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CATANDUVA/SP
2015
WILLIAN DA SILVA PAULINO
CATANDUVA/SP
2015
S6778
Paulino, Willian.
Política de incentivo ao uso da energia solar: viabilidade contínua dos
painéis fotovoltaicos / Willian da Silva Paulino. – Catanduva: FATEC,
2015.
29f.
__________________________________________
Prof(a). ________________________
FATEC-Catanduva
Orientador(a)
_________________________________________
Prof(a). ___________________________
FATEC-Catanduva
Avaliador(a)
_________________________________________
Prof(a). ___________________________
FATEC-Catanduva
Avaliador(a)
Trabalho de Graduação (relatório técnico) apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Catanduva para obtenção
do grau de Tecnólogo em Automação Industrial, sob a
orientação do Prof. Me. José Achiles Mozambani.
Agradeço primeiramente a Deus pelo fôlego de vida, por ser meu o Senhor, Pai e por
suas misericórdias infinitas que através de sua vontade plena até aqui tem me guiado, ajudado
e sustentado.
Agradeço ao ilustríssimo professor, mestre e meu orientador José Achiles
Mozambani, pela ideia que comigo partilhou, a qual difundiu na projeção deste relatório
técnico e testes de pesquisas experimentais, trazendo-me conhecimento e enriquecimento. Por
materiais fornecidos, novas ideias que pudessem implementar o projeto e fontes de pesquisas.
Não posso deixar de agradecer também ao professor Wellington, que com muita
paciência por dois semestres sempre esteve me orientado da melhor maneira possível, com
ideias, técnicas, recursos que viessem tornar o presente relatório de alto nível acadêmico.
Aos demais professores que desde do início do curso cooperaram para um
conhecimento constante, que a partir de certas peculiaridades de suas disciplinas, pude obter
uma grande bagagem, resultando no que se segue e também para experiências futuras.
Ao meu paizão espiritual, Pr. Elias, que muito me incentivou, me ajudou em orações
e sempre se interagia comigo em relação a faculdade.
Aqueles que de forma direta ou indiretamente corroboraram, o meu muito obrigado.
RESUMO
Devido à escassez dos principais reservatórios do país, o aumento na tarifa da energia elétrica
foi inevitável. Porém, mesmo que pequenas, já existem políticas de incentivo ao uso da
energia solar, com empresas que já comercializam desde pequenas células até grandes painéis
fotovoltaicos. Todavia o custo de compra e instalação dos componentes ainda são altos, não
só por causa da sua complexidade de construção e dimensionamento, mas também por serem
poucas as empresas com esta tecnologia, ficando assim restrito a um público bem menor de
consumidores, à classe alta. Com objetivo inicial, esse relatório se incumbirá numa política de
incentivo e ampliação da tecnologia fotovoltaica, atingindo órgãos governamentais e afins
para a atenção e investimentos da mesma. Com empresas, governo e sociedade trabalhando
em conjunto, esse recurso será de custo mais acessível, e o país, desenvolver-se-á de forma
sustentável. Para efeitos experimentais, foi adquirida uma pequena placa solar. E para cumprir
o requisito de viabilidade contínua, foi desenvolvida uma placa caseira com leds de alto brilho
vermelho e numa segunda opção, com transistores 2n3055. O uso destes componentes tratarão
da viabilização do custo desta tecnologia. E ainda, num terceiro momento, serão feitos testes
de eficiência com o leds azuis, de preferência com materiais sucateados.
Gráfico 1 – Balanço energético – Ano Base 2008...............Error: Reference source not found7
Gráfico 2 – Expansão da oferta na rede (2015-2030) - regionalização. Error: Reference source
not found8
Gráfico 3 – Curva I x V de uma célula fotovoltaica.................................................................39
Gráfico 4 – Curva P x V de uma célula fotovoltaica................................................................ 40
LISTA DE ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO........................................................................................................................13
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................13
PROBLEMA DE PESQUISA..................................................................................................14
OBJETIVOS.............................................................................................................................15
OBJETIVO GERAL.................................................................................................................15
OBJETIVO ESPECÍFICO........................................................................................................15
JUSTIFICATIVA......................................................................................................................16
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................17
1.1 Matriz Energética..........................................................................................................17
1.2 Fontes Renováveis........................................................................................................20
1.2.1 Hidráulica......................................................................................................................20
1.2.2 Biomassa.......................................................................................................................21
1.2.3 Eólica.............................................................................................................................22
1.2.4 Solar..............................................................................................................................23
1.3 Fontes não renováveis...................................................................................................26
1.3.1 Nuclear..........................................................................................................................26
1.3.2 Fósseis...........................................................................................................................27
1.3.3 Carvão Mineral..............................................................................................................27
1.3.4 Petróleo.........................................................................................................................27
1.3.5 Gás Natural....................................................................................................................27
1.4 Radiação Solar..............................................................................................................28
1.4.1 Irradiância e Irradiação.................................................................................................29
1.4.2 Radiação Solar Sobre o Brasil.......................................................................................29
1.5 Sustentabilidade e Economia........................................................................................30
1.6 Tecnologia Fotovoltaica................................................................................................31
1.6.1 Efeito Fotovoltaico........................................................................................................31
