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SEGURANÇA
NO TRABALHO
Prof. Dr. Daniel Mantovani
FEITEP | 2023
Mantenedora e Diretora Geral
Dra. Lucinéia de Caires Bressanin Roschildt
Vice-diretora
Nathalia Roschildt
Direção Acadêmica
Prof. Dr. Antonio Peixoto de Araujo Neto
Prof. Dr. Daniel Mantovani
Ergonomia e Segurança
no Trabalho
Maringá, PR
2023
© Prof. Dr. Daniel Mantovani, 2023.
A FEITEP-EAD segue o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor no Brasil desde 2009.
A aceitação das alterações textuais e de normalização bibliográfica sugeridas pelo revisor
é uma decisão do autor/organizador.
A485c
AMARAL, Mariana Moreno do
Ciência politica e direitos fundamentais/ Mariana
Moreno do Amaral. Maringa PR: Feitep, 2022. 96 p. il.
Inclui Referencias.
ISBN: 978-65-996196-9-4
1 Ciencia Politica 2. Direitos fundamentais. 3. Direito. I. AMA-
RAL, Mariana Moreno do II Título.
CDD. 320.1
4
Bem-vindos!
Caro(a) aluno(a),
5
O autor
6
Sumário
Introdução............................................................................................................................................................................................9
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO........................................................................................... 10
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................................. 11
1. INTRODUÇÃO AOS FUNDAMENTOS DA SEGURANÇA DO TRABALHO..................................................... 12
2. ACIDENTE DE TRABALHO SOB OS ASPECTOS TÉCNICO E LEGAL................................................................ 15
2.1. Formatos de investigação dos acidentes..................................................................................................................... 20
3. ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO NAS EMPRESAS (SESMT)............................. 26
3.1. Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA)........................................................................................... 29
3.2. Atuação e formatos de melhoria do ambiente mediante aos órgãos sesmt e cipa............................... 31
CONCLUSÃO..................................................................................................................................................................................... 33
UNIDADE II
ERGONOMIA: CONCEITOS PERSPECTIVAS E TENDÊNCIAS.......................................................... 35
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................................. 36
1. O que é Ergonomia.................................................................................................................................................................... 37
2. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA E SEUS CONCEITOS....................................................................................... 39
3. Sistema Homem/máquina..................................................................................................................................................... 43
3.1. Postos de trabalho.................................................................................................................................................................. 45
3.1.1. Postura do trabalho........................................................................................................................................................... 48
3.2. Ambiente Térmico, Audição, Visão, Vibração, Atividade Mental.................................................................... 50
CONCLUSÃO..................................................................................................................................................................................... 62
UNIDADE III
SEGURANÇA DO TRABALHO COM A APLICAÇÃO DE DIRETRIZES
DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA.................................................................................................................. 63
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................................. 64
1. USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI's).......................................................................... 65
1.1 Uso de equipamentos de proteção coletiva (EPC's).............................................................................................. 72
2. Atividades e operações insalubres..................................................................................................................................... 74
3. ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS...................................................................................................................... 81
3.1 Programas de Prevenção..................................................................................................................................................... 83
3.1.1. Programa de Prevenção de Risco Ambiental (PPRA) NR 9 .......................................................................... 89
3.1.2. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)............................................................... 89
3.1.3. Programa de Controle e Meio Ambiente de Trabalho da Construção Civil (PCMAT)...................... 90
CONCLUSÃO..................................................................................................................................................................................... 92
7
UNIDADE IV
GESTÃO DA SEGURANÇA NO TRABALHO....................................................................................................... 93
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................................................. 94
1. Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho................................................................................................................... 95
1.1 Acidentes de trabalho: Conceitos.................................................................................................................................... 97
1.1.2 Caracterizando um acidente........................................................................................................................................... 98
1.1.3 Incapacidade temporária................................................................................................................................................. 99
1.1.4 Incapacidade de formato permanente...................................................................................................................... 99
1.1.5 Afastamento........................................................................................................................................................................... 99
1.3 Causas e custos.......................................................................................................................................................................101
1.3.1 Métodos de Prevenção Individual e Coletiva.......................................................................................................103
1.3.2 Aspectos legais....................................................................................................................................................................105
CONCLUSÃO...................................................................................................................................................................................110
CONCLUSÃO GERAL........................................................................................................................................................111
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................................................112
8
Introdução
Bons estudos!
Prof. Dr. Daniel Mantovani
9
UNIDADE I
INTRODUÇÃO À
SEGURANÇA
DO TRABALHO
INTRODUÇÃO
Olá! Bem-vindo (a) a nossa primeira unidade do livro! Após ampliarmos os conheci-
mentos sobre a introdução da Ergonomia e suas atribuições, iremos compreender e for-
talecer o perfil da segurança do trabalho atrelado em condições únicas, ou seja, aquelas
que abordam quais são os fatores envolvidos em acidentes de trabalhos e como devem
ser submetidos para estudo.
A Segurança do Trabalho é a disciplina que estuda as relações entre trabalhadores e
empregadores com o ambiente de trabalho, ajustando condições para risco zero bem
como acidentes que possam ser gerados ao longo das atividades profissionais. Imagina-
mos segmentos produtivos de todos os lados correto? A resposta é sim! E para isso, os co-
nhecimentos dispostos a promover ambientes de trabalho seguros e saudáveis é de direi-
to a todos os envolvidos perante a nossa legislação trabalhista, previdenciária, civil e penal.
Na atualidade, acidentes devem ser investigados e reconhecidos como ações que preci-
sam ser mensuradas e analisadas para evitar outros acidentes posteriores. Órgãos internos
como a Comissão de Prevenção de Acidentes (CIPA) e o Segurança e Medicina do Traba-
lho nas Empresas (SESMT), atuam como braços direitos dos trabalhadores, promovendo
ações de combate a redução dos acidentes com recursos e, claro, muita agilidade na me-
lhoria dos processos.
Finalizaremos o nosso conteúdo ligado ao capítulo I, reportando fatos e formatos que
possam ser melhorados em relação à gestão da segurança do trabalho nas empresas, bus-
cando a diversidade e recursos para explorar fatores que ainda não foram relatados por
profissionais da área de segurança. Todos as abordagens serão atreladas a condições da
segurança do trabalho e mencionadas aos critérios legais das Normas Regulamentadoras
(NR´s) vislumbrando a ciência envolvida e gestão acima de tudo.
Bons estudos!
Prof. Dr. Daniel Mantovani
11
1. INTRODUÇÃO AOS
FUNDAMENTOS DA
SEGURANÇA DO TRABALHO
No Brasil, o serviço formalizado, desde o ano de 1940, pelo presidente Getúlio Vargas,
atrelando sua formalização aos contextos da Consolidação de Leis do Trabalho (CLT).
Entretanto, registros de trabalhos realizados por humanos é milenar, vindos de civilizações
antigas: babilônica, grega e romana. Já no campo específico da segurança no trabalho,
os Estados europeus, a se iniciar pela Inglaterra, já consideravam, na primeira metade do
século XIX, tratativas sobre a preservação da saúde e da segurança dos trabalhadores.
As condições de trabalho eram muito deficitárias, causando acúmulos de insalubridades
e periculosidades nas mais diversas funções, desgastando constantemente a saúde
desses trabalhadores. Assim, grande parte dessas pessoas envolvidas se desgastavam
nos ambientes de ofícios, tais como: ferreiro (mal cheiro do ambiente, desgaste da pele
de trabalhadores), talhador de pedra (dores nos braços), barqueiro (esgotamento físico e
ataque de mosquitos), pedreiro (desgaste físico, fortes ventos, sujeira).
Nesse sentido, países passaram a buscar uma condição de saúde aos seus colaboradores
(trabalhadores), industriais entre outros. Assim, surgiam as instituições ligadas à área de
segurança e saúde do trabalho visando modificações diversas aos países, em especial aos
Estados Unidos e na Europa, instituições de referência, atuando no desenvolvimento de
boas práticas, procedimentos e padrões de referência para todos os demais países. Já,
no Brasil, houve a implantação de um instituto focado na área de segurança do trabalho
chamado Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
(FUNDACENTRO), visando desenvolver pesquisas sobre condições dos ambientes de
trabalho. Tal instituição produz materiais com orientações e especificações técnicas
nas mais diferentes áreas, como no setor da Construção Civil, na Indústria Química e na
Agricultura. A Figura 1 remete a condições de trabalho envolvidas na revolução industrial
no século XVIII, sem qualquer menção a segurança do trabalho.
12
Fonte: https://www.ead.senac.br/drive/tecnico_seguranca_trabalho/index.html/.
Acessado em: 01 de out de 2022.
13
American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH): estabelece
limites de exposição ocupacional para agentes físicos e químicos. Estes limites são
usados como referência no Brasil.
American Industrial Hygiene Association (AIHA): fundada em 1939, é uma organização
sem fins lucrativos voltada para os profissionais da higiene ocupacional. Estes
fazem a antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos ambientais
(AIHA, 2019).
Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho
(ANIMASEG): congrega empresas fabricantes de material de segurança do trabalho
no Brasil.
Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO): associação criada em
1994 com fins de estudos e ações voltados para a Higiene Ocupacional. Por meio
desta associação, o profissional de Higiene Ocupacional pode se qualificar e receber
certificação na sua área de atuação.
Entretanto, o Ministério da Economia, formado pelo antigo Ministério do Trabalho
e Emprego, publicou a portaria n° 3.214, em 1978, que trouxe um conjunto de normas
regulamentadoras com requisitos para o desenvolvimento de trabalho seguro e saudável
no campo de trabalho brasileiro. As normas são de observância obrigatória pelas empresas
privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, desde que
possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (BRASIL, 1978).
14
2. ACIDENTE DE TRABALHO SOB
OS ASPECTOS TÉCNICO E LEGAL
Ao aplicarmos Ergonomia nas empresas dentro dos setores privados e estatais, esta-
mos promovendo a aplicação dos conceitos de segurança do trabalho visando a preven-
ção de acidentes e doenças, tornando o trabalho salubre e mais produtivo possível. Ape-
sar do Brasil ser um dos países integrantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
desde o ano de 1920 até os dias atuais, nosso país auxilia nas diretrizes norteadoras das
práticas de segurança no trabalho e saúde ocupacional mediante convenções. Nesse sen-
tido, as estatísticas ligadas aos acidentes de trabalho são elaboradas para controlar e ana-
lisar os fatores envolvidos com acidentes de trabalho, visando o estudo e diagnóstico de
prevenção para esclarecimento e estímulo de ações prevencionistas (BRASIL, 2004).
Dentro da legalidade jurídica, a palavra “acidente” traz o conceito de casualidade, acon-
tecimento não desejado e involuntário. Juridicamente falando, podemos encontrar o seu
conceito na Lei nº 8.213/91, nos artigos 19 e 20, os quais ensejam que todo o acidente pro-
vém de um súbito, violento e fortuito, pois ocorre dentro de um pequeno lapso de tempo,
produz danos físicos e é involuntário
Perante ao ato acidental ligado à legislação, considera-se como acidente de trabalho
as doenças profissionais, que são as patologias existentes em virtude do exercício do tra-
balho peculiar a determinada atividade e que constam na respectiva relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Entretanto, considera-se a formação
de doenças do trabalho provindas de patologias adquiridas ou desencadeadas em fun-
ção de condições especiais motivadas pelo trabalho e sua relação direta. Assim, dentro
das abordagens e possibilidades ligadas aos acidentes, podemos agrupar em quatro gru-
pos fundamentais:
15
1. Acidente ligado ao trabalho que não seja causa única, mas contribua diretamente
para a morte, redução ou perda da capacidade para o trabalho, ou produza lesão
que exija cuidados médicos;
2. O acidente ocorrido no local e no horário do trabalho, consequência de uma
variedade de fatores;
3. A doença derivada de contaminação acidental no exercício da atividade laboral;
4. O acidente sofrido ainda que fora do local e horário de trabalho (para fins
previdenciários, apenas).
Os acidentes acontecem quando a prevenção falha. Para Barsano e Babosa (2018),
um acidente “[...] é o evento indesejado, inesperado, que provoca no trabalhador lesão
corporal ou perturbação funcional que causa a morte, perda ou redução permanente ou
temporária da capacidade para o trabalho”.
De acordo com o Artigo 19 a 21 do Decreto de Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, estão
estabelecidos o conceito legal de acidente de trabalho e de trajeto. Portanto, no Artigo 19,
em termos legais “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
da empresa, ou de empregador doméstico, ou pelo exercício do trabalho do segurado
especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou
permanente” (BRASIL, 1991).
No Artigo 20, além das ocorrências acidentais, considera -se acidente de trabalho as
doenças definidas como “doença profissional, produzida ou desencadeada pelo exercício
do trabalho peculiar a determinada atividade [...]; e doença do trabalho, adquirida ou
desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com
ele se relacione diretamente” (BRASIL, 1991).
No Artigo 21, considera-se também como acidente de trabalho, aquele que, embora
não tenha sido a única causa, tenha contribuído diretamente para a morte do empregado,
ou a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua recuperação; o acidente sofrido pelo empregado no local e no
horário do trabalho; a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade; o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e
horário de trabalho (BRASIL, 1991).
