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PARAOPEBA – SF3
Relatório Final
Governo do Estado de Minas Gerais
Romeu Zema Neto
Governador
Coordenação
Maria de Lourdes Amaral Nascimento
Rodrigo Antônio Di Lorenzo Mundim
Colaboradores
Cleverson Ulisses Vidigal – Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias
Hidrográficas - FONASC
Deivid Lucas de Oliveira - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais- FIEMG
Fernando Silva de Paula – Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água
e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais- ARSAE
Guilherme da Silva Oliveira – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas
Gerais - FAEMG
Leonardo Gomes Lara –Prefeitura Municipal de Betim
José Antônio Melo – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental- ABES
Mauro da Costa Val - Associação Ambiental Veredas e Cerrados
Wilson Pereira Barbosa – Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM
Winston Caetano de Souza – Associação Ambiental Veredas e Cerrados
Elaboração e Execução
COBRAPE – Cia. Brasileira de Projetos e Empreendimentos
Coordenação Técnica
Carlos Eduardo Curi Gallego
Coordenação Geral
Rafael Decina Arantes
Rafael Fernando Tozzi
Coordenação Executiva
Bruna Kiechaloski Miro Tozzi
Diagramação
Alessandra Gava
Cristine de Noronha
Equipe Técnica
Adriana Sales Cardoso
Andrei Stevanni Goulart Mora
Andreia Schypula
Bruno de Lima e Silva Soares Teixeira
Camila de Carvalho Almeida de Bitencourt
Cláudio Marchand Krüger
Christian Taschelmayer
Fabiana de Cerqueira Martins
Giovanna Reinehr Tiboni
José Antônio Oliveira de Jesus
José Maria Almeida Martins Dias
Juliana Cristina Jansson Kissula
Luís Eduardo Gregolin Grisoto
Luis Gustavo Christoff
Marianna Botelho de Oliveira Dixo
Maurício Marchand Krüger
Paula Pandolfo Bertol
Raissa Vitareli Assunção Dias
Robson Klisiowicz
Rodolpho Humberto Ramina
Rodrigo Pinheiro Pacheco
Sávio Mourão Henrique
Thaís Cristina Pereira da Silva
Wagner Jorge Nogueira
Apoio Técnico
Beatriz Modesto
Nathália Sbrissia Santos
Sidnei Novack Junior
CDU: 556.18
Ficha catalográfica elaborada por Márcia Beatriz Silva de Azevedo – CRB 1934.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 30
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 31
22.13. Rateio de Custos das Obras de Uso Múltiplo, de Interesse Comum ou Coletivo. 693
Figura 2.1 - Limite da Bacia do Rio Paraopeba e Área de Abrangência do PDRH ...... 36
Figura 2.2 - Limite da Sub-bacias ............................................................................... 38
Figura 2.3 - Principais Acessos ................................................................................... 40
Figura 2.4 - Hipsometria e Declividade ....................................................................... 43
Figura 2.5 - Clima e Precipitação ................................................................................ 46
Figura 2.6 - Unidades e Domínios Geomorfológicos e Geocronologia ........................ 50
Figura 2.7 - Composição das classes de solo ............................................................. 52
Figura 2.8 - Tipos de Solo ........................................................................................... 53
Figura 3.1 - Representação dos Biomas ..................................................................... 56
Figura 3.2 - Caracterização dos Biomas ..................................................................... 58
Figura 3.3 - Remanescentes Florestais....................................................................... 60
Figura 3.4 - Áreas de Preservação Permanente ......................................................... 69
Figura 3.5 - Unidades de Conservação ....................................................................... 74
Figura 3.6 - Unidades de Conservação x Remanescentes Florestais ......................... 75
Figura 3.7 - Áreas Prioritárias a Conservação da Biodiversidade ............................... 77
Figura 4.1 - Produção da Lavoura Permanente .......................................................... 81
Figura 4.2 - Área da Lavoura Permanente .................................................................. 84
Figura 4.3 - Produção da Lavoura Temporária............................................................ 87
Figura 4.4 - Área da Lavoura Temporária ................................................................... 90
Figura 4.5 - Produção da Silvicultura .......................................................................... 93
Figura 4.6 - Produção de Origem Animal .................................................................... 96
Figura 4.7 - Produção de Rebanhos ........................................................................... 99
Figura 4.8 - Produção de Rebanhos de Pastoreio .................................................... 102
Figura 4.9 - Produção de Rebanhos de Confinamento ............................................. 105
Figura 4.10 - Produção da Aquicultura ...................................................................... 108
Figura 4.11 - Número de Unidades Locais ................................................................ 111
Figura 4.12 - Lavras por Município............................................................................ 113
Figura 4.13 - Valores de CFEM ................................................................................ 115
Figura 4.14 - Número de Unidades Locais ................................................................ 118
Figura 4.15 - Número de Unidades Locais ................................................................ 121
Figura 4.16 - Número de Unidades Locais ................................................................ 124
Figura 4.17 - Número de Unidades Locais ................................................................ 127
Figura 4.18 - Valores do PIB ..................................................................................... 130
11
Figura 4.19 - Valor Total Comercializado de Diesel .................................................. 136
Figura 4.20 - Valor Total Comercializado de Gasolina e Etanol ................................ 138
Figura 4.21 - População por Município ..................................................................... 142
Figura 4.22 - Taxas de Crescimento 2000-2010 ....................................................... 146
Figura 4.23 - Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) .......................................... 153
Figura 4.24 - Razão da População sem Instrução .................................................... 156
Figura 4.25 - Taxas de Analfabetismo em 2010 ........................................................ 158
Figura 4.26 - IDH-M - Educação em 2010................................................................. 160
Figura 4.27 - Coeficiente de GINI em 2010 ............................................................... 163
Figura 4.28 - Número de Empregados com Carteira Assinada em 2010................... 166
Figura 4.29 - IDH-M - Renda em 2010 ...................................................................... 168
Figura 5.1 - Índice de Abastecimento de Água.......................................................... 175
Figura 5.2 - Tipos de Captação por Município........................................................... 176
Figura 5.3 - Índice de Coleta de Esgoto .................................................................... 181
Figura 5.4 - Índice de Tratamento de Esgoto ............................................................ 182
Figura 5.5 - Índice de Coleta de Resíduos Sólidos ................................................... 189
Figura 5.6 - Destinação final dos Resíduos Sólidos .................................................. 193
Figura 5.7 - Alagamentos/ Inundações/ Enxurradas e Deslizamentos (1991 – 2012) 198
Figura 6.1 - Uso e Ocupação do Solo ....................................................................... 201
Figura 6.2 - Lavras de Mineração ............................................................................. 202
Figura 6.3 - Uso e Cobertura do Solo (%) ................................................................. 203
Figura 7.1 - Frequência Anual de Registros de Desastres por Inundações e Enxurradas
................................................................................................................................. 207
Figura 7.2 - Inundações entre 1991 e 2012 .............................................................. 209
Figura 7.3 - Enxurradas entre 1991 e 2012............................................................... 210
Figura 7.4 - Frequência Anual de Registros de Desastres por Alagamentos e Enxurradas
................................................................................................................................. 212
Figura 7.5 - Alagamentos entre 2013 e 2017 ............................................................ 213
Figura 7.6 - Enxurradas entre 2013 e 2017............................................................... 214
Figura 7.7 - Classificação da Vulnerabilidade a Inundação ....................................... 215
Figura 7.8 - Vulnerabilidade a Inundações ................................................................ 217
Figura 7.9 - Exemplo de Prancha de Identificação de Áreas de Risco ...................... 219
Figura 7.10 - Áreas de Risco a Inundações e Alagamentos ...................................... 220
Figura 7.11 - Série História de Alagamentos, Inundações e Enxurradas................... 221
Figura 7.12 - Análise Integrada de Alagamentos, Inundações e Enxurradas ............ 223
Figura 7.13 - Tempos de Recorrência da Precipitação Anual no Brasil para o Ano
Hidrológico 2015 ....................................................................................................... 227
12
Figura 7.14 - Tempos de Retorno de Vazões para o Ano Hidrológico 2015 .............. 229
Figura 7.15 - Frequência Anual de Registros de Desastres por Secas e Estiagens no
Brasil ........................................................................................................................ 230
Figura 7.16 - Definição da Vulnerabilidade no Contexto das Mudanças Climáticas .. 232
Figura 7.17 - Exposição à seca ETA-HadGEM 4.5 (2011-2040) ............................... 235
Figura 7.18 - Exposição à seca ETA-MIROC 4.5 (2011-2040) .................................. 236
Figura 7.19 - Exposição à seca ETA-HadGEM 8.5 (2011-2040) ............................... 237
Figura 7.20 - Exposição à seca ETA-MIROC 8.5 (2011-2040) .................................. 238
Figura 7.21 - Sensibilidade à Seca ........................................................................... 240
Figura 7.22 - Capacidade Adaptativa à Seca ............................................................ 242
Figura 7.23 - Vulnerabilidade à seca ETA-HadGEM 4.5 (2011-2040) ....................... 244
Figura 7.24 - Vulnerabilidade à seca ETA-MIROC 4.5 (2011-2040) .......................... 245
Figura 7.25 - Vulnerabilidade à seca ETA-HadGEM 8.5 (2011-2040) ....................... 246
Figura 7.26 - Vulnerabilidade à seca ETA-MIROC 8.5 (2011-2040) .......................... 247
Figura 7.27 - Série História de Secas e Estiagens .................................................... 249
Figura 7.28 - Análise Integrada de Secas e Estiagens .............................................. 251
Figura 7.29 - Frequência Anual de Registros de Desastres por Deslizamentos e Corridas
de Massa nos Municípios do PDRH do Rio Paraopeba ............................................ 255
Figura 7.30 - Análise Integradas de Deslizamentos .................................................. 259
Figura 8.1 - Estações Pluviométricas Existentes....................................................... 261
Figura 8.2 - Diagrama de Barras dos Dados Pluviométricos ..................................... 262
Figura 8.3 - Estações Pluviométricas Selecionadas ................................................. 266
Figura 8.4 - Exemplo das Curvas Duplo-Acumulativas (01944004) .......................... 267
Figura 8.5- Precipitação Total Anual Média .............................................................. 271
Figura 8.6 - Precipitação Média Mensal .................................................................... 276
Figura 9.1- Rede de Monitoramento Fluviométrica ................................................... 281
Figura 9.2 - Rede de Monitoramento Sedimentométrica ........................................... 283
Figura 9.3 - Rede de Monitoramento Pluviométrica .................................................. 286
Figura 9.4 - Rede de Monitoramento de Qualidade de Água .................................... 292
Figura 10.1 - Vazões Médias .................................................................................... 299
Figura 10.2 - Sobreposição das Curvas de Permanência de Vazões........................ 300
Figura 10.3 - Vazões com 95% de Permanência ...................................................... 302
Figura 10.4 - Vazões com 90% de Permanência ...................................................... 303
Figura 10.5 - Vazão de Referência (Q7,10) .............................................................. 306
Figura 10.6 - Evapotranspiração ............................................................................... 308
Figura 10.7 - Medições de Descarga Sólida da Estação Ponte Nova do Paraopeba
(40800001) ............................................................................................................... 309
13
Figura 10.8 - Classificação da Erosão Específica Média ........................................... 313
Figura 11.1 - Sistemas Aquíferos com Poços ........................................................... 319
Figura 11.2 - Recarga Potencial Direta ..................................................................... 325
Figura 11.3 - Recarga Potencial Explotável .............................................................. 326
Figura 12.1 – Número de Amostragens Analisadas no PDRH Paraopeba por ano ... 330
Figura 12.2 – Avaliação Histórica dos Coliformes Totais para o Período Seco e Chuvoso
................................................................................................................................. 332
Figura 12.3 – Avaliação Histórica de Escherichia coli para o Período Seco e Chuvoso
................................................................................................................................. 333
Figura 12.4 – Avaliação histórica de DBO para o Período Seco e Chuvoso ............. 335
Figura 12.5 – Avaliação histórica de Oxigênio Dissolvido para o Período Seco e Chuvoso
................................................................................................................................. 336
Figura 12.6 – Avaliação Histórica de Nitrato para o Período Seco e Chuvoso .......... 339
Figura 12.7 – Avaliação Histórica de Fósforo Total para o Período Seco e Chuvoso 340
Figura 12.8 – Avaliação Histórica de Turbidez para o Período Seco e Chuvoso ....... 341
Figura 12.9 – Avaliação Histórica de pH para o Período Seco e Chuvoso ................ 343
Figura 12.10 – Índice de Qualidade da Água (IQA) do PDRH Paraopeba................. 346
Figura 12.11 - Lançamentos Pontuais Domésticos ................................................... 353
Figura 12.12 - Lançamentos Pontuais Industriais e Tipologias Adotadas.................. 356
Figura 12.13 - Localização dos Empreendimentos Minerários .................................. 358
Figura 12.14 - Uso do Solo ....................................................................................... 360
Figura 12.15 - Cargas Remanescentes por Fonte de Poluição ................................. 362
Figura 12.16 - Cargas Remanescentes..................................................................... 363
Figura 12.17 - Enquadramento Vigente ................................................................... 367
Figura 12.18 - Esquema de Análise Acumulada do Modelo Matemático .................. 368
Figura 12.19 - Resultado da Modelagem na Q7,10 ................................................... 373
Figura 12.20 - Resultado da Modelagem na Q95% .................................................. 374
Figura 12.21 - Comparativo de Classes .................................................................... 376
Figura 12.22 - Média Histórica de Cromo Total ......................................................... 384
Figura 12.23 - Média Histórica de Ferro Dissolvido ................................................... 384
Figura 12.24 - Média Histórica de Manganês Total ................................................... 385
Figura 12.25 - Média Histórica de Cádmio Total e de Mercúrio Total ........................ 387
Figura 12.26 - Classes Resultantes da Análise de Metais na Q7,10 ........................... 393
Figura 12.27 - Classes Resultantes da Análise de Metais na Q95% ........................... 394
Figura 13.1 - Uso da Água dos Poços Subterrâneos ................................................ 396
Figura 13.2 - Localização dos Poços Subterrâneos .................................................. 398
Figura 14.1 - Demanda para Abastecimento Público ............................................... 415
14
Figura 14.2 - Demanda do Setor Industrial ............................................................... 420
Figura 14.3 - Demanda do Setor Agrícola ................................................................. 430
Figura 14.4 - Demanda do Setor Pecuário ................................................................ 436
Figura 14.5 - Demanda do Setor de Extração Mineral ............................................. 442
Figura 14.6 - Mineração: Áreas (km²) por Recurso Mineral ....................................... 446
Figura 14.7 - Lavras de Mineração ........................................................................... 450
Figura 14.8 - Exportações de Minérios, Escórias e Cinzas ....................................... 451
Figura 14.9 - Destino dos Minerais Extraídos............................................................ 452
Figura 14.10 – Demanda do Setor de Aquicultura .................................................... 459
Figura 14.11 - Demandas de Urbanização e Paisagismo ......................................... 464
Figura 14.12 - Demandas Captadas Totais............................................................... 467
Figura 14.13 - Empreendimentos em Operação e Previstos ..................................... 474
Figura 14.14 - Circuitos Turísticos, Cavernas e Geossítios ....................................... 498
Figura 15.1 - Balanço Hídrico Superficial Quantitativo (Q95%) ................................. 501
Figura 15.2 - Balanço Hídrico Superficial Quantitativo (Q7,10) .................................... 502
Figura 15.3 - Balanço Hídrico Subterrâneo Quantitativo ........................................... 505
Figura 15.4 - Balanço Hídrico Superficial Qualitativo ................................................ 508
Figura 15.5 - Índice de Criticidade Quantitativa Reservatório – IS ............................ 511
Figura 15.6 - Índice de Criticidade Qualitativa – IQ ................................................... 513
Figura 15.7 - Índice de Criticidade Quali-Quantitativa – ISQ ..................................... 515
Figura 15.8 - Áreas Críticas ...................................................................................... 517
Figura 17.1 - Exemplo de Codificação de Ottobacias................................................ 532
Figura 17.2 – Limite das Sub-bacias ......................................................................... 533
Figura 17.3 - Células de Análise ............................................................................... 540
Figura 17.4 - Vista da Área Urbana de Ouro Preto ................................................... 543
Figura 17.5 - Pivô de Irrigação de Grama em Paraopeba ......................................... 549
Figura 17.6 - Evolução das Áreas Agrícolas e Culturas nas Microrregiões da bacia do
Rio Paraopeba (2000-2016)...................................................................................... 550
Figura 17.7 - Área plantada nas Microrregiões da Bacia do Paraopeba em 2016 ..... 550
Figura 17.8 - Séries Históricas dos Rebanhos nas Microrregiões da Bacia do Rio
Paraopeba (2000-2017) ............................................................................................ 553
Figura 17.9 - Distribuição das Minas por Município em Minas Gerais ....................... 556
Figura 17.10 - Plantação de Eucalipto no Baixo Paraopeba ..................................... 557
Figura 17.11 - Indústria de Carvão no Baixo Paraopeba ........................................... 558
Figura 17.12 - Caminhão com Carga de Carvão Vegetal na BR-040, em Ribeirão das
Neves ....................................................................................................................... 558
Figura 17.13 - Mina de Ardósia no Município de Paraopeba, no Baixo Paraopeba ... 560
15
Figura 17.14 - Restrição Ambiental ........................................................................... 563
Figura 17.15 - Áreas de Mineração ........................................................................... 565
Figura 17.16 - Áreas Críticas .................................................................................... 567
Figura 17.17 - Cenários Tendenciais e Alternativos .................................................. 568
Figura 17.18 - Cenário Alternativo 1 ......................................................................... 569
Figura 17.19 - Cenário Alternativo 2 ......................................................................... 570
Figura 17.20 - Cenário Alternativo 3 ......................................................................... 571
Figura 18.1 - Curva de Permanência de Vazões Específicas do Rio Paraopeba ...... 593
Figura 18.2 - Ottobacias Nível 6 ............................................................................... 595
Figura 18.3 - Níveis de Risco do Balanço Quantitativo nos Cenários Tendenciais .... 601
Figura 18.4 - Níveis de Risco do Balanço Quantitativo nos Cenários Alternativos 1 . 602
Figura 18.5 - Níveis de Risco do Balanço Quantitativo nos Cenários Alternativos 2 . 603
Figura 18.6 - Níveis de Risco do Balanço Quantitativo nos Cenários Alternativos 3 . 604
Figura 18.7 - Distribuição da Área da Bacia do Rio Paraopeba em Níveis de Risco . 606
Figura 18.8 - Níveis de Risco do Balanço Qualitativo nos Cenários Tendenciais ...... 612
Figura 18.9 - Níveis de Risco do Balanço Qualitativo nos Cenários Alternativos 1 ... 613
Figura 18.10 - Níveis de Risco do Balanço Qualitativo nos Cenários Alternativos 2 . 614
Figura 18.11 - Níveis de Risco do Balanço Qualitativo nos Cenários Alternativos 3 . 615
Figura 19.1 - Barragens de Rejeitos ......................................................................... 619
Figura 19.2 - Influência das Barragens de Rejeitos ................................................... 621
Figura 19.3 - Áreas de Mineração Entre os Municípios de Belo Vale, Congonhas e Ouro
Preto ......................................................................................................................... 622
Figura 19.4 - Mineradora em Congonhas.................................................................. 623
Figura 19.5 - Enquadramento Vigente ...................................................................... 625
Figura 19.6 - Percentual de Arrecadação por Setor .................................................. 633
Figura 20.1 – Imagem da Região Pré-Rompimento .................................................. 639
Figura 20.2 – Imagem da Região Pós-Rompimento.................................................. 640
Figura 20.3 – Comparativo 1 - pré e pós rompimento – Ponte sobre o rio Betim ...... 640
Figura 20.4 – Comparativo 2 - pré e pós rompimento – rio Paraopeba em Brumadinho
................................................................................................................................. 641
Figura 20.5 – Comparativo 3 - pré e pós rompimento – rio Paraopeba em Brumadinho
................................................................................................................................. 641
Figura 20.6 – Alteamentos sucessivos: método da linha de montante ...................... 643
Figura 20.7 – Principais riscos de ruptura causados pelo alteamento segundo o método
de montante.............................................................................................................. 644
Figura 20.8 – Espalhamento do rejeito até a confluência com o rio Paraopeba ........ 648
Figura 21.1 – Temas da Análise SWOT .................................................................... 652
16
Figura 21.2 – Análise SWOT .................................................................................... 653
Figura 22.1 – Diretrizes para a Bacia do Rio Paraopeba .......................................... 657
Figura 22.2 – Ottobacias Nível 6 ............................................................................... 659
Figura 22.3 – Áreas Sujeitas a Restrição de Uso ...................................................... 665
Figura 22.4 – Áreas a Serem Recuperadas .............................................................. 669
Figura 23.1 – Programas da Bacia do Rio Paraopeba .............................................. 695
Figura 25.1 – Distribuição do Investimento Total por Estratégia ............................... 787
Figura 25.2 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 1 ................................... 788
Figura 25.3 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 2 ................................... 788
Figura 25.4 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 3 ................................... 789
Figura 25.5 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 4 ................................... 790
Figura 25.6 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 5 ................................... 791
Figura 25.7 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 6 ................................... 792
Figura 25.8 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 7 ................................... 792
Figura 25.9 – Distribuição dos Investimentos do Plano ............................................. 793
Figura 25.10 – Distribuição dos Investimentos ao Longo do Tempo por Estratégia .. 794
Figura 25.11 –Percentual dos Investimentos ao Longo do Tempo por Estratégia ..... 794
Figura 25.12 – Distribuição Total dos Recursos em Ação Imediata, Médio Prazo e Longo
Prazo ........................................................................................................................ 795
Figura 25.13 – Distribuição Total dos Recursos em característica do investimento .. 796
Figura 26.1 – Imagem do Site Oficial do PDRH Rio Paraopeba ................................ 808
Figura 26.2 – Imagem da página oficial do PDRH Rio Paraopeba no Facebook....... 809
Figura 26.3 – Imagem da página oficial do PDRH Rio Paraopeba no Instagram ...... 810
Figura 26.4 – Imagem da página oficial do PDRH Rio Paraopeba no Twitter ........... 811
Figura 26.5 – Imagem do convite virtual do PDRH Rio Paraopeba ........................... 812
Figura 27.1 - Resumo da Análise de Sensibilidade dos Cenários - Balanço Quantitativo
Acumulativo .............................................................................................................. 821
Figura 0.1 – Áreas com Critérios de Restrição .......................................................... 849
Figura 0.2 – Áreas Sujeitas a Restrição de Uso ........................................................ 851
Figura 0.3 – Folder Frente ........................................................................................ 853
Figura 0.4 – Folder Verso ......................................................................................... 854
Figura 0.5 – Cartaz ................................................................................................... 855
Figura 0.6 – Convite ................................................................................................. 856
17
LISTA DE QUADROS
18
Quadro 4.28 - Valores dos Indicadores de Modificação em Parâmetro de Fecundidade
da População Total ................................................................................................... 147
Quadro 4.29 - Valores dos Indicadores de Modificação em Parâmetro de Fecundidade
da População Urbana ............................................................................................... 148
Quadro 4.30 - Valores dos Indicadores de Modificação em Parâmetro de Fecundidade
da População Rural .................................................................................................. 149
Quadro 4.31 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Geral ........................ 151
Quadro 4.32 - Indicadores de Educação ................................................................... 155
Quadro 4.33 - Taxas de Analfabetismo Ponderadas pela População ....................... 157
Quadro 4.34 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Educação ............... 159
Quadro 4.35 - Indicadores da Razão da População que tem Rendimento de até um
Salário Mínimo em Relação ao Total de Pessoas com Rendimentos ....................... 161
Quadro 4.36 - Indicador para o Total da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba ........ 162
Quadro 4.37 - Indicador para o Total da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba ........ 165
Quadro 4.38 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Renda .................... 167
Quadro 5.1 - Índice de Atendimento de Água e Tipo de Captação............................ 170
Quadro 5.2 - Relação de Mananciais Superficiais..................................................... 172
Quadro 5.3 - Índice de Coleta de Esgoto dos Municípios .......................................... 177
Quadro 5.4 - Índice de Tratamento de Esgoto dos Municípios .................................. 179
Quadro 5.5 - Relação das ETEs dos Municípios que Possuem Tratamento de Esgoto
................................................................................................................................. 184
Quadro 5.6 - Índices de Atendimento Urbano Referente aos Resíduos Sólidos e Coleta
Seletiva ..................................................................................................................... 186
Quadro 5.7 - Relação Unidades de Destinação Final dos Resíduos Sólidos ............ 190
Quadro 5.8 - Geração per capita de Resíduos Sólidos ............................................. 194
Quadro 5.9 - Geração de Lixo Mensal por Município ................................................ 194
Quadro 5.10 - Relação de Municípios que Sofreram Problemas Relacionadas a
Drenagem Urbana .................................................................................................... 196
Quadro 6.1 - Distribuição das Classes do Uso e Ocupação do Solo ......................... 203
Quadro 7.1 - Classificação dos Graus de Risco a Inundação ................................... 218
Quadro 8.1 - Estações Pluviométricas Selecionadas ................................................ 263
Quadro 8.2 - Precipitação Total Anual por Estação .................................................. 268
Quadro 8.3 - Médias Pluviométricas Mensais ........................................................... 273
Quadro 9.1 - Densidade Mínima da Rede de Monitoramento ................................... 278
Quadro 9.2 - Panorama Geral da Rede Fluviométrica .............................................. 279
Quadro 9.3 - Análise da Densidade da Rede Fluviométrica por Sub-bacia ............... 280
Quadro 9.4 - Análise da Densidade da Rede Sedimentométrica por Sub-bacia........ 282
19
Quadro 9.5 - Panorama Geral da Rede Pluviométrica .............................................. 284
Quadro 9.6 - Análise da Densidade da Rede Pluviométrica por Sub-bacia ............... 285
Quadro 9.7 - Rede de monitoramento de qualidade da água superficial ................... 288
Quadro 10.1- Estações Utilizadas ............................................................................ 297
Quadro 10.2 - Descarga Sólida Total por Estação .................................................... 311
Quadro 10.3 - Parâmetros de Análise da Descarga Sólida ....................................... 312
Quadro 11.1 - Resultados RPD e RPE Específicos .................................................. 324
Quadro 12.1 – Padrões de Qualidade de Água da Resolução CONAMA nº 357/05 e
Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01/08 para os Parâmetros de
Análise ...................................................................................................................... 329
Quadro 12.2 – Faixas de IQA Utilizada em Minas Gerais ......................................... 344
Quadro 12.3 - Informações de Índices de Atendimento por Município ...................... 350
Quadro 12.4 - Concentrações Típicas de DBO e Taxa Média de Retorno por Tipologia
Industrial ................................................................................................................... 354
Quadro 12.5 - Coeficientes de Exportação por Tipo de Uso do Solo ........................ 361
Quadro 12.6 - Cargas Estimadas por Município....................................................... 364
Quadro 12.7 - Dados de Entrada do Modelo e Suas Respectivas Fontes ................. 370
Quadro 12.8 - Período de Dados Disponíveis dos Metais Analisados ...................... 379
Quadro 12.9 - Concentrações de Poluentes da Mineração ....................................... 388
Quadro 12.10 - Carga de Metais Estimada por Município em kg/dia......................... 389
Quadro 12.11 - Concentrações Limites de Metais em mg/L ...................................... 391
Quadro 13.1 - Classificação da Água Quanto aos Valores de Condutividade Elétrica
................................................................................................................................. 397
Quadro 14.1 - Consolidação do Cadastro de Outorgas............................................. 401
Quadro 14.2 - Municípios Atendidos pela COPASA .................................................. 402
Quadro 14.3 - Demandas de Abastecimento Público Urbanas - COPASA................ 403
Quadro 14.4 - Municípios Não Atendidos pela COPASA .......................................... 405
Quadro 14.5 - Faixas de População Urbana ............................................................. 405
Quadro 14.6 - Demandas de Abastecimento Público Urbanas - Autônomos ............ 406
Quadro 14.7 - Demanda de Abastecimento Rural..................................................... 408
Quadro 14.8 - Demandas Totais para Abastecimento Público .................................. 412
Quadro 14.9 - Demandas do Setor Industrial ............................................................ 417
Quadro 14.10 - Comparativo de Vazões do Setor Industrial – Estudos Regionais .... 421
Quadro 14.11 - Outorgas do Setor Industrial – Maiores Concentrações ................... 422
Quadro 14.12 - Demandas do Setor Agrícola ........................................................... 425
Quadro 14.13 - Principais Culturas por Município ..................................................... 428
Quadro 14.14 - Valores de BEDA por Tipo de Rebanho ........................................... 431
20
Quadro 14.15 - Demandas do Setor Pecuário .......................................................... 433
Quadro 14.16 - Demandas do Setor de Extração Mineral ......................................... 438
Quadro 14.17 - Barragens de Rejeitos por Município................................................ 441
Quadro 14.18 - Mineração: Áreas (km²) por Recurso Mineral ................................... 444
Quadro 14.19 - CFEM: Arrecadação por Município .................................................. 447
Quadro 14.20 - CFEM: Arrecadação por Substância ................................................ 449
Quadro 14.21 - Espécies Registradas ...................................................................... 453
Quadro 14.22 - Aquicultura – Produção Efetiva e Valor da Produção ....................... 455
Quadro 14.23 - Demandas de Aquicultura ................................................................ 456
Quadro 14.24 - Demandas de Urbanização e Paisagismo ........................................ 461
Quadro 14.25 - Demandas Consuntivas Totais......................................................... 465
Quadro 14.26 - Demandas Captadas Totais ............................................................. 466
Quadro 14.27 - Demandas Captadas Totais ............................................................. 468
Quadro 14.28 - Quantidade de Empreendimentos em Operação ............................. 470
Quadro 14.29 - Relação de Aproveitamentos Energéticos em Operação ................. 471
Quadro 14.30 - Parâmetros Médios Utilizados para a Categorização dos Municípios
................................................................................................................................. 476
Quadro 14.31 - Categorização dos Municípios ......................................................... 477
Quadro 14.32 - Locais Ligados ao Turismo .............................................................. 479
Quadro 14.33 - Circuitos Turísticos........................................................................... 494
Quadro 14.34 - Cavernas e Geossítios ..................................................................... 496
Quadro 15.1 - Taxas de Consumo ............................................................................ 500
Quadro 15.2 - Vazão Necessária para Diluição ........................................................ 507
Quadro 15.3 - Classes de Criticidade adotadas pela NTC 002/2012/SPR/SER ........ 516
Quadro 17.1 - Estatísticas da Dimensão Administrativa ............................................ 528
Quadro 17.2 - Estatísticas da Dimensão Hidrológica ................................................ 535
Quadro 17.3 - Estatísticas das Células De Análise ................................................... 539
Quadro 17.4 - Projeções Populacionais (Horizonte 2040) ......................................... 545
Quadro 17.5 - Taxas de Projeção Tendencial da Indústria ....................................... 547
Quadro 17.6 - Taxas de Projeção Tendencial da Agroindústria e Agricultura ........... 551
Quadro 17.7 - Séries Históricas dos Rebanhos nas Microrregiões da Bacia do Rio
Paraopeba (2000-2017) ............................................................................................ 552
Quadro 17.8 - Taxas de Projeção Tendencial da Pecuária ....................................... 555
Quadro 17.9 - Taxas de Projeção Tendencial da Mineração..................................... 559
Quadro 17.10 - Expectativas de Exaustão das Minas ............................................... 559
Quadro 17.11 - Classes de Criticidade Adotadas pela NTC 002/2012/SPR/SER...... 566
Quadro 17.12 – Níveis de Risco e sua Caracterização ............................................. 573
21
Quadro 18.1 - Demandas de Abastecimento Público – Cenários Tendenciais .......... 576
Quadro 18.2 - Demandas de Abastecimento Público – Cenários Alternativos .......... 578
Quadro 18.3 - Demandas Industriais – Cenários Tendenciais .................................. 579
Quadro 18.4 - Demandas Industriais – Cenários Alternativos ................................... 580
Quadro 18.5 - Demandas Agroindustriais – Cenários Tendenciais ........................... 581
Quadro 18.6 - Demandas Agroindustrial – Cenários Alternativos ............................. 582
Quadro 18.7 - Demandas de Pecuária– Cenários Tendenciais................................. 583
Quadro 18.8 - Demanda Pecuária – Cenários Alternativos ....................................... 584
Quadro 18.9 - Demandas de Mineração – Cenários Tendenciais ............................. 585
Quadro 18.10 - Demandas de Mineração – Cenários Alternativos ............................ 586
Quadro 18.11 - Informações dos Planos Municipais de Saneamento Básico ............ 588
Quadro 18.12 - Informações de Investimento Previsto da COPASA ......................... 590
Quadro 18.13 - Cargas de DBO Estimadas para os Cenários Tendenciais .............. 591
Quadro 18.14 - Cargas de DBO Estimadas para os Cenários Alternativos ............... 591
Quadro 18.15 - Estações Fluviométricas Utilizadas no Estudo ................................. 592
Quadro 18.16 - Vazões Específicas por Trecho ........................................................ 593
Quadro 18.17 - Níveis de Risco do Balanço Quantitativo nos Cenários .................... 597
Quadro 18.18 - Níveis de Risco do Balanço Qualitativo nos Cenários ...................... 608
Quadro 19.1 - Consumo de Água por Habitante com Base nas Demandas .............. 628
Quadro 19.2 - Valores Unitários de Cobrança .......................................................... 631
Quadro 19.3 - Valores dos Coeficientes Multiplicadores de Cobrança ...................... 631
Quadro 19.4 - Resultados da Simulação de Cobrança ............................................. 632
Quadro 20.1 - Características da Barragem .............................................................. 638
Quadro 22.1 – Sub-bacias da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba ........................ 659
Quadro 22.2 – Diretrizes para as Áreas Sujeitas a Restrição de Uso ....................... 662
Quadro 22.3 – Nomenclatura das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso ...................... 666
Quadro 24.1 – Pontuação do Índice de Relevância .................................................. 767
Quadro 24.2 – Resultado do Índice de Relevância ................................................... 767
Quadro 24.3 – Pontuação do Índice de Prioridade.................................................... 769
Quadro 24.4 – Resultado do Índice de Prioridade..................................................... 769
Quadro 24.5 – Pontuação Índice de Oportunidade e Ameaça .................................. 771
Quadro 24.6 – Resultado do Índice de Oportunidade e Ameaça .............................. 772
Quadro 24.7 – Resultado Índice de Hierarquização .................................................. 774
Quadro 25.1 – Resultados da Simulação (Metodologia CBHSF) .............................. 779
Quadro 25.2 – Resultados da Simulação (Metodologia COALIAR) ........................... 779
Quadro 25.3 – Meta para Abastecimento Público Urbano ........................................ 780
Quadro 25.4 – Meta para Coleta e Tratamento de Efluente Doméstico Urbano ........ 782
22
Quadro 25.5 – Estimativa de Investimento para Infraestrutura de Saneamento ........ 784
Quadro 25.6 – Resumo dos Investimentos Previstos ................................................ 785
Quadro 25.7 – Resumo Anual dos Investimentos Previstos por Ação ....................... 786
Quadro 25.8 – Marco Lógico..................................................................................... 798
Quadro 27.1 – Análise de Sensibilidade dos Cenários.............................................. 819
Quadro 0.1 – Graus de Restrição ............................................................................. 848
Quadro 0.2 – Nomenclatura das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso ........................ 852
23
LISTA DE SIGLAS
BH Bacia Hidrográfica
24
CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos
CT Câmara Técnica
25
GPRH-UFV Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos do Departamento de
Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa
LO Licença de Operação
MG Minas Gerais
26
MTur Ministério do Turismo
NR Nível de Risco
OD Oxigênio Dissolvido
pH Potencial Hidrogeniônico
PI Proteção Integral
27
PSB Plano de Segurança de Barragens
TR Termo de Referência
UC Unidade de Conservação
UF Unidades da Federação
28
UHE Usina Hidrelétrica
US Uso Sustentável
29
APRESENTAÇÃO
30
1. INTRODUÇÃO
É importante destacar que todos os mapas foram elaborados com a base cartográfica
disponibilizada pelo IGAM, em escala 1:50.000. Todos os shapefiles utilizados ao longo
do Plano serão incluídos no RF03: Relatório Final, contendo a arquitetura do Sistema
de Informações Geográficas.
