Você está na página 1de 31

INSTRUÇÃO DE TRABALHO

IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

1. OBJETIVO.....................................................................................................................................3

2. ABRANGÊNCIA.............................................................................................................................3

3. REFERÊNCIAS..............................................................................................................................3

4. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES......................................................................................4

5. INSTRUÇÕES................................................................................................................................5

5.1 CARACTERÍSTICAS DA ATIVIDADE..........................................................................................5

5.2 CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE - RSS.........5

5.3. PLANO DE GERENCIAMENTO.................................................................................................13

5.4. PLANO DE DESINFECÇÃO.......................................................................................................23

5.5. PLANO DE CAPACITAÇÃO.......................................................................................................24

ATUALIZAÇÃO CADASTRAL...............................................................................................................25

5.6 PLANO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE PISOS, SUPERFÍCIES E EQUIPAMENTOS.............25

5.6.1 LIMPEZA.............................................................................................................................25

5.6.2 DESINFECÇÃO.....................................................................................................................26

5.6.3 CONTROLE DE VETORES.....................................................................................................26

5.6.4 DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL................................................................................................26

5.7 PLANO DE EMERGÊNCIA........................................................................................................27

6. DISPOSIÇÕES GERAIS...............................................................................................................27

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


1
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

ANEXOS.............................................................................................................................................28

DEFINIÇÕES......................................................................................................................................29

INFORMAÇÕES DE CONTROLE..........................................................................................................30

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


2
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

1. OBJETIVO

Estabelecer os procedimentos necessários ao gerenciamento de resíduos de serviço de saúde, os


quais, por seus riscos biológicos e químicos, exigem formas de manejo específicos, contemplando os
aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
reciclagem, tratamento e disposição final, bem como garantir condições de higiene, segurança e
proteção à saúde e ao meio ambiente. Os resíduos que não apresentem que risco biológico, químico
ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente são segregados conforme especificado no Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos da unidade – Q4/PE9/PP5.

2. ABRANGÊNCIA

Esta Instrução de Trabalho é aplicável ao Centro de Saúde Ocupacional da Braskem S.A, unidades
Q4/PE9/PP5.

3. REFERÊNCIAS

Portaria nº 3214 – Norma Regulamentadora n° 32 MTE;


Resolução CONAMA 275/01 – Código de Cores para Diferentes Tipos de Resíduos;
Resolução CONAMA 358/05 – Tratamento e a Disposição Final dos Resíduos dos Serviços de Saúde;
Resolução ANVS/RDC 222/18 – Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde;

Resolução INEA 50/12 – Estabelece procedimentos para elaboração do PGRSS;


ABNT NBR 7.500 - Transporte Terrestre, Manuseio, Movimentação e Armazenamento de Produtos;
ABNT NBR 10.004 – Classificação de Resíduos Sólidos;
ABNT NBR 12.235 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos;
ABNT NBR 12.809 - Gerenciamento intraestabelecimento de resíduos de serviços de saúde
ABNT NBR 12.810 – Coleta de Resíduos de Serviços de Saúde;
ABNT NBR 13.853 – Coletores para RSS Perfurantes e Cortantes;
ABNT NBR 14652 - – Coletor-transportador Rodoviário de Resíduos de Serviços de Saúde;
ABNT NBR 9191– Sacos plásticos para acondicionamento de lixo;

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


3
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

4. ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES

 HSO/Médico do Trabalho

Responsabilidade Técnica e elaboração do PGRSS.

Assegurar que os procedimentos sejam cumpridos.

Traçar plano de ação nos desvios encontrados.

Apresentação do documento aos órgãos competentes.

 HSO/Enfermeiro do Trabalho

Treinar os técnicos de enfermagem e demais profissionais envolvidos, nos processos referentes


a este programa, bem como treinamento quanto a NR32.

Controle do abrigo externo, no que tange à capacidade do mesmo, solicitando sempre que
necessário o seu esvaziamento, convocando a empresa responsável pela retirada dos resíduos.

Controle dos manifestos emitidos pela empresa que retira os resíduos.

 HSO/Técnicos de Enfermagem do Trabalho

Respeitar as normas contidas neste Plano.

Participar de todos os treinamentos.

Comunicar os desvios encontrados ao Enfermeiro do Trabalho.

Usar EPI necessário exercer suas atividades, não colocando em risco a sua saúde.

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


4
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

5. INSTRUÇÕES

O Programa de Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde – PGRSS, abrange todas as


etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos
recursos humanos envolvidos no manejo dos resíduos de saúde gerados pelo ambulatório de
saúde ocupacional, das unidades Braskem de Q4/PE9/PP5 em Duque de Caxias.

5.1 Características da atividade

Razão Social: Q4/PE9/PP5 - Braskem S.A.