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Para fins de perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), será caracte-
rizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo téc-
nico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade
da empresa ou do empregado doméstico e a doença motivadora da incapacidade elenca-
da na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10)
(BRASIL, 1991).
Está estabelecida, no Artigo 22, a obrigação de a empresa comunicar à Previdência
Social os acidentes de trabalho que ocorrem com seus empregados, gerando ou não
afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte à ocorrência, e em caso de
morte do empregado, deve ser informado de imediato as autoridades competentes
(BRASIL, 1991).
Conforme disposto nos artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999, se a empresa não
informar o acidente dentro do prazo legal, estará sujeita à aplicação de multa (BRASIL,
2021).
De acordo com Rojas (2018), “o acidente de trabalho é o que de pior pode ocorrer a
um trabalhador durante o exercício de suas atividades laborais. O trabalhador sofre con-
sequências físicas, psicológicas e emocionais e pode perde sua capacidade física ou mes-
mo sua vida.”
Segundo Lima Junior (2005) e Barbosa Filho (2015) os principais causadores de aci-
dentes graves e fatais são principalmente as atividades que podem provocar quedas de
altura, soterramento, choque elétrico, máquinas e equipamentos sem proteção adequa-
da, choque ou impacto mecânico. Devem-se priorizar as ações dos programas de segu-
rança no setor da indústria da construção civil para prevenção de modo geral desses aci-
dentes, pois eles poderiam ser evitados, já que se conhecem as medidas preventivas para
a não ocorrência deles.
Numa tentativa de melhoria das condições de segurança e saúde do trabalhador no
setor da indústria da construção civil, o novo texto da NR-18 traz algumas mudanças em
itens relacionadas há esses principais agentes causadores de acidentes.
17
O trabalhador passa a maior parte de sua vida no ambiente de seu local de trabalho.
O trabalhador é exposto diariamente durantes horas às condições de riscos ocupacionais
no ambiente de trabalho e é diretamente atingido pelos efeitos gerados pela execução do
processo produtivo (ROJAS, 2015).
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para
reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença
ocupacional. O INSS permite o registro da CAT de forma online, desde que preenchidos
todos os campos obrigatórios, e caso a empresa prefira é possível fazer o registro da CAT
em uma das agências do INSS (BRASIL, 2021). É de suma importância o registro da CAT para
que o acidente de trabalho seja legalmente reconhecido pelo INSS, como também permite
que o trabalhador receber o auxílio-acidente ou outros benefícios gerados pelo acidente.
Assim, caso a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador, um dependente,
o sindicato, o médico ou uma autoridade pública poderão a qualquer tempo fazer o
registro junto à Previdência Social (BRASIL, 2021). Neste sentido, uma efetiva prevenção
de acidentes e doenças decorrentes do ambiente do trabalho, deve assegurar a execução
das atividades de trabalho com a preservação da vida e com a promoção da saúde do
trabalhador. Assim, a Figura 2, demonstra o caminho ligado ao acidente de trabalho.
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Para tanto, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CANPAT) é
uma ação desenvolvida pelo Ministério da Economia (ME) em parceria com outros órgãos
públicos, da qual, em 2019, o foco da CANPAT foi a gestão de riscos ocupacionais e a
motivação foram os altos índices de acidentes de trabalho, entre o ano de 2015 a 2019
em todo país ocorreram mais de 2 milhões acidentes (CANPAT, 2019). Assim, a Figura
3, demonstra o perfil denotado por diferentes atividades de trabalho e suas estatísticas
ligadas aos acidentes de trabalho.
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Do ponto de vista ligado aos acidentes e os adoecimentos ocorridos no Brasil, sua
representação está ligada perda de vidas, lesões, mutilações, incapacitações, sofrimento e
custos, com consequências que refletem dentro e fora do ambiente de trabalho. Portanto,
ambientes de trabalho seguros e saudáveis proporcionam ganhos. Do ponto de vista dos
empregadores, proporcionam o aumento da produtividade, aumento da competitividade,
redução de dias parados, diminuição dos gastos operacionais com acidentes, valorização
da marca e credibilidade da empresa, diminuição das despesas com indenizações e ações
judiciais entre outras ações.
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trabalho, contribui para a ocorrência do acidente no local devido à falta de manutenção
dos equipamentos, falta de organização das dependências.
Perante as citações abordadas por esse tópico a Organização Internacional do Trabalho
(OIT) (2010), descreveu sobre grupos ligados a doenças profissionais, das quais fazem
parte:
Doenças ocupacionais causadas por exposição a agentes resultantes das atividades
laborais, como agentes químicos (berílio, cádmio, fósforo, cromo etc.), agentes
físicos (ruído, vibrações, ar comprimido, radiações ionizantes etc.) e agentes
biológicos e doenças infecciosas ou parasitárias (hepatite, tétano, tuberculose etc.).
Doenças ocupacionais segundo o órgão ou sistema humano afetado, tais como
doenças do sistema respiratório (pneumoconioses causadas por pó mineral
fibrogênico, dentre outras),
doenças de pele (dermatose alérgica de contato, dentre outras), doenças do
sistema osteomuscular (tenossinovites, bursites, síndrome do túnel do carpo etc.) e
transtornos mentais e de comportamento (transtorno de estresse pós-traumático,
dentre outros).
Câncer ocupacional, causado por agentes como amianto ou asbesto, compostos
de cromo, cloreto de vinila, benzeno, radiações ionizantes etc.
Com base em dados, Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) divulga,
anualmente, os dados sobre acidentes de trabalho, suas principais consequências, os
setores de atividades econômicas e a localização geográfica de ocorrência dos eventos
(AEPS, 2009). Assim, a Figura 4 demonstra os atos e condições inseguras geradoras de
acidentes durante as atividades produtivas.
21
Fonte: https://www.conceitozen.com.br/o-que-e-ato-inseguro.html, acessado em: 01 de out de 2022.
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Agora, prezado estudante de Engenharia, vamos enfatizar sobre os acidentes do tra-
balho que poderão ocorrer dentro do seu ofício trabalhista, os quais poderão causar lesão
corporal, perturbação funcional doença que cause a morte, perda ou redução permanen-
te ou temporária de condições para o trabalho. A partir desta frase, as NR´s estabelecem
condições de acidentes de trabalho, quando alocado em seu horário e no local de tra-
balho, ligados em ações como: agressão física, ato de sabotagem, brincadeiras, conflitos,
ato de imprudência, negligência ou imperícia, desabamento, inundação e incêndio. Além
desses problemas, fazem parte dos acidentes de trabalho e seus formatos de investigação:
Colaborador atuando na execução de seus serviços pela empresa;
Por motivo de viagem pela empresa por compromissos profissionais a mesma;
Durante o trajeto ligado a residência do colaborador até o local de trabalho;
Períodos de descanso ligados a busca por qualidade de vida, devido suas
necessidades fisiológicas após o trabalho;
Todo o local de trabalho apresenta situações de insegurança ligados: saúde
ocupacional e acidentes de trabalho de forma diversa.
Você pode estar se perguntando: mas, como seria a classificação de trabalhos ligados
a investigação de acidentes?
Vamos lá! Os trabalhos são divididos em classificações, dentre elas, menciono:
Acidentes típicos/tipo: é tratado por formato jurídico, definido como infortúnio do
trabalho motivado por causa violenta, ou acidente comum, súbito e imprevisto. Entre eles:
quedas, batidas, choques, entre outros.
Doença do trabalho: trabalhador exposto a agentes ambientais, atribuídos ao local
de trabalho exercido pelo colaborador. Entre eles: temperatura, ruído, gases, vapor entre
outros.
Acidente de trajeto: é o acidente de percurso da residência para o local de trabalho
ou vice-versa, deve estar alocado pelo percurso da casa do colaborador.
Incidente: ao ocorrer um acidente sem danos pessoais, tratamos como um incidente.
Para nós, profissionais prevencionistas, é tão ou mais importante que o acidente com
danos, pois esse tipo de acidente precisa ser investigado.
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Entretanto, sobre as consequências relacionados aos acidentes de trabalho focaremos
os perfis ligados a esses dados:
Acidentes ocorridos aos colaboradores: provém de Lesão, incapacidade, afasta-
mento do trabalho, diminuição do salário, podendo infelizmente até chegar à morte.
Ocorrência para a empresa: sem a presença do trabalhador a empresa fica à deriva
da produção, interrupção na produção, diminuição da produção pelo impacto emocional,
atraso na produção e aumento de preço no produto final entre outros.
O estado: a tributação é alta bem como acúmulo de encargos assumidos pela Previ-
dência Social, aumento de impostos e taxas de seguro. Segundo dados da FUNDACENTRO,
o custo com acidente no Brasil pode chegar a R$ 32 bilhões por ano.
Agora, futuro Engenheiro(a), vamos focar sobre o empregado, que se trata de uma
pessoa física que presta serviço de natureza não eventual ao empregador, e trabalha
com dependência ligada a sua remuneração. Veja as causas ligadas ao ato não seguro e
condições inseguras durante o trabalho.
Ato inseguro: é a dependência do ser humano, ligado a consciência ou não, provoca
danos aos trabalhadores, aos companheiros e às máquinas e equipamentos. Ligados aos
EPI´s, improvisos ente outras considerações.
Condições inseguras: trata-se do ambiente de trabalho, o qual compromete a inte-
gridade física e/ou a saúde do trabalhador, bem como a segurança das instalações e dos
equipamentos. Essa pauta está ligada a alta de proteção em máquinas, defeitos em má-
quinas entre outros.
Estatísticas ligadas aos acidentes: são formas que precisam ser investigadas por pro-
fissionais ligados ao conhecimento da segurança no trabalho. Nesse sentido, o controle
e análise do devem estar relativas aos acidentes do trabalho vislumbrando dados diários,
mensais, semestrais e anuais ligados a NR's que possam permitir o confronto das estatísti-
cas entre os setores.
Determinação dos coeficientes de frequência: a partir da obtenção destes dados
são indicados aos números de acidentes com afastamento de cada milhão de horas/ho-
mens trabalhadas. Conforme cálculo pela Equação 1.
24
Eq. 1
Eq. 2
Eq. 3
25
3. ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E
MEDICINA DO TRABALHO NAS
EMPRESAS (SESMT)
26
Fonte: https://prevencaocuritiba.com.br/solucoes-seguranca-do-trabalho/sesmt-servico-especializado-
em-engenharia-de-seguranca-e-em-medicina-do-trabalho-nr-4/, acessado em: 01 de out de 2022.
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Educador físico profissional: elabora sistemas de programação ligados a ginástica
laboral bem como, condicionamento físico na prevenção de doenças e busca da
saúde e segurança do trabalho.
Dentro das condições da saúde e seguridade do trabalhador, é evidente a importância
dada ao profissional em segurança com o surgimento do SESMT, em 1972. Tal fator,
está ligado a formação de acidentes e ocorrência doenças ocupacionais, das quais
foram reduzidas desde a sua aplicação mediante a comprovadas aplicações estatísticas
governamentais e pelas melhorias encontradas nos ambientes de trabalho (CRESPO,
2012). Assim, diante da funcionalidade ligada a NR 04, citada por Brasil/MTE (2017), o
SESMT pode ser constituído no seguinte formato:
técnico de Segurança;
engenheiro de segurança;
auxiliar de enfermagem do trabalho;
enfermeiro do trabalho;
médico do trabalho.
Portanto, em grande parte das empresas brasileiras, o SESMT é subordinado à área
de recursos humanos, à de produção, ou é diretamente ligado à presidência da empre-
sa como órgão de staff. Lembrando a você, futuro profissional da Engenharia, toda essa
descrição é focada perante ao organograma representado por cada empresa, ou seja, não
existe uma regra que seja a nível nacional ou local, o que deve ser cumprido são as ações
a qual o SESMT precisa ser absorvido ligado as condições de melhoria da qualidade de tra-
balho bem como a não formação de doenças ocupacionais ligadas ao trabalho.
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3.1. Comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA)
As empresas contam com a implantação da Comissão Interna de Prevenção de Aci-
dentes (CIPA), criada na década de 1940, pelo governo federal, e sempre objetivou a redu-
ção do número de acidentes que infelizmente marcaram nosso país no passado e ainda
na atualidade. Nesse sentido, a CIPA é um grupo de pessoas, constituído por representan-
tes dos empregados e do empregador, especialmente treinados para colaborar na pre-
venção de acidentes, formados por eleições internas que atuam diretamente sobre os pi-
lares da sustentação de programas voltados à prevenção de acidentes.
Assim, prezado(a) futuro Engenheiro(a), é definida por atribuições e responsabilidades
desse órgão dentro das empresas, com o objetivo prevenir acidentes e doenças decorren-
tes do trabalho. Nesse sentido, os critérios definidos para a criação da CIPA nas empresas
são citada pela NR 05, que estabelece o dimensionamento perante o número dos cola-
boradores e com o grau de risco da empresa que empresa oferece ao colaborador (BAR-
SANO, 2014). A Figura 6, demostra o perfil a qual a CIPA atua dentro das empresas, a qual
estão alocadas visando a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores bem como, re-
dução dos acidentes de trabalho e saúde ocupacional.