31
Na sequência, o conteúdo apresentado entre os Capítulos 20 e 25 formam o Plano de
Ações, produto do relatório RP04 - Plano de Ação e Diretrizes e Critérios para Aplicação
dos Instrumentos de Gestão dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio Paraopeba, que
teve como objetivo traçar os objetivos e as metas do Plano, considerando horizonte de
20 anos, alinhados às suas necessidades, subsidiando assim, a formulação de meios
para que se alcance o futuro desejado.
Sendo assim, este documento refere-se ao Plano Diretor como um todo, é a versão final
e consolidada, que tem como horizonte de planejamento 20 anos, para a Bacia do Rio
Paraopeba. Aqui estão reunidos todos os temas estudados, metodologias empregadas
e resultados obtidos. Este documento deverá guiar a Gestão de Recursos Hídricos na
Bacia, e deverá ser revisado sempre que o Comitê apontar essa necessidade.
32
2. MEIO FÍSICO
Abrangendo uma área de 13.643 km², equivalente a 2,5% da área total de Minas Gerais,
a Bacia do Rio Paraopeba compreende 48 municípios, dos quais 35 possuem suas
sedes municipais dentro da Bacia, 21 são englobados parcialmente e 14 fazem parte da
Região Metropolitana de Belo Horizonte (FEAM, 2011). O Quadro 2.1 apresenta um
resumo das características espaciais dos municípios na bacia hidrográfica do rio
Paraopeba.
33
Área
População Está
dentro da População Tem sede
Município Área (km²) dentro da completo
bacia Total (hab.) na bacia?
bacia (hab.) na bacia?
(km²)1
Itatiaiuçu 295,15 153,64 9.928 8.650 Não Sim
Itaúna 495,77 58,74 85.463 565 Não Não
Itaverava 284,22 16,97 5.799 210 Não Não
Jeceaba 236,25 236,25 5.395 5.395 Sim Sim
Juatuba 97,17 97,17 22.202 22.202 Sim Sim
Lagoa
476,70 293,54 12.256 3.466 Não Não
Dourada
Maravilhas 261,61 179,22 7.163 5.773 Não Sim
Mário Campos 35,20 35,20 13.192 13.192 Sim Sim
Mateus Leme 301,38 301,18 27.856 27.855 Não Sim
Moeda 155,11 151,81 4.689 4.636 Não Sim
Ouro Branco 258,73 150,14 35.268 33.544 Não Sim
Ouro Preto 1.245,87 63,70 70.281 375 Não Não
Papagaios 553,58 442,70 14.175 4.409 Não Não
Pará de Minas 551,25 172,98 84.215 4.309 Não Não
Paraopeba 625,63 540,91 22.563 22.272 Não Sim
Pequi 203,99 203,07 4.076 4.073 Não Sim
Piedade dos
259,64 259,39 4.640 4.638 Não Sim
Gerais
Pompéu 2.551,09 714,96 29.105 1.468 Não Não
Queluzito 153,56 153,56 1.861 1.861 Sim Sim
Resende
618,32 131,01 10.913 462 Não Não
Costa
Rio Manso 231,54 231,42 5.276 5.275 Não Sim
São Brás do
110,02 110,02 3.513 3.513 Sim Sim
Suaçuí
São Joaquim
71,76 71,76 25.537 25.537 Sim Sim
de Bicas
São José da
205,50 205,33 4.198 4.196 Não Sim
Varginha
Sarzedo 62,13 62,13 25.814 25.814 Sim Sim
Sete Lagoas 536,65 176,96 214.152 6.224 Não Não
Total 21.489,45 12.021,86 2.349.024 1.299.802 - -
FONTE: COBRAPE, 2018.
A área de estudo abrangida pelo PDRH do Rio Paraopeba corresponde a cerca de 90%
da extensão total da bacia hidrográfica, englobando 12.054 km²2 desde as nascentes
do Rio Paraopeba até seu desague na represa se Três Marias, em Felixlândia (IGAM,
2013), correspondendo a Unidade de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos –
UPGRH SF3: Rio Paraopeba.
A unidade, por sua vez, faz divisa a noroeste com a UPGRH-SF4: Entorno da represa
de Três Marias; a leste com a UPGRH-SF5: Rio das Velhas; a oeste com a UPGRH-
34
SF2: Rio Pará; e ao Sul com as UPGRH-DO1: Rio Piranga e com a UPGRH-GD2: Rios
das Mortes.
O corpo principal da Bacia é o rio homônimo, o qual tem sua nascente localizada no
extremo sul da Serra do Espinhaço, no município de Cristiano Otoni, e que percorre uma
distância de 550 km aproximadamente até seu exutório no Rio São Francisco, entre os
limites dos municípios de Felixlândia e Pompéu. Seus principais afluentes são: Rio
Maranhão, Rio Pequeri, Ribeirão Casa Branca, Ribeirão Grande, Ribeirão Sarzedo,
Ribeirão Betim, Ribeirão Macacos, Ribeirão Cedro e Ribeirão São João na margem
direita; e Rio Brumado, Rio da Prata, Rio Macaúbas, Rio Manso, Ribeirão Serra Azul e
Rio Pardo na margem esquerda (IGAM, 2013).
35
45°0'0"O 44°0'0"O
UPGRH SF4
Entorno de Três Marias Curvelo
!
P
BA
MT
DF
GO
19°0'0"S 19°0'0"S
UPGRH SF5 Belo Horizonte ES
Rio das Velhas ^
MS
SP
RJ
Pompéu
!
P
UPGRH SF2
Rio Pará
UPGRH SF1
Esmeraldas
!
P
R io
Afluentes do Alto
São Francisco
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P UPGRH DO2
Rio Piracicaba
20°0'0"S UPGRH SF5 Ibirité 20°0'0"S
Rio das Velhas
!
P
Itaúna
!
P
Rio Par ao
pe Ouro Preto
ba
!
P
UPGRH SF4
Entorno de Três Marias Congonhas
!
P
Conselheiro Lafaiete
UPGRH SF3 !
P
Rio Paraopeba
UPGRH DO1
Rio Piranga
±
0 10 20 40 km
UPGRH SF2 UPGRH GD2 1:1.450.000
21°0'0"S
Rio Pará Rio das Mortes e Rio Jacaré DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Limite UPGRH !
P Principais Sedes Municipais
37
45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Sub-Bacias !
P Principais Sedes Municipais
Alto Limite Municipal
Médio Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Baixo
Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
FONTE: COBRAPE, 2018.
Quanto ao acesso à região, apresentado na Figura 2.3, as principais rodovias federais
localizadas nesta são a BR-040, que liga a Bacia de Norte a Sul, ligando Minas Gerais
aos estados de Goiás e Rio de Janeiro; a BR-262 que corta de forma longitudinal a
Bacia e o Estado, ligando estes a Goiás e Espírito Santo, enquanto o acesso aos
estados da Bahia e São Paulo se dão pelas BR-135 e 251, e BR-040 e BR-381 até a
BR-116, respectivamente (DNIT, 2016).
39
45°0'0"O 44°0'0"O
Principais Acessos
MG-25
9
5
-41
MG
MG-259 Curvelo
!
P
MG-229
19°0'0"S 19°0'0"S
MG
-0
60
BR
1
-1
MG-23
0
Pompéu MG-42 35
!
P
MG
-32
MG-176
38
-2
0
-01
G
MG
M
164
Sete Lagoas MG
M
!
P
MG-
-4
-0
24
60
0
-02
434
BR
MG-
MG
Esmeraldas
1
!
P -0
-43
R io
BR 40
MG
Pa
- 26 MG-818
MG-0
436
ra
MG 2 Pará de Minas
o
70
!
P
pe
-25
MG-
-1
60
ba
2
MG
MG-252 Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
MG-12
BR -
Ibirité
9
Itaúna MG-4 BR
31 - 35
6
0
-05
MG
MG
MG
-26 Ouro Preto
0 !
P
-16
4
MG-260 3
CongonhasG-44
81 !
P M
BR - 4
-3 MG
BR -2
70
94
BR
Conselheiro Lafaiete
!
P
- 35
4
9
-36
±
MG 0 10 20 40 km
MG
-3
5 35 1:1.450.000
-33
21°0'0"S MG DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Ferrovias Rodovias Estaduais !
P Principais Sedes Municipais
Rodovias Federais Duplicada Limite Municipal
Duplicada Em duplicação Hidrografia Principal
Em duplicação Pavimentada Limite SF3: Rio Paraopeba
Pavimentada Em pavimentação Reservatório
Em pavimentação Implantada Municípios SF3: Rio Paraopeba
Implantada Em implantação
Leito natural Leito natural
Planejada Planejada FONTE: DNIT, 2016.
2.1. Hipsometria e Declividade
Além desta caracterização, esta carta também possui grande utilidade na análise das
regiões com maior propensão à geração de escoamento superficial (run off) - neste caso
referindo-se às áreas de maior declividade – ou com maior propensão à infiltração direta
– neste caso referindo-se às porções planas da bacia ou ao menos de menor
declividade.
41
superficial. Este tema apresenta forte correlação com os eventos críticos que serão
apresentados no Capítulo 7.
42
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Hipsometria Declividade
Curvelo Curvelo
!
P !
P
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P
R io
!
P
R io
Pa
Pa
ra
Pará de Minas
ra
Pará de Minas
op
!
P
op
!
P
eb
eb
Belo Horizonte Belo Horizonte
a
Contagem
a
!
P !
P Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S Ibirité
!
P 20°0'0"S
!
P
20°0'0"S
Itaúna Itaúna
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S
Este subitem trata de elementos que possuem relação com o ciclo hidrológico da bacia
hidrográfica. O estudo do clima da região é fundamental para se conhecer a dinâmica
do ciclo hidrológico, pois a partir do estudo de características como o grau de umidade
e da temperatura, é possível associar tais comportamentos ao regime de precipitação
observado que, além de possibilitar a determinação dos períodos seco e chuvoso em
função da sazonalidade, possui uma relação direta com as disponibilidades hídricas,
superficial e subterrânea, da bacia hidrográfica.
Quanto à precipitação média anual, esta varia na faixa entre 1200 mm e 1600 mm
(CPRM, 2013), sendo ao norte da bacia a região mais seca, mais especificamente o
município de Curvelo apresenta os menores índices. No outro extremo encontra-se o
sul da bacia, onde se verificam o maior número de dias chuvosos, atingindo a marca de
130 dias chuvosos por ano e a porção central da área de estudo, com valores de 1500
mm anuais na extensão das serras da Moeda, Três Irmãos, Serra Azul e na região de
Resende Costa e Lagoa Dourada (IGAM, 2005). Ou seja, nota-se que de maneira geral,
a parte alta da bacia é mais úmida com clima mesotérmico, evoluindo para um clima
quente, com precipitação menor na parte baixa da bacia. Dessa forma, é notável que o
relevo da região tem grande influência, tanto no clima como na disposição das chuvas
na bacia, como mostra a Figura 2.5.
44
a 1505 mm anuais. Da mesma forma, também avaliado o Estudo de Avaliação da
Precipitação em Bacias do Estado (IGAM, 2014), porém tanto neste como no Altas
Digital, os dados generalizados para o Estado ou para a Bacia do Rio São Francisco,
além da ausência de dados georreferenciados não permitiu que uma análise mais
profunda fosse realizada.
45
45°0'0"W 44°0'0"W
45°0'0"W 44°0'0"W
Precipitação Clima
Curvelo Curvelo
P
! P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu Pompéu
P
! P
!
Esmeraldas Esmeraldas
P
!
R io
P
!
R io
Pa
Pa
ra
Pará de Minas
ra
Pará de Minas
op
P
!
op
P
!
eb
Belo Horizonte
e
Belo Horizonte
a
ba
Contagem
P
! P
! Contagem
P
!
P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S Ibirité
P
! 20°0'0"S
P
!
20°0'0"S
Itaúna Itaúna
P
! P
!
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Legenda
Precipitação Convenções Cartográficas
Clima Tropical Brasil Central
1.200 mm P Principais Sedes Municipais
!
Quente - média > 18° C em todos os meses, semi-
1.300 mm úmido 4 a 5 meses secos Limite Municipal
1.400 mm Subquente - média entre 15 e 18 ° C em pelo menos Hidrografia Principal
1.500 mm 1 mês, semi-úmido 4 a 5 meses secos Limite SF3: Rio Paraopeba
1.600 mm Mesotérmico brando - média entre 10 e 15° C, semi- Reservatório
úmido 4 a 5 meses Municípios SF3: Rio Paraopeba
FONTE: CPRM, 2013. FONTE: IBGE, 2002.
2.3. Geologia e Geomorfologia
47
Quadro 2.2 - Geocronologia das Unidades Litoestratigráficas
48
As demais apresentam configuração similar, ou seja, maior presença do domínio do
Complexo Granito-gnaisse-Migmatítico e Granulitos encontram-se nos Patamares de
Belo Horizonte e de Oliveira. O domínio dos Complexos Granitóides deformados
também é verificado nestas unidades, entretanto, são encontrados principalmente na
unidade dos Planaltos dos Campos de Vertentes e ocupam grande área na unidade de
Serranas de Pará de Minas.
49
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Unidades e
Geocronologia Domínios
Geomorfológicos
Depressão do Médio
São Francisco
Curvelo Curvelo
P
! P
!
Patamares de
Belo Horizonte
Serranias de
Esmeraldas Pará de Minas Esmeraldas
P
!
R io
P
!
R io
Pa
Pa
ra
Pará de Minas
ra
Pará de Minas
op
P
!
op
P
!
eb
eb
Belo Horizonte Belo Horizonte
a
Contagem
a
P
! Contagem
P
! P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S 20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
! P
!
Itaúna Itaúna Serras do
P
! P
! Quadrilátero Ferrífero
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S
51
Figura 2.7 - Composição das classes de solo
52
45°0'0"O 44°0'0"O
Tipos de solo
Curvelo
!
P
CXa
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
LVd
PVe
Sete Lagoas
GXbd !
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna LVw
!
P FFlf
±
0 10 20 40 km
1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
PVAd - Argissolo Vermelho- GXbd - Gleissolo Háplico Tb !
P Principais Sedes Municipais
Amarelo Distrófico Distrófico Limite Municipal
PVd - Argissolo Vermelho LVAd - Latossolo Vermelho- Hidrografia Principal
Amarelo Distrófico
PVe - Argissolo Vermelho Limite SF3: Rio Paraopeba
CXa - Cambissolo Háplico LVw - Latossolo Vermelho Ácrico Reservatório
Alumínico LVd - Latossolo Vermelho Distrófico Municípios SF3: Rio Paraopeba
CXbd - Cambissolo Háplico Tb RLd - Neossolo Litólico Distrófico
Distrófico
FFlf - Plintossolo Pétrico Litoplíntico
CXj - Cambissolo Háplico Perférrico Área urbana FONTE: IBGE, 2017.
Para a análise de aptidão do solo, encontrou-se duas fontes que abrangem tal tema na
área de estudo: Mapeamento de Solos e Aptidão Agrícola das Terras do Estado de
Minas Gerais, da EMBRAPA (2004); e Geodiversidade do Estado de Minas Gerais
(CPRM, 2010). Visto que o primeiro não possui dados vetoriais disponibilizados e que,
devido a abrangência deste, as análises contidas são demasiadamente generalizadas
para uma melhor avaliação da Bacia do rio Paraopeba, optou-se inserir apenas as
considerações do estudo de Geodiversidade, que possui dados georreferenciados e faz
uma análise aprofundada do Estado.
Dessa forma, verifica-se que, segundo o estudo, as áreas onde se encontra o domínio
de coberturas Cenozóicas Detrito-Lateríticas possuem aspectos positivos para obras de
engenharia já que possuem boa estabilidade em taludes de corte e alta capacidade de
suporte, porém cuidados devem ser tomados quanto à corrosão de estruturas
enterradas devido às altas concentrações de ferro e alumínio. Quanto à agricultura, por
serem constituídos por materiais demasiadamente lixiviados, originam solos de baixa
fertilidade natural, e sua acidez de difícil correção são empecilhos para o
desenvolvimento de tal prática.
Ainda sobre este domínio, ressalta-se que possui alta vulnerabilidade à contaminação
de aquíferos subjacentes, devido suas características químicas e estruturais e por
funcionarem como área de recarga ou estoque temporário para estes.
Nesse domínio está inserida a Região do Sinclinal da Moeda, onde possui grande
relevância na história da Bacia do rio Paraopeba, visto que possui grande destaque na
produção do minério de ferro, por estar localizada na região do Quadrilátero Ferrífero.
Além disso, é grande produtor de água por seus aquíferos, uma vez que está inserida
na região do aquífero Cauê.
54
ocorrência de terrenos montanhosos decorrente do tectonismo atuante nas rochas
locais favorece a exploração turística.
55
3. MEIO BIÓTICO
56
Em relação à vegetação, o cerrado é característico de regiões de clima semiúmido,
formado pela presença marcante de árvores de galhos tortuosos e de pequeno porte
com cascas grossas e raízes profundas. Constata-se nesse bioma a presença de
gramíneas e vegetação espaçada. O solo do cerrado caracteriza-se por apresentar cor
avermelhada em função da grande presença de óxido ferroso. Outra característica do
solo do cerrado é o fato de apresentar pH baixo. A vegetação do Bioma do Cerrado não
possui uma fisionomia única em toda a sua extensão, apresentando desde formas
campestres bem abertas, como os campos limpos de cerrado, até formas relativamente
densas, florestais, como os cerradões (RIBEIRO e WALTER, 2001).
A Mata Atlântica se encontra hoje reduzida a 22% de sua superfície original no Brasil,
com um grande desflorestamento causado pelas atividades humanas. Mesmo reduzida
e muito fragmentada, estima-se que ela abrigue cerca de 20.000 espécies vegetais
(cerca de 35% das espécies existentes no Brasil), incluindo diversas espécies
endêmicas e ameaçadas de extinção.
57
45°0'0"O 44°0'0"O
Caracterização
dos Biomas
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
BR
-1
Pompéu 35
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
BR - 262
!
P BR
R io
-0
40
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P P Belo Horizonte
!
20°0'0"S 20°0'0"S
!
P
BR
Itaúna
!
P
-
Ibirité
494
BR
-3 56
BR - 494
1
- 38
BR
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
BR
GO
!
P
-
354
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Biomas !
P Principais Sedes Municipais
Cerrado Limite Municipal
Mata Atlântica Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Rodovias Federais
Reservatório
A divergência de anos utilizada para cada bioma se deve ao fato de que para a Mata
Atlântica existe a ONG SOS Mata Atlântica que desenvolve periodicamente projetos de
conservação ambiental, produção de dados, mapeamento e monitoramento da
cobertura florestal. No entanto, para o cerrado, o ultimo levantamento encontrado foi
elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2008.
59
45°0'0"O 44°0'0"O
Remanescentes
Florestais
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Biomas !
P Principais Sedes Municipais
Cerrado Limite Municipal
Mata Atlântica Hidrografia Principal
Remanescentes Limite SF3: Rio Paraopeba
Cerrado Municípios SF3: Rio Paraopeba
Mata Atlântica Reservatório
Da mesma forma que a vegetação varia na vastidão das paisagens do Cerrado, a fauna
local também impressiona pela diversidade de animais que podem ser encontrados
dentro do bioma. Segundo relatório da Conservação Internacional (CI-Brasil), o Cerrado
apresenta uma particularidade quanto à sua distribuição espacial que permite o
desenvolvimento e a localização de diferentes espécies. Enquanto a estratificação
vertical da Mata Atlântica proporciona oportunidades diversas para o estabelecimento
das espécies, em uma mesma árvore, por exemplo, no Cerrado a heterogeneidade
espacial no sentido horizontal seria fator determinante para a ocorrência de um variado
número de exemplares, de acordo com a ocorrência de áreas de campo, floresta ou
brejo, em um mesmo macroambiente.
No Cerrado podem ser encontradas cerca de 840 espécies de aves, 161 espécies (67
gêneros) de mamíferos, sendo 19 endêmicas; 150 espécies de anfíbios (45 só
encontrados aqui); 120 espécies de répteis, dos quais 45 também endêmicas e cerca
de 90 mil espécies conhecidas de insetos.
61
aparecem como animais símbolo do bioma. Entre os répteis estão o teiú (Tupinambis
sp), jibóia (Boa constrictor), cascavel (Crotalus durissus) e jararaca (Bothrops
alternatus). Entre as aves estão os papagaios (Família Psittacidae, principalmente do
gênero Amazona), tucanos (Família Ramphastidae, gêneros Aulacorhynchus,
Pteroglossus, Andigena, Selenidera e Ramphastos), ema (Rhea americana), seriema
(Cariama cristata), pica-pau-do-campo (Colaptes campestres), urubú (Coragyps atratus)
e o gavião (Elanoides forficatus). Entre os mamíferos estão o cachorro-vinagre
(Speothos venaticus), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), tatu-canastra (Priodontes
giganteus), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), anta (Tapirus terrestris),
jaritataca (Conepatus semistriatus) e diversas espécies de cervo, como o veado
campeiro (Ozotoceros bezoarticus bezoarticus, também chamado veado-branco,
veado-galheiro, suaçutinga e suaçuapara).
No grupo dos invertebrados destaca por sua riqueza em espécies e seu papel no fluxo
de energia a Classe Insecta do Phylum Arthropoda. O Cerrado abriga 90.000 espécies
de insetos, sendo 13% das borboletas (Ordem Lepidoptera), 35% das abelhas (Ordem
Hymenoptera) e 23% dos cupins (Ordem Isoptera) dos trópicos. Três gêneros de
Drosophilidae foram identificados no bioma Cerrado: Drosophila, o maior desses três
géneros na região Neotropical, contempla 55 das 57 espécies listadas, enquanto
Scaptodrosophila e Zaprionus estão representados por apenas uma espécie cada.
Dentre as 57 espécies de drosofilídeos reconhecidas, 48 são endêmicas da região
Neotropical e nove nela introduzidas. Várias dessas espécies são sinantrópicas e
colonizaram a área após a chegada do homem, alterando a composição da fauna
drosofiliana da região.
62
3.3. Ecossistema Aquático
• Desmatamento;
• Crescimento populacional; e,
63
Até meados de 1990 não havia sido realizado nenhum estudo sistematizado de
levantamento da ictiofauna na bacia do Rio Paraopeba. No entanto, devido à construção
da Escada Experimental para Peixes do Rio Paraopeba (UTE Igarapé – CEMIG), foram
elaborados estudos que demonstraram alta riqueza e diversidade de peixes e a
presença de várias espécies migradoras (de piracema) (ALVES e VONO, 1995; 1996;
1997; 1998a; 1998b). Devido a isso e demais motivos, a bacia foi determinada como
área prioritária para conservação no Estado de Minas Gerais (COSTA et al., 1998;
DRUMOND et al., 2005).
