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A plasticina no ensino

da Eletricidade
Relatório de Estágio – Componente de Física

Maria Raquel Vaz Martins

Mestrado em Ensino de Física e de Química no


3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário
Departamento de Física e Astronomia
2021

Orientador
Professor Doutor Paulo Simeão de Oliveira Ferreira de Carvalho,
Professor Auxiliar da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Coorientador
Professor Doutor João Carlos de Matos Paiva, Professor Associado
da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
FCUP ii

Todas as correções determinadas

pelo júri, e só essas, foram efetuadas.

O Presidente do Júri,

Porto, ______/______/_________
FCUP iii

Resumo
Com o objetivo de implementar metodologias de ensino ativo, que permitam o
envolvimento dos alunos no processo ensino-aprendizagem, neste trabalho
desenvolveu-se uma atividade POE, que foi realizada numa turma do 10º ano, da Escola
Secundária Carolina Michaëlis, em dois turnos de 50 minutos e, com algumas
alterações, no Clube de Ciência da mesma escola, numa sessão de 50 minutos.
Neste sentido, efetuaram-se atividades hands on (mãos na massa), ou Inquiry,
em que os alunos têm a oportunidade de experimentar e visualizar aquilo que aprendem
na teoria, e daí inferem as suas próprias conclusões e/ou metodologia a seguir. Isto
desenvolve o seu espírito científico e crítico e permite que os alunos desempenhem
tarefas colaborativas.
A plasticina condutora, que aqui se testa, como facilitadora do estudo da
eletricidade, permite que os alunos realizem as experiências comodamente, em sua
casa, sem precisar de gastar muito dinheiro, ou elaborar circuitos complicados.
Numa das atividades do trabalho foi pedido aos alunos que comparassem o
brilho de um LED entre vários circuitos elétricos, construídos com plasticina condutora,
e considerando associações em série e em paralelo. No Clube de Ciência participaram
14 alunos, que montaram os circuitos elétricos, Na turma do 10º CT2, vinte e dois alunos
realizaram a parte da observação do método POE, através da visualização de um vídeo,
projetado e realizado pela autora do trabalho e pela sua filha. Neste vídeo foram
efetuadas as experiências para a comparação do brilho do LED entre vários circuitos.
Neste trabalho apresentam-se também dois vídeos, elaborados pela autora e
pela filha, em que se realizam experiências para testar a condutividade elétrica de vários
materiais, com a plasticina condutora. Neste âmbito, 8 alunos de duas turmas do 9º ano:
9º Ac e 9º Cc realizaram uma atividade Padlet, que consistiu na testagem de um material
à sua escolha e na colocação de uma fotografia, dessa testagem, num mural Padlet, na
Internet. Para isso, foi fornecido um kit aos alunos, com o material necessário.
Os resultados obtidos pelos alunos em relação às atividades realizadas, e a
avaliação destas por parte dos alunos, permitem concluir que a plasticina condutora
constitui uma excelente opção para o estudo da eletricidade, pela sua praticabilidade e
acessibilidade. Apesar disto, os resultados obtidos com esta e com os LEDs são menos
reprodutíveis que os que se obtêm com fios condutores comuns e resistências ou
lâmpadas comuns.

Palavras-chave: Ensino de Física, Eletricidade, Plasticina condutora, Método POE,


Clube de Ciência, Condutividade elétrica
FCUP iv

Abstract
In order to implement active teaching methodologies, that allow the
involvement of students in the teaching-learning process, in this work a POE activity was
developed, which was accomplished in a 10th grade class at the Escola Secundária
Carolina Michaëlis, in two classes of 50 minutes and, with some changes, in the Science
Club of the same school, in a 50-minute session.
In this regard, hands on or inquiry activities were carried out, in which students
can experience and visualize what they learn in theory, and from there, infer their own
conclusions and/or methodology to follow. This develops their scientific and critical spirit
and allows students to carry out collaborative tasks.
The conductive dough, which is tested here, as a facilitator in the study of
electricity, allows students to carry out these experiments comfortably, at home, without
having to spend a lot of money or create complicated circuits.
In one of the activities of the work, students were asked to compare the
brightness of an LED between several electrical circuits, built with conductive dough, and
considering associations in series and in parallel. Fourteen students participated in the
Clube da Ciência and assembled the electrical circuits. In the 10th CT2 class, twenty-
two students performed the observation part of the POE method, by viewing a video,
created, and performed by the author of the work and her daughter. In this video,
experiments were carried out to compare LED brightness between various circuits.
In this work, two videos are also presented, made by the author and her
daughter, in which experiments are carried out to test the electrical conductivity of
various materials, with conductive dough. In this context, 8 students from two 9th grade
classes, 9th Ac and 9th Cc, performed a Padlet activity, which consisted of testing a
material of their choice and placing a photograph of that testing on a Padlet wall on the
Internet. For this, a kit was provided to the students, with the necessary material.
The results obtained by the students in relation to the activities carried out, and
the evaluation of these by the students, allow us to conclude that conductive dough is an
excellent option for the study of electricity, due to its simplicity and accessibility. In spite
of that, results obtained with this and with LEDs are less reproducible than those
obtained with common wires and common resistors or lamps.

Keywords: Physics Teaching, Electricity, Conductive Plasticine, POE Method, Science


Club, Electrical conductivity
FCUP v

Índice

Resumo............................................................................................................................. iii
Abstract ............................................................................................................................. iv
Índice .................................................................................................................................v
Lista de quadros e de figuras .......................................................................................... vii
1. Introdução ..................................................................................................................... 1
2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade ................ 3
2.1. Introdução .............................................................................................................. 3

2.2. Circuitos elétricos em série e em paralelo, com plasticina condutora.................. 6

2.3. Testagem da condutividade elétrica com a plasticina condutora ....................... 12

3. Enquadramento didático-curricular ............................................................................ 14


4. Atividade proposta: Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos elétricos,
pelo método POE ........................................................................................................... 17
4.1. Introdução: Questão Problema apresentada no método POE ........................... 17

4.2. Testagem da metodologia utilizada..................................................................... 19

5. Implementação das atividades em contexto escolar ................................................. 22


5.1. Atividades implementadas................................................................................... 22

5.2. Atividade POE (Clube)......................................................................................... 23

5.3. Atividade POE (turma do 10º CT2) ..................................................................... 27

5.4. Atividade Padlet: “Bons e maus condutores elétricos” ....................................... 32

6. Conclusão ................................................................................................................... 36
7. Reflexão autocrítica e projetos futuros ...................................................................... 38
Referências bibliográficas .............................................................................................. 40
Apêndice 1: Protocolo da atividade POE no Clube Carmic .......................................... 45
Apêndice 2: Avaliação da atividade POE (Clube e aula) .............................................. 48
Apêndice 3: Marcadores de livros da atividade POE realizada no Clube Carmic ........ 49
Apêndice 4: Soluções da Atividade POE (Clube Carmic) ............................................. 55
Apêndice 5: Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021) 56
Apêndice 6: Quizizz da Atividade POE (10º CT2) ......................................................... 69
Apêndice 7: Atividade POE (10º CT2), sem o Quizizz .................................................. 75
Apêndice 8: Soluções/Resultados da Atividade POE (aula + Clube de Ciência) ......... 76
Apêndice 9: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica em materiais, substâncias e
soluções .......................................................................................................................... 78
FCUP vi

Apêndice 10: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica de vários materiais, com


plasticina condutora........................................................................................................ 83
Apêndice 11: Atividade Padlet: “Bons e maus condutores elétricos”............................ 89
Apêndice 12: Mensagem enviada aos alunos, com o link da Atividade Padlet ............ 90
Apêndice 13: Mural da Atividade Padlet na Internet, com a informação dos que
contribuíram para o site (6-7-2021)................................................................................ 91
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Lista de quadros e de figuras

Figura 1 – Plasticinas condutoras: Play-Doh (Hasbro), Zoko (MCH, SA), Modellervorks


Kids dough [Tiger], Playtive [Lidl] (da autora) .................................................................. 4
Figura 2 – Símbolos de LEDs e vários tipos de LEDs (Electronica, 2021) ..................... 6
Figura 3 – Curva característica do díodo real de silício (Abreu, 1994, pág. 168)........... 7
Figura 4 – Curva caraterística de LEDs de várias cores (Adapt. de Lednique, 2021) ... 7
Figura 5 – Zona de funcionamento do LED (Electronica, 2021) ..................................... 8
Figura 6 – Cálculo da resistência em série com o LED (Adapt. de Electronica (2021)). 8
Figura 7 – Associação de geradores em série (Adaptado de Texto (2021a)) ................ 9
Figura 8 – Associação de resistências em série (Texto, 2021a)................................... 10
Figura 9 – Associação de resistências em paralelo (Texto, 2021a) ............................. 10
Figura 10 – Amperímetro em série com a resistência (esquerda) e voltímetro em paralelo
com a resistência (direita) (Texto, 2021) ....................................................................... 11
Figura 11 – Esquema utilizado para testar a condutividade de materiais e soluções e
testagem da condutividade de um sino de metal (da autora) ....................................... 12
Figura 12 – Esquemas de circuitos elétricos, para a questão problema (da autora) ... 17
Figura 13 – Experiências realizadas para testar a influência da resistência interna, na
diferença de potencial nos terminais das pilhas de 9 V, quando conectadas a um circuito
elétrico (da autora) ......................................................................................................... 19
Figura 14 – Queda de tensão nos LEDs verde, azul e vermelho utilizados na atividade
POE (da autora).............................................................................................................. 20
Figura 15 – Fotografias da Implementação da atividade no Clube Carmic (da autora e
da Dra. Elsa Alves) ......................................................................................................... 24
Figura 16 – Imagens do questionário Quizizz, com uma pergunta relativa à previsão e
outra relativa à Observação (da autora) ........................................................................ 27
Figura 17 – Resultados da atividade POE aplicada no turno 1 e no turno 2 da turma do
10º CT2 e no Clube de Ciência (da autora) ................................................................... 28
Figura 18 – Pergunta 8 do questionário Quizizz (comparação entre o circuito V e o
circuito I) (da autora) ...................................................................................................... 29
Figura 19 – Pergunta 15, do questionário Quizizz, da fase da previsão (da autora).... 30
Figura 20 – Questionário de avaliação, relativo à atividade POE realizada pelos alunos,
na turma do 10º CT2 e no Clube Carmic (da autora) .................................................... 31
Figura 21 – Avaliação da atividade POE, com a plasticina condutora, pelos alunos do
turno T1, turno T2 e do Clube de Ciência (da autora) ................................................... 31
FCUP viii

Figura 22 – Testagem da condutividade elétrica do cloreto de sódio, no Vídeo do


Apêndice 9 e da grafite, no vídeo do Apêndice 10 (da autora) ..................................... 33
Figura 23 – Kit distribuído aos alunos para a realização da Atividade Padlet, no 9ª Ac e
no 9ª Cc (da autora) ....................................................................................................... 34
Figura 24 – Mural Padlet da atividade realizada pelos alunos (da autora) ................... 34

Quadro 1 – Grelha de observação da atividade no Clube Carmic (da autora) ............. 25

Tabela 1 – Previsão do brilho da lâmpada A nos circuitos (respostas corretas a azul)”


(da autora) ...................................................................................................................... 17
Tabela 2 – Corrente elétrica, diferença de potencial e potência elétrica, para a lâmpada
A e os circuitos da Figura 12 (da autora) ....................................................................... 18
Tabela 3 – Força eletromotriz e diferença de potencial nas pilhas utilizadas nos circuitos
da atividade POE (da autora) ......................................................................................... 20
Tabela 4 – Queda de tensão nos pinos dos LEDs verde, azul e vermelho utilizados na
atividade POE (da autora) .............................................................................................. 21
FCUP 1
A plasticina no ensino da Eletricidade
Introdução

1. Introdução

“Entre o fogo na caverna primitiva


e a lâmpada no quarto,
um caminho se fez
por dentro da mente do Homem.
Quando acaba
ninguém sabe”

João Pedro Mésseder (2012)


(Soares, 2018, p. 81)

O progresso do conhecimento e o desenvolvimento da tecnologia convidam-nos


a pensar em novas formas de ensino-aprendizagem, que permitam que os alunos
tenham um papel ativo neste processo e que o ensino se centre nos alunos e não nos
professores. Neste sentido, no trabalho que agora se apresenta, procurou-se aplicar
algumas metodologias de ensino não tradicionais, que envolvam os alunos e
desenvolvam neles capacidades de raciocínio e de espírito científico, aumentando ao
mesmo tempo o seu gosto pela ciência e a curiosidade pelo mundo que nos rodeia.
Um dos métodos aplicados, o método POE (Prever-Observar, Explicar), descrito
por White e Gunstone (1992, cit. por Ferreira, 2020), permite detetar conceções
erróneas nos alunos e corrigi-las, seguindo um procedimento em que os alunos têm um
processo ativo no processo de aprendizagem. Por outro lado, o facto de os próprios
alunos observarem e fazerem as experiências, como se propõe, neste caso, permite-
lhes aprender mais do que se assumissem um papel meramente passivo, pois é sabido
que se aprende melhor fazendo, do que só vendo ou ouvindo. As atividades hands-on
(mãos na massa) que se propõem neste trabalho têm também o mesmo propósito, de
que os alunos possam aprender mais e melhor.
A plasticina condutora (comercial ou caseira), que pode ser utilizada em circuitos
elétricos, para a condução da corrente elétrica, constitui um método simples, acessível
e eficaz para explicar e aprender vários conceitos de eletricidade e que possibilita que
os alunos realizem facilmente em casa experiências que de outra forma não
conseguiriam. É importante realçar também o papel lúdico da plasticina, permitindo aos
alunos brincar enquanto aprendem, desenvolvendo ao mesmo tempo o seu gosto pela
ciência e pela eletricidade, em particular.
Neste trabalho foram desenvolvidos vários projetos, todos centrados na
utilização da plasticina condutora e de componentes eletrónicos simples, como LEDs,
pilhas e fios condutores, para a construção de circuitos elétricos.
FCUP 2
A plasticina no ensino da Eletricidade
Introdução

