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FACULDADE DE ENGENHARIA
Supervisionado por:
Chimoio, de de
Resultado:
Presidente:
Supervisor:
Examinador:
Estudante:
DECLARAÇÃO DE HONRA
O trabalho descrito nesta monografia é resultado de uma pesquisa original feita pelo autor,
com exceção das informações citadas constantes na referência bibliográfica, o material
presente nunca foi submetido parcialmente ou integralmente para a obtenção de qualquer
grau académico nesta ou em qualquer outra universidade.
Nome do Autor
i
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho em especial aos meus pais, pela persistência e pelo incentivo nos meus
estudos apesar das dificuldades. Aos meus irmãos, amigos, familiares e a todos que
contribuíram de alguma forma nesta caminhada.
ii
AGRADECIMENTOS
Agradecer em primeiro lugar a Deus, pela bênção concedida durante a caminhada com uma
vida próspera, com saúde, paz, amor e sabedoria.
Agradecer aos meus pais, José e Maria, pelo apoio moral, material e pela atenção que por eles
foi dada ao logo da minha vida. Por todo sacrifício que fizeram para manter os estudos, pelo
carinho e motivação nos momentos difíceis durante o percurso, pois eles tornaram tudo isso
possível.
Agradecer aos meus irmãos, pelo apoio dado, por me aturar em todos os momentos, Eurico
dos Santos, Artur José e Jéssica José. A todos que directa e indirectamente fizeram parte
desta caminhada que não foi fácil.
Aos docentes da UCM, que contribuíram para a minha formação em especial ao Engenheiro
Albertino Nassone Raiva pelo auxílio na escolha do tema e ao Engenheiro Gervásio Stefan de
Amorim Manjate pelo acompanhamento na realização do presente trabalho.
Aos companheiros Didieur Francisco, Edmilson Virgílio, Arsénio de Jesus, Denílson Banze
Naimo Narrane pelo apoio moral e emocional e pelo incentivo que me tem dado de forma a
progredir, tendo ajudado a superar todos as dificuldades ao longo do progresso.
Aos meus colegas: Sidney Xavier, Augusto Lulú, Aldo Olímpio, Assane Norberto e Noé
Bernardo pelo companheirismo e sua amizade.
iii
Índice Geral
DECLARAÇÃO DE HONRA....................................................................................................i
DEDICATÓRIA........................................................................................................................ii
AGRADECIMENTOS.............................................................................................................iii
Índice de figuras.......................................................................................................................vii
Índice de Tabela......................................................................................................................viii
Índice de Gráficos.....................................................................................................................ix
Lista de Abreviaturas.................................................................................................................x
Resumo......................................................................................................................................xi
Abstract....................................................................................................................................xii
Capítulo I. INTRODUÇÃO................................................................................................1
1.1 Introdução.........................................................................................................................1
1.4 Objectivo..........................................................................................................................2
1.5 Hipóteses..........................................................................................................................3
2.1 Introdução.....................................................................................................................4
iv
2.3.2 Desenvolvimento sustentável....................................................................................9
2.4.5 Sensibilização..........................................................................................................18
2.7 Conclusão.......................................................................................................................23
3.1 Introdução.......................................................................................................................24
3.3 Métodos..........................................................................................................................24
3.6 Conclusão.......................................................................................................................30
4.1 Introdução.......................................................................................................................31
v
4.2.1 Representação gráfica da curva de carga a partir do consumo de energia dos
últimos anos......................................................................................................................31
4.6 Discussão........................................................................................................................41
4.7 Conclusão.......................................................................................................................42
5.1 Conclusões......................................................................................................................43
5.2 Recomendações..............................................................................................................43
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................45
Referencias Bibliográficas......................................................................................................45
vi
Índice de figuras
Figura 1: Desempenho esquemático relacionado a parâmetros para se alcançar o
desenvolvimento sustentável. (Silva , 2008)............................................................................10
Figura 2: Fluxograma da gestão de energia na elaboracção de projecto. (Prof. Dr. Jose &
Prof. Dr. Luiz ).........................................................................................................................14
Figura 3: construção sustentável. (ARQUITETURA, Sustentabilidade na Construção Civil,
2012)........................................................................................................................................19
Figura 4: Construção sustentável. (Araújo M. A., 2014).........................................................20
Figura 5: Representacção de um processo de gestão de energia (EDS Norte, 2013)..............23
Figura 6: Panorama frontal da faculdade de engenharia (foto)................................................26
Figura 7: Região dos arredores da instituição (Google mapas)...............................................26
Figura 12: Sensor de presença para um circuito de 1200W incandescentes e 300W
fluorescente..............................................................................................................................36
Figura 13:Lâmpada de estado solido (LED) de 12W...............................................................37
Figura 14: Temporizador digital..............................................................................................38
vii
Índice de Tabela
Tabela 1: Descrição das cargas alimentadas pelo ramal 1.......................................................28
Tabela 2: Descrição das cargas do ramal 2..............................................................................29
Tabela 3:Descrição das cargas do ramal 3...............................................................................30
viii
Índice de Gráficos
Gráfico 1 de descrição do consumo de energia em KWh do ano de 2016...............................31
Gráfico 2 descrição do consumo de energia em KWh do ano de 2017...................................32
Gráfico 3 descrição do consumo de energia em KWh do ano de 2018...................................33
Gráfico 4 variacção do consumo de energia nos últimos anos................................................34
Gráfico 5 Indicador do retorno do investimento para iluminacção..........................................40
Gráfico 6 Indicador do retorno do investimento do sistema de Irrigacção..............................41
ix
Lista de Abreviaturas
EDM – Electricidade de Moçambique
MZN – Meticais
x
Resumo
A eficiência energética é uma medida eficaz para racionalizar o consumo de energia elétrica
tornando a energia sustentável. Esta pode ser obtida a partir da aplicação de fontes renováveis
de energia, bem como da incorporação de tecnologias no sistema eléctrico. A eficiência
energética é uma estratégia que vem ganhando espaço nos grandes debates sobre o futuro
sustentável da energia, pois esta ajuda na racionalização dos recursos energéticos disponíveis
enquanto procura-se novas fontes de energia que possam servir no futuro. O consumo de
energia tem afectado com maior impacto sector económico das empresas, o que nos leva na
realização do estudo de estudo de eficiência energética na UCM – Feng, cujo o actual
consumo de energia tem preocupado a entidade referente devido ao seu aumento de consumo
e as constantes subidas das taxas de cobrança de energia aplicadas pela concessionária. O
estudo em causa, visa identificar e analisar possíveis estratégias de eficiência energética
aplicáveis na instalação eléctrica, a viabilidade entre a iluminação artificial e natural,
automação no controle da iluminação e nos demais equipamentos possíveis de se
implementar de modo a reduzir de forma significativa o consumo de energia na instituição. O
estudo foi baseado na redução de custos no consumo de energia da instituição considerando
os aspectos sociais e ambientais, apresentando estratégias para a eficiência, fazendo
comparações necessárias para a aplicabilidade das propostas de eficiência. Como critério de
comparação, os custos da acção foram colocados frente a economia de energia e ao tempo de
retorno dos mesmos.
