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EXPERIMENTAL II
Vice-diretora
Nathalia Roschildt
Direção Acadêmica
Prof. Dr. Antonio Peixoto de Araujo Neto
Prof. Dr. Leandro S. Costa
FÍSICA GERAL E
EXPERIMENTAL II
Maringá, PR
2023
© Prof. Dr. Leandro S. Costa, 2023.
A FEITEP-EAD segue o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor no Brasil desde 2009.
A aceitação das alterações textuais e de normalização bibliográfica sugeridas pelo revisor
é uma decisão do autor/organizador.
S586q
SILVA, Alan Patrick da.
Química geral e inorganica / Alan Patrick da Silva ; Lenislon Coutinho da
Rocha. Maringá – PR. FEITEP, 2022. 116 p. il.
Inclui Referências.
ISBN: 978-65-996196-5-6
1. Engenharia Quimica. 2. Geometria molecular. 3. Eletroquimica. I.
SILVA, Alan Patrick da. II. ROCHA, Lenilson da. III Título.
CDD. 540
5
O Autor
Leandro de Santana Costa é Bacharel (2012), Mestre (2014) e Doutor (2017) em
Física pela Universidade Estadual de Maringá. Com trabalhos no campo de física da
matéria condensada nos seguintes temas: vidros ópticos, calorimetria, interferometria
óptica e eficiência quântica e Teoria de Judd - Ofelt. No doutorado, a pesquisa foi
desenvolvida na área de Física da Matéria Condensada e sub área Sistemas Complexos,
Com enfâse na análise (técnicas de Física Estatística) das séries temporais associadas
de tais sistemas, que incluem desde a dinâmica de terremotos a emissões acústicas
(ruídos creptantes) de materiais porosos e filmes plásticos. Atualmente a pesquisa
esta focada na análise, por meio da física estatística, de séries temporais associadas
sistemas eleitorais. Professor na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Professor na
Faculdade de Engenharia e Inovação Técnico Profissional (FEITEP).
6
INTRODUÇÃO GERAL
Na unidade I estudamos as propriedades das cargas elétricas e como elas interagem
a longo alcance. Também observamos que as cargas são quantizadas e geram tanto
um campo elétrico quanto potencial elétrico que são quantidades que permitem uma
descrição profunda dos fenômenos das eletrostática. Analisamos o campo elétrico
gerado por uma carga puntiforme e também por uma distribuição contínua de
cargas. Todas estas análises, a principio são feitas usando a lei de Coulomb. Ao estudar
o campo elétrico, trataremos da lei de Gauss, e como a simetria do problema pode ser
usada para tornar a resolução mais prática com as coordenadas cilíndrica e esféricas.
Também estudaremos o potencial elétrico e como esta grandeza escalar podem, por
meio do gradiente, para calcular o campo elétrico.
Continuando, na unidade II, trataremos da análise da eletrodinâmica, ou seja,
o movimento da carga elétrica e como este fenômeno está ligado a diferentes
quantidades, como a corrente elétrica, resistência, e tensão em circuitos elétricos.
Também estudamos a densidade de corrente elétrica e como as dimensões de um
condutor determinam a sua resistência e como são aplicados a circuitos elétricos.
Na segunda metade deste texto, nos concentraremos em estudas a física mecânica,
ou seja, a lei da gravitação de Newton, no caso da interação entre planetas, enquanto
observaremos as leis de Kepler para as órbitas planetárias. Passaremos a analisar as
propriedades dos fluidos quanto as características desde o escoamento, a hidrostática
até a hidrodinâmica. Encerramos a unidade III estudamos os efeitos ondulatórios em
cordas vibrantes e oscilações em sistemas massa mola e pêndulo simples assim como
as ondas sonoras quanto a níveis sonoros e o efeito Doppler conquanto a natureza das
frequências dos sons agudos e graves.
Na unidade IV, finalizamos nosso estudo com as propriedades das leis da física
térmica. Iniciando com as características dos fluidos ideais e como podem fornecer
uma análise comparativa aos gases reais, e como seu comportamento (movimento
molecular), nos permite calcular a quantidade de calor referente as mudanças de
temperatura, tanto gases quanto líquidos e também a transição de fase aos estados
da matéria, considerando as leis da termodinâmica, como a lei zero que estabelece o
principio da grandeza temperatura e equilíbrio térmico, passando à análise da primeira
e segunda lei da termodinâmica.
7
Sumário
UNIDADE 1 – CARGAS ELÉTRICAS...................................................................................................................... 11
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................................. 12
1.1 Quantização da carga elétrica........................................................................................................................................... 13
1.2 Força elétrica e campo elétrico......................................................................................................................................... 14
1.2.1 Lei de Coulomb..................................................................................................................................................................... 14
1.3 O campo elétrico...................................................................................................................................................................... 18
1.4 Linhas de Campo..................................................................................................................................................................... 19
1.5 Campo Elétrico gerado por um Dipolo elétrico........................................................................................................ 20
1.6 Um dipolo em um Campo Elétrico................................................................................................................................. 22
1.7 Fluxo elétrico e lei de Gauss............................................................................................................................................... 31
1.7.1 Linha de campo e fluxo elétrico................................................................................................................................... 31
1.8 Mais sobre equações de campo elétrico...................................................................................................................... 42
1.9 O potencial elétrico................................................................................................................................................................. 47
Conclusão............................................................................................................................................................................................ 64
8
UNIDADE 3 – LEI DA GRAVITAÇÃO DE NEWTON................................................................................ 92
Intordução........................................................................................................................................................................................... 93
3.1 Lei da gravitação de Newton............................................................................................................................................. 94
3.1.1 Leis de Kepler......................................................................................................................................................................... 98
3.1.2 Cálculo do campo gravitacional.................................................................................................................................102
3.1.3 Gravidade próxima a superfície da terra.................................................................................................................103
3.1.4 Energia Potencial Gravitacional..................................................................................................................................105
3.2 Fluidos.........................................................................................................................................................................................107
3.2.1 Fluidos em repouso..........................................................................................................................................................109
3.2.2 Princípio de Pascal.............................................................................................................................................................111
3.2.3 Princípio de Arquimedes................................................................................................................................................112
3.2.4 Lei de Halley.........................................................................................................................................................................113
3.2.5 Fluidos em movimento: Hidrodinâmica.................................................................................................................114
3.2.6 Equação de BERNOULLI.................................................................................................................................................117
3.3 Oscilações Mecânicas..........................................................................................................................................................120
3.3.1 Movimento Harmônico Simples.................................................................................................................................120
3.3.2 A velocidade do MHS......................................................................................................................................................123
3.3.3 A aceleração do MHS.......................................................................................................................................................124
3.3.4 Leis de Newton, regem as oscilações mecânicas...............................................................................................125
3.3.5 Movimento do Pêndulo..................................................................................................................................................129
3.4 Pulsos de ondas......................................................................................................................................................................131
3.4.1 Comprimento de onda e frequência........................................................................................................................132
3.4.2 Amplitude e Fase................................................................................................................................................................133
3.4.3 Comprimento de Onda e Número de Onda Angular.......................................................................................134
3.4.4 Ondas em cordas...............................................................................................................................................................135
3.4.5 Velocidade de uma onda em uma corda...............................................................................................................136
3.4.6 Energia e Potência de uma Onda em uma Corda..............................................................................................138
3.4.7 A equação de onda...........................................................................................................................................................139
3.4.8 Interferência de Ondas....................................................................................................................................................142
3.4.9 Ondas e Ressonância.......................................................................................................................................................143
3.5 Velocidade do Som...............................................................................................................................................................148
3.5.1 A velocidade do som........................................................................................................................................................148
3.6 Ondas viajantes Sonoras....................................................................................................................................................149
3.7 Intensidade e Nível Sonoro...............................................................................................................................................151
3.7.1 A escala de decibéis..........................................................................................................................................................152
3.8 O efeito Doppler.....................................................................................................................................................................153
Conclusão..........................................................................................................................................................................................156
9
UNIDADE 4 – FENÔMENOS TÉRMICOS........................................................................................................157
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................................158
4.1 Teoria Cinética dos Gases..................................................................................................................................................159
4.1.1 Número de Avogadro......................................................................................................................................................159
4.1.2 Gás ideal.................................................................................................................................................................................161
4.1.3 Gases ideais...........................................................................................................................................................................162
4.1.4 Trabalho feito em volume constante e em pressão constante....................................................................164
4.1.5 O calor específico de um gás ideal............................................................................................................................164
4.1.6 Energia Interna Eint...........................................................................................................................................................165
4.1.7 Calor Específico em Volume Constante..................................................................................................................166
4.2 Leis da Termodinâmica.......................................................................................................................................................168
4.2.1 Temperatura, Calor e a Primeira Lei da Termodinâmica.................................................................................168
4.2.3 Temperatura.........................................................................................................................................................................168
4.2.4 A lei zero da Termodinâmica........................................................................................................................................168
4.2.4 A escala Celsius e a escala Fahrenheit.....................................................................................................................170
4.2.5 Expansão Térmica..............................................................................................................................................................171
4.2.6 Absorção de calor..............................................................................................................................................................172
4.2.7 Absorção de calor por sólidos e líquidos................................................................................................................174
4.2.8 A primeira lei da Termodinâmica...............................................................................................................................176
4.2.9 Um olhar mais atento ao calor e ao trabalho.......................................................................................................177
4.2.10 A primeira lei da Termodinâmica............................................................................................................................178
4.2.11 Alguns Casos Especiais da Primeira Lei da Termodinâmica.......................................................................179
4.3 Entropia a Segunda Lei da Termodinâmica..............................................................................................................180
4.3.1 Entropia...................................................................................................................................................................................180
4.3.2 Processos Irreversíveis e Entropia..............................................................................................................................180
4.3.3 Mudança na entropia.......................................................................................................................................................181
4.3.4 A segunda lei da termodinâmica................................................................................................................................184
4.3.5 A Entropia para motores................................................................................................................................................184
4.3.6 Entropia no mundo real: motores.............................................................................................................................185
SAIBA MAIS......................................................................................................................................................................................190
PENSE NISSO...................................................................................................................................................................................190
SUGESTÃO DE LEITURA............................................................................................................................................................190
Conclusão..........................................................................................................................................................................................191
CONCLUSÃO GERAL........................................................................................................................................................192
BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................................................................193
10
UNIDADE 1
CARGAS
ELÉTRICAS
INTRODUÇÃO
Nesta unidade iremos abordar os fenômenos de interação entre cargas elétricas
começando com a força entre partículas carregadas, que é regida pela lei de Coulomb.
Na sequência estudaremos o campo elétrico em função força elétrica e a lei de Gauss
que estabelece o fluxo do campo elétrico como ferramenta para o cálculo do campo.
E, por fim analisaremos o potencial V associado a essas quantidades, principalmente
ao vetor campo elétrico por meio do operador gradiente.
12
1.1 Quantização da carga elétrica
Nos dias de Benjamin Franklin, pensava-se que a carga elétrica era um fluido contínuo - uma
idéia que era útil para muitos propósitos. A experiência mostra que fluido elétrico também não
é contínuo, mas é composto de múltiplos de uma certa carga elementar.
13
1.2 Força elétrica e campo elétrico
Através desta experimentação, Coulomb descobriu que a força entre duas (ponta)
cargas é dada por:
(1.3)
14
(1.4)
Figura 1.3: A força de Coulomb entre uma carga de origem Q e uma carga de teste q.
(1.5)
(1.6)
(1.7)
A lei de Coulomb é sobre a força elétrica entre cargas de dois pontos. Se tivermos três,
quatro ou qualquer número de cobranças em diferentes posições, a força total em uma
carga de teste torna-se:
(1.8)
15
com a força elétrica por fonte de carga Qi na nossa carga de teste dada pela
equação 1.3. Usando este “princípio de superposição”, podemos escrever essa força
total como:
(1.9)
Figura 1.4: A força de Coulomb em uma carga de teste q na posição r0 resultante de quatro
cargas de origem Q1,..., Q4. O vetor de conexão, entre a carga Q1 e a carga de teste q
também é indicado. Os vetores e são definidos em relação à origem O.
Uma nova partícula elementar: o elétron. O elétron carrega uma carga elétrica negativa
e é responsável pela maioria das correntes elétricas. R.A. Millikan descobriu em 1909 que
todos os elétrons carregam uma carga semelhante, –e, chamado de carga elementar.
Nas unidades SI, seu valor é
e = 1,6002 × 10−19C (1.10)
Os prótons não são tão elementares quanto os elétrons. Os protões consistem
em quarks e gluons. Os quarks possuem carga elétrica de e . Na natureza, os
quarks e gluons são confinados em outras partículas (como o protão).
16
A lei de Coulomb funciona apenas para partículas carregadas. Se duas partículas carregadas
são aproxima- das umas das outras, cada uma delas exerce uma força eletrostática.
(1.12)
17
1.3 O campo elétrico
A força elétrica entre duas cargas elétricas pode ser escrita como:
(1.14)
(1.15)
com:
(1.16)
Figura 1.6: ilustração dos vetores do campo elétrico gerados por uma carga puntiforme.
18
Por meio do campo elétrico é que uma carga q detecta um campo elétrico e,
consequentemente, sofre uma força . Na física de partículas, os campos consistem
em partículas de força que estão sendo trocadas quando as partículas têm uma interação.
O campo elétrico consiste em fótons que são trocados entre cargas elétricas. Uma vez que
todas as cargas são transportadas por partículas individuais, isso não parece razoável.
Isso ainda é razoável quando descrevemos a física em uma escala muito maior
do que o tamanho e distâncias entre as partículas. Discutiremos alguns exemplos de
distribuições de carga contínua.
A figura a acima (a) mostra parte de uma folha (ou plano) não-condutora infinitamente
grande com uma distribuição uniforme de carga positiva em um lado. Se colocarmos uma
carga de teste positiva em qualquerponto perto da folha (em ambos os lados), descobrimos
que a força eletrostática na partícula é externa e perpendicular à folha. A orientação
perpendicular é razoável, porque qualquer componente de força que seja, digamos, para
cima, é equilibrado por um componente igual que está no sentido descendente. Isso deixa
apenas para fora, e assim os vetores de campo elétrico e as linhas de campo elétrico também
devem ser parafora e perpendiculares à folha, como mostrado na figura (b) e (c).