Neste âmbito, foram produzidos 3 vídeos, pela autora do trabalho, em conjunto


com a sua filha, foi desenvolvida uma atividade POE, que permite compreender melhor
os conceitos de associações de componentes elétricos em série e em paralelo, e uma
atividade Padlet, relacionada com a testagem da condutividade de vários materiais.
FCUP 3
2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

2. Enquadramento teórico: A plasticina


condutora no ensino da Eletricidade
2.1. Introdução

A plasticina condutora (comercial ou caseira) pode ser utilizada para construir


circuitos elétricos, conforme propõe Thomas (2011a), devido aos ingredientes que a
constituem (sal, por exemplo), que lhe conferem propriedades condutoras.
Na verdade, a plasticina pode ser utilizada para muitas outras aplicações, além
do seu uso como brinquedo, podendo ser utilizada, para exercícios de reabilitação da
mão, para melhorar a força e a destreza dos dedos, ou como anti-stress (Medical
Express, 2021).
Além da plasticina, existem outras opções para fabricar circuitos elétricos a baixo
custo, ou com materiais do dia-a-dia, como se pode verificar numa atividade proposta
pelo Centro de Ciência Viva do Pavilhão do Conhecimento (2021), onde se sugere
construir circuitos elétricos com materiais tais como caixas de papelão e/ou cartão,
molas metálicas para papel, clipes, folhas de papel de alumínio, pilhas e LEDs
(provenientes de porta-chaves com luz, lanternas, velas decorativas elétricas, etc.).
Com estes materiais, é possível construir circuitos tais como um interruptor, um testador
de condutividade, etc. O mesmo tipo de circuitos elétricos, proposto com materiais de
baixo custo, é apresentado em “Scrappy Circuits” (2021).
Os circuitos em papel constituem uma forma divertida de combinar a eletrónica
com a arte, em que os fios condutores podem ser substituídos, como exemplo, por tintas
especiais, canetas de tinta condutoras, folhas de alumínio, fitas de cobre, grafite, etc.
Normalmente utilizam-se LEDs e pilhas ou baterias, para completar os circuitos (Finio,
2020).
Ainda neste âmbito, o Exploratorium Teacher Institute propõe várias atividades,
com materiais comuns, na área da Eletricidade, que podem ser realizadas por alunos
do ensino básico e secundário, tais como: um “testador de condutividade” (2021a),
realizado com uma pilha, luzes de Natal e folha de alumínio; um eletroscópio (2021b),
para detetar a eletricidade, construído com palhinhas de plástico, plasticina e fita-cola;
uma bateria (2021c), realizada com folhas de alumínio, fios condutores e água salgada;
um motor (2021d), realizado com fio de cobre, folha de alumínio, uma pilha, clipes e um
íman permanente; uma bateria de moedas (2021e), realizada com moedas, lixa, água
salgada e vinagre…
A plasticina condutora apresenta algumas vantagens, relativamente a estes
materiais já mencionados, tais como folha de alumínio, clipes, fitas de cobre e a grafite;
FCUP 4
2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

por ser um material acessível e que agrada a várias idades, e também por que pode ser
adaptado para vários projetos, devido à sua capacidade de moldagem.
Existem várias receitas na Internet, de plasticina isoladora e condutora. A receita
de (Squishy Circuits, 2021a) foi experimentada, mas não funcionou melhor que algumas
plasticinas comerciais, que se revelaram condutoras, como as que se apresentam na
Figura 1.

Figura 1 – Plasticinas condutoras: Play-Doh (Hasbro), Zoko (MCH, SA), Modellervorks Kids dough [Tiger], Playtive [Lidl]
(da autora)

As plasticinas representadas na Figura 1 têm as designações de “plasticina”,


“plasticina brilhante, “plasticina de moldar”, “kids dough”, e têm quase todas a indicação
de que contêm trigo, ou glúten, na sua composição. Na realidade, só uma não tem essa
designação, mas o aspeto é muito semelhante. Por outro lado, as “plasticinas” que têm
a designação de “pasta/massa de modelar”, “modelling clay”, ou “plastilina” não
costumam ser condutoras e também não têm a indicação de “trigo” ou “glúten” nos seus
ingredientes.
Como anteriormente referido, normalmente a plasticina condutora contém sal,
nos seus ingredientes, o que lhe confere propriedades condutoras. Este ingrediente não
se costuma encontrar mencionado, nos rótulos dos recipientes da plasticina, mas é
referido por exemplo em relação à plasticina Play-Doh (Play-Doh, 2021). Como esta é
uma das marcas mais acessíveis atualmente, que se encontra disponível em vários
FCUP 5
2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

formatos e se associa a muitos brinquedos, foi a escolhida também para realizar todas
as experiências que se mencionam neste trabalho.
Estas experiências foram projetadas e pensadas para alunos do ensino básico
e secundário, e foi conduzida previamente uma pesquisa na Net, em que se procuraram
projetos realizados neste âmbito.
A utilização de plasticina condutora no ensino da Eletricidade teve um grande
desenvolvimento com Ann Marie Thomas (2011a), na sua Conferência TED. Ann Marie,
professora associada da Universidade de St. Thomas, em St. Paul, Minnesota, EUA,
fundou uma empresa, nesse mesmo ano (2011), no Playful Learning Lab, desta
universidade, juntamente com alguns investigadores: a Squishy Circuits Store LLC.
(Squishy Circuits, 2021b)
Nesta empresa foi criado um método para utilizar plasticina condutora e
isoladora, e ensinar/aprender circuitos elétricos e conceitos de Engenharia. A empresa
desenvolveu vários produtos, com a sua marca, e os circuitos moles (squishy circuits)
são utilizados em salas de aula, bibliotecas, museus, … em mais de 25 países.
Johnson (2010) compara as propriedades condutoras da plasticina comercial
com a plasticina caseira e aconselha o uso da plasticina condutora (ou circuitos moles)
para ensinar a eletricidade, mencionando que, além do benefício educacional, estes
circuitos são seguros, económicos, e muito simples de utilizar.
Fuse (2013) mediu a resistividade da plasticina Play-Doh, para várias cores e ao
longo do tempo, tendo concluído que a resistividade varia com a cor e aumenta com o
tempo (a plasticina ao secar vai perdendo as suas propriedades condutoras). A
plasticina tem uma resistividade semelhante à da água do mar e da grafite (0,24 m),
e comporta-se como um condutor ohmico (obedece à Lei de Ohm) para uma pequena
gama de voltagem (desde cerca de 0,015 V, para a cor verde, até cerca de 1,130 V para
a cor amarela).
A plasticina condutora tem sido utilizada para propor várias atividades, que
utilizam conceitos como curto-circuito, circuito aberto/fechado, polaridade, circuitos em
série e em paralelo, materiais condutores e isoladores, além de outros conceitos
relacionados com a Eletricidade (IEEE, 2020; Roth-Johnson, 2021; Discovere, 2021).
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2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

2.2. Circuitos elétricos em série e em paralelo, com plasticina


condutora

Os circuitos elétricos construídos com plasticina condutora precisam de outros


componentes, como geradores de eletricidade, tais como pilhas ou baterias; e recetores
de eletricidade, como LEDs, motores, “campainhas”,…
As experiências propostas neste trabalho utilizaram os LEDs (“díodos emissores
de luz”), como recetores de eletricidade, que consistem em díodos e quando polarizados
corretamente emitem luz visível.
Os LEDs são componentes eletrónicos que trabalham com diferenças de
potencial e correntes elétricas baixas, o que os torna vantajosos para serem utilizados
em circuitos eletrónicos com correntes demasiado fracas para acenderem uma lâmpada
de filamento. Por essa razão, têm sido utilizados em algumas experiências realizadas
com alunos do ensino secundário, como em Armelim (1999).
Os díodos consistem na junção de dois tipos de material semicondutor, por
exemplo de silício, que estão encostados um ao outro. As duas regiões do díodo têm
impurezas diferentes. Escolhendo-se adequadamente a impureza (ou substância),
produz-se um semicondutor do tipo P (com excesso de eletrões) ou do tipo N (com
excesso de lacunas, ou falta de eletrões).
Como todos os díodos, os LEDs só deixam passar a corrente num sentido, ou
quando estão polarizados diretamente. Quando se inverte a polarização têm uma
resistência muito elevada. Nos LEDs não se verifica uma relação linear entre a tensão
e a corrente (esta relação é do tipo exponencial).

Figura 2 – Símbolos de LEDs e vários tipos de LEDs (Electronica, 2021)

Na Figura 2 estão representados alguns símbolos de LEDs e LEDs de vários


tipos, sendo o último um LED de 5 mm, cilíndrico, o mais comum, com cerca de 80% de
produção, a nível mundial. Foi também esse tipo de LED que se utilizou neste trabalho.
Na Figura 3 está representada a curva caraterística do díodo real de silício, com a tensão
de polarização, VD, de cerca de 0,7 V. A corrente não é nula, na polarização inversa,
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2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

sendo da ordem de grandeza de alguns µA, mas não está representada na figura, por
ser muito pequena. Existem alguns gráficos na literatura que consideram os eixos (da
polarização direta e inversa) com escalas diferentes, onde esta corrente inversa está
representada.
Para condições normais de temperatura, de cerca de 27ºC, este díodo apresenta
uma resistência dinâmica que varia de cerca de 25  até 1, para correntes que variem
de 1 a 25 mA. O díodo real é equivalente à associação em série de um díodo ideal (sem
resistência) com uma resistência dinâmica.

Figura 3 – Curva característica do díodo real de silício (Abreu, 1994, pág. 168)

As curvas caraterísticas, I-U dos LEDs variam, de acordo com a cor destes, que
é determinada pelo material semicondutor, não pela cor da cápsula. Na Figura 4 estão
representadas algumas curvas caraterísticas, para LEDs típicos.

Figura 4 – Curva caraterística de LEDs de várias cores (Adapt. de Lednique, 2021)


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2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

As tensões de polarização dos LEDs, e a tensão máxima, a que cada LED pode
estar sujeito, sem ficar danificado, bem como a corrente máxima direta, dependem do
tipo de LED e da sua cor.
Como exemplo, indicam-se como valores típicos, para um ângulo de visualização
a 60º, uma corrente máxima de 30 mA, para os LEDs standard amarelo, vermelho e
azul, mas de apenas 25 mA, para um LED standard verde. A tensão típica de
polarização é de cerca de 2 V, para os LEDs vermelho, verde e amarelo, mas de cerca
de 4 V para os LEDs azuis. As tensões máximas de polarização serão de cerca de 2,5V;
para os LEDs vermelho, amarelo e verde e de cerca de 5,5 V, para os LEDs azuis, de
alta intensidade (Electronica, 2021).
Na Figura 5 está representada a zona de funcionamento do LED, que está entre
cerca de 2,5 V e 3,7 V, e 1 mA e 20 mA e varia de LED para LED. Como já foi referido,
os LEDs azuis poderão suportar uma tensão/corrente mais elevada, sem ficarem
danificados.

Figura 5 – Zona de funcionamento do LED (Electronica, 2021)

Como os LEDs têm estas limitações, em relação à tensão e à corrente máxima


que podem estar sujeitos, é necessário, normalmente, colocar uma resistência, em série
com o LED, que limite a corrente a que ele está sujeito (ver Figura 6)

𝑈𝐹 −𝑈𝐿𝐸𝐷
𝑅= (Um LED em série) (1)
𝐼𝐿𝐸𝐷

𝑈𝐹 −𝑈𝐿𝐸𝐷1 −𝑈𝐿𝐸𝐷2 −𝑈𝐿𝐸𝐷3 …


𝑅= (Vários LEDs em série) (2)
𝐼𝐿𝐸𝐷𝑠

Figura 6 – Cálculo da resistência em série com o LED (Adapt. de Electronica (2021))


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2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

Para um LED, a resistência que se deve considerar, para limitar a corrente que
percorre o LED, determina-se através da equação (1). Para vários LEDs em série, a
resistência determina-se através da equação (2). Neste caso, ULED representa a tensão
de funcionamento dos LEDs.
Quando se consideram vários LEDs em paralelo, de diferentes caraterísticas,
que estejam sujeitos à mesma diferença de potencial, o cálculo acima deverá ser
realizado para o LED que apresenta uma tensão de funcionamento menor, para evitar
que este se danifique. No caso de vários LEDs em paralelo, com curvas caraterísticas
I-U diferentes, a corrente que passa por cada um vai ser diferente, pois a tensão será
igual para todos eles.
No presente trabalho considerou-se a associação de componentes (LEDs) em
paralelo e em série. Nas atividades apresentadas aos alunos, procurou-se que os
conceitos, as equações e a matéria apresentada estivesse de acordo com o que é
lecionado na aula teórica, e de acordo com o seu manual. Seguidamente, apresenta-se
uma revisão, breve, da matéria que consta do manual adotado pelos alunos, no 10º ano,
de Física e Química A (Ventura, 2020). As figuras apresentadas constituem adaptações
de PowerPoints, do mesmo manual, conforme as referências indicadas.
Uma associação de geradores (como pilhas ou baterias) em série, com forças
eletromotrizes 𝜀1 , 𝜀2 e 𝜀3 , é equivalente a um único gerador em série, de força
eletromotriz 𝜀, de acordo com a Figura 7.

