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CATANDUVA
CATANDUVA - SP
2022
CARLOS RENAN ORTEGA
IGOR LEANDRO GODOY DE ABREU DA SILVA
WILLIAN DA SILVA PAULINO
CATANDUVA - SP
2022
RESUMO
1.1. OXIRREDUÇÃO
Na Química existem diversos tipos de estudo e um deles estuda reações de
Oxidação: Perda de elétrons em uma transferência de elétrons, onde tem-se a
oxidação e a redução, denominado de reação de oxirredução (ou redox). Este tipo de
reação é comumente utilizada para a geração de eletricidade, e bem como o uso da
eletricidade para desencadear-se reações químicas.
Redução: Ganho de elétrons em uma reação química;
Agente oxidante: É aquele que aceita elétrons (sofre redução) e tem seu
Nox (número de oxidação) reduzido no processo;
Agente redutor: É aquele que perde elétrons (sofre oxidação) e
consequentemente aumento do seu Nox.
Oxidação e redução ocorrem simultaneamente. Uma reação de oxidação ou
redução é chamada de semi-célula ou semi-reação. Uma reação de oxirredução ou
redox é a combinação de duas semi-reações (uma de oxidação e outra de redução).
Exemplo:
Uma informação essencial a se ressaltar é que para saber quem vai perder
(oxidação) e/ou ganhar (redução) elétrons é preciso saber o potencial de redução
(E.red) e o potencial de oxidação (E.oxi) (Unidade do E.red e E.oxi é o Volts (V)).
(Tabela 1 - Potencial de redução)
1.2. CORROSÃO
Corrosão pode ser definida como a deterioração de um material, geralmente
metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente associada ou não a
esforços mecânicos (GENTIL, 2011).
A corrosão é um processo espontâneo e geralmente ocorre na superfície dos
materiais com princípios bem estabelecidos. Todos os metais estão sujeitos ao ataque
corrosivo, se o meio for suficientemente agressivo, de modo que a durabilidade e
desempenho deles deixam de satisfazer os fins aos quais se destinam.
Existe alguns tipos de corrosão como o químico, também conhecida como
corrosão seca, que acontece quando um agente químico atua sobre determinado
material (metálico ou não). O eletroquímico que acontece quando o metal entra em
contato direto como o meio corrosivo (eletrólito) (NORTEL, 2021). Fonte:
<https://nortel.com.br/blog/tipos-de-corrosao/>. Acesso em: 2 de junho de 2022.
Uma vez que o potencial do E.red (Fe2+) < E.red (O2), o ferro pode ser oxidado
pelo oxigênio.
Cátodo: O2(g) + 2H2O(l) → 4e- = 4(OH)-(aq) = +0,40
Ânodo: Fe(s) + 2e- → Fe(s) = -0,44
O oxigênio dissolve em água e normalmente provoca a oxidação do ferro. O
Fe2+ inicialmente formado pode ser ainda mais oxidado a Fe3+, que forma a
ferrugem Fe2O3(aq) + H2O(l). A oxidação ocorre no local com a maior
concentração de O2 (OLIVEIRA, 2022).
Fonte: Autores.
2. OBJETIVO
Apresentar os conceitos de oxirredução em experimentos de corrosão de ligas
metálicas, mostrando os seus mecanismos de desgaste.
Trabalhar a proposta de elaboração de um Estudo de Caso aplicável no ensino
médio viabilizando a participação de alunos para que estes ao se envolverem na
atividade, possam desenvolver a interpretação, senso analítico e crítico, buscando
informações e análise de dados, assim gerando no aluno um senso questionador.
3. METODOLOGIA
Na metodologia é apresentado os materiais utilizados e detalhes técnicos para
a condução do experimento. O experimento foi previamente realizado no laboratório
da Universidade Federal de Ciência e Tecnologia de Catanduva.
A escolha da temática (corrosão) surgiu com a possibilidade de se trabalhar o
conteúdo de Físico-Química, em virtude do forte apelo midiático e social desta
questão. Inicialmente propôs-se a aplicação de um questionário para a coleta de
dados dos estudantes e este questionário serviria para levantar a realidade dos alunos
e seus interesses dentro e fora do ambiente escolar, no entanto, após uma breve
discussão entre os membros do grupo decidiu se aplicar apenas um questionário no
final do estudo de caso para checar se os alunos que participaram da parte
experimental conseguiram absorver algum conteúdo sobre o tema de corrosão.