Quadro 3.1 - Lista atual das espécies de peixes registradas na Bacia do Rio Paraopeba
ORDEM CLUPEIFORMES
Familia Engraulidae
Anchoviella vaillanti (Steindachner 1908) Sardinha
ORDEM CHARACIFORMES
Família Parodontidae
Apareiodon hasemani Eigenmann 1916 Canivete
Apareiodon ibitiensis Campos 1944 Canivete
Apareiodon piracicabae (Eigenmann 1907) Canivete
Família Curimatidae
Curimatella lepidura (Eigenmann & Eigenmann 1889) Manjuba
Cyphocharax gilbert (Quoy & Gaimard 1824)
Steindachnerina elegans (Steindachner 1875) Saguiru
Família Prochilodontidae
Família Anostomidae
Leporellus vittatus (Valenciennes 1850) Piau-rola
Leporinus macrocephalus Garavello & Britski 1988 Piauçu x
Família Crenuchidae
Characidium fasciatum Reinhardti 1867 Mocinha
Família Characidae
64
Taxón Nome Popular Espécie Exótica
Lambari-do-rabo-
Astyanax bimaculatus (Linnaeus 1758)
amarelo
Lambari-do-rabo-
Astyanax fasciatus (Cuvier 1819)
vermelho
Astyanax rivularis (Lütken 1875) Lambari
Astyanax scabripinnis (Jenyns 1842) Lambari
Astyanax spp. Lambari
Astyanax taeniatus (Jenyns 1842) Lambari
Bryconamericus stramineus Eigenmann 1908 Piaba
Bryconops affinis (Günther 1864)
Colossoma macropomum (Cuvier 1816) Tambaqui x
Compsura heterura Eigenmann 1915
Hemigrammus marginatus Ellis 1911 Piaba
Hysteronotus megalostomus Eigenmann 1911 Piaba
Metynnis cf. maculatus (Kner 1858) Pacu x
Moenkhausia costae (Steindachner 1907) Piaba
Myleus micans (Lütken 1875) Pacu
Família Erythrinidae
Hoplias intermedius (Günther 1864) Trairão
Hoplias malabaricus (Bloch 1794) Traíra
ORDEM SILURIFORMES
Incertae sedis
Conorhynchos conirostris Valenciennes 1840 Pirá
Família Cetopsidae
Cetopsis gobioides Kner 1858 Babão
Família Aspredinidae
65
Taxón Nome Popular Espécie Exótica
Bunocephalus sp.n.1
Família Callichthyidae
Callichthys callichthys (Linnaeus 1758)
Hoplosternum littorale (Hancock 1828) Tamboatá x
Família Loricariidae
Família Doradidae
Franciscodoras marmoratus (Reinhardt 1874) Mandi-serrudo
Família Auchenipteridae
Trachelyopterus galeatus (Linnaeus 1766) Cangati
Família Clariidae
Clarias gariepinus (Burchell 1822) Bagre-africano x
ORDEM GYMNOTIFORMES
Família Gymnotidae
Gymnotus carapo Linnaeus 1758 Sarapó
Família Sternopygidae
Eigenmannia virescens (Valenciennes 1842) Sarapó
66
Taxón Nome Popular Espécie Exótica
67
3.4.1. Áreas de Preservação Permanente (APP)
• As áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima
de: 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20
(vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
e 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
• As áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água, qualquer que seja a sua
situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;
68
45°0'0"O 44°0'0"O
Áreas de Preservação
Permanente
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
BR
-1
Pompéu 35
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
BR - 262
!
P BR
-0
40
Pará de Minas
!
P
Contagem
!
P P Belo Horizonte
!
20°0'0"S 20°0'0"S
!
P
BR
Itaúna
!
P
-
Ibirité
494
BR
-3 56
BR - 494
1
- 38
BR
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
BR
GO
!
P
-
354
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Reservatórios !
P Principais Sedes Municipais
Declividade > 45º Limite Municipal
Hidrografia Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Rodovias Federais
Reservatório
Segundo a mesma lei, a Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com
certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou
culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das
populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica,
70
disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos
naturais.
A Lei ainda estabelece dois grupos de Unidades de Conservação (UC), conforme o tipo
de manejo: as de proteção integral e as de uso sustentável. As primeiras UCs objetivam
a manutenção dos ecossistemas, excluídas as alterações causadas por interferência
humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais. As de uso
sustentável servem à exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos
recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade
e demais características ecológicas, de forma socialmente justa e economicamente
viável. As características de uma área a ser protegida e os objetivos almejados na
conservação da mesma devem ser considerados no estabelecimento do tipo de manejo
e da categoria de Unidade de Conservação a ser criada.
71
Nome Categoria Grupo Esfera Ato Legal
Uso
APA Municipal Igarape APA Municipal Lei 1036 de 16/05/03
Sustentável
Uso Lei 22428 de
APA Parque Fernao Dias APA Estadual
Sustentável 20/12/2016
APE Estadual Bacia
Hidrografica do Ribeirao do APE Outros Estadual Decreto 22055/82
Verissimo
APE Estadual Bacia
APE Outros Estadual Decreto 27928/88
Hidrografica do Rio Manso
APE Estadual Bacia
Hidrografica do Corrego do APE Outros Estadual Decreto 22109/82
Taboao
APE Estadual Bacia
Hidrografica do Reservatorio APE Outros Estadual Decreto 20793/80
de Vargem das Flores
Uso Decreto 35624/94 e
APA Estadual Sul RMBH APA Estadual
Sustentável Decreto 37812/96
Decreto 36071/94 e
Parque Estadual da Serra do Proteção
PAR Estadual Decreto 44116/05 e
Rola Moca Integral
Decreto 45890/12
APE Estadual Bacia
Hidrografica do Sistema APE Outros Estadual Decreto 22110/82
Balsamo_Rola Moca
APE Estadual Bacia
Hidrografica do Ribeirao Serra APE Outros Estadual Decreto 20792/80
Azul
Decreto 21224/81 e
APE Estadual Ouro
APE Outros Estadual Decreto 21945/82 e
Preto/Mariana
Decreto 23043/83
APE Estadual Sub-bacia
Hidrografica do Ribeirao APE Outros Estadual Decreto 22092/82
Catarina
Monumento Natural Estadual Proteção
MONA Estadual Decreto 45472/10
da Serra da Moeda Integral
Monumento Natural Estadual Proteção
MONA Estadual Decreto 45471/10
Serra do Gamba Integral
Monumento Natural Estadual Proteção
MONA Estadual Lei 18348/09
Gruta Rei do Mato Integral
Floresta Estadual Sao Judas Uso
FLOE Estadual Decreto 41809/01
Tadeu Sustentável
Parque Estadual Serra do Proteção
PAR Estadual Decreto 45180/09
Ouro Branco Integral
APE Estadual Bacia
Hidrografica do Corrego APE Outros Estadual Decreto 22091/82
Barreiro
APE Estadual Bacia
Hidrografica do Ribeirao do APE Outros Estadual Decreto 21280/81
Urubu
APE Estadual Sub-bacia
Hidrografica do Corrego dos APE Outros Estadual Decreto 22327/82
Fechos
APA Estadual de Vargem das Uso Lei 16197/06 e Lei
APA Estadual
Flores Sustentável 21079/13
Floresta Nacional de Uso Portaria 248 de
FLONA Federal
Paraopeba Sustentável 18/07/2001
Uso
RPPN Inhotim RPPN Federal Portaria ICMBio 41/10
Sustentável
72
Nome Categoria Grupo Esfera Ato Legal
Uso Portoria IBAMA 108-
RPPN Sitio Grimpas RPPN Federal
Sustentável N/95
RPPN Sociedade Mineira de Uso
RPPN Estadual Portaria IEF 75/00
Cultura Nipo Brasileira Sustentável
Uso
RPPN Grota da Serra 03 RPPN Estadual Portaria IEF 71/2013
Sustentável
Uso
RPPN Grota da Serra 01 RPPN Estadual Portaria 70/2013
Sustentável
Uso
RPPN Olga Coelho Ulman RPPN Estadual Portaria IEF 82/01
Sustentável
Uso
RPPN Ville Casa Branca RPPN Estadual Portaria IEF 9/12
Sustentável
Uso
RPPN Vale Verde RPPN Estadual Portaria IEF 10/12
Sustentável
Uso
RPPN Jurema RPPN Estadual Portaria IEF 73/99
Sustentável
Uso
RPPN Riacho Fundo I e II RPPN Estadual Portaria IEF 6/12
Sustentável
RPPN Luiz Carlos Jurovsk Uso
RPPN Estadual Portaria IEF 17/08
Tamassia Sustentável
Uso
RPPN Herculano RPPN Estadual Portaria IEF 11/12
Sustentável
Uso Portaria IEF 125/03 e
RPPN Fazenda Bau RPPN Estadual
Sustentável Portaria IEF 34/12
Uso
RPPN Sao Francisco de Assis RPPN Estadual Portaria IEF 100/09
Sustentável
Uso IEF 03 de 05/01/07 e
RPPN Serra da Moeda RPPN Estadual
Sustentável 184 de 29/09/09.
Uso
RPPN Tambasa RPPN Estadual Portaria IEF 148/10
Sustentável
Uso
RPPN Vila Amanda RPPN Federal Portaria IBAMA 55/05
Sustentável
Portaria IBAMA 36/95
RPPN Fazenda Joao Pereira / Uso
RPPN Federal e Portaria IBAMA
Poco Fundo Sustentável
103/01
APA - Área de Proteção Ambiental / APE - Área de Proteção Especial / FLOE - Floresta Estadual
/ FLONA - Floresta Nacional / MONA - Monumento Natural / PAR - Parque / REBIO - Reserva
Biologica / RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural.
FONTE: IDE-SISEMA, 2018.
73
45°0'0"W 44°0'0"W
Unidades de
Conservação
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
P
!
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
RPPN UCs Estaduais P Principais Sedes Municipais
!
Uso Sustentavel Outros Limite Municipal
UCs Municipais Protecao Integral Hidrografia Principal
Outros Uso Sustentavel Limite SF3: Rio Paraopeba
Protecao Integral UCs Federais Municípios SF3: Rio Paraopeba
Uso Sustentavel Uso Sustentavel Reservatório
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
P
!
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
Remanescentes UCs Estaduais P Principais Sedes Municipais
!
RPPN Outros Limite Municipal
Uso Sustentavel Protecao Integral Hidrografia Principal
UCs Municipais Uso Sustentavel Limite SF3: Rio Paraopeba
Outros UCs Federais Municípios SF3: Rio Paraopeba
Protecao Integral Uso Sustentavel Reservatório
Uso Sustentavel
FONTE: MMA, 2008; SOSMA, 2013 e
IDE-Sisema, 2002.
Conforme ilustrado na Figura 3.6, pode-se verificar que em relação à situação original
do bioma, as áreas de preservação ambiental estão pouco conservadas. De uma área
total de 184.380 hectares de unidade de conservação, apenas 34.137 hectares se
mantém preservados, representando cerca de 19%.
76
45°0'0"W 44°0'0"W
Áreas Prioritárias
a Conservação
da Biodiversidade
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
P
!
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
Áreas Prioritárias P Principais Sedes Municipais
!
Alta Limite Municipal
Especial Hidrografia Principal
Extrema Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
78
lavouras temporárias), extração vegetal, silvicultura, produção animal e por fim
aquicultura;
Porte Agregado da Economia por meio do resultado agregado dos três setores
de atividades.
4.1.1.1. Agricultura
Lavoura Permanente:
79
Já quando se analisa o indicador médio da lavoura permanente para os últimos três
anos, (agregados em suas regiões), tem-se as seguintes situações (em mil reais): i) R$
3.767,94 para o Alto Paraopeba (maior valor relativo); ii) R$ 1.228,39 para o Médio
Paraopeba (menor valor relativo); e iii) R$ 1.391,14 para o Baixo Paraopeba. O valor
médio da bacia hidrográfica do rio Paraopeba é de R$ 2.151,55 (mil reais).
O Quadro 4.1 a seguir traz os valores da lavoura permanente para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
80
45°0'0"O 44°0'0"O
Produção da Lavoura
Permanente
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Valor da Produção (R$ mil) !
P Principais Sedes Municipais
0 - 107 Limite Municipal
108 - 422 Limite SF3: Rio Paraopeba
423 - 996 Municípios SF3: Rio Paraopeba
997 - 2.130
2.131 - 40.186 FONTE: PAM/IBGE, 2016.
A análise da área destinada à colheita (em hectares) das culturas permanentes e a
elaboração de suas classificações (Figura 4.2) considerou três conjuntos de dados,
quais sejam: i) valor médio dos últimos 3 anos (sendo o último dado disponível aquele
para o ano de 2016), ii) valor médio dos últimos 3 anos per capita (pela população de
2010), e iii) o crescimento percentual anualizado na última década no intervalo de 2007
a 2006.
O Quadro 4.2 abaixo traz os valores da área destinada à colheita das culturas
permanentes para o total da bacia hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
82
Quadro 4.2 - Valores da Área Destinada à Colheita das Culturas Permanentes
83
45°0'0"O 44°0'0"O
Área da Lavoura
Permanente
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Área Destinada a Colheita (ha) !
P Principais Sedes Municipais
0-6 Limite Municipal
7 - 22 Limite SF3: Rio Paraopeba
23 - 50 Municípios SF3: Rio Paraopeba
51 - 106 FONTE: PAM/IBGE, 2016.
107 - 1.824
Lavoura Temporária:
Já quando se analisa o indicador médio da lavoura temporária para os últimos três anos,
(agregados em suas regiões), tem-se as seguintes situações (em mil reais): i) R$
7.483,45 para o Alto Paraopeba; ii) R$ 3.638,29 para o Médio Paraopeba (menor valor
relativo); e iii) R$ 17.615,29 para o Baixo Paraopeba (maior valor relativo). O valor médio
da bacia hidrográfica do rio Paraopeba é de R$ 7.038,43.
O Quadro 4.3 abaixo traz os valores da lavoura temporária para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
85
Quadro 4.3 - Valores da Lavoura Temporária
86
45°0'0"O 44°0'0"O
Produção da Lavoura
Temporária
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Valor da Produção (R$ mil) !
P Principais Sedes Municipais
0 - 1.024 Limite Municipal
1.025 - 2.513 Limite SF3: Rio Paraopeba
2.514 - 4.632 Municípios SF3: Rio Paraopeba
4.633 - 8.103
8.104 - 102.470
FONTE: PAM/IBGE, 2016.
A análise da área destinada à colheita (em hectares) das culturas temporárias e a
elaboração de suas classificações (Figura 4.4) considerou quatro conjuntos de dados,
quais sejam: i) Área total destinada à colheita no último ano (2016), ii) valor médio dos
últimos 3 anos (sendo o último dado disponível aquele para o ano de 2016), iii) valor
médio dos últimos 3 anos per capita (pela população de 2010), e iv) o crescimento
percentual anualizado na última década no intervalo de 2007 a 2006.
O Quadro 4.4 abaixo traz os valores da área destinada à colheita das culturas
temporárias para o total da bacia hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
88
Quadro 4.4 - Valores da Área Destinada à Colheita das Culturas Temporárias
89
45°0'0"O 44°0'0"O
Área da Lavoura
Temporária
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Área Destinada a Colheita (ha) !
P Principais Sedes Municipais
0 - 189 Limite Municipal
190 - 338 Limite SF3: Rio Paraopeba
339 - 656 Municípios SF3: Rio Paraopeba
657 - 1.267
1.268 - 17.814
FONTE: PAM/IBGE, 2016.
4.1.1.2. Extração Vegetal
A análise do valor da produção da extração vegetal (dados em mil reais) e a elaboração
de suas classificações considerou quatro conjuntos de dados, quais sejam: i) Valor total
da produção no último ano (2016), ii) valor médio dos últimos três anos (sendo o último
dado disponível aquele para o ano de 2016), iii) valor médio dos últimos três anos per
capita (pela população de 2010), e iv) o crescimento percentual anualizado na última
década no intervalo de 2007 a 2016.
Já quando na análise do indicador médio da extração vegetal para os últimos três anos
(agregados em suas regiões), têm-se as seguintes situações (em mil reais): i) sem
produção para o Alto Paraopeba; ii) R$ 11,65 para o Médio Paraopeba (menor valor
relativo); e iii) R$ 234,33 para o Baixo Paraopeba (maior valor relativo).
O Quadro 4.5 traz os valores da extração vegetal da bacia hidrográfica do rio Paraopeba
para o total da bacia e também por cada uma de suas regiões.
91
4.1.1.3. Silvicultura
A análise do valor da produção da silvicultura (dados em mil reais) e a elaboração de
suas classificações (Figura 4.5) considerou três conjuntos de dados, quais sejam: i)
valor médio dos últimos três anos (sendo o último dado disponível aquele para o ano de
2016), ii) valor médio dos últimos três anos per capita (pela população de 2010), e iii) o
crescimento percentual anualizado na última década no intervalo de 2007 a 2016.
O Quadro 4.6 abaixo traz os valores da silvicultura para o total da bacia hidrográfica e
também por cada uma de suas regiões.
Crescimento
Valor total da Valor da produção
Valor médio percentual
produção no da Silvicultura
Região dos últimos 3 anualizado
último ano (dados em mil reais)
Fisiográfica anos per na última
(2016) (valor médio dos
capita década (de
(R$) últimos 3 anos)
2007 a 2016)
Alto Paraopeba 80.549.000,00 2.857,90 8,04 21,5%
Médio Paraopeba 6.718.000,00 379,24 0,21 5,8%
Baixo Paraopeba 224.741.000,00 29.849,00 173,98 6,5%
TOTAL 312.008.000,00 5.554,77 2,36 8,8%
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em PEV/IBGE (2007 a 2016).
92
45°0'0"O 44°0'0"O
Produção da Silvicultura
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Valor da Produção (R$ mil) !
P Principais Sedes Municipais
0 - 45 Limite Municipal
46 - 240 Limite SF3: Rio Paraopeba
241 - 916 Municípios SF3: Rio Paraopeba
917 - 3.021
FONTE: PEVS/IBGE, 2016.
3.022 - 110.950
4.1.1.4. Produção Animal
A análise do valor da produção de origem animal (dados em mil reais) e a elaboração
de suas classificações (Figura 4.6) considerou quatro conjuntos de dados, quais sejam:
i) valor total da produção animal no último ano (2016), ii) valor médio dos últimos três
anos (sendo o último dado disponível aquele para o ano de 2016), iii) valor médio dos
últimos três anos per capita (pela população de 2010), e iv) o crescimento percentual
anualizado na última década no intervalo de 2007 a 2016.
O Quadro 4.7 traz os valores da produção de origem animal para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
94
Quadro 4.7 - Produção de Origem Animal
95
45°0'0"O 44°0'0"O
Produção de Origem
Animal
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Valor da Produção (R$ mil) !
P Principais Sedes Municipais
351 - 3.414 Limite Municipal
3.415 - 5.094 Limite SF3: Rio Paraopeba
5.095 - 13.946 Municípios SF3: Rio Paraopeba
13.947 - 20.090
FONTE: PPM/IBGE, 2016.
20.091 - 142.861
Rebanhos:
A análise do tamanho dos rebanhos bovino, bubalino, equino, caprino, ovino, suíno,
galináceo e de codorna (em quantidade de animais) e a elaboração de suas
classificações (Figura 4.7) considerou quatro conjuntos de dados: i) valor total da
produção animal no último ano (2016), ii) valor médio dos últimos dois anos (sendo o
último dado disponível aquele para o ano de 2016), iii) valor médio dos últimos dois anos
per capita (pela população de 2010), e iv) o crescimento percentual anualizado na última
década no intervalo de 2007 a 2016.
Já quando se analisa o indicador médio do total de rebanhos para os últimos dois anos,
(agregados em suas regiões), tem-se as seguintes situações (em número de cabeças):
i) 54.643 para o Alto Paraopeba (menor valor relativo); ii) 824.571 para o Médio
Paraopeba (maior valor relativo); e iii) 184.128 para o Baixo Paraopeba. O valor médio
da bacia hidrográfica do rio Paraopeba é de 476.185 cabeças.
O Quadro 4.8 abaixo traz os valores do total de rebanhos para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
97
Quadro 4.8 - Total de Rebanhos para a Bacia do Rio Paraopeba
Total do Total de
Valor médio Crescimento
rebanho no rebanhos
Região dos últimos percentual na
último ano (valor médio
Fisiográfica 3 anos per última década
(2016) (N° de dos últimos 2
capita (de 2007 a 2016)
cabeças) anos)
Alto Paraopeba 1.380.619 54.643 0,15 13,9%
Médio Paraopeba 20.094.285 824.571 0,45 4,8%
Baixo Paraopeba 1.205.993 184.128 1,07 1,7%
TOTAL 22.680.897 476.185 0,20 5,0%
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em PPM/IBGE (2007 a 2016).
98
45°0'0"O 44°0'0"O
Produção de Rebanhos
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Total de Rebanhos (Cabeças) !
P Principais Sedes Municipais
1.042 - 13.105 Limite Municipal
13.106 - 33.568 Limite SF3: Rio Paraopeba
33.569 - 107.193 Municípios SF3: Rio Paraopeba
107.194 - 354.589
354.590 - 10.468.924 FONTE: PPM/IBGE, 2016.
Rebanhos típicos de produção extensiva (pastoreio):
Já quando se analisa o indicador médio do total de rebanhos para os últimos dois anos,
(agregados em suas regiões), tem-se as seguintes situações (em número de cabeças):
i) 11.584 para o Alto Paraopeba (menor valor relativo); ii) 14.076 para o Médio
Paraopeba; e iii) 49.433 para o Baixo Paraopeba (maior valor relativo). O valor médio
da bacia hidrográfica do rio Paraopeba é de 18.229 (em número de cabeças).
O Quadro 4.9 abaixo traz os valores do rebanho típico de pastoreio para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
100
Quadro 4.9 - Total de Rebanhos de Pastoreio para a Bacia do Rio Paraopeba
Total do Crescimento
Total de
rebanho de percentual
rebanhos de Valor médio
Região pastoreio no anualizado
pastoreio (valor dos últimos 3
Fisiográfica último ano na última
médio dos anos per capita
(2016) década (de
últimos 2 anos)
(N° de cabeças) 2007 a 2016)
Alto Paraopeba 206.732 11.584 0,03 2,9%
Médio Paraopeba 348.267 14.076 0,01 -0,2%
Baixo Paraopeba 351.010 49.433 0,29 -0,5%
TOTAL 906.009 18.229 0,01 0,3%
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em PPM/IBGE (2007 a 2016).
101
45°0'0"O 44°0'0"O
Produção de Rebanhos
de Pastoreio
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Total de Rebanhos (Cabeças) !
P Principais Sedes Municipais
352 - 3.851 Limite Municipal
3.852 - 9.506 Limite SF3: Rio Paraopeba
9.507 - 16.738 Municípios SF3: Rio Paraopeba
16.739 - 24.851
24.852 - 112.777 FONTE: PPM/IBGE, 2016.
Rebanhos típicos de produção intensiva (confinamento):
Já quando se analisa o indicador médio do total de rebanhos para os últimos dois anos,
(agregados em suas regiões), tem-se as seguintes situações (em número de cabeças):
i) 43.060 para o Alto Paraopeba (menor valor relativo); ii) 810.495 para o Médio
Paraopeba (maior valor relativo); e iii) 134.695 para o Baixo Paraopeba. O valor médio
da bacia hidrográfica do rio Paraopeba é de 457.957 (em número de cabeças).
O Quadro 4.10 abaixo traz os valores do rebanho típico de confinamento para o total da
bacia hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
103
Quadro 4.10 - Total de Rebanhos de Confinamento para a Bacia do Rio Paraopeba
Crescimento
Total de rebanhos
Total de rebanhos Valor médio percentual
de confinamento
Região de confinamento dos últimos anualizado na
no último ano
Fisiográfica (valor médio dos 3 anos per última década
(2016) (N° de
últimos 2 anos capita (de 2007 a
cabeças)
2016)
Alto Paraopeba 1.173.887 43.060 0,12 17,8%
Médio Paraopeba 19.746.018 810.495 0,44 4,9%
Baixo Paraopeba 854.983 134.695 0,79 2,7%
TOTAL 21.774.888 457.957 0,19 5,2%
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em PPM/IBGE (2007 a 2016).
104
45°0'0"O 44°0'0"O
Produção de Rebanhos
de Confinamento
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Total de Rebanhos (Cabeças) !
P Principais Sedes Municipais
0 - 5.381 Limite Municipal
5.382 - 13.100 Limite SF3: Rio Paraopeba
13.101 - 78.520 Municípios SF3: Rio Paraopeba
78.521 - 333.259
333.260 - 10.423.812 FONTE: PPM/IBGE, 2016.
4.1.1.5. Aquicultura
A análise do valor de produção da aquicultura (dados em mil reais) e a elaboração de
suas classificações (Figura 4.10) considerou dois conjuntos de dados, quais sejam: i)
valor total da produção da aquicultura no último ano – 2016, i) valor médio da produção
dos dois últimos anos, iii) valor médio da produção dos últimos dois anos per capita (pela
população de 2010), e iv) o crescimento percentual anualizado no intervalo de 2013 a
2016. Não se pode repetir para a atividade de aquicultura a mesma análise comparativa
do ritmo de evolução nos últimos dez anos devido ao início recente de coleta desta
informação. Não obstante, os valores encontrados revelam que a atividade, apesar de
nascente, é bastante bem significativa nos municípios onde ocorre.
O Quadro 4.11 abaixo traz os valores da atividade de aquicultura para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
106
Quadro 4.11. Valores da Atividade de Aquicultura
107
45°0'0"O 44°0'0"O
Produção da
Aquicultura
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Município Valor (R$ mil) Convenções Cartográficas
Mateus Leme 2,0
Valor da Produção (R$ mil) Itaverava 4,0 P Principais Sedes Municipais
!
2 - 15 Pequi 15,0 Limite Municipal
Sete Lagoas 18,0
16 - 33 Rio Manso 26,0 Limite SF3: Rio Paraopeba
34 - 112 Contagem 33,0 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Maravilhas 47,0
113 - 185 Paraopeba 57,0
Inhaúma 112,0
186 - 1.752 Brumadinho 123,0
0 Resende Costa 185,0
Felixlândia 1182,0
Itaúna 1752,0 FONTE: PPM/IBGE, 2016.
4.1.2. Setor Secundário
Para as considerações do setor secundário (indústrias), fez-se uso dos seguintes dados:
109
Por fim, quando se analisa o número de unidades locais por 10 mil habitantes, tem-se a
seguinte situação da importância relativa em cada uma das regiões: i) 20,41 para o Alto
Paraopeba; ii) 39,68 para o Médio Paraopeba (maior valor); e iii) 12,65 para o Baixo São
Paraopeba (menor valor).
O Quadro 4.12 traz os valores do número de unidades locais para o total da Bacia
Hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
110
45°0'0"W 44°0'0"W
Número de Unidades
Locais
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Município N° de Indústrias Convenções Cartográficas
Unidades Locais Congonhas 140 P Principais Sedes Municipais
!
140 - 217 Esmeraldas 202 Limite Municipal
Curvelo 217
218 - 349 Limite SF3: Rio Paraopeba
Ouro Preto 237
350 - 514 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Conselheiro Lafaiete 349
515 - 1017 Ibirité 420
1018 - 3060 Pará de Minas 514
0 Itaúna 624
Sete Lagoas 1017
Betim 1392
Contagem 3060 FONTE: CCE/IBGE, 2016.
Atividades minerárias:
Quando se analisa o indicador relativo, lavras por 10 mil habitantes, tem-se a seguinte
situação em cada uma das regiões: i) 7,42 para o Alto Paraopeba; ii) 3,23 para o Médio
Paraopeba (menor valor); e iii) 9,15 para o Baixo Paraopeba (maior valor).
O Quadro 4.13 traz os valores das lavras para o total da bacia hidrográfica e também
por cada uma de suas regiões.
Quadro 4.13 - Valores das Lavras para a Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba
Mineração, considerando os
quantitativos das categorias de: i)
Lavras por 10 mil
Região Fisiográfica concessão de lavra; ii) requerimento de
habitantes
lavra; iii) requerimento de
licenciamento; e iv) licenciamento
112
45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Número de Lavras !
P Principais Sedes Municipais
1-6 Limite Municipal
7 - 10 Limite SF3: Rio Paraopeba
11 - 18 Municípios SF3: Rio Paraopeba
19 - 37
38 - 112 FONTE: ANM, 2016.
Compensação Financeira de Recursos Minerais - CFEM
Quando se analisam as receitas tributárias com o CFEM por 10 mil habitantes, tem-se
a seguinte situação da importância relativa em cada uma das regiões: i) R$ 3.331.078,02
para o Alto Paraopeba (maior valor); ii) R$ 313.691,05 para o Médio Paraopeba; iii) R$
30.280,84 para o Baixo Paraopeba (menor valor).
114
45°0'0"O 44°0'0"O
Valores do CFEM
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Valor da Compensação (R$ mil) !
P Principais Sedes Municipais
0,00 Limite Municipal
0,01 - 9.230,52 Limite SF3: Rio Paraopeba
9.230,52 - 98.727,96 Municípios SF3: Rio Paraopeba
98.727,96 - 331.485,48
331.485,48 - 52.149.125,09 FONTE: DNPM, 2016.
4.1.2.2. Indústrias de eletricidade, gás, água, esgoto, atividades de gestão de
resíduos e descontaminação
A análise do número de unidades locais de indústrias de eletricidade e gás, água,
esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação e a elaboração de suas
classificações (Figura 4.14) considerou três conjuntos de dados, quais sejam: i) número
de unidades locais (sendo o último dado disponível aquele para o ano de 2015), ii)
pessoal ocupado total (também para 2015), e iii) o número de unidades locais por 10 mil
habitantes (indicador relativo intra-município).
Por fim, quando se analisa o número de unidades locais por 10 mil habitantes, tem-se a
seguinte situação da importância relativa em cada uma das regiões: i) 0,53 para o Alto
Paraopeba; ii) 0,91 para o Médio Paraopeba (maior valor); e iii) 0,12 para o Baixo
Paraopeba (menor valor).
