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ÍNDICE
MOTIVAÇÃO......................................................................................... 5
OBJETIVOS .......................................................................................... 6
INTRODUÇÃO ....................................................................................... 7
1. OS MATERIAIS ................................................................................ 10
1.1. ÁTOMO .................................................................................. 12
1.1.1. Protão ............................................................................................. 13
1.1.2. Neutrão ........................................................................................... 13
1.1.3. Eletrão ............................................................................................ 14
1.2. TABELA PERIÓDICA ................................................................. 15
1.3. ESTRUTURA MOLECULAR ......................................................... 20
2. METAIS ......................................................................................... 21
3. METAIS FERROSOS......................................................................... 22
3.1. O FERRO................................................................................ 22
3.1.1. Propriedades Químicas do Ferro ................................................... 23
3.1.2. Aplicações ...................................................................................... 25
3.2. O AÇO ................................................................................... 26
3.2.1. Fabrico do Aço ............................................................................... 26
3.3. METALURGIA DO FERRO........................................................... 27
3.3.1. Extração e transformação do ferro no alto-forno ........................... 27
3.3.2. Gusa ............................................................................................... 28
3.3.3. Conversão do ferro bruto em aço .................................................. 28
3.4. TIPOS DE AÇO ......................................................................... 29
3.4.1. Aços-Carbono ................................................................................ 29
3.4.2. Aços-Ligas...................................................................................... 30
3.4.2.1. Aços Inoxidáveis ..................................................................... 31
4. METAIS NÃO FERROSOS ................................................................. 32
4.1. TIPOS DE METAIS NÃO FERROSOS ............................................. 32
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Unidade didática 4
TECNOLOGIA E MECÂNICA DOS MATERIAIS
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Unidade didática 4
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MOTIVAÇÃO
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OBJETIVOS
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INTRODUÇÃO
Como o próprio nome indica, esta ciência no fundo não é uma, mas sim duas
ciências, a física e a química. A física permite-nos estudar as áreas da termodi-
nâmica e da mecânica quântica e química. No fundo são as transformações que
os materiais sofrem ou pelo meio envolvente a eles ou pela sua interação com
outros materiais.
As mudanças podem ser de temperatura, volume, pressão ou trabalho. Os ma-
teriais, ao sofrerem estas mudanças nas suas propriedades, podem também
modificar os seus estados, consoante as suas características.
Existem três estados físicos relacionados com as interações das moléculas e
átomos das matérias, são eles:
Estado sólido;
Estado líquido;
Estado gasoso.
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Estática
O nosso estudo irá focar-se no estudo dos corpos rígidos, esta está dividida em
três grupos:
Estática;
Cinemática;
Dinâmica.
A estática estuda o estado de repouso dos corpos e as forças, que, indepen-
dentemente de não haver movimento, mantêm o corpo em equilíbrio.
A cinemática estuda os próprios movimentos, determinando a posição, a velo-
cidade e a aceleração de um corpo em cada instante e as leis que se aplicam.
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1. OS MATERIAIS
Uma das ciências mais importantes na mudança dos estados das matérias é a
termodinâmica. Esta ciência é definida como a ciência da energia, pois estuda
as mudanças na temperatura, pressão e volume.
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1.1. ÁTOMO
No século XIX, através dos estudos feitos pelo físico John Dalton em 1808, con-
siderou-se que a matéria era constituída por pequenas partículas todas iguais,
os átomos.
Figura 1. Átomo.
Os átomos podem ligar-se entre si tanto com átomos iguais, como com átomos
diferentes. São estas ligações que nós conhecemos por moléculas. Estas liga-
ções diferenciam os elementos químicos através do número de protões, este
número é chamado de número atómico (Z).
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O átomo está sujeito a perder ou a ganhar eletrões nas diferentes ligações, isto
faz com que deixe de ter carga elétrica neutra. Ao átomo que perdeu eletrão ou
ganhou, chamamos de ião (se for positivo é catião e se for negativo é anião).
1.1.1. PROTÃO
O protão é uma das partículas que forma o átomo e que está na constituição do
núcleo de qualquer elemento.
Este tem uma carga elétrica positiva na ordem dos 1,6 x 10−19 Coulombs e pos-
sui massa inferior à do neutrão. É conhecido por ter uma massa relativa de +1 e
carga elétrica relativa de +1.
