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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE CATANDUVA

WILLIAN DA SILVA PAULINO

POLÍTICA DE INCENTIVO AO USO DA ENERGIA SOLAR:


VIABILIDADE CONTÍNUA DOS PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

CATANDUVA/SP
2015
WILLIAN DA SILVA PAULINO

POLÍTICA DE INCENTIVO AO USO DA ENERGIA SOLAR:


VIABILIDADE CONTÍNUA DOS PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

Trabalho de Graduação (relatório técnico) apresentado à


Faculdade de Tecnologia de Catanduva para obtenção
do grau de Tecnólogo em Automação Industrial, sob a
orientação do Prof. Me. José Achiles Mozambani.

CATANDUVA/SP
2015
S6778
Paulino, Willian.
Política de incentivo ao uso da energia solar: viabilidade contínua dos
painéis fotovoltaicos / Willian da Silva Paulino. – Catanduva: FATEC,
2015.
29f.

Orientador: Prof. Me. José Achiles Mozambani.


Trabalho de Graduação (relatório técnico) (Curso de Tecnologia em
Automação Industrial) – Faculdade de Tecnologia de Catanduva, 2015.

1. Palavra chave. 2. Palavra chave. 3. Palavra chave. I. Paulino,


Willian da Silva. II. Mozambani, José Achiles. III. Faculdade de
Tecnologia de Catanduva. IV. Título.
WILLIAN DA SILVA PAULINO

POLÍTICA DE INCENTIVO AO USO DA ENERGIA SOLAR:


VIABILIDADE CONTÍNUA DOS PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

__________________________________________
Prof(a). ________________________
FATEC-Catanduva
Orientador(a)

_________________________________________
Prof(a). ___________________________
FATEC-Catanduva
Avaliador(a)

_________________________________________
Prof(a). ___________________________
FATEC-Catanduva
Avaliador(a)
Trabalho de Graduação (relatório técnico) apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Catanduva para obtenção
do grau de Tecnólogo em Automação Industrial, sob a
orientação do Prof. Me. José Achiles Mozambani.

Aprovação em: dd/mm/aaaa


Dedico este trabalho ao meu pai e minha mãe
espiritual, Pr. Elias e Pra. Benedita, que têm
sido muito mais do que pais, sendo amigos,
conselheiros e mentores...
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo fôlego de vida, por ser meu o Senhor, Pai e por
suas misericórdias infinitas que através de sua vontade plena até aqui tem me guiado, ajudado
e sustentado.
Agradeço ao ilustríssimo professor, mestre e meu orientador José Achiles
Mozambani, pela ideia que comigo partilhou, a qual difundiu na projeção deste relatório
técnico e testes de pesquisas experimentais, trazendo-me conhecimento e enriquecimento. Por
materiais fornecidos, novas ideias que pudessem implementar o projeto e fontes de pesquisas.
Não posso deixar de agradecer também ao professor Wellington, que com muita
paciência por dois semestres sempre esteve me orientado da melhor maneira possível, com
ideias, técnicas, recursos que viessem tornar o presente relatório de alto nível acadêmico.
Aos demais professores que desde do início do curso cooperaram para um
conhecimento constante, que a partir de certas peculiaridades de suas disciplinas, pude obter
uma grande bagagem, resultando no que se segue e também para experiências futuras.
Ao meu paizão espiritual, Pr. Elias, que muito me incentivou, me ajudou em orações
e sempre se interagia comigo em relação a faculdade.
Aqueles que de forma direta ou indiretamente corroboraram, o meu muito obrigado.
RESUMO

Devido à escassez dos principais reservatórios do país, o aumento na tarifa da energia elétrica
foi inevitável. Porém, mesmo que pequenas, já existem políticas de incentivo ao uso da
energia solar, com empresas que já comercializam desde pequenas células até grandes painéis
fotovoltaicos. Todavia o custo de compra e instalação dos componentes ainda são altos, não
só por causa da sua complexidade de construção e dimensionamento, mas também por serem
poucas as empresas com esta tecnologia, ficando assim restrito a um público bem menor de
consumidores, à classe alta. Com objetivo inicial, esse relatório se incumbirá numa política de
incentivo e ampliação da tecnologia fotovoltaica, atingindo órgãos governamentais e afins
para a atenção e investimentos da mesma. Com empresas, governo e sociedade trabalhando
em conjunto, esse recurso será de custo mais acessível, e o país, desenvolver-se-á de forma
sustentável. Para efeitos experimentais, foi adquirida uma pequena placa solar. E para cumprir
o requisito de viabilidade contínua, foi desenvolvida uma placa caseira com leds de alto brilho
vermelho e numa segunda opção, com transistores 2n3055. O uso destes componentes tratarão
da viabilização do custo desta tecnologia. E ainda, num terceiro momento, serão feitos testes
de eficiência com o leds azuis, de preferência com materiais sucateados.

Palavras-chave: Tecnologia Fotovoltaica. Sustentável. Viabilidade Contínua.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema de planta termo solar................................................................................25


Figura 2 – Esquema de residência alimentada por energia solar..............................................25
Figura 3 – Disposição do silício na tabela periódica................................................................32
Figura 4 – Corte transversal de uma célula fotovoltaica de silício...........................................33
Figura 5 – Silício com 99 % de pureza em estado cristalino....................................................34
Figura 6 – Led de alto brilho.....................................................................................................37
Figura 7 – Led de alto brilho vermelho....................................................................................38
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Expansão da oferta na rede (2015-2030) - regionalização......................................17


Tabela 2 – Geração Energética.............................................Error: Reference source not found8
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Balanço energético – Ano Base 2008...............Error: Reference source not found7
Gráfico 2 – Expansão da oferta na rede (2015-2030) - regionalização. Error: Reference source
not found8
Gráfico 3 – Curva I x V de uma célula fotovoltaica.................................................................39
Gráfico 4 – Curva P x V de uma célula fotovoltaica................................................................ 40
LISTA DE ABREVIATURAS

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica


a-Si Silício Amorfo
CNI Confederação Nacional da Indústria
CO2 Dióxido de Carbono
EPE Empresa de Pesquisa Energética
EPIA European Photovoltaic Industry Association (Associação Européia da Indústria
Fotovoltaica)
GLP Gás Liquefeito de Petróleo
GW Giga Watts
I Irradiância
Idif Irradiância Difusa
Idir Irradiância Direta
MMA Ministério do Meio Ambiente
MME Ministério de Minas e Energia
m/s Metros por Segundos
MW Mega Watts
NM Nano Metros
PCH Pequena Central Hidrelétrica
PNE Plano Nacional de Energia
PROINFA Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica
SABESP Saneamento Básico do Estado de São Paulo
SiO2 Dióxido de Silício
TWh/ano Tera Watts por horas ao ano
UHE Usina Hidrelétrica de Energia
Wh/m² Potência num intervalo de tempo por Área
W/m2 Potência por Área
WWEA Word Wind Energy Association
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................................13
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................13
PROBLEMA DE PESQUISA..................................................................................................14
OBJETIVOS.............................................................................................................................15
OBJETIVO GERAL.................................................................................................................15
OBJETIVO ESPECÍFICO........................................................................................................15
JUSTIFICATIVA......................................................................................................................16
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................17
1.1 Matriz Energética..........................................................................................................17
1.2 Fontes Renováveis........................................................................................................20
1.2.1 Hidráulica......................................................................................................................20
1.2.2 Biomassa.......................................................................................................................21
1.2.3 Eólica.............................................................................................................................22
1.2.4 Solar..............................................................................................................................23
1.3 Fontes não renováveis...................................................................................................26
1.3.1 Nuclear..........................................................................................................................26
1.3.2 Fósseis...........................................................................................................................27
1.3.3 Carvão Mineral..............................................................................................................27
1.3.4 Petróleo.........................................................................................................................27
1.3.5 Gás Natural....................................................................................................................27
1.4 Radiação Solar..............................................................................................................28
1.4.1 Irradiância e Irradiação.................................................................................................29
1.4.2 Radiação Solar Sobre o Brasil.......................................................................................29
1.5 Sustentabilidade e Economia........................................................................................30
1.6 Tecnologia Fotovoltaica................................................................................................31
1.6.1 Efeito Fotovoltaico........................................................................................................31
1.7 Terceira teoria...............................................................................................................43
1.7.1 Assunto envolvido na terceira.......................................................................................44
1.7.2 Mais assunto da terceira................................................................................................44
2 MÉTODOS....................................................................................................................46
2.1 Tipo do trabalho............................................................................................................46
2.2 Coleta de dados.............................................................................................................46
2.3 Amostra.........................................................................................................................47
2.4 Recursos........................................................................................................................47
3 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................48
4 OUTRO CAPÍTULO....................................................................................................49
4.1 Nonon nonon.................................................................................................................49
4.1.1 Nonon nonon nononon..................................................................................................49
4.2 Nonon nonon.................................................................................................................49
4.3 Nonon nonon.................................................................................................................50
5 OUTRO CAPÍTULO....................................................................................................51
5.1 Nonon nonon nononon nonononon...............................................................................51
5.1.1 Nonon nonon nononon nonononon...............................................................................51
5.2 Nonon nonon.................................................................................................................51
5.3 Nonon nonon.................................................................................................................52
5.4 Nonon nonon.................................................................................................................52
5.4.1 Nonon nonon nononon nonononon...............................................................................52
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................53
CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................54
REFERÊNCIAS........................................................................................................................55
APÊNDICE A – Quando é elaborado por você........................................................................56
ANEXO A– Quando é de outra pessoa.....................................................................................57
14

INTRODUÇÃO

APRESENTAÇÃO

O projeto pretende atender a viabilização e até mesmo uma melhoria na concepção e


estrutura dos painéis fotovoltaicos. De maneira que a população brasileira passe a saber a
importância da energia solar para o país, o investimento presente e futuro e o princípio para
sua formação.
E até mesmo saber com dados estatísticos do Atlas de Energia Elétrica do Brasil, em
direitos reservados à Agência Nacional de Energia Elétrica a ANEEL, que as hidrelétricas do
país correspondiam por 90% da geração de energia elétrica. E a eletricidade tem apresentado
versatilidade energética, passando a ser recurso indispensável e estratégico para o
desenvolvimento socioeconômico de muitos países (ATLAS DE ENERGIA ELÉTRICA DO
BRASIL, 2002).
Com a possível escassez e inconveniência de certos recursos como a água, a opção
de novas alternativas têm surgido. E a comodidade atual, não pode ofuscar a visão do
brasileiro à atual conjuntura do setor elétrico do país, indicando que o suprimento futuro de
energia elétrica exigirá maior aproveitamento de fontes alternativas.
Já existem vários projetos e usos desse novo processo para obtenção da eletricidade.
Mas é preciso melhorar a articulação entre as fontes provedoras e facilitar o acesso aos dados.
Principalmente a política de conscientização a fim de evitar a destinação de recursos na
provisão de dados e informações já existentes.
De uma maneira minuciosa, o projeto terá a função de veicular através de slides,
banners, gráficos, pequenos módulos solares e protótipos a real vez da energia solar no
cotidiano socioeconômico em desenvolvimento. Não basta somente alguns cidadãos
desfrutarem de tal recurso sendo que o sol nasce pra todos.
Está sendo realizado a construção de uma célula caseira, que se encontra em fase de
testes experimentais de eficiência, na qual tem apresentado eficiência de tensão pelos leds e
de corrente pelos transistores, porém para fins acadêmicos.
Será abordada as características do silício, material utilizado nas placas
convencionais e nos transistores e o arsenieto de gálio, utilizado nos leds, entre outras
substâncias físico-químicas.
No decorrer do curso de Automação Industrial a aprendizagem de algumas
15

disciplinas serviu de apoio dentro daquilo que cada processo da energia solar utiliza em
concordância e abordagem dos assuntos assistidos em sala e laboratórios, envolvendo
Eletrônica de Potência, Eletrônica Analógica, Eletrônica Digital e Máquinas Elétricas.