19
Como a carga na folha é uniforme, os vetores de campo e as linhas de campo também
são. Isso é apenasuma maneira de dizer que estamos medindo o campo em pontos próximos à
folha em relação ao tamanho da folha e que não estamos perto de uma borda.
A figura acima mostra as linhas de campo para duas partículas com cargas positivas iguais.
Para imaginar o padrão tridimensional completo de linhas de campo ao redor das partículas,
mentalmente gire o padrão na figura acima em torno do eixo de simetria, que é uma linha
vertical através de ambas as partículas.
20
A Figura figura acima (a) mostra os campos elétricos configurados em P por cada
partícula. A partícula mais próxima com carga q configura o campo E na direção positiva do
eixo z (diretamente longe da partícula). A partícula mais distante com carga q configura um
campo menor E, na direção negativa (diretamente na direção da partícula).
E = E(+) −E(−) (1.18)
(1.19)
(1.20)
(1.21)
(1.22)
(1.23)
(1.24)
21
A direção de p: é considerada como sendo da extremidade negativa para a positiva
do dipolo, como indicado na figura acima (b). Podemos usar a direção de p: para
especificar a orientação de um dipolo.
A equação anterior mostra que, se medirmos o campo elétrico de um dipolo apenas em
pontos distantes, nunca poderemos encontrar q e d separadamente; em vez disso, podemos
encontrar apenas o produto deles. O campo em pontos distantes permaneceria inalterado se,
por exemplo, q fosse duplicado e d simultaneamente reduzido à metade. Esta relação vale
apenas para pontos distantes ao longo do eixo do dipolo, verifica-se que E para um dipolo
varia como 1/r3 para todos os pontos distantes, independentemente de estarem situados no
eixo do dipolo; aqui r é a distância entre o ponto em questão e o centro do dipolo.
22
Para examinar esse comportamento, consideramos agora um dipolo tão abstrato em
um campo elétrico externo uniforme E:, como mostrado na figura abaixo (a). Assumimos
que o dipolo é uma estrutura rígida que consiste em dois centros de carga oposta, cada
um de magnitude q, separados por uma distância d. O momento dipolar : faz um ângulo
θ com o campo :.
τ = pE sin θ (1.26)
Podemos generalizar essa equação para a forma vetorial como
Torque em um dipolo. (1.27)
Podemos representar um torque que dá origem a uma rotação no sentido horário inclu-
indo um sinal demenos com a magnitude do torque. Com essa notação, o torque é.
23
1.6.1 Energia Potencial de um Dipolo Elétrico
(1.29)
24
Avaliar a integral leva a
(1.30)
25
Muitas vezes, as distâncias entre cargas em um grupo de cargas são muito menores do
que a distância do grupo até algum ponto de interesse . Em seguida, usamos a abaixo para
calcular o campo elétrico devido a um desses elementos em um ponto P. Finalmente, avaliamos
o campo elétrico total em P devido à distribuição de carga somando as contribuições de
todos os elementos de carga.
O campo elétrico em P devido a uma carga transportadora de elemento de carga
qé
(1.34)
onde r é a distância do elemento de carga até o ponto P e rˆ é um vetor de
unidade direcionado do elemento para P. O campo elétrico total em P devido a todos
os elementos na distribuição de carga é de aproximadamente
(1.35)
2
(1.36)
Ilustramos esse tipo de cálculo com vários exemplos, nos quais assumimos que a carga
é uniformementedistribuída em uma linha, em uma superfície ou ao longo de um volume. Ao
realizar tais cálculos, é conveniente usar o conceito de densidade de carga junto com as
seguintes notações:
Se uma carga Q é uniformemente distribuída ao longo de um volume V , a densidade de
carga do volume ρ é definida por
(1.37)
26
onde tem unidades de coulombs por metro cúbico (C/m3).
Se uma carga Q é uniformemente distribuída em uma superfície da área A, a
densidade de carga desuperfície (sigma grego minúsculo) é definida por
(1.38)
(1.41)
27
Figura 1.13: Ilustração de uma linha de carga.
Na verdade, ainda podemos interpretar a integral como a soma sobre as cargas de pontos
como fazíamos na equação 1.16. Uma carga de ponto é então apenas um pedaço de linha de
carga e assim obtemos:
(1.42)
28
Exemplos de linhas de cargas
Como exemplo, calcularemos o campo elétrico em um ponto P com z = zP de um
pedaço de fio com comprimento L centrado no eixo x. O fio carrega uma densidade de
carga uniforme λ . A configuração é mostrada na Fig. 1.14.
29
O resultado faz sentido? Bem, sabemos que o campo de uma carga de ponto
é linear com a carga Q e cai quadraticamente com a distância. Se olhamos de uma
distância muito grande à linha de carga, zP L, de modo que toda a carga na linha
parece concentrada em um ponto, achamos que
(1.45)
30
1.7 Fluxo elétrico e lei de Gauss
Figura 1.15: O campo elétrico de uma carga pontual representado por vetores.
31
Figura 1.16: O campo elétrico de uma carga pontual representado por linhas de campo.
E, portanto, que a densidade das linhas cai com a circunferência de um círculo, 2πr. Em
três dimensões, adensidade da linha cai com a superfície de uma esfera, 4πr2.
O número de linhas de campo pode ser expresso pelo fluxo elétrico:
(1.46)
(1.48)
32
Figura 1.17: O fluxo elétrico através de uma superfície S para diferentes ângulos entre o
campo e a superfície. O n̂ normal também é indicado.
A lei de Gauss afirma que o fluxo elétrico através de uma superfície fechada,
independente de sua forma, é igual à carga total incluída nesta superfície multiplicada
por pelo fator . Assim:
(1.49)
O círculo no símbolo integral indica que você precisa integrar sobre uma superfície
fechada, sem ignorar as peças. A relação acima permite-nos calcular o campo elétrico
em muitos casos de uma maneira elegante e notável. Portanto, consideramos um
ponto de carga, Q, e calculamos o fluxo elétrico através de uma superfície esférica
com R R.
Figura 1.18: Ilustração do fluxo elétrico de uma carga pontual Q através de uma superfície
esférica S. Em todos os lugares, o campo elétrico aponta ao longo da normal na superfície, i.c.
a direção radial. Algum pedaço infinitesimal de superfície do na esfera também é indicado.
33
O fluxo é dado por:
(1.50)
(1.51)
(1.52)
34
1.7.3 Um condutor carregado
35
O campo elétrico externo
A menos que o condutor seja esférico, a carga não se distribuirá uniformemente.
Em outras palavras, a densidade de carga superficial s (carga por unidade de área) varia
sobre a superfície de qualquer condutor não esférico. Geralmente, essa variação torna
a determinação do campo elétrico montada pelas cargas superficiais muito difícil.
36
→
Portanto, E é perpendicular à superfície do condutor. Agora somamos o fluxo
através da superfície gaussiana. Não há fluxo através da tampa interna, porque o
campo elétrico dentro do condutor é zero. Não há fluxo através da superfície curva do
cilindro, porque internamente não há campo elétrico e externamente o campo elétrico é
paralelo à porção curva da superfície gaussiana.
A carga qenc envolvida pela superfície gaussiana está na superfície do condutor em
uma área A. (Pense no cilindro como um cortador de biscoitos.) Se σ é a carga por
unidade de área, então qenc é igual a σ A. Quando substituímos σ A por qenc e EA por Φ,
a lei de Gauss torna-se
εoEA = σA;
a partir do qual encontramos
(1.54)
A “lei de Gauss é sempre válida, mas nem sempre é útil“. O que isto significa? Bem,
a Lei de Gauss pode ser aplicada em alguns casos para avaliar o campo elétrico de forma
elegante. Abaixo, descrevemos algumasdessas configurações.
A linha de carga
37
A Figura 1.21 mostra uma carga de linha infinitamente longa e infinitamente fina com
densidade de carga uniforme λ . A superfície gaussiana ótima é um cilindro. Para obter essa
percepção, primeiro deduza a forma do campo elétrico. É preciso alguma prática para adquirir
um sentimento para isso, mas podemos dar algumas dicas.
Imagine que a linha é construída a partir de pequenas cobranças de pontos
dλ. Cada carga de ponto produz um ponto de campo elétrico na direção
radial (esférica). Considere uma posição em algum lugar perto da linha. Nesta
posição, você “sente”uma quantidade igual de linhas de campo a partir do
acima como abaixo. Por isso, o campo na direção z cancela. Obviamente, não há
componentes na direção φ. Só pode haver um componente apontando para
longe da carga da linha.
Veja a simetria da carga da linha. Suponha que haja um componente de campo
na direção z. Lembre-se de que a linha é infinitamente longa e imagine que
você espelha a configuração no plano rφ Isso não altera a configuração física,
mas o componente ’seria’ z do campo mudou de sinal. Existe apenas uma
possibilidade: não existe um componente de z.
Concluímos que o campo elétrico possui apenas um componente radial (cilíndrico).
Portanto, tentamos uma superfície Gaussiana cilíndrica com altura arbitrária h e raio r.
O fluxo através do cilindro é dado pela soma das contribuições do corpo curvo e as
extremidades:
(1.55)
(1.56)
38
Agora aplicamos a Lei de Gauss:
(1.58)
(1.59)
Se a linha tiver um comprimento finito L este método não pode ser aplicado. No
entanto, ainda fornece uma boa estimativa do campo próximo ao fio, i.c. r << L. Se você
não está convencido, use o resultado da integração direta na Seção ref diline para
mostrar isso. Também quando a densidade de carga não é constante na direção z, não
podemos simplesmente aplicar a lei de Gauss. Quando a linha tem uma espessura
finita com o raio ρ este método ainda pode ser aplicado, como veremos mais adiante.
Figura 1.22: Uma superfície carregada. Uma superfície gaussiana cúbica é ilustrada.
39
A Figura 1.22 mostra uma carga de superfície infinitamente grande e infinitamente
fina com densidade de carga uniforme σ. Quais são os componentes do campo
elétrico?
Imagine o prato constituído por pequenas taxas pontuais dσ = σ. Cada carga
de ponto produz um ponto de campo elétrico na direção radial (esférica).
Considere uma posição em algum lugar perto da placa. Nesta posição, você
“sente”uma quantidade igual de linhas de campo de cima como de abaixo e
da esquerda desde a direita. Portanto, o campo na direção x e z é zero. Só pode
haver um componenteperpendicular à carga superficial.
Também podemos usar argumentos baseados na simetria. Suponha que haja
um componente de campo na direção x e / ou z. Gire a configuração em torno
do eixo y. O prato é infinitamente grande e, portanto, permanece fisicamente
o mesmo. Os componentes seriam mudaram de direção, enquanto a física é
invariante.
Além disso, uma mudança da placa no plano x z não altera a configuração
elétrica. Isso implica que o campo elétrico não depende de x ou z e, portanto,
só depende de y.
Concluímos que o campo elétrico possui apenas um componente na direção y,
o oposto da região y. Nós tentamos uma superfície gaussiana cúbica (uma caixa de
pílula) com costelas de tamanho a. O fluxo através dos lados com vetor normal na
direção x e z é zero. Nós só precisamos calcular o fluxo através das capas superiores
com vetor normal na direção y. O vetor normal na região y é oposto ao da região +y,
mas a direção do campo elétrico também troca. Conseqüentemente,
(1.60)
(1.61)
(1.62)
40
Observe que o campo é constante, mas apontar na direção oposta para valores
positivos e negativos ŷ, respectivamente.
Em geral, portanto, para densidades de carga não-uniformes, esse método não pode
ser usado, a menos que se saiba que o campo elétrico possui apenas um componente
→
ŷ. Então, o resultado parecerá E (x, z) ≈ σ (x, z)yˆ.
Uma superfície esférica de carga
Figura 1.23: Ilustração de uma superfície esférica carregada com densidade σ e raio R.
Consideramos uma superfície carregada esférica (ou concha) com raio R e densidade de
carga de superfície σ como ilustrado em Fig 1.23. Quais são os componentes do campo
elétrico? Suponha que existam componentes não radiais (esféricos). Gire a configuração em
torno de seu centro, de modo que os componentes não-radiais mudem de direção. Perceba
que a configuração física é invariante, permitindo que não haja componentes não radiais.
O mesmo argumento pode ser usado para deduzir que o componente radial do
→
campo depende apenas de r. Por isso, E = Er(rr̂. Nós não especificamos se discutimos
o campo dentro ou fora do shell. Bem, não importa. Tanto dentro como fora do shell,
podemos usar os argumentos acima.
Para o fluxo elétrico dentro da casca segue:
(1.63)
Φ = Er(r)4πr2 = 0 (1.64)
41
Existe apenas uma possibilidade: E(r) = 0 dentro da superfície.
Fora da casca, r > R, encontramos a mesma expressão para o fluxo. A carga incluída
é Q = superfície σ do = σ 4πR2. Nós obtemos:
(1.65)
(1.66)
(1.67)
(1.68)
42
Vamos apresentar esta quantidade de forma natural e descrever o seu vínculo com
a Lei de Gauss.
→
Figura 1.24: Uma caixa infinitesimal com volume = dxdydz em um campo elétrico E (x, y, z). As
tampas de a a f são indicadas. Além disso, os vetores de campo na capa a e b são mostrados.
→
O fluxo ∫ E · d →o através de cada uma das capas a f da caixa é dado por:
a : −Ex(x, y, z)dydz
b : Ex(x + dx, y, z)dydz
c : −Ey(x, y, z)dxdz (1.69)
d : Ey(x, y + dy, z)dxdz
e : −Ez(x, y, z)dxdy
f : Ez(x, y, z + dz)dxdy
onde Ex(x, y, z) e assim por diante são definidos no centro da capa correspondente.
Observe o sinal relativo de menos para capas opostas que vem da direção oposta dos
vetores normais sobre estas capas. Agora, adicionamos todas as contribuições para
obter o fluxo através da caixa:
43
¢ →E · d →o [Ex (x + dx, y, z) − Ex (x, y, z)]dydz
[Ey(x, y + dy, z) − Ey(x, y, z)]dxdz (1.70)
[Ez(x, y, z + dz) − Ez(x, y, z)]dxdy
(1.72)
Embora possamos derivar essa expressão para o campo elétrico, é válido para qualquer
campo vetorial e foi derivado por Gauss. Nós nos referiremos a essa expressão como
Teorema de Gauss.