O Quadro 4.15 traz os valores do número de unidades locais para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
116
Quadro 4.15 - Número de Unidades Locais
Número de unidades locais de
indústrias de eletricidade e gás,
Pessoal total Por 10 mil
Região Fisiográfica água, esgoto, atividades de
ocupado (2015) habitantes
gestão de resíduos e
descontaminação (2015)
Alto Paraopeba 19 64 0,53
Médio Paraopeba 166 3.511 0,91
Baixo Paraopeba 2 0 0,12
TOTAL 187 3.575 0,80
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em CCE/IBGE (2015).
117
45°0'0"O 44°0'0"O
Número de Unidades
Locais
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Município N° de Indústrias Convenções Cartográficas
Unidades Locais Curvelo 2 !
P Principais Sedes Municipais
Congonhas 4
2-7 Limite Municipal
Esmeraldas 7
8-9 Limite SF3: Rio Paraopeba
Ouro Preto 7
10 - 17 Conselheiro Lafaiete 8 Municípios SF3: Rio Paraopeba
18 - 35 Pará de Minas 8
36 - 64 Ibirité 10
0 Itaúna 17
Sete Lagoas 25
Betim 35
Contagem 64 FONTE: CCE/IBGE, 2016.
4.1.3. Setor Terciário
Para as considerações do setor terciário (serviços), fez-se uso dos seguintes dados:
119
Por fim, quando se analisa o número de unidades locais por 10 mil habitantes, tem-se a
seguinte situação da importância relativa em cada uma das regiões: i) 33,77 para o Alto
Paraopeba (maior valor); ii) 31,58 para o Médio Paraopeba; e iii) 16,32 para o Baixo
Paraopeba (menor valor).
O Quadro 4.16 traz os valores do número de unidades locais para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões, notando-se que o dado de
unidades locais e pessoal ocupado é obtido ao nível de detalhamento do município
somente para aqueles com população superior a 50 mil habitantes.
120
45°0'0"O 44°0'0"O
Número de Unidades
Locais
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Município N° de Empresas Convenções Cartográficas
Número de Empresas Esmeraldas 2 !
P Principais Sedes Municipais
97 - 280 Betim 4
Limite Municipal
Conselheiro Lafaiete 4
281 - 375 Limite SF3: Rio Paraopeba
Ibirité 4
376 - 409 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Pará de Minas 4
410 - 899 Congonhas 5
900 - 2.417 Itaúna 5
0 Ouro Preto 5
Sete Lagoas 5
Curvelo 9
Contagem 10 FONTE: CCE/IBGE, 2016.
4.1.3.2. Número de empresas do setor terciário de administração pública, defesa
e seguridade social
A análise do número de empresas do setor terciário de administração pública, defesa e
seguridade social e a elaboração de suas classificações (Figura 4.16) considerou três
conjuntos de dados, quais sejam: i) número de unidades locais (sendo o último dado
disponível aquele para o ano de 2015), ii) pessoal ocupado total (dado de 2015), e iii) o
número de unidades locais por 10 mil habitantes (indicador relativo intra-município).
Por fim, quando se analisa o número de unidades locais por 10 mil habitantes, tem-se a
seguinte situação da importância relativa em cada uma das regiões: i) 0,39 para o Alto
Paraopeba; ii) 0,16 para o Médio Paraopeba (menor valor); e iii) 0,52 para o Baixo
Paraopeba (maior valor).
O Quadro 4.17 traz os valores do número de unidades locais para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões, notando-se que o dado de
unidades locais e pessoal ocupado é obtido ao nível de detalhamento do município
somente para aqueles com população superior a 50 mil habitantes.
122
Quadro 4.17 - Número de Unidades Locais
Número de empresas
do setor terciário de Número de
Pessoas ocupadas
Região Fisiográfica administração pública, unidades locais por
(2015)
defesa e seguridade 10 mil habitantes
social
Alto Paraopeba 14 8.678 0,39
Médio Paraopeba 29 44.066 0,16
Baixo Paraopeba 9 1.717 0,52
TOTAL 57 54.461 0,24
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em CCE/IBGE (2015).
123
45°0'0"O 44°0'0"O
Número de Unidades
Locais
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Município N° de Empresas Convenções Cartográficas
Número de Empresas Esmeraldas 2 !
P Principais Sedes Municipais
2 Betim 4 Limite Municipal
Conselheiro Lafaiete 4
3-4 Limite SF3: Rio Paraopeba
Ibirité 4
5 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Pará de Minas 4
6-9 Congonhas 5
10 Itaúna 5
0 Ouro Preto 5
Sete Lagoas 5
Curvelo 9
Contagem 10 FONTE: CCE/IBGE, 2016.
4.1.3.3. Empresas de Educação, Saúde e Correlatos:
A análise do número de empresas de educação, saúde humana, serviços sociais, artes,
cultura, esporte e recreação e a elaboração de suas classificações (Figura 4.17)
considerou três conjuntos de dados, quais sejam: i) número de unidades locais (sendo
o último dado disponível aquele para o ano de 2015), ii) pessoal ocupado total (também
de 2015), e iii) o número de unidades locais por 10 mil habitantes (indicador relativo
intra-município).
Por fim, quando se analisa o número de unidades locais por 10 mil habitantes, tem-se a
seguinte situação da importância relativa em cada uma das regiões: i) 17,27 para o Alto
Paraopeba (maior valor); ii) 15,89 para o Médio Paraopeba (menor valor); e iii) 16,85
para o Baixo Paraopeba.
O Quadro 4.18 traz os valores do número de unidades locais para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões, notando-se que o dado de
unidades locais e pessoal ocupado é obtido ao nível de detalhamento do município
somente para aqueles com população superior a 50 mil habitantes.
125
Quadro 4.18 - Número de Unidades Locais
Número de empresas
de educação, saúde Número de unidades
Pessoal ocupado
Região Fisiográfica humana, serviços locais por 10 mil
total
sociais, artes, cultura, habitantes
esporte e recreação
Alto Paraopeba 690 7.744 19,40
Médio Paraopeba 2.894 28.047 15,89
Baixo Paraopeba 208 1.809 12,12
TOTAL 3.792 37.600 16,14
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em CCE/IBGE (2015).
126
45°0'0"O 44°0'0"O
Número de Unidades
Locais
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Município N° de Empresas Convenções Cartográficas
Número de Empresas Esmeraldas 70 !
P Principais Sedes Municipais
70 - 117 Ibirité 109
Limite Municipal
Congonhas 117
118 - 201 Limite SF3: Rio Paraopeba
Ouro Preto 197
202 - 235 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Pará de Minas 201
236 - 542 Curvelo 208
543 - 1.127 Itaúna 235
0 Conselheiro Lafaiete 376
Sete Lagoas 542
Betim 610
Contagem 1127 FONTE: CCE/IBGE, 2016.
4.1.4. Portes Econômicos
128
O Quadro 4.19 abaixo traz os valores de PIB para o total da bacia hidrográfica e também
por cada uma de suas regiões.
129
45°0'0"O 44°0'0"O
Valores do PIB
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Valores (R$ mil) !
P Principais Sedes Municipais
23.774 - 60.645 Limite Municipal
60.646 - 113.453 Limite SF3: Rio Paraopeba
113.454 - 505.878 Municípios SF3: Rio Paraopeba
505.879 - 1.723.765
1.723.766 - 21.784.581
131
Considerando-se o número de empresas do setor secundário e terciário (indústria de
bebidas, têxtil, metalurgia, de produção de ferro-gusa, de empresas de comércio e
manutenção de veículos automotivos e de turismo) da bacia hidrográfica do rio
Paraopeba, tem-se 25.939 unidades locais. A região que mais detém número de
unidades locais é a do Médio Paraopeba, com um valor de 19.185. O quantitativo
representa 74,0% do total da bacia, dos quais 98,3% das unidades locais pertencem ao
setor terciário e apenas 1,7% ao setor secundário. A região do Alto Paraopeba aparece
na sequência com 4.553 unidades locais, representando 17,6% do total da bacia, dos
quais 97,6% das unidades locais pertencem ao setor terciário e apenas 2,4% ao setor
secundário. Por outro lado, a região menos expressiva no item é a do Baixo Paraopeba,
com um número de 2.201 unidades locais, o que representa 8,4% do total da bacia, dos
quais 98,9% das unidades locais pertencem ao setor terciário e apenas 1,1% ao setor
secundário.
O Quadro 4.21 traz os valores do número de unidades locais para o total da bacia
hidrográfica e também por cada uma de suas regiões.
Comércio e Manutenção
Terciário 4.417 21.088
de Veículos
Turismo Terciário 26 60
132
Região Setor Número de Pessoal
Setor Produtivo
Fisiográfica Econômico Unidades Locais Ocupado
Comércio e Manutenção
Terciário 18.773 138.722
de Veículos
Comércio e Manutenção
Terciário 2.169 10.735
de Veículos
Turismo Terciário 7 15
Para a análise dos fluxos produtivos e as malhas de transporte foram realizadas análises
dos volumes de combustível comercializados por município. Em termos de dados
equivalentes aos demais, apenas os de comercialização de combustíveis seguem o
padrão metodológico de padronização com escalas.
• Comercialização de diesel; e
133
último ano per capita (pela população de 2010), e iii) o crescimento percentual
anualizado no intervalo de 2007 a 2015.
O dado, que não é utilizado usualmente para análises regionais, traz consigo uma boa
relação com a localização e intensidade das conexões logísticas, sendo assim na Figura
4.19 ele é sobreposto à malha viária nacional. Uma vez que o diesel é o combustível
que move as cargas nacionais, salvo pelo modal aéreo, trata-se de uma aproximação
bastante interessante.
134
Quadro 4.22 - Comercialização de Diesel
Crescimento
Comercialização de Valor do último
percentual anualizado
Região diesel (valor do último ano per capita
no período de 2007 a
ano m³) (m³)
2015
Alto Paraopeba 211.926,63 0,596 -6,45%
Médio Paraopeba 914.725,23 0,502 2,14%
Baixo Paraopeba 157.456,34 0,918 8,70%
TOTAL 1.284.108,20 0,547 0,70%
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em com base em ANP (2015).
135
45°0'0"O 44°0'0"O
Volume Total
Comercializado de Diesel
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Volume (m³) !
P Principais Sedes Municipais
125.000 - 590.000 Limite Municipal
590.001 - 2.320.000 Limite SF3: Rio Paraopeba
2.320.001 - 9.875.000 Municípios SF3: Rio Paraopeba
9.875.001 - 30.522.785
30.522.786 - 407.798.650
FONTE: ANP, 2015.
A análise da comercialização de gasolina e etanol (em metros cúbicos) e a elaboração
de suas classificações (Figura 4.20) considerou três conjuntos de dados, quais sejam:
i) valor do último ano (sendo o último dado disponível aquele para o ano de 2015), ii)
valor do último ano per capita (pela população de 2010), e iii) o crescimento percentual
anualizado no intervalo de 2007 a 2015.
Crescimento
Comercialização de
percentual
gasolina e etanol Valor do último
Região anualizado no
(valor do último ano ano per capita (m³)
período de 2007 a
em m³)
2015
Alto Paraopeba 122.616,48 0,345 8,19%
Médio Paraopeba 642.320,00 0,353 7,00%
Baixo Paraopeba 60.313,09 0,352 8,73%
TOTAL 825.249,56 0,351 7,29%
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em com base em ANP (2015).
137
45°0'0"O 44°0'0"O
Volume Total
Comercializado de
Gasolina e Etanol
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Volume (m³) !
P Principais Sedes Municipais
205.000 - 965.000 Limite Municipal
965.001 - 2.763.000 Limite SF3: Rio Paraopeba
2.763.001 - 7.232.500 Municípios SF3: Rio Paraopeba
7.232.501 - 18.970.080
18.970.081 - 316.360.466 FONTE: ANP, 2015.
4.2. Dinâmica demográfica
139
censo demográfico de 2010). Em complemento, apresenta-se a quantidade de
mulheres de 10 a 29 anos na população total, informação relativa que demonstra
o potencial de natalidade para os próximos períodos.
140
Quadro 4.24 - Quantidade de Habitantes Totais, Rurais e Urbanos
141
45°0'0"O 44°0'0"O
População por
Município
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Número de Pessoas P Principais Sedes Municipais
!
1861 - 4757 Limite Municipal
4758 - 7536 Limite SF3: Rio Paraopeba
7537 - 22563 Municípios SF3: Rio Paraopeba
22564 - 60271
60272 - 603442 FONTE: Censo/IBGE , 2010.
4.2.2. Crescimento Populacional
Por fim, quando se analisa o crescimento percentual anualizado na última década dos
habitantes totais da bacia hidrográfica do rio Paraopeba, tem-se a seguinte situação em
cada uma das regiões: i) crescimento de 1,28% para o Alto Paraopeba (menor
evolução); ii) crescimento de 1,84% para o Médio Paraopeba (maior crescimento); e iii)
crescimento de 1,37% para o Baixo Paraopeba.
143
Quadro 4.25 - Grau de Urbanismo e Taxas Anualizadas de Crescimento da População
Urbana
Por fim, quando se analisa o crescimento percentual anualizado na última década dos
habitantes totais da bacia hidrográfica do rio Paraopeba, tem-se a seguinte situação em
cada uma das regiões: i) decréscimo de 0,70% para o Alto Paraopeba; ii) decréscimo
de 2,56% para o Médio Paraopeba (maior decréscimo); e iii) decréscimo de 0,63% para
o Baixo Paraopeba (menor decréscimo).
144
Quadro 4.26 - Taxas de Crescimento Anualizadas
Por fim, quando se analisa o crescimento percentual anualizado na última década dos
habitantes totais da bacia hidrográfica do rio Paraopeba, tem-se a seguinte situação em
cada uma das regiões: i) crescimento de 0,96% para o Alto Paraopeba (menor
evolução); ii) crescimento de 1,65% para o Médio Paraopeba (maior crescimento); e iii)
crescimento de 1,08% para o Baixo Paraopeba.
O Quadro 4.27 traz as taxas de crescimento anualizadas para cada um dos recortes
temporais analisados, tanto para o total da bacia hidrográfica como também por cada
uma de suas regiões.
A Figura 4.22 mostra o ritmo de crescimento da população total para os três períodos
analisados, considerando crescimento acima ou abaixo da média.
145
45°0'0"O 44°0'0"O
Taxas de Crescimento
2000 - 2010
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Taxa de Crescimento (%) P Principais Sedes Municipais
!
-1,23 - 0,48 Limite Municipal
0,49 - 0,99 Limite SF3: Rio Paraopeba
1,00 - 1,40 Municípios SF3: Rio Paraopeba
1,41 - 1,79
1,80 - 4,10 FONTE: Censo/IBGE , 2010.
4.2.3. Modificação em Parâmetro de Fecundidade
Por fim, quando se analisa o indicador relativo da razão de filhos por mulheres de 30 a
49 anos de cada município (agregados em suas regiões), tem-se as seguintes
situações: i) 0,82 de filhos por mulher para o Alto Paraopeba; ii) 0,82 de filhos por mulher
para o Médio Paraopeba; e iii) o valor de 0,83 de filhos por mulher para o Baixo
Paraopeba (maior valor relativo).
147
de cada município (agregados em suas regiões), tem-se as seguintes situações: i)
17,43% de habitantes totais para o Alto Paraopeba (menor valor relativo); ii) 18,17% de
habitantes totais para o Médio Paraopeba (maior valor relativo); e iii) o valor de 18,06%
de habitantes totais para o Baixo Paraopeba.
Por fim, quando se analisa o indicador relativo da razão de filhos por mulheres de 30 a
49 anos de cada município (agregados em suas regiões), tem-se as seguintes
situações: i) 0,81 de filhos por mulher para o Alto Paraopeba (menor valor relativo); ii)
0,82 de filhos por mulher para o Médio Paraopeba; e iii) o valor de 0,83 de filhos por
mulher para o Baixo Paraopeba (maior valor relativo).
148
Já quando se analisa o indicador relativo da razão de filhos por mulheres de 15 a 29
anos de cada município (agregados em suas regiões), tem-se as seguintes situações:
i) 0,32 de filhos por mulher para o Alto Paraopeba (menor valor relativo); ii) 0,38 de filhos
por mulher para o Médio Paraopeba; e iii) o valor de 0,48 de filhos por mulher para o
Baixo Paraopeba (maior valor relativo).
Por fim, quando se analisa o indicador relativo da razão de filhos por mulheres de 30 a
49 anos de cada município (agregados em suas regiões), tem-se as seguintes
situações: i) 0,86 de filhos por mulher para o Alto Paraopeba (maior valor relativo); ii)
0,84 de filhos por mulher para o Médio Paraopeba; e iii) o valor de 0,80 de filhos por
mulher para o Baixo Paraopeba (menor valor relativo).
Na leitura das condições gerais de vida, antes de se julgar o que é ou não uma condição
ideal ou antes de se construir um indicador relativo de como estão estas situações pelo
território, parte-se da definição de vulnerabilidade social e de como dela sair. De acordo
com Katzman (1999), as situações de vulnerabilidade social devem ser analisadas a
partir da existência ou não de ativos disponíveis e capazes de enfrentar determinadas
149
situações de risco. Logo, a vulnerabilidade refere-se à maior ou menor capacidade de
controlar as forças que afetam as condições de vida e assim o bem-estar de uma
população. Dessa forma, tem-se uma leitura ativa do que está ou não de posse de uma
determinada população que a permita aproveitar oportunidades e superar condições
inadequadas às suas próprias realidades, independentemente de serem afetas ao
próprio estado, ao mercado ou à sociedade em geral.
150
O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, indicador utilizado no âmbito internacional
e também pelo Governo Brasileiro para demais estudos e avaliações. É classificado
entre zero e um, indicando o grau composto de desenvolvimento.
Uma das formas de se retratar as condições de vida é por meio da análise do Índice de
Desenvolvimento Humano - IDH, em seu cálculo por município. Segundo o Atlas do
Desenvolvimento Humano no Brasil (2013), o Índice de Desenvolvimento Humano é
uma medida composta de indicadores de saúde, educação e renda. Já o IDHM - Índice
de Desenvolvimento Humano Municipal ajusta o IDH para a realidade dos municípios e
regiões metropolitanas e reflete as especificidades e desafios regionais no alcance do
desenvolvimento humano no Brasil. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais
próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
Variação
IDHM - Geral IDHM - Geral
Região anualizada entre
2000 2010
2000 e 2010
Trata-se de uma conquista importante haja vista que o índice vinha de patamares
bastante baixos em 2000. Trata-se, no entanto, de "colher a fruta mais baixa", ou seja,
uma vez que a situação é muito ruim, poucas modificações em serviços públicos ou
ainda pouca melhoria em condições de saúde já elevam o indicador de forma
151
expressiva. Após as primeiras conquistas, no entanto, a tendência é que as próximas
sejam mais difíceis de serem realizadas.
152
45°0'0"O 44°0'0"O
Índice de
Desenvolvimento
Humano (IDH)
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
IDH P Principais Sedes Municipais
!
0,626 - 0,655 Limite Municipal
0,656 - 0,677 Limite SF3: Rio Paraopeba
0,678 - 0,704 Municípios SF3: Rio Paraopeba
0,705 - 0,741
0,742 - 0,764 FONTE: PNUD, 2010.
4.3.2. Condições de Educação
Por fim, quando se analisa o indicador relativo da população rural de 10 anos ou mais
sem instrução e fundamental incompleto de cada município (agregados em suas
regiões), tem-se as seguintes situações (i) 66,0% de pessoas sem
instrução/fundamental incompleto para o Alto Paraopeba (maior valor relativo); (ii)
61,8% de pessoas sem instrução/fundamental incompleto para o Médio Paraopeba
(menor valor relativo); e (iii) 63,3% de pessoas sem instrução/fundamental incompleto
para o Baixo Paraopeba.
O Quadro 4.32 abaixo traz os indicadores de educação para a bacia hidrográfica do rio
Paraopeba e para suas três regiões, juntamente com suas classificações na Figura 4.24.
154
Quadro 4.32 - Indicadores de Educação
Razão da população Razão da população
Razão da população
total (urbana e rural) rural com 10 anos
urbana com 10 anos ou
com 10 anos ou ou mais que não
mais que não tem
Região mais que não tem tem instrução ou
instrução ou tem
instrução ou tem tem ensino
ensino fundamental
ensino fundamental fundamental
incompleto
incompleto incompleto
Alto Paraopeba 44,5% 40,7% 66,0%
Médio Paraopeba 41,6% 40,9% 61,8%
Baixo Paraopeba 49,9% 47,8% 63,3%
TOTAL 42,7% 41,3% 63,7%
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em Censo/IBGE (2010).
155
45°0'0"O 44°0'0"O
Razão da População
Sem Instrução
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Razão da População (%) P Principais Sedes Municipais
!
37,05 - 43,04 Limite Municipal
43,05 - 49,59 Limite SF3: Rio Paraopeba
49,60 - 54,46 Municípios SF3: Rio Paraopeba
54,47 - 58,99
59,00 - 67,79
157
45°0'0"W 44°0'0"W
Taxas de Analfabetismo
em 2010
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
Taxa de Analfabetismo (%) P Principais Sedes Municipais
!
3,54 - 4,95 Limite Municipal
4,96 - 6,38 Limite SF3: Rio Paraopeba
6,39 - 8,12 Municípios SF3: Rio Paraopeba
8,13 - 9,28
9,29 - 15,56
FONTE: PNUD, 2010.
4.3.2.3. Índice de Desenvolvimento Humano - Educação
O IDH - Educação acompanha os anos médios de estudo e os anos esperados de
escolaridade, graduados entre zero (pior) e um (melhor).
Por fim, quando se analisa a evolução do IDHM - Educação entre os anos de 2000 e
2010, em suas variações percentuais anualizados, tem-se a seguinte situação em cada
uma das regiões: i) crescimento de 2,41% para o Alto Paraopeba (menor evolução); ii)
crescimento de 3,77% para o Médio Paraopeba (maior crescimento); iii) crescimento de
3,40% para o Baixo Paraopeba.
159
45°0'0"W 44°0'0"W
IDH-M - Educação
em 2010
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
IDH Educação P Principais Sedes Municipais
!
0,453 - 0,536 Limite Municipal
0,537 - 0,564 Limite SF3: Rio Paraopeba
0,565 - 0,617 Municípios SF3: Rio Paraopeba
0,618 - 0,665
0,666 - 0,707
Por fim, quando se analisa o indicador relativo do percentual da população rural com
rendimento de até 1 salário mínimo de cada município (agregados em suas regiões),
tem-se as seguintes situações: i) 36,7% de pessoas de baixa renda para o Alto
Paraopeba (maior valor relativo); ii) 31,1% para o Médio Paraopeba (menor valor
relativo); e iii) 37,1% de pessoas de baixa renda para o Baixo Paraopeba.
O Quadro 4.35 abaixo traz os indicadores da razão da população que tem rendimento
de até um salário mínimo em relação ao total de pessoas com rendimentos, tanto para
a bacia hidrográfica do rio Paraopeba (agregado pela ponderação da quantidade de
municípios) como para suas regiões três regiões.
Quadro 4.35 - Indicadores da Razão da População que tem Rendimento de até um Salário
Mínimo em Relação ao Total de Pessoas com Rendimentos
População População População
total com urbana com rural com
% da % da % da
rendimento rendimento rendimento
Região população população população
de até 1 de até 1 de até 1
total urbana rural
salário salário salário
mínimo mínimo mínimo
Alto
91.319 25,7% 71.752 23,7% 19.567 36,7%
Paraopeba
Médio
404.475 22,2% 385.466 21,9% 19.009 31,1%
Paraopeba
Baixo
57.513 33,5% 49.098 33,0% 8.415 37,1%
Paraopeba
161
4.3.3.2. Desigualdade
O coeficiente de GINI, expresso em números de 0 (zero) e 1 (um), indica a distribuição
do indicador analisado entre a população, tal como uma curva de permanência. No caso
do indicador ora analisado, o coeficiente de GINI para a distribuição da renda, o "zero"
corresponderia à completa igualdade (toda a população recebe o mesmo rendimento),
enquanto no extremo oposto o "um" corresponderia à completa desigualdade, onde
apenas uma pessoa receberia toda a renda daquele município.
Por fim, quando se analisa a alteração no coeficiente de GINI para a renda entre 2000
e 2010, tem-se a seguinte situação em cada uma das regiões fisiográficas: i) decréscimo
de 0,85% para o Alto Paraopeba (menor evolução); ii) decréscimo de 0,96% para o
Médio Paraopeba; e iii) decréscimo de 1,91% para o Baixo Paraopeba (maior
crescimento).
O Quadro 4.36 abaixo apresenta o indicador para o total da Bacia Hidrográfica do rio
Paraopeba e regiões fisiográficas, ponderado pela quantidade de municípios. Já a
Figura 4.27 apresenta o índice de GINI para o ano de 2010 por município.
162
45°0'0"O 44°0'0"O
Coeficiente de GINI
em 2010
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Coeficiente GINI P Principais Sedes Municipais
!
0,396 - 0,436 Limite Municipal
0,437 - 0,464 Limite SF3: Rio Paraopeba
0,465 - 0,486 Municípios SF3: Rio Paraopeba
0,487 - 0,505
0,506 - 0,572
O Quadro 4.37 apresenta o indicador para o total da bacia hidrográfica do rio Paraopeba
e pelas três regiões que o compõe, ponderado pela quantidade de municípios.
164
Quadro 4.37 - Indicador para o Total da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba
Crescimento
Empregados - Empregados -
% em % em do grau de
com carteira com carteira de
relação à relação à formalização
Região de trabalho trabalho
população população dos ocupados
assinada em assinada em
total 2000 total 2010 entre 2010 e
2000 2010
2000
Alto
53.731 20,9% 91.290 25,7% 5,44%
Paraopeba
Médio
327.672 21,2% 559.473 30,7% 5,50%
Paraopeba
Baixo
25.904 11,8% 39.182 22,8% 4,23%
Paraopeba
TOTAL 407.307 20,1% 689.945 29,4% 5,41%
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em Censo/IBGE (2010).
165
45°0'0"W 44°0'0"W
Número de Empregados
com Carteira Assinada
em 2010
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
Número de Empregados P Principais Sedes Municipais
!
255 - 822 Limite Municipal
823 - 1.607 Limite SF3: Rio Paraopeba
1.608 - 5.803 Municípios SF3: Rio Paraopeba
5.804 - 15.417
15.418 - 196.261 FONTE: Censo/IBGE, 2010.
4.3.3.4. Índice de Desenvolvimento Humano - Renda
O Índice de Desenvolvimento Humano - IDH considera o valor do PIB per capita.
Quando se analisa o indicador do IDHM - Educação para o ano de 2010 de cada
município (agregado em suas regiões ponderado pela quantidade de municípios) tem-
se as seguintes situações: i) 0,735 para o Alto Paraopeba (menor valor relativo); ii) 0,750
para o Médio Paraopeba (maior valor relativo); iii) o valor de 0,739 para o Baixo
Paraopeba.
Por fim, quando se analisa a evolução do IDHM - Educação entre os anos de 2000 e
2010, em suas variações percentuais anualizados, tem-se a seguinte situação em cada
uma das regiões: i) crescimento de 1,25% para o Alto Paraopeba; ii) crescimento de
1,29% para o Médio Paraopeba (maior crescimento); iii) crescimento de 0,66% para o
Baixo Paraopeba (menor evolução).
Variação
IDHM - Renda IDHM - Renda
Região anualizada entre
2000 2010
2000 e 2010
167
45°0'0"O 44°0'0"O
IDH-M - Renda
em 2010
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
IDH Renda P Principais Sedes Municipais
!
0,607 - 0,651 Limite Municipal
0,652 - 0,672 Limite SF3: Rio Paraopeba
0,673 - 0,686 Municípios SF3: Rio Paraopeba
0,687 - 0,721
0,722 - 0,761 FONTE: PNUD, 2010.
5. INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
169
Quadro 5.1 - Índice de Atendimento de Água e Tipo de Captação
Índice de Atendimento de
Município Tipo de Captação**
Água Urbano (%)
170
Índice de Atendimento de
Município Tipo de Captação**
Água Urbano (%)
Apesar da situação geral ser boa, quatro municípios apresentam índices de atendimento
urbano abaixo de 85%, são eles: Felixlândia, Juatuba, Mateus Leme, Moeda e São
Joaquim de Bicas.
Chama a atenção o município de Sete Lagoas, o qual possui cerca de 210.000 mil
habitantes e possui seu atendimento essencialmente por poços subterrâneos, o que
determina certa vulnerabilidade ao sistema.
Em análise aos dados do SNIS (2016) verificou-se que 67% dos municípios da bacia do
rio Paraopeba são atendidos pela concessionária estadual (COPASA). A Figura 5.1
apresenta a relação dos municípios de acordo com a natureza da concessionária.
A partir dos dados coletados pelo Atlas do Abastecimento Urbano de Água, elaborado
pela ANA, foi possível identificar o tipo de manancial utilizado para captação da água
dos municípios, Figura 5.2, bem como os mananciais dos 36 municípios que utilizam
como fonte de captação superficial. O Quadro 5.2 a seguir apresenta essas
informações.
171
Quadro 5.2 - Relação de Mananciais Superficiais
172
Município Manancial Vazão captada (L/s)
173
Município Manancial Vazão captada (L/s)
174
45°0'0"O 44°0'0"O
Índice de Abastecimento
de Água
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Índice de Atendimento (%) !
P Principais Sedes Municipais
até 30 Limite Municipal
31 - 50 Limite SF3: Rio Paraopeba
51 - 70 Hidrografia Principal
71 - 90 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
91 - 100
ND ou Sem Abastecimento
Tipos de Captação
por Município
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Tipo de Captação !
P Principais Sedes Municipais
Subterrânea Limite Municipal
Superficial Limite SF3: Rio Paraopeba
Mista Hidrografia Principal
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
No Brasil, pouco mais 50% da população urbana é servida com redes de coleta de
esgotos. A ausência de sistemas de esgotamento sanitário (SES) é um problema
recorrente, principalmente nos municípios de pequeno e médio porte. Na bacia do rio
Paraopeba a situação apresentada é mais favorável: de acordo com os dados
secundários obtidos, cerca de 80% da população da bacia possui serviço de coleta e 50
% possui tratamento de esgotos sanitários.