PROBLEMA DE PESQUISA

Mediante a situação atual do Brasil em que qualquer habitante desse país de terceiro
mundo têm enfrentado, é necessário urgentemente fazer uma mudança nessa ótica da nação,
onde a demanda energética, mesmo sendo a longo prazo, colabore para que a economia e o
reconhecimento da nação alcance um grande patamar. E também seja visto e incluso num
processo global que há muito tempo vem tentando adaptar-se a ele: desenvolvimento e
sustentabilidade.
Do final do ano de 2014 até o presente momento da execução deste projeto, a nação
brasileira tem se deparado com o racionamento de água e energia elétrica. O plano do governo
já entrara em ação em outros anos também. As grandes cidades do país passavam horas
noturnas no blackout total. Quem não se lembra das reportagens de centros hospitalares em
crise, com pacientes, muitas das vezes indo à óbito? E hoje essa situação tem cooperado para
o aumento do valor do quilowatts/horas tarifado na conta de energia.
Por causa da grande seca notória, com falta de longos períodos de chuvas, os sistemas que
abastecem as hidrelétricas do país, apresentam-se abaixo do nível de captação. De acordo com
a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o Sistema Cantareira,
principal manancial de São Paulo, está operando com apenas 18,9% de sua capacidade. Isso
devido à chuva do dia 30 de março, depois de um longo tempo de estiagem, por que senão, o
nível seria bem menor.

Qual alternativa para se dividir essa enorme responsabilidade que as hidrelétricas têm
em suprir a demanda energética do país, de forma que esse quadro atual da nação não culmine
na alta crescente do preço da energia elétrica? Qual o processo que resulta zero de poluição ao
meio ambiente, poluição sonora, resíduos biodegradantes e até mesmo evitar a despovoação
de ecossistemas, e principal, que seja renovável?
16

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

O projeto além de visar e comprovar através de testes, gráficos e argumentos que o


uso da energia solar como única fonte limpa e renovável atenderá a demanda energética do
Brasil, pois é a única, seguida da eólica, que realmente se enquadra dentro do quadro
sustentável, mesmo que seja ao um longo prazo de tempo.
Colocando em foco que o conhecimento de tal recurso e sua tecnologia estejam
saturado por alguns e que outros apresentam-se néscios em relação a mesma, deve-se então
veicular entre os meios de comunicação uma política de incentivo a sociedade à exploração e
o investimento dos raios luminosos. Mostrando também a possibilidade de não só usufruírem
da energia hidráulica, mas fazer parcerias entre as fontes energéticas.

OBJETIVO ESPECÍFICO

A partir de pesquisas em busca da viabilização da energia solar, obteve-se o


conhecimentos de certos experimentos e projetos realizados a partir de microeletrônicos
sucateados ou até mesmo comprados, mas que apresentavam um valor bem menor que de uma
célula fotovoltaica.
Nos tutoriais os primeiros testes eram feitos com leds de alto brilho vermelho, e com
essa consideração foi feita a aquisição de cem leds deste modelo. Os fios para as ligações
foram cedidos pela Fatec Catanduva e o módulo para montagem foi uma pequena placa de
papelão. Por não apresentar impermeabilidade, o papelão foi substituído por uma tampa de
polietileno. Com testes experimentais realizado, a célula caseira apresentou apenas eficiência
quanto a tensão.
Com a busca de novas fontes, elaborou-se nessa segunda etapa um protótipo a base
de transistores de potência, o 2n3055. Foi feita a aquisição de vinte, e mais dez cedidos
também pela Fatec Catanduva. Dessa vez, a célula foi confeccionada em papelão, a qual seria
revestida por uma placa de vidro para proteger tanto o papelão quanto os filamentos e os chips
dentro dos transistores, que nesse caso tiveram suas tampas retiradas. Porém mesmo antes de
finalizar a construção deste protótipo, foi constatado que os componentes usados só
apresentavam eficiência quanto a corrente.
17

A solução prevista foi associar leds e transistores. Mas os testes mostraram que
ambos não associam-se corretamente. E a resposta a este resultado só obtive com a ajuda e
conselhos do Prof. Paulo Babu da Escola Galileu de São José do Rio Preto. Como será feito
futuramente, o professor me indicou fazer o uso de leds de alta potência azul, de preferência
esses que se encontram em painéis de emergência.
Como o projeto vigente tem o objetivo de dar a continuidade dos testes e pesquisas,
como dito anteriormente, será feito a aquisição desses leds azuis ou algum outro de alta
potência para enfim produzir uma célula mais eficiente.
Para finalizar, foi sugerido pelo orientador a compra de uma placa solar convencional
para efeitos de estudos, testes e apresentação ao público alvo desse projeto, já que a região de
Catanduva apresenta pouco conhecimento da mesma. Esta foi adquirida, respondendo com
grande eficiência e sendo apresentada na Feira de Automação.

JUSTIFICATIVA

Num primeiro momento o projeto pode não apresentar viabilidade e contribuição


para a sociedade, por se tratar de tecnologia ampla e ainda de alto custo. Mas com a
mobilização ocorrendo aos poucos e a longo prazo, o domínio dessa fonte será de todos, o que
acarretará na viabilização do seu preço. Dessa forma como na Alemanha, futuramente o sol
será suficiente para suportar a demanda energética do Brasil, fazendo com que o país se
desenvolva economicamente, ecologicamente e o melhor, de maneira sustentável. Até poderá
ser feito um dimensionamento da energia solar com as outras fontes alternativas renováveis
ou ainda fazer o uso destas dentro de um rodízio de fluxo energético. Mas, o importante
também é que o custo de energia que o consumidor gastará será bem menor, os impactos
ecológicos e com os recursos hídricos diminuirão, e o país será tutor da energia do futuro,
garantindo sua estabilidade e desenvolvimento.
Em termos de suprimento energético, a eletricidade se tornou uma das formas mais
versáteis e convenientes de energia, passando a ser recurso indispensável e estratégico para o
desenvolvimento socioeconômico de muitos países e regiões (ANEEL, 2002, p.9).
18

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Matriz Energética

Quando se fala sobre as fontes alternativas de energia de um país ou a sua matriz


energética, a citação baseia-se nos diferentes tipos de tecnologias utilizadas para a produção
de eletricidade a nação em questão. Deixando claro que a matriz de cada país pode ser
diferente, e principalmente a nível mundo.
Considerando, que cada uma dessas fontes requer processos específicos e às vezes
diferentes para sua operação, deixando óbvio o porquê de algumas nações desenvolverem-se
mais em alguma ou algumas tecnologias, e ser visto a diferença quando se fala sobre fontes
renováveis ou não-renováveis e limpas ou poluentes.
De acordo com a Arcadis Tetraplan 1, matriz energética é toda energia disponibilizada para ser
transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos, e é uma representação
quantitativa da oferta de energia, ou seja, da quantidade de recursos energéticos oferecidos
por um país ou por uma região.
A análise da matriz energética é fundamental para a orientação do planejamento do
setor energético, que deve garantir a produção e o uso adequado da energia produzida, onde
uma das informações mais importantes adquiridas é a quantidade de recursos naturais que está
sendo utilizado, para saber se esses recursos estão sendo usados de forma racional.
(VELLOSO; ALBUQUERQUE; MORENO, 2007, p. 451).
Segundo a Secretaria de Energia de São Paulo, entende-se por Matriz Energética a
consolidação das projeções energéticas de uma região (nacional, estadual, regional), a partir
de uma modelagem técnico-econômica, na qual são quantificadas e adotadas uma série de
premissas e parâmetros para a elaboração de cenários futuros de oferta e demanda energética,
dentro de um período pré-estabelecido de tempo.
De acordo com Armando Queiróz M. Neto, Presidente da CNI (Confederação
Nacional da Indústria) e José de Freitas Mascarenhas, Presidente do Conselho de
Infraestrutura da CNI, a participação de energias renováveis na matriz energética brasileira é
de 45%, enquanto a média mundial é de apenas 14%. Essa participação tende a crescer, se for
mantido o papel de “âncora” da hidroeletricidade e for consolidada a indústria de bioenergia
1
A ARCADIS Tetraplan S/A é uma empresa que presta serviços de consultoria Ambiental, desenvolvimento
sustentável e planejamento estratégico à outras empresas, com foco no setor sucroalcooleiro. A Tetraplan faz
parte do grupo ARCADIS desde 2003. A Rede mundial, fundada em 1888 na Holanda, é composta por empresas
que atuam em mais de 70 países e atualmente está entre as 10 maiores consultorias do mundo.
19

no país.
O gráfico que se segue traz uma perspectiva da eficiência energética com base no
ano de 2008 a nível mundo, Brasil e estado de São Paulo.

Gráfico 1 – Balanço energético – Ano Base 2008

Fonte: Secretaria de Energia de S. Paulo (acesso em 18/08/15).

A tabela e o próximo gráfico mostram a expansão de oferta na rede do Brasil dentro


dos próximos 15 anos.
Tabela 1 – Expansão da oferta na rede (2015-2030) - regionalização

Fonte: Ministério de Minas e Energia – EPE – PNE (acesso em 18/08/15).


20

Gráfico 2 – Matriz de energia elétrica na rede

Fonte: Ministério de Minas e Energia – EPE – PNE (acesso em 02/09/15).

Segundo o site da panorama comerc2, de 2008 a 2015, houve um crescimento


significativo das fontes de energia térmica e eólica, um desenvolvimento essencial para a
nova configuração da matriz energética brasileira.
Conforme a tabela abaixo, a geração eólica saiu de 247 MW em 2008 para 5833 MW
em 2015, um crescimento de 2261%. Dois fatores que contribuíram para o crescimento da
geração eólica no país foram o barateamento da tecnologia e o PROINFA (Programa de
Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), encerrado em 2011, que favoreceu a
introdução de 964 MW de capacidade de geração eólica.

Tabela 2 - Geração Energética

Fonte: ANEEL – Publicado em 06/05/2015 (acesso – 27/08/15).

2
O site da panorama comerc foi criada como uma newsletter (canal de comunicação com clientes) em 2008, com
a proposta de selecionar e analisar os principais indicadores do mercado de energia do país para que o público
pudesse acompanhar o vai e vem do mercado.
21

1.2 Fontes Renováveis

Partindo do subtítulo deste tópico entende-se fonte como um recurso que pode
fornecer ou gerar algum elemento ou fator para a sociedade, nesse caso fontes de geração de
eletricidade. E renováveis por terem ordem característico de reposição natural, mesmo sendo
retirado da natureza, essa mesma se encarrega de cobrir as lacunas deixadas.
As fontes de energia renováveis foram definidas por Jannuzzi e Swisher (1997, p. 9),
como aquelas que, em curto prazo, a utilização humana não causa mudanças significativas na
sua reposição e nos potenciais de uso, com garantia certa de renovação.