1.1.2. NEUTRÃO
O neutrão é outra partícula que forma o átomo e que faz parte da constituição
do seu núcleo. É possível calcular o número de neutrões (N) que um determina-
do átomo possui fazendo a subtração entre o número de massa (A) e o número
atómico (Z).
N=A-Z
O neutrão tem uma característica que o distingue do protão: assegura a estabi-
lidade dos núcleos atómicos.
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1.1.3. ELETRÃO
O eletrão é uma partícula que circula a alta velocidade, com determinadas dis-
tâncias médias do núcleo (estas distâncias correspondem a diferentes níveis de
energias, designadas por camadas K, L, M, N.). Possui uma carga negativa (e-)
equivalente à do protão (mas de sinal contrário) e é devido ao eletrão que se
criam os campos elétricos e magnéticos.
De seguida poderás visualizar a distribuição dos eletrões nos diferentes níveis
de energia, do átomo de alumínio.
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Solução:
a)crescente; b)período c)grupo; d)horizontais; e)grupos.
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2. METAIS
Já falámos anteriormente dos metais e vimos que eram substâncias sólidas. Na
sua maioria são bons condutores de calor e eletricidade, tanto em estado sólido
como líquido (fundidos). Esta condutividade está diretamente ligada à mobilida-
de dos eletrões, na estrutura dos átomos. Os metais dividem-se em dois gran-
des grupos:
Metais ferrosos, por exemplo os ferros (duro) e os aços (resistente);
Metais não-ferrosos, os restantes metais por exemplo o cobre e o zinco.
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3. METAIS FERROSOS
Quando falamos em metais ferrosos, pensamos logo no ferro. Os metais ferro-
sos são produzidos a partir de minérios onde o elemento abundante é o ferro,
que está misturado com oxigénio. Os dois principais tipos destes materiais são:
Ferro;
Aço.
3.1. O FERRO
O ferro é um material utilizado desde há muito tempo e surgiu na Europa, pro-
veniente do Oriente. Este foi acompanhando o desenvolvimento das civiliza-
ções, de forma a atribuir dureza às estruturas.
O ferro começou por ser utilizado apenas no seu estado sólido, só posterior-
mente se teve acesso ao ferro fundido. Para isso eram necessários fornos de
alta temperatura, para elevar o ferro até à sua temperatura de fusão.
Ao ser fundido o ferro torna-se mais macio, com pouca percentagem de carbo-
no. Sendo esta uma das características que o distingue do aço. Além do carbo-
no, na sua constituição temos também outro elemento chamado fósforo. Os
lingotes de ferro surgiram a partir da extração do fósforo do elemento ferro.
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Além da água, o ferro reage também com o ácido nítrico (Fe2O3 x HNO3) em
condições de temperatura elevada e oxigénio. Quando não temos oxigénio nes-
ta reação e mantemos os ácidos produzimos os compostos do ferro, tais como,
ferro forjado e ferro macio. Estes compostos podem ser classificados segundo
o carbono existente na própria composição:
O ferro pode ter várias cores, consoante a sua densidade, pode ser
prateado, se tivermos a falar do ferro forjado, ou azulado, para um
ferro mais macio.
Ferro forjado – Tem cerca de 0,0015% em peso de carbono;
Ferro macio - Tem entre 0,0015% a 0,003% em peso de
carbono.
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Como já vimos o ferro é maleável, o que permite trabalhá-lo de forma a ser apli-
cado ao nosso gosto. Mas para o fundirmos temos que elevar a sua temperatu-
ra até aos 1500ºC e depois moldá-lo. Com uma temperatura mais baixa, na or-
dem dos 1300ºC e 1400ºC é possível soldá-lo (ferro fundido). Temos dois tipos:
Ferros fundidos cinzentos (grafite);
Ferros fundidos brancos (cementite – composto da grafite).
Na imagem seguinte poderás verificar como se comporta o ferro, consoante a
temperatura em que estás a trabalhá-lo, tal como a percentagem de carbono
que este possui.
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Símbolo Químico Fe
Número Atómico 26
Peso Atómico 55,845
Grupo da Tabela 8 (VIIIB)
Classificação Metal de Transição
Estado Físico Sólido (T=298K)
Cor Cinzenta-prateada ou cinzenta-azulada
3.1.2. APLICAÇÕES
Vimos que o ferro era o metal que existia em maiores quantidades; isto torna-o
no mais barato e também no mais utilizado pelas propriedades que possui. Na
indústria moderna assume um papel muito importante pela sua relação resis-
tência/preço.