xi
Abstract
xii
Capítulo I. INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
A energia é uma fonte da qual o Homem tornou-se fortemente dependente, fazendo com que
este encontre formas de sobreviver a essa dependência, na qual tem como base no estilo
actual de vida sendo que esse não seria possível de desfrutar sem recursos energéticos. A
energia passou a ser de extrema importância no que diz respeito ao desenvolvimento actual
da sociedade.
Com o crescente aumento de consumo de energia eléctrica, a sua utilização sustentável tem
levado a enormes desafios para garantir a racionalização de recursos naturais no
abastecimento sustentável. Na tentativa de suprir a necessidade energética actual, surge o
termo eficiência energética destacando-se como uma solução viável para o uso racional da
energia, como este também oferece benefícios económicos, ambientais e sociais.
A eficiência energética pode ser obtida através de aplicacção de novas tecnologias, na qual
afecta de certa forma os hábitos do consumidor em relação ao seu consumo de energia, que
para maior rendimento deve ser feita uma sensibilização da prática desses hábitos,
contribuindo na conservação e racionalização da energia.
1
Como forma de garantir a sustentabilidade, a eficiência energética aparece como uma medida
que possibilita uma melhor gestão dos recursos energéticos. A aplicação da eficiência
energética em um sistema, torna-se relevante uma vez que pode produzir impactos de forma
positiva nos sectores económicos, sociais e ambientais, apresentando uma melhor gestão dos
recursos energéticos.
1.4 Objectivo
1.4.1 Objectivo geral
Estudar a eficiência energética na Universidade Católica de Moçambique – Faculdade
de Engenharia.
2
1.5 Hipóteses
A localização dos pontos focais no consumo energético e posterior alocação e
implementação de tecnologias no controle do consumo e das perdas no sistema
energético, irá auxiliar na redução das taxas de pagamento no consumo de energia
eléctrica.
3
Capítulo II. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Introdução
A energia eléctrica é uma forma de energia secundária que provem na sua maioria de
combustíveis fosseis como carvão, gás e petróleo, cujas reservas tem vindo a apresentar uma
redução. (Instituto Efort, 2012)
Portanto a eficiência energética constitui-se como uma oportunidade valiosa para as empresas
se afirmarem como parte da solução, com criação de valor real para o negócio e
simultaneamente para a sociedade e para o meio ambiente. (EDP - Energias de portugal,
2016)
4
Também pode ser definida como a obtenção de um serviço com baixo dispêndio de energia,
o que é um conceito muito relevante na actualidade. Não se trata da redução do serviço
energético, mas da redução do consumo de energia ou o uso eficiente e racional da energia
eléctrica. (FAPESP, 2010).
Eficiência energética, seria produzir mais com menor quantidade desse insumo, mantendo a
qualidade dos produtos e serviços e garantindo o conforto e segurança. Neste contexto pode
se dizer que eficiência energética significa optimizar investimentos no sector eléctrico,
reduzir custos para o país, empresas e consumidores, diminuir impactos ambientais,
fornecendo a modernização das empresas e do país. Para os consumidores, em suas práticas
comuns, eficiência energética consiste em evitar o desperdício e, consequentemente reduzir
custos, optar por aparelhos mais eficientes e optimizar o seu desempenho, ter uma actividade
consciente em relação ao insumo de energia. (Instituto Efort, 2012).
Reduzir a quantidade de energia necessária para a entrega de vários bens, serviços, havendo
uma mudança do conjunto de tecnologias de fornecimento de energias e recursos. O desfio
naturalmente, é reduzir o custo dessas novas tecnologias, ao mesmo tempo em que se supera
um grande número de outros obstáculos. (FAPESP, 2010)
Demanda de consumo, pode ser definida como energia utilizada, ou seja, o registro de quanto
de energia foi consumida em um período de tempo determinado, que para cálculo das
facturas utiliza-se o período de um mês. (Costa & Silva, 2002).
5
ampla adoção dessas tecnologias pelo mercado. Com avanços em armazenagem de energia e
tecnologias de conversão e na melhoria da capacidade de transmissão de electricidade a longa
distância poderiam fazer muito para expandir a base de recursos e reduzir os custos
associados ao desenvolvimento de energia renovável. (FAPESP, 2010).