1.2.1 Hidráulica

De uma maneira geral entende-se que através de algum evento que force a água a um
brusco movimento, desencadeia-se a movimentação de pás de uma turbina e que devido essa
energia motriz, essas pás ligadas a um eixo oferece condição para que o rotor ao girar no
interior de um estator que está imantado, crie um campo eletromagnético, sendo enviado as
linhas de transmissão.
A Itaipu Binacional3 (2013) define energia hidráulica como a proveniente do
aproveitamento da energia cinética gravitacional da água contida numa represa elevada. A
represa é feita pela construção de uma barragem em um rio, formando um lago artificial que
tem duas principais funções: elevar o nível de água para o aumento da energia potencial e
acumular água.
A ANEEL4 (2005) explica que uma usina hidráulica é formada por barragem,
sistema de captação e adução de água, casa de força e vertedouro, que trabalham em conjunto
e de maneira integrada. O sistema de captação e adução de água são túneis que transportam a
água até a casa de força, onde estão localizadas as turbinas, que são formadas por pás ligadas

3
A Itaipu Binacional é uma entidade binacional pertencente à República Federativa do Brasil e à República do
Paraguai. Foi constituída pelo Tratado de Itaipu para a operação da usina hidrelétrica. Seu aspecto de empresa
jurídica de direito privado binacional deve-se às ordens jurídicas de ambos os países às quais está submetida. Ao
lado da Alcântara Cyclone Space, são as duas únicas organizações no Brasil que são classificadas como
"Empresa Binacional" em relação à natureza jurídica.
4
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é uma autarquia (poder absoluto) sob regime especial
(Agência Reguladora), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com sede e foro no Distrito Federal, com a
finalidade de regular e fiscalizar a produção, transmissão e comercialização de energia elétrica, em conformidade
com as políticas e diretrizes do governo federal. A ANEEL foi criada em 1996, pela Lei nº 9.427, de 26 de
dezembro de 1996, durante o primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso.
22

a um eixo, a água faz o eixo girar que através de geradores produzem a energia elétrica. O
vertedouro deixa passar o excesso de água na barragem.
Para se represar o rio é necessário fazer a construção da barragem, todavia, esse
processo causa alagamentos que ocupam uma grande área e afeta a vegetação, a fauna e
expulsam os moradores locais. Um grande exemplo é a construção da maior barragem do
mundo, a de Três Gargantas na China, que provocou a relocação de um milhão de pessoas.
(RONCAGLIO; JANKE, 2012, p. 62; MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - BRASIL,
2013).
Segundo a ANEEL (2005), estas usinas podem ser de grande ou de médio porte ou
uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH). As PCHs tem uma potência instalada entre 1,1 MW
e 30 MW, e se a potência instalada estiver acima de 30 MW ela é denominada Usina
Hidrelétrica de Energia (UHE).
As PCHs geram menos impacto ambiental e se prestam à geração descentralizada,
mas tem o custo maior de energia e em época de estiagem pode ocorrer ociosidade das
turbinas (PORTAL PCH5, 2013).
No Brasil, 69,7% da potência de geração elétrica é formada por energia hidráulica,
isso equivale a uma potência instalada de 84.294 MW, distribuída em 1.064 usinas
(MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA6 - BRASIL, 2013).

1.2.2 Biomassa

Segundo o Ministério do Meio Ambiente - Brasil (2013), a biomassa é o recurso


originário da matéria orgânica (vegetal ou animal) utilizado para a produção de energia. Este
tipo de energia é considerado um aproveitamento indireto da energia solar, pois esta energia
foi previamente utilizada para fixar o carbono através da fotossíntese. A biomassa pode se
transformar em energia através da fermentação, queima, carburação, pirólise, produção de
metanol e etanol, síntese de hidrogênio, células combustíveis, entre outros (RONCAGLIO;

5
O Portal PCH é um site para anunciar produtos ou serviços que serão vistos por um público especializado na
geração de energia elétrica, principalmente pela geração de energia através de Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCH´s), com grande poder de decisão de compra e especificação.
6
O Ministério de Minas e Energia (MME) foi criado em 1960. E os assuntos de Minas e Energia eram de
competência do Ministério da Agricultura. Em 1990, extinguiu-se o MME e transferiu-se suas atribuições ao
Ministério da Infraestrutura, que também passou a ser responsável pelos setores de transportes e comunicações.
O Ministério de Minas e Energia voltou a ser criado em 1992. Em 2003, a Lei n° 10.683/2003 definiu como
competências do MME as áreas de geologia, recursos minerais e energéticos; aproveitamento da energia
hidráulica; mineração e metalurgia; e petróleo, combustível e energia elétrica, incluindo a nuclear. A atual
estrutura do Ministério foi regulamentada pelo decreto n° 7.798, de 12 de setembro de 2012.
23

JANKE, 2012, p. 63).


As biomassas mais usadas são: a lenha (já representou 40% da produção energética
primária no Brasil) e o bagaço da cana-de-açúcar.
O Brasil possui situação geográfica favorável para a produção de biomassa, pois
recebe uma grande quantidade de radiação solar o ano todo, outro ponto favorável para o país
é a grande quantidade de terras para a agricultura, com condições de solo e climáticas
favoráveis, o que faz o Brasil ter uma vantagem na produção desta fonte de energia. (MMA –
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE7 - BRASIL, 2013).
Segundo Roncaglio e Janke (2012, p. 64 e 74), a biomassa tem como problema a
poluição gerada por sua queima, o dióxido de carbono, mas diferente da queima dos
combustíveis fosseis, a biomassa não libera enxofre. A produção da cana-de-açúcar em larga
escala também gera uma série de problemas, tanto ambientais como sociais, como o uso
excessivo do solo e a mão-de-obra infantil.
Para Abreu (2013) a quantidade liberada de o dióxido de carbono, pela queima deste
tipo de combustível, é inferior à consumida pela fotossíntese quando há a produção da
biomassa. Isto ocorre porque a raiz, aonde é acumulada uma parte do carbono produzido pela
planta, continua no solo na maior parte das vezes. Assim, ao se utilizar a biomassa como
combustível se está contribuindo para uma pequena diminuição de CO2 da atmosfera.

1.2.3 Eólica

Os grandes parques eólicos apresentam princípio de funcionamento semelhante as


hidroelétricas, em que contrário da água, é a força dos ventos que giram as hélices ligadas a
turbina promovendo a geração elétrica. E com o mesmo estrutural, em que as represas e
barragens requerem a despovoação de áreas, os grandes cata-ventos, necessitam também de
grandes campos para sua instalação, que além de provocar a imigração das espécies da região,
também culmina num desequilíbrio ambiental, com a morte das aves que por estes parques
passam no período migratório.
O Ministério do Meio Ambiente - Brasil (2013) define energia eólica como aquela
produzida pela força dos ventos. A força do vento é captada por hélices ligadas a uma turbina
que aciona um gerador elétrico, os aero geradores. A quantidade de energia gerada é função
7
O Ministério do Meio Ambiente, criado em novembro de 1992, tem como missão promover a adoção de
princípios e estratégias para o conhecimento, a proteção e a recuperação do meio ambiente, o uso sustentável dos
recursos naturais, a valorização dos serviços ambientais e a inserção do desenvolvimento sustentável na
formulação e na implementação de políticas públicas, de forma transversal e compartilhada, participativa e
democrática, em todos os níveis e instâncias de governo e sociedade.
24

da densidade do ar, da área coberta pela rotação das pás (hélices) e da velocidade do vento.
A primeira turbina eólica comercial ligada à rede elétrica entrou em operação na
Dinamarca em 1976 (ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012, p. 139).
Segundo a Word Wind Energy Association (WWEA) 8 (2013), em 2012, havia no
planeta 282 GW instalados em centrais eólicas, sendo 75,3 GW na China, 59,9 GW nos EUA
e 31,0 GW na Alemanha.
Uma usina de energia eólica precisa ser instalada em localizações que possuam
ventos superiores a 7 m/s, e a altura da torre deve se situar entre 60 a 100 metros. A grande
vantagem da energia eólica é que não há consumo de combustível, portanto não há a liberação
de gases que poluem a atmosfera, esta energia é considerada abundante, renovável, limpa e
disponível em muitos lugares. Os pontos negativos da energia gerada pelo vento são a
poluição visual, acidentes com aves, geração de ruídos e interferências eletromagnéticas, o
custo da energia (considerada uma energia cara) e a dependência da intensidade dos ventos
(ROSA; FRACETO; MOSCHINI-CARLOS, 2012, p. 139).
Estima-se que o Brasil tenha um potencial de geração de energia eólica de 143 GW,
sendo 52% de todo este potencial localizado na região nordeste (ROSA; FRACETO;
MOSCHINI-CARLOS, 2012, p. 140).
Segundo o Ministério de Minas e Energia - Brasil (2013) até o final de 2012 o Brasil
possuía 84 usinas eólicas, com uma potência instalada de 1.886 MW.

1.2.4 Solar

Conforme segue-se o presente relatório técnico, abordando a tecnologia sustentável


dos módulos solares, as políticas e incentivos sobre seu uso e investimento, e uma viabilidade
das células, por essas razões, em princípio será citado uma pequena introdução sobre a
mesma.
Basicamente, quando a luz solar atinge uma célula fotovoltaica, uma certa
quantidade dela é absorvida pelo material semicondutor. Essa energia absorvida é transferida
para o semicondutor fazendo com que os elétrons fracamente ligados à estrutura molecular
sejam arrancados, permitindo que eles possam fluir livremente.

8
A Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA) é uma associação internacional sem fins lucrativos que
representa a energia eólica a nível mundial, com membros em 100 países, entre eles as principais associações de
energia eólica nacional e regional. A organização trabalha para a promoção e implantação mundial da tecnologia
da energia eólica e defende um futuro de sistemas energéticos baseados em energias renováveis. Fundada em
2001 na Dinamarca.
25

As células solares captam a radiação do sol e utilizam os fótons da luz para gerar
eletricidade.
Essa eletricidade, que está em corrente contínua e é variável, passa pelos inversores
para que seja convertida em corrente alternada.
Depois de passar pelo inversor, a eletricidade solar poderá ser usada para alimentar
os aparelhos elétricos da residência. E, se nem toda a eletricidade for consumida, o excedente
é lançado na rede.
Segundo a ANEEL (2005), aproveita-se a energia solar de diversas maneiras, ela
pode-se ser utilizada para aquecimento solar passivo, que é quando a energia solar entra e é
absorvida pela edificação, fazendo assim o aquecimento e a iluminação do espaço sem a
utilização de energia elétrica, sendo ela melhor aproveitada utilizando-se técnicas
arquitetônicas apropriadas.
A energia solar também pode ser aproveitada para o aquecimento de fluidos com a
utilização de coletores solares. Utilizadas em residências, edifícios públicos e comerciais,
hospitais, restaurantes, hotéis e similares são usualmente utilizadas para o aquecimento da
água, a temperaturas inferiores a 100ºC, destinadas à higiene pessoal e lavagem de utensílios e
ambientes (ANEEL, 2005; MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE - BRASIL, 2013).
O Instituto Vitae Civilis (2013)9 estima que a quantidade de energia elétrica usada
atualmente no Brasil para aquecimento residencial de água em chuveiros e aquecedores
elétricos de acumulação (boilers) é superior a 5% do consumo total do país, e enfatiza a
importância desta tecnologia.
As usinas ou plantas termo solares são um outro tipo de aproveitamento da energia
solar. Esta tecnologia utiliza os raios do sol para aquecer um fluido, que por sua vez, esquenta
a água até que ela vire vapor e a pressão causada por ele gere a energia mecânica necessária
para girar as turbinas acopladas a um gerador convencional que produzirá a energia elétrica.
Para se obter altas temperaturas utilizam-se concentradores que concentram a luz solar para
melhorar o aquecimento (STANO JÚNIOR; TIAGO FILHO, 2007, p.18).

