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8QLGDGH0HGLGDVGH&RQWUROH
$YDOLDomRGH$JHQWHV4XtPLFRV
Trata-se de uma fase importante e ainda pouco desenvolvida no Brasil, que, quando
bem feita e efetivamente implementada -ainda na fase que antecede o início da nova
unidade e/ou processo- gera ambientes e instalações isentas de situações
insalubres significativas e de condições que impactam severamente o conforto dos
trabalhadores, evitando, por conseguinte futuras intervenções corretivas, na maioria
das vezes onerosas e impactantes a produção quando o processo já se encontra em
operação.
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que elimina ou reduz os riscos à saúde "ainda na prancheta", ou seja, na fase de
concepção das novas estruturas, definição de lay-outs e de processo e de
especificação de equipamentos e maquinários. Nesta circunstância, pequenas
modificações, muitas vezes sem custo ou com um pequeno custo adicional, podem
ser suficientes para se obter ambientes ocupacionalmente adequados, muitas vezes
independentes do uso de equipamentos de proteção individual.
Também faz parte desta etapa a análise das fichas de segurança de produtos
químicos (também conhecidas por MSDS – Material Safety Data Sheet) e de
catálogos técnicos de equipamentos que os projetistas pretendem inserir no
processo. A título de ilustração destas intervenções, podemos citar o caso de
compra de um trator de esteira, cujos níveis de ruído e vibração de corpo inteiro
geralmente ultrapassam os limites de exposição para jornadas de trabalho de 8
horas diárias, quando esta máquina é desprovida de cabine e assento anti-vibração.
Caso conste na especificação de compra o fornecimento deste equipamento com
cabine aclimatizada, com tratamento acústico e assento anti-vibração, certamente
ter-se-á uma melhor condição de trabalho para o operador, dispensando o mesmo
do uso de protetores auriculares.
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b) determinação e localização das possíveis fontes geradoras,
c) identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos
agentes no ambiente de trabalho,
d) identificação das funções e determinação do número de trabalhadores
expostos,
e) caracterização das atividades e do tipo de exposição,
f) obtenção de dados existentes na empresa indicativos de possível
comprometimento da saúde decorrente do trabalho,
g) possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na
literatura técnica,
h) descrição das medidas de controle já existentes.
Ag ente p otenc ia lmente c a usa d or d e silic ose. Sim, se gund o informa ç ões
d a p róp ria emp resa .
)217(6*(5$'25$6 0(,26'(3523$*$d2
Uso d e a r c omp rimid o p a ra limp eza d e rod a s e p neus Ma teria l p a rtic ula d o em susp ensã o no a r, c om
usa d os. g ra nulometria va ria d a .
1Ò0(52'( 1$785(=$'$
&$5*26327(1&,$/0(17((;326726
(035(*$'26 (;326,d2
Borra c heiro 01 Ha b itua l e intermitente
Ajud a nte d e b orra c heiro 02 Ha b itua l e intermitente
&21752/(6(;,67(17(6
1$(035(6$
Nã o c onsta ta d o nenhum tip o d e c ontrole esp ec ífic o p a ra o
a g ente em q uestã o .
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Para desenvolver esta etapa de forma eficaz, o higienista deve ter conhecimento
detalhado do processo produtivo, inspecionar detalhadamente os locais de trabalho
e contar com a colaboração do pessoal da produção, manutenção e outros setores
ligados ao processo industrial, atentando para a possibilidade de que às vezes, até
os próprios técnicos e trabalhadores envolvidos diretamente na operação em estudo
possam não ter conhecimento de todos os riscos ambientais que os mesmos
produzem ou então, julgarem que determinadas informações não sejam importantes
para a elaboração deste diagnóstico. Consulta a outras empresas que possuem
processos similares e à literatura especializada podem suprir esta eventual
deficiência.
Estas características dos agentes químicos fazem com que em muitos casos,
dependendo da complexidade do processo em estudo, faz-se necessário recorrer à
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consultoria de um higienista com formação básica em química ou em outras
disciplinas afins.
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8PLGDGHUHODWLYDHSUHVVmRDWPRVIpULFD.
Propriedades físico-químicas dos produtos envolvidos.