CNPJ: 42.150.391/0047-53

Atividade principal: Fabricação de Resinas Termoplásticas

Rua Marumbi,1001, Jardim Balneário Ana Clara – CEP: 25.221-000 –


Endereço:
Duque de Caxias - RJ

Total de funcionários
455 (Q4/PE9/PP5)
próprios:

Total de funcionários
1176
terceiros:

Número de Leitos 2

Número estimado de
15 consultas ocupacionais
atendimentos por dia

5.2 Classificação e Caracterização dos resíduos de serviços de saúde - RSS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), no uso de suas atribuições, através da RDC 222,
dispõe sobre o Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS).

Esta Resolução classifica os Resíduos de Serviço de Saúde -RSS em 5 grupos:

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


5
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

* GRUPO A *

Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem
apresentar risco de infecção.

A1

- Culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os


hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e
instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de
laboratórios de manipulação genética.

- Resíduos resultantes atividade de ensino e pesquisa ou da atenção à saúde de indivíduos ou


animais, com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4,
microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de doença
emergente, que se torne epidemiologicamente importante, ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido.

- Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por contaminação ou por


má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta.

- Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais


resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma
livre.

A2

- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a


processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações, e os
cadáveres de animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância epidemiológica
e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anatomopatológico ou
confirmação diagnóstica.

A3

- Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais, com peso
menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros ou idade gestacional menor que 20

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


6
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

semanas, que não tenham valor científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou
familiares.

A4

- Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados.

- Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento médico-


hospitalar e de pesquisa, entre outros similares.

- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções,


provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de
Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou microrganismo
causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons.

- Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro provenientes

de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo.

- Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue
ou líquidos corpóreos na forma livre.

- Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de cirurgias ou de estudos


anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.

- Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não submetidos a
processos de experimentação com inoculação de micro-organismos, bem como suas forrações.

- Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.

A5

- Órgãos, tecidos e fluidos orgânicos de alta infectividade para príons, de casos suspeitos ou
confirmados, bem como quaisquer materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou
animais, suspeitos ou confirmados, e que tiveram contato com órgãos, tecidos e fluidos de alta
infectividade para príons.

- Tecidos de alta infectividade para príons são aqueles assim definidos em documentos oficiais pelos
órgãos sanitários competentes.

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


7
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

* GRUPO B *

Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio
ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.

- Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores;


digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando descartados por serviços de saúde,
farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos
farmacêuticos dos Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.

- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados;


reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.

- Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).

- Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.

- Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT

(Tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

* GRUPO C *

Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em


quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a
reutilização é imprópria ou não prevista.

- Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos,


provenientes de laboratórios de análises clinicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia,
segundo a resolução CNEN-6.05.

* GRUPO D *

Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente,
podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, resto
alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises, equipo de soro e
outros similares não classificados como A1;

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


8
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos;

- Resíduos provenientes das áreas administrativas;

- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins

- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde

- Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado.

- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada.

- Pelos de animais.

* GRUPO E *

Materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: Lâminas de barbear, agulhas, escalpes,


ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas;
tubos capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de vidro
quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


9
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

Descrição e Procedência dos RSS

Os locais de geração e os principais resíduos gerados no setor médico são apresentados na Figura 1
a seguir:

Figura 1: Esquematização Setor Médico Q4/PE9

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


10
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

Tabela 1: Principais Resíduos Gerados por Localidade

# Nomenclatura Atividade Principais resíduos Classificação Volume


da sala Médio/Ano
1 Sala da Sala de espera / Resíduos de área Grupo D 10 Kg/ano
Recepção Recepção de administrativa
Pacientes
2 Espaço Ama & Ordenha de Resíduos gerais não Grupo D 5 Kg/ano
Nutre leite materno contaminados

3 Sala de Saúde Administração Materiais perfurocortantes Grupo E 5 Kg/ano


Ocupacional de ou escarificantes;
Medicamentos, Recipientes e materiais Grupo A4 10 Kg/ano
Realização de resultantes do processo de
curativos e assistência à saúde, que não
Aferições contenham sangue ou
líquidos corpóreos na forma
livre;
Descarte de vacinas de
microrganismos vivos ou Grupo A1 0,5 kg/ano
atenuados
Resíduos de área
Grupo D 5 Kg/ano
administrativa;
4 Consultório 1 Consulta Médica Resíduo de área Grupo D 5 Kg/ano
administrativa;
5 Sala Administração Resíduo de área Grupo D 5 Kg/ano
Administrativ do Serviço de administrativa;
a Saúde
6 Audiometria Exames Resíduo de área Grupo D 1 Kg/ano
Audiométricos administrativa;
7 Sanitário Sanitário Resíduos de uso sanitário; Grupo D 5 Kg/ano
Masculino