(1.74)
44
pode ser combinado com o teorema de Gauss:
(1.75)
(1.76)
which implies
(1.77)
(1.78)
45
O campo elétrico está apontando puramente radialmente. Não importa qual seja o
→
caminho exato seguido de a a b, o ponto-produto filtra o componente radial ( r̂ · d l = dr).
Assim, podemos substituir o caminho integral por:
(1.79)
(1.80)
46
1.9 O potencial elétrico
(1.81)
p
com a força, |F| = mg, a massa vezes a constante gravitacional. Para levantar o
p p
objeto, precisamos aplicar uma força F = −FG = mglˆ e, portanto, a quantidade total de
trabalho necessária é:
W = mgh (1.82)
A energia potencial do objeto é igual a U = W = mgh. Na seção a seguir, aplicamos
esse princípio ao campo elétrico.
47
1.9.2 Potencial Elétrico
(1.84)
(1.85)
ou
U = qV, (1.86)
A unidade SI para o potencial que segue é o joule por coulomb. Essa combinação
ocorre com tanta frequência que uma unidade especial, o volt (abreviado V), é usada
para representá-lo. Portanto,
48
Com duas conversões de unidades, podemos agora mudar a unidade para campo
elétrico de newtons por coulomb para uma unidade mais convencional:
(1.88)
V = Vf − Vi (1.89)
Se movermos uma partícula com carga q de i para f, então a energia potencial do
sistema muda de
∆U = q∆V = q(Vf − Vi) (1.90)
A mudança pode ser positiva ou negativa, dependendo dos sinais de q e V . Também
pode ser zero, se não houver mudança no potencial de i para f. Como a força elétrica é
conservadora, a mudança na energia potencial ∆U entre i e f é a mesma para todos os
caminhos entre esses pontos.
W = −∆U (1.91)
Em seguida, podemos relacionar esse trabalho com a mudança no potencial,
substituindo
W = −∆U = −q∆V = −q(Vf − Vi) (1.92)
49
Até agora, sempre atribuímos trabalho a uma força, mas aqui também podemos
dizer que W é o trabalho feito na partícula pelo campo elétrico . Porque ∆U entre
quaisquer dois pontos é independente do caminho, assim como o trabalho W feito
pelo campo. Se uma partícula carregada se move através de um campo elétrico sem
força atuando sobre ela além da força elétrica devido ao campo, então a energia
mecânica é conservada. Então podemos escrever a conservação da energia mecânica
da partícula que se move do ponto i para o ponto f como
Ui + Ki = Uf + Kf (1.93)
ou
∆K = −∆U. (1.94)
Encontramos uma equação muito útil para a mudança na energia cinética da
partícula como resultado da movimentação da partícula através de uma diferença de
potencial:
∆K = −q∆U = −q(Vf − Vi) (1.95)
Se alguma força além da força elétrica atua sobre a partícula, dizemos que a força
adicional é uma força aplicada ou força externa, que é frequentemente atribuída a um
agente externo. Nós contabilizamos esse trabalho Wapp:
(Energia inicial) + (Trabalho realizado por uma força aplica) = (Energia final) (1.96)
ou
Ui + Ki + Wapp = Uf + Kf (1.97)
Rearranjando e substituindo, podemos também escrever
∆K = −∆U + Wapp + Wapp − q∆V + Wapp. (1.98)
O trabalho pela força aplicada pode ser positivo, negativo ou zero, e assim a energia
do sistema pode aumentar, diminuir ou permanecer a mesma.
No caso especial em que a partícula está estacionária antes e depois do movimento,
os termos de energia cinética são zero e temos
Wapp = q∆V para Ki = Kf (1.99)
50
Neste caso especial, o trabalho Wapp. envolve o movimento da partícula através da
diferença de potencial ∆V e não uma mudança na energia cinética da partícula.
Vemos que neste caso especial, o trabalho pela força aplicada é o negativo do
trabalho pelo campo:
Wapp = −W para Ki = Kf (1.100)
Uma unidade mais conveniente é o elétron-volt, que é definido como sendo igual
ao trabalho necessário para mover uma única carga elementar e através de uma
diferença de potencial ∆V de exatamente um volt. Temos que a magnitude desse
trabalho é q∆V .
1 eV = e(1V)
= (1,602 × 10−19 C)(1 J/C) = 1,602 × 10−19 J. (1.101)
Pontos adjacentes que têm o mesmo potencial elétrico formam uma superfície
equipotencial, que pode ser uma superfície imaginária ou uma superfície física real.
Nenhum trabalho líquido W é feito em uma partícula carregada por um campo elétrico
quando a partícula se move entre dois pontos i e f na mesma superfície equipotencial.
Isto nos diz que W deve ser zero se Vf = Vi.
O trabalho feito pelo campo elétrico em uma partícula carregada à medida que a
partícula se move de uma extremidade para a outra dos caminhos I e II é zero porque
cada um desses caminhos começa e termina na mesma superfície equipotencial e,
portanto, não há nenhuma mudança líquida no potencial.
51
Figura 1.27: Superfície equipotencial perpendicular ao campo elétrico.
(1.104)
(1.105)
52
Assim, a diferença de potencial Vf Vi entre quaisquer dois pontos i e f em um campo
elétrico é igual ao negativo da integral de linha (significando a integral ao longo de um
caminho particular) de E: d: s de i para f. No entanto, como a força elétrica é conservadora,
todos os caminhos (fáceis ou difíceis de usar) produzem o mesmo resultado.
Figura 1.28: Ilustração das linhas de campo elétrico e o movimento de uma carga.
A equação acima nos permite calcular a diferença de potencial entre dois pontos
no campo. Se definirmos o potencial Vi = 0, então
(1.106)
Figura 1.29: Ilustração das linhas de campo elétrico uniforme e o movimento de uma carga.
Vamos aplicar a equação acima para um campo uniforme como mostrado na figura
anterior. A separação entre as duas linhas equipotenciais é x.
p
E . dsp = Eds cos0º = E ds (1.107)
53
Como E é constante para um campo uniforme, temos
(1.108)
54
Considere uma carga (teste) q no campo elétrico de uma carga de ponto Q na
p p
posição P. A força elétrica na carga de teste é Felec = q E. A força (mínima) que você deve
p
exercer em q para movê-lo em frente ao campo elétrico é – q E. A energia potencial da
configuração é definida como o trabalho mínimo necessário (para você) para trazer a
carga de teste q do infinito para P.
(1.110)
p
Onde foi o sinal de menos? Primeiro, a variável de integração l correu de inf para
P. Na última etapa, mudamos a variável para rp, a distância radial em relação à fonte de
p
carga Q que é oposta a l .
p
Deve-se enfatizar que o caminho seguido dl em princípio tem componentes
radiais e não radiais (o φˆ e θˆ direction). No entanto, como antes, argumentamos que
o campo elétrico possui apenas um componente radial e podemos escrever:
(1.111)
(1.112)
(1.113)
55
Para calcular o potencial de uma coleção de carga, simplesmente estendemos a
equação 1.113 e integramos todas as cobranças de pontos na coleção:
(1.114)
(1.115)
onde o ponto de medição pode ser escolhido sempre que quiser. Você pode verificar-se
que, por um ponto de carga e ponto-indicador no infinito, você encontra a equação
anterior 1.113.
Definimos o potencial iniciando a energia potencial de uma configuração de carga
simples. Tudo bem, opotencial e a energia potencial estão relacionados; Isso é útil para
saber. Mas, e sobre a definição geral do potencial? Depende, em geral, da livre escolha
de um ponto de calibração. Como essa liberdade pode ser útil para descrever a física?
56
De fato, o potencial em si não possui interpretação física. No entanto, a diferença de
potencial e, como veremos em breve, o gradiente do potencial são quantidades físicas
relevantes.
(1.116)
(1.117)
(1.117)
Nós encontramos:
(1.117)
57
Combinando equações 1.116 e 1.119 conduz a:
(1.120)
(1.121)
(1.122)
que geralmente é chamado de “equação de Poisson”. Vamos lançar mais uma definição.
Na ausência dequalquer encargo, a equação de Poisson se torna:
(1.123)
(1.124)
58
Agora, verificamos se a expressão retorna o campo elétrico correto.
Começamos com:
(1.125)
e concluimos que
(1.126)
(1.127)
59
V=
(1.128)
(1.129)
(1.130)
60
Podemos simplificar o resultado usando a propriedade , podemos
escrever
(1.131)
Limite para d L.
Nessa condição podemos usar a aproximação
(1.132)
(1.134)
Assim
(1.135)
61
agora usando usando uma expansão em até primeira ordem
(1.136)
agora
(1.137)
(1.138)
(1.139)
62
SAIBA MAIS
Para uma análise adicional sobre o conteúdo, podemos acessar o link de simulação do Phet
colorado sobre
eletrostática. Por exemplo o de simulação força elétrica, campo elétrico e potencial: https://
phet.colorado.edu/en/simulations/charge and-fields
E também sobre a lei de Coulomb https://phet.colorado.edu/en/simulations/coulombs-law
PENSE NISSO
O potencial elétrico é uma grandeza escalar, e embora não tenha as informação adicionais
como direção e sentido como um vetor, ela permite que calculemos o campo elétrico por
meio do operador gradiente, caso o potencial dependa das coordenadas, por exemplo
cartesianas, (x, y, z).
SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Eletricidade conceitos e cálculos fundamentai
Autor: Luiz Guilherme Rezende Rodrigues.
Editora: Inter Saberes
Sinopse: O fenômeno elétrico é um dos mais antigos conhecidos
pelo homem. No entanto, somente nos últimos séculos é que
suas principais características foram descobertas, assim como
as causas de sua existências e de sua propagação.Neste livro,
buscamos respostas para as dúvidas que permeiam o tema: O
que é a eletricidade? Como ela ocorre? Quais suas propriedades
fundamentais? De forma didática, respondemos a essas e a outras
questões mostrando as implicações matemáticas da eletricidade no estudo da física.Junte-se
a nós nessa corrente e percorra o circuito que aborda o funcionamento da eletricidade, a fim
de lançar luz sobre esse assunto que tanto magnetiza e fascina a humanidade.
63
Conclusão
Nesta unidade consideramos as principais grandezas da eletrostática, como a força,
campo e potencial elétrico que nos forneceram uma extensa descrição dos fenômenos
de interação entre cargas elétricas, desde as quantidades vetoriais (força e campo) como
as escalares (potencial). E como estas são aplicadas na resolução de diversos problemas
associados a eletrostática.
64
UNIDADE 2
PRINCIPAIS
COMPONENTES
DE UM CIRCUITO
ELÉTRICO
INTRODUÇÃO
Nesta unidade estudaremos os principais componentes de um circuito elétrico,
eletrodinâmica, a saber, o capacitor e o resistor e como estes interagem em um circuito elétrico.
Inicialmente sobre capacitores, iremos compreender sua principal função (armazenar energia
no campo elétrico) por meio do acumulo de cargas entre suas placas. Na sequência iremos
abordar as propriedades dos resistores como limitadores de corrente elétrica, e como esta
grandeza física depende essencialmente das suas dimensões, ou seja seu tamanho. E por fim
como este interagem em um circuito elétrico.
66
2.1 Capacitores
Tomamos duas placas paralelas de material condutor e carregamos as placas com
carga oposta como indicado na figura abaixo. As placas são separadas por uma distância d.
Ignoramos a espessura das placas e assumimos que as placas têm uma superfície grande A
em relação a d. Nós calculamos o campo elétrico para
Figura 2.1: Duas placas paralelas de material condutor. As placas têm carga oposta Q
e são separadas por uma distância d. A contribuição para o campo elétrico de cada
placa individual também é indicada.
uma carga de superfície plana infinitamente grande, que fornece uma boa
aproximação para a configuração atual com A d. Temos que adicionar a contribuição
das duas placas. Entre as placas, obtemos:
(2.1)
67
A diferença de potencial entre as placas é dada por:
(2.2)
Capacitância
Nós vimos isso V 8 Q. Agora, apresentamos uma constante de proporcionalidade
chamada capacitância,
C, tal que
(2.3)
Figura 2.2: Dois condutores coaxiais. Os condutores interno e externo têm raios a e b
respectivamente. Os condutores têm carga total oposta Q.
A figura acima mostra uma configuração cilíndrica, composta por dois condutores
coaxiais com compri- mento L. O condutor interno tem um raio R1. O raio externo é R2
68
e é muito menor do que o comprimento. Os condutores têm uma carga total inversa
de US Q. Qual é a capacitância desta configuração?
(2.4)
(2.5)
(2.6)
69
Como o capacitor de placa, a capacitância dessa configuração aumenta quando a
distância entre os doiscondutores se torna menor.
Capacitor esférico
Consideramos agora um capacitor consistindo em uma superfície esférica (portanto, não
uma esfera maciça, mas uma casca com alguma espessura) de um material condutor com
raio b. Em seu centro, colocamos uma esfera condutora com raio a. Os condutores carregam
carga contrária Q. Qual é a capacitância desta configuração? Para calcular o campo elétrico,
usamos uma superfície gaussiana esférica com o raio r, de forma que a < r < b.
Para o campo elétrico obtemos:
(2.7)
(2.8)
(2.9)
70
Observe que a capacitância é independente em V e / ou Q e, portanto, é realmente uma
quantidade puramente geométrica.
Energia de um capacitor
Começamos com um capacitor não carregado e movemos os elétrons de um
condutor para o outro para carregá-lo. O sentido dos elétrons na força elétrica no
processo. Por isso, movê-los exige energia.
A energia necessária para trazer alguma taxa dq para o outro condutor é dU = V (q)dq.
