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AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO ELÉTRICA DE UMA TURBINA TURGO

LEWIS DE JESÚS PEREZ OCHOA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE BOLIVARIANA


ESCOLA DE ENGENHARIA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
SECIONAL BUCARAMANGA
2019
AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO ELÉTRICA DE UMA TURBINA TURGO

LEWIS DE JESÚS PEREZ OCHOA

TRABALHO DE GRAU COMO REQUISITO PARA OPTAR PELO TÍTULO DE


ENGENHEIRO MECÂNICO

DIRETOR:
EMIL HERNÁNDEZ ARROYO
ENGENHEIRO MECÂNICO
M.SC. CONTROLES INDUSTRIAIS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE BOLIVARIANA


ESCOLA DE ENGENHARIA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
SECIONAL BUCARAMANGA
2019
NOTA DE ACEITAÇÃO

_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________
_________________________________

_________________________________
ASSINATURA DO DIRETOR

_________________________________
ASSINATURA DO JÚRI

_________________________________
ASSINATURA DO JÚRI
DEDICAÇÃO

Dedico este projeto principalmente a Deus por me dar sabedoria, paciência e força
para me guiar ao longo da conclusão deste projeto de graduação, aos meus pais
Lacides De Jesús Perez Pinto e Nancy Rosario Ochoa Granadillo que são minha maior
fonte de orgulho e inspiração e são a peça fundamental para que isso fosse possível,
aos meus irmãos Lacides, Leiner e Elaine Perez por me darem todo o apoio
incondicional, aos meus amigos que foram parte fundamental na realização do
projeto e, por fim, a todas as pessoas que indiretamente ajudaram a tornar isso
acontecer.

(Perez, Lewis)
OBRIGADO

Agradeço principalmente a Deus por me dar a vida e me permitir chegar até aqui e assim
poder alcançar um dos meus principais objetivos na vida.

A la Universidad Pontificia Bolivariana Seccional Bucaramanga por ser mi alma mater


ya toda su comunidad de profesores destacando principalmente la labor de mi
director de proyecto, el ingeniero Emil Hernández, por la ayuda recibida tanto en
conocimientos como en orientación durante todo el trascurso de la realización do
projecto.

Agradeço a todas as pessoas que estiveram direta ou indiretamente envolvidas com o


projeto realizado, sua ajuda foi essencial para alcançarmos esta conquista.

Por fim, obrigado a todas as pessoas que conheci ao longo da minha carreira e que
contribuíram para alcançar a pessoa que sou hoje.
Contente
INTRODUÇÃO ................................................. .................................................. ..9
1. OBJETIVOS............................................. . ................................................. . ..14
1.1. OBJETIVO GERAL ................................................ .................................14
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................ .....................14
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................. .. ...........................................quinze
2.1. TURBINAS HIDRÁULICAS................................................ ... .......................quinze
2.2. CLASSIFICAÇÃO DE TURBINAS HIDRÁULICAS...................................15
2.2.1.Dependendo da posição do seu eixo......................................... ...... ........................16
2.2.2.Dependendo da direção em que a água entra......................................... ...... .......16
2.2.3.Dependendo do grau de reação......................................... ..... .......................16
23. GRAU DE REAÇÃO............................................... .. ............................17
2.4. TURBINA TURGO ................................................ ...................................18
2.5. CONTROLADOR DE CARGA ................................................ ...................vinte
2.6. BATERIAS .................................................. ...............................................vinte e um
2.7. PLACA DE CARGA ............................................... ............................22
2.8. ESTADO DA ARTE............................................... ..................................23
3. METODOLOGIA ............................................... .................................................25
3.1. PROJETO E CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE ENTRADA E RETORNO DE
ÁGUA ........................................ . .................................................. 25
3.1.1. Sistema de captação de água. .................................................. .........25
3.1.2. Sistema de retorno de água. .................................................. ............27
3.2. CONSTRUÇÃO DO CIRCUITO ELÉTRICO E ADEQUAÇÃO DO PAINEL DE
CARGA ........................................ ............ ...................................... ......28
3.3. VERIFICAÇÃO DA SELEÇÃO DO DIÂMETRO DO TUBO .....29
4. TESTES................................................. .... ............................................... .... ......33
4.1. TESTES DE TURBINA A VÁCUO................................................. .... ...........33
4.1.1. Gráficos. .................................................. ...................................................33
4.2. TESTES DE TURBINA COM CARGAS ............................................. ............. ....36
4.2.1. Gráficos. .................................................. ...................................................37
4.3. PERFIL DE CARGA E DESCARGA DA BATERIA ......................................45
4.3.1. Perfil de carregamento da bateria. .................................................. ............Quatro cinco
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Quatro cinco

4.3.2. Perfil de descarga da bateria. .................................................. ......46


5. CONCLUSÕES ............................................... ...................................................47
6. RECOMENDAÇÕES................................................... ...................................48
7. BIBLIOGRAFIA................................................. .. ................................................ 49