A energia eléctrica é usada desde aparelhos mais simples como, lâmpadas, motores
eléctricos, até aos sistemas mais complexos que enceram diversos equipamentos como
automóveis e fábricas, equipamentos nos quais transformam formas de energia. Durante esse
processo, uma parte da energia transformada é perdida, e sempre perdida para o meio
ambiente, como exemplo, temos a lâmpada incandescente que possui uma eficiência de 8%,
ou seja, somente 8% da energia eléctrica usada é transformada em luz e o restante em calor.
(Instituto Efort, 2012).
A seleção de equipamentos tem sido um dos maiores problemas enfrentados devido a factores
económicos, pois este contribui demasiado para o desperdício de energia, se pode notar que
uma lâmpada incandescente que tem cerca de 8% de eficiência pode ser encontrada a preços
10 a 20 vezes menor que uma lâmpada fluorescente compacta produzindo a mesma
iluminação e com cerca de 32% de eficiência, pois apesar desta ser mais eficiente o factor
económico ainda faz com que alguns dos consumidores optem pela incandescente. Outra
fonte de desperdício de energia deriva do uso inadequado dos aparelhos e sistemas, exemplo,
uma lâmpada acesa em uma sala sem ninguém também é um desperdício, pois a luz não
estará a servir para o seu propósito. (Instituto Efort, 2012).
6
segurança e potencias conflitos geopolíticos que de outra forma possam surgir devido a uma
competição crescente por recursos energéticos irregularmente distribuídos. (FAPESP, 2010).
A energia tem demostrado ser chave para o alívio da pobreza, melhoria do bem-estar
Humano e para elevar padrões de vida, no entanto energia é apenas um meio para um fim.
Portanto, o grande dilema esta em alcançar o desenvolvimento sustentável, onde a sua
utilização é pré-requisito necessário para o desenvolvimento económico e social, enquanto a
produção e utilização e energia estão associadas com impactos adversos sobre a saúde
pública e do ambiente. (AGENCY I. -I., 2007)
7
cíclico e renovável. O uso intensivo de recursos hídricos é extensiva a terra e a produção de
resíduos como determinados padrões científicos, como medida de acção para a redução de
emissão de gases poluentes na atmosfera. (Agency, 2005).
O desenvolvimento económico e social, tende sempre a criar demanda por mais energia, em
países desenvolvidos o consumo chega a 10 mil kWh por pessoa, enquanto em países em
desenvolvimento, nos quais fazem parte da maior população mundial, o consumo é menor do
que 2 mil kWh por pessoa. Aspiração ao desenvolvimento da maior parte da população
mundial só poderá ser realizada se houver um aumento notável na eficiência do uso de
energia e na criação de novas fontes energia que sejam sustentáveis. O grande desafio do
seculo XXI, conforme reconhecido pelo protocolo de Kyoto em 1997, é conseguir um futuro
de energia sustentável, pois os padrões de recursos energéticos e de uso energia se mostra
prejudiciais para o bem-estar de longo prazo da Humanidade. (FAPESP, 2010)
O caminho que o mundo esta formando actualmente não é sustentável, a custos associados ao
uso intensivo de energia. Actualmente há uma grande dependência de combustíveis fosseis, o
que esta levando a degradação dos ambientes locais e regionais. Apesar do cenário actual
parecer sombrio, acredita-se que há soluções sustentáveis para o problema energético. Deve
se introduzir mecanismos que incentivam na aplicação de tecnologias que auxiliam na
eficiência energética e habitualmente compatíveis o quanto antes. (FAPESP, 2010).
8
A transição oportuna para o uso sustentável de energia também exigirá políticas para gerar
acções que optimizem as consequências macroeconómicas do uso de energia a curto e longo
prazo. (FAPESP, 2010).
9
Figura 1: Desempenho esquemático relacionado a parâmetros para se alcançar o
desenvolvimento sustentável.
10
Para o caso da acção urgente fica ressaltado quando as realidades ecológicas, imperativos
económicos e limitações de recursos que devem ser gerenciados nos próximos tempos, são
vistos num contexto das actuais tendências energéticas mundiais, prevê-se um aumento de
cerca de 40% do consumo do petróleo o que nos leva a um aumento de 55% nas emissões de
dióxido de carbono a nível mundial. Portanto, a chave para moldar o futuro da energia é
moldando o comportamento de cada um, consoante o seu estilo de vida e preferência.
(FAPESP, 2010)
Os indicadores têm como objectivo agregar e quantificar informações de uma maneira que a
sua significância fique mais aparente, sintetizando as informações mais complexas sobre um
determinado fenómeno melhorando sua informação. Diante da importância de mensurar a
sustentabilidade surge como questão estratégica, os indicadores de energia para o
desenvolvimento sustentável, fazendo com que estes sejam uma ferramenta importante para
alcançar o desenvolvimento sustentável. (AGENCY, Energy Indicators For Sustainable
Development: Country Studies on Brazil, Cuba, Lithuania, Mexico, Russian Federation,
Slovakia and Thailand, 2007).
Para definir quais indicadores tem importância deve-se considerar o ambiente, para além de
avaliar a realidade em questão. Quando um conjunto de indicadores é estabelecido, é
essencial que esses privilegiem as interações entre os componentes e suas dimensões.
(AGENCY I. -I., 2007).
11
Informações básicas sobre o indicador, incluindo a sua definição e unidade de
medição, definições alternativas, dados auxiliares necessários para o
desenvolvimento;
Relevância política, incluindo a finalidade e importância para o desenvolvimento
sustentável;
Descrição metodológica, incluindo definições e conceitos subjacentes, métodos de
medição, limitações e definições alternativas;
Avaliação de dados, incluindo os dados necessários para compilar o indicador;
Referências.