29
Nesse sentido, a CIPA considera que acidentes de trabalho provém de frutos de
causas que podem ser eliminadas ou atenuadas ora pelo empregador, ora pelo próprio
empregado. Todavia, é necessário que ambos possam trabalhar unidos para que a junção
de forças faça com que soluções ligadas a melhoria do cenário sejam capazes de oferecer
segurança, no local de trabalho, e ao trabalhador de forma integral mantendo a saúde
ocupacional mediantes aos riscos produtivos.
Mas, professor, como é o perfil das empresas privadas e públicas?
Na verdade, todos os órgãos governamentais que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), buscam a organização sobre o funcionamento da
CIPA, bem como seus rumos ligados a todo a contribuição da melhoria sobre a redução
dos acidentes. Assim, a CIPA deve atuar nas seguintes contribuições:
Atribuir e discutir formatos ligados aos acidentes ocorridos.
Sugerir formas preventivas de acidentes, com julgamento sobre os trabalhos
realizados e seu encaminhamento ao (SESMT) e ao empregador.
Atuar na divulgação de atualizações de normas de segurança e melhorias dos
processos.
Atribuir formatos de prevenção de acidentes ocupacionais e estímulos sobre o
comportamento ligado as ações do colaborador.
Aplicar anualmente ações ligadas a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de
Trabalho (SIPAT), interligando ao SESMT.
Promover campanhas no formato permanente sobre a prevenção de acidentes
ligados a empresa.
Realizar reuniões da CIPA, bem como registram em ata, mensais e envio ao SESMT.
Trabalhar com a investigação juntamente com o SESMT sobre pontualidade
envolvendo acidentes e doenças ocupacionais.
Incluir treinamentos aos colaboradores das empresas, organizar cursos e
treinamentos ligados ao desempenho focado a saúde e segurança do trabalho.
30
Para tanto, a CIPA, como já apresentamos anteriormente, é composta por representantes
da empresa e dos empregados, titulares e suplentes, sendo o primeiro designado pelos
gestores da empresa e o segundo indicado por meio de votação secreta dos próprios
colaboradores. O mandato relacionado aos membros da CIPA é válido por 1 ano e,
durante esse período, acrescido de mais 1 ano. Lembro a você, que os membros votados
não poderão ser dispensados pela empresa durante um determinado período seguindo
regras estabelecidas por condição da CLT (BENSOUSSAN; ALBIERI, 1997). Assim, ocorre a
necessidade frisar que o edital de convocação das eleições da CIPA deve ser publicado
em até 60 dias antes da eleição, além de ser enviado ao sindicato dos trabalhadores da
empresa, que tem direito de acompanhar o pleito.
Portanto, ao dar parecer de inclusão e estabelecer a obrigatoriedade sobre as empre-
sas públicas e privadas da aplicação e organização de implantar um sistema ligado a CIPA,
deverá ocorrer o mediante ao funcionamento ligado aos empregados, com o objetivo de
prevenir infortúnios laborais por meio da apresentação de sugestões e recomendações
ao empregador, vislumbrando eliminar possíveis causas de acidentes do trabalho e doen-
ças ocupacionais.
31
os membros da empresa, bem com a aplicar estratégias significativas fazem parte do tra-
balho intensivo, como o uso da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho
(SIPAT). A SIPAT é uma busca contínua sobre o processo da obrigação legal sobre os em-
pregadores focando a atuação da NR 05 e atenções ligadas a palestras, avaliações médi-
cas, sorteios de prêmios, reuniões especiais, gincanas, vídeos, informações impressas, bem
como outras formas lúdicas para possibilitar o avanço sobre a melhoria do ambiente.
Somado a isso, precisamos levar tais conhecimentos de prevenção para os
colaboradores e também familiares e comunidade, buscando a abordagem abrangente
que envolvem prevenção da AIDS, consumo de drogas e álcool, acidentes de trânsito,
incentivo à doação de sangue, qualidade de vida, prevenção de doenças, prevenção de
acidentes de trabalho, dentre outros (BARSANO; BARBOSA, 2014).
Outras ações como a ginástica laboral são tratadas pelo trabalho constante do SESMT/
CIPA, buscando incentivar os colaboradores no empenho por uma vida mais saudável,
prevenindo doenças ocupacionais, como a LER e a DORT. Portanto, todos os processos
ligados a movimentação do corpo, como ginástica, elevam a melhoria das condições de
trabalho durante seus esforços físicos. 5 a 10 minutos de exercícios de aquecimento ou
alongamento, ou a compensatória, elevam o perfil comportamental acionando melhorias
da musculatura.
32
CONCLUSÃO
33
SAIBA MAIS
Assista ao filme Horizonte Profundo: Desastre no Golfo
(2016), estrelado pelo ator Mark Wahlberg, que dá vida ao
chefe eletricista Mike Williams. A produção não hesita em
apontar a responsabilidade da companhia, e é construída
sobre a perspectiva dos sobreviventes, dando destaque as
perdas humanas ocorridas no acidente.
Leia o artigo científico colocado como material extra e você
ampliará seus conhecimentos sobre a fatores ligados a riscos
ambientais.
Para saber mais sobre a aplicação da CIPA, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=b5svIhyP1oM
SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Segurança e Saúde no Trabalho –
Princípios Norteadores
Autor: Cléber Nilson Amorim Junior.
Editora: LTR
Sinopse: O livro aborda as normas de segurança e saúde dos
trabalhadores, como é o caso daquelas cujo núcleo normativo
é centrado nas Normas Regulamentadoras do Ministério do
Trabalho e Emprego, entendidas, por vezes, como regras, que
nascem e deságuam nelas mesmas.
34
UNIDADE II
ERGONOMIA:
CONCEITOS
PERSPECTIVAS
E TENDÊNCIAS
INTRODUÇÃO
36
1. O QUE É ERGONOMIA
37
Fonte: https://www.ohescritorio.com.br/ergonomia-historia-beneficios-e-como-aplicar/.
Acessado em: 30/09/2022.
38
2. FUNDAMENTOS DA
ERGONOMIA E SEUS CONCEITOS
39
Para as mulheres, na relação do tórax maior e ombros mais largos. Entretanto, Lida (2005)
pontua que diferenças de estatura entre homens e mulheres podem variar entre 6 e 11%.
Ainda sobre o contexto da etnia, a Ergonomia como ciência, ligada a antropometria,
visa caracterizações e busca identificações de medidas. Ao analisar os indivíduos asiáticos
e europeus, nota-se diferenças de medidas corporais bem acentuadas: altura, peso, porte,
proporções corporais diversas. Ao relacionar o continente africano, por exemplo, encon-
tramos um indivíduo pigmeu que pode chegar a ter 130 cm de estatura e um indivíduo
nilótico pode chegar a ter 210 cm de altura (LIDA, 2005).
Portanto, o fator genético é existente e influenciado aos costumes da alimentação lo-
cal. São os imigrantes que buscaram moradias nos Estados Unidos, quando seus filhos
nascidos neste país são geralmente mais pesados e altos (LIDA, 2005). Os estudos de-
monstram que mesmo existindo tal diferença dentro de uma etnia, as proporções corpo-
rais se mantêm a todos os povos de forma unânime. Assim, a Figura 8 propõem um mo-
mento de avaliação as medidas corporais entre as diferentes etnias.
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Diferencas-entre-as-proporcoes-corporais-de-
individuos-de-diferentes-etnias_fig3_276232737, acessado em: 30/09/2022.
40
Ao analisarmos a Figura 8, em relação da etnia dos sujeitos “branco americano” e “negro
americano”, observamos as diferenças nas proporções corporais. O sujeito negro america-
no possui braços mais longos e uma silhueta mais fina que o sujeito branco americano. Tal
interpretação é focada no estudo da antropometria, a qual produz tabelas de medidas dos
segmentos corporais. Assim, o profissional da área de Ergonomia, bem como o profissional
ligado aos estudos da antropometria estática, antropometria dinâmica e antropometria
funcional, precisa estabelecer condições de estudo ligando a antropometria estática (que
estuda as medidas do corpo em atividades). Como assim professor? Veja, imagine uma
pessoa que atua em escritório, linha de montagem de eletrônicos, cortadores de peças de
carnes diversas, entre outras atividades. Seus movimentos são basicamente estáticos, so-
mente ocorre a movimentação do tronco superior e membros superiores (braços). Nesse
sentido, você, futuro profissional da Engenharia, realiza medidas de antropometria funcio-
nal mediante a execução de atividades específicas que devem ser ajustadas por medidas
ligadas a expressão da população, entre elas: 5%, 50% e 95%. Assim, vou enfatizar a aplica-
ção mediante ao procedimento citado pela norma alemã citada como DIN 33403, de 1981.
Essa aplicação é visada pelas medidas antropométricas relativas à homens e mulheres.
Analise a Figura 9, que representa o perfil das variáveis usadas na antropometria estática.
41
Agora, com relação as medidas brasileiras, suas medidas ainda são perfeitamente
estipuladas para cálculos precisos. Sim, precisamos buscar relevância de dados para obter
um banco de dados para determinar regiões e ocupações profissionais que precisam ser
instauradas de forma precisa e objetiva. Assim, a Tabela 1 traz medidas de antropometria
estática de trabalhadores brasileiros com base em perfil de amostras resgate do Rio de
Janeiro, em 1988.
42
3. SISTEMA HOMEM/MÁQUINA
43
dois tipos básicos de máquinas entre elas as tradicionais ligadas aos auxílios para trabalhos
físicos, ou seja, utilizando ferramentas manuais e formato de máquinas-ferramentas em que
a operação é via computadores, em que ocorre a operação por comandos do operador.
Portanto, o especialista da área de ergonomia visa obter efeitos significativos para
melhoria do processo e qualidade de vida, mediante o envolvimento de homens e
máquinas, cabendo a definição e delegação de funções que possam ser restritas para
máquinas e suas definições quanto a responsabilidade do operador humano.
Deverá ser observado para cada condição ligada as características individuais de cada
elemento, para identificar vantagens e desvantagens bem como ajuste necessários para
não haver perdas produtivas e principalmente formação de doenças provindas do trabalho
exercido. Entretanto, durante nossa avaliação no sistema homem-máquina, é necessário
observar as diferenças contidas e evidenciadas pelo sistema operacional o qual envolve o
trabalhador conforme citado abaixo:
a. Ter capacidade de decidir, julgando e resolvendo situações imprevistas.
b. Ser capaz de resolver situações não codificadas, isto é, não se restringe ao
previsível.
c. Não requer programação, desenvolvendo seus próprios programas, à medida
que se fazem necessários.
d. Ser sensível a extensa variedade de estímulos.
e. Perceber modelos e generalizar a partir destes.
f. Guardar grande quantidade de informações por longo período e recordar fatos
relevantes em momentos apropriados entre outros.
44
3.1. Postos de trabalho
Ao considerar o posto de trabalho, o ergonomista precisa definir a configuração física
do local. Mas, professor, como eu farei isso? Basta destacar o espaço necessário para movi-
mentações humanas e objetivar todos os acenos a qualidade e saúde do operador. Assim,
o posto de trabalho é identificado como uma função física exercida pelo operador, visan-
do a concepção da produção, formando um setor produtivo ligado aos postos de traba-
lho. Fazendo essa analogia, o posto de trabalho equivale a uma célula onde o homem é o
núcleo. Há, portanto, a necessidade que todo o impulsionamento da fábrica entre outros
setores possam ser avaliados e definidos como uma forma produtiva e, obviamente, sau-
dável a todos os envolvidos.
Para tanto, cabe ao Engenheiro projetar e especificar o posto de trabalho, consideran-
do o argumento de custo industrial, devendo haver um equilíbrio no projeto de forma fi-
nanceira para atender a todos os dispositivos ligados as normas de segurança do trabalho,
bem como ao processo de industrialização. É natural e vai ocorrer a você, Engenheiro (a),
ao longo de sua vida profissional, observar projetos que precisam ser novamente dimen-
sionados e aplicados para melhoria dos processos. Nunca esqueçam de estabelecer esse
vínculo: posto de trabalho com a prática da ergonomia e produtividade, pois faz parte dos
acenos e defesas defendidos no século passado por Taylor, um gênio ligado a movimen-
tação, buscando os enfoques da biomecânica do corpo de forma geral.
Para tanto, Lida (2005) estabelece um anteparo para tais aspecto ligado a natureza
dos serviços prestados em relação à ergonomia, buscando o aperfeiçoamento até os dias
atuais. Se incluirmos as dimensões e configurações de postos de trabalho, eles devem
atender às exigências decorrentes dos equipamentos, instrumentos e de todos os com-
ponentes em todos os segmentos produtivos. Você imaginava isso, futuro Engenheiro (a)?
Para Panero e Zelnik (2016), a busca pelo atendimento e exigências provindas das ativi-
dades de trabalho devem ser respeitadas por critérios delimitados ao campo visual e ergo-
nômico. Assim, como configurações dos postos relacionados a características técnicas de
ergonomia que precisam compor uma melhoria do processo, foi proposto por ABRAHÃO
(2000), conforme descrição a seguir:
45
plano de trabalho;
profundidade;
altura;
largura frontal;
espaço para membros inferiores;
apoio para pés; e
suporte para documentos.