Tabela de gráficos
Gráfico 0.1. Fornecimento hidrelétrico na Colômbia. .................................................. ...12
Gráfico 0.2. Turbina instalada em La Candelaria, Guatemala. ...................................13
Gráfico 2.1. Sistema de turbina Turgo. .................................................. .................quinze
Gráfico 2.2 Turbina Pelton com eixo horizontal .................................... ............16
Gráfico 2.3. Sentido de entrada e saída de água em uma turbina. ......................16
Gráfico 2.4. Turbinas de ação e reação. .................................................. .......17
Gráfico 2.5. Lâminas de uma turbina Turgo ............................................. .............. .................19
Gráfico 2.6. Turbina Turgo utilizada no projeto. .............................................vinte
Gráfico 2.7. Controlador de carga. .................................................. .......................vinte e um
Gráfico 2.8. Bateria. .................................................. ...........................................22
Gráfico 2.9. Placa de carregamento................................................ .................................22
Gráfico 2.10. Modelo de turbina Turgo analisado por CFD.......................................... ....24
Gráfico 3.1. Antigo sistema de captação de água............................................. .. ....25
Gráfico 3.2. Novo sistema de captação de água............................................. .. ......26
Gráfico 3.3. Sistema de distribuição de água e admissão da turbina concluídos. (1) Válvula
de serviço, (2) Válvula de fluxo de água da turbina Pelton, (3) Válvulas de fluxo de água da
turbina Turgo. .................................................. ...........................................26
Gráfico 3.4. Diagrama do sistema de recirculação de água. ...................................27
Gráfico 3.5.Sistema de retorno de água. .................................................. .............27
Gráfico 3.6. Tanque elevado.................................................. ...................................28
Gráfico 3.7. Painel integrado. .................................................. ............................28
Gráfico 3.8. Placa de carregamento................................................ .................................29
Gráfico 3.9. Diagrama elétrico do painel de carregamento......................................... .... 29
Gráfico 4.1. Fluxo versus RPM em marcha lenta. .................................................. ................33
Gráfico 4.2. Potência hidráulica VS RPM. .................................................. ...........3.4
Gráfico 4.3. Tensão versus RPM inativo.................................... ................ ........................3.4
Gráfico 4.4. Tensão versus fluxo. .................................................. ............................35
Gráfico 4.5. Pressão Vs % de abertura da válvula. ...................................................36
Gráfico 4.6. Potência útil do sistema em comparação com RPM com abertura de
válvula de 25%. .................................................. .................................................. ......37
Gráfico 4.7 Potência útil do sistema em comparação com RPM a 50% de abertura da
válvula. .................................................. .................................................. ......37
Gráfico 4.8. Potência útil do sistema em comparação com RPM com 75% de abertura
da válvula. .................................................. .................................................. ......38
Gráfico 4.9. Potência útil do sistema em comparação com RPM com 100% de abertura
da válvula. .................................................. .................................................. ......38
Gráfico 4.10. Eficiência versus RPM com abertura de válvula de 25%. ...........................39
Gráfico 4.11.Eficiência vs RPM com 50% de abertura da válvula. ...................................39
Gráfico 4.12. Eficiência versus RPM com abertura de válvula de 75%. ...........................40
Gráfico 4.13. Eficiência versus RPM com 100% de abertura da válvula................................. ....40
Gráfico 4.14. Comportamento da tensão da turbina com e sem carga. .................41
Gráfico 4.15. Potência consumida pela placa de carga......................................... ....42
Gráfico 4.16. Energia consumida versus energia disponível. Com 25% de abertura da
válvula......................................... ...... ........................................... ...... ....................... 43
Gráfico 4.17. Energia consumida versus energia disponível. Com 50% de abertura da
válvula......................................... .... ............................................... .... ....................... 43
Gráfico 4.18. Energia consumida versus energia disponível. Com 75% de abertura da
válvula......................................... .... ............................................... .... ....................... 44
Gráfico 4.19 Potência consumida vs. Potência disponível. Com 100% de abertura da
válvula............................................. ...... ........................................... ...... ....................... 44
Gráfico 4.20. Perfil de carregamento da bateria. .................................................. ..........Quatro cinco
Gráfico 4.21. Perfil de descarga da bateria................................................. .... ............46

Tabela de mesas
Tabela 1 Tabela de especificações da turbina Turgo..................................... ..... ........19
Tabela 2 Tabela de especificações do controlador ........................................... .. ..vinte
Tabela 3 Tabela de especificações da bateria............................................. ... ................vinte e um
Tabela 4 Tabela de perda de carga por atrito ........................................... . ......31
Tabela 5 Tabela de seleção de diâmetro ........................................... .. ..................32
9
10
INTRODUÇÃO

Não se sabe o local exato onde as primeiras máquinas hidráulicas da história foram
criadas e utilizadas pela primeira vez, mas acredita-se que deve ter sido em algum
lugar do Egito, China ou Mesopotâmia, por volta de 1000 a.C., estas mudariam a
forma de fazer algumas tarefas ao longo da história, por exemplo utilizadas em
moinhos como força mecânica para moer grãos ou atualmente utilizadas de uma
determinada forma para produção elétrica.

Uma turbina hidráulica é o elemento responsável por transformar a energia


cinética da água através de suas pás em energia mecânica [1]. Estas são
classificadas em 2 grupos importantes: turbinas de ação e turbinas de reação.
Vamos nos concentrar nas turbinas de ação porque dentro desta classificação
está a turbina Turgo, assim como as turbinas Banki e Pelton.
Exatamente 100 anos atrás, em 1919, o engenheiro da Gilbert Gilkes & Company Ltd,
Eric Crewdson, formou-se com louvor e também obteve uma distinção em projeto de
máquinas e termodinâmica pela Universidade McGill, no Canadá. Inventou e
patenteou um novo desenho de turbina hidráulica de ação, inspirado na conhecida
turbina Pelton; Isto se baseou na ideia de criar uma turbina de construção simples,
alta confiabilidade e eficiência em uma ampla faixa de vazões, que operasse com a
mesma altura manométrica e produzisse o dobro da velocidade específica de uma
turbina Pelton. A primeira turbina turgo a ser instalada foi um modelo capaz de
produzir 30 HP (aproximadamente 22,5 KW) e a partir desse momento revolucionou o
mercado pelos benefícios que este tipo de turbina oferecia.

A produção de energia elétrica através de turbinas hidráulicas, também


chamadas de hidrelétricas, é muito bem vista mundialmente pelos bons
resultados, tanto energéticos quanto ambientais, já que esse tipo de produção
elétrica não produz C02 nem gases de efeito estufa, por isso é considerada
renovável. Segundo o Banco Mundial, a produção de eletricidade a partir de
fontes hidrelétricas representa aproximadamente 16% da produção total de
energia elétrica mundial [2]. Na Colômbia este número aumenta
consideravelmente porque o país é rico em fontes de água, esta se torna a
principal fonte de energia elétrica do país, este tipo de geração elétrica por meios
hidráulicos representa 68% da gama total de produção de energia no país ( La
República, fevereiro de 2019). As principais hidrelétricas estão localizadas em
Cundinamarca, Antioquia, Boyacá e Santander. (Ver gráfico 0.1)

onze
Gráfico 0.1. Fornecimento hidrelétrico na Colômbia.