3UHVVmRGHYDSRU
'HQVLGDGH
5HDWLYLGDGH
Aspectos toxicológicos dos produtos em uso
9LDVGHSHQHWUDomRQRRUJDQLVPR
0HLDYLGDELROyJLFD
/LPLWHVGHWROHUkQFLDRXGHH[SRVLomR
(VWDELOLGDGH GDV PDWpULDVSULPDV SURGXWRV LQWHUPHGLiULRV H
ILQDLV
Ciclo de trabalho e as atividades dos empregados
7LSRGHH[SRVLomR KDELWXDOSHUPDQHQWHKDELWXDOLQWHUPLWHQWHRX
HYHQWXDO
([LJrQFLDVItVLFDVGRWUDEDOKRHIHWXDGR
7LSRGHMRUQDGDGHWUDEDOKR
1~PHURGHWUDEDOKDGRUHVH[SRVWRV
3RVVLELOLGDGH GH DJUXSiORV HP *+( ± *UXSR +RPRJrQHR GH
([SRVLomR
&DUJRVPDLVH[SRVWRV
Programas de manutenção:
• 3UHYHQWLYDFRUUHWLYDSUHGLWLYDHRVSURFHGLPHQWRVDGRWDGRV
Resultados de avaliações existentes:
• $YDOLDomRDPELHQWDO
• $YDOLDomRELROyJLFD
• $YDOLDomRFOtQLFD
Utilização de índices sensoriais
ËQGLFHVROIDWLYRV
ËQGLFHVDXGLWLYRV
ËQGLFHVYLVXDLV
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$YDOLDomRGHULVFRV
Os conceitos abaixo devem ser bem entendidos para uma melhor compreensão da
avaliação de riscos:
• Amostragem: FRQMXQWR GH SURFHGLPHQWRV HPSUHJDGRV QD HVWLPDWLYD GD
H[SRVLomR RFXSDFLRQDO TXH SHUPLWHP REWHU DPRVWUDV UHSUHVHQWDWLYDV H
UHVXOWDGRVFRPFRQILDELOLGDGHGHWHUPLQDGDHPIXQomRGDSUHFLVmRHH[DWLGmR
GDVWpFQLFDVXWLOL]DGDV
• Coleta de amostras: SURFHGLPHQWR SUiWLFR GH FROHWDU XPD SRUomR GR DJHQWH
TXtPLFR JHUDOPHQWH SUHVHQWH QD DWPRVIHUD H QD ]RQD UHVSLUDWyULD GH XP
IXQFLRQiULRFRPHTXLSDPHQWRGHFROHWDHVSHFtILFR
• Monitorização ambiental: DYDOLDomR VLVWHPiWLFD H UHSHWLWLYD GD H[SRVLomR
RFXSDFLRQDODWUDYpVGDPHGLGDGDFRQFHQWUDomRGHXPGDGRDJHQWHTXtPLFR
QRORFDOGHWUDEDOKRTXHUHSUHVHQWHHVWDH[SRVLomRVHJXLGD GHFRPSDUDomR
FRPXPSDGUmRDGHTXDGRHYLVDQGRDLQWURGXomRRXPRGLILFDomRGHPHGLGDV
GHFRQWUROHVHPSUHTXHQHFHVViULDV
• Monitorização biológica: DYDOLDomR VLVWHPiWLFD H UHSHWLWLYD GD H[SRVLomR
RFXSDFLRQDO DWUDYpV GD PHGLGD GD FRQFHQWUDomR GH XP DJHQWH TXtPLFR HP
XP IOXLGR ELROyJLFR GH VHX SURGXWR GH ELRWUDQVIRUPDomR RX GH VXD DomR
Wy[LFD YLVDQGR D LQWURGXomR RX PRGLILFDomR GH PHGLGDV GH FRQWUROH VHPSUH
TXHQHFHVViULDV
• Grupo Homogêneo de Exposição – GHE: JUXSR GH WUDEDOKDGRUHV TXH
H[SHULPHQWDPH[SRVLomRVHPHOKDQWHGHIRUPDTXHRUHVXOWDGRIRUQHFLGRSHOD
DYDOLDomRGDH[SRVLomRGHTXDOTXHUWUDEDOKDGRUGRJUXSRVHMDUHSUHVHQWDWLYR
GDH[SRVLomRGRUHVWDQWHGRVWUDEDOKDGRUHVGRPHVPRJUXSR LWHP
±153RUWDULD
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Há que se ficar claro que a avaliação de riscos num sentido mais amplo não se
restringe unicamente à medição da concentração ou intensidade do agente, com uso
de instrumentos específicos, para estimar a exposição de um trabalhador.