1.7 Terceira teoria...............................................................................................................43
1.7.1 Assunto envolvido na terceira.......................................................................................44
1.7.2 Mais assunto da terceira................................................................................................44
2 MÉTODOS....................................................................................................................46
2.1 Tipo do trabalho............................................................................................................46
2.2 Coleta de dados.............................................................................................................46
2.3 Amostra.........................................................................................................................47
2.4 Recursos........................................................................................................................47
3 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................48
4 OUTRO CAPÍTULO....................................................................................................49
4.1 Nonon nonon.................................................................................................................49
4.1.1 Nonon nonon nononon..................................................................................................49
4.2 Nonon nonon.................................................................................................................49
4.3 Nonon nonon.................................................................................................................50
5 OUTRO CAPÍTULO....................................................................................................51
5.1 Nonon nonon nononon nonononon...............................................................................51
5.1.1 Nonon nonon nononon nonononon...............................................................................51
5.2 Nonon nonon.................................................................................................................51
5.3 Nonon nonon.................................................................................................................52
5.4 Nonon nonon.................................................................................................................52
5.4.1 Nonon nonon nononon nonononon...............................................................................52
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................53
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................54
REFERÊNCIAS........................................................................................................................55
APÊNDICE A – Quando é elaborado por você........................................................................56
ANEXO A– Quando é de outra pessoa.....................................................................................57
14
INTRODUÇÃO
APRESENTAÇÃO
disciplinas serviu de apoio dentro daquilo que cada processo da energia solar utiliza em
concordância e abordagem dos assuntos assistidos em sala e laboratórios, envolvendo
Eletrônica de Potência, Eletrônica Analógica, Eletrônica Digital e Máquinas Elétricas.
PROBLEMA DE PESQUISA
Mediante a situação atual do Brasil em que qualquer habitante desse país de terceiro
mundo têm enfrentado, é necessário urgentemente fazer uma mudança nessa ótica da nação,
onde a demanda energética, mesmo sendo a longo prazo, colabore para que a economia e o
reconhecimento da nação alcance um grande patamar. E também seja visto e incluso num
processo global que há muito tempo vem tentando adaptar-se a ele: desenvolvimento e
sustentabilidade.
Do final do ano de 2014 até o presente momento da execução deste projeto, a nação
brasileira tem se deparado com o racionamento de água e energia elétrica. O plano do governo
já entrara em ação em outros anos também. As grandes cidades do país passavam horas
noturnas no blackout total. Quem não se lembra das reportagens de centros hospitalares em
crise, com pacientes, muitas das vezes indo à óbito? E hoje essa situação tem cooperado para
o aumento do valor do quilowatts/horas tarifado na conta de energia.
Por causa da grande seca notória, com falta de longos períodos de chuvas, os sistemas que
abastecem as hidrelétricas do país, apresentam-se abaixo do nível de captação. De acordo com
a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o Sistema Cantareira,
principal manancial de São Paulo, está operando com apenas 18,9% de sua capacidade. Isso
devido à chuva do dia 30 de março, depois de um longo tempo de estiagem, por que senão, o
nível seria bem menor.
Qual alternativa para se dividir essa enorme responsabilidade que as hidrelétricas têm
em suprir a demanda energética do país, de forma que esse quadro atual da nação não culmine
na alta crescente do preço da energia elétrica? Qual o processo que resulta zero de poluição ao
meio ambiente, poluição sonora, resíduos biodegradantes e até mesmo evitar a despovoação
de ecossistemas, e principal, que seja renovável?
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OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVO ESPECÍFICO
A solução prevista foi associar leds e transistores. Mas os testes mostraram que
ambos não associam-se corretamente. E a resposta a este resultado só obtive com a ajuda e
conselhos do Prof. Paulo Babu da Escola Galileu de São José do Rio Preto. Como será feito
futuramente, o professor me indicou fazer o uso de leds de alta potência azul, de preferência
esses que se encontram em painéis de emergência.
Como o projeto vigente tem o objetivo de dar a continuidade dos testes e pesquisas,
como dito anteriormente, será feito a aquisição desses leds azuis ou algum outro de alta
potência para enfim produzir uma célula mais eficiente.
Para finalizar, foi sugerido pelo orientador a compra de uma placa solar convencional
para efeitos de estudos, testes e apresentação ao público alvo desse projeto, já que a região de
Catanduva apresenta pouco conhecimento da mesma. Esta foi adquirida, respondendo com
grande eficiência e sendo apresentada na Feira de Automação.
JUSTIFICATIVA
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
no país.
O gráfico que se segue traz uma perspectiva da eficiência energética com base no
ano de 2008 a nível mundo, Brasil e estado de São Paulo.
2
O site da panorama comerc foi criada como uma newsletter (canal de comunicação com clientes) em 2008, com
a proposta de selecionar e analisar os principais indicadores do mercado de energia do país para que o público
pudesse acompanhar o vai e vem do mercado.
21
Partindo do subtítulo deste tópico entende-se fonte como um recurso que pode
fornecer ou gerar algum elemento ou fator para a sociedade, nesse caso fontes de geração de
eletricidade. E renováveis por terem ordem característico de reposição natural, mesmo sendo
retirado da natureza, essa mesma se encarrega de cobrir as lacunas deixadas.
