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Votuporanga – SP
2016
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA
CAMPUS CIDADE UNIVERSITÁRIA
Curso de Engenharia Elétrica
Votuporanga – SP
2016
Daiane Maria Bassetto Covizzi 81674
Emanoela Gomes Rodrigues 82023
Aprovado em:
Professor (a): _________________________
Integrante da Banca Examinadora
Professor (a): _________________________
Integrante da Banca Examinadora
Professor (a): _________________________
Orientador (a)
Votuporanga – SP
2016
DEDICATÓRIA
À minha mãe, mulher guerreira, exemplar, meu anjo da guarda, e ao meu pai, amigo,
conselheiro e guia.
Daiane Covizzi
Aos meus mestres, que fomentaram a minha graduação, aos meus pais e amigos que
estiveram comigo em toda essa jornada.
Emanoela Gomes
AGRADECIMENTOS
Antes de tudo, agradeço a Deus, por toda força concedida nos momentos de desespero,
dúvida, estando sempre ao meu lado guiando os meus passos, iluminando meu caminho. À
minha família, por me apoiar, estar sempre ao meu lado, nos momentos de alegria e tristeza.
Agradeço a todos os professores, em especial ao nosso orientador Nelson Bueno, por
todos os conselhos, auxiliando na teoria e pesquisa de nossa monografia, além de se fazer
presente nos momentos em que mais precisei, muito obrigada! Ao nosso co-orientador, Luís
Origa por ter aceito nos ajudar e sempre estar disposto a nos orientar da melhor forma possível.
Aos colegas de classe pela acolhida, por todo carinho.
Também quero muito agradecer aos amigos Emanoela e Alexandre, à Emanoela, por
sua amizade, carinho, compreensão e companheirismo, minha amiga de faculdade e de vida, e
Alexandre, por ter nos apresentado o conceito de geração distribuída, tema de nosso trabalho,
além de todas as boas risadas e momentos de companheirismo.
Mas, agradeço principalmente à minha mãe, que sempre foi a maior incentivadora, que
sempre acreditou na filha, deixando um legado de força, perseverança e amor.
Daiane Covizzi
Este trabalho tem como objetivo estudar os conceitos referentes à Geração Distribuída,
analisando seus aspectos burocráticos, ou seja, todos os processos para a interconexão da GD,
conforme as novas regras para o acesso como determina o Prodist no Módulo 3; e técnicos, no
que se refere à conexão, com as devidas análises de curto-circuito, fluxo de potência, proteção
de sistema e demais testes de conexão e operação que venham a interferir ou comprometer a
qualidade de energia; bem como as fontes renováveis de energia aplicadas a este sistema, tendo
a energia eólica como exemplo de fonte de aplicação. Serão apresentados os componentes que
compõem uma turbina eólica, se possuem vantagens ou não a aplicabilidade de tais
equipamentos ao aerogerador em comparação a outros similares, e sua manutenção ou
conservação. Por fim, será feito uma simulação de uma possível implantação de um Gerador
Distribuído em uma geração doméstica conectado à rede de distribuição, considerando fatores
relevantes como a disponibilidade dos recursos renováveis que é a oferta de energia, custos de
implantação do projeto e o custo-benefício pela determinação do tempo em que o valor do
investimento dedicado ao projeto retornará ao consumidor pela compensação de créditos,
equitativando com a vida útil do equipamento.
This work aims to study the concepts related to Distributed Generation, analyzing its
bureaucratic aspects, that is, all the processes for the interconnection of DG, according to the
new rules for access as determined by Prodist in Module 3; And technicians, regarding the
connection, with the appropriate analyzes of short circuit, power flow, system protection and
other tests of connection and operation that will interfere or compromise the quality of energy;
As well as the renewable energy sources applied to this system, with wind energy as an example
of application source. It will be presented the components that make up a wind turbine, whether
or not the advantages of such equipment to the wind turbine in comparison to other similar
ones, and their maintenance or conservation, have advantages. Finally, a simulation will be
made of a possible deployment of a Distributed Generator in a domestic generation connected
to the distribution network, considering relevant factors such as the availability of renewable
resources, energy supply, project implementation costs and cost- Benefit ratio by determining
the time the value of the investment dedicated to the project will return to the consumer by
offsetting credits, equaling the life of the equipment.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15
1.1Objetivos.............................................................................................................................. 17
1.1.1 Geral ................................................................................................................................ 17
1.1.2 Específico ........................................................................................................................ 17
1.2 Justificativa ......................................................................................................................... 17
1.3 Metodologia ........................................................................................................................ 17
1.4 Organização do trabalho ..................................................................................................... 18
2 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA (GD) ........................................................................................ 19
2.1 Benefícios da Geração Distribuída ..................................................................................... 19
2.2 Smart Grids ........................................................................................................................ 20
2.3 Legislação ........................................................................................................................... 21
2.3.1 Novas regras para acesso à Geração Distribuída ............................................................. 22
2.3.2 Procedimentos para a viabilização de acesso das mini e microgeradoras à rede ............ 22
2.3.3 Sistema de Compensação de Energia Elétrica ................................................................. 24
2.3.3.1 Empreendimento de Múltiplas Unidades Consumidoras ............................................. 26
2.3.3.2 Geração Compartilhada ................................................................................................ 26
2.3.3.3 Autoconsumidor remoto ............................................................................................... 26
2.3.3.4 Compensação de créditos por posto horário ................................................................. 27
2.3.4 Sistema de Medição ......................................................................................................... 27
3 TECNOLOGIAS DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA UTILIZANDO FONTES
RENOVÁVEIS ......................................................................................................................... 29
3.1 Energia Eólica..................................................................................................................... 29
3.1.1 Energia eólica no Brasil ................................................................................................... 30
3.1.2 Modelos de circulação dos ventos ................................................................................... 32
3.1.3 Caracterização dos ventos ............................................................................................... 32
3.1.4 Parâmetros que influenciam no perfil dos ventos ............................................................ 33
3.2 Energia Solar ...................................................................................................................... 33
3.2.1 Energia solar no Brasil .................................................................................................... 34
3.3 Outras fontes de Energia Renovável .................................................................................. 35
3.3.1 Cogeração ........................................................................................................................ 35
3.3.2 Biomassa.......................................................................................................................... 37
4 INTERCONEXÃO DE SISTEMAS DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ................................ 38
4.1 Classificação das Unidades de Geração Distribuída .......................................................... 38
4.2 Análise Técnica da Interconexão ........................................................................................ 38
4.2.1 Entrega da Solicitação ..................................................................................................... 38
4.2.2 Avaliação da Solicitação ................................................................................................. 39
4.2.3 Acordo de Interconexão .................................................................................................. 44
4.2.4 Execução do Projeto ........................................................................................................ 45
4.2.5 Conexão, testes e operação .............................................................................................. 45
4.3 Requisitos Gerais Para o Sistema de Interconexão ............................................................ 46
4.3.1 Tensão de Interligação ..................................................................................................... 46
4.3.2 Linha de Interconexão ..................................................................................................... 46
4.3.3 Requisitos de proteção e controle .................................................................................... 46
4.3.4 Ilhamento ......................................................................................................................... 47
4.4 Requisitos Técnicos para a Interconexão da Geração Distribuída ..................................... 48
4.4.1 Nível de curto-circuito ..................................................................................................... 48