Figura 7 – Associação de geradores em série (Adaptado de Texto (2021a))

A força eletromotriz total da associação é igual à soma das forças eletromotrizes


de cada gerador, segundo a equação (3):

𝜀 = 𝜀1 + 𝜀2 + 𝜀3 (3)

A corrente elétrica, I, que passa nos três geradores é a mesma. Quando um


gerador está conectado a um circuito elétrico, a diferença de potencial, U, existente nos
seus terminais, é dada pela equação (4):

𝑈 =𝜀−𝑟∗𝐼 (4)
FCUP 10
2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

Nesta equação, U representa a diferença de potencial nos terminais do gerador,


quando conectado a um circuito elétrico,  a sua força eletromotriz, r a resistência
interna e I a corrente elétrica que o percorre.
Para uma associação de recetores em série (resistências, lâmpadas…), a
corrente elétrica, I, é igual nas várias resistências. A diferença de potencial nos terminais
da associação é igual à soma das diferenças de potencial nos terminais de cada
resistência, de acordo com a Figura 8.
.

Figura 8 – Associação de resistências em série (Texto, 2021a)

Para este tipo de associação, verificam-se as equações (5) e (6), seguintes,


referentes às diferenças de potencial (U), nos terminais do gerador e das resistências,
respetivamente, em que R1, R2 e R3 representam as resistências da Figura 8.

𝑈 = 𝑈1 + 𝑈2 + 𝑈3 (5)

𝑈1 = 𝑅1 ∗ 𝐼
𝑈2 = 𝑅2 ∗ 𝐼 (6)
𝑈3 = 𝑅3 ∗ 𝐼

Numa associação de resistências em


paralelo, as resistências têm terminais comuns e,
por isso, a diferença de potencial, U, é a mesma nos
terminais de cada uma. A corrente no ramo
principal do circuito é igual à soma das correntes
nos vários ramos, de acordo com a Figura 9.

Figura 9 – Associação de resistências em paralelo (Texto, 2021a)


FCUP 11
2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

Para este tipo de associação, verificam-se as equações (7) e (8) seguintes,


referentes à corrente elétrica que passa no gerador e à corrente elétrica, que passa em
cada resistência em paralelo.

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 (7)

𝑈
𝐼1 =
𝑅1
𝑈
𝐼2 = (8)
𝑅2
𝑈
𝐼3 =
𝑅3

Para medir a corrente elétrica que passa num condutor, liga-se um amperímetro
em série com ele. Para medir a diferença de potencial nos terminais de um condutor,
liga-se um voltímetro a esses terminais, em paralelo, conforme está representado na
Figura 10.

Figura 10 – Amperímetro em série com a resistência (esquerda) e voltímetro em paralelo com a resistência (direita)
(Texto, 2021)

A potência transferida para um componente de um circuito elétrico, pelo gerador,


é dada pela equação (9):

𝑃 =𝑈∗𝐼 (9)

No caso de ser um condutor puramente resistivo, que tenha por finalidade


exclusiva o aquecimento, como é o caso de aquecedores, ferros de engomar e placas
de aquecimento elétrico, a potência transferida para o componente é totalmente
dissipada, por efeito de Joule, vindo então, para a potência transferida, que é igual à
potência dissipada:

𝑃 = 𝑈 ∗ 𝐼 = 𝑅 ∗ 𝐼 ∗ 𝐼 = 𝑅 ∗ 𝐼2 (10)
FCUP 12
2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

Os componentes dos circuitos elétricos, que não têm por finalidade exclusiva o
aquecimento, como é o caso das lâmpadas, ou motores, também sofrem efeito de Joule,
ou seja, também aquecem, devido à passagem da corrente elétrica. Nestes
componentes, o efeito de Joule é prejudicial, pois corresponde a energia dissipada para
o meio ambiente.
Os LEDs são utilizados para iluminação em mostradores luminosos, sinalização
de aparelhos ligados, painéis publicitários ou informativos, efeitos decorativos
(iluminações de Natal), nos semáforos, faróis de automóveis, retroiluminação de écrans
em monitores, televisões e telemóveis, … (Ventura, 2020; Lorenz, 2016).
As lâmpadas LEDs dissipam muito menos energia que as lâmpadas de
incandescência, que atualmente são proibidas na Europa, desde 2012, apresentando
um consumo muito menor de energia, para a mesma quantidade de luz emitida. Crê-se,
assim, que os LEDs substituirão nos próximos anos, a maior parte das lâmpadas
convencionais, abrindo caminho para uma poupança significativa de eletricidade, e
trazendo soluções de iluminação a regiões menos desenvolvidas do mundo (Lorenz,
2015).

2.3. Testagem da condutividade elétrica com a plasticina condutora

A plasticina condutora pode ser utilizada para testar a condutividade elétrica de


materiais, soluções e substâncias. Na Figura 11 está representada uma montagem, que
pode ser utilizada para este efeito. Na mesma figura está uma fotografia, relativa à
testagem da condutividade elétrica de um sino de metal.

Figura 11 – Esquema utilizado para testar a condutividade de materiais e soluções e testagem da condutividade de um
sino de metal (da autora)
FCUP 13
2. Enquadramento teórico: A plasticina condutora no ensino da Eletricidade

De acordo com este esquema, da Figura 11, se o LED acender, o material é


condutor de Eletricidade. Os materiais bons condutores de Eletricidade proporcionam
um brilho dos LEDs mais intenso.
De acordo com a teoria, alguns materiais bons condutores são a grafite, e alguns
metais, como o pedaço de alumínio, o clipe de aço e o fio de cobre.
O sal de cozinha, NaCl (composto iónico) não é bom condutor, se estiver isolado,
sólido, mas é bom condutor quando está dissolvido na água, devido à presença de iões
positivos e negativos, na solução. O açúcar de mesa (sacarose) não é condutor elétrico,
sólido ou dissolvido na água.
A água da torneira apresenta alguma condutividade elétrica, devido à presença
de sais minerais/iões aí dissolvidos, mas menor que a água com sal. A água destilada
não deverá ser condutora, uma vez que não contém sais minerais, ou outros produtos
lá dissolvidos. Contudo, se estiver algum tempo destapada, isto poderá acontecer.
Nos próximos capítulos são apresentadas várias atividades que foram
implementadas, tendo em vista a aplicação destes conceitos.
FCUP 14
3. Enquadramento didático-curricular

3. Enquadramento didático-curricular

As atividades realizadas e propostas neste trabalho são dirigidas aos alunos do


ensino básico e secundário. Neste capítulo estão indicadas as metas curriculares1 e as
aprendizagens essenciais em que estas atividades se enquadram. As referências (DGE,
2018 (a-h)) estão relacionadas com as aprendizagens essenciais. As restantes
referências dizem respeito às metas curriculares, ou ao programa do 1º ciclo de Estudo
do Meio.

1. Vídeos sobre a testagem da condutividade elétrica e a atividade Padlet


Ensino Básico
4º ano, Estudo do Meio. Domínio: Tecnologia
✓ Realizar experiências simples com pilhas, lâmpadas, fios e outros
materiais condutores e não condutores. (Ministério da Educação, s.d.)
✓ Comparar diversos materiais, por exemplo, através dos circuitos
elétricos, indicando se são isoladores ou condutores elétricos, e discutir
as suas aplicações, bem como as regras de segurança na sua utilização.
(Direção-Geral de Educação, 2018a)
7º ano, Físico – Química. Domínio: Materiais. Subdomínio: Constituição do
mundo material
✓ Distinguir materiais e agrupá-los com base em propriedades comuns
através de uma atividade prática. (DGE, 2018b)
9º ano, Físico – Química. Domínio: Eletricidade. Subdomínio: Corrente elétrica e
circuitos elétricos
✓ Associar a corrente elétrica a um movimento orientado de partículas com
carga elétrica (eletrões ou iões) através de um meio condutor. (Fiolhais
et al., 2013)
✓ Dar exemplos de bons e maus condutores (isoladores) elétricos. (Fiolhais
et al., 2013)

1
As metas curriculares foram revogadas pelo Despacho 6605-A/2021 (2021), que procede à definição dos referenciais
curriculares das várias dimensões do desenvolvimento curricular, incluindo a avaliação externa. Este Despacho mantém
ainda as Aprendizagens essenciais aqui referidas, além de outros documentos, como referenciais curriculares..
FCUP 15
3. Enquadramento didático-curricular

9º ano, Físico – Química. Domínio: Classificação dos materiais. Subdomínio:


Propriedades dos materiais e Tabela Periódica
✓ Distinguir, através de algumas propriedades físicas (condutividade
elétrica, condutibilidade térmica, pontos de fusão e pontos de ebulição) e
químicas (reações dos metais e dos não metais com o oxigénio e reações
dos óxidos formados com a água), duas categorias de substâncias
elementares: metais e não metais. (Fiolhais et al., 2013)
✓ Distinguir metais de não metais com base na análise, realizada em
atividade laboratorial, de algumas propriedades físicas e químicas de
diferentes substâncias elementares. (DGE, 2018c)
Ensino Secundário
10º ano, Física e Química A. Domínio: Propriedades e Transformações da
matéria. Subdomínio: Ligação Química
✓ Compreender que as propriedades das moléculas e materiais são
determinadas pelo tipo de átomos, pela energia das ligações e pela
geometria das moléculas. (Fiolhais et al., 2014a)
✓ Distinguir, recorrendo a exemplos, os vários tipos de ligação química:
covalente, iónica e metálica. (DGE, 2018c)

2. Vídeo relativo ao método POE e atividade POE (Clube de Ciência e turma


10º CT2)
Ensino Básico
4º ano, Estudo do Meio. Domínio: Tecnologia
✓ Realizar experiências simples com pilhas, lâmpadas, fios e outros
materiais condutores e não condutores. (Ministério da Educação, s.d.)
9º ano, Físico – Química. Domínio: Eletricidade. Subdomínio: Corrente elétrica e
circuitos elétricos
✓ Distinguir circuito fechado de circuito aberto. (Fiolhais et al., 2013)
✓ Identificar componentes elétricos, num circuito ou num esquema, pelos
respetivos símbolos e esquematizar e montar um circuito elétrico
simples. (Fiolhais et al., 2013)
✓ Indicar que a corrente elétrica num circuito exige uma tensão, que é
fornecida por uma fonte de tensão (gerador). (Fiolhais et al., 2013)
✓ Representar e construir circuitos com associações de lâmpadas em série
e paralelo, indicando como varia a tensão e a corrente elétrica. (Fiolhais
et al., 2013)
FCUP 16
3. Enquadramento didático-curricular

✓ Ligar pilhas em série e indicar a finalidade dessa associação. (Fiolhais et


al., 2013)
✓ Concluir que, para uma tensão constante, a corrente elétrica é
inversamente proporcional à resistência do condutor. (Fiolhais et al.,
2013)
✓ Planificar e montar circuitos elétricos simples, esquematizando-os. (DGE,
2018c)
✓ Relacionar correntes elétricas em diversos pontos e tensões elétricas em
circuitos simples e avaliar a associação de recetores em série e em
paralelo. (DGE, 2018c)
9º ano, Físico – Química. Domínio: Eletricidade. Subdomínio: Efeitos da corrente
elétrica e energia elétrica
✓ Indicar que os recetores elétricos, quando sujeitos a uma tensão de
referência, se caracterizam pela sua potência, que é a energia transferida
por unidade de tempo, e identificar a respetiva unidade SI. (Fiolhais et
al., 2013)
Ensino Secundário
10º ano, Física e Química A. Domínio: Energia e sua conservação. Subdomínio:
Energia e fenómenos elétricos
✓ Interpretar o significado das grandezas corrente elétrica, diferença de
potencial elétrico (tensão elétrica) e resistência elétrica. (Fiolhais et al.,
2014a)
✓ Identificar associações de componentes elétricos em série e paralelo e
caracterizá-las quanto às correntes elétricas que os percorrem e à
diferença de potencial elétrico nos seus terminais. (Fiolhais et al., 2014a)
✓ Interpretar o significado das grandezas: corrente elétrica, diferença de
potencial elétrico e resistência elétrica. (DGE, 2018d)
✓ Montar circuitos elétricos, associando componentes elétricos em série e
em paralelo, e, a partir de medições, caracterizá-los quanto à corrente
elétrica que os percorre e à diferença de potencial elétrico aos seus
terminais. (DGE, 2018d)
FCUP 17
4. Atividade proposta: Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos elétricos, pelo método POE

4. Atividade proposta: Aplicação da plasticina


condutora ao estudo de circuitos elétricos, pelo
método POE
4.1. Introdução: Questão Problema apresentada no método POE

Na Figura 12 está representado um esquema relativo a uma questão problema,


que foi apresentada no Clube Carmic, e na aula do 10º CT2 (ver apêndices 1 e 5,
correspondentes à aplicação do método, no Clube e na aula, respetivamente). No
Capítulo de “Implementação das atividades em contexto escolar” esta atividade será
relatada com mais detalhe, sendo neste capítulo realizado o seu enquadramento teórico.

