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CAMPINAS
FEVEREIRO DE 2005
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL ARQUITETURA E
URBANISMO
CAMPINAS
FEVEREIRO DE 2005
ii
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP
iii
Dedicatória:
v
Agradecimentos
Ao Prof. Dr. Dirceu Brasil Vieira, pela confiança depositada, incentivo e orientação.
Ao meu irmão Dr. Rodrigo Augusto Ferreira de Souza pela grande ajuda e orientação.
Aos membros da banca de qualificação, Prof. Dr. Edson J. A. Nour e ao Prof. Dr. Ronaldo
Stefanutti, pelas suas grandes orientações.
MUITO OBRIGADO !
vi
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS............................................................................................... ix
LISTA DE TABELAS.............................................................................................. xi
RESUMO................................................................................................................... xiii
ABSTRACT............................................................................................................... xiv
1 INTRODUÇÃO........................................................................................ 1
2 OBJETIVO............................................................................................... 3
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................ 4
3.1 Os recursos hídricos no Brasil.................................................................... 4
3.2 O gerenciamento dos recursos hídricos no Estado de São Paulo............... 6
3.3 Desenvolvimento sustentável e recursos hídricos...................................... 9
3.4 Planejamento e gestão dos recursos hídricos............................................. 11
3.5 Demanda de recursos hídricos.................................................................... 14
3.6 Sistema Cantareira...................................................................................... 17
3.7 Vazão de estiagem...................................................................................... 19
3.8 Vazão de enchente...................................................................................... 21
3.9 Regionalização Hidrológica....................................................................... 22
3.10 Indicadores de sustentabilidade do uso dos recursos hídricos................... 22
3.11 Bacia do Jaguari......................................................................................... 23
3.11.1 Ocupação da Bacia do Jaguari................................................................... 26
3.12 Uso da água................................................................................................ 29
3.12.1 Abastecimento público............................................................................... 29
3.12.2 Abastecimento industrial........................................................................... 33
3.12.3 Irrigação..................................................................................................... 35
3.13 Municípios de Jaguariúna, Cosmópolis e Morungaba............................... 37
3.13.1 Município de Jaguariúna............................................................................ 37
3.13.2 Município de Cosmópolis.......................................................................... 39
3.13.3 Município de Morungaba........................................................................... 41
4 METODOLOGIA.................................................................................... 43
4.1 Caracterização da bacia hidrográfica......................................................... 43
4.1.1 Isolamento da bacia hidrográfica............................................................... 43
4.2 Características Morfológicas..................................................................... 43
4.2.1 Forma da bacia........................................................................................... 43
4.2.1.1 Coeficiente de compacidade....................................................................... 44
4.2.1.2 Fator de forma............................................................................................ 44
4.2.3 Sistema de drenagem................................................................................. 45
4.2.4 Densidade de drenagem............................................................................. 45
4.2.3.2 Extensão Média do escoamento superficial............................................... 46
4.2.3.3 Sinuosidade do curso d’água...................................................................... 46
4.3 Estudo qualitativo de água......................................................................... 47
4.4 Vazão......................................................................................................... 48
4.4.1 Medição da vazão pelo método do molinete.............................................. 50
4.4.2 Método de transferência espacial de informação....................................... 51
4.4.3 Vazão mínima............................................................................................ 51
vii
4.4.4 Vazão de enchente...................................................................................... 54
4.5 Aplicação da metodologia dos indicadores de sustentabilidade dos
recursos hídricos......................................................................................... 56
4.5.1 Densidade Demográfica............................................................................. 56
4.5.2 Índice de urbanização................................................................................. 57
4.5.3 Índice de cobertura vegetal natural............................................................ 57
4.5.4 Índice de reflorestamento........................................................................... 57
4.5.5 Índice de consumo efetivo de água per capita............................................ 57
4.5.6 Índice de captação urbana de água em relação às vazões mínimas
naturais Q7,10 e Q95%................................................................................... 58
4.5.7 Índice de atendimento por coleta de esgotos.............................................. 58
4.5.8 Índice de atendimento por tratamento de esgotos...................................... 58
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................... 59
5.1 Localização da Bacia do Jaguari................................................................ 59
5.2 Caracterização da bacia hidrográfica......................................................... 64
5.2.1 Isolamento da bacia hidrográfica............................................................... 64
5.3 Características morfológica........................................................................ 65
5.4 Estudo qualitativo da água......................................................................... 67
5.5 Vazões........................................................................................................ 70
5.6 Vazão mínima............................................................................................ 73
5.7 Vazão de enchente..................................................................................... 74
5.8 Vazões e parâmetros.................................................................................. 76
5.8.1 pH............................................................................................................... 76
5.8.2 Temperatura............................................................................................... 77
5.8.3 Condutividade............................................................................................. 78
5.8.4 Oxigênio Dissolvido................................................................................... 79
5.8.5 Demanda Química de Oxigênio................................................................. 80
5.8.6 Demanda Bioquímica de Oxigênio............................................................ 82
5.8.7 Coliforme Total.......................................................................................... 84
5.8.8 Coliforme Fecal.......................................................................................... 86
5.9 Aplicação da metodologia dos indicadores de sustentabilidade dos
recursos hídricos......................................................................................... 88
5.9.1 Densidade demográfica.............................................................................. 88
5.9.2 Índice de urbanização................................................................................. 89
5.9.3 Índice de cobertura vegetal natural............................................................. 91
5.9.4 Índice de reflorestamento........................................................................... 92
5.9.5 Índice de consumo efetivo de água per capita............................................ 93
5.9.6 Índice de captação urbana de água em relação às vazões mínimas
naturais Q7,10 e Q95%................................................................................... 95
5.9.7 Índice de atendimento por coleta de esgotos.............................................. 96
5.9.8 Índice de atendimento por tratamento de esgotos...................................... 97
6 CONCLUSÕES......................................................................................... 98
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... 100
ANEXO I.................................................................................................................... 110
ANEXO II.................................................................................................................. 123
ANEXO III................................................................................................................. 134
viii
LISTA DE FIGURAS
ix
Figura 5.14 Densidade demográfica............................................................................ 89
Figura 5.15 Índice de urbanização............................................................................... 90
Figura 5.16 Índice de cobertura vegetal natural........................................................... 92
Figura 5.17 Índice de reflorestamento......................................................................... 93
Figura 5.18 Índice de consumo efetivo de água per capita.......................................... 94
Figura 5.19 Índice de captação urbana de água em relação às vazões mínimas.......... 95
Figura 5.20 Índice de atendimento por coleta de esgotos............................................ 96
Figura 5.21 Índice de atendimento por tratamento de esgotos.................................... 97
x
LISTA DE TABELAS
xi
Tabela 5.18 Captação urbana (m3/s), disponibilidade hídricas Q7,10 e Q95% (m3/s) e
respectivos índices.................................................................................. 95
Tabela 5.19 Índice de atendimento por coleta de esgotos........................................... 96
Tabela 5.20 Índice de atendimento por tratamento de esgotos 97
xii
RESUMO
xiii
ABSTRACT
The increasing demand of the hydric resources requires the development of efficient
mechanisms to the management of those resources. The implantation of hydric resources
management guidelines needs practical and efficient instruments to help when taking
decisions. In this research it is proposed, as an auxiliary instrument in the hydric resources
management, the study through the scales of the hydrographic basins which makes possible
the integration of the factors that condition the quality and quantity of the hydric resources
with their respective physical and antropic conditioning . Thus , the main objective of this
research is the hydrologic regionalization, obtained by the transference information process
from streamflow stations to intermediate sites with no information. The process requires
information streamflow of stations set at the downstream and at the upstream of the place
object of the study . Besides the transference of information obtained from the streamflow
stations set at the downstream and at the upstream of the researched place, it was also done,
in field, the measurement of the flows by the windlass method and a qualitative analysis of
the water from the place where the measurement took place, with the objective of gathering
data that allowed the comparison of the results. When comparing the results it was possible
to find out that, although, the results have been obtained by different processes, they were
very close. The similar results prove the suitableness of the hydrographic basin´s study
proposal based on the information transference , focusing the diagnosis of the basin´s area .
xiv
1 - INTRODUÇÃO
1
diagnóstico da região, levantando suas características e seus principais problemas,
constitui-se todo tipo de informação sobre a bacia.
A proteção dos recursos hídricos depende fundamentalmente de medidas
disciplinadoras do uso do solo na bacia. Há necessidade de uma concepção do
planejamento dos recursos hídricos, definindo os objetivos, as medidas de eficiência,
identificação de planos alternativos, hierarquização das alternativas e a seleção da melhor
alternativa (Herman, 1983).
A qualidade final da água no rio ou lago, reflete necessariamente as atividades que
são desenvolvidas em toda a bacia, cada um dos usos do seu espaço físico, produzindo
assim um efeito específico e característico (Porto,1991).
As intensas transformações ambientais decorrentes do grande desenvolvimento
econômico da bacia do rio Jaguari, aliado à reversão de água da bacia do Piracicaba pelo
sistema Cantareira, constituem novos desafios para gestores dos escassos recursos hídricos.
Nesse contexto, conhecer o quadro sócio-ambiental e as condições hídricas, são passos
imprescindíveis para o estabelecimento das prioridades de uso da água e das metas, que têm
como objetivo manter o equilíbrio ecológico dos corpos d`água.
Neste contexto, procurou-se direcionar o trabalho para análise de ferramentas de
auxílio à tomada de decisão para o planejamento e a gestão dos recursos hídricos. Para isso
utilizou-se um estudo quantitativo e qualitativo, visando auxiliar as ações de proteção,
recuperação e conservação de recursos hídricos. Para tanto, definiu-se como objeto do
estudo as vazões do rio Jaguari medidas no município de Jaguariúna, comparadas com as
vazões obtidas pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), resultantes de
medições nos municípios de Morungaba e Cosmópolis, que pertencem à mesma bacia
hidrográfica bacia do Rio Jaguari.
Portanto, dentro da bacia do Jaguari foram isoladas 3 seções: uma seção em
Jaguariúna, uma seção à montante em Morungaba e uma seção à jusante em Cosmópolis.
Através de dados fluviométricos conhecidos, obtidos nos municípios de Morungaba e
Cosmópolis, foram calculados os dados fluviométricos através da transferência de
informação, para a seção de Jaguariúna.
A partir de 1970, ocorreu um grande desenvolvimento econômico e demográfico da
região em estudo, que passou a ter um papel marcante em termos de concentração da
2
atividade industrial e de concentração populacional. O processo de ocupação dessa região é
marcado pela sua localização estratégica e também por suas características ambientais, que
favorecem o desenvolvimento agrícola e industrial e a conseqüente centralização destas
atividades econômicas.
A grande concentração populacional e o crescimento econômico acentuado,
provocaram fortes alterações físicas, biológicas e químicas da água disponível, devido à
utilização diversificada e a contaminação por despejos. Por outro lado, a reversão de cerca
de 31 m3/s de água pelo Sistema Cantareira na década de setenta, destinados ao
abastecimento da região metropolitana de São Paulo, gerou uma escassez da água na bacia
do rio Jaguari, que aliada à degradação ambiental, ao crescimento econômico desordenado
e aos desperdícios generalizados, evidenciam a importância de estudos voltados para a
preservação e gestão de recursos hídricos.
2 – OBJETIVO
3
3-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A água é essencial à vida tanto animal como vegetal. Indispensável para o ser
humano, quer para consumo próprio, quer para o desenvolvimento de atividades industriais
e agrícolas. Embora a maior parte do planeta seja coberta com água, nas últimas décadas, a
humanidade vem se defrontando com uma série de problemas ambientais, quase todos
direta ou indiretamente ligados com o tema água. As preocupações com o ambiente e, em
particular com a água, adquirem especial importância, pois as demandas estão se tornando
cada vez maiores, sob o impacto do crescimento acelerado da população e do maior uso da
água, imposto pelos padrões de conforto e bem estar da vida moderna. A qualidade das
águas da terra (nos rios, lagos naturais e represas), vem sendo degradada de uma maneira
alarmante e esse processo pode ser irreversível, principalmente, nas áreas mais densamente
povoadas dos países emergentes como o Brasil (Rebouças, Braga e Tundisi 1999).
As conseqüências do processo inadequado de crescimento são as alterações nas
características do meio natural, pois a ocupação do ambiente natural ocorre geralmente,
com a remoção da cobertura vegetal. O desmatamento, quando feito de forma inadequada,
resulta em vários impactos ambientais, tais como: modificações climáticas, danos à flora e
à fauna, descobrimento do solo e remoção da camada fértil, assoreamento dos recursos
hídricos, aumento do escoamento superficial da água, redução das infiltrações e erosão
(Mota, 1999).
Conforme citam Rebouças, Braga e Tundisi (1999), o critério mundial de
classificação ambiental das águas da terra designa como água doce, aquela que pode ser
utilizada mais facilmente para abastecimento público, apresentando salinidade inferior a
1000 mg/l, ou mais propriamente, teor de Sólidos Totais Dissolvidos (STD), pois as
substâncias em solução não são, necessariamente, sais. Estas águas ocorrem nas porções de
terras emersas (os continentes, as ilhas e similares) fluindo pelos rios, riachos, córregos,
formando geleiras, depósitos subterrâneos, enchendo lagoas, lagos, represas ou açudes,
formando pantanais ou encharcados, sendo por isso também chamados de água interiores.
4
A partir da Revolução Industrial, o crescimento desordenado e localizado das
demandas, associado aos processos de degradação da qualidade da água, vem acarretando
sérios problemas de escassez, com características quantitativas e/ou qualitativas e, portanto,
conflitos de uso, até mesmo nas regiões naturais com excedente hídrico. A intensificação
das atividades humanas e o adensamento populacional também são responsáveis pela
poluição. O disciplinamento do uso e ocupação da terra deve ser observado para que se
tenha a preservação do meio ambiente, ou seja, uma medida preventiva contra a poluição
(Rebouças, Braga e Tundisi 1999).
Em seqüência ao período industrial, os fenômenos sociais, políticos e econômicos
foram demasiadamente intensificados e, em decorrência desses fenômenos, houve uma
grande reflexão sobre os meios físicos, sociais e biológicos. Esses fenômenos interagem
conjuntamente, causando impactos ambientais significativos e gerando graves mudanças no
equilíbrio do ecossistema (Negri,1988).
A qualidade final da água no rio, no lago, na represa ou aqüífero subterrâneo,
depende necessariamente das atividades que são desenvolvidos em todo a bacia
hidrográfica, cada atividade produzindo um efeito específico e característico (Porto, 1991).
No Brasil, a gestão de recursos hídricos está em fase de reformulação de seus
instrumentos para atender as exigências impostas pela lei n° 9.433, de 7 de Janeiro de 1997.
Entre outros aspectos, essa lei instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do
artigo 21 da Constituição Federal, impondo uma nova abordagem à questão água. Dessa
forma, esse líquido passa a ser focalizado como um recurso natural limitado e dotado de
valor econômico. Esse novo “modelo de gestão” dos recursos hídricos, fundamentado na
gestão descentralizada e participativa, requer novos instrumentos operacionais, além do
amadurecimento cultural e político da sociedade (Pompermayer, 2003).
Essa Lei estabelece que a Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos
seguintes fundamentos: a água é um bem de domínio público; a água é um recurso natural
limitado e dotado de valor econômico; em situações de escassez, o uso prioritário dos
recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; a gestão dos recursos
hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; a bacia hidrográfica é a
unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação
5
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; a gestão dos recursos
hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos
usuários e das comunidades. Esta Lei também estabelece as diretrizes de gestão sistemática
dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade; a adequação
da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas,
sociais e culturais das diversas regiões do País; a integração da gestão de recursos hídricos
com a gestão ambiental; a articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos
setores usuários e com os planejamentos regional, estadual e nacional; a articulação da
gestão de recursos hídricos com a do uso do solo; a integração da gestão das bacias
hidrográficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras.
6
No Plano Estadual de Recursos Hídricos 2000-2003 do Estado de São Paulo, a
gestão de recursos hídricos é o conjunto de ações que visam o aproveitamento múltiplo e
racional dos recursos hídricos com o atendimento satisfatório de todos os usos e usuários,
em quantidade e padrões de qualidade. Essas ações visam o controle, a conservação, a
proteção e recuperação desses recursos com distribuição eqüitativa dos custos entre
usuários e beneficiários (DAEE 2001).
Os Comitês de Bacias Hidrográficas (CBHs) no Estado de São Paulo vêm
ganhando, nos últimos anos, ampliadas dimensões com a implantação progressiva da Lei
7.663/91, que prevê a criação descentralizada de CBHs em todo o estado. De composição
tripartite (Estado, Município e Sociedade Civil), os CBHs tem por função a elaboração dos
Planos de Bacia e Relatórios de Situação, e, em regiões onde os conflitos da água são mais
presentes, poderá ocorrer à implantação das chamadas Agências de Bacias, que terão o
encargo de gerenciar a cobrança pelo uso dos recursos hídricos, bem como a administração
e aplicação desses recursos nas próprias bacias onde serão arrecadados (Morandi e Gil,
2000).
Paralelamente à criação dos Comitês, o governo Federal tem incentivado iniciativas
locais, tais como a formação de Consórcios Intermunicipais de Bacias Hidrográficas. Estas
são iniciativas, onde os governos locais e os usuários estabelecem prioridades para o
desenvolvimento da bacia, com base nos princípios do desenvolvimento sustentável. Como
exemplo de experiência de gestão internacional de recursos hídricos, é importante
mencionar a criação do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba e
Capivari, no Estado de São Paulo. Em 1989, 12 prefeitos reuniram-se e criaram o referido
Consórcio Intermunicipal, com o objetivo de promover a recuperação e proteção de
mananciais. Essa organização reúne atualmente 38 municípios e 20 empresas privadas,
sendo considerada a associação de usuários de recursos hídricos mais bem estruturado do
país (Pompermayer, 2003).
O Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH –
PCJ) foi criado pela Lei nº 7663, de 30 de Dezembro de 1991, é um órgão colegiado
consultivo e deliberativo, de nível regional e estratégico do Sistema Integrado de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SIGRH), com sua atuação nas Bacias Hidrográficas
dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí e essas bacias formam a Unidade de Gerenciamento
7
de Recursos Hídricos nº 5 (UGRH 5) que foi criado pela Lei Estadual nº 9.034, de 27 de
Dezembro de 1994. Esse Comitê foi o primeiro comitê de bacia do Estado de São Paulo e
sua criação constituiu um marco histórico de novos rumos à gestão descentralizada e
participativa de recursos hídricos, do estado de São Paulo (Pompermayer, 2003).
A CETESB - Companhia de Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo - é a
agência do Governo do estado de São Paulo responsável pelo controle, fiscalização,
monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição, com a preocupação
fundamental de preservar e recuperar a qualidade das águas, do ar e do solo. Criada em 24
de Julho de 1968 pelo Decreto Nº 50.079, com a denominação inicial de Centro
Tecnológico de Saneamento Básico, incorporou a Superintendência de Saneamento
Ambiental – SUSAM , vinculado a Secretaria de Saúde, que, por sua vez, absorvera a
Comissão Intermunicipal de Controle da Poluição da Águas e do Ar – CICPAA que, desde
Agosto de 1960, atuava nos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São
Caetano do Sul e Mauá, na região do ABC da Grande São Paulo (CETESB, 2003).
A CETESB tornou-se um dos 16 centros de referência da Organização das Nações
Unidas - ONU para questões ambientais, atuando em estreita colaboração com os 184
países que integram esse organismo internacional. Tornou-se, também, uma das cinco
instituições mundiais da Organização Mundial de Saúde - OMS para questões de
abastecimento de água e saneamento, além de órgão de referência e consultoria do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, para questões ligadas a
resíduos perigosos na América Latina (CETESB, 2003).
A Companhia de Tecnologia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), opera
sua rede de monitoramento de qualidade de água desde 1974, possuindo 99 pontos de
amostragem distribuídos em 29 bacias hidrográficas.
A rede mostra em todos os 99 pontos, com freqüência bimestral, 33 indicadores da
qualidade da água que são: Temperatura, pH, resíduo total, resíduo filtrável e não filtrável,
turbidez, oxigênio dissolvido, condutividade, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes
fecais, coliformes totais, nitrogênio total, nitrato, nitrito, amoniacal, Kjeldahl, fósforo total,
ortofosfato solúvel, ferro total, manganês, cloreto, surfactante, demanda química de
oxigênio, bário, cádmio, chumbo, cobre, cromo total, níquel, mercúrio, zinco e fenol.
8
Os estudos da qualidade da água devem fornecer subsídios para avaliar as alterações
ambientais decorrentes das atividades humanas. Os sistemas de avaliação da quantidade de
água de um rio baseiam-se predominantemente em parâmetros físicos – químicos –
biológicos, através de definição de limites permissíveis baseados em medidas pontuais e
momentâneas.
O enquadramento dos corpos de água das sub-bacias da UGRH 5 é estabelecido
pelo Decreto Estadual no 10.755/77 e as classes de usos pelo Decreto Estadual n° 8.468/76.
Definem-se para as classes os seguintes usos:
• Classe 1 – Águas destinadas ao abastecimento doméstico, sem tratamento prévio ou com
simples desinfecção.
• Classe 2 – Águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento convencional; à
irrigação de hortaliças e frutíferas; à recreação de contrato primário (natação e mergulho).
• Classe 3 – Águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento convencional; à
preservação de peixes em geral e de outros elementos da fauna e flora; a dessedentação de
animais.
• Classe 4 – Águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento avançado; à
recreação; à harmonia paisagística; ao abastecimento industrial; à irrigação; e a usos menos
exigentes.
9
modificação na oferta natural de água, pela decorrência de mudanças climáticas, pode
trazer oscilações tanto no equilíbrio dinâmico dos ecossistemas naturais como na
produtividade agrícolas, causando sérias conseqüências econômicas e sociais. A água é um
fator limitante para o desenvolvimento sustentável, já que a vida animal e vegetal não se
desenvolvem na sua ausência e também é fundamental para as atividades industriais e para
produção de energia (Rebouças, Braga e Tundisi 1999).
O crescimento populacional acentuado e a decorrente intensificação das atividades
humanas, provocam alterações significativas nas características do meio natural. A
ocupação do ambiente natural ocorre geralmente com a remoção da cobertura vegetal, o
que pode acarretar sérios impactos ambientais, tais como: danos à fauna e à flora;
modificações climáticas; descobrimento do solo e remoção da camada fértil; aumento do
escoamento superficial da água, redução das infiltrações; erosão e assoreamento. O uso e
ocupação desordenados da terra, geralmente, geram poluição. Portanto, a utilização da
terra deve sempre ser feita, visando à conservação do meio ambiente e prevenindo a
poluição.
Para se assegurar desenvolvimento sustentável é indispensável que sejam
preservados os recursos hídricos, tanto em quantidade como em qualidade. Portanto, para
alcançá-lo, é imprescindível minimizar os efeitos de escassez da água e da poluição. Pois,
como sabemos, os desenvolvimentos da agricultura e da urbanização, estão estreitamente
ligados à oferta dos recursos hídricos (Rebouças, Braga e Tundisi 1999).
Segundo a Agenda 21, os problemas mais graves que afetam a qualidade dos corpos
d’água decorrem, em variados graus de importância, segundo as diferentes situações, de
tratamento inadequado de esgotos domésticos, de controle inadequado de efluentes
industriais, de perdas e destruição das bacias de captação, de localização inadequada de
indústrias, de desmatamento e de práticas agrícolas deficientes.
10
3.4 – Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos
11
gerenciamento da água precisa dessas respostas para que as ações tomadas sejam eficientes
na redução dos danos ao meio ambiente, atuais e futuros. É indispensável o estabelecimento
de formas de utilizar os dados coletados, para que o gestor dos recursos hídricos e a
sociedade possam, conhecer cada vez melhor, os processos da natureza.
Segundo Von Sperling (1996) a qualidade da água é resultado de fenômenos
naturais e da atuação do homem, ou seja, a qualidade de uma determinada água é função do
uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica e resulta da combinação de dois fatores:
1 – Condições naturais: mesmo com a bacia hidrográfica preservada nas suas
condições naturais, a qualidade das águas subterrâneas é afetada pelo escoamento
superficial e pela infiltração no solo, resultantes da precipitação atmosférica. O impacto nas
mesmas é dependente do contato da água em escoamento ou infiltração com as partículas,
substâncias e impurezas no solo. Assim, a incorporação de sólidos em suspensão ou
dissolvidos ocorre, mesmo na condição em que a bacia hidrográfica esteja totalmente
preservada em suas condições naturais. Neste caso, tem grande influência à cobertura
vegetal e a composição do solo.
2 – Interferência do homem: a interferência do homem, quer de uma forma
concentrada, como na geração de despejos domésticos ou industriais, quer de uma forma
dispersa, como na aplicação de defensivos agrícolas no solo, contribui para incorporação de
compostos a água, afetando sua qualidade. Portanto, a forma como o homem usa e ocupa o
solo, implica diretamente na qualidade da água.
Segundo Von Sperling (1996), o controle da qualidade da água está associado a um
planejamento global, ao nível de toda a bacia hidrográfica. A qualidade desejável para uma
determinada água é função do uso previsto, como:
1- A qualidade de uma água existente: função do uso e da ocupação do solo
na bacia hidrográfica;
2- Qualidade desejável para uma água: função do uso previsto para a água.
12
2- ser a base para definir os níveis de tratamento a serem adotados na bacia, de
modo que os efluentes lançados não alterem as características do curso d’água estabelecido
pelo padrão (Porto,1991).
No Brasil, o gerenciamento de recursos hídricos tem passado por um processo lento
de regulamentação. Mesmo assim, vários projetos de gestão integrada de bacias
hidrográficas foram implementados, contribuindo para um processo de gestão mais
estruturado e formalizado. Dentre esses, destacam-se dois projetos para o gerenciamento
integrado de bacia hidrográfica que são os das bacias do rio Paraíba do Sul e do rio Doce
(Pompermayer 2003).
A agenda 21 propõe ainda um programa de atividades, recomendado a todos os
países que, de acordo com seu potencial e disponibilidade de recursos, possam implementá-
lo quando for apropriado, devendo sua implementação contar com a cooperação das
organizações pertinentes. Ainda com relação à área de recursos hídricos, o Capítulo 18 da
Agenda 21, prevê áreas de programas para o setor de água doce. Entre essas áreas, a gestão
integrada dos usos de recursos hídricos, tem como princípio à “ percepção da água como
parte integrante do ecossistema e como um bem público de valor econômico, cuja
utilização deve ser cobrada, observados os aspectos de quantidade e qualidade e as
peculiaridades da bacia hidrográfica”.
A gestão integrada de recursos hídricos deve ser feita no âmbito da bacia ou sub-
bacia hidrográfica, visando as seguintes metas: elaborar planos de proteção, conservação e
uso racional dos recursos hídricos, com base nas necessidades e prioridades da
comunidade; implementar projetos ou programas adequados e eficientes, tanto socialmente
quanto economicamente, contemplando a participação do público e das comunidades
locais, no estabelecimento de políticas e tomadas de decisões; fortalecer ou implementar,
particularmente nos países em desenvolvimento, mecanismos institucionais, legais e
financeiros, assegurando que a política hídrica e sua implementação seja um propulsor para
o bem-estar social e o desenvolvimento econômico sustentável; e fortalecer as instituições
locais na implementação e manutenção de programas de saneamento e abastecimento de
água (Rebouças, Braga e Tundisi, 1999).
A condição fundamental para que a gestão dos recursos hídricos seja efetivamente
implantada é a motivação política, que faz prevalecer os interesses públicos sobre os
13
interesses particulares e corporativistas. Havendo decisão política, motivada pela escassez
relativa de tais recursos, é possível planejar o seu aproveitamento e controle mediante a
implantação de obras e medidas recomendadas. (Barth e Pompeu,1987).
Há programas concebidos para a bacia que tem preocupação voltada ao controle do
uso dos recursos hídricos e divulgação de informação (monitoramento hidrológico), os
quais trazem como benefício o conhecimento em tempo real da situação de qualidade e
quantidade das águas na Bacia, permitindo extrapolações e tomadas de decisão. Isto poderá
se efetivar por meio de modelos, com interfaces que aproximem ainda mais o usuário, na
medida em que facilidades na manipulação e compreensão dos resultados sejam
desenvolvidas, objetivando maior rapidez na tomada de decisão. Esta medida é muito
necessária na implantação a nível operacional para o gerenciamento e projetos de
engenharia de sistemas de recursos hídricos (Barp, 1995).
Segundo Rodrigues 1995, o saneamento básico indica qualidade de vida no período
moderno e é condição indispensável à urbanização e/ou modernidade. Contudo, o que é
pouco analisado são as formas pelas quais o próprio processo de urbanização cria a
escassez, provoca a destruição e empobrece a qualidade de alguns recursos essenciais,
como a água e o ar atmosférico. A poluição das águas é um indicador do índice de
atividades produtivas/destrutivas mas que tem sido considerado apenas como “ desvio ” de
modelos de planejamento e desenvolvimento que esperam atingir o “desenvolvimento
idealizado”.
14
A determinação das disponibilidades dos recursos hídricos em uma bacia
hidrográfica apresenta uma grande complexidade, em função das interações existentes entre
os diferentes fatores condicionantes do ciclo hidrológico, notadamente, os fatores físicos. A
compreensão dos mecanismos hidrológicos envolvidos entre os diferentes fatores, pode
possibilitar condições suficientes para a avaliação da dinâmica desses recursos.
Infelizmente, de forma geral a ocupação das terras no país se faz de maneira inadequada
que conduz invariavelmente as condições de instabilidade ambiental, como a erosão
acelerada do solo (Pinto, 1991).
A ocupação das terras no país de maneira inadequada, conduzindo a instabilidade
ambiental, tem promovido extensivamente o assoreamento, a poluição e a eutrofização das
águas superficiais, com prejuízo da quantidade e da qualidade dos recursos hídricos
(Weill,1999).
A qualidade da água é resultante de fenômenos naturais e da atuação do homem. De
maneira geral, pode-se dizer que a qualidade de uma determinada água é função do uso e da
ocupação do solo na bacia hidrográfica, ou seja, resultante da combinação dos fatores
condições naturais e interferência humana (Von Sperling, 1996).
Segundo Garcez & Alvarez (1988), as características topográficas, geológicas,
geomorfológicas, pedológicas e térmicas, bem como o tipo de cobertura da bacia,
desempenham papel essencial no seu comportamento hidrológico, sendo importante medir
numericamente algumas dessas influências.
Poluição das águas é a adição de substâncias ou de formas de energia que, direta ou
indiretamente, alterem a natureza do corpo d’ água de uma maneira tal que prejudique os
legítimos usos que dele são feitos (Von Sperling, 1996).
A água é um recurso natural renovável, mas a sua disponibilidade qualitativa e
quantitativa vem sofrendo grandes riscos, devido às ações da própria natureza, como
principalmente pelo aumento da poluição hídrica, a qual está prejudicando o abastecimento
para fins de consumo humano.
Os recursos hídricos no Estado de São Paulo com seu grande desenvolvimento
urbano e industrial, possui problemas típicos dos países desenvolvidos, sem contar com
mecanismos jurídicos e institucionais para enfrentá-lo (DAEE, 1990).
15
A deteriorização da qualidade das águas superficiais na bacia, deve-se aos
lançamentos de esgotos “ in natura ” gerados pelas populações dos centros urbanos e os
efluentes industriais que, apesar de serem tratados, equivalem a uma carga poluidora
praticamente igual à de origem doméstica. Essa poluição, por sua vez, coloca em risco o
abastecimento de água da população.
O acesso à água potável, portanto, a um recurso natural transformado pelo uso, é um
indicador de “saneamento básico” ou de qualidade de vida. A extensão da rede de
abastecimento é, assim, ao mesmo tempo medida da possibilidade da urbanização e um
indicador de que o recurso “água” se torna cada vez mais escasso. As propostas de
intervenção não podem centrar-se apenas no problema – na sua aparência – ou seja, no
consumo final – mas nas causas que o criam, na sua essência. O cidadão ou citadino se vê
obrigado a consumir menos água ou então a pagar os custos de captar água em áreas cada
vez mais distantes dos grandes centros urbanos. Há que se analisar como uma medida de
progresso – por exemplo, as formas de abastecimento de água potável – contém em si sua
própria negação, pois quanto mais casas e indústrias, etc., necessitarem de abastecimento e,
dependendo da área de captação e de “retorno” das águas servidas, o “recurso natural-água”
torna cada vez mais escasso, raro e caro. O planejamento ambiental – para o meio ambiente
urbano – torna-se cada vez mais necessário para compreender as formas de captação e
distribuição de água e as formas pelas quais, cada vez mais, um recurso considerado
abundante e renovável acaba por ser mais raro e talvez até não renovável” (Rodrigues,
1995).
Segundo Barp (1995), a demanda de água se faz apenas pelos volumes retirados
para o consumo dos setores próprios da bacia, mas esta se soma aos volumes revertidos
para outras bacias. Como exemplo, citamos o caso do Sistema Cantareira que faz a reversão
do Médio Tietê para o Alto Tietê, para o abastecimento da cidade de São Paulo com uma
vazão de 31 m3/s.
16
3.6 – Sistema Cantareira
17
Figura 3.2 – Perfil do Sistema Cantareira ( Departamento de Água e Energia Elétrica)
As vazões dos rios Jaguari, Atibaia e Piracicaba, são afetadas pela operação desse
sistema que compreende 4 reservatórios localizados nas cabeceiras dos formadores do rio
Piracicaba (Jaguari, Jacareí, Atibainha e Cachoeira), e um reservatório situado na cabeceira
do rio Juqueri, fora da bacia do Piracicaba. Os reservatórios encontram-se interligados por
túneis e canais até a Estação de tratamento de Água do Guaraú, na cidade de São Paulo.
A vazão mínima do rio Piracicaba depende do sistema Cantareira, que foi projetado
para assegurar, em épocas de estiagem, a vazão mínima de 15m3/s em Paulínia no rio
Atibaia e 40 m3/s em Piracicaba no rio Piracicaba, de conformidade com os requisitos que
integram a concessão do Sistema Cantareira. Isso implica em uma contribuição mínima da
ordem de 25m3/s, por parte da sub-bacia do rio Jaguari.
A construção desse sistema teve início em 1965 e foi implantado em duas etapas. A
primeira compreendeu o aproveitamento dos rios Juqueri, Atibainha e Cachoeira, com
início de operações em 1975, fornecendo a vazão nominal de 11 m3/s para São Paulo. Em
1976 teve início às obras relativas à segunda etapa, compreendendo as barragens dos rios,
Jaguari e Jacareí, e que propiciaram a adução de 31 m3/s. A população atendida pelo
sistema integrado saltou da cifra de 60% da população presente em 1975 para 95% em
1984 (SABESP, 1989).
O sistema Cantareira é, sem dúvida, um dos maiores sistemas produtores de água do
mundo. Os seus reservatórios estão situados em diferentes níveis e são interligados de tal
maneira que desde do Jaguari e o Jacareí, as águas passam por gravidade pelos
reservatórios do Cachoeira, Atibainha e Juquerí, e chegam a estação elevatória de Santa
Inês, onde todo o volume produzido é bombeado para o reservatório de águas Claras,
18
construído no alto da Serra da Cantareira. Desse reservatório, as águas passam, por
gravidade, à Estação de tratamento do Guaraú, que abastece São Paulo.
A partir de 1968, começaram a haver alterações no regime fluvial da bacia, devido
às obras do sistema de barragens, enquanto que outras obras mais antigas parecem não ter
causado alterações sensíveis (DAEE, 1987).