4.4.2 Aterramento de Neutro .................................................................................................... 49
4.4.3 Proteção contra surtos de tensão ...................................................................................... 49
4.4.4 Reguladores ..................................................................................................................... 49
4.4.5 Qualidade de Energia....................................................................................................... 49
4.5 Intercomunicação entre sistemas ........................................................................................ 54
5 SISTEMA CONVERSOR DE ENERGIA EÓLICA ............................................................ 56
5.1 Classificação ....................................................................................................................... 56
5.2 Componentes de um aerogerador ....................................................................................... 58
5.2.1 Rotor eólico ..................................................................................................................... 60
5.2.1.1 Pás................................................................................................................................. 61
5.2.1.2 Cubo ............................................................................................................................. 63
5.2.1.3 Mecanismo de controle de passo .................................................................................. 63
5.2.2 Sistema de transmissão mecânico.................................................................................... 64
5.2.2.1 Sistema de segurança – freios ....................................................................................... 64
5.2.2.2 Caixa de multiplicação de velocidade .......................................................................... 64
5.2.2.3 Eixo principal ............................................................................................................... 65
5.2.2.4 Gerador elétrico ............................................................................................................ 66
5.2.3 Controle de orientação do rotor (Yaw control) ................................................................ 69
5.2.4 Sistema de controle .......................................................................................................... 70
5.2.5 Nacele .............................................................................................................................. 71
5.2.6 Suporte estrutural –Torre ................................................................................................. 72
5.3 Controle e integração de aerogeradores na rede elétrica .................................................... 73
5.3.1 Objetivos do controle....................................................................................................... 73
5.3.2 Sistema elétrico para conexão da turbina à rede elétrica ................................................. 74
5.3.2.1 Conversores .................................................................................................................. 75
5.3.2.2 Demais equipamentos para conexão da turbina à rede elétrica .................................... 75
5.3.2.3 Interação da turbina com a rede elétrica ....................................................................... 76
6 CRONOGRAMA PARA INSTALAÇÃO DE PROJETO DE AEROGERADOR .............. 78
6.1 Cronograma de desenvolvimento do projeto ...................................................................... 78
6.2 Modelagem das cargas........................................................................................................ 79
6.3 Simulação de dimensionamento de aerogerador para Geração doméstica na cidade de
Votuporanga – SP ..................................................................................................................... 80
6.3.1 Dados de vento na região de Votuporanga – SP ............................................................. 80
6.3.2 Descrição Estatística do Regime dos Ventos .................................................................. 81
6.3.3 Software Eolusoft ............................................................................................................ 81
6.3.3.1 Distribuição Weibull e Rayleigh ................................................................................... 83
6.3.4 Dimensionamento do consumo de uma residência de médio porte................................. 85
6.3.5 Especificações técnicas e econômicas do Aerogerador Inclin 1500W Bornay Grid Tie 91
6.3.6 Análise de Payback (Viabilidade Econômica) ................................................................ 93
6.4 Considerações finais da análise técnica e econômica ......................................................... 94
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 95
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 96
APÊNDICE I ............................................................................................................................ 99
APÊNDICE II ....................................................................................................................... 1000
ANEXO ................................................................................................................................ 1011
15
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
1.1.1 Geral
Apresentar os conceitos e definições associados à geração distribuída para a micro ou
minigeração, as condições tarifárias à qual a unidade consumidora está submetida, as condições
de pagamento/financiamento do projeto, a política de acesso às redes e existência de outras
unidades consumidoras que possam usufruir dos créditos do sistema de compensação de energia
elétrica. Analisar a relação custo/benefício para instalação dos geradores para a minigeração,
com base em diversas variáveis, como: tipos de fontes de energia renováveis (sistemas eólicos,
fotovoltaicos, a biomassa e cogeração) e suas tecnologias, com foco em turbinas eólicas que
utilizam uma energia primária não-armazenável, e, estando este sistema conectado deve ser
despachado prioritariamente, constituindo assim um sistema de geração descentralizada bem
definido.
1.1.2 Específico
Elaborar uma simulação de interconexão de um sistema de geração distribuída que
consiga proporcionar eficiência energética, autonomia e sustentabilidade refletido na relação
custo-benefício.
1.2 Justificativa
1.3 Metodologia
18
A Geração Distribuída (GD) é uma expressão usada para a geração de energia elétrica
junto ou próxima do consumidor independente dos fatores relacionados à potência gerada,
tecnologia empregada ou fonte de energia. A GD tem algumas vantagens sobre a geração
centralizada porque economiza investimentos em transmissão e também reduz as perdas nestes
sistemas, melhorando a estabilidade do serviço de energia elétrica. Na GD se inclui:
Geradores eólicos;
Painéis fotovoltaicos;
Cogeradores;
Geradores a biomassa;
Geradores de emergência;
Geradores para operação no horário de ponta;
Esse conceito também envolve equipamentos de medida, controle e comando que
articulam a operação dos geradores e o controle de cargas (ligamento/desligamento) para que
estas se adaptem à oferta de energia.
A GD torna possível obter maior eficiência energética, porém, ainda há uma carência
aos incentivos a esse tipo de sistema, há poucos investimentos. Com a necessidade de
diversificação da matriz energética, de produção com economia e sustentabilidade aliadas ao
desenvolvimento, a implantação dos sistemas de geração distribuída tende a aumentar e também
os seus incentivos. Por isso, o INEE (Instituto Nacional de Eficiência Energética) tem
trabalhado para derrubar as imperfeições do mercado que dificultam o desenvolvimento desta
forma de geração de energia.
renovável, mas esta seria de melhor aplicação à GD. Gerar energia distribuída a partir de fontes
renováveis na matriz energética nacional significa deixar de usar fontes mais poluentes que
emitem enormes quantidades de dióxido de carbono que intensificam o efeito estufa, como é o
caso das termelétricas.
O Brasil tem sol e ventos abundantes em vários períodos do ano, o que proporciona um
grande potencial para a expansão da geração distribuída, de forma que os consumidores possam
gerar sua energia, compensar o que recebem das distribuidoras, com a garantia de que estão
usando energia renovável, e barateando seus custos. O investimento para se ter casas, indústrias
ou comércios gerando sua própria energia tende a ficar cada vez menor.
Incentivar a geração distribuída pode ajudar a gerar empregos e renda em todo o país,
com a estruturação de novas cadeias produtivas industriais e mesmo de novos serviços para
atender à demanda por equipamentos tais como instalação e manutenção nos geradores.
Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a cada 1
MW de energia solar fotovoltaica instalada (centralizada e distribuída), são viabilizados entre
25 e 30 empregos diretos, e a expansão da geração distribuída poderá contribuir para dinamizar
e aquecer as economias de municípios, Estados e a União.
A expectativa é que as ações de estímulo à geração distribuída façam cair pela metade
o custo de instalação dos sistemas até 2030, o que permitirá que o investimento retorne
totalmente ao consumidor num período de 7 a 10 anos ou até menos.
O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou, no final de 2015, o Programa de
Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), programa que trabalha
no processo de criação de políticas e ações de fomento para ampliar e aprofundar as ações de
estímulo à geração de energia pelos próprios consumidores, com base nas fontes renováveis de
energia. Segundo o site do MME,
Até 2030, 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão ter energia gerada
por elas mesmas, entre residência, comércios, indústrias e no setor agrícola, o que
pode resultar em 23.500 MW (48 TWh produzidos) de energia limpa e renovável, o
equivalente à metade da geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Com isso, o Brasil
pode evitar que sejam emitidos 29 milhões de toneladas de CO² na atmosfera.
(http://www.mme.gov.br/web/guest/pagina-inicial/outras-noticas/-
/asset_publisher/32hLrOzMKwWb/content/programa-de-geracao-distribuida-preve-
movimentar-r-100-bi-em-investimentos-ate-2030).