As fontes de energia renováveis foram definidas por Jannuzzi e Swisher (1997, p. 9),
como aquelas que, em curto prazo, a utilização humana não causa mudanças significativas na
sua reposição e nos potenciais de uso, com garantia certa de renovação.
1.2.1 Hidráulica
De uma maneira geral entende-se que através de algum evento que force a água a um
brusco movimento, desencadeia-se a movimentação de pás de uma turbina e que devido essa
energia motriz, essas pás ligadas a um eixo oferece condição para que o rotor ao girar no
interior de um estator que está imantado, crie um campo eletromagnético, sendo enviado as
linhas de transmissão.
A Itaipu Binacional3 (2013) define energia hidráulica como a proveniente do
aproveitamento da energia cinética gravitacional da água contida numa represa elevada. A
represa é feita pela construção de uma barragem em um rio, formando um lago artificial que
tem duas principais funções: elevar o nível de água para o aumento da energia potencial e
acumular água.
A ANEEL4 (2005) explica que uma usina hidráulica é formada por barragem,
sistema de captação e adução de água, casa de força e vertedouro, que trabalham em conjunto
e de maneira integrada. O sistema de captação e adução de água são túneis que transportam a
água até a casa de força, onde estão localizadas as turbinas, que são formadas por pás ligadas
3
A Itaipu Binacional é uma entidade binacional pertencente à República Federativa do Brasil e à República do
Paraguai. Foi constituída pelo Tratado de Itaipu para a operação da usina hidrelétrica. Seu aspecto de empresa
jurídica de direito privado binacional deve-se às ordens jurídicas de ambos os países às quais está submetida. Ao
lado da Alcântara Cyclone Space, são as duas únicas organizações no Brasil que são classificadas como
"Empresa Binacional" em relação à natureza jurídica.
4
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é uma autarquia (poder absoluto) sob regime especial
(Agência Reguladora), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com sede e foro no Distrito Federal, com a
finalidade de regular e fiscalizar a produção, transmissão e comercialização de energia elétrica, em conformidade
com as políticas e diretrizes do governo federal. A ANEEL foi criada em 1996, pela Lei nº 9.427, de 26 de
dezembro de 1996, durante o primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso.
22
a um eixo, a água faz o eixo girar que através de geradores produzem a energia elétrica. O
vertedouro deixa passar o excesso de água na barragem.
Para se represar o rio é necessário fazer a construção da barragem, todavia, esse
processo causa alagamentos que ocupam uma grande área e afeta a vegetação, a fauna e
expulsam os moradores locais. Um grande exemplo é a construção da maior barragem do
mundo, a de Três Gargantas na China, que provocou a relocação de um milhão de pessoas.
(RONCAGLIO; JANKE, 2012, p. 62; MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - BRASIL,
2013).
Segundo a ANEEL (2005), estas usinas podem ser de grande ou de médio porte ou
uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH). As PCHs tem uma potência instalada entre 1,1 MW
e 30 MW, e se a potência instalada estiver acima de 30 MW ela é denominada Usina
Hidrelétrica de Energia (UHE).
As PCHs geram menos impacto ambiental e se prestam à geração descentralizada,
mas tem o custo maior de energia e em época de estiagem pode ocorrer ociosidade das
turbinas (PORTAL PCH5, 2013).
No Brasil, 69,7% da potência de geração elétrica é formada por energia hidráulica,
isso equivale a uma potência instalada de 84.294 MW, distribuída em 1.064 usinas
(MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA6 - BRASIL, 2013).
1.2.2 Biomassa
5
O Portal PCH é um site para anunciar produtos ou serviços que serão vistos por um público especializado na
geração de energia elétrica, principalmente pela geração de energia através de Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCH´s), com grande poder de decisão de compra e especificação.
6
O Ministério de Minas e Energia (MME) foi criado em 1960. E os assuntos de Minas e Energia eram de
competência do Ministério da Agricultura. Em 1990, extinguiu-se o MME e transferiu-se suas atribuições ao
Ministério da Infraestrutura, que também passou a ser responsável pelos setores de transportes e comunicações.
O Ministério de Minas e Energia voltou a ser criado em 1992. Em 2003, a Lei n° 10.683/2003 definiu como
competências do MME as áreas de geologia, recursos minerais e energéticos; aproveitamento da energia
hidráulica; mineração e metalurgia; e petróleo, combustível e energia elétrica, incluindo a nuclear. A atual
estrutura do Ministério foi regulamentada pelo decreto n° 7.798, de 12 de setembro de 2012.
23
1.2.3 Eólica
da densidade do ar, da área coberta pela rotação das pás (hélices) e da velocidade do vento.
A primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica entrou em operação na
Dinamarca em 1976 (ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012, p. 139).
Segundo a Word Wind Energy Association (WWEA) 8 (2013), em 2012, havia no
planeta 282 GW instalados em centrais eólicas, sendo 75,3 GW na China, 59,9 GW nos EUA
e 31,0 GW na Alemanha.
Uma usina de energia eólica precisa ser instalada em localizações que possuam
ventos superiores a 7 m/s, e a altura da torre deve se situar entre 60 a 100 metros. A grande
vantagem da energia eólica é que não há consumo de combustível, portanto não há a liberação
de gases que poluem a atmosfera, esta energia é considerada abundante, renovável, limpa e
disponível em muitos lugares. Os pontos negativos da energia gerada pelo vento são a
poluição visual, acidentes com aves, geração de ruídos e interferências eletromagnéticas, o
custo da energia (considerada uma energia cara) e a dependência da intensidade dos ventos
(ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012, p. 139).
