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Objetivos comuns:
a) Aplicar o método ELECTRE I para determinar a melhor opção, usando limiares
de concordância e discordância1 de 60%.
b) Obter uma nova tabela de avaliação com valores normalizados para todos os
critérios segundo a regra a seguir indicada e procurar determinar os pesos que
reproduzam os resultados obtidos na alínea anterior:
gi
u g i = , s e n d o g o vetor das avaliações segundo um dado critério
m a x ∣g ∣
1 Serão aceites resoluções que façam apenas uso do limiar de concordância, com uma ligeira
penalização.
Temas por grupo
E, H - Localização de uma unidade de compostagem 2
Introdução
A eliminação de resíduos urbanos por incineração revela-se extremamente cara e
criadora de problemas de poluição atmosférica. O armazenamento em aterros acarreta
também problemas diversos. A recuperação de todas as fracções valorizáveis é assim
uma opção extremamente interessante, desejando-se a reciclagem de:
Matérias sintéticas
Vidro
Papel e cartão
Madeira e peles
2 Retirado do livro “Maystre, L., Pictet, J., Simos, J. Methodes multicriteres ELECTRE. Presses
Polytechniques et Universitaires Romandes, 1994.
Significado dos critérios
Preço do terreno: considerando que todos os custos associados à instalação da unidade
são invariáveis com a localização, apenas se considerou este aspecto que varia de
acordo com o valor comercial do terreno em cada um dos lugares.
Competição com outras vocações : Escala qualitativa que representa um possível uso do
terreno para outros fins. É um critério qualitativo dada a natureza hipotética das
alternativas ao investimento e foi obtida pela agregação de inquéritos diversos (os
maiores valores da escala correspondem aos locais com menor competição – trata-se
assim de um critério a maximizar).
O custo específico associado à compra do terreno foi calculado para um preço médio de
60 €/m2, com amortização de 4% ao ano e para uma área média de 38000m2,
resultando em 4 €/t
O custo específico do transporte foi obtido para uma média de 790 000 t.km/ano x 0,33
€ km-1 t-1, resultando em 11,4 €/t3
3 Os valores foram obtidos por conversão de Francos Suíços pelo que podem haver
pequenas discrepâncias.
independente da localização, obtêm-se as ponderações equivalentes para os diferentes
critérios:
Preço 15 a 35 25
Custo 35 a 55 45
Estado 20 a 4 10
Número 20 a 4 12
Competição 13 a 4 8
Tabela de avaliação
Critérios
A1 80 284 5 3,5 18
A3 67 413 4 5,5 17
A4 40 596 6 8,0 20
A5 20 1321 8 7,5 16
A6 54 734 5 4,0 21
A7 30 982 7 8,5 13
Introdução
A Seattle City Light (SCL) é uma companhia pertencente ao município de Seattle,
estado de Washington. Em 1992 a ponta do consumo era de cerca de 2000MW, satisfeita
em 5% através de uma central a carvão (central Centralia) , 49% com capacidade
própria hidroeléctrica e 46% por aquisições, na sua maioria da Bonneville Power
Administration. A SCL vendia uma quantidade significativa de energia a companhias no
noroeste e no sudoeste dos EUA, numa capacidade média de 165 MW, num ano típico.
O estudo em que se baseia este caso prático foi um problema hipotético de planeamento
para a SCL analisado por 12 pessoas, incluindo elementos da empresa: 3 ambientalistas,
2 elementos do planeamento de DSM, um analista de tarifas, 2 elementos do
planeamento de recursos e um elemento do planeamento de operações, e elementos
externos à empresa: um consultor de planeamento, um representante de um grupo
ambientalista e um gestor de uma empresa de carvão. O objectivo foi analisar um
conjunto de 12 portfolios de recursos a adquirir para o ano 2010, de acordo com um
conjunto de 12 critérios.5
A2. O mesmo que A1, mas com a queima de GN na Centralia durante o verão e 16
MW de DSM a 40 $/MWh.
A3. Uso de 20 $/ton CO2 para optimizar o mix de produção; 34MW de cogeração;
sem IGCC; 200MW FC; 27MW de DSM a 40 $/MWh.
4 Adaptado de Hobbs, B.F. e Meier, P.M. “Multicriteria methods for resource planning: an experimental
comparison”. IEEE Transactions on Power Systems, Vol. 9, No. 4, November 1994
5 Para este caso prático foram retidos apenas 8 critérios e 7 alternativas, por selecção dos critérios que
apresentavam menor correlação e das alternativas não dominadas.
6 Utility Cost Mix: Miz de opções do lado da oferta (centrais) e do lado da procura (DSM) com menor
custo à companhia.
A6. O mesmo que A8, mas, com 181MW de eólica e 50 MW de geotérmica e, vez de
NGCC.
