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FÍSICA GERAL E

EXPERIMENTAL II

Prof. Dr. Leandro S. Costa


Mantenedora e Diretora Geral
Dra. Lucinéia de Caires Bressanin Roschildt

Vice-diretora
Nathalia Roschildt

Direção Acadêmica
Prof. Dr. Antonio Peixoto de Araujo Neto
Prof. Dr. Leandro S. Costa

FÍSICA GERAL E
EXPERIMENTAL II

Maringá, PR
2023
© Prof. Dr. Leandro S. Costa, 2023.

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Bibliotecária: Nadja Honarra Aranha – CRB-9 – 1972

S586q
SILVA, Alan Patrick da.
Química geral e inorganica / Alan Patrick da Silva ; Lenislon Coutinho da
Rocha. Maringá – PR. FEITEP, 2022. 116 p. il.
Inclui Referências.
ISBN: 978-65-996196-5-6
1. Engenharia Quimica. 2. Geometria molecular. 3. Eletroquimica. I.
SILVA, Alan Patrick da. II. ROCHA, Lenilson da. III Título.
CDD. 540

Revisão Técnica: Geovana Nogueira


Revisão ortográfica e gramatical: Gisele Pasquini
Diagramação, projeto gráfico e capa: Candida Bitencourt Haesbaert | Paruna Editorial

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Caro(a) aluno(a),

A Educação a Distância é uma modalidade de ensino que tomou grandes


proporções na última década e, por isso, desenvolvemos um ensino de excelência
para você!
A proposta dessa modalidade de ensino permite um alcance significativo,
ampliando a efetividade do direito ao acesso ao Ensino Superior.
O cenário atual se constitui por aparatos, instrumentos e estratégias tecnológicas
que reconfiguram os preceitos da prática tradicional de ensino a partir da mescla entre
tecnologia, informação e conhecimento.
Essa tríade marca a identidade de uma era educacional que cria oportunidades
de formação e qualificação por meio da construção do saber científico mediada por
princípios interacionistas.
No espaço virtual, a relação entre professor e aluno se estabelece por meio de
estratégias inovadoras e efetivas, dentre elas, a necessidade e relevância de um material
exclusivo que visa a especificidade dessa instituição: a formação em engenharias!
Assim, convidamos você a ingressar no universo acadêmico por meio de cada
disciplina!
Desejamos a você, acadêmico, ótimos estudos!
Coordenação Nead

Fonte: Paruna Editorial

5
O Autor
Leandro de Santana Costa é Bacharel (2012), Mestre (2014) e Doutor (2017) em
Física pela Universidade Estadual de Maringá. Com trabalhos no campo de física da
matéria condensada nos seguintes temas: vidros ópticos, calorimetria, interferometria
óptica e eficiência quântica e Teoria de Judd - Ofelt. No doutorado, a pesquisa foi
desenvolvida na área de Física da Matéria Condensada e sub área Sistemas Complexos,
Com enfâse na análise (técnicas de Física Estatística) das séries temporais associadas
de tais sistemas, que incluem desde a dinâmica de terremotos a emissões acústicas
(ruídos creptantes) de materiais porosos e filmes plásticos. Atualmente a pesquisa
esta focada na análise, por meio da física estatística, de séries temporais associadas
sistemas eleitorais. Professor na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Professor na
Faculdade de Engenharia e Inovação Técnico Profissional (FEITEP).

6
INTRODUÇÃO GERAL
Na unidade I estudamos as propriedades das cargas elétricas e como elas interagem
a longo alcance. Também observamos que as cargas são quantizadas e geram tanto
um campo elétrico quanto potencial elétrico que são quantidades que permitem uma
descrição profunda dos fenômenos das eletrostática. Analisamos o campo elétrico
gerado por uma carga puntiforme e também por uma distribuição contínua de
cargas. Todas estas análises, a principio são feitas usando a lei de Coulomb. Ao estudar
o campo elétrico, trataremos da lei de Gauss, e como a simetria do problema pode ser
usada para tornar a resolução mais prática com as coordenadas cilíndrica e esféricas.
Também estudaremos o potencial elétrico e como esta grandeza escalar podem, por
meio do gradiente, para calcular o campo elétrico.
Continuando, na unidade II, trataremos da análise da eletrodinâmica, ou seja,
o movimento da carga elétrica e como este fenômeno está ligado a diferentes
quantidades, como a corrente elétrica, resistência, e tensão em circuitos elétricos.
Também estudamos a densidade de corrente elétrica e como as dimensões de um
condutor determinam a sua resistência e como são aplicados a circuitos elétricos.
Na segunda metade deste texto, nos concentraremos em estudas a física mecânica,
ou seja, a lei da gravitação de Newton, no caso da interação entre planetas, enquanto
observaremos as leis de Kepler para as órbitas planetárias. Passaremos a analisar as
propriedades dos fluidos quanto as características desde o escoamento, a hidrostática
até a hidrodinâmica. Encerramos a unidade III estudamos os efeitos ondulatórios em
cordas vibrantes e oscilações em sistemas massa mola e pêndulo simples assim como
as ondas sonoras quanto a níveis sonoros e o efeito Doppler conquanto a natureza das
frequências dos sons agudos e graves.
Na unidade IV, finalizamos nosso estudo com as propriedades das leis da física
térmica. Iniciando com as características dos fluidos ideais e como podem fornecer
uma análise comparativa aos gases reais, e como seu comportamento (movimento
molecular), nos permite calcular a quantidade de calor referente as mudanças de
temperatura, tanto gases quanto líquidos e também a transição de fase aos estados
da matéria, considerando as leis da termodinâmica, como a lei zero que estabelece o
principio da grandeza temperatura e equilíbrio térmico, passando à análise da primeira
e segunda lei da termodinâmica.

7
Sumário
UNIDADE 1 – CARGAS ELÉTRICAS...................................................................................................................... 11
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................................. 12
1.1 Quantização da carga elétrica........................................................................................................................................... 13
1.2 Força elétrica e campo elétrico......................................................................................................................................... 14
1.2.1 Lei de Coulomb..................................................................................................................................................................... 14
1.3 O campo elétrico...................................................................................................................................................................... 18
1.4 Linhas de Campo..................................................................................................................................................................... 19
1.5 Campo Elétrico gerado por um Dipolo elétrico........................................................................................................ 20
1.6 Um dipolo em um Campo Elétrico................................................................................................................................. 22
1.7 Fluxo elétrico e lei de Gauss............................................................................................................................................... 31
1.7.1 Linha de campo e fluxo elétrico................................................................................................................................... 31
1.8 Mais sobre equações de campo elétrico...................................................................................................................... 42
1.9 O potencial elétrico................................................................................................................................................................. 47
Conclusão............................................................................................................................................................................................ 64

UNIDADE 2 – PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CIRCUITO ELÉTRICO................... 65


INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................................. 66
2.1 Capacitores................................................................................................................................................................................. 67
2.2 Corrente Elétrica e Resistores............................................................................................................................................ 72
2.2.1 Corrente Elétrica - Movimento de Cargas................................................................................................................ 73
2.2.2 Resistência e lei de Ohm.................................................................................................................................................. 74
2.2.3 Densidade de Corrente..................................................................................................................................................... 76
2.2.4 Velocidade de Deriva......................................................................................................................................................... 77
2.2.5 Resistência e Resistividade.............................................................................................................................................. 77
2.2.6 Potência em um resistor e em circuitos elétricos................................................................................................. 80
2.3 Associação de Resistores..................................................................................................................................................... 82
2.3.1 Resistores em Série............................................................................................................................................................. 82
2.3.2 Resistores em série.............................................................................................................................................................. 83
2.4 Circuitos elétricos..................................................................................................................................................................... 84
2.4.1 Calculo da corrente em um circuito fechado......................................................................................................... 85
2.4.2 Outros circuitos fechados................................................................................................................................................. 86
2.4.3 Diferença de Potencial entre dois pontos................................................................................................................ 87
Conclusão............................................................................................................................................................................................ 91

8
UNIDADE 3 – LEI DA GRAVITAÇÃO DE NEWTON................................................................................ 92
Intordução........................................................................................................................................................................................... 93
3.1 Lei da gravitação de Newton............................................................................................................................................. 94
3.1.1 Leis de Kepler......................................................................................................................................................................... 98
3.1.2 Cálculo do campo gravitacional.................................................................................................................................102
3.1.3 Gravidade próxima a superfície da terra.................................................................................................................103
3.1.4 Energia Potencial Gravitacional..................................................................................................................................105
3.2 Fluidos.........................................................................................................................................................................................107
3.2.1 Fluidos em repouso..........................................................................................................................................................109
3.2.2 Princípio de Pascal.............................................................................................................................................................111
3.2.3 Princípio de Arquimedes................................................................................................................................................112
3.2.4 Lei de Halley.........................................................................................................................................................................113
3.2.5 Fluidos em movimento: Hidrodinâmica.................................................................................................................114
3.2.6 Equação de BERNOULLI.................................................................................................................................................117
3.3 Oscilações Mecânicas..........................................................................................................................................................120
3.3.1 Movimento Harmônico Simples.................................................................................................................................120
3.3.2 A velocidade do MHS......................................................................................................................................................123
3.3.3 A aceleração do MHS.......................................................................................................................................................124
3.3.4 Leis de Newton, regem as oscilações mecânicas...............................................................................................125
3.3.5 Movimento do Pêndulo..................................................................................................................................................129
3.4 Pulsos de ondas......................................................................................................................................................................131
3.4.1 Comprimento de onda e frequência........................................................................................................................132
3.4.2 Amplitude e Fase................................................................................................................................................................133
3.4.3 Comprimento de Onda e Número de Onda Angular.......................................................................................134
3.4.4 Ondas em cordas...............................................................................................................................................................135
3.4.5 Velocidade de uma onda em uma corda...............................................................................................................136
3.4.6 Energia e Potência de uma Onda em uma Corda..............................................................................................138
3.4.7 A equação de onda...........................................................................................................................................................139
3.4.8 Interferência de Ondas....................................................................................................................................................142
3.4.9 Ondas e Ressonância.......................................................................................................................................................143
3.5 Velocidade do Som...............................................................................................................................................................148
3.5.1 A velocidade do som........................................................................................................................................................148
3.6 Ondas viajantes Sonoras....................................................................................................................................................149
3.7 Intensidade e Nível Sonoro...............................................................................................................................................151
3.7.1 A escala de decibéis..........................................................................................................................................................152
3.8 O efeito Doppler.....................................................................................................................................................................153
Conclusão..........................................................................................................................................................................................156

9
UNIDADE 4 – FENÔMENOS TÉRMICOS........................................................................................................157
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................................................158
4.1 Teoria Cinética dos Gases..................................................................................................................................................159
4.1.1 Número de Avogadro......................................................................................................................................................159
4.1.2 Gás ideal.................................................................................................................................................................................161
4.1.3 Gases ideais...........................................................................................................................................................................162
4.1.4 Trabalho feito em volume constante e em pressão constante....................................................................164
4.1.5 O calor específico de um gás ideal............................................................................................................................164
4.1.6 Energia Interna Eint...........................................................................................................................................................165
4.1.7 Calor Específico em Volume Constante..................................................................................................................166
4.2 Leis da Termodinâmica.......................................................................................................................................................168
4.2.1 Temperatura, Calor e a Primeira Lei da Termodinâmica.................................................................................168
4.2.3 Temperatura.........................................................................................................................................................................168
4.2.4 A lei zero da Termodinâmica........................................................................................................................................168
4.2.4 A escala Celsius e a escala Fahrenheit.....................................................................................................................170
4.2.5 Expansão Térmica..............................................................................................................................................................171
4.2.6 Absorção de calor..............................................................................................................................................................172
4.2.7 Absorção de calor por sólidos e líquidos................................................................................................................174
4.2.8 A primeira lei da Termodinâmica...............................................................................................................................176
4.2.9 Um olhar mais atento ao calor e ao trabalho.......................................................................................................177
4.2.10 A primeira lei da Termodinâmica............................................................................................................................178
4.2.11 Alguns Casos Especiais da Primeira Lei da Termodinâmica.......................................................................179
4.3 Entropia a Segunda Lei da Termodinâmica..............................................................................................................180
4.3.1 Entropia...................................................................................................................................................................................180
4.3.2 Processos Irreversíveis e Entropia..............................................................................................................................180
4.3.3 Mudança na entropia.......................................................................................................................................................181
4.3.4 A segunda lei da termodinâmica................................................................................................................................184
4.3.5 A Entropia para motores................................................................................................................................................184
4.3.6 Entropia no mundo real: motores.............................................................................................................................185
SAIBA MAIS......................................................................................................................................................................................190
PENSE NISSO...................................................................................................................................................................................190
SUGESTÃO DE LEITURA............................................................................................................................................................190
Conclusão..........................................................................................................................................................................................191

CONCLUSÃO GERAL........................................................................................................................................................192

BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................................................................193

10
UNIDADE 1
CARGAS
ELÉTRICAS
INTRODUÇÃO
Nesta unidade iremos abordar os fenômenos de interação entre cargas elétricas
começando com a força entre partículas carregadas, que é regida pela lei de Coulomb.
Na sequência estudaremos o campo elétrico em função força elétrica e a lei de Gauss
que estabelece o fluxo do campo elétrico como ferramenta para o cálculo do campo.
E, por fim analisaremos o potencial V associado a essas quantidades, principalmente
ao vetor campo elétrico por meio do operador gradiente.

12
1.1 Quantização da carga elétrica
Nos dias de Benjamin Franklin, pensava-se que a carga elétrica era um fluido contínuo - uma
idéia que era útil para muitos propósitos. A experiência mostra que fluido elétrico também não
é contínuo, mas é composto de múltiplos de uma certa carga elementar.

q = ne, n = ±1, ±2, ±3, ± 4,..., (1.1)


em que e, a carga elementar, tem o valor aproximado

e = 1,602 × 10−19 C. (1.2)

A carga elementar e é uma das constantes importantes da natureza. O elétron e o


próton têm uma carga de magnitude e. Quando uma quantidade física como carga
pode ter apenas valores discretos, em vez de qualquer valor, dizemos que a quantidade
é quantizada. Em uma lâmpada comum de 100 W, por exemplo, cerca de 1019 cargas
elementares entram no bulbo a cada segundo e saem da mesma maneira.
Abaixo segue uma tabela que exibe os tipos de partículas sub atómicas, ou seja, Elétron,
Próton e o Neutron.

Figura 1.1: Tabela com as propriedades das partículas atômicas.

13
1.2 Força elétrica e campo elétrico

1.2.1 Lei de Coulomb


Charles Augustin Coulomb (1736 - 1806) era um físico francês que estudava como
forças elétricas de forma quantitativa, utilizando um balanço de torção. Um desenho desse
dispositivo na Fig. 1.2.

Figura 1.2: Uma balança de torção para estudar forças elétricas.


São mostrados seus componentes.

Através desta experimentação, Coulomb descobriu que a força entre duas (ponta)
cargas é dada por:


(1.3)

onde representa a distância entre a carga de teste q e a fonte de carga Q.


O vetor conecta as duas cargas. A direção da força é dada por , o vetor
da unidade a partir de Q para q, veja também Fig. 1.3. Equivalentemente, podemos
escrever para a força Coulomb:

14
(1.4)


Figura 1.3: A força de Coulomb entre uma carga de origem Q e uma carga de teste q.

A unidade SI de carga elétrica é o Coulomb, que pode ser abreviado para a


unidade C em equações. O fator é um termo constante com ε0 chamado de "permis-
sividade elétrica". A capacitabilidade elétrica tem o valor numérico:

(1.5)

frequêntemente a lei de Coulomb é escrita como

(1.6)

com K sendo a constante elétrica:

(1.7)

A lei de Coulomb é sobre a força elétrica entre cargas de dois pontos. Se tivermos três,
quatro ou qualquer número de cobranças em diferentes posições, a força total em uma
carga de teste torna-se:
(1.8)

15
com a força elétrica por fonte de carga Qi na nossa carga de teste dada pela
equação 1.3. Usando este “princípio de superposição”, podemos escrever essa força
total como:

(1.9)

com a posição dos N cobra Qi denotado como e a posição da taxa de teste .


O princípio da superposição está ilustrado na Fig. 1.4. Os vetores são definidos em relação
a alguma origem O. Observe que a expressão para a força elétrica é independente na
escolha da origem O. O físico J.J. Thomson descobriu em 1897

Figura 1.4: A força de Coulomb em uma carga de teste q na posição r0 resultante de quatro
cargas de origem Q1,..., Q4. O vetor de conexão, entre a carga Q1 e a carga de teste q
também é indicado. Os vetores e são definidos em relação à origem O.

Uma nova partícula elementar: o elétron. O elétron carrega uma carga elétrica negativa
e é responsável pela maioria das correntes elétricas. R.A. Millikan descobriu em 1909 que
todos os elétrons carregam uma carga semelhante, –e, chamado de carga elementar.
Nas unidades SI, seu valor é
e = 1,6002 × 10−19C (1.10)
Os prótons não são tão elementares quanto os elétrons. Os protões consistem
em quarks e gluons. Os quarks possuem carga elétrica de e . Na natureza, os
quarks e gluons são confinados em outras partículas (como o protão).

16
A lei de Coulomb funciona apenas para partículas carregadas. Se duas partículas carregadas
são aproxima- das umas das outras, cada uma delas exerce uma força eletrostática.

Figura 1.5: força eletrostática entre duas cargas.

O vetor de força em cada um é diretamente em direção à outra partícula. A equação das


forças eletrostáticas que atuam nas partículas é chamada de lei de Coulomb, segundo
Charles-Augustin de Coulomb, cujas experiências em 1785 o levaram a isso.

lei de Coulomb (1.11)


onde r é a separação entre as partículas e k é uma constante positiva chamada constante
eletrostática ou constante de Coulomb. (Vamos discutir k abaixo.)
Primeiro verificaremos a direção da força na partícula 1 como dada pela acima. Então,
a equação nos diz que a força na partícula 1 está na direção de r2. Em seguida, se q1 e q2
tiverem sinais opostos, o produto q1q2 nos dará um resultado negativo.
Unidade. A unidade de carga do SI é o coulomb. Por razões práticas relacionadas com a
precisão das medições, a unidade coulomb é derivada da unidade SI para corrente elétrica
i. Discutiremos a corrente detalhadamente na próxima unidade, mas vamos observar que a
corrente i é a taxa dq / dt na qual a carga passa por um ponto ou por uma região:

(1.12)

Reordenando a acima e substituindo os símbolos por suas unidades (coulombs C,


amperes A e segundos s),vemos que

1 C = (1 A)(1 s). (1.13)


Onde (1 A) é um Ampère e (1 s) um segundo.

17
1.3 O campo elétrico
A força elétrica entre duas cargas elétricas pode ser escrita como:

(1.14)

O campo elétrico é defindo por:


(1.15)
com:

(1.16)

Em livros didáticos diferentes você encontrará notas diferentes. Uma notação


comum é:
(1.17)

Neste caso, o vetor é definido como . Esteja atento a esta liberdade de


notação, o que leva a muitos erros não necessários.
Abaixo é exibido o diagrama das linhas de campo elétrico geradas por uma carga
puntiforme positiva.

Figura 1.6: ilustração dos vetores do campo elétrico gerados por uma carga puntiforme.

18
Por meio do campo elétrico é que uma carga q detecta um campo elétrico e,
consequentemente, sofre uma força . Na física de partículas, os campos consistem
em partículas de força que estão sendo trocadas quando as partículas têm uma interação.
O campo elétrico consiste em fótons que são trocados entre cargas elétricas. Uma vez que
todas as cargas são transportadas por partículas individuais, isso não parece razoável.
Isso ainda é razoável quando descrevemos a física em uma escala muito maior
do que o tamanho e distâncias entre as partículas. Discutiremos alguns exemplos de
distribuições de carga contínua.

1.4 Linhas de Campo


Olhe para o espaço na sala ao seu redor. Você consegue visualizar um campo de
vetores ao longo desse espaço – vetores com diferentes magnitudes e direções? Por
mais impossível que pareça, Michael Faraday, que introduziu a ideia de campos elétricos
no século XIX, encontrou um caminho. Ele imaginou linhas, agora chamadas linhas de
campo elétrico, no espaço ao redor de qualquer partícula carregada ou objeto.

Figura 1.7: Ilustração das linhas de campo elétrico de um plano carregado.

A figura a acima (a) mostra parte de uma folha (ou plano) não-condutora infinitamente
grande com uma distribuição uniforme de carga positiva em um lado. Se colocarmos uma
carga de teste positiva em qualquerponto perto da folha (em ambos os lados), descobrimos
que a força eletrostática na partícula é externa e perpendicular à folha. A orientação
perpendicular é razoável, porque qualquer componente de força que seja, digamos, para
cima, é equilibrado por um componente igual que está no sentido descendente. Isso deixa
apenas para fora, e assim os vetores de campo elétrico e as linhas de campo elétrico também
devem ser parafora e perpendiculares à folha, como mostrado na figura (b) e (c).

19
Como a carga na folha é uniforme, os vetores de campo e as linhas de campo também
são. Isso é apenasuma maneira de dizer que estamos medindo o campo em pontos próximos à
folha em relação ao tamanho da folha e que não estamos perto de uma borda.

Figura 1.8: Ilustração das linhas de campo elétrico.

A figura acima mostra as linhas de campo para duas partículas com cargas positivas iguais.
Para imaginar o padrão tridimensional completo de linhas de campo ao redor das partículas,
mentalmente gire o padrão na figura acima em torno do eixo de simetria, que é uma linha
vertical através de ambas as partículas.

1.5 Campo Elétrico gerado por um Dipolo elétrico

Figura 1.9: Ilustração de um dipolo elétrico

20
A Figura figura acima (a) mostra os campos elétricos configurados em P por cada
partícula. A partícula mais próxima com carga q configura o campo E na direção positiva do
eixo z (diretamente longe da partícula). A partícula mais distante com carga q configura um
campo menor E, na direção negativa (diretamente na direção da partícula).
E = E(+) −E(−) (1.18)

(1.19)

(1.20)

Depois de um pouco de álgebra, podemos reescrever essa equação como

(1.21)

Depois de formar um denominador comum e multiplicar seus termos, chegamos a

(1.22)

Em geral, estamos interessado no efeito elétrico de um dipolo apenas a distâncias


que são grandes em comparação com as dimensões do dipolo – isto é, a distâncias
tais que z  d, em outras situações, se comportam de maneira semelhante a d/2z  1
na equação acima. Assim, em aproximação, podemos negligenciar o termo d/2z no
denominador, o que nos deixa com

(1.23)

O produto qd, que envolve as duas propriedades intrínsecas q e d do dipolo, é a


magnitude p de uma grandeza vetorial conhecida como momento dipolar elétrico p: do
dipolo. (A unidade de p: é o coulombímetro). Assim, podemos escrever

(1.24)

21
A direção de p: é considerada como sendo da extremidade negativa para a positiva
do dipolo, como indicado na figura acima (b). Podemos usar a direção de p: para
especificar a orientação de um dipolo.
A equação anterior mostra que, se medirmos o campo elétrico de um dipolo apenas em
pontos distantes, nunca poderemos encontrar q e d separadamente; em vez disso, podemos
encontrar apenas o produto deles. O campo em pontos distantes permaneceria inalterado se,
por exemplo, q fosse duplicado e d simultaneamente reduzido à metade. Esta relação vale
apenas para pontos distantes ao longo do eixo do dipolo, verifica-se que E para um dipolo
varia como 1/r3 para todos os pontos distantes, independentemente de estarem situados no
eixo do dipolo; aqui r é a distância entre o ponto em questão e o centro do dipolo.

1.6 Um dipolo em um Campo Elétrico


Definimos o momento dipolar elétrico : de um dipolo elétrico para ser um vetor que
aponta do negativo para o positivo do dipolo. Como você verá, o comportamento de um
dipolo em um campo elétrico externo uniforme : pode ser descrito completamente em
termos dos dois vetores : e : sem necessidade de qualquer detalhe sobre a estrutura do
dipolo.
Em uma molécula de água (H2O), os dois átomos de hidrogênio e o átomo de oxigênio
não se encontram em uma linha reta, mas formam um ângulo de cerca de 105º, como
mostrado na figura abaixo. Se a moléculade água é colocada em um campo elétrico externo,
ela se comporta como seria de se esperar, ou seja como um dipolo elétrico.

Figura 1.10: Ilustração de um dipolo elétrico, exemplo da água

22
Para examinar esse comportamento, consideramos agora um dipolo tão abstrato em
um campo elétrico externo uniforme E:, como mostrado na figura abaixo (a). Assumimos
que o dipolo é uma estrutura rígida que consiste em dois centros de carga oposta, cada
um de magnitude q, separados por uma distância d. O momento dipolar : faz um ângulo
θ com o campo :.

Forças eletrostáticas atuam nas extremidades carregadas do dipolo. Como o campo


elétrico é uniforme,essas forças atuam em direções opostas (como mostrado na figura
abaixo (a)) e com a mesma magnitude . Assim, como o campo é uniforme, a
força resultante no dipolo do campo é zero e o centro de massa do dipolo não se move. No
entanto, as forças nas extremidades carregadas produzem um torque líquido : no dipolo em
torno de seu centro de massa. O centro de massa encontra-se na linha que conecta as
extremidades carregadas, a alguma distância x de uma extremidade e, portanto, a uma
distância d – x da outra extremidade.