8 Sanitário Sanitário Resíduos de uso sanitário; Grupo D 5 Kg/ano

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


11
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

Feminino
9 Arquivo Armazenamento Resíduo de área Grupo D 5 Kg/ano
de documentos administrativa;
10 Consultório 2 Consulta Médica Resíduo de área Grupo D 5 Kg/ano
administrativa;

11 Sala de Repouso de Materiais perfurocortantes Grupo E 5 Kg/ano


Repouso pacientes e ou escarificantes;
Administração Recipientes e materiais Grupo A4 5 Kg/ano
de resultantes do processo de
medicamentos assistência à saúde, que não
contenham sangue ou
líquidos corpóreos na forma
livre;
Resíduos da área Grupo D 1 Kg/ano
administrativa
Produtos farmacêuticos; Grupo B 10 Kg/ano
12 Banheiro Resíduos de uso sanitário; Grupo D 1 Kg/ano
Deficientes
13 Emergência Atendimento à Materiais perfurocortantes Grupo E 5 Kg/ano
Emergências ou escarificantes;
Médicas Recipientes e materiais Grupo A4 5 Kg/ano
resultantes do processo de
assistência à saúde, que não
contenham sangue ou
líquidos corpóreos na forma
livre;
Resíduos da área Grupo D 1 Kg/ano
administrativa
Produtos farmacêuticos; Grupo B 5 Kg/ano

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


12
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

5.3. Plano de Gerenciamento

O gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde constitui-se em um conjunto de padronizações


de gestão, planejados e implementados a partir de bases cientificas e técnicas, normativas e legais,
com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um
encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da
saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

5.3.1. Segregação

Por definição, a segregação consiste na separação dos resíduos no momento e no local de sua
geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas e radiológicas, o seu estado
físico e a natureza dos riscos. Recomenda-se que essa separação seja realizada no momento da
geração do resíduo, seguindo a classificação por Grupos constante no Anexo I, da RDC 222 da
ANVISA.

A segregação tem como objetivos principais:

 Impedir que os resíduos infectantes e químicos contaminem os resíduos comuns;

 Racionalizar recursos e reduzir custos financeiros, já que apenas as frações correspondentes


aos resíduos infectantes e químicos demandarão tratamento especial;

 Prevenir acidentes ocupacionais ocasionados pela inadequada segregação e


acondicionamentos dos resíduos e materiais perfuro cortantes;

 Intensificar o uso de medidas de segurança apenas onde for necessário e facilitar a ação
simultânea de limpeza e descontaminação, em caso de acidente ou emergência.

Os profissionais diretamente envolvidos na segregação ou em qualquer etapa do gerenciamento dos


RSS são capacitados na ocasião de sua admissão e mantidos sob educação continuada. A capacitação
inclui as atividades de manejo de resíduos, responsabilidade com higiene pessoal, dos materiais e do
ambiente. O plano de capacitação detalhado é descrito no item: 5.4.9. PLANO DE CAPACITAÇÃO
deste relatório.

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


13
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

5.3.2 Tipos de Contentores por Grupo de RSS:

Os coletores foram dimensionados e dispostos de acordo com o volume e tipo de resíduo gerado por
sala, conforme mostrado na Tabela 1.

GRUPO A

Os contentores destinados aos resíduos do grupo A devem ser constituídos de material (liso) lavável,
resistente à punctura, ruptura, vazamento e tombamento, com cantos arredondados e tampa provida
de sistema de abertura sem contato manual .

Nossos contentores possuem o volume de 30L ou 200 L e são utilizados sacos brancos leitosos de
30L, 50L e 200L, de acordo com a ABNT NBR 9191, e identificado conforme ABNT NBR 7500,
garantindo-se o preenchimento máximo de 2/3 de sua capacidade, respeitando os limites de peso de
cada saco e garantindo-se sua integridade e fechamento. É proibido o esvaziamento ou
reaproveitamento dos sacos. Os sacos para acondicionamento dos resíduos de saúde do grupo A,
devem ser substituídos ao atingirem 2/3 de sua capacidade, ou a cada 48 (quarenta e oito) horas,
independentemente do volume, visando conforto ambiental e segurança dos usuários e profissionais.

GRUPO B

Nossa geração de resíduos o grupo B é composta, basicamente, por medicamentos vencidos. A


segregação é realizada no momento da geração em bombonas constituídas de material rígido,
adequados para o tipo de material gerado.

A identificação é realizada conforme a estabelecido pela ABNT NBR 7500.

Grupo D

Os resíduos do grupo D são segregados conforme especificado no Plano de Gerenciamento de


Resíduos Sólidos da unidade – Q4/PE9/PP5. Os sacos que acondicionam RSS do Grupo D não
precisam ser identificados.

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


14
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

Grupo E

Os materiais perfuro cortantes são descartados separadamente, no local de sua geração,


imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes rígidos, resistentes à
punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros
referenciados na norma NBR 13853/97 da ABNT.