A7. O mesmo que A5, mas, menos fiável (menos NGCC e GC), e com uso de gás
natural na Centralia durante o verão.
A8. O mesmo que A5, mas, com participação na 4ª interligação NW-SW e uso de
Gás Natural na Centralia durante o verão.
A9. O mesmo que A5, mas, com 181MW de eólica e 50MW de geotérmica em vez
de NGCC.
A10. O mesmo que A9, mas sem gás natural na Centralia durante o verão.
A11. Uso de 60 $/t CO2 para optimizar: 87MW eólica, 50 MW geotérmica, 115MW
NGCC, 200MW FC, 54MW de DSM com custos entre 40 e 50 $/MWh.
A12. Uso de 80 $/t CO2 para optimizar: 181MW eólica, 30 MW hídrica, 62MW
NGCC, 50MW geotérmica, 200MW FC, 81MW de DSM com custos entre 40 e
60 $/MWh.
C3. Emissões de NOx – O critério pode também ter valores negativos porque as
“exportações” causam a redução de emissões noutros locais. Deve ser
minimizado.
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8
Tabela de avaliação
a1 136,7 1,51 -3 4 96 0 0 0
a2 137,7 1,42 -3 0 93 0 0 0
Introdução
A gestão dos resíduos sólidos urbanos nos países em desenvolvimento é um problema
muito sério. Os recursos financeiros das municipalidades são reduzidos e as prioridades
são múltiplas. A escassez de mão-de-obra qualificada leva a uma exploração deficiente
de equipamentos, mesmo que sofisticados e importados de países desenvolvidos. A
transferência de modelos estrangeiros sem adaptação às realidades locais reduz também
a sua eficácia.
8 Adaptado do livro “Maystre, L., Pictet, J., Simos, J. Methodes multicriteres ELECTRE. Presses
Polytechniques et Universitaires Romandes, 1994.
•
C3.Higiene do trabalho e saúde pública : Critério avaliado a partir do número de
trabalhadores expostos a riscos sanitários (contacto com os resíduos) e a riscos
tecnológicos (explosões).
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7
% % % % % % %
ME 7 4 18 21 14 25 11
CUD 11 18 21 4 25 7 14
MS 5 14 25 22 18 5 11
SIAS 21 21 7 11 3 26 11
RECUP 14 7 21 18 25 11 4
UTIL 21 18 11 4 14 25 7
média 13 14 17 13 17 17 10
Tabela de avaliação
103 € €/ano
A1 74 6633 5 1 1 5 5
A2 94 6265 5 1 1 4 5
A3 231 5796 2 3 4 3 1
A4 318 5628 2 5 4 2 3
A5 566 6131 1 5 5 1 1
A6 318 6399 2 5 5 2 3
A7 9380 5092 1 2 1 3 1
A8 9380 4154 1 2 1 3 1
Pesos 13 14 17 13 17 17 10
. D - Gestão de resíduos domésticos e similares do Cantão de
Genève9
Introdução
Como gerir os resíduos domésticos de uma população de cerca de 400000 habitantes?
Será possível continuar com uma gestão do tipo incinerar tudo?10 Ao recusar em 1985 a
autorização para o aumento da capacidade da incineradora de Cheneviers, os deputados
obrigaram a administração a reflectir sobre estas questões.
Foi constituído um grupo de trabalho para propor uma nova política de gestão de
resíduos, composto por representantes do Cantão (Departamento de obras públicas,
Departamento de Economia Pública), das comunas (Associação de Comunas de Genève
e Cidade de Genève), e de associações opositoras à incineração (WWF, Sociedade para
a protecção do ambiente – SPE e Federação Romande de Consumidores – FRC).
9 Adaptado do livro “Maystre, L., Pictet, J., Simos, J. Methodes multicriteres ELECTRE. Presses
Polytechniques et Universitaires Romandes, 1994.
10 O caso remonta a 1985 quando a reciclagem ainda não era uma prática corrente.
11O estudo original incluía mais critérios. Para este caso prático retiveram-se apenas os
que não apresentavam grande correlação, para limitar o seu número.
•
C3.Necessidades em volume de descarga. Expresso em toneladas anuais de resíduos
ou de subprodutos que é necessário transportar. Critério a minimizar.
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8
d1 20 30 10 14 7 7 10 2
d2 16 29 6 8 11 11 4 15
d3 18 17 12 10 5 16 8 14
d4 16 25 3 10 16 16 6 8
d5 7 28 11 14 11 15 6 8
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8
A3 18,8 31 49,1 4 35 76 15 2
A4 19,2 94 67,3 2 82 73 8 5
A6 17,3 86 62,3 3 91 39 12 6
A8 39,4 -8 57,6 6 84 46 5 1
12 Para reduzir um pouco o problema em estudo, neste caso prático foram eliminadas alternativas
dominadas, mantendo-se contudo a numeração por uma questão de referência.