Da equação (τ = rFsinθ ), podemos escrever a magnitude do torque líquido : como

τ = Fx sin θ + F(d − x) sin θ = Fd sin θ (1.25)

Podemos também escrever a magnitude de : em termos das magnitudes do campo


elétrico : e do momento dipolar . Para isso, substituímos qE por F e p/q por d,
achando que a magnitude de : é

τ = pE sin θ (1.26)
Podemos generalizar essa equação para a forma vetorial como
Torque em um dipolo. (1.27)
Podemos representar um torque que dá origem a uma rotação no sentido horário inclu-
indo um sinal demenos com a magnitude do torque. Com essa notação, o torque é.

τ = −pE sin θ. (1.28)

23
1.6.1 Energia Potencial de um Dipolo Elétrico

A energia potencial pode ser associada à orientação de um dipolo elétrico em um campo


elétrico. O dipolo tem sua menor energia potencial quando está em sua orientação
de equilíbrio, que é quando seu momento : está alinhado com o campo : (então
= 0). Tem maior energia potencial em todas as outras orientações. Assim, o
dipolo é como um pêndulo, que tem seu menor potencial gravitacional energia em sua
orientação de equilíbrio – em seu ponto mais baixo. Girar o dipolo ou o pêndulo para qualquer
outra orientação requer trabalho de algum agente externo.

Figura 1.11: Ilustração de um dipolo elétrico, submetido a um campo elétrico.

A expressão para a energia potencial de um dipolo elétrico em um campo elétrico


externo é mais simples se escolhermos que a energia potencial seja zero quando o
ângulo θ na figura acima for 90º . Podemos então encontrar a energia potencial U do
dipolo em qualquer outro valor de θ com ∆U = –W calculando o trabalho W feito pelo
campo no dipolo quando o dipolo é girado para esse valor de θ de 90º. Com o auxílio
de ∆, descobrimos que a energia potencial U em qualquer ângulo θ é:

(1.29)

24
Avaliar a integral leva a
(1.30)

Podemos generalizar essa equação para a forma vetorial como


energia potencial de um dipolo (1.31)
As equações mostram que a energia potencial do dipolo é menor (U = – pE) quando
θ=0 estão na mesma direção); a energia potencial é maior (U = pE) quando
θ = 180º estão em direções opostas).
Quando um dipolo gira de uma orientação inicial θi para outra orientação θ f , o trabalho W
feito no dipolo pelo campo elétrico é

W = − ∆U = −(Uf − Ui), (1.32)


onde Uf e Ui são calculados. Se a mudança na orientação é causada por um torque aplicado
(comumente dito devido a um agente externo), então o trabalho Wa realizado no dipolo
pelo torque aplicado é o negativo do trabalho realizado no dipolo pelo campo; isso é,
Wa = −W = (Uf − Ui) (1.33)

1.6.2 Campo elétrico para uma distribuição contínua de cargas

Figura 1.12: Ilustração da distribuição contínua de carga.

25
Muitas vezes, as distâncias entre cargas em um grupo de cargas são muito menores do
que a distância do grupo até algum ponto de interesse . Em seguida, usamos a abaixo para
calcular o campo elétrico devido a um desses elementos em um ponto P. Finalmente, avaliamos
o campo elétrico total em P devido à distribuição de carga somando as contribuições de
todos os elementos de carga.
O campo elétrico em P devido a uma carga transportadora de elemento de carga

(1.34)
onde r é a distância do elemento de carga até o ponto P e rˆ é um vetor de
unidade direcionado do elemento para P. O campo elétrico total em P devido a todos
os elementos na distribuição de carga é de aproximadamente

(1.35)
2

onde o índice i refere-se ao i ésimo elemento na distribuição. Como a distribuição da


carga é modeladacomo contínua, o campo total em P no limite qi p 0 é

(1.36)

onde a integração é sobre toda a distribuição de carga. Esta é uma operação de


vetor e deve ser tratada adequadamente.

1.6.3 Distribuição de Cargas

Ilustramos esse tipo de cálculo com vários exemplos, nos quais assumimos que a carga
é uniformementedistribuída em uma linha, em uma superfície ou ao longo de um volume. Ao
realizar tais cálculos, é conveniente usar o conceito de densidade de carga junto com as
seguintes notações:
Se uma carga Q é uniformemente distribuída ao longo de um volume V , a densidade de
carga do volume ρ é definida por

(1.37)

26
onde tem unidades de coulombs por metro cúbico (C/m3).
Se uma carga Q é uniformemente distribuída em uma superfície da área A, a
densidade de carga desuperfície (sigma grego minúsculo) é definida por

(1.38)

onde tem unidades de coulombs por metro quadrado (C/m2).


Se uma carga Q é distribuída uniformemente ao longo de uma linha de comprimento
l, a densidade decarga linear λ é definida por
(1.39)

onde tem unidades de coulombs por metro (C/m).


Se a carga for distribuída não uniformemente sobre um volume, superfície ou
linha, quantidades de carga dq em um pequeno volume, superfície ou comprimento
são
dq = ρ dV dq = σ dA dq = λ dl (1.40)

Linha de cargas: Densidade linear de cargas


Uma carga de linha pode ser descrita por uma densidade de carga com a unidade
C / m. O vetor de posição é uma coordenada definida em relação a alguma origem. Para
calcular o campo no ponto P com coordenada , integramos as peças infinitesimais de
carga para encontrar o campo elétrico:

(1.41)

onde →r é o vetor de conexão entre um pedaço de carga e o ponto P com coordenada


r , portanto . Isto está ilustrado na Fig. 1.13.

27
Figura 1.13: Ilustração de uma linha de carga.

Na verdade, ainda podemos interpretar a integral como a soma sobre as cargas de pontos
como fazíamos na equação 1.16. Uma carga de ponto é então apenas um pedaço de linha de
carga e assim obtemos:


(1.42)

Talvez a interpretação de uma distribuição de carga contínua como uma coleção de


cobrança de pontos ajuda você a tornar a matemática menos abstrata.

28
Exemplos de linhas de cargas
Como exemplo, calcularemos o campo elétrico em um ponto P com z = zP de um
pedaço de fio com comprimento L centrado no eixo x. O fio carrega uma densidade de
carga uniforme λ . A configuração é mostrada na Fig. 1.14.

Figura 1.14: Um fio de comprimento L com distribuição de carga uniforme. Também é


indicada a contribuição para o campo elétrico no ponto P de um pedaço de linha dx.

Quando consideramos a contribuição, d , de uma quantia de carga λ dx na posição x para


o campo elétrico em P, vemos que existem dois componentes, x e z component:

Olhe para a simetria desse problema. Os componentes no cancelamento de x (Ex = 0) e,


portanto, só temos que integrar as contribuições de z. Então, precisamos saber cos(α), que
podemos obter da figura (convencer-se!):
. Agora podemos integrar todas as contribuições:

29
O resultado faz sentido? Bem, sabemos que o campo de uma carga de ponto
é linear com a carga Q e cai quadraticamente com a distância. Se olhamos de uma
distância muito grande à linha de carga, zP L, de modo que toda a carga na linha
parece concentrada em um ponto, achamos que

(1.45)

qual é o campo de um ponto de cobrança Qtotal = λ L, conforme esperado.

30
1.7 Fluxo elétrico e lei de Gauss

1.7.1 Linha de campo e fluxo elétrico


Figura 1.15 exibe graficamente o campo elétrico correspondente ao campo elétrico de uma
carga de ponto. Para fazer este desenho, foi escolhida uma grade e, em cada ponto de grade,
o campo elétrico é representado por uma seta. O comprimento da flecha corresponde à
magnitude do campo e, como pode ser visto na figura,diminui quadraticamente conforme
apropriado.

Figura 1.15: O campo elétrico de uma carga pontual representado por vetores.

Tradicionalmente, o campo elétrico é representado por linhas de campo como


mostrado na Fig. 1.16. A densidade das linhas representa a magnitude do campo.
Note-se que tais desenhos são projeções bidimensionais:

31
Figura 1.16: O campo elétrico de uma carga pontual representado por linhas de campo.

E, portanto, que a densidade das linhas cai com a circunferência de um círculo, 2πr. Em
três dimensões, adensidade da linha cai com a superfície de uma esfera, 4πr2.
O número de linhas de campo pode ser expresso pelo fluxo elétrico:

(1.46)

Este é o fluxo através de uma superfície. O elemento de superfície infinitesimal


d→o é um vetor com magnitude
do e sua direção perpendicular à superfície. Nós podemos escrever
· d→a = · n̂ da = | |cos(φ )da (1.47)
com nˆ o normal na superfície, várias notações são usadas para o vetor normal,
algumas anotações comuns são: n̂ = →n = →en = ên . E φ representam o ângulo entre o campo
elétrico e a direção normal da superfície.
Figura 1.17 mostra três exemplos do fluxo elétrico através de uma superfície
para diferentes ângulos entre o campo e a superfície. Com o campo elétrico sendo
constante, o fluxo através de cada superfície S na Fig. 1.17 a-c é:

(1.48)

32
Figura 1.17: O fluxo elétrico através de uma superfície S para diferentes ângulos entre o
campo e a superfície. O n̂ normal também é indicado.

1.7.2 Lei de Gauss

A lei de Gauss afirma que o fluxo elétrico através de uma superfície fechada,
independente de sua forma, é igual à carga total incluída nesta superfície multiplicada
por pelo fator . Assim:

(1.49)

O círculo no símbolo integral indica que você precisa integrar sobre uma superfície
fechada, sem ignorar as peças. A relação acima permite-nos calcular o campo elétrico
em muitos casos de uma maneira elegante e notável. Portanto, consideramos um
ponto de carga, Q, e calculamos o fluxo elétrico através de uma superfície esférica
com R R.

Figura 1.18: Ilustração do fluxo elétrico de uma carga pontual Q através de uma superfície
esférica S. Em todos os lugares, o campo elétrico aponta ao longo da normal na superfície, i.c.
a direção radial. Algum pedaço infinitesimal de superfície do na esfera também é indicado.

33
O fluxo é dado por:

(1.50)

onde n̂ é o vetor normal na superfície. Agora, usamos o argumento de que, na esfera,



ambos E e n̂ ponto na direção radial, portanto,

(1.51)

O campo elétrico na superfície, . Nós achamos

(1.52)

Independente da localização na superfície, de acordo com a Lei de Gauss.


A simetria no comportamento do campo elétrico, ou seja, a dependência 1/r2, e a
do tamanho da superfície esférica crescendo com r2 leva a um cancelamento.

34
1.7.3 Um condutor carregado

A lei de Gauss nos permite provar um importante teorema sobre os condutores:


“Se uma carga excessiva é colocada em um condutor isolado, essa quantidade de
carga se moverá inteiramente para a superfície do condutor. Nenhuma carga adicional
será encontrada dentro do corpo do condutor.”

Figura 1.19: Ilustração da distribuição contínua de carga em um condutor.

Colocamos uma superfície gaussiana apenas dentro da superfície real do condutor.


O campo elétrico dentro deste condutor deve ser zero. Se assim não fosse, o campo
exerceria forças sobre os elétrons de condução , que estão sempre presentes em um
condutor, e assim a corrente sempre existiria dentro de um condutor. É claro que
não existe corrente perpétua em um condutor isolado e, portanto, o campo elétrico
interno é zero.
Se E é zero em todos os lugares dentro de nosso condutor de cobre, ele deve ser zero
para todos os pontos na superfície de Gauss porque essa superfície, embora próxima
à superfície do condutor, está definitivamente dentro do condutor. Isso significa que
o fluxo através da superfície gaussiana deve ser zero. A lei de Gauss então nos diz que
a carga líquida dentro da superfície gaussiana também deve ser zero. Então, como o
excesso de carga não está dentro da superfície gaussiana, ela deve estar fora dessa
superfície, o que significa que ela deve estar na superfície real do condutor.

35
O campo elétrico externo
A menos que o condutor seja esférico, a carga não se distribuirá uniformemente.
Em outras palavras, a densidade de carga superficial s (carga por unidade de área) varia
sobre a superfície de qualquer condutor não esférico. Geralmente, essa variação torna
a determinação do campo elétrico montada pelas cargas superficiais muito difícil.

Figura 1.20: Campo elétrico devido a um plano infinito de carga.

No entanto, o campo elétrico fora da superfície de um condutor é fácil de determinar


usando a lei de Gauss. Para fazer isso, consideramos uma seção da superfície que é
pequena o suficiente para nos permitir negligenciar qualquer curvatura e, assim, fazer

com que a seção seja plana. O campo elétrico E em e fora da superfície do condutor
também deve ser perpendicular a essa superfície. Se não fosse, teria um componente
ao longo da superfície do condutor que exerceria forças nas cargas da superfície,
fazendo com que elas se movessem.

36

Portanto, E é perpendicular à superfície do condutor. Agora somamos o fluxo
através da superfície gaussiana. Não há fluxo através da tampa interna, porque o
campo elétrico dentro do condutor é zero. Não há fluxo através da superfície curva do
cilindro, porque internamente não há campo elétrico e externamente o campo elétrico é
paralelo à porção curva da superfície gaussiana.
A carga qenc envolvida pela superfície gaussiana está na superfície do condutor em
uma área A. (Pense no cilindro como um cortador de biscoitos.) Se σ é a carga por
unidade de área, então qenc é igual a σ A. Quando substituímos σ A por qenc e EA por Φ,
a lei de Gauss torna-se
εoEA = σA;
a partir do qual encontramos

(1.54)

Assim, a magnitude do campo elétrico fora de um condutor é proporcional à


densidade de carga da superfície no condutor. O sinal da carga nos dá a direção do
campo. Se a carga no condutor for positiva, o campo elétrico é direcionado para longe
do condutor, como na acima. É direcionado para o condutor se a carga for negativa.

1.7.4 Aplicações a lei de Gauss

A “lei de Gauss é sempre válida, mas nem sempre é útil“. O que isto significa? Bem,
a Lei de Gauss pode ser aplicada em alguns casos para avaliar o campo elétrico de forma
elegante. Abaixo, descrevemos algumasdessas configurações.

A linha de carga

Figura 1.21: Linha de carga. Superfície gaussiana ciclíndrica com altura h


e raio r também é ilustrado.

37
A Figura 1.21 mostra uma carga de linha infinitamente longa e infinitamente fina com
densidade de carga uniforme λ . A superfície gaussiana ótima é um cilindro. Para obter essa
percepção, primeiro deduza a forma do campo elétrico. É preciso alguma prática para adquirir
um sentimento para isso, mas podemos dar algumas dicas.
 Imagine que a linha é construída a partir de pequenas cobranças de pontos
dλ. Cada carga de ponto produz um ponto de campo elétrico na direção
radial (esférica). Considere uma posição em algum lugar perto da linha. Nesta
posição, você “sente”uma quantidade igual de linhas de campo a partir do
acima como abaixo. Por isso, o campo na direção z cancela. Obviamente, não há
componentes na direção φ. Só pode haver um componente apontando para
longe da carga da linha.
 Veja a simetria da carga da linha. Suponha que haja um componente de campo
na direção z. Lembre-se de que a linha é infinitamente longa e imagine que
você espelha a configuração no plano rφ Isso não altera a configuração física,
mas o componente ’seria’ z do campo mudou de sinal. Existe apenas uma
possibilidade: não existe um componente de z.
Concluímos que o campo elétrico possui apenas um componente radial (cilíndrico).
Portanto, tentamos uma superfície Gaussiana cilíndrica com altura arbitrária h e raio r.
O fluxo através do cilindro é dado pela soma das contribuições do corpo curvo e as
extremidades:
(1.55)

O vetor normal nas extremidades do ponto do cilindro (somente) na direção z. Portanto,


o ponto-produto filtrao componente z do campo elétrico, que é zero. Assim, ficamos com a
contribuição do fluxo através do corpo curvo do cilindro. O vetor normal é radial (cilindro-
sábio) e, portanto, filtra o único componente radial docampo elétrico, (Er(r)). Obtemos:

(1.56)

O campo elétrico é independente nas variáveis de integração e podemos escre-


ver:
(1.57)

38
Agora aplicamos a Lei de Gauss:

(1.58)

Para o campo elétrico de uma carga de linha, encontramos que:

(1.59)

Se a linha tiver um comprimento finito L este método não pode ser aplicado. No
entanto, ainda fornece uma boa estimativa do campo próximo ao fio, i.c. r << L. Se você
não está convencido, use o resultado da integração direta na Seção ref diline para
mostrar isso. Também quando a densidade de carga não é constante na direção z, não
podemos simplesmente aplicar a lei de Gauss. Quando a linha tem uma espessura
finita com o raio ρ este método ainda pode ser aplicado, como veremos mais adiante.

Uma superfície fina de carga

Figura 1.22: Uma superfície carregada. Uma superfície gaussiana cúbica é ilustrada.

39
A Figura 1.22 mostra uma carga de superfície infinitamente grande e infinitamente
fina com densidade de carga uniforme σ. Quais são os componentes do campo
elétrico?
 Imagine o prato constituído por pequenas taxas pontuais dσ = σ. Cada carga
de ponto produz um ponto de campo elétrico na direção radial (esférica).
Considere uma posição em algum lugar perto da placa. Nesta posição, você
“sente”uma quantidade igual de linhas de campo de cima como de abaixo e
 da esquerda desde a direita. Portanto, o campo na direção x e z é zero. Só pode
haver um componenteperpendicular à carga superficial.
 Também podemos usar argumentos baseados na simetria. Suponha que haja
um componente de campo na direção x e / ou z. Gire a configuração em torno
do eixo y. O prato é infinitamente grande e, portanto, permanece fisicamente
o mesmo. Os componentes seriam mudaram de direção, enquanto a física é
invariante.
 Além disso, uma mudança da placa no plano x z não altera a configuração
elétrica. Isso implica que o campo elétrico não depende de x ou z e, portanto,
só depende de y.
Concluímos que o campo elétrico possui apenas um componente na direção y,
o oposto da região y. Nós tentamos uma superfície gaussiana cúbica (uma caixa de
pílula) com costelas de tamanho a. O fluxo através dos lados com vetor normal na
direção x e z é zero. Nós só precisamos calcular o fluxo através das capas superiores
com vetor normal na direção y. O vetor normal na região y é oposto ao da região +y,
mas a direção do campo elétrico também troca. Conseqüentemente,

(1.60)

Certifique-se de entender as etapas acima. Da Lei de Gauss segue

(1.61)

E para o tamanho do campo elétrico obtemos e assim

(1.62)

40
Observe que o campo é constante, mas apontar na direção oposta para valores
positivos e negativos ŷ, respectivamente.

Em geral, portanto, para densidades de carga não-uniformes, esse método não pode
ser usado, a menos que se saiba que o campo elétrico possui apenas um componente

ŷ. Então, o resultado parecerá E (x, z) ≈ σ (x, z)yˆ.
Uma superfície esférica de carga

Figura 1.23: Ilustração de uma superfície esférica carregada com densidade σ e raio R.

Consideramos uma superfície carregada esférica (ou concha) com raio R e densidade de
carga de superfície σ como ilustrado em Fig 1.23. Quais são os componentes do campo
elétrico? Suponha que existam componentes não radiais (esféricos). Gire a configuração em
torno de seu centro, de modo que os componentes não-radiais mudem de direção. Perceba
que a configuração física é invariante, permitindo que não haja componentes não radiais.
O mesmo argumento pode ser usado para deduzir que o componente radial do

campo depende apenas de r. Por isso, E = Er(rr̂. Nós não especificamos se discutimos
o campo dentro ou fora do shell. Bem, não importa. Tanto dentro como fora do shell,
podemos usar os argumentos acima.
Para o fluxo elétrico dentro da casca segue:

(1.63)

Não há cobrança fechada, então temos:

Φ = Er(r)4πr2 = 0 (1.64)

41
Existe apenas uma possibilidade: E(r) = 0 dentro da superfície.
Fora da casca, r > R, encontramos a mesma expressão para o fluxo. A carga incluída
é Q = superfície σ do = σ 4πR2. Nós obtemos:

(1.65)

Para o campo elétrico segue

(1.66)

De fato, o campo elétrico fora do invólucro é idêntico ao de uma carga pontual


no centro com a mesma carga que presente no invólucro. Isso pode ser facilmente
mostrado. Nós substituímos na equação 1.66 e encontre qual é o campo de
uma carga pontual, como esperado:

(1.67)

1.8 Mais sobre equações de campo elétrico


A Lei de Gauss é uma chamada equação de campo. Ele usa uma (superfície) integral
e, portanto, é chamado de equação integral. Existe também uma forma diferencial desta
lei, que derivamos nesta seção.
No entanto, a Lei de Gauss não especifica todas as propriedades do campo elétrico. É
necessária mais uma equação de campo. A forma integral da segunda equação de campo é
baseada na integral de loop do campoelétrico como veremos abaixo.

1.8.1 Flux e divergência

A divergência do campo elétrico é definida como

(1.68)

42
Vamos apresentar esta quantidade de forma natural e descrever o seu vínculo com
a Lei de Gauss.


Figura 1.24: Uma caixa infinitesimal com volume = dxdydz em um campo elétrico E (x, y, z). As
tampas de a a f são indicadas. Além disso, os vetores de campo na capa a e b são mostrados.

A Figura 1.24 mostra uma caixa infinitesimalmente pequena, que é colocada em um



campo elétrico não especificado E (x, y, z). Trabalhamos em coordenadas cartesianas e
calculamos o fluxo elétrico através da caixa.


O fluxo ∫ E · d →o através de cada uma das capas a f da caixa é dado por:
a : −Ex(x, y, z)dydz
b : Ex(x + dx, y, z)dydz
c : −Ey(x, y, z)dxdz (1.69)
d : Ey(x, y + dy, z)dxdz
e : −Ez(x, y, z)dxdy
f : Ez(x, y, z + dz)dxdy
onde Ex(x, y, z) e assim por diante são definidos no centro da capa correspondente.
Observe o sinal relativo de menos para capas opostas que vem da direção oposta dos
vetores normais sobre estas capas. Agora, adicionamos todas as contribuições para
obter o fluxo através da caixa:

43
¢ →E · d →o [Ex (x + dx, y, z) − Ex (x, y, z)]dydz
[Ey(x, y + dy, z) − Ey(x, y, z)]dxdz (1.70)
[Ez(x, y, z + dz) − Ez(x, y, z)]dxdy

Lembre-se da regra do cálculo elementar que d f = f (x + dx) – f (x). A equação acima


pode ser reescrita como:

¢ E · d →a = dExdydz + dEydxdz + dEzdxdy (1.71)
box

Agora multiplique a parte com Ex, Ey e Ez com , respectivamente, que


é (para físicos) matematicamente equivalente a se multiplicar pela unidade. Nós
encontramos

(1.72)

Assim, derivamos uma relação entre o fluxo através da caixa infinitesimal e a


divergência do campo elétrico. A relação é, no entanto, válida para qualquer volume.
Para ver isso, encaixe caixas juntas para fazer você qualquer volume como ilustrado na
figura. 1.24. We obtain:
(1.73)

Embora possamos derivar essa expressão para o campo elétrico, é válido para qualquer
campo vetorial e foi derivado por Gauss. Nós nos referiremos a essa expressão como
Teorema de Gauss.

1.8.2 Lei de Gauss e Teorema de Gauss

Lei de Gauss para o fluxo elétrico:

(1.74)

44
pode ser combinado com o teorema de Gauss:

(1.75)

Isso leva à seguinte expressão:

(1.76)

which implies

(1.77)

Esta relação é a Lei de Gauss em forma diferencial. Relaciona localmente a densidade


de carga eo campo elétrico.

1.8.3 A integral fechada do campo elétrico

Figura 1.25: Uma ilustração de um caminho integral no campo elétrico


de uma carga pontual q.

Outra característica importante do campo elétrico emerge quando consideramos o


caminho integral docampo de uma carga de ponto q:

(1.78)

45
O campo elétrico está apontando puramente radialmente. Não importa qual seja o

caminho exato seguido de a a b, o ponto-produto filtra o componente radial ( r̂ · d l = dr).
Assim, podemos substituir o caminho integral por:

(1.79)

Para um caminho fechado ra = rb, obtemos:

(1.80)

Assim, independente do caminho que seguimos, a integral de um caminho fechado


do campo elétrico é zero. Usando o princípio da superposição, podemos argumentar
que essa relação derivada de uma carga de ponto é válida para qualquer densidade
de carga.
A expressão é a segunda equação de campo elétrico na forma integral
e não possui um nome histórico. A forma diferencial derivaremos mais
tarde.

46
1.9 O potencial elétrico

1.9.1 Trabalho no campo gravitacional

Para atualizar a sua memória, consideramos o trabalho e a energia potencial em


um campo gravitacional.
O trabalho, W quando você levanta um objeto com massa m do chão à altura h é

(1.81)
p
com a força, |F| = mg, a massa vezes a constante gravitacional. Para levantar o
p p
objeto, precisamos aplicar uma força F = −FG = mglˆ e, portanto, a quantidade total de
trabalho necessária é:
W = mgh (1.82)
A energia potencial do objeto é igual a U = W = mgh. Na seção a seguir, aplicamos
esse princípio ao campo elétrico.

Figura 1.26: Potencial elétrico.

47
1.9.2 Potencial Elétrico

A energia potencial gravitacional U de um objeto atribuindo U = 0 para uma


configuração de referência e calculando o trabalho W a força gravitacional não se o
objeto for movido para cima ou para baixo desse nível.
U = −W (1.83)
Vamos seguir o mesmo procedimento com nossa nova força conservadora, a força
elétrica. Ao longo do caminho, calculamos o trabalho realizado pela força elétrica na
carga de teste. A energia potencial da configuração final é então dada, onde W é agora
o trabalho feito pela força elétrica.