Um dos compostos do ferro que utilizamos mais é o ferro fundido existente nas
ligas de aço.
O ferro fundido é usado para o fabrico de, por exemplo:
Caixilharias;
Portões;
Grades;
Recuperadores de calor;
Radiadores;
Tornos mecânicos;
Máquinas e acessórios;
Postes de iluminação.
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E aplicado em:
Ferramentas;
Pregos;
Parafusos;
Roscas e afins.
3.2. O AÇO
É mais um material que vem dar mais soluções para a criação de estruturas e
melhoria em termos estéticos.
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A extração do ferro não é nada mais do que uma reação de redução criada pelo
carbono. Este processo realiza-se por diferenças de temperaturas, em que o
minério do ferro é aquecido através do carvão (agente redutor), que se combina
com o oxigénio e dá origem ao ferro metálico.
3.3.2. GUSA
A gusa é obtida pela oxidação das impurezas, desaparecendo o carbono, nos
convertidores dos altos-fornos.
A partir da gusa obtemos três tipos de materiais:
Ferro puro ou aço macio;
Aço;
Ferro.
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3.4.1. AÇOS-CARBONO
Na tabela seguinte são apresentados os grupos mais importantes de aços-
carbono com a devida percentagem de carbono, as suas características e a
área de aplicação. Enquanto no gráfico poderás ver as influências do carbono
nos diferentes tipos de aços, relacionando a tensão e deformação deste.
Tabela 5. Aplicação dos aços em função do teor de carbono.
Tipo de Aço
(% de carbo- Características dos aços % de Carbono Área de Aplicação
no)
Aço com baixo São aços macios, dúcteis e Aço com baixo teor
teor de Carbo- moldáveis; adequados para a Aços estruturais, de Carbono.
no soldagem. São os que produ- placas e chapas.
zimos em maior quantidade. (0,03-0,3%)
(0,03-0,3%)
Aço com médio
São aços que precisam de Aço com médio
teor de Carbo- Elementos de má-
ser temperados para resistir teor de Carbono.
no quinas.
ao desgaste. (0,35-0,55%)
(0,35-0,55%)
Aço com alto
São aços extremamente du- Aço com alto teor
teor de Carbo-
ros que apresentam elevada Ferramentas. de Carbono.
no
percentagem de carbono. (0,60-1,5%)
(0,60-1,5%)
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Tipo de Aço
(% de car- Características dos aços % de Carbono Área de Aplicação
bono)
Ferros Fundi-
São compostos de ferro e Ferros Fundidos.
dos Obras de fundição.
carbono. (2,5-3,5%)
(2,5-3,5%)
Figura 7. Relação entre tensão (eixo vertical) e deformação (eixo horizontal), em função da percentagem de
carbono.
3.4.2. AÇOS-LIGAS
Na tabela seguinte poderás visualizar grupos mais importantes de aços-ligas e
as suas características.
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Os aços inoxidáveis são aços que resistem à corrosão. Isto deve-se ao facto de
terem uma pequena percentagem de carbono com um mínimo de 11% a 12%
de crómio, sendo o crómio que lhe confere a grande resistência à corrosão.
Como os aços inoxidáveis reagem facilmente com o meio ambiente, o crómio
proporciona-lhe uma camada fina de proteção que os protege dos agentes cor-
rosivos.
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4.1.1. ALUMÍNIO
O alumínio foi um dos materiais com mais destaque na evolução da indústria
nos últimos anos devido ao facto de ser robusto e leve ao mesmo tempo. Prin-
cipalmente a evolução na aplicação dos plásticos permitiu superar algumas limi-
tações que este tinha, como a grande condutividade térmica e as poucas cores.
O alumínio, hoje em dia é um material com ótimos comportamentos em relação
ao isolamento térmico e com uma gama de cores imensa (devido à poliamida).
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4.1.2. COBRE
O cobre é o metal, logo a seguir ao ferro, com maior utilização na indústria. Isto
deve-se à descoberta do estanho, que veio formar com o cobre a liga do bron-
ze, visto o bronze ser muito duro e resistente. É também um material com
abundância no Planeta.
As características do cobre são:
Duro, não quebra facilmente, extremamente dúctil, maleável e é um ex-
celente condutor;
Oxida em presença de ar atmosférico a temperaturas superiores a
500ºC (protege-se com uma camada de estanho), mas não reage com
a água;
Tem um ativo e desagradável cheiro quando esfregado com os dedos e
tem uma cor vermelha-alaranjada.
