp) em serie em paralelo
minimo

43855,37 265 2 82,75 82,0

A quantidade mínima de painéis em paralelo 82,75, arredondando para baixo o valor


encontrado pela equação temos um total mínimo de 82 painéis fotovoltaicos ligados em série.
O total mínimo de módulos a serem usados no sistema da escola calculado pela equação a
seguir:

° é = ó
Eq 4-6

° é => =
52

Quadro 4.7Quantidade mínima de painéis

QUANTIDADE MINIMA DE PAINÉIS

Nº de paineis
Nº de paineis Total de paineis
em paralelo
em serie minimo
minimo

2,00 82,00 164

Totalizando 164 painéis para o sistema fotovoltaico em estudo.

4.5 DIMENSIONAMENTO DO BANCO DE BATERIA

Para dimensionamento do banco de baterias, deve-se ter as informações das cargas


utilizadas , tais como a carga diária de cada mês corrigida calculada pela Equação 4.2 e usar o
valor máximo para calcular a capacidade do sistema de acumulação.
Para efeito de cálculos foram utilizados as informações dos acumuladores de carga
estacionários de 250Ah C100. Segundo as especificações a baixo:

Tabela 4-2 Especificações da bateria

ESPECIFICAÇÕES DA BATERIA
Tipo de bateria Estacionaria

Voltagem 12V

Vida útil 2 anos

Peso 59Kg

Ciclos de descarga 800 ciclos

Medidas 580x274x242 mm

Capacidade em C100 250 Ah

Diante das informações calcula-se então a capacidade do banco de bateria em Wh


( ) para o regime de descarga de 20horas.
Os valores de profundidade de descarga utilizados para baterias de ciclo raso são entre
20 e 40% e, para as de ciclo profundo são de 50 a 80%.
As abreviaturas CBc20, CBc100 são a capacidade do banco de bateria em regime de
descarga de 20horas e 100horas.
53

.N
( )=

Eq. 4-7
. , ,
( )= = . ,
,

Onde:
L = Demanda diária corrigida
N = Tempo de autonomia do sistema em dias
= Máxima profundidade de descarga da bateria

Como mostra o quadro da capacidade do bando de bateria a baixo:

Quadro 4.8 Capacidade do banco de bateria (Wh)

CAPACIDADE DO BANCO DE BATERIAS (Wh)

Capacidade do Capacidade do
demanda diaria
Autonomia Profundidade de banco de banco de
corrigida
(dias) descarga (%) baterias CB20 baterias CB100
(Wh)
(Wh) (Wh)

128.178,29 1,5 0,50 384.534,88 427.260,98

A capacidade do banco de baterias em (Wh) que foi calculada pela equação (4-8) será
usada agora para se obter a capacidade do banco de bateria em (Ah) conforme a
equação (4-9). E será encontrada fazendo a divisão do ( ) pela Tensão do sistema,
como mostra a equação a seguir.

( )=
Eq. 4-8
. ,
( )= = . ,

= Capacidade do banco em Wh
= Tensão do sistema
54

Quadro 4.9 Capacidade do banco de bateria em (Ah)

CAPACIDADE DO BANCO DE BATERIA EM (Ah)


Capacidade do Capacidade do Capacidade do Capacidade do
banco de Tensão do banco de banco de banco de
baterias CB20 Sistema (V) baterias CBI 20 baterias CB100 baterias CBI100
(Wh) (Ah) (Wh) (Ah)

384.534,88 24 16.022,29 427.260,98 17.802,54

Os valores respectivos encontrado da capacidade do banco de baterias no regime C20


foram 384.534,88 (Wh), e 8.001,14 (Ah), como a maiorias dos fabricantes não utilizam a
capacidade em C20 e sim em regime de C10 ou C100 usa-se a equação 4.10 para conversão
da capacidade.
Utilizando uma autonomia de um dia e meio de autonomia e uma profundidade de
descarga de 50% para os cálculos do sistema.

( )
( )=
,

. ,
( ) => = . ,
,
Eq. 4-9
( )
( ) =>

. ,
( ) => = . ,

( ) = Capacidade do banco de baterias em Wh no regime de descarga de 100h.


= Tensão do sistema
( ) = Capacidade do banco de baterias em Wh no regime de descarga de 20h.

Após o cálculo da capacidade da bateria selecionada, calcula-se o número de baterias


em paralelo.
Onde:
= Capacidade da bateria em Ah, no regime de descarga C100.
= Capacidade do banco de bateria em Ah, no regime de descarga C100.
55

° ó =
Eq. 4-10
. ,
° ó => = ,

Assim como mostra o quadro dos cálculos dos módulos a baixo.