O Quadro 5.3 e o Quadro 5.4, e a Figura 5.3 - e Figura 5.4 a seguir apresentam os
índices de coleta e tratamento de esgoto dos municípios da Bacia Hidrográfica do Rio
Paraopeba respectivamente. Foram considerados os dados secundários apresentados
pela ANA, COPASA e SNIS. Os dados da ANA foram prioritariamente utilizados para
seguimento do Plano. Todos os índices estão associados à População Urbana das
sedes municipais.
177
Município Índice de Coleta de Esgoto Urbano (%)
Itatiaiuçu 91
Itaúna 99
Itavevara 57
Jeceaba 71
Juatuba 38
Lagoa Dourada 99
Maravilhas 92
Mateus Leme 60
Mário Campos 44
Moeda 64
Ouro Branco 92
Ouro Preto 82
Papagaios 33
Pará de Minas 95
Paraopeba 83
Piedade Dos Gerais N/D
Pequi 100
Pompéu 78
Queluzito 100
Resende Costa 11
Rio Manso N/D
São Brás Do Suaçuí* 30
São Joaquim de Bicas 37
São José da Varginha 32
Sarzedo 82
Sete Lagoas 93
FONTE: ANA (2016) e * COPASA (2018) - N/D (Informação Não Disponível).
178
Quadro 5.4 - Índice de Tratamento de Esgoto dos Municípios
179
Município Índice de Tratamento de Esgoto Urbano (%)
Paraopeba N/D
Piedade Dos Gerais N/D
Pequi 100
Pompéu 100
Queluzito 100
Resende Costa* 100
Rio Manso N/D
São Brás Do Suaçuí* 6
São Joaquim de Bicas 20
São José da Varginha 100
Sarzedo 15
Sete Lagoas 3
FONTE: ANA (2016), *COPASA (2018) e **SNIS (2016) - N/D (Informação Não Disponível).
180
45°0'0"O 44°0'0"O
Índice de Coleta
de Esgoto
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Índice de Coleta (%) !
P Principais Sedes Municipais
até 30 Limite Municipal
31 - 50 Limite SF3: Rio Paraopeba
51 - 70 Hidrografia Principal
71 - 90 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
91 - 100
ND ou Sem Coleta
Índice de Tratamento
de Esgoto
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Índice de Tratamento (%) !
P Principais Sedes Municipais
até 30 Limite Municipal
31 - 50 Limite SF3: Rio Paraopeba
51 - 70 Hidrografia Principal
71 - 90 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
91 - 100
ND ou Sem Tratamento
183
Quadro 5.5 - Relação das ETEs dos Municípios que Possuem Tratamento de Esgoto
Vazão tratamento Eficiência Tratamento
Município ETE Manancial
(L/s) Esperada (%)
Petrovale 8,1 86 Ribeirão Sarzedo
Teixerinha 21 83 Córrego Saraiva
Betim Central 500 94 Rio Betim
Bandeirinhas 98 95 Córrego Santo Antônio
Betim
Santo Antônio 2,5 63 Córrego Santo Antônio
Cidade Verde 7 78 Córrego Lava pés
Cachoeira 13,4 66 Córrego Cachoeira
Salomé 2,3 86 Córrego Cachoeira
Mirante 4,3 54 Ribeirão Retiro das Pedras
Brumadinho
Ecológica 6 41 Córrego do Mirante
Cachoeira da Prata Cachoeira da Prata N/D N/D Ribeirão dos Macacos
Caetanópolis Caetanópolis 9,7 70 Ribeirão do Cedro
Conselheiro Lafaiete Bananeiras 140,9 88 Ribeirão Bananeiras
Contagem 68 85 Córrego Água Suja
Contagem Onça 1800 87 Ribeirão da Onça
Arrudas 3375 83 Ribeirão Arrudas
Curvelo Curvelo 60,1 75 Ribeirão Santo Antônio
Esmeraldas Esmeraldas 48,7 79 Córrego do Meloso
Florestal Florestal 9,5 80 Ribeirão das Lajes
Inhaúma Inhaúma 1,6 84 Córrego Lava pés
Juatuba Nova Esperança 6 66 Ribeirão Serra Azul
Maravilhas Maravilhas 6,4 35 Rio Pardo
Ouro Branco Ouro Branco 123 75 Ribeirão Gurita
Pará de Minas Pará de Minas 150 56 Córrego Paciência
Pequi Pequi 4 70 Rio Vermelho
Pompéu Pompéu 28 71 Córrego Salobro
184
Vazão tratamento Eficiência Tratamento
Município ETE Manancial
(L/s) Esperada (%)
Queluzito Queluzito 1,7 60 Rio Paraopeba
RESENDE COSTA S/I Córrego da Cruz
São Joaquim de Bicas Bivas 7 90 Rio Paraopeba
São José da Varginha São José de Varginha 1 70 Ribeirão dos Morais
Sarzedo Sarzedo 4,8 79 Ribeirão Sarzedo
Flórida 01 4,6 35
Córrego Vargem do Tropeiro
Flórida 02 3,3 78
Sete Lagoas Tamanduá 3,5 35
Primavera 6 78 Ribeirão do Matadouro
Areias 17 65
FONTE: ATLAS (2016) - N/D (Informação Não Disponível).
185
5.3. Resíduos Sólidos
Quadro 5.6 - Índices de Atendimento Urbano Referente aos Resíduos Sólidos e Coleta
Seletiva
Índice de
Índice de Índice de
cobertura da
cobertura da cobertura da
coleta
coleta resíduos coleta
resíduos
Município Órgão gestor sólidos em seletiva em
sólidos em
relação à relação à
relação à
população total população
população
(%) urbana (%)
urbana (%)
Secretaria
Belo Vale Municipal de Meio 65 100 93
Ambiente
Divisão de Limpeza
Urbana, Serviços e
Betim * 95 95 44
Educação
Ambiental
Prefeitura
Bonfim Municipal de 49 100 100
Bonfim
Prefeitura
Brumadinho Municipal de 99 100 48
Brumadinho
Cachoeira da Prata N/D
Prefeitura
Caetanópolis Municipal de 82 100 N/D
Caetanópolis
Casa Grande N/D
Prefeitura
Congonhas Municipal de 96 97 48
Congonhas
Secretaria De
Conselheiro Lafaiete Obras E Meio 100 100 12
Ambiente
Departamento de
Contagem 100 100 9
Limpeza Urbana
Prefeitura
Cristiano Otoni Municipal de 96 97 N/D
Cristiano Otoni
Prefeitura
Crucilândia Municipal de 75 100 N/D
Crucilândia
Município de
Curvelo 98 100 21
Curvelo
Desterro de Entre Prefeitura
66 100 N/D
Rios Municipal
186
Índice de
Índice de Índice de
cobertura da
cobertura da cobertura da
coleta
coleta resíduos coleta
resíduos
Município Órgão gestor sólidos em seletiva em
sólidos em
relação à relação à
relação à
população total população
população
(%) urbana (%)
urbana (%)
Secretaria
Municipal de
Entre Rios de Minas 85 100 N/D
Desenvolvimento
Sustentável
Prefeitura
Esmeraldas 80 86 N/D
Municipal
Prefeitura
Felixlândia Municipal de 73 94 N/D
Felixlândia
Prefeitura
Florestal Municipal de 95 100 100
Florestal
Prefeitura
Fortaleza de Minas Municipal de 100 100 N/D
Fortaleza De Minas
Secretaria de Meio
Ibirité Ambiente e 90 91 5
Serviços Urbanos
Prefeitura
Igarapé Municipal de 94 100 94
Igarapé
Inhaúma N/D
Itatiauçu N/D
SAAE Gerência
Itaúna Sup. Resíduos 94 100 10
Sólidos Urbanos
Prefeitura
Itaverava Municipal de 44 100 N/D
Itaverava
Secretaria de
Jeceaba Obras e Serviços 87 100 100
Urbanos
Prefeitura
Juatuba 98 100 40
Municipal
Prefeitura
Lagoa Dourada Municipal De 86 96 N/D
Lagoa Dourada
Prefeitura
Maravilhas Municipal de 68 100 N/D
Maravilhas
Secretaria
Municipal de
Mário Campos 94 100 50
Desenvolvimento
Sustentável
Prefeitura de
Mateus Leme 82 82 37
Mateus Leme
Moeda N/D
Prefeitura
Ouro Branco
Municipal de Ouro 100 100 43
Branco
187
Índice de
Índice de Índice de
cobertura da
cobertura da cobertura da
coleta
coleta resíduos coleta
resíduos
Município Órgão gestor sólidos em seletiva em
sólidos em
relação à relação à
relação à
população total população
população
(%) urbana (%)
urbana (%)
Ouro Preto N/D
Papagaios N/D
Prefeitura
Pará de Minas Municipal de Pará 97 100 48
de Minas
Prefeitura
Paraopeba Municipal de 91 100 N/D
Paraopeba
Prefeitura
Pequi 72 100 N/D
Municipal de Pequi
Prefeitura
Municipal de
Piedade dos Gerais 46 99 N/D
Piedade Dos
Gerais
Município de
Pompéu 80 90 N/D
Pompéu
Prefeitura
Queluzito Municipal de 46 99 N/D
Queluzito
Resende Costa N/D
Rio Manso N/D
Secretaria
Municipal de
São Brás do Suaçuí 90 100 100
Agricultura e Meio
Ambiente
São Joaquim de
N/D
Bicas
São José da Prefeitura
100 100 N/D
Varginha Municipal
Sarzedo N/D
Secretaria
Municipal de Meio
Sete Lagoas 98 100 42
Ambiente e
Sustentabilidade
FONTE: SNIS (2016) - N/D (Informação Não Disponível).
A partir dos dados apresentados no anterior, foi elaborada a Figura 5.5 que apresenta
de maneira resumida os índices de atendimento urbano referente aos resíduos sólidos
e coleta seletiva presentes na bacia do rio Paraopeba.
188
45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Índice de Cobertura da Coleta (%) !
P Principais Sedes Municipais
até 30 Limite Municipal
31 - 50 Limite SF3: Rio Paraopeba
51 - 70 Hidrografia Principal
71 - 90 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
91 - 100
ND ou Sem Coleta
190
Unidade
Licença em
Nome de Início de
Município Tipo de unidade de operação
unidade operação
Operação no ano de
referência
Aterro de Inertes Aterro de
- Bairro São Resíduos da 2007 N/D Não
Contagem Sebastião Construção Civil
Aterro Sanitário
Aterro sanitário 1997 Sim Sim
Perobas
Aterro
Cristiano Otoni Aterro controlado 2007 Sim Sim
controlado
Aterro
Crucilândia Aterro sanitário 2007 Sim Sim
controlado
Aterro
Aterro controlado 2009 N/D Não
Curvelo Controlado
Aterro Sanitário Aterro sanitário 2012 Sim Sim
Desterro de Entre Aterro
Aterro controlado 2005 N/D Não
Rios controlado
Aterro
Entre Rios de Minas Aterro controlado 2001 Sim Sim
Controlado
Aterro
Esmeraldas Controlado - Lixão 2016 Não Sim
Fernão Dias
Aterro
Felixlândia Aterro controlado 2008 Sim Sim
controlado
Aterro
Florestal Aterro controlado 2014 Sim Sim
Controlado
Fortaleza de Minas N/D
Aterro
Ibirité Controlado do Aterro controlado 2004 N/D Não
Município
Igarapé N/D
Aterro
Inhaúma Aterro controlado 2004 N/D N/D
controlado
Itatiauçu N/D
Aterro Sanitário
Aterro sanitário 2009 Sim Sim
Municipal
Itaúna Unidade De Aterro de
Disposição de Resíduos da 1994 N/D Não
RSD Construção Civil
Lixão de
Itaverava Lixão 1990 Não Sim
Itaverava
Aterro
Controlado Aterro controlado 2006 N/D Não
Municipal
Jeceaba
UTC de Jeceaba
- Vala de Aterro controlado 2015 Sim Sim
Rejeitos
Juatuba Lixão N/D 2012 N/D Não
Aterro
Lagoa Dourada Aterro controlado 2003 Não Sim
Controlado
Maravilhas Sitio Varginha Lixão 2014 Não Sim
Mário Campos N/D
Aterro
Mateus Leme Controlado Aterro controlado 2006 Não Sim
Municipal
191
Unidade
Licença em
Nome de Início de
Município Tipo de unidade de operação
unidade operação
Operação no ano de
referência
Moeda N/D
Aterro Sanitário
Aterro sanitário 2014 Sim Sim
Ouro Branco Regional
Lixão Lixão 1988 N/D Não
Aterro
Ouro Preto controlado de Lixão 1996 Não Sim
Ouro Preto
Papagaios N/D
Aterro
Aterro controlado 2001 N/D Não
Pará de Minas Controlado
Aterro Sanitário Aterro sanitário 2011 Sim Sim
Aterro
Paraopeba Aterro controlado 2006 Não Sim
Controlado
Aterro
Pequi Aterro controlado 2014 Não Sim
controlado
Aterro
Piedade dos Gerais Aterro controlado 2014 Sim Sim
Controlado
Lixão de
Pompéu Lixão 2009 Não Sim
Pompéu
Queluzito N/D
Aterro
Resende Costa Controlado de Aterro controlado 2015 N/D N/D
Resende Costa
Aterro
Rio Manso Controlado de Aterro controlado 2009 N/D Sim
Rio Manso
Aterro
São Brás do Suaçuí Controlado de Aterro controlado 2010 Sim Sim
Rejeitos
São Joaquim de
N/D
Bicas
São José da
Lixão Lixão 2014 Não Sim
Varginha
Sarzedo N/D
Aterro Sanitário
Aterro sanitário 2011 Sim Sim
de Sete Lagoas
Sete Lagoas Disposição Final
de Resíduos Aterro controlado 2011 Sim Sim
Sólidos
FONTE: SNIS (2016) - N/D (Informação Não Disponível).
192
Figura 5.6 - Destinação final dos Resíduos Sólidos
30
25
20
15
10
0
Aterro controlado Aterro de Aterro industrial Aterro sanitário Lixão
Resíduos da
Construção Civil
Sobre o volume de lixo produzido na bacia, nenhum estudo consultado possuía esta
informação tabulada. Desta forma, foi estimado o volume a partir da multiplicação da
geração de lixo per capita em áreas urbanas pela população urbana da bacia. O Quadro
5.8 apresenta os valores per capita de geração, de acordo com as faixas populacionais
dos municípios.
193
Quadro 5.8 - Geração per capita de Resíduos Sólidos
194
Município Total (ton/mês)
Ouro Branco 529
Ouro Preto 1.370
Papagaios 213
Pará de Minas 1.642
Paraopeba 338
Pequi 61
Piedade dos Gerais 70
Pompéu 437
Queluzito 28
Resende Costa 164
Rio Manso 79
São Brás do Suaçuí 53
São Joaquim de Bicas 383
São José da Varginha 63
Sarzedo 387
Sete Lagoas 4.176
FONTE: COBRAPE, 2018.
195
5.4. Drenagem Urbana
Belo vale 2 1
Betim 1 5
Bonfim 1 2
Brumadinho 1 3 3
Cachoeira da Prata 1 1
Caetanópolis
Casa grande
Congonhas 5 9 4
Conselheiro Lafaiete 3 6 2
Contagem 1 3 11 4
Cristiano Otoni 1
Crucilândia 3 3
Curvelo 1
Desterro de Entre Rios 1 1 1
Entre Rios de Minas 2 2
Esmeraldas 1 1
Felixlândia 1
Florestal 1 1
Fortuna de Minas
Ibirité 7 13 10
Igarapé 4 3
Inhaúma 1
Itatiaiuçu 1
Itaúna 2 2
Itaverava 1 1
Jeceaba 4 4 1
Juatuba 3
Lagoa Dourada 1
Maravilhas 1
Mário Campos 3 1
Mateus leme 1
Moeda 1 1
Ouro branco 1
196
Município Alagamentos Inundações Enxurradas Deslizamentos
Ouro preto 3
Papagaios
Pará de minas 1
Paraopeba 1
Pequi 1
Piedade dos Gerais 2
Pompéu 2
Queluzito 1
Resende Costa
Rio Manso 2
São Brás do Suaçuí
São Joaquim de Bicas 1 1
São José da Varginha 1
Sarzedo 1 2
Sete Lagoas 2 1
FONTE: ANA - Atlas Brasileiro de Desastres Naturais (2012).
197
45°0'0"O 44°0'0"O
Eventos Críticos
Ocorridos entre
1991 a 2012
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Número de Eventos !
P Principais Sedes Municipais
0-2 Limite Municipal
3-4 Limite SF3: Rio Paraopeba
5-7 Hidrografia Principal
8 - 11 Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
12 - 30
199
caso da UPGRH-SF3 verificou-se a ocorrência de êxodo rural principalmente em direção
aos polos com economia mais desenvolvida ou em desenvolvimento (CIBAPAR, 2012).
Com uma área de mais de 1,2 milhões de hectares, os padrões de uso e ocupação do
solo passam a ser determinantes para a caracterização dos tipos de conflitos que podem
ser antecipados na bacia.
A classe de mineração não foi inserida no mapeamento, visto que ela não está
representada no levantamento do MapBiomas. Contudo, é de conhecimento o
levantamento do uso e cobertura do solo do Projeto TerraClass, executado pelo INPE
(Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No entanto, o levantamento foi realizado
apenas para o Bioma Cerrado, onde neste, a área de mineração levantada foi de 14,13
km². Logo, optou-se por utilizar os dados do MapBiomas.
200
45°0'0"W 44°0'0"W
Uso e Ocupação
do Solo
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
P
!
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
USO DO SOLO Pastagem P Principais Sedes Municipais
!
Infraestrutura Urbana Florestas Plantadas Limite Municipal
Áreas não Vegetadas Vegetação Campestre Hidrografia Principal
Corpos d'água Formações Florestais Limite SF3: Rio Paraopeba
Agricultura Municípios SF3: Rio Paraopeba
Formações Savanicas
Reservatório
Agricultura ou Pastagem Formações Naturais não Florestais
Lavras de Mineração
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Lavra por tipo de Substância
!
P Principais Sedes Municipais
AGALMATOLITO COBRE MIGMATITO
ÁGUA MINERAL DADO NÃO CADASTRADO MINÉRIO DE FERRO Limite Municipal
ARDÓSIA DIAMANTE MINÉRIO DE MANGANÊS Hidrografia Principal
AREIA/SÍLICA DOLOMITO MINÉRIO DE NÍQUEL Limite SF3: Rio Paraopeba
ARGILA ESTEATITO MINÉRIO DE OURO
Reservatório
BASALTO FERRO MINÉRIO DE ZINCO
BAUXITA FILITO OUTROS MINÉRIOS Municípios SF3: Rio Paraopeba
CALCÁRIO FOSFATO QUARTZO/ QUARTZITO
CASCALHO GNAISSE SERPENTINITO
CASSITERITA GRAFITA TALCO
CAULIM GRANITO/ MÁRMORE TANTALITA FONTE: Departamento Nacional de
CIANITA MANGANÊS VANÁDIO Produção Mineral (2016).
Conforme mostra o Quadro 6.1, a maior parte da área da bacia é ocupada por pastagem
(38,8%) e agricultura/pastagem (28,4%) e, de forma menos predominante, formações
naturais não florestais (0,01%), e áreas não vegetadas (0,2%). As áreas urbanas
representam o total de 2,9% da cobertura do solo.
Para uma melhor visualização dos usos, na Figura 6.3 abaixo é apresentado um gráfico
com a porcentagem de cada uso na bacia.
2,9% 0,6%
0,2%
Formações florestais
Formações savanicas
22,2% Florestas plantadas
Vegetação campestre
28,4% 0,9%
Formações naturais não florestais
4,0% Pastagem
1,8%
Agricultura
0,2% 0,01% Agricultura ou pastagem
Áreas não vegetadas
38,8% Infraestrutura urbana
Corpos d'água
203
7. EVENTOS CRÍTICOS
• Meteorológicos: tempestades.
Do ponto de vista da segurança hídrica, este estudo tem por objetivo caracterizar e
avaliar os eventos naturais de cunho climatológico, hidrológico e meteorológico, mais
especificadamente as inundações, enxurradas, alagamentos, secas e movimentos de
massa ocorrentes na Bacia do rio Paraopeba no estado de Minas Gerais. Tais eventos
têm se destacado no cenário nacional ao longo dos últimos anos, sendo dada grande
ênfase na região Sudeste, onde podem ser percebidos severos impactos
socioeconômicos, como por exemplo, o número de pessoas desabrigadas por
alagamentos, enxurradas, inundações ou ainda por movimentação de massas de terra,
ou ainda perdas nas produções agropecuárias devido a eventos de seca.
Ainda sobre esta questão paira o advento das mudanças climáticas, cuja hipótese de
ocorrência já é amplamente aceita no meio científico e tende a intensificar eventos
críticos em todo o mundo, alterar temperaturas, precipitações e ciclos hidrológicos locais
ou regionais, tornar algumas regiões mais secas e outras mais chuvosas, elevar o nível
204
médio do mar, entre outras alterações climáticas com potenciais impactos ainda
desconhecidos.
As inundações, portanto, são os eventos onde a malha hidrográfica recebe uma vazão
superior àquela que pode comportar em sua calha, extravasando água para suas áreas
marginais, comumente conhecidas por planícies de inundação ou áreas de várzea.
Já os alagamentos não dependem de cursos de água para sua ocorrência, visto que
significam um acúmulo de água em determinado ponto, geralmente urbano, onde a
drenagem não consegue disseminar a água ali acumulada, e são usualmente
ocasionados por precipitações intensas.
205
As enxurradas, por sua vez, são eventos de maior intensidade e pouca duração
decorrentes de precipitações em pequenas bacias, que aliadas a uma significativa
velocidade de escoamento causada pela declividade, podem acarretar em impactos
marginais e até inundações com capacidade de arraste.
206
e 2012 foram os que apresentaram maior número de eventos de inundações,
contabilizando 83,3% do total de eventos ocorridos no período.
No que diz respeito aos alagamentos, através da análise dos dados disponíveis no Atlas,
no período de 1991 a 2012 foram verificados apenas dois registros, um para o município
de Contagem e um para Ibirité.
A distribuição do total de ocorrências por município pode ser observada na Figura 7.1 a
seguir.
25
20
15
10
Inundações Enxurradas
A distribuição dos eventos catalogados ao longo dos anos demonstra uma baixa
frequência de ocorrências de enxurradas até o ano de 2002, exceto por um salto
ocorrido no ano de 1997. Segundo a publicação o início deste ano foi marcado pela
influência de uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), responsável por
provocar precipitações chuvosas acima das médias históricas do período precedente,
apresentando valores pluviométricos até 200 mm acima da média. Pode-se observar o
207
aumento da frequência de desastres relacionados às enxurradas a partir do ano de 2002
merecendo destaque o ano de 2012, com maior número de registros.
208
45°0'0"O 44°0'0"O
Inundações entre
1991 e 2012
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Número de Inundações !
P Principais Sedes Municipais
0 Limite Municipal
1 Hidrografia Principal
2a3 Limite SF3: Rio Paraopeba
4a5 Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
6a7
FONTE: UFSC, 2013.
45°0'0"O 44°0'0"O
Enxurradas entre
1991 e 2012
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Número de Enxurradas !
P Principais Sedes Municipais
0a1 Limite Municipal
2a3 Hidrografia Principal
4a6 Limite SF3: Rio Paraopeba
7a9 Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
10 a 13
)217(8)6&
O Atlas indica que os registros de ocorrência de desastres aumentaram na última
década em relação à década passada. Contudo, os seus autores ressaltam que não se
pode afirmar se houve um aumento de ocorrências de fenômenos naturais, a partir de
2001, na mesma proporção que houve um aumento do registro de desastres, indicando
que o aumento destes registros pode estar relacionado com aperfeiçoamento na coleta
de dados ao longo dos anos.
Os autores do Atlas afirmam ser importante registrar que, durante a análise dos dados
coletados, foram identificadas algumas limitações da pesquisa e que estas não
comprometeram o trabalho, mas contribuem muito para ampliar o “olhar” dos gestores
públicos com relação às lacunas presentes no registro e no cuidado da informação sobre
desastres. Destacam entre as limitações a clara observação de variações e de
inconsistências no preenchimento de danos humanos, materiais e econômicos.
Apesar de não poder assegurar a relação direta entre registros e ocorrências, o Atlas
permite uma série de importantes análises, ao oferecer informações – nunca antes
sistematizadas – que ampliam as discussões sobre as causas das ocorrências e
intensidade dos desastres.
211
Para o período avaliado, houve seis registros de eventos de alagamentos, sendo um
registro para os anos de 2014 e 2015, destacando-se o ano de 2016, com quatro
registros. Merece destaque o fato de todos os eventos de alagamentos terem sido
registrados para o município de Conselheiro Lafaiete. Foram contabilizadas 5 pessoas
afetadas em 2014 e nenhum registro de pessoas afetadas para os demais anos.
Alagamentos Enxurradas
212
45°0'0"O 44°0'0"O
Alagamentos entre
2013 e 2017
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Alagamentos 2013 a 2017 !
P Principais Sedes Municipais
0 Limite Municipal
6 Hidrografia Principal
FONTE: MI, 2017. Limite SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
45°0'0"O 44°0'0"O
Enxurradas entre
2013 e 2017
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Enxurradas 2013 a 2017 !
P Principais Sedes Municipais
0 Limite Municipal
1 Hidrografia Principal
FONTE: MI, 2017.
Limite SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
7.1.3. Atlas de Vulnerabilidade a Inundações
A metodologia definida pelo estudo classifica os trechos de rios a partir de uma análise
de vulnerabilidade. Essa, por sua vez, é composta por duas variáveis, impacto e
ocorrência. O impacto das inundações foi considerado alto quando havia grande risco
de dano à vida humana e danos significativos aos serviços essenciais, instalações e
obras de infraestrutura pública e residências; médio quando os danos eram razoáveis
aos serviços essenciais, instalações e obras de infraestrutura pública e residências; e
baixo quando os prejuízos eram pequenos e pontuais.
Quanto à ocorrência, os critérios foram mais diretos, uma vez que foram classificados
como de alto impacto nos trechos de rios onde as inundações ocorriam em intervalos
de até 5 anos, médio impacto naqueles que se repetiam pelo menos a cada 10 anos, e
baixo naqueles eventos acima desta frequência.
215
O Atlas classificou a vulnerabilidade de 135 trechos de rios na região em estudo, sendo
74 de alta, 39 de média e 22 de baixa. A categoria de alta vulnerabilidade representa
618,4 km de extensão, com trechos variando de 122,1 m a 42,4 km, e uma média de
8,4 km. Pode-se observar que, no geral, a maioria dos trechos classificados como alta
vulnerabilidade passam por centros urbanos populosos, locais onde normalmente a
ação antrópica já alterou as condições de permeabilidade do solo, aumentando as
chances de ocorrência de eventos de inundações e alagamentos.
Como resultado, o trabalho mostra na Figura 7.8 que as regiões sul e central da bacia
são as que apresentam o maior número de trechos vulneráveis à inundação.
216
45°0'0"O 44°0'0"O
Vulnerabilidade a
Inundações
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Vulnerabilidade a Inundações !
P Principais Sedes Municipais
Alta Limite Municipal
Média Hidrografia Principal
Baixa Limite SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
FONTE: ANA, 2014.
Municípios SF3: Rio Paraopeba
7.1.4. Ação Emergencial para Reconhecimento de Áreas de Alto e Muito Alto Risco a
Movimentos de Massa, Enchente e Inundação
218
destaque, bem como sugestões de intervenções. O modelo da ficha pode ser
visualizado na Figura 7.9.
Nota-se que as áreas de risco apontadas pela CPRM são estritamente urbanas e que
foram apontadas pela metodologia adotada como alto e muito alto risco a movimentos
de massas e enchentes, não incorporando grandes regiões de estudo, mas sim
localidades pontuais.
No Estado de Minas Gerais foram analisados 170 municípios, sendo que 12 destes são
contemplados pelo PDRH Paraopeba. Todas as informações produzidas e
disponibilizadas ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais
(CEMADEN) e ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD)
estão contempladas na base de dados do PDRH Paraopeba para a análise do tema.
Conforme pode ser observado na Figura 7.10 a seguir, os municípios de Belo Vale,
Betim, Brumadinho, Congonhas, Conselheiro Lafaiete e Contagem apresentam a
ocorrências de áreas em alto e muito alto potencial de inundação, que, para facilitar a
visualização, tiveram seus limites ampliados de modo que suas concentrações sejam
mais bem percebidas. A figura ainda apresenta o somatório da quantidade de áreas por
município.
219
45°0'0"O 44°0'0"O
Áreas de Risco
a Inundações
e Alagamentos
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
!
P
!
P
R io
Pa
ra
o
pe
Belo Horizonte
ba
!
P
Contagem!
P
20°0'0"S 20°0'0"S
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Áreas de Risco CPRM Número de Áreas de Risco !
P Principais Sedes Municipais
Alagamento/Inundações 0 Limite Municipal
Inundação 1 Hidrografia Principal
Potencial para Inundações 2-4 Limite SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
5-6
Municípios SF3: Rio Paraopeba
7-8
FONTE: CPRM, 2018.
7.1.5. Análise Integrada das Informações sobre Alagamentos, Inundações e
Enxurradas
Por meio da coleta de dados sobre inundações, observou-se que já há uma significava
gama de informações que dizem respeito ao assunto, apresentadas em trabalhos e
projetos em nível federal. Para a realização de uma análise que integre os aspectos
levantados, realizou-se uma visualização conjunta do arcabouço de dados disponíveis,
buscando identificar os locais ou regiões que combinam, simultaneamente, as
características levantadas mais propensas a eventos provocados por precipitações.
