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Comportamento de Malhas de
Aterramento de Subestação de
Energia frente a Descargas
Atmosféricas: Ênfase na
Avaliação de Técnicas de
Melhoria do Desempenho
Impulsivo por meio de Múltiplos
Pontos de Injeção de Corrente
Belo Horizonte
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
Comportamento de Malhas de
Aterramento de Subestação de
Energia frente a Descargas
Atmosféricas: Ênfase na
Avaliação de Técnicas de
Melhoria do Desempenho
Impulsivo por meio de
Múltiplos Pontos de Injeção de
Corrente
Renan Campos Segantini
Belo Horizonte
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
____________________________________________________
Prof. Dr. Rafael Silva Alípio (Orientador)
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Departamento de Engenharia Elétrica – (DEE)
___________________________________________________
Prof. Dr. Marco Aurélio de Oliveira Schroeder
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Departamento de Engenharia Elétrica – (DEPEL)
____________________________________________________
Profa. Dra. Cláudia Rejane de Mesquita
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais
Campus Avançado Itabirito
____________________________________________________
Prof. Dr. Miguel de Brito Guimarães Neto
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Departamento de Engenharia Elétrica – (DEE)
i
Agradecimentos
Primeiramente, agradeço à minha família: meu pai Stephenson, minha mãe
Rosália, Yuki, minhas irmãs Renata e Verona e meu cunhado Luiz. Muito obrigado pela
confiança e paciência. Agradeço à minha madrinha, Alexandrina, pela torcida e pelas
inúmeras ajudas.
Especialmente, gostaria de agradecer ao meu orientador, Prof. Rafael Alípio.
Foi uma honra ter sido orientado por ele, com tamanho entusiasmo, paciência e
incentivo. Palavras não são suficientes para expressar minha gratidão. Experiências
diversas tive graças ao Prof. Rafael mas, com certeza, ter participado do SIPDA
(Simpósio Internacional de Proteção contra Descargas Atmosféricas) ficará na minha
memória pra sempre.
Agradeço aos meus colegas e amigos do departamento de eletroeletrônica do
CEFET-MG Campus Curvelo que, além de me servirem de inspiração, me apoiaram e
me ajudaram a conciliar trabalho e estudo. Especialmente ao Prof. Ailton pelas longas
conversas pela rodovia, onde inúmeras vezes desviou seu trajeto para me apoiar. Além
de ter se tornado um grande amigo, me serve de exemplo como profissional e como
pessoa. Assim como o Prof. Ailton, agradeço ao Prof. Emanuel que, mesmo de longe,
torce pela minha prosperidade. Não posso deixar de agradecer também aos meus ex-
alunos e alunas que me acolheram como um “velho amigo”, sempre respeitando e
valorizando meu trabalho.
Gostaria de agradecer aos meus colegas de graduação e de pós-graduação,
Jean Castro e Matheus Henrique, pelas inúmeras ajudas com as disciplinas do
mestrado. Sem a vivência deles, seria muito mais difícil completar essa tarefa com
sucesso. Devo também, um salve à Daiane e à Naiara pelo apoio no dia da defesa.
Devo agradecer aos meus colegas da CEMIG Cássio, Juliana e Ítalo que, desde
quando estagiei na OM/PE, me incentivaram a continuar meus estudos. Graças a eles
me interessei pelo sistema elétrico de potência. Tal fato me influenciou na escolha do
tema relacionado a subestações de energia elétrica.
Agradeço aos meus colegas da CBTU que me incentivaram e me apoiaram nos
momentos de tensão no serviço. Muitas vezes abriram mão de seus horários e trocaram
de posto comigo para que eu pudesse continuar estudando.
Um agradecimento sincero às minhas amigas Ana Lúcia, Maria Clara e
Carolina, que sempre perguntam: “Como tá o mestrado?”. Sempre se preocuparam
comigo, perguntando e dando apoio.
À instituição através da qual obtenho esse título, só tenho a agradecer. Como
aluno da graduação, do mestrado, e como professor substituto, já são quase dez anos
em contato com o CEFET-MG. Agradeço também a todos os servidores (professores e
técnicos) que dedicam o seu trabalho a esta instituição.