Quadro 4.10 Numero de baterias em paralelo

BATERIAS EM PARALELO

Capacidade do
CBI 100 (Bateria Módulos de Módulos de
banco de baterias
Ah) baterias baterias (ajustes)
CBI100 (Ah)

250 17.802,54 71,21 72

Obteve-se então um total de 71,21 número de módulos de baterias aplicando as


formulas da equação (4-11), e aplicando o mesmo conceito arredondamento dos painéis será
também usado para as baterias arredondando para cima a quantidade em serie..
A quantidade de baterias em série depende da tensão nominal do sistema que varia no
Brasil entre 12V, 24V, 48V, no do sistema em questão foi adotado um sistema de 24V,
Calcula-se então o número de baterias em série pela equação 4-12.
Onde:
Vsist = Tensão do sistema.
Vbat = é a tensão nominal da bateria selecionada para o sistema.

° é =

Eq. 4-11

° é = =
56

Quadro 4.11 Quantidade de baterias em série

BATERIAS EM SÉRIE

Tensão do Sistema (V) Tensão da bateria Baterias em série

24 12,00 2

O número de baterias em série encontrado através da equação foram um total de 2


baterias em série como mostra também o quadro 4.11.
Sendo assim se as baterias selecionadas tiverem uma tensão de 24V, o número de
baterias em série será respectivamente de 1, 2, ou 4, para os sistemas com tensão nominal de
12V, 24V e 48V.
Temos então um total de baterias multiplicando a quantidade de baterias encontradas em
série em paralelo totalizando 144 baterias como mostra o quadro a baixo.

° = ó
Eq 4-12

° é => =

Quadro 4.12 Total de baterias

TOTAL DE BATERIAS

Baterias em paralelo
Baterias em series Total
(ajustes)

72 2 144

4.6 DIMENSIONAMENTO DO CONTROLADOR DE CARGA

Para dimensionar o controlador de carga deve-se levar em consideração os limites


máximos do controlador, seja ele convencional ou MPPT, com relação á tensão c.c. do
sistema e aos níveis da corrente elétrica, tanto na entrada do painel quanto na saída da bateria,
além do tipo de bateria.
57

Tabela 4-3 Especificações do controlador de carga

ESPECIFICAÇÕES DO CONTROLADOR DE CARGA


Tipo do controlador MPPT

Voltagem do sistema nominal 12v, 24v, 48v

Corrente de carga nominal 140A

Alcance MPPT 112VDC

Máxima voltagem em circuito aberto 140VDC

Autoconsumo <10mA(24V)

Medida e peso 415x225x145mm e 4,3Kg

Para o dimensionamento da corrente máxima do controlador (Ic) é considerada a


corrente de curto circuito do painel fotovoltaico acrescida de um fator mínimo de segurança
de 25%, assumindo que o painel pode receber uma irradiância de até 1250W/m2.
Que será calculada multiplicando a corrente de curto circuito do painel (Isc) pelo
número de módulos em paralelo.

= , ° ó é Eq. 4-13

= , , = ,

Quadro 4.13 Corrente máxima do controlador

CORRENTE MAXIMA DO CONTROLADOR


corrente de
Nº de paineis Corrente maxima
curto circuito do
em pararelo do controlador
painel
82 9,23 946,08

Como a corrente máxima do sistema é bastante elevada para somente um controlador,


terá que ser dimensionado os controladores em paralelo para suporta a corrente máxima
exigida e vamos obter utilizando a corrente máxima do controlador multiplicando pela
corrente do sistema como mostra a equação a baixo:
58

° =
Eq. 4-14
,
° = = , =>

= corrente máxima necessária do controlador


= corrente nominal do controlador

Quadro 4.14 Número de paineis em paralelo

NUMERO DE CONTROLADORES
CORRENTE
CORRENTE DO
MAXIMA DO CONTROLADORES
CONTROLADOR
SISTEMA

80 946,08 11,83

Então o sistema será dividido por blocos, terá então arredondando para 12 o número de
controladores, e cada controlador irá proteger um bloco de baterias do sistema para o melhor
funcionamento do sistema segundo a carga máxima em (A) suportada pelo controlador.