Com V (q) a diferença de potencial entre os dois condutores como função da carga
movida já q. Uma vez que a capacitância C é uma quantidade puramente geométrica,
podemos escrever V (q) = q/C e, portanto, . A energia total de um capacitor de
carga é então dada por:
(2.10)
71
2.2 Corrente Elétrica e Resistores
Se houver uma corrente elétrica através de uma dada superfície, deve haver um fluxo
líquido de carga através daquela superfície. Se você passar um plano hipotético através
desse fio, os elétrons de condução passam por ele em ambas as direções a uma taxa de
muitos bilhões por segundo - mas não há transporte líquido de carga e, portanto, nenhuma
corrente através do fio. No entanto, se você conectar as extremidades do fio a uma bateria,
você influenciará ligeiramente o fluxo em uma direção, com o resultado de que agora existe
um transporte líquido de carga e, portanto, uma corrente elétrica através do fio. O fluxo de água
através de uma mangueira de jardim representa o fluxo direcionado de carga positiva a uma
taxa de talvez um milhão de coulombs por segundo.
Não há transporte líquido de carga, no entanto, porque existe um fluxo paralelo de carga
negativa exatamente da mesma quantidade que se move exatamente na mesma direção.
Como na figura acima nos lembra, qualquer circuito de condução isolado - independentemente
de ter uma carga excessiva - está todo no mesmo potencial.
Se a carga dq passa por um plano hipotético (como aa) no tempo dt, então o i atual
através desse plano édefinido como
(2.11)
Podemos encontrar a carga que passa pelo plano em um intervalo de tempo que
vai de 0 a t por integração:
(2.12)
72
Figura 2.6: Conservação da corrente elétrica em um
io = i1 + i2 (2.14)
Como a figura acima (b) sugere, dobrar ou reorientar os fios no espaço não altera a
validade da equaçãoacima. As setas atuais mostram apenas uma direção (ou sentido) do fluxo
ao longo de um condutor, não uma direção no espaço.
73
No estado estacionário, a carga já não continua ac acumulam em pontos ao longo do
circuito e a corrente é constante. Para os circuitos neste capítulo que contém condensadores e
resistores, a corrente pode aumentarou de dobrar lentamente, mas as modificações apreciáveis
só ocorrem durante um período que é muito mais longo do que o tempo tinha de conseguir
o estado estacionário. A figura acima mostra um segmento de um arame que transporta
uma corrente.
Se Q for a carga que flui pela transversal área da seção transversal um no t de tempo,
a corrente sou As cargas móveis podem ser negativamente acusadas ou positivamente
acusadas. Além disso, uma direção ao longo do arame é indicada como a direção positiva.
Pela convenção, o sinal da corrente é positivo se a corrente for devida a cargas positivas que se
movem na direção positiva ou a cargas negativas que se movem na direção negativa. Contudo,
a corrente é negativa se for devido a cargas positivas que se movem na direção negativa ou
a cargas negativas que se movem na direção positiva. Esta convenção foi estabelecida antes
que se conhecesse que as transportadoras de carga móveis em metais foram elétrons livres.
Assim, em um arame metálico que transporta a corrente, os elétrons livres movem-se na
direção negativa quando a corrente é posi-tive, evice-versa.
74
Se as únicas forças pelas cargas livres fossem as forças elétricas, então as cargas livres
ganhariam a velocidade indef-initely. Contudo, isto não acontece porque os elétrons livres
interagem com a treliça de íons que compõem o metal, e as forças de interação opõem a
correnteza - ing o movimento dos elétrons livres.
A figura acima mostra um segmento de arame que tem um L de comprimento,
uma transversal área da seção transversal A, e uma corrente I. Como ponto de campos
elétricos na direção da redução poten-tial, o potencial no ponto a é maior do que o
potencial no ponto b. Se modelarmos a corrente como o fluxo de transportadoras
de carga seguras, estas transportadoras de carga seguras vão à deriva na direção da
redução de potencial. Supondo o campo elétrico ES ser uniforme durante o segmento,
a baixa potencial V entre pontos a e b é
A proporção da baixa potencial na direção da corrente à corrente é chamado a
resistência do segmento, onde a direção da corrente se refere à direção do vetor de
densidade atual. A unidade SI da resistência, volt por ampere, é chamada um ohm (Ω):
Para muitos materiais, a resistência de uma amostra do material não depende
da baixa potencial ou da corrente. Tais materiais, que incluem a maior parte de metais,
são chamados materiais ohmic. Para muitos materiais ohmic a resistência permanece
essencialmente constante sobre uma ampla variação de condições. Neste caso a baixa
potencial através de um segmento do material é proporcional à corrente no material. A
equação é tipicamente escrita como
V = Ri (2.15)
A relação V = IR é comumente chamada de lei de Ohm, mesmo quando o resis-
tance R varia com acorrente I.
75
2.2.3 Densidade de Corrente
assim
(2.18)
76
2.2.4 Velocidade de Deriva
A velocidade de deriva é pequena comparada com as velocidades no movimento
aleatório. Por exemplo, nos condutores de cobre da fiação doméstica, as velocidades de
desvio de elétrons são talvez de 10−5 ou 10−4, m/s, enquanto as velocidades de movimento
aleatório são de cerca de 106 m/s.
(2.19)
A unidade SI para resistência é o volt por ampere. Essa combinação ocorre com
tanta frequência que lhe damos um nome especial, o ohm (símbolo Ω); isso é,
1 ohm = 1Ω = 1 volt por ampère (2.20)
= 1 V/A (2.21)
Um condutor cuja função em um circuito é fornecer uma resistência especificada
é chamado de resistor.
Em um diagrama de circuito, nós representamos um resistor e uma resistência com
o símbolo,
(2.21)
77
Figura 2.11: Tabela de resistividade.
(2.23)
(2.24)
78
Nós podemos escrever
(2.25)
As equações acima são válidas apenas para materiais isotrópicos - materiais cujas
propriedades elétricas são as mesmas em todas as direções.
Muitas vezes falamos da condutividade de um material. Isto é simplesmente o recíproco
de sua resistivi-dade,
(2.26)
As unidades de Si de condutividade é o ohm metro recíproco que às vezes é usado
(Ω · m)−1.
(2.27)
79
Podemos então combinar as equações acima e obter
(2.29)
(2.30)
80
Como existe um caminho de condução externo entre os dois terminais da bateria
e porque as diferenças de potencial configuradas pela bateria são mantidas, uma
corrente constante i é produzida no circuito, direcionada do terminal a ao terminal b.
A quantidade de carga dq que se move entre esses terminais no intervalo de tempo
dt é igual a idt. Esta carga dq se move através de uma diminuição no potencial de
magnitude V , e assim sua energia potencial elétrica diminui em magnitude pela
quantidade
dU = dqV = idt V (2.31)
O princípio da conservação de energia nos diz que a diminuição na energia
potencial elétrica de a para b é acompanhada por uma transferência de energia para
alguma outra forma. A potência P associada a essa transferência é a taxa de transferência
dU/dt, é dada como
P = iV (2.32)
A unidade de poder que segue da Eq. 26-26 é o volt-ampere (V · A). Nós podemos
escrever como
(2.33)
(2.34)
81
2.3 Associação de Resistores
A análise de um circuito muitas vezes pode ser simplificada substituindo uma
combinação de dois ou mais resistores com um resistor equivalente único que tem a
mesma baixa atual e potencial que a combinação de resistores. A substituição de uma
combinação de resistores por um resistor equivalente é semelhante à substituição de
uma combinação de condensadores por um condensador equivalente, discutido no
Capítulo 24.
Quando dois ou mais resistores são unidos como R1 e R2 na figura acima para que
devido ao caminho sejam unidos a corrente em cada resistor é o mesmo, o re diz-se
que as irmãs sejam unidas em série. A baixa potencial através de R1 é IR1 e a baixa
potencial através de R2 é IR2, onde sou a corrente em cada resistor. O potencial através
dos dois resistores é a soma dos potenciais através do resistores:
A resistência equivalente (Req) produz o mesmo potencial total V transportando
a mesma corrente, encontrado estabelecendo V igual ao i.Req. Então Req é dado por
Req = R1 + R2 (2.35)
Quando há mais de dois resistores unidos em série, a resistência equivalente para
n resistores é
Req = R1 + R2 + R3 + . . . + Rn (2.36)
82
2.3.2 Resistores em série
Dois resistores que são unidos, como mostrado na figura acima, para que devido
ao caminho eles são conectados têm a mesma diferença potencial através deles,
são unidos em paralela. Observe que devido ao caminho o circuito é conectado, um
terminal de cada resistor está no potencial do ponto a, e outro terminal de cada resistor
está no potencial do ponto b. Deixe eu ser a corrente no arame que leva a ponto a.
No ponto a, as divisões de circuito em dois ramos e a corrente I divide-se em duas
partes — corrente I no ramo superior que contém resistor R1 e I2 atual no ramo mais
baixo que contém R2. As correntes de ramo I1 e I2 somam à corrente I no arame que
introduz ponto a:
(2.37)
83
2.4 Circuitos elétricos
Trabalho, Energia e f em
(2.38)
84
2.4.1 Calculo da corrente em um circuito fechado
A equação (P = i2R) nos diz que em um intervalo de tempo dt uma quantidade
de energia dada por i2R dt aparecerá no resistor como energia térmica. Essa energia é
dita dissipada. (Porque assumimos que os fios têm resistência insignificante, nenhuma
energia térmica aparecerá neles.) Durante o mesmo intervalo, uma carga dq = idt terá
movido através da bateria, e o trabalho que a bateria terá feito com esta carga de
acordo com a equação
(2.39)
(2.40)
Isso nos dá
(2.41)
(2.42)
85
2.4.2 Outros circuitos fechados
Resistência interna
A figura abaixo (a) mostra uma bateria real, com resistência interna r, ligada a um
resistor externo de resistência R. A resistência interna da bateria é a resistência elétrica
dos materiais condutores da bateria e, portanto, é uma característica não removível
da bateria. bateria. Nesta figura, no entanto, a bateria é puxada como se pudesse ser
separada em uma bateria ideal com emf e um resistor de resistência r. A ordem em que
os símbolos para essas partes separadas são desenhados não importa.
(2.43)
(2.44)
86
2.4.3 Diferença de Potencial entre dois pontos.
(2.47)
(2.48)
87
Agora substituindo os dados dados na Fig. 27-6, temos
(2.49)
Va + iR = Vb (2.50)
ou
Va − Vb = iR (2.51)
88
Potência, Potencial e Emf
Quando uma bateria ou algum outro tipo de dispositivo f em funciona nos
transportadores de carga para estabelecer um i atual, o dispositivo transfere energia
de sua fonte de energia (como a fonte química em uma bateria) para os portadores
de carga. Como um dispositivo f em real tem uma resistência interna r, ele também
transfere energia para a energia térmica interna por meio de dissipação resistiva. Vamos
relacionar essas transferências.
A taxa Pf em de transferência de energia para energia térmica dentro do dispositivo
f em:
(2.53)
Então o termo i na equação acima deve ser a taxa P emf na qual o dispositivo f em
transfere energia para os portadores de carga e para a energia térmica interna.
89
SAIBA MAIS
Para uma análise adicional sobre o conteúdo, podemos acessar o link de simulação do Phet
colorado sobre eletrostática. Por exemplo o de simulação em circuitos elétricos:
Corrente contínua e corrente alternada.
https://phet.colorado.edu/en/simulations/circuit-construction-kit-dc-virtual-lab https://
phet.colorado.edu/en/simulations/circuit-construction-kit-ac-virtual-lab
PENSE NISSO
Todo circuito elétrico, possui uma fonte de alimentação, que chamamos de força eletromotriz,
que para circuitos de corrente contínua, possui uma única direção para a corrente elétrica, o
que diverge para circuitos de corrente alternada pode ser observado nos links acima.
SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Circuitos Elétricos - Corrente Contínua e Corrente
Alternada
Autor: Luiz Guilherme Eduardo Cesar Alves Cruz.
Editora: Editora Érica
Sinopse: Traduzido para vários idiomas, vendeu mais de
350 mil exemplares em todo o mundo. O livro é repleto
de ilustrações do próprio autor, respondendo aos desafios
atuais da questão habitacional e apresentando alternativas
que combinam técnicas tradicionais e modernas de
construção, em busca de um ambiente harmonioso. O título
faz referência aos primeiros arquitetos, que na Antiguidade
amassavam a terra com os pés, para preparar os tijolos.
90
Conclusão
Nesta unidade abordamos os conceitos referentes a circuitos elétricos, e também estudamos
os componentes eletrônicos, capacitor e resistor, que permitem seu funcionamento com
segurança. Onde o capacitor opera armazenando energia e carga elétrica impedindo que
variações abruptas de tensão danifiquem o circuito enquanto o resistor limita a passagem
de corrente elétrica em um condutor.
91
UNIDADE 3
LEI DA
GRAVITAÇÃO
DE NEWTON
INTORDUÇÃO
Com as ferramentas das leis de Newton para gravitação universal, determinamos
a interação entre corpos celestes e com as leis de Kepler, estudamos as órbitas dos
planetas. Por meio das equações da hidrostática e hidrodinâmica analisamos as leis que
regem o movimento dos fluidos. Estudamos também o comportamento ondulatório
de ondas mecânicas em meios materiais, como ondas em cordas, e ondas sonoras.
93
3.1 Lei da gravitação de Newton
(3.1)
94
interações eletromagnéticas:
Embora conhecidas desde a Grécia antiga, a lei de forças entre duas partículas
carregadas só foi no século XVIII por Coulomb. Dadas duas partículas 1 (carga q1) e 2
(carga q2), separadas por uma distância r12 conforme a figura abaixo, temos
(3.2)
95
Como vimos, a interação gravitacional é a mais fraca dentre as quatro e, usualmente,
só se manifesta em escalas astronômicas. Por isso, a teoria da gravitação sempre esteve
ligada diretamente à história da astronomia, na qual, a evolução as ideias sobre o
sistema solar desempenhou um papel especialmente importante.
Nesse contexto, não podemos deixar de citar nomes como Ptolomeu, copérnico,
Tycho Brahe, Kepler, Galileu e Newton.
Forças gravitacionais são sempre atrativas e agem ao longo da linha juntando as
partículas 1 e 2. Elas formam um par ação-reação e, mesmo que a massa das partículas
sejam diferentes, apresentam o mesmo módulo. Desse modo, uma maça em queda
livre é atraída pela Terra de modo a acelerá-la com uma aceleração g 7 9, 8 m/s2,
enquanto a Terra é atraída pela maça. Como a massa da Terra é muito grande ( 1025
massa da maça), sua aceleração será muito pequena (810−25), por essa razão que não
a notamos.