Estima-se que o Brasil tenha um potencial de geração de energia eólica de 143 GW,
sendo 52% de todo este potencial localizado na região nordeste (ROSA; FRACETO;
MOSCHINI-CARLOS, 2012, p. 140).
Segundo o Ministério de Minas e Energia - Brasil (2013) até o final de 2012 o Brasil
possuía 84 usinas eólicas, com uma potência instalada de 1.886 MW.
1.2.4 Solar
8
A Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA) é uma associação internacional sem fins lucrativos que
representa a energia eólica a nível mundial, com membros em 100 países, entre eles as principais associações de
energia eólica nacional e regional. A organização trabalha para a promoção e implantação mundial da tecnologia
da energia eólica e defende um futuro de sistemas energéticos baseados em energias renováveis. Fundada em
2001 na Dinamarca.
25
As células solares captam a radiação do sol e utilizam os fótons da luz para gerar
eletricidade.
Essa eletricidade, que está em corrente contínua e é variável, passa pelos inversores
para que seja convertida em corrente alternada.
Depois de passar pelo inversor, a eletricidade solar poderá ser usada para alimentar
os aparelhos elétricos da residência. E, se nem toda a eletricidade for consumida, o excedente
é lançado na rede.
Segundo a ANEEL (2005), aproveita-se a energia solar de diversas maneiras, ela
pode-se ser utilizada para aquecimento solar passivo, que é quando a energia solar entra e é
absorvida pela edificação, fazendo assim o aquecimento e a iluminação do espaço sem a
utilização de energia elétrica, sendo ela melhor aproveitada utilizando-se técnicas
arquitetônicas apropriadas.
A energia solar também pode ser aproveitada para o aquecimento de fluidos com a
utilização de coletores solares. Utilizadas em residências, edifícios públicos e comerciais,
hospitais, restaurantes, hotéis e similares são usualmente utilizadas para o aquecimento da
água, a temperaturas inferiores a 100ºC, destinadas à higiene pessoal e lavagem de utensílios e
ambientes (ANEEL, 2005; MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - BRASIL, 2013).
O Instituto Vitae Civilis (2013)9 estima que a quantidade de energia elétrica usada
atualmente no Brasil para aquecimento residencial de água em chuveiros e aquecedores
elétricos de acumulação (boilers) é superior a 5% do consumo total do país, e enfatiza a
importância desta tecnologia.
As usinas ou plantas termo solares são um outro tipo de aproveitamento da energia
solar. Esta tecnologia utiliza os raios do sol para aquecer um fluido, que por sua vez, esquenta
a água até que ela vire vapor e a pressão causada por ele gere a energia mecânica necessária
para girar as turbinas acopladas a um gerador convencional que produzirá a energia elétrica.
Para se obter altas temperaturas utilizam-se concentradores que concentram a luz solar para
melhorar o aquecimento (STANO JÚNIOR; TIAGO FILHO, 2007, p.18).
9
O Vitae Civilis – Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz, é uma organização civil sem fins
lucrativos cujo objetivo é contribuir para a construção de sociedades sustentáveis, mediante o apoio à
implementação participativa de políticas públicas integradas. Tem como meta desde sua fundação em 1989, a
partir de um grupo de voluntários empenhados na redemocratização do país e sonhadores do desenvolvimento
sustentável, entendendo que o homem não é aparado do meio em que vive e vice versa.
26
E como foco principal dessa monografia, apresentar a utilização dos raios solares
para a produção de energia elétrica diretamente, a partir da geração solar fotovoltaica. A
radiação solar pode ser diretamente convertida em energia elétrica, por meio dos fótons
presentes na radiação solar (luz) incidentes sobre determinados materiais, particularmente os
semicondutores. Este sistema não emite dióxido de carbono, além de ser uma geração
distribuída, ou seja, não necessita de investimentos governamentais em linhas de transmissão,
mas a energia fotovoltaica ainda é considerada uma tecnologia cara (MINISTÉRIO DO
MEIO AMBIENTE - BRASIL, 2013; RONCAGLIO; JANKE, 2012, p. 64).
Ao contrário das renováveis em que a própria natureza repõe essas fontes, as não
renováveis necessitam tanto de uma grande atenção quanto um tempo bem maior para sua
reposição, por ser tratar da manipulação de elementos químicos às vezes escassos, ou de
fósseis e minerais, que são resultados de milhares de anos da decomposição de restos mortais
de espécies.
As fontes de energia não renováveis são aquelas que, segundo Jannuzzi e Swisher
(1997, p. 9), tem uma reposição na natureza extremamente lenta, e esta reposição ocorre sob
condições muito específicas.
1.3.1 Nuclear
A energia nuclear, segundo Murray (2004, p. 202), começou a ser usada como fonte
de energia, com aplicações pacíficas, em 1955 para alimentar um submarino nuclear. Em
1957 o reator foi adaptado e criou-se a primeira usina nuclear comercial na Pensilvânia, nos
EUA. Esta usina possuía uma potência de saída de 60 MW.
