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Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI

FIS076 – INSTRUMENTAÇÃO PARA O ENSINO DE FÍSICA I

PROJETO DE ENSINO

MINICURSO: A OPTICA: UMA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MUITAS


CONTRIBUIÇÕES PARA A SOCIEDADE.

FILIPE CESAR ARCHANGELO


MATRÍCULA 29

PABLO JOSÉ DA SILVA


MATRÍCULA 29.199

Ano 2015
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ÍNDICE

RESUMO .................................................................................................................... 4

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4

OBJETIVOS .............................................................................................................. 5

PROCEDIMENTOS DE AULA ............................................................................... 5

RECURSOS ............................................................................................................... 5

AVALIAÇÃO .............................................................................................................. 6

CRONOGRAMA ....................................................................................................... 6

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 9

ANEXOS ................................................................................................................... 10
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ATIVIDADE: PROJETO DE ENSINO


FIS076 – 2015

ALUNOS

PABLO JOSÉ DA SILVA


MATRÍCULA 29.199

FILIPE CESAR ARCHANGELO


MATRÍCULA

MINICURSO: A OPTICA: UMA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MUITAS


CONTRIBUIÇÕES PARA A SOCIEDADE.
4

RESUMO

O presente trabalho busca realizar um minicurso de oito aulas de 50 minutos cada envolvendo os
alunos no tema óptica com os aspectos da relação CTS (Ciência Tecnologia e Sociedade)
desenvolvido em forma de um projeto de ensino. Será realizado em sala de aula durante as aulas de
física. Sendo o público alvo, os alunos do ensino médio que assistirão as aulas de óptica. O foco do
minicurso será o desenvolvimento pelos grupos de alunos de temas relativos a ciência da visão,
tecnologias referentes a óptica, apoiadas na física, nas quais o professor desenvolverá estratégias
para motivar os alunos, e, com a discussão dos temas, proporcionar a eles uma compreensão do
porquê estudar física. Além de despertar a visão do envolvimento diário com a tecnologia tornando-
os participantes dessa história da ciência em pleno progresso. Portanto as aulas de física em seus
diversos temas ora lecionados podem ser envolvidas no enfoque CTS, contribuindo positivamente
para o conhecimento dos alunos.

INTRODUÇÃO

Em sala de aula, o professor de física irá explorar o conteúdo do livro nos tópicos de lentes
esféricas, suas definições, nomenclatura e tipos, construção geométrica de imagens, convergência
de uma lente, associação de lentes, óptica da visão e defeitos da visão; e as associará à ciência,
tecnologia e sociedade, juntamente com o apoio das aulas de história, português, biologia. Existem
infinidades de aplicações da física associada à CTS, visto que no caso de espelhos e lentes inserem-
se desde a seu uso no transporte, na medicina quanto na construção de telescópios. Autores em seus
artigos associam a CTS em diversas áreas e na física encontramos diversos temas como energia
onde encontramos em Luz (2009) uma análise de atividades envolvendo a reflexão sobre fontes de
energia, a partir de uma atividade de construção de um aquecedor solar. Foi uma proposta de ensino
na escola cujo tema “Elementos de sustentabilidade na Escola” promovia em termos de
possibilidades físicas (instalação e produção de equipamentos, como aquecedor solar) quanto em
relação à inclusão dessa temática no âmbito escolar. A física moderna também é encontrada como
tema, onde Oliveira (2006) aproxima o Raio X como conteúdo a ser ministrado mais próximo da
realidade do aluno e fazê-lo perceber a importância das ciências na sua vida e no desenvolvimento
científico e social, eliminando os questionamentos constantes do aluno do porquê estudar física,
pois não consegue associá-la ao seu dia a dia.
Tal enfoque está sendo utilizado e transmitido nas linhas acadêmicas de pesquisa para
diferentes áreas do saber. Podemos citar trabalhos realizados em matemática como o de Azevedo
(2014) em que utiliza da tecnologia de softwares como recurso potencializador de aprendizagem. O
mesmo autor remete a Jarrosson (1996) que a ciência influencia a sociedade. E a tecnologia, bem
como o conhecimento, tendem a expandir de acordo com as necessidades humanas e se desenvolve
com objetivo de explicar, facilitar a vida dos seres humanos. Strieder & Kawamura (2008) também
contribuíram para o enfoque CTS no contexto escolar analisando em que aspectos a articulação com
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a proposta freireana pode representar no ambiente escolar. Seria no caso o estudo referente ao
desenvolvimento local para aquela comunidade e os impactos sobre ela. Os autores citam que o
desenvolvimento tecnológico-científico tem ocasionado mudanças sociais, econômicas, políticas e
culturais devido ao local ser construído uma usina hidrelétrica e a intervenção refere-se a
implantação e as suas implicações na comunidade local. Concluem seu trabalho citando Cruz
(2001) em que nos orienta que tal movimento influenciado por ideias oriundas do campo social e
econômico busca uma redefinição da razão e da função do ensino de ciências e passa a ter como
objetivo a construção da cidadania.
Podemos encontrar várias tecnologias sendo desenvolvidas e aplicadas na sociedade que
possamos trazer para a sala de aula. É o caso da óptica que temos todo um aparato tecnológico em
que a física se emana. Associando as lentes ora estudadas no decorrer do ensino médio estudamos a
óptica da visão e podemos envolver os alunos às pesquisas de correção de defeitos da visão, criando
minicursos e trabalhos em grupo, em que o aluno traga para a sala de aula material complementar
promovendo a discussão do tema.