9
O Vitae Civilis – Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz, é uma organização civil sem fins
lucrativos cujo objetivo é contribuir para a construção de sociedades sustentáveis, mediante o apoio à
implementação participativa de políticas públicas integradas. Tem como meta desde sua fundação em 1989, a
partir de um grupo de voluntários empenhados na redemocratização do país e sonhadores do desenvolvimento
sustentável, entendendo que o homem não é aparado do meio em que vive e vice versa.
26

Figura 1 - Esquema de planta termo solar

Fonte: Cartilha de Energias Renováveis, 2007, p. 19.

E como foco principal dessa monografia, apresentar a utilização dos raios solares
para a produção de energia elétrica diretamente, a partir da geração solar fotovoltaica. A
radiação solar pode ser diretamente convertida em energia elétrica, por meio dos fótons
presentes na radiação solar (luz) incidentes sobre determinados materiais, particularmente os
semicondutores. Este sistema não emite dióxido de carbono, além de ser uma geração
distribuída, ou seja, não necessita de investimentos governamentais em linhas de transmissão,
mas a energia fotovoltaica ainda é considerada uma tecnologia cara (MINISTÉRIO DO
MEIO AMBIENTE - BRASIL, 2013; RONCAGLIO; JANKE, 2012, p. 64).

Figura 2 – Esquema de residência alimentada por energia solar

Fonte: http://www.neosolar.com.br/ (acesso em 08/05/15).


27

1.3 Fontes não renováveis

Ao contrário das renováveis em que a própria natureza repõe essas fontes, as não
renováveis necessitam tanto de uma grande atenção quanto um tempo bem maior para sua
reposição, por ser tratar da manipulação de elementos químicos às vezes escassos, ou de
fósseis e minerais, que são resultados de milhares de anos da decomposição de restos mortais
de espécies.
As fontes de energia não renováveis são aquelas que, segundo Jannuzzi e Swisher
(1997, p. 9), tem uma reposição na natureza extremamente lenta, e esta reposição ocorre sob
condições muito específicas.

1.3.1 Nuclear

A energia nuclear, segundo Murray (2004, p. 202), começou a ser usada como fonte
de energia, com aplicações pacíficas, em 1955 para alimentar um submarino nuclear. Em
1957 o reator foi adaptado e criou-se a primeira usina nuclear comercial na Pensilvânia, nos
EUA. Esta usina possuía uma potência de saída de 60 MW.
A Eletrobrás10 (2013) define energia nuclear como a transformação de massa em
energia que ocorre através de reações nucleares em alguns elementos químicos, de forma
natural ou induzida por meio de técnicas específicas. A produção de energia pode se dar por
dois métodos: fissão nuclear, onde ocorre a divisão do núcleo atômico em duas ou mais
partículas, e a fusão nuclear, na qual há a união de dois ou mais núcleos, formando um novo
elemento, sendo o primeiro método o mais utilizado.
A energia nuclear não produz gases tóxicos nem gases que contribuem para o efeito
estufa e a matéria prima possui um baixo custo (ELETROBRAS, 2013).
Apesar dos benefícios com a energia nuclear, acidentes podem ocorrer como em
Three-Mile Island, nos EUA, em 1979, Chernobyl, União Soviética, em 1986 e Fukushima,
no Japão, em 2011. O vazamento de radiatividade contaminará de forma letal e por um longo
período de tempo toda a região, com efeitos incalculavelmente trágicos. (MONTALVÃO,
2012, p. 9 e 10).

10
A Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. é uma sociedade de economia mista e de capital aberto sob
controle acionário do Governo Federal brasileiro e atua como uma holding, dividida em geração, transmissão e
distribuição de energia. Criada em 1962 para coordenar todas as empresas do setor elétrico.
28

1.3.2 Fósseis

Os combustíveis fósseis são substâncias de origem mineral, formados pelos


compostos de carbono. São originados pela decomposição de resíduos orgânicos há milhares
de anos. Existem três grandes tipos de combustíveis fósseis: o carvão mineral, petróleo e o gás
natural.

1.3.3 Carvão Mineral

O carvão mineral é uma rocha orgânica e historicamente foi o primeiro combustível


fóssil a ser usado para a produção de energia elétrica nas centrais térmicas. A idade do carvão
está diretamente relacionada com a quantidade de carbono, que por sua vez está diretamente
relacionada com a qualidade do carvão, ou seja, quanto mais velha a rocha maior a qualidade
dela. O maior problema da utilização deste combustível fóssil é a poluição gerada por ele. Sua
queima libera cinzas, dióxido de carbono, dióxidos de enxofre e óxidos de enxofre, em
maiores quantidades do que os produzidos na combustão dos outros combustíveis fósseis.
(DIONYSIO; MEIRELLES, 2015).

1.3.4 Petróleo

O petróleo é um líquido, de cor escura e cheiro forte, constituído basicamente por


hidrocarbonetos. O refinamento do petróleo bruto se dá pela sua separação em diversos
componentes, e permite obter vários tipos de combustíveis e matérias-primas, entre eles está a
gasolina, o gás liquefeito de petróleo (GLP), o querosene, a parafina, o asfalto e o óleo diesel.
Dos impactos ambientais causados pelo petróleo, os mais frequentes e evidentes são os
vazamentos de óleo, e quando ocorrem na água, a recuperação é sempre muito longa e difícil.
(DIONYSIO; MEIRELLES, 2015).

1.3.5 Gás Natural

O gás natural é uma mistura gasosa de hidrocarbonetos, composta em sua maioria de


gás metano. O gás natural é encontrado no subsolo, juntamente com o petróleo, e pode ser
classificado como não-associado quando é encontrado juntamente com uma pequena
29

quantidade de petróleo e associado quando está em pequena quantidade em uma reserva


petrolífera. Este gás é considerado, dentre os combustíveis fósseis, o menos danoso ao meio
ambiente por apresentar uma combustão mais limpa, pois emite uma quantidade menor de
poluentes e fuligem. (DIONYSIO; MEIRELLES, 2015).

1.4 Radiação Solar

Frota e Schiffer (2007, p. 53) definem radiação solar como a energia eletromagnética
emitida pelo Sol que chega à Terra após parte dela ser absorvida pela atmosfera, e é
caracterizada por ser uma onda curta. A maior influência da radiação solar é na distribuição
da temperatura do globo. As quantidades de radiação variam em função da época do ano e da
latitude. Este fenômeno pode ser melhor elucidado se for examinado o movimento aparente
do Sol em relação à Terra.
A parte dessa radiação solar que atravessa a atmosfera por ser transparente e chega à
superfície terrestre é absorvida, e parte dessa energia absorvida é irradiada novamente, mas
como a temperatura da superfície da Terra é inferior que a do Sol, a energia é emitida em
ondas de baixa frequência, chamadas de ondas longas (HEWITT, 2004, p. 317).
O conjunto de todas as formas de radiação solar, radiação de onda curta, é chamado
de espectro solar. Ele é dividido em três parcelas: ultravioleta, luz ou espectro visível e
infravermelho. A luz ultravioleta tem comprimento de onda menor que 400 nm, é invisível e
representa 2% da energia solar. A luz ou espectro visível é a que permite aos seres humanos
ver, tendo comprimento de onda de 400 nm a 700 nm e representa 45% da energia solar. A
última parcela é a infravermelha, que representa 53% da energia solar, tem comprimento de
onda de 700 nm a 3000 nm, e, assim como a ultravioleta, é invisível. As três parcelas, quando
absorvidas, viram calor, mas apenas a luz é energia luminosa (BAUER, 1994).
A parcela de radiação solar que atravessa a atmosfera sem sofrer mudança na sua
distribuição espectral é chamada de radiação solar direta. Esta parcela chega à superfície
terrestre em feixes aproximadamente paralelos. Quando há a mudança na distribuição
espectral da radiação pela atmosfera terrestre ela é chamada de radiação solar difusa, ou seja,
a direção da onda é mudada pelos processos de reflexão e refração quando a radiação solar
atravessa a atmosfera. A soma da radiação solar direta com a radiação solar difusa é chamada
de radiação solar global ou total, pois ela representa a totalidade da radiação solar que atinge a
superfície da Terra (VICTORIA, 2008).
30

1.4.1 Irradiância e Irradiação

Irradiância é uma grandeza física, definida como a potência da energia radiante ou


fluxo de energia que atravessa uma determinada área em uma unidade de tempo, sendo
medida em W/m² (ROSA, 2003, p. 29).
Segundo Landsberg e Sands (2011, p. 20), a irradiância solar direta (Idir) é o feixe de
energia radiante medido num plano perpendicular ao feixe e a irradiância difusa (I dif) é o
medido em um plano horizontal. No entanto se a superfície de medição não for normal à
irradiância medida (I), a área da superfície de intersecção com o feixe é maior, fazendo com
que o valor da irradiância seja menor. Sendo Ɵ o ângulo entre o feixe de energia radiante
solar e a superfície de intersecção então tem-se a equação:
I (Ɵ) = Idir . cos Ɵ
A radiação solar total incidente em uma determinada superfície horizontal é dada
pela equação:
I = Idif + Idir . cos Ɵz,
Onde Ɵz é o ângulo entre o feixe direto do Sol com a normal à superfície da terra.
Em dias claros, sem nuvens, a irradiância varia suavemente com a hora do dia.
Conforme Landsberg e Sands (2011, p. 20), sendo verão em janeiro no hemisfério sul, pode-
se notar que para esta época do ano os valores de irradiância solar são maiores, atingindo o
seu auge. Isto ocorre pois no verão os ângulos solares são mais elevados, em relação à
horizontal, e a redução da irradiância devido ao cosseno é menor. Os picos de irradiância
ocorrem diariamente por volta das 12 horas, pois neste horário os ângulos do sol são maiores
e isto causa uma redução no comprimento do percurso do feixe direto na atmosfera.
Segundo Rosa (2003, p. 30), integrando a irradiância ao longo de um intervalo de
tempo, obtém-se a irradiação, que pode ser definida como a quantidade de energia radiante
que atravessa uma superfície durante um certo intervalo de tempo, por unidade de área desta,
medida em Wh/m².

1.4.2 Radiação Solar Sobre o Brasil

O país apresenta uma boa área de incidência solar, devido ao seu clima equatorial,
tropical e subtropical e a localização no hemisfério sul. E conforme estatísticas, os horários de
pico compreendido das 14:00 ás 17:00 horas, têm apresentado maiores gastos de energia,
tanto em indústrias quanto residências, e exatamente dentro desse intervalo a luminosidade
31

solar apresenta maior eficiência de fótons.