Smart grids, que traduz redes inteligentes, são sistemas de transmissão e de distribuição
de energia elétrica que foram dotados de recursos de Tecnologia da Informação (TI) com alto
21
2.3 Legislação
A Geração Distribuída pode se dar pela iniciativa privada, com reduzida intervenção
governamental. No entanto, estas, se desenvolvem através de legislações de incentivo, de
criação de subsídios, de estabelecimento de regras de financiamento, de tributos ou aspectos
regulamentares.
22
A tabela apresentada no Anexo 1 descreve de forma mais ilustrativa todas as etapas para
o processo de solicitação de acesso.
Estes créditos podem ser usados para abater custos gerados na unidade, ou em outras
unidades em que o titular seja o mesmo da unidade com sistema de compensação de energia
elétrica, possuidor do mesmo Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro de Pessoa Jurídica
26
(CNPJ) junto ao Ministério da Fazenda. Outra forma de abater o consumo em outras unidades
é através do empreendimento de múltiplas unidades consumidoras, geração compartilhada e
autoconsumo remoto.
O consumidor poderá instalar pontos de geração em locais que sejam distantes do ponto
de consumo, porém estejam dentro da área de permissão ou concessão da concessionária. Como
exemplo, o consumidor poderá instalar painéis fotovoltaicos em uma região onde haja melhor
irradiação, porém ele poderá participar da compensação de créditos.
Primeiramente para ter acesso ao sistema de compensação de energia elétrica é
necessário que o consumidor seja cativo, ou seja, compre energia da distribuidora local e a
27
potência máxima instalada, no caso das células de energia fotovoltaica deve ser de até no
máximo 5000kWp.
Em 2015, o Confaz derrubou a medida que orientava a cobrança de impostos sobre todo
excedente gerado, reduzindo valor dos créditos, resultando na dispensa do pagamento
obrigatório de ICMS das mini e microgeradoras em vários estados brasileiros, além do Governo
Federal através da Lei n° 13.169, ter isentado o PIS e COFINS da energia que é injetada na
rede. (VIEIRA; CARNEIRO; CASTRO, 2014).
Quanto mais energia for consumida nos horários de pico, mais energia deve ser
compensada à rede de distribuição.
Os créditos de energia serão compensados da seguinte forma:
Para consumidores do grupo A, considerando adesão a posto tarifário (horário de
ponta e fora de ponta):
Crédito ponta= (Injetado fora de ponta – Consumo fora de ponta) x Fator de ajuste
Líquido ponta= Consumo ponta – Crédito ponta
Fatura mês= (Líquido ponta x Tarifa ponta) + (Líquido fora de ponta x Tarifa fora de
ponta).
Sendo que, mesmo quando a UC (unidade consumidora) gerar mais energia do que
consumir, deverá ser feito a fatura pela demanda contratada.
Para consumidores do grupo B:
Fatura mês = (Consumo – Injetado – Crédito utilizado) x Tarifa energia
Em suma, nos meses em que o consumo for igual ou inferior à energia injetada na rede,
ou quando, o consumo for menor ou igual ao kWh instalado, a UC será faturada apenas pelo
custo de disponibilidade.
Sem considerar, nesses casos, a incidência de impostos (ICMS e PIS/COFINS) nos
cálculos dos valores das faturas das unidades consumidoras.
distribuída, não será apenas consumido o excedente gerado, bem como também irá ser
concedido a energia excedente à rede, usando o sistema de distribuição como uma espécie de
sistema de armazenamento de créditos, como já foi citado.
O sistema de medição deverá atender as especificações exigidas para unidades
consumidoras conectadas a um mesmo nível de tensão da micro ou minigeração, acrescentando
a funcionalidade da medição.
Pode-se ter um medidor bidirecional, como ilustra a figura 04, ou dois medidores
unidirecionais, fincando a critério da concessionária, no qual um deverá medir o fluxo gerado
e o outro o que é consumido medindo o fluxo de entrada e o de saída. No caso do uso de dois
medidores, este deverá ser utilizado no caso dos consumidores ligados a baixa tensão sendo a
alternativa de menor custo, e deve ser utilizado no caso de solicitação do titular da unidade
consumidora.
Fica a encargo da distribuidora a aquisição e instalação do sistema de medição, sem
custo para o consumidor, bem como sua operação e manutenção, incluindo uma possível
substituição para o caso de microgeração distribuída.
No caso da conexão de minigeração o consumidor é responsável pelo ressarcimento da
distribuidora pelos custos de adequação do sistema de medição. (PRODIST/ MÓDULO 3 –
ACESSO AO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO, 2016).
Segundo Lora e Haddad (2006), quando um país transpõe a barreira dos 100MW de
capacidade de geração eólica instalada, ele tende, naturalmente, a desenvolver mais
rapidamente seus recursos eólicos. Os Estados Unidos transpuseram este limiar em 1983. No
início de 2002, cerca de 16 nações, contendo metade da população mundial, haviam entrado na
fase de crescimento rápido. As políticas mais importantes para permitir o suporte econômico
para energia eólica passam por duas alternativas, que são: acordos de compra de energia (PPA)
favoráveis e reserva de mercado acompanhados de instrumentos de mercado para
comercialização de títulos verdes.
O primeiro e fundamental passo para o aproveitamento do recurso eólico é uma
avaliação precisa (por meio de anemógrafos e sensores) do potencial de vento de uma região,
isso requer trabalhos de coleta e análise de dados sobre velocidade e regime dos ventos. Para
uma avaliação rigorosa, deve-se fazer levantamentos específicos, mas dados coletados em
aeroportos ou estações meteorológicas, por exemplo, podem fornecer uma primeira estimativa
do potencial bruto de aproveitamento da energia eólica. Segundo Lora e Haddad (2006),
tecnicamente, para que a energia eólica seja considerada aproveitável, é necessário que sua
densidade seja maior ou igual a 500W/m², a uma altura de 50m com velocidade mínima do
vento de 7 a 8m/s. A Organização mundial de Meteorologia diz que apenas 13% da superfície
terrestre possui ventos com velocidade igual ou superior a 7m/s, a uma altura de 50m, variando
muito entre regiões e continentes.
Em 1998 foi criada pelo Centro Brasileiro de Energia Eólica –CBEE com apoio da
Agencia Nacional de Energia Elétrica -ANEEL a primeira versão do Altas Eólico do Nordeste
do Brasil com o objetivo de desenvolver modelos atmosféricos, elaborar mapas eólicos
confiáveis e analisar dados de vento. Em 1999, o CBEE elaborou a segunda versão do Altas
Eólico do Nordeste e também o Altas Eólico Nacional, através do modelo atmosférico de
mesoescala MM5. Este projeto envolveu a coleta e processamento de dados de vento de boa
qualidade, simulação da climatologia com informações de topografia, uso do solo, influências
locais e outras restrições. Na figura 06 tem-se uma simulação computacional com modelos
atmosféricos do potencial eólico brasileiro.
Em 2001, foi lançado o primeiro Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, que estimou em
143 GW o potencial nacional, considerando velocidades de vento acima de 7m/s e torres de até
50 m de altura. Para o mundo há indicações de um potencial superior a 70.000 GW. A tabela
01 mostra o potencial instalável obtido entre 1983 e 1999.
Os ventos locais sofrem a influência de diversos parâmetros que devem ser conhecidos
quando se deseja estimar o regime de vento em um determinado local, através dos
conhecimentos dos dados de vento de outros locais, por meio de mapas topográficos, dados de
satélites ou visitas no local de instalação. Os fatores que influenciam no perfil de velocidade
dos ventos são:
Obstáculos naturais ou superficiais próximos ao local de medição.
Rugosidade do terreno: tipo de vegetação, tipo de utilização da terra e
construções.