É claro que a 3.1 foi escrita para massas puntiformes, o que está longe de ser uma
boa aproximação.
Porém, ela continua válida para corpos com distribuição esfericamente simétrica
de massa (desde que r12 seja maior que a soma dos raios dos corpos). Pictoricamente,
temos que
96
Quando os corpos não apresentam simetria esférica e não são pontuais, devemos
imaginá-los como uma distribuição de pequenos elementos (quando comparados à
distância entre os corpos) e, então, calcular as forças gravitacionais devidas a cada um
dos elementos. O princípio da superposição nos garante que a força total será a soma
de cada uma das contribuições. Para o caso de uma partícula e corpo estendido (figura
abaixo)
(3.3)
Vale notarmos que, em geral, g não coincide com o centro de massa do corpo. Além
disso g depende da posição do ponto p. Para dois corpos estendidos, em geral, não
podemos determinar um par de centros de gravidad; nem mesmo um em relação ao
outro (exceto quando os corpos estão muito distantes ou quando pelo menos um
deles é uma esfera simétrica). Mesmo que conheçamos a força resultante, sabemos
apenas a distância entre os centros de gravidade e não suas posições reais.
97
3.1.1 Leis de Kepler
(3.4)
ou (3.5)
98
Figura 3.4: Ilustração da órbita eliptíca de um planeta em torno do sol.
Agora mostramos que a lei da gravidade de Newton implica a terceira lei de Kepler
para o caso especial de uma órbita circular. Considere que um planeta se movendo
com velocidade v em uma orbita de raio r em torno do sol. A força gravitacional sobre
o planeta gerada pelo sol fornece a aceleração centrípeta . Aplicando a segunda lei
de Newton (F = ma) ao planeta dá
(3.6)
(3.7)
(3.8)
(3.9)
99
ou
(3.10)
100
Vamos agora analisar o circuito da figura acima do ponto de vista das transferências
de trabalho e energia. O dispositivo deve fazer uma quantidade de trabalho dW na
carga dq para forçá-lo a se mover dessa maneira.
(3.11)
Se dA/dt é constante, como Kepler disse, então significa que L também deve ser
constante - o momento angular é conservado. A segunda lei de Kepler é de fato
equivalente à lei de conservação do momento angular.
(3.12)
(3.13)
101
Considerando, ω = 2π/T , onde T é o período do movimento e, assim obtemos a
terceira lei de Kepler
(lei dos períodos) (3.14)
(3.15)
(3.18)
102
Usando o raio como , assim
(3.19)
(3.20)
(3.22)
(3.23)
-
sendo F chamada de força peso do corpo.
Um caso interessante é imginarmos um túnel através da Terra, como ilustrado
abaixo.
Um corpo de massa m atirado em queda livre neste túnel estaria sujeito a uma
força peso do tipo
(3.24)
103
m
Note que, neste caso idealizado, a força peso tem a mesma forma da Lei de Hooke
para o oscilador harmônico. Desse modo, espera-se que esse corpo oscile em torno
do centro da Terra com amplitude igual ao raio da Terra. Uma aplicação importante
da lei de gravitação de Newton é no estudo do movimento de órbitas circulares, visto
que muitos satélites artíficiais têm órbita aproximadamente circular em torno da terra.
Como ilustrado abaixo, a única força que age sobre um satélite em movimento circular
uniforme (velocidade constante) é a força de atração gravitacional.
104
Pela 2ª lei de Newton:
(3.25)
(3.26)
Para obter a equação acima, podemos integrar a expressão da lei de Newton para
gravitação universal de r até o infinito ∞
(3.27)
105
Outra fato é que podemos obter a força F a partir do potencia U
(3.28)
106
3.2 Fluidos
Fluídos têm um papel vital em muitos aspectos da vida diária. Nós bebemos e
respiramos fluídos; nadamos neles. Eles controlam o clima e também circulam por
nosso corpo. Também não podemos deixar de notar que aviões e barcos/navios
movem-se graças aos fluídos. Em contraste com sólidos, os fluidos são substâncias
que fluem. Além disso eles ocupam todo o volume no qual estão confinados (no caso
dos gases), moldando-se aos contornos do recipiente. Isso ocorre porque um fluido,
ao contrário de um sólido, não pode equilibrar uma força tangencial, por menor que
ela seja. Quando submetemos uma força tangencial, o fluido escoa, e permanece em
movimento equanto a força estiver sendo aplicada. Já um sólido, submetido a uma
força tangêncial sofre uma deformação em sua superfície até que a tensões internas
equilibrem a força externa. Como exemplo, considere a figura abaixo
Por meio dessa ilustração constatamos que um sólido tem maior resistência a uma
força de cisalhamento em relação a um fluido. A imagem abaixo mostra com detalhes
→
o que ocorre com o fluido Na figura percebemos que a força tangencial aplicada F,
gera um gradiente de velocidades onde ocorre um deslocamento laminar próximo a
placa móvel, movimentando o fluido com a mesma velocidade da placa de tal maneira
que ao se ditânciar da placa móvel a velocidade de deslocamento do fluido diminui.
107
→
Newton foi o primeiro a propor uma relação entre a força tangencial F e a viscosidade
η do fluido
(3.30)
108
graxa, com alta viscosidade, a relação (curva azul) entre a tensão e a deformação é,
inicialmente linear, porém quando aumentamos a tensão até um certo valor limite, a
formação entra em um regime plástico. Nesse caso a graxa apresenta resistência até
um valor específico de tensão, após esse limite sua propriedade resistiva desaparece,
perdendo assim sua função de proteger a por exemplo engrenagens.
No caso do regime dilatante, por exemplo a areia movediça, enquanto aumenta-
se a tensão, inicialmente com um pequeno incremento de tensão há uma resposta
considerável na deformação. Esse comportamento ocorre até um certo valor limite
de deformação, onde o aumento da tensão não provoca deformações conside- ráveis.
O fluido chegou a um limite de dureza, aumentando a tensão não há deformação
perceptivel. Ambos os casos, regime plástico e dilatante, são classificados como fluidos
não newtonianos.
109
Pela ilustração, vemos que a soma das forças na direção ẑ é dada por ∑ Fz = 0
p − (p + dp) − ρgdz = 0 (3.33)
dp = −ρgdz (3.34)
Desse modo, fica claro que, assumindo ρ como sendo constante, a diferença de
pressão entre os pontos z1 e z2 é ada por
(3.35)
(3.36)
110
Figura 3.16: Ilustração da pressão aplicada sobre a superfície e interior de um fluido.
111
Figura 3.18: Ilustração de um elevador hidráulico.
F1 = p1A1 (3.38)
F2 = p2A2. (3.39)
Pelo princípio de Pascal temos que p1 = p2 = p, de modo que
(3.40)
112
Multiplicando ambos os lados por A, temos
vale para qualque fluido em equilíbrio no campo gravitacional. Para um gás porém,
é preciso levar em conta a compressibilidade, ou seja, o fato que ρ varia com a pressão.
Se o gás está num recipiente de dimensões comparáveis à escala de laboratório, a
variação de pressão entreo fundo é desprezível, porque ρ é muito pequeno. Entretanto,
isto não vale para a atmosfera na escala de vários km. Para altitudes não muito elevadas
(<1 km), podemos desprezar a variação da temperatura com a altitude, supondo a
atmosfera isotérmica.
113
A temperatura constante, decorre da lei dos gases perfeitos que a densidade é
diretamente proporcional à pressão:
(3.45)
equação chamada de lei de Halley. Esta equação barométrica mostra que a pressão,
numa atmosfera istérmica, descreve exponencialmente com a altitude. cainda a
1/e ≈ 0,37 de seu valor inicial po para altitude z = 1/λ = po/ρog. Para o ar à temperatura
de 15ºC, a densidade ao nível do mar e à pressão de 1atm = 1,013 105 N/m2 é ρo
1,226 N/m3, o que daria 1/λ ≈ 8,4 km. Esta é a ordem de grandeza da altitude da
troposfera, a camada mais baixa da atmosfera.
114
Figura 3.20: Ilustração de uma linha de corrente em um fluido, exemplo do carro de fomula 1 em um
tunel de vento, as linha de fumaça em torno do veículo exibem as linhas de corrente.
115
Assim, vemos que o produto Av é sempre constante e e chamado de Vazão I = Av,
lembrando que esse resultado é obitido usando a aproximação para o caso em que não
há aceleração, ou seja a = 0, o movimento poder considerado como aproximadamente
constante. Em partícular, vemos que ρAv representa o fluxo de massa por unidade de
tempo. De maneira geral, podemos escrever esse resultado como dV/dt = Av, sendo V
o volume do fluido.
Problema
A Figura mostra que o jato de água que sai de uma torneira fica progressivamente
mais fino durante a queda. As áreas das se- ções retas indicadas são A0 = 1,2 cm2 e A =
0,35 cm2. Os dois níveis estão separados por uma distância vertical h = 45 mm.
(a) Qual é a vazão da torneira?
(b) Qual o intervalo d tempo que o elemento de fluido leva para percorrer a
distância vertical h?
116
3.2.6 Equação de BERNOULLI
Podemos mostrar de modo mais elegante os resultados das equação 3.49, que são
casos partículares da conservação da massa durante um escoamento. Outra forma
de analisarmos o escoamento de fluidos é por meio do teorema trabalho - energia
cinética em uma seção de um tubo, como ilustrado abaixo
Em um intervalo de tempo dt, o fluido que está a mover-se até b(dS1) devido a uma
força F1. Ao mesmo tempo, o fluido que está em C move-se até d(dS2) sujeito à força
F2. Desse modo, temos que
dW = F1dS1 − F2dS2 (3.50)
Sendo o sinal negativo (-) devido a F2 se opor a direção do movimento.
dW = p1A1dS1 − p2A2dS2 (3.51)
Como estamos considerando um fluido incompressível, AidSi = dV (i = 1, 2). Logo,
temos que
dW = (p1 − p2)dV (3.52)
Não podemos deixar de notar que a força peso também realiza trabalho sobre o
fluido. Como dmi = ρdV (i = 1, 2), a variação da energia potencial gravitacional do
fluido no intervalo de tempo dt é dada por
dU = ρdVg(z2 − z1) (3.53)
117
Por outro lado a variação da energia cinética durante o processo é
(3.54)
O teorema trabalho-energia cinética afirma que
dW = dk + dU (3.55)
Usando as equações 3.51, 3.52, 3.53, 3.54, obtemos
(3.56)
(3.57)
(3.58)
Vale notarmos que a equação de Bernoulli só é válida para fluidos ideais. Entretanto,
apesar de fluidos perfeitos não existirem, os efeitos de viscosidade (entre outros
fenômenos dissipativos) podem ser desprezados. Desse modo, a equação de Bernoulli
tem várias aplicações práticas, como no estudo de escoamento através de restrições
especiais, jatos e na descarga de reservatórios. Em partícular podemos fazer mum
rápido exemplo dessa ultima aplicação. imaginemos um tanque de água suspenso
(como ilustrado abaixo) com um orifício na sua base.
118
Aplicando a equação de Bernoulli na forma da eq. 3.57 obtemos
(3.59)
Note que é a mesma velocidade de um corpo em queda livre após cair de uma altura h.
Esse resultado foiobtido por Torricelli em 1636.
A equação de continuidade e a equação de Bernoulli fazem parte de um cenário mais
geral: as equações de Euler para a dinâmica de fluidos. Sua forma geral é (na forma
conservativa).
(3.60)
em que m¯ , f¯x, f¯y e f¯z são vetores em 5 dimensões envolvendo a massa, as três
componenentes do momento linear e a energia.
Apesar de matematicamente complexas, as equações de Euler governam apenas
o fluxo de fluidos ideias. Para além desses, é necessário apelarmos para o conjunto
das equações de Navier-Stokes. O cenário matemático torna-se tão complicado
que, até hoje, não foi comprovado a existência de soluções nem a inexistência de
singularidades. Esse problema é um dos sete problemas do milênio, cuja a solução ou
o contra – exemplo vale US$ 1.000.000.
119
3.3 Oscilações Mecânicas
Uma classe de movimento que se repete ao longo do tempo, de maneira ordenada
ou não, é geralmente chamada de oscilação. À primeira vista, isso parece um caso
muito estranho de movimento. Um pêndulo desviado da posição de equilíbrio e
depois liberado provê um exemplo de oscilações livres, em que o sistema, após criar a
configuração inicial, não está sujeito a forças oscilantes externas, criando seu próprio
período de oscilação determinado pelos parâmetros que o caracterizam.
(3.61)
120
do tempo. Agora, escolha arbitrariamente uma função de cosseno e desenho ou
deslocamento (ou posição acima) da partícula no diagrama.
x(t) = xm cos(ωt + φ ) (3.62)
121
Figura 3.25: Diagrama de movimento harmônico simples.
122
A função cosseno primeiro se repete quando seu argumento (a fase, lembre-se)
aumentou 2p rad.
(ωt + T ) = ωt + 2π (3.64)
ou ωT = 2π
Assim, a frequência angular é
(3.65)
(3.66)
(3.67)
A velocidade depende do tempo porque a função seno varia com o tempo, entre
os valores de 1 e 1. As grandezas em frente à função seno determinam a extensão da
variação na velocidade, entre + vx e -vx.
123
Figura 3.27: Gráfico do deslocamento, velocidade e aceleração em função do tempo.
(3.68)
(3.69)
124
Estamos de volta a uma função cosseno, mas com um sinal de menos na frente.
Nós sabemos a broca até agora. A aceleração varia porque a função cosseno varia com
o tempo, entre 1 e 1. A variação na magnitude da
aceleração é ajustada pela amplitude de aceleração am, que é o produto ω2xm
que multiplica a função co-seno.
