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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CÂMPUS

CATANDUVA

CARLOS RENAN ORTEGA


IGOR LEANDRO GODOY DE ABREU DA SILVA
WILLIAN DA SILVA PAULINO

CÉLULA ELETROLÍTICA APLICADA A UM ESTUDO DE CASO


COMO METODOLOGIA DE ENSINO DE QUÍMICA

CATANDUVA - SP
2022
CARLOS RENAN ORTEGA
IGOR LEANDRO GODOY DE ABREU DA SILVA
WILLIAN DA SILVA PAULINO

CÉLULA ELETROLÍTICA APLICADA A UM ESTUDO DE CASO


COMO METODOLOGIA DE ENSINO DE QUÍMICA

Prática como Componente Curricular (PCC)


apresentado à Instituto Federal de Ciência e
Tecnologia de Catanduva (IFSP), com o
objetivo de trabalhar a prática docente de
maneira intensa na formação do licenciado.
Orientadores: Prof. Dr. Osmair Vital de
Oliveira; Prof. Dr. Ricardo Castro de Oliveira;
Prof. Dr. Thiago Bernardo Cavassani.

CATANDUVA - SP

2022
RESUMO

Este trabalho consiste na proposta de uma experiência de aplicação do método


de Estudo de Caso (EC) ao Ensino Médio (EM), onde os alunos terão a oportunidade
de avaliarem os cavacos de certas ligas metálicas e assim descobrirem que tipo de
material eles estão analisando, tendo como pressuposto formas de abordagem dos
conceitos da Físico-Química por meio do tema “corrosão de metais”. O objetivo desta
proposta é desenvolver uma Prática Pedagógica que contribua para que o aluno tenha
compreensão do conhecimento científico e perceba sua vinculação com a realidade
que o cerca, facilitando dessa forma, o aprendizado de conceitos químicos e
favorecendo o fortalecimento de habilidades que possam instrumentá-los para tomada
de decisão. Experimentalmente foi prototipada uma célula eletrolítica usando
materiais alternativos de baixo custo para se avaliar a resistência a corrosão
(oxidação) em diferentes amostras de ligas metálicas, com o intuito de esse processo
de eletrólise obter-se dados qualitativos para uso de comparação com os dados que
os alunos podem obter no Estudo de Caso. Com isso em mente foram propostos
outros métodos de análise para estes mesmos materiais, como análise visual do
material (cor e perfil de corte), interação com campos magnéticos e dureza do material
(maleabilidade). Assim oferecendo diversos meios para que os alunos possam os
analisar e descobrir que tipo de liga metálica ele está testando, sendo que o método
de análise seria determinado pelo próprio estudante, dando total liberdade para o
mesmo.

PALAVRAS-CHAVE: Estudo de Caso, Célula eletrolítica, Corrosão, Ligas Metálicas.


ABSTRACT

This work consists in the proposal of an experience of application of the


Case Study method (CE) to High School (EM), where students will have the opportunity
to evaluate the chips of certain metal alloys and thus discover what type of material
they are analyzing. , having as presupposition ways of approaching the concepts of
Physical Chemistry through the theme “Corrosion of Metals”. The objective of this
proposal is to develop a Pedagogical Practice that contributes for the student to have
an understanding of scientific knowledge and perceive its connection with the reality
that surrounds him, thus facilitating the learning of chemical concepts and favoring the
strengthening of skills that can instrument them for decision-making. Experimentally,
an electrolytic cell was prototyped using alternative low-cost materials to evaluate the
corrosion resistance (oxidation) in different samples of metallic alloys, in order for this
electrolysis process to obtain qualitative data for use in comparison with the data that
students can obtain in the Case Study. With this in mind, other analysis methods were
proposed for these same materials, such as visual analysis of the material (color and
cut profile), interaction with magnetic fields and material hardness (malleability). Thus
offering several ways for students to analyze and find out what kind of metal alloy he
is testing, and the method of analysis would be determined by the student himself,
giving him total freedom.

KEYWORDS: Case Study, Electrolytic cell, Corrosion, Metal alloys.