OBJETIVOS

O objetivo geral do minicurso será desenvolver estratégias para motivar o aluno e promover
o diálogo nas aulas de física.

Os objetivos específicos será desenvolver minicursos que englobam atividades em grupo


pelos alunos de atividades envolvendo CTS referentes a óptica, desenvolvendo temas relacionados a
biologia na medicina, história e física.

PROCEDIMENTOS DE AULA

Serão realizadas aulas expositivas com uso do quadro e de data show para uma boa
visualização dos temas. Serão realizadas perguntas iniciais aos alunos, apresentação dos conceitos
de lentes, solicitação de pesquisa para os alunos apresentarem em grupos os temas de ciência,
tecnologia e sociedade e o professor irá mediar as apresentações envolvendo os grupos entre si.
Serão temas que abrirão o entendimento do aluno da necessidade de estudar física, pois a
encontrarão nos temas propostos e compreenderão a sua necessidade.

RECURSOS

O professor utilizará do livro didático, do plano de aulas, quadro negro e data show.
Os alunos poderão ser apresentar em data show, no quadro negro, oral, em cartazes, etc.
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poderão trazer seus computadores ou tablets para apresentar inovações das pesquisas que
realizaram.

AVALIAÇÃO

Para esta matéria de óptica será colocada na prova uma questão teórica sobre a reflexão da
ciência, tecnologia e sociedade envolvendo o aluno a compreender a física do dia a dia.
Será colocada uma questão para o aluno reconhecer os tipos de lentes utilizadas e associar a
elas o tipo de defeito da visão em que será utilizada.
As outras questões serão de cunho matemático onde o aluno irá realizar cálculos
apresentados em aulas anteriores.

CRONOGRAMA

PRIMEIRA AULA
Será realizada na aula inicial perguntas para conhecer o que os alunos entendem sobre o
tema lentes.
Vamos pensar um pouco:
Onde encontramos as lentes em nosso dia-a-dia?
Direcionamos a alunos que utilizam óculos ou lentes de contato em sala de aula.
Perguntaremos a eles para que elas servem e qual a sua contribuição no dia a dia
Para que elas servem?
O que elas contribuem para o ser humano?
Se não houver alunos utilizando óculos o professor utilizará o recurso de apresentar o
material aos alunos.
Após esclarecer alguns pontos o professor iniciará os conceitos de tipos de lentes e fórmulas
e logo após irá apresentar a evolução das lentes e o desenvolvimento das tecnologias envolvidas por
história da ciência.
Ao final da aula solicitar aos alunos que façam uma pesquisa na internet sobre tecnologias
na área de óptica para a saúde da população. Tragam impresso em folha a4 para a quinta aula do
projeto.
Temas de óptica a serem pesquisados pelos alunos:
- COMO FUNCIONA A VISÃO/GLOBO OCULAR E A CÂMERA FOTOGRÁFICA
- VISÃO NOTURNA POR INFRAVERMELHO
- VISÃO DE RAIO X
- TECNOLOGIAS USADAS NA MEDICINA
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- LASER NA CORREÇÃO DE DEFEITOS DA VISÃO


Pergunta geral a todos:
O que essas tecnologias contribuem para o seu dia a dia?

SEGUNDA E TERCEIRA AULAS

A segunda e terceira aulas serão dados dois textos de história da óptica para que os alunos
compreendam a longa trajetória dessa ciência. Será realizado diálogo com os alunos citando alguns
dos temas que eles estarão pesquisando. Será continuada a matéria de lentes, definições,
nomenclatura e tipos de lentes, constituição geométrica de imagens.

QUARTA AULA

Na quarta aula teremos como procedimento a aplicação de exercícios resolvidos e propostos


do livro e continuidade da matéria com aula expositiva sobre vergência e convergência, associação
de lentes.

QUINTA AULA

Na quinta aula procederemos sobre a apresentação dos trabalhos dos grupos.