5.3.3. Manuseio

Considera-se como manuseio a manipulação realizada dentro da unidade geradora, consistindo na


identificação e recolhimento de resíduos das lixeiras, fechamento do saco plástico e sua remoção por
funcionários devidamente paramentados e capacitados, até a sala de armazenamento externo.

Respeitando-se aos requisitos exigidos pela ANVISA RDC 222 as características originais de
acondicionamento devem ser mantidas, não se permitindo abertura, rompimento ou transferência do
conteúdo de uma embalagem para outra. As orientações de manuseio, acondicionamento e
identificação, por tipo de resíduos, são descritas nos tópicos a seguir.

Grupo A – Resíduos Potencialmente Infectantes

São aqueles que, por suas características de virulência, infectividade e concentração de patógenos,
apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente. A metodologia de acondicionamento e
identificação segue os seguintes critérios:

Acondicionamento

Os resíduos de serviço de saúde- Grupo A, são acondicionados em saco plástico branco leitoso do
tipo A ou B, utilizando no máximo a 2/3 de sua capacidade, respeitando os limites de peso de cada
saco;

Ao serem removidos, os sacos são torcidos e amarrados na abertura do com dispositivo apropriado
ou nó. Quando se tratar de resíduo de alta densidade, devem ser tomadas precauções de forma a
evitar o rompimento do saco plástico;

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


15
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

Ao fechar o saco plástico, evita-se o excesso de ar, sendo imediatamente retirado do local de
geração e, através do sistema de coleta, levado até o abrigo externo;

É proibido o reaproveitamento ou esvaziamento do saco;

Os sacos para acondicionamento dos resíduos de saúde do grupo A, devem ser substituídos ao
atingirem 2/3 de sua capacidade, ou a cada 48 (quarenta e oito) horas, independentemente do
volume, visando conforto ambiental e segurança dos usuários e profissionais.

Identificação

A identificação dos RSS deverá estar afixada nos carros de coleta, nos locais de armazenamento e
nos sacos de acondicionamento de resíduos, em local de fácil visualização, de forma indelével,
utilizando-se símbolos, com cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR
7500 da ABNT;

Os resíduos do Grupo A são identificados pelo símbolo de substância infectante constante na NBR
7500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos;

A identificação dos sacos de armazenamento deverá ser impressa, sendo vedado o uso de adesivos.

Grupo B – Resíduo Químico Perigoso

São resíduos que, de acordo com a classificação ABNT NBR 10004, podem provocar danos à saúde
ou ao meio ambiente por apresentar características de toxidade, reatividade, inflamabilidade,
corrosividade ou qualquer combinação dentre elas.

O único produto químico listado no anexo III da RDC 222 com características de inflamabilidade,
seria o álcool 70%, utilizado para curativos e assepsia. Este produto, em caso de necessidade de
descarte

por expiração do prazo de vencimento, deve ser descartado em conjunto com o PGRS da unidade.

As embalagens vazias de produtos sem periculosidade podem ser encaminhadas ao processo de


reciclagem.

Acondicionamento

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


16
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

O acondicionamento é realizado em sacos construídos de material resistente a ruptura e vazamento,


impermeável, baseado na ABNT 9191. Estes são acondicionados em bombonas de material rígido,
lavável, resistente a punctura e rompimento, identificada com pictograma descrito em anexo II da
RDC 222/2018.

Identificação

A identificação está aposta nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta, nos recipientes
de transporte, e nos locais de armazenamento, em local de fácil visualização, de forma indelével,
utilizando-se símbolos, com cores e frases, atendendo aos parâmetros referenciados na norma NBR
7500 da ABNT;

Os resíduos do Grupo B são identificados pelo símbolo de Material Tóxico constante na NBR 7500 da
ABNT

A identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte poderá ser feita por
adesivos, desde que seja garantida a resistência destes aos processos normais de manuseio dos
sacos e recipientes.

Grupo D – Resíduos Comuns

São resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. A metodologia de acondicionamento e
identificação seguem aos mesmos critérios estabelecidos no PGRS

Grupo E- Resíduos Perfuro cortantes

São materiais que podem causar perfuração, corte, dilaceração ou escarificação durante o manuseio.
A metodologia de acondicionamento e identificação segue os seguintes critérios:

Acondicionamento

Os materiais perfuro cortantes são descartados separadamente, no local de sua geração,


imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes, rígidos, resistentes à
punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


17
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

referenciados na norma NBR 13853/97 da ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento


desses recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartáveis são desprezadas
juntamente com as seringas, quando descartáveis, sendo proibido reencapá-las ou proceder a sua
retirada manualmente. O volume dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a
geração diária deste tipo de resíduo;

Os recipientes mencionados devem ser descartados quando o preenchimento atingir 3/4 de sua
capacidade ou de acordo com as instruções do fabricante, sendo proibido o seu esvaziamento ou
reaproveitamento;

O transporte destes resíduos pode ser feito nos mesmos recipientes para o Grupo A.