Sumário
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 6
1.1. OXIRREDUÇÃO......................................................................................................................... 7
1.2. CORROSÃO .............................................................................................................................. 8
1.2.1. Corrosão do ferro ............................................................................................................ 9
1.2.2. Prevenindo a Corrosão do Ferro ..................................................................................... 9
1.3. Célula eletrolítica..................................................................................................................... 9
1.3.1. Eletrólise de solução aquosa. ........................................................................................ 10
2. Objetivo ......................................................................................................................................... 11
3. Metodologia .................................................................................................................................. 11
3.1. Reagentes e Materiais. .......................................................................................................... 12
3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .......................................................................................... 12
3.2.1. Eletrólise ........................................................................................................................ 12
3.2.2. Oxidação química .......................................................................................................... 14
3.2.3. Visual ............................................................................................................................. 14
3.2.4. Maleabilidade (Resistência Mecânica) .......................................................................... 15
3.2.5. Magnetismo .................................................................................................................. 15
4. Resultados e Discussões ................................................................................................................ 15
4.1. Comportamento oxidante das ligas testadas (eletrólise) ..................................................... 15
4.1.1. Bronze ........................................................................................................................... 15
4.1.2. Bismuto 11S................................................................................................................... 16
4.1.3. Aço Inox ......................................................................................................................... 17
4.1.4. Aço 1020 ........................................................................................................................ 17
4.2. Outros métodos de análise ................................................................................................... 18
4.2.1. Aspecto Visual (Físico) ................................................................................................... 18
4.3. Maleabilidade (Resistência Mecânica) .................................................................................. 20
4.4. Magnetismo .......................................................................................................................... 20
4.5. Químico Qualitativo .............................................................................................................. 20
5. Conclusões..................................................................................................................................... 23
Referèncias bibliograficas ..................................................................................................................... 25
6. Apêndice........................................................................................................................................ 27
6.1. O CASO: Contratação de Novos Funcionários ....................................................................... 27
7. ANEXOS ......................................................................................................................................... 29
7.1. QUESTIONÁRIO DE AUTOAVALIAÇÃO ................................................................................... 29
1. INTRODUÇÃO
O método de Estudo de Caso (EC) é uma variante do método Aprendizagem
Baseada em Problemas (ABP). Os Casos são comumente utilizados para ensinar
habilidades que influenciam a tomada de decisão profissional. Dessa maneira, o
método de EC possui ampla aplicação no ensino médio, superior e profissionalizante.
A metodologia de EC teve origem na Escola de Medicina da Universidade de
McMaster, Ontário, há aproximadamente 40 anos e por muito tempo ficou restrito à
formação de profissionais da área médica. O EC trata-se de uma metodologia
desenvolvida com o intuito de possibilitar aos alunos o contato com problemas reais,
antes de alcançarem os semestres finais do curso (SALES, 2017). O método logo se
difundiu pelas faculdades de medicina de diversos países e depois por outros cursos
de graduação e pós-graduação (SALES, 2017). No Brasil, foi adotada prioritariamente
nos cursos de Medicina, Direito, Administração, Economia e em uma proporção menor
nos cursos de Ciências, no Ensino Superior.
Nesse contexto, cresce a preocupação com as abordagens pedagógicas em
Química que enfatizam o papel ativo do aluno no processo de aprendizagem.
Atualmente a sociedade encontra-se dependente dos metais. Em transportes,
estruturas e ferramentas são usadas grandes quantidades de ferro fundido, aço
inoxidável, bronze, zinco e diversas ligas metálicas em quase todas as aplicações do
segmento industrial. No campo da fabricação de componentes não é difícil de
perceber-se que os metais utilizados para a fabricação de tais como, terminais e
conexões hidráulicas de alta pressão, são essencialmente importantes, pois podem
sofrer influência da corrosão.

Uma das características mais relevantes dos aços inoxidáveis é a sua


excelente resistência à corrosão quando comparados aos aços
convencionais, entretanto essas ligas não são imunes a esse tipo de dano,
sendo suscetíveis principalmente à corrosão localizada. (GONÇALVES DOS
SANTOS JR, VOLCANOGLO BIEHL & MARASCA ANTONINI, 2017).

Em geral, a eletrólise é pouco conhecida pelos estudantes, mas tem grande


importância industrial, pois podem separar algumas substâncias essenciais, como
alumínio, cloro, hidróxido de sódio.
Uma de suas principais aplicações é na produção de alumínio, mais
precisamente na etapa de redução eletrolítica da alumina. Outra aplicação é como um
meio de fazer um revestimento de materiais (galvanização), seja por proteção contra
corrosão, seja por estética (folhagem de joias).

1.1. OXIRREDUÇÃO
Na Química existem diversos tipos de estudo e um deles estuda reações de
Oxidação: Perda de elétrons em uma transferência de elétrons, onde tem-se a
oxidação e a redução, denominado de reação de oxirredução (ou redox). Este tipo de
reação é comumente utilizada para a geração de eletricidade, e bem como o uso da
eletricidade para desencadear-se reações químicas.
 Redução: Ganho de elétrons em uma reação química;
 Agente oxidante: É aquele que aceita elétrons (sofre redução) e tem seu
Nox (número de oxidação) reduzido no processo;
 Agente redutor: É aquele que perde elétrons (sofre oxidação) e
consequentemente aumento do seu Nox.
Oxidação e redução ocorrem simultaneamente. Uma reação de oxidação ou
redução é chamada de semi-célula ou semi-reação. Uma reação de oxirredução ou
redox é a combinação de duas semi-reações (uma de oxidação e outra de redução).