Tal benefício deveria viabilizar uma crescente conscientização a energia solar. Um
contraste é notado avaliando-se o posicionamento do país com grande irradiância solar e
nenhuma política de incentivo, e a Alemanha que geograficamente não apresenta boa
incidência sobre sua superfície, com 40% a menos que o Brasil, porém os investimentos,
incentivos e o uso a tem colocada em primeiro em quesito energia solar.
O Brasil é o país com maior quantidade de radiação solar no mundo. O lugar menos
ensolarado recebe 40% mais energia que o lugar mais ensolarado da Alemanha (maior
produtor de energia solar mundial). O principal problema é o custo da energia solar no Brasil.
Faltam políticas que incentivem a inovação tecnológica, que reflitam no desenvolvimento de
um parque industrial nacional e no aumento da oferta de equipamentos solares. (RIBEIRO,
2015).

1.5 Sustentabilidade e Economia

De acordo com a ANEEL (2002, p. 1), um dos fatores cooperativos para o


desenvolvimento econômico e sustentável de um país é a energia elétrica, onde haja
disponibilidade de alternativas ou recursos energéticos que englobem em sua matriz. Desde de
que a escassez de uma ou várias possam ser substituídas por alternativas emergentes,
cooperando com a economia, que sejam renováveis ao longo do tempo e limpa ao máximo
possível.
O único ponto negativo que as placas solares podem oferecer é o abatimento de
pássaros que colidem nos painéis, isso em grandes áreas de concentração o que gera um
grande calor. O que também ocorre com os parques eólicos, onde as aves no seu período
migratório sofrem danos ao passarem pelas hélices dos cata-ventos, a poluição sonora que
causa e algumas das vezes o despovoamento de vilarejos para a construção de estações, o que
no passado era feito por causa da construção das hidrelétricas.
A solar não oferece manutenção, durando em torno de 30 anos cada painel
fotovoltaico, não emite gases poluentes, combustão, ruídos, fácil disposição, o sol como fonte
é acessível à todos e tem longo tempo existência.
De acordo com o estudo conhecido como "Relatório do Clube de Roma", quase todas
atividades humanas podem ser representadas quantitativamente por curvas exponenciais
crescentes no tempo. Se medidas para sanar essa situação não forem tomadas provavelmente
32

ocorrerá em breve um declínio súbito e incontrolável da qualidade de vida da humanidade,


causando um colapso na civilização, e o quanto antes forem implantadas medidas corretivas
desta rota catastrófica, maiores serão as possibilidades de reverter esta perspectiva (RIBEIRO,
2003, p. 2 e 3).
Estima-se que o consumo de energia elétrica em 2030 ficará entre 950 e 1.250
TWh/ano, sendo que no ano de 2012 o consumo de energia elétrica no país foi de 498,4
TWh/ano, isso indica que haverá um crescimento no consumo de 90 a 150%. (MINISTÉRIO
DE MINAS E ENERGIA – BRASIL, 2013).

1.6 Tecnologia Fotovoltaica

O objetivo deste tópico é apresentar concisamente os processos químicos e físicos


que ocorrem em um módulo solar. As ligações covalentes, dopagens e junções necessárias
para que uma única célula de certo material semicondutor crie um campo elétrico a partir dos
fótons solares. Descrever também os outros componentes que fazem parte da tecnologia
fotovoltaica, como os inversores ou conversores de corrente, controlador de carga e descarga
e as baterias.

1.6.1 Efeito Fotovoltaico

O efeito fotovoltaico acontece em materiais semicondutores. Foram descobertos a


pouco mais de 50 anos e tem a característica de hora se comportar como condutores e hora
como isolantes. Os semicondutores são atualmente muito utilizados em computadores e
aparelhos eletrônicos, como o silício e o germânico, além do gálio, cádmio, arsênio e telúrio
(BAUER; WESTFALL; DIAS, 2012, p. 13).
Segundo Abreu, Oliveira e Mallet-Guy Guerra (2010, p. 282 e 283), o silício possui
número atômico 14, com três órbitas ao redor do núcleo, a primeira com 2 elétrons, a segunda
com 8 elétrons e a última, chamada de banda de valência, com 4 elétrons. O silício consegue
alcançar a estabilidade fazendo quatro ligações covalentes, cada átomo faz 4 ligações com
átomos vizinhos, formando estruturas sólidas.
33

Figura 3 – Disposição do silício na tabela periódica

Fonte: http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-p/elem/e01400.html (acesso em 07/05/15).

As ligações covalentes, entre os elétrons de diferentes átomos, podem ser quebradas


se um dos elétrons receber energia externa fazendo com que ele se afaste do seu respectivo
núcleo, até que fique livre da atração deste. Com isso, o elétron deixa a banda de valência, em
que não pode se movimentar livremente, passando para a banda de condução. A saída do
elétron da banda de valência deixa uma lacuna elétrica, o que cria o par elétron-lacuna,
originado a partir do aumento da energia do elétron (ABREU; OLIVEIRA; MALLET-GUY
GUERRA, 2010, p. 283).
Este elétron livre pode ser direcionado para um circuito, criando assim uma corrente
elétrica. Mas no caso do silício não há formação de corrente elétrica, pelo fato que o elétron
livre imediatamente se unifica a uma lacuna causada pela saída de outro elétron, fazendo com
que a energia seja transformada em calor. Para manter o elétron livre é necessária a utilização
de um campo elétrico (ABREU; OLIVEIRA; MALLET-GUY GUERRA, 2010, p. 283).
Então, para que se produza a desejada corrente elétrica, é necessário um processo que
acelere os elétrons livres para fora do material, para um circuito externo. O material das
células fotovoltaicas é preparado de forma a possuir um campo elétrico permanente, que é
gerado por meio da adequada dopagem do material semicondutor (ABREU; OLIVEIRA;
MALLET-GUY GUERRA, 2010, p. 283).
Quando o silício que possui quatro elétrons na banda de valência se une a um
elemento que possui cinco elétrons na banda de valência, como o fósforo ou o arsênio, a
estrutura contará com um elétron extra. Este elétron extra necessitará de uma quantidade
pequena de energia térmica para se desprender do núcleo e passar para a banda de condução.
Nesse caso, o fósforo é um material dopante doador de elétrons, denominado dopante N ou
impureza N; essa dopagem é denominada dopagem do tipo N (FREITAS, 2006, p. 16).
Freitas (2006, p. 18), mostra que quando junta-se o silício com um elemento que
possua três elétrons na última camada, faltará um elétron para completar a ligação, onde se
formará uma lacuna. Com uma pequena quantidade de energia, um elétron pode se deslocar
para a lacuna fazendo com que buraco se desloque. O boro e o índio são elementos que
34

possuem três elétrons na banda de valência, e neste caso, são chamados de dopante P ou
impureza P; essa dopagem é denominada dopagem do tipo P.
Mesmo com dopagem, o silício continua com carga neutra, pois a quantidade de
elétrons e de prótons é a mesma. Entretanto, quando o silício do tipo N é posto em contato
com o silício do tipo P, os elétrons livres do material com dopagem do tipo N preenchem as
lacunas do material com dopagem do tipo P. Logo, a camada do tipo N, que cedeu elétrons,
fica positivamente carregada; a camada do tipo P, que recebeu elétrons, fica negativamente
carregada. Essas cargas aprisionadas dão origem a um campo elétrico permanente que
dificulta a passagem de mais elétrons da camada N para a camada P. Este processo alcança
equilíbrio quando o campo elétrico forma uma barreira de potencial capaz de impedir o fluxo
dos elétrons livres remanescentes no lado N. Está criada a junção PN (ABREU; OLIVEIRA;
MALLET-GUY GUERRA, 2010, p. 284).
Nessa situação, o efeito fotovoltaico pode ocorrer. Quando um elétron da camada P
recebe energia externa suficiente do fóton da luz solar incidente na junção PN, ele move-se
para a banda de condução e cria o par elétron-lacuna. O campo elétrico existente força o
deslocamento desse elétron para a camada N, não permitindo o seu retorno, e,
simultaneamente, repele a lacuna para o extremo oposto da camada P. Criada a condição de
circulação de corrente elétrica no interior do material semicondutor dopado, a simples
colocação de contatos elétricos nas duas extremidades do material permite à tensão elétrica
existente entre elas originar corrente elétrica, que produzirá os efeitos desejados na carga
externa. Essa é a base do funcionamento das células fotovoltaicas (ABREU; OLIVEIRA;
MALLET-GUY GUERRA, 2010, p. 284).

Figura 4 – Corte transversal de uma célula fotovoltaica de silício

Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/394871/ (acesso em 07/05/15).


35

1.6.2 Células Fotovoltaicas

Devido a capacidade de conduzirem uma certa quantidade de corrente e também de


converterem energia luminosa em elétrica, os materiais semicondutores têm apresentado papel
fundamental na composição das células solares. Os mais utilizados são o silício com estrutura
monocristalina, o telureto de cádmio, o disseleneto de cobre e índio e o arseneto ou arsenieto
de gálio. O primeiro por ser o segundo elemento mais abundante na face da terra apresenta um
custo baixo, o que o torna mais utilizado nas células solares, porém apresenta baixa eficiência
em relação ao arseneto de gálio. Enquanto que o arseneto só fica disposto no uso por satélites.
Segundo Vasconcelos (2013, p. 74), as células que utilizam silício cristalino como
material base ocupam aproximadamente 90% do mercado.
Segundo Muñiz e García (2006, p. 69), o silício é o segundo elemento mais
abundante na crosta terrestre, e é extraído na forma de dióxido de silício (SiO2). Em seguida,
o SiO2 é submetido a dois processos: a redução e a purificação. A redução consiste em
adicionar carbono em altas temperaturas.

Figura 5 – Silício com 99 % de pureza em estado cristalino

Fonte: http://www.econotecnia.com/silicio.html/ (acesso em 07/05/15).

SiO2 + 2C = Si + 2CO

O produto resultante deste processo é o silício com uma pureza de 98%, porém para
ser utilizado nas células fotovoltaicas o elemento necessita estar com uma pureza de
99,9999%. Para chegar à pureza necessária, o silício é submetido ao processo de purificação
onde ele é tratado quimicamente para a obtenção do nível de pureza necessário (MUÑIZ;
GARCÍA, 2006, p. 69).
Para se utilizar o silício nas células fotovoltaicas, o material deve ter algumas
características, além do alto grau de pureza, como a baixa densidade de defeitos. O processo
usualmente usado para se chegar às qualificações desejadas é chamado "Processo
36