Figura 12 – Esquemas de circuitos elétricos, para a questão problema (da autora)

A questão problema colocada no “Clube Carmic” foi a seguinte:

“Considere que na Figura 1 (agora 12) as lâmpadas e as fontes de tensão (geradores)


são todas iguais. Relativamente à lâmpada “A”, e ao circuito I, indique quais os
circuitos (II-VI) em que o brilho desta lâmpada é maior, menor ou igual, nas seguintes
situações (Tabela 1):

Situação/Brilho Brilho menor Brilho igual Brilho maior


Interruptores X, Y abertos II VI III, IV, V
Interruptores X, Y fechados - II, VI III, IV, V
Lâmpada “B” desconectada (II -VI); II VI III, IV, V
interruptores X, Y fechados
Tabela 1 – Previsão do brilho da lâmpada A nos circuitos (respostas corretas a azul)” (da autora)
FCUP 18
4. Atividade proposta: Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos elétricos, pelo método POE

Na Tabela 1 as respostas corretas estão representadas a azul. Na aula os alunos


responderam a estas mesmas questões, mas segundo outra sequência, em que o
método POE foi aplicado, consecutivamente, para cada par de circuitos. No Clube
Carmic foi antes realizada a fase de “Previsão”, para todos os pares de circuitos, depois
a fase de “Observação”, seguida da fase de “Explicação”.
Na fase de “Observação”, no Clube de Ciência, os alunos utilizaram plasticina
condutora, para fazer a ligação entre os componentes dos circuitos elétricos da Figura
12, e LEDs, de diferentes cores, como lâmpadas dos circuitos.
Na Tabela 2 estão as equações relativas à corrente elétrica (I), diferença de
potencial (U) e potência dissipada na lâmpada A (PA), para os circuitos da Figura 12.

Circuitos Diferença de potencial em A Corrente elétrica em A Potência dissipada em A


I (cB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐵 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
2 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 2𝑅 4𝑅

II (IA; cB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐵 +𝑈𝐶 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
3 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 + 𝑅𝐶 3𝑅 9𝑅

III (IA; cB) 2𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐵 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 2𝑈 𝑈 𝑈2


𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 𝑅 𝑅

IV (cB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅
V (cB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

VI (cB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐶 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
2 𝑅𝐴 + 𝑅𝐶 2𝑅 4𝑅

II (IF, cB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐵 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
2 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 2𝑅 4𝑅

III (IF, cB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2


𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

II (IF, sB) 𝑈𝐴 = 0 (𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑜) 𝐼𝐴 = 0 (𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑜) 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 = 0

III (IF, sB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2


𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

IV (sB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

V (sB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

VI (sB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐶 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
2 𝑅𝐴 + 𝑅𝐶 2𝑅 4𝑅

Legenda: IA- Interruptor aberto; IF-interruptor fechado; cB: Com a lâmpada B; sB: Sem a lâmpada B
Tabela 2 – Corrente elétrica, diferença de potencial e potência elétrica, para a lâmpada A e os circuitos da Figura 12
(da autora)
FCUP 19
4. Atividade proposta: Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos elétricos, pelo método POE

Nestas equações da Tabela 2 consideram-se as pilhas ideais (geradores ideais),


e utilizaram-se as equações que permitem determinar a diferença de potencial e a
corrente elétrica, em associações de componentes em série e em paralelo.
Considerou-se ainda que as lâmpadas constituíam recetores puramente
resistivos, no sentido que toda a energia recebida por estas seria convertida em energia
interna, ou calor, o que constitui uma aproximação. O brilho da lâmpada é proporcional
à potência dissipada na lâmpada A, que é dada pelo produto da diferença de potencial
pela corrente elétrica, nesta mesma lâmpada.
A curva caraterística dos LEDs, que define nomeadamente, a zona de
funcionamento destes, varia com o tipo de LED utilizado e com a sua cor (ver Figura 4).
Apesar de ter havido o cuidado de utilizar LEDs com as mesmas caraterísticas,
que funcionassem na gama de 2,5 V a 3 V, conforme anunciado pelos vendedores,
foram realizadas algumas experiências, para comparar a queda de tensão nos LEDs de
cores diferentes, quando sujeitos à mesma diferença de potencial.

4.2. Testagem da metodologia utilizada

Para comparar a força eletromotriz das pilhas de 9 V com a diferença de


potencial nos seus terminais, quando conectadas a outros componentes, num circuito
elétrico, foram realizadas as medições, representadas na Figura 13 (A-D).

A B

C D

Figura 13 – Experiências realizadas para testar a influência da resistência interna, na diferença de potencial nos
terminais das pilhas de 9 V, quando conectadas a um circuito elétrico (da autora)

Em A e C obteve-se a força eletromotriz das pilhas, quando se utiliza apenas


uma pilha e duas pilhas, respetivamente, nos circuitos da Figura 12.
FCUP 20
4. Atividade proposta: Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos elétricos, pelo método POE

Em C e em D obteve-se a diferença de potencial nos terminais das pilhas,


quando estas estão conectadas a outros componentes, num circuito elétrico,
correspondente ao circuito I da Figura 12.
De acordo com a Figura 13, foram obtidos os valores seguintes, para a força
eletromotriz e a diferença de potencial nos terminais das pilhas, quando conectadas a
outros componentes, num circuito elétrico:

Nº de pilhas/parâmetro medido Força eletromotriz Diferença de potencial da(s) pilha(s),


da(s) pilha(s) quando conectadas, no circuito I
1 9,42 V 9,09 V
2 18,99 V 18,78 V
Tabela 3 – Força eletromotriz e diferença de potencial nas pilhas utilizadas nos circuitos da atividade POE (da autora)

Os valores representados na Tabela 3 permitem verificar que a força eletromotriz


das pilhas utilizadas é semelhante à diferença de potencial nestas, quando estão
conectadas a outros componentes, num circuito elétrico. Por esta razão, considera-se
que o erro é desprezável, ao considerar estes dois parâmetros iguais, quando se
comparam os diferentes circuitos da Figura 12. Na equação (4) está a relação entre a
força eletromotriz e esta diferença de potencial, nos terminais do gerador, quando ligado
a um circuito elétrico.
Na Figura 14 estão representadas as medições efetuadas, para determinar a
queda de tensão nos pinos dos LEDs verde, azul e vermelho.

Figura 14 – Queda de tensão nos LEDs verde, azul e vermelho utilizados na atividade POE (da autora)

Como se pode observar através da Figura 14, e na Tabela 4, a queda de tensão


no LED azul é mais elevada do que no LED verde e esta é mais elevada do que no LED
FCUP 21
4. Atividade proposta: Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos elétricos, pelo método POE

vermelho, o que está de acordo com o esperado pela teoria (ver capítulo relativo ao
enquadramento teórico).

Queda de LED verde (LED A) LED azul (LED B) LED vermelho (LED C)
tensão 2,12 V 3,08 V 1,84 V
Tabela 4 – Queda de tensão nos pinos dos LEDs verde, azul e vermelho utilizados na atividade POE (da autora)

De referir que na questão problema, como se compara sempre o brilho da


mesma lâmpada, para os vários circuitos apresentados, o facto de existirem LEDs de
cores diferentes, com quedas de tensão diferentes nos seus pinos, não tem influência
nos resultados das experiências, devido às caraterísticas dos circuitos, e uma vez que
o brilho não é quantificado. Apenas no circuito nº VI da Figura 12, o facto de os LEDs
não serem iguais poderia ter alguma influência nos resultados, mas nas experiências
realizadas isso não se verificou, até porque existem outras fontes de erro, tais como a
forma da plasticina, o local onde os fios condutores estão inseridos e o facto de a
plasticina ter secado um pouco, entre as medições.
A utilização de LEDs de diferentes cores, para a realização da atividade,
considerou-se assim vantajosa, por ser mais prática e porque assim se garantiu também
que se comparava sempre o brilho da mesma lâmpada (LED), além de o circuito ser
mais atrativo, visualmente. Por outro lado, também pode haver diferenças no brilho entre
LEDs da mesma cor, até porque estes nem sempre apresentam as mesmas
caraterísticas. Nas experiências realizadas, no âmbito desta atividade POE, foram
sempre utilizados LEDs “standard” de 5 mm, cilíndricos.
Verifica-se, assim, que a utilização da plasticina condutora e dos LEDs constitui
um método simples, prático e acessível, para o estudo de circuitos elétricos, apesar de
ser um método menos rigoroso que o utilizado com fios condutores clássicos, ou até
com lâmpadas/resistências.
FCUP 22
5. Implementação das atividades em contexto escolar

5. Implementação das atividades em contexto


escolar
5.1. Atividades implementadas

A aplicação de plasticina condutora ao estudo de circuitos elétricos, foi efetuada


com uma atividade POE (Prever, Observar, Explicar), que foi realizada no Clube de
Ciências da Escola Carolina Michaëlis (Clube Carmic), no dia 7 de maio de 2021 e na
aula nº 195 do 10º CT2, no dia 21 de maio de 2021.
Numa primeira fase (Previsão), foram apresentadas algumas questões, para
comparar o brilho de uma lâmpada, entre vários alguns circuitos elétricos, para diversas
situações. Na fase de Observação, foram apresentadas as mesmas questões anteriores
para os alunos responderem, com base na observação da experiência realizada. A fase
de Explicação do método foi realizada em conjunto, entre os alunos e a professora, em
que se explicaram as diferenças entre as respostas dadas na fase da previsão e na fase
da observação.
Esta técnica metodológica, de ensino interativo, foi descrita por White e
Gunstone, em 1992, e tem sido aplicada noutros trabalhos, relacionados com o estudo
da Física, como em Quintas (2012) e Ferreira (2020).
Foi utilizada a mesma estratégia POE (Prever, Observar, Explicar) no Clube
Carmic e na aula do 10º CT2. Os alunos responderam basicamente às mesmas
questões nas duas situações, com a diferença que no Clube de Ciência foram os alunos
a montar e a testar os circuitos elétricos da questão problema e na aula os alunos não
realizaram as experiências, tendo respondido com a ajuda de um vídeo, onde esta
experiência é concretizada.
Este vídeo, realizado pela autora e pela sua filha, tem a duração de 9 minutos e
pode aceder-se através do link, que também está nas Referências Bibliográficas:
“https://mega.nz/file/eVw2QIxL#yt8vMNIw5_3Q1iO0iYJTXWmkzMeQEFx9gNzZ2SKGc
Tc”.
Na aula o vídeo foi transmitido, acompanhado por um questionário, através da
plataforma Quizizz, que está disponível no Apêndice 6.
Nos apêndices 1-8 estão alguns documentos, relacionados com esta atividade
POE, realizada no Clube de Ciência (Clube Carmic) e na aula do 10º CT2:

✓ Apêndice 1: Protocolo da atividade realizada no Clube Carmic;


✓ Apêndice 2: Questionário entregue aos alunos, no Clube e na aula, para
avaliação da atividade POE;
FCUP 23
5. Implementação das atividades em contexto escolar

✓ Apêndice 3: Marcadores de livros, entregues a cada aluno que realizou a


atividade no Clube, com uma fotografia da atividade realizada por eles.
✓ Apêndice 4: Folha com a solução da atividade POE, entregue aos alunos do
Clube Carmic.
✓ Apêndice 5: “Print Screen” do vídeo utilizado na aula, para a realização da
atividade;
✓ Apêndice 6: “Print Screen” do questionário utilizado na aula, através da
plataforma Quizizz, para a realização da atividade;
✓ Apêndice 7: Folha entregue aos alunos que não puderam realizar a atividade
POE na aula, através da plataforma Quizizz (só um aluno, no segundo turno);
✓ Apêndice 8: Folha entregue aos alunos da turma 10º CT2, com as soluções da
atividade POE e os resultados do questionário desta, realizado através da
plataforma Quizizz. A tabela entregue continha apenas os resultados do Quizizz,
a que se acrescentaram agora os resultados do Clube Carmic.

Além da atividade POE, foi proposto aos alunos que realizassem uma atividade
na plataforma Padlet, conforme o Apêndice 11. Os apêndices seguintes estão
relacionados com esta atividade:
✓ Apêndice 9: “Print Screen” do Vídeo da Testagem da condutividade elétrica em
materiais, substâncias e soluções, realizado pela autora e pela sua filha;
✓ Apêndice 10: “Print Screen“ do Vídeo da Testagem da condutividade elétrica em
vários materiais, com plasticina condutora, realizado pela autora e pela sua filha;
✓ Apêndice 11: Folha entregue aos alunos com as instruções para a Atividade
Padlet: “Bons e maus condutores elétricos”;
✓ Apêndice 12: Mensagem de email enviada aos alunos, com o link da atividade
Padlet;
✓ Apêndice 13: Mural da Atividade Padlet na Internet, com a informação dos que
contribuíram para o site.