Exemplo:

Zn(s) → Zn2+(aq) + 2e- (semi-reação de oxidação)

Cu2+(aq) + 2e- → Cu(s) (semi-reação de redução)

Zn(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) + Cu(s) (reação de oxirredução)

Uma informação essencial a se ressaltar é que para saber quem vai perder
(oxidação) e/ou ganhar (redução) elétrons é preciso saber o potencial de redução
(E.red) e o potencial de oxidação (E.oxi) (Unidade do E.red e E.oxi é o Volts (V)).
(Tabela 1 - Potencial de redução)

Fonte - Questões sobre Potencial de Redução

1.2. CORROSÃO
Corrosão pode ser definida como a deterioração de um material, geralmente
metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente associada ou não a
esforços mecânicos (GENTIL, 2011).
A corrosão é um processo espontâneo e geralmente ocorre na superfície dos
materiais com princípios bem estabelecidos. Todos os metais estão sujeitos ao ataque
corrosivo, se o meio for suficientemente agressivo, de modo que a durabilidade e
desempenho deles deixam de satisfazer os fins aos quais se destinam.
Existe alguns tipos de corrosão como o químico, também conhecida como
corrosão seca, que acontece quando um agente químico atua sobre determinado
material (metálico ou não). O eletroquímico que acontece quando o metal entra em
contato direto como o meio corrosivo (eletrólito) (NORTEL, 2021). Fonte:
<https://nortel.com.br/blog/tipos-de-corrosao/>. Acesso em: 2 de junho de 2022.

 Oxidação: o termo oxidação significa perder elétrons, ou ainda aumento


da reatividade, não necessariamente em presença de oxigênio.
 Eletrólise é uma reação de oxirredução não espontânea produzida pela
passagem da corrente elétrica. (DAS GRAÇAS, M, 2022) Acesso em: 2
de junho de 2022.
1.2.1. Corrosão do ferro
Corrosão é a deterioração de metais causada por processos eletroquímicos
(oxirredução).

Uma vez que o potencial do E.red (Fe2+) < E.red (O2), o ferro pode ser oxidado
pelo oxigênio.
Cátodo: O2(g) + 2H2O(l) → 4e- = 4(OH)-(aq) = +0,40
Ânodo: Fe(s) + 2e- → Fe(s) = -0,44
O oxigênio dissolve em água e normalmente provoca a oxidação do ferro. O
Fe2+ inicialmente formado pode ser ainda mais oxidado a Fe3+, que forma a
ferrugem Fe2O3(aq) + H2O(l). A oxidação ocorre no local com a maior
concentração de O2 (OLIVEIRA, 2022).

1.2.2. Prevenindo a Corrosão do Ferro

A corrosão pode ser impedida através do revestimento do ferro com tinta ou


um outro metal, como o Zinco, onde o Ferro galvanizado é revestido com uma
fina cama de Zinco e assim ele consegue proteger o ferro uma vez que o Zn
é o ânodo e Fe é o cátodo.
Zn2+(aq) +2e- → Zn(s), E.red = -0,76 V
Fe2+(aq) + 2e- → Fe(s), E.red = -0,44 V
Com os potenciais padrão de redução acima, o Zn é mais facilmente oxidado
do que o Fe. O Zn é chamado de metal de sacrifício. (OLIVEIRA, 2022).

1.3. Célula eletrolítica


Célula eletrolítica é o dispositivo em que ocorre eletrólise, isto é, em que ocorre
a decomposição de corpos ionizados a partir de corrente elétrica, transformando
energia elétrica em energia química.
Uma Célula Eletrolítica é constituída de dois eletrodos o ânodo e o cátodo.
Existe uma diferença de uma célula galvânica da célula eletrolítica onde o ânodo é o
positivo e o catodo é o negativo já em uma célula galvânica é o contrário o cátodo é o
positivo e o ânodo é o negativo.
1.3.1. Eletrólise de solução aquosa.
As reações não espontâneas necessitam de uma corrente externa para fazer
com que a reação ocorra. Nas células voltaicas e eletrolíticas, a redução ocorre no
cátodo e a oxidação ocorre no ânodo. No entanto, em células eletrolíticas, os
elétrons são forçados a fluir do ânodo para o cátodo.

Exemplo: A decomposição de NaCl (cloreto de sódio).

Cátodo: 2Na+(l) + 2e- 2Na(l)

Ânodo: 2Cl-(l) Cl(g) + 2e-

(Figura 1 - Eletrólise de soluções aquosas)

Fonte: Autores.