0,8
0,6
0,4
0,2
221
de áreas de risco potencial para inundações, porém há baixo número de inundações
registradas, podem ter o grau de risco atenuado.
Os mapas utilizados para essa análise espacial foram: (i) somatório do número de áreas
de risco potencial ou instalado para inundações por município levantado pelo CPRM; (ii)
Histórico de ocorrências entre 1991 e 2017 por município. Ademais, sobreposto a eles,
foi alocado o mapa de Vulnerabilidade a Inundações, cuja informação apresentada é
por trecho de rio. O resultado final segue apresentado na sequência.
222
45°0'0"O 44°0'0"O
Análise Integrada de
Alagamentos,
Inundações e Enxurradas
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Jeceaba
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Eventos Precipitação Áreas de risco Vulnerabilidade à Inundações !P Principais Sedes Municipais
0a1 0 Alta Limite Municipal
2a4 0a1 Baixa Hidrografia Principal
5a8 2a4 Média Limite SF3: Rio Paraopeba
9 a 16 5a6 Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
17 a 20 7a8
FONTE: CPRM, 2018; S2ID, 2018; UFSC, 2013; ANA, 201.
A sobreposição espacial das informações analisadas, mutuamente visíveis, aponta para
a convergência de fatores naturais que confere a alguns municípios maior
potencialidade quanto à ocorrência de alagamentos, inundações e enxurradas, fato
corroborado pela série histórica de eventos. Por meio da análise visual pode-se observar
que alguns municípios situados mais ao sul da região em estudo, com destaque para
Jeceaba, Congonhas, Entre Rios de Minas e Conselheiro Lafaiete, apresentam maior
propensão. Na porção central o município de Ibirité também se destaca por apresentar
maior vulnerabilidade, e em um grau menor, o município de Contagem.
Cabe ressaltar que, apesar de existirem grandes trechos de rio classificados como alta
vulnerabilidade a inundações na porção central da bacia do rio Paraopeba, não há
municípios com elevado histórico de eventos registrados ou áreas de risco cadastradas
pelo CPRM, por isso, essa região contrasta o vermelho dos trechos de rio com o os tons
em verde, especialmente a região entre Esmeraldas e Pará de Minas.
7.2.1. Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Relatório 2017 e Informe 2016
224
Em 2009, 2013 e 2017 foram lançados os Relatórios Conjuntura, que a cada quatro
anos procuram realizar um balanço da situação e da gestão dos recursos hídricos no
Brasil, enquanto que nos intervalos são publicados informes anuais concisos que têm
por objetivo atualizar os relatórios anteriores e subsidiar os futuros.
A alteração nos padrões de chuvas ocorre de modo natural, porém, eventos extremos
de excesso ou escassez têm sido observados com maior frequência ultimamente.
Segundo o Informe 2017 de Conjuntura dos Recursos Hídricos as secas, estiagens,
enxurradas e inundações representam aproximadamente 84% dos eventos críticos
225
causados por desastres naturais no Brasil. Entre 2013 e 2016 estima-se que 48 milhões
de pessoas foram afetadas por eventos de secas e estiagens, um número seis vezes
superior ao de pessoas afetadas por eventos de excesso de chuvas.
No ano de 2014 houve uma estiagem de grande severidade na região Sudeste, tendo
havido diminuição de vazões em diversos rios do Estado de Minas Gerais. A situação
pode ter se agravado para os 85 municípios do norte de Minas Gerais, que fazem parte
dos 1.133 municípios que compõem a região do semiárido brasileiro.
No caso Minas Gerais, constatou-se que em algumas partes do território estadual houve
secas cujo tempo de recorrência (TR) estava entre 10 a 20 anos pelo menos, visto que
em alguns pontos mais isolados mais ao norte o TR foi maior que 100 anos, como
mostra a Figura 7.13.
226
Figura 7.13 - Tempos de Recorrência da Precipitação Anual no Brasil para o Ano
Hidrológico 2015
Alguns dos municípios que fazem parte do PDRH do rio Paraopeba foram englobados
total ou parcialmente em áreas cujo tempo de recorrência de precipitação anual foi
classificada como seca, com TR entre 10 e 20 anos.
Quanto ao regime de vazões, para o mesmo período analisado, foi observado que a
bacia inserida na região hidrográfica do São Francisco apresentou vazões médias
anuais em 2015 inferiores à vazão média histórica.
227
Para complementação da avaliação de vazões, foram realizadas análises estatísticas
das vazões em 156 reservatórios de aproveitamento hidrelétrico do Sistema Interligado
Nacional (SIN), cujas séries históricas foram disponibilizadas pelo Operador Nacional
do Sistema Elétrico (ONS), a fim de se estudar o Tempo de Recorrência das vazões
registradas nos aproveitamentos hidrelétricos.
O resultado apontou que a região Sudeste foi aquela que demonstrou maior TR para as
vazões dentre todo o universo analisado, já que na maioria dos casos apresentou
vazões de seca superiores ao TR de 100 anos, principalmente nas bacias hidrográficas
dos rios Paraíba do Sul, Grande e Doce. Na bacia do rio São Francisco todas as UHEs
registraram TR superior a 100 anos, resultado de seca crítica, excetuando-se Três
Marias. O estado das UHEs nacionais para o ano hidrológico de 2015 pode ser
observado na Figura 7.14 a seguir.
228
Figura 7.14 - Tempos de Retorno de Vazões para o Ano Hidrológico 2015
Duas usinas hidrelétricas com diferentes graus de criticidade com relação ao Tempo de
Retorno de vazões de seca estão localizadas à jusante do rio Paraopeba, Três Marias
e Retiro Baixo. A UHE de Três Marias, apesar de situada no rio São Francisco, possui
uma parte de seu reservatório na Bacia do Rio Paraopeba. Conforme pode ser
observado na figura acima apresentada possui TR entre 10 e 20 anos para vazões de
secas, considerado não tão crítico muito provavelmente devido ao tamanho de seu
reservatório.
229
Já a UHE de Retiro Baixo, localiza-se entre os municípios de Curvelo e Pompéu, no
baixo curso do rio Paraopeba, próximo ao município de Felixlândia, aproximadamente
a 5 km de distância do remanso da UHE Três Marias. Apesar da proximidade com a
UHE de Três Marias, a UHE de Retiro Baixo apresenta TR de 100 anos, provavelmente
por apresentar um reservatório com menor capacidade volumétrica e menor recarga
hídrica (RETIRO BAIXO ENERGÉTICA S.A, 2018).
Segundo a avaliação que o estudo faz sobre eventos críticos, resumida na Figura 7.15
e baseada na quantificação de eventos de 2003 a 2015, no ano de 2012 se verificou um
grande aumento na ocorrência de eventos relacionados à secas e estiagens, elevando
significativamente o patamar de ocorrências neste ano. Em 2015, 1.192 municípios
registraram a ocorrência de 1.870 eventos críticos relacionados a estiagens ou secas.
Desse total, 16% dos municípios com ocorrência de secas ou estiagens em 2015 são
pertencentes ao Estado de Minas Gerais.
Figura 7.15 - Frequência Anual de Registros de Desastres por Secas e Estiagens no Brasil
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Estiagens Secas
230
7.2.2. Atlas Brasileiro de Desastres Naturais
Segundo o Atlas, foram levantados para a região avaliada neste estudo apenas um
registro oficial de estiagem e seca, entre os anos de 1991 e 2012, mais especificamente
no município de Maravilhas, no ano de 2007.
Nos anos de 2015, 2016 e 2018 não houve registros de secas e estiagens para os
municípios englobados pelo PDRH do rio Paraopeba.
231
avaliação de aspectos socioambientais e econômicos contribuiu positivamente para o
aprofundamento do estudo.
Esta publicação tem como propósito partir de um índice composto por variáveis e
subíndices representados por três dimensões: climática, socioeconômica e físico-
ambiental, e apresentar uma análise da vulnerabilidade do país a secas por meio de
uma visão integrada do desastre. Desta forma, a vulnerabilidade do país a secas foi
espacializada, em escala municipal, fornecendo informações sobre a vulnerabilidade no
cenário atual e também trazendo projeções de evolução. Três períodos foram avaliados
neste estudo: 2011-2040, 2041-2070 e 2071-2099, sendo o primeiro período melhor
detalhado.
232
• Sensibilidade: efeito das mudanças climáticas no âmbito socioeconômico e
ambiental;
A base de dados para compor o subíndice de exposição foi obtida a partir de uma série
histórica de dados sobre precipitação e temperatura, compreendida entre 1961 e 1990,
além de outras variáveis climáticas relacionadas às secas, provenientes de dados brutos
de dois modelos climáticos globais diferentes, o Eta-HadGEM2 - ES e o Eta-MIROC5,
por meio dos quais o modelo regional Eta é correlacionado. A versão do Eta utilizada
possui resolução de 20 km para regionalização climática brasileira, tendo sido adaptada
para os estudos dos cenários de mudanças climáticas.
Para compor as projeções dos dados climáticos foram utilizados como base os cenários
4,5 e 8,5 do 5º Relatório Especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC – AR5), cujo foco foi a intensificação das mudanças climáticas. Estes
cenários objetivam direcionar as modelagens com intuito de facilitar a compreensão dos
resultados por parte do público em geral.
233
O subíndice de exposição climática à seca foi baseado nas variáveis supracitadas. Para
ampliar a capacidade de análise, foram espacializadas as informações sobre exposição
para a região alvo deste estudo nos Cenários RCP 4.5 e 8.5, para ambos os modelos
climáticos, da Figura 7.17 a Figura 7.20.
234
45°0'0"O 44°0'0"O
Exposição à seca
ETA - HadGEM 4.5
(2011-2040)
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Exposição HadGEM RCP 4.5 !
P Principais Sedes Municipais
0% a 10% Limite Municipal
10% a 20% Hidrografia Principal
20% a 30% Limite SF3: Rio Paraopeba
30% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
40% a 50%
50% a 60% FONTE: MMA, 2017.
45°0'0"O 44°0'0"O
Exposição à seca
ETA - MIROC 4.5
(2011-2040)
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Exposição MIROC RCP 4.5 !
P Principais Sedes Municipais
0% a 10% Limite Municipal
10% a 20% Hidrografia Principal
20% a 30% Limite SF3: Rio Paraopeba
30% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
40% a 50%
50% a 60%
FONTE: MMA, 2017.
45°0'0"O 44°0'0"O
Exposição à seca
ETA - HadGEM 8.5
(2011-2040)
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Exposição HadGEM RCP 8.5 !
P Principais Sedes Municipais
0% a 10% Limite Municipal
10% a 20% Hidrografia Principal
20% a 30% Limite SF3: Rio Paraopeba
30% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
40% a 50%
50% a 60% FONTE: MMA, 2017.
45°0'0"O 44°0'0"O
Exposição à seca
ETA - MIROC 8.5
(2011-2040)
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Exposição MIROC RCP 8.5 !
P Principais Sedes Municipais
0% a 10% Limite Municipal
10% a 20% Hidrografia Principal
20% a 30% Limite SF3: Rio Paraopeba
30% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
40% a 50%
50% a 60% FONTE: MMA, 2017.
Como pode ser observado, no cenário de exposição HadGEM RCP de 4.5 a maioria dos
municípios apresentou exposição baixa, entre 1 e 10%. Os municípios de Curvelo,
Paraopeba, Caetanópolis e Sete Lagoas apresentaram exposição entre 10 e 20% e os
municípios de Felixilândia e Pompéu apresentaram exposição de 20 a 30%.
Para o Cenário com RCP de 8.5, considerado mais pessimista, pode-se observar uma
piora nos níveis de exposição para todos os municípios, merecendo destaque
Brumadinho, Bonfim, Moeda e Belo Vale que saíram da margem de exposição entre 1
e 10% e passaram para a margem de 30 a 40%. A maioria dos municípios para o
Cenário RCP 8.5 apresentou níveis de exposição entre 20 a 30%. Os municípios de
Pompéu e Felixlândia foram os que apresentaram maior grau de exposição, entre 40 e
50%. Portanto, de um cenário para outro pode-se notar uma piora generalizada com
relação ao subíndice de exposição.
Avaliando-se o Cenário MIROC RCP 4.5, nota-se que a maioria dos municípios da
porção central da região avaliada apresentou subíndice de exposição acima de 50%.
Os demais municípios apresentaram exposição acima de 30%. Em comparação com o
cenário HadGEM para o mesmo RCP, nota-se uma tendência do Cenário MIROC de
ser mais pessimista quanto aos eventos críticos relacionados à seca na composição do
subíndice.
Avaliando o Cenário MIROC RCP 8.5, que apesar de ser mais pessimista, demonstrou
melhora nos valores de exposição de alguns municípios, como pode ser observado para
Felixlândia e Pompéu, ao norte da região analisada. A distribuição de municípios com
40 a 50% de exposição e acima de 50% foi modificada, havendo piora da maioria dos
municípios na porção mais ao sudoeste da região analisada. Nota-se melhora nos
índices de exposição para os municípios da região mais central.
Pode-se dizer, portanto, que as análises para o cenário MIROC não convergem para
um ponto em comum, havendo muitas disparidades na distribuição das exposições entre
os municípios. Neste sentido, os Cenários HadGEM 4.5 e 8.5 mostraram-se mais
complementares e mostraram realmente a possível evolução dos níveis de exposição.
239
45°0'0"O 44°0'0"O
Sensibilidade à Seca
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Sensibilidade !
P Principais Sedes Municipais
de 20% a 25% Limite Municipal
de 25% a 30% Hidrografia Principal
de 30% a 35% Limite SF3: Rio Paraopeba
de 35% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
de 40% a 45%
Acima de 45%
FONTE: MMA, 2017.
Com relação aos dados de sensibilidade disponibilizados para os municípios mineiros
que fazem parte do PDRH do rio Paraopeba, nota-se que sete municípios apresentaram
valores entre 20 a 30%. Nove municípios apresentaram porcentagem de sensibilidade
entre 30 e 35%. Dez municípios situados na porção sul, central e norte apresentaram
sensibilidade entre 35 e 40%. A maioria dos municípios da porção sul e alguns da porção
norte da região em estudo apresentou sensibilidade entre 40 e 45%, totalizando 17
municípios nesta faixa. Os municípios de Varginha e Itaverana apresentaram
sensibilidade entre 45 e 50%. Por fim, os municípios de Moeda e Pará de Minas foram
os que apresentaram sensibilidade acima de 50%.
Por fim, o subíndice de Capacidade Adaptativa foi criado com base em fatores que
indicam a capacidade de organização e resposta da população frente aos desastres
provocados pelas secas. Para tal, as variáveis índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHm), índice Gini e taxa de analfabetismo foram utilizadas. A Figura 7.22
permite observar o mapa da Capacidade Adaptativa da região em estudo.
241
45°0'0"O 44°0'0"O
Capacidade Adaptativa
à Seca
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Capacidade Adaptativa !
P Principais Sedes Municipais
de 62% a 65% Limite Municipal
de 65% a 70% Hidrografia Principal
de 70% a 73% Limite SF3: Rio Paraopeba
de 73% a 75% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Acima de 75%
243
45°0'0"O 44°0'0"O
Vulnerabilidade à seca
ETA - HadGEM 4.5
(2011-2040)
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
IVDNS HadGEM RCP 4.5 !
P Principais Sedes Municipais
0% a 10% Limite Municipal
10% a 20% Hidrografia Principal
20% a 30% Limite SF3: Rio Paraopeba
30% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
40% a 50%
50% a 60%
60% a 70% FONTE: MMA, 2017.
45°0'0"O 44°0'0"O
Vulnerabilidade à seca
ETA - MIROC 4.5
(2011-2040)
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
IVDNS MIROC RCP 4.5 !
P Principais Sedes Municipais
0% a 10% Limite Municipal
10% a 20% Hidrografia Principal
20% a 30% Limite SF3: Rio Paraopeba
30% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
40% a 50%
50% a 60%
60% a 70% FONTE: MMA, 2017.
45°0'0"O 44°0'0"O
Vulnerabilidade à seca
ETA - HadGEM 8.5
(2011-2040)
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
IVDNS HadGEM RCP 8.5 !
P Principais Sedes Municipais
0% a 10% Limite Municipal
10% a 20% Hidrografia Principal
20% a 30% Limite SF3: Rio Paraopeba
30% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
40% a 50%
50% a 60%
60% a 70% FONTE: MMA, 2017.
45°0'0"O 44°0'0"O
Vulnerabilidade à seca
ETA - MIROC 8.5
(2011-2040)
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
ba
Contagem
!
P !
P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
IVDNS MIROC RCP 8.5 !
P Principais Sedes Municipais
0% a 10% Limite Municipal
10% a 20% Hidrografia Principal
20% a 30% Limite SF3: Rio Paraopeba
30% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
40% a 50%
50% a 60%
60% a 70% FONTE: MMA, 2017.
Considerando o Cenário HadGEM RCP 4.5 pode-se observar que a maioria dos
municípios apresentam vulnerabilidade entre 10 e 20%, correspondendo a quase dois
terços da área estudada. Alguns municípios mais na porção meridional, central e norte
da bacia hidrográfica do rio Paraopeba apresentaram vulnerabilidade de 20 a 30% e
apenas dois apresentaram vulnerabilidade entre 30 e 40%. Isto já era de certo modo
esperado, uma vez que a análise para o RCP 4.5 é menos pessimista.
Considerando Cenário HadGEM RCP 8.5, nota-se que houve piora na vulnerabilidade
de quase todos os municípios, observando-se a prevalência das classes de 20 a 30% e
de 30 a 40% para os municípios. Isto já era previsto uma vez que o Cenário 8.5 prevê
maiores exposições, gerando condições mais pessimistas.
Em geral pode-se notar que os Cenários HadGEM RCP 4.5 e 8.5 apresentam condições
menos pessimistas quando comparados com os Cenário MIROC 4.5 e 8.5 e isto pode
se dar pelas próprias diferenças entre as avaliações de exposição dos métodos.
248
Desastres (S2ID), que compila os registros realizados entre 2013 e 2017. Como
resultado, a Figura 7.27 a seguir apresenta a série de dados agrupada. Ressalta-se que
os valores do Atlas não fazem distinção entre secas e estiagens, portanto, mesmo para
os valores do S2ID, estes aparecerão somados.
Os mapas utilizados para essa análise espacial foram: (i) Histórico de ocorrências entre
1991 e 2017 e (ii) IVDNS por município, cujo resultado final é apresentado na sequência.
249
Foram testadas várias combinações de ordem e intensidades de transparência para os
mapas, porém é nítida a delimitação norte com potencial mais elevado para tais eventos
críticos. Assim, os munícios inseridos nessa porção da bacia deveriam ser priorizados
nas ações de mitigação e adaptação a esses eventos extremos.
250
45°0'0"O 44°0'0"O
Análise Integrada de
Secas e Estiagens
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
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Esmeraldas
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Pará de Minas
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Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
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DF Conselheiro Lafaiete
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MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
IVDNS MIROC RCP 8.5 Secas 1991 a 2017 !
P Principais Sedes Municipais
0% a 10% 0 Limite Municipal
10% a 20% 1 Hidrografia Principal
20% a 30% 2 Limite SF3: Rio Paraopeba
30% a 40% Reservatório
Municípios SF3: Rio Paraopeba
40% a 50%
50% a 60%
60% a 70% FONTE: MMA, 2017; MI, 2018; UFSC, 2013.
7.3. Movimento de massa
252
Os movimentos de massa são classificados levando-se em consideração diferentes
critérios como a velocidade, o tipo de material e a geometria da massa mobilizada.
Augusto Filho (1992) ajustou a classificação dos movimentos de massa proposta por
Varnes (1978), definição adotada pela International Association for Engineering Geology
and the Enviromment (IAGE), à dinâmica ambiental brasileira conforme apresentado no
Quadro 7. a seguir.
253
entre as partículas de solo, e consequentemente provoca uma redução da resistência
disponível no maciço.
Características inerentes ao
Características geomecânicas do
material (geometria,
material, tensões
estruturas)
Redução da
resistência Intemperismo – redução da coesão e
Mudanças ou fatores
atrito
variáveis
Elevação do nível d’água
254
7.3.1. Atlas Brasileiro de Desastres Naturais
Deslizamentos/Corridas de Massa
O município de Ibirité tem o maior número de registros (10), sendo que cinco destes
foram entre os anos de 2005 e 2006. Os municípios de Congonhas e Contagem estão
na sequência, cada um com 4 registros.
255
7.3.3. Ação Emergencial para Reconhecimento de Áreas de Alto e Muito Alto Risco a
Movimentos de Massa, Enchente e Inundação
A CPRM, em sua ação emergencial para reconhecimento de áreas de alto e muito alto
risco a movimentos de massa, identificou ao todo 164 locais de risco alto e muito alto
para os municípios do rio Paraopeba.
Betim, Ibirité e Contagem são os municípios que contém o maior número de áreas com
risco para deslizamentos, totalizando juntas 94 áreas. Destas, 34 estão no município de
Betim, 32 em Ibirité e 28 em Contagem.
256
Em Belo Vale há predomínio de áreas com alto a muito alto risco em decorrência da
grande potencialidade de deslizamentos e inundações. Existem ocupações na planície
de inundação do rio Paraopeba, sujeitas constantemente à inundações. Também há
ocupações em áreas de encosta suscetíveis a desmoronamentos.
No município de Entre Rios de Minas as áreas classificadas em sua maioria como sendo
de alto risco encontram-se, principalmente, entre os rios Brumado e Camapuã. Estas
áreas estão suscetíveis a deslizamentos de solo, inundações e solapamento de margem
de rio, havendo ocupações nas áreas inundáveis dos córregos Moinhos e Brumado.
Também existem ocupações em áreas de encostas com processos erosivos já
instalados e encostas e taludes com médias declividades.
No município de Sete Lagoas existem áreas de alto e muito alto risco para
deslizamentos e erosão de margem de rio por solapamento, instaurando riscos potencial
e instalado para ocorrência de catástrofes.
Por fim, no município de Ouro Preto existem áreas de alto e muito alto risco para
deslizamento de solo e enchentes e/ou alagamentos. Existem muitas habitações em
morros com histórico de deslizamentos, habitações em encostas íngremes densamente
257
construídos sobre solo instável, ocupações desordenadas de encostas sem sistema de
drenagem apropriado para águas pluviais, construções em morros ou topos de morros
que apresentam blocos soltos e registros prévios de deslizamentos. Também existem
residências instaladas em áreas de drenagem com risco de alagamentos e enchentes
em épocas de alta pluviosidade.
Outros municípios que merecem atenção são Ouro Preto e Conselheiro Lafaiete, que
apresentam um moderado número de deslizamentos registrados e declividade variando
de 0º a 53º, refletindo no número de áreas suscetíveis a deslizamentos.
258
45°0'0"O 44°0'0"O
Análise Integrada
de Deslizamentos
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
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Pará de Minas
o
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Contagem
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P
Belo Horizonte
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
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Ouro Preto
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P
Congonhas
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P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Áreas de risco Deslizamentos 1991 a 2017 !
P Principais Sedes Municipais
0a3 0 Limite Municipal
4 a 13 1 Hidrografia Principal
14 a 21 2 Limite SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
22 a 28 3a4
Municípios SF3: Rio Paraopeba
29 a 34 5 a 10
A partir das informações existentes nas 180 estações pluviométricas com dados
disponíveis, foi elaborado um diagrama de barras (Figura 8.2), com o objetivo de
apresentar o período contemplado pelas séries históricas de chuvas disponíveis.
260
45°0'0"O 44°0'0"O
!
( Estações Pluviométricas
!
( !
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Existentes
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( 1:1.450.000
21°0'0"S
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( DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
!
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45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Estações Pluviométricas !
P Principais Sedes Municipais
!
( Sem Dados
Limite Municipal
!
( Com Dados
Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
FONTE: HIDROWEB, 2018.
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Figura 8.2 - Diagrama de Barras dos Dados Pluviométricos
ANO
1889 1890 1891 1892 1893 1894 1895 1896 1897 1898 1899 1900 1901 1902 1903 1904 1905 1906 1907 1908 1909 1910 1911 1912 1913 1914 1915 1916 1917 1918 1919 1920 1921 1922 1923 1924 1925 1926 1927 1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938 1939 1940 1941 1942 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Estação_Código
01944003
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
01944004
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01944005
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01944007
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Paraopeba
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02044010
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02044044
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X X X X X @
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02044047
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02044049
+ X X X X X + X X @
02044052
@ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02044053
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02044054
@ X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01844002
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01844003
@ X + + @ @ + + + + + + X + + + X + + + + + X + X + X X + + + + + + + X + X +
01844004
+ + X + + X + + X X + + + +
01844010
@ + + + X X X + X X X + X X X X + X + + + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
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01844016
X X X + +
01844017
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01844019
@ @ + + X + + X X X + + X X + X X + X X X X X X X X X X + X @
01844024
@ X X X X X X X X X X X + X @
01845000
@ X X X X X X + + + + + X + X + + + @
01943004
@ + X X X + X + X + + X X + + X X + X X X X X X X + + X X X X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X + + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + +
01943010
+ X X X X X X X X X X X X X X + X + X X X + + + X + + X + X + + + + + X X X X X X X X X X X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01943011
X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X +
01943012
X X X X X X X X X X X X X X X X X + + X X X X + + X + X +
01943013
+ X X X X X X X + X X X X X X + + +
01943014
@ X @ + @ X X X X X
01943016
X X X + + + X
01943018
+ X X
01943020
X +
01943021
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + +
01943022
@ + X + + + X @ + + @ + + @ + + + + + @ + X + X + + + + + X + X X + + X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X
01943023
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + + X + + X X + + + X X X X + X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01943028
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + +
01943029
X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X + +
01943030
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + +
01943031
X + @ X X X X X X X X X X X X X X X X + +
01943032
@ + X X X X X X X X X X X X X +
01943033
@ X X X X X X X X X X X +
01943034
@ X X X X X X X X X X X X X + +
01943036
+ + + X +
01943038
@ + + + + X + +
01943039
+ + X X X X X X X X X
01943041
@ + X X X +
01943049
+ @ + X + X X + X X + X X X X + X + + + + @ X X X + X X X X X X X X X X X X X X X @ + X + @
01943053
+ + + + + + X X X X + X X X X X X + X X X + X + X X X @
01943054
@ X X X
01943055
@ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01943064
@ X + X X X
01943066
@ @ @ @ + X + + X X X @
01944000
+ X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X X @
01944001
+ X X @ + + X @
01944002
+ X X X + + +
01944006
+ X X +
01944009
+ X X X X X + X + + + + + + + X + + X X + X X + X X X X + + + + X + X X X + X X X X + X + X X X X + X + + X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01944011
@ X + + + + @ + X X + X + + X X + + + X X X X X X X X X X X + + X + X X X X X X X X X X X X X X X X + X X X X + X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X + @
01944014
@ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + +
01944019
@ + X X X X X X X X + X X X X + + X X X @
01944020
@ X X X X X X X + + X X X + + + X + + + @ @ + @ + + + + + + + + X X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01944021
+ + + @ X X + X X X X X + X + X X X + X + + X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ @ @
01944023
+ X X X + X X + X + X X X X X X X + X @
01944024
+ X + + X + X X + X X X X + + X + X + + X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01944029
@ X X X X X X X X X @
01944032
X @ @ X X X X X X X X X X X + X @ @ @ @ X X X X X X X X X X + X X X X X X X + X X X X X X X X X X +
01944033
X + + X + X X X X X X X X X + + @ @ +
01944043
@ X X +
01944052
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + X X X X X X X X + X X X X X X + X X X +
01944060
@ X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01944063
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01944068
@ X X X X X X + X X X X X X X X X X X @
01944082
+ X X + X @
01945001
+ + + X + + +
01945004
@ X X X + X + + + + X @ X X X X X + X X + + + X X X X X X X X @ X + X X + + @ + X + + X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + + @
Limítrofe
01945020
+ X + X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01945021
@ X + X X +
01945022
X X X X X X X X + X X X X X X X X X X
01945038
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
01945039
X X X X + X X X X + X X X X X X X X X X X X + + X X X X X X X + + + X @
02043003
+ X + + + X + + X + X + + + + X + + X + X X @ X
02043006
+ + X X X +
02043007
+ X X X X X + X X X X X X X X X + X + X X X X X X
02043008
+ X X X X X X X X X X + X X X X @ + + X X X X X +
02043010
@ X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ +
02043012
+ + @ @
02043015
+ X X + @ + +
02043016
+ X X X + + X X + X + X X X X + X X X X +
02043017
@ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + X X
02043018
@ X X X @ X X X X X X X X X X X X X X + X X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + @ @ X X X X X X + X + X X X X + X + + X + + X + +
02043019
X X X + + + X X +
02043020
+ X @ + +
02043022
@ X X X X X X X X X X X X X X X X X X + + X X X X
02043023
@ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
02043024
+ @ X + X X X X X + + + X @
02043026
+ X X X X + + X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + X X @
02043028
@ X + X X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X + @
02043032
@ X X @ X X
02043042
@ X X + X X X X + + + X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02043043
@ X + + + + X X X X X + X + X + + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + @
02043044
X X X X X X X X X X X X X X +
02043049
@ X X X @ + + X X X
02043056
+ + + + X X + X + + + + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02043057
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02043058
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02043059
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02043060
X + X X X X + X + + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02043062
+ X X X X
02044000
+ X X X X X X X X X X X X X X + @ X X X X X X X X X X @ @
02044002
+ + + + + X X + + X + X X + X X X X X + X X X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + X X X X X X @
02044003
+ X + + + X + + X + X + + + + X + + X + X X @ X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + @
02044004
+ X X +
02044005
+ X X + X X X + + + X X + X + + + + + X X + X X + X X X X X + X X X X X @
02044006
+ X X X X + X + X X @ + X X X X + + + + + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + + + X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02044009
+ + + + + X + X + + + X X X X + X X + X X + @ + X X X X X X X X + X + + X X X X + X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + + X X X X X @
02044011
+ X + + X X + @
02044014
@ X + X @ @ X X X X X X X @
02044015
+ X X + X
02044016
+ + X + + X X X X X X X X X + X X X X X + X X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
02044036
X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02044038
@ X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X X X + + + + @ @ @ @ X @ X + + +
02044042
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02044050
+ X X X X @ X X X X X X X + X X X + X + X X + X + X + + + + + X @ + @
02044055
@
02143003
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X @
02143005
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X X X X X X X + + X + X X X X X X @
02143006
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X X + X + + X + + + X X + X X X + @
02143007
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X + X X X X X X X X X @ X X X X X X + X + + + X X + X X + X + X + X X + X X + + @
02143010
@ X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X
02143026
X + + +
02143055
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + + + X X + X X + + +
02143060
+ X X +
02144002
X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X X X X + + X + + + X + X + + + @
02144009
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X X X X + + @ + X + + X + X X + X @
02144020
@ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X X X X X + X + + + X X + X X X X @
02144024
+ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X @ X X X X X X X X X X X X + X X X + X + + + + X + + + X + @
02144032
@ @ X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X + X + + + + X X X X X X X + X X X + + + +
02144073
@ X X X
De 0 a 6 leituras @
de 6 a 11 leituras +
12 leituras X
262
Desta forma, a partir das 180 estações pluviométricas existentes com dados disponíveis,
selecionaram-se aquelas com períodos com menos falhas e com pelo menos 30 anos
de dados observados entre o período de 1941 a 2018. Com isso, formou-se um conjunto
final de 83 estações, as quais estão apresentadas no Quadro 8.1 abaixo.