19
hidrológicas como vazões mínimas ou de estiagens, na forma de Q7,10 e Q95% são bastantes
utilizadas em planejamento e gestão de recursos hídricos, para análise e previsão das
disponibilidades hídricas e da qualidade dos recursos hídricos. Utilizam-se normalmente
valores de vazões mínimas características, como indicadores das condições de estiagens de
um rio (Pompermayer, 2003).
Segundo Tucci 2001, conhecer a disponibilidade hídrica atual de uma bacia
hidrográfica e ter uma previsão da disponibilidade futura é um dos primeiros passos para o
planejamento e a gestão do uso de seus recursos hídricos. A disponibilidade hídrica
superficial de uma região é caracterizada a partir de vazões mínimas ou de estiagens.
As vazões traduzidas por Q7,10 e por Q95% são indicadores que representam a
contribuição unitária mínima da bacia. A vazão Q7,10 caracteriza uma situação de estado
mínimo e a vazão específica Q95% caracteriza uma situação de permanência. Esses
indicadores são utilizados para avaliar a disponibilidade hídrica mínima por unidade de
área, indicando áreas críticas quanto à utilização dos recursos hídricos (Pompermayer,
2003).
A relação entre a demanda total de água de uma bacia e sua disponibilidade hídrica,
nas formas de Q7,10 e/ou Q95% é o indicador utilizado para classificar áreas críticas quanto à
utilização dos recursos hídricos. Conforme estabelecido pelo Comitê Coordenador do Plano
Estadual de Recursos Hídricos (CORHI), regiões onde a demanda de água supera 50% da
disponibilidade hídrica mínima são consideradas áreas críticas quanto à utilização dos
recursos hídricos.
A relação entre a demanda total de água e a disponibilidade hídrica mínima é o
indicador utilizado para avaliar a criticidade de uma bacia quanto à utilização dos recursos
hídricos(Pompermayer, 2003).
20
3.8 - Vazão de Enchente
21
3.9-Regionalização Hidrológica
22
selecionar indicadores considerados prioritários para a gestão de recursos hídricos, em
níveis local e agregado.
A técnica Delphi é um método para o planejamento em situações de carência de
dados históricos ou nas quais pretende-se estimular a criação de novas idéias. O Delphi
poderá ser muito útil quando quiser realizar, uma análise qualitativa do mercado permitindo
que se projetem tendências futuras em face de descontinuidades tecnológicas e mudanças
sócio-econômicas. Este método consulta um grupo de especialistas a respeito de eventos
futuros por meio de um questionário, que é repassado continuadas vezes até que seja obtida
uma convergência das respostas, um consenso, que represente uma consolidação do
julgamento intuitivo do grupo. Pressupõe-se que o julgamento coletivo, ao ser bem
organizado, é melhor do que a opinião de um só indivíduo.
No Brasil, estudos recentes para a avaliação e seleção de indicadores, visando à
gestão descentralizada e participativa dos recursos hídricos, foram baseados na aplicação do
Painel Delphi, onde tende a incorporar aspectos relacionados com a variabilidade e a
subjetividade em qualquer processo de avaliação.
Então Magalhães & Cordeiro Netto utilizaram um Painel Delphi para a avaliação e
sugestão de indicadores de uso de recursos hídricos. Foi elaborada uma listagem de
indicadores, que eles denominaram “indicadores de pressão antrópica sobre os recursos
hídricos”. Com base nos resultados do Painel Delphi aplicado no país, selecionaram vinte
indicadores de sustentabilidade do uso dos recursos hídricos. Definiu-se uma proposta de
indicadores flexível o bastante, para refletir as especificidades locais.
O rio Jaguari nasce na Serra das Três Orelhas em Minas Gerais. Possui
aproximadamente 200 Km de extensão e faz quase todo seu percurso sobre rochas
cristalinas, restando pequena porção na foz onde faz seu trajeto em faixa sedimentar. Corre
em direção a N.O e atravessa a fronteira do Estado de São Paulo, onde passa a integrar com
a Bacia do Rio Piracicaba. Aproximadamente no centro dessa Bacia, o rio Jaguari
juntamente com o rio Atibaia, formam o rio Piracicaba. O rio Jaguari apesar de nascer no
23
sul do estado de Minas Gerais, percorre sua maior distância no Estado de São Paulo e na
sua porção final recebe seu principal afluente, o Camanducaia.
Figura 3.3-Delimitação da Bacia do Jaguari e seus Municípios ( Consórcio Intermunicipal das Bacias do Rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí)
24
crescimento econômico do país, que teve seu início na década de 70, e deu origem a uma
série de problemas. A partir desta década, alguns municípios da bacia do Rio Jaguari
passaram a constituir pólos de atração de diversas atividades altamente consumidoras e
degradadoras de recursos hídricos.
A bacia do rio Jaguari está caracterizada pela sua escassez qualitativa e quantitativa,
ambas associadas à degradação ambiental, crescimento econômico e desperdícios
generalizados. A escassez qualitativa nesta bacia é caracterizada pelo excesso de
lançamentos de efluentes domésticos, industriais e agrícolas (in natura), e, pela ausência de
estações de tratamentos de esgotos. A escassez quantitativa é determinada pelo grande
crescimento econômico regional e pelo aumento da população causado, principalmente,
pela migração de moradores advindos da conurbação paulista. Além disso, temos que
considerar, a reversão do Sistema Cantareira de 31 m3/s para a bacia do Alto Tietê, região
metropolitana de São Paulo (Hidroplan, 1997).
No período de estiagem, compreendida entre os meses de maio a outubro, as
limitações de vazão nas comportas da barragem do Cantareira e as diversas captações em
seu curso, fazem o rio Jaguari passar pelo município de Jaguariúna–SP, bastante debilitado,
só ganhando corpo com a afluência do rio Camanducaia Paulista, fato importante para
captações situadas abaixo deste ponto, como é o caso do município de Limeira–SP. Em
Bragança Paulista–SP, o rio Jaguari, perde grande volume em seu represamento, perda essa
que tende a se agravar em função do crescimento continuado desta região.
O acentuado aumento populacional e a intensificação das atividades agro-industriais
na calha do Rio Jaguari, vêm acarretando o aumento do consumo de água urbano, industrial
e agrícola e, também, causando sensível deterioração da qualidade deste recurso natural
(Consórcio Intermunicipal da Bacia do Piracicaba, 1992)
A par do desenvolvimento industrial, surgiu o crescimento urbano que vem se
firmando como um dos principais fatores responsáveis pela degradação da qualidade da
água, como tem demonstrado, o monitoramento dessa qualidade em alguns pontos da bacia,
próximos aos grandes centros urbanos. Atualmente, menos de 10% das cargas orgânicas de
esgotos urbanos são removidos por estação de tratamento de esgoto.
A maior causa de deterioração da qualidade das águas superficiais na bacia do rio
Jaguari são os lançamentos de esgotos “in natura” que são gerados pelas populações
25
urbanas e os efluentes industriais que apresentam uma carga poluidora altamente agravante
ao meio ambiente, conduzindo a uma situação extremamente grave de poluição, colocando
em risco o abastecimento de água da população e a saúde pública.
Praticamente todas as cidades possuem sistema de abastecimento de água, com
índice de atendimento de 95% da população urbana e como as condições hidrogeológicas
desfavorecem a exploração de águas subterrâneas, o abastecimento da região é feito quase
que totalmente, por águas superficiais. E em relação ao esgoto, cerca de 75% da população
urbana também é atendida por redes de esgotos, mas os sistemas, quase sempre lançam os
efluentes nos cursos de água, sem tratamento (Consórcio Intermunicipal da Bacia do
Piracicaba, 1992).
Isto significa que se não forem tomadas medidas preventivas com a urgência que o
caso requer, o ritmo atual de crescimento urbano, industrial e agrícola, poderá conduzir o
rio Jaguari, a uma situação extremamente problemática sob o ponto de vista de poluição e
abastecimento de água.
26
Essa região é fronteiriça à Região Metropolitana de São Paulo e, por esse motivo é
cortada por algumas das principais vias de transporte do país, o que facilita a integração em
termos econômicos, ao mesmo tempo em que explica a constituição de um eixo de
expansão da indústria.
A industrialização na região serviu como elemento de atração populacional. A
opção pelo interior se explica pela tendência de se homogeneizarem as vantagens de
localização a Região Metropolitana de São Paulo e a parte do interior. A localização das
atividades produtivas tem obedecido estritamente a princípios de mercado, tirando maior
proveito das potencialidades de cada região, com o objetivo de reduzir os custos de
produção e maximizar os resultados (Rodrigues, 1996).
Essa característica industrial da região, a partir da década de 1970, foi determinado
pela instalação de indústrias no período de desconcentração da atividade industrial da
Região Metropolitana de São Paulo (FSEADE/FECAMP, 1998).
O desenvolvimento econômico dessa região, impulsionado pela industrialização, fez
com que a região se configurasse como uma área de atração migratória importante,
ocorrendo um grande processo de crescimento populacional (Davanzo, 1992). A Tabela 3.1
mostra o crescimento da população em cada município da bacia do Jaguari.
27
Tabela 3.1: População residente nos municípios da bacia do Jaguari
MUNICÍPIOS POPULAÇÃO RESIDENTE
SUB-BACIA 1 1970 1980 1991 1996 2000 2003
Camanducaia –MG 10.849 12.518 16.927 17.223 20.537 21.649
Extrema - MG 8.910 10.777 14.314 18.906 19.219 20.730
Itapeva –MG 4.480 4.732 5.529 6.520 7.361 7.925
Toledo – MG 4.395 4.002 4.664 5.074 5.222 5.394
Amparo 31.908 41.598 50.797 55.239 60.404 63.364
Artur Nogueira 10.171 15.941 28.053 25.911 33.124 37.384
Bragança paulista 63.676 84.048 108.980 109.863 125.031 132.779
Cosmópolis 12.110 23.232 36.684 39.817 44.355 46.927
Holambra - - 5.641 - 7.211 7.762
Jaguariúna 10.391 15.210 24.999 25.410 29.597 31.757
Joanópolis 7.362 7.752 8.186 9.252 10.409 11.094
Monte Alegre do Sul 4.762 4.860 5.439 6.233 6.321 6.593
Morungaba 5.032 6.525 8.210 9.617 9.911 10.435
Pedra Bela 5.230 4.690 5.142 5.145 5.609 5.753
Pedreira 15.053 21.383 27.972 31.892 35.219 37.452
Pinhalzinho 4.912 6.396 8.433 10.036 10.986 11.772
Santo Antônio de Posse 7.799 10.872 14.327 14.924 18.124 19.318
Tuiuti - - 4.080 - 5.083 5.222
Vargem - - 4.943 - 6.975 7.581
TOTAL GERAL 257.040 274.536 368.656 391.062 460.698 490.891
Fonte: Censos IBGE 1970, 1980, 1991, 2000 e Fundação SEADE
(-) Dado não disponível
28
Devido a este fato, os municípios a jusante ficam com custos de tratamento bastante
onerados, para poder contar água em condições de consumo. A qualidade da água tem
impactos cada vez mais importantes sobre o volume de água disponível para consumo
(Alves, 1993).
Na indústria o uso dos recursos hídricos é duplo tanto como no uso residencial, pois
além do consumo há o carreamento dos despejos. O controle dos lançamentos de resíduos
industriais tem tido grandes avanços, apesar de ainda não existir situações preocupantes.
A demanda de água para irrigação, por sua vez, de grande importância para o
desenvolvimento da atividade agrícola na região, apresenta tendência de expansão
continuada.
29
A medida que os municípios da bacia do Jaguari crescem, o consumo de água
aumenta potencializado pelo aumento da população que é significativo. Com isso pode-se
deduzir que há possibilidade de diminuição da vazão e da qualidade da água captada nos
municípios, o que pode se constituir, futuramente, em um entrave para o efetivo
desenvolvimento urbano e industrial desses municípios, bem como, comprometer o
abastecimento dos municípios localizados à jusante.
A pressão sobre os recursos hídricos resulta do crescimento populacional e
econômico e reflete-se nas expressivas taxas de urbanização observadas nos últimos anos.
Como conseqüência, ocorre a degradação do meio ambiente hídrico, que atinge maiores
contingentes populacionais.
As Tabelas 3.2 e 3.3 a seguir mostram as taxas de crescimento e de urbanização dos
municípios da bacia do rio Jaguari.
30
Tabela 3.3 : Taxa de Urbanização (em %)
MUNICÍPIOS TAXA DE URBANIZAÇÃO
EM %
BACIA DO JAGUARI 1980 1991 2004
Camanducaia – MG 48,30 61,70 -
Extrema – MG 54,00 63,50 -
Itapeva – MG 38,10 54,50 -
Toledo – MG 25,00 30,70 -
Amparo 69,00 72,00 75,67
Artur Nogueira 43,80 48,40 93,59
Bragança Paulista 74,60 84,80 90,62
Cosmópolis 81,30 89,40 96,61
Holambra - - 62,19
Jaguariúna 61,00 76,30 89,21
Joanópolis 42,40 87,40 99,00
Monte Alegre do Sul 41,70 50,60 57,99
Morungaba 70,20 76,10 81,62
Pedra Bela 14,40 17,20 30,82
Pedreira 92,00 95,80 97,40
Pinhalzinho 33,50 45,00 56,90
Santo Antônio de Posse 65,50 78,40 84,19
Tuiuti - - 53,75
Vargem - - 49,68
Fonte: Censos IBGE 1980 e 1991 e SEADE- Perfil Municipal
(-) item não disponível
31
Tabela 3.4 : Índice de Atendimento de Abastecimento de Água
MUNICÍPIOS POPULAÇÃO ÁGUA IA
BACIA DO JAGUARI URBANA POPULAÇÃO %
2000 IBGE ATENDIDA
Camanducaia – MG 14.267 14.267 100
Extrema – MG 12.852 12.852 100
Itapeva – MG 3.787 3.787 100
Toledo – MG 1.947 1.947 100
Amparo 43.351 43.351 100
Artur Nogueira 30.437 30.437 100
Bragança Paulista 110.982 110.982 100
Cosmópolis 42.511 42.511 100
Holambra 3.958 3.958 100
Jaguariúna 25.669 25.412 99
Joanópolis 10.388 10.388 100
Monte Alegre do Sul 3.280 3.116 95
Morungaba 7.795 7.639 98
Pedra Bela 1.206 1.206 100
Pedreira 34.155 33.813 99
Pinhalzinho 5.279 5.279 100
Santo Antônio de Posse 14.673 14.673 100
Tuiuti 2.262 2.262 100
Vargem 2.611 2.611 100
Fonte : Consórcio da Bacia do PCJ 2003
32
3.12.2 - Abastecimento Industrial
33
Segundo o Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios PCJ (2000), a origem das
captações de água para fins industriais estão concentradas na sua maioria em mananciais
superficiais e algumas indústrias são supridas por rede pública de abastecimento de água.
Das indústrias grandes consumidoras de água nos municípios da bacia do Jaguari,
destacam-se duas que juntas perfazem uma vazão de captação de 2.930,32 m3/h, como
pode-se observar na Tabela 3.6, abaixo:
A Tabela 3.7 mostra a demanda de água para uso industrial na bacia do rio Jaguari,
conforme Plano de Bacia Hidrográfica 2000-2003, Comitê das Bacias Hidrográficas dos
Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
34
3.12.3 - Irrigação
35
A Tabela 3.8 mostra o número de irrigantes e a área irrigada nos municípios da
bacia do Jaguari:
36
3.13 - Municípios de Jaguariúna, Cosmópolis e Morungaba
37
industrialização a partir de 1980. Em 1980 a agropecuária era responsável por 28,5% do
valor adicionado do município, passando para 6,5% em 1990 e 0,3% em 1998.
Na utilização das terras, observou-se que 33,4% das terras estavam ocupadas com
lavouras temporárias, 21,7% de pastagens plantadas e 12,6% de lavouras permanentes. Das
lavouras temporárias destacava-se a produção de cana-de-açucar, milho e tomate. Das
lavouras permanentes destacava-se a produção de laranja, manga, limão, goiaba e café. E
da produção de origem animal, especializou-se na avicultura, criação de gado e criação de
suínos.
A partir da década de 80 assistiu-se a aceleração do processo de expansão industrial,
com a implantação de importantes empresas como a Johnson em 1981, a Engraplast em
1986, a Pena Branca em 1987 e a Antarctica em 1989. Na década de 90 o processo teve
continuidade com as empresas : Metalcabo em 1990 , a Metalsix em 1992, a Delphi
Packard Eletric Systems em 1994, a Compaq em 1994, a IBR-Indústria Brasileira de Rodas
em 1995 , a Motorola em 1996 e a BYK Farma em 2002. Atualmente estão instaladas 152
indústrias.
Em 1990 o comércio representava aproximadamente 15% do valor adicionado do
local, caindo para aproximadamente 3% em 1996. Em 1998 a sua posição sobe para 10%.
Os serviços aumentam a sua participação no valor adicionado municipal, entre 1990 e
1993, passando de 4% para pouco mais de 10% e depois disto, perde participação para
4,5% e 6% do valor adicionado. Nos setores de serviços destacam-se os serviços de
administração pública, os serviços de transporte e os serviços de alojamento e alimentação.
O serviço de abastecimento de água é operado pela Secretaria de Saneamento
Básico, atendendo cerca de 100% da população urbana. É composto por uma ETA que
realiza a captação no rio Jaguari e tem capacidade para a produção de 15 mil m3 por dia. O
tratamento de água é o convencional, com mistura rápida, floculação, decantação e
filtração. Para a floculação é, utilizado o cloreto férrico e cal.
A cidade trata 50% do seu esgoto, através do sistema de lagoas aeradas seguida de
decantação. De um total de 180 litros/pessoa/dia, 50% são lançados no rio Jaguari e 50% no
rio Camamducaia. A previsão é tratar aproximadamente 100% até o final de 2005.