(1.84)

Isto é, o potencial elétrico é a quantidade de energia potencial elétrica por unidade


de carga quando uma carga de teste positiva é trazida do infinito. Repetindo este
procedimento, descobrimos que um potencial elétrico é configurado em cada ponto
no campo elétrico da haste. De fato, todo objeto carregado configura opotencial elétrico V
em pontos ao longo de seu campo elétrico.

(1.85)

ou
U = qV, (1.86)

onde q pode ser positivo ou negativo.

A unidade SI para o potencial que segue é o joule por coulomb. Essa combinação
ocorre com tanta frequência que uma unidade especial, o volt (abreviado V), é usada
para representá-lo. Portanto,

1 volt = 1 joule por culomb. (1.87)

48
Com duas conversões de unidades, podemos agora mudar a unidade para campo
elétrico de newtons por coulomb para uma unidade mais convencional:

(1.88)

O fator de conversão no segundo conjunto de parênteses vem da nossa definição


de volt dada acima.
que no terceiro conjunto de parênteses é derivado da definição do joule. De agora
em diante, expressaremos valores do campo elétrico em volts por metro, e não em
newtons por coulomb.
Movimento através de um campo elétrico
Se passarmos de um ponto inicial i para um segundo ponto f no campo elétrico de
um objeto carregado, o potencial elétrico muda

V = Vf − Vi (1.89)
Se movermos uma partícula com carga q de i para f, então a energia potencial do
sistema muda de
∆U = q∆V = q(Vf − Vi) (1.90)
A mudança pode ser positiva ou negativa, dependendo dos sinais de q e V . Também
pode ser zero, se não houver mudança no potencial de i para f. Como a força elétrica é
conservadora, a mudança na energia potencial ∆U entre i e f é a mesma para todos os
caminhos entre esses pontos.
W = −∆U (1.91)
Em seguida, podemos relacionar esse trabalho com a mudança no potencial,
substituindo
W = −∆U = −q∆V = −q(Vf − Vi) (1.92)

49
Até agora, sempre atribuímos trabalho a uma força, mas aqui também podemos
dizer que W é o trabalho feito na partícula pelo campo elétrico . Porque ∆U entre
quaisquer dois pontos é independente do caminho, assim como o trabalho W feito
pelo campo. Se uma partícula carregada se move através de um campo elétrico sem
força atuando sobre ela além da força elétrica devido ao campo, então a energia
mecânica é conservada. Então podemos escrever a conservação da energia mecânica
da partícula que se move do ponto i para o ponto f como

Ui + Ki = Uf + Kf (1.93)
ou
∆K = −∆U. (1.94)
Encontramos uma equação muito útil para a mudança na energia cinética da
partícula como resultado da movimentação da partícula através de uma diferença de
potencial:
∆K = −q∆U = −q(Vf − Vi) (1.95)
Se alguma força além da força elétrica atua sobre a partícula, dizemos que a força
adicional é uma força aplicada ou força externa, que é frequentemente atribuída a um
agente externo. Nós contabilizamos esse trabalho Wapp:
(Energia inicial) + (Trabalho realizado por uma força aplica) = (Energia final) (1.96)
ou
Ui + Ki + Wapp = Uf + Kf (1.97)
Rearranjando e substituindo, podemos também escrever
∆K = −∆U + Wapp + Wapp − q∆V + Wapp. (1.98)
O trabalho pela força aplicada pode ser positivo, negativo ou zero, e assim a energia
do sistema pode aumentar, diminuir ou permanecer a mesma.
No caso especial em que a partícula está estacionária antes e depois do movimento,
os termos de energia cinética são zero e temos
Wapp = q∆V para Ki = Kf (1.99)

50
Neste caso especial, o trabalho Wapp. envolve o movimento da partícula através da
diferença de potencial ∆V e não uma mudança na energia cinética da partícula.
Vemos que neste caso especial, o trabalho pela força aplicada é o negativo do
trabalho pelo campo:
Wapp = −W para Ki = Kf (1.100)
Uma unidade mais conveniente é o elétron-volt, que é definido como sendo igual
ao trabalho necessário para mover uma única carga elementar e através de uma
diferença de potencial ∆V de exatamente um volt. Temos que a magnitude desse
trabalho é q∆V .
1 eV = e(1V)
= (1,602 × 10−19 C)(1 J/C) = 1,602 × 10−19 J. (1.101)

1.9.3 Superfícies Equipotennciais e o campo Elétrico

Pontos adjacentes que têm o mesmo potencial elétrico formam uma superfície
equipotencial, que pode ser uma superfície imaginária ou uma superfície física real.
Nenhum trabalho líquido W é feito em uma partícula carregada por um campo elétrico
quando a partícula se move entre dois pontos i e f na mesma superfície equipotencial.
Isto nos diz que W deve ser zero se Vf = Vi.

O trabalho feito pelo campo elétrico em uma partícula carregada à medida que a
partícula se move de uma extremidade para a outra dos caminhos I e II é zero porque
cada um desses caminhos começa e termina na mesma superfície equipotencial e,
portanto, não há nenhuma mudança líquida no potencial.

51
Figura 1.27: Superfície equipotencial perpendicular ao campo elétrico.

De simetria, as superfícies equipotenciais produzidas por uma partícula carregada


ou uma distribuição de carga simétrica esfericamente são uma família de esferas
concêntricas. Para um campo elétrico uniforme, as superfícies são uma família de
planos perpendiculares às linhas de campo.

Calculando o Potencial do Campo


Para fazer o cálculo, encontramos o trabalho feito em uma carga de teste positiva
pelo campo à medida que a carga se move de i para f. Considere um campo elétrico
arbitrário, representado pelas linhas de campo na figura abaixo, e uma carga de teste
positiva q0 que se move ao longo do caminho mostrado do ponto i ao ponto f.
p p
dW = F · ds. (1.102)
p p
dW = q Eds. o
(1.103)
Para encontrar o trabalho total W feito sobre a partícula pelo campo à medida
que a partícula se move do ponto i para o ponto f, somamos - via integração - os
trabalhos diferenciais feitos na carga à medida que ela se move através de todos os
deslocamentos ds o caminho:

(1.104)

Se substituirmos o trabalho total W, encontramos

(1.105)

52
Assim, a diferença de potencial Vf Vi entre quaisquer dois pontos i e f em um campo
elétrico é igual ao negativo da integral de linha (significando a integral ao longo de um
caminho particular) de E: d: s de i para f. No entanto, como a força elétrica é conservadora,
todos os caminhos (fáceis ou difíceis de usar) produzem o mesmo resultado.

Figura 1.28: Ilustração das linhas de campo elétrico e o movimento de uma carga.

A equação acima nos permite calcular a diferença de potencial entre dois pontos
no campo. Se definirmos o potencial Vi = 0, então

(1.106)

em que deixamos cair o subscrito f em Vf. A equação acima nos dá o potencial V


em qualquer ponto f no campo elétrico em relação ao potencial zero no ponto i. Se
deixarmos o ponto estar no infinito, então a equação acima nos dá o potencial V em
qualquer ponto f em relação ao potencial zero no infinito.

Figura 1.29: Ilustração das linhas de campo elétrico uniforme e o movimento de uma carga.

Vamos aplicar a equação acima para um campo uniforme como mostrado na figura
anterior. A separação entre as duas linhas equipotenciais é x.
p
E . dsp = Eds cos0º = E ds (1.107)

53
Como E é constante para um campo uniforme, temos

(1.108)

A integral é simplesmente uma instrução para adicionarmos todos os elementos


de deslocamento ds de i para f, mas já sabemos que a soma é o comprimento x. Assim,
podemos escrever a mudança no potencial Vf Vi neste campo uniforme como
∆V = −E∆x (campo uniforme) (1.109)
Esta é a variação na voltagem V entre duas linhas equipotenciais em um campo
uniforme de magnitude E, separado pela distância x. Se nos movermos na direção do
campo pela distância x, o potencial diminui. Na direção oposta, aumenta.
“O vetor de campo elétrico aponta de um potencial maior para um potencial
menor.”

1.9.4 Energia potencial no campo elétrico

Figura 1.30: Potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme.

54
Considere uma carga (teste) q no campo elétrico de uma carga de ponto Q na
p p
posição P. A força elétrica na carga de teste é Felec = q E. A força (mínima) que você deve
p
exercer em q para movê-lo em frente ao campo elétrico é – q E. A energia potencial da
configuração é definida como o trabalho mínimo necessário (para você) para trazer a
carga de teste q do infinito para P.
(1.110)
p
Onde foi o sinal de menos? Primeiro, a variável de integração l correu de inf para
P. Na última etapa, mudamos a variável para rp, a distância radial em relação à fonte de
p
carga Q que é oposta a l .
p
Deve-se enfatizar que o caminho seguido dl em princípio tem componentes
radiais e não radiais (o φˆ e θˆ direction). No entanto, como antes, argumentamos que
o campo elétrico possui apenas um componente radial e podemos escrever:

(1.111)

Agora, substitua o campo elétrico de uma carga de ponto e obtenha:

(1.112)

Uma definição do “potencial”V é a energia potencial de uma unidade de carga no


campo da fonte de carga Q:

(1.113)

onde o ponto de referência ou “ponto de medição”é implícito no infinito.

55
Para calcular o potencial de uma coleção de carga, simplesmente estendemos a
equação 1.113 e integramos todas as cobranças de pontos na coleção:

(1.114)

Figura 1.31: Ilustração do potencial elétrico gerado por uma distribuição


infinitesimal de carga.

1.9.5 A definição do potencial elétrico

A definição mais geral do potencial é

(1.115)

onde o ponto de medição pode ser escolhido sempre que quiser. Você pode verificar-se
que, por um ponto de carga e ponto-indicador no infinito, você encontra a equação
anterior 1.113.
Definimos o potencial iniciando a energia potencial de uma configuração de carga
simples. Tudo bem, opotencial e a energia potencial estão relacionados; Isso é útil para
saber. Mas, e sobre a definição geral do potencial? Depende, em geral, da livre escolha
de um ponto de calibração. Como essa liberdade pode ser útil para descrever a física?

56
De fato, o potencial em si não possui interpretação física. No entanto, a diferença de
potencial e, como veremos em breve, o gradiente do potencial são quantidades físicas
relevantes.

1.9.6 O potencial elétrico e campo elétrico

Na seção anterior, sabemos como calcular o potencial do campo elétrico. É também


possível determinar o campo elétrico dado o potencial. Para encontrar essa relação,
considere a diferença de potencial entre pontos A e B:

(1.116)

onde trocamos o limite superior e inferior da integral, então acompanhe os sinais


“mais e menos”! Observe que a diferença de potencial VAB é exclusivamente definida,
independente do ponto de medição.
O potencial é apenas uma função escalar. Consequentemente,

(1.117)

Com a definição padrão do gradiente:

(1.117)

Nós encontramos:

(1.117)

57
Combinando equações 1.116 e 1.119 conduz a:

(1.120)

Assim, o gradiente de V tem uma interpretação física; É o campo elétrico (com


um sinal de menos). Isso fecha o círculo. Agora podemos determinar o potencial do
campo elétrico e vice-versa.
Para maior exatidão, expressamos a Lei de Gauss em termos de potencial elétrico.
Para isso precisamos do operador Laplacian, , definido por:

(1.121)

Agora, voltamos para a Lei de Gauss e derivamos:

(1.122)

que geralmente é chamado de “equação de Poisson”. Vamos lançar mais uma definição.
Na ausência dequalquer encargo, a equação de Poisson se torna:

(1.123)

que se chama equação de Laplace.

Potencial elétrico e campo elétrico de uma carga puntiforme


Determinamos o potencial de uma cobrança de pontos:


(1.124)

58
Agora, verificamos se a expressão retorna o campo elétrico correto.
Começamos com:

(1.125)

e concluimos que

(1.126)

A maioria das expressões em eletrodinâmica envolvem função simétrica esférica.


Para essa função, f (r), você pode determinar rapidamente o gradiente usando a
seguinte relação.

(1.127)

O potencial de uma linha de carga


Vários exemplos nos convenceram que começando com o potencial elétrico
simplificam o cálculo do campo elétrico. O exemplo a seguir mostra que devemos ter
cuidado.

59
V=

Calculamos o potencial elétrico de uma carga de linha infinitamente longa no ponto P,


integrando sobretoda a carga na linha (veja Equação 1.114):

(1.128)

(1.129)

Colocamos a linha no eixo z e, portanto, dq = λdx. Consequentemente,

(1.130)

60
Podemos simplificar o resultado usando a propriedade , podemos
escrever
(1.131)

Limite para d   L.
Nessa condição podemos usar a aproximação

(1.132)

(1 + n)n ≈ 1 + nx, x  1 (1.133)


reescrevendo a expressão acima obtemos

usando a expressão, d  L ou seja,  1, e que (1 + n)n ≈ 1 + nx, temos

(1.134)

Assim

(1.135)

61
agora usando usando uma expansão em até primeira ordem

(1.136)

agora
(1.137)

(1.138)

Usando que q = λ L e fazendo d = r  1 obtemos finalmente

(1.139)

62
SAIBA MAIS
Para uma análise adicional sobre o conteúdo, podemos acessar o link de simulação do Phet
colorado sobre
eletrostática. Por exemplo o de simulação força elétrica, campo elétrico e potencial: https://
phet.colorado.edu/en/simulations/charge and-fields
E também sobre a lei de Coulomb https://phet.colorado.edu/en/simulations/coulombs-law

PENSE NISSO
O potencial elétrico é uma grandeza escalar, e embora não tenha as informação adicionais
como direção e sentido como um vetor, ela permite que calculemos o campo elétrico por
meio do operador gradiente, caso o potencial dependa das coordenadas, por exemplo
cartesianas, (x, y, z).

SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Eletricidade conceitos e cálculos fundamentai
Autor: Luiz Guilherme Rezende Rodrigues.
Editora: Inter Saberes
Sinopse: O fenômeno elétrico é um dos mais antigos conhecidos
pelo homem. No entanto, somente nos últimos séculos é que
suas principais características foram descobertas, assim como
as causas de sua existências e de sua propagação.Neste livro,
buscamos respostas para as dúvidas que permeiam o tema: O
que é a eletricidade? Como ela ocorre? Quais suas propriedades
fundamentais? De forma didática, respondemos a essas e a outras
questões mostrando as implicações matemáticas da eletricidade no estudo da física.Junte-se
a nós nessa corrente e percorra o circuito que aborda o funcionamento da eletricidade, a fim
de lançar luz sobre esse assunto que tanto magnetiza e fascina a humanidade.

63
Conclusão
Nesta unidade consideramos as principais grandezas da eletrostática, como a força,
campo e potencial elétrico que nos forneceram uma extensa descrição dos fenômenos
de interação entre cargas elétricas, desde as quantidades vetoriais (força e campo) como
as escalares (potencial). E como estas são aplicadas na resolução de diversos problemas
associados a eletrostática.

64
UNIDADE 2
PRINCIPAIS
COMPONENTES
DE UM CIRCUITO
ELÉTRICO
INTRODUÇÃO
Nesta unidade estudaremos os principais componentes de um circuito elétrico,
eletrodinâmica, a saber, o capacitor e o resistor e como estes interagem em um circuito elétrico.
Inicialmente sobre capacitores, iremos compreender sua principal função (armazenar energia
no campo elétrico) por meio do acumulo de cargas entre suas placas. Na sequência iremos
abordar as propriedades dos resistores como limitadores de corrente elétrica, e como esta
grandeza física depende essencialmente das suas dimensões, ou seja seu tamanho. E por fim
como este interagem em um circuito elétrico.

66
2.1 Capacitores
Tomamos duas placas paralelas de material condutor e carregamos as placas com
carga oposta como indicado na figura abaixo. As placas são separadas por uma distância d.
Ignoramos a espessura das placas e assumimos que as placas têm uma superfície grande A
em relação a d. Nós calculamos o campo elétrico para

Figura 2.1: Duas placas paralelas de material condutor. As placas têm carga oposta Q
e são separadas por uma distância d. A contribuição para o campo elétrico de cada
placa individual também é indicada.

uma carga de superfície plana infinitamente grande, que fornece uma boa
aproximação para a configuração atual com A  d. Temos que adicionar a contribuição
das duas placas. Entre as placas, obtemos:

(2.1)

O campo elétrico é constante e aponta para longe da placa carregada positiva.


A contribuição da carga negativa obtém um sinal de menos adicional, pois se fosse
uma carga positiva o campo apontaria na direção negativa z. Certifique-se de que
compreende este argumento.

67
A diferença de potencial entre as placas é dada por:

(2.2)

Capacitância
Nós vimos isso V 8 Q. Agora, apresentamos uma constante de proporcionalidade
chamada capacitância,
C, tal que

(2.3)

A capacitância depende completamente da geometria da configuração elétrica.


Para a configuração com as duas placas, mostramos que . O maior A e o menor
d mais carga pode ser armazenada na configuração para o mesmo potencial V . A
unidade de capacitância é chamada Farad (= Coulomb / Volt), denotada por F. Na
prática, C, medido em Farad é numericamente pequeno. Para a nossa configuração de
placa com d = 1 mm e A = 1 m, C = 9 10−11 F. Nos jornais alguns anos atrás, havia um
item sobre um capacitor pequeno com C = 1 F, mas ainda não descobri mais como
fazer isso. Deixe-me saber se você encontra o “truque”na web.
Exemplos de Capacitores: Configuração Cilindrica

Figura 2.2: Dois condutores coaxiais. Os condutores interno e externo têm raios a e b
respectivamente. Os condutores têm carga total oposta Q.

A figura acima mostra uma configuração cilíndrica, composta por dois condutores
coaxiais com compri- mento L. O condutor interno tem um raio R1. O raio externo é R2

68
e é muito menor do que o comprimento. Os condutores têm uma carga total inversa
de US Q. Qual é a capacitância desta configuração?

Figura 2.3: Ilustração das camadas de um capacitor.

Primeiro, determine o campo elétrico no espaço entre os dois condutores. Podemos


assumir que
L  R2, o que implica que, longe das bordas, o campo é radial. A densidade de
carga no condutor interno é . Calculamos o fluxo através de uma pequena
superfície cilíndrica Gaussiana imaginária e obtemos:

(2.4)

Observe que entre os condutores não há contribuição para o fluxo (e o campo) do


condutor externo. O campo elétrico é
0

 A diferença de potencial entre os dois condutores é dada por:

(2.5)

 Agora sabemos o potencial e é trivial obter a capacitância:

(2.6)

69
Como o capacitor de placa, a capacitância dessa configuração aumenta quando a
distância entre os doiscondutores se torna menor.

Capacitor esférico
Consideramos agora um capacitor consistindo em uma superfície esférica (portanto, não
uma esfera maciça, mas uma casca com alguma espessura) de um material condutor com
raio b. Em seu centro, colocamos uma esfera condutora com raio a. Os condutores carregam
carga contrária Q. Qual é a capacitância desta configuração? Para calcular o campo elétrico,
usamos uma superfície gaussiana esférica com o raio r, de forma que a < r < b.
Para o campo elétrico obtemos:
(2.7)

Figura 2.4: Ilustração de um capacitor esféricos.

Agora calculamos a diferença de potencial entre os condutores:

(2.8)

Para a capacitância segue:

(2.9)

70
Observe que a capacitância é independente em V e / ou Q e, portanto, é realmente uma
quantidade puramente geométrica.

Figura 2.5: Energia de um capacitor.

Energia de um capacitor
Começamos com um capacitor não carregado e movemos os elétrons de um
condutor para o outro para carregá-lo. O sentido dos elétrons na força elétrica no
processo. Por isso, movê-los exige energia.

A energia necessária para trazer alguma taxa dq para o outro condutor é dU = V (q)dq.
Com V (q) a diferença de potencial entre os dois condutores como função da carga
movida já q. Uma vez que a capacitância C é uma quantidade puramente geométrica,
podemos escrever V (q) = q/C e, portanto, . A energia total de um capacitor de
carga é então dada por:

(2.10)

com Q e V a carga final e o potencial do capacitor, respectivamente.

71
2.2 Corrente Elétrica e Resistores
Se houver uma corrente elétrica através de uma dada superfície, deve haver um fluxo
líquido de carga através daquela superfície. Se você passar um plano hipotético através
desse fio, os elétrons de condução passam por ele em ambas as direções a uma taxa de
muitos bilhões por segundo - mas não há transporte líquido de carga e, portanto, nenhuma
corrente através do fio. No entanto, se você conectar as extremidades do fio a uma bateria,
você influenciará ligeiramente o fluxo em uma direção, com o resultado de que agora existe
um transporte líquido de carga e, portanto, uma corrente elétrica através do fio. O fluxo de água
através de uma mangueira de jardim representa o fluxo direcionado de carga positiva a uma
taxa de talvez um milhão de coulombs por segundo.
Não há transporte líquido de carga, no entanto, porque existe um fluxo paralelo de carga
negativa exatamente da mesma quantidade que se move exatamente na mesma direção.
Como na figura acima nos lembra, qualquer circuito de condução isolado - independentemente
de ter uma carga excessiva - está todo no mesmo potencial.
Se a carga dq passa por um plano hipotético (como aa) no tempo dt, então o i atual
através desse plano édefinido como

(2.11)

Podemos encontrar a carga que passa pelo plano em um intervalo de tempo que
vai de 0 a t por integração:
(2.12)

em que a corrente i pode variar com o tempo.


Da mesma forma, se temos um fluxo constante de água através de uma mangueira de
jardim, uma gota de água deve deixar o bocal para cada gota que entra na mangueira na
outra extremidade. A quantidade de água na mangueira é uma quantidade conservada.
A unidade SI para corrente é o coulomb por segundo, ou o ampere (A), que é uma
unidade base SI:
1 ampere = 1 A = 1 coulomb por segundo 1C/s. (2.13)

72
Figura 2.6: Conservação da corrente elétrica em um

A figura acima (a) mostra um condutor com a corrente i0 dividindo-se em uma


junção em duas ramificações. Porque a carga é conservada, as magnitudes das
correntes nos ramos devem adicionar para produzir a magnitude da corrente no
condutor original, de modo que

io = i1 + i2 (2.14)
Como a figura acima (b) sugere, dobrar ou reorientar os fios no espaço não altera a
validade da equaçãoacima. As setas atuais mostram apenas uma direção (ou sentido) do fluxo
ao longo de um condutor, não uma direção no espaço.

2.2.1 Corrente Elétrica - Movimento de Cargas


Quando um comutador é lançado para acender um circuito, uma muito pouca
quantidade da carga accu-mulates ao longo das superfícies dos arames e outros elementos
de condução do cir-cuit, e estas cargas superficiais produzem campos elétricos que dirigem
o movimento de cargas pelos materiais de condução docircuito.

Figura 2.7: movimento de cargas elétricas em um fio.

73
No estado estacionário, a carga já não continua ac acumulam em pontos ao longo do
circuito e a corrente é constante. Para os circuitos neste capítulo que contém condensadores e
resistores, a corrente pode aumentarou de dobrar lentamente, mas as modificações apreciáveis
só ocorrem durante um período que é muito mais longo do que o tempo tinha de conseguir
o estado estacionário. A figura acima mostra um segmento de um arame que transporta
uma corrente.
Se Q for a carga que flui pela transversal área da seção transversal um no t de tempo,
a corrente sou As cargas móveis podem ser negativamente acusadas ou positivamente
acusadas. Além disso, uma direção ao longo do arame é indicada como a direção positiva.
Pela convenção, o sinal da corrente é positivo se a corrente for devida a cargas positivas que se
movem na direção positiva ou a cargas negativas que se movem na direção negativa. Contudo,
a corrente é negativa se for devido a cargas positivas que se movem na direção negativa ou
a cargas negativas que se movem na direção positiva. Esta convenção foi estabelecida antes
que se conhecesse que as transportadoras de carga móveis em metais foram elétrons livres.
Assim, em um arame metálico que transporta a corrente, os elétrons livres movem-se na
direção negativa quando a corrente é posi-tive, evice-versa.

2.2.2 Resistência e lei de Ohm


A corrente em um condutor é dirigida por um campo elétrico em dentro do condutor que
exerce uma força qE pelas cargas livres. (No equilíbrio eletrostático, o campo elétrico deve ser
zero dentro de um condutor, mas quando há uma corrente em um condutor, o condutor não
está já no equilíbrio eletrostático.) As cargas livres vai à deriva abaixo o condutor, dirigido
por forças exercidas pelas cargas pelo campo elétrico. Em um metal, as cargas livres são
negativamente acusadas, portanto as cargas livres são dirigidas em uma direção em frente da
direção do campo elétrico em E.

Figura 2.8: Diferença de potencial em um fio com corrente i.

74
Se as únicas forças pelas cargas livres fossem as forças elétricas, então as cargas livres
ganhariam a velocidade indef-initely. Contudo, isto não acontece porque os elétrons livres
interagem com a treliça de íons que compõem o metal, e as forças de interação opõem a
correnteza - ing o movimento dos elétrons livres.
A figura acima mostra um segmento de arame que tem um L de comprimento,
uma transversal área da seção transversal A, e uma corrente I. Como ponto de campos
elétricos na direção da redução poten-tial, o potencial no ponto a é maior do que o
potencial no ponto b. Se modelarmos a corrente como o fluxo de transportadoras
de carga seguras, estas transportadoras de carga seguras vão à deriva na direção da
redução de potencial. Supondo o campo elétrico ES ser uniforme durante o segmento,
a baixa potencial V entre pontos a e b é
A proporção da baixa potencial na direção da corrente à corrente é chamado a
resistência do segmento, onde a direção da corrente se refere à direção do vetor de
densidade atual. A unidade SI da resistência, volt por ampere, é chamada um ohm (Ω):
Para muitos materiais, a resistência de uma amostra do material não depende
da baixa potencial ou da corrente. Tais materiais, que incluem a maior parte de metais,
são chamados materiais ohmic. Para muitos materiais ohmic a resistência permanece
essencialmente constante sobre uma ampla variação de condições. Neste caso a baixa
potencial através de um segmento do material é proporcional à corrente no material. A
equação é tipicamente escrita como

V = Ri (2.15)
A relação V = IR é comumente chamada de lei de Ohm, mesmo quando o resis-
tance R varia com acorrente I.