(3.71)
125
Trata-se de um objeto de massa m presa a uma mola que lhe impõe uma força
restauradora da ordem de F¯ = kxxˆ. Vamos medir a posição do obejto em relação ao
ponto que a mola não está nem comprimida e nem esticada. (na situação em que o
objeto permance em repouso caso parta daquela posição). A experiência nos afirma
que se esticarmos a mola aplicando uma força ao objeto, sentiremos uma força na
direção oposta puxando a mola. O pesquisador Hooke insvestigou detalhadamente
esse problema e obeservou que a força
exercida pela mola pode ser bem descrita por uma função linear nos casos em que a
mola não deforma e quando as compressões/alongamentos da mola não tão grandes,
isto é, Hooke propos que
|F̄ | = −K |x̄|. (3.72)
de modo que para x > 0 a força aponta na diração dos valores negativos de x e para
x < 0 ela aponta na direção dos valores positivos de x. Essa é a chamada lei de Hooke.
Nessas condições e assumindo que o atrito é despresível, a segunda lei afirma que:
(3.73)
Essa é a chamada equação do oscilador harmonico. Sua solução passa por imaginarmos
uma função para representar x(t) a qual derivada duas se mantem proporcional a ela propria.
Sabemos que as únicas funções com essa propriedade são o seno e cosseno. Logo, usando o
princípio de superposição, a solução deve ser daforma:
x(t) = A cos(ωt) + B sin(ωt). (3.74)
(3.75)
126
logo,
x(t) = Acos(ωt); (3.76)
usando x(0) = xo temos que A = xo. Assim,
x(t) = xo cos(ωt). (3.77)
Para obter o valor de ω devemos derivar a equação anterior e substituir na
segunda lei, ou seja
(3.78)
logo,
(3.79)
(3.80)
127
Aqui, é a chamada frequência angular do oscilador harmônico. O esboço
da trajetória é mostrado abaixo (figura 3.29):
Notamos que o objeto vai oscilar em torno da posição x = 0 com a aplitude máxima
igual a xo. Uma vez que F = −kx = −dU/dx, temos que a energia potencial elástica da
mola é
(3.81)
(3.82)
(3.83)
(3.84)
128
Ou seja, a energia mecânica total se conserva, como deveria ser. Em partícular o
comportamento de T e U ao longo do tempo e de x está ilustrado na figura abaixo:
129
com a aceleração tangencial escrita em função do ângulo θ , ou seja, →at = l d2θ/dθ .
2
(3.86)
podemos resolver essa equação diferencial, considerando que o ângulo θ é muito
pequeno (θ 1) podendo ser válida até θ ≈ 15o, podemos escrever, sin θ ≈ θ , ou seja
(3.87)
(3.89)
130
3.4 Pulsos de ondas
x' = x − vt (3.90)
131
3.4.1 Comprimento de onda e frequência
132
3.4.2 Amplitude e Fase
133
3.4.3 Comprimento de Onda e Número de Onda Angular
O comprimento de onda λ da onda é a distância. (paralelo à direção da onda durante a
repetição da forma de onda. (ou forma de onda). Os comprimentos de onda típicos estão
marcados na figura acima. que é um instantâneo da onda no tempo t = 0. Para descrever a
forma de onda,
y(x, 0) = ym sin kx. (3.93)
Por definição, o deslocamento y é o mesmo em ambas as extremidades deste
comprimento de onda que é, at x = x1 e x = x1 + λ .
ym sin kx1 = ym sin k(x1 + λ )
= ym sin k(x1 + kλ ). (3.94)
Uma função senoidal começa a se repetir quando seu ângulo (ou argumento) é
aumentado em 2p rad, portanto, devemos ter kλ = 2π, ou
134
3.4.4 Ondas em cordas
Abaixo está uma demonstração de como gerar impulso empurrando a corda
esticada para cima e para baixo com uma lâmina oscilante.
f = 1/T e v=λf
Por outro lado, se efetuarmos vibrar a fonte das ondas em um simples movimento
harmônico, podemos dizer muito mais sobre as ondas construídas. Cada elemento
segue o movimento da lâmina, de modo que cada elemento da corda também vibra
em movimento harmônico simples. Portanto, cada elemento pode ser tratado como
um oscilador harmônico simples que vibra em uma frequência igual à frequência de
vibração da lâmina. Espionam que, embora cada elemento oscila na direção y, a onda
viaja na direção x com velocidade v.
135
Você pode usar essa expressão para descrever o movimento de elementos de corda. Um
elemento em um ponto só se move verticalmente, então a coordenada x permanece constante.
Consequentemente, a velocidade transversal vy (não confundir com a velocidade da onda v)
é dada pela equação diferencial parcial
136
Figura 3.36: Derivação da equação da onda.
FT = 2Tθ
O elemento possui massa m = µ∆s. Uma vez que o elemento faz parte de um círculo
e subtende um ângulo 2θ no centro, ∆s = r(2θ) assim
m = µ∆s = 2µRθ
137
Aplicando a segunda lei de Newton a esse elemento na direção radial, obtemos
Energia cinética
Um elemento de corda de massa dm que realiza vibrações transversais em um
movimento harmônico simples à medida que uma onda trespassa por ele. Existe uma
energia cinética relacionada com a velocidade transversal → u. Quando um elemento
passa pela posição y = 0 (elemento b na figura abaixo), a velocidade lateral e, portanto,
a energia cinética estarão no seu máximo. Quando o elemento está em sua posição
extrema, y = ym (como em a), sua velocidade de movimento – portanto, energia
cinética – é zero.
138
Energia Elástica Potencial
Para enviar uma onda senoidal ao longo de uma corda previamente reta, a onda
deve necessariamente esticar a corda. Como um elemento de corda de comprimento dx
oscila transversalmente, seu comprimento deve aumentar e diminuir periodicamente
para que o elemento de corda se ajuste à forma de onda senoidal. A energia potencial
elástica está associada a essas mudanças de comprimento.
139
Como os ângulos são pequenos, podemos usar a aproximação de ângulo pequeno sin
θ tan θ para expressar a força líquida como
Fy ≈ T (tan θB − tan θA)
Imagine um deslocamento incrivelmente pequeno para fora do final do elemento
da corda na direção da força T . Este deslocamento tem componentes infinitesimais x e
y e pode ser representado pelo vetor dx · iˆ+ dy · jˆ. A tangente do ângulo em relação ao
eixo x para este deslocamento é . Como estamos avaliando essa tangente em um
determinado instante de tempo, precisamos expressar isso em derivadas parciais ∂y .
Substituindo este para a equação de força acima, obtemos
Aplicando a segunda lei de Newton ao elemento, com a massa dada por m = µ∆x
dá
Se nós associarmos f (x +∆x) com (∂y/∂x)B e f (x) com (∂y/∂x)A percebemos que, no limite
que ∆x P 0, temos
140
Esta é a equação de onda linear, uma vez que se aplica a ondas em uma corda.
Esta é uma equação diferencial parcial de segundo orden, e está além do alcance
deste documento oferecer métodos para encontrar suas soluções gerais. No entanto,
podemos mostrar que a função de onda sinusoidal representa uma solução da
equação de onda linear. Tomando a equação
y(x, t) = A sin(kx − ωt)
os derivados apropriados são
Essa equação deve ser verdadeira para todos os valores de x e t para que a função
de onda sinusoidal seja uma solução da equação de onda. Nós temos uma identidade
(lado esquerdo = lado direito) desde que
141
A equação de onda linear é frequentemente escrita na forma
Muitas vezes acontece que duas ou mais ondas passam simultaneamente pela
mesma região. Quando ouvimos um concerto, por exemplo, ondas sonoras de vários
instrumentos caem simultaneamente em nossos tímpanos. Os elétrons nas antenas
de nossos receptores de rádio e televisão são acionados pelo efeito de rede de muitas
ondas eletromagnéticas de diferentes centros de transmissão.
Pressupor que duas ondas se propaguem simultaneamente ao longo da mesma
linha esticada. Sejam y1(x, t) e y2(x, t) o deslocamento que a corda terá se cada onda
viajar sozinha. O deslocamento da corda quando as ondas se sobrepõem são iguais à
soma algébrica.
y'(x, y) = y1(x, y) + y2(x, y) (3.96)
142
Este somatório de deslocamentos ao longo da corda significa que “Ondas
sobrepostas algebricamente adicionam para produzir uma onda resultante (ou onda
líquida).”
A figura mostra uma sequência de instantâneos de dois pulsos viajando em direções
opostas na mesma corda esticada. Quando os pulsos se sobrepõem, o pulso resultante é
sua soma. Este é outro exemplo do princípio da superposição, que diz que quando vários
efeitos ocorrem simultaneamente, seu efeito líquido é a soma dos efeitos individuais.
“Ondas sobrepostas não alteram de forma alguma a trajetória uma da outra.“
Ondas padrão
Duas ondas senoidais de igual comprimento e amplitude se move na mesma direção
ao longo de uma corda estendida. E se eles se moverem na direção oposta? Podemos
encontrar ondas recorrentes usando o princípio da superposição.
A figura a seguir mostra graficamente a situação. Revela duas ondas combinadas. onde
uma onda se move para a esquerda na figura acima (a) e a outra para a direita na figura
acima (b) na figura acima (c), a soma obtida pela superposição é mostrada.
Se duas ondas senoidais de mesma amplitude e comprimento de onda viajam em
direções opostas ao longo de uma corda esticada, a interferência entre elas produz uma
onda estacionária. Padrões de onda como o da figura acima (c) são chamados de ondas
estacionárias porque os padrões de onda não se movem para a esquerda ou para a direita.
As localizações dos máximos e mínimos não mudam.
Para analisar uma onda estacionária, representamos as duas ondas com as equações
y1(x, t) = ym sin(kx − ωt) (3.97)
143
Figura 3.39: Ilustração do fenômeno de interferência de ondas.
e
y2(x, t) = ym sin(kx + ωt) (3.98)
O princípio da superposição dá, para a onda combinada,
y'(x, t) = y1(x, t) + y2(x, t) = ym sin(kx − ωt) + ym sin(kx + ωt) (3.99)
Aplicando a relação trigonométrica da Eq. 16-50 leva à Fig. 16-18 e
y'(x, t) = (2ym sin kx) cos ωt. (3.100)
A quantidade 2ym sin kx entre parênteses da equação acima pode ser imaginada
como a amplidão de oscilação do elemento da corda localizado na posição x. No
entanto, como uma amplidão é sempre positiva e sin kx pode ser negativa, tomamos
o valor absoluto da quantidade 2ym sin kx como a amplidão em x.
Na senóide móvel A amplidão da onda é a mesma para todos os elementos da
corda. Isso não é verdade para uma onda estacionária, onde a amplidão varia com
a posição. Na onda estacionária, por exemplo, a amplidão é zero para valores de kx
dando sin kx = 0.
kx = nπ, para n = 0, 1, 2, ... (3.101)
Substituindo k = 2pi/λ nesta equação e rearranjando, obtemos
144
É a posição do centro de amplitude - o nó - para a onda estacionária. Miram que os
nós vizinhos são separados por meio comprimento de onda λ/2.
A amplitude da onda estacionária tem um valor máximo de 2ym, o que ocorre para
valores de kx dando |sin kx| = 1. Esses valores são
(3.103)
2 2 (3.104)
(3.105)
Ondas e Ressonância
Considere uma corda, como uma corda de violão, que é esticada entre dois
grampos. Quando a onda atinge a extremidade direita, ela reflete e começa a viajar
de volta para a esquerda. A nova onda refletida começa a se deslocar para a direita,
sobrepondo-se às ondas que vão para a esquerda e para a direita.
145
Deixe o fio ser puxado entre dois clipes, separados por uma distância fixa, L. Para
encontrar a expressão para a frequencia de ressonância de uma corda Percebemos que deve
haver um nó em cada extremidade. Porque cada extremidade é fixa e não pode vibrar. A forma
mais simples que atende a esse requisito fundamental está na figura acima (a), que mostra uma
corda sob forte deslocamento. (Um sólido e um traço juntos formam um “loop”.). Há apenas um
antinó no meio da corda. Miram que meio comprimento de onda mede o comprimento
L. Seja este o comprimento da corda. Então, neste modelo λ/2 = L. Essa condição
diz que se as ondas que viajam para a esquerda e para a direita criam esse padrão por
interferência, elas devem ter um comprimento de onda de λ = 2L.
Um segundo padrão simplificado que atende aos requisitos para nós de extremidade
fixa é mostrado na
ilustração (b). Esse padrão tem três nós e dois antinós e é chamado de padrão
de duas voltas. Para que as ondas esquerda e direita coincidam, elas devem ter um
comprimento de onda lambda = L. Um terceiro padrão é mostrado na figura (c). Tem
quatro nós, três antinós e três voltas, e o comprimento de onda é λ = 2L. Pudemos
continuar a progredir projetando esquemas cada vez mais complicados. A cada passo
da progressão
o padrão teria um nodo e barriga a mais do que o passo anterior, e um λ/2 adicional
seria ajustado para a distância L.
Assim, uma onda estacionária pode ser configurada em uma cadeia de comprimento
L por uma onda com um comprimento de onda igual a um dos valores
para n = 1, 2, 3, . . . (3.106)
146
A frequencia de ressonância é um múltiplo inteiro da frequencia de ressonância
mais baixa f = (v/2)L e corresponde a n = 1. O modo de vibração com a frequência
mais baixa é chamado de harmônico fundamental ou modo de primeiro harmônico..
O segundo harmônico é o modo de oscilação com n = 2, o terceiro harmônico é o
modo de oscilação com n = 3, e assim por diante. As frequências associadas a esses
modos são muitas vezes referidas como f 1, f 2, f 3, etc. A coleção de todos os jeitos
vibracionais possíveis é chamada de série harmônica, e n é chamado de enésimo
número harmônico.
147
3.5 Velocidade do Som
Ondas mecânicas são ondas que requerem um meio material. Neste livro, as ondas
sonoras são mais ou menos definidas como ondas longitudinais. Equipes sísmicas
usam essas ondas para explorar a crosta terrestre e procurar petróleo. Os submarinos
usam ondas sonoras para ouvir sons característicos produzidos principalmente por
sistemas de propulsão e rastrear outros submarinos.
(3.108)
(3.109)
148
Aqui ∆V /V é a mudança fracionária no volume produzido por uma mudança na
pressão ∆p.