Ouvir cada grupo apresentar a seu modo suas pesquisas e trabalhar cada tema junto com os
outros alunos
O professor irá perguntar a cada grupo o que essas tecnologias contribuem em seu dia a dia.
Pedirá exemplos e o que podem dizer mais sobre essas tecnologias. O professor irá expor aos alunos
onde a física atua em cada tema proposto para que os alunos tenham uma visão positiva do
conteúdo.

SEXTA AULA

Na sexta aula teremos a continuidade sobre as discussões envolvendo os temas e será


exposta a aula sobre óptica da visão e o professor irá realizar mais diálogo com o grupo que
escolheu o tema como funciona a visão humana.
Será apresentada em aula pelo professor os defeitos da visão (miopia, hipermetropia,
presbiopia) e as lentes que corrigem tais problemas. Será importante ressaltar pelo professor que
aqueles conhecimentos de lentes na óptica será de grande valia para muitos que estão preocupados
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em escolher a profissão na área médica.

SÉTIMA AULA

Na sétima aula será passados ao aluno exercícios de reflexão tais como:


Questões em sala de aula

Para ler sem óculos uma pessoa míope quase encosta o livro no rosto, enquanto uma pessoa
hipermetrope estica ao máximo os braços para afastar o livro. Por que isso acontece?

Fazer a pergunta ao grupo:


Como a moderna cirurgia ocular, principalmente a que usa raio laser, pode corrigir defeitos
da visão?

OITAVA AULA

Na oitava aula será apresentado um texto sobre células tronco e será realizada uma mesa
redonda para dialogar sobre o texto no contexto da ciência, tecnologia e sociedade. Será combinado
com o professor de biologia a sua presença nesta aula para demostrar aos alunos que as áreas de
física e biologia têm suas complementaridades no que se fala de biologia e física da visão.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEVEDO, D. P., PIRES, L.A., PEREIRA, N. C. S. Enfoque ciência, tecnologia e sociedade


(CTS): Implicações para o ensino de matemática a luz do ensino desenvolvimental. II
Seminário de Pós Graduação em educação para ciências e matemática. XI Semana de Licenciatura.
IFGO. 2014.
http://www.jatai.ifgoias.edu.br/semlic/seer/index.php/anais/article/view/349/pdf_105
Acessado em 18 de outubro de 2015.

CRUZ, S. M. S., Aprendizagem centrada em eventos: uma experiência com enfoque Ciência,
Tecnologia e Sociedade no Ensino Fundamental. Tese. Florianópolis: CED/UFSC, 2001.

JARROSSON, B. Humanismo e técnica: o humanismo entre economia, filosofia e ciência. Trad.


de Isabel de Almeida Brito. Lisboa: Instituto Piaget, 1996, p. 15-91.
http://www.jatai.ifgoias.edu.br/semlic/seer/index.php/anais/article/view/349/pdf_105
Acessado em 15 de outubro de 2015.

LUZ, A. R., ROZA, C. F., HIGA, I., OLIVEIRA, O. B. Construção de um aquecedor solar:
Trabalhando elementos de sustentabilidade com enfoque CTS em aulas de física. XVIII
Simpósio Nacional de Ensino de Física – SNEF 2009 – Vitória, ES.
http://www.cienciamao.usp.br/dados/snef/_construcaodeumaquecedors.trabalho.pdf Acessado em
15 de outubro de 2015.

OLIVEIRA, F. F. O ensino de física moderna com enfoque CTS: Uma proposta metodológica
para o ensino médio usando o tópico Raio X. Dissertação de Mestrado. PPGE. UFRJ. RIO DE
JANEIRO. Ano 2006.

STRIEDER, R., KAWAMURA, M. R. Abordagem CTS no contexto escolar: Reflexões a partir


de uma intervenção. XI Encontro de Pesquisa em Ensino de Física – Curitiba – 2008
http://www.cienciamao.usp.br/dados/epef/_abordagemctsnocontextoes.trabalho.pdf Acessado em 16
de outubro de 2015.
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ANEXOS

Texto 1

TEXTO DA FÍSICA ASSOCIADO A AULA DE HISTÓRIA

Pequeno histórico da óptica


Prof. Luiz Ferraz Netto
leobarretos@uol.com.br 
luizferraz.netto@gmail.com

Desde a Idade Antiga, já se conheciam vários fenômenos da óptica geométrica. Na Assíria,