Os 3 vídeos dos apêndices 5, 9 e 10 podem ser acedidos através dos links


apresentados nas referências bibliográficas finais, no trabalho.

5.2. Atividade POE (Clube)

A atividade POE foi efetuada no Clube Carmic, Clube de Ciência da Escola


Carolina Michaëlis, no dia 7 de maio de 2021, e numa sessão de 50 minutos (Apêndices
FCUP 24
5. Implementação das atividades em contexto escolar

1 - 4). A autora deste trabalho realizou a conceção da atividade, a compra do material,


preparação das experiências, montagem do laboratório e a dinamização da atividade.
Os professores da escola Ana Paula Santos, Elsa Alves e José Serra ajudaram
na dinamização da atividade, que foi completada por 14 alunos (12 alunos do 11º ano,
um aluno do 9º ano e uma aluna do 10º ano).
Nesta experiência, como já foi referido, pretendeu-se que os alunos
comparassem o brilho de um LED, entre vários circuitos diferentes. Para isso,
previamente preencheram uma tabela (Tabela 1), relativa à Figura 12, na fase da
previsão do método POE. Depois, montaram os circuitos e preencheram novamente
uma tabela semelhante, com os dados da observação. As figuras seguintes (Figura 15)
referem-se à implementação desta atividade no Clube Carmic, onde está representada
a sala do Clube, uma imagem de uma mesa preparada, a autora do trabalho, a testagem
dos circuitos pelos alunos e os marcadores de livros entregues aos alunos mais tarde,
com fotografias da realização das atividades, por cada um.

Figura 15 – Fotografias da Implementação da atividade no Clube Carmic (da autora e da Dra. Elsa Alves)
FCUP 25
5. Implementação das atividades em contexto escolar

Para avaliar a implementação da atividade no Clube Carmic foi construída uma


grelha de avaliação, que constitui uma adaptação de uma grelha proposta por Lopes
(2020, pág. 104), e que se apresenta no Quadro 1.

Grupos/ Iniciativa/ Trabalho em Organização Compreensão/ Pontuação no teste


Critérios Trabalho equipa do trabalho Execução da (P: previsão;
independente atividade O: Observação)
A Bom Excelente Bom Bom P: 6 O: 7
B Excelente Excelente Excelente Excelente P: 6 O: 10
C Necessidades Excelente Bom Satisfatório P: 6 O: 6
de melhoria
D Bom Excelente Bom Bom P: 2 O: 7
E Bom Excelente Satisfatório Satisfatório P: 7 O: 5
F Necessidades Necessidades Necessidades Necessidades P: 9 O: 1
de melhoria de melhoria de melhoria de melhoria
G Necessidades Satisfatório Satisfatório Necessidades P: 12 O: 2
de melhoria de melhoria
Quadro 1 – Grelha de observação da atividade no Clube Carmic (da autora)

Neste quadro estão representados os grupos (A-G) que realizaram a atividade


POE, no Clube Carmic, além da avaliação realizada pela autora, em relação aos critérios
referidos. As respostas ao protocolo experimental da atividade, disponível no Apêndice
1, eram anónimas, mas foi possível identificar os grupos que preencheram cada
questionário, que são identificados agora por códigos (A a G). Na pontuação do teste,
em “P” estão indicadas as respostas corretas na previsão (Tabela 1) e em “O” as
respostas corretas, na fase da “Observação”, da atividade. O total de respostas corretas
possível era de 15, tanto na fase da previsão, como na fase de observação, que está
relacionada com a quantidade de circuitos indicados, na Tabela 1.
Como pode se pode verificar, através do quadro apresentada, os grupos que
tiveram um melhor desempenho na atividade POE foram aqueles a que a autora deu
melhores pontuações, em relação aos critérios do Quadro 1. Por outro lado, os
resultados não foram melhores, devido à escassez de tempo disponível para realizar a
experiência. Contudo, o grupo B teve um ótimo desempenho no teste, apesar de os dois
elementos terem chegado atrasados, tendo sido muito independentes no trabalho
desempenhado, e mostrando uma ótima organização. Este facto contrasta com o que
se verificou em relação ao grupo com o código F, em que os elementos do grupo
mostraram-se bastante desatentos, a colocar a plasticina fora das tampinhas de
plástico, além de que referiram que a atividade estava confusa. Mais tarde, a autora
soube que pelo menos um elemento deste grupo tinha tido uma nota negativa, na
disciplina de Física e Química A. Por outro lado, os elementos do grupo G, que se
mostraram bastante mais interessados a fazer a experiência, demoraram muito tempo
a fazer a parte da previsão, pois referiram que não percebiam muito de eletricidade e
FCUP 26
5. Implementação das atividades em contexto escolar

não tiveram tempo de fazer a parte da observação, pelo que não tiveram também um
bom desempenho na atividade POE. De referir ainda que o grupo A era constituído por
uma aluna do 10º ano e um aluno do 9º ano e mostrou melhor desempenho que alguns
dos restantes grupos (B-G), que eram todos constituídos por alunos do 11º ano.
Na atividade realizada no Clube Carmic foi entregue, no final, um questionário
de avaliação, que está no Apêndice 2. Os resultados deste questionário apresentam-se
no subcapítulo seguinte, em conjunto com os resultados da avaliação da atividade por
parte dos alunos da turma do 10º CT2. No Apêndice 3 estão as folhas relativas aos
marcadores entregues aos alunos, numa aula posterior, que contêm fotografias da
atividade, realizada por cada grupo.
Para a fase da “Explicação” do Método POE, além de terem sido esclarecidas
algumas dúvidas, colocadas pelos alunos, durante a realização da atividade, foi
entregue uma folha, com a resolução da questão problema desta atividade POE, que
se encontra no Apêndice 4.
No Protocolo da atividade realizada no Clube Carmic, que está no Apêndice 1,
foram colocadas algumas questões, que alguns alunos responderam. Assim, quando
questionados sobre a diferença de brilho do LED A entre o primeiro circuito e os
restantes, dois grupos responderam que isso era devido à diferença de potencial nos
terminais do LED A. Um grupo respondeu que essa diferença de brilho era devida a
diferenças na diferença de potencial e na corrente elétrica.
Em relação à opinião dos alunos, relativamente ao uso da plasticina condutora,
para o estudo da eletricidade, em que se perguntava como melhorar a fiabilidade dos
resultados, um grupo referiu ter achado interessante o uso da plasticina condutora (o
grupo que teve melhores resultados, grupo B) e sugeriu a utilização de LEDs da mesma
cor. Outro grupo referiu ter “adorado” a ideia do detalhe da plasticina em forma de donuts
e sugeriu utilizar fios metálicos, em vez de plasticina condutora, para melhorar a
fiabilidade dos resultados, devido ao facto de os fios metálicos serem excelentes
condutores metálicos.
Alguns gráficos, relativos à realização desta atividade e à avaliação desta, por
parte dos alunos, serão representados mais tarde, em conjunto com os gráficos,
relacionados com a realização da atividade na turma do 10º CT2.
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5. Implementação das atividades em contexto escolar

5.3. Atividade POE (turma do 10º CT2)

Uma atividade POE, equivalente a esta do Clube de Ciência, foi realizada no dia
21 de maio de 2021, em dois turnos da turma do 10º CT2, da Escola Carolina Michaëlis.
Todos os alunos dos dois turnos desta turma realizaram a atividade, com 12 alunos no
turno 1, T1, e 10 alunos no turno T2.
A atividade foi realizada com recurso a um vídeo, cujo Print Screen está no
Apêndice 5, e a uma plataforma, Quizizz, que tinha o questionário, a que os alunos
deviam responder. No Apêndice 6 está disponível um Print Screen deste questionário
da plataforma Quizizz. Foi entregue a um aluno uma folha, que está no Apêndice 7, pelo
facto de este não poder na altura realizar a atividade através da plataforma Quizizz.
Na turma do 10º CT2 a atividade foi realizada em duas aulas de 50 minutos,
correspondentes a dois turnos. Nesta atividade, era pedido que os alunos visualizassem
um vídeo, projetado no ecrã interativo, ao mesmo tempo que respondiam a um
questionário Quizizz. O vídeo continha as perguntas formuladas, os circuitos em que
era necessário comparar o brilho das lâmpadas/LEDs e pequenos vídeos, em que se
procedia à montagem dos circuitos onde era necessário comparar o brilho dos LEDs.
Os alunos responderam a um total de 24 perguntas, correspondentes a 12
situações, em que era necessário comparar o brilho de uma lâmpada/LED entre dois
circuitos. Uma das perguntas era relativa à fase da previsão, do método POE, em que
se disponibilizavam esquemas dos dois circuitos e outra das perguntas, relativa à fase
da observação, continha a mesma pergunta, mas com imagens dos dois circuitos reais.
Na Figura 16 estão representadas imagens do questionário Quizizz apresentado
na turma do 10º CT2, com duas perguntas, uma relativa à fase da previsão e outra à
fase da observação. No vídeo do Apêndice 5 os alunos puderam assistir à realização
da experiência, da fase da observação, para cada pergunta apresentada.

Figura 16 – Imagens do questionário Quizizz, com uma pergunta relativa à previsão e outra relativa à Observação (da
autora)

No Questionário Quizizz estão perguntas relativas à fase da Previsão e à fase


da Observação, do método POE. A terceira fase do método, a “Explicação”, foi realizada
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5. Implementação das atividades em contexto escolar

em conjunto, entre a autora deste trabalho e os alunos, em que foi dada a explicação,
relativamente às diferenças entre as respostas na fase da previsão e da observação.
No Apêndice 8 estão as soluções do questionário Quizizz, apresentado no
Apêndice 6, e os resultados do questionário Quizizz, por parte dos alunos da turma do
10º CT2, a que se acrescentaram os resultados da atividade realizada no Clube Carmic,
para comparação. Esta folha, com as soluções da atividade e os resultados do
questionário, foi entregue aos alunos da turma do 10º CT2, sem a parte dos resultados
da atividade no Clube Carmic, que foi acrescentada posteriormente.
De realçar que no Clube Carmic não foram colocadas as mesmas questões, uma
vez que a sequência da atividade também foi diferente: no Clube Carmic os alunos
realizaram previamente a fase da previsão do método POE, para todos os circuitos e
depois a parte da Observação, enquanto na turma do 10º CT2 os alunos realizaram
todas as fases do método POE separadamente, para cada par de circuitos. Contudo,
como as questões colocadas na turma e no Clube Carmic foram equivalentes, foi
possível comparar os resultados obtidos, para os dois turnos e o Clube de Ciência, que
se pode visualizar na Figura 17.

Percentagem de respostas certas/número de alunos


120
Percentagem de respostas certas

100

80

60

40

20

0
1 (P) 2 (O) 3 (P) 4 (O) 5 (P) 6 (O) 7 (P) 8 (O) 9 (P) 10 (O) 11 (P) 12 (O) 13 (P) 14 (O) 15 (P) 16 (O) 17 (P) 18 (O) 19 (P) 20 (O) 21 (P) 22 (O) 23 (P) 24 (O)

Nº da pergunta

1T 2T CC

Figura 17 – Resultados da atividade POE aplicada no turno 1 e no turno 2 da turma do 10º CT2 e no Clube de Ciência
(da autora)

No eixo vertical do gráfico da Figura 17 estão representadas as percentagens de


respostas certas, em relação ao número de alunos. Esta percentagem foi obtida
dividindo o número total de respostas certas pelo número de alunos, de cada grupo. Da
observação da figura, pode verificar-se que na fase da observação (perguntas pares)
os resultados foram francamente melhores, para a turma do 10º CT2.
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5. Implementação das atividades em contexto escolar

Com efeito, verificou-se uma melhoria dos resultados para todas as perguntas,
entre a previsão e a observação, com exceção da pergunta 7 para a 8, em que se
verificou uma diminuição no acerto dos resultados, para o turno 2. Esta pergunta
corresponde à comparação entre o circuito V, com B, e o circuito I, conforme a Figura
18, em que a diferença de brilho do LED verde (LED A) entre os dois circuitos talvez
não seja muito nítida.

Figura 18 – Pergunta 8 do questionário Quizizz (comparação entre o circuito V e o circuito I) (da autora)

Para o Clube Carmic, a melhoria de resultados entre a previsão e a observação


não se verificou, na maioria das vezes, mas apenas para as perguntas que comparavam
o circuito II com o circuito I da Figura 12 e o circuito V com o circuito I, da mesma figura.
O circuito I era constituído por 2 LEDs em série, o circuito II por 3 LEDs em série e o
circuito V por 1 LED em paralelo com dois LEDs em série.
O facto de os alunos do Clube Carmic não terem obtido melhores resultados
noutros circuitos pode justificar-se, por um lado, pela sua falta de empenho na realização
da atividade, uma vez que se verifica que, de acordo com o Quadro 1, em alguns grupos
o resultado foi francamente melhor. Por outro lado, alguns grupos não realizaram a
montagem de alguns circuitos, pelo que não conseguiram comparar a fase da
observação com a fase da previsão para todos os circuitos. É significativo também o
facto de que os piores resultados em relação à observação, no Clube Carmic, se
verificarem em relação à pergunta 10 e à pergunta 24 da Figura 17. Nas duas perguntas
pede-se para comparar o circuito VI da Figura 12, com o circuito I (na pergunta 10 com
o LED B e na 24 sem o LED B). Como já explicado anteriormente, pelo facto de os LEDs
não terem todos a mesma cor, os resultados podem não ser os explicados pela teoria,
apenas neste circuito VI em particular. Contudo, em relação ao primeiro circuito testado,
FCUP 30
5. Implementação das atividades em contexto escolar

o circuito II, todos os grupos acertaram, e melhoraram o que tinham respondido na fase
da previsão.
Comparando os resultados da turma e do Clube Carmic, na fase da previsão,
com o que era esperado, pode verificar-se que o pior resultado se verificou em relação
à pergunta 15 e ao circuito II, da Figura 12 com o interruptor fechado, e sem o LED B,
que está representado na Figura 19.