A produção média diária de lixo é de 25 t/dia. O lixo domiciliar e o lixo industrial
são depositados num aterro particular em Paulínia e o lixo hospitalar também é levado e
38
incinerado. Há na cidade um antigo lixão, que vem sofrendo um processo de recuperação
com a compactação da massa de lixo. Posteriormente, a área desse lixão será gramada e o
lençol freático monitorado. A não disposição do lixo no município é devido à falta de
espaço físico para a construção de um aterro. Não há coleta seletiva e também não há
disposição especial para pneus, pilhas ou baterias, lâmpadas, etc.
39
O saneamento ambiental é gerenciado por três setores: a Secretaria de Saúde, a
Secretaria de Obras e o Departamento de Água e Esgoto. O Departamento de Água e
Esgoto foi criado junto com a cidade, como serviço municipal, atendendo todo o perímetro
urbano e parte da área rural na região de chácaras. Este serviço de água e esgoto é
autônomo e composto por captação, tratamento e distribuição. A rede de distribuição de
água abrange atualmente 100% da área urbana e a rede esgoto 93%. Já na área rural, não é
possível oferecer o serviço de abastecimento e coleta de esgoto interligado, mas o
departamento oferece serviço gratuito de análise dos poços artesianos e assistência técnica
no caso de contaminação.
A captação de água superficial e o manancial do município é a represa do rio
Pirapitingui. Existe o manancial de reserva que é o rio Jaguari, localizado na divisa de
Cosmópolis com Paulínia, pois o rio Jaguari encontra-se menos poluído. No rio
Pirapitingui, não há contaminação industrial, mas a contaminação por defensivos agrícolas
é grande. Não existe captação de água subterrânea no município, pois o lençol freático não
é apropriado para a captação em larga escala e os poços artesianos existentes possuem
vazões baixas.
A cidade de Cosmópolis possui, sistema de tratamento de esgotos projetado para
33% do esgoto captado, mas trata apenas 12% do total. A estação é do tipo compactada
modular, construída pelo Consórcio da Bacia do Piracicaba em caráter experimental, e foi
projetada para comportar três blocos de tratamento, onde apenas um foi construído. O
tratamento é anaeróbio e produz um pouco de odor. A vantagem da estação compacta
modular é a possibilidade de construção de módulos em função do crescimento da
população. A formação de lodo na estação de tratamento de esgoto é muito pequena e a
previsão para a disposição, é o simples depósito em aterro sanitário.
Em relação aos resíduos sólidos, a coleta abrangia em 2001, 100% da área urbana e
50% da área rural do município. São coletadas 150 toneladas de lixo doméstico/comercial
por mês. Os resíduos coletados não são tratados, há o depósito em lixão localizado dentro
do próprio município. No município não há programas de coleta seletiva ou de redução e
reutilização de resíduos. Não há coleta de lixo industrial, e cada empresa responsabiliza-se
pelo depósito de seus próprios resíduos.
40
Com relação ao lixo hospitalar é feita coleta diferenciada em: hospital, farmácias,
laboratórios e postos de saúde. Entretanto, não existe tratamento especial. É coletada 1t/mês
de lixo hospitalar, onde é destinado para área especial no lixão da cidade e é enterrado em
valas separadas do lixo comum misturado com cal e coberto com terra. Essas valas para o
lixo hospitalar estão mais distantes da entrada do lixão. Esta coleta hospitalar é feita pela
Secretaria de Saúde. E a coleta de pneus e similares, recolhidos no controle da dengue são
levados para um triturador em Paulínia.
41
Morungaba em estância climática. A cidade começa a estruturar-se para se transformar num
ponto de atração turística. Suas principais atividades econômicas são: a agropecuária e a
indústria variada, com predominância têxtil.
Morungaba apresentou um crescimento populacional nos últimos anos, sua
população praticamente dobrou nos últimos trinta anos, passando de 5.007 em 1970 para
9.893 em 2000. Sua taxa de urbanização foi de 56,4 em 1970 , alcançando 78,6 em 2000.
A grau de urbanização cresceu 13,84% entre 1970 a 1980 , de 5,89% em 1980 a
1990 e de 2,45% entre 1990 a 2000 . Destacando o seu maior crescimento na década de 70,
quando teve início o grande desenvolvimento industrial.
42
4– METODOLOGIA
43
4.2.1.1 – Coeficiente de Compacidade
p
Kc = 0,28
A
O fator de forma constitui outro índice da maior ou menor tendência para enchentes
de uma bacia. Uma bacia com um fator de forma baixo, é menos sujeito a enchentes que
outra de mesmo tamanho, porém com maior fator de forma. Isso porque uma bacia estreita
e longa, com fator de forma baixo, há menos possibilidade de ocorrência de chuvas intensas
cobrindo simultaneamente toda a sua extensão; e também a contribuição dos tributários
atinge o curso d’água principal em vários pontos ao longo do mesmo, afastando-se,
portanto, da condição ideal da bacia circular, na qual a concentração de todo o deflúvio da
bacia se dá num só ponto (Villela, 1975).
O fator de forma é a relação entre a área da bacia em Km2 e o comprimento da bacia
em Km. O comprimento L da bacia é medido quando se segue o curso d’água mais longo
44
desde a desembocadura até a cabeceira mais distante na bacia. Este fator será obtido com a
fórmula:
A
Kf =
L2
L
Dd =
A
45
Onde : L = comprimento total dos cursos d’água na bacia
A = área de drenagem
A
L=
4L
Onde: A = área da bacia
L= extensão de um curso d’água passando pelo seu centro
Este índice constitui uma indicação da distância média do escoamento superficial.
46
Onde: L=comprimento do rio principal em Km
Lt = comprimento de um talvegue em Km
47
Figura 4.1 – Ponto de coleta para análise da qualidade da água (Ponte Maria Fumaça)
4.4 – Vazão
48
Figura 4.2 – Vista aérea do ponto de medição de vazão (Ponte Maria Fumaça)
49
4.4.1 Medição da Vazão Pelo Método do Molinete
Qi = Si × Vi
Onde : Si = bi × hi
50
4.4.2 – Método de Transferência Espacial de Informação
⎛ A − Am ⎞
Qu = Qm + ⎜ u ⎟ ÷ (Q J − Q m )
⎜ A −A ⎟
⎝ j m ⎠
Qu = vazão (m3/s) onde se deseja, Jaguariúna
Qm = vazão (m3/s) na estação montante, Morungaba
Qj = vazão (m3/s) jusante, Cosmópolis
A= área contribuinte em u (Jaguariúna); m (Morungaba); e j (Cosmópolis).
A) Q7,10 e Q95%
51
Em estudo anterior verificou-se que a função distribuição de probabilidade da
variável padronizada Xn, definida por:
Qn
Xn = × n = 7,30,60,...180dias
Qn
Onde :
Qn = vazão mínima anual de N dias consecutivos;
Onde :
C7,m é obtido a partir da figura 4.6 do “ Manual de Cálculo das Vazões Máximas,
Médias e Mínimas nas Bacias Hidrográficas do Estado de São Paulo ” do DAEE, 1994. Os
valores de Xt , A, B e Q encontram-se na Tabela 4.1 do referido Manual.
A regionalização das curvas de permanência foi realizada a partir da análise das
freqüências acumuladas, calculadas para as séries de vazões mensais observadas, em cada
um dos 219 postos fluviométricos estudados. Para que os resultados pudessem ser
comparados, as séries originais foram padronizadas dividindo-se as vazões mensais pela
média de longo período da série. Assim, a variável padronizada é definida por q:
q = Q/Q
52
Ordenando-se os valores de q em ordem decrescente, pode-se estimar a freqüência
acumulada, também denominada permanência (P), por:
P = Fq (q >= qi ) − I / N
53
4.4.4 – Vazão de Enchente
1-Método de Gumbel:
−b
p = 1 − e −e
onde : e = base dos logarítimos neperianos = 2,71828
e b é dado por
b=
1
0,7797σ
(
Q − Q + 0,45σ )
Onde :
P = probalilidade máxima vazão média diária de um ano qualquer ser maior ou igual a Q,
ou seja probabilidade de ocorrência de um valor igual ou maior que Q;
Q = vazão de cheia
∑ Qi
Q= 1
54
∑ (Qi − Q )
N 2
σ= 1
N −1
e Tr = tempo de recorrência
1 1
Tr = = −b
P 1 − e −e
g=
(
N ∑ log X − log X )3
(N − 1) × (N − 2) × (σ log X )3
O valor de Qmáx. para o município de Jaguariúna, após tratamento dos dados, será
obtido aplicando o método de transferência espacial, descrito anteriormente.
55
4.5-Aplicação da Metodologia dos Indicadores de Sustentabilidade dos Recursos
Hídricos
56
4.5.2 - Índice de Urbanização
O índice da cobertura vegetal natural é determinado pela relação entre a área com
cobertura vegetal natural e a área total da unidade hidrográfica. O índice de cobertura
vegetal natural é um indicador da qualidade ambiental da bacia hidrográfica.
57
4.5.6 – Índice de Captação Urbana de Água em Relação às Vazões Mínimas Naturais
Q7,10 E Q95%
58
5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
Legenda
____ Área Urbanizada ou em Urbanização
Figura 5.1 – Imagem do satélite TM Landsat, destacando as áreas urbanizadas ou em processo de urbanização
na Bacia do Jaguari – Banco de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
59
A figura 5.2 mostra a bacia do rio Jaguari com uma grande área de tributários na
parte superior da Bacia, ou seja, na região do Sistema Cantareira, onde estão localizados os
quatro reservatórios que alimentam a elevatória de Santa Inês: Jaguari, Cachoeira,
Atibainha e Juqueri.
Na sua porção final, entre os municípios de Jaguariúna e de Holambra, localiza-se o
principal afluente do rio Jaguari, o rio Camanducaia.
Figura 5.2 – Bacia do Jaguari com seus principais corpos d’água e respectivos tributário
60
A figura 5.3 mostra como está sendo usado e ocupado o solo da Bacia do Jaguari.
Além das áreas urbanas, observa-se também a predominância das áreas de cultivo da cana-
de-açucar e de citros, especialmente, laranjas. Destacam-se ainda grandes áreas de culturas
perene e anual, entrecortadas por grandes áreas de pastos sujo e limpo, especialmente, à
jusante do Sistema Cantareira.
61
A figura 5.4 mostra a grande extensão das Áreas de Uso Especial, que corresponde
às áreas urbanas ou em processo de urbanização, cuja tendência é de crescimento contínuo.
Grandes Áreas Subutilizadas constituídas por pastos, que pela vocação do solo, poderiam
estar sendo melhores utilizadas. Ambas, cercadas por grandes Áreas de Uso Adequado,
utilizadas nas culturas da cana-de-açucar, de citros com predominância dos laranjais e
outras culturas de natureza perene ou anual. Além disso, observa-se pequenas Áreas de
Preservação compostas por matas, matas ciliares, matas mistas e vegetação de várzeas, o
que já constitui motivo de grande preocupação.
62
Na figura 5.5, a bacia não apresenta grandes variações de cotas altimétricas, sendo
as cotas de 550 a 650m as de maior representatividade. As cotas de 700 a 750m, de menor
representatividade, localizam-se na parte superior da Bacia.
63
5.2 - Caracterização da Bacia Hidrográfica
Bacia 3
Seção Cosmópolis Quatro Municípios Mineiros :
Da nascente ao Toledo, Itapeva, Camanducaia, Extrema
ponto do DAEE - 4D-001 no 3.379,77
município de Cosmópolis com coordenadas: Quinze Municípios Paulistas :
Latitude:22°39’26” Pedra Bela, Vargem, Bragança Paulista,
Longitude:47°12’53” Tuiuti, Joanópolis, Morungaba, Pedreira,
Jaguariúna, Amparo, Monte Alegre do
Sul,Santo Antônio de Posse, Artur
Nogueira, Holambra, Pinhalzinho e
Cosmópolis.
64
5.3 – Características Morfológicas
65
Tabela 5.3 : Características morfológicas da Bacia 2
66
5.4 – Estudo Qualitativo da Água
67
27/10/2003 6,7 25 136 4,73 22 7 5,8 X 10³ 1,9 X 10³
6/11/2003 6,86 23 140,5 5,41 11 4 5,5 X 10³ 1,4 X 103
13/11/2003 7,23 24,2 116,7 6,95 15 5 5,2 X 10³ 1,4 X 10³
27/11/2003 6,86 25,9 118,7 5,09 1 2 7 X 10³ 3,2 X 10³
4/12/2003 7,11 25,2 93,1 6,89 12 4 6,2 X 10³ 2,9 X 10³
11/12/2003 7,2 25,8 84,1 6,39 16 5 6,8 X 10³ 2,7 X 10³
18/12/2003 7,05 25,8 99,4 6,12 10 4 6,3 x 10³ 2,2 x 10³
MÉDIA 7 22,9 115,5 6,2 10,1 3,8 5,9X103 2,5X103
Tabela 5.6 - Parâmetros qualitativos do rio Jaguari no município de Jaguariúna, no ano de 2004
TEMPERATURA CONDUTIVIDADE OD DQO DBO COLI TOTAL COLI FECAL
DATA PH (ºC) (Us/cm) (mg/l) (mg/l) (mg/l) (NMP/100ml) (NMP/100ml)
6/1/2004 7,42 26,1 69,8 6,04 41 11 7 X 10³ 2,2 x 10³
15/1/2004 7,21 24,4 81,3 4,88 32 11 6,8 X 10³ 3 X 10³
29/1/2004 7,26 26,9 75,4 5,57 25 0,9 5,8 x 10³ 2,5 X 10³
5/2/2004 6,85 26,6 90,8 6,34 28 5 7,2 x 10³ 3,1 x 10³
19/2/2004 7 28,9 111,2 5,95 23 6,5 7,1 x 10³ 2,9 x 10³
27/2/2004 7,22 23,3 61 6,59 25 5 5,7 x 10³ 1,2 X 10³
4/3/2004 7,03 25,6 86 6,4 2 2 6,4 X 10³ 1,2 X 10³
10/3/2004 7,08 26,8 96,9 5,56 33 7 7,2 x 10³ 2,7 X 10³
30/3/2004 7,05 26,8 97 5,38 105 17 2,7 X 10³ 1,7 x 10³
6/4/2004 7,12 25,4 96,4 5,11 8 2 2,8 x 10³ 1,2 X 10³
23/4/2004 7,35 24,8 65,7 6,24 2 1 1,4 X 10³ 0,7 X 10³
29/4/2004 7,23 22 83,5 5,74 14 4 6,3 x 10³ 1,9 X 10³
6/5/2004 7,23 22,8 85,2 5,94 38 9 5,7 X 10³ 1,7 x 10³
20/5/2004 7,19 19,9 83,1 7,02 4 1 6 X 10³ 1,7 x 10³
27/5/2004 7,34 17,2 77,4 5,97 4 1 6 X 10³ 2,3 X 10³
2/6/2004 7,34 17,2 67,1 6,11 5 1 7 X 10³ 3,3 X 10³
17/6/2004 7,29 17 81,6 6,3 36 8 7 X 10³ 4 X 10³
24/6/2004 7,22 17,1 82,1 6,21 10 2 6 X 10³ 4 X 10³
06/7/2004 7,19 18,6 81,7 6 11 4 7 x 10³ 4 x 10³
22/7/2004 7,09 19,8 93,4 5,65 4 1 6,3 x 10³ 4 X 10³
10/8/2004 7,11 19 89,2 5,83 13 4 7 X 10³ 4 X 10³
26/8/2004 7,03 19,2 100,2 5,64 18 4 8 X 10³ 4 X 10³
16/9/2004 6,94 19,4 101,2 5,54 6 1 9 X 10³ 6 x 10³
29/9/2004 6,94 24,7 112,3 4,91 2 1 9 X 10³ 6 x 10³
7/10/2004 6,91 22 112,4 5,57 1 1 8 X 10³ 4 X 10³
21/10/2001 6,92 22 88 5,11 16 4 8 X 10³ 6 x 10³
05/11/2004 7,01 23,9 107,2 5,26 15 4,6 9 X 10³ 6 x 10³
25/11/2004 7,11 24,4 89,2 5,87 61 15 8 X 10³ 6 X 10³
1/12/2004 7,16 25 84,3 6,09 46 9 8 X 10³ 6 x 10³
16/12/2004 7,03 27,1 91,8 5,98 17 4 9 X 10³ 7 X 10³
MÉDIA 7,13 22,8 88,1 5,83 21,5 4,9 6,7X103 3,5X103
68
Os resultados mostram, claramente, uma queda significativa dos padrões de
qualidade da água do rio Jaguari em Jaguariúna, em curto espaço de tempo. O rio Jaguari,
antes considerado de “Classe II” até 2000, hoje é considerado de “Classe III”, para fins de
abastecimento público. Embora atenda os parâmetros de Oxigênio Dissolvido e Demanda
Bioquímica de Oxigênio estabelecidos para a Classe II, o rio Jaguari no ponto da coleta de
amostras, apresenta contagens de Coliformes Totais e Fecais elevadas, características da
Classe III.
Isso demonstra que a alteração do regime de vazões, a urbanização crescente, o
aumento da população, o lançamento crescente de esgoto doméstico e despejo industrial
diretamente no rio, sem tratamento prévio, vêm comprometendo a qualidade da água de
abastecimento em Jaguariúna e tornando cada vez mais crítica a situação desse recurso
natural.
Dentre as causas de degradação biológica da água do rio Jaguari acima
mencionadas, destaca-se como a mais crítica, o lançamento do esgoto doméstico e do
despejo industrial, diretamente no rio, sem tratamento prévio. A falta de investimento, por
parte do setor público, em saneamento básico, tem contribuído para agravar ainda mais essa
situação.
Com a ampliação do nível de exigência de tratamento prévio do esgoto gerado por
cada município, essa situação tende a melhorar sensivelmente. Jaguariúna, fazendo jus ao
seu pioneirismo, trata hoje 50% do volume de esgoto doméstico gerado, com previsão de
tratar 100% desse volume, até o final do ano de 2005.