havia a lente de cristal e, na Grécia, já se usava a lente de vidro para obter o fogo. Há também uma
descrição sobre espelhos esféricos e parabólicos que se deve, talvez, a Euclides. Ptolomeu obteve a
lei da refração para o caso de ângulo de incidência pequeno. Entre as obras da época romana, existe
uma que indica a semelhança entre as cores do arco-íris e as vistas na margem de vidros. 
Na Idade Média apareceram alguns trabalhos excelentes do ponto de vista da descrição classificada,
como, por exemplo, o de R. Bacon (1214?- 1294), porém quase não havia desenvolvimento
científico. 
Na Renascença, observaram-se vários progressos tecnológicos, como as invenções de
diversos aparelhos ópticos. O telescópio foi inventado por Lippershey (1570-1619) em 1608 e o
microscópio porJansen, na mesma época. 
O estudo da luz assumiu caráter científico no século XVII e progrediu
rapidamente. Snell (1591-1626) descobriu a lei da refração na sua forma exata. Fermat (1601-1665)
demonstrou que se podia deduzi-la a partir do princípio geral do caminho percorrido em tempo
mínimo. Entretanto o trabalho mais importante dessa época seria a medição da velocidade da luz. A
primeira tentativa foi feita por Galileu, mas não obteve êxito porque mediu o tempo de ida e volta
da luz entre dois pontos cuja distância era somente algumas milhas. O primeiro valor foi obtido por
Römer (1644-1710), em 1676, pelas observações dos tempos de início do eclipse lunar de Júpiter.
Considerando a velocidade da luz finita, na posição em que a Terra está mais afastada de Júpiter, o
início do eclipse lunar de Júpiter deve ser observado num tempo posterior ao valor calculado a
partir do período de translação desse satélite. Por intermédio dessa observação, ele obteve c = 2 X
1010 cm/s. [Bradley (1693-1762) obteve, em 1728, um valor mais correto c = 3,06 X 10 10 cm/s
observando a aberração.
Entre outros, o fato de a velocidade da luz ser finita, levou Huygens a apresentar, já em
1678, a hipótese de que a luz era uma onda que se propagava num meio universal chamado éter.
Newton também deixou muitos trabalhos sobre a luz. Um deles é a descoberta da variação do índice
de refração com a cor, sugerida pela dispersão da luz natural nos prismas. Mas, como ele tinha uma
opinião incorreta a respeito da variação do índice de refração com a matéria, concluiu que era
impossível construir uma lente acromática, e foi levado à construção do telescópio refletivo.
Embora Grjmaldi (1618-1683) tenha observado o efeito difrativo da luz em 1666, Newton insistiu
na hipótese corpuscular da luz, e diz-se que, por esse motivo, a óptica ficou atrasada quase um
século.
Na segunda metade do século XVIII. depois que Dolland (1706-1761) inventou a lente
acromática, a autoridade de Newton foi sendo lentamente apagada e, em 1801, Young (1773-1829)
realizou a experiência de interferência da luz e explicou-a usando a hipótese ondulatória. Por volta
de 1815, Fresnel começou uma série de experiências de difração da luz, que também foram
explicadas pela hipótese ondulatória. Também pelas pesquisas desenvolvidas por Malus (1775-
1812), Brewster (1781-1868), Biot, Fresnel, e outros, sobre a polarização da luz, foi sendo
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conhecido gradativamente que a luz era uma onda transversal. Mas o estabelecimento da hipótese
ondulatória, no sentido verdadeiro, foi devido à medição da velocidade da luz dentro d’água (por
volta de 1850) por Foucault (1819-1868) e Fizeau (1819-1898). Na hipótese ondulatória, ao
contrário da hipótese corpuscular, a velocidade da luz é menor dentro d’água que no ar. Com a
verificação desse fato a hipótese ondulatória tornou-se definitiva.
A espectroscopia foi iniciada também nessa época. Os raios infravermelhos foram
descobertos em 1800 por Hershel (1738-1822), pela pesquisa da dispersão de raios solares, e os
raios ultravioletas, em 1801, por Ritter (1776-1810) e Wollaston (1766-1828). Em
1802, Fraunhofer (1787-1826) descobriu as linhas de absorção do espectro solar. (É um mistério
que permanece até hoje o fato de Newton, que observara os raios solares através dos prismas, não
haver descoberto as linhas de absorção de Fraunhofer.) O comprimento de onda dessas linhas de
absorção foi medido por ele em 1821. 
A relação entre os espectros lineares e os elementos químicos foi esclarecida por
Bunsen, Kirchhoff(1824-1887) e outros. Assim, na metade do século XIX, a reflexão, a refração, a
dispersão, a polarização, a interferência etc., que eram fenômenos observados independentemente
uns dos outros, foram explicados unificadamente sob o ponto de vista da onda transversal que se
propaga no éter, havendo-se concluído um ramo denominado óptica.
http://www.feiradeciencias.com.br/sala09/09_PHO.asp

Texto 2

História da óptica

Hoje temos conhecimento que a óptica existe pelo menos 300 a.C., triste é aquele que pensa
que o nosso setor está apenas engatinhando e não sabe como é longa a estrada do segmento óptico.
Devemos tudo isto a técnica que construíram as alicerces da óptica brasileira e
principalmente a óptica mundial feche os olhos por vários minutos ou até mesmo segundos, para
lembrar como é triste não ter visão e viver na escuridão.