Foi contextualizado um caso passível de realidade acerca de uma empresa do
segmento Metalúrgico/Siderúrgico que consiste na contratação de funcionários onde
os mesmos além de desempenhar a função operacional, precisariam aprender e
desenvolver certas técnicas na identificação de ligas metálicas.
3.1. Reagentes e Materiais.
A seguir, são listados os materiais necessários para a realização dos
experimentos
Uma grafite;
Dois tarugos de Inox;
Um recipiente plástico de 500 mL com tampa;
Bicarbonato de Sódio (NaHCO3);
Duas seringas de 50 mL;
Fita isolante;
Água destilada;
Uma fonte variável;
Um Copo de Béquer de 500 mL
Balança analítica ou semi-analítica;
Par de garras jacaré;
Imã;
Ácido Nítrico (HNO3) 6 molar;
Quatro tubos de ensaio.
3.2.1. Eletrólise
Para construção da célula de eletrolítica, foi utilizado um recipiente reciclável
de 500 mL com tampa contendo 2 furos por onde foram introduzidas 2 seringas, em
seguidas fixadas com fita isolante, sendo que uma estava com a boca para baixo e
outro estava com a boca para cima. Numa das seringas foi colocado o grafite para ter
contato com a solução. Tal solução foi preparada com 400mL de água, mais 10g de
NaHCO3, condição para formação de uma solução ionizante.
Num segundo momento, foi montado um arranjo composto por uma fonte
variável de 3 a 12 volts e uma amperagem máxima de 300 miliàmperes (mA), com a
possibilidade de inverter-se os polos da fonte. Em sequência foram anexadas as
garras jacaré nos fios que saíam da fonte, sendo que o fio negativo foi conectado no
grafite da célula de corrosão. A figura 2 apresenta a célula que foi projetada para a
realização deste experimento.
Fonte: Autores
Fonte: Autores
3.2.3. Visual
Ainda em mente o estudo de caso como foco principal do trabalho foi
necessário aplicar outros métodos de análise das ligas e um deles foi o visual onde
foi analisado todas as características visíveis das ligas metálicas como brilho, cor e o
formato de corte de cada cavaco.
3.2.4. Maleabilidade (Resistência Mecânica)
A maleabilidade consiste na propriedade que apresentam os corpos de serem
moldados por deformações, um elemento conhecido mais maleável é o ouro que pode
ser manuseado até dez milésimos de milímetro de espessura (INFOPÉDIA, 2022).
Tendo isso em mente, foi usado como método de análise a maleabilidade dos
materiais (resistência mecânica) sendo que algumas ligas metálicas aparentaram
serem mais moles e quebradiças enquanto outras apresentaram uma dureza elevada
podendo até oferecer risco de corte.
3.2.5. Magnetismo
Magnetismo é um conjunto de fenômenos relacionados à interação entre
campos magnéticos que se relacionam entre a atração ou repulsão entre materiais
que apresentam magnetismo. E para o estudo de caso foi proposto uma análise das
ligas metálica usando o campo magnético de um imã na tentativa proposital de
averiguar-se a interação magnética entre os sistemas em testes.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesta parte são apresentados os resultados obtidos a partir da análise das
corrosões feitas com a célula eletrolítica. Além disso são descritos alguns parâmetros
para identificação de certas ligas metálicas tomando como base os cavacos obtidos
no processo de usinagem destas. Todos os dados obtidos foram separados por
métodos de análises.
Fonte: Autores
Fonte: Autores
4.1.3. Aço Inox
No aço Inox a 12 volts percebeu-se que o desprendimento de material não era
visível na solução e que a corrosão não era visível na liga metálica. Porém havia a
liberação de hidrogênio no instante 0 segundos. Quando em 6 volts percebeu-se que
havia liberação de hidrogênio após 72 segundos e em 3 volts não havia liberação de
hidrogênio dentro do tempo limite de 120 segundos.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
A Partir dos dados obtidos através da célula eletrolítica pode-se observar que
a ordem de oxidação das ligas metálicas deu-se pela seguinte sequência: Bronze,
Bismuto 11S, Aço 1020 e Aço Inox, no qual constatou-se não sofrer oxidação. O
mesmo trata-se de uma liga metálica em que seus componentes lhe garante essa
propriedade de estado inoxidável.