Não obstante, é imprescindível que os municípios localizados à montante de
Jaguariúna, elevem em igual extensão seus índices de tratamento de esgoto, para assegurar
água de melhor qualidade em Jaguariúna e, conseqüentemente, a proteção do recurso
hídrico objeto desse estudo.
69
5.5 – Vazões
70
26/8/2004 6,2 9,64 6,23 11,1
16/9/2004 4,88 6,77 * *
7/10/2004 6,2 8,90 6,23 12,4
5/11/2004 7,27 10,71 7,29 15,98
16/12/2004 6,16 9,84 6,17 17,6
MÉDIA 10,60 12,47 10,90 23,31
(*) Dado não obtido
Tabela 5.8: Comparativo das vazões específicas dos municípios de Morungaba, Jaguariúna e
Cosmópolis
71
As vazões medidas pelo método do molinete em Jaguariúna, foram comparadas com
as vazões calculadas pelo método de transferência espacial de informação, utilizando os
dados de medições dos postos 3D-009 de Morungaba e 4D-001 de Cosmópolis, localizados
à montante e à jusante de Jaguariúna, respectivamente.
O resultado da análise comparativa revela que as vazões calculadas e medidas pelos
diferentes processos, estão muito próximas, com dispersão inferior a 5%.
r
t= . N
1− r2
72
5.6- Vazão Mínima
73
As vazões mínimas - Q7,10 e Q95% - no município de Jaguariúna, mostram
resultados preocupantes. Os resultados obtidos, seja pelo método das vazões medidas em
campo com molinete, seja pelo método das vazões calculadas pela fórmula de transferência
de informação, apresentam valores bem próximos das vazões mínimas das disponibilidades
dos recursos hídricos. Isto significa que, o forte crescimento da atividade industrial e o
aumento populacional decorrente, poderão comprometer o abastecimento público de
Jaguariúna, em um futuro muito breve.
VAZÃO MÁXIMA
74
Tabela 5.12 : Vazão máxima pelo método de Gumbel
VAZÃO MÁXIMA
75
5.8 – Vazões e parâmetros
5.8.1 - pH
40 7,5
35 7,4
7,3
VAZÃO (m 3/s)
30 7,2
25 7,1
7
pH
20 6,9
15 6,8
10 6,7
6,6
5 6,5
0 6,4
3
3
03
03
03
03
03
03
03
03
00
00
20
20
20
20
20
20
20
20
/2
2
5/
/
0
/1
/2
/3
/4
/6
/7
/8
/9
7/
/1
28
17
14
23
12
19
13
16
16
DATA
VAZÃO (m ³/s ) pH
30 7,4
25 7,3
7,2
VAZÃO (m 3/s)
20 7,1
pH
15 7
10 6,9
6,8
5 6,7
0 6,6
22 04
4
23 04
20 04
17 04
6/ 4
10 04
26 04
16 04
7/ 04
5/ 04
/1 4
00
00
16 00
0
20
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
7/
/
2
/3
/4
/5
/6
/7
/8
/8
/9
10
11
10
DATA
V AZÃO (m ³/s ) pH
Figura 5.6–Comparativo dos parâmetros de vazão e de pH medidos em Jaguariúna, nos anos 2003 e 2004
76
5.8.2 – Temperatura (ºC)
40 30
TEMPERATURA (°C)
35 25
VAZÃO (m 3/s)
30
25 20
20 15
15 10
10
5 5
0 0
03
03
3
3
00
00
00
00
00
00
00
00
20
20
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
0/
5/
/1
/2
/3
/4
/6
/7
/8
/9
7/
/1
28
17
14
23
12
19
13
16
16
DATA
VAZÃO (m ³/s ) TEMPERATURA (ºC)
30 30
TEMPERATURA ºC
25 25
VAZÃO (m 3/s)
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
22 04
4
23 04
20 04
17 04
6/ 4
10 04
26 04
16 04
10 4
11 4
/1 4
00
00
00
00
16 00
0
0
/2
2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
7/
2
/3
/4
/5
/6
/7
/8
/8
/9
10
7/
5/
DATA
Figura 5.7–Comparativo dos parâmetros de vazão e de temperatura medidos em Jaguariúna, nos anos 2003 e
2004
77
5.8.3 – Condutividade (Us/cm)
CONDUTIVIDADE (Us/cm)
40 160
35 140
VAZÃO (m 3/s)
30 120
25 100
20 80
15 60
10 40
5 20
0 0
03
03
3
3
00
00
00
00
00
00
00
00
20
20
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
0/
5/
/1
/2
/3
/4
/6
/7
/8
/9
7/
/1
28
17
14
23
12
19
13
16
16
DATA
CONDUTIVIDADE (Us/cm)
30 120
25 100
VAZÃO (m 3/s)
20 80
15 60
10 40
5 20
0 0
22 04
4
23 04
20 04
17 04
6/ 4
10 04
26 04
16 04
10 4
11 4
00
00
00
00
16 00
0
20
/2
2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
7/
/
2
/3
/4
/5
/6
/7
/8
/8
/9
/1
10
7/
5/
DATA
Figura 5.8–Comparativo dos parâmetros de vazão e de condutividade medidos em Jaguariúna, nos anos de
2003 e 2004
78
5.8.4 – Oxigênio dissolvido (mg/L)
OXIGÊNIO DISSOLVIDO
40 8
35 7
VAZÃO (m 3/s)
30 6
25 5
(mg/L)
20 4
15 3
10 2
5 1
0 0
03
03
3
3
00
00
00
00
00
00
00
00
20
20
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
0/
5/
/1
/2
/3
/4
/6
/7
/8
/9
7/
/1
28
17
14
23
12
19
13
16
16
DATA
OXIGÊNIO DISSOLVIDO
30 8
7
VAZÃO (m 3/s)
25
6
20
(mg/L)
5
15 4
10 3
2
5 1
0 0
22 004
4
23 04
20 04
17 04
6/ 4
10 04
26 04
16 04
10 4
11 4
4
00
00
00
00
16 00
20
/2
2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
7/
/
2
/3
/4
/5
/6
/7
/8
/8
/9
/1
10
7/
5/
DATA
Figura 5.9–Comparativo dos parâmetros de vazão e de oxigênio dissolvido medidos em Jaguariúna, nos anos
2003 e 2004
79
Observa-se que o Oxigênio Dissolvido medido variou entre o valor mínimo de
3,39mg/L e o valor máximo de 7,76mg/L no período. A média dos valores obtidos no
intervalo de tempo estudado foi de 6,05 mg/L, não afetada significativamente pela baixa
vazão. Essa leitura é de grande importância para assegurar a vida dos peixes e de outros
organismos aquáticos.
DEMANDA QUÍMICA DE
40 40
OXIGÊNIO (mg/L)
35 35
VAZÃO (m 3/s)
30 30
25 25
20 20
15 15
10 10
5 5
0 0
3
3
03
03
03
03
03
03
03
03
00
00
20
20
20
20
20
20
20
20
/2
2
5/
/
0
/1
/2
/3
/4
/6
/7
/8
/9
7/
/1
28
17
14
23
12
19
13
16
16
DATA
30 40
OXIGÊNIO (mg/L)
25 35
VAZÃO (m 3/s)
30
20 25
15 20
10 15
10
5 5
0 0
22 04
4
23 04
20 04
17 04
6/ 4
10 04
26 04
16 04
10 4
00
00
00
00
16 00
0
0
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
7/
2
/3
/4
/5
/6
/7
/8
/8
/9
11
/1
10
7/
5/
DATA
80
composição da água, com a concentração do reagente, com a temperatura, com o tempo de
contato e com outros fatores. Em alguns casos, costuma-se estabelecer uma relação tosca
entre a DBO e a DQO, mas como a oxidação química e a oxidação biológica são processos
diferentes, os resultados podem diferir em grande extensão.
À primeira vista, os gráficos sugerem uma relação inversa entre Demanda Química
de Oxigênio e Vazão. Quanta mais alta a vazão menor a DQO e vice-versa. Isso poderia ser
esperado, se a DQO dependesse apenas da quantidade de materiais oxidáveis lançados no
rio, até o ponto de coleta da amostra de água objeto da análise. Porém, o que se observa é
que o valor da DQO depende também da natureza do material passível de oxidação química
lançado no curso d’água.
Em junho de 2003 e outubro de 2004, apesar da condição de baixa vazão, os valores
de DQO se mostraram relativamente baixos. Portanto, apesar das altas vazões contribuírem
para a redução da DQO, isso pode não ocorrer efetivamente, em razão da natureza dos
materiais lançados.
A medida da DQO variou entre o valor mínimo de 1 mg/L e o valor máximo de 105
mg/l. O valor médio obtido para esse parâmetro de 15mg/L , demonstra a não criticidade da
Demanda Química de Oxigênio. As leituras mais altas devem corresponder a descargas
eventuais, passíveis de controle, seja através de otimização do monitoramento ou de maior
grau de conscientização.
81
5.8.6 – Demanda Bioquímica de Oxigênio (mg/L)
DEMANDA BIOQUÍMICA
DE OXIGÊNIO (mg/L)
40 14
35 12
VAZÃO (m 3/s)
30 10
25 8
20
15 6
10 4
5 2
0 0
03
03
3
3
00
00
00
00
00
00
00
00
20
20
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
0/
5/
/1
/2
/3
/4
/6
/7
/8
/9
7/
/1
28
17
14
23
12
19
13
16
16
DATA
DEMANDA BIOQÍMICA
DE OXIGÊNIO (mg/L)
30 9
25 8
VAZÃO (m 3/s)
7
20 6
5
15 4
10 3
2
5 1
0 0
22 04
4
23 04
20 04
17 04
6/ 4
10 04
26 04
16 04
11 4
00
00
00
00
16 00
0
20
/2
2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
7/
/
2
/3
/4
/5
/6
/7
/8
/8
/9
10
/1
10
7/
5/
DATA
82
Uma das principais razões pelas quais as águas residuais devem ser tratadas antes de
seu retorno à fonte de abastecimento é a de reduzir a drenagem do suprimento de oxigênio
da coleção hídrica receptora. A grandeza da DBO se relaciona com a quantidade de matéria
orgânica presente no esgoto, isto é, quanto maior a quantidade de material orgânico
passível de oxidação biológica, maior a DBO. A “força” das águas residuais é expressa em
termos de nível da demanda bioquímica de oxigênio.
Como era de se esperar, os gráficos mostram que os valores da DBO são fortemente
afetados pelas baixas vazões. Quanto mais baixa a vazão, mais elevada a DBO.
Evidentemente, quanto menor a vazão, menor a quantidade de água e menor a quantidade
de oxigênio disponível. Por outro lado, para uma mesma carga orgânica, quanto menor a
vazão, maior a concentração de material assimilável e, conseqüentemente, maior a
Demanda Bioquímica de Oxigênio.
A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) medida variou entre o valor mínimo de
0,7 mg/L e 17,0 mg/L. O valor médio obtido no período foi de 4,3mg/L e, portanto,
relativamente alto para o valor médio de Oxigênio Dissolvido obtido no mesmo período.
Essa leitura demonstra que a continuidade do lançamento de águas residuárias no rio
Jaguari, sem tratamento prévio, poderá em curto espaço de tempo, comprometer o
abastecimento público em Jaguariúna e a vida dos organismos aquáticos nesse trecho da
bacia.
83
5.8.7 – Coliformes totais (NMP/100mL)
COLIFORME TOTAL
40 8
(NMP/100 mL)
35 7
VAZÃO (m 3/s)
30 6
25 5
20 4
15 3
10 2
5 1
0 0
03
03
3
3
00
00
00
00
00
00
00
00
20
20
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
0/
5/
/1
/2
/3
/4
/6
/7
/8
/9
7/
/1
28
17
14
23
12
19
13
16
16
DATA
(NMP/100mL)
20 7
6
15 5
4
10 3
5 2
1
0 0
22 04
4
23 04
20 04
17 04
6/ 4
10 04
26 04
16 04
10 4
00
00
00
00
16 00
0
20
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
7/
/
2
/3
/4
/5
/6
/7
/8
/8
/9
11
/1
10
7/
5/
DATA
Figura 5.12–Comparativo dos parâmetros de vazão e de coliformes totais medidos em Jaguariúna, nos anos
2003 e 2004
84
As clássicas espécies deste grupo são a Eschecichia Coli, Enterobacter aerogenes,
Enterobacter cloacae, Citrobacter freudii e Klebsiella pneumoniae.
Embora se observe uma redução na contagem de coliformes totais com o aumento
das vazões, a relação sugere a presença de outros fatores que poderão estar afetando o nível
dessa contagem na bacia do Jaguari. No período de estiagem relativo ao ano de 2004,
apesar de registradas vazões maiores que em 2003, as contagens de coliformes totais
correspondentes, são ligeiramente maiores do que as registradas em 2003. O aumento da
taxa populacional e o incremento da taxa de urbanização registrados nessa Bacia, no ano
de 2004 podem, neste momento, explicar a divergência observada – vide Tabelas 3.2 e 3.3.
A contagem máxima encontrada no período foi de 9.000UFC/mL e a mínima de
1.400UFC/mL. A contagem média de coliformes totais no período foi de 6.263UFC/mL.
85
5.8.8 – Coliformes fecais (NMP/100mL)
40 3,5
COLIFORME FECAL
35 3
VAZÃO (m 3/s)
(NMP/100 mL)
30 2,5
25
2
20
1,5
15
10 1
5 0,5
0 0
3
3
3
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
/2
2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
5/
0
/1
/2
/3
/4
/6
/7
/8
/9
7/
/1
28
17
14
23
12
19
13
16
16
DATA
30 10
(NMP/100 mL)
20 7
6
15 5
4
10 3
5 2
1
0 0
22 04
4
23 04
20 04
17 04
6/ 4
10 04
26 04
16 04
7/ 04
5/ 04
/1 4
00
00
16 00
0
0
/2
2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
/2
7/
2
/3
/4
/5
/6
/7
/8
/8
/9
10
11
10
DATA
Figura 5.13–Comparativo dos parâmetros de vazão e de coliformes fecais medidos em Jaguariúna, nos anos
2003 e 2004
86
anaeróbios facultativos, que fermentam a lactose, com produção de ácido e gás em 24 a 48
horas, à temperatura de 44,5ºC. Estas bactérias formam colônias de coloração azul escura
brilhante, em meio de cultura do tipo mFC-Agar, em 18 a 24 horas, à temperatura de
44,5ºC.
A exemplo do que ocorre nas contagens de coliformes totais, as contagens de
coliformes fecais se comportam de maneira idêntica, ou seja, aumentam mesmo quando era
de se esperar uma redução dessa contagem para vazões maiores ocorridas no período de
estiagem do ano de 2004. Da mesma forma, essa divergência deve-se ao aumento da taxa
populacional e da taxa de urbanização ocorridas ao longo do referido ano – vide Tabelas
3.2 e 3.3.
É de se esperar a partir de 2005, uma redução nas contagens de coliformes totais e
fecais nessa seção da Bacia, em decorrência da operacionalização das Estações de
Tratamento de Esgoto em implantação, à montante de Jaguariúna. Jaguariúna, que por sua
vez já trata, desde de outubro de 2004, 50% do volume de efluente gerado, terá esse
volume ampliado para 100%, até o final de 2005.
A contagem máxima encontrada no período foi de 9.200UFC/mL e a mínima de
700UFC/mL. A contagem média para coliformes fecais no período foi de 2.924UFC/mL,
ou seja, o suficiente para caracterizar o curso d’água como de Classe III.
87
5.9-Aplicação da Metodologia dos Indicadores de Sustentabilidade dos Recursos
Hídricos
Neste item realiza-se uma aplicação, para o caso em estudo, da metodologia dos
indicadores de sustentabilidade dos recursos hídricos, tais como, densidade demográfica,
índice de urbanização, índice de cobertura vegetal natural, índice de reflorestamento, índice
de irrigação, índice de consumo efetivo de água per capita, vazão específica mínima, índice
de captação urbana de água em relação às vazões mínimas naturais Q7,10 e Q95%, índice de
atendimento por coleta de esgoto e índice de atendimento por tratamento de esgotos.
O resultado dessa aplicação é uma classificação das três bacias analisadas, através
da mensuração dos indicadores de sustentabilidade. Portanto, esta etapa corresponde à
quantificação dos indicadores definidos, para que tenham validade na comparação das
bacias hidrográficas, segundo a necessidade de cada uma delas em relação à determinada
ação de intervenção. Para cada indicador descrevem-se os parâmetros que o constituem e
seus respectivos índices ou valores determinados.
88
Os resultados indicam a Bacia 3, como a de maior densidade demográfica com 122
hab/Km2.e portanto, a mais sujeita a sofrer impactos decorrentes da pressão populacional.
Na seqüência, a Bacia 2 com 109 hab/Km2 e a Bacia 1 com 91 hab/Km2 - Vide figura 5.36.