A determinação das variáveis acima sempre envolve uma série de incertezas, o que
nos leva a trabalhar com estimativas.
A avaliação dos riscos compreende dois tipos de estimativa (sempre haverá uma
incerteza):
• Estimativa qualitativa do risco,
• Estimativa quantitativa do risco.
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Esta análise qualitativa permite priorizar as medições quantitativas. Se as
informações disponíveis na estimativa qualitativa do risco são suficientes, pode-se
dispensar a princípio uma estimativa quantitativa, partindo-se diretamente para o
desenvolvimento e análise das opções de controle. Imagine, a título de exemplo, um
trabalhador operando diariamente um martelete pneumático em rocha constituída
predominantemente de quartzo, sem qualquer tipo de medida de controle, inclusive
EPI, onde fica difícil até mesmo visualizá-lo, em função da quantidade de poeira em
suspensão. Não precisamos aguardar o resultado da avaliação quantitativa para
prescrever medidas de controle para esta situação.
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respectiva exposição, também fazendo uso da matriz de risco mencionada
anteriormente. Para esta fase o higienista deve utilizar instrumental adequado para
coleta de amostras ou de medição direta. Quando o método adotado for através de
coleta de amostras deve-se contar ainda com um laboratório confiável para a
realização das análises. Esta atividade deve ser tecnicamente planejada, para que
se realize um número adequado de medições e de forma tal que possam refletir
corretamente a exposição dos trabalhadores.
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• Onde medir ou coletar amostras?
• Quantas amostras coletar?
• Quantos e quais funcionários avaliar?
• Por quanto tempo deve-se coletar uma amostra?
• Quando avaliar novamente?
• A avaliação ambiental deve ser simultânea com a avaliação biológica?
$63(&726,03257$17(6(080$$02675$*(0'($*(17(648Ë0,&26
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Nas medições que envolvem equipamentos e instrumentos, como é o caso dos
levantamentos ambientais, a exatidão de um valor medido será sempre limitada pela
precisão do instrumento de medida. Outros erros consistentes e aleatórios também
podem ocorrer como, por exemplo, equipamentos descalibrados ou mal aferidos,
flutuações no funcionamento do instrumento durante a medição, uso de uma fórmula
errada, aplicação de uma metodologia imprópria, percepção ou interpretação
equivocada do responsável pelas medições, etc.
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7LSRVGH$PRVWUDJHP
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período de avaliação, mas, em geral, não registra as variações da concentração da
concentração dos contaminantes durante a jornada de trabalho, o que impossibilita a
determinação das máximas concentrações alcançadas, não podendo ser verificado
se o valor máximo ou valor teto foi ultrapassado. Este tipo de amostragem é
comumente empregada para substâncias que possuem LE - média ponderada. No
entanto, como mesmo estas substâncias têm uma valor máximo que não pode ser
ultrapassado (VM = FD x LT), há necessidade às vezes de se efetuar uma amostra
instantânea ou de curta duração, que nos indicará se este valor máximo foi ou não
ultrapassado.
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Os dois tipos de amostragens (instantâneas ou contínuas) são de grande utilidade
na pesquisa da presença de agentes químicos no local de trabalho. Dependerá do
bom senso e da experiência do higienista, determinar a amostragem mais
apropriada em cada caso, visando sempre obter resultados representativos da
exposição real.
Para alcançar este objetivo, duas regras básicas devem ser obedecidas:
• 1ª – em todos os casos, a amostragem deve ser feita nas condições normais
de trabalho, já que de outra forma, a exposição avaliada não será
representativa das condições reais;
• 2ª – a maioria dos processos apresenta ciclo de trabalho bem definido, que se
repetem várias vezes ao dia. A amostragem deverá ser feita cobrindo, no
mínimo, um ciclo de trabalho.
7LSRVGH$PRVWUDVHP)XQomRGD=RQDGH$PRVWUDJHP
De acordo com a localização dos equipamentos de avaliação (amostrador),
podemos ter os seguintes tipos de coleta de amostras:
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• Coleta de amostras pessoais ou individuais,
• Coleta de amostras na zona corporal de interesse, e
• Coleta de amostras no ambiente.