A Eletrobrás10 (2013) define energia nuclear como a transformação de massa em
energia que ocorre através de reações nucleares em alguns elementos químicos, de forma
natural ou induzida por meio de técnicas específicas. A produção de energia pode se dar por
dois métodos: fissão nuclear, onde ocorre a divisão do núcleo atômico em duas ou mais
partículas, e a fusão nuclear, na qual há a união de dois ou mais núcleos, formando um novo
elemento, sendo o primeiro método o mais utilizado.
A energia nuclear não produz gases tóxicos nem gases que contribuem para o efeito
estufa e a matéria prima possui um baixo custo (ELETROBRAS, 2013).
Apesar dos benefícios com a energia nuclear, acidentes podem ocorrer como em
Three-Mile Island, nos EUA, em 1979, Chernobyl, União Soviética, em 1986 e Fukushima,
no Japão, em 2011. O vazamento de radiatividade contaminará de forma letal e por um longo
período de tempo toda a região, com efeitos incalculavelmente trágicos. (MONTALVÃO,
2012, p. 9 e 10).
10
A Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. é uma sociedade de economia mista e de capital aberto sob
controle acionário do Governo Federal brasileiro e atua como uma holding, dividida em geração, transmissão e
distribuição de energia. Criada em 1962 para coordenar todas as empresas do setor elétrico.
28
1.3.2 Fósseis
1.3.4 Petróleo
Frota e Schiffer (2007, p. 53) definem radiação solar como a energia eletromagnética
emitida pelo Sol que chega à Terra após parte dela ser absorvida pela atmosfera, e é
caracterizada por ser uma onda curta. A maior influência da radiação solar é na distribuição
da temperatura do globo. As quantidades de radiação variam em função da época do ano e da
latitude. Este fenômeno pode ser melhor elucidado se for examinado o movimento aparente
do Sol em relação à Terra.
A parte dessa radiação solar que atravessa a atmosfera por ser transparente e chega à
superfície terrestre é absorvida, e parte dessa energia absorvida é irradiada novamente, mas
como a temperatura da superfície da Terra é inferior que a do Sol, a energia é emitida em
ondas de baixa frequência, chamadas de ondas longas (HEWITT, 2004, p. 317).
O conjunto de todas as formas de radiação solar, radiação de onda curta, é chamado
de espectro solar. Ele é dividido em três parcelas: ultravioleta, luz ou espectro visível e
infravermelho. A luz ultravioleta tem comprimento de onda menor que 400 nm, é invisível e
representa 2% da energia solar. A luz ou espectro visível é a que permite aos seres humanos
ver, tendo comprimento de onda de 400 nm a 700 nm e representa 45% da energia solar. A
última parcela é a infravermelha, que representa 53% da energia solar, tem comprimento de
onda de 700 nm a 3000 nm, e, assim como a ultravioleta, é invisível. As três parcelas, quando
absorvidas, viram calor, mas apenas a luz é energia luminosa (BAUER, 1994).
A parcela de radiação solar que atravessa a atmosfera sem sofrer mudança na sua
distribuição espectral é chamada de radiação solar direta. Esta parcela chega à superfície
terrestre em feixes aproximadamente paralelos. Quando há a mudança na distribuição
espectral da radiação pela atmosfera terrestre ela é chamada de radiação solar difusa, ou seja,
a direção da onda é mudada pelos processos de reflexão e refração quando a radiação solar
atravessa a atmosfera. A soma da radiação solar direta com a radiação solar difusa é chamada
de radiação solar global ou total, pois ela representa a totalidade da radiação solar que atinge a
superfície da Terra (VICTORIA, 2008).
30
O país apresenta uma boa área de incidência solar, devido ao seu clima equatorial,
tropical e subtropical e a localização no hemisfério sul. E conforme estatísticas, os horários de
pico compreendido das 14:00 ás 17:00 horas, têm apresentado maiores gastos de energia,
tanto em indústrias quanto residências, e exatamente dentro desse intervalo a luminosidade
31
possuem três elétrons na banda de valência, e neste caso, são chamados de dopante P ou
impureza P; essa dopagem é denominada dopagem do tipo P.
Mesmo com dopagem, o silício continua com carga neutra, pois a quantidade de
elétrons e de prótons é a mesma. Entretanto, quando o silício do tipo N é posto em contato
com o silício do tipo P, os elétrons livres do material com dopagem do tipo N preenchem as
lacunas do material com dopagem do tipo P. Logo, a camada do tipo N, que cedeu elétrons,
fica positivamente carregada; a camada do tipo P, que recebeu elétrons, fica negativamente
carregada. Essas cargas aprisionadas dão origem a um campo elétrico permanente que
dificulta a passagem de mais elétrons da camada N para a camada P. Este processo alcança
equilíbrio quando o campo elétrico forma uma barreira de potencial capaz de impedir o fluxo
dos elétrons livres remanescentes no lado N. Está criada a junção PN (ABREU; OLIVEIRA;
MALLET-GUY GUERRA, 2010, p. 284).