Orografia: variações na altura do terreno. Existência de vales, colinas e
depressões. Provoca aumento na velocidade e mudança na direção do vento.
Atuando como fonte complementar ao sistema elétrico ao qual está conectado. A figura 07
ilustra os componentes que integram o sistema de geração de energia solar: painel solar,
inversor e banco de baterias.
Fonte:http://www.powergenerating.com.pt/admin/upfile/changhuadongli/changhuadongli2010-03-17-04-17-
22.jpg
Segundo Lora e Haddad (2006), pode-se considerar que existem basicamente dois tipos
de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede (SFCR): o primeiro é representado pelas grandes
centrais fotovoltaicas que geram grandes quantidades energia e o segundo gera energia no local
de consumo, de forma descentralizada, conhecidas como Edificações Solares Conectadas à
Rede (EFCR). Os EFCR’s geram eletricidade no local do consumo, reduzindo as perdas nas
linhas de transmissão e distribuição. A energia produzida depois de convertida pelo inversor
em tensão e em corrente alternada, pode ser inserida diretamente na rede distribuição de
eletricidade ou utilizada em qualquer um dos equipamentos elétricos instalados na edificação,
operando em paralelo com a rede de distribuição, fornecendo ou consumindo energia da rede
em função da produção e do consumo da localidade.
Com grande extensão territorial sobre a linha do equador, o Brasil possui uma posição
geográfica que permite irradiação solar, sem grandes variações, na maior parte do ano. Isso nos
possibilita a incidência de energia na forma de irradiação, que pode ser aproveitada para a
geração de energia limpa e sustentável.
35
3.3.1 Cogeração
Uma limitação física que independe do tipo de combustível (gás natural, diesel, carvão
ou biomassa) ou do motor (a explosão, turbina a gás ou a vapor, etc.) por efeito joule, permite
que apenas cerca de 40% da energia do combustível usado em um gerador possa ser
transformada em energia elétrica. Por mais eficiente que seja um gerador termelétrico, a maior
36
parte da energia gerada pelo combustível usado para seu acionamento é transformada em calor
e é perdida para o meio-ambiente.
Então, para diminuir essas perdas, indústrias (principalmente usinas termelétricas) ou
até mesmo edifícios e residências adotam a tecnologia de cogeração. Onde o calor produzido
na queima do combustível no processo de geração de energia é utilizado sob a forma de vapor.
A vantagem desta solução é que o consumidor economiza o combustível que necessitaria para
produzir a energia térmica (calor do processo e/ou frio). A eficiência energética é, desta forma,
bem mais elevada, por tornar útil quase toda a energia do combustível, como mostra a figura
09.
Fonte: http://www.inee.org.br/forum_co_geracao.asp?Cat=gd
3.3.2 Biomassa
Qualquer matéria orgânica que possa ser transformada em energia mecânica, térmica ou
elétrica é classificada como biomassa. Pode ser de origem: florestal (madeira, principalmente),
agrícola (soja, arroz e cana-de-açúcar, entre outras), rejeitos urbanos e industriais (sólidos ou
líquidos, como o lixo) e excrementos de animais. Os derivados obtidos dependem tanto da
matéria-prima utilizada quanto da tecnologia de processamento para obtenção dos energéticos.
A energia da biomassa é de fundamental importância no desenvolvimento de novas
alternativas energéticas. Ela é considerada uma das principais alternativas para a diversificação
da matriz energética e a consequente redução da dependência dos combustíveis fósseis. Sua
matéria-prima já é empregada na fabricação de vários biocombustíveis, como, por exemplo, o
bio-óleo, biodiesel e biogás.
Entre as principais vantagens da biomassa estão: baixo custo de operação; facilidade de
armazenamento e transporte; reaproveitamento dos resíduos; alta eficiência energética; é uma
fonte energética renovável e limpa.
Uma geração com biomassa em uma usina com cana-de-açúcar, por exemplo, é uma
geração distribuída com combustível renovável.
38
Para Lora e Haddad (2006), as unidades de geração são classificadas em três níveis de
potência, sendo eles:
Geração Doméstica (P ≤ 10kW);
Microgeração;
Minigeração;
A definição de cada termo está descrita na seção 2.3.1, segundo as novas regras de
acesso aos sistemas de Geração Distribuída da ANEEL.
potência, curto-circuito e proteção à rede fazem parte dos estudos técnicos que devem ser
apresentados.
Esses estudos estão descritos de melhor forma nos parágrafos seguintes.
Análise de Curto-Circuito;
Esse estudo deve ser elaborado com antecedência no projeto, pois é utilizado para a
verificação e adequação dos equipamentos a serem instalados. Tem por finalidade assegurar
que a interligação e o sistema de distribuição do Gerador Distribuído sejam satisfatórios,
operando adequadamente, identificando as áreas onde há problemas de capacidade de linha ou
regulação de tensão.
O primeiro passo é desenvolver o modelo do sistema. Após a modelagem das cargas
promove-se um exame de certificação dos níveis de tensão a fim de se verificar se os níveis são
mantidos em todos os pontos em todo o sistema e se nenhum circuito opera sobrecarregado.
É importante que esta análise seja realizada com a geração ainda fora da linha, operando
como ensaio preliminar. Se as linhas ou transformadores se mostrarem sobrecarregados o
projeto deve apresentar um método para sanar essa condição. Linhas e transformadores
sobrecarregados requerem equipamentos adicionais, reconfiguração de todo o sistema, ou a
aplicação dessas duas saídas no mesmo caso. Deve- se também analisar a melhor maneira de se
evitar condição de sobrecarga. Concluído esse passo, procede-se para colocação do Gerador em
operação.
Três casos de níveis de geração devem ser considerados nesse momento: quando a
geração é menor do que a demanda, quando a geração é pouco maior que a demanda e quando
a geração é significativamente maior que a demanda, como mostrado nas figuras 10, 11, 12,
respectivamente.
Geração menor do que a demanda: O gerador distribuído não exporta energia
para a rede de distribuição, porém reduz a demanda fornecida pela concessionária.
Figura 10: Fluxo de potência com geração muito menor que a demanda.
Geração maior que a demanda porém duas vezes menor que o seu valor: Nessa
condição os equipamentos da interconexão trabalham praticamente em vazio, ou seja, a geração
atinge o valor da demanda porém nenhum fluxo ocorrerá no sentido da concessionária para a
42
Para Lora e Haddad (2006), o sistema de proteção é fundamental nas interconexões, pois
detectam faltas, visando à operação normalizada, prevenção contra falhas e limitações de
defeitos resultantes das falhas.
A proteção irá funcionar removendo qualquer serviço, equipamentos, dispositivos ou
circuitos que estejam operando em condições anormais no sistema, retirando componentes
defeituosos para que não interfiram desordenadamente nos demais que se encontram em boas
condições e supervisiona a operação do gerador.
Para atender a essas condições o sistema de proteção deve possuir as seguintes
características;
Sensibilidade: Detectar pequenas falhas ou anormalidades,
Confiabilidade: Estar disponível sempre que necessário,
Velocidade: Agir rápido após sua atuação e
Seletividade: Distinguir as regiões faltosas das sadias, agindo sem
interferir nas proteções das zonas que não estão sobre sua responsabilidade de atuação.
Durante a concepção e análise dos fundamentos básicos de sistema de
proteção, deve-se ter sempre em mente que, devido à natureza aleatória das diversas
faltas possíveis em um sistema, os mesmos são realizados com base em determinadas
filosofias de proteção que se apoiam no equilíbrio dos recursos técnicos e econômicos,
cuja solução permitirá a execução do projeto, uma vez que a previsão de proteção de
todas as faltas possíveis o torna economicamente inviável. (LORA; HADDAD, 2006,
pg. 173).