Dadas as diretrizes, faz-se necessário destacar a questão de como cada indicador irá
relacionar-se com a sustentabilidade energética, relação esta que se der de forma positiva a
partir do valor do indicador, cresça, o mesmo influencia positivamente a sustentabilidade
energética, mas se esta der de forma negativa quanto a sustentabilidade energética para que
os indicadores pudessem ser escolhidos realiza-se uma caracterização da localidade através
de levantamento bibliográfico e documental. (Camargo & Agudelo, 2004).
12
ocorre na implantação de microssistemas geradores de energias nas edificações. (Corcuera,
2010).
13
2.4.2 Gestão de energia
As tecnologias por si só não são suficientes se não adoptadas uma gestão de energia
adequada. A gestão de energia deve começar logo na fase de elaboração do projecto de
instalação e dos seus sistemas. Qualquer que seja o método de gestão de energia que venha a
ser utilizado a sua aplicação deverá passar por uma fase prévia que corresponde ao
conhecimento energético instalado. Deste modo permite conceber instalações com melhor
desempenho energético e escolher sistemas e equipamentos mais eficientes. Trata-se de uma
estratégia de conservação de energia por redução de necessidades futuras. No caso de
instalações já existentes a gestão de energia consiste na redução de consumos de energia
relativamente ao consumo actual. (EDS Norte, 2013).
14
Fonte: (Prof. Dr. Jose & Prof. Dr. Luiz ).
Em muitas situações esta pode conduzir a uma economia elevada nos custos do ciclo de vida
dos equipamentos utilizadores de energia. Para além da redução de custos associados à
factura energética, a utilização racional de energia, destaca-se na contribuição para a redução
das emissões de poluentes associadas à conversão de energia, e como impactos das acções de
utilização racional de energia temos: (BSCD portugal, 2013).
As tecnologias de eficiência energética que oferecem outros benefícios não energéticos que
não são oferecidos pelas alternativas do lado da oferta. Pois, são os benefícios não
energéticos que constituem os factores mais importantes na tomada de decisão da utilização
de tecnologias mais eficientes. (BSCD portugal, 2013).
15
2.4.4 Uso de fontes renováveis de energia
O uso de fontes renováveis de energia aparece como uma estratégia viável para a eficiência
energética assim como para o desenvolvimento da sociedade no geral. (Energias
Renováveis ).
O governo Moçambicano optou pelo uso das energias renováveis na sua campanha aprovada
pelo ministério de energia e recursos naturais, na estratégia de desenvolvimento de energias
novas e renováveis, incentivando a exploração de fontes renováveis de energia. Pois apesar
de Moçambique possuir enormes recursos energéticos ainda pouco explorados como carvão
mineral, gás natural, potencial hídrico e recursos renováveis como energia solar, eólica,
hídrica, geotérmica, fontes biomassa florestais e agrícola, e ao mesmo tempo Moçambique é
um dos países que apresenta níveis baixos de consumo de energia no sul da África.
(Ministerio Energia, 2010).
Energia solar – é uma energia obtida através de radicação do sol, a obtenção desse
tipo de energia pode ser feita de forma directa e indirecta. A radicação solar directa
pode ser aproveitada de diversas formas de diversos tipos de conversão, permitindo
seu uso em aplicações térmicas em geral, obtenção de forca motriz diversa, obtenção
de electricidade e energia química. (Universidade Évora).
Energia eólica – é a energia obtida pela acção do vento, ou seja, através do
aproveitamento da energia cinética contida no vento para produzir energia mecânica,
que pode ser transformada em energia eléctrica através de um gerador eléctrico.
Actualmente a energia eólica é utilizada para produzir electricidade. (Energias
Renováveis ).
Biomassa - é o aproveitamento energético que se pode fazer da floresta e seus
resíduos, bem como dos resíduos agropecuários e dos restantes da indústria alimentar
e do tratamento de efluentes domésticos e industriais, para produção de energia
eléctrica calorifica. Um dos aspectos mais apelativos da energia da biomassa é que
16
não contribui para o aumento do efeito estufa, desde que a biomassa seja colhida de
forma sustentável. (Energias Renováveis )
Energia das marés – esta é obtida através da energia cinética do movimento das ondas
que pode ser usada para por uma turbina a funcionar. A energia mecânica dessa
turbina e por sua vez, pode ser transformada em energia eléctrica através de um
gerador. (Energias Renováveis )
Energia geotérmica – provém do calor da terra é um recurso que pode ser aproveitado
em locais com actividade vulcânica, onde existam águas ou rochas a temperaturas
elevadas, zonas onde seja possível atingir extractos magmáticos. A produção de
electricidade é feita através de uma turbina movida a vapor de água, produzido pelo
aquecimento do interior da terra. Este tipo de energia é limpo, uma vez que não
produz qualquer tipo de emissão gasosa e é renovável, uma vez que é inesgotável.
Esta depende apenas do local onde se encontra, uma vez que as zonas vulcânicas são
mais propicias a utilização desta forma de energia. (Energias Renováveis )
17
É possível combinar os sistemas fotovoltaicos e a arquitetura em uma mistura harmoniosa de
design, ecologia e economia, podendo ser integrado em sistemas de fachadas, coberturas e
átrios. Os módulos fotovoltaicos podem ser incorporados no edifício verticalmente,
horizontalmente ou em ângulo e serem produzidas por media, de acordo com as dimensões e
os desejos do cliente. (Nuno Miguel, 2009)
2.4.5 Sensibilização
É importante informar ao consumidor final sobre as caraterísticas dos produtos e a influência
das suas escolhas na utilização do produto, pois um consumidor informado pode fazer uma
boa escolha fundamentada, promovendo assim o desenvolvimento de produtos que
contribuem de forma activa na redução de consumo de energia, optimizando a eficiência
energética e actividades de sustentabilidade para o uso benéfico de produtos desenvolvidos
com melhorias ambientais incluindo a sua eficiência energética, ao longo de todo o ciclo de
vida. (Vita Gabriel, 2005).