Por fim, agradeço a todos que tenham interesse em ler este trabalho. Espero que
gostem da leitura e que esses resultados sejam úteis.
ii
Sumário
Resumo ......................................................................................................................................... iv
Abstract ......................................................................................................................................... v
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................. vi
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... viii
1. Introdução ............................................................................................................................. 1
Considerações Básicas .................................................................................................. 1
Objetivos e Estrutura de Desenvolvimento da Dissertação ........................................... 2
Contextualização ........................................................................................................... 2
Publicações .................................................................................................................... 3
Organização do texto..................................................................................................... 3
2. Desempenho e Comportamento Impulsivo de Malhas de Aterramento ............................... 4
Introdução ..................................................................................................................... 4
Parâmetros para Caracterização do Comportamento Impulsivo de Malhas de
Aterramento .............................................................................................................................. 4
2.2.1. Definição de Impedância Harmônica de Aterramento .......................................... 4
2.2.2. Definição de Comprimento Efetivo e Área Efetiva .............................................. 5
2.2.3. Definição de Impedância Impulsiva ...................................................................... 6
Técnicas Aplicadas à Melhoria do Desempenho Impulsivo de Malhas de Aterramento
........................................................................................................................................7
Considerações Finais ................................................................................................... 12
3. Metodologia........................................................................................................................ 14
Introdução ................................................................................................................... 14
Modelagem do Solo .................................................................................................... 14
Modelagem Eletromagnética de Malhas de Subestação ............................................. 15
3.3.1. Aspectos matemáticos básicos do Modelo Eletromagnético Híbrido (HEM) ..... 16
Simulação de malhas de aterramento no domínio do tempo a partir da matriz Yg ..... 19
Modelagem dos pulsos de corrente de descarga atmosférica ...................................... 20
3.6. Considerações finais.....................................................................................................22
4. Resultados........................................................................................................................... 23
Introdução ................................................................................................................... 23
Estudo de Caso ............................................................................................................ 23
Impedância Harmônica ............................................................................................... 24
Elevação de Potencial no Aterramento (GPR) e Impedância Impulsiva ........... 28
Múltiplos Pontos de Injeção ........................................................................................ 32
Conclusões .................................................................................................................. 38
5. Conclusões e Propostas de Continuidade ........................................................................... 40
Referências .................................................................................................................................. 42
iv
Resumo
As malhas de aterramento, arranjo de eletrodos comumente utilizado em subestações de
energia elétrica, que em geral assumem grandes dimensões, são projetadas segundo
normas vigentes que levam em consideração apenas solicitações de baixa frequência.
No entanto, essas malhas podem ser submetidas a correntes impulsivas advindas de
descargas atmosféricas que incidem em cabos de blindagem de linhas próximas à
subestação ou mesmo diretamente na subestação. Nesse caso, é importante a adoção de
técnicas complementares ao projeto da malha para solicitações lentas, com o intuito de
adequar o seu desempenho também a fenômenos impulsivos. Este trabalho se dedica ao
estudo do comportamento impulsivo de malhas de aterramento de subestação e à
proposição de técnicas de melhoria do desempenho de tais malhas frente a correntes de
descargas atmosféricas. Utilizou-se uma modelagem computacional para malhas de
aterramento que inclui a dependência da frequência dos parâmetros elétricos do solo, os
fenômenos de propagação, os acoplamentos eletromagnéticos e, adicionalmente, que
permite a injeção simultânea de corrente em distintos nós da malha. A partir da
aplicação desse modelo, gera-se ume extenso conjunto de resultados do comportamento
impulsivo de uma malha típica de aterramento de subestação. De acordo com os
resultados, o desempenho impulsivo da malha é sensivelmente influenciado pelo ponto
de injeção de corrente: quanto maior a área efetiva no entorno do ponto de injeção,
melhor é o desempenho impulsivo. Mostra-se que a distribuição da corrente de descarga
por meio de múltiplas terminações de terra melhora de forma significativa o
desempenho impulsivo da malha de aterramento.
