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PREPARAÇÃO 3: Tenha à mão uma balança de precisão, com 3 casas decimais, para que possa
medir miligramas (mg). Um erro de dosagem em certos medicamentos pode ser fatal.
PASSO 2. Medicamentos/produtos:
Permanganato de potássio (PP). Dose: 2mg/litro. Usar até mudar de cor. Quando mudar de
violeta para marrom, não há mais efeito. Fazer uma troca total de água (TTA). Tempo ideal de
uso: 6 a 10 horas. O aquário deve estar “pelado” (sem substrato, decoração etc) e o mais limpo
possível. Sugere-se passar uma esponja em todas as paredes e no chão do aquário, antes de
iniciar o uso do PP. Quanto menos uso de condicionadores e de anti-cloro, mais duradoura é a
ação do PP. Ter à mão Água Oxigenada, para ser usada como neutralizador de emergência. 1ml
para 50 litros de água.
Sal: 2 gramas por litro de água. Pode ser sal comum ou sal grosso, com ou sem iodo. É
IMPORTANTE associar o uso do sal com o PP, pois o sal acelera a troca do muco, e facilita a
ação do PP, nas áreas mais escondidas do Disco, nas quais os parasitas se concentram.
Importante: não usar PP se o seu Disco tiver feridas na pele. Ele poderá sofrer queimaduras.
Primeiramente, cure esta ferida. Só depois faça o banho de PP.
Para mais detalhes sobre o uso do PP, é altamente recomendável assistir a este vídeo, no canal
Discus & Aquariofilia:
https://www.youtube.com/watch?v=GbLPny9UwGQ
ALTERNATIVA AO PASSO 2:
Substituir o PP por Triclorsil. Dose: 1 mg por litro de água, usar por 24h. Após o uso, fazer TTA.
Sal: 2 gramas por litro de água. Pode ser sal comum ou sal grosso, com ou sem iodo.
Atenção: o Triclorsil é um organofosforado, e requer cuidado na manipulação. Recomenda-se
uso de luvas e máscara, ao manipular o produto. E descartar corretamente a embalagem!
IMPORTANTE: Se houver ataque bacteriano durante este Protocolo, partir imediatamente para
o Tratamento 5 e/ou Tratamento 6. Um ataque bacteriano causa morte rapidamente, portanto
é preciso agir com urgência.
PASSO 4. No dia de intervalo, fazer Troca Total de Água (TTA). Tirar água até o peixe ficar
literalmente deitado, e repor imediatamente, com água nas mesmas condições e parâmetros.
No caso do PP, assim que houver mudança de cor da água, já pode fazer a TTA. Não é
necessário alimentar o Disco durante este intervalo, portanto, durante todo o Protocolo 1.
DICA: Para alevinos, pode-se usar o intervalo de uma semana, entre as aplicações de PP. É uma
utilização preventiva.
PROTOCOLO 2: PARASITAS INTERNOS – FASE 1 (NEMATÓIDES)
Modo de usar:
Banho de 24 horas. Após este período, troca total de água (TTA).
Não esquecer das luzes apagadas, ao longo da aplicação deste protocolo.
Modo de usar:
Banho de 24 horas. Após este período, troca total de água (TTA).
Lembre de manter as luzes apagadas durante todo este protocolo.
PASSO 2. Medicamento:
Metronidazol. 400mg para 40 litros de água. Atenção: dosagem a cada 8 horas.
PASSO 3. Produto:
Sulfato de magnésio. 2 gramas por litro de água. Dosagem a cada 24 horas.
(Observação: os 4 itens anteriores são Protocolos, cujo uso principal é a Profilaxia, ou seja, a
prevenção de doenças. A partir de agora, serão listados dois Tratamentos, que só devem ser
usados se o Disco estiver doente)
Atenção aos sintomas: peixe fica estufado, semelhante à constipação; “buraco na cabeça”.
PASSO 2. Medicamento:
Metronidazol. 400mg para 40 litros de água. Atenção: dosagem a cada 8 horas.
PASSO 3. Produto:
Sulfato de magnésio. 2 gramas por litro de água. Dosagem após a Troca total de água (TTA).
PASSO 1. Medicamentos/produtos:
Azul de Metileno. 3mg por litro de água.
Aqualife (acriflavina). 1 gota para 2 litros de água.
Sal grosso (ou sal sem iodo). 5 gramas por litro de água.
PASSO 3. Tratamento com duração de 5 a 7 dias, com reposição dos medicamentos a cada TTA.
CONCLUSÃO:
Relembramos que este Protocolo de Higienização do Acará-Disco (PHD) é uma SUGESTÃO de
profilaxia e tratamento, baseada em estudos e experiência de diversos criadores. Cada
aquarista que segue este Protocolo o faz exclusivamente por sua conta e risco.