Neste sentido, cabe ao futuro Engenheiro e ao ergonomista implantar situações de
melhorias para os seguintes passos produtivo:
1. Desenvolver ações com base no método preferido: isso é tratado como um
parâmetro que visa definir as operações de trabalho, bem como descrever
diversidades no formato mais objetivo possível para selecionar alternativas que
sejam viáveis e aplicadas ao cenário produtivo.
2. Preparo do método padrão: quando o método preferido for listado e adequado
as situações reais do ambiente, é necessário alocá-lo, como um método padrão
para ser implantado nas fábricas e locais que necessitam de tal situação ligada ao
processo definido ligado a um processo de listagem como: iluminação, vibração,
ruídos, temperaturas, entre outros fatores que possam influenciar no processo
produtivo do modelo padrão a ser implantado. Nesse sentido, observe a Figura
4, que esboça um método padrão aplicado depois das análises que envolvam as
condições de padronizações de um sistema produtivo.
46
Fonte: Lida (2005).
47
3.1.1. Postura do trabalho
As posturas devem ser avaliadas pelos movimentos corporais que estão incluídos
no formato do trabalho ao qual a pessoa atua. Assim, para Dul e Weerdmeester (2004),
que focaram o estudo da biomecânica, ciência aplicada nas leis físicas da mecânica ao
corpo humano, a qual estimula tensões que possibilitam a inclusão de força de grande
importância ao músculo do corpo humano. O que isso representaria? A famosa fadiga
muscular, que os músculos passam a “sofrer” força acima do normal durante um movimento
ou uma postura realizada no trabalho.
Nesse sentido, ao avaliarmos uma atividade profissional, encontraremos três posições
corporais com combinação entre elas: deitada, em pé e sentada. Bem, ao relacionarmos
a posição deitada, haverá uma maior circulação sanguínea pela passagem do corpo de
forma geral. Essa posição não é recomendada para atividades profissionais a não ser por
prática que precisa ser aplicada de formas esporádica como, por exemplo, aplicação de
soldas, furos, parafusos, manutenção de motores de veículos, entre outra. Tal postura pode
ocasionar surgimento de anomalias devido a condição errônea das atividades, surgimento
de dores do pescoço, braços bem como contrações musculares ligadas a movimentação.
A posição em pé é uma mobilidade de grande aplicação nas atividades industriais
como montagem de equipamentos eletrônicos, cortes de peças de carnes de forma geral,
entre outras. Para essa posição, as condições não são favoráveis ligadas aos movimentos
precisos que o corpo necessita, especialmente ligado ao equilíbrio constante e oscilações
em torno de um ponto médio. Já, para posição sentada, relacionamos o peso ligado
ao corpo do empregado que seu peso é concentrado praticamente sobre a estrutura
esquelética especialmente para a zona inferior localizada no quadril.
Assim, futuro Engenheiro(a), a questão do trabalho na postura sentado proporciona o
aumento das dores lombares advindos da postura justificadas pelo fato de a compressão
dos discos intervertebrais ser maior na posição sentada que em pé. Nesse sentido, a Figura
5 demonstra as atividades desenvolvidas nas diferentes posições corporais.
48
Fonte: Lida (2005).
Portanto, o formato ligado as três posições descritas para a postura (deitado, sentado e
em pé), sempre estarão envolvidos nos esforços musculares para manter a posição relativa
as partes do corpo.
49
3.2. Ambiente Térmico, Audição, Visão, Vibração,
Atividade Mental
O envolvimento dos fatores ambientais influencia de forma direta no rendimento
produtivo do colaborador, bem como em sua saúde ocupacional e mental. Para tanto,
os fatores ligados ao ambiente são atrelados aos limites de exposição que podem ser
exercidos a uma determinada influência na ergonomia. Dul e Weerdmeester (2004)
propuseram três tipos de medidas condicionadas para minimizar ou eliminar os efeitos
nocivos provindos de fatores ambientais ligados aos ao desenvolvimento das atividades
trabalhistas.
Assim, quando relacionamos a eliminar e reduzir a emissão dos poluentes presentes
no ambiente, a propagação é ligada a fonte de recepção provinda do isolamento da fonte/
pessoa incumbida ao cenário. Já o nível individual, fica empregado na redução do tempo
de exposição, o qual pode ser minimizado pela aplicação do uso dos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI´s) cedidos por empregadores.
Assim no Brasil a Fundação Jorge Duprat Figueiredo (Fundacentro), atundo diretamente
com suas pesquisas para melhoria da qualidade produtiva e saúde ocupacional ligado
as Normas de Higiene Ocupacional (NHO) lançadas pela Fundação citada. Assim, suas
características de atuação ao ambiente são: temperatura, audição, visão, vibração e
atividade mental.
Ambiente luminoso (visão): Iniciaremos falando sobre o ambiente de trabalho,
focaremos na iluminação (lux) intensidade luminosa, em ambientes de trabalho diversos,
que além de melhorar a qualidade de vida do trabalhador direciona uma atribuição
produtiva. Assim, um correto planejamento da iluminação focado em cores contribui
diretamente para o aumento da satisfação no trabalho o que traz a melhoria constante,
focando na redução da fadiga humana e claro formação de acidentes de forma geral.
Para tanto, os níveis de iluminação dos ambientes devem ser atendidos conforme
ambientes de trabalho a qual se aplica, os fatore de iluminação. Assim, a NHO 11 (2018),
menciona recomendações no formato de distribuir a iluminação em um ambiente, aonde
o Engenheiro precisa estabelecer formatos ideias para aplicação da iluminação ambiente
50
e distribuída a qual, permitirá um nível de iluminância adequada no entorno imediato
da tarefa realizada pelo profissional relacionada ao conteúdo da quantidade de lux
(iluminação) necessária conforme ambientes produtivos diversos citados amplamente na
NHO 11. A Figura 10 trata sobre o ângulo de corte, medido no formato horizontal abaixo
da lâmpada(s), em que a aplicação é focada no ofuscamento gerado no ambiente.
Neste sentido, quanto maior o ângulo de corte, mais próximo o observador ficará
da iluminaria, não sofrendo os efeitos do ofuscamento. Cito alguns pontos de avaliação
requeridos:
as áreas de trabalho em riscos e perigos precisam estar iluminadas para garantir a
qualidade de vida dos trabalhadores;
a iluminação deve ser visível em todo o ambiente, mantendo a seguridade do
trabalhador. Pontos de escuridão devem ser localizados e ajustados.
em alguns casos, a iluminação precisa estar alocada na forma de iluminação
suplementar.
51
A medição do lux (iluminância) é medida por um equipamento denominado luxímetro.
Ele deve possuir uma fotocélula com a função de corrigir a sensibilidade do olho humano
e o ângulo de incidência formado, onde a leitura é expressa conforme iluminação cedida
pela lâmpada. Assim, todo e qualquer fator de leitura ligado às Normas e Higiene Ocupa-
cional (NHO) da Fundacentro, devem apesentar calibração em dia conforme laboratório
credenciado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO).
De forma geral, futuros Engenheiros, vocês analisarão esses três formatos distintos para a
análise relacionada a iluminação:
Luz ambiental: ligado a quantidade de lux entre 10 e 200 lux, conforme deferimento
da NHO 11 para locais ligados a tarefas exigentes.
Iluminação local: processo de execução de tarefas, ligados aos contextos comuns:
exercendo a manutenção de veículos, barracão de centros de distribuição, onde
sua intensidade é da pelo de lux entre 200 e 800 lux.
Iluminação especial: atua com uma intensidade luminosa alta, entre 800 e 3000
lux, aplicado diretamente ao setor produtivo, devido a sua exigência visual como
montagens de peças tecnológicas e cirurgias delicadas.
Ambiente térmico: Os ambientes térmicos estão atrelados às condições de trabalho
profissional visando a capacidade de tolerar o calor recebido pelo corpo, dentro das con-
dições climáticas provindas do ambiente profissional. Assim, efeitos chamados de termor-
regulação são atribuídos ao homem (animal) homeotérmico (LIDA, 2005).
Diante do contexto, a temperatura do local de trabalho deve ser confortável para aten-
der as condições que possibilitem o conforto térmico no que diz respeito à temperatura
do ar, calor radiante, velocidade do ar e umidade relativa, para fins de termorregulamen-
tação corporal.
Assim, o conforto térmico para o ser humano pode ser definido como uma sensação
de satisfação com a temperatura do ambiente à qual o ser humano está realizando suas
atividades de rotina. Essa sensação pode ser influenciada por agentes físicos, fisiológicos
e psicológicos. Nosso corpo humano se adapta ao conforto térmico do ambiente em fun-
ção da temperatura, da umidade da pele e dos esforços fisiológicos para regular a tempe-
52
ratura corporal. Em geral, o conforto térmico ocorre quando as temperaturas são manti-
das dentro de intervalos estreitos, sem elevadas oscilações, a umidade da pele é baixa e os
esforços fisiológicos para a regulação da temperatura são minimizados. Naturalmente, os
seres humanos estão acostumados a uma rápida adaptação, evitando o desconforto tér-
mico em nossas rotinas.
Assim, alterar a quantidade de roupas utilizadas, abrir ou fechar uma janela ou porta
para aumentar a ventilação ou simplesmente alterar o local para realizar as atividades
de rotina são práticas instintivas que os seres humanos realizam frequentemente para
melhorar os sentimentos de conforto corpóreo, como apresentado (ASHRAE, 2017).
A temperatura corporal interna é mantida constante a um valor aproximado de 37oC,
satisfazendo a termoregumentação corporal. Assim, o corpo estará apto ao trabalho e
mantendo suas atividades biológicas protegidas. Agora, uma alteração da temperatura
oscilante entre 37ºC e ± 2ºC, essa oscilação partindo de 35 a 39ºC, faixas consideradas
como oscilantes, para um perfil produtivo que precisam ser controlados, pela aplicação
de condição de ventilação, resfriamento e/ou aquecimento provindo de roupas térmicas
afim de manter a temperatura corporal.
Mas, professor isso é muito importante? Sim, prezado(a) aluno(a)! A simples permanência
em ambientes quentes produz no organismo condições de estresse térmico, e quando
está condição se soma algum tipo de esforço físico, a condição de estresse e o risco de
lesão são potencializados na contribuição aos riscos e prejuízos à saúde e vida.
Nesse sentido, nossa adaptação ao calor está relacionada com a capacidade do
indivíduo produzir suor, independentemente de sua origem étnica. Homens magros e
musculosos são os que mais se adaptam ao trabalho sob calor intenso. As mulheres e
homens obesos possuem mais dificuldade, pois as camadas de gordura que têm sob a
pele funcionam como isolante, dificultando a adaptação. Havendo indisposição causada
por altas temperaturas, é ideal pausar o trabalho e aguardar o equilíbrio do corpo, evitando
danos à saúde do trabalhador.
Para tanto, para avaliar o ambiente de trabalho e riscos oferecidos mediante a
temperatura de exposição ao calor, devem ser implementados pausas adequadas para
evitar sobrecargas térmicas sobre o corpo do trabalhador. Mas, professor... Eu imagino a
53
sua dúvida! Ela é sobre o uso de roupas térmicas, ventilação e refrigeração, correto? Nesse
caso, a aplicação ligada a medidas de temperatura utiliza-se o chamado Índice de Bulbo
Úmido bem como Termômetro de Globo (IBUTG). Ou seja, são instrumentações que visam
captar informações para que o profissional da Ergonomia ou Engenheiro possa avaliar tal
situação de risco a saúde do trabalhador e seus resultados devem ser observados mediante
as citações feitas nas Normas Regulamentadoras (NR´s) 15 e 16 respectivamente, bem
como pelo uso da norma NHO 6 da Fundacentro. A Figura 11 apresenta um instrumento
de medição para obtenção dos dados referentes a medição de temperatura do ambiente
de trabalho.
Fonte: https://www.instrutherm.com.br/medidor-de-stress-termico-mod-tgd-200?utm_
medium=CampaignTestMedium&utm_source=CampaignTestSource&gclid=Cj0KCQjwyt-ZBhCNARIsAKH1177
FJLr8DlK92mosd13h_0xWUVkmEQnLC7cvK3MrcDMhSC2NhH1dpcsaAhE2EALw_wcB/.
Acessado em: 01 de out de 2022.
54
Portanto, fatores ligados a baixas temperaturas como trabalhos em frigoríficos,
abatedouros, estocagem de alimentos, câmaras frigoríficas, entre outros, devem atender
aos critérios de temperatura citados pelas Consolidação de Leis do Trabalho (CLT),
especialmente pela citação do Artigo 253. A lei aborda que o controle para a exposição ao
frio deve ser de pausas a cada 1 hora e 40 minutos, no caso de trabalhadores no interior
de câmaras frigoríficas, e também estabelece o que é o ambiente artificialmente frio.
Ambiente para audição: imaginemos os agentes ambientais presentes no nosso
dia a dia, especialmente no trabalho, talvez aquele de maior manifestação e de fácil
interpretação é o ruído. Esse é um fator que recorrente ao tempo de exposição pode
perturbar ou elevar e causar sérios problemas aos trabalhadores (LIDA, 2005). Devido a
sua importância quando tratado a um fator ambiental, ele é mencionado e exposto a NR
15 citado no anexo I, que dispõe de limites máximos admissíveis para os ruídos, sentidos
pelo colaborador no formato de leitura de decibéis (dB) analisados segundo o seu tempo
de exposição, conforme Tabela 1.