Um bom exemplo de uso industrial da Célula Eletrolítica é na produção de


matais como o Al, onde a produção começa com sua matéria-prima, a
bauxita, um tipo de solo argiloso, em seguida a bauxita passa por um moinho
e é então lavada, para retirada da argila, e a partir dela é extraído óxido de
Alumínio e assim ela vai para fábrica onde será refinada e transformada em
Alumínio através de uma eletrólise (OLIVEIRA, 2021).

Durante a eletrólise, um cátion sofre redução no cátodo, e um ânion sofre


oxidação no ânodo. Isso acontece por meio da descarga elétrica fornecida por uma
fonte externa. Assim, temos na eletrólise uma reação de oxidação e redução não
espontâneas.
Exemplo na produção do Alumínio

Ânodo: 2O2- = O2 + 4e-

Cátodo: Al3+ + 3e- = Al(l)

Global: 2Al2O3 = 2Al + 3O2.

2. OBJETIVO
Apresentar os conceitos de oxirredução em experimentos de corrosão de ligas
metálicas, mostrando os seus mecanismos de desgaste.
Trabalhar a proposta de elaboração de um Estudo de Caso aplicável no ensino
médio viabilizando a participação de alunos para que estes ao se envolverem na
atividade, possam desenvolver a interpretação, senso analítico e crítico, buscando
informações e análise de dados, assim gerando no aluno um senso questionador.

3. METODOLOGIA
Na metodologia é apresentado os materiais utilizados e detalhes técnicos para
a condução do experimento. O experimento foi previamente realizado no laboratório
da Universidade Federal de Ciência e Tecnologia de Catanduva.
A escolha da temática (corrosão) surgiu com a possibilidade de se trabalhar o
conteúdo de Físico-Química, em virtude do forte apelo midiático e social desta
questão. Inicialmente propôs-se a aplicação de um questionário para a coleta de
dados dos estudantes e este questionário serviria para levantar a realidade dos alunos
e seus interesses dentro e fora do ambiente escolar, no entanto, após uma breve
discussão entre os membros do grupo decidiu se aplicar apenas um questionário no
final do estudo de caso para checar se os alunos que participaram da parte
experimental conseguiram absorver algum conteúdo sobre o tema de corrosão.
Foi contextualizado um caso passível de realidade acerca de uma empresa do
segmento Metalúrgico/Siderúrgico que consiste na contratação de funcionários onde
os mesmos além de desempenhar a função operacional, precisariam aprender e
desenvolver certas técnicas na identificação de ligas metálicas.
3.1. Reagentes e Materiais.
A seguir, são listados os materiais necessários para a realização dos
experimentos
 Uma grafite;
 Dois tarugos de Inox;
 Um recipiente plástico de 500 mL com tampa;
 Bicarbonato de Sódio (NaHCO3);
 Duas seringas de 50 mL;
 Fita isolante;
 Água destilada;
 Uma fonte variável;
 Um Copo de Béquer de 500 mL
 Balança analítica ou semi-analítica;
 Par de garras jacaré;
 Imã;
 Ácido Nítrico (HNO3) 6 molar;
 Quatro tubos de ensaio.

MATERIAS QUE SERÃO ANALISADOS

 Cavacos de Bronze, Bismuto 11S, Aço 1020 e Aço Inox.

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.2.1. Eletrólise
Para construção da célula de eletrolítica, foi utilizado um recipiente reciclável
de 500 mL com tampa contendo 2 furos por onde foram introduzidas 2 seringas, em
seguidas fixadas com fita isolante, sendo que uma estava com a boca para baixo e
outro estava com a boca para cima. Numa das seringas foi colocado o grafite para ter
contato com a solução. Tal solução foi preparada com 400mL de água, mais 10g de
NaHCO3, condição para formação de uma solução ionizante.
Num segundo momento, foi montado um arranjo composto por uma fonte
variável de 3 a 12 volts e uma amperagem máxima de 300 miliàmperes (mA), com a
possibilidade de inverter-se os polos da fonte. Em sequência foram anexadas as
garras jacaré nos fios que saíam da fonte, sendo que o fio negativo foi conectado no
grafite da célula de corrosão. A figura 2 apresenta a célula que foi projetada para a
realização deste experimento.