Fonte: jornal La República [1]

Desde o arranque da primeira turbina Turgo até aos dias de hoje, foram feitas
sucessivas melhorias que afectaram a sua eficiência e produção de energia para
este tipo de turbinas, tanto que são capazes de produzir até 10MW. Este tipo de
turbinas estão a funcionar em todo o mundo e a produzir uma quantidade
considerável de energia eléctrica, como exemplo a nível continental é o projecto
hidroeléctrico inaugurado em 2006 em Candelaria, Guatemala (ver gráfico 0.2).
Com produção líquida de 4.456 MW, é o maior projeto desse tipo na América
Central. Por outro lado, na Colômbia este tipo de turbinas hidráulicas são
utilizadas na área de microgeração, minigeração e pequenas centrais,
aproveitando pequenos riachos e rios para produzir energia para autoconsumo
ou para venda no mercado comercial. rede elétrica. Portanto, este método de
produção de eletricidade não está sendo muito aproveitado e é hora de aproveitá-
lo com a ajuda dos avanços.

12
os avanços tecnológicos, as melhorias introduzidas neste tipo de turbinas e os
conhecimentos adquiridos para uma utilização óptima da água.

Gráfico 0.2. Turbina instalada em La Candelaria, Guatemala.

Fonte: Gilbert Gilkes & Gordon Ltd [2]

13
1. OBJETIVOS

1.1. OBJETIVO GERAL

Avaliar a produção elétrica de um sistema de microgeração utilizando turbina do


tipo turgo para realização de práticas laboratoriais na área de máquinas
hidráulicas.

1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Realizar pesquisa bibliográfica sobre sistemas de geração micro


hidráulica e turbinas turgo.
Resultado:Relatório de artigos científicos, relatórios de pesquisas de
instituições públicas ou privadas e bases de dados. Indicador:
Investigue através de 5 fontes de pesquisa confiáveis onde são
obtidas informações sobre sistemas de microgeração e turbinas
turgo.

- Executar ocomissionamentodo banco de microgeração projetando o


circuito elétrico e implementando os componentes necessários do
circuito e construindo o sistema de recirculação de água.
Resultado:Sistema de geração micro hidráulica em pleno
funcionamento.
Indicador:A bancada será reinicializada de acordo com as
especificações do fabricante.

- Avaliar a produção elétrica da turbina turgo no vácuo e com carga,


realizar o perfil de carga e descarga do banco de baterias.
Resultado:Relatório e curvas sobre o comportamento da turbina em
diferentes estados de carga.
Indicador:Compare as curvas de produção elétrica da turbina turgo
no vácuo e com carga.

- Criar um guia laboratorial voltado para a área de máquinas


hidráulicas.
Resultado:Guia laboratorial útil para práticas na área de máquinas
hidráulicas.
Indicador:O guia deverá obedecer aos critérios estabelecidos para
entrega de relatórios e execução de práticas laboratoriais.

14
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. TURBINAS HIDRÁULICAS

Uma turbina hidráulica é um tipo de turbomáquina. Segundo Cláudio Mataix. São


aquelas máquinas de fluidos em que a troca de energia se dá pela variação do
momento cinético do fluido, ao passar pelos dutos de um órgão que se move com
movimento de rotação, dotado de pás ou palhetas denominadas rotor [4] . Seu
funcionamento é baseado na equação de Euler ou na equação fundamental das
turbomáquinas. Aproveitam o fluxo natural das águas ou cachoeiras, sejam elas
naturais ou artificiais, como represas. Uma representação disso pode ser vista no
gráfico 2.1.

Gráfico 2.1. Sistema de turbina Turgo.

Fonte: Gilbert Gilkes & Gordon Ltd [3]

2.2. CLASSIFICAÇÃO DE TURBINAS HIDRÁULICAS

Existem 3 formas de classificação importantes na área de turbinas hidráulicas e


são elas:
- Dependendo da posição do seu eixo
- Dependendo da direção em que a água entra
- Dependendo do grau de reação

quinze
2.2.1. Dependendo da posição do seu eixo: O eixo da turbina será horizontal
ou vertical (Ver gráfico 2.2.)

Gráfico 2.2. Turbina Pelton com eixo horizontal

Fonte: Hidrelétrica Zeco [4]

2.2.2. Dependendo da direção em que a água entra:Aqui encontramos 3 tipos (Ver


gráfico 2.3).
- Turbinas axiais
- Turbinas tangenciais
- Turbinas radiais-axiais

Gráfico 2.3. Sentido de entrada e saída de água em uma turbina.

Fonte: Área de Tecnologia [5]

2.2.3. Dependendo do grau de reação:Esta é talvez a classificação mais


importante porque determina o tipo de funcionamento que a turbina
possui. Aqui encontramos 2 classificações.

16
Gráfico 2.4. Turbinas de ação e reação.
Fonte: Área de Tecnologia [5]

2.2.3.1. Turbinas de ação:A incidência da água e o sentido de rotação do


impulsor coincidem no ponto onde ocorre o impacto da água nas pás. Toda
a energia cinética com que a água chega à turbina é utilizada para sua
rotação. A energia de pressão que a água possui em sua entrada, quando
direcionada diretamente para o impulsor, é totalmente convertida em
energia cinética (movimento) no impulsor. A pressão da água na entrada e
na saída é a mesma. O mais utilizado é o Pelton [5]. (Ver gráfico 2.4).

2.2.3.2. Turbinas de reação:O sentido de rotação do impulsor não coincide


com o sentido de entrada e saída da água. Estas turbinas utilizam energia
cinética e de pressão para mover o impulsor e a pressão da água na saída é
inferior à da entrada. Antes da água chegar ao impulsor, parte da energia
de pressão que a água traz em sua queda é transformada em energia
cinética no distribuidor, girando em torno dele. O distribuidor neste caso
circunda todo o impulsor, a água atingindo toda a periferia do impulsor,
sendo portanto a admissão total de água [5]. (Ver gráfico 2.4).

23. GRAU DE REAÇÃO

Nas turbomáquinas, o grau de reação mede a relação entre a carga de pressão e


a carga total. Esta definição se aplica tanto às máquinas geradoras (bombas)
quanto às máquinas receptoras (turbinas), embora no primeiro caso a máquina
forneça pressão e no segundo caso a receba.