Figura 2.9: (a) Gráfico da lei de Ohm, (b) Não ôhmico.

75
2.2.3 Densidade de Corrente

Figura 2.10: Densidade de corrente.

Às vezes, estamos interessados na corrente i em um condutor particular. Para cada


elemento da seção transversal, a magnitude J é igual à corrente por unidade de área
através desse elemento.Podemos escrever a quantidade de corrente através do
elemento como: , onde é o vetor da área do elemento, perpendicular
ao elemento. A corrente total através da superfície é então
(2.16)
Se a corrente é uniforme ao longo da superfície e paralela a , então: também
é uniforme e paralelo a
(2.17)

assim
(2.18)

onde A é a área total da superfície. Vemos que a unidade SI para densidade de


corrente é o ampere por metro quadrado (A/m2).
A corrente, que está para a direita na figura acima, faz uma transição do condutor
mais largo à esquerda para o condutor mais estreito à direita. Como a carga é conservada
durante a transição, a quantidade de carga e, portanto, a quantidade de corrente não
podem mudar. No entanto, a densidade de corrente muda - é maior no condutor mais
estreito.

76
2.2.4 Velocidade de Deriva
A velocidade de deriva é pequena comparada com as velocidades no movimento
aleatório. Por exemplo, nos condutores de cobre da fiação doméstica, as velocidades de
desvio de elétrons são talvez de 10−5 ou 10−4, m/s, enquanto as velocidades de movimento
aleatório são de cerca de 106 m/s.

2.2.5 Resistência e Resistividade


Se aplicarmos a mesma diferença de potencial entre as extremidades de hastes
geometricamente semelhan- tes de cobre e de vidro, resultarão correntes muito diferentes. A
característica do condutor que entra aqui é sua resistência elétrica. Determinamos a resistência
entre quaisquer dois pontos de um condutor, aplicando uma diferença de potencial V entre
esses pontos e medindo a corrente i resultante. A resistência R é então

(2.19)
A unidade SI para resistência é o volt por ampere. Essa combinação ocorre com
tanta frequência que lhe damos um nome especial, o ohm (símbolo Ω); isso é,
1 ohm = 1Ω = 1 volt por ampère (2.20)
= 1 V/A (2.21)
Um condutor cuja função em um circuito é fornecer uma resistência especificada
é chamado de resistor.
Em um diagrama de circuito, nós representamos um resistor e uma resistência com
o símbolo,

(2.21)

vemos que, para um dado V, quanto maior a resistência, menor a corrente.

77
Figura 2.11: Tabela de resistividade.

A resistência de um condutor depende da maneira pela qual a diferença de potencial é


aplicada a ele. A acima, por exemplo, mostra uma dada diferença de potencial aplicada de duas
maneiras diferentes ao mesmo condutor. Como as linhas de corrente da densidade sugerem,
as correntes nos dois casos - daí as resistênciasmedidas - serão diferentes.
Como fizemos várias vezes em outras conexões, muitas vezes desejamos ter uma
visão geral e lidar não com objetos particulares, mas com materiais. Aqui fazemos isso
concentrando-nos não na diferença de potencial V através de um resistor particular, mas no
campo elétrico E: em um ponto em um material resistivo. Em vez de lidar com a corrente i
através do resistor, lidamos com a densidade de corrente: J no ponto em questão. Em vez
da resistência R de um objeto, lidamos com a resistividade r do material:

(2.23)

Se combinarmos as unidades SI de E e J obtemos, para unidade de ρ, o ohm-metro


(Ω · m):

(2.24)

(Não confunda o ohmímetro, a unidade de resistividade, com o ohmímetro, que é


um instrumento que mede a resistência.) Tabela acima lista as resistividades de alguns
materiais.

78
Nós podemos escrever
(2.25)

As equações acima são válidas apenas para materiais isotrópicos - materiais cujas
propriedades elétricas são as mesmas em todas as direções.
Muitas vezes falamos da condutividade de um material. Isto é simplesmente o recíproco
de sua resistivi-dade,

(2.26)
As unidades de Si de condutividade é o ohm metro recíproco que às vezes é usado
(Ω · m)−1.

(2.27)

Calculando a Resistência da Resistividade

Figura 2.12: Resistência de um fio.

Acabamos de fazer uma distinção importante:


“A resistência é uma propriedade de um objeto. A resistividade é uma propriedade
de um mate-rial”.
Se soubermos a resistividade de uma substância como o cobre, podemos calcular
a resistência de um pedaço de arame feito dessa substância. Seja A a área da seção
transversal do fio, seja L seu comprimento e ∆V a diferença de potencial entre suas
extremidades (figura cimas). Podemos escrever
E = V/L e J = i/A (2.28)

79
Podemos então combinar as equações acima e obter

(2.29)

No entanto, V/i é a resistência R, que nos permite escrever

(2.30)

Esta equação pode ser aplicada somente a um condutor isotrópico homogêneo de


seção transversal uniforme, com a diferença de potencial aplicada como na figura acima.
As grandezas macroscópicas V , i e R são de maior interesse quando estamos
realizando medições elétricas em condutores específicos. São as quantidades que
lemos diretamente em metros. Voltamo-nos para as quantidades microscópicas E, J e
r quando estamos interessados nas propriedades elétricas fundamentais dos materiais.

2.2.6 Potência em um resistor e em circuitos elétricos


A Figura abaixo mostra um circuito consistindo de uma bateria B conectada
por fios, que supomos ter resistência insignificante, a um dispositivo condutor não
especificado. O dispositivo pode ser um resistor, uma bateria de armazenamento
(uma bateria recarregável), um motor ou algum outro dispositivo elétrico. A bateria
mantém uma diferença de potencial de magnitude V em seus próprios terminais e,
portanto (devido aos fios) através dos terminais do dispositivo não especificado, com
um potencial maior no terminal a do dispositivo do que no terminal b.

Figura 2.13: Potência em um circuito.

80
Como existe um caminho de condução externo entre os dois terminais da bateria
e porque as diferenças de potencial configuradas pela bateria são mantidas, uma
corrente constante i é produzida no circuito, direcionada do terminal a ao terminal b.
A quantidade de carga dq que se move entre esses terminais no intervalo de tempo
dt é igual a idt. Esta carga dq se move através de uma diminuição no potencial de
magnitude V , e assim sua energia potencial elétrica diminui em magnitude pela
quantidade
dU = dqV = idt V (2.31)
O princípio da conservação de energia nos diz que a diminuição na energia
potencial elétrica de a para b é acompanhada por uma transferência de energia para
alguma outra forma. A potência P associada a essa transferência é a taxa de transferência
dU/dt, é dada como
P = iV (2.32)
A unidade de poder que segue da Eq. 26-26 é o volt-ampere (V · A). Nós podemos
escrever como

(2.33)

À medida que um elétron se move através de um resistor a uma velocidade


constante de deriva, sua energia cinética média permanece constante e sua energia
potencial elétrica perdida aparece como energia térmica no resistor e no ambiente.
Em uma escala microscópica, essa transferência de energia é devida a colisões entre
o elétron e as moléculas do resistor, o que leva a um aumento na temperatura da
estrutura do resistor. A energia mecânica assim transferida para a energia térmica é
dissipada (perdida) porque a transferência não pode ser revertida.
Para um resistor ou algum outro dispositivo com resistência R, podemos combinar
equações acima (R = V/i) e obter, para a taxa de dissipação de energia elétrica devido
a uma resistência, se

(2.34)

81
2.3 Associação de Resistores
A análise de um circuito muitas vezes pode ser simplificada substituindo uma
combinação de dois ou mais resistores com um resistor equivalente único que tem a
mesma baixa atual e potencial que a combinação de resistores. A substituição de uma
combinação de resistores por um resistor equivalente é semelhante à substituição de
uma combinação de condensadores por um condensador equivalente, discutido no
Capítulo 24.

2.3.1 Resistores em Série.

Figura 2.14: Associação de resistores em série.

Quando dois ou mais resistores são unidos como R1 e R2 na figura acima para que
devido ao caminho sejam unidos a corrente em cada resistor é o mesmo, o re diz-se
que as irmãs sejam unidas em série. A baixa potencial através de R1 é IR1 e a baixa
potencial através de R2 é IR2, onde sou a corrente em cada resistor. O potencial através
dos dois resistores é a soma dos potenciais através do resistores:
A resistência equivalente (Req) produz o mesmo potencial total V transportando
a mesma corrente, encontrado estabelecendo V igual ao i.Req. Então Req é dado por
Req = R1 + R2 (2.35)
Quando há mais de dois resistores unidos em série, a resistência equivalente para
n resistores é
Req = R1 + R2 + R3 + . . . + Rn (2.36)

82
2.3.2 Resistores em série

Figura 2.15: Associação de resistores em paralelo.

Dois resistores que são unidos, como mostrado na figura acima, para que devido
ao caminho eles são conectados têm a mesma diferença potencial através deles,
são unidos em paralela. Observe que devido ao caminho o circuito é conectado, um
terminal de cada resistor está no potencial do ponto a, e outro terminal de cada resistor
está no potencial do ponto b. Deixe eu ser a corrente no arame que leva a ponto a.
No ponto a, as divisões de circuito em dois ramos e a corrente I divide-se em duas
partes — corrente I no ramo superior que contém resistor R1 e I2 atual no ramo mais
baixo que contém R2. As correntes de ramo I1 e I2 somam à corrente I no arame que
introduz ponto a:

Figura 2.16: Associação de resistores em paralelo, tensão dos resistores.

No ponto b a reassociação de correntes de ramo portanto a corrente no arame depois do


ponto b também é igual a mim I1 I2. A baixa potencial V através de qualquer resistor, V Va
Vb, é relacionada às correntes de ramo por
A resistência equivalente de resistores paralelos é a resistência Req do qual a mesma
corrente total I necessita o mesmo potencial V :

(2.37)

83
2.4 Circuitos elétricos
Trabalho, Energia e f em

Figura 2.17: Circuito com bateria.

Podemos representar a f em do dispositivo com uma flecha que aponta do terminal


negativo em direção ao terminal positivo. Entretanto, quando conectado a um circuito
como na figura acima. Assim, deve haver alguma fonte de energia dentro do dispositivo,
permitindo que ele trabalhe nas cargas, forçando-as a se mover como elas fazem.
Vamos agora analisar o circuito da figura acima do ponto de vista das transferências
de trabalho e energia. O dispositivo deve fazer uma quantidade de trabalho dW na
carga dq para forçá-lo a se mover dessa maneira.

(2.38)

Em outras palavras, a f em de um dispositivo f em é o trabalho por unidade de carga


que o dispositivo faz ao mover a carga de seu terminal de baixo potencial para seu
terminal de alto potencial. A unidade SI para f em é o joule por coulomb, definimos
essa unidade como o volt.
Um dispositivo f em ideal é aquele que não tem qualquer resistência interna ao
movimento interno de carga do terminal ao terminal. A diferença de potencial entre os
terminais de um dispositivo EMF ideal é igual à f em do dispositivo. Por exemplo, uma
bateria ideal com um emf de 12,0 V sempre tem uma diferença de potencial de 12,0 V
entre seus terminais.

84
2.4.1 Calculo da corrente em um circuito fechado
A equação (P = i2R) nos diz que em um intervalo de tempo dt uma quantidade
de energia dada por i2R dt aparecerá no resistor como energia térmica. Essa energia é
dita dissipada. (Porque assumimos que os fios têm resistência insignificante, nenhuma
energia térmica aparecerá neles.) Durante o mesmo intervalo, uma carga dq = idt terá
movido através da bateria, e o trabalho que a bateria terá feito com esta carga de
acordo com a equação

(2.39)

A partir do princípio da conservação de energia, o trabalho realizado pela bateria


(ideal) deve ser igual à energia térmica que aparece no resistor:

(2.40)

Isso nos dá
(2.41)

O f em é a energia por unidade de carga transferida para as cargas em movimento


pela bateria. A quantidade iR é a energia por unidade de carga transferida das cargas
móveis para a energia térmica dentro do resistor. Portanto, esta equação significa que
a energia por unidade de carga transferida para as cargas em movimento é igual à
energia por unidade de carga transferida a partir deles. Resolvendo para i, encontramos

(2.42)

85
2.4.2 Outros circuitos fechados

Resistência interna
A figura abaixo (a) mostra uma bateria real, com resistência interna r, ligada a um
resistor externo de resistência R. A resistência interna da bateria é a resistência elétrica
dos materiais condutores da bateria e, portanto, é uma característica não removível
da bateria. bateria. Nesta figura, no entanto, a bateria é puxada como se pudesse ser
separada em uma bateria ideal com emf e um resistor de resistência r. A ordem em que
os símbolos para essas partes separadas são desenhados não importa.

Figura 2.18: Circuito com bateria com resistência interna.

Se aplicarmos a regra de loop no sentido horário começando no ponto a, as


mudanças no potencial nos darão

(2.43)

Resolvendo a corrente, encontramos

(2.44)

86
2.4.3 Diferença de Potencial entre dois pontos.

Figura 2.19: Circuito com bateria com resistência interna.

Muitas vezes queremos encontrar a diferença de potencial entre dois pontos em


um circuito. Por exemplo, na figura acima, qual é a diferença de potencial Vb Va entre os
pontos a e b? Para descobrir, vamos começar no ponto a (no Va potencial) e percorrer a
bateria até o ponto b (no potencial Vb), mantendo o controle das possíveis mudanças
que encontrarmos. Quando passamos pela f em da bateria, o potencial aumenta em.
Quando passamos pela resistência interna da bateria r, nos movemos na direção da
corrente e, assim, o potencial diminui por i r. Estamos então no potencial do ponto b
e temos
(2.45)
ou
(2.46)

Para avaliar essa expressão, precisamos da corrente i.

(2.47)

(2.48)

87
Agora substituindo os dados dados na Fig. 27-6, temos

(2.49)

Suponha, em vez disso, que nos movemos de a para b no sentido anti-horário,


passando através do resistor
R em vez de através da bateria. Porque nos movemos em frente a corrente, o
potencial aumenta por iR. Portanto,

Va + iR = Vb (2.50)
ou
Va − Vb = iR (2.51)

Assim, a substituição dos dados na produz o mesmo resultado, Vb – Va = 8,0 V.


“Para encontrar o potencial entre quaisquer dois pontos em um circuito, comece
em um ponto e atravesse o circuito para o outro ponto, seguindo qualquer caminho,
e adicione algebricamente as mudanças no potencial que encontrar.

Diferença Potencial Através de uma Bateria Real


Na figura acima, os pontos a e b estão localizados nos terminais da bateria. Assim,
a diferença de potencial
Vb − Va é a diferença de potencial de terminal para terminal em toda a bateria.
(2.52)
Se a resistência interna r da bateria na figura acima fosse zero, esta equação
nos diz que V seria igual ao f em da bateria – a saber, 12 V. No entanto, porque r
= 2 Ω, a equação nos diz que V é menor que. Sabemos que V é apenas 8 V. Note
que o resultado depende do valor da corrente através da bateria. Se a mesma bateria
estivesse em um circuito diferente e tivesse uma corrente diferente através dela, V
teria algum outro valor.

88
Potência, Potencial e Emf
Quando uma bateria ou algum outro tipo de dispositivo f em funciona nos
transportadores de carga para estabelecer um i atual, o dispositivo transfere energia
de sua fonte de energia (como a fonte química em uma bateria) para os portadores
de carga. Como um dispositivo f em real tem uma resistência interna r, ele também
transfere energia para a energia térmica interna por meio de dissipação resistiva. Vamos
relacionar essas transferências.
A taxa Pf em de transferência de energia para energia térmica dentro do dispositivo
f em:
(2.53)

Então o termo i na equação acima deve ser a taxa P emf na qual o dispositivo f em
transfere energia para os portadores de carga e para a energia térmica interna.

89
SAIBA MAIS
Para uma análise adicional sobre o conteúdo, podemos acessar o link de simulação do Phet
colorado sobre eletrostática. Por exemplo o de simulação em circuitos elétricos:
Corrente contínua e corrente alternada.
https://phet.colorado.edu/en/simulations/circuit-construction-kit-dc-virtual-lab https://
phet.colorado.edu/en/simulations/circuit-construction-kit-ac-virtual-lab

PENSE NISSO
Todo circuito elétrico, possui uma fonte de alimentação, que chamamos de força eletromotriz,
que para circuitos de corrente contínua, possui uma única direção para a corrente elétrica, o
que diverge para circuitos de corrente alternada pode ser observado nos links acima.

SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Circuitos Elétricos - Corrente Contínua e Corrente
Alternada
Autor: Luiz Guilherme Eduardo Cesar Alves Cruz.
Editora: Editora Érica
Sinopse: Traduzido para vários idiomas, vendeu mais de
350 mil exemplares em todo o mundo. O livro é repleto
de ilustrações do próprio autor, respondendo aos desafios
atuais da questão habitacional e apresentando alternativas
que combinam técnicas tradicionais e modernas de
construção, em busca de um ambiente harmonioso. O título
faz referência aos primeiros arquitetos, que na Antiguidade
amassavam a terra com os pés, para preparar os tijolos.

90
Conclusão
Nesta unidade abordamos os conceitos referentes a circuitos elétricos, e também estudamos
os componentes eletrônicos, capacitor e resistor, que permitem seu funcionamento com
segurança. Onde o capacitor opera armazenando energia e carga elétrica impedindo que
variações abruptas de tensão danifiquem o circuito enquanto o resistor limita a passagem
de corrente elétrica em um condutor.

91
UNIDADE 3
LEI DA
GRAVITAÇÃO
DE NEWTON
INTORDUÇÃO
Com as ferramentas das leis de Newton para gravitação universal, determinamos
a interação entre corpos celestes e com as leis de Kepler, estudamos as órbitas dos
planetas. Por meio das equações da hidrostática e hidrodinâmica analisamos as leis que
regem o movimento dos fluidos. Estudamos também o comportamento ondulatório
de ondas mecânicas em meios materiais, como ondas em cordas, e ondas sonoras.

93
3.1 Lei da gravitação de Newton

Figura 3.1: Ilustração dos corpos sob a ação da gravidade mutua.

Ao abordar o estudo da gravitação, estamos considerando uma das quatro únicas


interações fundamentais conhecidas:
interações gravitacionais:
A lei de força mais antiga conhecida é a lei de Newton da gravitação, que exprime
as forças de interação gravitacional entre duas partículas 1 (massa m1) e 2 (massa m2),
separadas por uma distâncias r12, como mostrado na figura abaixo:

(3.1)

Sendo G a constante gravitacional G 7 6.67  10−11 Nm2/Kg2.

94
 interações eletromagnéticas:
Embora conhecidas desde a Grécia antiga, a lei de forças entre duas partículas
carregadas só foi no século XVIII por Coulomb. Dadas duas partículas 1 (carga q1) e 2
(carga q2), separadas por uma distância r12 conforme a figura abaixo, temos

(3.2)

Sendo K a constante elétrica k 7 9  109 Nm2/C2.


Uma vez que K/G 8 1020 (considerando as medidas do atomo de Hidrogênio), vemos
que a atração é tão pequena que pode ser, em geral, desprezada no eletromagnetismo.
Outro fato interessante é que a interação gravitacional é sempre atrativa, enquanto
que a interação elétrica pode ser tanto atrativa quanto repulsiva, a depender do sinal
das cargas q1 e q2.
 interações fortes:
São responsáveis pelas forças nucleares. Possuem intensidade ainda maior que as
interações eletromagné- ticas. De fato, são as mais intensas das interações conhecidas.
Porém, elas têm um alcance muito curto, da ordem das dimensões nucleares. Atuam
em partículas portadoras de cargas hadrômicas e são as responsáveis pela estabilidade
do núcleo atômico.
 interações fracas:
Assim como as fortes, atuam somente em escala nuclear, seu alcance, aliás, é ainda
menor que o das interações fortes. Entretanto, sua intensidade é muito menor, não
apenas que a das interações fortes, mas também em relação as eletromagnéticas,
situando-se num nível intermediário entre as eletromagnéticas e as gravitacionais.
Elas são as responsáveis pelo processo de desintegração beta, a emissão de elétros
pelos núcleos de certas substâncias radiativas.

95
Como vimos, a interação gravitacional é a mais fraca dentre as quatro e, usualmente,
só se manifesta em escalas astronômicas. Por isso, a teoria da gravitação sempre esteve
ligada diretamente à história da astronomia, na qual, a evolução as ideias sobre o
sistema solar desempenhou um papel especialmente importante.
Nesse contexto, não podemos deixar de citar nomes como Ptolomeu, copérnico,
Tycho Brahe, Kepler, Galileu e Newton.
Forças gravitacionais são sempre atrativas e agem ao longo da linha juntando as
partículas 1 e 2. Elas formam um par ação-reação e, mesmo que a massa das partículas
sejam diferentes, apresentam o mesmo módulo. Desse modo, uma maça em queda
livre é atraída pela Terra de modo a acelerá-la com uma aceleração g 7 9, 8 m/s2,
enquanto a Terra é atraída pela maça. Como a massa da Terra é muito grande ( 1025
massa da maça), sua aceleração será muito pequena (810−25), por essa razão que não
a notamos.
É claro que a 3.1 foi escrita para massas puntiformes, o que está longe de ser uma
boa aproximação.
Porém, ela continua válida para corpos com distribuição esfericamente simétrica
de massa (desde que r12 seja maior que a soma dos raios dos corpos). Pictoricamente,
temos que

Figura 3.2: Ilustração dos corpos sob a ação da gravidade mutua.

96
Quando os corpos não apresentam simetria esférica e não são pontuais, devemos
imaginá-los como uma distribuição de pequenos elementos (quando comparados à
distância entre os corpos) e, então, calcular as forças gravitacionais devidas a cada um
dos elementos. O princípio da superposição nos garante que a força total será a soma
de cada uma das contribuições. Para o caso de uma partícula e corpo estendido (figura
abaixo)

Figura 3.3: Ilustração dos corpos sob a ação da gravidade mutua.

podemos escrever que

(3.3)

Vale notarmos que, em geral, g não coincide com o centro de massa do corpo. Além
disso g depende da posição do ponto p. Para dois corpos estendidos, em geral, não
podemos determinar um par de centros de gravidad; nem mesmo um em relação ao
outro (exceto quando os corpos estão muito distantes ou quando pelo menos um
deles é uma esfera simétrica). Mesmo que conheçamos a força resultante, sabemos
apenas a distância entre os centros de gravidade e não suas posições reais.

97
3.1.1 Leis de Kepler

Derivação das leis de Kepler


Newton usou sua segunda lei do movimento para mostrar que uma partícula
movendo-se sob a influência de uma força atrativa que varia inversamente com o
quadrado da distância de um ponto fixo se move ao longo de uma trajetória de uma
seção cônica (uma elipse, uma parábola, ou uma hipérbole) com um foco localizado
no ponto fixo. Ele inferiu deste resultado e das leis de Kepler que os planetas (e
cometas) são atraídos para o centro do Sol por uma força que varia inversamente
com o quadrado de suas distâncias do centro do Sol. Os caminhos parabólicos e
hiperbólicos se aplicam a objetos que passam pelo Sol e nunca retornam. Essas órbitas
não estão fechadas. As únicas órbitas fechadas são aquelas de objetos que seguem
caminhos elípticos. Assim, a primeira lei de Kepler é uma conseqüência direta da lei da
gravidade de Newton. A segunda lei de Kepler, a lei de áreas iguais, decorre do fato de
que a força exercida pelo Sol em um planeta é direcionada para um centro de força - o
centro do Sol. Tal força é chamada de força central. A Figura 11-8a mostra um planeta
se movendo em uma órbita elíptica em torno do Sol. Em um tempo dt, o planeta se
move a uma distância vdt e o raio vetor varre a área sombreada da figura. Esta é a
metade da área do paralelogramo formado pelo vetor e vdt, ou seja .
Assim, a área dA varrida pelo raio vetor no tempo dt é dadi por

(3.4)
ou (3.5)

onde L = | | é a magnitude do momento angular orbital do planeta em torno


do Sol. A área dA varrida em um dado intervalo de tempo dt é, portanto, proporcional à
magnitude do momento angular orbital L. Como a força em um planeta está ao longo da
linha do planeta ao Sol, não exerce torque sobre o Sol. Assim, o momento angular orbital
do planeta é constante; isto é, L é constante. Portanto, a taxa em que a área é varrida
é a mesma para todas as partes da órbita, que é a segunda lei do Kepler. Além disso,
o fato de L ser constante significa que rv sin φ é constante. No afélio e no periélio,
φ = 90o, então rava = rpvp.