(Figura 2 – Célula de corrosão utilizada nos experimentos)

Fonte: Autores

Foi realizada uma variação de potencial de 3, 6 e 12 volts com duração de


aproximadamente 120 segundos. Os dados foram coletados baseando-se na
voltagem, se o desprendimento de material era visível na solução, se a corrosão era
visível no material e, se tinha liberação de hidrogênio e enquanto tempo demorava
para surgir bolhas na solução. Durante a realização dos ensaios os metais foram
conectados no polo positivo da célula de corrosão.
Todas as soluções químicas usadas como eletrólito foram preparadas usando
400mL de água destilada e 10g de bicarbonato de sódio, mensurados num béquer de
500mL via uma balança analítica seguido da homogeneização desse sistema. Para
cada metal a solução foi refeita. Ressalvando-se que inicialmente a solução foi
preparada com cloreto de sódio NaCl, porém, devido à liberação de gás cloro e por
questões de segurança foi alterado para bicarbonato de sódio onde no lugar de ser
liberado gás cloro seria liberado CO2.
(Figura 3 - Sistema montado para aquisição de dados)

Fonte: Autores

3.2.2. Oxidação química


Após os experimentos realizados anteriormente foi utilizado para efeitos de
oxidação visual e análises qualitativas o uso do agente oxidante Ácido Nítrico (HNO3)
6 molar. A análise da oxidação deu-se nas seguintes ligas metálicas: Bronze, Bismuto
11S, Aço 1020 e Aço Inox. Considerando que todos cavacos foram depositados
simultaneamente nos tubos de ensaio, contendo a solução de Ácido Nítrico (HNO3) 6
molar, e a partir disso foi observado a reação de oxidação das ligas metálicas e
anotado os dados em relação a mudança de cor da solução e a liberação de gás e
tempo para a oxidação, se visível da liga metálica.

3.2.3. Visual
Ainda em mente o estudo de caso como foco principal do trabalho foi
necessário aplicar outros métodos de análise das ligas e um deles foi o visual onde
foi analisado todas as características visíveis das ligas metálicas como brilho, cor e o
formato de corte de cada cavaco.
3.2.4. Maleabilidade (Resistência Mecânica)
A maleabilidade consiste na propriedade que apresentam os corpos de serem
moldados por deformações, um elemento conhecido mais maleável é o ouro que pode
ser manuseado até dez milésimos de milímetro de espessura (INFOPÉDIA, 2022).
Tendo isso em mente, foi usado como método de análise a maleabilidade dos
materiais (resistência mecânica) sendo que algumas ligas metálicas aparentaram
serem mais moles e quebradiças enquanto outras apresentaram uma dureza elevada
podendo até oferecer risco de corte.

3.2.5. Magnetismo
Magnetismo é um conjunto de fenômenos relacionados à interação entre
campos magnéticos que se relacionam entre a atração ou repulsão entre materiais
que apresentam magnetismo. E para o estudo de caso foi proposto uma análise das
ligas metálica usando o campo magnético de um imã na tentativa proposital de
averiguar-se a interação magnética entre os sistemas em testes.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesta parte são apresentados os resultados obtidos a partir da análise das
corrosões feitas com a célula eletrolítica. Além disso são descritos alguns parâmetros
para identificação de certas ligas metálicas tomando como base os cavacos obtidos
no processo de usinagem destas. Todos os dados obtidos foram separados por
métodos de análises.

4.1. Comportamento oxidante das ligas testadas (eletrólise)


4.1.1. Bronze
No bronze pôde-se perceber que com 12 volts o desprendimento de material
era visível na solução, e da liga metálica a liberação de gás hidrogênio (eletrólise da
água) que era instantânea, com início em menos de 1 segundo. Com 6 volts a única
mudança foi o tempo de início para a liberação de hidrogênio, que foi de 26 segundos
com a média. Por fim, em 3 volts a única mudança percebida foi uma demora para a
liberação de hidrogênio iniciando-se aos 68 segundos.
(Tabela 2 – Dados obtidos por meio da corrosão do Bronze)
Corrosão
Voltagem Deposição visível visível
Material (V) na solução na liga metálica
Bronze 12 Sim Sim
Bronze 6 Sim Sim
Bronze 3 Sim Sim

Liberação de Início da liberação


Material hidrogênio de hidrogênio; (t)
Bronze Sim 0(s)
Bronze Sim 26(s)
Bronze Sim 68(s)

Fonte: Autores

4.1.2. Bismuto 11S


Para o bismuto 11S percebeu-se que com 12 volts o desprendimento era
visível na solução, a corrosão era visível na liga metálica e consequentemente a
liberação de hidrogênio, sendo instantâneo, acontecendo em zero segundos após
ligar a célula eletrolítica. Com 6 volts percebeu-se que a única variação foi o tempo
aproximado de 6 segundos para a liberação de gás. Em 3 volts percebeu-se que a
corrosão não era visível na liga metálica, porém demorava 10 segundos para iniciar-
se a liberação de hidrogênio.