(3.110)
A densidade da água é quase 1000 vezes maior que a densidade do ar. Se este
fosse o único fator relevante, esperaríamos que a velocidade do som na água fosse
consideravelmente menor do que a velocidade no ar. Concluímos que o módulo de
volume da água deve ser mais de 1000 vezes o do ar. Este é realmente o caso.
149
Pressão. À medida que a onda se move, a pressão do ar em qualquer posição x na
na figura acima (a) varia sinusoidalmente, como demonstramos a seguir. Para descrever
essa variação, escrevemos
∆p(x, t) = ∆pm sin(kx − ωt) (3.112)
∆p(x, t) = (vρω)sm. (3.113)
150
3.7 Intensidade e Nível Sonoro
A intensidade I de uma onda sonora em uma superfície é a taxa média por unidade
de área na qual a energia é transferida pela onda através ou para a superfície. Podemos
escrever isso como intensidade I/I. intensidade I é a quantidade de energia transferida
por uma onda através de uma superfície.
(3.114)
(3.115)
onde 4πr2 é a área da esfera. Esta equação nos diz que a intensidade do som de
uma fonte pontual isotrópica diminui com o quadrado da distância r da fonte.
151
3.7.1 A escala de decibéis
A amplitude de deslocamento no ouvido humano varia de 10−5 m para o som mais
alto e tolerável a cerca de 10−11 m para o som mais fraco detectável, uma relação de
106. Vemos que a intensidade de um som varia como o quadrado de sua amplitude,
de modo que a proporção de intensidades nesses dois limites do sistema auditivo
humano é 1012. Os humanos podem ouvir sobre uma enorme gama de intensidades.
Nós lidamos com uma enorme gama de valores usando logaritmos. Considere a
relação
y = log x, (3.116)
em que x e y são variáveis. É uma propriedade dessa equação que, se multiplicarmos
x por 10, então y aumenta em 1. Para ver isso, escrevemos
y' = log(10x) = log 10 + log x = 1 + y. (3.117)
Da mesma forma, se multiplicarmos x por 1012, y aumentará apenas 12.
Assim, em vez de falar da intensidade I de uma onda sonora, é muito mais
conveniente falar de seu nível sonoro β , definido como
(3.118)
152
3.8 O efeito Doppler
Uma onda sonora é definida mais ou menos como qualquer onda longitudinal.
Equipes de prospecção sísmica usam essas ondas para sondar a crosta terrestre
em busca de petróleo. Os submarinos usam ondas sonoras para perseguir outros
submarinos, principalmente ouvindo os ruídos característicos produzidos pelo sistema
de propulsão.
O efeito Doppler não se aplica apenas às ondas sonoras, mas também às ondas
eletromagnéticas, incluindo micro-ondas, ondas de rádio e luz visível. Tomaremos
como referência o corpo de ar pelo qual essas ondas viajam. Isso significa que vamos
medir as velocidades de uma fonte S de ondas sonoras e de um detector D dessas
ondas.
Efeito Doppler geral (3.119)
153
onde v é a velocidade do timbre no ar vD é a velocidade do detector em relação ao ar
e vS é a velocidade da fonte em relação ao ar A escolha de um sinal de mais ou menos é
determinada por esta regra:
“Quando o movimento do detector ou fonte está na direção do outro, o sinal em sua
velocidade deve dar um deslocamento para cima na freqüência. Quando o movimento do
detector ou fonte está longe do outro, o sinal na sua velocidade deve dar uma mudança
descendente na frequência. “
154
SAIBA MAIS
Para uma análise adicional sobre o conteúdo, podemos acessar o link de simulação do Phet
colorado sobre eletrostática. Por exemplo o de simulação em circuitos elétricos:
força gravitacional e ondas https://phet.colorado.edu/en/simulations/gravity-force-lab-
basics https://phet.colorado.edu/en/simulations/waves-intro
PENSE NISSO
Na seção sobre fluidos, uma quantidade importante, é a viscosidade, que mede como
diferentes partes do fluido se comporta quando escoa, por exemplo, por um tubo. Assim
podemos analisar diferentes classes de fluidos em função da sua viscosidade, desde gases,
até líquidos extremamente viscosos, como por exemplo piche para fazer asfalto.
SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Tópicos de física, Helou, Gualter, Newton
Autor: José Biscuola, Newton Villas Bôas.
Editora: SARAIVA
155
Conclusão
Nesta unidade abordamos as propriedades mecânicas da matéria. Iniciando pela interação
gravitacional, regida pela lei de Newton para gravitação, também a energia potencial
gravitacional. Seguindo estudamos as características dos fluidos quanto a hidrostática, e
hidrodinâmica. Finalizando com o estudo das ondas mecânicas em meios materiais, e
ondas sonoras.
156
UNIDADE 4
FENÔMENOS
TÉRMICOS
INTRODUÇÃO
Nesta unidade estudaremos os principais fenômenos térmicos e como podem ser descritos
em função das leis da termodinâmica. Iniciando com o estudo da transição de energia térmica
em gases e líquidos, por meio da quantidade de calor e energia interna desses sistemas
termodinâmicos.
158
4.1 Teoria Cinética dos Gases
Ideias Chave
A teoria cinética dos gases relaciona as propriedades macroscópicas dos gases (por
exemplo, pressão etemperatura) com as propriedades microscópicas das moléculas
de gás (por exemplo, velocidade e energiacinética).
Uma mole de uma substância contém unidades elementares de NA (número
de Avogadro) (geralmente átomos ou moléculas), onde NA é encontrada
experimentalmente como sendo
NA = 6,02 × 1023mol−1 Número de Avogrado
Uma massa molar M de qualquer substância é a massa de uma mole da substância.
Um mol está relacionado com a massa m das moléculas individuais da substância
por
M = mNA (4.2)
O número de moles n contidos em uma amostra de massa Msam, consistindo de
moléculas N, está relacionado à massa molar M das moléculas e ao número NA de
Avogadro dado por
(4.3)
A teoria cinética dos gases relaciona o movimento dos átomos ao volume, pressão
e temperatura do gás. As aplicações da teoria cinética são incontáveis. Os engenheiros
de alimentos estão preocupados com a taxa na qual o gás de fermentação é produzido,
o que faz com que o pão cresça enquanto assa. Engenheiros médicos e fisiologistas
estão preocupados em calcular quanto tempo um mergulhador deve parar durante a
subida para limpar o gás nitrogênio.
159
Quando nosso pensamento é inclinado em direção a átomos e moléculas, faz
sentido medir os tamanhos de nossas amostras em moles. Se fizermos isso, podemos
ter certeza de que estamos comparando amostras que contêm o mesmo número de
átomos ou moléculas. A toupeira é uma das sete unidades básicas do SI e é definida
da seguinte forma:
Uma mole é o número de átomos em uma amostra de 12 g de carbono-12.
160
A massa M de 1 mol é o produto da massa m de uma molécula e o número de
moléculas NA em 1 mol:
M = mNA. (4.7)
Ideias Chave
Um gás ideal é aquele para o qual a pressão p, o volume V e a temperatura T são
relacionados por
pV = nRT Equação de estado, gás ideal (4.8)
Aqui n é o número de moles do gás presente e R é um constante (8,31J/mol K)
chamada constante de gás.
A lei dos gases ideais também pode ser escrita como
pV = nKT (4.9)
onde a constante de Boltzmann k é
(4.10)
161
4.1.3 Gases ideais
Experimentadores descobriram que, se confinarmos 1 mol de amostras de vários
gases em caixas de volume idêntico e mantivermos os gases na mesma temperatura,
suas pressões medidas serão quase as mesmas. Outros experimentos mostram que,
em densidades suficientemente baixas, todos os gases reais tendem a obedecer à
relação.
pV = nRT equação de estado (4.12)
(4.14)
Isso nos permite escrever R = k/NA. Então, com (n = N/NA), vemos que
nR = Nk (4.15)
Substituindo isto na expressão para a lei dos gases ideais obtemos:
pV = NkT (4.16)
O conceito de gás ideal nos permite obter informações úteis sobre o comportamento
limitante de gases reais. Embora não exista na natureza um gás verdadeiramente ideal,
todos os gases reais se aproximam do estado ideal em densidades suficientemente
baixas. Usando essa lei, podemos deduzir muitas propriedades do gás ideal de maneira
simples.
162
Trabalho realizado por um gás ideal a temperatura constante
Uma isotérmica é uma curva que conecta pontos que têm a mesma temperatura.
É um gráfico de pressão versus volume para um gás cuja temperatura T é mantida
constante. Para n mols de um gás ideal, é o gráfico da equação para expansão
isotérmica.
(4.17)
Para encontrar o trabalho feito por um gás ideal durante uma expansão isotérmica,
começamos com a equação do trabalho,
(4.18)
esta é uma expressão geral para o trabalho realizado durante qualquer mudança
no volume de qualquer gás. Para um gás idela, podemos usar a Eq. (pV = nRT)
(4.19)
Porque estamos considerando uma expansão isotérmica, T é constante, então
podemos movê-lo na frente do sinal integral para escrever
(4.20)
Para uma expansão, Vf é maior que Vi, então a relação Vf / Vi na equação acima é
maior que a unidade.
163
4.1.4 Trabalho feito em volume constante e em pressão constante
A Equação anterior não fornece o trabalho W feito por um gás ideal durante todo
processo termodinâmico.
Em vez disso, dá o trabalho apenas para um processo em que a temperatura é
mantida constante.
Como um processo de volume constante e um processo de pressão constante.
Se o volume do gás é constante, então
Ideias Chave
O calor específico molar CV de um gás a volume constante é definido como
(4.24)
em que Q é a energia transferida como calor para ou de uma amostra de n moles do
gás, ∆T é a resultante mudança de temperatura do gás, e ∆Eint é a mudança resultante
na energia interna do gás.
Para um gás monatômico ideal,
(4.25)
(4.26)
164
Para n moles de um gás ideal,
Eint = nCV T (4.27)
(4.29)
A energia interna Eint de um gás ideal é função apenas da temperatura do gás, não
depende de nenhuma outra variável. agora podemos derivar uma expressão para o
calor específico molar de um gás ideal. Na verdade, devemos derivar duas expressões.
Um é para o caso em que o volume do. gás permanece constante à medida que a
energia é transferida para ou a partir dele como calor. O outro é. para os casos em que
a pressão do gás permanece. constante à medida que o calor é transferido.
165
4.1.7 Calor Específico em Volume Constante
(4.33)
(4.34)
166
Essa equação nos diz:
Uma mudança na energia interna Eint de um gás ideal confinado depende apenas
da mudança na tempera- tura, e não do tipo de processo que produz a mudança.
167
4.2 Leis da Termodinâmica
4.2.3 Temperatura
Quando o universo começou há 13,7 bilhões de anos, sua temperatura era de 1039
K. À medida que o universo se expandia, ele esfriava e agora atingiu uma temperatura
média de cerca de 3 K. Nós na Terra somos um pouco mais quentes do que isso. porque
vivemos perto de uma estrela.
168
Colocamos o corpo T próximo ao corpo B (figura abaixo( b )) e descobrimos que
ambos os objetos atingem o equilíbrio térmico na mesma leitura do termômetro.
Portanto, os corpos T e B devem ter a mesma temperatura (ainda não conhecida).
Se agora deitamos os objetos A e B próximos um do outro (Ilustração abaixo( c )), eles
estarão em equilíbrio térmico imediatamente? Por experiência, descobrimos que são.
O fato experimental mostrado discutido é resumido na lei zero da termodinâmica:
Se os corpos A e B estão em equilíbrio térmico com um terceiro corpo T, (4.41)
então A e B estão em equilíbrio térmico um com o outro.
169
4.2.4 A escala Celsius e a escala Fahrenheit
A escala Celsius é a escala de escolha para uso popular e comercial e muito uso
científico. As temperaturas Celsius são medidas em graus e o grau Celsius é do mesmo
tamanho que o Kelvin. Se TC representa uma temperatura Celsius e T representa um
Kelvin, então T é um grau Celsius.
TC = T − 273,15o (4.42)
Ao expressar temperaturas na escala Celsius, o símbolo de grau é comumente
usado. Então escrevemos 20,00 C para uma leitura Celsius, mas 293,15 K para uma
leitura Kelvin. Você pode verificar facilmente essas duas diferenças examinando um
termômetro de sala comum no qual ambas as escalas estão marcadas.
(4.43)
170
4.2.5 Expansão Térmica
Muitas vezes, você pode afrouxar uma tampa metálica apertada segurando-a sob
uma corrente de água quente. Tanto o metal da tampa quanto o vidro do frasco se
expandem à medida que a água quente aumenta a energia dos átomos. À medida que
os átomos de metal se afastam mais do que os átomos de vidro, a tampa se expande
mais do que a garrafa.
Expansão Linear
Se a temperatura de uma barra de metal de comprimento L é aumentada em uma
quantidade T, seu comprimento aumenta em uma quantidade
∆L = Lα∆T, (4.46)
Expansão Volumétrica
AS dimensões de um sólido se expandem com a temperatura então o volume do
sólido também deve se expandir. No caso de líquidos, a expansão de volume é o único
parâmetro de expansão significante. Se a temperatura de um sólido ou líquido com
volume V for aumentada em uma quantidade T, o volume aumentará em
∆V = Vβ ∆T, (4.47)
171
onde β é o coeficiente de expansão de volume do sólido ou líquido. Os coeficientes
de expansão de volume e expansão linear para um sólido são relacionados
β = 3α (4.48)
O líquido mais comum, a água, não se comporta como outros líquidos. Acima de
4 C, a água se expande à medida que a temperatura aumenta, como seria de esperar.
Entre 0 e cerca de 4 C, no entanto, a água se contrai com o aumento da temperatura.
Esse comportamento da água é o motivo pelo qual os lagos congelam de cima para
baixo e não de baixo para cima.
172
Somos levados então a essa definição de calor:
O calor é a energia transferida entre um sistema e seu ambiente devido a
uma diferença de tempe-ratura que existe entre eles.
Língua. Lembre-se de que a energia também pode ser transferida entre um sistema
e seu ambiente como trabalho W através de uma força atuando em um sistema. Calor
e trabalho, ao contrário da temperatura, pressão e volume, não são propriedades
intrínsecas de um sistema. Eles só têm significado quando descrevem a transferência
de energia para dentro ou para fora de um sistema. Da mesma forma, a frase “uma
transferência de RS 600,00”tem significado se descreve a transferência para ou de uma
conta, não o que está na conta, porque a conta contém dinheiro, não uma transferência.
