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UM ESTUDO ANALÍTICO DE CASOS DE ADULTERAÇÃO NO

TEOR DE COMBUSTÍVEIS E CALIBRAÇÕES DE BOMBAS DOS


AUTOS POSTOS DE CATANDUVA/SP E MICRORREGIÃO

GABRIELA MOREIRA DE ALMEIDA


LUCAS PORTO PINHEIRO
WILLIAN DA SILVA PAULINO

CATANDUVA
2019
INTRODUÇÃO
A indústria petroleira apresenta indispensabilidade quanto ao desenvolvimento e
crescimento econômico mercantil e estatal de um país. É através de importações e
exportações que recursos minerais e naturais viabilizam uma melhor faturação de
substâncias como os combustíveis tanto de origem fóssil, quanto vegetal.
Em sua matriz atual, o Brasil é provedor de dois principais atuadores na
combustão de automotores, a gasolina (C8H18), e o etanol (C2H6O) hidratado (96%),
percentagem esta, estabelecida pela ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis.
Ambas fontes energéticas são preparadas por processos físico-químicos a rigor da
ANP e também do IPEM – Instituto de Pesos e Medidas, para que de forma fiscalizada e
garantida, esses combustíveis cheguem até os autos postos brasileiros com as
especificações necessárias para atender os requisitos que os veículos automotores
apresentam quanto aos critérios da indústria automobilística. A gasolina que trata de ser
um conjunto de hidrocarbonetos, apresenta uma mistura a base de querosene, outras
substâncias provenientes do petróleo e o etanol anidro (99%), para que em conformidade,
possam oferecer um melhor desempenho e eficiência aos veículos. Enquanto que o etanol
apresenta uma pureza de 96%, por ser assim então nomeado de etanol hidratado, ou seja,
com 4% de água (H2O) em sua composição.
Entretanto, tais especificações não têm sido respeitadas e adotadas, pois em
função de um maior faturamento e até mesmo sonegação, autos postos, em detrimento de
postarias e leis, têm adulterado os teores pré-estabelecidos de seus combustíveis, ou seja,
manipulado um método para ocasionar o lesamento dos consumidores, violando não só
diretrizes metrológicas, mas também, o código de defesa do consumidor, e o abuso na
qualidade do combustível, e quantidade volumétrica do mesmo quanto a manipulação na
calibragem das bombas.
A problematização implica-se quando os consumidores notam avarias e perdas no
desempenho de seus veículos, bem como danificações em motores, partes mecânicas e
elétricas, o que requer consertos mecânicos e elétricos, logo, gastos desnecessários.

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OBJETIVOS GERAIS
Analisar e quantificar o teor percentual na mistura de combustíveis automotivos
em conformidade com diretrizes regulamentadoras dos órgãos vigentes e responsáveis,
identificando por meio de coletas e análises laboratoriais a presença de adulterações e
apontar casos de descalibrações em bombas de combustível dos autos postos de
Catanduva – SP e Microrregião. E ministrar oficina analítica para demonstração de
métodos na determinação de padrão e adulteração de combustíveis.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Quantificar a porcentagem de etanol na gasolina e por conseguinte água


no etanol;
 Aplicar os métodos de média, moda, mediana e desvio padrão para uma
melhor análise dos valores obtidos em triplicata por gasolina adquirida;
 Manusear vidrarias e instrumentos laboratoriais, bem como mensurar
volumes e massas de substâncias em análise;
 Compreender a definição e razão no comportamento de misturas
azeotrópicas;
 Estudar, testar e aplicar métodos que incorram na desidratação do etanol
(96%), dispondo-se de destilação fracionada, filtração e oxidação.