17
A altura manométrica, por exemplo no caso de bombas (raciocínio análogo pode
ser feito para turbinas), é a pressão fornecida diretamente pelo impulsor da
bomba, mas existe outra parte da pressão que corresponde à pressão produzida
pelo difusor da bomba que transforma a energia cinética do fluido (velocidade)
em pressão; Esta última é conhecida como pressão dinâmica [6].

De acordo com isso, o grau de reação R pode ser expresso matematicamente da


seguinte forma (Equação 1):
=
Equação 1

= ó
= ( ).

Se R = 0, é uma máquina de ação.


Se R = 1, é uma máquina de reação pura.
Se R < 1, este é o caso usual para máquinas reais.

2.4. TURBINA TURGO

É uma turbina hidráulica do tipo ação, projetada para quedas médias com alcance
máximo de queda de até 300m e com capacidade de produção elétrica de até 10MW.

O funcionamento básico deste tipo de turbina hidráulica é que por se tratar de


uma turbina do tipo ação, a água não sofre alteração de pressão ao passar pelas
pás da turbina (ver gráfico 2.5) e é impulsionada por meio de um determinado
número de injetores, convertendo portanto, a energia potencial da água na
cinética no bocal de entrada ou injetor. Aumentar o número de injetores aumenta
a velocidade específica da turbina até a raiz quadrada do número de injetores. O
ângulo de incidência do jato injetor com as pás da turbina é uma diferença
importante em relação à turbina Pelton. A eficiência deste tipo de turbinas varia
de 85 a 90%.

A característica de alta velocidade específica geralmente significa que um gerador


mais compacto e econômico pode ser usado em comparação com turbinas Pelton
multiinjetores. A linha de turbinas Turgo cobre a fronteira entre as máquinas
Pelton e Francis, elas comprovadamente funcionam muito bem com água

18
com sedimentação ou em outras palavras “sujo” sem que isso afete o
desempenho.

Gráfico 2.5. Lâminas de turbina Turgo


Fonte: Gilbert Gilkes & Gordon Ltd [6]

O projeto utilizará uma turbina (Ver gráfico 2.6) com as seguintes especificações:

Tabela 1
Tabela de especificações da turbina Turgo

ESPECIFICAÇÕES
Modelo de turbina 2 Bocal X-SE Plástico Turgo
criador Sistemas de energia e design Ltd.

Poder 2KW
Sistema de tensão 12V, 24V, 48V
Faixa de operação 3 a 100 metros
Diâmetro de entrada 1½”
Fonte: Sistemas e Design de Energia [8]

19
Gráfico 2.6. Turbina Turgo utilizada no projeto.
Fonte: Autor

2.5. CONTROLADOR DE CARGA

Um controlador de carga ou regulador de carga é o dispositivo responsável por


manter constante e adequadamente a energia do banco de baterias, regulando a
intensidade da carga de entrada. Uma de suas principais funções é evitar a
sobrecarga das baterias, bem como prevenir correntes reversas. (Ver gráfico 2.7)

Tabela 2
Tabela de especificações do controlador

ESPECIFICAÇÕES

Modelo de controlador Controlador Coleman Air C440-HVM

Corrente nominal máxima 440 amperes

Sistema de tensão 12V, 24V, 48V

Força maxima 10.000 Watts

Modelo de resistência L150W12V


Fonte: Manual do fabricante.

vinte
Gráfico 2.7. Controlador de carga.

Fonte: Autor.

2.6. BATERIAS

As baterias, também conhecidas como acumuladores, são um dispositivo capaz


de armazenar e depois liberar a eletricidade que nele foi armazenada.Essa
eletricidade é contínua e pode ser categorizada pelo tipo de materiais e
tecnologias utilizadas na sua construção. No projeto será utilizado um tipo AGM
de ciclo profundo seco. (Ver gráfico 2.8)

Tabela 3
Tabela de especificações da bateria

ESPECIFICAÇÕES
Modelo de bateria MAGNA MA100-12 (12V100AH)
Cara Assembleia Geral Anual

Tensão nominal 12V


Capacidade nominal (10 horas) 100,0 Ah
Corrente máxima de carga 20º
Fonte: Folheto do fabricante.

vinte e um
Gráfico 2.8. Bateria.

Fonte: Autor

2.7. PLACA DE CARGA

Um quadro de carga é o circuito elétrico responsável por consumir a energia


fornecida pelo gerador que está acoplado à turbina, isso através da utilização de
lâmpadas. Neste caso, a placa de carregamento contará com 11 lâmpadas com
tecnologia LED com potência de 9 Watts cada lâmpada. Essas lâmpadas operam a
12 V porque o sistema foi projetado para operar nessa tensão. (Ver gráfico 2.9)

Gráfico 2.9. Placa de carga.


Fonte: Autor.

22
2.8. ESTADO DA ARTE

A turbina hidráulica de ação turgo foi criada há 100 anos, em 1919, pela empresa do
Reino Unido chamada Gilbert Gilkes & Gordon Ltd, este projeto foi dirigido por Eric
Crewdson que patenteou este tipo de turbina. O engenheiro inglês contou com a
Turbina Pelton para desenvolvê-la e através de algumas modificações obteve esse
resultado.

Neste mesmo ano foi instalada a primeira turbina Turgo da história, este evento
ocorreu no Reino Unido, especificamente na cidade de Invergeldie Lodge, perto
de Crieff na Escócia, esta turbina tinha potência máxima de 30 cavalos.

A partir desta primeira instalação, as vendas deste produto aumentaram porque os


clientes perceberam os benefícios únicos que este tipo de turbina oferecia em
comparação com os seus pares, pelo que em 1934 a empresa Gilbert Gilkes & Gordon
Ltd decidiu fazer uma instalação numa fábrica de testes no Reino Unido. a fim de
coletar informações dele e poder fazer algumas melhorias para aumentar sua
eficiência e desempenho [7].

As primeiras exportações de turbinas Turgo para o continente americano,


precisamente em 1925 para o Canadá.

Essas melhorias surgiram em 1936, dois anos após o start-up de sua planta de
testes, essas melhorias foram patenteadas pela empresa. As melhorias
continuaram a ocorrer até 1960.