v
Abstract
The grounding grids, arrangement of electrodes commonly used in electrical power
substations, which generally assume large dimensions, are designed according to
Standards which take into account only slow occurrences. However, such grounding
grids can be subjected to impulse currents associated with lightning that might strike
shielding wires of lines near the substation or even directly in the substation. In this
case, it is important to adopt complementary techniques in order to improve the impulse
performance of the grounding grid. This work is dedicated to the study of the impulse
behavior of substation grounding grids and the proposition of techniques to improve
their impulse performance. To this aim, a computational model for simulating
grounding grids is developed, including the frequency dependence of electrical
parameters of soil, propagation phenomena, electromagnetic couplings and, in addition,
the possibility of simultaneous injection of current into distinct nodes of the grid. From
the application of the developed model, an extensive set of results of the impulse
behavior of a typical substation grounding grid is obtained. According to the results, the
impulse performance of the grid strongly depends on the current injection point: the
larger the effective area around the injection point, the better the impulse performance.
It is shown that the distribution of the lightning current through multiple earth
terminations significantly improves the impulse performance of the grounding grid.
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 - Impedância harmônica, vista de diferentes pontos, de uma malha de
aterramento de dimensões 80 m x 80 m, enterrada a uma profundidade de 0,8 m em um
solo de resistividade = 2000 Ω . Esses resultados foram obtidos considerando
metodologia de cálculo descrito no Capítulo 3 desta dissertação. ................................... 5
Figura 2.2 – Área efetiva de malha de aterramento vista por uma corrente impulsiva
hipotética injetada no nó central. ...................................................................................... 6
Figura 2.3 - Área efetiva para diferentes pontos de injeção, considerando uma corrente
impulsiva hipotética.......................................................................................................... 7
Figura 2.4 - Pontos de injeção considerados (dimensões em metros) – adaptado de [20].
.......................................................................................................................................... 9
Figura 2.5 - Malhas consideradas nas simulações (dimensões em metros) – adaptado de
[20]. .................................................................................................................................. 9
Figura 2.6 - Mudança da separação de condutores da malha (dimensões em metros) –
adaptado de [20]. ............................................................................................................ 10
Figura 2.7 - Aumento do número de condutores da malha (dimensões em metros) –
adaptado de [29]. ............................................................................................................ 11
Figura 2.8 - Hastes em torno do ponto de injeção – adaptado de [29]. .......................... 11
Figura 3.1 – Fontes de corrente associadas a cada elemento do sistema de aterramento.
........................................................................................................................................ 15
Figura 3.2 - Interação entre dois elementos do aterramento imersos em um meio
caracterizado por , e , em uma dada frequência . ................................................. 16
Figura 3.3 - Ondas de correntes representativas de (a) primeiras descargas de retorno e
(b) descargas subsequentes, associadas a descargas negativas descendentes medidas na
Estação do Monte San Salvatore. Formas de onda obtidas como uma soma de funções
Heidler, – adaptado de [54]. ........................................................................................... 21
Figura 4.1 – Malha e nós analisados. ............................................................................. 24
Figura 4.2 – Ajuste do modelo de polos e resíduos da matriz de admitância nodal de
aterramento (dimensão 9x9), considerando a malha ilustrada na Figura 4.1 enterrada em
um solo de 1000 Ωm. ..................................................................................................... 24
Figura 4.3 - Diagrama representativo das simulações feitas no ATP..............................24
Figura 4.4 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita,
para = 100 . ........................................................................................................ 25
Figura 4.5 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita,
para = 300 . ........................................................................................................ 25
Figura 4.6 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita,