Czochralski". Neste processo o silício é fundido junto com uma pequena quantidade de
dopante. Após o material estar totalmente fundido, é introduzido uma haste que põe-se em
movimento de rotação e o silício se solidifica em torno dela formando um cilindro (MUÑIZ;
GARCÍA, 2006, p. 70).
O cilindro é dividido em vários discos de aproximadamente 0,3 mm de espessura.
Neste disco são introduzidas as impurezas do tipo N de forma a obter a junção PN. A
superfície resultante é lisa e reflete parte da radiação que deveria estar sendo usada para a
produção de energia, portanto é criada uma superfície rugosa em forma de pirâmides
microscópicas que os raios refletidos se choquem contra outra pirâmide (MUÑIZ; GARCÍA,
2006, p. 70 e 71).
Em seguida são formados os contatos metálicos, ou seja, é este processo que se
constrói a conexão elétrica da célula com o circuito externo. O método mais utilizado para
este processo é o processo químico de deposição por troca iônica de níquel (RAMOS, 2006,
p. 35 e 36).
Por último é aplicada uma película anti-refletora com a finalidade de se conseguir um
aumento na eficiência. Com este método, juntamente com texturização, a perda é de 8 a 10%.
(MUÑIZ; GARCÍA, 2006, p. 72).
As células de silício monocristalino apresentam um altíssimo grau de pureza e
possuem uma eficiência de conversão energética testada em laboratório de aproximadamente
24%. (GHENSEV, 2006, p. 90).
O arseneto de gálio é composto pela mistura do gálio com o arsênio. O gálio é um
elemento raro, mais do que o ouro, e é formado da fusão do alumínio com o zinco. Já o
arsênio não é um elemento raro e é considerado tóxico. Este material é apropriado para a
manufatura de elementos em estrutura multi-junção e possuem um alto índice de eficiência de
conversão energética, alcançando a faixa de 25 a 30%. Pouco utilizadas devido ao preço
muito elevado da matéria prima (GHENSEV, 2006, p. 94).
O telureto de cádmio é composto de telúrio, um semimetal relativamente raro e
tóxico, e o cádmio, subproduto da extração do zinco e é escasso e tóxico. As células
fotovoltaicas construídas com telureto de cádmio são constituídas por uma estrutura tipo
heterojunção, ou seja, são compostas por diversas faixas, entre elas, o vidro, um óxido redutor
transparente, sulfato de cádmio e, o telureto de cádmio e um contato traseiro (geralmente o
ouro ou o alumínio). Apresenta eficiência de conversão energética com índices maiores que o
Silício Amorfo (a-Si) (GHENSEV, 2006, p. 95, 96, 98 e 99).
Segundo Ghensev (2006, p. 100 e 102), o disseleneto de cobre e índio é formado
37

principalmente por cobre, índio e selênio, que são compostos estáveis e variando a
porcentagem de cada elemento obtêm-se propriedades semicondutoras. Possuem eficiência de
conversão energética entre 9 a 10% e em ambiente laboratorial de 18%. Possuem uma longa
vida útil, e assim como as células fotovoltaicas de telureto de cádmio são constituídas por
uma estrutura tipo heterojunção.
Com os testes experimentais realizados pelo próprio autor o uso do arsenieto de gálio
contido dentro dos leds de alto brilho vermelho apresentou eficiência de aproximadamente 1,6
volts cada, mas com baixíssima corrente. É importante deixar claro que apenas a parte
superior do filamento do componente é feito de arseneto de gálio.
De acordo com as leis da física, a associação em série de componentes dos quais
desejam-se obter eficiência aumentará a tensão e em paralelo o aumento é na corrente. Mas
como já citado, a potência fornecida foi insignificante, devido à baixa microamperagem. Num
dos próximos tópicos será abordado abrangentemente assuntos pertinentes à lei de ohm e
potência.
Sabe-se que o uso do arseneto de gálio para geração de energia está disponível
somente para satélites espaciais, devido a sua alta eficiência já citada, e também ao seu alto
preço de investimento requerido, pois seus elementos de composição, o arsênio e o gálio são
raros, até mesmo mais que o ouro.
Porém, devido as diversas pesquisas de alternativas dentro de fontes que captem os
fótons solares, chegou-se ao conhecimento de células solares montadas a partir de leds de alto
brilho vermelho de 5mm. O encapsulamento do componente é transparente, mas esse brilho
vermelho é devido ao arsenieto de gálio, que mediante pesquisas laboratoriais apresentou a
emissão de luz vermelha, e maior eficiência em relação a qualquer outro semicondutor.

1.6.3 Leds e Suas Características

Os leds que são diodos emissores de luz, têm demonstrado uma grande eficiência no
mercado, pois além de estarem substituindo as lâmpadas convencionais devido ao seu menor
gasto, luminosidade e aquecimento, o seu vasto uso em projetos eletrônicos, o tem permitido
ser utilizado como receptores de luz, mais precisamente a luz solar, e como já descrito nesse
projeto, da mesma forma que as células de silício, em que ao interceptar os raios solares, faz
com que ocorra um deslocamento dos elétrons do semicondutor, concisamente da dopagem
tipo N em que o elétron por ser repelido cria o campo elétrico, condição para energizar-se
38

algum objeto, assim também ocorre nos leds.


Existem três tipos de leds, o difuso, utilizado para projetos de microeletrônica, o de
alto brilho (tipo cristal), utilizado na primeira célula deste projeto, e finalmente o led de alta
potência. Este último têm atraído o mercado de compra devido a sua maior eficiência que
qualquer tipo de luz já criada, seu design para decorações, manutenção e ainda também como
receptor de luz para posteriormente gerar eficiência elétrica.
Deste presente momento adiante, será estudado as reações deste tipo de componente
e utilizado para fabricação de novas células fotovoltaicas.
De acordo com o professor Paulo Babu, ganhador de prêmio com a confecção de
uma placa solar com leds azuis, o led de alta potência ainda que seja em grande quantidade,
pode disponibilizar carga suficiente para alimentar outros leds, e até mesmo fazer instalações
elétricas em edifícios, com iluminação feitas por leds nos corredores dos mesmos.
Os leds possuem dois terminais facilmente visíveis e identificáveis pelos seus
tamanhos, onde o ânodo, terminal positivo é o maior e o menor, o cátodo, negativo.

Figura 6 – Led de alto brilho

Fonte: http://www.sotudo.com.br/ (acesso em 28/08/15).

De acordo com a USINAINFO 11, dentre os componentes mais importantes do led


vermelho de alto brilho temos o chip semicondutor, o qual possui dimensões pequenas, mas
com grande funcionalidade: gerar a luz do led. O led vermelho de alto brilho quando
comparado as luzes incandescentes apresenta grande economia de energia, tamanho reduzido,
maior tempo de vida útil, confiabilidade e extrema durabilidade.

11
A Usinainfo (Usina) é a maior loja virtual de peças e ferramentas para câmeras digitais e equipamentos
eletrônicos do Brasil, lugar de destaque que foi conquistado com muito esforço e dedicação. Seu início foi por
volta do ano 2000, atuando com lan house e consertos de equipamentos eletrônicos na Região das Missões,
Estado do Rio Grande do Sul, mais precisamente na Cidade de Santo Ângelo.
39

Figura 7 – Led de alto brilho vermelho

Fonte: http://www.usinainfo.com.br/ (acesso em 28/08/15).

Outro componente que tem apresentado excelente eficiência tanto como emissor de
luz quanto receptor, sendo capaz de captar as radiações solares é o led de alta potência. Esse
diodo, como também é conhecido um led (diodo emissor de luz), apresenta desempenho bem
maior que o de alto brilho vermelho, pois a estrutura dentro do seu invólucro são de
compostos mais nobres.
No seu interior como base para todo o material que é depositado em camada, tem-se
uma aleta de dissipação de calor feita de óxido de alumínio (Al2O2), logo acima uma
composição com o nome de Nitreto de Gálio crescente sobre Silício (GaN:Si) e num contínuo
empilhamento GaN e depois InGaN (Nitreto de Índio com Nitreto de Gálio). Os dois últimos
vão se repetindo até certo ponto, quando então é depositado GaN:Mn (Manganês) e para
finalizar é colocada uma película de ouro macio (Ni/Au), para evitar a oxidação das
substância que estão por baixo.
Toda essa composição é envolta numa cápsula de silicone, e esta, numa lente de
plástico. Quando os terminais desse led é alimentado, emite-se uma luz de cor azul, devido ao
GaN. O motivo para a luz branca que se vê em leds dessa categoria, é em razão das novas
adaptações de se inserir uma pequena camada de fósforo de cor amarela, logo depois de todo
composto já pronto.
 Figura 8 – Modelo da pastilha de silício de um LED branco

Fonte: http://dicasdozebio.com/2013/04/11/leds-como-ligar-sem-queimar/ (acesso em 12/11/15).


40

Figura 9 – Led de alta potência em corte

Fonte: http://www.conexled.com.br/led/ (acesso em 12/11/15).

1.6.4 Transistor de Potência

Conhecido também como 2n3055, o transistor de potência também tem cooperado


para pesquisas e testes de efeitos fotovoltaicos, principalmente quando se trata de corrente,
apresentando maior eficiência quanto ao led de alto brilho vermelho. Porém, em contraposta
esse circuito microeletrônico gera pouquíssima tensão. E além disso mostrou um
comportamento adverso em relação a lei da potência (P=V.I), pois o seu dimensionamento, de
maneira que viesse fornecer a corrente para um circuito, em associação ao led, que deveria
fornecer a tensão, não obteve sucesso, pois ora no sistema só havia a presença de corrente, ora
havia tensão baixíssima.
De acordo com o prof. Babu, o transistor não se comporta adequadamente em função
da lei da potência, enquanto que um led, principalmente o de alta potência é eficaz nesse
quesito.
Os transistores de alta de potência são muito utilizados em módulos de som para
amplificação de potência, e também presente nas antigas televisões de tubo.
Apresenta as mesmas características que um transistor comum, com uma base,
emissor e coletor. No seu caso apresenta dois coletores.
De acordo com o Instituto Newton C. Braga um transistor de enorme utilidade,
considerado ideal para o serviço pesado e que todo montador ou projetista de aparelhos
eletrônicos principalmente envolvendo aplicações industriais, controle, robótica e mecatrônica
deve conhecer é o 2N3055. Capaz de dissipar potências de até 115 W e de operar com
correntes de coletor de até 15A podendo ser usado em fontes de alimentação, amplificadores
41

de áudio, controles de potência, e em muitas outras aplicações que envolvam corrente


contínua e baixas frequências.
Entretanto, somente o chip de silício que fica dentro do microeletrônico é que utiliza-
se para se ter a conversão dos raios luminosos em corrente, chegando numa escala de 265 µA
cada. Para acessá-lo é necessário retirar o capacete protetor do invólucro metálico.

Figura 10 – Transistor de potência sem o capacete e ligações positivo e negativo

Fonte: Instituto Newton C. Braga (acesso em 12/11/15).

1.7 Eletroeletrônica

No decorrer da graduação, disciplinas como Eletricidade Aplicada em Automação,


Eletrônica de Potência e Analógica e Máquinas Elétricas foram ministradas por professores
que muito influenciaram na aprendizagem cooperativa para esse projeto.
As disciplinas apresentaram-se com conteúdos envolvendo os princípios da formação
da tensão elétrica, como também o comportamento da corrente em relação a resistência.
Como citado no tópico do efeito fotovoltaico, quando o elétron do dopante tipo P
recebe uma força externa de algum fóton luminoso, ele salta para a banda de condução e o
campo elétrico criado o força a unir-se ao dopante tipo N. Essa condição faz com que ocorra o
surgimento da corrente (elétrons em movimento) e devido à resistência do campo que não
permite a volta do tipo P ao seu lugar, acarreta-se o fator multiplicador entre corrente e
resistência, resultando na tensão.
A seguir, a fórmula denominada Lei de Ohm, representando essa reação.

V=R.I

Como consequência dessa resistência ocorre o aquecimento da região de condução, e


42

esse fator faz com que a corrente eleve seu valor ao quadrado. O aquecimento então gerado é
dissipado para fora, ou para algum meio que esteja conectado a esse sistema em forma de
trabalho, ou ainda, em potência.
A essa reação denomina-se Lei da Potência e suas fórmulas mais utilizadas são:

P=R.I2 ou P=V.I

É importante também ressaltar que tanto com a célula caseira como com a
convencional (industrial), fazendo-se ligações em série onde é ligado o terminal positivo de
uma placa ao negativo de uma segunda e assim sucessivamente ter-se-á um aumento de
tensão e mesma corrente, porém ligando em paralelo, positivo com positivo e negativo com
negativo, o aumento será na corrente e mesma tensão.