(Tabela 3 – Dados obtidos por meio da corrosão do Bismuto 11S)


Deposição Corrosão
Voltagem visível visível
Material (V) na solução na liga metálica
Bismuto 11S 12 Sim Sim
Bismuto 11S 6 Sim Sim
Bismuto 11S 3 Sim Não

Liberação de Início da liberação


Material hidrogênio de hidrogênio (t)
Bismuto 11S Sim 0(s)
Bismuto 11S Sim 6(s)
Bismuto 11S Sim 10(s)

Fonte: Autores
4.1.3. Aço Inox
No aço Inox a 12 volts percebeu-se que o desprendimento de material não era
visível na solução e que a corrosão não era visível na liga metálica. Porém havia a
liberação de hidrogênio no instante 0 segundos. Quando em 6 volts percebeu-se que
havia liberação de hidrogênio após 72 segundos e em 3 volts não havia liberação de
hidrogênio dentro do tempo limite de 120 segundos.

(Tabela 4 – Dados obtidos por meio da corrosão do Aço Inox)


Deposição Corrosão
Voltagem visível visível
Material (V) na solução na liga metálica
Aço Inox 12 Não Não
Aço Inox 6 Não Não
Aço Inox 3 Não Não

Liberação de Início da liberação


Material hidrogênio de hidrogênio; (t)
Aço Inox Sim 0(s)
Aço Inox Sim 72(s)
Aço Inox Não Indeterminado

Fonte: Autor

4.1.4. Aço 1020


No aço 1020 pode-se perceber que com 12 volts o desprendimento era visível
na solução, porém não era visível corrosão na liga metálica. Havia a liberação de
hidrogênio instantaneamente acontecendo em zero segundos. Na diferença de
potencial de 6 volts ocorria a liberação de hidrogênio, mas só se tornava visível após
42 segundos. Por fim a 3 volts também acontecia a liberação de hidrogênio, no entanto
só era visível após 68 segundos.
(Tabela 5 – Dados obtidos por meio da corrosão do Aço 1020)
Deposição Corrosão
Voltagem visível visível
Material (V) na solução na liga metálica
Aço Inox 12 Sim Não
Aço Inox 6 Sim Não
Aço Inox 3 Não Não

Liberação de Início da liberação


Material hidrogênio de hidrogênio (t)
Aço Inox Sim 0(s)
Aço Inox Sim 42(s)
Aço Inox Sim 68(s)

Fonte: Autor

A Partir dos dados obtidos através da célula eletrolítica pode-se observar que
a ordem de oxidação das ligas metálicas deu-se pela seguinte sequência: Bronze,
Bismuto 11S, Aço 1020 e Aço Inox, no qual constatou-se não sofrer oxidação. O
mesmo trata-se de uma liga metálica em que seus componentes lhe garante essa
propriedade de estado inoxidável.

4.2. Outros métodos de análise

4.2.1. Aspecto Visual (Físico)


Bronze: Apresenta cor amarelo dourado, perfil de corte helicoidal e formação
de limalha de bronze (pó);

(Figura 3 – Cavaco de Bronze)

Fonte: Autores
Bismuto 11S: Cor cinza metálico, cavacos que formam pequenos caracóis;
(Figura 4 – Cavaco de Bismuto 11S)

Fonte: Autores

Aço 1020: Prata fosco, podendo apresentar-se em lascas ou formas helicoidais;

(Figura 5 – Cavaco de Aço 1020)

Fonte: Autores

Aço Inox: Prateado (cromado), formação de fitas longas e que se emaranham


ou ainda espirais.

(Figura 6 – Cavaco de Aço Inox)

Fonte: Autores
4.3. Maleabilidade (Resistência Mecânica)
Bronze: É a liga metálica mais mole e quebradiça. Quebra-se facilmente com
as mãos formando particulados menores (limalhas);
Bismuto 11S: Apresenta dureza um pouco maior que a anterior, já oferecendo
certa resistência a quebra manual;
Aço 1020: Com grau de dureza ainda maior que o anterior, logo maior
dificuldade na quebra manual;
Aço Inox: Liga de maior resistência mecânica em relação as citadas,
oferecendo riscos de cortes (feridas) em manuseios ríspidos.

4.4. Magnetismo
 Apresenta interação magnética:
o Bismuto 11S;
o Aço 1020.
 Não apresenta interação magnética:
o Bronze;
o Aço Inox.

4.5. Químico Qualitativo


 Bismuto 11S, o primeiro a começar a oxidar sendo o primeiro a completar a reação.
Liberação de gás amarronzado (NO2), altamente tóxico. Solução de translúcida
passou para amarelo ocre.
(Figura 7 – Tubo de ensaio com Bismuto 11S)

Fonte: Autores
 Aço 1020, o segundo a completar a reação, formando uma coluna maior
característica da oxidação que o ácido causou por ser ele forte em interação com
o carbono em maior concentração presente nesta liga (o que lhe confere certo grau
de dureza). Houve também desprendimento de gás NO2. Solução adquiriu cor
vermelha amarronzada;
(Figura 8 – Tubo de ensaio com Aço 1020)

Fonte: Autores

Observação: ambas ligas apresentam Ferro (Fe) na composição, por isso das cores
avermelhada e ocre resultante.