para = 500 . ........................................................................................................ 25
Figura 4.7 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita,
para = 1000 . ...................................................................................................... 26
Figura 4.8 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita,
para = 2000 . ...................................................................................................... 26
Figura 4.9 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita,
para = 3000 Ω . ...................................................................................................... 26
Figura 4.10 - Característica divergente da corrente nos nós da malha. .......................... 27
Figura 4.11 - Redução relativa no valor de conforme mudança do ponto de injeção, à
esquerda primeiras descargas e à direita descargas subsequentes. ................................. 29
Figura 4.12 - GPR para = 100 , à esquerda primeiras descargas e à direita
descargas subsequentes................................................................................................... 30
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 - Caracterização do solo considerado nas simulações de Zhang e
colaboradores [29]. ......................................................................................................... 10
Tabela 3.1 - Parâmetros das funções de Heidler para representação de primeiras
descargas no MSS........................................................................................................... 21
Tabela 3.2 – Parâmetros das funções de Heidler para representação de descargas
subsequentes no MSS. .................................................................................................... 21
Tabela 4.1 - Impedância Impulsiva de Aterramento para resistividades 100 , 300
, 500 , 1000 , 2000 e 3000 Ωm, vista dos pontos 1, 2 e 5 (quina, lateral e
centro da malha respectivamente), para primeiras descargas e subsequentes. ............... 28
Tabela 4.2 - Sequência de pontos de injeção. ................................................................. 33
-1-
1. Introdução
Considerações Básicas
Os aterramentos elétricos possuem papel fundamental no desempenho de
subestações elétricas, sobretudo quando estas são submetidas a faltas e fenômenos
transitórios [1], [2], [3] e [4]. Em linhas gerais, a função do aterramento é prover um
caminho de baixa impedância para o fluxo da corrente de falta em direção ao solo e,
também, garantir uma distribuição suave de potenciais elétricos no nível do solo nas
vizinhanças do aterramento, devido à questão de segurança de seres vivos e proteção de
equipamentos.
Normalmente, o projeto de malhas de aterramento de subestações é
desenvolvido tendo-se em conta apenas solicitações lentas (curtos-circuitos) [5]. Nesse
caso, algumas hipóteses simplificadoras, porém fisicamente consistentes, podem ser
adotadas para a modelagem do aterramento. Em função da frequência representativa
baixa, os efeitos de propagação não são relevantes e, adicionalmente, os efeitos reativos,
capacitivo e indutivo, podem ser desprezados [6]. Considerando tais hipóteses, pode-se
assumir que os eletrodos estão todos em um mesmo potencial elétrico, o que permite
empregar o tradicional método do potencial constante para modelagem do aterramento
em baixas frequências [7].
A literatura técnica possui um grande número de referências que descrevem a
utilização do método do potencial constante para solução do problema clássico de
projeto de malhas de aterramento de subestações (vide a extensa lista de referências do
documento [8]). A aplicação sistemática desse método permitiu o estabelecimento de
técnicas eficientes para o projeto de malhas submetidas a fenômenos de baixas
frequência.
Por outro lado, as malhas de subestações de energia podem ser submetidas a
correntes de descargas atmosféricas, por exemplo, advindas de cabos de blindagem de
linhas próximas ou mesmo em decorrência de uma incidência direta na própria
subestação. Quando submetido a correntes advindas da incidência de descargas
atmosféricas, o aterramento apresenta comportamento singular e, na maior parte das
situações, bastante distinto daquele observado frente a correntes de baixa frequência [3].
Em decorrência do formato impulsivo da corrente de descarga, ela apresenta um amplo
conteúdo de frequências, desde c.c. até alguns MHz. Desse modo, as hipóteses
simplificadoras adotadas no caso de ocorrências de baixa frequência deixam de ser
válidas. Em particular, os fenômenos de propagação e os efeitos capacitivo e indutivo se
tornam relevantes. Adicionalmente, é importante a caracterização do comportamento do
solo nas condições a que fica submetido durante o fluxo de correntes de descargas
atmosféricas. Em especial, no caso de malhas de subestações, é importante a
consideração do fenômeno da dependência da frequência da resistividade e
permissividade elétricas [4].