Até à década de 1970, esta empresa do Reino Unido era a única no mundo a conceber
e construir este tipo de turbinas hidráulicas. Outras empresas, vendo o potencial
deste tipo de turbinas, entraram no mercado.

Atualmente, através da utilização e implementação de programas informáticos


como CFD (Ver gráfico 2.10) podemos analisar e obter peças de design mais
complexas que aumentam a eficiência e o desempenho deste tipo de turbinas,
estas apresentam um design 3D mais complexo que os seus antecessores [ 1].

23
Gráfico 2.10. Modelo de turbina Turgo analisado por CFD

Fonte: Gilbert Gilkes & Gordon Ltd [7]

24
3. METODOLOGIA

3.1. PROJETO E CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE ADMISSÃO E


RETORNO DE ÁGUA

3.1.1. Sistema de captação de água.

Como o sistema de captação de água que vai do tanque elevado até o banco da
turbina não estava em condições ideais de uso, optou-se por redesenhar o
sistema de captação de água; Optou-se por utilizar alguns troços da antiga
instalação (ver gráfico 3.1) de forma a conseguir uma redução de custos de
construção, além de tornar estes troços utilizáveis.

Gráfico 3.1. Antigo sistema de captação de água.

Fonte: Autor.

Após a realização do novo projeto do sistema de captação de água, foi estimada a


quantidade de materiais que seriam utilizados para sua construção. Como foi
utilizado um trecho do projeto antigo, dependíamos do diâmetro do tubo que já
estava instalado; esse diâmetro do tubo correspondia a uma dimensão de 4",
portanto o projeto foi feito considerando essas dimensões.

25
Gráfico 3.2. Novo sistema de captação de água.

Fonte: Autor.

Os materiais utilizados na construção do sistema foram do tipo PVC, tanto a


tubulação quanto seus acessórios (válvulas esfera de 4” e 2”) que foram
necessários na execução.

Como a tubulação deveria ficar dentro da sala de máquinas hidráulicas, foi feito
um furo em uma das paredes para que a tubulação pudesse entrar (Ver gráfico
3.3).

Gráfico 3.3. Sistema de distribuição de água e admissão da turbina concluídos. (1)


Válvula de serviço, (2) Válvula de fluxo de água da turbina Pelton, (3) Válvulas de fluxo
turbina de água turgo.

Fonte: Autor.

26
Gráfico 3.4. Diagrama do sistema de recirculação de água.

Fonte: Autor.

3.1.2. Sistema de retorno de água.

O banco de turbinas foi equipado com duas bombas 2HP da marca Pedrollo.
Decidiu-se que a forma mais rentável de cumprir o objetivo de transportar a água
do tanque do banco da turbina para o tanque de elevação seria utilizando uma
mangueira de 2” feita de material de poliuretano (ver gráfico 3.5), esta seria
suportada por todo o tubo com a ajuda de um arame.

Gráfico 3.5.Sistema de retorno de água.

Fonte: Autor.

27
Gráfico 3.6. Tanque elevado.

Fonte: Autor.

3.2. CONSTRUÇÃO DO CIRCUITO ELÉTRICO E ADAPTAÇÃO


DA PLACA DE CARGA

Optou-se por redesenhar parte do circuito elétrico de forma a conseguir uma


redução de espaço na área de trabalho, pois no projeto antigo eram utilizados
dois painéis, um para carga e outro para alimentação. Isto foi conseguido
integrando a placa de potência à placa de carga.

Um disjuntor de 32 A foi adicionado para proteger as duas bombas e a fiação do


circuito da bomba (ver gráfico 3.7).

Gráfico 3.7. Painel integrado.


Fonte: Autor.

28
Finalmente, depois de conseguida a integração das placas, a placa de carregamento foi
pintada para lhe dar uma melhor aparência (Ver gráfico 3.8).

Gráfico 3.8. Placa de carga.


Fonte: Autor.

Gráfico 3.9. Diagrama elétrico do painel de carregamento.

Fonte: [8]

3.3. VERIFICAÇÃO DA SELEÇÃO DO DIÂMETRO DO TUBO

Utilizando um manômetro acoplado à tubulação, o valor da pressão dinâmica foi


obtido com um percentual de abertura da válvula de 100%. Esse valor foi 114.453,016
Pascal. Este valor nos ajudará a conhecer a altura manométrica líquida do sistema.
utilizando as equações correspondentes (Equação 2) .

29
=
()
Equação 2
114453.016
=
9800
3

= 11,67887918 ≈ 11,7

Foi obtido um resultado de queda líquida de 11,7 metros, este resultado é necessário
para saber o valor ótimo das perdas do sistema de forma ideal, para conseguir isso a
queda líquida (hum) segundo dados empíricos aceitos pela sociedade de
engenheiros, deveria ser 75% da altura geométrica (Hg) (Equação 3), portanto:

=
0,75
Equação 3
11.7
= = 15,6
0,75

Como conhecemos os dois valores de carga, tanto geométricos quanto líquidos,


procederemos ao cálculo das perdas do sistema (Equação 4):

= −
Equação 4

= 15,6 − 11,7 = 3,9

Foi obtido um valor de 3,9 metros, esta altura de perda (Hf) se devem
principalmente ao atrito da água com a tubulação e à quantidade de acessórios
utilizados no sistema. Este valor será utilizado para calcular o percentual de
perdas na tubulação, a fim de determinar se a seleção do tamanho da tubulação
foi adequada, pois no momento da construção do sistema e realização dos testes
grande parte do sistema A tomada d'água foi construída com um determinado
tamanho do tubo, esse tamanho de tubo era de PVC de 4”.

O comprimento da tubulação do tanque elevado até o local onde está localizado o


banco de turbinas é de aproximadamente 30 metros. Usando a equação

30
correspondente percentual de perdas (Equação 5) obteremos o valor necessário
para verificar a seleção da tubulação.

