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VALDEMIR FERRIS
Foz do Iguaçu - PR
2009
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VALDEMIR FERRIS
Foz do Iguaçu – PR
2009
2
TERMO DE APROVAÇÃO
Conceito Final
Banca Examinadora:
Prof(ª).
Prof(ª).
3
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
RESUMO
ABSTRACT
The sources are the main source of water for the rural communities. Water Spring is
almost always pure crystalline sound and does not require treatment for their
consumption, and in addition to supply rivers and Lakes forming large reserves of
water may be considered the most valuable life on Earth, satisfying all the basic
needs of human beings human, including health, food production and maintenance
natural ecosystems. The study was developed in a rural property that has a total area
of 14,52 ha, in the municipality of Medianeira-PR, the location diversification of
activities such as beekeeping, fruit, agriculture and livestock. The three sources
found and assigned suffered anthropogenic actions due to activities performed in
their margins. This work CPU installed characterizing sources, identifying the main
interventions suffered by them. Proposals for environmental suitability have been
made in improving quality and quantitatively resources from these sources.
1 INTRODUÇÃO
as nascentes assumem um papel muito importante, pois a maioria delas têm sua
a pecuária e agricultura. Fato esse que justifica as ações antrópicas sofridas pelas
mesmas.
metros, no entanto o que se observa muitas vezes é que as atividades agrícolas não
respeitam a legislação.
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quantidade e qualidade desejáveis, uma vez que locais com pouco recurso d’água
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Nascentes
Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, Art.2°, inciso II, define nascente ou olho
d’água como local onde aflora naturalmente, mesmo que de forma intermitente, a
água subterrânea.
um pequeno curso d’água que irá contribuir para aumentar o volume de água de um
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outro curso, que por sua vez contribuirá com outro, e assim sucessivamente até
chegar ao mar.
atendem também pelo nome de mina d’água, fio d’água, olho d’água e cabeceira,
que surgem em determinados locais da superfície do solo, e para que isso ocorra é
analisando outros autores, conclui que o desaparecimento das nascentes seja por
produzida pela nascente, é desejável que tenha boa distribuição no tempo, ou seja,
fato implica que a bacia deve absorver boa parte da água através do solo,
armazená-la em seu lençol subterrâneo e cedê-la, aos poucos, aos cursos d’água
apresentam como pontos básicos comuns o controle da erosão do solo por meio de
degradando este recurso, tanto nas águas superficiais como nas águas
se utilizem desse bem, uma vez que nos traz benefícios que vai desde o suprimento
de água de boa qualidade para as comunidades rurais, pois é pura, cristalina, sadia
e não necessita de tratamento para seu consumo. A água doce pode ser
curso d’água local. Podem ser: perenes (de fluxo contínuo), temporárias (de fluxo
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do solo (Figura 1), e, em alguns casos elas não são visíveis, devido à cobertura por
(2007).
como perenes aquelas que apresentam um fluxo de água contínuo, ou seja, que
exista o ano todo, inclusive na estação mais seca, podendo diminuir sua vazão,
como intermitentes aquelas que fornecem um fluxo de água apenas na estação das
chuvas, mas que secam na estação seca do ano. Algumas vezes seus fluxos podem
anos muito chuvosos, elas podem dar a impressão de serem perenes e como
durante alguns dias e desaparecendo logo em seguida, esse tipo de nascente são
os tipos de clima.
nascente.
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impermeável ser menor que a da encosta (figura 2). Nascente com acúmulo d’água
nascentes por todo o terreno. Se a vazão for pequena poderá apenas molhar o
acumulo d’água inicial, eluvial ou de encosta e uma nascente com acúmulo d’água
ocorre apenas em um ponto do terreno (Figura 3). Nascentes difusas - são as que
parte mais baixa do terreno e estando próximo a sua superfície, ocorrerá um fluxo
de várias outras nascentes pequenas espalhadas pelo terreno. Ocorrem com maior
frequencia nos brejos e nas partes mais baixas do terreno (Figura 4).
Formada pela infiltração de água superficial no solo e nas rochas, sendo a chuva o
nesse local que a água se acumulará até chegar um dado momento em que todos
impermeável.
Permanente - APP” vem sendo usada a bastante tempo e sua utilização tem uma
razão de ser, qual seja, se dá pelo fato de que a floresta ou a vegetação devem
Permanente.
as áreas localizadas em locais em que o solo é mais frágil ou tem importância maior
para preservação de outros recursos naturais, sendo assim são APPs os locais ao
redor de lagos, rios, nascentes e também os topos de morro e encostas com declive
superior a 45°.