No caso em que a malha de aterramento é submetida a correntes de descargas
atmosféricas, é importante a implantação de medidas complementares ao projeto
original (para solicitações lentas), com o intuito de melhorar e/ou adequar o
desempenho da malha a solicitações impulsivas. Note-se, no entanto, que é tarefa
complexa a consideração simultânea de todos os aspectos importantes mencionados
anteriormente na modelagem do comportamento transitório de malhas de aterramento.
Nesse contexto, há uma ausência de trabalhos na literatura de resultados sistemáticos, e
fisicamente consistentes, do comportamento transitório de malhas, que possam subsidiar
-2-
Para alcançar o objetivo citado na seção anterior, este trabalho está estruturado
nas seguintes etapas:
Contextualização
A presente dissertação de mestrado está inserida no projeto de pesquisa intitulado
“Modelagem de sistemas elétricos com a consideração simultânea de elementos e
fenômenos dependentes do tempo e da frequência”, financiado pela FAPEMIG1 (TEC-
AP-02017-16) e coordenado pelo orientador deste trabalho. O projeto mencionado
1
FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais.
-3-
Publicações
Organização do texto
= 2.1 .
-5-
50
40 Nó na Quina
Nó na Lateral
Nó no Centro
30
20
10
-10
-20
-30
1 2 3 4 5 6
10 10 10 10 10 10
Frequência (Hz)
Figura 2.1 - Impedância harmônica, vista de diferentes pontos, de uma malha de aterramento de dimensões 80 m x 80 m,
ilustrada na Figura 2.3, enterrada a uma profundidade de 0,8 m em um solo de resistividade = 2000 Ω . Esses
resultados foram obtidos considerando a metodologia de cálculo descrita no Capítulo 3 desta dissertação.
Figura 2.2 – Área efetiva de malha de aterramento vista por uma corrente impulsiva hipotética injetada no
nó central.
= / 2.2 .
Figura 2.3 - Área efetiva para diferentes pontos de injeção, considerando uma corrente impulsiva
hipotética.
Figura 2.5 - Malhas consideradas nas simulações (dimensões em metros) – adaptado de [20].
valores obtidos de +,- foram de aproximadamente 10 Ω. Por outro lado, o valor de pico
do GPR sofre influência, diminuindo à medida que se reduzem as dimensões do
reticulado. A maior redução é observada no caso do arranjo GS124, em que a área dos
reticulados próximos ao ponto de injeção é bem inferior à área efetiva da malha. O GPR
de GS124 foi 50% menor em relação ao caso GS4.
Figura 2.6 - Mudança da separação de condutores da malha (dimensões em metros) – adaptado de [20].
2
As ondas de correntes de primeiras descargas atmosféricas reais apresentam natureza côncava na frente
e derivada máxima próxima ao valor de pico. As curvas utilizadas em [20] e [29] não contemplam essas
características. Apenas no caso de descargas subsequentes, as formas de onda são mais suaves e se
aproximam daquelas empregadas no trabalho supracitado.
- 11 -
com reticulados menores, foi de 75% do GPR para os reticulados maiores. Esse
resultado se assemelha ao obtido anteriormente por Grcev e Heimbach.
Figura 2.7 - Aumento do número de condutores da malha (dimensões em metros) – adaptado de [29].
de descargas reais; ii) avaliação de uma única estrutura de solo, o que particulariza
fortemente as conclusões obtidas, além de dificultar o uso dos resultados por
engenheiros da indústria; iii) desconsideração da dependência da frequência dos
parâmetros elétricos do solo. Devido a distribuição não uniforme de potencial na malha
quando submetida à fenômenos impulsivos, correntes de loop podem circular em cabos
de comunicação de equipamentos no pátio e seu painel de comando. Tal fenômeno pode
causar mal funcionamento dos equipamentos. Embora não seja esse o objetivo do
trabalho, para informações complementares sobre o tema, consultar as referências [30] e
[31].
Considerações Finais
malha. Até onde vai o conhecimento do autor dessa dissertação, não há trabalhos na
literatura que abordem de forma sistemática essa técnica. Nesse contexto, essa técnica é
explorada no Capítulo 4 deste trabalho. Antes, no Capítulo 3, apresenta-se a modelagem
matemática empregada para simulação de malhas de aterramentos com múltiplos pontos
de injeção de corrente.
