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ACADEMIA DE CIENCIAS

POLICIAIS

CONTA GERAL
DO ESTADO
CONTA GERAL DO ESTADO (CGE)

 A Conta Geral do Estado tem por objecto


evidenciar a execução orçamental e
financeira, bem como apresentar o resultado
do exercício e a avaliação do desempenho
dos órgãos e instituições do Estado,
conforme preceitua o artigo 45 da Lei n.º
9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o
SISTAFE.

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Sentido Contabilístico-Financeiro da CGE
Antes, é importante considerar os seguintes aspectos:
Prestação de contas

a) Entidades Públicas
Conta de Gerência (Instrumento)

Governo (MEF-CP) Tribunal Administrativo (CCA)

As entidades públicas prestam conta dos dinheiros públicos ao


Governo e ao Tribunal Administrativo, através das Contas de
Gerências.
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Sentido Contabilístico-Financeiro da CGE

b) Governo (MEF)

Conta Geral do Estado - CGE (Instr)

Assembleia da República Tribunal Administrativo

Por sua vez, o Governo presta contas ao Povo


representado pela Assembleia da República, usando como
instrumento, a CGE que é apreciada pelo Tribunal
Administrativo.
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ENQUADRAMENTO LEGAL

 Compete ao Governo, atrevés dos seus órgãos ou


instituições que integram o Subsistema de
Contabilidade Pública, elaborar a Conta Geral do
Estado (alínea f) do artigo 37 da Lei n.º 9/2002, de 12 de
Fevereiro), o Governo elabora a Conta Geral do
Estado;

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ENQUADRAMENTO LEGAL

 Ao abrigo do disposto no n.º 1 do artigo 50 da lei


anteriormente citada, o Governo deve apresentar
à Assembleia da República e ao Tribunal
Administrativo, até 31 de Maio do ano seguinte
àquele a que a referida conta respeita;

6 © Damião Cardoso
ENQUADRAMENTO LEGAL

 O relatório e Parecer do TA sobre a CGE devem ser


enviados à AR até ao dia 30 de Novembro do ano
seguinte àquele que a CGE respeite, nos termos do
preceituado no n.º 2 do artigo 50 já referido;
 Por seu turno, o n.º 3 do mesmo artigo 50 estabelece
que a AR aprecia e aprova a CGE na sessão seguinte
à entrega do Relatório e Parecer pelo Tribunal
Administrativo.

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Princípios e Regras da Elaboração da CGE

 A CGE deve ser elaborada com base nos princípios e


regras de contabilidade geralmente aceites;
 Deve reflectir a observância do grau de cumprimento
dos princípios de regularidade financeira, legalidade,
economicidade, eficiência e eficácia na obtenção e
aplicação dos recursos colocados à disposição dos
órgãos e instituições do Estado;
 A CGE deve ser elaborada com clareza, exactidão e
simplicidade, de modo a possibilitar a sua análise
económica e financeira. (art. 46)
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CONTEÚDO DA CGE

A CGE deve conter a informação completa relativa a:


a) Receitas cobradas e despesas pagas pelo Estado;
b) Financiamento ao défice orçamental;
c) Fundos de terceiros;
d) Balanço de movimento de fundos entrados e saídos
da Caixa do Estado;
e) Adiantamentos e suas regularizações
(artigo 47 da Lei n.º 9/2002)
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Estrutura da Conta Geral do Estado

A CGE apresenta 4 partes (Conforme o Manual de


Procedimentos para a Conta Geral do Estado), a saber:
1.ª Parte: Compreende o Relatório do Governo sobre os
Resultados da Execução Orçamental;
2.ª Parte: Os Mapas da CGE;
3.ª Parte: O Desenvolvimento das Despesas do Estado e
Operações Financeiras;
4.ª Parte: Os Anexos Informativos.
O detalhe desta estrutura encontra-se no artigo 48 da lei
10 do SISTAFE já mencionada.
Análise da CGE

No âmbito da análise da CGE, o Tribunal Administrativo


enceta as seguintes acções:
a) Análise dos relatórios trimestrais de execução orçamental;
b) Realização de auditorias sucessivas e concomitantes, com
vista à certificação dos dados constantes da CGE;
c) Após a recepção da CGE até 31 de Maio, efectua-se a
verificação da informação constante do documento e se
emite ao Governo, o Pedido de Esclarecimentos, caso haja
dúvidas, omissões ou aspectos a aclarar;