Fonte: https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-
de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-15-anexo-01.pdf.
Acessado em 01 de out de 2022.
55
Para tanto, com relação a interpretação a intensidade de pressão sonora que é medida
em decibéis (dB), o valor, ao ultrapassar os limites auditivos do trabalhador exposto
sem proteção adequada, poderá causar a perda auditiva induzida por ruído. Nesse
sentido, a portaria do Ministério do Trabalho e Emprego 3.214/78 estabelece critérios de
regulamentação com base na NR-15 - Atividades e operações insalubres para manter as
intensidades de ruído dentro do limite de tolerância conforme legislação citada. Analise a
Figura 12 que apresenta um colaborador durante suas atribuições profissionais, sujeito as
exposições dos ruídos do ambiente.
Fonte: https://www.taygahs.com/tecnicas-de-controle-de-ruido-industrial/.
Acessado em 01 de out de 2022.
56
caso o nível de ruído seja elevado para 85 dB, o tempo de permanência deve ser reduzi-
do para 4 horas e, assim sucessivamente, para garantir a qualidade de vida e segurança do
colaborador no ambiente de trabalho.
Vibrações: as vibrações são formadas por surgimentos de fatores ligados a instrumentos
utilizados na construção ou modificação estrutural. Assim, as partes afetadas por esse
procedimento utilizado são as mãos e braços, podendo ocorrer ao corpo inteiro, dependo
da aplicação do processo executado (LIDA, 2005). Pensemos, futuros(as) Engenheiros(as):
um equipamento utilizado para realizar a compactação do solo “rolo compressor” faz com
que o operador sinta todo o processo ligado a vibração no seu corpo de forma integral.
Assim, a vibração acontece pelo desequilíbrio de forças atuando sobre um corpo, onde
ora existirá uma aceleração e ora não uma desaceleração.
Segundo Dul e Weerdmeester (2004), quando tratamos de vibrações, elas estão
alocadas em três formatos de variáveis que precisam ser consideradas para o avanço da
análise sendo elas:
Frequência: que será expressa em Hz, de forma que, cada parte do corpo humano
apresenta uma sensibilidade de acordo com uma determinada faixa de frequências.
Nível: no qual expressamos seu valor em m/s2.
Duração: referenciada ao tempo de exposição a utilização.
No contraponto, Lida (2005) relata que a vibração é caracterizada por três variáveis de
grande importância na aplicação prática:
Frequência: atribuída ao número de ciclos por segundo ou hertz (Hz).
Intensidade de deslocamento: é fator de medida apresentado em cm ou mm.
Direção do movimento: direcionamento dos eixos ligados três eixos citados
como triortogonais: x (das costas para frente), y (da direita para a esquerda) e z (dos
pés à cabeça).
57
Portanto, em relação ao nível de vibração médio aplicado por fatores já expostos
anteriormente pelos autores, como o tempo de exposição ao uso do maquinário atrelado
a vibração do corpo é desconfortável ao trabalhador. Então, medidas de segurança
precisam ser aplicadas conforme regulamentação exposta pela NR 16 e pela NHO 9
(2017), da Fundacentro. Entre as aplicações que precisam ser utilizadas para redução das
vibrações mediante a revestimentos das pegas das ferramentas, por meio de um material
antivibratório, calços de borracha em máquinas estáticas, assim como em relação ao
tempo de exposição às vibrações, deve-se utilizar de formato para alternância de atividades
laborais entre outras medidas. Assim, a Figura 13 ilustra uma atividade realizada por um
trabalhador da área de construção civil, exercendo sua atividade profissional e exposto ao
ambiente vibracional.
Fonte: https://occupare.com.br/vibracao-ocupacional-de-maos-e-bracos/.
Acessado em: 01 de out de 2022.
58
De forma geral, conforme listado por Lida (2005, p. 267)
Ambientes para atividades mentais: com relação as tarefas mentais, estas estão ligadas
a cenários prestados à formação de doenças ocupacionais ou outras formas de atribuir um
formato que eleva a doenças mentais sobre os trabalhadores. Assim, o trabalho tem in-
fluência direta na vida do trabalhador acerca da motivação, satisfação e realização pessoal.
Logo existe uma inter-relação entre as condições de saúde física e mental, com o adoeci-
mento físico e/ou psíquico do trabalhador, que pode ser gerado quando se ultrapassa os
limites tolerados pelo indivíduo (SILVA, et al., 2017). A partir desta diretriz, ao comparar os
séculos anteriores, a forma como o trabalho realizado é bem diferente, visto que as tarefas
que anteriormente necessitavam de esforço braçal, são agora executadas por máquinas e
equipamentos de alta tecnologia e regidos por novos métodos gerenciais.
As condições das atividades profissionais de trabalhos fatigantes podem aumentar as
chances de desvios comportamentais e erros humanos, visto que um trabalhador fati-
gado e exausto fisicamente, normalmente é submetido à diversas dificuldades ergonô-
micas, não estando em sua plena capacidade física e mental para realizar seu melhor
desempenho (GIAMPAOLI, et al., 2017). A Figura 14 demonstra o envolvimento de ações
que precisam ser estabelecidas para evitar a formação de ambientes que elevam a proble-
mas relacionados a condição mental do trabalhador, bem como a redução produtiva e au-
mento de fatores ligados a doenças.
59
Fonte: https://blog.cenatcursos.com.br/saude-mental-no-trabalho/.
Acessado em: 01 de out de 2022.
60
SAIBA MAIS
Assista ao filme TEMPOS MODERNOS, do diretor
Charles Chaplin, de 1936. O icônico vagabundo está
empregado em uma fábrica, onde as máquinas inevitável
e completamente o dominam e vários percalços o levam
para a prisão.
Leia o artigo científico colocado como material extra e
você ampliará seus conhecimentos sobre a ergonomia e
suas aplicações a segurança do trabalho.
Para saber mais sobre a história da ergonomia, acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=jbSHZJDCYeU
SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Ergonomia – Projeto e Produção
Autor: Itiro Iida | Lia Buarque.
Editora: Blucher
Sinopse: Os autores fizeram uma grande atualização,
introduzindo principalmente as mudanças provocadas
pela aplicação da informática e dos novos meios de
comunicação nas interações do sistema humano-máquina-
ambiente de trabalho.
61
CONCLUSÃO
62
UNIDADE III
SEGURANÇA DO
TRABALHO COM A
APLICAÇÃO
DE DIRETRIZES
DE EQUIPAMENTOS
DE SEGURANÇA
INTRODUÇÃO
64
1. USO DE EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI's)
Ao todo, o profissional que atua diretamente ou indiretamente para uma empresa, in-
dependente do segmento produtivo, já utilizou e reconhece os EPI's e EPC's devido à le-
gislação presente no nosso país. Assim, a Norma Regulamentadora NR 06 é a responsável
sobre a descrição do uso dos EPI's e EPC's, a qual estabelece as condições de usabilidade e
trocas necessárias ao longo das atividades profissionais. Os EPI´s e EPC's, segundo a CPN/
SP (2004; 2005), são descritos como dispositivos, sistemas ou meio, fixo ou móvel, com a
finalidade de preservar a integridade física e a saúde de um grupo de trabalhadores que
estão executando algum serviço em determinado local. Ao depararmos com nossas ati-
vidades profissionais, é fácil entender a aplicação desses dispositivos de proteção para os
colaboradores das empresas.
Dessa forma, contamos com práticas profissionais que exigem de forma definitiva o
uso dos EPI's e EPC's ligados às atividades diversas, conforme citado. Tais situações devem
ser exigidas mediante aos usos dos materiais citados como proteção, quando enfatizar-
mos a seguinte relação: diante do fato de não haver medidas de proteção coletivas no am-
biente; condições de implantação de jornadas ligadas a atividades profissionais; situações
de emergência, entre outras. Assim, os passos relativos às atividades profissionais e aos ór-
gãos ligados ao CIPA e SESMT incluem condições de segurança e interpretações das aná-
lises de riscos laborais, de maneira a obter dados que subsidiem suas decisões e uso. Ima-
ginemos um setor produtivo de proteína animal ligado ao abate de aves, a aplicação dos
EPI´s é fundamental especialmente para os setores de cortes, como o uso da luva de aço,
especialmente pela proteção e isonomia dos membros superiores do colaborador.
65
E professor, como ocorre essa aplicação dos EPI's e EPC's em obras de construção ci-
vil? Veja alunos(as), o capacete é primordial para esse ambiente especialmente pelas con-
dições de altura envolvidas para essa profissão, especialmente pela possibilidade de riscos
de queda de objetos entre outras ações. A Figura 15 demostra alguns dos perfis ligados
aos EPI's de grande utilidade para o segmento produtivo, visando a redução de acidentes
e minimização de seus impactos.
Fonte: https://smslabore.com.br/blog/sete-coisas-sobre-epi/.
Acessado em: 06 de out de 2022.
66
Professor, surgiram algumas dúvidas: qual seria a questão da sua pauta a ser aplica-
da? O empregador (proprietário) da empresa é obrigado a fornecer gratuitamente o trei-
namento para o uso dos equipamentos, bem como seu estado ligado a necessidades de
troca?
Sim, é verdade. Essas são citações relatadas pela NR 06 que vislumbra toda a aplica-
ção para atribuir os EPI´s, bem como a troca quando danificados, por exemplo, no caso de
cinto de segurança, talabarte, capacetes, entre outros mantendo suas diretrizes de valida-
de e de Certificação de Aprovação (CA), como citado na norma específica. Assim, irei pon-
tuar os critérios de aplicação mediante aos EPI´s e suas características, para facilitar a nos-
sa visualização.
67
Óculos de segurança: as máscaras de solda e os protetores faciais são aplicados pela
função de proteger nossos olhos e rosto contra projeção de material e choque mecânico,
além dos raios UV (ultravioletas) e a luminosidade intensa. O uso dos óculos é indispensá-
vel, pois ele protege a região mais sensível do rosto (os olhos), contra o material particula-
do, que é lançado diretamente pelo maquinário, e respingo de substâncias e poeiras tóxi-
cas (VOLK, 2017). Conforme demonstrado na Figura 17, ligadas as escolhas que variam de
acordo com a atividade exercida, mas existem três modelos principais para proteção dos
olhos e faces, entre eles: óculos tradicionais, óculos de sobreposição e óculos de ampla
visão.
Fonte: https://www.superepi.com.br/oculos-uvex-stealth-antiembacante-supremo-e-anti-impacto-
s3960hs/. Acessado em: 06 de out de 2022.
Protetor facial: conforme a NR 06, esse EPC visa neutralizar ou até mesmo minimizar o
risco que o trabalhador possa estar exposto desenvolvendo de determinada atividade. As-
sim, a Figura 18 demonstra o perfil do protetor facial aplicado a proteção dos olhos e faces
visando a proteção contra os impactos de partículas volantes, provinda da radiação infra-
vermelha, luminosidade intensa, radiação ultravioleta e conta riscos de origem.
68
Fonte: https://www.mercadodoepi.com.br/epi/protecao-facial/protetores-faciais/face-shield-
protetor-facial-carbografite-incolor-6-com-catraca/. Acessado em: 06 de out de 2022.
Fonte: https://www.lojadomecanico.com.br/produto/114838/36/315/Abafador-
de-Ruido-Tipo-Concha-de-16dB/153. Acessado em: 06 de out de 2022.
69
Proteção de membros superiores: de forma geral, cerca de 35% dos acidentes de
trabalho registrados ocorrem em membros superiores dos trabalhadores e desses, 60%
entre mãos e punhos. Por esse motivo são considerados os membros mais importantes
e dotados de uma atenção especial quanto a proteção. A partir deste cenário, os tipos de
lesões com maior incidência são queimadura, agente químicos, temperatura e choques
(FIFOLATO, 2020).
Portanto, pode ocorrer a lesão traumática, com perfurações, cortes, fraturas e até mes-
mo amputações. Todos os tipos de lesão são extremamente preocupantes, e podem oca-
sionar graves situações na vida do trabalhador. Por isso classificamos o risco de atividade
em mecânico, biológico e químico, e designamos o melhor EPI's para a atividade desen-
volvida utilizadas em membros superiores conforme Figura 20.
70
Membros inferiores: pensando na proteção contra umidade, animais peçonhentos,
escoriações e torções, se desenvolveu diferentes tipos de botas e perneiras. Nesse senti-
do, os modelos de maior aplicação estão atrelados à aplicação do modelo de couro e po-
licloreto de vinila (PVC). O uso das botas tem a finalidade de garantir que os pés dos tra-
balhadores não sofram danos, caso entrem em contato com materiais abrasivos, agentes
químicos. Tais equipamentos os protegem, inclusive, de choques elétricos. O maior uso se
dá por meio do ramo civil, área florestal e operações que envolvam eletricidade no geral
(SANTOS, 2021). Assim, a Figura 21 demonstra os modelos relacionados aos membros su-
periores.
Fonte: http://www.epihaus.com.br/epi-membros-inferiores.php.
Acessado em: 06 de out de 2022.