Para o Código Florestal Federal Lei n.° 4.771/65, Art. 1°, II, as APPs,
são áreas cobertas ou não por vegetação nativa, que têm como função preservar os
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações
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humanas. O Art. 2°, c), dessa mesma lei, trata as nascentes como APP, como toda a
o ambiente natural, o que significa que não são áreas apropriadas para alteração de
uso da terra, devendo estar cobertas com a vegetação original. A cobertura vegetal
nestas áreas irá atenuar os efeitos erosivos e a lixiviação dos solos, contribuindo
Segundo Alvarenga (2004), o termo mata ciliar tem sido usado para
definir de uma forma menos complicada, todo o tipo de formação florestal que ocorre
ciliar como a formação vegetal localizada nas margens dos rios, córregos, lagos,
micro-bacia tais como: proteção dos recursos hídricos como uma barreira natural,
escoamento das águas da chuva, controle nos dos períodos de cheia, dissipação de
qualidade das águas dos rios, para a redução da erosão ás margens dos rios,
ecossistema aquático.
se no solo a água irá escoar sobre a superfície do terreno formando enxurradas que
água ali armazenada, com isso reduzem-se as nascentes em especial nos períodos
perturbação das nascentes, o que faz com que a sensibilização e participação das
informativo técnico (2003); Araujo (2008); Calixto et al. (2004); Derisio (2007); Cunha
et al. (2008); Calheiros et al. (2004) e Pruski (2006); fazem comentários para
nos topos. Com a floresta cortada o solo fica exposto ao sol e desprotegido contra
os impactos das gotas de chuva, fazendo com que a camada superficial do solo se
arraste para os locais mais baixos do local, causando o assoreamento dos rios,
além de evitar o assoreamento proporciona uma água de melhor qualidade, pois age
b) Queimadas:
ateia fogo nos restos de vegetação para limpar melhor o terreno, porém além de
obter resultados positivos para evitar a poluição dos corpos d’água advinda da
solo, turvando-a, como também, e o que é pior, provoca até mesmo soterramento da
máximo, da nascente, pois, mesmo que os animais não tenham livre acesso à água,
utilização de produtos químicos deve ser a mais afastada das nascentes, a fim de
evitar que nas épocas das chuvas esses poluidores desçam com as enxurradas ou
áreas de cabeceira, constituindo uma das mais graves agressões aos mananciais.
animais que acabam construindo várias trilhas pelo pasto dando um aspecto de
arquibancada.
relata que em muitas não tem um planejamento adequado visando à proteção das
indevidos ocasionando o assoreamento dos rios com a ação das chuvas devido a
exposição do solo.
f) Reflorestamento:
das nascentes, Castro (2007), comenta que o reflorestamento é uma das atividades
que nem sempre ocorre o efeito desejado. Isso ocorre quando se é plantado
proximidades da nascente, uma vez que esse tipo de planta possui o sistema
percolação profunda;
encostas.
leitos dos rios que durante as chuvas são arrastados causando seu assoreamento e
comuns nas áreas urbanas e nas áreas rurais, que são as redes de esgotos e de
causado pela instalação de lavouras próximas de uma bacia hidrográfica, pois este
da chuva infiltre o máximo possível no local da plantação, fazendo com que ela não
poluição das águas deve considerar o uso a ser dado para a mesma. Para o
normais de tratamento.
preservação permanente, pelo efeito de Lei, as áreas situadas nas nascentes, ainda
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que intermitentes e nos chamados “olhos d’água”, qualquer que seja a sua situação
Segundo os Artigos 2.º e 3.º dessa Lei “A área protegida pode ser coberta ou não
de nascente ou olho d’água, localizada em área rural, ainda que intermitente, deve
ter raio mínimo de 50 metros de modo que proteja, em cada caso, a bacia
hidrográfica contribuinte.
protegendo a superfície para que a água da chuva infiltre o máximo possível no solo,
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e se acumule num aqüífero, para então abastecer uma ou mais nascentes, e reduzir
isolamento da área num raio de 50 metros da nascente, para impedir a invasão por
ser dado é o abandono dessas atividades dentro da área a ser restaurada, para que
também devem ser consideradas. Comenta ainda que apenas esses tratamentos
não são suficientes para a efetiva recuperação dessas áreas que, muitas vezes,
3 MATERIAL E MÉTODOS
clima temperado húmido com Verão quente – (cfa), com estações de verão e
temperatura média do ar no mês mais quente maior que 22°C e nos três meses mais
Eutroférrico, considerada como uma terra de alta fertilidade por Lepsch (2002).