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4.1.3. CHUMBO
O chumbo é um metal não ferroso, de cor branca azulada e de intenso brilho
metálico, que existe em grande abundância na natureza. É muito utilizado em
lâminas finas para se escrever sobre elas e para purificar o ouro e a prata. Ao ar
seco não se altera, mas ao ar húmido oxida-se e forma uma camada de hidro-
carbonato de chumbo.
Características do chumbo:
É muito maleável e facilmente soldável;
Tem baixa resistência à tração;
Possui elevada resistência à corrosão e uma elevada densidade.
Aplicações do chumbo:
Baterias;
Bainhas de cabos elétricos;
Canalizações de gás;
Isolamento de som e vibrações;
Ligas de cobre e aço.
Tipo de metal
Características gerais dos materiais
não ferroso
Crómio É um metal duro de cor cinzento e que não oxida.
O estanho é um metal não ferroso, raro de se encontrar e que dificilmente
oxida. É de cor prateada com grandes reflexos amarelados, macio e muito
Estanho maleável.
Muito utilizado na proteção anticorrosiva de outros metais, através de sol-
das fusíveis.
O magnésio é um metal resistente, duro (difícil de partir) e muito leve, é de
cor branca-prateada, tem uma característica que arde quando sujeito a luz
Magnésio
intensa. Este metal não sofre alterações ao ar seco, mas ao ar húmido co-
bre-se de uma película.
O manganésio é um metal magnético, muito duro e quebradiço é de cor
Manganésio
cinzenta, da cor do aço.
É o único metal líquido à temperatura ambiente e pouco volátil. É de cor
Mercúrio
branca prateada e brilho intenso. Ao ar húmido cobre-se de uma película.
O níquel é um metal muito duro, leve e bastante maleável, de cor branca e
Níquel brilhante. Boa resistência à corrosão.
É aplicado como elemento de liga em aços e ligas de cobre.
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4.2.1. ALUMÍNIO
O alumínio desempenha várias funções na indústria hoje em dia, mas isto só se
tornou possível devido à adição de outros elementos à sua constituição e que
vieram conceder a este, boas características face à sua resistência.
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4.2.2. BRONZE
O bronze é uma liga metálica que mistura o cobre e o estanho. Esta liga é pou-
co oxidável, mas é muito dura. As percentagens de cobre e estanho variam
consoante a finalidade que lhe quisermos dar.
A principal característica da liga do bronze é ser muito duro, aumentando com a
percentagem de cobre.
4.2.3. LATÃO
O latão é uma liga metálica muito maleável e dúctil, que pode ser misturada ao
cobre e zinco. Esta liga resiste bastante bem à oxidação, apesar de ser muito
fina. Podemos também adicionar-lhe quantidades de chumbo de forma a torná-
la mais maleável. Já com adição de estanho diminuímos a capacidade de se
alongar, enquanto a adição de ferro faz o contrário, permitindo a esta alongar-se
mais.
O latão classifica-se em dois tipos:
Latões comuns (cobre e zinco) - têm boa capacidade de fusão e mol-
dagem; usados para fundição.
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6.1. COMPÓSITOS
O compósito é um material composto pelo menos por dois tipos de materiais
distintos, ou seja, estes materiais têm características diferentes, mas ao misturar
os dois tipos de materiais, o material originado tem uma composição que é im-
possível de se obter de outra forma.
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A fibra de vidro caracteriza-se por ser material composto por filamentos de vidro
muito fino e flexíveis. Quando juntamos resina obtemos a fibra de vidro. O mate-
rial reforçado com fibra de vidro é muito resistente à tração, ao impacto e à fle-
xão. É também muito leve e mau condutor de corrente elétrica.
6.2. PLÁSTICO
Os plásticos são materiais orgânicos sintéticos com grande maleabilidade e fácil
transformação, por ação de calor e pressão. Estes materiais dividem-se em dois
grupos:
Termoplásticos - têm como vantagem a versatilidade e facilidade de
utilização, não necessitando normalmente de máquinas e equipamen-
tos muito elaborados, podendo ser reutilizável por exemplo o PVC;
Termofixos - são polímeros, a sua fabricação provém de uma reação
química irreversível, não podendo ser reutilizáveis, por exemplo resinas.