140
Densidade Demográfica
120
100
(hab/Km 2)
80
60
40
20
0
Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3
89
Tabela 5.14 : Índice de urbanização
0,81
Índice de Urnbanização
0,8
0,79
0,78
0,77
0,76
Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3
90
5.9.3 – Índice de Cobertura Vegetal Natural
Área da Cobertura
Vegetal natural Área de Drenagem
BACIAS (Km2) (a) Total (Km2) (b) Índice (a/b)
Bacia 1 323,27 1.999,28 0,16
Bacia 2 347,49 2.232,75 0,16
Bacia 3 652,53 3.388,78 0,19
91
0,19
Indice de Cobertura Vegetal
0,18
0,17
Natural
0,16
0,15
0,14
Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3
92
Os resultados apontam a Bacia 3 como a de menor índice de reflorestamento, com
0,23, em coerência com o índice maior de cobertura vegetal natural demonstrado
anteriormente. Em ordem crescente de índices de reflorestamento, destacam-se as Bacias 2
e 1, com valores de 0,34 e 0,35, respectivamente – Vide Figura 5.39, abaixo:
0,35
Indice de Reflorestamento
0,3
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3
93
Tabela 5.17 :índice de consumo efetivo de água per capita
Consumo efetivo Consumo per capita
BACIAS População atendida (m3/ano) (m3/hab.ano)
Bacia 1 228.562 19.932.812 87
Bacia 2 297.771 26.157.015 88
Bacia 3 490.891 45.194.470 92
92
água per capita (m 3/hab.ano)
Indice de Consumo efetivo de
91
90
89
88
87
86
85
84
Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3
94
5.9.6 – Índice de Captação Urbana de Água em Relação às Vazões Mínimas Naturais
Q7,10 E Q95%
Tabela 5.18: Captação urbana (m3/s), disponibilidade hídricas Q7,10 e Q95% (m3/s) e
respectivos índices
BACIAS Captação Vazão Q7,10 Vazão Q95% Índice indice
Urbana (m3/s) (m3/s) (m3/s) (a/b) (a/c)
(a) (b) (c)
BACIA 1 0,63 3,74 5,63 0,17 0,11
BACIA 2 0,83 4,20 6,29 0,20 0,13
BACIA 3 1,43 6,35 9,56 0,22 0,15
0,25
Indice de captação urbana
de água em relação à Q 7,10
0,2
0,15
e Q 95%
0,1
0,05
0
BACIA 1 BACIA 2 BACIA 3
95
5.9.7 – Índice de Atendimento por Coleta de Esgotos
0,85
Indice de atendimento por
0,84
coleta de esgotos
0,83
0,82
0,81
0,8
0,79
0,78
0,77
Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3
96
4.9.8 – Índice de Atendimento por Tratamento de Esgotos
0,14
Indice de atendimento por
0,12
tratamento de esgotos
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3
97
6- CONCLUSÃO
- A utilização dos recursos hídricos da Bacia do Jaguari mostrou-se crítica por apresentar:
baixo índice de qualidade das águas, baixo índice de tratamento de esgoto, deficiências de
uso e ocupação de solo, baixo índice de cobertura vegetal natural, alto comprometimento da
disponibilidade hídrica, fatores esses, que podem comprometer seriamente o abastecimento
público, em curto espaço de tempo;
- O regime hídrico foi grandemente afetado pelo alto índice de urbanização e o baixo índice
de cobertura vegetal natural;
98
- Os resultados das análises físicas, químicas e biológicas realizadas, revelam a baixa
qualidade dos mananciais de superfície, sugerindo a necessidade de um sistema de
planejamento e gestão para a qualidade dos recursos hídricos, na seção estudada, em
Jaguariúna.
99
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APHA; AWWA & WPCF Standart Methods for the Examination of Water and
Wastewater, 18ª edição, Washington-D.C., 1992.
ALVAREZ, G.C. ; GARCEZ, L.N., Hidrologia. Editora Edgard Blucher Ltda, São Paulo ,
SP, 1988 , 291p.
BARBOSA, F.; BARBOSA, P.M.; SANTOS, M.B.L.; MINGOTTI, S.; AQUINO, V. Nova
ferramenta para o monitoramento da qualidade da água. Revista Ciência Hoje, Rio de
Janeiro, v.19, n. 110, Jun.1995.
100
BARP, A. R. BAGANHA 1995 – Contribuição ao gerenciamento de recursos hídricos
da bacia do rio Piracicaba, Dissertação de Mestrado da Faculdade de Engenharia Civil,
Unicamp, Campinas.
BRANCO, S.M. A água e o homem. In: PORTO, R.L.L., org.; BRANCO, S.M..;
CLEARY, R.W.; COIMBRA, R.M.; EIGLER, S.; LUCA, S.J.; NOGUEIRA, V.P.Q.;
PORTO, M.F.A.. Hidrologia Ambiental. São Paulo: Edusp: Associação Brasileiro de
Recursos Hídricos, v.3, 1991.
BROWN, B.J. ; HANSON, M.; LIVERMAN, D.; JERIDETH, R.– Global Sustainability:
Toward Definition. Environmental Management, v.11: 713-719 ,1987.
BRUSH, S.B. (1975) – The Concept of Carrying Capacity for Systems of shifting
Cultivation. American Anthropologist, v. 77:799-811.
101
CARON, D.; STURION, A. C. e QUEDA, O. – Evolução da Agropecuária na Bacia do
Rio Piracicaba e o Consumo de Água, Relatório de Pesquisa do Convênio da Secretaria
do Estado de Meio Ambiente – Fundação SEADE, São Paulo, 1992.
CARON, D.. Agricultura e recursos hídricos em São Paulo. São Paulo em perspectiva – o
agrário paulista. São Paulo: SEADE, v.7, n.3, Jul/Set, 1993.
CBH-PCJ - Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba e Capivari, Governo
do Estado de São Paulo, cobrape (1992) – Programa de Investimentos para
Recuperação e Proteção das Bacias dos Rios Piracicaba e Capivari – Relatório para
Identificação, São Paulo.
CBH-PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba , Capivari e Jundiaí
(1996) – Relatório de Situação dos Recursos Hídricos 1995, DAEE, São Paulo.
CBH-PCJ – Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba , Capivari e Jundiaí.
Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí:
implantação, resultados e perspectivas. Campinas, 1996.
CBH-PCJ – Comitê da Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Plano
de Bacia Hidrográfica 2000-2003. <http://w.w.wcomitepcj.sp.gov.br, >01/2000.
CERH - Conselho Estadual de Recursos Hídricos (São Paulo). Plano estadual de recursos
hídricos: primeiro plano estadual de recursos hídricos. São Paulo: DAEE, 1990.
102
CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental . Diagnóstico da
poluição ambiental no interior de estado de São Paulo. São Paulo: CETESB, dez/1994.
103
DALY, H.E., COBB,J.B.– For The Common Good: Redirecting The Economy Toward
Community, The Environment, and A Sustainable Future. Beacon Press, Boston. apud
NIU, W.Y. et al 1989.
ECLAC – Economic Commission for Latin America and The Caribbean Population,
Environment and Territory in The Perspective of Sustainable Development. Cap.IV in
Population, Social Equity and Changing Production Patterns. Santiago : United Nations.
1993.
GALLO, Z.– A proteção das águas, um compromisso do presente com o futuro: o caso
da Bacia do rio Piracicaba. Dissertação de Mestrado Ida faculdade de Geociências,
Unicamp, Campinas, 1995.
104
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO/SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE–
Contabilização Econômica do Meio Ambiente, Série Seminários e Debates, São Paulo,
1992.
105
do Paraná. Superintendência dos Recursos Hídricos e Meio Ambiente
(SUREHMA)/Deutsche Gesellschaft für Technishe Zusammenarbeit (GTZ). Curitiba,
1999.
106
2010, Relatório de Pesquisa do Convênio da Secretaria do Estado de Meio Ambiente –
Fundação SEADE, São Paulo.
107
RODRIGUES, I ; CARMO, R.– Migração e Processo de urbanização nas Bacias dos
Rios Piracicaba e Capivari, nos períodos 1970-1980 e 1980-1991: 917-942 in Anais do
X Encontro Nacional de Estudos Populacionais, Caxambú,1996.
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TREUERSCH, M. Métodos para análises do meio aquático . In : Juchen , P. A , Coord.
MAIA : manual de avaliação de impactos ambientais . 3 ed. Convênio de Cooperação
Técnica Brasil Alemanha , Governo do Estado do Paraná. Superintendência dos Recursos
Hídricos e Meio Ambiente (Suehma) Deutsche Gesellschaff fur Technish Zusammenarbeit
( GTZ ) .Curitiba , 1999.
109
ANEXO I
110
PERFIS DA MEDIÇÃO DE VAZÃO PELO MÉTODO
DO MOLINETE
111
1) Data: 28/01/2003 Vazão medida : 35,44 m3/s
Vel (m/s)
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37
0,10
Profundidade (m)
1
0,05
2
0,00
3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
0,10
1
Profundidade (m)
0,05
2
0,00
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
112
3) Data: 14/03/2003 Vazão medida : 17,49 m3/s
Vel (m/s)
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 0,15
Profundidade (m)
1 0,10
0,05
2
0,00
3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 0,10
1
Profundidade (m)
0,05
2 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3 Verticais
113
5) Data: 07/05/2003 Vazão medida : 9,65 m3/s
Vel (m/s)
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 0,15
0,10
Profundidade (m)
1
0,05
2
0,00
3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37
0,10
1
Profundidade (m)
1,5 0,05
2 0,00
2,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3 Verticais
3,5
114
7) Data : 19/07/2003 Vazão : 5,37 m3/s
Vel (m/s)
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 0,06
0,04
Profundidade (m)
1
1,5 0,02
2
0,00
2,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3 Verticais
3,5
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 0,06
Profundidade (m)
1 0,04
1,5 0,02
2
2,5 0,00
3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3,5 Verticais
115
9) Data : 16/09/2003 Vazão : 4,67 m3/s
Vel (m/s)
0,06
1 0,04
Profundidade (m)
1,5 0,02
2
0,00
2,5
3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
3,5
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37
0,10
1
Profundidade (m)
1,5 0,05
2
0,00
2,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3 Verticais
3,5
Figura 5.15 – Perfil da seção e perfil da velocidade da 10ª medição, realizada em Jaguariúna
116
11) Data : 10/03/2004 Vazão : 15,86 m3/s
Vel (m/s)
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37
0,20
1
Profundidade (m)
1,5 0,10
2
0,00
2,5
3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
3,5
Figura 5.16 – Perfil da seção e perfil da velocidade da 11ª medição, realizada em Jaguariúna
0,20
1
Profundidade (m)
0,10
2
0,00
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
Figura 5.17 – Perfil da seção e perfil da velocidade da 12ª medição, realizada em Jaguariúna
117
13) Data : 20/05/2004 Vazão : 13,20 m3/s
Vel (m/s)
1 0,10
Profundidade (m)
1,5 0,05
2
2,5 0,00
3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
3,5
Figura 5.18 – Perfil da seção e perfil da velocidade da 13ª medição, realizada em Jaguariúna
0,15
1 0,10
Profundidade (m)
2 0,05
0,00
3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
Figura 5.19 – Perfil da seção e perfil da velocidade da 14ª medição, realizada em Jaguariúna
118
15) Data : 06/07/2004 Vazão : 9,57 m3/s
Vel (m/s)
0,10
1
Profundidade (m)
0,05
2
0,00
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
1 0,20
Profundidade (m)
2 0,10
3 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4 Verticais
Figura 5.21 – Perfil da seção e perfil da velocidade da 16ª medição, realizada em Jaguariúna
119
17) Data : 10/08/2004 Vazão : 9,35 m3/s
Vel (m/s)
1 0,10
Profundidade (m)
0,05
2
0,00
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
Figura 5.22 – Perfil da seção e perfil da velocidade da 17ª medição, realizada em Jaguariúna
0,15
1
Profundidade (m)
0,10
2 0,05
0,00
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
Figura 5.23 – Perfil do álveo e perfil da velocidade da 18ª medição, realizada em Jaguariúna
120
19) Data : 16/09/2004 Vazão : 6,77 m3/s
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 0,10
Vel (m/s)
1
Profundidade (m)
0,05
2
0,00
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
1 0,10
Profundidade (m)
0,05
2
0,00
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
Figura 5.25 – Perfil da seção perfil da velocidade da 20ª medição, realizada em Jaguariúna
121
21) Data : 05/11/2004 Vazão : 10,71 m3/s
Vel (m/s)
0,15
1 0,10
Profundidade (m)
2 0,05
0,00
3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
Figura 5.26 – Perfil da seção e perfil da velocidade da 21ª medição, realizada em Jaguariúna
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 0,15
Profundidade (m)
1 0,10
0,05
2
0,00
3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Verticais
4
Figura 5.27 – Perfil da seção e perfil da velocidade da 22ª medição, realizada em Jaguariúna
122
ANEXO II
123
GRÁFICOS DOS PARÂMETROS DE QUALIDADE
NO ANO DE 2003 E 2004 NO MUNICÍPIO DE
JAGUARIÚNA
124
pH
TEMPERATURA (ºC) TEMPERATURA (ºC) pH
10
10 /7 6/
/7 6/ / 20 1/
/2 1/
2 0 2
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
00
0
5
10
15
20
25
30
0
5
10
15
20
25
30
00 24 3 20 03
24 3 20 3 /7
/7 /1
/2 /1 /2 /2
/2 00 00
00
3
00 3 3
3 7/ 3/
7/ 3/ 8/ 2/
8/ 2/ 2 2
2 2 00 0
00 00 17 03
21 3 17 3 21 3 /2
/8 /2 /8 /2
/2 /2 /2 00
00 00 00
3 3 3 3/ 3
3/ 4/ 3/
4/ 2
9/ 3/
2
9/
2 0
2 00 00 17 03
00
18 3 17 3 18 3 /3
/3 /9 /2
/9 /2 /2 0
/2 00 31 03
00 00
/3
2/ 3 31 3 2/ 3 /2
/3 0
125
pH
pH
10 /2
10
/2 00 /2 14 03
0 0 /4
16 03 14 3 16 03 /2
/1 /4 /1 0
DATA
/2
DATA
0 0
DATA
/2 28 03
/2 00
DATA
0 28 3 0 /4
/2
30 03 30 03