Identificação

Os recipientes devem estar identificados com símbolo internacional de risco biológico, acrescido da
inscrição de “PERFUROCORTANTE” e os riscos adicionais, químico ou radiológico.

5.3.4 Coleta/Transportes Internos

A coleta e o transporte consistem nos mecanismos de remoção dos RSS exigíveis para coleta dos
resíduos de serviços de saúde sob condições de higiene e segurança.

O transporte interno dos RSS deve ser realizado atendendo a rota e a horários previamente
definidos, em coletor identificado de acordo com o Anexo II da Resolução 222/2018.

O coletor utilizado para transporte interno deve ser constituído de material liso, rígido, lavável,
impermeável, provido de tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, cantos e bordas
arredondados.

Pelo nosso histórico de pouca geração e em conformidade com a ABNT NBR 12809:2013, para
pequenos geradores é facultativa a sala de resíduos temporária e, portanto, encaminhamos os
contentores diretamente à sala de armazenamento externo.

A coleta de resíduos será realizada atendendo a roteiro e horários definidos previamente nas
reuniões de planejamento. No modelo atual, adotamos a coleta diária no horário pós-almoço
seguindo o roteiro definido na Figura 2:

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


18
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

Figura 2: Rotas de Coleta dos RSS

Coleta Interna Coleta Eventual Movimentação Externa

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


19
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

A coleta interna começa na entrada lateral da recepção (1) sinalizado pela seta verde e, então
seguindo a sequência numérica até a porta de saída de resíduos. O transporte é realizado por um
carro de coleta, seguindo as exigências da ABNT NBR 12810.

As salas 11,12, e 13 são salas de atendimento a emergência, não sendo utilizadas na rotina normal
do setor médico. A coleta de resíduos somente abrangerá essas salas caso as mesmas tenham sido
utilizadas (trajeto em seta vermelha).

Tal roteiro será repetido separadamente de acordo com o grupo do resíduo, em nosso caso Grupo A,
e E. Vale ressaltar que os resíduos do grupo D não serão armazenados no abrigo externo, devendo
seguir as recomendações descritas no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Q4/PE9 – PGRS
da unidade.

As principais diretrizes da etapa de coleta são:

A coleta interna será efetuada de acordo com as necessidades da unidade geradora, no que se refere
à frequência, horário e demais exigências do serviço, definidas nas reuniões de planejamento.

Para resíduos de risco biológico é obrigatória a remoção dos sacos de resíduos em período inferior às
48 h ou até for preenchido 2/3 do volume do saco, ficando na responsabilidade do enfermeiro
responsável pelo setor médico realizar este controle;

A coleta de materiais com risco de contaminação biológica somente será realizada por funcionários
do setor médico devidamente treinado e munido de EPIs específicos para a atividade;

O transporte manual do recipiente de segregação é realizado de forma que não exista o contato do
mesmo com outras partes do corpo, sendo vedado o arrasto;

Para deslocamento manual, os recipientes contendo resíduos (recipientes lacrados) não devem
exceder a 20 L de capacidade. No transporte de recipiente contendo resíduos (recipiente lacrado)
acima de 20 L, tem que ser usado o carro de coleta interna;

Após a coleta, o funcionário deve lavar as mãos ainda enluvadas, retirando as luvas e colocando-as
em local apropriado. O funcionário deve lavar as mãos antes de calçar as luvas e depois de retirá-las;

Para realizar a coleta, são utilizados os EPIs estabelecidos pela ABNT NBR 12810;

Ao final de cada turno de trabalho, o veículo contentor passar por uma limpeza e desinfecção
simultânea, conforme a instrução de trabalho para limpeza e desinfecção de pisos, superfícies e
equipamentos.

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


20
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

5.3.5 Armazenamento e Higienização

O Centro de Saúde Ocupacional Braskem gera produção diária inferior a 20 L. Nesse contexto, fica
dispensado o armazenamento temporário dos resíduos, conforme artigo 30 da RDC 222.

Quanto ao abrigo externo, apresenta características em conformidade com as legislações vigentes, a


saber:

I - permitir fácil acesso às operações do transporte interno;

II - permitir fácil acesso aos veículos de coleta externa;

III - ser dimensionado com capacidade de armazenagem mínima equivalente à ausência de uma
coleta regular, obedecendo à frequência de coleta de cada grupo de RSS;

IV - ser construído com piso, paredes e teto de material resistente, lavável e de fácil higienização,
com aberturas para ventilação e com tela de proteção contra acesso de vetores;

V - ser identificado conforme os Grupos de RSS armazenados;

VI - ser de acesso restrito às pessoas envolvidas no manejo de RSS;

VII - possuir porta com abertura para fora, provida de proteção inferior contra roedores e vetores,
com dimensões compatíveis com as dos coletores utilizados;

VIII - ter ponto de iluminação;

IX - possuir canaletas para o escoamento dos efluentes de lavagem, direcionadas para a rede de
esgoto, com ralo sifonado com tampa;

XI - possuir área coberta, com ponto de saída de água, para higienização e limpeza dos coletores
utilizados.