71
1.1 Uso de equipamentos de proteção coletiva (EPC's)
A aplicação dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC´s) estão atrelados à condi-
ções de NR´s técnicas entre elas: NR 10 e 35. A primeira é relativa à eletricidade e a segun-
da ao trabalho em alturas. Assim, prezados alunos(as), é muito importante atuarmos na
ligação sobre o uso destas medidas de proteção sobre atividades realizadas conforme ne-
cessidade de isolamento de cargas de energia (luvas) e talabartes, bem outros equipa-
mentos ligados a altura precisam ser estabelecidos. Nesses casos, a Figura 22 demonstra
os modelos relacionados as práticas de EPC´s utilizados.
Fonte: https://engenharia360.com/o-que-sao-os-epcs/.
Acessado em: 06 de out de 2022.
72
Assim, vocês devem estar se perguntando sobre o que são os EPC’s de forma geral? Eu
respondo: são tratados como dispositivos e/ou sistemas de meio fixo e/ou móvel que fa-
cilitam a preservação da integridade física e da saúde de forma geral, que possam atribuir
aos trabalhadores a preservação e integridade da saúde e segurança durante suas ativida-
des profissionais.
Destarte, a implantação de medidas ligadas a prevenção no formato coletivo deve
rever suas aplicações e utilizações ligadas ao cenário da seguinte hierarquia:
Uso de medidas para eliminação e redução focado na redução de agentes
ambientais que prejudicam a nossa saúde;
Prevenção, liberação e disseminação focados em agentes ligados às atividades
laborais;
Medições ligadas aos níveis de agentes presentes no setor de trabalho, afim de
realizar a investigação.
Portanto, a aplicação dos EPC´s são destinados a neutralização das ações ligadas aos
agentes ambientais presentes no espaço de trabalho, com o intuito de redução de doen-
ças e acidentes, acústica de fontes de ruído, melhoria da ventilação no trabalho, ligação
de proteção em máquinas, sistema de sinalização de máquinas, cabine de segurança com
capacidade de retenção de microrganismos, capelas químicas, sistema de lava-olhos,
extintores de incêndio, entre outros.
73
2. ATIVIDADES E
OPERAÇÕES INSALUBRES
74
Fonte: https://luizhbiondo9.jusbrasil.com.br/artigos/442908789/afinal-de-contas-o-
que-e-o-adicional-de-insalubridade/. Acessado em: 11 de out de 2022.
No Brasil, em 1932, a insalubridade, doença cometida por funções exercidas por tra-
balhadores, foi caracterizada pela aplicação do Decreto n. 21.417, de 17 de maio de 1932,
anulando o trabalho de mulheres e crianças em serviços perigosos e insalubres.
No Brasil consta com a Portaria MTB n. 3.214, de 8 de junho de 1978, criada com moti-
vação para redução e gerenciamento da segurança do trabalho, fundamentando a NR-15
e seus anexos atribuídos aos cenários de gerenciamento e redução da formação de doen-
ças de forma geral.
Mas, professor, a NR 15 é basicamente formada por Anexos entre eles: 1 a 14, certo?
Muitas dúvidas surgem ao estudar sobre esse assunto, não é mesmo aluno(a)? Vamos
sanar grande parte delas neste momento com a descrição sobre os procedimentos ado-
tados para neutralização ou eliminação dos agentes químicos. Tais particularidades estão
75
ligadas à obrigatoriedade focada na reparação do eventual dano causado ao trabalhador,
entrando no mérito da legislação trabalhista, que reflete sobre o dano material e/ou mo-
ral. Assim, todos os procedimentos relativos à efetividade da neutralização, eliminação da
insalubridade precisam passar por perícia técnica que almeja todos as condições de me-
lhoria do local do trabalho, atribuindo ao cenário de trabalho a melhor condição possível
para não gerar o malefício ao trabalhador. Essa perícia é garantida pelo superintendências
Regionais do Trabalho e seus vínculos ligados a atual secretária do trabalho, a qual é atri-
buída pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Assim, a NR 15, e seus anexos, atrai os li-
mites máximos de tolerância ligados aos fatores do local de trabalho conforme os anexos
citados a seguir:
Anexo nº 1 - Limites de tolerância para ruídos contínuos ou intermitentes.
Anexo nº 2 - Limites de tolerância para ruídos de impacto.
Anexo nº 3 - Limites de tolerância para exposição ao calor.
Anexo nº 4 (Revogado).
Anexo nº 5 - Radiações ionizantes.
Anexo nº 6 - Trabalho sob condições hiperbáricas.
Anexo nº 7 - Radiações não-ionizantes.
Anexo nº 8 – Vibrações.
Anexo nº 9 – Frio.
Anexo nº 10 – Umidade.
Anexo nº 11 - Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de
tolerância e inspeção no local de trabalho.
Anexo nº 12 - Limites de tolerância para poeiras minerais.
Anexo nº 13 - Agentes químicos.
Anexo nº 14 A – Benzeno.
Anexo n.º 15 - Agentes biológicos.
76
Bem pessoal, agora que conhecemos os anexos ligados aos agentes insalubres, é
necessário validar os estados e suas propriedades químicas atribuídas a essa funcionalidade.
Entre elas: estado físico que seu produto químico está visto que, dependendo da forma
que será utilizado, precisa ser diluído ou aquecido para que se torne viável para a
utilização. Outro fator que leva a prestarmos atenção no estado físico é a inflamabilidade
dos produtos químicos.
Vamos entender o comportamento dos estados físicos das substâncias por meio da
Figura 24.
Fonte: https://redu.com.br/quimica/estados-fisicos-da-materia-mudanca-de-estado-fisico/.
Acessado em: 12 de out de 2022.
77
Os pontos de fusão e de ebulição são muito importantes, pois dependendo do processo
e no local da medição, é necessário tomar algumas precauções para que o equipamento
não estrague ou a medição esteja com níveis de umidade acima do permitido para as
medições. Os passos e ensinamentos aqui respaldado são todos profícuos para atribuir
condições de conhecimento sobre os produtos químicos e suas divisões ligados aos
processos de: gases e vapores e aerodispersóides, conforme ilustrado na Figura 25.
78
a. LT média ponderada com valor máximo: trata-se da concentração que é avaliada
por amostragens em que a média obtida não pode ultrapassar o LT, relacionado
ao valor máximo, o qual não pode ser ultrapassado em nenhum momento da
jornada.
b. LT valor teto: trata-se de substâncias que não têm LT média ponderada e valor
que não pode ser ultrapassado em nenhum momento da jornada de 40 horas
semanais perante a exposição do agente químico.
Para tanto, é necessário entendermos que a exposição é uma análise que visa avaliar o
tempo que o trabalhador fica exposto ao agente e que o profissional Saúde e Segurança
do Trabalho (SST) avalie a concentração de tal agente, para obter informações sobre for-
mação de doença ocupacional.
Mas, professor, fiquei com uma dúvida sobre o tempo de exposição: 48h semanais,
pois, no Brasil, segunda a CLT é de 44h semanais de trabalho. Como assim?
Pessoal, na verdade, a NR 15 trata-se de uma cópia fiel trazida da Conferência Ameri-
cana de Higienistas Industriais Governamentais (ACGIH). Já, para questão da insalubridade
citada, no Brasil, tal questão é tradada com muita complexidade. É realizado o pagamento
na forma de adicional de saúde ao trabalhador, o qual irá remeter no final de sua carreira
de trabalho ao INSS, focando os encargos desse trabalhador, que poderá ficar inválido ou
com limitações para o trabalho. Assim, agentes insalubres são aqueles prejudiciais ao tra-
balhador ao longo prazo (conforme mencionado), em especial pela sua exposição ligadas
a doenças profissionais e do trabalho.
Dentre os fatores negativos para essa situação apresentada, observamos que o adicio-
nal noturno é uma forma de justificativa, ligado ao aceno do adicional de insalubridade
que é composto por empresas para investirem seus recursos em segurança dos processos
ligados ao serviço desempenhado. Nesse sentido, a política da insalubridade visa situa-
ções financeiras relacionadas à discussão focada em saúde do trabalhador. Assim, a visão
dos empregadores é a redução dos custos sobre os cenários de insalubridade envolven-
do a possibilidade das discussões desse vergonhoso adicional, que não é aceito em outros
79
lugares do mundo. Portanto, dependendo do grau de insalubridade ao qual os colabora-
dores estão inseridos e mediante ao Grau de Risco (GR), os valores ficam entre 1 e 4. Lem-
brando que, quanto maior o grau de risco, maior será o valor representado pela aplicação
da insalubridade que varia entre 10% (mínimo), 20% e 40% (máximo), representados pelo
valor atual do salário-mínimo regional, atribuído no formato de “abono” aos trabalhadores
e classes dos ambientes de trabalho inseridos.
Quando o trabalhador está em melhores condições de saúde permite ao empresário
focar em melhorias para medidas de controle da insalubridade, mediante o auxílio do ór-
gão interno como o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), (NR
7) conforme determinação condicionada pela Portaria nº 24, de 29 de dezembro de 1994.
80
3. ATIVIDADES E OPERAÇÕES
PERIGOSAS
81
Dentro dos agentes de atividades com periculosidades, bem como a concessão no
formato de direito ao adicional de periculosidade, de forma resumida, pode ser encontrada
na atualidade:
exposição a explosivos;
exposição a inflamáveis;
exposição a trabalhos com energia elétrica;
trabalhos de vigilância;
atividades em motocicleta.
Neste sentido, a avaliação é dada por incisos I e II do art. 193 que estabelecem quais
atividades devem ser consideradas perigosas, ou seja, atividades nas quais o risco acen-
tuado é presumido. O § 4º desse artigo, incluído pela Lei nº 12.997/2014, também inseriu
no rol de atividades perigosas, as atividades de trabalhadores em motocicletas. É impor-
tante ressaltar que, apesar de existirem outras atividades que apresentem risco acentua-
do, por exemplo, atividades na construção civil, elas não ensejam o pagamento do adicio-
nal de periculosidade simplesmente por falta de previsão legal.
Para tanto, o cenário em que a expressão do risco é pertinente ao relato do art. 193,
que por sua definição, visa ajudar no entendimento, de conceitos de risco e perigo: o ris-
co é definido como uma probabilidade ligada à ocorrência de determinado evento que
possa causar dano ao colaborador. Assim, o nível do risco depende da severidade do dano
e da probabilidade de sua ocorrência ocorrida dentro das aplicações direcionadas as ati-
vidades de forma geral. O perigo é definido como fonte do risco é a situação de trabalho
que, de forma isolada ou combinada, tem o potencial de dar origem a riscos à saúde e se-
gurança no trabalho.
Ao exposto, diversas atividades profissionais exalam acentuado risco à saúde do traba-
lhador. Agora, você pode me perguntar: mas professor isso é correto?
Vejamos! As correções são realizadas mediante ao uso de EPI´s e EPC´s, para redução
da probabilidade de aumentar risco acentuado, bem como ocorrência de evento que
possa causar danos à saúde do colaborador. Nesse sentido, ao regulamentar o art. 193 da
CLT, a NR16 enumerou taxativamente as atividades em condição potencial ao risco acen-
82
tuado que necessita da observação do cenário exposto ao trabalhador, devendo estar
atrelado a responsabilidade do empregador.
No Brasil, toda e qualquer atividade ligada aos formatos perigosos são atrelados à con-
dição citada como adicional de periculosidade, sobre valor de 30% a mais no salário sem
os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empre-
sa. Ou seja, o adicional relativo à insalubridade e periculosidade são distintos e devem ser
mensurados para esclarecimento.
A principal, diferença sobre periculosidade é exercida sobre uma cota única de
porcentagem atrelada a 30% sobre a base de cálculo. Já, para atividades insalubres: com
graus variando entre mínimo 10%, médio 20% ou máximo 40%. Outra diferença é atribuída
ao cálculo adicional de periculosidade, em que é dado pelo salário-base (ao contrário
do adicional de insalubridade, cuja base de cálculo é o salário-mínimo), desconsiderando
quaisquer acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.
83
A partir da última atualização, a NR 1 se aproxima de Sistema de Gestão de Segurança
e Saúde Ocupacional (SGSSO), objetivando implementar um processo de controle
de perigos e riscos em relação a SST por planejamento e comprometimento dos
colaboradores inseridos nessa atividade (RÖHM et al. 2020). Para tanto, observa-se que,
no item 1.5 da NR 1, a norma cita o GRO, o qual caracteriza-se por ser um processo de
melhoria progressiva, visando avanços em termos de segurança ocupacional para todos
os setores laborais, porém para garantir a eficácia de sua aplicação, é necessário que seja
corretamente interpretado e implementado.
Assim, pode-se afirmar que a NR 1 se baseia, no que diz respeito às normas e procedi-
mentos que envolvam as atuais fundamentações de segurança, na ISO 45001. Nesse sen-
tido, destaca-se a metodologia de PDCA - Planejar (plan), Fazer (do), Checar (check) e Agir
(act), ações que deverão estar em sintonia com as demais normas regulamentadoras e
também com as internacionais (RÖHM et al. 2020). Sendo assim, o gerenciamento da nova
GRO é uma conexão com as diretrizes das normas ISO 45001 e 31000.
Visando a eficiência desse gerenciamento de risco, a NR 1 ganhou um novo tópi-
co abordando a necessidade da execução de um Programa de Gerenciamento de Risco
(PGR), sendo possível que este seja implementado por unidade operacional, por setor ou
até mesmo por atividade, tonando-se assim um processo de gerenciamento mais dinâmi-
co e eficaz do que o PPRA.