% = ∗ 100
Equação 5
3,9
% = ∗ 100
30

% = 13%

O valor obtido foi de 13%, este valor será utilizado para entrar na seguinte tabela:

Tabela 4
Tabela de perda de carga por fricção
PERDA DE CABEÇA DEVIDO A FRICÇÃO
Fluxo
em nós 1" 1,25” 1,5” 2" 3" 4" 5" 6” 8” 10”
GPM
3 1,0 3 .1
4 1.7 .6 .2 .1
5 2,5 .9 .4 .1
10 9.2 3.1 1.3 .3
quinze 19,5 6,6 2.7 .7 .1
vinte 33,1 11,2 4.6 1.1 .2
30 70,1 23,7 9.7 2.4 .3 .1
40 40,3 16,6 4,1 .6 .1
cinquenta 60,9 25,5 6,2 .9 .2 .1
60 85,3 35,1 8,6 1.2 .3 .1
70 46,7 11,5 1,6 .4 .1 .1
80 59,8 14,7 2,0 .5 .2 .1
90 74,3 18,3 2,5 .6 .2 .1
100 90,3 22,2 3,1 .8 .3 .1
150 47,1 6,5 1.6 .5 .2 .1
200 80,2 11,1 2,7 .9 .4 .1
vinte 16,8 4,1 1.4. 6 .1
300 23,6 5,8 2,0 .8 .2 .1
400 40,1 9,9 3.3 1.4. 3 .1
500 60,7 14,9 5,0 2,1. 5 .2
600 85,0 20,9 7,1 2,9. 7 .2
Fonte: [9]

31
Para um tubo de 2”
70 → 11,5%
→ 13%
80 → 14,7%

Realizando uma interpolação linear encontraremos a vazão com 13% de perdas,


esse valor foi de 74,68 gpm, que é aproximadamente 0,004711 m3/s. Utilizando
este valor de vazão podemos calcular a potência teórica que o sistema forneceria
com esta seleção de tubulação, utilizando a equação da potência hidráulica
(Equação 6) obteríamos o seguinte valor:

= ∗ ∗
Equação 6

3 N
= 0,004711 ∗ 9800 ∗ 11,7
sim 3

= 540,16326

Este procedimento foi realizado para diâmetros de tubos de 3” e 4”. Os resultados


dessas operações são apresentados na tabela a seguir.

Tabela 5
Tabela de seleção de diâmetro

PODER
DIÂMETRO DO TUBO FLUXO (M3/S)
HIDRÁULICA (WATTS)
2" 0,004711 540.16326
3" 0,013668 1567,1729
4" 0,029144 3341.6510
Fonte: Autor

O diâmetro adequado para o sistema seria de 3”, pois teoricamente aproveita


melhor a queda líquida que o sistema possui, e geraria um aumento de potência
hidráulica de aproximadamente 60%. Além disso, os custos na construção do
sistema de captação de água seriam reduzidos porque esse tipo de tubulação e
acessórios são mais baratos e de mais fácil acesso. Portanto, a seleção da
dimensão do sistema atual é até certo ponto errônea.

32
4. TESTES

4.1. TESTES DE TURBINA A VÁCUO

Este teste foi realizado com o objetivo de obter dados sobre a produção máxima de
tensão da turbina, bem como em que rotações estas são alcançadas. Para então
compará-los com o desempenho da turbina com cargas.

4.1.1. Gráficos.

Gráfico 4.1. Fluxo versus RPM em marcha lenta.

Fonte: Autor.
No gráfico 4.1 podemos observar o aumento diretamente proporcional nas
revoluções da turbina à medida que mais fluxo passa pelas suas pás. As duas
primeiras aberturas da válvula, em 25% e 50%, apresentam um ajuste linear
quase perfeito muito próximo de 1, esse valor é 0,999; Nas aberturas de 75% e
100% esta tendência diminui mas não afeta muito o ajuste linear final, pois o valor
do ajuste seria de 0,9954, o que ainda é um ajuste quase perfeito. O valor máximo
de RPM alcançado foi 2.402,33 a uma vazão máxima de 0,00839 m3/s, esses
valores são resultado de 100% de abertura da válvula.

33
Gráfico 4.2. Potência hidráulica VS RPM.

Fonte: Autor.
No gráfico 4.2 você pode ver o aumento da potência hidráulica rapidamente à
medida que a velocidade angular da turbina começa a aumentar; este
comportamento é característico do tipo exponencial. A partir de 1700 RPM a
potência hidráulica que obteremos será superior a 500 Watts. A potência
hidráulica máxima ou disponível obtida no sistema foi de 960.784 Watts a
2.402,33 rotações por minuto, isso foi conseguido com uma abertura de 100% da
válvula.

Gráfico 4.3. Tensão versus RPM inativo.

Fonte: Autor.

3. 4
Como podemos observar no gráfico 4.3, a tensão produzida pelo gerador
acoplado à turbina tem um comportamento diretamente proporcional; a tensão
aumenta porque depende da velocidade de rotação do rotor da turbina. O gráfico
possui um ajuste linear de 0,9978, um ajuste quase perfeito que confirma o tipo
de comportamento mencionado anteriormente. A tensão máxima alcançada foi
de 76,7667 Volts a uma velocidade angular de 2.402,33 rotações por minuto, valor
este alcançado com 100% de abertura da válvula.

Gráfico 4.4. Tensão versus fluxo.

Fonte: Autor.

No gráfico 4.4 você pode ver claramente o comportamento que o layout tem, isso é
diretamente proporcional, isso se deve ao fato de que quanto maior for a vazão
entregue à turbina que por sua vez está acoplada ao gerador, ela irá gerar uma
tensão maior, portanto Portanto, o valor máximo alcançado no gerador foi quando a
abertura da válvula foi de 100%, esse valor foi de 76,7667 Volts com vazão máxima de
0,00839 m3/s.

35
Gráfico 4.5. Pressão Vs % de abertura da válvula.
Fonte: Autor.

No gráfico 4.5 podemos observar a transição da pressão estática para a pressão


dinâmica nas diferentes porcentagens de aberturas de válvulas que foram
realizadas nos testes. A pressão estática do sistema foi de 123.186,3787 Pascal ou
17,8667 PSI, e uma pressão dinâmica máxima de 114.453,016 Pascal ou 16,6 PSI
obtida na vazão máxima. Observa-se uma queda abrupta de pressão ao iniciar o
teste com percentual de abertura da válvula de 25%, presume-se que isso possa
ser devido ao tipo de válvula utilizada no projeto.