&ROHWDGHDPRVWUDVSHVVRDLVRXLQGLYLGXDLV
São amostragens realizadas com o equipamento de avaliação sendo portado pelo
próprio indivíduo amostrado, situado na zona de amostragem de interesse (por
exemplo, zona auditiva ou zona respiratória).
É o tipo preferível e mais comumente adotado para amostragem de exposição
ocupacional, por sua adequada representatividade da exposição experimentada pelo
indivíduo ao longo do período de coleta. No caso de agentes químicos as amostras,
de preferência, devem ser coletadas na zona de respiração do trabalhador (região
do espaço que compreende uma distância de aproximadamente 150 ± 50 mm a
partir das narinas, sob a influência da respiração), por ser esta a via mais importante
de penetração de substâncias tóxicas no organismo. Praticamente não apresenta
maiores dificuldades operacionais, sendo as limitações apenas restritas aos
aspectos de recursos instrumentais disponíveis e econômicos da amostragem.
&ROHWDGHDPRVWUDVQD]RQDFRUSRUDOGHLQWHUHVVH
São amostras realizadas com o amostrador sendo portado por um terceiro,
geralmente o do próprio higienista, instalado na zona corporal de interesse (por
exemplo, auditiva, respiratória e torácica), quando inviável a fixação do equipamento
no corpo do próprio trabalhador avaliado (amostra pessoal ou individual).
Não é a condição mais indicada, mas trata-se de umtipo aceitável para amostragem
de exposição ocupacional, podendo representar adequadamente a exposição
experimentada pelo indivíduo, respeitadas as limitações amostrais e a análise
estatística aplicável.
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&ROHWDGHDPRVWUDVQRDPELHQWH
São amostras tomadas em pontos fixos da área de trabalho, não vinculadas ao
trabalhador, normalmente indicadas para estudar o grau de contaminação de um
posto de trabalho num determinado período de tempo. Este tipo de avaliação é
muito empregado para determinar medidas de controle de engenharia contra riscos
ambientais. A localização do aparelho amostrador pode não ser necessariamente, o
centro do local de trabalho, devendo-se considerar a localização dos pontos de
origem da dispersão dos contaminantes, a fim de não situar o aparelho na trajetória
dos poluentes, determinada pelas correntes de ar.
As considerações deste item não se aplicam ao Anexo 13 A da NR-15 que tem como
objetivo regulamentar ações, atribuições e procedimentos de prevenção da
exposição ocupacional ao benzeno, visando a proteção da saúde do trabalhador,
visto tratar de um produto comprovadamente cancerígeno.
,QVWUXPHQWRV8WLOL]DGRV
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diversos meios de coleta podem ser empregados através de três modalidades de
equipamentos:
• Equipamentos de leitura direta,
• Amostradores de ar total, e
• Amostradores de separação do contaminante do ar.
Instrumentos de leitura direta podem ser simples genéricos, que apenas detectam a
presença de uma substância sem identificá-la; ou mais sofisticados, como os
cromatógrafos portáteis, que podem identificar e quantificar a concentração de um
determinado agente químico presente na atmosfera. Temos ainda equipamentos
portáteis, com sensores específicos para algumas substâncias, como monóxido de
carbono, dióxido de enxofre, formaldeído etc. São, todavia, equipamentos de
elevado custo, devendo ser manuseados por técnicos treinados e geralmente
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dedicados a avaliações de curta duração, sendo de bastante utilidade em situação
de emergência ou não rotineira.
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poderá induzir a erros na determinação da avaliação do laboratório. Para
minimizar esta probabilidade de erro, já existem frascos especiais que são
dotados de uma abertura na parte inferior para reduzir o contato entre o ar
contaminado e o líquido.
Concentração = massa/volume
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0HWRGRORJLDV
A coleta de qualquer agente químico deve ser feita de acordo com normas legais e
técnicas específicas. No que se refere à legislação, tanto trabalhista como
previdenciária, é compulsório acatar as normas oficiais que tratam da questão.
Normalmente estas regulamentações não especificam o “como fazer” e sim o que
deve ser feito.