98
Figura 3.4: Ilustração da órbita eliptíca de um planeta em torno do sol.

Agora mostramos que a lei da gravidade de Newton implica a terceira lei de Kepler
para o caso especial de uma órbita circular. Considere que um planeta se movendo
com velocidade v em uma orbita de raio r em torno do sol. A força gravitacional sobre
o planeta gerada pelo sol fornece a aceleração centrípeta . Aplicando a segunda lei
de Newton (F = ma) ao planeta dá

(3.6)

onde Ms é a massa do sol e Mp é a massa do planeta. Resolvendo para v2 temos


(3.7)

Devido ao planeta se mover a uma distância 2πr em um tempo T , a velocidade


relativa ao período

(3.8)

Substituindo 2πr/T por v na equação , nós obtemos

(3.9)

99
ou

(3.10)

Em particular, da lei da gravitação de Newton, também pode-se obter as três leis de


Kepler para a órbita dos planetas em torno do sol:

1ª lei de Kepler (lei das órbitas):


As órbitas descritas pelos planetas em torno do sol são elipses, com o sol em um dos
focos.

Figura 3.5: Ilustração da órbita eliptíca de um planeta em torno do sol.

com M sendo a massa do planeta, S o sol, F e F ' os focos e e = c/a a excentricidade


da elipse, como ilustrado na figura 3.5. Vale notarmos que a excentricidade das órbitas
varia de acordo com o planeta.

2ª lei de Kepler (lei das áreas):


O raio vetor que liga um planeta ao sol descreve áreas iguais em tempos iguais, como
ilustrado abaixo:

Figura 3.6: Ilustração da órbita eliptíca de um planeta em torno do sol.

100
Vamos agora analisar o circuito da figura acima do ponto de vista das transferências
de trabalho e energia. O dispositivo deve fazer uma quantidade de trabalho dW na
carga dq para forçá-lo a se mover dessa maneira.

(3.11)

Se dA/dt é constante, como Kepler disse, então significa que L também deve ser
constante - o momento angular é conservado. A segunda lei de Kepler é de fato
equivalente à lei de conservação do momento angular.

Figura 3.7: Lei das áreas.

3ª lei de Kepler (lei dos períodos):


Os quadrados dos períodos de revolução de dois planetas quaisquer estão entre se
como os cubos de suas distâncias médias ao sol. Matematicamente:

(3.12)

Essa expressão pode ser recuperada, considerando um planeta de massa m


orbitando em torno do Sol com uma orbita circular de raio r. Considerando a força
gravitacional e a segunda lei de Newton , sendo
aceleração centripeta ac = ω2/r, ω = v/r.

(3.13)

101
Considerando, ω = 2π/T , onde T é o período do movimento e, assim obtemos a
terceira lei de Kepler
(lei dos períodos) (3.14)

3.1.2 Cálculo do campo gravitacional


Campo gravitacional de duas partículas em um determinado ponto P
Duas partículas, cada uma de massa M, são fixados nas posições y = + a e y = – a.
Determine o campo gravitacional sobre todos os pontos sobre um eixo x.
Considerando a magnitude de →g e →g:
1 2

(3.15)

A componente y do campo resultante, a soma de g1y e g2y, é zero. A componente x


é a soma de g1x e g2x

Figura 3.8: Campo gravitacional gerado por duas massas.

gy = g1y + g2y = g1 sin θ − g2 sin θ = 0 (3.16)

gx = g1x + g2x = g1 cos θ − g2 cos θ = cos θ (3.17)


A expressão cos θ em termos de xp e o r:

(3.18)

102
Usando o raio como , assim

(3.19)

(3.20)

3.1.3 Gravidade próxima a superfície da terra.


A partir do resultado do exemplo anterior, podemos obter o campo gravitacional
terrestre (próximo à superfície):
(3.21)
Numericamente,

(3.22)

Naturalmente, a terra não é homogênea. Sequer é uma esfera. Mas o resultado da


eq. 3.22 é uma boa aproximação para a maior parte dos problemas simples. Vale notar
que a força criada sobre um corpo de massa m pelo campo gravitacional da Terra é
dado por

(3.23)
-
sendo F chamada de força peso do corpo.
Um caso interessante é imginarmos um túnel através da Terra, como ilustrado
abaixo.
Um corpo de massa m atirado em queda livre neste túnel estaria sujeito a uma
força peso do tipo
(3.24)

103
m

Figura 3.9: Sistema oscilante, túnel através da Terra.

Note que, neste caso idealizado, a força peso tem a mesma forma da Lei de Hooke
para o oscilador harmônico. Desse modo, espera-se que esse corpo oscile em torno
do centro da Terra com amplitude igual ao raio da Terra. Uma aplicação importante
da lei de gravitação de Newton é no estudo do movimento de órbitas circulares, visto
que muitos satélites artíficiais têm órbita aproximadamente circular em torno da terra.
Como ilustrado abaixo, a única força que age sobre um satélite em movimento circular
uniforme (velocidade constante) é a força de atração gravitacional.

Figura 3.10: Ilustração de um satélite orbitando a terra.

104
Pela 2ª lei de Newton:

(3.25)

Sendo āc a aceleração centripeta. É interessante observar que a velocidade do


sat’wlite não depende de sua massa. Com um raciocínio similar ao descrito acima,
poderíamos entender o efeito da lua e, em menor escala, do sol sobre os oceanos,
gerando as marés.

3.1.4 Energia Potencial Gravitacional

Figura 3.11: Energia potencial gravitacional.

Aqui, ampliamos nossa visão e consideramos a energia potencial gravitacional U


de duas partículas, de massas me M, separadas por uma distância r. No entanto, para
simplificar as equações, a distância de separação r na configuração de referência é
agora grande o suficiente para ser aproximada como infinita.

(3.26)

Para obter a equação acima, podemos integrar a expressão da lei de Newton para
gravitação universal de r até o infinito ∞

(3.27)

105
Outra fato é que podemos obter a força F a partir do potencia U

(3.28)

Observe que U (r) se aproxima de zero à medida que r se aproxima do infinito e


que, para qualquer valor finito de r, o valor de U (r) é negativo.
Se nosso sistema contém mais de duas partículas, consideramos cada par de
partículas, por sua vez, calculamos a energia potencial gravitacional desse par exibido
na figura acima como se as outras partículas não estivessem lá, e então somamos os
resultados.
(3.29)

106
3.2 Fluidos
Fluídos têm um papel vital em muitos aspectos da vida diária. Nós bebemos e
respiramos fluídos; nadamos neles. Eles controlam o clima e também circulam por
nosso corpo. Também não podemos deixar de notar que aviões e barcos/navios
movem-se graças aos fluídos. Em contraste com sólidos, os fluidos são substâncias
que fluem. Além disso eles ocupam todo o volume no qual estão confinados (no caso
dos gases), moldando-se aos contornos do recipiente. Isso ocorre porque um fluido,
ao contrário de um sólido, não pode equilibrar uma força tangencial, por menor que
ela seja. Quando submetemos uma força tangencial, o fluido escoa, e permanece em
movimento equanto a força estiver sendo aplicada. Já um sólido, submetido a uma
força tangêncial sofre uma deformação em sua superfície até que a tensões internas
equilibrem a força externa. Como exemplo, considere a figura abaixo

Figura 3.12: Ilustração da reação de forças tangenciais aplicadas a sólidos e fluidos.

Por meio dessa ilustração constatamos que um sólido tem maior resistência a uma
força de cisalhamento em relação a um fluido. A imagem abaixo mostra com detalhes

o que ocorre com o fluido Na figura percebemos que a força tangencial aplicada F,
gera um gradiente de velocidades onde ocorre um deslocamento laminar próximo a
placa móvel, movimentando o fluido com a mesma velocidade da placa de tal maneira
que ao se ditânciar da placa móvel a velocidade de deslocamento do fluido diminui.

Figura 3.13: Ilustração da reação de forças tangenciais aplicadas a um fluido.

107

Newton foi o primeiro a propor uma relação entre a força tangencial F e a viscosidade
η do fluido

(3.30)

No sistema internacional a viscosidade η tem unidade N.s/m2 = Pa.s, no sistema


cgs é comum usar essa unidade como poise em homenagem ao fisico Jean Poiseuille,
essas unidades são relacionadas como
1 Pa.s = 10 poise (3.31)

A derivada esta associada a deformação do fluido real com viscosidade η.


Aqui a viscosidade é constante, porém em alguns casos esse termo não é constante
mas depende, por exemplo, da velocidade. Para compreendermos a equação acima
considere o grafico abaixo

Figura 3.14: Gráfico da tensão pela deformação (por cisalhamento.

A reta (cor laranja) representa o comportamento linear entre a tensão e a deformação


(por cisalhamento), ou seja, aumentando a tensão sobre o fluido sua deformação será
proporcional a viscosidade, η, que tem valor contante. Para fluidos, por exemplo a

108
graxa, com alta viscosidade, a relação (curva azul) entre a tensão e a deformação é,
inicialmente linear, porém quando aumentamos a tensão até um certo valor limite, a
formação entra em um regime plástico. Nesse caso a graxa apresenta resistência até
um valor específico de tensão, após esse limite sua propriedade resistiva desaparece,
perdendo assim sua função de proteger a por exemplo engrenagens.
No caso do regime dilatante, por exemplo a areia movediça, enquanto aumenta-
se a tensão, inicialmente com um pequeno incremento de tensão há uma resposta
considerável na deformação. Esse comportamento ocorre até um certo valor limite
de deformação, onde o aumento da tensão não provoca deformações conside- ráveis.
O fluido chegou a um limite de dureza, aumentando a tensão não há deformação
perceptivel. Ambos os casos, regime plástico e dilatante, são classificados como fluidos
não newtonianos.

3.2.1 Fluidos em repouso


Para um fluido em equilíbrio (velocidade nula), não pode haver tensões tangenciais.
Vamos começar investigando tais situações. Em escala macroscópica, um fluido se
comporta como um meio contínuo. Assim, podemos definir a densidade num ponto
P do fluido como
(3.32)

em que ∆m é a massa de um elemento de volume ∆V em torno de P. Naturalmente,


o limite ∆V P 0 corresponde ao infinitésimo físico, e não leva em conta o caráter
microscópico do fluido.
Um fluido está em equilíbrio quando cada porção que o compõe também estiver.
Para isso, é necessário que a resultante das forças que atuam sobre cada uma dessas
porções seja nula. Olhemos para o diagrama de forças agindo no elemento de volume
dV de um fluido incompressível em equilíbrio:
F¯sup = (p + d p)dA F¯in f = (p)dA
  dv = dAdz
w̄ = −dmgẑ ] dw̄ = −ρdAdzgẑ

109
Pela ilustração, vemos que a soma das forças na direção ẑ é dada por ∑ Fz = 0
p − (p + dp) − ρgdz = 0 (3.33)

dp = −ρgdz (3.34)

Figura 3.15: Ilustração da reação de forças aplicadas em um elemento de volume de fluido.

Desse modo, fica claro que, assumindo ρ como sendo constante, a diferença de
pressão entre os pontos z1 e z2 é ada por

(3.35)
(3.36)

Em partícular, quando z1 está na superfície do fluido, z2 – z1 = h é profundidade na


qual desejamos saber a pressão e p1 = p0 é a pressão atmosférica. Assim, obtemos da
equação 3.36,
p = po + ρgh (3.37)
que é a lei de Stevin: a pressão de um fluido aumenta linearmente com a profundidade
(veja a figura 3.16). É justamente por essa razão que mergulhadores não podem explorar
regiões muito profundas. O aumento da pressão externa sobre a caixa toráxica dificulta
a inspiração.

110
Figura 3.16: Ilustração da pressão aplicada sobre a superfície e interior de um fluido.

É também da lei de Stevin que entendemos o funcionamento de um barômetro (como o


de mercurio, famoso na experiência de Torricelli e ilustrado à equerda na figura abaixo) e o
fenômeno dos vasos comunicantes (ilustrado à a direita na figura abaixo).

3.2.2 Princípio de Pascal


Uma conclusão direta da lei de Stevin é que a diferença de pressão entre dois
pontos de um fluido incompressível homogênio em equilíbrio é constante, dependendo
apenas do desnível entre os pontos. Logo, se produzirmos uma variação de pressão num
ponto de um líquido em equilíbrio, essa variação se transmite a todo o líquido, ou seja, todos
os pontos sofrem a mesma variação de pressão. Esse é o princípio de Pascal, e é graças a ele
que temos os elevadores hidráulicos como ilustrado abaixo.

Figura 3.17: Ilustração de um termômetro (equerda) e um vaso comunicante (direita).

111
Figura 3.18: Ilustração de um elevador hidráulico.

F1 = p1A1 (3.38)
F2 = p2A2. (3.39)
Pelo princípio de Pascal temos que p1 = p2 = p, de modo que

(3.40)

Se A1 for, por exemplo, um disco de raio r e A2 um disco de raio 2r, teremos


que da equação F2 = 4F1.
Ou seja, aplicando uma força F1 em A1, poderemos levantar uma massa que tinha
peso igual a F2 que seja sobre A2.

3.2.3 Princípio de Arquimedes


Um último resultado (e não menos importante) que podemos tirar da lei de Stevin é
o princípio da arquimedes: quando um corpo é completa ou parcialmente imerso em um
fluido, este aplica uma força contrária na superfície do corpo igual ao peso do fluido que foi
deslocado pelo corpo. Essa força é o empuxo E.
Podemos entender o empuxo fazendo um diagrama de forças agindo sobre um cilindro
submerso (comoilustrado abaixo):
Pela equação de Stevin eq. 3.37, temos que
p2 − p1 = ρgh (3.41)

112
Multiplicando ambos os lados por A, temos

E = (p2 − p1)A = ρghA = mg (ρ = m/V ) (3.42)


E = mgk̂ = −P¯f (3.43)

Figura 3.19: Ilustração de um corpo imerso em um fluido.

em que P̄f é o peso do fluido deslocado pelo cilindro.


É graças ao empuxo que os barcos podem navegar. Para isso, o empuxo e a força
peso do barco secancelam. Naturalmente, para que o barco não afunde, é necessário que o
torque resultante também seja nulo.

3.2.4 Lei de Halley


Outro aspecto do estudo de fluidos é a variação da pressão atmosférica com a
altitude. Tomando a derivada da equação 3.41, com h = z. Temos que
(3.44)

vale para qualque fluido em equilíbrio no campo gravitacional. Para um gás porém,
é preciso levar em conta a compressibilidade, ou seja, o fato que ρ varia com a pressão.
Se o gás está num recipiente de dimensões comparáveis à escala de laboratório, a
variação de pressão entreo fundo é desprezível, porque ρ é muito pequeno. Entretanto,
isto não vale para a atmosfera na escala de vários km. Para altitudes não muito elevadas
(<1 km), podemos desprezar a variação da temperatura com a altitude, supondo a
atmosfera isotérmica.

113
A temperatura constante, decorre da lei dos gases perfeitos que a densidade é
diretamente proporcional à pressão:

(3.45)

onde tomaremos z = 0 como sendo o nível do mar. Usando que


temos que
(3.46)

integrando de po a p e de z = 0 até z obtemos


(3.47)

equação chamada de lei de Halley. Esta equação barométrica mostra que a pressão,
numa atmosfera istérmica, descreve exponencialmente com a altitude. cainda a
1/e ≈ 0,37 de seu valor inicial po para altitude z = 1/λ = po/ρog. Para o ar à temperatura
de 15ºC, a densidade ao nível do mar e à pressão de 1atm = 1,013 105 N/m2 é ρo
1,226 N/m3, o que daria 1/λ ≈ 8,4 km. Esta é a ordem de grandeza da altitude da
troposfera, a camada mais baixa da atmosfera.

3.2.5 Fluidos em movimento: Hidrodinâmica


Até agora, estudamos fluidos estáticos. E torna-se natural tentar entender um
pouco da dinâmica de fluidos, ou seja, fluidos em movimento. Fluidos podem ter
movimentos bem complexos, como, por exemplo, nas águas de um rio rápido. Em
partícular, o movimento de fluidos reais ainda não é completamente compreendido.
Por isso, vamos considerar, neste texto, fluidos ideias. Uma fluido é dito ideal quando
for incompressível, ou seja, sua densidade não pode ser variável, e não apresentar
fricção interna, isto é, não ser viscoso, o que gera uma resistência nos escoamentos.
Para o caso de um escoamento estacionário, cada pequeno elemento de volume (que
podemos chamar de “partícula”de fluido) descreve um caminho, chamado de linha de
corrente, cuja tangente representa a direção da velocidade da partícula.

114
Figura 3.20: Ilustração de uma linha de corrente em um fluido, exemplo do carro de fomula 1 em um
tunel de vento, as linha de fumaça em torno do veículo exibem as linhas de corrente.

Num escoamento estacionáio, as linhas de corrente nunca podem se cruzar


porque, num ponto de cruzamento, haveria uma ambiuidade: duas direções diferente
para a velocidade num mesmo ponto. Num escoamento não-estacionário, as linhas de
corrente variam a cada instante e não conicidem com as trajetórias. Um caso extremo
é o escoamento turbulento, como o da água num cachoeira. Nesse caso, a velocidade
varia de forma muito rápida e irregular, tanto com o tempo quanto com a posição.
Consideremos um escoamento estacionário de um fluido incompressível dentro
de um tubo, como a da figura abaixo:

Figura 3.21: Ilustração de um escoamento estacionário de um fluido incompressível


dentro de um tubo. Entre as seções de áreas tranversais A1 e A2 está contida uma massa
que pode variar com o tempo. Assim,

essa condição de conservação de massa implica que a quantidade dm1 de massa


que entra por A1 num intervalo de tempo dt, deve ser igual à quantidade dm2 de massa
que sai por A2 nesse mesmo intervalo de tempo. Uma vez que dmi = ρAiνl(t) = ρAividt,
obtemos
ρA1v1dt = dm1 = dm2 = ρA2v2dt (3.48)

A1v1 = A2v2 (3.49)

115
Assim, vemos que o produto Av é sempre constante e e chamado de Vazão I = Av,
lembrando que esse resultado é obitido usando a aproximação para o caso em que não
há aceleração, ou seja a = 0, o movimento poder considerado como aproximadamente
constante. Em partícular, vemos que ρAv representa o fluxo de massa por unidade de
tempo. De maneira geral, podemos escrever esse resultado como dV/dt = Av, sendo V
o volume do fluido.

Problema

A Figura mostra que o jato de água que sai de uma torneira fica progressivamente
mais fino durante a queda. As áreas das se- ções retas indicadas são A0 = 1,2 cm2 e A =
0,35 cm2. Os dois níveis estão separados por uma distância vertical h = 45 mm.
(a) Qual é a vazão da torneira?
(b) Qual o intervalo d tempo que o elemento de fluido leva para percorrer a
distância vertical h?

Equações úteis Solução:

116
3.2.6 Equação de BERNOULLI
Podemos mostrar de modo mais elegante os resultados das equação 3.49, que são
casos partículares da conservação da massa durante um escoamento. Outra forma
de analisarmos o escoamento de fluidos é por meio do teorema trabalho - energia
cinética em uma seção de um tubo, como ilustrado abaixo

Figura 3.22: Ilustração de um escoamento estacionário de um fluido


incompressível dentro de um tubo.

Em um intervalo de tempo dt, o fluido que está a mover-se até b(dS1) devido a uma
força F1. Ao mesmo tempo, o fluido que está em C move-se até d(dS2) sujeito à força
F2. Desse modo, temos que
dW = F1dS1 − F2dS2 (3.50)
Sendo o sinal negativo (-) devido a F2 se opor a direção do movimento.
dW = p1A1dS1 − p2A2dS2 (3.51)
Como estamos considerando um fluido incompressível, AidSi = dV (i = 1, 2). Logo,
temos que
dW = (p1 − p2)dV (3.52)
Não podemos deixar de notar que a força peso também realiza trabalho sobre o
fluido. Como dmi = ρdV (i = 1, 2), a variação da energia potencial gravitacional do
fluido no intervalo de tempo dt é dada por
dU = ρdVg(z2 − z1) (3.53)

117
Por outro lado a variação da energia cinética durante o processo é
(3.54)
O teorema trabalho-energia cinética afirma que
dW = dk + dU (3.55)
Usando as equações 3.51, 3.52, 3.53, 3.54, obtemos
(3.56)

Podemos, ainda, rearranjar essa equação na forma

(3.57)

Essa é a equação de Bernoulli, que pode ser escrita, ainda, na forma

(3.58)

Vale notarmos que a equação de Bernoulli só é válida para fluidos ideais. Entretanto,
apesar de fluidos perfeitos não existirem, os efeitos de viscosidade (entre outros
fenômenos dissipativos) podem ser desprezados. Desse modo, a equação de Bernoulli
tem várias aplicações práticas, como no estudo de escoamento através de restrições
especiais, jatos e na descarga de reservatórios. Em partícular podemos fazer mum
rápido exemplo dessa ultima aplicação. imaginemos um tanque de água suspenso
(como ilustrado abaixo) com um orifício na sua base.

Figura 3.23: Ilustração de um escoamento estacionário de um fluido através


de um orifício do reservatório.

118
Aplicando a equação de Bernoulli na forma da eq. 3.57 obtemos

(3.59)

Note que é a mesma velocidade de um corpo em queda livre após cair de uma altura h.
Esse resultado foiobtido por Torricelli em 1636.
A equação de continuidade e a equação de Bernoulli fazem parte de um cenário mais
geral: as equações de Euler para a dinâmica de fluidos. Sua forma geral é (na forma
conservativa).

(3.60)

em que m¯ , f¯x, f¯y e f¯z são vetores em 5 dimensões envolvendo a massa, as três
componenentes do momento linear e a energia.
Apesar de matematicamente complexas, as equações de Euler governam apenas
o fluxo de fluidos ideias. Para além desses, é necessário apelarmos para o conjunto
das equações de Navier-Stokes. O cenário matemático torna-se tão complicado
que, até hoje, não foi comprovado a existência de soluções nem a inexistência de
singularidades. Esse problema é um dos sete problemas do milênio, cuja a solução ou
o contra – exemplo vale US$ 1.000.000.

119
3.3 Oscilações Mecânicas
Uma classe de movimento que se repete ao longo do tempo, de maneira ordenada
ou não, é geralmente chamada de oscilação. À primeira vista, isso parece um caso
muito estranho de movimento. Um pêndulo desviado da posição de equilíbrio e
depois liberado provê um exemplo de oscilações livres, em que o sistema, após criar a
configuração inicial, não está sujeito a forças oscilantes externas, criando seu próprio
período de oscilação determinado pelos parâmetros que o caracterizam.

3.3.1 Movimento Harmônico Simples

Figura 3.24: Movimento harmônico simples

A figura mostra uma partícula oscilando em torno da origem de um eixo x,


movendo-se repetidamente para a esquerda e para a direita em quantidades iguais. A
frequencia de oscilação f é o número de vezes por segundo que a oscilação é completa
(um ciclo) e é medida em hertz (Hz abreviado), onde
1 hertz = 1 Hz = 1 oscilação por segundo = 1s− 1.
O tempo para um ciclo completo é o período T da oscilação, que é

(3.61)

Qualquer movimento que se repete em intervalos regulares é conhecido como


movimento periódico ou movimento harmônico. No entanto, estamos especialmente
conhecidos como um movimento periódico Harmônico Simples (MHS). Tal movimento
é uma função senoidal do tempo. Ou seja, t pode ser escrito como o seno ou cosseno

120
do tempo. Agora, escolha arbitrariamente uma função de cosseno e desenho ou
deslocamento (ou posição acima) da partícula no diagrama.
x(t) = xm cos(ωt + φ ) (3.62)

em que xm, ω e φ são quantidades que definiremos.


Vamos pegar alguns quadros congelados do movimento e depois organizá-los um
após o outro na página (figura abaixo (a)). Nosso primeiro quadro de congelamento
está em t 0 quando a partícula está em sua posição mais à direita no eixo x. Nós
rotulamos essa coordenada como xm (o subscrito significa máximo); é o símbolo na
frente da função cosseno na acima.
A figura abaixo indica a velocidade da partícula em relação ao tempo, em uma
série de quadros de congelamento. Chegaremos a uma função para velocidade em
breve, mas por enquanto apenas observe que a partícula para momentaneamente
nos pontos extremos. Gire mentalmente a figura abaixo (a) no sentido anti-horário em
90 para que os quadros congelados progridam para a direita com o tempo.
Como isso muda ao longo do tempo, o valor da função cosseno muda. A
constante f é chamada de ângulo de fase ou constante de fase. Ele só está incluído
no argumento porque queremos usar a equação acima para descrever o movimento,
independentemente de onde a partícula subatómica esteja em sua oscilação.
A quantidade ω na da equação abaixo é a frequência angular do movimento. Para
relacioná-lo com a frequência f e o período T, primeiro notemos que a posição x (t) da
partícula deve (por definição) retornar ao seu valor inicial no final de um período. Isto
é, se x (t) é a posição em algum tempo escolhido t, então a partícula deve retornar para
a mesma posição no tempo t T.
xm cos(ωt) = xm cos(ωt + T ) (3.63)

121
Figura 3.25: Diagrama de movimento harmônico simples.

Figura 3.26: Função deslocamento

122
A função cosseno primeiro se repete quando seu argumento (a fase, lembre-se)
aumentou 2p rad.
(ωt + T ) = ωt + 2π (3.64)
ou ωT = 2π
Assim, a frequência angular é

(3.65)

A unidade SI de frequência angular é o radiano por segundo.