As principais orientações ao realizar o armazenamento externo são:

Permanecem no abrigo para resíduos somente aqueles que estejam em contentores fechados e
acondicionados conforme sua classificação;

O abrigo de resíduos não deve ser utilizado para guarda ou permanência de utensílios, materiais,
equipamentos de limpeza ou qualquer outro objeto. A guarda de materiais e utensílios para a
higienização do abrigo deve ser feita em local próprio;

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


21
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

O acesso ao abrigo de resíduos é restrito aos profissionais envolvidos na operação de coleta


paramentados com seus respectivos EPIs;

Os sacos são armazenados dentro e contentores, de modo a impedir a disposição direta sobre o piso;

Os resíduos do GRUPO A e E são armazenados em coletores de 240L com a devida identificação

Em nosso abrigo externo possuímos um coletor de resíduos infectantes de 240L e uma bombona
para resíduos de medicamentos vencidos. Os recipientes contentores dos resíduos dispostos na sala
de armazenamento externo estão em conformidade com a legislação atual e a NBR 12809.

Figura 1: Abrigo Externo Q4/PE9

Higienização

O abrigo reduzido de resíduos é higienizado após a coleta externa ou sempre que ocorrer
derramamento. O efluente resultante da lavagem é direcionado ao nosso sistema de efluentes
sanitário e, passa por tratamento de bio oxidação. O efluente é lançado de volta ao corpo hídrico
atendendo a todos os parâmetros exigidos pela legislação.

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

5.3.5 Coleta e Transporte Externos

A coleta externa é realizada por empresa transportadora licenciada, que possui contrato com a
gerenciadora de resíduos da Braskem. As cópias dos contratos para esses serviços, bem como,
cópias de licença ambiental das empresas de destinação dos resíduos sólidos de saúde encontram-
se anexados a este documento. A coleta dos resíduos é feita sob supervisão de um profissional do
setor médico do contratante.
Devido ao baixo volume de geração, a periodicidade da coleta não é pré-determinada, sendo esta
requisitada caso haja necessidade. Os veículos de transporte externo não podem ser dotados de
sistema de compactação, ou outro sistema que danifique os sacos contendo RSS, exceto para os do
grupo D.

5.3.6 Tratamento e destinação final

Os resíduos do grupo A, B e E são armazenados em abrigo externo temporário e destinados para o


processo de desinfecção térmica realizado em local licenciado.

Para cada retirada dos resíduos do abrigo externo de resíduos para destinação final deve ser gerado
um manifesto de transporte de resíduos, que deverá ser entregue ao enfermeiro responsável pelo
Centro de Saúde Ocupacional. Anualmente os dados de geração de resíduos do serviço de saúde
são levantados através dos manifestos gerados neste descarte e declarados no Inventário Anual de
Resíduos, que deve contemplar a quantidade de resíduos de serviços de saúde gerados por grupo,
anexo VI deste documento. As cópias dos contratos de prestação de serviço para destinação final,
bem como, as licenças ambientais do receptor final, constam dos anexos III e IV deste documento.
Os resíduos de saúde gerados não deverão ser objeto de recuperação, reciclagem, compostagem e
logística reversa.

5.4. Plano de Desinfecção

O Plano de Desinfecção contempla os processos relativos a limpeza, descontaminação e desinfecção


de todas as áreas, incluindo superfícies, instalações, equipamentos, mobiliário, vestimentas, EPI e
materiais, conforme exigido pela Norma Regulamentadora 32.

O plano está disponível a todos os trabalhadores e à fiscalização do trabalho no Setor Médico

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


23
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

5.5. Plano de Capacitação

Todos os profissionais que trabalham no serviço, mesmo os que atuam temporariamente ou não
estejam diretamente envolvidos nas atividades de gerenciamento de resíduos, devem conhecer o
sistema adotado para o gerenciamento de RSS, a prática de segregação de resíduos, reconhecer os
símbolos, expressões, padrões de cores adotados, conhecer a localização dos abrigos de resíduos,
entre outros fatores indispensáveis à completa integração ao PGRSS.

Asseguramos a capacitação aos trabalhadores, antes do início das atividades, devendo ser reaplicada
sempre que ocorra uma mudança das condições de exposição dos trabalhadores aos agentes
biológicos.