4.2. TESTES DE TURBINA COM CARGAS

Este teste foi realizado com o objetivo de obter dados e observar o comportamento da
turbina quando esta é submetida a diferentes intensidades de carga. Para este teste
foram utilizados um controlador de carga, uma bateria e uma placa de carregamento
equipada com 11 lâmpadas de 9W a 12V.

36
4.2.1. Gráficos.

Gráfico 4.6. Potência útil do sistema em comparação com RPM a 25% aberto
da válvula.
Fonte: Autor

Gráfico 4.7. Potência útil do sistema em comparação com RPM a 50% de abertura
da válvula.
Fonte: Autor.

37
Gráfico 4.8. Potência útil do sistema em comparação com RPM a 75% aberto
da válvula.
Fonte: Autor.

Gráfico 4.9. Potência útil do sistema em comparação com RPM a 100% aberto
da válvula.
Fonte: Autor.

38
Nos gráficos anteriores de 4.6 a 4.9 podemos observar nos diferentes percentuais
de abertura da válvula, as quedas de velocidade angular que a turbina apresenta
pois junto com o gerador entram no sistema de microgeração e por sua vez a
placa também entra de cargas; Com isso, é aproveitada a produção elétrica
gerada pelo gerador elétrico. Você também pode observar o consumo de energia
ou também descrito como potência útil, esta potência é utilizada por diferentes
quantidades de lâmpadas LED de 9W.

Gráfico 4.10. Eficiência versus RPM com abertura de válvula de 25%.

Fonte: Autor.

Gráfico 4.11.Eficiência vs RPM com 50% de abertura da válvula.

Fonte: Autor.

39
Gráfico 4.12. Eficiência versus RPM com abertura de válvula de 75%.

Fonte: Autor.

Gráfico 4.13. Eficiência versus RPM com 100% de abertura da válvula.

Fonte: Autor.
Nos gráficos anteriores de 4.10 a 4.13 podemos observar a eficiência máxima
alcançada nas diferentes porcentagens de abertura da válvula. Se pode

40
contemplar uma queda considerável na velocidade angular, isso acontece porque
a potência passa a ser utilizada pelo sistema em geral, principalmente pelo painel
de carga. A eficiência máxima do sistema foi obtida com o percentual máximo de
abertura da válvula e o valor é 0,531464806.

Gráfico 4.14. Comportamento da tensão da turbina com e sem carga.

Fonte: Autor.

No gráfico 4.14 podemos observar o comportamento da turbina em termos de


produção elétrica; A tensão produzida pelo gerador está ligada à velocidade
angular em que gira o rotor da turbina, pois estas têm uma relação direta, no
momento em que a tensão é utilizada no sistema de microgeração como o
controlador de carga e a placa de carga utilizada para acender os diferentes
números de lâmpadas, a tensão diminui consideravelmente devido a uma queda
na velocidade angular no gerador. O gráfico mostra 4 quedas de tensão e
velocidade angular, estas estão relacionadas aos diferentes percentuais de
abertura da válvula e à quantidade de

41
lâmpadas acesas. A tensão tende a se normalizar em valores próximos a 15 Volts,
isso quando a placa de carregamento está em uso.

Gráfico 4.15. Energia consumida pela placa de carga


Fonte: Autor

No gráfico de barras 4.15 podemos ver uma relação entre a potência consumida,
o número de lâmpadas acesas e a porcentagem de abertura da válvula. É possível
observar uma tendência de que quanto mais lâmpadas estiverem acesas, maior
será a potência consumida pela placa, esse é o comportamento esperado, pois
quanto maior o número de lâmpadas em uma, maior será a corrente consumida
por elas.

42
Gráfico 4.16. Energia consumida versus energia disponível. Com abertura de 25%
válvula.

Fonte: Autor.

Gráfico 4.17. Energia consumida versus energia disponível. Com 50% de abertura
válvula.

Fonte: Autor.

43
Gráfico 4.18. Energia consumida versus energia disponível. Com 75% de abertura
válvula.

Fonte: Autor.

Gráfico 4.19 Potência consumida vs. Potência disponível. Com 100% de abertura
válvula.

Fonte: Autor.

44
Nos gráficos anteriores de 4.16 a 4.19 é possível observar uma relação entre a
potência útil, a potência total disponível e o número de lâmpadas acesas,
relacionando-a com os diferentes percentuais de abertura da válvula. O
comportamento do consumo está dentro do esperado, pois à medida que o painel de
carga necessita de mais corrente para alimentar as lâmpadas para serem ligadas,
maior será a potência consumida ou útil. Quanto maior for a percentagem de
abertura da válvula, maior será a potência disponível. O consumo de energia tende a
ser aproximadamente metade da potência disponível em diferentes porcentagens de
abertura da válvula.

4.3. PERFIL DE CARGA E DESCARGA DA BATERIA

4.3.1. Perfil de carregamento da bateria.

Gráfico 4.20. Perfil de carregamento da bateria.

Fonte: Autor

O gráfico 4.20 mostra o perfil de carga da bateria utilizada no projeto. Você pode
ver os 3 estágios de carregamento que uma bateria possui, o primeiro estágio é
chamado de bulk, no qual é fornecida corrente para a bateria. intensidade
máxima isso nos dá um aumento considerável na tensão da bateria em pouco
tempo, esta tensão aumentou de 10,3 Volts para aproximadamente 11,5 Volts. O

Quatro cinco
A próxima etapa a ser observada é a etapa de absorção, nesta etapa a bateria é
alimentada com menor intensidade de corrente pois o aumento de tensão é mais
lento e atinge sua capacidade máxima de carga neste caso foi de 13,1 Volts. O
último estágio a ser visto é o estágio flutuante, neste estágio observa-se uma
pequena diminuição de tensão pois fornece uma certa quantidade de corrente
para compensar a autodescarga.

4.3.2. Perfil de descarga da bateria.

Gráfico 4.21. Perfil de descarga da bateria.


Fonte: Autor.