3.3.2 A velocidade do MHS


Discutimos brevemente a velocidade como mostrado na ilustração (b) acima,
observando que ela variaem magnitude e direção à medida que a partícula viaja entre
os pontos extremos (onde a velocidade é instantaneamente zero) e através do ponto
médio (onde a velocidade é máxima).. Mamãe )Encontrar a velocidade v(t) é uma
função do tempo. Tomamos a derivada no tempo da função de posição x(t ):

(3.66)

(3.67)

A velocidade depende do tempo porque a função seno varia com o tempo, entre
os valores de 1 e 1. As grandezas em frente à função seno determinam a extensão da
variação na velocidade, entre + vx e -vx.

123
Figura 3.27: Gráfico do deslocamento, velocidade e aceleração em função do tempo.

Dizemos que vxm é a amplitude da velocidade da mudança de velocidade. Quando


a partícula está se movendo para a direita através de x 0, sua velocidade é positiva e
sua magnitude está em seu maior valor. Essa variação com o tempo (uma função seno
negativa) é mostrada no gráfico acima.

3.3.3 A aceleração do MHS


Vamos dar mais um passo diferenciando a função de velocidade da acima em
relação ao tempo para obter a função de aceleração da partícula em movimento
harmônico simples:

(3.68)

(3.69)

124
Estamos de volta a uma função cosseno, mas com um sinal de menos na frente.
Nós sabemos a broca até agora. A aceleração varia porque a função cosseno varia com
o tempo, entre 1 e 1. A variação na magnitude da
aceleração é ajustada pela amplitude de aceleração am, que é o produto ω2xm
que multiplica a função co-seno.

3.3.4 Leis de Newton, regem as oscilações mecânicas.


1ª Lei - Um corpo em movimento uniforme ou em repouso permance nesses
estados se não estiver sob a atuação de uma força (resultante).
2ª Lei - Um corpo sob a ação de uma força move-se de modo que sua taxa de
variação do momento (linear) é igual a força.
3ª Lei - Se dois corpos (isolados) exercem força um no outro, essas forças possuem
a mesma magnitude e direções opostas.
Do ponto de vista da dinâmica, a 2ª Lei é a mais importante visto que ela fornece
uma definição quantitativa de força. Uma vez definido o momento linear (pensado por
Descartes como a força)
p¯ = mv¯, (3.70)
a segunda lei pode ser escrita como

(3.71)

O movimento oscilatório mais simples que podemos imaginar é um sistema massa


mola, como ilustrado abaixo na figura 3.28.

Figura 3.28: Ilustração do sistema massa mola

125
Trata-se de um objeto de massa m presa a uma mola que lhe impõe uma força
restauradora da ordem de F¯ = kxxˆ. Vamos medir a posição do obejto em relação ao
ponto que a mola não está nem comprimida e nem esticada. (na situação em que o
objeto permance em repouso caso parta daquela posição). A experiência nos afirma
que se esticarmos a mola aplicando uma força ao objeto, sentiremos uma força na
direção oposta puxando a mola. O pesquisador Hooke insvestigou detalhadamente
esse problema e obeservou que a força
exercida pela mola pode ser bem descrita por uma função linear nos casos em que a
mola não deforma e quando as compressões/alongamentos da mola não tão grandes,
isto é, Hooke propos que
|F̄ | = −K |x̄|. (3.72)
de modo que para x > 0 a força aponta na diração dos valores negativos de x e para
x < 0 ela aponta na direção dos valores positivos de x. Essa é a chamada lei de Hooke.
Nessas condições e assumindo que o atrito é despresível, a segunda lei afirma que:

(3.73)

Essa é a chamada equação do oscilador harmonico. Sua solução passa por imaginarmos
uma função para representar x(t) a qual derivada duas se mantem proporcional a ela propria.
Sabemos que as únicas funções com essa propriedade são o seno e cosseno. Logo, usando o
princípio de superposição, a solução deve ser daforma:
x(t) = A cos(ωt) + B sin(ωt). (3.74)

Usando essa função e assumindo que inicialmente o obejto estava em repouso na


posição x(0) = xo, temos

(3.75)

126
logo,
x(t) = Acos(ωt); (3.76)
usando x(0) = xo temos que A = xo. Assim,
x(t) = xo cos(ωt). (3.77)
Para obter o valor de ω devemos derivar a equação anterior e substituir na
segunda lei, ou seja
(3.78)

logo,

(3.79)

Finalmente a solução escreve-se

(3.80)

Figura 3.29: Gráfico das funções trigonométricas associadas ao oscilador harmônico,


para diferentes valores de k.

127
Aqui, é a chamada frequência angular do oscilador harmônico. O esboço
da trajetória é mostrado abaixo (figura 3.29):
Notamos que o objeto vai oscilar em torno da posição x = 0 com a aplitude máxima
igual a xo. Uma vez que F = −kx = −dU/dx, temos que a energia potencial elástica da
mola é
(3.81)

Figura 3.30: Gráfico da energia cinética e energia potencial no movimento harmônico.

Dessa forma a energia mecânica do sistema é dada por

(3.82)

(3.83)

(3.84)

128
Ou seja, a energia mecânica total se conserva, como deveria ser. Em partícular o
comportamento de T e U ao longo do tempo e de x está ilustrado na figura abaixo:

3.3.5 Movimento do Pêndulo.


Outro problema que podemos abordadar é o do pêndulo gravitacional simples
ideal, que envolve as seguintes hipóteses:
A massa pendular está concentrada apenas no elemento oscilante; A haste pendular
não possui massa, é inextensível e inflexível;
O movimento pendular acontece em apenas duas dimensões (num plano); O
movimento pendular é conservativo (não há força de atrito).
Considere a imagem abaixo Usando a segunda lei de Newton, podemos escrever
a equação que governa o

Figura 3.31: Ilustração de um pêndulo gravitacional ideal.

movimento do pêndulo sob a ação da gravidade. temos que


T = mg cos θ, (3.85)

129
com a aceleração tangencial escrita em função do ângulo θ , ou seja, →at = l d2θ/dθ .
2

(3.86)
podemos resolver essa equação diferencial, considerando que o ângulo θ é muito
pequeno (θ 1) podendo ser válida até θ ≈ 15o, podemos escrever, sin θ ≈ θ , ou seja

(3.87)

Usando as condições de contorno convenientes podemos escrever a evolução


temporal de θ (t)

θ (t) = θo cos(ωot) |θ |  1 (3.88)

onde e θo é o ângulo máximo que o pêndulo atinge.

Sendo o período das oscilações escrita como

(3.89)

130
3.4 Pulsos de ondas

Figura 3.32: Movimento ondulatório.

A figura acima mostra o momento da corda no tempo t = 0. A forma da corda


neste momento pode ser personificada por uma função y = f (x). Em algum ponto o
pulso estará em uma direção descendente. No novo sistema de coordenadas O' se
move para a direita na mesma velocidade que o momento original. causando ímpeto
estagnado. A corda é descrita neste segundo quadro por f (x') para todos os tempos.
As coordenadas x dos dois referenciais estão relacionadas por relação.

x' = x − vt (3.90)

então f (x') = f (x − vt). Assim, a forma da corda no quadro original é

y = f (x − vt) onda se movendo na direção positiva de x (+x)

y = f (x + vt) onda se movendo na direção negativa de x (−x)

A função y(x, t) = f (x vt) é chamada de função de onda. Em ambas as expressões, v


é a velocidade de propagação da onda. Para ondas em uma corda, a função de onda
representa o deslocamento transversal da corda. Para ondas sonoras no ar, as ondas
podem ser o deslocamento longitudinal das moléculas de ar ou a pressão do ar.

131
3.4.1 Comprimento de onda e frequência

Figura 3.33: Ilustração da função de onda.

Para descrever uma onda em uma corda completamente (e o movimento de


qualquer elemento com base no comprimento de onda), precisamos de uma função
que especificar a forma da onda. Isso significa que precisamos de um relacionamento
padrão.
y = h(x, t), (3.91)
Em geral, uma forma senoidal como a onda acima pode ser descrita com h sendo
uma função seno ou cosseno, ambas dão a mesma forma geral para a onda. Neste
capítulo, usamos a função seno. À medida que a onda varre os elementos sucessivos
(isto é, seções muito curtas) da sequência, os elementos oscilam paralelamente ao eixo y.
y(x, t) = ym sin(kx − ωt). (3.92)
Como essa equação é escrita em termos de posição x, ela pode ser usada para
encontrar os deslocamentos de todos os elementos da corda como uma função do
tempo. Assim, pode nos dizer a forma da onda a qualquer momento.
A figura abaixo mostra cinco instantâneos de uma onda senoidal viajando na direção
positiva de um eixo x. O movimento da onda é indicado pelo progresso para a direita
da seta curta apontando para um ponto alto da onda. Os nomes das quantidades são
mostrados na figura acima e definidos abaixo.

132
3.4.2 Amplitude e Fase

Figura 3.34: propriedades de uma onda transversal.

A amplitude da onda ym é a magnitude do deslocamento máximo do elemento


de sua posição de equilíbrio quando a onda trespassa por ele, conforme mostrado na
figura acima. (o índice m representa o máximo.) ym é uma dimensão então é sempre
positivo mesmo se você estiver medindo para baixo em vez de para cima.
A fase da onda é o argumento seno kx omegat. Quando a onda varre um elemento
de corda em uma determinada posição x, a fase muda linearmente com o tempo t. Isso
significa que os senos também mudam, oscilando entre +1 e -1.

133
3.4.3 Comprimento de Onda e Número de Onda Angular
O comprimento de onda λ da onda é a distância. (paralelo à direção da onda durante a
repetição da forma de onda. (ou forma de onda). Os comprimentos de onda típicos estão
marcados na figura acima. que é um instantâneo da onda no tempo t = 0. Para descrever a
forma de onda,
y(x, 0) = ym sin kx. (3.93)
Por definição, o deslocamento y é o mesmo em ambas as extremidades deste
comprimento de onda que é, at x = x1 e x = x1 + λ .
ym sin kx1 = ym sin k(x1 + λ )
= ym sin k(x1 + kλ ). (3.94)
Uma função senoidal começa a se repetir quando seu ângulo (ou argumento) é
aumentado em 2p rad, portanto, devemos ter kλ = 2π, ou

(número angular de onda) (3.95)

Chamamos k de número de onda angular da onda sua unidade SI é o radiano por


metro ou o inversor. (Espionam que o simbolo k aqui não representa uma constante
elástica como antes.).
Espionam que a onda na figura acima se move para a direita de de um snapshot
para o próximo. Assim, no quinto instantâneo, 1 λ foi movido para a direita.

134
3.4.4 Ondas em cordas
Abaixo está uma demonstração de como gerar impulso empurrando a corda
esticada para cima e para baixo com uma lâmina oscilante.

f = 1/T e v=λf

Por outro lado, se efetuarmos vibrar a fonte das ondas em um simples movimento
harmônico, podemos dizer muito mais sobre as ondas construídas. Cada elemento
segue o movimento da lâmina, de modo que cada elemento da corda também vibra
em movimento harmônico simples. Portanto, cada elemento pode ser tratado como
um oscilador harmônico simples que vibra em uma frequência igual à frequência de
vibração da lâmina. Espionam que, embora cada elemento oscila na direção y, a onda
viaja na direção x com velocidade v.

Figura 3.35: Ilustração do movimento ondulatório em uma corda.

A imagem mostra uma “instantâneo”das ondas em intervalos de T/4. Se a onda estiver


na posição (b) notempo t = 0, então a função pode ser escrita como
y(x, t) = A sin(kx − ωt)

135
Você pode usar essa expressão para descrever o movimento de elementos de corda. Um
elemento em um ponto só se move verticalmente, então a coordenada x permanece constante.
Consequentemente, a velocidade transversal vy (não confundir com a velocidade da onda v)
é dada pela equação diferencial parcial

Necessitamos usar algumas derivadas porque y depende de x e t. Se tratamos x


como uma constante e diferenciarmos em relação a t, obtemos a solução da velocidade de
movimento. O valor máximo da velocidade de movimento é o valor absoluto do coeficiente
da função cosseno: vy (max) = ωA
A mesma técnica pode ser aplicada para encontrar a aceleração máxima:
ay (max) = ω2A

3.4.5 Velocidade de uma onda em uma corda


Nós nos concentramos em determinar a velocidade de um pulso transversal viajando
em uma corda. Se uma corda sob tensão é puxada lateralmente e depois solta, a tensão é
responsável por acelerar um determinado elemento da corda de volta à sua posição de
equilíbrio. De acordo com a segunda lei de Newton, a aceleração do elemento aumenta
com o aumento da tensão.
Isso é porque é mais difícil acelerar um elemento mais maciço que um elemento menos
maciço. Se a tensão na corda for T (não deve ser confundida com o período de oscilação,
que também tem o símbolo T ), ea massa por unidade de comprimento da corda é µ, então
devemos mostrar a velocidade da onda é

136
Figura 3.36: Derivação da equação da onda.

Um pequeno elemento corda de comprimento ∆s conforme mostrado na figura


abaixo. Este comprimento de corda forma um arco que pode ser aproximado como
um arco de feixe R. Em nosso referencial móvel (movendo-se para a esquerda com
velocidade v com momento), o elemento tem uma aceleração centrípeta
igual a que é fornecida pelas componentes da força T a tensão na corda . As
componentes horizontais de T se cancelam a força à esquerda é igual à força à direita),
e cada componente vertical T sin θ atua radialmente em direção ao centro do arco.
Consequentemente, a força radial total no elemento é 2T sin theta. Como o elemento
é pequeno, θ é pequeno e podemos usar a aproximação de ângulo pequeno de sin θ
θ . Portanto, a força radial total é

FT = 2Tθ

O elemento possui massa m = µ∆s. Uma vez que o elemento faz parte de um círculo
e subtende um ângulo 2θ no centro, ∆s = r(2θ) assim

m = µ∆s = 2µRθ

137
Aplicando a segunda lei de Newton a esse elemento na direção radial, obtemos

Note que existem algumas limitações a esta fórmula devido o suposições. A


suposição de que a altura do pulso é pequena em comparação com o comprimento
da corda torna possível usar uma estimativa de ângulo pequeno. e se essa suposição
estiver errada A equação acima estaria errada. Para uma ligeira volatilidade Esta fórmula
é precisa para mensurar.

3.4.6 Energia e Potência de uma Onda em uma Corda


Quªndo montamos uma onda em uma corda esticada, fornecemos energia para
o movimento da corda. À medida que a onda se afasta de nós, ela transporta essa
energia como energia cinética e energia potencial elástica. Vamos considerar cada
forma por sua vez.

Energia cinética
Um elemento de corda de massa dm que realiza vibrações transversais em um
movimento harmônico simples à medida que uma onda trespassa por ele. Existe uma
energia cinética relacionada com a velocidade transversal → u. Quando um elemento
passa pela posição y = 0 (elemento b na figura abaixo), a velocidade lateral e, portanto,
a energia cinética estarão no seu máximo. Quando o elemento está em sua posição
extrema, y = ym (como em a), sua velocidade de movimento – portanto, energia
cinética – é zero.

138
Energia Elástica Potencial

Figura 3.37: Energia em uma onda transversal.

Para enviar uma onda senoidal ao longo de uma corda previamente reta, a onda
deve necessariamente esticar a corda. Como um elemento de corda de comprimento dx
oscila transversalmente, seu comprimento deve aumentar e diminuir periodicamente
para que o elemento de corda se ajuste à forma de onda senoidal. A energia potencial
elástica está associada a essas mudanças de comprimento.

3.4.7 A equação de onda


Todas as funções de onda y(x,t) representam soluções para uma equação chamada
equação de onda linear.
Nesta seção, derivamos a equação aplicada às ondas em cordas.
Como antes, suponha que uma onda viajando se propague ao longo de uma corda sob
uma tensão T .Consideramos um pequeno elemento de seqüência de comprimento ∆x. As
extremidades da corda fazem ângulos pequenos θA e θB com o eixo x. A força líquida que
atua sobre o elemento na direção vertical é
ΣFy = T sin θB − T sin θA

139
Como os ângulos são pequenos, podemos usar a aproximação de ângulo pequeno sin
θ tan θ para expressar a força líquida como
Fy ≈ T (tan θB − tan θA)
Imagine um deslocamento incrivelmente pequeno para fora do final do elemento
da corda na direção da força T . Este deslocamento tem componentes infinitesimais x e
y e pode ser representado pelo vetor dx · iˆ+ dy · jˆ. A tangente do ângulo em relação ao
eixo x para este deslocamento é . Como estamos avaliando essa tangente em um
determinado instante de tempo, precisamos expressar isso em derivadas parciais ∂y .
Substituindo este para a equação de força acima, obtemos

Aplicando a segunda lei de Newton ao elemento, com a massa dada por m = µ∆x

Como ambas as equações representam força, podemos combiná-las para obter

Lembre-se do teorema fundamental do cálculo (como aplicado a derivadas


parciais):

Se nós associarmos f (x +∆x) com (∂y/∂x)B e f (x) com (∂y/∂x)A percebemos que, no limite
que ∆x P 0, temos

140
Esta é a equação de onda linear, uma vez que se aplica a ondas em uma corda.
Esta é uma equação diferencial parcial de segundo orden, e está além do alcance
deste documento oferecer métodos para encontrar suas soluções gerais. No entanto,
podemos mostrar que a função de onda sinusoidal representa uma solução da
equação de onda linear. Tomando a equação
y(x, t) = A sin(kx − ωt)
os derivados apropriados são

Substituindo estes na equação de onda linear, obtemos

Essa equação deve ser verdadeira para todos os valores de x e t para que a função
de onda sinusoidal seja uma solução da equação de onda. Nós temos uma identidade
(lado esquerdo = lado direito) desde que

Substituindo v = ω/k temos

Este é o mesmo resultado derivado anteriormente para a expressão da velocidade


da onda em uma corda esticada.

141
A equação de onda linear é frequentemente escrita na forma

Esta expressão se aplica em geral a vários tipos de ondas itinerantes e não se


limita a ondas que se movem em uma direção. A equação de onda também pode ser
aplicada a ondas eletromagnéticas e pode ser usada para determinar a velocidade da
luz a partir de constantes físicas mais facilmente medidas no laboratório. A equação de
onda linear é satisfeita por qualquer função de onda com a forma y = f (x ± vt)

3.4.8 Interferência de Ondas

Figura 3.38: Interferência de Ondas.

Muitas vezes acontece que duas ou mais ondas passam simultaneamente pela
mesma região. Quando ouvimos um concerto, por exemplo, ondas sonoras de vários
instrumentos caem simultaneamente em nossos tímpanos. Os elétrons nas antenas
de nossos receptores de rádio e televisão são acionados pelo efeito de rede de muitas
ondas eletromagnéticas de diferentes centros de transmissão.
Pressupor que duas ondas se propaguem simultaneamente ao longo da mesma
linha esticada. Sejam y1(x, t) e y2(x, t) o deslocamento que a corda terá se cada onda
viajar sozinha. O deslocamento da corda quando as ondas se sobrepõem são iguais à
soma algébrica.
y'(x, y) = y1(x, y) + y2(x, y) (3.96)

142
Este somatório de deslocamentos ao longo da corda significa que “Ondas
sobrepostas algebricamente adicionam para produzir uma onda resultante (ou onda
líquida).”
A figura mostra uma sequência de instantâneos de dois pulsos viajando em direções
opostas na mesma corda esticada. Quando os pulsos se sobrepõem, o pulso resultante é
sua soma. Este é outro exemplo do princípio da superposição, que diz que quando vários
efeitos ocorrem simultaneamente, seu efeito líquido é a soma dos efeitos individuais.
“Ondas sobrepostas não alteram de forma alguma a trajetória uma da outra.“

3.4.9 Ondas e Ressonância

Ondas padrão
Duas ondas senoidais de igual comprimento e amplitude se move na mesma direção
ao longo de uma corda estendida. E se eles se moverem na direção oposta? Podemos
encontrar ondas recorrentes usando o princípio da superposição.
A figura a seguir mostra graficamente a situação. Revela duas ondas combinadas. onde
uma onda se move para a esquerda na figura acima (a) e a outra para a direita na figura
acima (b) na figura acima (c), a soma obtida pela superposição é mostrada.
Se duas ondas senoidais de mesma amplitude e comprimento de onda viajam em
direções opostas ao longo de uma corda esticada, a interferência entre elas produz uma
onda estacionária. Padrões de onda como o da figura acima (c) são chamados de ondas
estacionárias porque os padrões de onda não se movem para a esquerda ou para a direita.
As localizações dos máximos e mínimos não mudam.
Para analisar uma onda estacionária, representamos as duas ondas com as equações
y1(x, t) = ym sin(kx − ωt) (3.97)

143
Figura 3.39: Ilustração do fenômeno de interferência de ondas.

e
y2(x, t) = ym sin(kx + ωt) (3.98)
O princípio da superposição dá, para a onda combinada,
y'(x, t) = y1(x, t) + y2(x, t) = ym sin(kx − ωt) + ym sin(kx + ωt) (3.99)
Aplicando a relação trigonométrica da Eq. 16-50 leva à Fig. 16-18 e
y'(x, t) = (2ym sin kx) cos ωt. (3.100)
A quantidade 2ym sin kx entre parênteses da equação acima pode ser imaginada
como a amplidão de oscilação do elemento da corda localizado na posição x. No
entanto, como uma amplidão é sempre positiva e sin kx pode ser negativa, tomamos
o valor absoluto da quantidade 2ym sin kx como a amplidão em x.
Na senóide móvel A amplidão da onda é a mesma para todos os elementos da
corda. Isso não é verdade para uma onda estacionária, onde a amplidão varia com
a posição. Na onda estacionária, por exemplo, a amplidão é zero para valores de kx
dando sin kx = 0.
kx = nπ, para n = 0, 1, 2, ... (3.101)
Substituindo k = 2pi/λ nesta equação e rearranjando, obtemos

para n = 0, 1, 2, ... (3.102)

144
É a posição do centro de amplitude - o nó - para a onda estacionária. Miram que os
nós vizinhos são separados por meio comprimento de onda λ/2.
A amplitude da onda estacionária tem um valor máximo de 2ym, o que ocorre para
valores de kx dando |sin kx| = 1. Esses valores são

(3.103)

2 2 (3.104)

Substituindo k = 2π/λ na equação acima e rearranjando, ficamos

(3.105)

Ondas e Ressonância
Considere uma corda, como uma corda de violão, que é esticada entre dois
grampos. Quando a onda atinge a extremidade direita, ela reflete e começa a viajar
de volta para a esquerda. A nova onda refletida começa a se deslocar para a direita,
sobrepondo-se às ondas que vão para a esquerda e para a direita.

Figura 3.40: Ilustração dos harmônicos.

145
Deixe o fio ser puxado entre dois clipes, separados por uma distância fixa, L. Para
encontrar a expressão para a frequencia de ressonância de uma corda Percebemos que deve
haver um nó em cada extremidade. Porque cada extremidade é fixa e não pode vibrar. A forma
mais simples que atende a esse requisito fundamental está na figura acima (a), que mostra uma
corda sob forte deslocamento. (Um sólido e um traço juntos formam um “loop”.). Há apenas um
antinó no meio da corda. Miram que meio comprimento de onda mede o comprimento
L. Seja este o comprimento da corda. Então, neste modelo λ/2 = L. Essa condição
diz que se as ondas que viajam para a esquerda e para a direita criam esse padrão por
interferência, elas devem ter um comprimento de onda de λ = 2L.
Um segundo padrão simplificado que atende aos requisitos para nós de extremidade
fixa é mostrado na
ilustração (b). Esse padrão tem três nós e dois antinós e é chamado de padrão
de duas voltas. Para que as ondas esquerda e direita coincidam, elas devem ter um
comprimento de onda lambda = L. Um terceiro padrão é mostrado na figura (c). Tem
quatro nós, três antinós e três voltas, e o comprimento de onda é λ = 2L. Pudemos
continuar a progredir projetando esquemas cada vez mais complicados. A cada passo
da progressão
o padrão teria um nodo e barriga a mais do que o passo anterior, e um λ/2 adicional
seria ajustado para a distância L.
Assim, uma onda estacionária pode ser configurada em uma cadeia de comprimento
L por uma onda com um comprimento de onda igual a um dos valores

para n = 1, 2, 3, . . . (3.106)

As frequências ressonantes que correspondem a esses comprimentos de onda


seguem:
para n = 1, 2, 3, . . . (3.107)

Aqui v é a velocidade de viajar ondas na corda.

146
A frequencia de ressonância é um múltiplo inteiro da frequencia de ressonância
mais baixa f = (v/2)L e corresponde a n = 1. O modo de vibração com a frequência
mais baixa é chamado de harmônico fundamental ou modo de primeiro harmônico..
O segundo harmônico é o modo de oscilação com n = 2, o terceiro harmônico é o
modo de oscilação com n = 3, e assim por diante. As frequências associadas a esses
modos são muitas vezes referidas como f 1, f 2, f 3, etc. A coleção de todos os jeitos
vibracionais possíveis é chamada de série harmônica, e n é chamado de enésimo
número harmônico.

147
3.5 Velocidade do Som
Ondas mecânicas são ondas que requerem um meio material. Neste livro, as ondas
sonoras são mais ou menos definidas como ondas longitudinais. Equipes sísmicas
usam essas ondas para explorar a crosta terrestre e procurar petróleo. Os submarinos
usam ondas sonoras para ouvir sons característicos produzidos principalmente por
sistemas de propulsão e rastrear outros submarinos.

3.5.1 A velocidade do som

Figura 3.41: Propagação de uma onda sonora em três dimensões.