4.7 DIMENSIONAMENTO DO INVERSOR

Para estabelecemos a demanda para o dimensionamento do inversor, é preciso


determinar o tempo de uso dos equipamentos e os dias em que estarão em uso para o
levantamento da curva de carga. A potência do inversor deve ser igual ou superior a carga
instalada do sistema que nada mais é do que o somatório das potências de todos os
equipamentos em uso operando simultaneamente, e a potência do inversor deve ser no
mínimo 4.5KW. (CRESESB, 2014).
O inversor deve ser de alta eficiência em toda sua faixa de operação, para minimizar a
perda na operação. Ele deve ter a entrada igual á tensão em corrente continua do sistema ou a
tensão do banco de bateria, e a tensão de saída vai da necessidade do sistema 127V ou 220V.
Para dimensionar o inversor deve-se adotar uma faixa de operação da eficiência do
inversor e também a faixa de todas as perdas no sistema. A potência do inversor deve está
entre os dois valores encontrados.
59

( ) ( )
< _ <

. , . ,
< <
, , Eq 4-15

. , < < . ,

Temos então no sistema uma variação entre 11.401,11W e 14.658W o inversor deverá
está entre essa faixa de atuação para o perfeito funcionamento do sistema.
A faixa a ser adotada para escolha do inversor deve ser a maior potência levando em
consideração a segurança do sistema para que todos os equipamentos possam funcionar
perfeitamente sem danificar nada ou faltar a energia necessária para cada um.
Serão usados então dois inversores em paralelo de 7.000W para atender o sistema, as
especificações do inversor se encontram nos anexos.
A curva de carga é um item indispensável na escolha do inversor, pois é nela que vai
está descrita toda a carga e os horários de utilização dos equipamentos assim definindo o a
potência necessária para o inversor.
Consumo de Energia Diário Totais Diário Totais Eficiênc Potência Energia
Potência Horas diárias Diária
Repartições Quant. Mensal ia do Requerida
Instalada W Requerida
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
W.h kW.h Inversor (W) (Wh)
Escola 1 10261 0 0 0 0 0 0 9.101 8.159 8.889 6.894 5.188 1.208 9.251 9.509 9.279 6.124 9.346 3.100 3.480 3.100 3.480 3.100 0 0 99.208,00 2.976,24 0,90 11.401,11 110.231,11
Somatório 2 10261 0 0 0 0 0 0 9.101 8.159 8.889 6.894 5.188 1.208 9.251 9.509 9.279 6.124 9.346 3.100 3.480 3.100 3.480 3.100 0 0 99.208,00 2.976,24 0,90 11.401,11 110.231,11
Somatório Final 10.261 0 0 0 0 0 0 9.101 8.159 8.889 6.894 5.188 1.208 9.251 9.509 9.279 6.124 9.346 3.100 3.480 3.100 3.480 3.100 0 0 99.208 2.976 0,9 11.401,11 110.231,11
Consumo Estimado Diario da escola ( kWh/dia) 99210,00
Consumo Estimado Mensal (kWh/mês) 2976300 C U R V A DE C A R G A D A U S I N A F O T O V O L T A I C A
12.000
10.000
- W

8.000
DEMANDA
6.000
4.000
Quadro 4.15 Quadro da curva de carga

2.000
0
0 5 10 15 20 25
60
HORAS DO DIA - H
HORAS DE USO DOS EQUIPAMENTOS
61

Tempo
Potência
Equipamentos
(W)
Qde médio 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
(H)
12 11 10,00 132 132 132 132 132 132 132 132 132 132
Lâmpada Tubular LED
24 84 10,00 2.016 2.016 2.016 2.016 1.008 1.008 2.016 2.016 2.016 2.016 2.016
Lâmpadas LED PAR 30 13 7 10,00 91 91 91 91 91 - 91 91 91 91 91
100 25 6,00 - - - - - - - - - 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500 2.500
Refletores LED
200 3 6,00 - - - - - - - - - 600 600 600 600 600 600
Tomadas uso geral 100 14 4,00 700 700 700 350 350 - 700 700 700 350 350
Televisor 42 polegadas 200 2 4,00 200 - 200 - 200 200 200 200 200 200 -
DVD 30 1 4,00 - 30 30 30 30
Quadro 4.16 Quadro de consumo por hora de cada equipamento

Impressoras multifuncional 100 1 3,00 - 100 100 100


Impressoras/XEROX média 1000 1 3,00 - 1.000 1.000 1.000
Caixa amplificada média 300 1 0,50 - 150
Microcomputador 450 4 8,00 1.800 1.800 1.800 900 900 1.800 1.800 1.800 900 900
Campaínha 30 1 0,20 1,5 1,5 1,5 1,5
Liquidificador industrial 800 1 0,30 - 80 80 80
Geladeira 160 1 8,00 160 - 160 160 - 160 - 160 - 160 160 160
Freezer horizontal 220 1 8,00 220 220 220 220 220 220 220 220
Bebedouro (Garrafão) 125 2 8,00 250 250 250 250 250 250 250 250
Bebedouro com 4 torneiras 540 1 8,00 540 540 540 540 540 540 540 540
Ventilador médio 250 11 8,00 2.750 2.750 2.750 1.375 1.375 2.750 2.750 2.750 1.375 1.375
Telefone fax 240 2 3,00 240 240 - 240 - - 240 - 240 240 -
POTÊNCIA TOTAL POR HORA 9.101 8.159 8.889 6.894 5.188 1.208 9.251 9.509 9.279 6.124 9.346 3.100 3.480 3.100 3.480 3.100
CONSUMO DIARIO KW 99,21
62