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JUSTIFICATIVA
Partindo de todo esse impasse e descaso para com o consumidor é que se instigou
tal experimentação consistente na coleta de combustíveis em autos postos aleatórios na
cidade de Catanduva e microrregião, e, para que na detecção de incoerências, possam-se
juntos aos cidadãos e órgãos, atuar na denúncia destas, e também, apresentar o método
experimental a terceiros, como alunos de ensino médio, para que tenham ao alcance um
recurso que garanta o respeito e direito do consumidor e conhecer a procedência de seu
combustível.
Ainda, em função de reportagem apresentada pelo Fantástico no ano 2012,
constatou-se por meio de testes uma discrepância entre o volume adquirido de
combustível e registrado pela bomba com o real volume obtido, posteriormente
mensurado com o auxílio de uma proveta. A partir da auditoria da Associação de Combate
à Fraude e o Controle de Qualidade do Inmetro, foi confirmado a presença de um circuito
eletrônico que diminuía a vazão ou ainda a pressão com que o combustível saia pelo bico
do dispositivo de abastecimento.
E enfim, para promover a conscientização e ação transformadora de cidadãos, pais
e alunos, através da ministração de uma oficina de análise e metrologia, por saber que tais
alunos e pais podem se dotarem de algum veículo, e assim lhes tornarem cientes de
processos que os garantam saber a procedência de seu combustível.

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METODOLOGIA

Materiais Utilizados

· Proveta 1000 mL

· 2 Proveta de 100 mL

· Água

· Gasolina

Procedimento A: Calibragem das Bombas

Primeiramente foi coletado 1 litro para efeito de amostragem de gasolina dos


postos de Catanduva-SP e Microrregião, as amostras foram divididas em: (A, B, C, D, E,
F, G, H). Posteriormente, as amostras foram conduzidas ao laboratório para o teste de
calibragem das bombas. Em uma proveta de 1000 mL, transferiu-se uma das amostras, e
verificou-se se a quantidade mensurada condizia com o volume adquirido. Em seguida,
aplicou-se esse mesmo procedimento para com todas as outras amostras, anotando os
resultados.

Procedimento B: Adulteração da Gasolina

Em uma proveta de 100ml, mensurar (50ml) de uma amostra de gasolina e


transferir para uma proveta de 100ml, adicionar água até que atinja a marca de 100ml da
proveta, tampar a mesma e agitá-la com cuidado para evitar a formação de emulsão,
invertendo-a verticalmente de forma lenta. Acondicionou-se a amostra em repouso por
(10 minutos) e aguardou até a completa definição da interface entre as duas fases. Anotou-
se a variação do volume da fase aquosa. Realizou esse procedimento com todas as outras
amostras, sempre se recorrendo as medições em triplicatas por cada amostra colhida.

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CÁLCULOS DE AMOSTRAGEM

Amostra de gasolina (A)

1° teste

50mL------100%

11,2mL---x x = 22.4%

2° teste

50mL------100%

11,2mL---x x = 22.4%

3° teste

50mL------100%

11,7mL---x x = 23.4%

Amostra de gasolina (B)

1° teste

50mL------100%

10,0Ll---x x = 20%

2° teste

50mL------100%

11,00mL---x x = 22%

3° teste

50mL------100%

10,00mL---x x = 20%

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Amostra de gasolina (C)

1° teste

50mL------100%

9,0mL---x x = 18%

2° teste

50mL------100%

9,0ml---x x = 18%

3° teste

50mL------100%

10,00mL---x x = 20%

Amostra de gasolina (D)

1° teste

50mL------100%

11,00mL---x x = 22%

2° teste

50mL------100%

10,0mL---x x = 20%

3° teste

50mL------100%

10,00mL---x x = 20%

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Amostra de gasolina (E)

1° teste

50mL------100%

10,00mL---x x = 20%

2° teste

50mL------100%

10,0mL---x x = 20%

3° teste

50mL------100%

10,00mL---x x = 20%

Amostra de gasolina (F)

1° teste

50mL------100%

11,00mL---x x = 22%

2° teste

50mL------100%

10,0mL---x x = 20%

3° teste

50mL------100%

10,00mL---x x = 20%

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Tabela dos resultados percentuais de etanol presente na gasolina de cada posto