Figura 19 – Pergunta 15, do questionário Quizizz, da fase da previsão (da autora)

Este resultado demonstra a dificuldade de os alunos entenderem o que é que


significa “desconetar” uma lâmpada de um circuito, ou então a dificuldade que têm em
perceber que o circuito fica aberto, quando se retira uma lâmpada do circuito.
Algumas conceções alternativas, reveladas pelos alunos na turma do 10º CT2
foram: “A corrente elétrica gasta-se; ao passar nas lâmpadas”, “A corrente no circuito
com 3 lâmpadas em série é a mesma que no circuito com 2 lâmpadas em série, uma
vez que a corrente num circuito em série é igual” e, comparando o circuito com 2
lâmpadas em série (I) com o circuito com 2 lâmpadas em paralelo (circuito IV): “A
corrente que passa no circuito deve ser a mesma, pois o gerador é o mesmo”.
De referir que esta atividade foi realizada depois de os alunos terem tido duas
aulas, com apresentação da teoria, relativa a associações de componentes em série e
em paralelo, mas antes de terem realizado exercícios sobre a matéria. Contudo, esta
mesma matéria já tinha sido lecionada no ano letivo anterior, no 9º ano de escolaridade.
Na Figura 20 está apresentado o questionário de avaliação, que os alunos
preencheram, depois de realizar a atividade, no clube Carmic e na turma do 10º CT2,
nos dois turnos. Este questionário está também disponível no Apêndice 2.
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5. Implementação das atividades em contexto escolar

Figura 20 – Questionário de avaliação, relativo à atividade POE realizada pelos alunos, na turma do 10º CT2 e no
Clube Carmic (da autora)

Na Figura 21 está representada a avaliação da atividade POE com a plasticina


condutora, realizada na turma do 10º CT2 e no Clube de Ciência. O turno T1 teve 12
alunos, o turno T2 teve 10 alunos e o Clube de Ciência 14 alunos.

Avaliação da Atividade com a plasticina condutora pelos alunos


12
Número de alunos

10
8
6
4
2
0
Nada

Nada
Nada

Bastante

Nada

Nada

Nada

Pouco

Nada

Bastante
Pouco

Pouco

Bastante

Pouco

Bastante

Pouco

Bastante

Bastante

Pouco

Pouco

Bastante
Muito

Muito
Muito

Muito

Muito

Muito

Muito
A (Motivação) B (Ajuda na C (Adequabilidade D (Clareza das E (O material é F (Novidade dos G (Estratégia de
compreensão) do grau de instruções) apelativo?) conteúdos) aprendizagem)
dificuldade )
Opções existentes

T1 T2 CC

Figura 21 – Avaliação da atividade POE, com a plasticina condutora, pelos alunos do turno T1, turno T2 e do Clube de
Ciência (da autora)

De acordo com a Figura 20 e a Figura 21, a avaliação da atividade foi muito


positiva, por parte de todos os intervenientes, com a maior parte dos alunos a responder
que a atividade ajudou na compreensão dos conteúdos abordados e que constitui uma
boa estratégia de aprendizagem. Contudo, refira-se que os resultados foram piores no
turno 1 da turma do 10º CT2, com 5 alunos a responder que a atividade motivou pouco
para fazer mais experiências, e 6 a responder “pouco”, quando questionados se a
atividade constitui uma boa estratégia de aprendizagem. A autora pensa que isto terá
sido devido ao facto de a atividade ter começado com algum atraso, o que contribuiu
para que os alunos não tivessem direito a intervalo, no fim e por isso talvez estivessem
mais cansados. Pelo facto de ter sido o primeiro turno a realizar a atividade, na turma
do 10º CT2, isto levou a que a atividade não estivesse tão operacional, neste turno.
FCUP 32
5. Implementação das atividades em contexto escolar

Contudo, os resultados do questionário Quizizz foram igualmente bons, nos dois turnos,
e os dois turnos responderam, muito positivamente ao questionário de avaliação, nas
outras perguntas.
Todos os alunos do Clube de Ciência responderam “bastante” ou “muito”,
quando questionados se a atividade ajudou na compreensão dos conteúdos abordados,
se o material era apelativo e se constituía uma boa estratégia de aprendizagem.
De referir que os questionários de avaliação da atividade foram totalmente
anónimos, e neste caso não houve nenhum método de aferição da identidade dos
alunos que responderam, ao contrário do protocolo da atividade no Clube Carmic, que
foi anónimo, mas em que foi possível aferir a identidade dos grupos que o preencheram.
O questionário Quizizz também foi anónimo, e os nomes atribuídos aos alunos foram
escolhidos, aleatoriamente, pela plataforma

5.4. Atividade Padlet: “Bons e maus condutores elétricos”

Além da atividade POE, realizada com a plasticina condutora, foi implementada


uma atividade, que teve como objetivo a testagem da condutividade de materiais,
substâncias e soluções. No âmbito desta atividade, foram realizados 2 vídeos, pela
autora do trabalho e pela sua filha, cujos Print Screens estão nos apêndices 9 e 10 do
trabalho.
No Apêndice 9, relativo ao vídeo de título: “Testagem da condutividade elétrica
em materiais, substâncias e soluções com a plasticina condutora”, foi testada a
condutividade elétrica dos seguintes materiais, soluções e substâncias: água destilada,
água da torneira, água destilada com açúcar, água destilada com sal de cozinha (cloreto
de sódio), álcool etílico a 96% e o cabo e a lâmina de uma faca de metal.
No Apêndice 10, relativo ao vídeo de título: “Testagem da condutividade elétrica
de vários materiais, com plasticina condutora”, foi testada a condutividade elétrica dos
seguintes materiais: placa de zinco, placa de cobre, grafite de um lápis, sino de metal,
clipe, colar de ouro, folha de alumínio, copo de vidro, folha de papel, algodão, base de
plástico, pau de gelado de madeira, rolha de cortiça, chávena de cerâmica e sino de
plástico.
Na Figura 22 estão representadas algumas imagens destes dois vídeos
referidos, que estão no Apêndice 9 e no Apêndice 10, referentes à testagem da
condutividade elétrica de água destilada com sal de cozinha e à testagem da
condutividade elétrica da grafite.
FCUP 33
5. Implementação das atividades em contexto escolar

Figura 22 – Testagem da condutividade elétrica do cloreto de sódio, no Vídeo do Apêndice 9 e da grafite, no vídeo do
Apêndice 10 (da autora)

De referir que nos apêndices 9 e 10 deste trabalho as imagens apresentadas


não são estas, mas próximas destas. Isto deve-se ao facto de a autora ter realizado os
vídeos (cujos links estão nas Referências Bibliográficas) a partir de um ficheiro
PowerPoint inicial. Neste ficheiro, as imagens que aparecem quando é efetuada a
gravação do ficheiro no formato PDF são as imagens iniciais dos pequenos vídeos,
referentes à testagem da condutividade dos vários materiais, soluções e substâncias,
que ainda não mostravam a imagem do LED aceso. Nos links dos vídeos fornecidos na
bibliografia as experiências podem ser visualizadas na totalidade.
Em duas turmas do 9º ano da Escola Carolina Michaëlis (9º Ac e 9º Cc) foi
implementada uma atividade, na plataforma Padlet, com o título de: “Bons e maus
condutores elétricos”, totalmente projetada e concretizada pela autora deste trabalho.
Esta atividade foi apresentada aos alunos no dia 9 de junho de 2021, durante a
lecionação da matéria de Eletricidade nas aulas da disciplina Físico-Química. No Manual
do 9º ano (Cavaleiro, 2019, pág. 140) estava proposta uma atividade experimental, com
este mesmo título, que não foi realizada na aula.
Na atividade Padlet foi pedido aos alunos que testassem a condutividade de um
material à sua escolha, que também podia ser uma solução, e que colocassem
posteriormente uma fotografia dessa testagem no mural Padlet, criado pela autora deste
trabalho.
Para realizar esta atividade, foi distribuído um kit, juntamente com uma folha de
explicação, aos alunos que pretenderam realizar a atividade, num total de 5 alunos do
9º Ac e de 13 alunos, do 9º Cc. De referir que a autora do trabalho assistia às aulas da
turma do 9º Cc e muito poucas vezes às aulas da turma do 9º Ac, durante o estágio.
A folha distribuída aos alunos, com as instruções que devem ser seguidas, para
realizar a atividade, está no Apêndice 11.
Na Figura 23, à esquerda, está representado o conteúdo do Kit distribuído aos
alunos das duas turmas do 9º ano, que é constituído por um boião de plasticina Play-
Doh, 3 fios crocodilos, uma pilha de 9 V, dois LEDs e um pedaço de folha de alumínio.
FCUP 34
5. Implementação das atividades em contexto escolar

Na Figura 23, à direita, está o saco com os kits todos, que foi levado para a
escola, no dia 9 de junho de 2021.

Figura 23 – Kit distribuído aos alunos para a realização da Atividade Padlet, no 9ª Ac e no 9ª Cc (da autora)

No Apêndice 12 deste trabalho está a mensagem de email enviada aos alunos,


com o link para a atividade Padlet e no Apêndice 13 está um Print Screen do Mural desta
atividade, com informações relativas à inserção das fotografias neste, por parte dos
alunos. Na Figura 24 está representado o Mural da plataforma Padlet, com as
contribuições dos alunos, para a atividade: “Bons e maus condutores elétricos”.

Figura 24 – Mural Padlet da atividade realizada pelos alunos (da autora)


FCUP 35
5. Implementação das atividades em contexto escolar

No mural não está o nome dos alunos, mas apenas o seu número e turma, pois
não foi realizada a inscrição dos alunos na plataforma Padlet, para preservar a sua
identidade, tendo sido pedido que colocassem o seu número e turma no mural. No total
participaram 8 alunos na atividade, com 2 dos alunos anonimamente. Na Figura 24 está
representada a testagem de vários objetos, como: clipe (pela autora, para
demonstração), dois molhos de chaves, um porta-chaves, duas colheres, a grafite de
um lápis, um fio condutor e um alicate.
Na folha de instruções da atividade era referido que os alunos podiam testar
também soluções e objetos não condutores. Contudo, o facto de não ter sido possível
acompanhar a realização da atividade pelos alunos, pois esta foi já realizada numa fase
em que as aulas que a autora assistia na Escola Carolina Michaelis já tinham terminado,
e o facto de não participar na classificação final dos alunos na disciplina, contribuiu para
que a atividade não tivesse tido mais adesão.
No entanto, a autora considera que esta atividade Padlet constitui uma boa
estratégia de trabalho, pois desperta o interesse por parte dos alunos e contribui muito
positivamente para a compreensão dos alunos da matéria lecionada e para a sua
participação no processo ensino-aprendizagem.
FCUP 36
6. Conclusão

6. Conclusão

Os resultados obtidos, em relação às atividades desenvolvidas com a plasticina


condutora, permitiram concluir que esta constitui uma excelente opção a considerar, no
ensino da eletricidade, apesar de produzir resultados menos reprodutíveis que os fios
condutores normais e as resistências ou lâmpadas mais comuns.
Com estas atividades os alunos têm a oportunidade de construir os seus próprios
circuitos elétricos, de forma simples e em casa, sem precisarem de componentes mais
complicados ou mais onerosos.
As atividades propostas neste trabalho abrangem vários domínios e
subdomínios, na área da Eletricidade, tanto no ensino básico como secundário, como o
estudo da condutividade elétrica e as associações de componentes elétricos em série e
em paralelo, pelo que poderão ser realizadas no futuro associadas a vários momentos
letivos, tanto no ensino básico, como no secundário.
A atividade POE aplicada aos alunos do Clube de Ciência e à turma do 10º CT2
identificou algumas conceções erróneas prévias, da parte dos alunos, que se
procuraram corrigir, quando foram identificadas, ou em atividades posteriores. A entrega
das soluções desta atividade à turma contribuiu também para despertar o seu interesse
por questões conceptuais na área da Eletricidade, que não são muito comuns nos
manuais da disciplina de Física adotados, mas costumam ser objeto de avaliação nos
exames nacionais.
No método POE verificou-se uma melhoria muito significativa das respostas dos
alunos, entre a parte da previsão e da observação, nos alunos que realizaram a
atividade na aula. Os alunos que realizaram as experiências no Clube de Ciência não
tiveram um desempenho tão bom neste método, devido a vários fatores, pois precisaram
de montar eles próprios os circuitos elétricos, ao contrário do que aconteceu com os
alunos da turma do 10º CT2. O desempenho nestes alunos foi muito diverso, com alguns
alunos a conseguirem fazer tudo, e com bons resultados e outros a terem bastantes
mais dificuldades. Como recomendações futuras, a autora pensa que seria melhor
reduzir o número de circuitos a comparar nesta atividade, para não cansar os alunos e
tornar a atividade mais atrativa.
A avaliação da atividade POE por parte dos alunos foi muito positiva, tanto no
Clube de Ciência, como na aula, com a maior parte dos alunos a responder “bastante”
ou “muito”, quando questionados se o material era apelativo, em relação à motivação
para fazer mais atividades, ajuda na compreensão dos conteúdos abordados e
estratégia de aprendizagem. Os piores resultados estão no turno 1, talvez devido ao
FCUP 37
6. Conclusão

facto de nestes alunos a atividade ter começado com atraso e ter demorado imenso
tempo, tendo os alunos perdido o direito a intervalo.
A atividade Padlet, em que se pedia que os alunos do 9º Ac e do 9º Cc
colocassem num mural fotografias da testagem da condutividade de materiais à sua
escolha, também se revelou muito atrativa, pois permite aos alunos realizarem
atividades hands on (mãos na massa) e conhecer as atividades dos seus colegas, de
uma forma simples e atrativa, pelo que se revelou uma boa estratégia de ensino, a
adotar mais vezes no futuro.
FCUP 38
7. Reflexão autocrítica e projetos futuros