- 14 -
3. Metodologia
Introdução
A principal técnica para redução da resistência e da impedância impulsiva de
aterramento é o aumento da área coberta pelo arranjo de eletrodos. No entanto, em
decorrência da forte atenuação a que a corrente de descarga é submetida a partir do
ponto de injeção, o aumento da área coberta pelo arranjo de eletrodos fica limitada ao
comprimento ou à área efetiva. Portanto, para redução da impedância impulsiva de
aterramento, medidas complementares devem ser implementadas.
No Capítulo 2 foram descritos trabalhos que abordam o comportamento
transitório de malhas de aterramento de subestação frente a correntes de descargas
atmosféricas, com ênfase na avaliação de técnicas de melhoria do comportamento
impulsivo dessas malhas. Comentou-se que uma técnica viável, embora não
devidamente explorada na literatura, é o emprego de múltiplos pontos de injeção de
corrente. Tal técnica permitiria abranger a maior parte da área disponível da malha,
desde que a área efetiva no entorno de cada ponto de injeção seja observada.
O Capítulo 4 desta dissertação apresenta resultados de simulação que permitem
avaliar quantitativamente a eficiência da utilização de múltiplos pontos de injeção na
melhoria do comportamento impulsivo de grandes malhas de subestação. O presente
capítulo descreve os modelos utilizados para realização dessas simulações.
Modelagem do Solo
De acordo com resultados experimentais [24],[25], e [32]-[35], embora a
permeabilidade do solo possa ser assumida constante e igual à do vácuo, os parâmetros
elétricos, condutividade e permissividade, apresentam variação acentuada ao longo da
faixa de frequências típicas de descargas atmosféricas. Em termos práticos, tal variação
leva a uma redução da impedância impulsiva de aterramento em relação à hipótese de
parâmetros constantes, principalmente para o caso de solos de resistividade mais
elevada [36]. De acordo com Alípio, desconsiderar a variação dos parâmetros do solo
com a frequência pode levar a erros significativos na estimativa da resposta transitória
de sistema de aterramentos elétricos [2].
Neste trabalho, a variação dos parâmetros elétricos do solo é determinada
aplicando-se o modelo físico causal desenvolvido por Alípio e Visacro, baseado em
uma série de medições realizadas em condições de campo, nas relações de Kramers-
Kronig e nas Equações de Maxwell. Esse modelo é expresso resumidamente pelas
seguintes expressões [25], [36]:
# :
= 1 23 45 6789 , 3.1
>
<= @AB CD/E 25 FG
; 1 23 I DJ5 , 3.2
<? EC<? 5 678 H
IT / L
IL
r r r
R = r −r'
r r
r' r
Figura 3.2 - Interação entre dois elementos do aterramento imersos em um meio caracterizado por , e
, em uma dada frequência .
- 17 -
1 * J^_
[Z = ] ] UZ `aZ `a[ 3.7
4\ 1 !Z ![ ,c ,b +
* J^_
∆ [Z =− ] ] ,Z `agZ ∙ `ag[ 3.8
4\ ,c ,b +
Em (3.7) e (3.8):
A aplicação sistemática das equações (3.7) e (3.8) aos N elementos nos quais o
aterramento é particionado, permite o estabelecimentos de dois sistemas de equações
lineares:
l= m nm 3.9
∆l = p np 3.10
1 * J^_
Ucb = ] ] `aZ `a[ 3.11
4\ 1 !Z ![ ,c ,b +
Os termos Ucb correspondem à impedância transversal entre dois elementos, sendo um
deles denominado elemento fonte de corrente (j) e outro receptor (i). A impedância Ucb
é igual ao potencial médio no elemento receptor, devido à fonte de corrente transversal
no elemento emissor, dividido pela corrente transversal deste último. Tal impedância
traduz fisicamente os acoplamentos elétricos (capacitivo e condutivo) próprio e mútuo
entre eles.