Pode-se observar que em muitos países desenvolvidos, existe um grande número de empresas
de construção preocupadas em diminuir o impacto associado as suas actividades, estratégias
estas que incluem desde o completo levantamento de todos os resíduos produzidos até o total
reaproveitamento de tudo o que é gerado. É importante ressaltar que vários são os sectores
que podem participar activamente na materialização das propostas de habitação sustentáveis.
É essencial o envolvimento de todos nesta busca, por isso, é necessário ir a fundo na
sustentabilidade energética, assim como na construção sustentável, para termos no futuro
habitações mais eficientes e com valor acessível a população. (ARQUITETURA,
Sustentabilidade na Construção Civil, 2012).
18
Busca-se mostrar possibilidades para a construção de habitações de baixo custo económico e
com uma classificação socio – ambientais eficientes ao que se aplica a construção assim
como a sua manutenção. Com isso, a necessidade de identificar matéria-prima existente que
não agridam o meio ambiente, verificar o seu benefício para o meio ambiente, assim como há
necessidade de se verificar os preços aplicados a eles. (Araújo M. A., 2014)
19
A construção sustentável, num ideal de perfeição, deve visar sua auto - suficiente e até a sua
autossustentabilidade, que é o estado mais elevado da construção sustentável. Para atingir
uma construção sustentável, é importante pensar e atuar de forma holística, sem dividir e
decompor em partes estanques e separadas o que se propõe para a edificação, contudo trata-se
de criar a cultura da sustentabilidade no seio da própria sociedade. (Araújo M. A., 2014)
De acordo com (Araújo, 2010), não é possível discutir sustentabilidade sem observar que tipo
de cidade esta sendo erguida. E cada cidade tem suas características e seus problemas. Cerca
de 75% dos recursos naturais extraídos da terra vão acabar em obras da construção civil.
Para um material ser considerado sustentável, não basta ser reciclável. É preciso que esta
também atenda a responsabilidade social e ambiental. A redução do consumo energético nas
edificações que abrigam ambientes de trabalho pode ser obtida mais expressivamente na fase
de projecto e construção quando as oportunidades de elaboração e implementação de
diretrizes técnicas nesse sentido são maiores e mais amplas. E nas edificações já existentes,
que não foram concebidas sob princípios sustentáveis, é possível racionalizar o consumo de
energia adotando soluções viáveis em termos de eficiência energética. A figura representa um
tripé de sustentabilidade energética nos seus domínios. (Araújo M. A., 2014)
20
Figura 4: Construção sustentável.
A gestão energética pode ser compreendida em duas vertentes: Gestão dos recursos
energéticos, que tem como objectivo a racionalização da produção de energia, esta
compreende deste a gestão do consumo de energia até a utilização eficiente de energia,
aumento do rendimento das conversões, recuperação de calor, inovação de tecnologias; e a
gestão no consumo racional de energia que compreende as aplicações específicas da
electricidade, escolha racional da forma final de energia, escolha dos períodos favoráveis para
o consumo de electricidade. (horas de vazio). (Prof. Dr. Jose & Prof. Dr. Luiz ).
A maneira como utilizamos a energia que dispomos, é uma questão chave no processo de
gestão e por isso o aumento da eficiência energética, é entendida no sentido de produzir tanto
quanto possível com recursos energéticos limitados. (Vita Gabriel, 2005)
21
Gerir energia com eficiência é hoje em dos maiores desafios enfrentado pela sociedade.
Ainda são desconhecidas soluções a longo, medio e curto prazo, faz-se a busca por fontes
alternativas, com destaque nas energias renováveis e buscando a eficiência das energias
disponíveis. (Sousa, 2011).
Este deve ter conhecimento de tecnologias e acções a empreender para poupar energia, e um
profundo entendimento do ponto de vista técnico, energético e financeiro de todos os
edifícios e instalações a gerir. Um gestor deve ter as seguintes funções. (Emerbuilding,
Energy efficiency, 2013):
Auditoria ao consumo energético – deve ser feita uma auditoria periódica ao consumo
dos edifícios, para traçar possíveis estratégias de optimização e com isso permitir
detetar as áreas mais relevantes de consumo;
Auditoria do estado do equipamento – deve acompanhar as ações de manutenção
normal ou extraordinária dos edifícios, mantendo um registo histórico das
intervenções de manutenção concretizadas;
Divulgação de uma cultura de poupança – o gestor de energia deve fomentar e
sensibilizar a utilizadores dos edifícios para uma atitude racional na utilização de
energia com vista à redução de consumos.
22
figura seguinte apresenta uma metodologia para a execução de um processo de gestão de
energia, direcionado especialmente para instalações já existentes. (EDS Norte, 2013).
2.7 Conclusão
Neste capítulo foram apresentadas conceitos e definições referentes a eficiência energética,
estratégias para a obtenção da eficiência, estabelecendo parâmetros em cada uma delas, de
modo a garantir a sustentabilidade pretendida para o caso de estudo em questão. A eficiência
energética esta vinculada ao desperdício de energia, havendo dessa forma a necessidade de
procurar alternativas de modo a reduzir ao máximo o desperdício conciliando estratégias para
obtenção da maior eficiência dependendo do local onde se pretende aplicar. Para o caso de
edifícios, ainda concepção projecto, deve se avaliar as estratégias de eficiência a serem
aplicadas e para edificações já existentes procura-se implementar estratégias de modo a
reduzir o consumo de energia.
23
Capítulo III: MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Introdução
O estudo foi conduzido num período compreendido de fevereiro de 2019 a junho de 2019 na
Universidade Católica de Moçambique extensão de Engenharia referente ao consumo de
energia eléctrica na instituição. Neste capítulo são apresentados todos os materiais usados
para a realização do estudo e os métodos aplicados, referente ao tipo de pesquisa a ser
realizado. A descrição do objeto de estudo, com vista a ter um conhecimento geral do local
em questão apresentando todos os dados fornecidos para a pesquisa.