 Bronze, por sua vez demorou a iniciar o processo de sua oxidação. Semelhante
aos anteriores houve o desprendimento de bolhas, mas, de forma bem mais sutil.
Após 2:30 min. é que a reação se tornou mais evidente e levemente a solução foi
adquirindo a coloração azul. Ao fim da reação, não havia resquícios da liga, e
solução azul. Tal cor devido a presença de cobre (Cu) na composição desta liga,
resultando em Cu2+(aq.).
(Figura 9 – Tubo de ensaio com Bronze)

Fonte: Autores
 Aço Inox, não sofreu quaisquer indícios de ataque do ácido, logo, por ser uma liga
inoxidável, não sofreria ela o processo de oxidação que o HNO3 causou nas
demais.

(Figura 10 – Tubo de ensaio com Aço Inox)

Fonte: Autores

HNO3: agente oxidante mais forte que HSO4 (ácido sulfúrico com maior
afinidade por materiais orgânicos) e HCl (ácido clorídrico mais corrosivo em materiais
não-metálicos) em relação ao ataque de metais.

(Figura 11 – Tempo 50 segundos da reação – tubo 1, bronze com leves resquícios de oxidação (cor
azul bem sutil); tubo 2, inox sem oxidação (incolor); tubo 3, 1020 finalizando oxidação e tubo 4,
bismuto 11S finalizando oxidação)

Fonte: Autores
(Figura 12 – Tempo 2:30 min. da reação – tubo 1, ainda com bronze (fundo do tubo) em oxidação (cor
azul); tubo 2, inox sem oxidação (incolor); tubo 3, 1020 finalizando oxidação (marrom) e tubo 4,
bismuto 11S oxidado)

Fonte: Autores

(Figura 13 – Após 4min. da reação – tubo 1, bronze emerge como sobrenadante


caracterizando etapa final da reação (cor azul); tubo 2, inox não sofreu quaisquer alterações (incolor);
tubo 3, Aço 1020 reação completa com formação de particulados (marrom intenso) e tubo 4, bismuto
11S oxidado)

Fonte: Autores

5. CONCLUSÕES
O trabalho propõe-se uma metodologia de estudo de caso favorecendo o
fortalecimento de habilidades que possam instrumentalizar os alunos para uma melhor
tomada de decisões. Nela há clara distinção entre a etapa de introdução, teórico do
assunto de oxirredução, corrosão e célula eletrolítica, e procedimentos experimentais
que os alunos podem vir a fazer, descrevendo toda a etapa de preparação e
implementação, também trazendo resultados e discussões sobre tais experimentos,
assim o professor que aplicar tal metodologia pode ter uma base comparativa de
dados experimentais.
Ao adotar-se da escolha do método empírico para a investigação dos
fenômenos de corrosão almejou-se a construção de uma pesquisa que facilitasse as
etapas a serem percorridas para a posterior investigação dos alunos, com o objetivo
principal de elevar ao máximo os resultados e a geração de conhecimento com base
nos dados obtidos. É importante é destacar que no uso do método de estudo de caso
há uma valorização de uso de múltiplas fontes de evidência, mecanismo de coleta de
dados e metodologia de estudo dos dados coletados.
Com relação à investigação dos dados recolhidos durante a investigação pode
ser interpretada como uma das tarefas mais árduas que o aluno venha a fazer já que
um investigador pode vir a iniciar o estudo de casos sem uma visão clara e ampla das
evidências a serem investigadas sendo assim é pertinente que a análise das
evidências seja tratada de forma adequada para a geração de considerações finais e
futuros problemas de pesquisa.
O fato é que independente da estratégia que pode vir a ser utilizada pelo
estudante ao decorrer do estudo de caso, registrou-se resultados dos experimentos
sugeridos ao decorrer do trabalho, tendo em mente que o conjunto de procedimentos
aplicados por outros pesquisadores em uma mesma pesquisa teoricamente aponte
evidências e resultados semelhantes.
Tal metodologia não deve ser aplicada de forma genérica em qualquer ano do
ensino médio. Tendo o seu foco principal no 2º e 3º ano do ensino médio, onde os
alunos previamente já compreendem com maior facilidade os fenômenos que
acontecem durante a corrosão dos metais.
REFERÈNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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<http://educacao.globo.com/quimica/assunto/eletroquimica/eletrolise.html>. Acesso
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OLIVEIRA, Osmair V. Aula Eletroquímica. Físico-Química II. 06 jun. 2022.