Nessa situação, o efeito fotovoltaico pode ocorrer. Quando um elétron da camada P
recebe energia externa suficiente do fóton da luz solar incidente na junção PN, ele move-se
para a banda de condução e cria o par elétron-lacuna. O campo elétrico existente força o
deslocamento desse elétron para a camada N, não permitindo o seu retorno, e,
simultaneamente, repele a lacuna para o extremo oposto da camada P. Criada a condição de
circulação de corrente elétrica no interior do material semicondutor dopado, a simples
colocação de contatos elétricos nas duas extremidades do material permite à tensão elétrica
existente entre elas originar corrente elétrica, que produzirá os efeitos desejados na carga
externa. Essa é a base do funcionamento das células fotovoltaicas (ABREU; OLIVEIRA;
MALLET-GUY GUERRA, 2010, p. 284).
SiO2 + 2C = Si + 2CO
O produto resultante deste processo é o silício com uma pureza de 98%, porém para
ser utilizado nas células fotovoltaicas o elemento necessita estar com uma pureza de
99,9999%. Para chegar à pureza necessária, o silício é submetido ao processo de purificação
onde ele é tratado quimicamente para a obtenção do nível de pureza necessário (MUÑIZ;
GARCÍA, 2006, p. 69).
Para se utilizar o silício nas células fotovoltaicas, o material deve ter algumas
características, além do alto grau de pureza, como a baixa densidade de defeitos. O processo
usualmente usado para se chegar às qualificações desejadas é chamado "Processo
36
Czochralski". Neste processo o silício é fundido junto com uma pequena quantidade de
dopante. Após o material estar totalmente fundido, é introduzido uma haste que põe-se em
movimento de rotação e o silício se solidifica em torno dela formando um cilindro (MUÑIZ;
GARCÍA, 2006, p. 70).
O cilindro é dividido em vários discos de aproximadamente 0,3 mm de espessura.
Neste disco são introduzidas as impurezas do tipo N de forma a obter a junção PN. A
superfície resultante é lisa e reflete parte da radiação que deveria estar sendo usada para a
produção de energia, portanto é criada uma superfície rugosa em forma de pirâmides
microscópicas que os raios refletidos se choquem contra outra pirâmide (MUÑIZ; GARCÍA,
2006, p. 70 e 71).
Em seguida são formados os contatos metálicos, ou seja, é este processo que se
constrói a conexão elétrica da célula com o circuito externo. O método mais utilizado para
este processo é o processo químico de deposição por troca iônica de níquel (RAMOS, 2006,
p. 35 e 36).
Por último é aplicada uma película anti-refletora com a finalidade de se conseguir um
aumento na eficiência. Com este método, juntamente com texturização, a perda é de 8 a 10%.
(MUÑIZ; GARCÍA, 2006, p. 72).
As células de silício monocristalino apresentam um altíssimo grau de pureza e
possuem uma eficiência de conversão energética testada em laboratório de aproximadamente
24%. (GHENSEV, 2006, p. 90).
O arseneto de gálio é composto pela mistura do gálio com o arsênio. O gálio é um
elemento raro, mais do que o ouro, e é formado da fusão do alumínio com o zinco. Já o
arsênio não é um elemento raro e é considerado tóxico. Este material é apropriado para a
manufatura de elementos em estrutura multi-junção e possuem um alto índice de eficiência de
conversão energética, alcançando a faixa de 25 a 30%. Pouco utilizadas devido ao preço
muito elevado da matéria prima (GHENSEV, 2006, p. 94).
O telureto de cádmio é composto de telúrio, um semimetal relativamente raro e
tóxico, e o cádmio, subproduto da extração do zinco e é escasso e tóxico. As células
fotovoltaicas construídas com telureto de cádmio são constituídas por uma estrutura tipo
heterojunção, ou seja, são compostas por diversas faixas, entre elas, o vidro, um óxido redutor
transparente, sulfato de cádmio e, o telureto de cádmio e um contato traseiro (geralmente o
ouro ou o alumínio). Apresenta eficiência de conversão energética com índices maiores que o
Silício Amorfo (a-Si) (GHENSEV, 2006, p. 95, 96, 98 e 99).
Segundo Ghensev (2006, p. 100 e 102), o disseleneto de cobre e índio é formado
37
principalmente por cobre, índio e selênio, que são compostos estáveis e variando a
porcentagem de cada elemento obtêm-se propriedades semicondutoras. Possuem eficiência de
conversão energética entre 9 a 10% e em ambiente laboratorial de 18%. Possuem uma longa
vida útil, e assim como as células fotovoltaicas de telureto de cádmio são constituídas por
uma estrutura tipo heterojunção.
Com os testes experimentais realizados pelo próprio autor o uso do arsenieto de gálio
contido dentro dos leds de alto brilho vermelho apresentou eficiência de aproximadamente 1,6
volts cada, mas com baixíssima corrente. É importante deixar claro que apenas a parte
superior do filamento do componente é feito de arseneto de gálio.
De acordo com as leis da física, a associação em série de componentes dos quais
desejam-se obter eficiência aumentará a tensão e em paralelo o aumento é na corrente. Mas
como já citado, a potência fornecida foi insignificante, devido à baixa microamperagem. Num
dos próximos tópicos será abordado abrangentemente assuntos pertinentes à lei de ohm e
potência.
Sabe-se que o uso do arseneto de gálio para geração de energia está disponível
somente para satélites espaciais, devido a sua alta eficiência já citada, e também ao seu alto
preço de investimento requerido, pois seus elementos de composição, o arsênio e o gálio são
raros, até mesmo mais que o ouro.
