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DIONI PADILHA
Palhoça
2014
DIONI PADILHA
Palhoça
2014
DIONI PADILHA
Agradeço a meu pai e minha mãe, por todo seu apoio e pelos mais importantes
ensinamentos. Agradeço também a Isabel Rodrigues da Silva por sua compreensão e seu
carinho nessa jornada.
Agradeço a Eduardo Dias Athayde, por sua amizade e por seu apoio fundamental
desde minha chegada a Florianópolis, sendo para mim um exemplo profissional e pessoal a
ser seguido.
Agradeço também ao professor e orientador Luiz Antônio Garbelotto e ao professor
Paulo May, ambos pela confiança em meu trabalho e pela ajuda na condução do mesmo.
Agradeço ao professor Edson Mancini, pela maneira como transmitia seu vasto
conhecimento, de modo a despertar a admiração de todos seus pares e assim sendo uma forte
influência profissional e pessoal para minha busca acadêmica.
Agradeço ainda a todos que de forma direta ou indireta contribuíram para a
realização deste trabalho.
“A criança cresceu, o sonho acabou; E eu fiquei confortavelmente entorpecido.”
(Comfortably Numb/Pink Floyd, Roger Waters)
RESUMO
This paper presents the new electricity metering technologies employed at Celesc. For that
purpose, it is intended to report metering automation of the different consumer classes and to
show the consequences to the related processes. Finally, the costs and benefits of different
solutions adopted in the deployment of Advanced Metering Infrastructure in Celesc
Distribuição will be presented.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 12
2 HISTÓRICO...................................................................................................................... 17
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 47
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 48
APÊNDICES ........................................................................................................................... 51
1 INTRODUÇÃO
1.1 MOTIVAÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
x Identificar as limitações impostas por cada tipo de solução adotada na automação das
medições dos clientes da Celesc;
Este trabalho está limitado a apresentar as novas tecnologias dos sistemas de medição
de energia elétrica adotados na medição dos consumidores da Celesc, apresentando os
resultados obtidos com a implantação de cerca de 13.000 pontos de medição avançada.
Correspondendo a 0,4% do total de consumidores, estes pontos são responsáveis por cerca de
46% do faturamento total.
Portanto, detalhes que desviem do tema AMI, como técnicas de comunicação, bases
de dados e/ou outros assuntos devem ser buscados em bibliografia técnica específica.
2 HISTÓRICO
A distribuição de energia elétrica para faturamento tem como início uma disputa entre
George Westinghouse e Thomas Edison, que ocorreu nas duas últimas décadas do século XIX
nos Estados Unidos da América. Os dois tornaram-se adversários devido à campanha
publicitária de Edison pela utilização da corrente contínua para distribuição de eletricidade,
em contraposição à corrente alternada, defendida por Westinghouse e Nikola Tesla.
Os principais modelos adotados no país, que conduzem ao modelo atual, podem ser
resumidos em três marcos históricos:
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Em 1990 ocorreu então uma necessária reforma, pois o modelo de monopólio estatal
mostrou-se insustentável e ineficiente frente às novas demandas econômicas sociais. A
experiência de diversos países sugeria a necessidade de introduzir um modelo de mercado
competitivo de forma a aumentar a eficiência das empresas de energia elétrica. O processo de
reestruturação foi orientado para o aumento da participação privada com três objetivos:
Essas medidas e a forte pressão externa fez com que o Brasil repensasse seu modelo,
não somente na energia, mas em outras áreas, com a implantação de Agências Reguladoras,
chegando então o novo modelo em meados de 2004 (FINARDI, 2014).
Até a metade dos anos 1950, as necessidades energéticas em Santa Catarina eram
supridas por pequenos e médios sistemas elétricos regionalizados, geralmente mantidos pela
iniciativa privada. Ainda na primeira década do século, por exemplo, Florianópolis e
Blumenau já dispunham, inclusive, de sistemas de iluminação pública.
A capital era abastecida pela Usina Maroim (inaugurada em 1908) e Blumenau pela
Salto Weissbach, datada de 1916. Joinville passou a ser atendida pela Usina Piraí também em
1908 e, em 1913, a Usina São Lourenço entrou em operação, beneficiando o município de
Mafra.
As novas usinas hidrelétricas construídas no estado significaram uma evolução dos
pequenos geradores, mantidos pelo espírito empreendedor dos imigrantes desde a virada do
século, e foram definitivas para a extraordinária expressão industrial que se modelava no
estado.
O modelo regionalizado, no entanto, foi tornando-se incapaz de responder ao
incremento da demanda de energia elétrica que tomava conta de Santa Catarina e do país, com
a economia impulsionada pelo surto desenvolvimentista estabelecido no governo de Juscelino
Kubitschek.
Preocupado em oferecer condições de infraestrutura adequadas aos novos
investimentos no estado, o governo catarinense decide pela criação de uma empresa para
programar uma política única e, em 9 de dezembro de 1955, por meio do Decreto Estadual nº
22, o Governador Irineu Bornhausen criou a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
A nova empresa foi criada com a atribuição de planejar, construir e explorar o sistema
de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica do estado, operando diretamente,
através de subsidiárias ou empresas associadas. No dia 11 de abril de 1956, o Decreto Federal
nº 39.015 concede autorização para o funcionamento da empresa. Em 4 de agosto do mesmo
ano, sua instalação ocorre formalmente, por meio de Assembleia Geral.