Agora, prezado aluno(a), a NR 1 salienta que não há a necessidade da execução do
PGR, caso a entidade já possua um SGSSO, conforme demonstrado na Figura 26, desde
que cumpram as exigências mínimas impostas por ela e por órgãos legais de segurança e
saúde do trabalho, por exemplo outras NR´s (CARDOSO, 2020). Em relação a isso, o GRO faz
referência as normas ISO, reforçando, então, que ela tem como base ISO 45001, que abor-
da especificamente ao controle do SGSSO.
84
FONTE: Adaptada de Röhm et al., 2020.
Em relação a ISO 45001, é uma norma robusta que aborda orientações e requisitos
para ser aplicado um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional. No texto, ela
propõe processos efetivos de melhoria para segurança do trabalho, podendo ser aplicada
em instituições de todos os portes e com o intuito de reduzir mundialmente doenças e
lesões causadas pela jornada de trabalho e dentro das empresas (ABNT, 2018).
Dessa forma, por se tratar de uma norma tão completa, empresas que forem certificadas
em ISO 45001 acabam tendo vantagens em alguns aspectos. Além da anteriormente
abordada, outra vantagem é em relação a revisão de riscos. O GRO propõe que essa
revisão seja feita a cada dois anos (ou menos, em alguns casos específicos listados na
própria NR), porém para instituições que tenham essa certificação, esse prazo estende-se
para três anos. Em contraste com esse cenário, empresas que não são comtempladas com
essa certificação, ou não tenham um SGSSO satisfatório, necessitam de um PGR. Segundo
Röhm et al. (2020), a sigla PGR já era utilizada na NR 22, que discorre sobre requisitos
organizacionais e preventivos no desenvolvimento da atividade da mineração, entretanto
ao ser remanejada para a NR 1, o programa tornou-se uma ferramenta que pode ser
utilizada em todas vertentes de atividades econômicas, não apenas na mineração.
85
Esse documento deve englobar algumas etapas, sendo: evitar riscos ocupacionais, a
identificação de perigos, avaliação e classificação dos riscos ocupacionais (podendo ser
feita baseada em outas normas que abordam atividades específicas, como por exemplo
a NR 10, de eletricidade), sua eliminação quando possível, ou então a implementação de
medidas de controle desses riscos (RÖHM et al., 2020). Dessa forma, fica claro que o PGR
não é um documento que se faz isoladamente das demais NR. Pelo contrário, ele deve
estar em total harmonia com as todas elas.
A partir desta situação apresentada, é possível considerar o PGR como um centralizador
de ações de gerenciamento de riscos ocupacionais dentro de uma instituição, tendo
em vista que o mesmo conta com etapas bem organizadas, instruídas e com conteúdo
abrangente em relação a saúde do trabalhador e as circunstâncias de trabalho em que ele
está sujeito.
Em um paralelo entre o PGR e o GRO, é necessário compreender que o PGR é um
instrumento para obter o GRO, assim como descrito no item 1.5.3.1.1 da NR 1, que diz:
“O gerenciamento de riscos ocupacionais deve constituir uma PGR” (BRASIL, 2020a). Além
disso, a norma salienta que é necessário que o programa de gerenciamento de risco
contemple, no mínimo o Inventário de Risco e Plano de Ação (RÖHM et al., 2020), ambos
aspectos estão representados pela Figura 27 relacionado ao fluxograma representativo da
relação com GRO versus PGR.
86
FONTE: Adaptada de Röhm et al., 2020.
87
uma priorização em relação aos riscos identificados. Para chegar a esse parâmetro de
priorização e classificação dos níveis dos riscos, os profissionais podem aplicar uma
matriz de risco, que nada mais é que o cruzamento da probabilidade de ocorrência com
a severidade das possíveis lesões ou consequências a saúde do trabalhador, conforme
demonstrado na Figura 28, a qual relaciona a Matriz de risco.
A partir dessa matriz, será possível estabelecer uma classificação de risco (risco muito
alto; risco alto; risco médio; baixo risco; risco muito baixo), proporcionando ao profissional
uma espécie de guia de como proceder em relação a priorização de cada risco identificado,
em que é necessário que o profissional seja capacitado e tenha cautela ao estimar esses
riscos, pois a partir desse procedimento serão adotadas medidas com urgência, ou não,
dependo da gravidade do risco identificado. Assim, com os riscos identificados, devem ser
adotadas medidas para eliminar, reduzir ou controlar esses riscos. Para determinar quando e
como essas medidas devem ser adotadas, os profissionais devem consultar primeiramente
a legislação, NR’s ou demais dispositivos legais, então associados com a matriz de risco
é possível determinar se tal risco requer um plano de ação para implementação dessas
medidas.
88
3.1.1. Programa de Prevenção de Risco Ambiental (PPRA) NR 9
A primeira mudança dessa NR é em relação ao nome, anteriormente era intitulada de
“Programa de Prevenção de Riscos Ambientais”. Com a atualização ocorrida em março de
2020, a norma passou a ser mais objetiva e prática a fim da identificação dos riscos ocupa-
cionais, e teve o título alterado para “Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a
Agentes Físicos, Químicos e Biológicos”. A partir do início da vigência, em 03 de janeiro de
2022, o antigo PPRA deixou de existir, porém a norma ainda mantém a mesma essência
em relação a sua aplicabilidade em função da prevenção e controle dos riscos ocupacio-
nais causados por agentes: físicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos.
A partir da identificação e classificação dos riscos, ações devem ser adotadas visando
sua eliminação completa ou implementação de medidas de controle de exposições, de
acordo com as diretrizes dessa NR concomitantemente com o PGR. Ou seja, a NR 9 atuará
como uma espécie de suporte para o PGR, pois caso sejam identificados agentes físicos,
químicos ou biológicos, esta norma orientará o profissional quanto as medidas de preven-
ção a serem adotadas.
Portanto, fica claro que essa atualização preza pela sinergia entre as NR´s, não somen-
te no sentido da identificação de riscos a partir do PGR, conforme abordado anteriormen-
te, mas também demonstra esse caráter integrativo quando cita a necessidade de consul-
ta nas NR´s 15 e 16 para caracterização de atividades insalubres e perigosas (BRASIL, 2020).
89
3.1.3. Programa de Controle e Meio Ambiente de Trabalho
da Construção Civil (PCMAT)
A aplicação deste programa é aplicada exclusivamente ao setor de obras da cons-
trução civil que possuem um número igual ou superior a 20 funcionários. O programa é
focado na atuação de etapas da construção com objetivo de controlar, reduzir, evitar e
neutralizar problemas de postura, ruídos excessivos, poeira nociva e inalação de fumaça,
entre outros.
Assim, o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho (PCMAT) é
regulamentado pela NR 18, para preservação da saúde dos colaboradores pertencentes a
essa categoria. Entretanto, existem outros programas já citados neste material, entre eles:
Programa de Controle de Ruído Ocupacional (PCRO), Programa de Prevenção de Riscos
Ergonômicos (PPRE), Programa de Proteção Respiratória (PPR).
90
SAIBA MAIS
Acesse o link: https://www.sesi-ce.org.br/blog/
cipa-tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-preven-
cao-de-acidentes/. A utilização da CIPA faz com
que as empresas busquem melhorias contínuas
especialmente para a gestão inclusa em ações in-
ternas ocorridas nas empresas de forma geral.
Assista o filme, O Céu da Meia-Noite e acompanhe
Augustine (George Clooney), um solitário cientis-
ta no Ártico, que tenta impedir que Sully (Felicity
Jones) e seus colegas astronautas de voltem para
casa em meio a uma misteriosa catástrofe mundial.
SUGESTÃO DE LEITURA
Título: Segurança e Medicina do Trabalho
Autor: Equipe Atlas.
Editora: Atlas
Sinopse: Normas Regulamentadoras, leis trabalhistas e
súmulas selecionadas. O livro Segurança e Medicina do
Trabalho apresenta um projeto gráfico moderno e prático,
acompanhamento legislativo.
91
CONCLUSÃO
Muito bem, futuros(as) Engenheiros(as), chegamos ao fim da terceira unidade! Apren-
demos a aplicabilidade de diversos conceitos, certo?!
Nesta unidade iniciamos, relatando o uso dos Equipamentos de Proteção Individual
(EPI´s), relatando seus princípios e áreas de aplicação, buscando realçar a importância de-
les e a relação direta com a segurança do trabalhador. Em seguida, vimos sobre a aplica-
ção do Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC´s) e formas de aplicação e segurança que
é enaltecida pela representação da Norma Regulamentadora NR 6, a qual busca tratar a
responsabilidade do empregador e empregado. Na sequência, passamos para operações
insalubres, uma temática que gera dúvidas em Engenheiros e é muito comum dentro do
cenário produtivo, especialmente pelos fatores que estão envolvidos nos conceitos e for-
mas de interpretação da forma ao atribuir essa aplicação.
Imaginemos um trabalhador da área de atendimento como frentistas de postos de
combustíveis, refletindo sobre: qual seria a melhor contextualização para sua aplicação
profissional, ou seja, insalubridade e/ou periculosidade? Prezado aluno(a), essa dúvida é
muito comum. Nesse caso, será a periculosidade (podendo ou não ser aplicada), mas isso
depende da exposição relacionada à atividade. Contudo, para atividades perigosas (e elas
estão em diversos setores produtivos) e precisam estar atreladas a condições de controle
do ambiente, mas como professor? Imaginemos, uma empresa que produz fogos de arti-
fício. Como seria essa condição de preocupação sobre o cenário de trabalho? Difícil imagi-
nar, correto?! Mas, digo a você que é necessário aplicar ferramentas que atribuam a segu-
rança ao local, pois a única forma de melhorarmos essas condições é realmente atribuindo
controles e processos eficientes a esse ambiente de trabalho.
Nesse sentido, aplicar programas de prevenção de controle aos cenários do ambien-
te de trabalho é mais que necessário, entre eles o Programa de Gerenciamento de Riscos
(PGR), citado pela NR 01, que é motivada por sistemas de controle que devem satisfazer
as condições de anulação dos riscos diversos que representam a atividade diária dos cola-
boradores de forma geral.
Bem, agora você irá avançar para a quarta e última unidade.
Concentre-se e bons estudos!
92
UNIDADE IV
GESTÃO
DA SEGURANÇA
NO TRABALHO
INTRODUÇÃO
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1. GESTÃO DA SEGURANÇA
E SAÚDE NO TRABALHO
95
Portanto, acadêmico(a), nossa necessidade é focada em planos de ação que possibi-
litem formas de prevenção, visando eliminar, controlar e estabelecer um sincronismo en-
tre empresa e trabalhadores, juntos buscando a aplicação dos controles por meio de in-
dicadores diretamente ligados às variáveis controláveis pela empresa, entre elas: método,
mão de obra, medidas e máquinas entre outros. Assim, a falta ou não da inclusão referen-
tes aos processos citados visam a deficiência em qualquer um desses fatores ou a combi-
nação deles, o que poderá gerar acidentes de trabalho bem como, doenças ocupacionais.
Neste sentido, iremos citar no Quadro 1 alguns dos indicadores proativos.
Quadro 1 – Indicadores citados como proativos.
Quantidade de dias sem acidentes de trabalho Número de dias sem acidentes comparadas por mês
Assim, conforme exposto pelo Quadro 1, notamos que a segurança do trabalho se faz
presente em todo o universo produtivo, ligado a bens e/ou serviços a fim de identificar
riscos e perigos que precisam estar alocados para redução e/ou eliminação, para não
resultar em acidentes de trabalho. Diante desse contexto, estabelecer e entender os
acidentes gerados e como são provenientes seus perigos e riscos mediante ao controle
das causas ligadas aos acidentes.
Para tanto, estabelecemos apenas alguns dos indicadores proativos, ou seja, existem
infinitas formas de atribuir tais características para que a empresa possa melhorar o seu
desempenho no que diz respeito à segurança e saúde do trabalhador. Assim, uma forma
objetiva sobre os indicadores proativos é utilizar dos manifestos relacionados a NR 5 no
caso da Comissão de Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) bem como, a inclusão do
Serviço Especializado de Saúde e de Medicina do Trabalho (SESMET), que poderão atender
aos parâmetros ligados a indicadores proativos permitindo contribuições positivas sobre a
gestão da empresa.
96
1.1 Acidentes de trabalho: Conceitos
Fonte: https://okup.com.br/perguntas-respostas-acidentes-de-trabalho/.
Acessado em: 28 de nov de 2022.
97
Patrício (2013) citando Vieira (2008) relata que, “todo acidente é, geralmente, uma
ocorrência violenta e repentina, com consequências normalmente imprevisíveis”. Assim, a
definição trazida pela legislação (Lei nº 8.213/91, art. 19) é a seguinte:
98
1.1.3 Incapacidade temporária
É atrelado ao assegurado buscar o afastado do trabalho por um período, até sua recu-
peração esteja completa, ou seja, apto para retomar sua atividade profissional. Assim, pe-
rante a Previdência Social é importante dividir esse período em “inferior a 15 dias” e “supe-
rior a 15 dias”, uma vez que, no segundo caso, é gerado um benefício pecuniário, o auxílio
doença por acidente do trabalho.