Lembre-se que pesquisadores, técnicos, físicos matemáticos e até médicos estudam anos e anos,
sem cansar para melhorar a qualidade de vida do homem, isto começa com Ter uma visão perfeita,
já que 80% dos reflexos do ser humano são baseados e direcionados a visão, que às vezes ocorre
com a correção de ametropias. Só sendo possível somente com a descoberta das lentes, seja
corretiva, de segurança ou de proteção.
 
A história das lentes
 
A história das lentes é a substância de uma sociedade, que só aos homens cabe a construção
de cada estrutura social.
 O processo de construção opera uma dimensão que partindo do real a memória é um
elemento permanente do vivido, acendendo o processo de mudança ou conservação.
 O resgate da memória do segmento óptico revela o desejo natural de evolução dos homens.
Após o período Colonial em que a entrada da técnica não era possível sem a autorização da
metrópole portuguesa.
Após a independência, e principalmente a partir do período regencial, a país passaria a
receber cientistas, viajantes e principalmente técnicos especializados. O chamado "mecânico
oculista" seria o primeiro profissional óptico no Brasil.
 A pesquisa acadêmica levou para a corte imperial brasileira, um rei menino, estimulava a
vinda de um técnico de óptica ao país. Com efeito, temos o estabelecimento da grande aventura da
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história da produção de óculos no Brasil - peça por peça, uma jóia rara, um bem extraordinário, uma
marca pessoal, um símbolo de sabedoria, vários papéis e um conceito dinâmico do homem.
 A visão, a refração e a reflexão da luz são fenômenos que sempre atraíram o ser humano. O
polonês Witelo, no século XIII, escreveu Tratado de óptica, o autor descreve uma história da
Antiguidade conhecida na Europa medieval: os lendários espelhos de arquimedes que funcionaram
como as primeiras lentes.
 Durante a antiguidade clássica, o termo "ocularium" era utilizado para designar os orifícios
feitos nos elmos que protegiam a cabeça dos soldados para que pudessem enxergar. A palavra
"óculos" é derivada do termo "ocularium".
Por volta do século IV a.C., Euclides escreveu a Óptica, com base na idéia de que o tamanho
dos objetos era determinado pelo o ângulo sob o qual eram olhados.
 Já Ptolomeu, durante o século II a.C., também escreveu uma obra denominada Óptica. Sua
linha de pensamento era diferente da de Euclides: em vês de considerar relevante apenas o ângulo
visual, o foco serão os comprimentos.
 Entre os séculos IX e XI, avançaram os estudos sobre a Óptica. Apenas no século XII, mil
anos após Ptolomeu, a Europa se volta novamente ao estudo de visão de objetos.
Segundo Plutarco, para reverenciar o guarda o "fogo" vindo do sol, os sacerdotes utilizavam
um pavio de tecidos e uma lente do tamanho de meia laranja.
O comércio de pedras polidas em 700 a.C. um doa mais destacados médicos Rufo e Éfeso,
pesquisou o uso das lentes e desenhou diagrama do globo ocular.
 Temos registros do polimento de pedras na América pré-colombiana, principalmente entre
mais e incas, e também na China.
Por volta de 2280 a.C, as lentes de quartzo ou ametista eram utilizadas na China para
observar estrelas. Aliás, a fabricação de vidros no período não ficou restrita a China. No
mediterrâneo, os fenícios já dominavam a técnica do vidro.
 Sabemos que, os cristais polidos já eram utilizados para aumentar o tamanho dos objetos e
das letras.
A partir do início do segundo milênio o desenvolvimento das chamas "pedras de leitura".
Época medieval, a cultura letrada ficou restrita à Igreja. Foi entre os monges, em especial entre os
monges copistas, que surgiu o primeiro par de óculos na Europa.
 O primeiro par de lentes com arcos de ferro unidos por rebites foi descoberto na Alemanha,
durante o século XIII. Ainda nesse mesmo século temos já a fabricação de óculos em Florença.
Essas armações montadas com um par de lentes eram utilizadas para a leitura religiosa
procuravam óculos que melhorassem sua "visão de perto".
Este primeiro modelo era elaborado em forma de uma letra "V" invertida, com duas lentes
presas por um rebite, apoiando-se no dorso do nariz sem as hastes laterais.
As lentes eram de cristal de quartzo ou pedras semipreciosas. As lentes lapidadas e polidas
de berilo eram das mais procuradas, pela nitidez proporcionada e pelo brilho - aliás, foi berilo que
derivou a palavra "brilho".
O inglês Robert Grosseteste deu grande impulso a óptica, estudando as lentes principalmente
a refração. O franciscano Roger Bacon deu continuidade aos estudos de Grosseteste, mas sem
dúvida foi o franciscano inglês John Pecham que difundiu a óptica e o próprio comércio de óculos
quando escreveu um manual sobre o tema, muito popular na Europa Central.
 Primeiros comerciantes de óculos eram geralmente joalheiros. O conhecimento técnico de
ourivesaria e lapidação de jóias foi fundamental para eles. Os óculos eram encarados como um
instrumento técnico e também como uma jóia, e seu custo era alto. Eram fabricados principalmente
em Veneza, como afirma o historiador italiano Trasselli.
A chegada dos livros impressos estimulou a aptidão literária, e temos um incremento na
produção de óculos, que passam a ser encarados como um símbolo de sabedoria.
 Os primeiros grandes editores de livros na Europa, os quais vendiam livros e conjuntamente
ofereciam óculos para a leitura. As famílias de editores de Usque, de Ferrara, Sonsino, de Ancona.
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Modelo elaborado em forma de letra "V" invertida, com duas lentes presas por um rebite apoiando
no dorso do nariz sem hastes laterais.