A princípio, a Celesc funcionou mais como um órgão de planejamento do sistema
elétrico estadual. Depois, assumiu o papel de holding e começou a incorporar,
gradativamente, o patrimônio das antigas empresas regionais. Foi assim que a empresa
começou seu ciclo de expansão.
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energia, destaque para o programa ENERSUL (Empresa de Energia Elétrica de Mato Grosso
do Sul S.A), para a implantação de sistema 69kv para atendimento da região sul do estado.
Na década de 90, diversas obras aumentaram a confiabilidade do sistema e
melhoraram o padrão de atendimento aos consumidores: a construção das linhas de
transmissão entre as subestações Blumenau, Guaramirim e Jaraguá do Sul, em 138kv,
fechando o anel elétrico em Joinville; o segundo circuito para atendimento à Ilha de Santa
Catarina; o entroncamento com a Subestação Campos Novo, do sistema Eletrosul, e a
implantação do Sistema Digital de Supervisão e Controle.
Paulatinamente, a empresa foi construindo um sistema elétrico robusto, com alto nível
de eficiência e integrando energeticamente todas as regiões de sua área de concessão. Ao
mesmo tempo, também foi se estruturando o sistema de alta tensão, interligado ao Sistema
Interligado Nacional, conquistado no início dos anos 2000, conferindo segurança máxima ao
abastecimento energético do estado.
A marca de dois milhões de clientes foi alcançada em novembro de 2004. Quando a
Celesc foi criada, em 1955, esse era o número de habitantes de Santa Catarina. O estado
cresceu junto com a empresa, que começou sua história atendendo menos de 35 mil
consumidores, em 16 municípios.
Em 2009, a holding ampliou sua participação na área de transmissão de energia
elétrica adquirindo mais ações da ECTE e, nos últimos dois anos, tem atuado fortemente para
viabilizar projetos na área de geração de energia, por meio da sua subsidiária de geração
(CELESC, 2014).
x Inaugurado em 09/08/2012;
x Investimento estimado de R$ 12.000.000,00;
x Monitoramento de aproximadamente 10.000 unidades consumidoras (COM Celesc
Distribuição, 2014).
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.2.1.1 Grupo A
3.2.1.2 Grupo B
b) subgrupo B2 – rural;
Para maior nível de gerência dos dados de medição, é recomendável que os processos
que tratam das bases de dados, que representam a rede de energia e seus atributos, sejam
capazes de identificar níveis de qualidade desta base (estabilidade, capacidade de
armazenamento e etc...), de modo a não comprometer funcionalidades de automação com os
demais sistemas das concessionárias (utilities).
O tratamento adequado dos dados e um bom sistema de análise podem trazer vários
benefícios operacionais como:
x Antecipação a distúrbios;
x Facilidades para participação e de conforto do consumidor;
x Otimizações dos processos de expansão e manutenção da rede;
x Recuperação de perdas.
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4.2.1.1 Modulação
A fim de minimizar os efeitos das várias interferências que a rede elétrica recebe,
várias técnicas de modulação foram testadas. A técnica em que se conseguiu a maior
eficiência de transmissão foi a OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing).
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4.2.1.3 Demodulação
4.2.2 Telemetria
Há casos de drivers de coleta que não são padronizados pela ABNT 14522, mas o
protocolo é vendido pelo fabricante. Nesses casos a PIM também realiza a coleta de dados
diretamente dos medidores, utilizando-se de um conjunto de drivers chamado Elipse,
formando uma topologia apresentada na Figura 10.
4.3.1.1 TWACS
Esse sistema foi pioneiro na Celesc no que se refere à medição de UCs do grupo B
através da rede de energia elétrica. Adotado em 2004, foi instalado um projeto-piloto na
cidade de Blumenau, contanto com 3.000 pontos instalados (GARBELOTTO, 2009).
A Figura 11 demonstra como a topologia do sistema TWACS está estruturada.
4.3.1.2 Vision
4.3.1.3 STM
O sistema STM é utilizado para aquisição de dados dos medidores SAGA 1000,
utilizados na medição de consumidores livres.
Os medidores SAGA1000 possuem várias funções para a realização de medidas muito
precisas do consumo de energia elétrica. Eles são fabricados com padrões de normas como os
da ABTN NBR14519, NBR14520, NBR14522.
O sistema STM disponibiliza os dados à PIM através de consulta de banco de dados,
onde a integração permite apenas a leitura do dado, mas não possibilita a atuação da
plataforma diretamente sobre os parâmetros dos medidores.
Está em fase de encerramento o uso desse software, pois o próprio fabricante
descontinuou sua aplicação, indicando que a concessionária realizasse a aquisição dos dados
dos medidores SAGA1000 diretamente na PIM.