1.7.1 Curva Corrente (I) x Tensão (V)

Segundo Almeida (2012, p. 41), toda célula fotovoltaica possui uma curva
característica de corrente versus tensão (I x V), nesta curva pode-se detectar alguns pontos
importantes como:

 A tensão de circuito aberto (Voccélula), que ocorre quando a corrente e potência são
zero;
 A corrente de curto-circuito (Isccélula), que ocorre quando a tensão e potência são zero;
 O ponto de máxima potência (PMPcélula), que ocorre quando a tensão, é tensão de
máxima potência (VMcélula);
 A corrente (IMcélula), é a corrente de máxima potência;
 E a potência (PMcélula), é a potência máxima, como mostra o gráfico 3;
43

Gráfico 3 – Curva I x V de uma célula fotovoltaica

Fonte: ALMEIDA (2012, p. 42).

Pode-se traçar também uma curva característica de potência versus tensão (P x V),
onde é fácil observar o ponto de máxima potência no ápice da curva, mostrado no gráfico 4.

Gráfico 4 – Curva P x V de uma célula fotovoltaica

Fonte: ALMEIDA (2012, p. 42).


44

1.8 Sistema Fotovoltaico

Um sistema fotovoltaico compreende-se todo os dispositivos instalados em uma


residência para que essa obtenha energia elétrica provinda totalmente da luz do sol de maneira
que possa ser independente da rede elétrica que é distribuída através dos fios e postes que
percorrem as cidades. Pode-se também provocar o processo reverso no relógio medidor. Com
a energia formada pelos componentes solares, a residência estando ligada na rede faz com que
o relógio que marca o Kw/h gire no sentido contrário, pois é feito um dimensionamento para
que o excedente de energia utilizada seja injetada às fiações elétricas.
Em alguns casos, é utilizado somente a energia dos painéis, em outros, a residência
faz o uso da energia convencional, normalmente provinda das hidrelétricas. O diferencial
nesta situação, é que a energia gerada pelas placas é injeta na rede, e como dito anteriormente,
o sentido do relógio ao girar em sentido reverso, causará uma grande diferença nos números
finas para sentido de leitura, acarretando uma sequência numeral menor, logo, a fatura de
energia será mínima até mesmo zero.
No item 1.10 será abordado minuciosamente a resolução 482 da ANEEL, que dá o
direito de um investimento de tornar-se totalmente independente da rede elétrica, podendo
uma residência ser de caráter autônomo.
Além dos grandes ou pequenos módulos solares, o conjunto também dispõe-se do
inversor de corrente que aumentará o ciclo de frequência da tensão para 60 Hertz,
possibilitando uso de altas tensões, em outras palavras, a corrente contínua gerada será
convertida em corrente alternada. As baterias para o armazenamento da energia gerada e o
controlador de carga e descarga, que como o próprio nome já diz, regulará a quantidade de
tensão recebida e a emitirá para residência.

1.8.1 Inversor e Baterias

O inversor, é um equipamento utilizado em sistemas fotovoltaicos, cuja função é


converter corrente contínua (cc) da bateria ou banco de baterias em corrente alternada (ca)
para alimentar eletrodomésticos e demais equipamentos convencionais.
É um dos mais importantes e complexos componentes em um sistema de energia
fotovoltaica independente. Para escolher um inversor é necessário conhecer algumas de suas
funções básicas, características e limitações.
45

Os sistemas fotovoltaicos possuem um ponto comum que são as baterias para


armazenamento de energia. As baterias recebem, armazenam e fornecem energia em forma de
corrente contínua.
Ao contrário, a concessionária de energia elétrica fornece energia em corrente
alternada. A corrente contínua flui em uma única direção, já a corrente alternada alterna sua
direção muitas vezes por segundo.
Um inversor converte cc para ca, e também muda o valor da tensão. Em outras
palavras é um adaptador de energia. Ele permite que a energia armazenada em uma bateria
possa alimentar aparelhos eletrodomésticos, eletrônicos, etc. Existem aparelhos
eletrodomésticos tais como geladeiras, TV e lâmpadas que podem ser ligados diretamente em
baterias sem o uso de um inversor, porém seu custo é na maioria dos casos, muito superior aos
aparelhos convencionais.

1.8.2 Controlador de Carga e Descarga e MPPT

É um componente utilizado nos sistemas fotovoltaicos para gerenciar e controlar o


processo de carga e descarga do banco de baterias.
O controlador permite que as baterias sejam carregadas completamente e evita que
sejam descarregadas abaixo de um valor seguro. É instalado eletricamente entre o painel
fotovoltaico e as baterias.
Um controlador típico possui entrada para os painéis fotovoltaicos, saída para
baterias e saída para carga (corrente contínua).
Os Controladores modernos utilizam uma tecnologia chamada PWM (Pulse With
Modulation) ou modulação por pulsos ou ainda a tecnologia MPPT (Maximum Power Point
Tracking) para assegurar que a bateria possa ser carregada até atingir sua capacidade máxima.
A reposição dos primeiros 70% a 80% da capacidade da bateria são facilmente obtidos, porém
os 20% ou 30 % finais requerem circuitos mais complexos.
Os circuitos de um Controlador leem a tensão das baterias para determinar seu estado
de carga. Os circuitos internos dos controladores variam, mas a maioria dos controladores
liem a tensão para controlar a intensidade de corrente que flui para as baterias, na medida em
que estas se aproximam da sua carga máxima.
Entre suas características estão:
 Proteção contra corrente reversa, onde ocorre a desconexão dos painéis fotovoltaicos
para prevenir perda de carga das baterias nos módulos solares durante a noite;
46

 Controle de descarga com o desligamento da saída para evitar descarga das baterias
abaixo de valores seguros;
 Monitoramentos do Sistema feito por medidores digitais ou analógicos, leds
indicadores ou alarmes de advertência;
 Proteção contra sobre corrente, através de fusíveis ou disjuntores;
 Opções de montagens embutidas, montagens em paredes, e sistema de proteção para
uso interno ou externo;
 Controle automático de cargas secundárias, ou controle de lâmpada, bombas d’água ou
outras cargas como temporizadores ou chaveamentos;
 Compensação de temperatura, necessário quando as baterias são instaladas em um
área não climatizada. A tensão de carga é ajustada em função da temperatura
ambiente;
 PWM – Método de carga muito eficiente, que mantem uma bateria em sua carga
máxima e minimiza a sulfatação da bateria, por meio de pulsos de tensão de alta
frequência;
 MPPT – Moderno sistema de carga, projetado para extrair a máxima energia possível
de um módulo solar, através da alteração de sua tensão de operação para maximizar a
potência de saída.
Os controladores são dimensionados em função da corrente dos módulos e da tensão
de operação do sistema. As tensões de operação mais comuns são 12, 24 ou 48V, e a corrente
de operação entre 1 e 60A.
Como exemplo, suponha um sistema com dois módulos fotovoltaicos que produzem
cada um 7,45A. Os dois módulos produzirão juntos 14,9A. Em situações especiais de
insolação poderá haver um aumento da corrente total produzida. Na prática deve-se aumentar
a capacidade de corrente em 25%, o que elevará para 18,6A. Será então utilizado um
controlador de 20A neste caso, que é o valor mais próximo comercialmente disponível. No
exemplo não há problema em se utilizar um controlador de 30A ou maior, a menos da questão
custo. Caso seja necessário aumentar a capacidade de seu sistema no futuro, é sugerido
considerar um controlador com a capacidade de corrente sobre dimensionada.

1.9 O Porquê do Investimento

Como já citado no início desta revisão teórica do importantíssimo papel da energia


47

para o desenvolvimento sustentável e econômico de um país, seria e é muito relevante que


com a escassez de fontes energéticas, esta tecnologia proveniente graças ao sol em crescente
desenvolvimento possa complementar o quadro energético de qualquer nação que seja. Com
ideologia considerável, conscientizada, politicada e trabalhada. Principalmente o Brasil que
tem tentado entrar num panorama de altas economias, desenvolvimento e sustentabilidade.
Segundo a Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica – EPIA12 (2013), mesmo
em meio de uma crise mundial na área econômica, o mercado de energia solar fotovoltaica
está em crescimento em nível mundial. No ano de 2012 houve um aumento de 31GWp de
sistemas solares fotovoltaicas conectados à rede (contra 30,4 GWp em 2011).
No ano de 2012 a potência instalada de energia solar fotovoltaica ultrapassou 100
GWp no mundo, sendo que a Europa possui a maior quantidade de sistemas fotovoltaicos,
quase 70% do total mundial. A Alemanha adicionou no ano de 2013, 7604 MWp seguido pela
Itália que também cresceu, 3438 MWp (EPIA, 2013).
A associação ainda afirma que a energia solar fotovoltaica é, somente atrás da
energia hidráulica e eólica, a terceira principal fonte de energia renovável em termos de
capacidade instalada no mundo. No Brasil, os números ainda são desprezíveis em relação à
Europa. Enquanto na Europa a capacidade instalada é de 70043 MWp, no Brasil,
aproximadamente 3 MWp estão conectados à rede elétrica.

1.10 Resolução 482 ANEEL

1.10.1 Resolução Normativa nº 482, de 17 de Abril de 2012

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Estabelecer as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração
distribuídas aos sistemas de distribuição de energia elétrica e o sistema de compensação de
energia elétrica.

12
A Associação Europeia da Indústria Fotovoltaica (EPIA) representa usuários ativos ao longo de toda a energia
solar fotovoltaica, a partir do uso de silício, células e módulos de produção de sistemas de desenvolvimento e
geração de eletricidade fotovoltaica, bem como marketing e vendas. A missão da EPIA é dar a seus membros
globais uma voz distinta e efetiva no mercado europeu, especialmente na União Europeia. A EPIA é um membro
fundador do Conselho Europeu de Energia Renovável (EREC), Aliança para a Eletrificação Rural (ARE) e
também do Programa Internacional Energy Agency Photovoltaic Power Systems (IEA-PVPS) e EUFORES
(Fórum Europeu de fontes de energia renováveis).
48

Art. 2º Para efeitos desta Resolução, ficam adotadas as seguintes definições:


I - microgeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada
menor ou igual a 100 kW e que utilize fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica,
biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada na rede
de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras;

II - minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com potência instalada


superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW para fontes com base em energia hidráulica,
solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL,
conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras;

III - sistema de compensação de energia elétrica: sistema no qual a energia ativa injetada por
unidade consumidora com microgeração distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por
meio de empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente compensada com o
consumo de energia elétrica ativa dessa mesma unidade consumidora ou de outra unidade
consumidora de mesma titularidade da unidade consumidora onde os créditos foram gerados,
desde que possua o mesmo Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cadastro de Pessoa Jurídica
(CNPJ) junto ao Ministério da Fazenda. (ANEEL, 2012.) (NELSON JOSÉ HÜBNER
MOREIRA)

1.11 Capacidade Instalada Mundial

Em quesito de investimento da energia solar pelo planeta destacam-se vários países,


dos quais cinco merecem uma maior atenção devido ao seu potencial, seja na tecnologia
desenvolvida, geração energética, concentração de placas entre outros.
No topo da eficiência encontra-se a Alemanha, maior investidora da tecnologia. O
país domina 31% do mercado global e é responsável por 44% da energia solar produzida em
todo o continente europeu.
Em segundo lugar a Itália, possuindo, hoje, a maior usina de geração de energia solar
da Europa.
Dando sequência vem os Estados Unidos da América que abriga, hoje, a maior usina
solar do mundo, e o maior vale de concentração de silício, o Vale do Silício (Silicon Valley),
49

ambos localizados na Califórnia.