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6.3. BORRACHA
A borracha é um material que resulta da adição de pigmentos e processos vul-
cânicos com intensidades diferentes. Temos dois tipos de borracha consoante
esta pigmentação:
A borracha que resulta da coagulação do látex da seringueira;
A borracha sintética que resulta dos derivados do petróleo.
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Como sabes há árvores que duram uma vida humana, sendo que o
seu crescimento pode ser de dezenas ou centenas de anos, de-
pendendo do tipo de árvore. O comum é uma árvore crescer cerca
de 12 cm por ano.
Para além do mais costuma-se dizer que os diversos anéis que
uma árvore tem, no interior do seu tronco (vista do seu corte), são
os seus anos de vida. Isto porque realmente os seus anéis corres-
pondem ao seu crescimento.
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Os nós são parte dos ramos que surgem a partir do caule da planta,
como poderás ver na imagem seguinte.
Figura 9.
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6.5. AMIANTO
O amianto é um material com elevada flexibilidade e com grande resistência
térmica (temperaturas até 1000ºC) e resistência à quebra (maior que os fios de
aço).
O amianto é um material derivado das fibras. Estas são muito finas e longas,
facilmente separáveis, com facilidade a produzir um pó de partículas muito pe-
quenas que se solta e flutua no ar. Sendo que este pó pode causar graves pro-
blemas de saúde.
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De seguida iremos estudar a estática dos materiais, ou seja o estudo dos cor-
pos que não se mexem, para melhor entender a reação destes corpos, a quan-
do, a aplicação de uma força nestes.
Figura 11. O primeiro corpo encontra-se no estado estático (parado) e o segundo corpo já se encontra no
estado dinâmico (movimento).
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A força é expressa em Newtons (N). Esta força é sempre aplicada segundo uma
direção, definindo um movimento, dado por uma linha de ação. Esta linha de
ação define o movimento do corpo ou o movimento que este deveria tomar.
Além desta linha, definimos também um ângulo, com base num eixo fixo na po-
sição central do corpo e a linha de ação que este vai tomar.
Por exemplo, um corpo que tem uma massa - m – e é aplicada uma força – F -.
A força – F – será a resultante da soma de todas as forças aplicadas neste cor-
po, então, para um corpo entrar em equilíbrio, a resultante das forças tem que
ser nula.
F ma
Onde:
F - força aplicada, em Newtons (N);
m – massa do corpo, em quilogramas (kg);
a – aceleração do corpo, metros quadrados por segundo (m/s2).
F R 0
Onde:
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F 0
F F1 ( F 2)
F 500 500 0
Logo, este sistema encontra-se em equilíbrio, pois verificámos a
condição.
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Esta vai criar uma tensão no corpo e pode ser calculada pela fórmula:
F
A
Onde:
é a tensão nominal em N/m2 ou Pa;
F é a força aplicada em N;
A é a área da secção em m2.
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Solução:
RESPONDE 0,25 N/m2.
Mais a frente poderás visualizar os diagramas, com base na aplicação das for-
ças e nas variações de comprimento do corpo, permitindo saber qual o ponto
limite de rutura.
Ou seja, vamos conseguir determinar o limite de força nominal (ou seja a tensão
nominal) que o corpo-de-prova consegue aguentar antes de se desfragmentar.
Como viste anteriormente, tensão nominal é calculada por:
F
A
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Assim com base nas duas fórmulas anteriores, temos dois dados
muito importantes para o estudo da deformação dos corpos.
Com a primeira podemos saber qual a força que vamos aplicar
sobre o corpo, quanto este vai suportar e por fim qual a deforma-
ção que o corpo vai sofrer.
O ensaio mede a resistência do corpo de prova por aplicação, de
uma força crescente de tração.
Aplica-se para quantificar as propriedades mecânicas do material,
tanto para seleção como para a sua classificação.
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Figura 15. Gráfico de tensão em função da deformação para diversos tipos de aço.
Sólido Sólido
O corpo fica
O corpo recupe- permanentemente
ra as suas di- deformado, recu-
mensões iniciais perando apenas
(comportamento parte da defor-
elástico). mação (compor-
tamento plástico).
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Alumínio 26,9 70 a 80
Bronze 83,2 98
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L F L
E
L0 A0 L0
F L0
L
E A0
Houve um matemático francês que resolveu estudar estes dois tipos de defor-
mações: transversal e longitudinal. O matemático em questão foi S.D. Poisson.