Unidades. Antes de os cientistas perceberem que o calor é energia transferida, o
calor foi medido em termos de sua capacidade de elevar a temperatura da água. Assim,
a caloria (cal) foi definida como a quantidade de calor que aumentaria a temperatura
de 1g de água de 14,5 C para 15,5 C. No sistema britânico, a unidade correspondente
de calor era a unidade térmica britânica (Btu), definida como a quantidade de calor
que elevaria a temperatura de 1 libra de água de 63 F a 64 F.
Em 1948, a comunidade científica decidiu que, como o calor (como o trabalho)
é transferido de energia, a unidade do SI para o calor deveria ser a que usamos para
energia - ou seja, o joule. A caloria agora é definida como 4,1868 J (exatamente), sem
referência ao aquecimento da água. (A “caloria” usada na nutrição, às vezes chamada
de Caloria (Cal), é na verdade uma quilocaloria.) As relações entre as várias unidades
de calor são
1 cal = 3,968 × 10−3 Btu = 4,1868 J. (4.49)
173
4.2.7 Absorção de calor por sólidos e líquidos
Capacidade térmica
A capacidade calorífica C de um objeto é a constante de proporcionalidade entre o
calor Q que o objeto absorve ou perde e a temperatura resultante muda T do objeto;
isso é,
Q = C∆T = C(Tf − Ti), (4.50)
A capacidade de aquecimento C tem a unidade de energia por grau ou energia
por kelvin. A transferência de calor pode prosseguir sem limites, desde que a diferença
de temperatura necessária seja mantida. A palavra “capacidade” neste contexto é
realmente enganosa, na medida em que sugere uma analogia com a capacidade de
um balde de reter água. Também podemos escrever como 179 cal / K ou 749 J / K.
Calor específico
É conveniente definir uma “capacidade de calor por unidade de massa” ou calor
específico c que não se refere a um objeto, mas a uma massa unitária do material do
qual o objeto é feito.
Q = cm∆T = cm(Tf − Ti), (4.51)
Por meio da experiência, descobriríamos que, embora a capacidade de calor de
uma laje de mármore particular possa ser de 179 cal / C (ou 749 J / K), o calor específico
do próprio mármore (nessa laje ou em qualquer outro objeto de mármore) é 0,21 cal
/g C(ou 880 J / kg K).
Do modo como a caloria e a unidade térmica britânica foram inicialmente definidas,
o calor específico da água é
c = 1 cal/g · Co = 1, Btu/lb · Fo = 4,1868 J/kg · K. (4.52)
174
Calor específico Molar
Em muitos casos, a unidade mais conveniente para especificar a quantidade de
uma substância é a mole (mol),
1 mol = 6,02 × 1023 unidades elementares
onde de qualquer substância. Assim, 1 mol de alumínio significa 6,02x1023 átomos
(o átomo é a unidade elementar), e 1 mol de óxido de alumínio significa 6,02x1023
moléculas.
Quando as quantidades são expressas em moles, os calores específicos também
devem envolver mols (em vez de uma unidade de massa); eles são chamados de
aquecedores específicos de molares.
Transferência de Calor
A energia é absorvida como calor por um sólido ou líquido, a temperatura da
amostra não aumenta necessariamente. A matéria pode existir em três estados comuns:
No estado sólido, as moléculas em uma amostra estão presas em uma estrutura muito
rígida por sua atração mútua. No estado líquido, as moléculas têm mais energia e se
movem mais.
Vaporizar um líquido significa mudá-lo do estado líquido para o estado de vapor
(gás). Esse processo, como a fusão, requer energia porque as moléculas devem ser
liberadas de seus aglomerados. A quantidade de energia por unidade de massa que
deve ser transferida como calor quando uma amostra sofre completamente uma
mudança de fase é chamada de calor de transformação L.
Q = Lm. (4.53)
Quando a mudança de fase é de líquido para gás (então a amostra deve
absorver calor) ou de gás para líquido (então a amostra deve liberar calor), o calor da
transformação é chamado de calor de vaporização LV. Para água na sua temperatura
normal de ebulição ou condensação,
LV = 539 cal/g = 40,7 kJ/mol = 2256 kJ/kg (4.54)
175
Quando a mudança de fase é de sólido para líquido (então a amostra deve
absorver calor) ou de líquido para sólido (então a amostra deve liberar calor), o calor da
transformação é chamado de calor de fusão LF. Para água em sua temperatura normal
de congelamento ou fusão,
LV = 79, 5 cal/g = 6,01 kJ/mol = 333 kJ/kg (4.55)
(4.56)
176
4.2.9 Um olhar mais atento ao calor e ao trabalho
A energia pode ser transferida como calor e trabalho entre um sistema e seu
ambiente. Vamos tomar como nosso sistema um gás confinado a um cilindro com
pistão móvel. A força ascendente no pistão devido à pressão do gás confinado é igual
ao peso do chumbo carregado no topo do pistão.
O sistema (o gás) parte de um estado inicial i, descrito por uma pressão pi, um
volume Vi e uma temperatura Ti. Você quer mudar o sistema para um estado final
f, descrito como uma pressão pf e um volume Vf. O procedimento é chamado de
processo termodinâmico. Durante este processo, a energia pode ser transferida para o
sistema a partir do reservatório térmico.
→
dW = F d→
v = (PA)(ds) = p(Ads)
= pdV (4.57)
em que dV é a mudança diferencial no volume do gás devido ao movimento do
pistão. Quando você removeu tiro suficiente para permitir que o gás mude seu volume
de Vi para Vf, o trabalho total feito pelo gás é
(4.58)
177
4.2.10 A primeira lei da Termodinâmica
Quando um sistema muda de um dado estado inicial para um estado final,
tanto o trabalho W quanto o aquecimento Q dependem da natureza do processo.
Experimentalmente, porém, encontramos algo surpreen- dente. A quantidade Q W é a
mesma para todos os processos. Depende apenas dos estados inicial e final e não tem
nada a ver com a forma como o sistema passa de um para o outro.
∆Eint = Eint,f − Eint,i = Q − W Primeira Lei (4.59)
A equação 18-26 é a primeira lei da termodinâmica. Se o sistema termodinâmico
sofre apenas uma mudança diferencial, podemos escrever a primeira lei como
dEint = dQ − dW (4.60)
A energia interna Eint de um sistema tende a aumentar se a energia é adicionada
como calor Q e tende a diminuir se a energia é perdida como o trabalho W feito pelo
sistema.
O princípio de conservação de energia se aplica a sistemas isolados, ou seja, um
sistema sem energia entrando ou saindo do sistema. A primeira lei da termodinâmica
é uma extensão deste princípio para sistemas que não são isolados. Nesses casos, a
energia pode ser transferida para dentro ou para fora do sistema como trabalho W ou
calor Q. Em nossa declaração acima sobre a primeira lei da termodinâmica, assumimos
que não há mudanças na energia cinética ou na energia potencial do sistema como
um todo; ou seja, K = U = 0.
O trabalho realizado em um sistema é sempre o negativo do trabalho realizado
pelo sistema, portanto, se reescrevermos o trabalho feito no sistema, temos
Eint = Q − Wsobre.
178
4.2.11 Alguns Casos Especiais da Primeira Lei da Termodinâmica
Aqui estão quatro processos termodinâmicos
179
4.3 Entropia a Segunda Lei da Termodinâmica
Um processo irreversível é aquele que não pode ser revertido por meio de pequenas
mudanças no ambiente. A direção na qual um processo irreversível prossegue é
definida pela variação da entropia DeltaS do sistema em processo. A entropia S é uma
propriedade de estado (ou função de estado) do sistema.
(4.64)
(4.65)
4.3.1 Entropia
180
A entropia difere da energia porque a entropia não obedece a uma lei de
conservação. Para processos irreversíveis, a entropia de um sistema fechado sempre
aumenta. Por causa dessa propriedade, a mudança na entropia às vezes é chamada de
“a seta do tempo”. Por exemplo, associamos a explosão de um grão de pipoca com a
direção direta do tempo e um aumento na entropia.
181
A definição de variação de entropia é a expansão livre de um gás ideal. A figura
acima mostra o gás em seu estado de equilíbrio inicial i, confinado por uma torneira
fechada à metade esquerda de um recipiente termicamente isolado. Se abrirmos a
torneira, o gás se apressará para encher todo o recipiente, eventualmente atingindo o
estado final de equilíbrio f mostrado na figura acima (b).
Agora assumimos que o gás ainda possui outra propriedade estatal, sua entropia.
Além disso, definimos a mudança na entropia S f Si de um sistema durante um processo
que leva o sistema de um estado inicial i para um estado final f como
Uma variação de entropia depende não apenas da energia transferida como calor,
mas também da temperatura na qual a transferência ocorre. Se a entropia é de fato uma
propriedade do estado, a diferença de entropia entre os estados i e f deve depender
apenas desses estados e de forma alguma da maneira como o sistema se moveu de
um estado para outro.
182
A figura acima mostra como produzir uma expansão isotérmica reversível. Nós
confinamos o gás a um cilindro isolado que repousa sobre um reservatório térmico
mantido à temperatura T.
Começamos colocando chumbo suficiente no pistão em movimento. Em seguida,
retiramos o tiro lentamente (peça por peça) até que a pressão e o volume do gás sejam
os do estado final f na figura acima. A temperatura do gás não muda porque o gás
permanece em contato térmico com o reservatório durante todo o processo.
(4.67)
183
4.3.4 A segunda lei da termodinâmica
(4.70)
(4.71)
(4.73)
184
Em um motor ideal, todos os processos são reversíveis e nenhuma transferência de
energia perdida ocorre devido a, digamos, fricção e turbulência.
Um motor Carnot é um motor ideal que segue o ciclo da figura abaixo. Sua eficiên-
cia é
(4.74)
185
Um motor Carnot
Podemos aprender muito sobre gases reais analisando um gás ideal, que obedece
à simples lei pV = nRT . Qualquer gás real se aproxima do comportamento ideal se sua
densidade for baixa o suficiente. Da mesma forma, podemos estudar motores reais
analisando o comportamento de um motor ideal.
“Em um motor ideal, todos os processos são reversíveis e não ocorrem
transferências de energia des- necessárias devido a, digamos, fricção e turbulência”.
A figura acima mostra esquematicamente a operação de um motor Carnot. Durante
cada ciclo do motor, a substância de trabalho absorve energia QH como calor de um
reservatório térmico a temperatura constante TH e descarrega energia QL como calor
para um segundo reservatório térmico a uma temperatura constante inferior a TL.
A figura acima (a) mostra um gráfico p V do ciclo de Carnot. Conforme indicado
pelas setas, o ciclo é girado no sentido horário. Imagine que a substância de trabalho
seja um gás confinado a um cilindro isolante com um pistão móvel e pesado. O cilindro
pode ser colocado livremente em qualquer um dos dois reservatórios térmicos.
Os processos ab e bc na figura acima (a) devem ser processos adiabáticos
(reversíveis), ou seja, devem ser processos nos quais nenhuma energia é transferida
na forma de calor. Para garantir isso, o cilindro é colocado em uma placa isolante à
medida que o volume da substância de trabalho muda. Durante os processos cd e. da
(figura acima (b), a substância de trabalho está sendo comprimida, o que significa que
ela está realizando trabalho negativo em seu ambiente.
A equação (∆S = dQ/T ) nos diz que qualquer transferência de energia como calor
deve envolver uma mudança na entropia. Para ver isso para um motor Carnot, podemos
plotar o ciclo Carnot em um diagrama de temperatura-entropia (T − S). Os pontos com
letras a, b, c e d correspondem aos pontos com letras
186
Figura 4.9: Diagrama PV para o ciclo de Carnot.
(4.75)
187
Aqui SH é positivo porque a energia QH é adicionada à substância de trabalho como
calor (um aumento na entropia) e SL é negativo porque a energia QL é removida da
substância de trabalho como calor (uma diminuição na entropia). Como a entropia é
uma função de estado, devemos ter ∆S = 0 para um ciclo completo.
(4.76)
Note que, porque TH > TL, devemos ter QH > QL; isto é, mais energia é extraída
como calor do reservatório de alta temperatura do que é entregue ao reservatório de
baixa temperatura. Vamos agora deduzir uma expressão para a eficiência de um motor
Carnot.
(4.77)
(4.78)
188
Figura 4.11: Ciclo de um motor sem perdas de energia para o meio externo.
189
SAIBA MAIS
Para uma análise adicional sobre o conteúdo, podemos acessar o link de simulação do Phet
colorado sobre eletrostática. Por exemplo o de simulação em circuitos elétricos:
formas de energia térmica e gases https://phet.colorado.edu/en/simulations/energy-forms-
and-changes https://phet.colorado.edu/en/simulations/gases-intro https://phet.colorado.
edu/en/simulations/states-of-matter-basics
PENSE NISSO
Umas das leis térmicas que mais impactam nosso cotidiano, se refere a conservação de energia,
no caso da primeira lei da termodinâmica, que é regida pela relação entre a quantidade de
calor fornecida a um sistema que se transforma em trabalho e na variação da energia interna.
SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Fundamentos da Termodinâmica
Autor: Claus Borgnakke e Richard E. Sonntag
Editora: blucher
Sinopse: A obra Fundamentos da Termodinâmica reafirma
sua importância como literatura de referência para o estudo
da termodinâmica sob a perspectiva da engenharia. Sua
adoção pelas melhores escolas de engenharia do mundo se
deve a sua qualidade e sua capacidade de renovação.
190
Conclusão
Nesta unidade abordamos as principais leis que regem a física térmica. Sendo a
absorção de calor pela matéria, análise do calor específico e calor latente na transição
de fase. Também estudamos as leis da termodinâmica iniciando pela lei zero que
estabelece a definição de temperatura e equilíbrio térmico, passando pela primeira lei
que relaciona a conservação de energia com a quantidade de calor, trabalho e energia
interna. Finalizando com o estudo da entropia do sistema e eficiência de motores.
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CONCLUSÃO GERAL
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