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Agrotóxicos

Em uma pesquisa realizada pela engenheira química Camila C Braghetto Obst , foram
selecionadas duas batatas, sendo uma convencional e outra orgânica, no dia 13/05/2014.
Ambas foram colocadas em vidros distintos, nas mesmas proporções, tampados e
analisadas por quarenta dias.
Durante a decomposição dos alimentos, foi identificado que enquanto a batata orgânica
continuava com aspecto preservado e produzia brotos de seu interior, já a convencional
murchou e ficou praticamente imersa pela água que ela mesma liberou. A decomposição
exalava forte odor mesmo permanecendo sob vedação, enquanto a batata orgânica teve
leve mal cheiro perceptível somente quando o recipiente foi aberto. Esta experiência foram
expostas na loja Tutto Natural onde os clientes puderam identificar e acompanhar
pessoalmente as diferenças entre elas.

O intuito da engenheira e também proprietária do local Camila C. Braghetto, foi de


esclarecer ao público a quantidade de ingestão química através de produtos cultivados com
agrotóxicos e seus malefícios. Para Braghetto, a utilização de agrotóxicos e fertilizantes
químicos nos alimentos provoca maior absorção de grande quantidade de água, além dos
próprios resíduos químicos, o que a deixa mais perecível e explica o forte odor lançado pelo
alimento, sendo que os orgânicos permanecem bons para consumo por mais tempo, o
motivo é o cultivo natural onde cresce absorvendo os nutrientes naturais da terra.
Nos últimos anos, a procura por produtos orgânicos tem crescido consideravelmente. E por
consequência disso, hoje quase todos os supermercados possuem prateleiras exclusivas
para esses alimentos além de feiras orgânicas e hortifruti para suprir a demanda.
Segundo artigo científico da Unicamp,os brasileiros tem mudado alguns hábitos na busca de
consumir alimentos mais saudáveis e a opção tem sido os orgânicos, termo rotulado para
definir produtos cultivados sem agrotóxicos. Desde 2003 foi regulamentada a lei federal nº
10.831 para agricultura orgânica, que visa à produção de frutas, legumes e verduras sem
adição de adubos químicos ou que contenha o percentual insignificante de pesticidas, com
finalidade de aumentar a transição ecológica que é a desintoxicação gradual do solo, água e
dos alimentos.

Experiência batata doce https://www.youtube.com/watch?v=fxFbyzXiUxY


Aromatizador ambientes https://www.youtube.com/watch?v=DwX3TJY0-Xc
Experimento denominado de camaleão químico 
O experimento denominado de camaleão químico aborda um assunto muito importante dentro da
Química, que é a alteração do número de oxidação (NOX) em decorrência de uma oxidação ou
redução. Nesses fenômenos, temos espécies que recebem elétrons e outras que perdem elétrons.
No experimento, a ocorrência das reações pode ser verificada visualmente em virtude das
mudanças de coloração (por isso o experimento é conhecido como camaleão químico) que
ocorrem durante sua execução. Essas mudanças acontecem de forma rápida, o que exige muita
atenção ao longo do procedimento.
Os materiais necessários para o experimento são:
 Luvas descartáveis
 Jaleco
 1 Béquer de 1000 mL ou outro recipiente transparente de igual volume
 2 Béqueres de 250 mL ou outros recipientes transparentes de igual volume
 2 Baquetas ou colheres grandes convencionais
 Colheres descartáveis
 Água
 Cartela de comprimidos ou de flaconetes (cartelas que já vêm com o material em pó)
contendo permanganato de potássio.
OBS.: Caso opte por utilizar o permanganato em comprimido, é necessário pulverizá-lo ou
transformá-lo em pó utilizando um cadinho e um pistilo.
 Hidróxido de sódio ou soda cáustica (cerca de 80 gramas)
 Açúcar (cerca de 40 gramas)
 Pincel atômico
OBS: A execução do experimento deve ser feita com cautela para evitar que a soda cáustica entre
em contato com alguma região do corpo.
Procedimento experimental
a) Preparo da solução 1
Escrever solução 1 na lateral de um dos béqueres de 250 mL e logo após:
1º) Adicionar um flaconete ou um comprimido pulverizado;
2º) Adicionar 150 mL de água;
3º) Misturar bem com o auxílio de uma baqueta até que a mistura fique homogênea.
A solução preparada terá uma coloração violeta.
b) Preparo da solução 2
Escrever solução 2 na lateral do outro béquer de 250 mL e logo após:
1º) Adicionar 150 mL de água;
2º) Adicionar em seguida uma colher (a descartável) de hidróxido de sódio;
3º) Mexer muito bem com o auxílio da baqueta até que a mistura se torne homogênea;
4º) Após homogeneizar, adicionar duas colheres (também descartáveis) de açúcar à mistura de água
e hidróxido de sódio;
5º) Mexer, novamente, muito bem com o auxílio da baqueta até que mistura se torne homogênea.
A solução preparada será incolor.
c) Preparo da solução 3
A solução 3 é simplesmente a mistura das duas soluções anteriores no interior do béquer de 1000
mL. Assim, escreva solução 3 na lateral do béquer e proceda da seguinte forma:
1º) Adicione toda a solução 1 no interior do béquer 3;
2º) Com o auxílio da baqueta, mexa o líquido no interior do béquer, fazendo círculos de forma bem
rápida;
3º) Imediatamente após o procedimento anterior, adicione toda a solução 2 no interior do béquer 3;
4º) Agora é só observar as mudanças de cor.
 Compreendendo o experimento
Quando colocamos a solução 1 em contato com a solução 2, a cor violeta mudará para uma
coloração esverdeada, que, com o tempo, tornar-se-á marrom (ou
castanho). Pode acontecer ainda de aparecer uma coloração avermelhada, mas isso depende
muito das quantidades de líquidos e sólidos utilizados.
Resumindo: teremos ao longo do experimento a presença de até quatro cores diferentes. Agora,
por que isso acontece?
Quando adicionamos o permanganato de potássio (KMnO4) na água (aq), há a dissolução e,
consequentemente, dissociação do sal em água, liberando íons permanganato (MnO4-) no meio:
KMnO4(aq) → K+ + MnO4-
OBS.: O permanganato (MnO4-) apresenta o Manganês (Mn) com um NOX igual a +7.
Com o hidróxido de sódio (NaOH), também ocorre uma dissociação e consequente liberação de íons
sódio (Na+) e hidróxido (OH-):
NaOH(aq) → Na+ + OH-
Como o açúcar (C12H22O11) é molecular, ao se dissolver, não sofre dissociação. Porém, a presença
dos íons provenientes do hidróxido de sódio faz com que ele libere elétrons para o meio.
C12H22O11(aq) → elétrons
Ao misturarmos a solução 1 com a 2, os íons permanganato encontram um ambiente cheio de
elétrons. Assim, cada um recebe um elétron e transforma-se em íons manganato (MnO4-2), que
possui coloração esverdeada.
MnO4- + elétron → MnO4-2
OBS.: O manganato (MnO4-2) apresenta o Manganês (Mn) com um NOX igual a +6.
O íon manganato em meio diluído transforma-se em dióxido de manganês (MnO2), que apresenta
coloração marrom:
MnO4-2(aq) → MnO2
OBS.: No dióxido de Manganês, o manganês apresenta um NOX igual a 4.
Alguns cátions Manganês podem interagir com o açúcar restante no meio reacional, formando um
cátion manganês com NOX +3, o que favorece o aparecimento da cor avermelhada.
Observa-se, então, ao final, que houve redução do NOX do Manganês ao longo de todo o
experimento.

Por Me. Diogo Lopes Dias

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