 A produção de óculos irá concentrar-se na Itália e na Alemanha, mas tanto Espanha e
Portugal como Holanda e França iniciaram uma produção baseada em artesãos.
Na França temos Óptica Thomin, que em 1746 inicia uma produção de armações de diversos
materiais, do marfim ao ouro.
 Já neste período, entre os séculos XV e XVII, eram mais utilizados dois modelos de óculos:
o pincenê e lonhão. O pincenê, sem hastes, era ajustado no nariz e o lonhão tinha uma haste lateral
presa a uma armação que era colocada diante dos olhos, apoiada no nariz. Já no século XVII,
entretanto, as hastes fixas eram apoiadas nas orelhas. As armações eram feitas de couro, marfim,
chifre, ouro, ferro, casco de tartaruga e diversas ligas metálicas.
 Sem dúvida Galileu Galilei deu grande pulso no desenvolvimento da óptica no início do
século XVII, apresentando o telescópio no alto da torre da Igreja de São Marcos, em Veneza.
Verão de 1609: chega às mãos do Galileu Galilei(1564-1642). Era a descrição de um
instrumento construído na Holanda, que permitia enxergar objetos distantes como se estivessem
próximos. Tomando por modelo essa luneta holandesa, Galileu fabrica, ele mesmo, um aparelho
semelhante, capaz de aumentar nove vezes o tamanho parente dos objetos. O holandês que fabricou
a luneta em 1608foi Hans Lippeerhey.
 As pesquisas trouxeram uma melhor compreensão da refração da luz, principalmente após a
invenção do bifocal por Benjamim Franklin na Segunda metade desse século XVIII.
Em 1606, na cidade de Florença, o português Filipe Montalto vai difundir a utilização das
lentes côncavas para miopia.
 Um dos primeiros registros da presença de óculos na colônia vem da coleção de Inventários
e Testamentos do Arquivo Histórico do Estado de São Paulo e do Arquivo Nacional do Rio de
Janeiro.
A expansão das encomendas e da utilização de óculos no Brasil colonial deu-se durante o século
XVIII.
Os primeiros óculos começam a ser fabricados ainda totalmente artesanais, produzidos pelos
chamados "técnicos oculistas", que chegavam vindos da Europa.
 Os oculistas mecânicos eram técnicos muito comuns no continente europeu. Desde o final
da Idade Média, vinham acumulando grande conhecimento de óptica, que iam transmitindo aos
técnicos aprendizes. Possuíam geralmente uma ou várias caixas de provas com lentes alemãs,
austríacas, italianas, inglesas e francesas.
O oculista mecânico joseph Herschel nasceu na Alemanha, seu trabalho consistia em fixar
moradia em determinada cidade de 90 a 120 dias, e durante este período anunciar a fabricação de
óculos.
 Herschel levava consigo uma caixa de palavras com modelos de lentes de "pedra papel
inglesas" ou "cristal de rocha lapidado alemão ou francês". A caixa de provas e suas inúmeras lentes
tinham como objetivo realizar a refração, para depois iniciar o processamento artesanal das lentes e
a confecção dos óculos.
A maioria dos oculistas que atuaram no século XIX no Brasil fazia suas armações de uma
liga metálica. Utilizavam também ouro, prata e casco de tartaruga.
 A documentação sobre a vinda de Herschel ao país e os serviços por ele executados indica
que, como técnico oculista bastante experiente, ele recebeu muitas encomendas de óculos de leitura,
entre as quais a de um par para uma criança, feita pelo Dr. Roque Schuch. Essa criança era Dom
Pedro II.
É interessante notar um auto-retrato feito pelo jovem príncipe aos 9 anos de idade, em que
ele é representado de óculos.
 O imperador Dom Pedro II, bem mais tarde, já adulto e com anos de reinado, encomenda a
Herschel uma peça valiosa: um pincenê de lentes ovais e armações em ouro e casco de tartaruga,
tendo na base arco direito uma coroa imperial com as letras PII. A peça foi preservada por muitos
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anos pela família imperial brasileira, e atualmente  encontra-se no Museu Inaldo de Lyra Neves -
Manta, pertencente à Academia Nacional de Medicina.
 O técnico oculista Joseph Herschel chegou ao Recife no dia 26 de agosto de 1835. Após
breve acordo com Geiger, iniciou um comércio próprio, publicando um anúncio no jornal Diário de
Pernambuco vejamos o que dizia: José Herschel, Oculista Mecânico, tem a honra de oferecer a sua
arte como oculista e igualmente fazer e consertar toda a qualidade de óculos, para qualquer vista,
por mais débil que seja, tanto para ver de perto como de longe.
 Por isto suplica ao público que lhe honre com a sua concorrência que ele tratará de servi-
lo à sua satisfação: as pessoas que não puderem ir a sua casa, poderão mandar chamá-lo que ele
prontamente servirá. A sua residência é na Ponte Velha em frente à casa do Catão e das doze horas
do dia até as duas da tarde na rua Cruz número 10.
 As armações de provas do século XIX chegaram ao país com oculistas mecânicos. A parte
superior era utilizada para medir a distância interpupilar com um dispositivo que variava de acordo
com a altura da base do nariz. Nas laterais, rodas dentadas para girar cilindros, e no centro, espaço
para as lentes.
 O grande "óptico cientifico" da capital paulista era Leopold Stern, respeitando no país a na
América do Sul, como mostra o intercâmbio técnico que existia entre ele e o optometrista inglês
Robert Hammersley Symens, que confeccionava óculos no Chile e na Argentina. Seu sucesso
comercial foi tão intenso que ele rapidamente abriu um consultório onde realizava exames e
receitava óculos.
 Um dos grandes agentes de importação de lentes utilizando por Stern era Jacob Levy.
Estabelecido em São Paulo e no Rio de Janeiro, Levy importava lentes francesas azuis e armações.
Leopold Stern deu grande impulso à óptica no Sudeste. Além de caixa de provas, também utilizava
inúmeros equipamentos ópticos.