Quando se tem a operação ilhada, ou seja, quando consumidores são conectados ao
alimentador do Gerador, tendo ausência de concessionária no local, deve-se tomar muito
cuidado com a segurança nas operações das equipes de manutenção e energizações
inadvertidas.
Na figura 13, são apresentados diagramas com modelos de possíveis configurações de
proteção de sistemas de GD em corrente alternada utilizando gerador síncrono, quando não se
pode ter operação ilhada do sistema ou quando a energia excedente do gerador não é adquirida
pela rede.
Na figura 14, é apresentado um sistema de proteção que pode ser utilizado para o
fechamento de sincronismo através de um religador entre a concessionária e um alimentador
energizado. Se houver tensão do outro lado do disjuntor atendendo a condição de sincronismo
o religamento será efetuado, caso contrário ele pode ocorrer em qualquer momento.
Segundo Filho (2005), os principais critérios que devem ser observados no momento da
inteconexão do Sistema de Geração distribuídos à rede são apresentados abaixo.
4.3.4 Ilhamento
No contexto de ilhamento dos geradores distribuídos, a instalação dos mesmos deve ser
acompanhada da avaliação dos impactos que esses geradores podem vir a causar na operação
das redes de transmissão, subtransmissão e distribuição de energia.
Caso haja a perda do fornecimento da concessionária em uma rede munida de geradores
distribuídos, estes devem ser automaticamente desconectados dentro de um tempo pré-
determinado e assim permanecer até que o fornecimento de energia seja restabelecido. Este
procedimento tem o objetivo de impedir a formação de ilhas energizadas pelos geradores
distribuídos que estejam isoladas do restante do sistema elétrico. Assim, o ilhamento ocorre
48
4.4.4 Reguladores
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑉𝑚𝑖𝑛 −𝑉𝑚á𝑥
𝑅𝑡 (%) = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 × 100 (01)
𝑉𝑚á𝑥
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
Sendo, 𝑉𝑚𝑖𝑛 a magnitude da tensão da linha durante a operação com carga mínima, e
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑉𝑚á𝑥 a magnitude de tensão nas linhas durante operação com carga máxima. (PETEAN,
2014).
International Des Grands Réseaux Electriques), IEC e IEEE, igualmente às novas experiências
das empresas brasileiras. E em fevereiro do mesmo ano, foi emitido o documento “Critérios e
Procedimentos para o Atendimento a Consumidores com Cargas Especiais”, cuja autoria foi
atribuída ao GCOI e ao GCPS. Este documento determina critérios e procedimentos de
planejamento e de operação para a avaliação e o controle das perturbações causadas por cargas
não-lineares, intermitentes ou desequilibradas, de modo geral denominadas por cargas
especiais.
Em novembro de 1997, este documento foi aperfeiçoado por outro, intitulado
“Procedimentos de Medição para Aferição da Qualidade da Onda de Tensão Quanto ao Aspecto
de Conformidade (Distorção Harmônica, Flutuação e Desequilíbrio de Tensão)”.
Para Brigatto (2011), a conformidade da energia elétrica fica comprometida quando há
falhas, operações de chaveamento e ocorrência de transitórios, como flutuações de tensão ou
flicker, harmônicos e desequilíbrio entre fases. Assim, dependendo do tipo de fonte, da
tecnologia empregada no processo de conversão, a forma e o ponto de conexão e a topologia
da rede, a GD pode interferir na qualidade da energia de várias formas, em geral:
Distorções na forma de onda (harmônicos): as tecnologias que empregam interface
baseada em conversores eletrônicos (por exemplo, eólicas), podem introduzir correntes
harmônicas na rede;
Variações de frequência: a imprevisibilidade de algumas fontes (por exemplo, eólica e
solar) pode proporcionar desequilíbrios entre oferta e demanda e, desse modo, alterações de
frequência.
Flutuação de tensão (flicker): a GD pode contribuir com estas flutuações quando sujeita
a repentinas variações na fonte primária.
Desequilíbrios de tensão: sistemas fotovoltaicos domésticos são monofásicos e, em
grande quantidade, provocam um problema no balanceamento entre fases da rede. Como
consequência, por exemplo, máquinas de indução trifásicas, que possuem uma baixa
impedância de sequência negativa, passam a consumir altos valores de corrente.
Especificações técnicas;
Quanto aos níveis de tensão na interconexão devem respeitar os limites exigidos pela
resolução nº 505 da ANEEL, apresentadas na tabela 02:
51
Distorção harmônica;
ressonâncias, não causem distorções harmônicas no ponto de conexão acima dos limites
individuais, apresentados na Tabela 04. Entende-se por limites individuais os valores máximos
que podem ser atingidos no ponto de conexão em virtude da contribuição de um acessante,
segundo um critério de apuração.
É recomendado pela IEEE Std 1547 (EUA) que a injeção de corrente contínua na rede
elétrica para sistemas fotovoltaicos de geração distribuída não supere 0,5% da corrente total
injetada pela GD no ponto de interconexão. Já a norma Brasileira NBR 16149/2013 indica que
esse nível não pode ultrapassar 0,5% da corrente nominal ou 5 mA quando não houver presença
de transformador no sistema.
A tabela 05 indica os níveis de injeção de CC com transformador e sem transformador
na rede elétrica para sistemas fotovoltaicos.
Fator de potência;
O fator de potência de referência “fR”, indutivo ou capacitivo, tem como limite mínimo
permitido, para as unidades consumidoras do grupo A o valor de 0,92. (ANEEL, 2010).
54
Compatibilidade eletromagnética;
5.1 Classificação
As turbinas eólicas também se classificam conforme a posição das pás com relação à
torre. Sendo turbinas com “rotor a montante” ou rotor a barlavento – o rotor está à frente da
torre, alinhado ao vento e “rotor a jusante” ou rotor a sotavento – o rotor alinhado ao vento está
atrás da torre. A figura 16 mostra alguns tipos de máquinas eólicas para conversão de energia.
Já nas turbinas upwind esses distúrbios são ausentes, sendo mais difundidas por este
motivo. A única desvantagem desta configuração é que a passagem periódica das pás pela torre
causam pulsações de torque na turbina.
Segundo Marques (2004) as turbinas eólicas são divididas em dois grupos em função de
conceitos de geração. O primeiro grupo são as modelagens antigas que se baseiam no conceito
dinamarquês em que as turbinas operavam em velocidades fixas.
Neste tipo de turbina a caixa de transmissão é acoplada ao gerador de indução gaiola
de esquilo e conectada diretamente a rede elétrica com auxílio de um transformador, como
mostra a figura 16, a seguir. A velocidade do gerador é determinada pela frequência da rede. A
velocidade do eixo da turbina é mantida fixa podendo variar apenas na faixa de escorregamento
da região linear do torque do gerador de indução. Neste tipo de geração há muitas perdas de
eficiência durante o funcionamento da turbina tendo diferentes velocidades de vento.
O segundo grupo utiliza o conceito de turbinas com velocidade variável. Nesse sistema
as turbinas são projetadas para manter seu funcionamento em máxima eficiência devido à
variação da velocidade dos ventos. Nesse tipo de turbina o aproveitamento da energia chega a
30% a mais do que a de velocidade fixa.
Quanto à potência, atualmente as turbinas eólicas avançaram de 50kW a 6.000kW, o
que altera sua classificação em termos de potência.