4.8 CORREÇÃO DO NÚMERO DE PAINÉIS E BATEIAS POR BLOCO

Devido ao número elevado de painéis e baterias o sistema terá que ser dividido por
blocos para que os componentes não sejam prejudicados e nem danificados, pois as
instalações corretas dos equipamentos influenciam bastante em sua vida útil trazendo
benefícios para o bolso do cliente do sistema.
Para essa fazer essa correção e dividir o sistema por blocos deve-se está com a
quantidade de todos os itens do sistema definido e com a potência do inversor e do
controlador.
Primeiro calcula-se a potencia do controlador através da equação a seguir:

. ( )= . ( )

Eq. 4-16
. ( )= ( ) ,

. ( )= . ( )

Quadro 4.17 Controlador de carga em (W)

CONTROLADOR DE CARGA (W)

Controlador de Carga Nº de paineis em Controlador de Carga


(A) paralelo (W)

80,00 82,750 6.620,00

De posse da potencia do controlador calcula-se a quantidade máxima de painéis


permitidos por bloco como mostra a equação a baixo:

. ( )
. . =
Eq. 4-17
.
. . = = , =>
63

O número de painéis por bloco arredondado para menos segundo a equação de um


valor total de 24 por bloco, para definir a quantidade de painéis em paralelo por bloco deve-se
dividir a quantidade total pelo numero de painéis em serie.

. =
Eq. 4-18
. =

A potência de painéis por bloco também deve ser calculada, multiplicando o número de
painéis por bloco pela potência nominal dos painéis.

=
Eq. 4-19
= => . ( )

De posse das informações e quantidade que foram calculadas define-se então o numero
de blocos do sistema segundo a equação 4.19

é
° =
° .
Eq. 4-20

° = => , =>

Agora que o numero de blocos forma definidos, deve-se definir também o numero de
baterias por bloco como mostra a equação 4.21.

°
° =
°
Eq. 4-21

° = = , => .
64

Calcula-se então o numero de baterias em paralelo para cada bloco dividindo o numero
de baterias em serie que são 2 baterias pelo número de baterias por bloco que são 21 conforme
a equação a cima totalizando assim 10,5 arredondando para cima obtém-se o valor de 11
bateria em paralelo para cada bloco.
Agora, por fim calcula-se o valor do controlador corrigindo a quantidade para cada
bloco do sistema.

= , ° é
Eq.4-22
= , , =

Então o controlador escolhido no sistema será de 140A para cada bloco totalizando 7
controladores.
65

5 RESULTADOS

Os resultados obtidos através dos cálculos a resultaram em um quantitativo de painéis,


baterias, inversores, e controladores necessários pra o funcionamento do sistema, como
mostra a seguir:
Foram necessários 7 blocos de painéis, cada bloco contém, 12 painéis em paralelo e 2
em series totalizando uma quantidade de 24 painéis para cada bloco, e um total geral de 168
painéis para o sistema, gerando uma potência de 6.360W por cada bloco.
As bateria também foram divididas em 7 blocos, cada bloco contém 2 baterias em
paralelo e 7 baterias em serie para cada bloco totalizando uma quantidade de 14 baterias por
bloco, e um total de 98 baterias para todo o sistema
Os controladores serão de 140A, um controlador para cada bloco, totalizando 7
controladores diferente do primeiro cálculo que precisaria de 12 inversores, porém, como foi
dividido por bloco o sistema, a potência necessária se encaixa na faixa do controlador
existente.
Da mesma inversor, serão 2 inversores de 70.000W, levando em consideração a faixa de
perda calculado e como a potência do sistema foi bastante elevada divide-se para o melhor
funcionamento.