De modo similar, os termos da matriz de impedância longitudinal p são dados
por:
* J^_
,cb = − ] ] `agZ ∙ `ag[ 3.12
4\ ,c ,b +
qr ∙ ls = ns 3.13
• Note-se que, uma vez que os cálculos são realizados diretamente no domínio da
frequência, a inclusão de meios dispersivos, cujos parâmetros tenham
dependência com a frequência, é imediata. Neste trabalho, a dependência da
frequência da condutividade e da permissividade é considerada de acordo com
as equações (3.1)(3.5).
~
yz
qr t ≅ quvw t x 1 | 1 t} , 3.14
t f {z
z•5
5/Žˆ
…„ expŒf †5„ /†E„ •„ †5„ /†E„ • 3.15•
- 21 -
Para cada curva k aplicada na obtenção da onda de corrente i(t), I0k corresponde
à amplitude da forma de onda gerada (sem correção), ηk corresponde a um fator
empregado para corrigir a amplitude da corrente, τ1k e τ2k controlam os tempos de subida
e descida da onda de corrente, respectivamente, e nk é um fator adimensional que
controla a taxa de crescimento da curva sintetizada. Os valores de pico das correntes de
#
primeiras descargas e subsequentes são, respectivamente % = 31,07 ‘’ e “
12,09 ‘’.
35 14
30 12
25 10
20 8
15 6
10 4
5 2
0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo ( s) Tempo ( s)
(a) (b)
Figura 3.3 - Ondas de correntes representativas de (a) primeiras descargas de retorno e (b) descargas subsequentes, associadas
a descargas negativas descendentes medidas na Estação do Monte San Salvatore. Formas de onda obtidas como uma soma de
funções Heidler, – adaptado de [53].
Tabela 3.1 - Parâmetros das funções de Heidler para representação de primeiras descargas no MSS.
Tabela 3.2 – Parâmetros das funções de Heidler para representação de descargas subsequentes no MSS.
4. Resultados
Introdução
Estudo de Caso
Fase [graus]
Figura 4.2 – Ajuste do modelo de polos e resíduos da matriz de admitância nodal de aterramento
(dimensão 9x9), considerando a malha ilustrada na Figura 4.1 enterrada em um solo de 1000 Ωm.
Impedância Harmônica
Fase (graus)
|Z ( )| ( )
Figura 4.4 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita, para = 100 .
25
Nó 1
Nó 2
Nó 5
20
Fase (graus)
15
10
0
10 1 102 10 3 10 4 105 10 6
Frequência (Hz)
Figura 4.5 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita, para = 300 .
Fase (graus)
|Z ( )| ( )
Figura 4.6 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita, para = 500 .
- 26 -
Fase (graus)
|Z ( )| ( )
Figura 4.7 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita, para = 1000 .
Figura 4.8 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita, para = 2000 .
Fase (graus)
|Z ( )| ( )
Figura 4.9 - Impedância harmônica de aterramento. Módulo à esquerda e fase à direita, para = 3000 Ω .
- 27 -
Tabela 4.1 - Impedância Impulsiva de Aterramento para resistividades 100 , 300 , 500 , 1000
, 2000 e 3000 Ωm, vista dos pontos 1, 2 e 5 (quina, lateral e centro da malha respectivamente),
para primeiras descargas e subsequentes.
Figura 4.11 - Redução relativa no valor de conforme mudança do ponto de injeção, à esquerda primeiras descargas e à direita
descargas subsequentes.
140
GPR nó 1
GPR nó 2
120
GPR nó 5
100
GPR (kV)
80
60
40
20
0
0 10 20 30 40 50 60
Tempo ( s)
Figura 4.12 - GPR para = 100 , à esquerda primeiras descargas e à direita descargas subsequentes.
180
GPR nó 1
160 GPR nó 2
GPR nó 5
140
120
100
80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo ( s)
Figura 4.13 - GPR para = 300 , à esquerda primeiras descargas e à direita descargas subsequentes.