Em quarta posição a China, que às vezes é vista como em primeira nesse ranking,
mas isso deve-se aos 70% de tecnologia usada para transformar a luz solar em energia lhes
pertencer.
E em quinto lugar o Japão, que até pode apresentar menor potência em relação aos
outros mas que tem o maior incentivo do governo. (EPIA, 2013).

1.11.1 O Brasil Fica Para Trás em Energia Solar

No Brasil, há cerca de 500 sistemas fotovoltaicos em uso, contra 1,4 milhão na


Alemanha. Lá, são 58 habitantes por instalação. Aqui, 400 mil. A situação até tem melhorado.
Já se realizam leilões para contratação de energia solar, cujos preços se tornaram competitivos
com a grande tarifa de 2014. A Aneel permitiu em 2012 que micro e miniprodutores passem a
ser creditados na conta de luz pela eletricidade que devolverem à rede. Além disso, Estados
como São Paulo, Goiás e Pernambuco devem a partir de setembro deixar de cobrar ICMS
sobre o valor desses créditos (LEITE, Marcelo, 2015).

2 METODOLOGIA

2.1 Natureza

De acordo com suas características de abrangência o projeto (pesquisa) em execução


se identificará como natureza aplicada, pois dispõe-se a sanar um problema específico com o
auxílio de conhecimentos básicos dentro da área em questão.
Por essa razão no decorrer do relatório técnico será utilizado conceitos de Eletrônica
Analógica e Digital, Eletroeletrônica, Junção PN, Diodos, Transistores de Potência, Leds, Lei
de Ohm e da Potência, Matriz Energética, Energia, Fontes Alternativas, Semicondutores,
Tecnologia Fotovoltaica entre outros.
50

2.2 Objetivos

2.2.1 Pesquisa Explicativa

Do ponto de vista dos objetivos, esse projeto se refere a uma pesquisa explicativa,
buscando identificar os fatores que determinam fenômenos, explica o porquê das coisas,
assume em geral as formas de pesquisa experimental. Segundo Gil (2008), pesquisa
experimental é aquela em que se determina um objeto de estudo, selecionam-se variáveis que
o influenciam, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que as essa
variáveis produzem no objeto.
Através da montagem de protótipos para efeitos de testes experimentais a pesquisa
explicativa ganha um diferencial, pois o porquê de certos fatores e acontecimentos não ficam
somente no papel, mas demonstram na prática o comportamento físico de tais.

2.2.2 Pesquisa Exploratória

O trabalho também requer a aplicação de uma pesquisa exploratória, fazendo um


levantamento bibliográfico de dissertações, monografias, artigos, revistas, jornais e livros
científicos em que fossem abordados temas sobre fontes de energia alternativas renováveis, a
tecnologia do efeito fotovoltaico e o panorama energético do país.
Aplicar testes já realizados, ideias que mostrem a eficiência dos leds de alto brilho
vermelho, o de alta potência e o transistor 2n3055 como fonte de energia solar e dessa forma
utilizar-se de conceitos cruciais necessários para elaboração do protótipo proposto em
processo contínuo de melhorias nesse estudo.
Segundo Gil (2008), a pesquisa bibliográfica ou exploratória é aquela elaborada a
partir de material já publicado, como livros, artigos, periódicos, na tentativa de explicar ou
ajudar e/ou contribuir com a resolução de um problema.

2.3 Coleta de dados

O método utilizado para obtenção dos dados para a questão problema foram em visão
do momento socioeconômico e ambiental atual que o país se apresenta. Através de veículos
51

de comunicações como jornais, revistas, noticiários e o próprio cotidiano vivido que


denunciou e denuncia esses acontecimentos.
Dentro da justificativa, devido as alternativas existentes no quesito energia elétrica,
usou-se de livros, monografias, dissertações e fontes de sites para chegar-se a essa escolha
dessa fonte energética. Também envolveu a situação do país e quanto a viabilidade foi através
de pesquisas e conhecimento do valor de investimentos de planos convencionais da energia
solar, mostrando a contraposta do uso de recicláveis para se conseguir algo próximo das
células industriais, porém bem mais viável quanto o custo, e cooperação à reciclagem
sustentável.
O referencial teórico foi elaborado por conhecimentos aprofundados durante o
desenvolvimento deste projeto pelo próprio autor, tanto na teoria quanto na técnica de
praticidade. E para aumentar a consistência dos fundamentos, o emprego de autores
renomados com livros científicos, monografias, teses e dissertações de doutorado, newsletter
de empresas, atlas, órgãos governamentais e citações de amigos, professores e cientistas.
Em pesquisas incessantes por sites e que continuam em desbravamento, obteve-se o
conhecimento do uso dos leds e transistores para projetos amadores. E num último momento a
ajuda do prof. Paulo Babu, como já citado.

2.4 Amostra

2.5 Recursos

Para a elaboração deste projeto foram utilizados diversos recursos e fontes como
livros acadêmicos e científicos. As páginas de sites de empresas envolvidas com a tecnologia
solar, como também vídeos tutoriais relacionados.
Com a compra dos leds e transistores e também a doação de alguns destes e mais os
fios pela Fatec Catanduva, foi possível realizar a confecção dos protótipos solares, entre
outros materiais reciclados como papelão e tampas plásticas (polipropileno).
A Fatec também disponibilizou a sala dos alunos auxiliares do corpo docente para
que parte da plaquinha fosse montada, com o uso de uma pequena morsa e uma retificadora
para que fosse retirado o capacete dos transistores.
E é claro, não pode ficar no esquecimento o próprio sol, que cedeu seus fótons
luminosos para que o principal objetivo dos testes pudesse ser atendido.
52

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 Teoria

A partir do momento em que definiu-se qual seria o tema em pesquisa e


desenvolvimento para esse projeto, a busca por fontes que o abrangessem iniciou-se.
De início as dificuldades já começaram a se apresentar, pois no país por não haver
um maior incentivo à tecnologia fotovoltaica, tornou-se difícil encontrar livros pertinentes ao
assunto com detalhes em relação as reações físico-químicas nas células. Dos muitos
consultados, são americanos, os quais foram submetidos a uma tradução para serem contidos
na teoria desenvolvida. Todavia, alguns recursos como dissertações, artigos brasileiros, e sites
puderam ser utilizados.
No tocante a matriz energética do país, boa parte dos recursos obtidos como atlas e
gráficos, são de anos anteriores, somente alguns dados foram do ano de 2015. Para esse tema
não faltou biografias, pois o país já apresenta um maior desenvolvimento em relação às outras
fontes alternativas, onde os autores muito contribuíram devido o aprofundamento na teoria
destas.
Já em relação a energia solar, as fontes requeridas foram revistas, jornais e notícias
atuais, onde mostram que o sol está tentando ter um valor maior e melhor por seus raios
luminosos, demonstrando a necessidade de políticas de incentivo, que infelizmente são
sufocadas por certos elementos da sociedade. Foi a partir dessa situação que surgiu o título
desse projeto.
Com a leitura dos textos e vídeos assistidos, foi possível obter-se um grande
conhecimento dos assuntos deste relatório, de maneira que possibilitou ser passado para o
papel de maneira concisa e íntegra.

3.2 Prática

Quanto a parte prática, como já citado em outros tópicos, com a busca de algo
diferente para sanar-se a questão do preço das placas convencionais, a curiosidade em vídeos
que diziam sobre a possibilidade do uso de leds de alto brilho vermelho e transistores de alta
potência para gerar-se energia através do sol, culminou-se na aquisição destes e na montagem
53

das placas caseiras. Razão essa que nomeou o subtítulo do trabalho.


Como ocorreu na parte teórica, aqui também teve seus momentos de frustração
devido ora eficiência de um dos componentes, devido ora a eficiência do outro.
Foram dias enfrentando o calor do sol, stress com o multímetro acarretando mau
funcionamento, associando e desassociando leds e transistores. Fazendo as ligações com fios,
e sempre pesquisando uma alternativa melhor e eficiente que atendesse o requerido. Tentando
entender as reações físicas que ocorriam com cada componente, realizando contas
matemáticas, fazendo anotações para discutir com o orientador. Sempre procurando um
ângulo melhor de insolação.
Mesmo ainda obtendo um certo sucesso, mas não satisfatório, o professor Achiles
aconselhou comprar uma placa solar de silício, para que fosse apresentado no Simpósio da
Feira de Tecnologia e futuramente na defesa do projeto.
E foi nessa Feira que surgiu a oportunidade e incentivo de continuar com as
pesquisas, buscando por outros componentes eletrônicos, pois através da ajuda do professor
Babu, chegou-se ao conhecimento da utilização do led azul de alta potência.
De acordo com ele, hipótese esta também estabelecida pelo autor, é que a curva de
eficiência do transistor é uma parábola, logo quando esta chega-se no seu ponto máximo,
ocorre uma queda brusca. Ao contrário do led em que a reta é uma curva crescente.
Por enquanto, o projeto encontra-se só na mente, pois devido a finalização escrita
desse projeto em geral, está sendo necessário uma maior atenção aos escritos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Mediante um dos motivos que deram apoio a escolha e ao desenvolvimento desse


tema é o fato de ser a energia solar a única que não apresenta nenhum tipo de impacto
ecológico. Porém amigos de estudo comentaram sobre um certo fator impactante em relação
aos grandes campos de concentração de módulos fotovoltaicos. Pois ocorre um
superaquecimento nos painéis devido a incidência do sol diretamente sobre eles, e com isso
quando algum pássaro passa por eles e encostam nas placas é abatido. A questão nesse caso é
exclusivamente aos campos de concentração, pois em instalações residenciais isso não ocorre.
E o sentido de discussão para esse princípio é em relação da obtenção de energia
através dos campos eólicos. A energia eólica para ser produzida, é necessário grandes campos
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com enormes cata-ventos, logo, da mesma maneira que as hidrelétricas, essa alternativa
acarreta no isolamento de áreas e para isso é feito o desmatamento de certas áreas ou o
despovoamento, além também do abatimento dos pássaros que passam pelas hélices.
Numa comparação de pontos negativos, a energia eólica apresenta 3 contra 0 da solar
quando comparada em relação aos painéis residenciais. O porquê dessa situação é em razão de
que para se obter uma eficiência de energia pela força dos ventos, é preciso a construção dos
parques eólicos, enquanto a solar com apenas 1m2 a eficiência já é garantida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto desenvolvido será mais um fator de pesquisa e intensificador quanto a


Tecnologia Fotovoltaica, inserido num campo que está em expansão. Por tratar-se de uma
política, o mesmo tendera-se a atingir aqueles que estão envolvidos e interessados no
desenvolvimento desta fonte de energia e também conscientizará aqueles que ainda estão
distante desta realidade.
O Brasil precisa entrar no contexto do desenvolvimento sustentável, e como fontes
alternativas de energia é fator acarretador de desenvolvimento socioeconômico, por que não
investir no sol?

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