A velocidade de qualquer onda mecânica, transversal ou longitudinal, depende


tanto de uma propriedade inercial do meio (para armazenar energia cinética) quanto
de uma propriedade elástica do meio (para armazenar energia potencial). A velocidade
de uma onda transversal ao longo de uma corda esticada, escrevendo

(3.108)

Se o meio é o ar e a onda é longitudinal, podemos supor que a propriedade inercial,


correspondente a mu, é a densidade de volume rho do ar. Em uma corda esticada, a
energia potencial está associada ao alongamento periódico dos elementos da corda à
medida que a onda passa por eles.

(3.109)

148
Aqui ∆V /V é a mudança fracionária no volume produzido por uma mudança na
pressão ∆p.

(3.110)

como a velocidade do som em um meio com módulo de volume B e densidade ρ.

A densidade da água é quase 1000 vezes maior que a densidade do ar. Se este
fosse o único fator relevante, esperaríamos que a velocidade do som na água fosse
consideravelmente menor do que a velocidade no ar. Concluímos que o módulo de
volume da água deve ser mais de 1000 vezes o do ar. Este é realmente o caso.

3.6 Ondas viajantes Sonoras


Examinamos os deslocamentos e variações de pressão associados a uma onda
sonora senoidal viajando pelo ar. A figura abaixo (a) mostra esta onda viajando para a
direita através de um longo tubo cheio de ar. Podemos produzir essa onda movendo
sinusoidalmente um pistão na extremidade esquerda.

Figura 3.42: Propagação de ondas longitudinais.

Considere o elemento de ar fino de espessura mostrado na figura acima (b) À


medida que a onda viaja através desta parte do tubo, o elemento de ar oscila para a
esquerda e para a direita em movimento harmônico simples em torno de sua posição
de equilíbrio. Para mostrar que os deslocamentos s(x, t) são funções senoidais de x e t,
podemos usar uma função seno ou cosseno.
s(x, t) = sm cos(kx − ωt) (3.111)

149
Pressão. À medida que a onda se move, a pressão do ar em qualquer posição x na
na figura acima (a) varia sinusoidalmente, como demonstramos a seguir. Para descrever
essa variação, escrevemos
∆p(x, t) = ∆pm sin(kx − ωt) (3.112)
∆p(x, t) = (vρω)sm. (3.113)

Figura 3.43: Gráfico da oscilação e o gráfico da pressão.

A figura mostra gráficos destas equações em t = 0; com o tempo, as duas curvas


se moveriam para a direita ao longo dos eixos horizontais. Note que a variação de
deslocamento e pressão são π/2 rad (ou 90º) fora de fase. Assim, por exemplo, a variação
de pressão ∆p em qualquer ponto ao longo da onda é zero quando o deslocamento
é máximo.

150
3.7 Intensidade e Nível Sonoro

Figura 3.44: Nível sonoro.

A intensidade I de uma onda sonora em uma superfície é a taxa média por unidade
de área na qual a energia é transferida pela onda através ou para a superfície. Podemos
escrever isso como intensidade I/I. intensidade I é a quantidade de energia transferida
por uma onda através de uma superfície.

(3.114)

onde P é a taxa de tempo de transferência de energia (a potência) da onda sonora


e A é a área da superfície que intercepta o som.
Como a intensidade muda com a distância da fonte de timbre real é muitas vezes
complicado. Algumas fontes reais (como alto-falantes) só podem transmitir timbre
em certas direções, e o ambiente geralmente cria ecos (ondas sonoras refletidas)
que se sobrepõem às ondas sonoras diretas. Em algumas situações, porém, podemos
negligenciar os ecos e assumir que a fonte sonora é uma fonte pontual que emite som
isotropicamente, ou seja, com a mesma intensidade em todas as direções. As frentes
de onda que se propagam de uma fonte pontual isotrópica S em um determinado
momento são expostas na figura acima.

(3.115)

onde 4πr2 é a área da esfera. Esta equação nos diz que a intensidade do som de
uma fonte pontual isotrópica diminui com o quadrado da distância r da fonte.

151
3.7.1 A escala de decibéis
A amplitude de deslocamento no ouvido humano varia de 10−5 m para o som mais
alto e tolerável a cerca de 10−11 m para o som mais fraco detectável, uma relação de
106. Vemos que a intensidade de um som varia como o quadrado de sua amplitude,
de modo que a proporção de intensidades nesses dois limites do sistema auditivo
humano é 1012. Os humanos podem ouvir sobre uma enorme gama de intensidades.
Nós lidamos com uma enorme gama de valores usando logaritmos. Considere a
relação
y = log x, (3.116)
em que x e y são variáveis. É uma propriedade dessa equação que, se multiplicarmos
x por 10, então y aumenta em 1. Para ver isso, escrevemos
y' = log(10x) = log 10 + log x = 1 + y. (3.117)
Da mesma forma, se multiplicarmos x por 1012, y aumentará apenas 12.
Assim, em vez de falar da intensidade I de uma onda sonora, é muito mais
conveniente falar de seu nível sonoro β , definido como

(3.118)

Aqui dB é a abreviatura de decibel, a unidade de nível sonoro, um nome que foi


escolhido para reconhecer o trabalho de Alexander Graham Bell. I0 é uma intensidade
de referência padrão (10−12 W/m2), escolhida porque está próxima do limite inferior do
alcance humano da audição.

152
3.8 O efeito Doppler
Uma onda sonora é definida mais ou menos como qualquer onda longitudinal.
Equipes de prospecção sísmica usam essas ondas para sondar a crosta terrestre
em busca de petróleo. Os submarinos usam ondas sonoras para perseguir outros
submarinos, principalmente ouvindo os ruídos característicos produzidos pelo sistema
de propulsão.
O efeito Doppler não se aplica apenas às ondas sonoras, mas também às ondas
eletromagnéticas, incluindo micro-ondas, ondas de rádio e luz visível. Tomaremos
como referência o corpo de ar pelo qual essas ondas viajam. Isso significa que vamos
medir as velocidades de uma fonte S de ondas sonoras e de um detector D dessas
ondas.


Efeito Doppler geral (3.119)

Figura 3.45: Ilustração do efeito Doppler.

153
onde v é a velocidade do timbre no ar vD é a velocidade do detector em relação ao ar
e vS é a velocidade da fonte em relação ao ar A escolha de um sinal de mais ou menos é
determinada por esta regra:
“Quando o movimento do detector ou fonte está na direção do outro, o sinal em sua
velocidade deve dar um deslocamento para cima na freqüência. Quando o movimento do
detector ou fonte está longe do outro, o sinal na sua velocidade deve dar uma mudança
descendente na frequência. “

154
SAIBA MAIS
Para uma análise adicional sobre o conteúdo, podemos acessar o link de simulação do Phet
colorado sobre eletrostática. Por exemplo o de simulação em circuitos elétricos:
força gravitacional e ondas https://phet.colorado.edu/en/simulations/gravity-force-lab-
basics https://phet.colorado.edu/en/simulations/waves-intro

PENSE NISSO
Na seção sobre fluidos, uma quantidade importante, é a viscosidade, que mede como
diferentes partes do fluido se comporta quando escoa, por exemplo, por um tubo. Assim
podemos analisar diferentes classes de fluidos em função da sua viscosidade, desde gases,
até líquidos extremamente viscosos, como por exemplo piche para fazer asfalto.

SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Tópicos de física, Helou, Gualter, Newton
Autor: José Biscuola, Newton Villas Bôas.
Editora: SARAIVA

155
Conclusão
Nesta unidade abordamos as propriedades mecânicas da matéria. Iniciando pela interação
gravitacional, regida pela lei de Newton para gravitação, também a energia potencial
gravitacional. Seguindo estudamos as características dos fluidos quanto a hidrostática, e
hidrodinâmica. Finalizando com o estudo das ondas mecânicas em meios materiais, e
ondas sonoras.

156
UNIDADE 4
FENÔMENOS
TÉRMICOS
INTRODUÇÃO
Nesta unidade estudaremos os principais fenômenos térmicos e como podem ser descritos
em função das leis da termodinâmica. Iniciando com o estudo da transição de energia térmica
em gases e líquidos, por meio da quantidade de calor e energia interna desses sistemas
termodinâmicos.

158
4.1 Teoria Cinética dos Gases

4.1.1 Número de Avogadro

Ideias Chave
 A teoria cinética dos gases relaciona as propriedades macroscópicas dos gases (por
exemplo, pressão etemperatura) com as propriedades microscópicas das moléculas
de gás (por exemplo, velocidade e energiacinética).
 Uma mole de uma substância contém unidades elementares de NA (número
de Avogadro) (geralmente átomos ou moléculas), onde NA é encontrada
experimentalmente como sendo
NA = 6,02 × 1023mol−1 Número de Avogrado
Uma massa molar M de qualquer substância é a massa de uma mole da substância.
Um mol está relacionado com a massa m das moléculas individuais da substância
por
M = mNA (4.2)
O número de moles n contidos em uma amostra de massa Msam, consistindo de
moléculas N, está relacionado à massa molar M das moléculas e ao número NA de
Avogadro dado por
(4.3)

A teoria cinética dos gases relaciona o movimento dos átomos ao volume, pressão
e temperatura do gás. As aplicações da teoria cinética são incontáveis. Os engenheiros
de alimentos estão preocupados com a taxa na qual o gás de fermentação é produzido,
o que faz com que o pão cresça enquanto assa. Engenheiros médicos e fisiologistas
estão preocupados em calcular quanto tempo um mergulhador deve parar durante a
subida para limpar o gás nitrogênio.

159
Quando nosso pensamento é inclinado em direção a átomos e moléculas, faz
sentido medir os tamanhos de nossas amostras em moles. Se fizermos isso, podemos
ter certeza de que estamos comparando amostras que contêm o mesmo número de
átomos ou moléculas. A toupeira é uma das sete unidades básicas do SI e é definida
da seguinte forma:
Uma mole é o número de átomos em uma amostra de 12 g de carbono-12.

NA = 6,02 × 1023mol−1Número de Avogrado (4.4)

em que mol1 representa a mola inversa ou “por mole” e mol é a abreviatura de


mole. O número NA é chamado de número de Avogadro, segundo o cientista italiano
Amedeo Avogadro (1776-1856), que sugeriu que todos os gases que ocupam o
mesmo volume sob as mesmas condições de temperatura e pressão contêm o mesmo
número de átomos ou moléculas.
O número de moles n contidos numa amostra de qualquer substância é igual à
razão entre o número de moléculas N na amostra e o número de moléculas NA em 1
mol:
(4.5)

(Atenção: Os três símbolos nesta equação podem ser facilmente confundidos,


então você deve classificá- los com seus significados agora, antes de terminar em
“N-confusão”.) Podemos encontrar o número de moles n em uma amostra de a massa
Msam da amostra e a massa molar M (a massa de 1 mol) ou a massa molecular m (a
massa de uma molécula):

(4.6)

160
A massa M de 1 mol é o produto da massa m de uma molécula e o número de
moléculas NA em 1 mol:
M = mNA. (4.7)

4.1.2 Gás ideal

Ideias Chave
 Um gás ideal é aquele para o qual a pressão p, o volume V e a temperatura T são
relacionados por
pV = nRT Equação de estado, gás ideal (4.8)
 Aqui n é o número de moles do gás presente e R é um constante (8,31J/mol K)
chamada constante de gás.
A lei dos gases ideais também pode ser escrita como
pV = nKT (4.9)
onde a constante de Boltzmann k é

(4.10)

 O trabalho realizado por um gás ideal durante uma isoterma (temperatura


constante) muda de um volume Vi até o volume Vi é

gás ideal, processo isotérmico (4.11)

161
4.1.3 Gases ideais
Experimentadores descobriram que, se confinarmos 1 mol de amostras de vários
gases em caixas de volume idêntico e mantivermos os gases na mesma temperatura,
suas pressões medidas serão quase as mesmas. Outros experimentos mostram que,
em densidades suficientemente baixas, todos os gases reais tendem a obedecer à
relação.
pV = nRT equação de estado (4.12)

em que p é a pressão absoluta (não medida), n é o número de moles de gás


presentes e T é a temperatura em kelvins. O símbolo R é uma constante chamada
constante de gás que tem o mesmo valor para todos os gases – ou seja,
R = 8,31 J/mol · K. (4.13)
A Equação acima é chamada de lei dos gases ideais. Desde que a densidade do
gás seja baixa, esta lei vale para qualquer gás individual ou para qualquer mistura de
diferentes gases. (Para uma mistura, n é o número total de moles na mistura.)
Nós podemos reescrever a equação dos gases ideais em termos de uma constante
chamada de constante Boltzmann k, que é definida como

(4.14)

Isso nos permite escrever R = k/NA. Então, com (n = N/NA), vemos que
nR = Nk (4.15)
Substituindo isto na expressão para a lei dos gases ideais obtemos:
pV = NkT (4.16)
O conceito de gás ideal nos permite obter informações úteis sobre o comportamento
limitante de gases reais. Embora não exista na natureza um gás verdadeiramente ideal,
todos os gases reais se aproximam do estado ideal em densidades suficientemente
baixas. Usando essa lei, podemos deduzir muitas propriedades do gás ideal de maneira
simples.

162
Trabalho realizado por um gás ideal a temperatura constante
Uma isotérmica é uma curva que conecta pontos que têm a mesma temperatura.
É um gráfico de pressão versus volume para um gás cuja temperatura T é mantida
constante. Para n mols de um gás ideal, é o gráfico da equação para expansão
isotérmica.
(4.17)

Para encontrar o trabalho feito por um gás ideal durante uma expansão isotérmica,
começamos com a equação do trabalho,

(4.18)

esta é uma expressão geral para o trabalho realizado durante qualquer mudança
no volume de qualquer gás. Para um gás idela, podemos usar a Eq. (pV = nRT)

(4.19)
Porque estamos considerando uma expansão isotérmica, T é constante, então
podemos movê-lo na frente do sinal integral para escrever

(4.20)

(gás ideal, processo isotermico) (4.21)

Para uma expansão, Vf é maior que Vi, então a relação Vf / Vi na equação acima é
maior que a unidade.

163
4.1.4 Trabalho feito em volume constante e em pressão constante
A Equação anterior não fornece o trabalho W feito por um gás ideal durante todo
processo termodinâmico.
Em vez disso, dá o trabalho apenas para um processo em que a temperatura é
mantida constante.
Como um processo de volume constante e um processo de pressão constante.
Se o volume do gás é constante, então

W = 0 (processo a volume constante) (4.22)


Se, em vez disso, o volume muda enquanto a pressão p do gás é mantida constante,
temos
W = p(Vf − Vi) = p∆V processo a pressão constante (4.23)

4.1.5 O calor específico de um gás ideal

Ideias Chave
 O calor específico molar CV de um gás a volume constante é definido como

(4.24)

em que Q é a energia transferida como calor para ou de uma amostra de n moles do
gás, ∆T é a resultante mudança de temperatura do gás, e ∆Eint é a mudança resultante
na energia interna do gás.
 Para um gás monatômico ideal,

(4.25)

 O calor específico molar Cp de um gás a pressão constante é definido para ser

(4.26)

Cp também é dado por Cp = CV + R.

164
 Para n moles de um gás ideal,
Eint = nCV T (4.27)

 Se n moles de um gás ideal confinado sofrem uma mudança de temperatura ∆T


devido a qualquer processo, a mudança na energia interna do gás é
∆Eint = nCV ∆T (4.28)
Queremos uma expressão para a energia associada aos movimentos aleatórios de
átomos ou moléculas no gás. Usaremos então esta expressão para derivar os calores
específicos molares de um gás ideal. Em outras palavras, queremos encontrar a energia
interna Eint de um gás.

4.1.6 Energia Interna Eint


A energia cinética translacional média de um único átomo depende apenas da
temperatura do gás. Uma amostra n mol desse gás contém átomos de nNA. A energia
interna Etextint da amostra é então a energia dos átomos.

(4.29)

Usando (k = R/NA), podemos reescrever isso como


(4.30)

A energia interna Eint de um gás ideal é função apenas da temperatura do gás, não
depende de nenhuma outra variável. agora podemos derivar uma expressão para o
calor específico molar de um gás ideal. Na verdade, devemos derivar duas expressões.
Um é para o caso em que o volume do. gás permanece constante à medida que a
energia é transferida para ou a partir dele como calor. O outro é. para os casos em que
a pressão do gás permanece. constante à medida que o calor é transferido.

165
4.1.7 Calor Específico em Volume Constante

Pressupor que você adicione uma pequena quantidade de energia na forma


de calor Q a um gás aumentando gradualmente a temperatura da fonte de calor.
A temperatura do gás aumenta ligeiramente para T + ∆T , e a pressão sobe para p
p, levando o gás ao estado final f. Em tal experimento, descobrimos que o calor Q está
relacionado com a mudança de temperatura ∆T .
Q = nCV ∆T (4.31)
onde CV é uma constante chamada calor específico molar em volume constante.
Substituindo esta expressão para Q na primeira lei da termodinâmica como dada
pela equação (Eint = Q − W ) que gera
Eint = nCV ∆T − W. (4.32)
Com o volume mantido constante, o gás não pode se expandir e, portanto, não pode fazer
nenhum trabalho. logo, W = 0, assim

(4.33)

(4.34)

Agora podemos generalizar a equação acima para a energia interna de qualquer


gás ideal, substituindo C por 3R, então temos que
Eint = nCV T (4.35)
Esta equação aplica-se não apenas a um gás monatômico ideal, mas também a
gases ideais diatômicos e poliatômicos.
Quando um gás ideal confinado sofre mudança de temperatura T, a mudança
resultante em sua energia interna é
∆Eint = nCV ∆T (4.36)

166
Essa equação nos diz:
Uma mudança na energia interna Eint de um gás ideal confinado depende apenas
da mudança na tempera- tura, e não do tipo de processo que produz a mudança.

Calor específico a pressão constante


Agora assumimos que a temperatura do nosso gás ideal é aumentada na mesma
pequena quantidade ∆T como antes, mas agora a energia necessária (calor Q) é
adicionada ao gás a pressão constante.
Q = nCp∆T (4.37)
Cp é uma constante chamada capacitância calorífica molar a pressão constante.
Este Cp é maior que o calor específico molar CV a volume constante, porque agora
a energia deve ser fornecida não apenas para aumentar a temperatura do gás mas
também para fazer o gás mudar seu volume.
Para relacionar os calores específicos do molar Cp e CV, começamos com a
primeira lei da termodinâmica
Eint = Q − W (4.38)
Então notamos que, usando a equação de gás ideal (pV = nRT ), podemos escrever
W = pV = nR∆T (4.39)
Em seguida, dividindo por n ∆T , encontramos
CV = Cp − R ou Cp = CV + R (4.40)
A teoria cinética concorda bem com a experiência, não apenas para gases
monoatômicos, mas também para gases em geral. Desde que sua densidade seja
baixa o suficiente para que possamos tratá-los como ideais, um processo de volume
constante é ideal. Para este último, o valor de Q é maior pela quantidade W , o trabalho
realizado pelo gás na expansão.

167
4.2 Leis da Termodinâmica

4.2.1 Temperatura, Calor e a Primeira Lei da Termodinâmica


Quando um termômetro e algum outro objeto são colocados em contato um com
o outro, eles eventualmente atingem o equilíbrio térmico. A leitura do termômetro é
então tomada como a temperatura do outro objeto. O processo fornece medições de
temperatura consistentes e úteis devido à lei zero da termodinâmica.
No sistema SI, a temperatura é medida na escala Kelvin, que é baseada no ponto
triplo da água (273,16 K).
Aqui T está em kelvins e p3 e p são as pressões do gás a 273,16 K e a temperatura
medida, respectivamente. A termodinâmica é o estudo e aplicação da energia térmica
(muitas vezes chamada de energia interna)
dos sistemas. Exemplos de como a termodinâmica se encaixa na engenharia e na
ciência cotidianas são incontáveis.

4.2.3 Temperatura
Quando o universo começou há 13,7 bilhões de anos, sua temperatura era de 1039
K. À medida que o universo se expandia, ele esfriava e agora atingiu uma temperatura
média de cerca de 3 K. Nós na Terra somos um pouco mais quentes do que isso. porque
vivemos perto de uma estrela.

4.2.4 A lei zero da Termodinâmica


As propriedades de muitos objetos mudam quando mudamos sua temperatura. À
medida que sua tempera- tura aumenta, o volume de um líquido aumenta, uma barra
de metal aumenta de tamanho. A resistência elétrica de um fio aumenta, assim como a
pressão exercida por um gás confinado. Podemos usar essas propriedades como base
da ferramenta para nos ajudar a definir o conceito de temperatura.

168
Colocamos o corpo T próximo ao corpo B (figura abaixo( b )) e descobrimos que
ambos os objetos atingem o equilíbrio térmico na mesma leitura do termômetro.
Portanto, os corpos T e B devem ter a mesma temperatura (ainda não conhecida).
Se agora deitamos os objetos A e B próximos um do outro (Ilustração abaixo( c )), eles
estarão em equilíbrio térmico imediatamente? Por experiência, descobrimos que são.
O fato experimental mostrado discutido é resumido na lei zero da termodinâmica:
Se os corpos A e B estão em equilíbrio térmico com um terceiro corpo T, (4.41)
então A e B estão em equilíbrio térmico um com o outro.

Figura 4.1: Ilustração da definição de equilíbrio térmico.

A lei zero é: “Todos os cadáveres têm uma propriedade chamada temperatura.


Quando ambos os objetos estão em equilíbrio térmico A temperatura de ambos os
objetos é a mesma. Para trás. “Agora podemos converter o termômetro (o terceiro
corpo em T)em um termômetro. Tenho certeza que as leituras terão um significado
físico. Você só precisa corrigi-lo. Sempre usamos a lei zero no laboratorio. Se queremos
saber se os líquidos em dois copos estão na mesma temperatura ou não. Mede a
temperatura de cada item com um termômetro. Não necessitamos colocar os dois
líquidos em contato próximo e ver se eles estão em equilíbrio térmico.
A lei zero, que tem sido chamada de reflexão lógica tardia, não apareceu até a
decada de 1930, muito depois que a primeira e a segunda leis da termodinâmica
foram descobertas e numeradas. Como o conceito de temperatura é fundamental
para ambas as leis, a lei que estabelece a temperatura como um conceito válido deve
ter o menor número, portanto, zero.

169
4.2.4 A escala Celsius e a escala Fahrenheit
A escala Celsius é a escala de escolha para uso popular e comercial e muito uso
científico. As temperaturas Celsius são medidas em graus e o grau Celsius é do mesmo
tamanho que o Kelvin. Se TC representa uma temperatura Celsius e T representa um
Kelvin, então T é um grau Celsius.
TC = T − 273,15o (4.42)
Ao expressar temperaturas na escala Celsius, o símbolo de grau é comumente
usado. Então escrevemos 20,00 C para uma leitura Celsius, mas 293,15 K para uma
leitura Kelvin. Você pode verificar facilmente essas duas diferenças examinando um
termômetro de sala comum no qual ambas as escalas estão marcadas.
(4.43)

onde TF é a temperatura Fahrenheit. A conversão entre essas duas escalas pode


ser feita facilmente, lembrando alguns pontos correspondentes, como os pontos de
congelamento e ebulição da água.
Usamos as letras C e F para distinguir medidas e graus nas duas escalas. Portanto,
0o C = 32,0o (4.44)
significa que 0 na escala Celsius mede a mesma temperatura que 32 na escala
Fahrenheit, enquanto
5o C = 9o (4.45)
significa que uma diferença de temperatura de 5 graus Celsius (note que o símbolo
de grau aparece após C) é equivalente a uma diferença de temperatura de 9 graus
Fahrenheit.

170
4.2.5 Expansão Térmica
Muitas vezes, você pode afrouxar uma tampa metálica apertada segurando-a sob
uma corrente de água quente. Tanto o metal da tampa quanto o vidro do frasco se
expandem à medida que a água quente aumenta a energia dos átomos. À medida que
os átomos de metal se afastam mais do que os átomos de vidro, a tampa se expande
mais do que a garrafa.

Expansão Linear
Se a temperatura de uma barra de metal de comprimento L é aumentada em uma
quantidade T, seu comprimento aumenta em uma quantidade

∆L = Lα∆T, (4.46)

Figura 4.2: Ilustração da dilatação térmica.

A expansão térmica de um sólido é semelhante à ampliação fotográfica, exceto em


três dimensões. O coeficiente a tem a unidade “por grau” ou “por kelvin” e depende do
material. Para a maioria dos propósitos práticos, pode ser considerado constante para
um determinado material.

Expansão Volumétrica
AS dimensões de um sólido se expandem com a temperatura então o volume do
sólido também deve se expandir. No caso de líquidos, a expansão de volume é o único
parâmetro de expansão significante. Se a temperatura de um sólido ou líquido com
volume V for aumentada em uma quantidade T, o volume aumentará em
∆V = Vβ ∆T, (4.47)

171
onde β é o coeficiente de expansão de volume do sólido ou líquido. Os coeficientes
de expansão de volume e expansão linear para um sólido são relacionados
β = 3α (4.48)
O líquido mais comum, a água, não se comporta como outros líquidos. Acima de
4 C, a água se expande à medida que a temperatura aumenta, como seria de esperar.
Entre 0 e cerca de 4 C, no entanto, a água se contrai com o aumento da temperatura.
Esse comportamento da água é o motivo pelo qual os lagos congelam de cima para
baixo e não de baixo para cima.