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Análise da CGE

d) Com base nos resultados de auditorias realizadas e


esclarecimentos dados pelo Governo e outras
informações adicionais, procede-se à aferição da
CGE;
e) Os resultados da análise da CGE são compilados em
um documento único que é o Relatório sobre a CGE
do exercício em análise;
f) O relatório produzido, na sua versão preliminar, o qual
após debatido em Sessão Plenária do Tribunal
Administrativo, é remetido ao Governo para efeitos
12 de contraditório;
Análise da CGE

g) Os comentários do Governo são apreciados e tomados


em consideração ou não, na redacção do Relatório
Definitivo;
h) Após a elaboração do Relatório Final o Tribunal emite
a sua opinião através de um Parecer, o qual faz parte
integrante deste Relatório. Este Relatório e Parecer é,
também, debatido em Sessão Plenária do Tribunal
Administrativo;
O relatório e Parecer já elaborados na sua versão
definitiva é remetido ao Governo e à Assembleia da
República nos prazos referidos nos slides anteriores.
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Auditoria no âmbito da CGE

Auditoria é um exame às demonstrações financeiras de uma


determinada entidade, com vista a emitir uma opinião sobre o
cumprimento das regras e politicas aplicáveis, na realização de
actividades dessa entidade;
O manual de procedimentos para a CGE define auditoria como
exame das operações, actividades e sistemas de determinada entidade
com vista a verificar se são executados ou funcionam em
conformidade com determinados objectivos, orçamentos, regras e
normas.
Nas entidades públicas é incumbida, ao Tribunal Administrativo, a
competência de fiscalizar o uso dos dinheiros públicos e a efectivação
da responsabilidade por infracção financeira. Essa fiscalização pode
ser: Prévia, Sucessiva e Concomitante.
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Auditoria no âmbito da CGE

 A fiscalização prévia efectua-se sobre os actos


administrativos antes da sua execução de modo a conferir
a sua legalidade (Exemplo: o visto sobre as nomeações,
contratos de fornecimento de bens, prestação de serviços
ou empreitada de obras públicas);
 A fiscalização sucessiva ocorre após a execução do acto
(auditorias);
 A fiscalização concomitante realiza-se no decurso da
execução dos actos, no contexto de acompanhamento da
realização de uma determinada actividade ou execução de
orçamentos.
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Auditoria no âmbito da CGE

No âmbito da CGE o Tribunal Administrativo realiza


as fiscalizações sucessivas e concomitantes, sob
forma de auditorias.
Estas auditorias realizadas pelo TA têm enfoques
diversos, pois elas podem desaguar em julgamento
das contas (conta de gerência) ou permitir a aferição
dos dados da CGE.
Os resultados destas auditorias são incorporados
nos relatórios e pareceres dos respectivos
exercícios económicos a que a Conta respeita.
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Relatório e Parecer sobre a CGE

O Relatório sobre a CGE é um documento onde


são reportados os resultados da análise da
CGE.
O parecer é o outro documento onde o Tribunal
Administrativo dá a sua opnião sobre as
demonstrações da actividade financeira do
Estado.
O Relatório e Parecer sobre a CGE são
elaborados em um documento único.
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Lembre-se que

No âmbito das competências a si atribuídas pelo disposto no


número 1 do artigo 1 da Lei Orgânica da Jurisdição
Administrativa (Lei n.º 24/2013, de 1 de Novembro), e nos
termos da alínea a) do número 2 do artigo 14 da Lei n.º 26/2009,
de 29 de Setembro, atinente ao regime relativo à organização,
funcionamento e processo da sua 3.ª Secção, o Tribunal
Administrativo deve apreciar, no contexto do Relatório e
Parecer sobre a Conta Geral do Estado, a actividade financeira
do Estado no ano a que a Conta se reporta, nos domínios
patrimonial, das receitas e despesas. Compete, ainda, a este
Tribunal, na sua qualidade de órgão de controlo externo das
finanças públicas, a efectivação da responsabilidade por
infracção financeira, de acordo com o estabelecido na alínea b)
do artigo 4 da lei orgânica anteriormente citada.
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Estrutura do Relatório e Parecer sobre Conta
Geral do Estado

Para uma melhor análise da informação, no Relatório e Parecer sobre a


CGE, elaborado pelo TA, este orgão estruturou a CGE em 11 Capítulos,
nomeadamente:
Capítulo I: Introdução;
Capítulo II: Âmbito da Conta Geral do Estado;
Capítulo III: Evolução dos indicadores Macroeconómicos;
Capítulo IV:Processo Orçamental;
Capítulo V: Execução do Orçamento da Receita;
Capítulo VI: Execução do Orçamento da Despesas;
Capítulo VII: Operações de Tesouraria;
Capítulo VIII: Movimento de Fundos das contas bancárias do Tesouro;
Capítulo IX: Operações Relacionadas com o Património Financeiro;
Capítulo X: Dívida Pública;
Capítulo XI: Património do Estado
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Visite a WebPage do TA e obtenha os
Relatórios e Pareceres da CGE

20
Visite a WebPage da DNO e obtenha
informação da CGE e dos REOs

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