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Dentre os tipos de análise praticados pelos laboratórios atualmente, destacam- se os
seguintes:
• 9ROXPH– Partindo-se de uma solução com volume conhecido e fazendo-se a
leitura do volume final, após a amostragem, determina-se o volume do
contaminante, pela diferença entre o volume inicial e o final;
• 7LWXODomR – Partindo-se de uma solução com pH conhecido e fazendo-se a
leitura após a amostragem determina-se a massa ou volume do
contaminante, pela alteração no valor do pH e comparação com a curva de
calibração do medidor;
• *UDYLPHWULD – Pesa-se o amostrador antes e depois da amostragem e
compara-se os valores de massa, sendo a diferença entre as pesagens a
massa de contaminante;
• 3UHFLSLWDomR – Provoca-se a separação de fases em uma solução e
determina-se o volume do contaminante contido na solução;
• ([WUDomR– Extrai-se de um meio sólido ou líquido, através da adição de um
solvente, e determina-se o volume ou a massa do contaminante extraído;
• (VSHFWURIRWRPHWULD GH ,QIUDYHUPHOKR 8OWUDYLROHWD HRX /X] 9LVtYHO –
Prepara-se a amostra e faz-se a leitura da absorção ou dispersão de uma
onda com comprimento nas faixas do infravermelho, ultravioleta ou luz visível,
que é aplicada na amostra. O resultado da absorção ou dispersão é
proporcional a quantidade de contaminante contido na amostra. O resultado
da leitura é comparado com a curva de calibração;
• 'LIUDomR GH 5[ Prepara-se a amostra e faz-se a leitura da difração do
Raios-X que incide no material da amostra. O resultado da difração é
proporcional a quantidade de contaminante contido na amostra. O resultado
da leitura é comparado com a curva de calibração;
• (VSHFWURIRWRPHWULDGH$EVRUomR$W{PLFDPrepara-se a amostra e faz-se
a leitura da característica do espectro de radiação do material contido na
amostra. O resultado é obtido pela característica do espectro, que identifica a
substância em si, e pela variação do espectro, que determina a quantidade. A
massa ou volume contido na amostra é determinado pela comparação do
espectro obtido na análise com o da curva de calibração;
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• &URPDWRJUDILD *DVRVD – Prepara-se a amostra e faz-se a leitura do tempo
de retenção da substância que é injetada em uma coluna interna do
instrumento. O tempo de retenção na coluna, entre a injeção e a saída de
cada elemento, determina o tipo de substância encontrada na amostra. O
resultado da leitura é comparado com a curva de calibração determinando a
massa da substância.
5HJLVWURVGH&ROHWDGH$PRVWUDVQR&DPSR
As observações realizadas e os registros feitos na folha de campo contribuirão para
a elaboração do relatório final.
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• Data de validade do tubo ou da solução
• Registro de EPC (tipo/ conservação)
• Registro do EPI, estado de conservação, tempo real de uso, c. A.
$02675$*(16'(*$6(6(9$325(6
Gases e vapores formam uma mistura homogênea com o ar, não se separando
deste através de meios mecânicos.
A amostragem de gases e vapores pode ser feita por coleta de ar total, ou por
separação dos contaminantes gasosos, através da retenção destes em meio sólido
(adsorção) ou em meio líquido (absorção), ou ainda, por condensação destes gases
e vapores.
7XERVFRORULPpWULFRV
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Consistem fundamentalmente em se passar uma quantidade conhecida de ar por
meio de um reagente, o qual sofrerá alteração de cor, caso a substância
contaminante esteja presente.
Para se fazer passar o ar por meio do reagente são utilizadas bombas aspiradoras,
que podem ser tanto do tipo pistão ou do tipo fole.
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A amostragem consiste em passar um determinado volume de ar conhecido, por
intermédio de bomba gravimétrica calibrada com vazão adequada, por tubo de
carvão ativado ou sílica gel. Tanto para a vazão adequada como para o tipo de tubo
a ser utilizado devem ser consultadas as metodologias específicas de cada
contaminante.
Tubos de carvão ativado são utilizados para coleta dos vapores orgânicos (benzeno,
tolueno, xileno, tricloroetileno, acetona etc.) e os tubos de sílica gel para outras
substâncias (tais como anilina, ácidos, aminas etc.).
26
$PRVWUDJHP FRP UHWHQomR HP ILOWURV GH 39& pVWHU GH FHOXORVH RX ILEUD GH
YLGUR
27
0RQLWRUHVSDVVLYRV 290
(;(03/2
28
Qual é a concentração média?