Fonte: Autores
Bismuto 11S: Cor cinza metálico, cavacos que formam pequenos caracóis;
(Figura 4 – Cavaco de Bismuto 11S)
Fonte: Autores
Fonte: Autores
Fonte: Autores
4.3. Maleabilidade (Resistência Mecânica)
Bronze: É a liga metálica mais mole e quebradiça. Quebra-se facilmente com
as mãos formando particulados menores (limalhas);
Bismuto 11S: Apresenta dureza um pouco maior que a anterior, já oferecendo
certa resistência a quebra manual;
Aço 1020: Com grau de dureza ainda maior que o anterior, logo maior
dificuldade na quebra manual;
Aço Inox: Liga de maior resistência mecânica em relação as citadas,
oferecendo riscos de cortes (feridas) em manuseios ríspidos.
4.4. Magnetismo
Apresenta interação magnética:
o Bismuto 11S;
o Aço 1020.
Não apresenta interação magnética:
o Bronze;
o Aço Inox.
Fonte: Autores
Aço 1020, o segundo a completar a reação, formando uma coluna maior
característica da oxidação que o ácido causou por ser ele forte em interação com
o carbono em maior concentração presente nesta liga (o que lhe confere certo grau
de dureza). Houve também desprendimento de gás NO2. Solução adquiriu cor
vermelha amarronzada;
(Figura 8 – Tubo de ensaio com Aço 1020)
Fonte: Autores
Observação: ambas ligas apresentam Ferro (Fe) na composição, por isso das cores
avermelhada e ocre resultante.
Bronze, por sua vez demorou a iniciar o processo de sua oxidação. Semelhante
aos anteriores houve o desprendimento de bolhas, mas, de forma bem mais sutil.
Após 2:30 min. é que a reação se tornou mais evidente e levemente a solução foi
adquirindo a coloração azul. Ao fim da reação, não havia resquícios da liga, e
solução azul. Tal cor devido a presença de cobre (Cu) na composição desta liga,
resultando em Cu2+(aq.).
(Figura 9 – Tubo de ensaio com Bronze)
Fonte: Autores
Aço Inox, não sofreu quaisquer indícios de ataque do ácido, logo, por ser uma liga
inoxidável, não sofreria ela o processo de oxidação que o HNO3 causou nas
demais.
Fonte: Autores
HNO3: agente oxidante mais forte que HSO4 (ácido sulfúrico com maior
afinidade por materiais orgânicos) e HCl (ácido clorídrico mais corrosivo em materiais
não-metálicos) em relação ao ataque de metais.
(Figura 11 – Tempo 50 segundos da reação – tubo 1, bronze com leves resquícios de oxidação (cor
azul bem sutil); tubo 2, inox sem oxidação (incolor); tubo 3, 1020 finalizando oxidação e tubo 4,
bismuto 11S finalizando oxidação)
Fonte: Autores
(Figura 12 – Tempo 2:30 min. da reação – tubo 1, ainda com bronze (fundo do tubo) em oxidação (cor
azul); tubo 2, inox sem oxidação (incolor); tubo 3, 1020 finalizando oxidação (marrom) e tubo 4,
bismuto 11S oxidado)
Fonte: Autores
Fonte: Autores
5. CONCLUSÕES
O trabalho propõe-se uma metodologia de estudo de caso favorecendo o
fortalecimento de habilidades que possam instrumentalizar os alunos para uma melhor
tomada de decisões. Nela há clara distinção entre a etapa de introdução, teórico do
assunto de oxirredução, corrosão e célula eletrolítica, e procedimentos experimentais
que os alunos podem vir a fazer, descrevendo toda a etapa de preparação e
implementação, também trazendo resultados e discussões sobre tais experimentos,
assim o professor que aplicar tal metodologia pode ter uma base comparativa de
dados experimentais.
Ao adotar-se da escolha do método empírico para a investigação dos
fenômenos de corrosão almejou-se a construção de uma pesquisa que facilitasse as
etapas a serem percorridas para a posterior investigação dos alunos, com o objetivo
principal de elevar ao máximo os resultados e a geração de conhecimento com base
nos dados obtidos. É importante é destacar que no uso do método de estudo de caso
há uma valorização de uso de múltiplas fontes de evidência, mecanismo de coleta de
dados e metodologia de estudo dos dados coletados.