. A - Escolha de culturas para produção de biogás 13
Introdução
O biogás é uma fonte renovável de energia e contribui para a redução das emissões de
CO2. O biogás tem um impacte muito positivo no ambiente já que se produz menos
CO2 na sua combustão do que a usada por fotossíntese pelas plantas da qual for
produzido. A sua produção ocorre pela fermentação anaeróbica de matérias orgânicas
tais como: efluentes pecuários, efluentes domésticos, culturas energéticas, resíduos
orgânicos sólidos, etc.
Em termos tecnológicos, as culturas energéticas mais adequadas para climas temperados
são as ervas, o milho, o sorgo e legumes como o trevo branco, a ervilhaca e o tremoço.
Alguma literatura sugere ainda couve forrageira (repolho), girassol batateiro (alcachofra
de Jerusalem), miscanto (Miscantus sp.) e algumas ervas daninhas.
Para decidir entre as diferentes alternativas para uma fábrica de biogás, é necessária
informação económica para além da informação tecnológica. Para esse efeito foram
efectuados alguns cálculos com modelos da produção de culturas energéticas que
asseguram qualidade à informação necessária para os estudos subsequentes.
O objectivo passa assim pela avaliação da adequação de cada cultura para a produção de
biogás, respeitando vários critérios de análise. As alternativas em estudo incluem:
A1.Amarantáceas (Amaranthus)
A4.Sorgo (Sorghum)
13 Adaptado de Vindis, P. et al, “A multi-criteria Assessment of Energy Crops for Biogas Production”,
Journal of Mechanical Engineering. In press.
•
Significado dos critérios14
C1.Conteúdo energético – energia (térmica) obtida por hectare de cultura, após
produção do biogás.
C2.Razão Carbono-Azoto (C/N) – quanto maior for este rácio, menor impacte no
ambiente tem a produção agrícola associada.
Para todos os critérios qualitativos, uma maior pontuação corresponde à melhor opção
A natureza do método usado no estudo original não permitiu obter uma correspondência
exacta com pesos para os critérios retidos. Contudo, é referido que os pesos
estabelecidos tiveram como base uma ponderação de 54% para critérios económicos,
30% para critérios tecnológicos e 16% para critérios ambientais.
Assumindo também:
14 O texto original contém um número exageradamente grande de critérios, com forte correlação e
redundância. Foram retidos para este caso prático apenas os que parecem gerar conflituosidade e ter
relevância.
•
Em termos ambientais, C2, C6 e C7 devem ter o mesmo peso
Vem15:
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7
Tabela de avaliação
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7
[kWh/ha] [C/N]
Amarantáceas 13109 14,00 4 3 3 2 3
Girassol 18377 42,00 4 3 3 4 5
batateiro
Milho 37197 24,00 3 3 3 3 3
Sorgo 28020 30,00 3 4 3 2 2
Beterraba 20964 33,00 2 1 2 2 3
Girassol 20698 40,00 3 1 2 4 3
15 As condições acima podem ser traduzidas em equações e o resultado obtido por resolução do sistema
correspondente. O peso de um critério que seja contabilizando para diferentes objectivos deve ser
obtido pelo somatório da ponderação de várias parcelas, uma por objectivo.
. F - Centralização ou descentralização da compostagem na
região de Sierre16
Introdução
Na gestão dos resíduos sólidos, a gestão dos resíduos orgânicos corresponde a um
problema particular e importante:
16 Adaptado do livro “Maystre, L., Pictet, J., Simos, J. “Methodes multicriteres ELECTRE”. Presses
Polytechniques et Universitaires Romandes, 1994.
•
As alternativas encontradas são as seguintes:
A7.Sete centros de compostagem – um por cada uma das sub-regiões norte e sul, e
um por cada comuna da região central.
17 O estudo original incluía mais critérios. Para este caso prático retiveram-se apenas os que não
apresentavam grande correlação, para limitar o seu número.
•
C6.Facilidade de implantação. Critério avaliado qualitativamente a partir da área
necessária e da área disponível em cada local.
d1 12 26 20 10 8 19 5
d2 11 19 14 17 2 30 6
d3 10 30 16 14 4 22 4
d4 11 31 16 6 8 25 2
d5 9 24 13 5 5 29 15
Tabela de avaliação
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C8
k€ k€/ano k€/ano
A1 255 137 83 7 1 1 3
A2 281 145 83 5 3 2 3
A3 244 178 74 4 3 4 1
A4 268 129 92 6 2 1 3
A5 251 123 80 2 2 3 2
A6 245 159 76 3 3 4 1
A7 243 151 81 1 3 2 2