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SALES, Eric S. A doença de Milena o estudo de caso como metodologia
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SARTORI, E. et al. Experimentação no Ensino de Química. v. 35, p. 107–


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Tipos de corrosão na indústria: veja os mais comuns e como evitá-


los! Disponível em: <https://nortel.com.br/blog/tipos-de-corrosao/>. Acesso em: 2
jun. 2022.
6. APÊNDICE

6.1. O CASO: Contratação de Novos Funcionários

Funcionários Novos

Disciplina: Química

Professores: Igor Godoy, Carlos Ortega e Willian Paulino

Uma empresa presente na cidade de Catanduva-SP atuante no ramo metalúrgico realizou um


processo seletivo para a contratação de funcionários para atuarem como operadores de máquinas CNC
(Comando Numérico Computadorizado).
5 funcionários foram contratados, os quais deveriam desenvolver atividades como programar
Tornos CNCs de acordo com pedidos de certos clientes, baseando-se em desenhos técnicos de
componentes mecânicos, ou seja, terminais de alta pressão.
Tais desenhos apresentam todas especificações quanto às peças a serem produzidas, como
dimensões, nome do componente, desenhista e o mais pertinente para este contexto, a matéria-prima
que deve ser utilizada para a usinagem destes terminais.
O desenho técnico descreve todas as informações quanto a matéria-prima que
necessariamente deve-se ser empregada no fabrico de cada componente, isso pois esses conectores
precisam apresentar características de resistência e durabilidade mecânica e isso é em função da bitola
do material, sextavado ou redondo, e sua composição química o que lhes conferem cor e um grau de
dureza especificados abaixo:

● Bismuto 11S (cinza metálico) - com certo grau de dureza razoável, apresentando boa
maleabilidade quanto usinagem deste metal;

● Aço 1020 (prata fosco) - aço com teor de 0,20% de carbono, o que lhe confere um grau
de dureza e resistência mecânica maior que os anteriores. Considerado como material duro;
● Aço inox (cromado - prateado) (níquel, cromo e outros) - é o metal que maior apresenta
dureza entre os citados, necessitando de insumos de corte específicos para a usinagem deste;

● Bronze (amarelo dourado) (cobre, estanho e outros) - por sua vez é a liga metálica
mais mole entre as citadas, nota-se isso no ato da usinagem, onde as ferramentas de corte utilizadas
sofrem uma resistência bem menor, logo uma grande maleabilidade.

Certo funcionário precisou produzir algumas peças específicas fazendo o uso dos materiais
disponíveis acima, entretanto, ao entrar no estaleiro da matéria-prima, ele notou que os materiais
estavam sem as devidas etiquetas de identificação. O colaborador já havia adquirido certa experiência
quanto a identificação dos materiais disponíveis no ato da usinagem, o que lhe ajudaria a fazer o uso
do metal corretamente. Robson, sabia que primeiramente poderia identificar cada material de acordo
com a COR DO METAL. Em conjunto, ele também notou que cada metal apresenta em seu CAVACO
UM PERFIL DE CORTE ESPECÍFICO, COMO FORMAÇÃO DE FITAS, LASCAS OU ALGO MAIS
QUEBRADIÇO (PÓ). Como terceira técnica ele tentou fazer o uso de um imã para conferir as
propriedades magnéticas de cada material e por fim e mais embasador, por ser Robson um graduando
em Química, ele realizaria testes qualitativos consistindo na oxidação dos cavacos das ligas disponíveis
por meio de um agente oxidante, o ácido nítrico (HNO3) 6 molar, o qual demandaria certo tempo de
consumo para cada liga, assumindo cores características para cada.

Vocês são os novos funcionários desta empresa e baseado no que o professor forneceu como
subsídios e a partir dos métodos de identificação citados no Estudo de Caso trabalhado, analise e
identifique cada cavaco de liga metálica fornecida a vocês.
7. ANEXOS

7.1. QUESTIONÁRIO DE AUTOAVALIAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CÂMPUS CATANDUVA

AUTOAVALIAÇÃO

O objetivo deste questionário é averiguar a opinião dos estudantes em relação


ao desenvolvimento das aulas de Química, utilizando a metodologia de Estudos de
Caso. Com isso poderemos analisar, de forma crítica, os aspectos relacionados à
construção do conhecimento químico através das aulas, procurando corrigir eventuais
falhas e melhorar a qualidade do ensino nesta área do conhecimento.

Caso tenha algum comentário adicional, utilize o verso da folha de respostas.


Leia com atenção cada afirmativa antes de expressar a sua opinião.

1. Os dados para resolução do Caso não necessitaram Sim Não Mais ou Menos
pesquisa.
2. A linguagem utilizada foi de difícil compreensão. Sim Não Mais ou Menos

3. Pesquisei muito para chegar a estratégias adequadas. Sim Não Mais ou Menos

4. Foi de fácil compreensão. Sim Não Mais ou Menos

5. O Caso exigiu pouco raciocínio. Sim Não Mais ou Menos

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