http://meumundooptico.blogspot.com.br/2012/01/historia-da-optica.html

TEXTO 4

PARA ASSOCIAR A BIOLOGIA NA AULA DE FÍSICA

Uso de Células Tronco para Doenças dos Olhos

Uso de Células Tronco no Tratamento de Doenças Oculares


Com o avanço da medicina conseguimos, hoje, tratar doenças que antes eram incuráveis. O
uso de células tronco já faz parte das opções de tratamento, principalmente em casos doenças
hematológicas como a leucemia. O transplante de medula óssea foi o primeiro transplante
incorporado com sucesso na prática médica.
Mas afinal, o que são células tronco? Não são células que nascem nas árvores assim como se
falou em uma propaganda. Células tronco são células indiferenciadas capazes de se transformar em
qualquer célula do nosso organismo. Ou seja, uma célula tronco pode se diferenciar em uma célula
do cérebro ou do rim ou do olho. Então o que determina a transformação destas células? Este
processo é controlado por diversos fatores como os hormônios e fatores de crescimento. As
pesquisas atuais investigam estes processos para que seja possível direcionar o crescimento de
células tronco para o tipo celular que se deseja.
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As células tronco podem se diferenciar em todas as células do nosso organismo.


Hoje trabalhamos com células tronco embrionárias e adultas. Mas qual a diferença? As
células tronco embrionárias podem ser isoladas de embriões que foram congelados para fertilização.
Este tipo celular apresenta maior capacidade de se diferenciar em outros tecidos. Porém existe
grande debate ético em relação ao uso de embriões congelados para estudos e tratamentos. Já as
células tronco adultas são isoladas dos organismos adultos. O seu potencial de diferenciação é
limite por se tratar de uma célula pré diferenciada. Recentemente um professor de biologia celular
do Japão, Prof Yamanaka, ganhou prêmio Nobel após comprovar a possibilidade de transformar
uma célula adulta em célula tronco através de tratamento com engenharia gênica. Este tipo de célula
é conhecido como célula pluripotente induzida e com certeza será muito utilizada no tratamento de
doenças oculares.
E as células tronco são usadas para tratar doenças dos olhos? SIM! O olho funciona como
uma câmera fotográfica e pode ser dividido em 2 partes. A parte anterior funciona como as lentes da
câmera – são a córnea e o cristalino. Já a parte posterior funciona como o filme da câmera – a
retina.
A córnea pode ser danificada em casos de queimaduras químicas (quando um ácido ou base
caem no olho) ou em casos de trauma. Nestas situações a córnea que normalmente é transparente
fica opaca. Assim, torna-se necessário o transplante de córnea associado ao transplante de células
tronco da córnea para recuperação da visão. Atualmente, conseguimos isolar as células tronco da
córnea do olho sadio e transplantar para o olho com problema e desta maneira recuperar a visão. Se
os dois olhos forem acometidos, células do banco de células podem ser usadas. As células tronco
são transplantadas juntamente com a córnea de um doador e diminuem a chance de rejeição e falha
do transplante.
Já na parte posterior do olho (retina e nervo óptico) buscamos tratamento com células tronco
para doenças degenerativas, como por exemplo a degeneração macular relacionada `a idade
(DMRI) e glaucoma, e também a retinopatia diabética. Estudo realizado na cidade de São Paulo
mostrou que as doenças da retina (DMRI e retinopatia diabética) são a principal causa de cegueira,
assim como ocorre em países desenvolvidos. Isto deve – se ao aumento da expectativa de vida da
população mundial que leva ao aumento da incidência de doenças degenerativas. Existem diversos