/1 /4 /1 0
TEMPERATURA (ºC)
/2 0
TEMPERATURA (ºC)
0 00 /2
12 03
/2 /5
0 12 3 0 /2
13 03 /5 13 03 0
/1 /2 /1
1 00 1
26 03
/5
/2 /2
0 26 3 0 /2
27 03 /5 27 03 00
/1 /2 /1
1 00 1 9/ 3
/2 3 /2 6/
0 0 2
11 03 9/
6/ 11 03 0
/1 2 /1 23 03
2 00 2 /6
/2 23 3 /2 /2
00
3 /6 00 00
/2 3 3
00
3
OXIGÊNIO DISSOLVIDO-O OXIGÊNIO DISSOLVIDO-OD (mg/L CONDUTIVIDADE (Us/cm) CONDUTIVIDADE (Us/cm)
(mg/L) 6/
1/
0
20
40
60
80
100
120
140
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10 3
/7 20 6/1/2003
0
20
40
60
80
100
120
140
160
0
2
4
6
8
/0 /1
3 / 03
24 10/7/2003
/7 20/1/2003
/0 3/
3 2/
0
7/ 3 24/7/2003
8/ 17 3/2/2003
0 /2
3 /
21 03
/8 7/8/2003
/0 3/ 17/2/2003
3 3/
0
4/ 3 21/8/2003
9/
0
17
/3
3/3/2003
3 /
18 03
/9 4/9/2003
/0
31 17/3/2003
3 /3
126
/ 03
2/
10 14 18/9/2003 31/3/2003
/0 /4
/
DATA
DATA
16 3 03
DATA
/1 2/10/2003
DATA
0 28 14/4/2003
/0 /4
30 3 / 03
/1 16/10/2003
0 12 28/4/2003
/0 /5
/
CONDUTIVIDADE (Us/cm)
CONDUTIVIDADE (Us/cm)
13 3 03
/1
1 26 30/10/2003 12/5/2003
/0 /5
/
11/12/2003 23/6/2003
DEMANDA BIOQUÍMIVA DE DEMANDA BIOQUÍMICA DE DEMANDA QUÍMICA DE DEMANDA QUÍMICA DE
OXIGÊNIO (mg/L) OXIGÊNIO-DBO (mg/L) OXIGÊNIO-DQO (mg/L
OXIGÊNIO-DQO (mg/L
0
2
4
6
8
10
0
2
4
6
8
10
12
14
10
/7
/
0
10
20
30
40
10/7/03 6/1/03 03
0
5
10
15
20
24
/7 6/1/03
20/1/03 /
24/7/03 03
7/ 20/1/03
8/
3/2/03 0
7/8/03 3
21 3/2/03
17/2/03 /8
/
21/8/03 03
17/2/03
4/
3/3/03 9/
0 3/3/03
4/9/03 3
18
17/3/03 /9 17/3/03
127
/ 03
18/9/03
(mg/L)
2/
(mg/L)
31/3/03 10 31/3/03
/
DATA
03
DATA
2/10/03
DATA
16 14/4/03
DATA
14/4/03 /1
0
/0
16/10/03 3 28/4/03
30
28/4/03 /1
0
/0 12/5/03
30/10/03 3
13
12/5/03 /1
1 26/5/03
/0
13/11/03 3
27
26/5/03 /1
1 9/6/03
/0
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO-DBO
27/11/03 3
9/6/03 11
DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO-DQO (mg/L)
/1 23/6/03
2
/0
11/12/03 3
23/6/03
CALIFORME FECAL X 103 COLIFORME FECAL X 103 COLIFORME TOTAL X 103 COLIFORME TOTAL X 103
(NMP/100 mL) (NMP/100 mL) (NMP/100 mL) (NMP/100 mL)
10
10
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0,5
1,5
2,5
3,5
0
2
4
6
8
0
2
4
6
8
0
1
2
3
6/1/2003 10/7/2003 6/1/2003
10/7/2003
17/3/2003 17/3/2003
18/9/2003 18/9/2003
DATA
DATA
DATA
DATA
31/3/2003 31/3/2003
2/10/2003 2/10/2003
14/4/2003 14/4/2003
16/10/2003 16/10/2003
28/4/2003 28/4/2003
30/10/2003 30/10/2003
12/5/2003 12/5/2003
13/11/2003 13/11/2003
26/5/2003 26/5/2003
27/11/2003
27/11/2003
9/6/2003 9/6/2003
11/12/2003
11/12/2003
23/6/2003 23/6/2003
CALIFORME FECAL X 103 COLIFORME FECAL X 103 COLIFORME TOTAL X 103 COLIFORME TOTAL X 103
(NMP/100 ml) (NMP/100 ml) (NMP/100 ml) (NMP/100 ml)
10
10
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0,5
1,5
2,5
3,5
0
2
4
6
8
0
2
4
6
8
10/7/2003
1
2
3
6/1/2003 6/1/2003
10/7/2003
17/3/2003 17/3/2003
18/9/2003
18/9/2003
DATA
DATA
DATA
DATA
31/3/2003 31/3/2003
2/10/2003
2/10/2003
14/4/2003 14/4/2003
16/10/2003
16/10/2003
28/4/2003 28/4/2003
30/10/2003 30/10/2003
12/5/2003 12/5/2003
13/11/2003 13/11/2003
26/5/2003 26/5/2003
27/11/2003 27/11/2003
9/6/2003 9/6/2003
11/12/2003 11/12/2003
23/6/2003 23/6/2003
TEMPERATURA (°C) TEMPERATURA (°C) pH pH
10
15
20
25
30
35
10
15
20
25
30
6,75
6,85
6,95
7,05
7,15
6,4
6,6
6,8
7,2
7,4
7,6
0
5
6,8
6,9
7,1
7,2
0
5
7
22/7/04 6/1/04
22/7/04 6/1/04
20/1/04
5/8/04 20/1/04
5/8/04
3/2/04
3/2/04
19/8/04
19/8/04
17/2/04
TEMPERATURA (°C) 17/2/04
TEMPERATURA (°C)
2/9/04 2/9/04
2/3/04
2/3/04
16/9/04 16/3/04 16/9/04 16/3/04
130
pH
pH
30/3/04 30/3/04
DATA
DATA
30/9/04 30/9/04
DATA
DATA
13/4/04 13/4/04
14/10/04 14/10/04
27/4/04 27/4/04
28/10/04 28/10/04
11/5/04 11/5/04
22/6/04 22/6/04
9/12/04 9/12/04
6/7/04 6/7/04
OXIGÊNIO DISSOLVIDO
OXIGÊNIO DISSOLVIDO CONDUTIVIDADE (Us/cm) CONDUTIVIDADE (Us/cm)
(mg/L)
(mg/L)
100
120
100
120
20
40
60
80
20
40
60
80
0
0
0
2
4
6
8
0
1
2
3
4
5
6
7
22/7/04 6/1/04 22/7/04 6/1/04
CONDUTIVIDADE (Us/cm)
CONDUTIVIDADE (Us/cm)
17/2/04 17/2/04
2/9/04 2/9/04
2/3/04 2/3/04
DATA
DATA
DATA
DATA
30/9/04
13/4/04 13/4/04
14/10/04 14/10/04
27/4/04 27/4/04
28/10/04 28/10/04
11/5/04 11/5/04
22/6/04 22/6/04
9/12/04 9/12/04
6/7/04 6/7/04
DEMANDA DEMANDA
BIOQUÍMICA DE DEMANDA QUÍMICA DE DEMANDA QUÍMICA DE
BIOQUÍMICA DE
OXIGÊNIO (mg/L) OXIGÊNIO (mg/L)
OXIGÊNIO (mg/L) OXIGÊNIO (mg/L)
10
20
30
40
50
60
70
100
120
10
15
20
10
15
20
20
40
60
80
0
5
0
5
0
22/7/04 22/7/04
6/1/04
30/3/04 30/9/04
DATA
30/3/04
DATA
DATA
30/9/04
DATA
13/4/04 13/4/04
14/10/04 14/10/04
27/4/04 27/4/04
28/10/04 28/10/04
11/5/04 11/5/04
11/11/04 25/5/04 11/11/04
25/5/04
10
0
2
4
6
8
0
2
4
6
8
0
2
4
6
8
22/7/04
0
1
2
3
4
5
22/7/04 6/1/2004
6/1/2004
5/8/04 20/1/2004
5/8/04 20/1/2004
DATA
30/3/2004 30/9/04 30/3/2004
DATA
DATA
30/9/04
DATA
13/4/2004 13/4/2004
14/10/04 14/10/04
27/4/2004 27/4/2004
28/10/04 28/10/04
11/5/2004 11/5/2004
22/6/2004 22/6/2004
9/12/04 9/12/04
6/7/2004 6/7/2004
ANEXO III
134
VAZÕES DOS POSTOS DE MORUNGABA 3D-009 E COSMÓPOLIS 4D-001
DAEE
135
3D - 009 VAZÕES MÍNIMAS MENSAIS (m³/s)
ANO JAN. FEV. MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV. DEZ. MÉDIA ANUAL
1946 58,07 51,47 40,83 30,96 23,85 21,68 20,28 15,15 11,25 10,99 13,7 14,86 26,091
1947 41,31 43,75 54,72 37,09 28,89 24,6 21,68 17,63 18,6 20,97 18,6 20,97 29,068
1948 37,09 42,77 45,75 37,09 30,96 22,75 19,6 16,68 13,41 11,77 13,41 12,58 25,322
1949 14,27 34,4 27,69 22,75 18,6 16,37 13,13 10,99 8,8 8,8 9,27 11,51 16,382
1950 36,18 83,47 55,27 44,25 30,54 26,51 20,28 16,37 14,27 14,27 14,27 25,74 31,785
1951 30,54 53,08 45,25 35,73 26,51 22,03 18,28 16,37 12,31 11,77 10,49 19,94 25,192
1952 31,38 39,88 50,94 30,12 22,75 21,68 19,6 14,27 13,98 12,58 15,45 15,45 24,007
1953 11,77 13,13 13,13 18,28 13,98 12,04 10,99 9,04 8,58 7,26 10,24 15,15 11,966
1954 14,27 19,27 24,46 17,47 17,79 17,47 14,11 10,84 8,43 11,36 6,92 7,34 14,144
1955 16,83 12,7 21,88 18,12 14,99 12,7 10,34 9,6 8,21 7,34 12,42 14,99 13,343
1956 21,53 14,7 23,71 18,78 18,78 21,88 17,79 17,15 15,29 13,25 13,25 11,62 17,311
1957 15,29 42,78 43,77 34,33 25,99 22,61 19,79 16,83 19,79 16,52 25,22 24,46 25,615
1958 18,12 38,91 40,82 37,51 35,22 32,57 28,38 20,82 20,13 19,45 18,78 20,13 27,570
1959 22,24 25,22 30,02 33,44 24,46 18,12 14,99 13,82 11,1 9,6 12,42 17,47 19,408
1960 26,97 36,59 41,8 26,11 23,44 20,22 16,27 13,29 10,09 11,11 14,44 14,01 21,195
1961 65,45 51,73 55,57 39,54 22,71 24,95 18,85 15,34 11,11 10,34 13,57 14,44 28,633
1962 20,22 33,59 40,74 28,1 22,71 17,54 15,65 13,57 11,64 16,74 20,22 23,44 22,013
1963 52,81 51,19 35,37 22,71 18,52 15,65 12,18 10,59 4,96 6,06 13,57 9,24 21,071
1964 7,43 25,72 17,54 15,04 14,15 13,29 11,91 9,12 5,42 11,11 11,37 13,29 12,949
1965 51,73 48,54 43,93 27,7 26,5 23,44 17,86 14,15 11,37 18,19 23,44 32,06 28,243
1966 42,44 36,28 46,46 31,42 24,19 18,52 15,96 14,15 11,64 11,91 15,34 14,3 23,551
1967 50,65 58,97 53,36 31,85 22,16 22,34 16,9 12,18 11,91 10,22 14,52 24,69 27,479
1968 29,17 25,48 25,09 20,91 18,78 16,1 13,3 11,16 9,69 7,73 7,27 13,01 16,474
1969 13,3 17,42 15,14 16,1 10,48 13,01 9,95 8,2 4,97 10,21 16,42 20,19 12,949
1970 23,53 40,34 43,31 29,6 23,92 20,91 18,78 14,52 19,13 16,75 18,78 20,37 24,162
1971 16,59 15,28 17,6 19,68 14,65 14,65 15,28 12,51 11,08 16,92 17,94 23 16,265
1972 24,54 45,18 31,56 23,38 20,77 16,92 16,26 16,26 13,41 17,26 24,94 19,33 22,484
1973 27,34 33,32 26,53 29,84 25,33 20,4 18,63 14,33 12,81 12,22 16,92 18,98 21,388
136
ANO JAN. FEV. MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV. DEZ. MÉDIA ANUAL
1974 53,56 32,43 28,58 28,17 21,5 21,13 17,26 12,51 9,71 10,25 9,98 20,04 23,195
1975 27,75 30,27 28,17 22,62 17,94 15,28 13,72 9,71 7,45 10,25 12,22 26,53 19,063
1976 29,84 45,18 51,94 39,78 35,11 34,21 33,76 32,43 29,84 36,03 34,66 42,69 37,346
1977 41,22 36,03 32,43 37,88 28,58 24,94 18,63 14,65 13,72 11,64 13,11 30,7 26,402
1978 30,27 23 23,38 17,26 14,33 15,28 13,41 10,8 8,18 5,87 17,60 17,6 16,307
1979 20,04 24,94 24,94 20,04 18,63 17,94 16,92 14,33 16,59 16,92 21,13 25,33 19,693
1980 32 32,43 29,42 28,58 26,13 20,77 16,59 15,28 11,93 8,18 9,19 26,13 22,495
1981 --- --- 21,13 20,04 16,92 14,65 13,11 10,52 7,69 7,45 11,08 16,92 14,270
1982 16,92 12,22 14,33 11,36 8,68 14,33 12,81 11,93 19,33 18,98 27,34 24,94 15,075
1983 25,33 73,9 79,57 45,69 45,69 73,28 40,74 38,35 50,88 80,21 35,57 --- 55,364
1984 --- --- --- --- --- 12,51 13,11 13,11 13,11 10,8 7,69 13,41 12,675
1985 17,94 26,93 21,5 13,41 11,64 11,64 11,64 17,09 11,64 24,54 11,36 9,71 16,153
1986 7,93 10,8 11,64 9,71 9,32 6,3 5,98 4,26 1,98 4,64 4,74 16,59 8,105
1987 14,81 17,94 14,96 13,41 13,41 19,68 11,93 16,26 12,22 13,72 11,64 7,69 14,185
1988 7,93 14,96 18,63 16,59 13,41 17,26 9,19 8,18 6,75 7,69 16,26 7,21 11,618
1989 32 18,63 14,65 8,68 9,19 6,98 5,04 5,55 9,71 9,19 4,84 5,45 11,370
1990 11,93 8,73 10,52 9,91 7,92 6,04 6,21 6,04 7,14 5,71 6,54 4,28 7,675
1991 6,04 13,26 12,96 30,7 20,4 13,72 12,81 10,1 9,73 17,26 10,52 9,55 14,230
1992 7,92 6,54 9,36 7,4 7,84 6,04 5,96 4,13 6,38 5,07 8,73 8,1 6,795
1993 8,1 11,93 11,08 8,82 7,05 8,1 6,38 3,83 3,83 5,88 3,68 4,28 7,207
1994 7,4 9,73 8,64 9 7,57 5,88 5,55 3,53 3,38 2,4 4,13 3,1 6,016
1995 8,28 11,36 17,94 19,33 12,22 10,1 9,18 5,88 5,55 13,41 8,10 5,88 10,830
1996 13,72 16,26 20,4 13,11 10,52 8,64 8,28 6,71 6,88 14,96 15,28 19,68 12,651
1997 24,54 21,5 10,8 8,64 8,1 9 8,28 6,88 5,71 5,88 6,04 11,36 10,972
1998 9,36 13,11 13,11 10,1 9,36 9 7,57 5,88 5,39 7,57 5,55 5,39 8,713
1999 12,81 39,3 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 26,055
2000 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- -
2001 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- -
2002 11,80 14,34 8,26 8,2 7,72 6,48 4,58 3,69 4,15 2,74 3,80 5,39 6,763
2003 5,07 6,91 6,20 5,86 5,72 5,13 4,57 3,95 2,96 2,51 4,13 7,35 5,030
2004 7,27 8,5 9,03 8,11 8,36 9,1 8,42 6,13 4,51 4,69 6,62 6,1 7,237
137
3D - 009 VAZÕES MÁXIMAS MENSAIS (m³/s)
ANO JAN. FEV. MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV. DEZ. MÉDIA ANUAL
1946 126,8 95,99 92,43 80,14 32,23 39,88 48,31 20,28 16,99 31,8 31,38 58,07 56,192
1947 142,85 144,59 224,66 56,39 39,88 38,01 38,01 36,18 56,39 45,25 39,41 115,55 81,431
1948 98,89 91,73 146,35 64,45 40,83 31,8 29,3 26,9 19,94 20,63 29,3 59,21 54,944
1949 76,87 88,24 56,94 46,26 28,09 24,6 16,68 13,13 12,31 16,06 41,31 77,52 41,501
1950 134,29 177,68 123,53 89,63 52,54 34,84 31,8 21,68 17,95 32,23 87,55 95,28 74,917
1951 120,31 91,73 117,92 75,58 39,88 28,09 30,12 24,22 16,68 24,97 71,15 58,07 58,227
1952 74,3 152,56 113,21 52,54 30,12 62,68 26,12 19,27 28,09 27,29 45,25 22,39 54,485
1953 34,84 39,41 48,31 38,01 21,32 18,6 13,98 13,13 13,41 18,6 25,74 35,73 26,757
1954 80,8 151,9 62,35 39,39 62,35 37,05 17,47 14,7 13,54 26,38 15,9 64,14 48,831
1955 95,37 44,78 62,35 37,05 19,45 19,45 14,4 30,86 20,82 37,05 39,39 77,36 41,528
1956 126,61 64,75 86,14 38,91 60 51,58 35,22 63,55 30,44 27,97 22,97 33,01 53,429
1957 197,59 107,35 128,28 61,17 40,82 42,29 31,71 42,29 72,82 49,44 48,39 65,96 74,009
1958 298,67 213,38 108,9 69,66 69,66 83,39 61,17 30,02 47,34 36,59 32,14 56 92,243
1959 77,36 58,85 80,01 91,06 33,44 24,46 19,11 30,02 16,83 24,46 54,32 82,71 49,386
1960 103,54 108,51 101,28 41,95 39,78 33,15 26,9 19,53 14,01 19,87 36,28 538,88 90,307
1961 152,94 85,43 104,86 79,37 74,81 32,93 24,57 20,04 16,27 17,22 25,53 58,4 57,698
1962 63,65 122,5 200,68 44,93 45,95 25,53 20,22 29,32 20,22 87,5 45,69 91,7 66,491
1963 188,54 99,65 53,09 35,15 22,34 18,52 15,34 13,57 10,34 42,44 50,12 20,04 47,428
1964 74,48 172,92 51,19 28,1 26,11 17,22 23,82 13,57 25,92 26,5 38,36 108,67 50,572
1965 126,18 144,04 85,09 41,95 50,65 27,3 36,28 19,87 32,5 55,85 63,06 110,6 66,114
1966 101,87 95,99 144,48 50,39 37,2 23,82 19,19 24,19 17,22 55,57 49,06 473,93 91,076
1967 142,29 162,09 69,74 50,39 34,25 56,98 22,34 16,9 25,34 40,5 46,39 64,94 61,013
1968 97,9 35,35 64,64 44,84 28,34 18,78 15,78 25,29 16,1 31,32 23,53 49,82 37,641
1969 47,69 38,4 37,69 39,12 20,55 23,92 12,43 18,09 9,95 33,53 64,64 53,09 33,258
1970 159,92 452,02 117,98 48,75 40,34 39,12 25,09 46,13 46,65 33,09 60,19 41,81 92,591
1971 48,77 31,13 46,71 33,32 25,73 64,26 24,94 18,98 20,4 70,22 35,11 82,8 41,864
1972 90,75 87,4 70,83 50,88 28,17 21,5 41,22 41,71 25,73 89,4 69,01 44,68 55,107
1973 61,37 62,52 57,41 55,74 35,57 25,73 34,66 20,77 21,87 52,48 59,66 79,57 47,279
138
ANO JAN. FEV. MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV. DEZ. MÉDIA ANUAL
1974 101,83 85,41 73,28 57,96 28,17 51,94 33,32 17,6 19,33 48,77 45,69 106,12 55,785
1975 82,15 88,73 80,21 35,11 27,34 18,28 21,13 14,65 11,08 29 69,62 89,4 47,225
1976 64,26 127,9 130,25 96,92 92,11 97,61 111,22 58,53 93,47 92,11 86,07 75,77 93,852
1977 89,4 96,22 64,85 80,85 39,3 51,41 23,38 18,98 39,3 42,69 41,71 76,4 55,374