29
aerossol em suspensão, cuidando para que as medições sejam efetuadas com
aparelhagem adequada e em perfeitas condições de operação e que sejam o mais
representativas da exposição real a que estão submetidos os trabalhadores. O
tempo de exposição deve ser estabelecido através de uma análise da tarefa do
trabalhador. Esta análise deverá incluir todos os movimentos efetuados durante as
operações normais, incluindo os tempos de descanso e movimentação fora do local
de trabalho propriamente dito.
A avaliação quantitativa de qualquer risco ambiental, para ser eficaz, precisa refletir
a realidade do ambiente de trabalho não podendo ser determinado apenas por
uma única avaliação no ambiente. Deverão se coletadas quantas amostras forem
necessárias, em dias e turnos aleatórios, de modo que sejam levados em
consideração todos os parâmetros que interferem na concentração deste agente ao
nível respiratório do trabalhador, tais como, intempéries, nível de produção, ventos,
variações operacionais e de processo, dentre outros. Deste modo, os dados obtidos
nas diversas situações deverão sofrer tratamento estático.
30
'HILQLo}HV
')( #
$ % &
! " #
)LOWURPHPEUDQD: filtro de malha rígida, de material polímero, na forma de uma
película, com poros de tamanho uniforme determinados com precisão.
3RUWDILOWUR EUDQFR porta-filtro contendo um filtro que sofre o mesmo preparo e
manuseio que os portas-filtros a serem utilizados para a coleta de amostras, exceto
que neste não passa ar através dele, ou seja, o mesmo não é utilizado.
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3DUWLFXODGRWRWDO: total de partículas contidas em uma amostra gasosa.
,QVWUXPHQWDO1HFHVViULR
•Bomba de amostragem que forneça uma vazão de ar entre 1 e 3 litros por minuto,
provida de um sistema de controle de vazão e fonte de alimentação elétrica
independente. Este equipamento também é conhecido como AMOSTRADOR
GRAVIMÉTRICO.
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•Ciclone padrão de 10 mm que separe as partículas com as seguintes
características de granulometria:
',0(752$(52',1Æ0,&2 '(
(48,9$/(17('$3$57Ë&8/$ 3$57,&8/$'2
P ,1$/È9(/
2 90
2,5 75
Menor ou igual a 3,5 50
5,0 25
10,0 0
•Barômetro portátil.
&DOLEUDomRGR(TXLSDPHQWR
A bomba de amostragem deve ser calibrada antes e depois da avaliação, para
ajuste e verificação da manutenção da vazão. Variações acima de um determinado
percentual entre a vazão inicial e final podem prejudicar e até mesmo invalidar a
amostragem.
Os métodos mais utilizados são:
33
conectado em série com o porta-filtro e a bureta, para conter a umidade proveniente
da bolha de sabão, no caso de coleta de poeira total.
34
6LVWHPDGHFDOLEUDomRGRDPRVWUDGRUSDUDSRHLUDUHVSLUiYHOHWRWDO
,QGLFDGRU GH )OX[R 'LJLWDO RX (OHWU{QLFR: Dispositivo eletrônico para ajuste e
indicação da vazão do amostrador. O porta-filtro é conectado no indicador de fluxo,
juntamente com o ciclone, para poeira respirável ou sem o ciclone, no caso de
poeira total. O fluxo é ajustado de acordo com o material a ser coletado.
35
Tal procedimento deve ser feito antes e depois da amostragem.
Onde: Qa = vazão média da amostragem
Qc = vazão média corrigida
P1 = pressão barométrica do local de calibração
P2 = pressão barométrica do local de amostragem
T1 = temperatura do local de calibração
T2 = temperatura do local de amostragem.
36
b) Preparar o porta-filtro padrão com um filtro membrana de PVC, pré-pesado,
com 37 mm de diâmetro e 5 µm de poro, para determinações analíticas por
gravimetria e difração de Raios X.
c) Montar o porta-filtro em um ciclone e ligá-lo
através de mangueira à bomba de amostragem,
para a coleta de poeira respirável.