Amostra de gasolina 1° teste 2° teste 3° teste


A 22,4% 22,4% 23,4%
B 20% 22% 20%
C 18% 18% 20%
D 22% 20% 20%
E 20% 20% 20%
F 22% 20% 20%

CÁLCULOS ESTATÍSTICOS

Amostra (A)

22,4; 22,4; 2,.4

Moda: 22,4

Mediana: 22,4; 22,4; 23,4

22,4
= 22,4
1

22,4+22,4+23,4
Média aritmética: = 22,7
3

(22,4−22,7)2 +(22,4−22,7)2 +(23,4−22,7)2


Desvio padrão: √ = 0,3621
3

Variância :(0,3621)2=0,1311

Amostra (B)

20; 22; 20

Moda: 20

Mediana: 20; 20; 22

20
= 20
1

20+20+22
Média aritmética: = 20,66
3

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(20−20,66)2 +(20−20,66)2 +(22−20,66)2
Desvio padrão: √ = 0,5443
3

Variância :(0,5443)2=0.2962

Amostra (C)

18; 18; 20

Moda: 18

Mediana: 18, 18, 20

18
= 18
1

18+18+20
Média aritmética: = 18,66
3

(18−18,66)2 +(18−18,66)2 +(20−18,66)2


Desvio padrão: √ = 0,5443
3

Variância :(0,5443)2=0.2962

Amostra (D)

22; 20; 20

Moda: 20

Mediana: 20; 20; 22

20
= 20
1

20+20+22
Média aritmética: = 20,66
3

(20−20,66)2 +(20−20,66)2 +(22−20,66)2


Desvio padrão: √ = 0,5443
3

Variância :(0,5443)2=0.2962

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Amostra (E)

20; 20; 20

Moda: 20

Mediana: 20; 20; 20

20
= 20
1

20+20+20
Média aritmética: = 20
3

(20−20)2 +(20−20)2 +(20−20)2


Desvio padrão: √ =0
3

Variância :(0)2=0

Amostra (F)

22; 20; 20

Moda: 20

Mediana: 20; 20; 22

20
= 20
1

20+20+22
Média aritmética: = 20,66
3

(20−20,66)2 +(20−20,66)2 +(22−20,66)2


Desvio padrão: √ = 0,5443
3

Variância :(0,5443)2=0.2962

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Amostra de gasolina Moda Mediana Média Aritmética Desvio Padrão Variância

A 22,4 22,4 22,7 0.3621 0.1311

B 20 20 20,66 0.5443 0.2962

C 18 18 18,66 0.5443 0.2962

D 20 20 20,66 0.5443 0.2962

E 20 20 20 0 0

F 20 20 20,66 0.5443 0.2962

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após finalização da parte experimental, foi realizada a análise dos valores


encontrados nas amostras analisadas através da comparação com parâmetros
estabelecidos pela ANP. Os resultados estão expostos nos cálculos e tabela abaixo

Para se calcular a porcentagem de etanol presente na gasolina, segue-se a seguinte


regra de três:

50 mL de gasolina inicial ---------- 100%

11,2 mL de etanol presentes -------- x

50x = 11,2x100

50x = 1120

x = 1120/50

x = 22,4%

Este cálculo foi realizado para todos os valores obtidos das amostras
quantificadas. Os resultados estão na tabela abaixo.

Amostra de gasolina 1° teste 2° teste 3° teste


A 22,4% 22,4% 23,4%
B 20% 22% 20%
C 18% 18% 20%
D 22% 20% 20%
E 20% 20% 20%
F 22% 20% 20%

Tabela 1: Percentuais obtidos do teor de etanol de cada amostra.

Enfatizando-se ainda que os valores mensurados podem apresentar uma pequena


variação, sendo a margem de erro admitida de 1%, para mais ou para menos. Os
resultados das análises demonstraram que nenhuma das amostras analisadas
caracterizaram adulteração, pois nenhuma delas ultrapassou o valor previsto pela ANP
que é de 27%, sendo por isso considerado como isento de fraude os combustíveis da
cidade de Catanduva-SP e Microrregião.

CATANDUVA
2019

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