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total de 14,52 ha. Sendo que 3,6 ha são cultivados com lavoura, 4,3 ha com
pastagens, 1,66 ha corresponde a sede e instalações e 2,44 ha, (16%) da sua área
encontram–se recobertas com floresta nativa caracterizada como APP, pois está
localizada ao entorno dos vários córregos que cortam a área e das nascentes que
agricultura e fruticultura.
diâmetro e outro com 29 metros de diâmetro sendo que os mesmos não tem
sede.
equipamentos como GPS para registrar o ponto exato das nascentes, fita métrica
convencional para medir o diâmetro dos açudes e cronômetro para medira a vazão
das nascentes. Foram realizadas também análise documental onde retirou-se dados
sendo que uma delas esta localizada ao entorno de uma área de pastagem e
abastece dois açudes pequenos que não são usados para fins comerciais, e as
outras duas estão localizadas em meio a uma área de cultivo com predominância do
(Figura 9).
baixa declividade.
existe uma cerca que separa a área de plantio e uma área de pastagem que serve
encontra melhor protegida, possui mata nativa em seu entorno porém localiza-se em
meio a uma área de plantio de culturas onde o proprietário o faz o preparo do solo
pastagem. Porém a apresenta uma cerca para evitar que os animais invadam o
fluido que passa pela seção reta de um duto, por unidade de tempo.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
segundo o proprietário da área que vive no local a mais de vinte anos, relatou que as
Calheiros et al. (2004), quando apresentam fluxo contínuo são assim consideradas.
encosta, pois estão localizadas em terrenos que apresentam um declive e seu fluxo
de água ocorre apenas em um único ponto como define Calheiros et al. (2004).
(2007).
vazão estimada de 0,519 l\s. Observou-se que ela não possui mata ciliar ao redor do
seu ponto de afloramento, a não ser umas árvores de porte baixo em pequena
quantidade (Figura 13). A retirada da Mata Ciliar segundo MMA, informativo técnico
originalmente cobertas por vegetação nativa para uso alternativo do solo. A grande
maioria de vegetação existente no local é rasteira de pastagem, uma vez que ela
encontra-se em meio a uma área de pastagem. Castro (2007) aponta como causa
possui nenhum tipo de isolamento para evitar que animais circulem pelo local,
intermitentes devem possuir uma área de vegetação ciliar que corresponda a 50m
humano, porém abastece um pequeno açude que por sua vez abastece um segundo
açude um pouco maior (Figura 15). O primeiro açude forma um espelho d’água de
que apresentou uma vazão de 0,567 l/s. Esta coberta parcialmente com a Mata
Ciliar que não ultrapassa sete metros de largura, e em alguns pontos chega a ter
apenas dois metros (Figura16). Ao seu entorno e leito, existem algumas espécies
(Figuras 17 e 18). Alvarenga (2004), comenta que um solo que não possui uma
chuva, pois ao invés de infiltrar-se no solo a água irá escoar sobre a superfície do
segundo Corrêa et al. (1996), foram criadas para proteger o ambiente natural, o que
significa que não são áreas apropriadas para alteração de uso da terra, devendo
gado que no ponto mais próximo da nascente está a uma distância de oito metros,
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se obter resultados positivos para evitar a poluição dos corpos d’água advinda da
como bebedouro para os animais, e o seu destino é o córrego Cabeceira Sol e Ouro.
pois existem vários pontos de afloramento d’água, constituindo uma vereda, o que
pequenas nascentes por todo o terreno e em alguns pontos, o terreno apenas está
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molhado, gerando um grande perímetro úmido, com isto Calheiros et al. (2004),
metros de um lado a outro. As Figuras 20, 21, 22 e 23, mostram alguns pontos de
nascente. Nas extremidades, essa vegetação tem uma variação de largura entre
dois e oito metros. De acordo com Valeri et al. (2003), a função hidrológica das
Figura 20: Área interna da nascente “c”, mostrando a vegetação e ponto de afloramento
d’água.
Figura 22: Área interna da nascente “c”, mostrando a vegetação e ponto de afloramento
d’água.
Figura 23: Área interna da nascente “c”, mostrando ponto de afloramento d’água e a
vegetação.
contra o gado, que possui uma área de pastagem acima, mas fica exposta as ações
das atividades agrícolas que contornam sua margem e em alguns pontos apresenta
uma faixa entre oito e dois metros de mata ciliar que a separa da atividade. O local é
considerado como APP, segundo o Código Florestal Lei 4.771/65, para as áreas
situadas nas nascentes qualquer que seja a sua situação topográfica, devendo ter
ciliar foi realizada com intenção de ganhar terreno para cultivar alimentos para os
animais da propriedade.
(Figuras 24 e 25), com isso facilitou ainda mais a degradação da nascente, uma vez
42
Não foi possível determinar a vazão desta área, e toda essa água
tem o mesmo destino das outras duas nascentes, que é o córrego Cabeceira Sol e
Ouro.
43
5 CONCLUSÃO
nascentes.
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a natureza sugeriu-se então como relata Pinto et al. (2005) que o primeiro passo é
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
em: <http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/d24643_codigo_de_aguas.pdf>
Acessado em 11 de out. 2009.
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Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 2004.
PINTO, Lilian Vilela Andrade; BOTELHO, S. A.; OLIVEIRA FILHO, A. T.; DAVIDE, A.
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Nascentes Da Bacia Hidrográfica Do Ribeirão Santa Cruz, Lavras, Mg. Rev.
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