7. Reflexão autocrítica e projetos futuros


Esta atividade apresentou vários constrangimentos à autora do trabalho, pela
originalidade das metodologias e dos materiais utilizados e também pela limitação do
tempo disponível, para realizar as atividades, tanto no Clube de Ciência, como na aula.
Os vídeos realizados com a filha, Sara Oliveira, a quem a autora agradece, foram
também bastante morosos, tanto na fase das filmagens, como na fase de realização das
montagens finais, com a escolha das músicas e do layout.
A atividade POE que foi implementada nos dois turnos da turma do 10º CT2 foi
testada várias vezes, mas mesmo assim, correu melhor no segundo turno do que no
primeiro. Alguns alunos do Clube de Ciência não conseguiram montar todos os circuitos,
devido ao pouco tempo que tinham para realizar a atividade. Por estas razões, a autora
pensa que seria melhor reduzir o número de circuitos a testar, numa próxima vez.
Apesar destes constrangimentos, os resultados dos alunos do 10º CT2 foram
muito positivos, e a avaliação da atividade por parte de todos os alunos intervenientes
foi excelente, tendo a grande maioria indicado, por exemplo, que a atividade tinha
ajudado a compreender melhor os conteúdos abordados, ou que constituía uma boa
estratégia de ensino e tinha motivado para realizar mais atividades.
A atividade Padlet também se revelou uma boa opção a considerar, no futuro, e
poderia ter tido melhores resultados, se a autora tivesse tido a oportunidade de
acompanhar melhor os alunos, durante a realização da atividade, uma vez que esta foi
realizada maioritariamente quando os alunos já se encontravam de férias.
Como projetos futuros, a autora pensa em aplicar a plasticina condutora em mais
áreas da Física abordando, por exemplo, domínios que são lecionados no 11º ano, como
o campo magnético, e adicionando outros elementos aos circuitos elétricos, como
motores, ímanes, etc., ou até, quem sabe, construir um cenário urbano, com luzes,
tendo por base a plasticina condutora
Com a evolução da situação de pandemia, também se poderá considerar a
realização destas experiências pelos alunos em aulas ditas normais, o que neste ano
não foi possível, apenas no Clube de Ciência.
A atividade POE implementada também poderia beneficiar com a realização de
um pré-Teste e de um pós-Teste, em que se aplicaria o mesmo teste de conhecimentos
antes e depois da atividade. Isto poderia aferir melhor a utilidade da atividade POE
realizada, através, por exemplo, do cálculo de um ganho absoluto ou um ganho relativo
normalizado (Mazur, 1997, pág. 46; Quintas, 2012, pág.104). Neste ano isto não foi
FCUP 39
7. Reflexão autocrítica e projetos futuros

possível, devido ao pouco tempo disponível para realizar as atividades, mas no futuro,
isso será com certeza uma hipótese a considerar.
FCUP 40
Referências bibliográficas

Referências bibliográficas

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Direção Geral de Educação (DGE) - Ministério da Educação e Ciência (2018c).


Aprendizagens Essenciais: 9º ano: 3º ciclo do ensino básico: Físico-Química.
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Direção Geral de Educação (DGE) - Ministério da Educação e Ciência (2018d).


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circuitos moles: TED2011. [Vídeo]
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10º ano. (1ª edição). Texto Editores

Links dos vídeos realizados pela autora, com a filha, Sara Oliveira:

Link do vídeo da Atividade POE (Apêndice 5)


https://mega.nz/file/eVw2QIxL#yt8vMNIw5_3Q1iO0iYJTXWmkzMeQEFx9gNzZ2SKGc
Tc

Link do vídeo da Testagem da condutividade elétrica de vários materiais, com a


plasticina condutora (Apêndice 10)
https://mega.nz/file/7VxRgIIb#wm3t6FMQzm0F3gAgwFzmj1Vh3DRXOoqmxAArmepI6
Fs

Link do vídeo da Testagem da condutividade elétrica em materiais, substâncias e


soluções (Apêndice 9)
https://mega.nz/file/ycZQQD6B#7iBlFdbzNTzJ0OmrwmyB1F58jTI0ZJ8bbZhFqxGG4og
FCUP 45
Apêndice 1: Protocolo da atividade POE no Clube Carmic

Apêndice 1: Protocolo da atividade POE no Clube Carmic


Clube CarMic
Clube Ciência Viva na Escola

2020/2021
7/05/2021

Atividade: Aplicação da plasticina condutora ao


estudo de circuitos elétricos, pelo método POE2
Previsão: Questão problema (QP)- 15 minutos

Figura 1 – Esquemas de circuitos elétricos, em série e em paralelo

QP: Considere que na Figura 1 as lâmpadas e as fontes de tensão são todas


iguais. Relativamente à lâmpada “A”, e ao circuito I, indique quais os circuitos
(II-VI) em que o brilho desta lâmpada é maior, menor ou igual, nas seguintes
situações (Tabela 1):
Situação/Brilho Brilho menor Brilho igual Brilho maior
Interruptores X, Y abertos
Interruptores X, Y fechados
Lâmpada “B” desconectada (II-VI);
interruptores X, Y fechados
Tabela 1 – Previsão do brilho da lâmpada “A” nos circuitos

Observação
Material:
• Uma embalagem de plasticina condutora Play-Doh3 ou os ingredientes
necessários à sua confeção4 (ou outra plasticina condutora)

2
Método POE: Prever, observar e explicar
3 https://playdoh.hasbro.com/pt-pt
4 https://squishycircuits.com/pages/dough-recipes
FCUP 46
Apêndice 1: Protocolo da atividade POE no Clube Carmic

• 4 LEDs
• 2 pilhas de 9V (que podem estar parcialmente usadas).
• 6 fios condutores (crocodilos)
• Opcional: 6 tampinhas de plástico (tampas de garrafas de água, iogurte…)

Procedimento:
• Prepare o material e realize a montagem do circuito I da Figura 1.
• Verifique, separadamente, se cada LED acende, com uma montagem semelhante
à da Figura 2. Se necessário, inverter a posição dos LEDs. Ter em atenção
a secção de “Segurança, truques e dicas/indicações” para a montagem dos
circuitos.
• Monte os circuitos (II a VI), da Figura 1,
para comparar o brilho do LED A, entre o
circuito I e os restantes circuitos,
preenchendo a Tabela 2. Utilizar sempre a
mesma cor, para cada LED (exemplo: LED verde,
para a lâmpada A, LED azul para a lâmpada B e
LED vermelho, para a lâmpada C).
• Na Figura 1 alguns circuitos podem precisar
de duas pilhas em série, para que os 3 LEDs
acendam. Nesse caso, ao comparar o brilho da
lâmpada A, para dois circuitos, os dois devem
ter o mesmo número de pilhas, onde está
indicado o símbolo da pilha, nos circuitos da
Figura 1. Sugere-se começar por utilizar
apenas uma pilha, para cada circuito,
verificando se todos os LEDs acendem nos
circuitos a comparar, e só depois utilizar
duas, se necessário.

Figura 2 – Esquema e montagem de um circuito


elétrico básico com plasticina condutor
Registo de observações
• Preencha a Tabela 2, com os dados relativos à “Observação”
(Método POE), assinalando, com um círculo, os circuitos da
Figura 1 em que os resultados observados não são coincidentes
com os da Tabela 1, na previsão.

Situação/Brilho Brilho menor Brilho igual Brilho maior


Interruptores X, Y abertos
Interruptores X, Y fechados
Lâmpada “B” desconectada (II-VI);
interruptores X, Y fechados
Tabela 2 - Observação do brilho da lâmpada “A” nos circuitos

Segurança, truques e dicas/indicações


• Não ligar o LED diretamente à pilha, uma vez que este pode explodir.
• Não ligar os dois polos da pilha um ao outro, pois esta pode explodir.
• Ligar as duas pilhas de 9 V em série, conforme a Figura 3.
FCUP 47
Apêndice 1: Protocolo da atividade POE no Clube Carmic

• O LED só funciona numa direção. A “perna do LED” mais longa deve ser ligada
ao polo positivo da pilha. Se este não funcionar, deve-se
inverter a posição.
• Os LEDs são frágeis, pelo que é necessário manuseá-los com
cuidado, pois partem as “pernas” facilmente.
• As duas porções de plasticina condutora onde estão inseridos
os LEDs (ver Figura 2) não devem entrar em contacto, pois
se assim for, o LED não funciona.
• Devem limpar-se todos os componentes que estiveram em
contato com a plasticina condutora, depois de realizar a
experiência.
Figura 3 – Associação de
Pilhas de 9 V em
série e em paralelo

Explique a que é que se devem as diferenças de brilho do LED A, entre o


circuito I e os restantes circuitos (interruptores abertos e com o LED
B).

Qual é o efeito provocado no brilho do LED “A”, nos circuitos, quando os


interruptores estão fechados, nos circuitos II e III? E quando se desconecta o
LED “B”?

Qual a sua opinião acerca da utilização da plasticina condutora, para o estudo


da Eletricidade? Como é que se poderia melhorar esta atividade, para aumentar a
fiabilidade dos resultados?
FCUP 48
Apêndice 2: Avaliação da atividade POE (Clube e aula)

Apêndice 2: Avaliação da atividade POE (Clube e aula)

Avaliação da atividade:
“Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos
elétricos, pelo método POE”

Assinale com um X a opção que melhor corresponde à sua opinião, em relação à


atividade realizada.
Avaliação da atividade pelos alunos Nada Pouco Bastante Muito
Motivou para fazer mais atividades?
Ajudou na compreensão dos conteúdos abordados?
O grau de dificuldade está adequado?
As instruções são claras e objetivas?
O material é apelativo?
Os conteúdos de Física aprendidos eram novidade?
Constitui uma boa estratégia de aprendizagem?
Muito obrigada pela colaboração,
Raquel Martins

Avaliação da atividade:
“Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos
elétricos, pelo método POE”

Assinale com um X a opção que melhor corresponde à sua opinião, em relação à


atividade realizada.
Avaliação da atividade pelos alunos Nada Pouco Bastante Muito
Motivou para fazer mais atividades?
Ajudou na compreensão dos conteúdos abordados?
O grau de dificuldade está adequado?
As instruções são claras e objetivas?
O material é apelativo?
Os conteúdos de Física aprendidos eram novidade?
Constitui uma boa estratégia de aprendizagem?
Muito obrigada pela colaboração,
Raquel Martins

Avaliação da atividade:
“Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos
elétricos, pelo método POE”

Assinale com um X a opção que melhor corresponde à sua opinião, em relação à


atividade realizada.
Avaliação da atividade pelos alunos Nada Pouco Bastante Muito
Motivou para fazer mais atividades?
Ajudou na compreensão dos conteúdos abordados?
O grau de dificuldade está adequado?
As instruções são claras e objetivas?
O material é apelativo?
Os conteúdos de Física aprendidos eram novidade?
Constitui uma boa estratégia de aprendizagem?
Muito obrigada pela colaboração,
Raquel Martins
FCUP 49
Apêndice 3: Marcadores de livros da atividade POE realizada no Clube Carmic

Apêndice 3: Marcadores de livros da atividade POE realizada no Clube Carmic

Clube CarMic
Clube CarMic Clube CarMic
Clube Ciência Viva na Escola
7/05/2021 Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola
7/05/2021 7/05/2021
FCUP 50
Apêndice 3: Marcadores de livros da atividade POE realizada no Clube Carmic

Clube CarMic Clube CarMic Clube CarMic


Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola
7/05/2021 7/05/2021 7/05/2021
FCUP 51
Apêndice 3: Marcadores de livros da atividade POE realizada no Clube Carmic

Clube CarMic Clube CarMic Clube CarMic


Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola
7/05/2021 7/05/2021 7/05/2021
FCUP 52
Apêndice 3: Marcadores de livros da atividade POE realizada no Clube Carmic

Clube CarMic Clube CarMic Clube CarMic


Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola
7/05/2021 7/05/2021 7/05/2021
FCUP 53
Apêndice 3: Marcadores de livros da atividade POE realizada no Clube Carmic