5.1 CUSTO DOS COMPONENTES DO SISTEMA

CUSTO DOS MATERIAIS


Descrição do material Quantidade Custo unitário Custo total
Módulo fotovoltaico 265Wp - Canadian CSI CS6P-265P - BR 164 R$ 849,00 R$ 139.236,00
Inversor solar off grid poder surge 7kw 2 R$ 2.943,90 R$ 5.887,80
Controlador de carga mppt 7 R$ 6.740,01 R$ 47.180,07
Baterias 250Ah 144 R$ 922,90 R$ 132.897,60
Total R$ 325.201,47

O valor dos componentes do sistema, não levando em consideração a mão de obra e


nem os custos de mobilização até o local são de 325.201,47 reais.
66

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente o sistema solar fotovoltaico tem um custo muito elevado dificultando a


implantação desse sistema em grande escala, os sistemas fotovoltaicos isolados “não
conectados a rede” tem um aumento muito elevado, pois necessita de bateria para a energia
gerada pelos painéis.
Apesar de todo esse custo a energia solar fotovoltaica é de suma importância para
localidade que não são contempladas com a energia elétrica como no caso do projeto em
questão, lugares isolados como aldeias indígenas no interior do estado do Amazonas podem
ser atendidos através do sistema do sistema fotovoltaico.
O presente trabalho abordou um projeto de um sistema fotovoltaico isolado, em uma
escola indígena, o projeto luz para todos também aborda esse tipo de estudo em escolas e
comunidades isoladas para incentivo a produção de uma energia mais limpa, devido a grande
crise energética conforme foi citado no trabalho, com o crescimento populacional e industrial
o consumo vem aumentando cada dia mais.
Com isso a busca por fontes renováveis vem crescendo, e a energia fotovoltaica pode
ser uma válvula de escape para essa grande crise energética, com o crescimento de sua
utilização a tendência desse produto é ficar mais barato e acessível para toda a população
mundial independente de sua classe financeira.
Buscando também materiais para produção da placa cada vez mais eficientes, que
possam produzir energia com uma potencia maior, diminuindo ainda mais o valor dos painéis,
tornando popular esse sistema, e o mundo mais limpo, agredindo menos o meio ambiente e
levando energia a lugares de difícil acesso.
67

REFERÊNCIAS

[1] Revista O Setor Elétrico . Historia das placas fotovoltaicas. Disponível em:
http://www.osetoreletrico.com.br
Acesso em: 20 Set, 2016

[2] REVISTA GAZETA DA FÍSICA. Meio Século de História Fotovoltaica.


VALLÊRA, ANTÓNIO M; BRITO, MIGUEL CENTENO.
v. 29, p. 10 - 15, 2006.

[3] Blog NEW SOLAR. Energia Solar Fotovoltaica. Disponível em:


http://www.newenergy.com.br/solar
Acesso em: 20 Set, 2016.

[4] PRIMANCLUB. Efeito fotovoltaico. Disponível em:


http://www.housepress.com.br
Acesso em: 20 Set, 2016.

[5] DEMONSOLAR. Energia solar térmica. Disponível em:


http://www.domosolar.net/
Acesso em: 21 Set, 2016

[6] Portal TECNOSOL. Vantagens e Desvantagens da energia solar. Disponível em:


http://www.tecnosol.ind.br/noticias/ler/3/vantagens-e-desvantagens-da-energia-solar
Acesso em: 21 Set, 2016

[7] SÓELETRICA. Energia fotovoltaica conectada a rede. Disponível em:


http://www.soeletrica.ind.br/downloads/Energia%20Solar.PDF
Acessado em: 22 Set, 2016

[8] SOLENERG. Painéis fotovoltaicos. Disponível em:


http://www.labeee.ufsc.br/antigo/linhas_pesquisa/energia_solar/
Acesso em: 22 Set, 2016

[9] CRESESB. Manual de Engenharia para sistemas Fotovoltaicos.


Edição especial revisada e atualizada, Rio de Janeiro – 2014.

[10] CARNEIRO, J 2009. Dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos.


Projeto interdisciplinar do 2° de mestrado integrado a Engenharia Têxtil.

[11] BLUESOL. Os sistemas de energia solar fotovoltaicas.


Livro digital de introdução aos sistemas solares.

[12] CRESESB. Energia solar princípios e aplicações .


Centro de referencia para Energia solar e Eólica de Salvo Brito
68

[13] ABNT NBR 11704. Sistemas fotovoltaicos


Classificação dos sistemas Fotovoltaicos, 2008

[14] E3R. Inversores. Disponível em:


http://www.e3r.com.br/geracao.html
Acesso em: 03 Set, 2016

[14] NEOSOLAR. Inversores. Disponível em:


http://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-mais/inversores-ou-conversores
Acesso em: 03 Set, 2016
69

ANEXO A - PAINEL SOLAR


70

ANEXO B - BATERIA
71

ANEXO C – CONTROLADOR DE CARGA


72

ANEXO D - INVERSOR

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