1978 51,41 59,66 64,26 25,33 27,34 44,18 33,32 17,6 15,28 20,04 57,41 70,83 40,555
1979 65,44 55,74 57,96 49,82 59,66 30,27 24,94 30,7 34,66 60,79 55,74 66,03 49,313
1980 111,96 77,03 60,22 88,07 36,49 62,52 27,75 21,5 24,94 22,62 32,87 75,15 53,427
1981 --- --- 48,25 36,95 24,94 26,13 16,26 15,28 12,22 59,09 44,18 62,52 34,582
1982 62,52 43,68 90,08 25,33 18,28 37,88 24,15 76,4 71,44 67,81 50,35 66,92 52,903
1983 91,43 228,49 150,51 99,71 201,4 260,23 93,47 56,29 109,02 109,02 92,79 --- 135,669
1984 --- --- --- --- --- 16,92 15,28 32 33,76 16,59 18,8 64,26 28,230
1985 95,88 103,97 79,57 26,93 26,93 18,98 20,4 21,13 26,93 38,35 26,93 22,25 42,354
1986 37,41 28,17 41,22 20,4 25,33 25,33 11,93 27,34 11,64 21,87 31,56 65,44 28,970
1987 90,08 38,35 100,42 36,03 83,45 75,15 20,04 21,13 24,15 44,68 33,76 37,41 50,388
1988 66,03 87,4 127,12 49,82 37,41 46,2 16,59 13,72 10,8 36,95 37,41 39,3 47,396
1989 112,7 91,43 71,44 23,38 15,93 20,77 66,03 31,56 24,15 20,58 23,77 36,95 44,891
1990 124,02 19,68 48,77 16,26 17,94 9,18 23 11,79 14,18 15,61 11,22 20,04 27,641
1991 75,15 75,77 114,93 111,22 87,4 22,62 18,8 14,02 26,73 48,25 31,56 25,73 54,348
1992 14,96 17,09 24,54 22,25 33,76 8,1 12,07 7,23 19,68 39,78 36,95 43,18 23,299
1993 28,17 64,26 46,71 18,98 23,57 22,81 9 10,1 30,7 18,28 9,91 30,27 26,063
1994 31,56 34,66 44,18 17,26 14,65 9,91 17,94 7,4 7,57 30,27 26,13 77,66 26,599
1995 36,03 102,54 85,41 105,4 29,84 14,33 29,42 17,26 24,15 64,85 47,22 22,62 48,256
1996 88,73 57,41 124,02 66,62 23 13,11 11,08 19,68 57,96 44,68 44,68 45,69 49,722
1997 98,31 99,01 41,22 17,6 23,77 42,69 10,52 9,55 12,51 16,92 36,49 41,22 37,484
1998 29 44,68 32,43 16,92 22,62 16,26 8,64 8,28 11,08 41,71 11,64 49,3 24,380
1999 176,43 94,84 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- 135,635
2000 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- -
2001 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- -
2002 66,71 51,98 33,50 22,88 16,93 8,27 7,70 18,49 12,55 9,73 16,64 19,09 23,706
2003 59,73 30,07 20,40 9,58 9,95 9,14 7,21 5,20 4,82 41,50 35,12 42,14 22,905
2004 36,29 86,74 23 46,76 31,85 30,95 46,45 9,35 6,98 25,95 34,21 35,43 28,70
139
4D - 001 VAZÕES MÁXIMAS MENSAIS (m³/s)
ANO JAN. FEV. MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV. DEZ. MÉDIA ANUAL
1946 250,17 193,64 141,81 113,79 47,5 58,32 81,53 32,23 25,34 48,69 40,81 69,24 91,923
1947 140,65 363,79 430,3 94,02 62,61 53,74 49,48 11,97 68,57 57,9 60,88 121,97 126,323
1948 116,77 124,73 143,26 104,52 64,14 45,36 39,88 41,36 29,2 35,01 36,07 88,07 72,364
1949 115,41 147,08 87,82 83,21 50,48 37,69 29,2 28,38 27,73 27,73 40,81 124,46 66,667
1950 179,83 337,97 250,17 146,2 81,77 55,18 46,13 37,14 31,72 45,75 117,85 174,78 125,374
1951 230,06 145,26 242,04 117,58 61,77 37,2 36,49 35,1 30,09 30,9 142,13 108,27 101,408
1952 117,3 317,75 238,02 90,87 42,28 95,56 36,14 33,39 30,74 34,41 99,81 42,47 98,228
1953 50,63 69,86 64,42 63,09 29,77 26,77 24,6 23,15 26,54 26,77 28,49 53,69 40,648
1954 142,13 195,55 62,21 57,88 71,25 43,98 25,62 24,04 21,41 26,31 21,84 37,2 60,785
1955 123,98 71,25 97,94 53,27 29,77 29,12 26,08 27,7 26,54 40,62 50,43 102,5 56,600
1956 137,8 113,59 117,3 48,63 102,5 63,31 50,43 58,31 41,54 31,39 26,54 42,47 69,484
1957 337,97 150,32 158,7 82,78 50,43 50,02 46,09 65,09 105,51 67,12 68,48 74,07 104,715
1958 472,74 348,23 149,68 128,72 118,74 158,05 115,3 49,62 75,97 74,54 55,77 88,82 153,015
1959 147,78 117,01 135,05 161,98 54,51 42,66 35,45 44,17 26,54 44,93 71,72 175,36 88,097
1960 182,91 180,15 162,64 75,97 82,78 62,21 50,83 35,1 24,94 34,76 68,94 608,43 130,805
1961 240,43 123,98 152,42 102,46 134,69 48,14 39,5 34,13 29,07 26,66 43,12 75,33 87,494
1962 91,77 195,57 270,82 72,3 70,31 41,1 34,13 43,94 35,63 123,98 73,81 139,85 99,434
1963 320,75 183,84 111,83 54,71 36,78 28,72 23,04 25,65 20,24 63,5 91,77 38,33 83,263
1964 93,98 286,2 76,87 40,3 39,9 25,98 33,76 21,15 37,94 64,94 59,27 250,17 85,872
1965 238,02 337,97 208,34 75,84 80,5 43,53 50,29 33,02 47,29 95,66 101,89 210,63 126,915
1966 166,79 170,29 231,65 82,6 60,2 37,94 33,02 36,39 27,68 67,85 69,32 333,9 109,803
1967 265,12 256,74 125,22 83,13 50,73 95,66 37,16 30,12 46,86 63,5 80,5 1058,94 182,807
1968 168,89 56,52 90,12 49 40,3 29,42 26,66 27,34 23,04 43,94 34,5 59,74 54,123
1969 59,06 54,83 58,21 45,24 29,2 36,83 22,92 26,13 21,81 50,74 105,94 117,84 52,396
1970 475,01 624,43 214,46 93,07 55,66 63,44 48,35 65,68 70,26 75,93 92,02 80,32 163,219
1971 97,73 41,34 79,19 54,23 44,8 110 39,11 32,42 33,78 94,51 52,11 129,09 67,359
1972 159,84 159,15 107,71 92,39 42,86 33,1 80,17 80,66 36,58 129,71 112,88 81,16 93,018
1973 127,86 130,34 109,42 86,69 54,65 42,48 52,11 34,47 26,93 71,12 95,58 143,74 81,283
(---) Dado não disponível
140
ANO JAN. FEV. MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV. DEZ. MÉDIA ANUAL
1974 242,53 157,78 153,03 93,45 42,86 83,37 53,5 30,84 27,48 76,04 60,6 165,36 98,903
1975 212,53 244,9 145,98 56,37 44,55 32,74 32,42 27,18 21,31 36,38 121,11 144,69 93,347
1976 127,13 287,85 226,23 133,9 161,26 201,42 251,55 95,75 146,63 132,03 161,26 157,88 173,574
1977 182,97 222,26 122,3 122,9 58,89 72,26 44,93 32,42 48,35 52,69 62,33 124,55 95,571
1978 87,7 64,76 93,61 41,82 36,26 64,3 51,07 26,78 24,39 31,26 84,77 107,12 59,487
1979 105,1 104,59 67,57 81,38 91,63 43,56 37,96 45,31 51,07 113,22 66,63 105,1 76,093
1980 173,71 --- --- --- --- --- 44 34,16 36,26 35,42 57,85 121,44 71,834
1981 303,19 71,33 60,6 51,51 35 46,19 27,99 23,21 18,58 99,07 111,69 157,88 83,853
1982 161,26 159,9 149,24 59,68 75,61 138,69 64,3 89,36 113,33 150,46 82,46 144,88 115,764
1983 198,04 596,47 259,98 164,14 426,29 444,69 143,56 82,95 196,17 151,26 133,81 173,71 247,589
1984 194,31 89,86 67,93 71,77 64,6 31,47 28,49 65,79 49,68 31,47 42,89 118,72 71,415
1985 171,96 74,66 182,61 67,45 59,65 39,55 30,61 31,04 47,86 44,24 49,68 65,78 72,091
1986 7056 75,39 89,11 70,32 50,6 42,67 18,59 56,14 18 44,69 59,65 150,46 644,302
1987 210,95 132,24 107,45 71,77 141,18 94,84 46,5 37,56 55,21 75,63 73,69 80,01 93,919
1988 104,41 130,14 336,91 86,08 65,37 67,11 34,98 25,31 22,6 64,5 64,93 65,37 88,976
1989 153,86 188,05 91,71 71,96 34,98 41,84 83,76 72,86 34,61 29,16 64,5 100,8 80,674
1990 287,4 40,29 87,02 41,06 31,67 18,68 47,37 29,16 28,27 34,98 35,17 45,18 60,521
1991 133,27 132,65 252,39 247,38 122,6 45,58 36,86 26 42,62 88,65 38,95 67,55 102,875
1992 45,18 50,61 46,57 50,61 54,31 16,49 28,98 14,06 36,67 103,72 92,19 106,16 53,796
1993 87,72 116,83 98,87 58,5 55,15 56,19 21,94 27,74 71,52 45,77 18,52 63,85 60,217
1994 76 98,87 77,36 43,99 31,67 26 30,77 14,81 11,88 82,38 251,55 67,753
1995 101,77 289,64 119,85 215,21 68,64 32,04 52,45 27,92 34,61 91 62,77 68,21 97,009
1996 189,88 85,15 347,54 90,77 43,6 30,05 27,74 51,43 101,05 92,19 92,66 114,58 105,553
1997 --- --- 62,24 34,7 51,95 109,23 25,04 18,09 29,04 37,36 66,57 67,03 50,125
1998 66,57 119,56 88,46 42,26 51,31 35,83 23,03 16,57 20,27 79,57 29,93 104,44 56,483
1999 458,45 161,26 225,04 74,76 38,91 52,8 23,03 17,93 27,28 16,57 29,57 71,21 99,734
2000 155,58 255,33 91,03 66,32 18,11 16,28 27,58 25,48 37,65 20,15 88,19 162,62 80,360
2001 76,40 154,66 63,30 79,11 32,67 21,45 14,81 15,24 36,48 148,25 48,24 148,85 69,954
2002 177,96 145,53 98,65 61,23 38,04 18,73 15,24 35,71 31,93 26,00 33,42 47,82 60,854
2003 176,2 196,5 46,56 32,61 21,16 14,18 9,41 10,03 9,29 43,08 59,07 95,51 59,468
2004 89,1 141,5 41,7 49,2 49,7 65 67,8 16,7 11,18 34,5 62,8 97,6 60,565
141
4D - 001 VAZÕES MÍNIMAS MENSAIS (m³/s)
ANO JAN. FEV. MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV. DEZ. MÉDIA ANUAL
1946 113,26 87,58 64,14 45,36 38,96 31,55 29,2 21,98 19,51 19,51 25,66 29,04 43,813
1947 47,9 86,84 97,56 73,33 50,89 36,78 36,78 29,54 38,23 41,36 40,06 44,59 51,988
1948 98,07 105,83 100,63 64,14 38,96 36,78 32,57 29,54 26,93 20,36 26,29 26,61 50,559
1949 26,29 53,74 44,2 40,06 29,54 27,25 24,25 19,32 16,54 15,28 18,57 21,68 28,060
1950 52,92 158,44 81,29 78,45 50,89 40,43 36,07 29,54 25,5 28,55 32,92 41,36 54,697
1951 45,7 64,42 72,65 55,35 39,34 31,39 29,77 27,86 22,28 22,06 20,35 29,44 38,384
1952 45,31 51,23 64,42 40,07 31,39 35,79 31,39 23,7 24,48 22,93 24,48 24,82 35,001
1953 22,82 24,26 26,77 29,12 25,62 20,99 20,46 19,72 19,1 19,31 24,2 22,49 22,905
1954 22,93 57,45 39,34 14,48 27,23 24,48 21,2 19,72 18,09 18,29 17,49 19,1 24,983
1955 25,16 29,44 51,64 14,48 24,48 23,37 19,1 17,49 16,7 16,7 25,16 23,81 23,961
1956 35,45 19,72 42,28 29,77 30,09 26,77 24,48 24,71 23,37 24,26 23,15 25,85 27,492
1957 28,65 97,67 70,32 52,45 31,89 32,39 30,25 25,16 29,44 22,06 30,09 36,14 40,543
1958 28,17 60,03 62,21 60,46 53,27 53,69 47,25 38,98 32,72 32,22 31,39 32,72 44,426
1959 36,49 44,93 44,93 52,86 36,49 30,74 26,31 24,71 22,49 22,06 23,37 32,39 33,148
1960 50,43 59,59 63,97 43,03 39,71 33,39 27,55 24,48 20,35 19,31 24,04 26,77 36,052
1961 90,12 82,07 76,36 53,37 46,44 37,16 28,37 26,66 22,72 17,79 24,66 25,98 44,308
1962 34,88 46,02 62,55 44,36 34,88 28,72 24,66 22,72 21,15 23,68 28,37 41,1 34,424
1963 103,04 83,66 59,27 37,55 27,34 22,72 19,93 18,19 14,93 15,48 23,36 18,19 36,972
1964 16,24 40,3 27,34 24,33 22,09 18,8 19,21 16,62 13,85 17,2 19,93 23,36 21,606
1965 91,77 84,72 83,13 52,04 44,36 31,92 31,92 25,66 20,85 31,92 36,78 60,2 49,606
1966 60,67 52,93 72,8 45,19 41,1 30,12 24,99 21,46 17,4 17,99 23,04 23,04 35,894
1967 79,97 99,04 82,07 46,02 32,28 32,28 30,84 24,33 21,15 19,21 24,66 47,29 44,928
1968 41,5 43,94 37,16 33,76 28,37 24 17,99 18,4 15,86 15,3 13,5 17,99 25,648
1969 23,49 27,34 25,24 23,21 20,22 21,81 18,33 18,33 16,5 18,89 29,83 36,14 23,278
1970 38,59 68,87 71,66 48,74 10,03 37,18 36,48 32,75 39,31 35,79 38,59 36,83 41,235
1971 31,42 30,43 30,43 33,44 28,81 27,24 28,49 24,22 21,64 27,55 27,55 35,52 28,895
1972 37,65 76,28 48,8 38,01 31,42 26,62 25,41 26,93 22,77 27,55 35,87 31,08 35,699
1973 43,25 45,98 41,34 45,59 39,11 31,08 28,18 17,9 16,64 19,46 28,18 30,43 32,262
142
ANO JAN. FEV. MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SET. OUT. NOV. DEZ. MÉDIA ANUAL
1974 90,82 49,21 42,48 43,25 32,08 32,08 30,52 24,87 21,05 20,27 24,3 31,47 36,867
1975 51,49 54,72 47,19 39,13 31,47 27,48 27,18 20,01 17,53 19,5 23,47 37,4 33,048
1976 48,35 64,53 79,91 58,47 51,89 53,91 53,5 51,49 44,18 55,54 53,09 60,6 56,288
1977 63,65 55,13 49,13 59,32 44,55 43,44 31,15 26,01 27,18 23,2 24,87 45,31 41,078
1978 47,95 32,5 32,91 23,21 21,65 23,21 22,03 17,45 14,14 11,31 20,1 25,98 24,370
1979 26,78 37,11 35,84 26,78 30,02 27,18 25,18 22,81 22,81 22,81 26,78 30,43 27,878
1980 42,69 --- --- --- --- --- 25,98 25,58 20,1 16,34 14,51 37,96 26,166
1981 48,84 40,53 35 32,5 24,39 25,98 22,03 16,34 11,66 13,43 24,39 25,58 26,723
1982 37,11 32,91 35,42 31,67 29,61 52,86 27,22 27,64 31,47 32,33 29,76 58,48 35,540
1983 58,01 128,06 106,94 82,95 79,52 122,6 78,06 70,32 75,14 110,51 81,23 86,39 89,978
1984 63,18 52,44 40,66 34,93 31,9 25,96 23,47 23,47 27,22 14,66 13,13 23,88 31,242
1985 50,6 53,82 57,07 29,33 28,7 24,71 24,71 25,54 24,71 28,06 13,13 11,62 31,000
1986 16,02 20,61 31,9 19,8 16,22 13,89 13,13 10,5 8,68 8,32 10,13 47,18 18,032
1987 41,55 40,66 40,66 34,06 31,04 47,4 24,29 26,38 24,29 28,91 21,01 18,59 31,570
1988 23,88 44,69 45,38 39,9 34,24 34,61 24,97 20,62 15,57 15,87 30,23 18,37 29,028
1989 57,66 49,39 44,58 26 25,31 20,62 15,57 18,05 19,32 15,57 10,9 14,06 26,419
1990 32,4 23,1 20,29 22,27 17,73 15,57 15,57 15,11 15,57 14,96 12,02 10,34 17,911
1991 14,06 29,87 30,59 55,35 39,52 32,04 24,97 18,68 16,49 30,59 16,95 19,32 27,369
1992 22,27 14,06 23,1 18,37 19 11,18 11,74 11,18 11,74 13,91 28,1 22,6 17,271
1993 17,73 28,1 33,13 25,14 18,84 20,95 15,41 13,03 13,77 14,81 12,74 13,91 18,963
1994 18,37 28,63 19,32 21,11 13,77 14,81 14,21 11,74 8,86 6,07 --- 13,18 15,461
1995 26,69 53,28 49,19 46,77 29,34 27,22 24,97 14,06 12,46 24,29 19,48 13,62 28,448
1996 52,66 37,05 44,78 31,49 23,95 20,46 17,11 14,96 15,72 24,12 25,14 36,86 28,692
1997 24,7 21,07 17,48 20,91 17,93 13,12 11,62 11,75 11,89 31,92 18,239
1998 23,2 25,38 33,39 23,53 18,24 18,7 13,39 10,3 10,43 15,25 10,95 11,35 17,843
1999 35,27 100,24 39,88 30,29 23,53 24,36 17,02 12,84 12,56 10,18 10,18 10,82 27,264
2000 19,35 30,09 25,99 16,88 14,37 12,95 11,72 12,13 11,19 9,13 8,88 16,40 15,757
2001 24,62 35,89 27,75 16,73 15,24 11,99 10,27 8,14 7,66 10,66 8,88 17,03 16,238
2002 29,36 42,83 32,48 20,15 17,49 12,95 9,13 8,07 8,50 5,83 7,24 12,13 17,180
2003 8,57 19,9 15,33 11,57 10,91 7,98 6,87 5,63 3,79 3,79 5,83 18,02 9,848
2004 14,5 16,1 18 15,8 15 17,4 14,9 10,41 7,65 8,57 11,71 16,4 13,870
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