Com base nas turbinas existentes, pode-se classificá-las como:
Turbinas de pequeno porte: potências até 100kW
Turbinas de médio porte: 100kW< potência < 1.000kW
Turbinas de grande porte: potências acima de 1.000kW
5.2.1.1 Pás
Solidez: é a razão entre a área sólida das pás e a área formada por seus giros.
Turbinas de uma, duas ou três pás são consideradas de baixa solidez. Assim, essas turbinas têm
que girar mais rápido para preencher toda a área, caso contrário, um percentual do vento passa
por entre as pás, não sendo aproveitado para a conversão de energia.
Aerofólio: existem dois tipos de seções de aerofólios: simétricos e assimétricos.
À medida que as turbinas são projetadas com uma maior velocidade específica de ponta de pá,
a escolha do aerofólio adequado se torna progressivamente mais importante. Usualmente, não
possuem um formato único ao longo do comprimento da pá. Aerofólios que possuem maior
espessura próxima da raiz da pá oferece maior resistência, sem afetar a eficiência.
Número de pás: Como já citado as turbinas de três pás possuem maior eficiência.
Devido à: maior estabilidade, momento polar de inércia constante com relação ao movimento
de orientação do rotor, menor velocidade rotacional para uma mesma produção de energia,
menor ruído e sistema menos complexo para absorver os impactos das cargas. Os principais
fatores que influenciam na escolha do número de pás de uma turbina são: efeito no coeficiente
62
a defletir sob carga, sua frequência natural de vibração e sua resistência à fadiga. [...]
(FADIGAS; ELIANE A. FARIA AMARAL, 2011, p.45).
5.2.1.2 Cubo
É o mecanismo que transmite energia mecânica do eixo do rotor (eixo principal) ao eixo
do gerador. Devido a questões mecânicas (empuxo e vibração) e ruídos, a velocidade de rotação
65
do rotor da turbina eólica é limitada de 15 a 200 rpm. Para conectar o eixo do rotor ao eixo do
gerador, deve ser feita uma multiplicação de velocidade, pois os geradores comerciais possuem
rotações típicas de 1800 rpm (4 polos – 60 Hz) ou 1500 rpm (4 polos–50 Hz). O mecanismo de
transmissão mais utilizado para a multiplicação de velocidade é a caixa de engrenagem, que
possui uma relação de multiplicação que difere em função do tipo utilizado. Este componente
é o que mais apresenta falhas em uma turbina. Devido a isso, projetos mais recentes de turbinas
eólicas de grande porte têm sido desenvolvidos sem a caixa de engrenagem. Assim, o eixo do
rotor é acoplado diretamente ao eixo de gerador com um número maior de polos e com
velocidade próxima à do eixo do rotor. Sua eficiência depende da relação de velocidades, do
tipo de engrenagens e da viscosidade do óleo lubrificante.
Existem dois tipos de caixa de engrenagem:
1) Eixos paralelos: Consiste em engrenagens colocadas em eixos paralelos
suportados por rolamentos montados em uma caixa. Uma caixa de engrenagem de um
estágio possui dois eixos paralelos, um de baixa rotação, conectado ao rotor e outro
de alta rotação, conectado ao gerador elétrico. As dimensões das engrenagens do eixo
de baixa rotação são maiores que as do eixo de alta rotação.
2) Eixo planetário: Nesse tipo, os eixos de entrada e saída são coaxiais. O eixo de
baixa velocidade é rigidamente conectado ao Planet Carrier, que se acopla a outras
três engrenagens conhecidas como planetas (em função do formato e disposição).
Essas engrenagens (planetas) giram livremente, mexendo com uma engrenagem
interna de maior diâmetro e outra de menor diâmetro acoplado ao eixo de alta
velocidade. (FADIGAS; ELIANE A. FARIA AMARAL, 2011, pg. 135).
Gerador CC
Atualmente é utilizado em sistemas de baixa potência, em que a energia elétrica gerada
pode ser consumida localmente na forma CC.
O gerador é autoexcitado por enrolamentos que irão fornecer tensão em CC para criar
campo magnético. Esse campo está localizado no estator da máquina e na armadura do rotor.
O comutador irá retificar o sinal de tensão CA para CC, e a corrente do campo aumentará e o
campo magnético aumentará com a velocidade de operação. A tensão da armadura e o torque
irão aumentar com a velocidade. A velocidade da turbina depende do balanço entre o torque do
rotor e o torque elétrico. Sua principal desvantagem é o autocusto de manutenção.
Gerador Síncrono
68
Apesar de ser utilizado em turbinas de maior potência, o gerador síncrono não é o mais
adequado para tal função, devido o comportamento dos ventos, sendo mais indicado o gerador
de indução, que irá funcionar de forma mais eficiente.
O gerador síncrono trabalha com velocidades e frequências constantes, exigindo uma
corrente CC para excitação de campo, sendo necessário o uso de escovas de carbono e anéis
deslizantes no rotor.
Porém mesmo com todas as limitações, este tipo de gerador tem como principal
vantagem não requerer suprimento de energia reativa da rede de distribuição, sendo a excitação
de corrente CC no rotor feita através dos anéis deslizantes.
A tensão CA será gerada no enrolamento do estator, a corrente vai fluir nestes
enrolamentos com frequência f e vai gerar um campo girante de armadura.
O enrolamento do rotor, por meio do qual flui a corrente CC direta, gera um
campo de excitação, o qual gira numa velocidade síncrona. A velocidade síncrona é
determinada pela frequência de rotação do campo girante e pelo número de polos do
rotor. A velocidade n síncrona do rotor de um gerador síncrono é:
60. 𝑓
𝑛=
𝑃
Em que:
f= frequência do campo girante ( frequência da rede) em Hz;
P= número de par de polos;
n= velocidade do rotor ( rotacional) em rpm.
(FADIGAS, ELIANE A. FARIA AMARAL, 2011, págs.140/ 141.)
Gerador Assíncrono
Aplicado tanto em turbinas de pequeno como de grande porte. É o mais utilizado, por
apresentar uma construção robusta, facilidade de manutenção e baixo custo. Possui a vantagem
de não necessitar de excitação CC de campo, pois esta é feita por indução eletromagnética. Mas,
necessita ser excitado com corrente CA. O gerador pode ser autoexcitado ou receber excitação
externa.
69
5.2.5 Nacele
nacele, uma vez que ela se posiciona atrás do rotor, e sim com a posição adequada do
anemômetro.
A torre é o suporte, a uma determinada altura do solo, do rotor e da nacele. Sua altura
deve ser no mínimo igual ao diâmetro das pás. São usualmente feitas de aço, podendo ser
reforçadas com concreto, sendo o aço galvanizado e pintado para evitar corrosão. A relação
custo-benefício deve ser realizada para verificar se é economicamente viável instalar a turbina
em alturas maiores, uma vez que o custo adicional de um metro de torre já é considerável.
Geralmente, turbinas de pequeno porte são instaladas em alturas superiores ao diâmetro
de suas pás. Não sendo aconselhável a instalação em alturas inferiores a 20 metros, pois a
velocidade do vento é baixa e o vento é mais turbulento próximo ao solo. Há três tipos de torres
que são utilizadas nas turbinas eixo horizontal:
Tubulares;
Treliçadas;
Treliçadas ou tubulares estaiadas;
A seguir, a figura 25 ilustra os tipos de torre.
As torres das turbinas de grande porte possuem largura que possibilita o alojamento de
escadas e equipamentos periféricos em sua base. No topo da torre é colocado o chassi ou a base
estrutural da nacele e afixada a parte estacionária do mecanismo de orientação da nacele (Yaw).