Porém, devido as diversas pesquisas de alternativas dentro de fontes que captem os
fótons solares, chegou-se ao conhecimento de células solares montadas a partir de leds de alto
brilho vermelho de 5mm. O encapsulamento do componente é transparente, mas esse brilho
vermelho é devido ao arsenieto de gálio, que mediante pesquisas laboratoriais apresentou a
emissão de luz vermelha, e maior eficiência em relação a qualquer outro semicondutor.
Os leds que são diodos emissores de luz, têm demonstrado uma grande eficiência no
mercado, pois além de estarem substituindo as lâmpadas convencionais devido ao seu menor
gasto, luminosidade e aquecimento, o seu vasto uso em projetos eletrônicos, o tem permitido
ser utilizado como receptores de luz, mais precisamente a luz solar, e como já descrito nesse
projeto, da mesma forma que as células de silício, em que ao interceptar os raios solares, faz
com que ocorra um deslocamento dos elétrons do semicondutor, concisamente da dopagem
tipo N em que o elétron por ser repelido cria o campo elétrico, condição para energizar-se
38
11
A Usinainfo (Usina) é a maior loja virtual de peças e ferramentas para câmeras digitais e equipamentos
eletrônicos do Brasil, lugar de destaque que foi conquistado com muito esforço e dedicação. Seu início foi por
volta do ano 2000, atuando com lan house e consertos de equipamentos eletrônicos na Região das Missões,
Estado do Rio Grande do Sul, mais precisamente na Cidade de Santo Ângelo.
39
Outro componente que tem apresentado excelente eficiência tanto como emissor de
luz quanto receptor, sendo capaz de captar as radiações solares é o led de alta potência. Esse
diodo, como também é conhecido um led (diodo emissor de luz), apresenta desempenho bem
maior que o de alto brilho vermelho, pois a estrutura dentro do seu invólucro são de
compostos mais nobres.
No seu interior como base para todo o material que é depositado em camada, tem-se
uma aleta de dissipação de calor feita de óxido de alumínio (Al2O2), logo acima uma
composição com o nome de Nitreto de Gálio crescente sobre Silício (GaN:Si) e num contínuo
empilhamento GaN e depois InGaN (Nitreto de Índio com Nitreto de Gálio). Os dois últimos
vão se repetindo até certo ponto, quando então é depositado GaN:Mn (Manganês) e para
finalizar é colocada uma película de ouro macio (Ni/Au), para evitar a oxidação das
substância que estão por baixo.
Toda essa composição é envolta numa cápsula de silicone, e esta, numa lente de
plástico. Quando os terminais desse led é alimentado, emite-se uma luz de cor azul, devido ao
GaN. O motivo para a luz branca que se vê em leds dessa categoria, é em razão das novas
adaptações de se inserir uma pequena camada de fósforo de cor amarela, logo depois de todo
composto já pronto.
Figura 8 – Modelo da pastilha de silício de um LED branco
1.7 Eletroeletrônica
V=R.I
esse fator faz com que a corrente eleve seu valor ao quadrado. O aquecimento então gerado é
dissipado para fora, ou para algum meio que esteja conectado a esse sistema em forma de
trabalho, ou ainda, em potência.
A essa reação denomina-se Lei da Potência e suas fórmulas mais utilizadas são:
P=R.I2 ou P=V.I
É importante também ressaltar que tanto com a célula caseira como com a
convencional (industrial), fazendo-se ligações em série onde é ligado o terminal positivo de
uma placa ao negativo de uma segunda e assim sucessivamente ter-se-á um aumento de
tensão e mesma corrente, porém ligando em paralelo, positivo com positivo e negativo com
negativo, o aumento será na corrente e mesma tensão.
Segundo Almeida (2012, p. 41), toda célula fotovoltaica possui uma curva
característica de corrente versus tensão (I x V), nesta curva pode-se detectar alguns pontos
importantes como:
A tensão de circuito aberto (Voccélula), que ocorre quando a corrente e potência são
zero;
A corrente de curto-circuito (Isccélula), que ocorre quando a tensão e potência são zero;
O ponto de máxima potência (PMPcélula), que ocorre quando a tensão, é tensão de
máxima potência (VMcélula);
A corrente (IMcélula), é a corrente de máxima potência;
E a potência (PMcélula), é a potência máxima, como mostra o gráfico 3;
43
Pode-se traçar também uma curva característica de potência versus tensão (P x V),
onde é fácil observar o ponto de máxima potência no ápice da curva, mostrado no gráfico 4.
Controle de descarga com o desligamento da saída para evitar descarga das baterias
abaixo de valores seguros;
Monitoramentos do Sistema feito por medidores digitais ou analógicos, leds
indicadores ou alarmes de advertência;
Proteção contra sobre corrente, através de fusíveis ou disjuntores;
Opções de montagens embutidas, montagens em paredes, e sistema de proteção para
uso interno ou externo;
Controle automático de cargas secundárias, ou controle de lâmpada, bombas d’água ou
outras cargas como temporizadores ou chaveamentos;
Compensação de temperatura, necessário quando as baterias são instaladas em um
área não climatizada. A tensão de carga é ajustada em função da temperatura
ambiente;
PWM – Método de carga muito eficiente, que mantem uma bateria em sua carga
máxima e minimiza a sulfatação da bateria, por meio de pulsos de tensão de alta
frequência;
MPPT – Moderno sistema de carga, projetado para extrair a máxima energia possível
de um módulo solar, através da alteração de sua tensão de operação para maximizar a
potência de saída.