Clube CarMic Clube CarMic Clube CarMic


Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola
7/05/2021 7/05/2021 7/05/2021
FCUP 54
Apêndice 3: Marcadores de livros da atividade POE realizada no Clube Carmic

Estou no trigo do teu pão


No milho, arroz e batata.
P’ra me ver, não chames um cão,
Porque o iodo disso trata.
P: Quem sou eu? R: Amido

Sou elástico por natureza,


Mas do milho não sou amigo.
Para acabar em beleza,
Cuidado há que ter comigo.
P: Quem sou eu? R: Glúten

Clube CarMic Clube CarMic Clube CarMic


Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola Clube Ciência Viva na Escola
7/05/2021 30/04/2021 7/05/2021
FCUP 55
Apêndice 4: Soluções da Atividade POE (Clube Carmic)

Apêndice 4: Soluções da Atividade POE (Clube Carmic)


Clube CarMic
Clube Ciência Viva na Escola

2020/2021
7/05/2021

Soluções da Atividade: Aplicação da plasticina condutora ao


estudo de circuitos elétricos, pelo método POE5

Figura 1 – Esquemas de circuitos elétricos, em série e em paralelo

QP: Considere que na Figura 1 as lâmpadas e as fontes de tensão


(geradores) são todas iguais. Relativamente à lâmpada “A”, e ao circuito
I, indique quais os circuitos (II-VI) em que o brilho desta lâmpada é
maior, menor ou igual, nas seguintes situações (Tabela 1):

SOLUÇÕES:

Situação/Brilho Brilho Brilho Brilho


menor igual maior
Interruptores X, Y abertos II VI III, IV,
V
Interruptores X, Y fechados ------- II, VI III, IV,
V
Lâmpada “B” desconectada (II -VI); II VI III, IV,
interruptores X, Y fechados V
Tabela 1 – Soluções da Questão Problema apresentada

5
Método POE: Prever, observar e explicar
FCUP 56
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)

Apêndice 5: Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 57
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 58
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 59
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 60
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 61
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 62
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 63
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 64
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 65
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 66
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 67
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 68
Apêndice 5 Vídeo da atividade POE (aula 195 do 10º CT2, de 21 de maio de 2021)
FCUP 69
Apêndice 6: Quizizz da Atividade POE (10º CT2)

Apêndice 6: Quizizz da Atividade POE (10º CT2)


FCUP 70
Apêndice 6: Quizizz da Atividade POE (10º CT2)
FCUP 71
Apêndice 6: Quizizz da Atividade POE (10º CT2)
FCUP 72
Apêndice 6: Quizizz da Atividade POE (10º CT2)
FCUP 73
Apêndice 6: Quizizz da Atividade POE (10º CT2)
FCUP 74
Apêndice 6: Quizizz da Atividade POE (10º CT2)
FCUP 75
Apêndice 7: Atividade POE (10º CT2), sem o Quizizz

Apêndice 7: Atividade POE (10º CT2), sem o Quizizz

ESCOLA SECUNDÁRIA Ficha de trabalho- 10º Ano


CAROLINA MICHAËLIS Física e Química A - Eletricidade

Aplicação da plasticina condutora ao estudo de circuitos elétricos

1. Previsão: QP - Questão problema (15 minutos)


QP: Considere que na Figura 1 as lâmpadas e as fontes de tensão são todas iguais. Relativamente à lâmpada
“A” e ao circuito I, indique quais os circuitos (II-VI) em que o brilho desta lâmpada é maior, menor ou
igual, nas situações da Tabela 1. Após o preenchimento da tabela, destacar a parte da folha a seguir à Tabela
1, pelo picotado.
Situação/Brilho Brilho menor Brilho igual Brilho maior
Interruptores X, Y abertos
Interruptores X, Y fechados
Lâmpada “B” desconectada (II-
VI); interruptores X, Y fechados
Tabela 1 – Previsão do brilho da lâmpada “A” nos circuitos

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------

Figura 1 – Esquemas de circuitos elétricos, em série e em paralelo

2. Observação
Compare o brilho da lâmpada “A”, entre o circuito I e os restantes, para preencher a Tabela 2, com os
circuitos em que esta lâmpada apresenta um brilho maior, menor ou igual ao da mesma lâmpada no primeiro
circuito.
Assinale, na Tabela 2, com um círculo, os circuitos em que os resultados observados são coincidentes
com os da Tabela 1, na previsão.
Situação/Brilho Brilho menor Brilho igual Brilho maior
Interruptores X, Y abertos
Interruptores X, Y fechados
Lâmpada “B” desconectada (II-
VI); interruptores X, Y fechados
Tabela 2 – Previsão e Observação do brilho da lâmpada “A” nos circuitos

Muito obrigada pela colaboração,


Raquel Martins
FCUP 76
Apêndice 8: Soluções/Resultados da Atividade POE (aula + Clube de Ciência)

Apêndice 8: Soluções/Resultados da Atividade POE (aula


+ Clube de Ciência)
Soluções da Atividade POE (10º CT2: 21/5/2021)
(Considerar: U- Diferença de potencial nos geradores, igual para todos. RA = RB = RC = R (a resistência das
lâmpadas é igual. O briho da lâmpada A é proporcional à potência dissipada: PA = UA * IA, ou PA = RA * IA2)

Circuitos Diferença de potencial Corrente elétrica Potência dissipada


I (cB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐵 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
2 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 2𝑅 4𝑅

II (IA; cB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐵 +𝑈𝐶 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
3 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 + 𝑅𝐶 3𝑅 9𝑅

III (IA; cB) 2𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐵 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 2𝑈 𝑈 𝑈2


𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 𝑅 𝑅

IV (cB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

V (cB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

VI (cB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐶 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
2 𝑅𝐴 + 𝑅𝐶 2𝑅 4𝑅

II (IF, cB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐵 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
2 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 2𝑅 4𝑅

III (IF, cB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2


𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

II (IF, sB) 𝑈𝐴 = 0 (𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑜) 𝐼𝐴 = 0 (𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑜)) 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 = 0

III (IF, sB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2


𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

IV (sB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

V (sB) 𝑈 = 𝑈𝐴 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
𝑅𝐴 𝑅 𝑅

VI (sB) 𝑈 𝑈 𝑈 𝑈2
𝑈 = 𝑈𝐴 + 𝑈𝐶 ⇒ 𝑈𝐴 = 𝐼𝐴 = = 𝑃𝐴 = 𝑈𝐴 × 𝐼𝐴 = 𝑅𝐴 × 𝐼𝐴2 =
2 𝑅𝐴 + 𝑅𝐶 2𝑅 4𝑅

Legenda: IA- Interruptor aberto; IF-interruptor fechado; cB: Com a lâmpada B; sB: Sem a lâmpada B
FCUP 77
Apêndice 8: Soluções/Resultados da Atividade POE (aula + Clube de Ciência)

Resultados da Atividade POE (10º CT2: 21/5/2021+Clube de Ciência: 7/5/2021 )

Questão/ Circuito Maior Menor Igual


(1T/2T) (Pergunta)
1T 2T CC 1T 2T CC 1T 2T CC
1 (P) II vs I; IA; cB 1 2 0 5 2 6 6 6 1
2 (O) ”””” 1 2 0 11 7 7 0 1 0
3 (P) III vs I; IA; cB 9 5 4 1 1 1 2 4 1
4 (O) ”””” 12 10 3 0 0 2 0 0 0
5 (P) IV vs I; cB 6 5 2 2 1 2 4 4 2
6 (O) ”””” 12 10 2 0 0 0 0 0 2
7 (P) V vs I; cB 8 10 1 1 0 3 2 0 2
8 (O) ”””” 12 8 2 0 1 0 0 1 2
9 (P) VI vs I, cB 4 3 0 1 1 4 7 6 2
10 (O) ”””” 1 1 0 2 0 3 9 9 1
11 (P) II vs I, IF, cB 1 0 1 4 6 2 7 4 3
12 (O) ”””” 1 1 1 0 1 3 11 8 3
13 (P) III vs I; IF, cB 10 7 5 1 1 0 1 2 1
14 (O) ”””” 12 10 2 0 0 1 0 0 2
15 (P) II vs I; IF; sB 8 4 0 1 2 3 3 4 2
16 (O) ”””” 2 2 0 9 8 2 0 0 4
17 (P) III vs I; IF; sB 5 8 5 4 1 0 2 0 0
18 (O) ”””” 10 10 4 0 0 0 1 0 1
19 (P) IV vs I; sB 9 9 4 1 1 0 2 0 2
20 (O) ”””” 12 10 4 0 0 0 0 0 1
21 (P) V vs I; sB 10 8 2 1 0 1 1 2 3
22 (O) ”””” 12 8 2 0 0 1 0 2 2
23 (P) VI vs I; sB 1 2 1 0 0 11 8 5
24 (O) ”””” 0 0 3 0 0 1 12 10 1
Legenda:
P- Previsão; O-Observação; 1T: Primeiro Turno; 2T: Segundo turno
“X” vs I: Pergunta: “O brilho da lâmpada A no circuito X é maior, menor ou igual do que o brilho da lâmpada
A no circuito I?”)
IA- Interruptor aberto; IF-interruptor fechado; cB: Com a lâmpada B; sB: Sem a lâmpada B
Os resultados corretos, para cada pergunta, estão representados a sombreado cinzento.
Nota: O briho da lâmpada A é proporcional à potência dissipada: PA=UA*IA, ou PA=RA*IA2
Nota: No Clube de Ciência não foram efetuadas as mesmas perguntas que na aula do 10º CT2, tendo as
questões sido colocadas de forma diferente, e mais abrangente, conforme os Apêndices 1, 5 e 6. No entanto,
foram colocadas aqui as respostas que os alunos deram a questões equivalentes, para comparação.
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Apêndice 9: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica em materiais, substâncias e soluções

Apêndice 9: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica em materiais, substâncias e


soluções
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Apêndice 9: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica em materiais, substâncias e soluções
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Apêndice 9: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica em materiais, substâncias e soluções
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Apêndice 10: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica de vários materiais, com plasticina condutora

Apêndice 10: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica de vários materiais, com


plasticina condutora
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Apêndice 10: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica de vários materiais, com plasticina condutora
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Apêndice 10: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica de vários materiais, com plasticina condutora
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Apêndice 10: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica de vários materiais, com plasticina condutora
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Apêndice 10: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica de vários materiais, com plasticina condutora
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Apêndice 10: Vídeo da Testagem da condutividade elétrica de vários materiais, com plasticina condutora
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Apêndice 11: Atividade Padlet: “Bons e maus condutores elétricos”

Apêndice 11: Atividade Padlet: “Bons e maus condutores


elétricos”
Físico-Química
Bons e maus 9º Ano (Cc e Ac)
condutores elétricos Ano Letivo 2020/2021

Material necessário:
✓ Um boião de plasticina Play Doh
✓ Um LED
✓ 3 fios condutores (crocodilos)
✓ Uma pilha de 9 V (ou outra)
✓ Material a ser testado
✓ Papel de alumínio, para testar soluções
✓ Tampinhas de plástico para inserir a
plasticina (opcional)
Figura 1– Esquema da montagem a realizar

Procedimento:
✓ Ler a folha toda, incluindo as regras de precaução, antes de realizar a experiência
✓ Escolher um material para ser testado (Exemplos: colher de metal, solução de água com açúcar…).
✓ No caso de se tratar de uma solução, usar como elétrodos dois pedaços de folha de alumínio dobrados.
✓ Realizar a montagem do circuito representado na figura 1 e verificar se o LED acende. Inverter a
posição do LED, se não acender, uma vez que o LED só conduz se estiver corretamente polarizado.
✓ Se o LED acender, o material é condutor de eletricidade. Se não acender, não é.

Figura 2 - Fotografias da montagem realizada para testar a condutividade, com plasticina condutora

✓ Tirar uma fotografia do esquema de montagem e do LED aceso (ou não) e colocar num mural Padlet
(ver figura ao lado), que só está acessível aos
elementos das turmas, não ao público em geral.
✓ Para inserir uma imagem neste mural, devem aceder
ao link enviado por email e depois clicar duas vezes
com o “rato” no mural, escolhendo a opção upload
(setinha para cima), para inserir uma fotografia.
Podem adicionar um coração, às publicações que
gostarem.
Figura 3 – Mural Padlet, onde devem colocar as imagens

Regras de precaução
✓ Não ligar o LED diretamente à pilha, pois este pode explodir
✓ Não ligar os dois terminais da pilha um ao outro, pois esta pode explodir.
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Apêndice 12: Mensagem enviada aos alunos, com o link da Atividade Padlet”

Apêndice 12: Mensagem enviada aos alunos, com o link


da Atividade Padlet
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Apêndice 13: Mural da Atividade Padlet na Internet, com a informação dos que contribuíram para o site (6-7-2021)

Apêndice 13: Mural da Atividade Padlet na Internet, com a


informação dos que contribuíram para o site (6-7-2021)
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Apêndice 13: Mural da Atividade Padlet na Internet, com a informação dos que contribuíram para o site (6-7-2021)
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Apêndice 13: Mural da Atividade Padlet na Internet, com a informação dos que contribuíram para o site (6-7-2021)

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