263
Latitude Longitude
Código Estação Nome Período
(°) (°)
01844003 PONTE DO LICÍNIO 1941-1979 -18,68 -44,68
PONTE DO LICÍNIO -
01844010 1973-2005 -18,67 -44,19
JUSANTE
01844015 CURVELO 1912-1998 -18,77 -44,43
01844017 CORINTO 1984-2005 -18,37 -44,44
01844019 MORRO DA GARÇA 1988-2018 -18,54 -44,60
01943004 JABOTICATUBAS 1941-2017 -19,52 -43,74
01943010 CAETÉ 1941-2018 -19,90 -43,67
01943011 INSTITUTO AGRONÔMICO 1941-1971 -19,92 -43,90
01943022 CAIXA DE AREIA 1940-2016 -19,95 -43,91
01943023 TAQUARAÇU 1942-2018 -19,66 -43,69
01943049 PONTE RAUL SOARES 1973-2018 -19,56 -43,92
BELO HORIZONTE
01943055 1961-2017 -19,90 -43,92
(HORTO)
01944000 PRUDENTE DE MORAIS - A 1941-1978 -19,48 -44,15
01944009 PEDRO LEOPOLDO 1941-2018 -19,63 -44,05
01944011 JAGUARUNA - JUSANTE 1941-2018 -19,73 -44,81
01944020 PIRAPAMA 1958-2018 -19,01 -44,04
01944021 VELHO DA TAIPA 1959-2018 -19,70 -44,93
FAZENDA VARGEM
01944024 1961-2018 -19,24 -44,12
BONITA
01944032 SE PITANGUI 1941-2004 -19,68 -44,88
01944052 SETE LAGOAS 1941-1998 -19,47 -44,25
ESTAÇÃO ALVARO DA
01945004 1941-2018 -19,75 -45,12
SILVEIRA
01945038 PORTO DAS ANDORINHAS 1983-2018 -19,28 -45,29
01945039 MARTINHO CAMPOS 1983-2018 -19,33 -45,23
02043010 PIRANGA 1941-2017 -20,69 -43,30
02043018 CARANDAÍ 1941-2017 -20,96 -43,80
02043026 BRAZ PIRES 1967-2018 -20,85 -43,24
REPRESA DAS CODORNAS
02043042 1976-2018 -20,16 -43,89
(MMV)
REPRESA DO MIGUELÃO
02043043 1976-2018 -20,13 -43,95
(MMV)
FAZENDA ÁGUA LIMPA
02043056 1984-2018 -20,30 -43,62
JUSANTE
PCH CODORNA
Limítrofe 02043057 1950-1981 -20,17 -43,89
BARRAMENTO
02043058 MIGUELÃO 1950-1981 -20,17 -43,90
02043059 COLÉGIO CARAÇA 1983-2018 -20,10 -43,49
02043060 ITABIRITO LINIGRAFO 1984-2018 -20,29 -43,80
02044002 ITAÁNA - MONTANTE 1941-2017 -20,07 -44,57
02044003 CARMO DO CAJURU 1941-2018 -20,19 -44,79
02044005 CARMO DA MATA 1941-1977 -20,56 -44,87
02044006 DIVINÓPOLIS 1941-2018 -20,14 -44,89
02044009 FAZENDA CAMPO GRANDE 1942-2018 -20,63 -44,43
FAZENDA BENEDITO
02044016 1970-2017 -20,17 -44,52
CHAVES
02044038 RESENDE COSTA 1975-2017 -20,92 -44,24
CARMO DA MATA (ETA -
02044042 1977-2018 -20,56 -44,87
COPASA)
02044050 SÃO TIAGO 1984-2018 -20,90 -44,50
02143003 DESTERRO DO MELO 1941-2018 -21,15 -43,52
264
Latitude Longitude
Código Estação Nome Período
(°) (°)
02143005 CAMPOLIDE 1941-2018 -21,28 -43,82
02143006 BARROSO 1941-2018 -21,19 -43,98
02143007 VARGEM DO ENGENHO 1941-2018 -21,19 -43,61
02143010 BARBACENA 1941-1976 -21,22 -43,77
02143055 BARBACENA 1961-1998 -21,25 -43,77
Limítrofe 02144002 PORTO TIRADENTES 1941-2018 -21,12 -44,23
02144009 PORTO DO ELVAS 1941-2018 -21,17 -44,14
02144020 USINA SÃO JOÃO DEL REI 1961-2018 -21,06 -44,21
02144024 VILA RIO DAS MORTES 1967-2018 -21,19 -44,33
02144032 SÃO JOÃO DEL REI 1889-1998 -21,13 -44,27
FONTE: Hidroweb, 2018.
265
45°0'0"O 44°0'0"O
Estações Pluviométricas
! Selecionadas
! !
Curvelo
!
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
!
Pompéu
!
P !
! !
!
! ! Sete Lagoas
!
P
! !
!
! !
!
!
! !
! Esmeraldas
! !
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
! Belo Horizonte!
ba
Contagem !
!
P P !!
!
!! !
! ! !! !!
20°0'0"S ! Ibirité 20°0'0"S
! !
P!
Itaúna! !
!
!
P ! !
! !! !
! ! !
! !!
! !
! !
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P!
MT
BA !
DF ! ! !
Conselheiro Lafaiete
GO
! !
P
!
Belo Horizonte ES
^ !
±
MS
0 10 20 40 km
!
SP !
RJ ! 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
! Estações Pluviométricas !
P Principais Sedes Municipais
Limite Municipal
FONTE: HIDROWEB, 2018.
Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Após a seleção das estações, com os dados de precipitação total mensal de cada uma
das 83 estações pluviométricas selecionadas foram elaborados os gráficos das Curvas
Duplo-Acumulativas, conforme o exemplo apresentado na Figura 8.4 abaixo, a fim de
verificar a continuidade e aplicabilidade dos dados.
267
Quadro 8.2 - Precipitação Total Anual por Estação
Precipitação
Código Nome Total Anual
Média (mm)
01944003 MATEUS LEME 1.429,6
01944004 PONTE NOVA DO PARAOPEBA 1.390,0
Paraopeba 01944005 BETIM 1.365,5
01944007 FAZENDA ESCOLA FLORESTAL 1.390,6
01944010 HORTO FLORESTAL 1.283,8
01944026 BARRO PRETO 1.426,4
01944027 JUATUBA 1.417,1
01944031 PONTE DA TAQUARA 1.276,3
01944048 MATEUS LEME 1.468,8
01944049 PAPAGAIOS 1.283,8
01944055 BETIM - COPASA 1.424,4
01944059 FORTUNA DE MINAS 1.259,9
01944062 FAZENDA SANTA RITA 1.370,0
02043005 CONSELHEIRO LAFAIETE 1.370,5
Paraopeba 02043013 CONGONHAS - LINIGRAFO 1.382,8
02044007 ENTRE RIOS DE MINAS 1.371,0
02044008 MELO FRANCO 1.322,5
02044012 IBIRITÉ 1.734,5
02044019 FAZENDA VISTA ALEGRE 1.445,4
02044020 CALAMBAU 1.417,4
02044021 ALTO DA BOA VISTA 1.542,3
02044024 FAZENDA CURRALINHO 1.471,9
02044026 FAZENDA COQUEIROS 1.427,7
02044040 USINA JOÃO RIBEIRO 1.443,7
02044041 FAZENDA LARANJEIRAS - JUSANTE 1.473,3
02044043 ESTIVA 1.490,1
02044047 SERRA DA SAUDADE 1.439,4
02044052 JARDIM 1.438,5
02044053 ESCOLA DE VETERINÁRIA 1.430,8
02044054 SERRA AZUL 1.396,9
01844003 PONTE DO LICÍNIO 1.181,4
01844010 PONTE DO LICÍNIO - JUSANTE 1.103,4
01844015 CURVELO 1.294,6
01844017 CORINTO 1.066,8
01844019 MORRO DA GARÇA 1.088,9
01943004 JABOTICATUBAS 1.268,6
Limítrofe 01943010 CAETÉ 1.408,9
01943011 INSTITUTO AGRONÔMICO 1.471,1
01943022 CAIXA DE AREIA 1.728,0
01943023 TAQUARAÇU 1.300,8
01943049 PONTE RAUL SOARES 1.254,6
01943055 BELO HORIZONTE (HORTO) 1.547,7
01944000 PRUDENTE DE MORAIS - A 1.350,0
268
Precipitação
Código Nome Total Anual
Média (mm)
01944009 PEDRO LEOPOLDO 1.291,3
01944011 JAGUARUNA - JUSANTE 1.266,0
01944020 PIRAPAMA 1.229,2
01944021 VELHO DA TAIPA 1.371,3
01944024 FAZENDA VARGEM BONITA 1.228,7
01944032 SE PITANGUI 1.423,6
01944052 SETE LAGOAS 1.381,7
01945004 ESTAÇÃO ALVARO DA SILVEIRA 1.241,7
01945038 PORTO DAS ANDORINHAS 1.234,9
01945039 MARTINHO CAMPOS 1.159,8
02043010 PIRANGA 1.374,0
02043018 CARANDAÍ 1.433,7
02043026 BRAZ PIRES 1.294,0
02043042 REPRESA DAS CODORNAS (MMV) 1.612,7
02043043 REPRESA DO MIGUELÃO (MMV) 1.651,2
02043056 FAZENDA ÁGUA LIMPA JUSANTE 1.320,9
02043057 PCH CODORNA BARRAMENTO 1.205,1
02043058 MIGUELÃO 1.377,6
Limítrofe 02043059 COLÉGIO CARAÇA 1.975,4
02043060 ITABIRITO LINIGRAFO 1.388,8
02044002 ITAÁNA - MONTANTE 1.437,5
02044003 CARMO DO CAJURU 1.376,9
02044005 CARMO DA MATA 1.367,3
02044006 DIVINÓPOLIS 1.326,5
02044009 FAZENDA CAMPO GRANDE 1.494,6
02044016 FAZENDA BENEDITO CHAVES 1.494,7
02044038 RESENDE COSTA 1.556,3
02044042 CARMO DA MATA (ETA - COPASA) 1.441,3
02044050 SÃO TIAGO 1.464,1
02143003 DESTERRO DO MELO 1.580,8
02143005 CAMPOLIDE 1.418,3
02143006 BARROSO 1.327,8
02143007 VARGEM DO ENGENHO 1.528,0
02143010 BARBACENA 1.408,6
02143055 BARBACENA 1.435,7
02144002 PORTO TIRADENTES 1.471,2
02144009 PORTO DO ELVAS 1.473,7
02144020 USINA SÃO JOÃO DEL REI 1.455,2
02144024 VILA RIO DAS MORTES 1.282,5
02144032 SÃO JOÃO DEL REI 1.498,3
FONTE: COBRAPE, 2018.
269
A partir dos valores pontuais apresentados no Quadro 8.2, foi realizada a interpolação
através do software ArcGis 10.5.1, extensão Spatial Analyst, módulo Topo to Raster. O
módulo Topo to Raster foi escolhido por utilizar uma técnica de interpolação por
diferenças finitas, que combina a eficiência de uma interpolação local (por exemplo, o
método do Inverso do Quadrado da Distância), com métodos de interpolação global que
utilizam uma superfície de continuidade, como o interpolador Kriging (Mccoy e Johnston,
2002). Os arquivos de saída são no formato de imagens raster, como apresenta a Figura
8.5 a seguir.
270
45°0'0"O 44°0'0"O
Precipitação Total
! Anual Média
! !
Curvelo
P
!
!
19°0'0"S 19°0'0"S
!
Pompéu
P
! !
! !
!
! ! Sete Lagoas
P
!
! !
!
! !
!
!
! !
! Esmeraldas
! P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
P
!
pe
!
ba
!!
Contagem !
! P
! !
!
20°0'0"S ! !! !! !!
Ibirité 20°0'0"S
! ! P!
!
Itaúna! !
!
P
! ! !
! !! !
! ! !
! !!
! !
! !
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P!
!
MT
BA !
DF ! ! !
Conselheiro Lafaiete
GO
! P
!
!
Belo Horizonte ES
^ !
±
MS
0 10 20 40 km
!
SP !
RJ ! 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
! Estações Pluviométricas P Principais Sedes Municipais
!
Precipitação Total Anual Média (mm) Limite Municipal
1.100 - 1.300
Hidrografia Principal
1.300 - 1.400
Limite SF3: Rio Paraopeba
1.400 - 1.450
Municípios SF3: Rio Paraopeba
1.450 - 1.550
Reservatório
1.550 - 1.750
272
Quadro 8.3 - Médias Pluviométricas Mensais
Meses
Código Estação
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
01944003 251,40 184,50 180,10 61,90 24,70 15,30 11,80 7,50 44,60 126,60 204,00 302,90
01944004 273,47 169,36 170,45 57,35 27,27 12,82 10,31 9,65 45,54 107,95 205,13 298,37
01944005 257,82 162,84 147,71 52,25 23,44 18,30 9,18 12,85 49,50 126,61 213,36 291,62
01944007 277,90 170,00 161,80 59,40 25,10 12,40 12,00 8,30 41,20 101,50 214,40 303,50
01944010 258,80 169,60 147,20 50,40 24,50 7,50 10,70 8,60 37,80 98,80 214,10 259,00
01944026 282,36 146,41 163,62 63,61 28,12 17,44 11,13 11,40 52,33 98,13 228,90 310,97
01944027 268,22 138,98 186,19 53,92 28,44 12,28 12,01 12,86 46,41 102,46 221,77 326,15
01944031 247,63 151,62 157,40 48,27 28,47 8,72 10,38 9,00 36,59 95,71 204,78 273,64
01944048 291,30 144,60 171,20 53,50 34,10 12,90 13,20 17,60 53,50 102,00 220,90 352,80
01944049 253,00 141,76 171,29 51,52 27,35 7,70 9,45 9,65 39,21 86,80 196,68 273,30
01944055 298,72 144,24 174,18 60,17 30,38 14,59 9,12 13,16 53,79 89,69 208,89 321,79
01944059 254,30 151,40 158,50 43,50 24,00 9,40 9,40 10,40 39,30 82,40 202,40 277,20
01944062 270,46 163,22 178,39 55,19 31,42 15,59 8,76 12,64 48,03 79,45 203,90 303,48
Paraopeba
02043005 257,82 162,84 147,71 52,25 23,44 18,30 9,18 12,85 49,50 126,61 213,36 291,62
02043013 247,86 174,20 164,03 61,55 26,78 16,63 14,44 13,63 53,08 121,25 200,37 275,42
02044007 267,16 172,52 159,71 55,33 34,82 16,68 11,79 14,76 54,38 118,39 185,95 279,44
02044008 261,79 149,59 153,50 55,61 26,49 13,62 10,12 10,91 43,69 106,84 202,55 275,45
02044012 355,49 211,50 202,93 73,52 35,39 18,80 11,68 12,49 50,79 130,16 257,16 371,72
02044019 280,79 162,62 166,64 62,65 32,75 17,14 12,78 15,89 47,69 100,51 224,97 315,43
02044020 263,73 154,01 160,41 63,23 29,76 15,95 12,50 13,12 47,94 99,89 224,28 306,42
02044021 312,66 163,74 181,09 62,49 34,24 17,62 12,58 11,49 49,74 101,93 225,16 344,77
02044024 302,38 156,01 184,86 61,82 34,21 15,12 13,06 12,53 51,68 95,35 223,36 319,03
02044026 295,80 156,39 156,13 63,50 33,68 16,34 12,51 11,90 50,04 95,28 203,50 309,74
02044040 293,51 155,38 163,32 67,21 38,71 16,21 17,38 20,29 64,42 114,19 193,59 296,19
02044041 293,62 160,26 174,93 67,90 34,50 18,67 11,36 12,53 49,80 95,30 218,28 324,23
02044043 298,47 158,19 182,15 66,64 34,38 20,87 10,79 13,60 48,68 95,56 230,79 328,16
02044047 288,24 179,97 165,19 67,47 29,54 12,43 12,09 15,29 49,61 91,22 209,50 337,56
02044052 298,03 151,14 165,07 60,53 32,37 16,57 8,10 13,73 51,95 91,42 217,31 338,38
273
Meses
Código Estação
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
02044053 299,51 159,16 166,03 52,06 32,16 13,46 7,43 9,86 45,55 82,40 211,56 330,96
02044054 286,54 164,92 171,40 49,37 32,36 19,73 8,60 10,41 47,06 91,06 205,28 313,59
01844003 204,10 152,00 123,60 59,40 23,60 7,40 6,90 5,60 27,80 113,90 197,40 272,20
01844010 241,60 125,80 125,10 48,90 25,30 4,50 7,60 7,80 35,40 82,10 175,90 225,10
01844015 231,70 153,10 145,60 63,80 20,40 5,40 5,60 7,30 29,50 101,00 189,10 279,00
01844017 213,50 127,60 134,20 46,10 12,20 4,20 8,60 8,30 34,60 64,60 199,90 221,10
01844019 179,62 121,79 144,97 44,03 19,34 7,34 4,58 10,07 28,61 70,93 184,16 252,92
01943004 239,60 145,18 140,48 50,95 23,18 8,43 9,09 7,49 38,25 94,57 213,24 288,54
01943010 274,40 165,93 152,67 53,81 27,04 11,87 10,38 10,66 44,01 109,55 218,35 331,48
01943011 289,70 196,30 162,80 64,20 21,10 11,90 8,70 8,60 31,60 132,40 219,50 323,70
01943022 344,09 203,40 197,52 77,13 30,69 14,39 11,99 11,28 49,01 120,83 259,14 393,98
01943023 252,48 154,44 144,24 49,80 24,14 9,05 8,16 7,51 36,13 94,60 215,14 309,39
01943049 250,52 135,55 155,59 55,13 24,32 8,24 8,76 8,84 38,83 80,92 201,80 270,80
Limítrofe
01943055 305,60 181,20 174,20 71,90 28,40 12,90 11,00 13,30 44,90 116,30 239,30 334,00
01944000 255,20 185,70 155,40 54,70 21,20 8,20 11,40 5,40 31,80 109,10 213,30 304,00
01944009 242,45 153,33 152,13 48,43 21,65 8,50 8,79 8,25 36,84 97,42 210,52 300,55
01944011 242,25 158,46 156,15 54,95 25,52 10,31 9,35 8,32 41,53 103,90 185,95 255,57
01944020 245,11 148,04 143,60 49,81 24,98 7,06 7,39 7,10 29,18 91,45 194,18 268,66
01944021 270,98 177,70 157,94 49,05 30,86 11,65 9,51 10,65 42,37 109,56 205,04 283,23
01944024 234,65 133,57 148,90 48,83 20,91 7,39 6,72 8,23 35,18 98,09 214,25 262,54
01944032 286,06 178,88 172,84 70,60 32,22 11,21 10,94 11,40 42,55 101,24 206,28 302,08
01944052 275,30 180,40 158,00 59,10 24,80 10,60 10,80 8,20 38,30 101,30 218,40 297,30
01945004 250,90 151,96 166,94 49,95 27,06 7,88 9,12 8,22 38,97 88,89 173,82 267,88
01945038 228,31 161,58 170,78 66,64 31,87 9,68 9,76 10,19 40,87 84,88 183,88 248,92
01945039 239,68 151,04 144,16 61,37 28,88 6,68 11,49 8,52 34,94 74,99 169,68 233,58
02043010 255,15 157,25 161,51 63,97 29,61 16,32 11,46 15,26 53,52 117,30 207,49 280,26
02043018 258,89 188,07 169,96 60,05 36,89 19,70 12,98 16,52 61,12 122,46 204,95 288,94
02043026 240,95 139,11 146,14 57,86 30,47 15,15 14,13 14,47 55,81 112,50 204,95 255,33
02043042 324,24 176,42 196,98 71,23 34,69 15,08 11,94 15,17 58,12 117,43 238,22 336,66
274
Meses
Código Estação
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
02043043 341,42 192,22 202,42 76,59 40,88 19,45 12,29 16,23 56,74 111,09 236,98 342,30
02043056 262,25 133,31 152,11 66,14 32,96 14,49 9,83 17,65 55,08 92,46 193,35 285,26
02043057 230,60 165,70 154,80 55,10 22,20 11,80 13,90 10,30 33,10 104,00 191,10 255,70
02043058 262,80 191,90 163,90 59,40 26,90 14,10 13,80 10,80 34,70 124,10 212,30 267,70
02043059 357,37 224,86 223,10 90,24 45,24 13,98 11,31 17,15 58,77 125,09 289,06 482,66
02043060 256,40 150,93 175,09 66,04 36,04 16,70 7,99 16,84 51,86 98,70 211,54 299,45
02044002 254,86 161,62 173,77 65,56 28,15 16,33 12,09 12,78 48,20 107,34 221,61 296,50
02044003 266,49 164,70 155,30 61,08 27,56 15,57 11,46 11,25 47,33 112,88 208,71 288,74
02044005 258,00 186,70 160,30 50,70 29,80 14,60 11,50 9,30 42,10 128,40 200,20 275,60
02044006 269,50 162,65 150,99 54,46 25,06 16,29 10,89 10,85 45,38 105,95 195,16 278,94
02044009 291,74 196,10 177,33 64,87 35,96 20,75 10,90 13,65 54,29 123,94 204,36 311,13
02044016 288,72 163,52 176,29 66,77 35,10 20,00 13,91 13,43 53,91 108,89 234,85 310,69
Limítrofe
02044038 308,23 178,40 164,95 71,59 40,74 17,28 13,22 15,73 65,73 118,39 209,37 297,30
02044042 301,88 145,68 169,53 64,39 40,89 19,39 12,08 14,53 53,31 116,24 192,35 299,49
02044050 293,11 169,41 167,43 63,72 39,73 17,40 10,85 16,46 60,46 104,92 197,48 305,05
02143003 295,04 207,56 192,95 88,01 38,02 18,71 17,16 16,73 57,74 125,42 225,42 303,02
02143005 276,75 180,32 172,17 60,89 39,76 18,84 14,17 17,52 61,23 122,20 213,21 257,57
02143006 248,03 178,62 165,61 57,17 32,55 18,73 11,94 15,27 53,95 113,85 192,15 252,42
02143007 285,36 196,06 191,24 74,39 40,90 21,77 19,43 21,53 69,08 131,18 210,04 280,43
02143010 252,50 204,40 165,60 55,10 31,60 20,60 14,90 18,90 53,50 135,00 201,40 263,40
02143055 279,20 175,70 136,90 63,70 39,70 19,90 16,60 20,80 65,10 128,70 217,00 239,10
02144002 283,46 182,95 182,94 64,12 35,69 19,45 13,66 15,40 55,59 120,01 211,01 289,81
02144009 272,68 185,86 190,29 57,42 34,67 21,93 13,93 11,38 57,15 117,50 209,76 301,92
02144020 283,26 178,61 168,62 54,49 39,12 19,76 13,56 18,42 58,57 124,51 213,55 287,94
02144024 274,86 151,34 161,78 53,88 30,71 19,20 14,52 14,37 57,02 101,77 189,92 257,45
02144032 287,80 207,00 186,20 65,40 32,80 18,40 11,60 18,00 54,90 140,30 191,30 288,00
MÉDIA 271,66 165,91 165,27 59,96 30,20 14,28 11,19 12,37 47,32 106,15 209,68 295,88
FONTE: Hidroweb, 2018.
275
A Figura 8.6 a seguir apresenta graficamente a variação das médias mensais da bacia
do rio Paraopeba.
Pode-se observar na Figura 8.6 que os menores índices médios pluviométricos estão
entre os meses de abril a setembro, considerado como período seco, com precipitações
médias mensais entre 11 mm a 60 mm.
276
9. REDE DE MONITORAMENTO
Uma rede de monitoramento com objetivo de apoiar o sistema de gestão dos recursos
hídricos deve atender a diversos requisitos, tais como a localização adequada dos
pontos de controle, o número de pontos de controle suficiente para atender as condições
de monitoramento da bacia, a frequência adequada de amostragens, e a análise dos
parâmetros de qualidade da água efetivamente representativos para a área de
intervenção, entre outros. A análise de suficiência da rede de monitoramento existente
considera, primordialmente, a densidade de postos fluviométricos, sedimentométricos,
de qualidade da água e pluviométricos existentes. Visando a avaliação da rede de
monitoramento atual na área da bacia foram utilizadas as informações disponíveis no
Hidroweb, Banco de Dados Hidrometeorológicos gerenciado pela Agência Nacional de
Águas, que reúne informações de monitoramento de todo o país (ANA, 2018).
277
Quadro 9.1 - Densidade Mínima da Rede de Monitoramento
Normas Provisórias
Normas para Rede Mínima de Toleradas para
Tipo de Região Monitoramento - Condições Difíceis de
Área (km²) por Estação Monitoramento -
Área (km²) por Estação (1)
I. Regiões planas de zonas
temperada, mediterrânea e 1.000 - 2.500 3.000 - 10.000
tropical
II. Regiões montanhosas de
zonas temperada,
mediterrânea e tropical;
Pequenas ilhas montanhosas 300 - 1.000
1.000 - 5.000 (4)
com precipitação muito 140 - 300
irregular e com grande
concentração de redes
hidrográficas.
III. Regiões áridas e polares(2). 5.000 - 20.000 (3) Não Apresenta
(1) Somente para circunstâncias excepcionalmente difíceis.
(2) Grandes desertos não estão incluídos.
(3) Dependendo da praticidade.
(4) Sob circunstâncias muito difíceis o valor poderá ser estendido para 10.000km².
278
• Microbiológicos: coliformes termotolerantes;
A rede fluviométrica é responsável pela medição dos dados de cotas (cm), vazões
(m³/s), qualidade de água, resumo de descarga, sedimentos e perfil transversal.
A rede fluviométrica na Bacia do Rio Paraopeba é composta por 132 estações, conforme
detalhado no Anexo 1. Dentre estas, 50 apresentam dados referentes a vazões (m³/s)
e apenas 12 estão operando. A distribuição das estações fluviométricas pode ser
observada na Figura 9.1.
279
A bacia do rio Paraopeba tem 12.030,15 km² com 12 estações operando, resultando em
uma densidade de 1.002,51 km²/estação, o que não estaria em conformidade com os
parâmetros estabelecidos para uma rede mínima, visto que o máximo é de 1.000
km²/estação. Se analisar para as 50 estações que tem dados referentes a vazões (m³/s),
a densidade estaria em conformidade, pois apresentaria um valor de 240,60
km²/estação.
Quando detalhada a análise para o nível de sub-bacias, verifica-se que apenas a sub-
bacia do baixo Paraopeba não se enquadra nos parâmetros estabelecidos para uma
rede mínima, conforme pode ser observado no Quadro 9.3, que apresenta a densidade
das estações de monitoramento de vazão por sub-bacia em relação às estações
operantes.
280
45°0'0"O 44°0'0"O
Rede de Monitoramento
Fluviométrica
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda
Convenções Cartográficas
Estações Fluviométricas [132]
!
P Principais Sedes Municipais
! Não Operante [56]
Limite Municipal
! Operante [76]
Hidrografia Principal
FONTE: ANA, 2018. Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Limite das Sub-bacias do Paraopeba
Reservatório
9.1.2. Rede Sedimentométrica
Operantes Densidade
Sub-bacia Total Área (km²)
com Dados (km²/estação)
282
45°0'0"O 44°0'0"O
Rede de Monitoramento
Sedimentométrica
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda
Convenções Cartográficas
Estações Sedimentométricas
!
P Principais Sedes Municipais
! Operando [9]
Limite Municipal
FONTE: ANA, 2018. Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Limite das Sub-bacias do Paraopeba
Reservatório
9.1.3. Rede Pluviométrica
Assim como na rede fluviométrica, pode-se verificar que das 53 estações que possuem
dados disponíveis, apenas 28 estão em operação. Essa divergência, em relação as 95
estações que constam como operantes no Hidroweb, ocorre visto que existem empresas
que operam as estações, contudo, não fornecem os dados.
284
Quadro 9.6 - Análise da Densidade da Rede Pluviométrica por Sub-bacia
Densidade
Sub-bacia Total Operantes Área (km²)
(km²/estação)
Alto 7 4 3.629,25 907,31
Médio 41 21 5.097,93 242,76
Baixo 5 3 3.302,97 1.100,99
Total Geral 53 28 12.030,15 429,65
FONTE: COBRAPE, 2018.