Com relação à investigação dos dados recolhidos durante a investigação pode
ser interpretada como uma das tarefas mais árduas que o aluno venha a fazer já que
um investigador pode vir a iniciar o estudo de casos sem uma visão clara e ampla das
evidências a serem investigadas sendo assim é pertinente que a análise das
evidências seja tratada de forma adequada para a geração de considerações finais e
futuros problemas de pesquisa.
O fato é que independente da estratégia que pode vir a ser utilizada pelo
estudante ao decorrer do estudo de caso, registrou-se resultados dos experimentos
sugeridos ao decorrer do trabalho, tendo em mente que o conjunto de procedimentos
aplicados por outros pesquisadores em uma mesma pesquisa teoricamente aponte
evidências e resultados semelhantes.
Tal metodologia não deve ser aplicada de forma genérica em qualquer ano do
ensino médio. Tendo o seu foco principal no 2º e 3º ano do ensino médio, onde os
alunos previamente já compreendem com maior facilidade os fenômenos que
acontecem durante a corrosão dos metais.
REFERÈNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Gonçalves dos Santos Jr, A., Volcanoglo Biehl, L., & Marasca Antonini, L.
(2017). Efeito do tratamento de passivação química na resistência à corrosão por
pite dos aços inoxidáveis ferrítico AISI 430 e austenítico AISI 316L Effect of chemical
passivation treatment on pitting corrosion resistance of AISI 430 and AISI 316L
stainless steels. https://doi.org/10.1590/S1517-707620170001.0293
Funcionários Novos
Disciplina: Química
● Bismuto 11S (cinza metálico) - com certo grau de dureza razoável, apresentando boa
maleabilidade quanto usinagem deste metal;
● Aço 1020 (prata fosco) - aço com teor de 0,20% de carbono, o que lhe confere um grau
de dureza e resistência mecânica maior que os anteriores. Considerado como material duro;
● Aço inox (cromado - prateado) (níquel, cromo e outros) - é o metal que maior apresenta
dureza entre os citados, necessitando de insumos de corte específicos para a usinagem deste;
● Bronze (amarelo dourado) (cobre, estanho e outros) - por sua vez é a liga metálica
mais mole entre as citadas, nota-se isso no ato da usinagem, onde as ferramentas de corte utilizadas
sofrem uma resistência bem menor, logo uma grande maleabilidade.
Certo funcionário precisou produzir algumas peças específicas fazendo o uso dos materiais
disponíveis acima, entretanto, ao entrar no estaleiro da matéria-prima, ele notou que os materiais
estavam sem as devidas etiquetas de identificação. O colaborador já havia adquirido certa experiência
quanto a identificação dos materiais disponíveis no ato da usinagem, o que lhe ajudaria a fazer o uso
do metal corretamente. Robson, sabia que primeiramente poderia identificar cada material de acordo
com a COR DO METAL. Em conjunto, ele também notou que cada metal apresenta em seu CAVACO
UM PERFIL DE CORTE ESPECÍFICO, COMO FORMAÇÃO DE FITAS, LASCAS OU ALGO MAIS
QUEBRADIÇO (PÓ). Como terceira técnica ele tentou fazer o uso de um imã para conferir as
propriedades magnéticas de cada material e por fim e mais embasador, por ser Robson um graduando
em Química, ele realizaria testes qualitativos consistindo na oxidação dos cavacos das ligas disponíveis
por meio de um agente oxidante, o ácido nítrico (HNO3) 6 molar, o qual demandaria certo tempo de
consumo para cada liga, assumindo cores características para cada.
Vocês são os novos funcionários desta empresa e baseado no que o professor forneceu como
subsídios e a partir dos métodos de identificação citados no Estudo de Caso trabalhado, analise e
identifique cada cavaco de liga metálica fornecida a vocês.
7. ANEXOS
AUTOAVALIAÇÃO
1. Os dados para resolução do Caso não necessitaram Sim Não Mais ou Menos
pesquisa.
2. A linguagem utilizada foi de difícil compreensão. Sim Não Mais ou Menos
3. Pesquisei muito para chegar a estratégias adequadas. Sim Não Mais ou Menos