3URFHGLPHQWRSDUDFROHWDGH3DUWtFXODV,QF{PRGDVRX3126
a) O equipamento de amostragem deve ser preparado de acordo com as
instruções do fabricante.
b) Preparar o porta-filtro padrão com um suporte de papelão e um filtro-
membrana de PVC, pré-pesado, com 37 mm de diâmetro, para
determinações gravimétricas. O poro do filtro é definido conforme o material
particulado a ser coletado, atendendo ao disposto nas normas do 1,26+ ±
1DWLRQDO,QVWLWXWHRI2FFXSDWLRQDO6DIHW\DQG+HDOWK quando houver.
c) Ligar o porta-filtro padrão, através da mangueira, diretamente à bomba de
amostragem, para a coleta de particulado total.
d) Ajustar a vazão da bomba de amostragem para 1,5 l/min., conforme
instruções do fabricante e/ou procedimentos normativos, a menos que haja
37
recomendação específica de outra vazão inicial em função do tipo de partícula
a ser coletada.
3URFHGLPHQWRSDUDFROHWDGH3DUWtFXODV0HWiOLFDVH)XPRV
a) O equipamento de amostragem deve ser preparado de acordo com as
instruções do fabricante.
b) Preparar o porta-filtro padrão com um suporte de papelão e um filtro-
membrana de éster de celulose de 37 mm de diâmetro e 0,8 µm de poro, para
determinações analíticas por absorção atômica.
c) Ligar o porta-filtro padrão, através da mangueira, diretamente à bomba de
amostragem, para a coleta de particulado total.
d) Ajustar a vazão da bomba de amostragem para 1,5 l/min., conforme
instruções do fabricante e/ou procedimentos normativos.
2%6(59$d2: Para cada 10 portas-filtros preparados, separar um porta-filtro
branco com um filtro do mesmo lote dos que serão utilizados na amostragem. Este
procedimento é válido para qualquer tipo de particulado a ser coletado.
$ERUGDJHPGR$PELHQWHGH7UDEDOKR
Deve ser feito um reconhecimento prévio do local a ser avaliado, definindo-se os
trabalhadores que deverão portar o equipamento de amostragem, conforme o
estabelecido no próximo tópico, e desenhando ou fotografando todos os pontos ou
ciclos de trabalho a serem avaliados.
38
A caracterização da exposição deve ser feita basicamente de maneira individual, ou
seja, os dados devem ser coletados de forma a se poder definir a situação de
exposição de cada um dos trabalhadores expostos.
2SHUDomRGR(TXLSDPHQWRGH$PRVWUDJHP
A bomba de amostragem deve ser presa na cintura do trabalhador, através de um
cinto, em posição que não atrapalhe a operação que ele estiver realizando e que
permita o acompanhamento do funcionamento da bomba pelo responsável pela
amostragem.
39
Deve-se observar que a mangueira de amostragem não sofra estrangulamento e
que o elemento de amostragem fique em posição oposta á da bomba.
O equipamento deve ser ligado e durante o tempo de operação devem ser feitas
observações com relação a seu funcionamento, quantidade de material coletado e
com relação ao ambiente de trabalho.
3UHHQFKLPHQWRGD3ODQLOKDGH&DPSR
Devem ser registradas as seguintes informações na planilha de campo:
40
9DOLGDomRGDV$PRVWUDV
As amostras consideradas válidas, que podem ser enviadas para o laboratório, são
aquelas que:
• não apresentem excesso de material, o que ocasiona o seu desprendimento
do filtro;
• não tenham sofrido contaminação de qualquer tipo;
• tenham sido coletadas através de bombas de amostragem que apresentaram
boas condições de funcionamento;
• cujo porta-filtro não apresenta prejuízo à sua integridade;
• para as quais se tenha todos os dados de amostragem anotados com
precisão.
(QYLRGRV3RUWDV)LOWURV$PRVWUDGRVSDUDR/DERUDWyULR
As amostras coletadas deverão ser enviadas ao laboratório acompanhadas dos
dados necessários para o processamento analítico.
Os portas-filtros deverão ser transportados com a face amostrada para cima e com
os orifícios de entrada e saída do ar vedados com os plugs específicos. Utilizar um
plug vermelho na face amostrada e um plug azul na outra face.
A massa mínima necessária para que o laboratório possa efetuar a análise de sílica
livre é de 0,01 mg e a máxima recomendada é de 2,0 mg.