Deve ser realizada por profissional de saúde familiarizado com os riscos inerentes aos agentes
biológicos, e em linhas gerais, aborta os seguintes tópicos:

a) Noções gerais sobre o ciclo da vida dos materiais;

b) Conhecimento da legislação ambiental, de limpeza pública e de vigilância sanitária relativas aos


RSS;

c) Definições, tipos, símbolos, expressões, padrões de cores para o gerenciamento, classificação


dos resíduos e potencial de risco;

d) Sistema de gerenciamento adotado internamente no estabelecimento;

e) Formas de reduzir a geração de resíduos e reutilização de materiais e práticas de segregação;

f) Conhecimento das responsabilidades e de tarefas;

g) Identificação das classes de resíduos;

h) Orientações quanto ao uso de Equipamentos de Proteção Individual-EPI e Coletiva-EPC;

i) Orientações sobre biossegurança (biológica e química);

j) Orientações quanto à higiene pessoal e dos ambientes;

k) Providências a serem tomadas em caso de acidentes e de situações emergenciais;

l) Visão básica do gerenciamento dos resíduos sólidos no município;

m) Noções básicas de controle de infecção e de contaminação química;

n) Localização dos ambientes de armazenamento e dos abrigos de RSS.

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


24
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

É evidenciada a realização da capacitação através de uma lista de presença que informa a data, o
horário, o conteúdo ministrado, o nome e a formação ou capacitação profissional do instrutor e dos
trabalhadores envolvidos. A lista de presença do treinamento e capacitação deste programa,
encontra-se no anexo VI deste documento.

Além disso, é disponibilizado nos ambientes com possibilidade de exposição a agentes biológicos,
instruções escritas, em linguagem acessível, das rotinas realizadas no local de trabalho, e medidas de
prevenção de acidentes e de doenças relacionadas.

Atualização Cadastral

Realizar junto ao órgão competente a revalidação do Programa e apresentação dos manifestos de


resíduos gerados conforme determinação legal.

5.6 PLANO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE PISOS, SUPERFÍCIES E EQUIPAMENTOS

O plano de Limpeza e Desinfecção de Pisos, Superfícies e Equipamentos (PLD) são realizados


conforme procedimentos da empresa contrata, responsável pela limpeza do setor médico e, devem
atender, obrigatoriamente, as etapas descritas na Resolução INEA Nº 50/12:

5.6.1 LIMPEZA

a) Coletar e acondicionar os resíduos sólidos conforme legislações pertinentes;

b) Fraccionar pano ou escova embebida com água e produtos detergentes, sabão ou limpadores
de uso geral nas superfícies, retirando os resíduos deixados após operação;

c) Enxaguar com água limpa e ou passar pano úmido, até que todos os resíduos seja retirados;

d) Secar com pano limpo;

e) Promover o descarte dos panos utilizados na operação, ou quando reaproveitáveis,


acondicioná-los em recipientes fechados e seguros (contêineres ou sacos) para posterior
limpeza e desinfecção.

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


25
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

5.6.2 DESINFECÇÃO

a) Executar procedimentos descritos na LIMPEZA;

b) Aplicar sobre a área atingida o produto de desinfecção respeitando a concentração


recomendada para desinfecção, bem como a validade do produto;

c) Enxaguar com água limpa e ou passar pano úmido, até que todos os resíduos sejam
retirados;

d) Secar com pano limpo;

e) Promover o descarte dos panos utilizados na operação, ou quando reaproveitáveis,


acondicioná-los em recipientes fechados e seguros (contêineres ou sacos) para posterior
limpeza e desinfecção.

5.6.3 CONTROLE DE VETORES

O controle de integrado de pragas e vetores é realizado por empresa especializada contratada. As


técnicas utilizadas para controle de pragas são: aspersão/pulverização, atomização, gel, aerossóis,
iscas granuladas, larvicida, PPE – Pontos Permanentes de Envenenamentos, PPI – Pontos
Permanentes de Iscagens, Iscas luminosas. A periodicidade de visitas técnicas é de 3 vezes por
semana, em horário comercial.

5.6.4 DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL

Este método deve ser realizado em situações em que são constatadas contaminações por sangue,
fezes, urina, vômitos ou outros fluidos orgânicos.

a) Realizar a limpeza criteriosa conforme etapas listadas no item acima: DESINFECÇÃO, sendo que
os equipamentos e panos utilizados deverão ser descartados após a operação;

b) Aplicar sobre a área atingida produtos saneantes respeitando as concentrações e validade


apresentadas em sua rotulagem;

c) Aguardar tempo de ação, conforme indicação do fabricante;

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


26
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

d) Enxaguar com água limpa e ou passar pano úmido, até que todos os resíduos sejam retirados;

e) Secar com pano limpo;

f) Promover o descarte dos panos utilizados na operação;

g) Descartar equipamentos e EPI que não possam ser desinfetados com segurança.