À relação descoberta, Poisson resolveu dar o seu nome, coeficiente de Poisson
( v ). Ele estudou a relação entre as deformações transversal e longitudinal, defi-
nindo o coeficiente da seguinte forma:
deformação lateral
v
deformação longitudinal
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A carga crítica de encurvadura (Pcr) faz com que a peça comece a encurvar e é
dada pela fórmula de Euler:
2 EI
PCR
L2f
PCR é a carga crítica em kN;
E é o módulo de elasticidade longitudinal do material em Pa.
I é o momento de inércia da secção transversal em m4.
Lf é o comprimento de encurvadura do corpo em m.
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Esta tensão é chamada de tensão normal máxima de flexão e pode ser calcula-
da pela fórmula:
M f c
f max
I
f max É a tensão normal máxima de flexão em Pa;
Mf é o momento fletor em Nm;
I é o momento de inércia da secção transversal em m4;
c é a distância máxima à linha neutra, linha central que atravessa o corpo.
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b h3
Retângulo (dimensões hxb) I
12
b h3
Triângulo (dimensões hxb) I
36
D3
Circulo (dimensões D) I
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A torção acontece quando uma peça sofre o efeito de torção, como podemos
ver na figura seguinte, o exemplo do aparafusar (a) e desaparafusar (b) de um
parafuso.
A torção, nos fios têxteis, é o número de voltas que o fio recebe em torno do
seu próprio eixo, por uma unidade de comprimento.
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8.10. FADIGA
A fadiga consiste em sujeitar um material a diversas cargas, de modo a dar-se a
rutura, sem que as tensões tenham ultrapassado a tensão máxima ou mesmo a
tensão limite de elasticidade.
Nestes materiais a tensão final é igual à tensão de rutura, uma vez que após o
ponto em que se dá a rutura o corpo não deforma mais. Deduzimos facilmente
também que a deformação que estes corpos sofrem até obtermos a sua rutura,
é muito menor que nos corpos mais rígidos.
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Aço 11,7
Magnésio 26,1
Cobre 16,7
F
Tensão no corpo O limite de rutura do corpo através da ten-
são.
A
L L0 L
Deformação ( ) Variação da deformação que o corpo sofreu
L0 L0
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Tipo de esforço
Fórmulas Explicação
sobre o corpo
A razão entre a tensão (ou pressão
F L0 exercida) e a deformação, sofrida
Módulo de
E pelo material.
Young (E) L A
deformação lateral
Coeficiente de v A relação entre as deformações
Poisson deformação longitudinal transversal e longitudinal
Fórmula de Euler
2 EI
(carga crítica de PCR A carga que faz com que a peça
encurvadura L2f comece a encurvar.
(Pcr))
A tensão tan- Força aplicada numa das extremi-
V
gencial ( ) ou dades da barra com sentido vertical.
força de corte A
M f c A flexão é uma tensão a que um
f max corpo está sujeito em ambas as
Tensão normal I extremidades
máxima de fle-
Se pensarmos numa viga, sujeita a
xão (TF) FL c
TF duas forças iguais/diferentes e sen-
4 I tidos opostos.
1 FL3
Módulo de elas-
E Flexibilidade do material
ticidade (E) 48 f I
A tensão de V
corte (ou tan- Aplicação da força cortante
gencial) A
Um veio sujeito a duas forças de
torção em ambas as extremidades.
Tensão normal c
máxima de fle- max Para que o veio esteja em equilíbrio,
as duas forças de torção têm que ter
xão J
sentidos opostos e a mesma inten-
sidade.
Tensões térmi-
cas
L L0 A variação dos corpos devido a
variações térmicas dos corpos.
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Estes ensaios são muito importantes, uma vez que nos dão informações que
podem ser utilizadas para melhorar a qualidade, em termos de serviço, e baixar
os custos relacionados com a produção. Nesse sentido é uma ferramenta que
se torna muito útil para qualquer empresa que queira tirar vantagem dos servi-
ços que presta.
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CONCLUSÃO
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RESUMO
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Classificação de Materiais
Metais Não-metais
Ferrosos Alumínio Naturais Sintéticos
Aço Cobre Madeira Vidro
Ferro Fundido Zinco Couro Cerâmica
Magnésio Borracha Plástico
Chumbo
Estanho
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AUTOAVALIAÇÃO
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SOLUÇÕES
1. c 2. c 3. d 4. c 5. d
6. a 7. a 8. b 9. d 10. d
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BIBLIOGRAFIA
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