1.1.5 Afastamento
Em alguns casos é fácil constatar a ocorrência de um acidente de trabalho bem como,
estabelecer o dia de sua ocorrência. Entre eles, acidentes típicos no caso quando ocorre
um de trânsito. A caracterização de acidentes ligados a doenças ocupacionais é uma tare-
fa complexa, provindas de doença profissional ou do trabalho.
Neste sentido, para uma correta caracterização das doenças ocupacionais e o período
de gozo dos benefícios, é necessário verificar a data que a doença iniciou e suas formas
de enfermidades, que acometem o segurado e o trabalho por ele desenvolvido. Assim,
para que seja considerado um acidente de trabalho é essencial que um perito estabe-
leça uma relação entre o acidente e a lesão provocada. A partir desta relação, o médico
perito decidirá se o indivíduo pode voltar ao exercício de sua função ou se necessitará de
afastamento permanente ou temporário do emprego.
99
O artigo 23 da Lei nº 8.213/91 pontua:
Nesse sentido, o Brasil, infelizmente, ocupa uma situação delicada em nível mundial
para o fator acidente de trabalho. De acordo com o Observatório Digital de Saúde e Segu-
rança do Trabalho (2018), as partes do corpo mais atingidas são o dedo (23%), pé-exceto
artelhos (7%), mão (7%), joelho (5%) e partes múltiplas (4%).
De forma geral, os maiores causadores de acidentes são: motocicleta, motoneta, me-
tal, veículo rodoviário motorizado, chão, veículo, faca, facão, ferramenta manual sem força
motriz, ferramenta, equipamento, seres vivos, escada móvel ou fixada e máquina, vejamos
os dados relacionados na Figura 30, com proporção de ocorrências de alguns agentes de
maior relevância para acidentes.
100
Para tanto, os agentes de maior destaque fazem parte da lista padronizada ligada
aos acidentes do trabalho. A completa forma de visualização ocorre pela leitura da
Norma Técnica conforme ABNT, NBR 14.280:2001, que relaciona o Cadastro de Acidente
do Trabalho (CAT), na qual são estabelecidas três grupos de causas dos acidentes do
trabalho: fator pessoal de insegurança (fator pessoal), ato inseguro e condição ambiente
de insegurança (condição ambiente).
Ao observarmos o fator pessoal, ele está intimamente ligado ao comportamento
do trabalhador que possui uma moldagem sua experiência ou a falta da mesma em
suas atividades profissionais. Para tanto, a presença do ato inseguro ocorre quando o
trabalhador contraria um preceito de segurança, ou seja, não usa o equipamento de
proteção individual ou coletiva de forma correta para reduzir ou mitigar os fatores de
riscos alocados ao seu local de trabalho.
A condição ambiente é aquela que, existindo no ambiente de trabalho, uma contribuição
ligada a ocorrência do acidente, como a faltas de manutenções em maquinários o que
eleva a pontualidade da falta da aplicação de NR´s, elevando o aumento das intensidades
de acidentes de trabalho no ambiente laboral.
101
Fonte: https://www.epralima.com/inforadapt2europe/manuaisweb/MANUAL2/page4.html.
Acessado em: 28 de nov de 2022.
102
Custo com reparos: trata-se de formas ligadas a acidentes que podem gerar perdas
de materiais e quebra de máquinas durante as atividades produtivas.
Custos diversos: provém de despesas atreladas aos atendimentos entre eles:
médico e transporte de acidentados; custos com perda de produção, pagamento
de horas extras para cobrir perda de produção e horas para investigar o acidente.
103
Aplicação de medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de
agentes prejudiciais à saúde.
Aplicação de medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes
no ambiente de trabalho.
Ações que vislumbram medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses
agentes no ambiente de trabalho.
Tais considerações, são visadas a busca de medidas de forma coletivo, quando houver
inviabilidade técnica, ineficácia das medidas e fase de estudo para implantação das me-
didas de caráter coletivo, devendo adotar medidas de caráter administrativo e o uso de
EPI´s.
Portanto, ao observamos o formato da legislação e suas exigências sobre medidas
de prevenção de acidentes que devem ser tomadas, demonstrado na Figura 32, ocorre a
apresentação da pirâmide hierárquica das medidas de controle.
Fonte: https://www.bfamedicinadotrabalho.com.br/novo/hierarquia-no-controle-de-riscos/.
Acessado em: 28 de nov de 2022.
104
Observando a Figura 33, observa-se o perfil ligado a sustentabilidade das medidas e
controle que aumentam, desde a sua implantação e uso de EPI´s, utilizados para minimizar
os impactos bem como sua eliminação de agentes ambientais presentes no ambiente de
trabalho. A hierarquia sobre o controle de riscos atua no gerenciamento de medidas que
visam ser seguidas trazendo resultados de gerenciamento e preservação de ambientes
ligados aos acidentes de tralho.
Assim, ao analisarmos a aplicação de uma NR 12, a qual é atribuída a máquinas e
equipamentos, ao gerenciamento do controle de sistemas para que não ocorra acidentes
provindos de má gestão da norma aplicada. Ou seja, sua aplicação deve ser regularizada
pela inclusão de recursos provindos dos empresários para aplicar condições de saúde e
segurança sobre seus colaboradores.
105
Neste lanço, conforme já exposto sobre o PCMSO, cumpre elencar alguns dos princi-
pais documentos necessários para que a empresa e os profissionais da segurança e me-
dicina do trabalho planejem ações que minimizem ou cessem os riscos de acidentes e de
doenças ocupacionais que, somando-se ao PCMSO, darão subsídios para às devidas ações
voltadas para o trabalhador dentro da empresa e, com isso refletir para a sociedade (CAS-
TRO, 2021).
O Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) é elaborado visando o
disposto nas NR’s, com previsão na Lei no 9.732/98 e Lei 8.213/91 no art. 58, § 1º. Tem como
objetivo o reconhecimento e a avaliação qualitativa e quantitativa dos agentes causadores
de danos à saúde dos trabalhadores. O LTCAT orienta sobre os riscos ambientais (agentes
físicos, químicos e biológicos) existentes nos postos de trabalho da empresa, bem como,
sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição. Atualmente, com a
implantação do eSocial, o LTCAT no parecer técnico do(a) Engenheiro(a) ou Médico(a)
deverá informar se a função analisada possui direito à aposentadoria especial nos moldes
da tabela 24 do próprio eSocial (CASTRO, 2021).
De outra face, o Laudo de Insalubridade e Periculosidade (LIP) se distingue do LTCAT,
apenas no seguinte: enquanto o primeiro é para os fins de quantificação do grau de
insalubridade e caracterização de periculosidade, o LTCAT geralmente é voltado para fins
de reconhecimento ou não de aposentadoria especial, refletindo então o parecer técnico
ali constante, perante o INSS.
Com a nova redação da NR-01, publicada pela Portaria SEPRT n. 6.730, de 09 de março
de 2020, a segurança e saúde no trabalho passou por um processo modernizador (SILVA
FILHO, 2021).
Sendo assim, o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) objetiva que a
empresa identifique perigos, avalie os riscos, elabore medidas de controle e o respectivo
acompanhamento das medidas de prevenção. Assim, ocorrerá a integração de todos os
riscos ocupacionais a que estejam expostos os trabalhadores: físicos, químicos e biológicos,
relacionando-se ao risco ergonômico e de acidente (SILVA FILHO, 2021).
106
Do levantamento realizado pelo GRO, surgirá o programa de gerenciamento de
riscos (PGR), que “registra e documenta o processo contínuo de identificação de perigos,
avaliação de riscos, adoção de medidas de controle e acompanhamento das medidas de
prevenção” (SILVA FILHO, 2021, p.18).
Com visão sobre a abordagem que se deverá constantemente ter com a identificação
de perigos e avaliação de riscos, faz-se importante destacar os grandes grupos de riscos
que afetam a saúde dos trabalhadores:
Fato que a aprovação da NR-01, trouxe ajustes nas redações das NR-07, NR-09 e NR-17,
cuja atualização foi necessária para que todas caminhassem em conjunto, na busca de que
trabalhadores não sejam expostos a riscos ocupacionais, bem como para que as empresas,
como dever social, pratiquem de maneira responsável tais NR’s (SILVA FILHO, 2021).
107
Nota-se que a segurança e saúde do trabalho estabelece constante modificação,
embora, ainda com inúmeras lacunas. Todavia, é importante enaltecer essas mudanças,
ao passo que, o PGR surge como uma norma de gestão integradora, possibilitando que o
sistema preventivo abarque as NR’s a que determinada empresa está obrigada a cumpri-
la. Assim, cada vez mais, busca-se pela redução de acidentes e doenças do trabalho, que
causam elevados gastos aos cofres públicos, podendo assim, tal verba, ser revertida para
investimentos a nível federal, oportunizando melhor qualidade de vida para os cidadãos.
108
SAIBA MAIS
Acesse o site: https://www.tst.jus.br/saude-e-seguranca-do-trabalho#:~:text=Na%20
legisla%C3%A7%C3%A3o%20federal%2C%20a%20Consolida%C3%A7%C3%A3o,or-
dem%20geral%20n%C3%A3o%20ofere%C3%A7am%20completa. Nele, você irá en-
contrar informações relevantes ao envolvimento do ambiente de trabalho e a relação
da saúde e segurança do trabalho no formato prático e avaliativo. Vale a pena conferir
e ampliar seus conhecimentos.
109
CONCLUSÃO
Muito bem, futuro(a) Engenheiro(a)! Chegamos ao fim do quarto capítulo e última uni-
dade! Nesta unidade, iniciamos relatando sobre a gestão da segurança do trabalho, bus-
cando aproximar cada vez mais nosso conhecimento sobre essa atividade tão importante
para o bem-estar dos colaboradores em suas atividades profissionais.
Assim, dentro da gestão da segurança do trabalho relatamos sobre as atividades no
contexto da segurança e práticas que precisam estar alocadas a um programa como a
CIPA, visando atribuir melhorias sobre esse sistema e, claro, garantindo a saúde e seguran-
ça dos colaboradores por mecanismos que possam ser identificados e sanados diante dos
fatores atrelados a essa visão.
Ao enfatizarmos custos e sua relação direta ao ônus das causas ligadas aos acidentes e
suas formas de condução, faremos uma analogia sobre um caso de um afastamento por
exemplo. Assim, durante uma atividade de rotina de trabalho o colaborador que atua na
área de torno e fresa, sofreu uma luxação no ombro devido ao perfil ergonômico aplicado
e pela sua idade acima de 50 anos. Considerando essa luxação, rendeu ao colaborador no
mínimo 15 (quinze dias) de atestado. Neste sentido, ambos saíram no “prejuízo”: o empre-
gador sem o funcionário e o funcionário, aguardando sua recuperação.
Diante do exposto, métodos de ações coletivas são aplicações que visam a melhoria
do sistema de segurança, incluindo a aplicação do Programa de Gerenciamento de Riscos
(PGR), que inclui sistemas como inventário de riscos, 5W2H, Ciclo do PDCA entre outras
formas que estabelecem melhoria ao cenário. Essa atribuição busca estabelecer o contro-
le do gerenciamento dos processos, visando atribuir condições seguras para tais fatores
de maior severidade para riscos.
Assim, relato a você, futuro(a) Engenheiro(a), a busca por melhoria da qualidade sobre
o cenário de segurança nunca irá parar. Mudanças são constantes e servem para estabele-
cer ordem e princípios para reduzirmos doenças, acidentes, afastamentos e podendo che-
gar até o obtido.
Concentrem-se e bons estudos!
110
CONCLUSÃO GERAL
De forma geral, foram envolvidos a cada capítulo e seus subitens informações perti-
nentes à gestão da segurança do trabalho e esse aprendizado fará que vocês abracem
essa causa com muita aptidão e resiliência travando batalhas contra o sistema produtivo,
falta de recursos e muita capacidade.
Acreditem, que as unidades que compõem esse material foram apenas um começo
sobre todo o conhecimento pessoal e profissional que pode e deve ser formalizado por
profissionais, pois as filosofias atreladas a condições empresariais necessitam de muita ex-
pertise para atrair redução dos custos e manter o processo produtivo em sincronia.
Neste sentido, espero ter semeado a semente da segurança do trabalho, a qual pode-
rá ser colhida com muita dedicação e aplicação prática de conhecimento sobre a impor-
tância, as ações, os atores envolvidos e as perspectivas sobre os assuntos abordados e, se
você realmente conseguiu esse intento, terei cumprido minha missão em auxiliá-lo(a) em
sua jornada.
Diante deste conceito, entendo que a abordagem dos conceitos e suas implantações
são muitas, das quais focamos discussões que realizamos neste material, não se acabam
por aqui, podendo gerar novas dúvidas e levar-lhe a um novo estado de crise, contra sua
plenitude. Se você leu atentamente este material e possui um espírito empreendedor, cer-
tamente irá gostar de estar em crise e de estar frente aos novos desafios, ou seja, você terá
a atitude necessária para descobrir mais sobre esse mundo tão vasto e complexo da se-
gurança no trabalho.
Desejo lhe encontrar em uma próxima oportunidade para novamente construirmos o
conhecimento.
Um grande abraço!
111
REFERÊNCIAS
112
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114