Também foi de grande auxílio a utilização do programa Microsoft Office Excel que
contribuiu na elaboração de gráficos que facilitaram na análise do consumo de energia.
3.3 Métodos
O presente trabalho foi realizado a partir da consulta bibliográfica sobre a eficiência
energética em edifícios institucionais. De seguida realizou-se a recolha de dados no edifício,
para tal foram necessárias visitas constantes a instituição durante o período da realização do
trabalho. E por fim a compilação, análise e interpretação de dados e elaboração de um parecer
final do trabalho.
O método teórico utilizado para a abordagem da pesquisa, foi recomendado para estudo do
género, pesquisa visa identificar, analisar factores a variáveis relacionadas ao processo.
Tratando-se de um estudo de caso de uma realidade vivida actualmente, aplicou-se o método
quantitativo descritivo de pesquisa, onde apos feita a coleta de dados, é realizada uma análise
24
das relações entre as variáveis para posteriormente determinar os feitos resultantes em um
sistema de produção, empresa ou produto.
O edifício localiza-se na avenida liberdade 265, C.P. 261, Chimoio – Moçambique, próximo
a Escola Primaria Completa Amílcar Cabral e a igreja Católica.
Esta está distribuída em sectores e departamentos, dispõe de 25 salas de aulas dentre as quais
algumas de informática, laboratórios de pesquisa, biblioteca e também de um campo. Para
suprir a necessidade energética existente na instituição, a concessionária energética
Electricidade de Moçambique (EDM), que fornece em média tensão a energia necessária.
25
Figura 6: Panorama frontal da faculdade de engenharia
Fonte:(Portal da UCM-Feng)
26
3.5 Apresentação de dados
3.5.1 Caracterização da Carga
A faculdade de engenharia é alimentada pela concessionária através de um poste de
transformação em média tensão. Este de seguida é feira a sua distribuição pela faculdade
através de 3 ramais nas quais cada uma dedica-se especificamente a um
compartimento/Edifício das quais a oficina de serrilharia e mecânica; oficina de electricidade
e o terceiro dedica-se as demais actividades realizadas no recinto.
A divisão em ramais faz com que a actividade realizada em um dos sectores não cause
distúrbio nos restantes principalmente para o ramal que alimenta o edifício principal, pois
actividades geradas nas oficinas podem causar oscilações constantes afectando o desempenho
do outro sector.
Ramal 1
Potência Total
Tipo de Carga (W) Quantidade (W)
Computadores 400 100 40000
Estufa 1000 2 2000
Micro-ondas 1550 1 1550
Vacum Brand 414 1 414
Nabertherm 1500 1 1500
Destilador 3550 2 7100
Lâmpadas 36 205 7380
J.B Selecta 700 1 700
Start Industrial 2618 1 2618
Incubadora 750 1 750
Top safe 1400 1 1400
Geleira 800 2 1600
Centrifugadora 250 1 250
Mini Shaker 50 1 50
27
WWR 250 1 250
Precistem 230 1 230
Spetrophtometer 20 1 20
Fogão forno 3100 1 3100
Chomecuter 1600 1 1600
Forno 1400 1 1400
Secador 600 1 600
Fogão 3400 2 6800
Geleira 1010 1 1010
Fogão Híbrido 2610 1 2610
Condicionador de Ar 1600 14 22400
Impressoras 550 20 11000
Fotocopiadoras 1600 3 4800
Luminárias Exteriores 266 8 2128
Servidores 150 10 1500
Bombas de Água 896 5 4480
Total 143240
Tabela 1: Descrição das cargas alimentadas pelo ramal 1
Fonte: (UCM-Feng)
28
Ramal 2
Potência
Tipo de Carga (W) Quantidade Total (W)
Lâmpadas 36 36 1296
Máquina de
Torno 1500 2 3000
Refinel 1800 1 1800
Trimtech 2500 4 10000
Solda 6600 1 6600
Machine 1500 2 3000
Maskiner 650 1 650
Máquina de
soldar 7700 1 7700
Ventiladores 38 8 304
Iluminação
exterior 375 5 1875
Total 36225
Fonte: (UCM-Feng)
29
Ramal 3
Potência
Tipo de Carga (W) Quantidade Total (W)
Lâmpadas 89 36 3204
Computadores 400 8 3200
Condicionador de
ar 875 1 875
Roteador 150 1 150
Total 7429
Fonte: (UCM-Feng)
O ramal 3 não possui cargas pontuais para além da iluminação, portanto seu potencial
consumidor seriam as luminárias. Estas possuem um consumo de 480,6 kWh para iluminação
e 787,5 kWh para a iluminação exterior, totalizando um consumo de 1.268,1 kWh.
3.6 Conclusão
Como materiais utilizados para a realização do trabalho destacam-se as facturas de consumo
de energia referente aos últimos 3 anos, a especificação dos equipamentos que permitiram o
levantamento de carga para a determinação do consumo de energia e identificar os principais
pontos de consumo que com o auxílio do Microsoft Office foi ilustrar a partir de gráficos a
analise do consumo de energia por ano. Pelo método foi analítico possível analisar e
interpretar a relação entre os dados das variáveis.
30
revisão bibliográfica de modo a determinar qual estratégia e em que área de consumo deve
aplicar os métodos de eficiência. Faz-se a interpretação dos resultados obtidos apos feita a
analise de todos os dados, em relação as estratégias apresentadas de modo a obter uma
melhor eficiência do sistema.
14
12 11.755
10.946 10.987
0
ri l t o
br
o ro ro lh
o
nh
o
ai
o
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t
De F N
31
O registo de variação no consumo é maior que o menor consumo registado durante o ano
apresentando um consumo duas vezes maior no mês de pico comparativamente ao mês de
menor consumo.