4.3.1.4 ION
O sistema ION é utilizado para aquisição de dados dos medidores ION86xx, utilizados
na medição de consumidores livres. Possuem várias funções para a realização de medidas
muito precisas do consumo de energia elétrica. Eles são fabricados com padrões de normas
internacionais.
Disponibiliza os dados à PIM através do acesso direto dos medidores, utilizando o
conjunto de drivers Elipse como forma de coleta, possibilitando a intervenção em alguns
parâmetros do medidor.
45
5 TESTES E RESULTADOS
90 % Sucesso
85
Meta
80
75 Média
70
mar/12
jan/14
jan/12
mai/12
set/12
nov/12
jan/13
mar/13
mai/13
set/13
nov/13
mar/14
mai/14
jul/12
jul/13
Observamos que tal indicador apresenta uma alta eficiência no processo de leituras,
em comparação com outros sistemas semelhantes, implantados em outras concessionárias de
distribuição de energia elétrica.
46
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Marcelo Sampaio. Telefonia celular digital. São paulo: Editora Érica, 2004.
BÄHR, Maurício. Setor elétrico brasileiro: passado e futuro. In: GRUPO CANAL ENERGIA
(Ed.). Setor elétrico Brasileiro: passado e futuro, 10 anos. Rio de Janeiro: Canal Energia,
2005. p. 72-75.
Bettstetter, C. & EberspÄcher, J. & Jorg, Vogel, h., GSM Switching, Services and Protocols,
segunda edição, Editora Jonh Wiley & Sons LTD, 2001.
CHENEY, Margaret. Tesla: man out of time. New York City: Simon & Schuster, 2001
DUTRA, Joisa et al. Redes elétricas inteligentes no Brasil: subsídio para um plano
nacional de implantação. Rio de Janeiro: Sinergya, 2013. 1 v.
ECHELON Corporation. Smart Metering. San Jose, USA. 2011. Disponível em: <
http://www.echelon.com/applications/smart-metering/>. Acesso em: 20 jun. 2014.
HERNANDES JUNIOR, Luiz Jose et al. Implantação de projetos piloto de redes inteligentes
no Brasil. O Setor Elétrico, São Paulo, p.52-59, ago. 2011. Mensal. Disponível em:
<http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/Ed67_fasc_smart_grids_cap3.
pdf>. Acesso em: 15 jun. 2014.
HOLLANDA, Jayme Buarque de. Uma saída pela eficiência energética. In: GRUPO CANAL
ENERGIA (Ed.). Setor elétrico Brasileiro: passado e futuro, 10 anos. Rio de Janeiro:
Canal Energia, 2005. p. 137-141.
KAGAN, Nelson; OLIVEIRA, Carlos César Barioni de; ROBBA, Ernesto João. Introdução
aos sistemas de distribuição de energia elétrica. São Paulo: Editora Blucher, 2005
SPINA, Guilherme; BRANCO, Fábio. Utilização de leitura remota para redução de furto
de energia. In: Anais do XVII SENDI - Seminário Nacional de Distribuição de Energia
Elétrica. Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte, 2006, p. 1-8.
APÊNDICE
52
Nos casos em que, para a troca de dados, é aceitável uma pequena taxa de erro ou
latência entre a requisição da informação e seu recebimento, o uso da infraestrutura das redes
de telefonia celular torna-se interessante por possuir um enlace que cobre praticamente todo o
país.
Uma rede de telefonia celular é composta por diversos elementos interligados entre si
através de canais de comunicação, de forma que diferentes operadoras possam atuar em uma
mesma área ou possam fornecer seus serviços em infraestruturas compartilhadas.
GSM
O padrão GSM para telefonia celular começou a ser desenvolvido na Europa, no início
da década de 80. Criado com o objetivo de desenvolver um novo padrão que substituísse os
diversos padrões usados até então, sendo adotado no Brasil em 2002 (ALENCAR, 2004).
A arquitetura da rede GSM pode ser simplificada em:
x Base Transceiver Station (BTS)
BTS é uma célula dentro da estrutura geográfica da rede. A função da BTS é prover a
conexão de rádio para a estação móvel (celular), sendo composto basicamente de
rádios transmissores e receptores, processador de sinal, equipamentos de controle e
antena;
x Base Station Controller (BSC)
A BSC é a controladora das BTS’s, e sua função é alocar um canal para a duração da
chamada, monitorar as chamadas visando qualidade e potência transmitida pela BTS
ou a estação móvel, e garantir o handover para outra célula, quando requerido;
x Mobile Switching System (MSC)
A MSC é a central de comutação da rede GSM. Ela é responsável por encaminhar e
comutar as chamadas e mensagens de cada estação móvel e equipamentos da rede.
Provê a conexão entre os assinantes da rede, e conexão da rede GSM com a rede fixa
(PSTN). São o elemento central das redes GSM, recebendo todas as informações da
rede e todas as chamadas e/ou mensagens originadas;
x Serving GPRS Support Node (SGSN)
Busca a localização dos dispositivos móveis e faz o roteamento dos pacotes de
tráfegos para eles;
x Gateway GPRS Support Node (GGSN)
Provê a interconexão com outras redes como a Internet ou redes privadas.
GPRS