Deve-se ter um cuidado especial no projeto da torre para evitar que flutuações
no vento provoquem vibração nela. Elas são projetadas para suportar, além do peso
das partes principais da turbina, diversos tipos de cargas estáticas e dinâmicas
73
O sistema de controle dos aerogeradores permite usar de forma mais eficiente a potência
gerada em diferentes condições de vento. Ele limita a potência e a velocidade do rotor abaixo
de valores especificados com o objetivo de que a turbina não entre em modo inseguro de
operação, ou sobrevelocidade. Também, tem a função de aumentar a eficiência e a qualidade
da energia gerada, refletindo nos custos da geração de energia.
eólica é considerada de baixa qualidade em razão das variações da velocidade dos ventos, o que
provoca variações na potência entregue à rede elétrica. A qualidade da energia pode ser medida
pela estabilidade da tensão e frequência no ponto de conexão com a rede e pela emissão de
cintilações na tensão (flicker). A ação do controle de uma turbina eólica pode ser modelada por
meio da integração dos seus subsistemas: rotor, sistema de transmissão e sistema elétrico.
A interação dos aerogeradores com a rede elétrica afeta a tensão nos
terminais da rede. Por um lado, as excursões da baixa tensão acontecem quando a
potência extraída por uma turbina eólica muda com a velocidade média do vento. A
amplitude dessas variações dependem estritamente da impedância da rede no ponto
de conexão e do fluxo de potência ativa e reativa. Uma forma de atenuar essas
variações de tensão sem afetar a extração de potência é por meio do controle do fluxo
de potência reativa. [...] Por outro lado, as cargas cíclicas originadas pelos efeitos de
rotação da turbina propagados por meio do sistema de transmissão até a rede elétrica
produzem rápidas flutuações de tensão na rede. Lamentavelmente, a frequência dessas
cargas cíclicas pode sensibilizar o olho humano e induzir cintilações nas redes
elétricas. (FADIGAS, ELIANE A. FARIA AMARAL, 2011, pag. 163)
Para conectar uma turbina eólica à rede elétrica, são necessários equipamentos
adicionais para acondicionamento da potência, a conexão e desconexão da turbina à rede, a
proteção dos equipamentos, a medição do fluxo de energia e demais parâmetros elétricos, como
os que indicam a qualidade da energia entregue à rede.
Diferenciando a rede em função do seu tipo (fraca, forte, isolada) que será conectada à
turbina, pode-se destacar os principais componentes utilizados:
Conversores: inversores e retificadores.
Banco de capacitores.
Filtros de harmônicas.
Transformadores.
Cabos de potência.
Conversores para partida lenta (soft start).
Contatores.
Disjuntores ou fusíveis.
75
5.3.2.1 Conversores
A proteção da rede envolve medidas para proteger contra correntes excessivamente altas
e tensões em níveis que poderiam danificar os componentes e equipamentos. Então se faz
necessário adicionar equipamentos para: conectar e desconectar a turbina da rede, proteger o
sistema como um todo contra intempéries (descargas atmosféricas, curto-circuito, sobretensões,
etc.), isolar o sistema para manutenção e realizar correções nos parâmetros que indicam a
qualidade da energia ofertada.
Os aerogeradores integrados às redes de distribuição podem prejudicar a
operação dos fusíveis (sobretensões), dificultar a coordenação da reconexão dos
equipamentos, causar operação isolada indesejável, no caso de autorreligamento ou
falha da rede e, portanto, colocar antecipadamente equipamentos de segurança
operacional fora de ação. (FADIGAS, ELIANE A. FARIA AMARAL, 2011, pag.
187).
Segue abaixo, uma breve descrição sobre os principais equipamentos utilizados na
conexão:
Disjuntores, fusíveis, reles, sensores: são equipamentos necessários para abrir a conexão
do gerador da rede elétrica na ocorrência de elevadas correntes, tanto no gerador quanto na rede.
Componentes de partida: em aerogeradores com geradores de indução, faz-se necessário
acrescentar ao sistema componentes que reduza a corrente de partida da turbina. Em
aerogeradores, em geral, são utilizados conversores eletrônicos.
Contatores: são chaves que conectam os cabos do gerador à rede elétrica, integrados a
equipamentos de controle.
Cabos de potência: são cabos trifásicos, normalmente a quatro fios, devidamente
dimensionados para minimizar as as quedas de tensão e perdas de potência.
Transformadores: equipamentos usados para conectar o gerador em circuitos ou redes
com diferentes tensões. Em geral, os aerogeradores possuem pelo menos um transformador para
elevar o nível da tensão da rede ao qual irá se conectar e/ou um trafo para rebaixar a tensão em
níveis necessários para alimentar pequenas cargas e os equipamentos auxiliares.
Banco de capacitores: é instalado para corrigir o fator de potência do gerador, suprindo
energia reativa a um gerador de indução, em uma turbina de velocidade fixa.
Aterramento: como em todo sistema elétrico, os aerogeradores necessitam de sistemas
de aterramento para proteger o equipamento contra descargas atmosféricas e curto-circuito para
a terra.
Após a modelagem das cargas, ou seja, após a escolha dos equipamentos apropriados
relacionando com a geração, promove-se um exame dos requisitos gerais e técnicos, e da
certificação dos níveis de tensão para verificar se os níveis são mantidos em todos os pontos
em todo o sistema e se nenhum circuito opera sobrecarregado.
Como já citado, este exame deve ser realizado com a geração ainda fora da linha. Se as
linhas ou transformadores se mostrarem sobrecarregados o projeto deve apresentar um método
para sanar essa condição. Linhas e transformadores sobrecarregados requerem equipamentos
adicionais, reconfiguração de todo o sistema, ou a aplicação dessas duas saídas no mesmo caso.
Também, deve-se analisar a melhor maneira de evitar condição de sobrecarga. Uma vez que
todos os exames e análises forem satisfeitos, coloca-se o gerador em operação.
Ao estudar a viabilidade de qualquer modelo deve-se observar a sua curva de eficiência,
calculando-se o retorno sobre o investimento com base na velocidade média a que estará
submetido (função da velocidade do vento e sua frequência provável de ocorrência ao longo
ano). Além disto, questões como a durabilidade e a facilidade de troca de componentes são
fundamentais para comparação de diferentes equipamentos.
80
Para melhor visualização do projeto proposto foram coletados dados dos ventos na
região da cidade de Votuporanga – SP a uma altura de 50 metros através do site CRESESB –
Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sergio Brito. Nestas condições, a média anual
da velocidade a 50 m de altura, é de 4,81 m/s, sendo os fatores c e k respectivamente 5,43 e
2,07.
A altitude da cidade em relação ao nível do mar é de 499 m, sendo a latitude 20° 25' 13''
Sul, e a longitude 49° 58' 42'' Oeste. Abaixo é apresentado uma tabela e gráfico contendo as
informações de ventos durante doze meses, obtidos através do site www.cresesb.cepel.br.
Fonte: CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sergio Brito.
A partir do gráfico da figura 26, é possível notar um aumento nas velocidades dos ventos
entre os meses de junho a novembro.
Quando há o interesse na geração eólica, os fatores c e k devem ser determinados, que
serão apresentados com maior precisão na seção 6.3.3.1.
Neste mesmo módulo ainda há a opção de cálculo para três tipos de lâmpadas de
variadas potências, além de permitir o cadastro de novas potências.
Para que se tenha uma ideia do comportamento dos ventos em determinada região, usa-
se atualmente a coleta de dados de 10 em 10 minutos, de maneira contínua e a acumulação dos
valores de velocidade. Essa acumulação de dados permite calcular a velocidade média e o
desvio padrão dos ventos sendo que os dados coletados podem ser representados através de
funções analíticas.