trabalhos de transplante de células tronco de retina em animais cegos que mostram o sucesso na
recuperação visual de modelos experimentais desta doença. As células tronco embrionárias são
diferenciadas em células progenitoras da retina no laboratório e posteriormente são injetadas abaixo
da retina, local que normalmente estão situadas. Após 1 semana existe a integração das células
transplantadas com as células da retina doença e desta maneira ocorre recuperação de parte da
visão. Obtivemos sucesso em experimentos com camundongos inicialmente e depois em porcos.
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Fotoreceptor formado a partir de célula tronco transplantada.


No entanto, ainda não usamos na prática clínica células tronco para tratamento de DMRI.
Em breve iniciaremos estudo com humanos na Universidade Federal de São Paulo. Células tronco
de banco de células serão diferenciadas em células retinianas em laboratório. Em seguida serão
transplantada para a retina danificada para recuperar a arquitetura retina. Na primeira etapa da
pesquisa iremos avaliar a segurança do transplante de células tronco, já que é um tratamento
inédito. Por este motivo selecionamos pacientes com baixa de visão importante. Estamos estudando
esta técnica há alguns anos, juntamente com a Universidade de Harvard e da Califórnia. Portanto,
temos boas expectativas de que este procedimento tenha sucesso na recuperação da visão de
pacientes que atualmente podem ser considerados cegos.
Muitos pacientes perguntam sobre o congelamento do cordão umbilical para isolamento de
células tronco. Sabe-se que existem células tronco no cordão umbilical mas ainda não existem
aplicações para este tipo celular. Como foi mencionado no começo deste artigo existem células
pluripotentes induzidas que poderão ser retiradas da própria pessoa e posteriormente usadas no
tratamento. Portanto, minha resposta ao meus pacientes é que eu não vejo razão para congelar o
cordão.

Vision
Atualmente, as células tronco são utilizadas de forma rotineira para tratamento de algumas
doenças. Em relação ao tratamento de doenças oculares pesquisamos bastante a utilização de
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diversos tipos de células e tenho certeza de que conseguiremos recuperar a visão de pacientes com
doenças degenerativas e, também, evitar que estes pacientes fiquem cegos.
 
Fonte:
Prof. Dr Caio Regatieri
Diretor Médico da UPO Oftalmologia
Doutorado em Oftalmologia – Universidade Federal de São Paulo
Pós Doutorado em Oftalmologia – Harvard Medical School
Professor da Pós Graduação do Departamento de Oftalmologia – Universidade Federal de São Paulo
Professor Assistente do Departamento de Oftalmologia – Tufts Medical School
Presidente do Centro de Estudo Moacyr Álvaro
Vice – Presidente da Sociedade Brasileira de Laser e Cirurgia Oftalmológica

Prof. Dr. Caio Regatieri

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de São Paulo, especialização em retina no departamento de
oftalmologia pela UNIFESP e doutorado em programa duplo Biologia Molecular/Oftalmologia pela UNIFESP. Pós
doutorado em Oftalmologia pela Harvard Medical School (Schepens Eye Reasearch Institute) e pela Tufts Medical
School. Professor do Departamento de Oftalmologia da Tufts Medical School, Chefe do ambulatório de retinopatia
diabética da UNIFESP e Diretor Executivo da UPO Oftalmologia. É presidente da BLOSS (Brazilian Laser
Ophthalmology Surgical Society) e membro afiliado da Academia Brasileira de Ciências.

http://www.upo.com.br/blog/uso-de-celulas-tronco-para-doencas-dos-olhos/

obs:
Os conceitos e exercícios serão retirados do livro citado abaixo:

FÍSICA BÁSICA, VOLUME ÚNICO, NICOLAU E TOLEDO, PÁGINA 413-433

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