Evidente que BPM é um assunto longo, que daria um livro. Mas o importante é ressaltar
que o BPM, em si, já é uma forma de manter uma BAIXA CARGA PARASITÁRIA no seu Acará-
Disco. O PHD acima tem como principal objetivo, principalmente nos 4 primeiros protocolos,
manter uma Baixa Carga Parasitária. E o BPM é o complemento natural disto. Entenda que seu
Disco e o seu aquário sempre terão a presença de parasitas. Sempre. Mas quanto menor a
carga de parasitas, menor a chance de ter doenças no seu sistema.
2. CHÃO LIMPINHO!
Recomenda-se criar Acará-Disco em aquário pelado, sem substrato. Por quê? Porque
facilita muitíssimo a limpeza. O Disco é um peixe curioso, que vive bicando o chão do
aquário, em busca de comida, tenha substrato ou não. E neste chão se concentram
cocô, ovos de parasitas etc. Mesmo que o Disco bique e cuspa, acaba engolindo um
pouco dessas coisas, e a consequência é o aumento de sua carga parasitária. Assim, é
fundamental manter uma rotina de sifonagem. Não é uma frescura. Esta Boa Prática de
Manejo já é, em si, uma importante forma de evitar doenças, de manter a baixa carga
parasitária no sistema, que é o principal objetivo das Boas Práticas de Manejo.
3. BOA COMIDA!
No caso de ração, é fundamental que seja de qualidade. Se for ruim, além de pouco
nutritiva, pode ter baixo aproveitamento pelo peixe, gerando muito cocô. E cocô é a
casa do parasita. E tudo que queremos é ter Baixa Carga Parasitária no nosso sistema.
No caso de comida viva, a dica é ter o mesmo cuidado de Boas Práticas de Manejo.
Saber a origem, alimentar bem a sua cultura etc. Comida viva de origem duvidosa,
melhor nem usar. Isto vale para comida congelada também, seja patê ou bloodworm
congelado. De onde ele veio e como foi manipulado? Evite riscos, com
alimentos cuja origem você desconhece.
4. BOA ROTINA!
Rotina traz saúde pro seu Disco. Ele só vai dormir bem se tiver uma boa rotina. Ele gosta
de previsibilidade. Mesma hora para despertar, mesma hora para desligar as luzes e
dormir. Um Disco que não tem rotina, se torna inseguro, assustado, estressado,
portanto mais sujeito a ficar doente. Ter uma rotina de sifonagem, de profilaxia...
Parece cansativo no começo, mas em pouco tempo, você se habitua a manter estes
hábitos. Em resumo: rotina traz saúde.
CONCLUSÃO. Boas Práticas de Manejo (BPM) são o caminho certo para você conseguir manter
seus Discos saudáveis. Um Disco saudável está gordinho, de nadadeiras abertas, curioso, olhos
brilhantes, nadando pelo aquário. Aquele Disco parado, fechado, escuro, ofegante, de olhos
opacos, que você vê na loja de aquário, não é um Disco saudável. E mesmo que o Disco na loja
pareça bem, seria bom fazer pelo menos uma parte do PHD nele, nem que seja apenas os
banhos de PP, que já dão uma boa baixada na carga parasitária do peixe. Mas não adianta
culpar o lojista, o criador, o distribuidor, o importador, pelo estado do peixe. Paciência. É
frequente haver um manejo ruim, em uma dessas etapas. No final, “sobra” pro aquarista
restaurar a saúde do Disco. É para isto que foi elaborado este PHD e este muito resumido BPM.
Para mais dicas, sugerimos que você acompanhe o canal “Discus & Aquariofilia”, no Youtube,
onde há muitos vídeos didáticos sobre o assunto, apresentados e elaborados pelo criador
profissional Jayme Monteiro Neto.
Gostou deste PHD? Se sim, fica a dica para você colaborar com a pessoa que sintetizou este
Protocolo, a partir da própria experiência, e da experiência de outros criadores profissionais.
Jayme Monteiro Neto gerou generosamente este material, e se ele foi útil para você, contribua
com quanto você quiser e puder, pelo Pix. A chave é: 81997809678
Se quiser conversar sobre Discos, participe do grupo de whatsapp do Discus & Aquariofilia. Tem
muita troca de idéias lá! Pergunte no Instagram, como participar. Veja link mais abaixo.
Outra fonte de informação importante: o canal do Discus & Aquariofilia, no YouTube. O link é:
https://www.youtube.com/channel/UCD0qjJbWUYa8E24NE23388g