Assim sendo, quando se obtém uma determinada amostra com massa inferior a
0,01 mg significa que o tempo da amostragem deverá ser aumentado, mesmo que
isso implique utilizar o mesmo filtro de duas a três vezes ou de dois a três dias.
41
Quando houver amostra que se desprende do filtro, significa que o tempo de
amostragem deverá ser reduzido, inutilizando-se a amostra com excesso de
material.
Outra situação poderá ocorrer ainda: quando a amostra estiver dentro da faixa (0,1 e
2,0 mg), mas o laboratório não detecta massa de sílica livre. Não significa,
necessariamente, que não exista sílica livre na amostra. O que ocorre, na verdade, é
que a quantidade de sílica presente naquela amostra é inferior ao limite de detecção
do equipamento de raios x do laboratório (geralmente o limite é de 0,01 mg de
sílica).
&iOFXORGD&RQFHQWUDomR
Com o tempo e a vazão de amostragem, determina-se o volume de amostra:
A vazão média é a média aritmética das vazões inicial e final (Qf + Qi/2)
Uma vez determinada a vazão inicial (Qi) e final (Qf), calcula-se a vazão média da
amostragem, utilizando-se a seguinte fórmula:
Qm = Qi + Qf l/min, onde
2
42
onde:
Va = volume de amostragem, em litros.
Qm = vazão média, em l/min
ta = tempo amostrado, em min
P
.
C = Ma , em mg/ m3
Va
em que:
C = concentração de poeira, em mg/ m3
Ma = massa da amostra coletada, em mg
Va = volume de amostragem, em m3
43
concentração de poeira
C = Ms, em mg/ m3
Va
em que:
C s = concentração de sílica livre, em mg/m3
Ms = massa de sílica na amostra coletada, em mg
Va = volume de amostragem, em m 3
,QWHUSUHWDomRGRV5HVXOWDGRV
A caracterização das situações de exposição avaliadas deve ser efetuada
comparando-se os valores de concentração obtidos com os limites de tolerância ou
de exposição estabelecidos pela legislação nacional, ou, na ausência destes, com
limites constantes nas publicações da ACGIH – $PHULFDQ &RQIHUHQFH RI
*RYHUQPHQWDO ,QGXVWULDO +\JLHQLVWV, com a devida adequação para a jornada de
trabalho em vigor no Brasil.
6H&!/7±([LVWHULVFR
6H&/7±1mRKiULVFR
44
/7 K /7 KV [)5
Onde:
LT(h) = Limite de tolerância para exposição de “h” horas por semana.
LT(40 h/s) = Limite de tolerância para exposição de 40 horas por semana
(ACGIH)
7UDWDPHQWR(VWDWtVWLFRGRV'DGRV
45
• O que representam as amostras?
• Com que grau de confiabilidade?
• Os valores obtidos podem ser extrapolados para os períodos não
amostrados? E para as futuras exposições?
(;(03/2
Resposta:
a – peso da amostra (PA) = 13,0 – 12,0 = 1,0 mg
b – vazão média (Qm) = Qf + Qi/2 = 1,7 + 1,6/2 = 1,65 l/min.
c – volume amostrado (V) = Qm x t/1000 = 1,65 x 300/1000 = 0,495 m3
d – Concentração de poeira (C) = massa ou peso/volume =
= 1,0 mg/0,495 m3 = 2,02 mg/m3
e – Limite de Tolerância (LT) = 8/%SiO2 + 2 = 8/4 + 2 = 1,33 mg/m3
f – Conclusão: C > LT, isto é, o LT foi superado porque 2,02 mg/m3 > 1,33 mg/m3
(;(03/2
46
O LT foi superado?
Dados:
Resposta:
D&iOFXORGDFRQFHQWUDomR
& PDVVDYROXPH
0DVVD SHVRILQDO±SHVRLQLFLDO
0DVVD ± PJ
9ROXPH YD]mR[WHPSR
9ROXPH OPLQ[PLQ OLWURV P
& PJP PJP
E ± /LPLWH GH WROHUkQFLD GR FKXPER GH DFRUGR FRP R $QH[R GD 15
PJP
F±&RQFOXVmR$FRQFHQWUDomRGHFKXPERQDDPRVWUDpPDLRUTXHRVHXUHVSHFWLYR
/7
! FDUDFWHUL]DQGRXPDVLWXDomRGHULVFRSDUDDVD~GHGRWUDEDOKDGRU
47