Os controladores são dimensionados em função da corrente dos módulos e da tensão
de operação do sistema. As tensões de operação mais comuns são 12, 24 ou 48V, e a corrente
de operação entre 1 e 60A.
Como exemplo, suponha um sistema com dois módulos fotovoltaicos que produzem
cada um 7,45A. Os dois módulos produzirão juntos 14,9A. Em situações especiais de
insolação poderá haver um aumento da corrente total produzida. Na prática deve-se aumentar
a capacidade de corrente em 25%, o que elevará para 18,6A. Será então utilizado um
controlador de 20A neste caso, que é o valor mais próximo comercialmente disponível. No
exemplo não há problema em se utilizar um controlador de 30A ou maior, a menos da questão
custo. Caso seja necessário aumentar a capacidade de seu sistema no futuro, é sugerido
considerar um controlador com a capacidade de corrente sobre dimensionada.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Estabelecer as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração
distribuídas aos sistemas de distribuição de energia elétrica e o sistema de compensação de
energia elétrica.
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A Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica (EPIA) representa usuários ativos ao longo de toda a energia
solar fotovoltaica, a partir do uso de silício, células e módulos de produção de sistemas de desenvolvimento e
geração de eletricidade fotovoltaica, bem como marketing e vendas. A missão da EPIA é dar a seus membros
globais uma voz distinta e efetiva no mercado europeu, especialmente na União Europeia. A EPIA é um membro
fundador do Conselho Europeu de Energia Renovável (EREC), Aliança para a Eletrificação Rural (ARE) e
também do Programa Internacional Energy Agency Photovoltaic Power Systems (IEA-PVPS) e EUFORES
(Fórum Europeu de fontes de energia renováveis).
48
III - sistema de compensação de energia elétrica: sistema no qual a energia ativa injetada por
unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por
meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com o
consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora ou de outra unidade
consumidora de mesma titularidade da unidade consumidora onde os créditos foram gerados,
desde que possua o mesmo Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro de Pessoa Jurídica
(CNPJ) junto ao Ministério da Fazenda. (ANEEL, 2012.) (NELSON JOSÉ HÜBNER
MOREIRA)
2 METODOLOGIA
2.1 Natureza
2.2 Objetivos
Do ponto de vista dos objetivos, esse projeto se refere a uma pesquisa explicativa,
buscando identificar os fatores que determinam fenômenos, explica o porquê das coisas,
assume em geral as formas de pesquisa experimental. Segundo Gil (2008), pesquisa
experimental é aquela em que se determina um objeto de estudo, selecionam-se variáveis que
o influenciam, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que as essa
variáveis produzem no objeto.
Através da montagem de protótipos para efeitos de testes experimentais a pesquisa
explicativa ganha um diferencial, pois o porquê de certos fatores e acontecimentos não ficam
somente no papel, mas demonstram na prática o comportamento físico de tais.
O método utilizado para obtenção dos dados para a questão problema foram em visão
do momento socioeconômico e ambiental atual que o país se apresenta. Através de veículos
51
2.4 Amostra
2.5 Recursos
Para a elaboração deste projeto foram utilizados diversos recursos e fontes como
livros acadêmicos e científicos. As páginas de sites de empresas envolvidas com a tecnologia
solar, como também vídeos tutoriais relacionados.
Com a compra dos leds e transistores e também a doação de alguns destes e mais os
fios pela Fatec Catanduva, foi possível realizar a confecção dos protótipos solares, entre
outros materiais reciclados como papelão e tampas plásticas (polipropileno).
A Fatec também disponibilizou a sala dos alunos auxiliares do corpo docente para
que parte da plaquinha fosse montada, com o uso de uma pequena morsa e uma retificadora
para que fosse retirado o capacete dos transistores.
E é claro, não pode ficar no esquecimento o próprio sol, que cedeu seus fótons
luminosos para que o principal objetivo dos testes pudesse ser atendido.
52
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Teoria
3.2 Prática
Quanto a parte prática, como já citado em outros tópicos, com a busca de algo
diferente para sanar-se a questão do preço das placas convencionais, a curiosidade em vídeos
que diziam sobre a possibilidade do uso de leds de alto brilho vermelho e transistores de alta
potência para gerar-se energia através do sol, culminou-se na aquisição destes e na montagem
53
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
com enormes cata-ventos, logo, da mesma maneira que as hidrelétricas, essa alternativa
acarreta no isolamento de áreas e para isso é feito o desmatamento de certas áreas ou o
despovoamento, além também do abatimento dos pássaros que passam pelas hélices.
Numa comparação de pontos negativos, a energia eólica apresenta 3 contra 0 da solar
quando comparada em relação aos painéis residenciais. O porquê dessa situação é em razão de
que para se obter uma eficiência de energia pela força dos ventos, é preciso a construção dos
parques eólicos, enquanto a solar com apenas 1m2 a eficiência já é garantida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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