14
11.926
12
10.941
10.502 10.281 10.606
10 9.668 9.398
8.888
8 7.751 7.927
6.178
6 Total
3.93
4
0
ril to br
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De Fe No Se
O consumo de energia para o ano de 2017 regista um ligeiro aumento no valor máximo do
consumo de energia que também foi registado no mês de abril 2%, assim como registou uma
redução de 20% no mês de fevereiro. Contudo para o ano de 2017 o consumo de uma média
anual inferior ao de 2016, mas apresenta um consumo moderado em todos os meses do ano,
descartando os valores dos extremos, este não apresenta declives na sua variação.
32
14
12.162 12.434
12 11.315
10.154
10 9.54
8.9 8.89 9.07
8.476
8 7.731
6.923
6 5.555
Total
0
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o
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o
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o
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De F No
33
consumo 2016 consumo 2017 consumo 2018
14
12
10
0
l o o
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o
co ri ai
o o
st ro o o ro
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N D
O factor temperatura não influencia de forma activa no consumo de energia. Focando nos
meses em que a faculdade se encontra em total funcionamento, para os meses de Marco;
Abril; Maio; Junho; Setembro; Outubro e Novembro, verifica-se que o primeiro semestre
possui um consumo elevado em relação segundo semestre.
Reparando aos meses de menor consumo, em que a faculdade não esta em funcionamento
total, observando os meses de janeiro; fevereiro; julho e dezembro, mas precisamente nos
meses de fevereiro e julho, nesse período a maior parte do consumo de energia é direcionada
aos serviços da oficina, portanto mais de 60% da energia consumida nesse período e
destinada a oficina, portando as actividades realizadas nesse sector possuem grande
relevância no que tange a variação no consumo de energia.
34
4.3.1 Estratégias de eficiência na iluminação
Para uma adequação das estratégias de eficiência na iluminação, utiliza-se um conceito de
iluminação tarefa, o que é um tipo de iluminação voltada para áreas onde são realizadas cada
tipo de tarefa. Para obter um uso eficiente de energia na área de iluminação, analisa-se
especificamente o que se pode projectar utilizando novas tecnologias como sensores de
presença, fotocélulas, entre outros.
A utilização dos sensores de presença tem como vantagens a possibilidade de não utilizar
interruptores acarretando menos circuitos instalados, menos condutores e assim mais
economia na instalação. O dispositivo oferece uma economia de energia de até 75%,
comanda qualquer tipo de lâmpada com soquete E27, o tempo é regulado numa ordem dos 30
segundos no mínimo e 15 minutos no máximo ajustado através de um trimpot. A potência de
comando do dispositivo é dada em: 127/220V – Incandescente 100W e para Fluorescentes,
Eletrónicas LED até 48W.
35
Figura 8: Sensor de presença para um circuito de 1200W incandescentes e 300W
fluorescente.
Uma lâmpada incandescente, possui uma vida útil de 1000 horas e uma fluorescente de
10.000 horas, a LED rende entre 20.000 e 100.000 horas de uso ininterrupto. Isto é, apenas
em termos de durabilidade a LED já é equivalente em média a 50 lâmpadas comuns, isto
traduz-se em muito menos trocas de lâmpadas, e consequentemente menos geração de lixos.
Uma lâmpada incandescente converte apenas 5% da energia eléctrica que consome em luz.
As lâmpadas LED convertem até 40%, uma eficiência que se traduz em economia, uma vez
que um LED de 12W ilumina tanto quanto uma lâmpada incandescente de 100W.
Esta redução no desperdício de energia não só traz benefícios evidentes ao meio ambiente,
como também nas facturas de energia.
36
Figura 9:Lâmpada de estado solido (LED) de 12W.
Existem dois tipos de ventilação, natural e forçada. Estas diferem nas temperaturas e pressão
entre as divisões do edifício o que promove em grande escala a ventilação natural, renovando
o ar, sendo necessária apenas aberturas exteriores que permitem uma circulação de ar entre as
divisões opostas, desta forma criando pontos de luz natural. A ventilação forçada, promove a
renovação de ar entre os espaços em que não é possível utilizar a ventilação natural, não
havendo fontes de luz natural.
37
água pode ser entendida de diferentes formas, por um projecto do sistema para economizar a
energia, por manutenção adequada do equipamento ou por mesmo por um controle otimizado
do sistema.
Para o caso das bombas de água, este permitirá definir o tempo necessário de funcionamento,
evitando o uso desproporcional a necessidade, garantindo o não desperdício no consumo de
energia, assim como no consumo de água, tudo isso refletindo no custo das facturas, sendo
mais eficiente que o controle manual feito actualmente.
38
4.3.2.2 Implementação de um sistema de rega
O sistema de rega é um processo de fornecimento de água no solo com objectivo de melhorar
as condições de vegetação das plantas cultivadas. A faculdade dispõe de um campo dedicado
a plantação de hortas desfrutado pelos estudantes dos cursos de ciências agrarias, actualmente
o sistema de rega usado e o sistema de rega tradicional que consiste em encher os regadores
de água e faze-los manualmente. Este sistema não só afecta no consumo de energia, como
também prejudica a os cultivos la existentes, pois os campos nem sempre são mantidos ao
nível de humidade desejado.
O sistema de rega deve permitir com que a eficiência das bombas de água, pois este permite
maior controlo das bombas de água, quanto ao tempo de uso como também na gestão de água
nos campos, garantindo uma maior eficiência e rendimento no consumo de energia e na
gestão dos campos.