No gráfico 4.21 podemos observar a diminuição da tensão da bateria ao longo do


tempo, isso ocorre porque a bateria está submetida a uma carga constante, esta
carga está localizada na placa de carregamento com potência de 99W fornecida
por 11 lâmpadas com tecnologia LED. No início do teste, foi notada uma queda de
tensão de 12,8 Volts para aproximadamente 12,1 Volts, após a qual foi notada
uma queda de tensão mais lenta. A bateria diminuiu sua tensão de 12,8 Volts para
10,9 Volts, uma queda de tensão de 1,9 em aproximadamente 10 horas.

46
5. CONCLUSÕES

- A investigação bibliográfica foi realizada utilizando livros, manuais, teses de


graduação e artigos científicos para obter informações confiáveis sobre o
tema a fim de obter uma melhor visão geral a respeito do tema da tese. Essas
informações foram valiosas na redação da tese de graduação.

- ElecomissionamentoFoi concluída a bancada de microgeração elétrica,


conseguindo acoplar e implementar a turbina Turgo à bancada de testes; O
novo sistema de captação e retorno de água foi projetado e construído para
realizar testes com a turbina em diferentes percentuais de abertura das
válvulas.

- Foi projetado e implementado o novo quadro de carga e potência, integrando o


quadro de potência com o quadro de carga, foram acrescentados alguns
elementos de proteção elétrica, como um totalizador.

- O comportamento da turbina turgo foi avaliado em diferentes estados de


carga, obtendo assim curvas de produção elétrica, tensão, velocidade
angular e eficiência da turbina, além de obter dados para construir as
curvas de carga e descarga da bateria utilizada para testes. . A saída
máxima de tensão da turbina foi de aproximadamente 77 Volts a uma
velocidade angular máxima de 2.400 RPM.

- A vazão máxima atingida pelo sistema foi de 0,008394573 m3/s obtendo


assim uma potência hidráulica do sistema de 960,7842214 Watts.

- Foi realizado um guia laboratorial voltado para a área de máquinas hidráulicas


com o objetivo de gerar conhecimento prático para complementar o
conhecimento teórico adquirido na disciplina.

47
6. RECOMENDAÇÕES

- O tamanho da tubulação foi mal selecionado, portanto a altura manométrica


fornecida pelo sistema não é aproveitada de forma otimizada, por isso é
recomendado substituir a tubulação de entrada de água para as turbinas por um
diâmetro menor que o atual, o diâmetro ideal do sistema seria ser 3”.

- Recomenda-se a implantação de válvula de serviço na saída do tanque


elevado para reduzir os riscos de falha do sistema e evitar desperdício de
água.

- Recomenda-se a implantação de filtro no sistema de captação e retorno de


água para evitar a entrada de sujeiras como folhas, pedras e outros, a fim
de prolongar a vida útil das bombas do sistema de retorno de água.

48
7. BIBLIOGRAFIA

[1] Benzon, D., Aggidis, G. e Anagnostopoulos, J. (2016). Desenvolvimento da turbina


Turgo Impulse: Passado e presente. Energia Aplicada, 166, pp.1-18. Tirado de: https://
doi.org/10.1016/j.apenergy.2015.12.091

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hidroeléctricas (% do total) | Dados. [online] Disponível em: https://
datos.bancomundial.org/indicador/EG.ELC.HYRO.ZS?end=2015&start=196 0
[Acessado em 26 jul. 2019].

[3] Comissão Europeia. (2017, 16 de fevereiro). Acordo de Paris – Ação Climática –


Comissão Europeia. Recuperado em 26 de julho de 2019, de https://ec.europa.eu/
clima/policies/international/negotiations/paris_e

[4] Mataix, C. (2009). Turbomáquinas hidráulicas. Madrid: Universidade Pontifícia


Comillas, pp.37-41.

[5] Áreatecnologia. (sf). Turbinas Hidráulicas. Operação e Tipos:


Francisco, Kaplan, Pelton.. Recuperado em 27 de julho de 2019, de
https://www.areatecnologia.com/mecanismos/turbinas-hidraulicas.html

[6] Fundação Wikimedia. (sf). Grau de reação em turbomáquinas. Recuperado em


27 de julho de 2019, dehttps://esacademic.com/dic.nsf/eswiki/539276

[7] Gilbert Gilkes & Company Ltd. 100 anos, Turgo. Recuperado em 26 de julho de
2019, dehttps://www.gilkes.com/100-Years-of-the-Turgo

[8] Sistemas e Design de Energia. (sf). Motores de fluxo. Recuperado em 16 de


novembro de 2019, dehttps://microhydropower.com/our-products/stream-engine/

[9]Scott D. (2003). Microhidro: energia limpa da água. Victoria BC: Editores da nova
sociedade, pp157.

Ilustrações de referências

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Usinas hidrelétricas-representam-68-da-fornecimento-de-energia-na-Colômbia-2829562

49
[2] Gilbert Gilkes & Gordon Ltd. Gilkes - Especialistas em engenharia de fluxo de
água e sistemas de bombeamento. Recuperado em 30 de julho de 2019, de
https://www.gilkes.com/case-studies/Candelaria

[3] Gilbert Gilkes & Gordon Ltd. Gilkes - Especialistas em engenharia de fluxo de
água e sistemas de bombeamento. Recuperado em 30 de julho de 2019, de
https://www.gilkes.com/case-studies/Carter-Lake

[4] Hidrelétrica Zeco. Turbina Pelton. Recuperado em 30 de julho de 2019, de https://


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[6] Gilbert Gilkes & Gordon Ltd. Gilkes - Especialistas em engenharia de fluxo de água
e sistemas de bombeamento. Recuperado em 30 de julho de 2019, de https://
www.gilkes.com/case-studies/Brandywine

[7] Robinson, A. e Scott, J. (2018). Desenvolvimento da turbina Turgo. Gilbert


Gilkes & Gordon Ltd. Recuperado de https://www.gilkes.com/user_uploads/
development%20of%20the%20turgo%20turb ine%20-%20hpd%20editorial..pdf

[8] Mantilla, J, (2012). Construção de bancada de testes para turbina hidráulica LH


100 (dissertação de graduação). Universidade Pontifícia Bolivariana,
Bucaramanga, Colômbia.

cinquenta

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