Observações:

a) A eleição dos produtos a serem empregados na operacionalização do programa de limpeza e


desinfecção ficará sob a responsabilidade da administração dos estabelecimentos ou das
Empresas Prestadores de Serviços de Limpeza e Desinfecção;

b) Todos os produtos utilizados nestes procedimentos devem ter registro em órgão competente
e estarem em conformidade com os padrões e normas vigentes, principalmente quanto à
rotulagem e prazo de validade;

c) Para reaproveitamento dos EPI’ utilizados no procedimento de limpeza e desinfecção deverá


ser realizado processo de desinfecção por imersão (obedecido o tempo de contato e diluição
recomendados pelo fabricante), seguido de enxágue com água potável, secagem e disposição
em local apropriado.

5.7 Plano de Emergência

O plano de atendimento à emergência a eventos envolvendo resíduos de serviço de saúde está


contido no anexo III do PCMSO da Braskem S.A.

6. DISPOSIÇÕES GERAIS

O não cumprimento desta Instrução de Trabalho pode comprometer o processo de Gerenciamento


de Resíduos de Serviços de Saúde, colocar em risco a segurança pessoal e das instalações e ainda
comprometer a melhoria da performance ambiental da Empresa pelo não atendimento das diretrizes
de SSMA da Braskem. Os Integrantes são responsáveis por conhecer e compreender todos os
Documentos Orientadores que lhes forem aplicáveis. De forma similar, os Líderes são responsáveis

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


27
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

por garantir que todos os Integrantes de sua equipe compreendam e sigam os Documentos
Orientadores aplicáveis da Companhia.

As cópias dos contratos de prestação de serviços e licenças ambientais das empresas prestadoras
de serviços para destinação dos RSS deverão estar disponíveis para fiscalização dos órgãos
competentes, arquivados em meio físico ou eletrônico por no mínimo 5 anos.

Violações de qualquer Documentação Orientadora da Companhia podem resultar em


consequências graves à Braskem e aos Integrantes envolvidos. Portanto, a falha em cumprir esta
Instrução de Trabalho ou relatar o conhecimento de violação da mesma poderá resultar em ação
disciplinar para qualquer Integrante envolvido.
Havendo dúvida sobre seu conteúdo, o Integrante deverá procurar esclarecimento junto ao
seu Líder Imediato ou à área emissora deste documento

Leonardo Celso Soares Marques

Coordenador de SSMA RJ

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


28
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

DEFINIÇÕES

Os termos técnicos utilizados neste documento estão definidos nas normas da ABNT NBR 12807.

Resíduos de Serviços de Saúde: Os resíduos hospitalares (ou de serviços de saúde) são os


resíduos produzidos pelas atividades de unidades de serviços de saúde (hospitais, ambulatórios,
postos de saúde etc.);

Resíduo Perfuro Cortante: Segundo a Resolução nº 5/93 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio
Ambiente), são seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros de um modo em geral ou, qualquer
material pontiagudo ou que contenham fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes.

ANEXOS
Anexos disponíveis em meio físico na área de Saúde Ocupacional da PE 09 RJ

ANEXO I – Cópia de contrato de Prestação de serviços para transporte de resíduos


ANEXO II – Cópia de licença ambiental do prestador de serviços de transporte de resíduos
ANEXO III - Contrato de Prestação de serviços do receptor de resíduos
ANEXO IV – Cópia de licença ambiental do receptor de serviços
ANEXO V – Lista de presença de capacitação e treinamento do PGRSS
ANEXO VI – Inventário anual de resíduos (manifestos de resíduos do ano anterior)

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


29
INSTRUÇÃO DE TRABALHO
IT 6020-01058 - PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS SAÚDE DCX

INFORMAÇÕES DE CONTROLE

Controle de alterações:

Data Versão Integrante de Apoio Alteração feita

08/05/2018 1.0 Cristina Teixeira Pinheiro Emissão Inicial

18/03/2019 2.0 Cristina Teixeira Pinheiro Adequação a nova RDC 222/2018 ANVISA

05/08/2021 3.0 Cristina Teixeira Pinheiro Adequação a Resolução INEA 50/12


Inclusão de estimativa de geração de resíduo por
classe
Inclusão de anexos

Idioma(s):

Idioma Principal: Inglês Alemão Português Espanhol

Outro(s) Idioma(s): Inglês Alemão Português Espanhol

Áreas / Regiões envolvidas no desenvolvimento desta Instrução de Trabalho:


Nome Área / Região Data de aprovação

Membro de suporte: Cristina Teixeira Pinheiro SSMA RJ 05/08/2021

Revisor: Cristina Teixeira Pinheiro SSMA RJ 05/08/2021

Revisor: Leonardo Celso Soares Marques SSMA RJ 09/08/2021

Nº Revisão: 3.0| Data: 05/08/2021


30

Você também pode gostar