Na iluminação optou-se pela utilização de três tipos de lâmpadas para substituir as existentes,
mantendo o nível de iluminação desejado. Das 330 lâmpadas, temos três tipos de lâmpadas
respectivamente, 16W, 12 de 33W e 5 de 145W, todas de material LED (lâmpadas de estado
sólido),que tem como finalidade substituir as lâmpadas existentes actualmente, associada aos
sensores de presença e o maior aproveitamento ventilação natural, para auxiliar na gestão dos
do consumo de energia no que tange ao sector da iluminação, o que vai proporcionar uma
redução de 3387,18 kWh/mês.
39
A iluminação representa um consumo bastante significativo referente as cargas pontuais,
representado uma redução de 27,6% repartidos no rendimento de cada um dos tipos de
lâmpadas usadas na instalação do edifício, o que garante uma redução na economia de
13.751,95 MZN/mês. O investimento necessário é de aproximadamente 453.230,50 MZN. O
investimento que trará retorno em 2 anos e 7 meses.
Investimento Rendimento
900000
800000
700000
600000
500000
400000
300000
200000
100000
0
ano 1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5
40
Investimento Rendimento Series3
80000
70000
60000
50000
40000
30000
20000
10000
0
ano 1 ano 2 ano 3 ano 4 ano 5
4.6 Discussão
Da análise dos dados colhidos face as estratégias propostas para melhorar a eficiência do
sistema, estas apresentam resultados positivos pois garantem uma redução de consumo de até
30% do consumo energético.
A aplicação adequada das estratégias, pretende obter uma maior eficiência energética,
racionalizando todos os recursos envolvidos nesse processo e garantindo um bom
funcionamento de cada equipamento no sistema.
Dessa forma a aplicacção das estratégias de eficiência, tem maior influência nas cargas de
maior impacto no consumo energético, sendo essas as cargas com maior impacto na análise
de redução do consumo de energia eléctrica.
41
de mensurar, não sendo possível obter com precisão valores exactos, ficando apenas com
uma referência de possíveis ações a serem realizadas.
4.7 Conclusão
Feita analise de dados e das possíveis estratégias aplicáveis para a obtenção de eficiência, o
sector de iluminação apresentou um grande potencial tanto na redução do consumo de
energia, quanto na análise da viabilidade económica, oferecendo uma redução de 3387,18
kWh/mês equivalente a 26,7 %, de redução do consumo actual de energia. Para o sistema de
distribuição de água, a implementação das estratégias propostas, oferece 2,4 % no consumo
total de energia na instituição, oferecendo uma redução significativa de 300 kWh/mês. Com a
aplicação das estratégias propostas a faculdade irá obter uma redução de até 30% no actual
comparativamente ao consumo actual de energia. A Universidade Católica de Moçambique –
Faculdade de Engenharia apresentado uma carga total de 186.894 kW, com uma curva de
carga do sistema registando como extremos no consumo da energia 3.93 kWh referente ao
mês de fevereiro de 2017 e 12.162 kWh no mês de abril de 2018, observando a curva carga,
foram apresentadas estratégias para melhorar a eficiência do sistema.
42
Capítulo V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1 Conclusões
A eficiência energética esta vinculada ao desperdício de energia, havendo dessa forma a
necessidade de procurar alternativas de modo a reduzir ao máximo o desperdício conciliando
estratégias para obtenção da maior eficiência dependendo do local onde se pretende aplicar.
Para o caso de edifícios, ainda concepção projecto, deve se avaliar as estratégias de eficiência
a serem aplicadas e para edificações já existentes procura-se implementar estratégias de modo
a reduzir o consumo de energia. A realização do trabalho teve como ferramentas as facturas
de consumo de energia referente aos últimos 3 anos, a especificação dos equipamentos assim
como o auxílio do programa Microsoft Office Excel que contribuiu na ilustração de dados a
partir de gráficos, facilitando analise do consumo de energia por ano, que pelo método foi
analítico possível analisar e interpretar a relação entre os dados das variáveis. De seguida foi
feita a descrição do objeto de estudo destacando a região esta encontra-se localizada, a
apresentados todos os dados usados para a realização do trabalho, permitindo a realização de
uma análise detalhada dos dados de modo a identificar estratégias para o melhoramento da
eficiência, avaliando as possíveis estratégias aplicáveis. O sector de iluminação apresentou
um grande potencial tanto na redução do consumo de energia, quanto na análise da
viabilidade económica, oferecendo uma redução de 3387,18 kWh/mês equivalente a 26,7 %,
de redução do consumo actual de energia. Para o sistema de distribuição de água, a
implementação das estratégias propostas, oferece 2,4 % no consumo total de energia na
instituição, oferecendo uma redução significativa de 300 kWh/mês. Com a aplicação das
estratégias propostas a faculdade irá obter uma redução de até 30% no actual
comparativamente ao consumo actual de energia.
5.2 Recomendações
A proposta final do trabalho tinha como base a redução do consumo de energia eléctrica da
instalação realizando alguns ajustes técnicos na mesma. Ajustes estes que compreendem a
aplicacção das estratégias de eficiência propostas de modo a satisfazer a redução de consumo
de forma considerada.
43
Outro aspecto de extrema importância seria a verificação do sistema de faturação usado na
EDM, quanto ao tamanho do transformador usado na Feng, pois uma possível redução da
potência deste poderia também traduzir-se uma redução no valor da factura paga por parte da
Feng à EDM.
44
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Referencias Bibliográficas
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Ed.) São Paulo: Páginas & Letras - Editora e Gráfica.
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brasileiros e dos municípios da Paraíba. Campina Grande: SEBRAE.
Prof. Dr. Jose & Prof. Dr. Luiz . (n.d.). Gestão de Energia. Engenharia de Gestão.
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Vasconcelos, A. C. (2010). Análise da Sustentabilidade entre Municípios do Brejo
Paraibano : uma aplicacção do Índice de Desenvolvimento Sustentável Municipal.
IDSM.
47