4.2.6 Absorção de calor


Se você pegar uma lata de refrigerante da geladeira e deixá-la na mesa da cozinha,
sua temperatura aumentará - rapidamente no início, mas depois mais lentamente -
até que a temperatura do ambiente seja a mesma do ambiente. Esta mudança na
temperatura é devido a uma mudança na energia térmica do sistema devido a uma
transferência de energia entre o sistema e o ambiente do sistema.
Essa transferência de energia é mostrada na figura abaixo. Na situação da figura
abaixo (a), em que TS TE, a energia é transferida do sistema para o ambiente, então Q
é negativo.

Figura 4.3: Ilustração da absorção térmica em sistemas termodinâmicos.

172
Somos levados então a essa definição de calor:
O calor é a energia transferida entre um sistema e seu ambiente devido a
uma diferença de tempe-ratura que existe entre eles.
Língua. Lembre-se de que a energia também pode ser transferida entre um sistema
e seu ambiente como trabalho W através de uma força atuando em um sistema. Calor
e trabalho, ao contrário da temperatura, pressão e volume, não são propriedades
intrínsecas de um sistema. Eles só têm significado quando descrevem a transferência
de energia para dentro ou para fora de um sistema. Da mesma forma, a frase “uma
transferência de RS 600,00”tem significado se descreve a transferência para ou de uma
conta, não o que está na conta, porque a conta contém dinheiro, não uma transferência.
Unidades. Antes de os cientistas perceberem que o calor é energia transferida, o
calor foi medido em termos de sua capacidade de elevar a temperatura da água. Assim,
a caloria (cal) foi definida como a quantidade de calor que aumentaria a temperatura
de 1g de água de 14,5 C para 15,5 C. No sistema britânico, a unidade correspondente
de calor era a unidade térmica britânica (Btu), definida como a quantidade de calor
que elevaria a temperatura de 1 libra de água de 63 F a 64 F.
Em 1948, a comunidade científica decidiu que, como o calor (como o trabalho)
é transferido de energia, a unidade do SI para o calor deveria ser a que usamos para
energia - ou seja, o joule. A caloria agora é definida como 4,1868 J (exatamente), sem
referência ao aquecimento da água. (A “caloria” usada na nutrição, às vezes chamada
de Caloria (Cal), é na verdade uma quilocaloria.) As relações entre as várias unidades
de calor são
1 cal = 3,968 × 10−3 Btu = 4,1868 J. (4.49)

173
4.2.7 Absorção de calor por sólidos e líquidos

Capacidade térmica
A capacidade calorífica C de um objeto é a constante de proporcionalidade entre o
calor Q que o objeto absorve ou perde e a temperatura resultante muda T do objeto;
isso é,
Q = C∆T = C(Tf − Ti), (4.50)
A capacidade de aquecimento C tem a unidade de energia por grau ou energia
por kelvin. A transferência de calor pode prosseguir sem limites, desde que a diferença
de temperatura necessária seja mantida. A palavra “capacidade” neste contexto é
realmente enganosa, na medida em que sugere uma analogia com a capacidade de
um balde de reter água. Também podemos escrever como 179 cal / K ou 749 J / K.

Calor específico
É conveniente definir uma “capacidade de calor por unidade de massa” ou calor
específico c que não se refere a um objeto, mas a uma massa unitária do material do
qual o objeto é feito.
Q = cm∆T = cm(Tf − Ti), (4.51)
Por meio da experiência, descobriríamos que, embora a capacidade de calor de
uma laje de mármore particular possa ser de 179 cal / C (ou 749 J / K), o calor específico
do próprio mármore (nessa laje ou em qualquer outro objeto de mármore) é 0,21 cal
/g C(ou 880 J / kg K).
Do modo como a caloria e a unidade térmica britânica foram inicialmente definidas,
o calor específico da água é
c = 1 cal/g · Co = 1, Btu/lb · Fo = 4,1868 J/kg · K. (4.52)

174
Calor específico Molar
Em muitos casos, a unidade mais conveniente para especificar a quantidade de
uma substância é a mole (mol),
1 mol = 6,02 × 1023 unidades elementares
onde de qualquer substância. Assim, 1 mol de alumínio significa 6,02x1023 átomos
(o átomo é a unidade elementar), e 1 mol de óxido de alumínio significa 6,02x1023
moléculas.
Quando as quantidades são expressas em moles, os calores específicos também
devem envolver mols (em vez de uma unidade de massa); eles são chamados de
aquecedores específicos de molares.

Transferência de Calor
A energia é absorvida como calor por um sólido ou líquido, a temperatura da
amostra não aumenta necessariamente. A matéria pode existir em três estados comuns:
No estado sólido, as moléculas em uma amostra estão presas em uma estrutura muito
rígida por sua atração mútua. No estado líquido, as moléculas têm mais energia e se
movem mais.
Vaporizar um líquido significa mudá-lo do estado líquido para o estado de vapor
(gás). Esse processo, como a fusão, requer energia porque as moléculas devem ser
liberadas de seus aglomerados. A quantidade de energia por unidade de massa que
deve ser transferida como calor quando uma amostra sofre completamente uma
mudança de fase é chamada de calor de transformação L.
Q = Lm. (4.53)
Quando a mudança de fase é de líquido para gás (então a amostra deve
absorver calor) ou de gás para líquido (então a amostra deve liberar calor), o calor da
transformação é chamado de calor de vaporização LV. Para água na sua temperatura
normal de ebulição ou condensação,
LV = 539 cal/g = 40,7 kJ/mol = 2256 kJ/kg (4.54)

175
Quando a mudança de fase é de sólido para líquido (então a amostra deve
absorver calor) ou de líquido para sólido (então a amostra deve liberar calor), o calor da
transformação é chamado de calor de fusão LF. Para água em sua temperatura normal
de congelamento ou fusão,
LV = 79, 5 cal/g = 6,01 kJ/mol = 333 kJ/kg (4.55)

4.2.8 A primeira lei da Termodinâmica


Um gás pode trocar energia com seu entorno através do trabalho. A quantidade de
trabalho W feita por um gás à medida que se expande ou contrai de um volume inicial
Vi para um volume final Vf é dada por

(4.56)

O princípio de conservação de energia para um processo termodinâmico é


expresso na primeira lei da termodinâmica. Q representa a energia trocada na forma
de calor entre o sistema e sua vizinhança. W é o trabalho realizado pelo sistema, W é
positivo se o sistema se expandir contra uma força externa do ambiente. Q e W são
dependentes do caminho; Eint é caminho independente.
A primeira lei da termodinâmica encontra aplicação em vários casos especiais:
processos adiabáticos: Q = 0, ∆Eint = −W
processos de volume constante: W = 0, ∆Eint = Q
processos cíclicos: ∆Eint = 0, Q = W
expansões gratuitas: Q = W = ∆Eint = 0

176
4.2.9 Um olhar mais atento ao calor e ao trabalho
A energia pode ser transferida como calor e trabalho entre um sistema e seu
ambiente. Vamos tomar como nosso sistema um gás confinado a um cilindro com
pistão móvel. A força ascendente no pistão devido à pressão do gás confinado é igual
ao peso do chumbo carregado no topo do pistão.

Figura 4.4: Ilustração do trabalho realizado por um gás.

O sistema (o gás) parte de um estado inicial i, descrito por uma pressão pi, um
volume Vi e uma temperatura Ti. Você quer mudar o sistema para um estado final
f, descrito como uma pressão pf e um volume Vf. O procedimento é chamado de
processo termodinâmico. Durante este processo, a energia pode ser transferida para o
sistema a partir do reservatório térmico.

dW = F d→
v = (PA)(ds) = p(Ads)
= pdV (4.57)
em que dV é a mudança diferencial no volume do gás devido ao movimento do
pistão. Quando você removeu tiro suficiente para permitir que o gás mude seu volume
de Vi para Vf, o trabalho total feito pelo gás é

(4.58)

177
4.2.10 A primeira lei da Termodinâmica
Quando um sistema muda de um dado estado inicial para um estado final,
tanto o trabalho W quanto o aquecimento Q dependem da natureza do processo.
Experimentalmente, porém, encontramos algo surpreen- dente. A quantidade Q W é a
mesma para todos os processos. Depende apenas dos estados inicial e final e não tem
nada a ver com a forma como o sistema passa de um para o outro.
∆Eint = Eint,f − Eint,i = Q − W Primeira Lei (4.59)
A equação 18-26 é a primeira lei da termodinâmica. Se o sistema termodinâmico
sofre apenas uma mudança diferencial, podemos escrever a primeira lei como
dEint = dQ − dW (4.60)
A energia interna Eint de um sistema tende a aumentar se a energia é adicionada
como calor Q e tende a diminuir se a energia é perdida como o trabalho W feito pelo
sistema.
O princípio de conservação de energia se aplica a sistemas isolados, ou seja, um
sistema sem energia entrando ou saindo do sistema. A primeira lei da termodinâmica
é uma extensão deste princípio para sistemas que não são isolados. Nesses casos, a
energia pode ser transferida para dentro ou para fora do sistema como trabalho W ou
calor Q. Em nossa declaração acima sobre a primeira lei da termodinâmica, assumimos
que não há mudanças na energia cinética ou na energia potencial do sistema como
um todo; ou seja, K = U = 0.
O trabalho realizado em um sistema é sempre o negativo do trabalho realizado
pelo sistema, portanto, se reescrevermos o trabalho feito no sistema, temos
Eint = Q − Wsobre.

178
4.2.11 Alguns Casos Especiais da Primeira Lei da Termodinâmica
Aqui estão quatro processos termodinâmicos

Figura 4.5: Expansão livre de um gás.

Processos adiabáticos. Um processo contradiatório que ocorre de forma rápida ou


ocorre em um sistema que é tão bem isolado que nenhuma transferência de energia
como o calor ocorre entre o sistema e seu ambiente. Colocar Q = 0
Eint = −W processo adiabático (4.61)
Se W for positivo, a energia interna do sistema diminui pela quantidade de trabalho.
Por outro lado, se o trabalho for realizado no sistema (isto é, se W for negativo), a
energia interna aumenta nessa quantidade. Se o volume de um sistema (como o gás)
for mantido constante, esse sistema não pode funcionar.
Eint = Q (4.62)
Existem processos em que, após certas trocas de calor e trabalho, o sistema é
restaurado ao seu estado inicial. Neste caso, nenhuma propriedade intrínseca do sistema
- incluindo sua energia interna - pode mudar. Colocando Eint = 0 a primeira lei produz.
Q = W (4.63)
Assim, o trabalho líquido realizado durante o processo deve ser exatamente igual
à quantidade líquida de energia transferida como calor; o estoque de energia interna
do sistema permanece inalterado. Processos cíclicos formam um circuito fechado em
um gráfico p-V.
Expansões livres. Estes são processos adiabáticos nos quais não ocorre transferência
de calor entre o sistema e seu ambiente e nenhum trabalho é feito no sistema ou pelo
sistema. Assim, Q W 0, e a primeira lei exige que Ent = 0 (expansão livre).

179
4.3 Entropia a Segunda Lei da Termodinâmica
Um processo irreversível é aquele que não pode ser revertido por meio de pequenas
mudanças no ambiente. A direção na qual um processo irreversível prossegue é
definida pela variação da entropia DeltaS do sistema em processo. A entropia S é uma
propriedade de estado (ou função de estado) do sistema.

(4.64)

Aqui Q é a energia transferida como calor para ou do sistema durante o processo,


e T é a temperatura do sistema em kelvins durante o processo.
 - Para um processo isotérmico reversível, a expressão para uma mudança de
entropia se reduz a

(4.65)

4.3.1 Entropia

4.3.2 Processos Irreversíveis e Entropia


O caráter unidirecional dos processos irreversíveis é tão difundido que o tomamos
como certo. Se esses processos ocorressem espontaneamente (por si mesmos) de
maneira errada, ficaríamos surpresos. No entanto, nenhum desses eventos equivocados
violaria a lei da conservação da energia.
A mudança na entropia de um sistema é definida mais adiante neste módulo,
mas podemos aqui declarar sua propriedade central, freqüentemente chamada de
postulado da entropia:
“Se um processo irreversível ocorre em um sistema fechado, a entropia S do
sistema sempre aumenta; nunca diminui”.

180
A entropia difere da energia porque a entropia não obedece a uma lei de
conservação. Para processos irreversíveis, a entropia de um sistema fechado sempre
aumenta. Por causa dessa propriedade, a mudança na entropia às vezes é chamada de
“a seta do tempo”. Por exemplo, associamos a explosão de um grão de pipoca com a
direção direta do tempo e um aumento na entropia.

4.3.3 Mudança na entropia

Figura 4.6: Entropia de um gás ideal em expansão livre.

181
A definição de variação de entropia é a expansão livre de um gás ideal. A figura
acima mostra o gás em seu estado de equilíbrio inicial i, confinado por uma torneira
fechada à metade esquerda de um recipiente termicamente isolado. Se abrirmos a
torneira, o gás se apressará para encher todo o recipiente, eventualmente atingindo o
estado final de equilíbrio f mostrado na figura acima (b).
Agora assumimos que o gás ainda possui outra propriedade estatal, sua entropia.
Além disso, definimos a mudança na entropia S f Si de um sistema durante um processo
que leva o sistema de um estado inicial i para um estado final f como

definição da mudança de entropia (4.66)

Uma variação de entropia depende não apenas da energia transferida como calor,
mas também da temperatura na qual a transferência ocorre. Se a entropia é de fato uma
propriedade do estado, a diferença de entropia entre os estados i e f deve depender
apenas desses estados e de forma alguma da maneira como o sistema se moveu de
um estado para outro.

Figura 4.7: Entropia de um gás ideal em expansão isotérmica.

182
A figura acima mostra como produzir uma expansão isotérmica reversível. Nós
confinamos o gás a um cilindro isolado que repousa sobre um reservatório térmico
mantido à temperatura T.
Começamos colocando chumbo suficiente no pistão em movimento. Em seguida,
retiramos o tiro lentamente (peça por peça) até que a pressão e o volume do gás sejam
os do estado final f na figura acima. A temperatura do gás não muda porque o gás
permanece em contato térmico com o reservatório durante todo o processo.

(4.67)

Porque onde Q é a energia total transferida como calor durante o


processo, temos

mudança de entropia, processo isotérmico (4.68)

Para manter a temperatura T do gás constante durante a expansão isotérmica da


figura acima, o calor Q deve ter sido energia transferida do reservatório para o gás.
Assim, Q é positivo e a entropia do gás aumenta durante o processo isotérmico e
durante a expansão livre.
Quando a mudança de temperatura ∆T de um sistema é pequena em relação à
temperatura (em kelvins) antes e depois do processo, a mudança de entropia pode ser
aproximada como
(4.69)

onde Tavg é a temperatura média do sistema em kelvins durante o processo.

183
4.3.4 A segunda lei da termodinâmica

No processo de ir de (i) para (f ) na figura acima, a variação de entropia do gás (nosso


sistema) é positiva. Para manter uma temperatura constante, precisamos remover
energia na forma de calor, mas isso significa que Q é negativo. Essa diminuição na
entropia não viola o postulado da entropia: a entropia sempre aumenta?

(4.70)

(4.71)

A variação de entropia do sistema fechado é a soma dessas duas quantidades: 0.


Embora a entropia possa diminuir em parte de um sistema fechado, sempre haverá
um aumento de entropia igual ou maior em outra parte do sistema. Este fato é uma
forma da segunda lei da termodinâmica.

∆S ≥ 0 Segunda Lei de Termodinâmica, (4.72)

onde o sinal de maior que se aplica a processos irreversíveis e o sinal de igual a


processos reversíveis.
No mundo real, quase todos os processos são irreversíveis em certa medida por
causa do atrito, da turbulência e de outros fatores, de modo que a entropia de sistemas
reais fechados, submetidos a processos reais, sempre aumenta. Processos nos quais a
entropia do sistema permanece constante são sempre idealizações.

4.3.5 A Entropia para motores


Um motor é um dispositivo que, operando em um ciclo, extrai energia como calor
QH de um reservatório de alta temperatura e faz uma certa quantidade de trabalho |W |.
A eficiência ε de qualquer motor é definida como

(4.73)

184
Em um motor ideal, todos os processos são reversíveis e nenhuma transferência de
energia perdida ocorre devido a, digamos, fricção e turbulência.
Um motor Carnot é um motor ideal que segue o ciclo da figura abaixo. Sua eficiên-
cia é
(4.74)

em que TH e TL são as temperaturas dos reservatórios de alta e baixa temperatura,


respectivamente.
Um motor perfeito é um motor imaginário no qual a energia extraída como calor
do reservatório de alta temperatura é convertida completamente para funcionar.

4.3.6 Entropia no mundo real: motores

Figura 4.8: Ciclo de Carnot.

Um motor térmico, ou mais simplesmente, um motor, é um dispositivo que extrai


energia de seu ambiente na forma de calor. No coração de cada motor está uma
substância de trabalho. Para que um motor funcione de forma sustentável, a substância
de trabalho deve operar em um ciclo. Vamos ver o que as leis da termodinâmica podem
nos dizer sobre como os motores funcionam.

185
Um motor Carnot
Podemos aprender muito sobre gases reais analisando um gás ideal, que obedece
à simples lei pV = nRT . Qualquer gás real se aproxima do comportamento ideal se sua
densidade for baixa o suficiente. Da mesma forma, podemos estudar motores reais
analisando o comportamento de um motor ideal.
“Em um motor ideal, todos os processos são reversíveis e não ocorrem
transferências de energia des- necessárias devido a, digamos, fricção e turbulência”.
A figura acima mostra esquematicamente a operação de um motor Carnot. Durante
cada ciclo do motor, a substância de trabalho absorve energia QH como calor de um
reservatório térmico a temperatura constante TH e descarrega energia QL como calor
para um segundo reservatório térmico a uma temperatura constante inferior a TL.
A figura acima (a) mostra um gráfico p V do ciclo de Carnot. Conforme indicado
pelas setas, o ciclo é girado no sentido horário. Imagine que a substância de trabalho
seja um gás confinado a um cilindro isolante com um pistão móvel e pesado. O cilindro
pode ser colocado livremente em qualquer um dos dois reservatórios térmicos.
Os processos ab e bc na figura acima (a) devem ser processos adiabáticos
(reversíveis), ou seja, devem ser processos nos quais nenhuma energia é transferida
na forma de calor. Para garantir isso, o cilindro é colocado em uma placa isolante à
medida que o volume da substância de trabalho muda. Durante os processos cd e. da
(figura acima (b), a substância de trabalho está sendo comprimida, o que significa que
ela está realizando trabalho negativo em seu ambiente.
A equação (∆S = dQ/T ) nos diz que qualquer transferência de energia como calor
deve envolver uma mudança na entropia. Para ver isso para um motor Carnot, podemos
plotar o ciclo Carnot em um diagrama de temperatura-entropia (T − S). Os pontos com
letras a, b, c e d correspondem aos pontos com letras

186
Figura 4.9: Diagrama PV para o ciclo de Carnot.

No diagrama p V da figura acima. As duas linhas horizontais na figura abaixo


correspondem aos dois processos isotérmicos do ciclo. O processo ab é a expansão
isotérmica do ciclo. Como a substância de trabalho (reversivelmente) absorve energia
QH como calor a temperatura constante TH durante a expansão, sua entropia aumenta.
Da mesma forma, durante a compressão isotérmica cd, a substância de trabalho
(reversivelmente) perde energia QL como calor a temperatura constante TL, e sua
entropia diminui.
Para calcular o trabalho líquido feito por um motor Carnot durante um ciclo, vamos
aplicar acima, a primeira lei da termodinâmica (∆Eint = Q W ). Segue que ∆Eint = 0
para um ciclo completo da substância de trabalho. Lembrando que Q é a transferência
líquida de calor por ciclo e W é o trabalho líquido, podemos escrever a primeira lei da
termodinâmica para o ciclo de Carnot como
Mudanças de entropia Em um motor de Carnot, há duas (e apenas duas)
transferências reversíveis de energia como calor e, portanto, duas mudanças na
entropia da substância de trabalho - uma na temperatura TH e uma na TL. A mudança
de entropia líquida por ciclo é então

(4.75)

187
Aqui SH é positivo porque a energia QH é adicionada à substância de trabalho como
calor (um aumento na entropia) e SL é negativo porque a energia QL é removida da
substância de trabalho como calor (uma diminuição na entropia). Como a entropia é
uma função de estado, devemos ter ∆S = 0 para um ciclo completo.

(4.76)

Note que, porque TH > TL, devemos ter QH > QL; isto é, mais energia é extraída
como calor do reservatório de alta temperatura do que é entregue ao reservatório de
baixa temperatura. Vamos agora deduzir uma expressão para a eficiência de um motor
Carnot.

Eficiência de um motor Carnot


O propósito de qualquer motor é transformar o máximo de energia extraída QH em
trabalho possível. Medimos o seu sucesso ao fazê-lo através da sua eficiência térmica,
definida como o trabalho que o motor faz por ciclo (“energia que recebemos”) dividido
pela energia que absorve como calor por ciclo (“energia pela qual pagamos”):

(4.77)

Para um motor Carnot, podemos escrever

(4.78)

Figura 4.10: Ciclo de Carnot, no diagrama temperatura-entropia.

188
Figura 4.11: Ciclo de um motor sem perdas de energia para o meio externo.

eficiencia, motor do Carnot (4.79)

onde as temperaturas TL e TH estão em Kelvin. Como TL < TH, o motor Carnot


tem necessariamente uma eficiência térmica menor que a unidade - ou seja, menos
de 100%. Isso é indicado na figura acima, que mostra que apenas parte da energia
extraída como calor do reservatório de alta temperatura está disponível para fazer o
trabalho, e o restante é entregue ao reservatório de baixa temperatura.
“Nenhuma série de processos é possível cujo único resultado é a transferência
de energia como calor de um reservatório térmico e a conversão completa desta
energia em trabalho.”

189
SAIBA MAIS
Para uma análise adicional sobre o conteúdo, podemos acessar o link de simulação do Phet
colorado sobre eletrostática. Por exemplo o de simulação em circuitos elétricos:
formas de energia térmica e gases https://phet.colorado.edu/en/simulations/energy-forms-
and-changes https://phet.colorado.edu/en/simulations/gases-intro https://phet.colorado.
edu/en/simulations/states-of-matter-basics

PENSE NISSO
Umas das leis térmicas que mais impactam nosso cotidiano, se refere a conservação de energia,
no caso da primeira lei da termodinâmica, que é regida pela relação entre a quantidade de
calor fornecida a um sistema que se transforma em trabalho e na variação da energia interna.

SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Fundamentos da Termodinâmica
Autor: Claus Borgnakke e Richard E. Sonntag
Editora: blucher
Sinopse: A obra Fundamentos da Termodinâmica reafirma
sua importância como literatura de referência para o estudo
da termodinâmica sob a perspectiva da engenharia. Sua
adoção pelas melhores escolas de engenharia do mundo se
deve a sua qualidade e sua capacidade de renovação.

190
Conclusão
Nesta unidade abordamos as principais leis que regem a física térmica. Sendo a
absorção de calor pela matéria, análise do calor específico e calor latente na transição
de fase. Também estudamos as leis da termodinâmica iniciando pela lei zero que
estabelece a definição de temperatura e equilíbrio térmico, passando pela primeira lei
que relaciona a conservação de energia com a quantidade de calor, trabalho e energia
interna. Finalizando com o estudo da entropia do sistema e eficiência de motores.

191
CONCLUSÃO GERAL

Neste material, unidade I abordamos os principais fenômenos eletrostáticos e


mecânico, iniciando pela análise das propriedades elétricas das cargas e como elas
elas interagem por meio da força elétrica, chamada de lei de Coulomb, também
concluímos que as cargas se detectam por meio do campo e potencial elétrico inerente
a cada elemento. Passamos então a analisar como o campo elétrico é gerado por uma
carga puntiforme e uma distribuição contínua de cargas usando a lei de Coulomb,
enquanto estudamos a lei de Gauss para o mesmo calculo, porém, com a praticidade
das simetrias, esférica, plana e cilíndrica, assim como o potencial elétrico e como este
pode determinar o campo elétrico em uma determinada região por meio do operador
gradiente.
Na unidade II, estudamos a eletrodinâmica, ou seja, a corrente elétrica e as suas
quantidades relacionadas, como a resistência e tensão. E como estas grandezas físicas
são aplicas à circuitos elétricos, sendo estes construídos por meio da lei de Ohm e como
cada um destes componentes eletrônicos são conectados por meio dos condutores.
Também analisamos a densidade de corrente elétrica que atravessa a área da secção
transversal do fio.
Na segunda metade deste texto, unidade III, abordamos as leis da mecânica celeste,
ou seja, as leis de Kepler para as órbitas dos planetas e a lei da gravitação universal de
Newton. Continuando, estudamos as propriedades dos fluidos quanto a hidrostática e
hidrodinâmica. Também compreendemos os fenômenos ondulatórios sobre sistemas
de oscilação simples, e como ondas mecânicas se propagam em meios materiais como
uma corda, e também as propriedades de ondas sonoras.
Na unidade IV, fizemos o estudo das leis da física térmica, iniciando com o gás ideal
e, como este permite a análise das grandezas de estado como temperatura, pressão e
volume. Na sequência compreendemos, como as quantidades de energia térmica são
estabelecidas por meio na matéria, por meio das leis da termodinâmica, começando
com a lei zero que estabelece o principio de equilibro térmico e a definição de
temperatura, passando pela primeira e segunda lei.

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BIBLIOGRAFIA
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de Ja-neiro: LTC, c2016. v. 2. 101 ex.530 H188f 10. ed.
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Janeiro: LTC, c2009.v. 2.43 ex. 530 T595f 6. ed.
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