A função analítica de densidade de probabilidade deve satisfazer dois requisitos: O seu
gráfico deve representar de maneira razoável os diagrama de frequência absoluta e relativa dos
ventos e ser de fácil associação ao regime da velocidade de ventos que serão simulados. Vários
modelos de funções foram testados para modelar as curvas de velocidade dos ventos, porém, as
mais aceitas foram as funções de distribuição Rayleigh e Weibull.
84
𝑘 𝑉 𝑉 𝑘>0
𝑓(𝑉) = 𝑐 ( 𝑐 )𝑘−1 exp[− ( 𝑐 )𝑘 ] { (03)
𝑐>1
Vários métodos podem ser utilizados para calcular o Weibull, sendo alguns deles a
Análise por Mínimos Quadrados para Distribuição Observada, Método de Velocidades de
Vento Médio e Quartis além do Método da Correlação de k com Velocidades Médias.
(CRESEB, 1999).
Portanto deverá haver uma análise do perfil de velocidade dos ventos para ter-se a
melhor opção de utilização dos parâmetros de distribuição.
A seguir, é representado o método do Desvio Padrão, pela equação 04, e da Velocidade
Média, pela equação 05.
𝜎
𝑘 = (𝑉)−1,086 (04)
1
𝑐 = 𝑉/Γ ∗ (1 + (k)) (05)
Fonte: Própria.
86
Para o dimensionamento do sistema proposto será considerado uma casa de médio porte,
com 10 pontos de iluminação incandescente de 60W, 10 pontos de iluminação fluorescente,
sendo a potência desses pontos de 40 W e 5 pontos de iluminação compacta sendo cada lâmpada
na potência de 20 W, como demonstrado na tabela 09.
Logo após a obtenção da potência total de iluminação, foi feito o cadastro de possíveis
eletrodomésticos presentes em uma residência de médio porte, resultando a potência consumida
por dia um total de 4442,53 Wh, demonstrado na tabela 10.
Durante o cadastro foi observado que o campo dias/semana se refere apenas a um dia
da semana, e não ao número de dias em que o equipamento fica ligado, o que anteriormente
gerou uma série de valores com erros nos cálculos de potência anual requerida.
Na segunda aba do programa, no campo Recursos Energéticos foi realizado o cadastro
dos recursos da cidade de Votuporanga, tanto da velocidade dos ventos quanto da radiação solar
por dia, para que caso haja interesse, possa possibilitar o dimensionamento de sistema
fotovoltaico ou híbrido, bem como de banco de baterias para sistemas Off Grid.
Os dados cadastrados no programa estão tabulados nas tabelas 11 e 12.
Especificações Elétrica
Alternador Trifásico de imãs permanentes
Imãs Neodimio
Potencia Nominal 1500W
Tensão 12, 24, 48 e 120V
RPM 700
24V e 80A
Regulador 48V e 40A
120V e Conexão a rede
Velocidade de vento
Arranque 3,5 m/s
Nominal 12 m/s
Frenagem automática 14 m/s
Máxima 60 m/s
Especificações fisicas
Peso do Aerogerador 41 kg
Peso do regulador 8 Kg
Garantia 3 anos
Fonte: Aerogerador Bornay 1500 – Manual do Usuário (adaptada).
em euros, a conversão foi feita pela tabela 17, que também já foi programada para realizar a
análise de Payback.
Payback, que em português significa retorno, é uma técnica de cálculos que serve para
a análise do prazo de retorno de um investimento que será ressarcido em um empreendimento.
A fórmula 07 demonstra como é realizado este cálculo:
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑎𝑙
𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = (07)
𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑑𝑜
Sendo os valores:
1,3: Porcentagem a ser considerada em gastos com manutenção;
10.332: Valor em Euros do aerogerador;
3,62: Preço da cotação diária do Euro (reais);
2.169,44: Total de geração anual;
0,23: Valor da tarifa do kWh.
Na tabela abaixo, é possível identificar o valor da tarifa cobrada por kWh, verificando
ainda que este consumidor é atendido à baixa tensão (B1). A tabela 17 apresenta de forma
completa do Payback para o aerogerador.
Através das análises realizadas, tanto pelo software Eolusof quanto pela análise de
Payback, mostraram que a implantação da turbina considerada é inviável. Primeiramente,
devido ao tipo de aerogerador a ser indicado pelo software, já que há falta de recursos
energéticos adequados na região, portanto o aerogerador fornecerá uma potência muito baixa
em relação a sua potência nominal e valor de investimento, que é consideravelmente alto para
instalação em local onde há pouca disponibilidade de ventos. Também, os demais modelos de
aerogeradores, se mostraram insuficientes, produzindo valores abaixo do necessário para o
suprimento da carga.
Já através da análise econômica, pode-se verificar que devido ao alto valor do produto,
e a geração abaixo do necessário torna-se inviável a implantação do modelo na cidade de
Votuporanga, já que o mesmo levaria um tempo superior para ser compensado se comparado
com o tempo de vida útil do equipamento, tempo esse de compensação em torno de 97 anos.
Neste caso, a aplicação do sistema híbrido ou fotovoltaico demonstra uma maior
eficiência, por combinar os dois tipos de geração, sendo que há uma alternância entre recursos
tendo um melhor aproveitamento do sistema de geração distribuída, e pela disponibilidade de
recursos fotovoltaicos, sendo mais indicada a geração fotovoltaica.
95
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRIGATTO, Gelson Antônio Andrêa. Modelo de Decisão Multiobjetivo para a busca de estratégias
ótimas de inserção de empreendimentos m Geração Distribuída. Universidade Federal de Santa
Catarina. Programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica. Florianópolis, 2011.
FADIGAS, Eliane A. Faria Amaral. Energia Eólica. 1° ed. Barueri, SP: Manole, 2011.
Minas e Energia. Novas regras para geração distribuída entram em vigor a partir de
hoje. Disponível em: < http://www.mme.gov.br > acesso em: Março de 2016.
APÊNDICE I
Passos das etapas para o processo de solicitação de acesso de conexão com sistema de
distribuição, discorridos no item 2.3.2 do capítulo 2.
(a) Solicitação de vistoria. Acessante Até 120 dias após a ação 2(a)
3 Implantação da (b) Realização de vistoria. Distribuidora Até 7 dias após a ação 3(a).
conexão (c) Entrega para acessante do
relatório de vistoria se houver Distribuidora Até 5 dias após a ação 3(b).
pendências.
(a) Adequação das
condicionantes do relatório de Acessante Definido pela acessante.
vistoria.
(b) Aprovação do ponto de
4 Aprovação do conexão, adequação do sistema
Até7 dias após a ação 3(b) quando
ponto de conexão de medição e inicio do sistema
não forem encontradas
de compensação de energia, Distribuidora pendências.
liberando a microgeração ou
minigeração distribuída pra sua
efetiva conexão.
APÊNDICE II
Definição dos relés apresentados nos diagramas da figura 13 do item 4.2.2, capítulo 4,
de possíveis configurações de proteção de sistemas de GD quando não se pode ter operação
ilhada do sistema ou quando a energia excedente do gerador não é adquirida pela rede.
Relés Função
51N Relé de Sobrecorrente temporizado de neutro
47 Relé de Sequência de Fase de Tensão
27 Relé de Subtensão
59 Relé de Sobretensão
81/O Relé de alta Frequência
81/U Relé de baixa Frequência
32 Relé direcional de potencia
67 Relé direcional de sobrecorrente
51V Relé de sobrecorrente com restrição de tensão
46 Relé de proteção de sequência negativa
59N Relé de sobretensão residual
27N Relé de subtensão residual
25 Relé de Sincronização
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ANEXO