- 31 -
300
GPR nó 1
GPR nó 2
250 GPR nó 5
200
GPR (kV)
150
100
50
0
0 10 20 30 40 50 60
Tempo ( s)
Figura 4.14 - GPR para = 500 , à esquerda primeiras descargas e à direita descargas subsequentes.
350
GPR nó 1
GPR nó 2
300
GPR nó 5
250
GPR (kV)
200
150
100
50
0
0 10 20 30 40 50 60
Tempo ( s)
Figura 4.15 - GPR para = 1000 , à esquerda primeiras descargas e à direita descargas subsequentes.
Figura 4.16 - GPR para = 2000 , à esquerda primeiras descargas e à direita descargas subsequentes.
- 32 -
500 350
GPR nó 1 GPR nó 1
450 GPR nó 2 GPR nó 2
300
GPR nó 5 GPR nó 5
400
350 250
300
200
250
150
200
150 100
100
50
50
0 0
0 10 20 30 40 50 60 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo ( s) Tempo ( s)
Figura 4.17 - GPR para 3000 , à esquerda primeiras descargas e à direita descargas subsequentes.
(a) (b)
Figura 4.18 - Redução relativa de Z para os casos 1 e 2, (a) primeiras descargas, (b) descargas subsequentes, para ρ = 100 Ωm.
110
Caso 1
100
Caso 2
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Número de Terminais
(a) (b)
Figura 4.19 - Redução relativa de Z para os casos 1 e 2, (a) primeiras descargas, (b) descargas subsequentes, para ρ = 300 Ωm.
Variação Relativa de Zp (%)
(a) (b)
Figura 4.20 - Redução relativa de Z para os casos 1 e 2, (a) primeiras descargas, (b) descargas subsequentes, para ρ = 500 Ωm.
- 36 -
110
Caso 1
100
Caso 2
90
Variação Relativa de Zp (%)
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Número de Terminais
(a) (b)
Figura 4.21 - Redução relativa de Z para os casos 1 e 2, (a) primeiras descargas, (b) descargas subsequentes, para ρ = 1000 Ωm.
110 110
Caso 1 Caso 1
100 100
Caso 2 Caso 2
90 90
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Número de Terminais Número de Terminais
(a) (b)
Figura 4.22 - Redução relativa de Z para os casos 1 e 2, (a) primeiras descargas, (b) descargas subsequentes, para ρ = 2000 Ωm.
110 110
Caso 1 Caso 1
100 100
Caso 2 Caso 2
90 90
Variação Relativa de Zp (%)
80 80
70 70
60 60
50 50
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Número de Terminais Número de Terminais
(a) (b)
Figura 4.23 - Redução relativa de Z para os casos 1 e 2, (a) primeiras descargas, (b) descargas subsequentes, para ρ = 3000 Ωm.
- 37 -
Figura 4.24 – Efeito da saturação da malha para o caso 1, primeiras descargas e resistividade =
500 Ω
- 38 -
Conclusões
ponto de injeção na quina da malha (como visto na seção 4.4, o valor da impedância
impulsiva é maior para esse ponto). Tal redução só não ocorreu para solos de
resistividade mais alta (2000 Ωm, 3000 Ωm), para primeiras descargas e para o caso 2.
A área efetiva vista do ponto de injeção pela corrente, considerando primeiras descargas
e solos de elevada resistividade, pode ser bem extensa. Como para o caso 2 o primeiro
ponto de injeção considerado é o central, praticamente toda a área da malha é vista pela
corrente de descarga, considerando os dois casos de resistividade muito elevada. Para os
outros casos, os resultados mostram que o valor de reduz até que, a partir de um
certo número de pontos de injeção, essa redução é mínima. Nesse ponto ocorre a
saturação; em outras palavras, a corrente de descarga enxerga toda a área da malha e,
adicionar mais pontos, não impacta na redução relativa de . Dessa maneira, ao
projetar uma malha de aterramento, o projetista deve considerar o nó central como
preferencial. Caso não seja possível, deve-se utilizar múltiplos pontos de injeção,
observando a área efetiva no entorno de cada um deles.
- 40 -
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