285
45°0'0"O 44°0'0"O
Rede de Monitoramento
Pluviométrica
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda
Convenções Cartográficas
Estações Pluviométricas [134]
!
P Principais Sedes Municipais
! Não Operante [39]
!
Limite Municipal
Operante [95]
Hidrografia Principal
FONTE: ANA, 2018. Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Limite das Sub-bacias do Paraopeba
Reservatório
9.1.4. Rede de Qualidade da Água
A qualidade da água superficial na região do PDRH Paraopeba foi avaliada com base
nos dados de monitoramento disponíveis em duas fontes distintas: sistema Hidroweb e
IGAM. Por um lado, essa maior quantidade de informações permitiu a análise de um
número maior de trechos de rio, melhorando assim o monitoramento da qualidade
hídrica da região. Por outro lado, exigiu uma compatibilização das informações, de modo
a resultar em uma única base de dados.
287
Quadro 9.7 - Rede de monitoramento de qualidade da água superficial
Código Códigos originais
Fonte Período de dados Corpo hídrico Município PNQA
adotado Hidroweb IGAM
BP088 * Hidroweb e IGAM 40790001 BP088 2000 - 2018 Rio Betim Betim Sim
BP071 Hidroweb e IGAM 40790100 BP071 1997 - 2018 Rio Betim Betim Sim
40680000 Hidroweb 40680000 1977 - 2018 Rio Brumado Entre Rios de Minas Sim
BP024 Hidroweb e IGAM 40678000 BP024 2007 - 2018 Rio Brumado Entre Rios de Minas Sim
BP026 * Hidroweb e IGAM 40684000 BP026 1997 - 2018 Rio Camapuã Jeceaba Sim
BP094 Hidroweb e IGAM 40818900 BP094 2003 - 2018 Ribeirão Catarina Brumadinho Sim
BP092 Hidroweb e IGAM 40818800 BP092 2003 - 2018 Ribeirão Casa Branca Brumadinho Sim
BP098 Hidroweb e IGAM 40801000 BP098 2006 - 2018 Ribeirão do Cedro Caetanópolis Sim
41190100 Hidroweb 41190100 2016 - 2016 Ribeirão Cortesia Rio Acima Sim
BP090 Hidroweb e IGAM 40818700 BP090 2000 - 2018 Ribeirão Grande Esmeraldas Sim
BP081 Hidroweb e IGAM 40800005 BP081 2013 - 2018 Ribeirão Ibirité Ibirité Sim
BP085 Hidroweb e IGAM 40800200 BP085 2013 - 2018 Ribeirão Ibirité Ibirité Sim
BP074 Hidroweb e IGAM 40792000 BP074 2007 - 2018 Ribeirão dos Macacos Cachoeira da Prata Sim
BP018 IGAM BP018 2015 - 2018 Córrego Mãe-D’água Congonhas Não
BP096 Hidroweb e IGAM 40760000 BP096 2005 - 2018 Rio Manso Brumadinho Sim
BP084 * Hidroweb e IGAM 40579500 BP084 2000 - 2018 Rio Maranhão Conselheiro Lafaiete Sim
40579995 Hidroweb 40579995 2002 - 2018 Rio Maranhão Congonhas Sim
BP080 Hidroweb e IGAM 40580100 BP080 1997 - 2018 Rio Maranhão Congonhas Sim
BP032 Hidroweb e IGAM 40713000 BP032 2007 - 2018 Rio Macaúbas Alto Rio Doce Sim
BP020 * IGAM BP020 2015 - 2018 Córrego Maria-José Congonhas Não
40810400 Hidroweb 40810400 2009 - 2018 Córrego Mato Frio Itaúna Sim
40822995 Hidroweb 40822995 1987 - 2018 Ribeirão Mateus Leme Mateus Leme Sim
40823500 Hidroweb 40823500 2002 - 2018 Ribeirão Mateus Leme Juatuba Sim
BP073 Hidroweb e IGAM 40790070 BP073 2007 - 2018 Riacho das Pedras Betim Sim
BP075 Hidroweb e IGAM 40793000 BP075 2013 - 2018 Córrego Pintado Ibirité Sim
BP016 IGAM BP016 2015 - 2018 Rio Preto Congonhas Não
288
Código Códigos originais
Fonte Período de dados Corpo hídrico Município PNQA
adotado Hidroweb IGAM
BP022 Hidroweb e IGAM 40537000 BP022 2007 - 2018 Rio Paraopeba Cristiano Otoni Sim
40549998 Hidroweb 40549998 2002 - 2018 Rio Paraopeba São Brás do Suaçuí Sim
BP079 Hidroweb e IGAM 40797500 BP079 1997 - 2018 Rio Paraopeba São João del Rei Sim
BP027 Hidroweb e IGAM 40701000 BP027 1997 - 2018 Rio Paraopeba Jeceaba Sim
BP029 Hidroweb e IGAM 40701500 BP029 1997 - 2018 Rio Paraopeba Belo Vale Sim
40710000 Hidroweb 40710000 1982 - 2018 Rio Paraopeba Belo Vale Sim
BP036 Hidroweb e IGAM 40720003 BP036 1997 - 2018 Rio Paraopeba Belo Vale Sim
40740000 Hidroweb 40740000 1978 - 2018 Rio Paraopeba Brumadinho Sim
BP068 Hidroweb e IGAM 40750000 BP068 1997 - 2018 Rio Paraopeba São Joaquim de Bicas Sim
BP070 Hidroweb e IGAM 40787000 BP070 1997 - 2018 Rio Paraopeba São Joaquim de Bicas Sim
BP072 Hidroweb e IGAM 40791000 BP072 1997 - 2018 Rio Paraopeba Betim Sim
40800001 ** Hidroweb 40800001 1985 - 2018 Rio Paraopeba Juatuba Sim
BP082 Hidroweb e IGAM 40800010 BP082 1997 - 2018 Rio Paraopeba Esmeraldas Sim
4085000 Hidroweb 40850000 2002 - 2018 Rio Paraopeba Paraopeba Sim
BP083 Hidroweb e IGAM 40800100 BP083 1997 - 2018 Rio Paraopeba Esmeraldas Sim
BP078 Hidroweb e IGAM 40797000 BP078 1997 - 2018 Rio Paraopeba Pompéu Sim
BP099 * Hidroweb e IGAM 40867000 BP099 2007 - 2018 Rio Paraopeba Felixlândia Sim
BP086 Hidroweb e IGAM 40786100 BP086 2000 - 2018 Ribeirão Sarzedo Mário Campos Sim
40810800 Hidroweb 40810800 2002 - 2018 Ribeirão Serra Azul Mateus Leme Sim
40811100 Hidroweb 40811100 2002 - 2018 Ribeirão Serra Azul Mateus Leme Sim
BP069 Hidroweb e IGAM 40817500 BP069 2007 - 2018 Ribeirão Serra Azul Carangola Sim
40821900 Hidroweb 40821900 2009 - 2018 Ribeirão Sesmaria Mateus Leme Sim
BP076 Hidroweb e IGAM 40795000 BP076 1997 - 2018 Ribeirão São João Inhauma Sim
BP014 IGAM BP014 2015 - 2018 Ribeirão Soledade Conselheiro Lafaiete Não
BP066 Hidroweb e IGAM 40771000 BP066 2007 - 2018 Rio Veloso Itatiaiuçu Sim
289
* Estações com incompatibilidade entre o corpo hídrico citado pelo Hidroweb e/ou IGAM e a hidrografia analisada. Segundo a nomenclatura da hidrografia
enviada pelo IGAM, os trechos monitorados pelas estações são: BP088 (Córrego Praia do Batatal); BP026 (Córrego Sem Nome de cobacia 74969112); BP084
(Ribeirão Bananeiras); BP020 (Rio sem nome de cobacia 749693613); BP099 (Rio Manso).
** Segundo os dados do Hidroweb, a estação 40800001 monitora um trecho do rio Paraopeba. No entanto, o georreferenciamento deste ponto mostra que o
trecho monitorado é nomeado como Córrego Morro Grande e existe uma distância de aproximadamente 13 km entre a estação e o trecho mais próximo da
calha principal do rio Paraopeba.
290
É válido ainda ressaltar que, quando espacializados, os pontos comuns às duas bases
apresentaram certo espaçamento entre si. Como essas distâncias poderiam ser
originadas da mera diferença entre sistemas de georreferenciamento utilizados pelas
fontes de dados, foi atribuído um valor limite aceitável de distanciamento entre os pontos
de monitoramento do Hidroweb e do IGAM de 150 metros. Durante essa análise, 7 dos
33 pontos extrapolaram essa distância, sendo: BP088 (2.927,587 m), BP026 (3.419,111
m), BP094 (1.894,582 m), BP092 (608,858 m), BP036 (622,258 m), BP099 (1.651,373
m) e BP080 (496,326 m).
291
45°0'0"O 44°0'0"O
Rede de Monitoramento
da Qualidade da Água
Curvelo
!
P
PRP-06
PRP-05
(!
(
PRP-17
!
( !
PRE-01
!
(
MAD-01
!
(
19°0'0"S MJO-01
19°0'0"S
PRP-04
!
( !
( MAR-03 MAR-02
!
( !
(
CAM-01
!
( !
(
SOL-01
PRP-16
!
(
Pompéu R io MAR-01
!
P Pa
ra
PRP-02 PRP-03
!
(!
( !
(
o pe CED-01
b !
( BRU-02
!
a
(
BRU-01
PRP-15 !
(
!
(
PRP-14 SJO-01
!
(!( Sete Lagoas
!
P
MAC-01
!
(
PRP-13
!
(
GRA-01
!
( Esmeraldas
GRA-01
!
P
!
(
Pará de Minas
!
BET-01 !
P
( !
(
BET-01
Belo Horizonte
Contagem
PRP-11 PRP-12 PRP-11
!
P !
P
(!(
PRP-12
!
( MTL-01 MTL-02 ! BET-02 PED-01
!
( MTL-01 ! !
( (
MTL-02 BET-02 PED-01 SES-01 !
( !
(SEA-03 !
( !
( PIN-01
SES-01!
( !
( SEA-03 !
( !
( !
( !
(
20°0'0"S PIN-01 !
( Ibirité
ITB-02 20°0'0"S
!
( !
( ITB-01 SEA-02 PRP-10 ITB-01 !
!
( P
!
(
ITB-02 Itaúna !
( !
( !
( SAR-01
SEA-02 PRP-10 SAR-01 !
( !
P !
(
MTF-01
SEA-01
!
PRP-09
(MAN-01
CBR-01 CAT-01 COR-01
! !
( !
( !( !
(! (
( !
(
!
( PRP-08
SEA-01 VEL-01
!
( PRP-07
!
(
MTF-01 PRP-09 CBR-01 CAT-01 COR-01 !
(
!
( !
( !
(! !
( !
(
(
MAN-01
!
( PRP-08
VEL-01 !
( MCB-01
!
( PRP-07 !
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( Ouro Preto
PRP-05
!
(
PRP-06 !
P
!
(
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(
(MAD-01
! Congonhas
!
MJO-01
!
(
( PRP-04
! !
P
( MAR-03
!
MAR-02
( SOL-01
!
( !
(
BA CAM-01
MT PRP-03 MAR-01
( PRP-02 !
!
!
( (
DF BRU-02
Conselheiro Lafaiete
!
((
BRU-01
GO
! !
P
Belo Horizonte ES
^ !
(
PRP-01
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Programa Nacional de Avaliação da !
P Principais Sedes Municipais
Qualidade das Águas Limite Municipal
!
( Sim Hidrografia Principal
!
( Não Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Pela diferença entre o número de dados apresentados para cada parâmetro, é nítido o
fato de que a frequência mínima trimestral de amostragens, planejada pela ANA (2012),
ainda não conseguiu ser estabelecida em todos os pontos de monitoramento Quando
analisados os dados a partir de 2012, todos os 51 pontos mapeados no estudo
apresentam pelo menos um ano com quantidade de informações abaixo da frequência
mínima estabelecida.
Tais fatos, apesar de permitirem uma visão geral das alterações que ocorrem ao longo
do tempo na região hidrográfica, dificultam a avaliação da qualidade da água com maior
precisão, sendo importante a adequação da rede quanto à frequência e parâmetros
monitorados.
293
10. DISPONIBILIDADES HÍDRICAS SUPERFICIAIS
10.1. Metodologia
A escolha do estudo a ser utilizado nas estimativas baseou-se nas observações feitas
por Moreira e Silva (2013). Esse artigo analisa diversas metodologias de regionalização
de vazões, as quais espacializam os dados das estações fluviométricas, visando
fornecer ao órgão gestor de recursos hídricos do Estado de Minas Gerais subsídios para
escolha de um método para a estimativa das vazões na bacia do rio Paraopeba. Para
isso o artigo teve por objetivo analisar as estimativas dos valores da vazão mínima com
sete dias de duração e período de retorno de dez anos (Q7,10) e da vazão média de longa
duração (Qmld) obtidas pelo estudo “Deflúvios Superficiais no Estado de Minas Gerais”
e os métodos de regionalização tradicional, proporcionalidade de vazões e conservação
de massas.
294
O estudo “Deflúvios Superficiais no Estado de Minas Gerais” (COPASA, 1993), o qual
foi desenvolvido pela Hidrosistemas com o apoio da Companhia de Saneamento de
Minas Gerais (COPASA), é o atualmente utilizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das
Águas (IGAM) para a estimativa da Q7,10 e Qmld.
Segunda a análise realizada por Moreira e Silva (2013), os maiores erros nas
estimativas das vazões (Q7,10 e Qmld) ocorreram nas regiões de cabeceiras da bacia; na
estimativa da Qmld não foram observadas diferenças expressivas entre os métodos de
regionalização de vazões; e dentre os métodos de regionalização utilizados no estudo,
o método tradicional permite melhor estimativa dos valores de Q7,10 e Qmld para a bacia
do rio Paraopeba.
295
𝑃∗𝐴
𝑃𝑒𝑞 = ,
𝑘
onde:
(𝑃−750)∗𝐴
𝑃𝑒𝑞 = ,
𝑘
onde:
296
Quadro 10.1- Estações Utilizadas
Visando uma análise mais criteriosa do comportamento físico das vazões obtidas pelos
modelos de regionalização aplicados utilizou-se o coeficiente de escoamento para a
análise das vazões, conforme proposto por Rodriguez (2008). Portanto, considerou-se
um valor de coeficiente de escoamento superficial para a bacia como um limitador para
as estimativas de todas as vazões calculadas, sendo este valor limite obtido pelos dados
observados nas estações fluviométricas.
Assim, como produto final, se tem para qualquer seção fluvial, as vazões características
Qmld; Q7,10; Q90 e Q95 e a área de drenagem correspondente para todas as Unidades de
Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos (UPGRH) do Estado de Minas Gerais.
297
de água que não retorna para a bacia, através dos reservatórios de Vargem das Flores,
Rio Manso e Serra Azul.
Outro ponto relevante é que a espacialização realizada não permite o cálculo das
vazões características incrementais, pois não há continuidade na malha hidrográfica,
gerando alguns resultados negativos.
As vazões médias de longo período (Qmld) representam a média aritmética das vazões
diárias de todo período das séries disponíveis, ela também é o limite teórico de
regularização de uma bacia. Sua análise e de profunda importância para conhecer o
comportamento médio das disponibilidades hídricas da região.
onde:
Os resultados das vazões médias apresentam vazões específicas com valores que
ficam aproximadamente entre 14 e 23 L.s/km² (Figura 10.1). Esses resultados são
compatíveis com a distribuição de precipitação e indicam uma produtividade alta em
relação ao resto da Bacia do Rio São Francisco. Comparando com outros estudos,
considerando “Deflúvios Superficiais no Estado de Minas Gerais” (COPASA, 1993); o
Atlas Digital de Minas Gerais (2007); e a Base Físico-Territorial do Plano Nacional de
Recursos Hídricos, de acordo com os dados apresentados no Plano Estadual de
Recursos Hídricos (IGAM, 2011) os valores de vazões médias variam de 8 a 22 L.s/km²,
intervalo semelhante ao obtido pelo estudo no qual a metodologia de obtenção de
vazões do presente Plano foi baseada.
298
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo Curvelo
!
P !
P
19°0'0"S 19°0'0"S
19°0'0"S 19°0'0"S
BAIXO BAIXO
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
R io
Pa
Pará de Minas
ra
!
P Pará de Minas
op
Belo Horizonte !
P
e
Belo Horizonte
ba
MÉDIO Contagem
!
P !
P MÉDIO Contagem
!
P
!
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
Ibirité
!
P 20°0'0"S
!
P
20°0'0"S
Itaúna Itaúna
!
P !
P
ALTO ALTO
Conselheiro Lafaiete Conselheiro Lafaiete
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Legenda
Vazões Médias Acumuladas Vazões Médias Específicas Convenções Cartográficas
(m³/s) (L/s.km²) !
P Principais Sedes Municipais
0,00 - 5,00 Limite Municipal
14,24 - 16,00
5,00 - 25,00 16,00 - 18,00 Hidrografia Principal
25,00 - 100,00 Limite SF3: Rio Paraopeba
18,00 - 20,00
100,00 - 150,00 Reservatório
20,00 - 22,00
150,00 - 170,87 Municípios SF3: Rio Paraopeba
22,00 - 23,07
FONTE: UFV/IGAM, 2012. FONTE: UFV/IGAM, 2012.
10.3. Vazões Mínimas
Da mesma forma que as vazões médias, o estudo UFV/IGAM (2012) foi o utilizado como
resultado das vazões mínimas da curva de permanência, quais sejam: vazão média com
permanência de 95% e vazão média com permanência de 90%.
Para a vazão média com permanência de 95%, o ajuste potencial também foi o que
resultou um melhor coeficiente de determinação, e o coeficiente limitador retirado a partir
dos dados das estações fluviométricas foi de 0,005488. Desta forma, a equação está
apresentada a seguir:
300
onde:
Já para a vazão média com permanência de 90%, a equação também obtida pelo ajuste
potencial é apresentada a seguir:
onde:
Para esta vazão, o coeficiente limitador retirado a partir dos dados das estações
fluviométricas foi de 0,006627.
301
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Vazões com 95% Vazões com 95%
de Permanência de Permanência
Acumuladas (m³/s) Específicas (L.s/km²)
Curvelo Curvelo
!
P !
P
19°0'0"S 19°0'0"S
19°0'0"S 19°0'0"S
BAIXO BAIXO
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
R io
Pa
Pará de Minas
ra
!
P Pará de Minas
op
Belo Horizonte !
P
e
Belo Horizonte
ba
MÉDIO Contagem
!
P !
P MÉDIO Contagem
!
P
!
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
Ibirité
!
P 20°0'0"S
!
P
20°0'0"S
Itaúna Itaúna
!
P !
P
ALTO ALTO
Conselheiro Lafaiete Conselheiro Lafaiete
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Legenda
Vazões com 95% de Vazões com 95% de Convenções Cartográficas
Permanência Acumuladas Permanência Específicas !
P Principais Sedes Municipais
(m³/s) (L/s.km²) Limite Municipal
0,00 - 0,50 4,25 - 4,50 Hidrografia Principal
0,50 - 5,00 4,50 - 4,75 Limite SF3: Rio Paraopeba
5,00 - 10,00 4,75 - 5,00 Reservatório
10,00 - 25,00 5,00 - 5,25 Municípios SF3: Rio Paraopeba
25,00 - 51,00 5,25 - 5,49
FONTE: UFV/IGAM, 2012. FONTE: UFV/IGAM, 2012.
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Vazões com 90% de Vazões com 90% de
Permanência Permanência
Acumuladas (m³/s) Específicas (L.s/km²)
Curvelo Curvelo
!
P !
P
19°0'0"S 19°0'0"S
19°0'0"S 19°0'0"S
BAIXO BAIXO
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
R io
Pa
Pará de Minas
ra
!
P Pará de Minas
op
Belo Horizonte !
P
e
Belo Horizonte
ba
MÉDIO Contagem
!
P !
P MÉDIO Contagem
!
P
!
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
Ibirité
!
P 20°0'0"S
!
P
20°0'0"S
Itaúna Itaúna
!
P !
P
ALTO ALTO
Conselheiro Lafaiete Conselheiro Lafaiete
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Legenda
Vazões com 90% de Vazões com 90% de Convenções Cartográficas
Permanência Acumuladas Permanência Específicas !
P Principais Sedes Municipais
(m³/s) (L/s.km²) Limite Municipal
0,00 - 5,00 Hidrografia Principal
5,02 - 5,25
5,00 - 10,00 Limite SF3: Rio Paraopeba
5,26 - 5,50
10,00 - 25,00 Reservatório
5,51 - 6,00
25,00 - 50,00
6,01 - 6,25 Municípios SF3: Rio Paraopeba
50,00 - 60,22
6,26 - 6,50
6,51 - 6,63
FONTE: UFV/IGAM, 2012. FONTE: UFV/IGAM, 2012.
10.3.2. Vazão de Referência
onde:
Os resultados das vazões Q7,10 apresentam vazões específicas com valores que ficam
aproximadamente entre 2,5 e 3,5 L.s/km². Segundo os dados apresentados em MINAS
GERAIS (2008), a vazão de referência na bacia do Rio Paraopeba pode ser classificada
com média (Figura 10.5).
304
vazões Q7,10 variam de 1,4 a 5,3 L.s/km², intervalo que contempla os resultados de
UFV/IGAM, (2012).
305
45°0'0"W 44°0'0"W
45°0'0"W 44°0'0"W
Curvelo Curvelo
P
! P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
19°0'0"S 19°0'0"S
Baixo Baixo
Pompéu Pompéu
P
! P
!
Esmeraldas Esmeraldas
P
! P
!
R io
Pa
Pará de Minas
ra
P
! Pará de Minas
op
Belo Horizonte P
!
e
Belo Horizonte
ba
Madio Contagem
P
! P
! Madio Contagem
P
!
P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S Ibirité
P
! 20°0'0"S
P
!
20°0'0"S
Itaúna Itaúna
P
! P
!
Alto Alto
Conselheiro Lafaiete Conselheiro Lafaiete
P
! P
!
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Legenda
Vazões de Referência Vazões de Referência Convenções Cartográficas
Acumuladas (m³/s) Específicas (L/s.km²) P Principais Sedes Municipais
!
0,00 - 1,00 2,55 - 2,75 Limite Municipal
1,00 - 10,00 2,76 - 3,00 Hidrografia Principal
10,00 - 20,00 3,01 - 3,23 Limite SF3: Rio Paraopeba
20,00 - 30,00 Reservatório
30,00 - 38,69 Municípios SF3: Rio Paraopeba
𝑃 = 𝐷 + 𝐸𝑉𝑇 + ∆𝑉,
onde:
𝐷 = deflúvio médio anual (calculado com a vazão média de longo período, em mm);
Se o intervalo de tempo considerado for longo (vários anos, por exemplo), o termo ∆𝑉
será o resultado da soma de vários armazenamentos positivos e negativos, portanto é
possível desprezar o termo ∆𝑉. Logo, a evapotranspiração pode ser avaliada por:
𝐸𝑉𝑇 = 𝑃 − 𝐷
307
45°0'0"O 44°0'0"O
Evapotranspiração
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda
Convenções Cartográficas
Evapotranspiração (mm)
!
P Principais Sedes Municipais
665 - 700
Limite Municipal
700 - 800
Hidrografia Principal
800 - 900
Limite SF3: Rio Paraopeba
900 - 977
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
FONTE: calculado a partir
de UFV/IGAM, 2012.
10.5. Análise Sedimentológica
309
A partir da curva-chave obtida, a descarga sólida pode ser calculada a partir da
utilização da série histórica de vazões. Como somente uma estação foi utilizada, foram
utilizados todos os anos da mesma (1938 a 2018). Primeiramente, foi obtido o valor da
descarga sólida para cada dia dentro do intervalo estipulado, por meio da série histórica
de vazões, através da equação da curva-chave. Posteriormente, foi calculada a erosão
específica média, apresentada no Quadro 10.2, por meio da razão entre o somatório
das descargas sólidas diárias com a quantidade de anos no intervalo e a área de
drenagem de cada estação. Como somente uma estação foi analisada, devido à falta
de dados, não tem como fazer uma comparação entre os resultados das estações. No
entanto, o resultado da estação 40800001 é apresentado no Quadro 10.2 abaixo.
310
Quadro 10.2 - Descarga Sólida Total por Estação
311
Finalmente, a erosão específica média foi classificada de acordo com os parâmetros
para análise dos valores do fluxo de descarga sólida em suspensão específica conforme
Carvalho (2000), sendo apresentada espacialmente na Figura 10.8. O Quadro 10.3
apresenta os parâmetros utilizados na análise.
312
45°0'0"O 44°0'0"O
Classificação da Erosão
Específica Média
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
40800001 Contagem
!
P !
P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Classificação da Erosão Específica Média !
P Principais Sedes Municipais
! Baixa - < 70 ton/km².ano Limite Municipal
Hidrografia Principal
FONTE: HIDROWEB, 2018.
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
11. DISPONIBILIDADES HÍDRICAS SUBTERRÂNEAS
11.1. Apresentação
Este capítulo tem por finalidade apresentar os cálculos finais das reservas ativas e
disponibilidades hídricas subterrâneas, realizados como subsídio ao Plano de Recursos
Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba – afluente do Rio São Francisco, e
localizado no estado de Minas Gerais.
A presente metodologia foi inicialmente proposta por Costa (1998), no que tange ao
cálculo da reserva ativa, também chamada de reserva reguladora ou renovável, sendo
também posteriormente empregada pela ANA – Agência Nacional de Águas, mais
especificadamente no relatório de “Avaliação da Disponibilidade Hídrica na Bacia do Rio
Paranapanema (2014)”, onde se demonstrou adequada, não só em função da
comparação e equivalência dos resultados apresentados com aqueles calculados por
outros métodos, para as mesmas áreas de levantamento, em outros trabalhos
realizados pela Cobrape, mas porque também considera condicionantes de vazão
superficial para a determinação das vazões subterrâneas adequadas de utilização.
Também pode-se destacar que esta metodologia possui como vantagem adicional, uma
relativa facilidade na obtenção dos dados secundários que compõem a sua matriz de
cálculo, já que se baseia em históricos da pluviometria, porosidade média do solo e
dados básicos de vazão, que representem em separados os diversos ambientes
hidrogeológicos estudados.
314
11.3. Caracterização dos Sistemas Aquíferos
A área de estudo, neste quesito, agrega rochas antigas do estado, e que compõem a
porção meridional do chamado Cráton do São Francisco.
No que diz respeito propriamente dito à hidrogeologia local, na área de estudo podem
ser individualizados cinco Sistemas Aquíferos de maior representatividade, sendo eles:
a) Sistema Aquífero Embasamento Cristalino; b) Sistema Aquífero Granular / Fissural,
c) Sistema Aquífero Cárstico, d) Sistema Aquífero Formações Cenozóicas, bem como,
e) Sistema Aquífero Ferrífero, conforme a Figura 11.1.
315
menos significativa, recargas também podem ocorrer através do próprio curso d`’agua,
em especial em momentos de maior vazão superficial, e em especial quando o corpo
hídrico porventura cruza algumas destas estruturas acima citadas.
Em geral, este sistema demonstra uma camada superior intemperizada, com espessura
que varia de 5 a 15 metros, o que favorece uma recarga contínua através de drenança
vertical descendente, das camadas mais íntegras e por vezes confinadas, localizadas
estratigraficamente mais abaixo, sendo o sistema que conta com a grande maioria dos
poços tubulares instalados e cadastrados no Banco de Dados Hidrogeológicos do
SIAGAS.
Este sistema aquífero está vinculado às rochas terrígenas do Grupo Bambuí, e também
faz parte do chamado domínio fraturado, devido ao predomínio de pelitos - que são
rochas detríticas, cujos componentes principais são provenientes da fração argilosa e
silte, e que se origina, pela litificação de lamas – e são formados por sistemas de fraturas
em sedimentos submetidos a baixíssimo grau metamórfico, ou seja, que foram
submetidos a baixas pressões e temperaturas durante seus processos formacionais
pretéritos.
316
Apesar de tal característica, sua reologia é relativamente distinta das rochas granitoides
que compõem o embasamento cristalino, permitindo-lhe um maior grau de fraturamento,
o que por conseguinte se nota também em maiores vazões disponíveis, e que giram em
torno de 10 a 25 m3/hora.
Este sistema aquífero também está vinculado às rochas do Grupo Bambuí, no entanto
corresponde à sua porção formada por rochas carbonáticas e que propiciam a formação
de ambientes cársticos – excelentes para o acúmulo e circulação das águas
subterrâneas - decorrente de sua dissolução química, como os calcáreos, calcarenitos,
metacarbonatos siltosos e carbonatitos.
O mesmo aflora em pequenas áreas da bacia, em sua porção norte, e nos contatos com
o sistema aquífero embasamento cristalino, não sendo considerando, neste ambiente
geográfico em especial, um sistema aquífero significativo devido à sua pequena
representatividade areal.
Apesar de não ser um aquífero estratégico em termos de utilização, não deixa de ser
importante como uma camada responsável pelo acúmulo e recarga dos aquíferos
subjacentes, após os eventos de chuva.
317
Por este mesmo motivo, é considerado um aquífero vulnerável, mas servindo de barreira
aos aquíferos sotopostos em maior profundidade. Em geral possui vazões médias que
chegam a 1 m3/h em poços rasos escavados.
A recarga natural deste sistema aquífero – assim como em outros aquíferos de natureza
fissural - se dá em decorrência das chuvas que escoam através das camadas de rocha
alterada e zonas fraturadas. De forma menos significativa – em especial devido a sua
baixa expressão em termos de área - recargas também podem ocorrer através do
próprio curso d’agua, em especial em momentos de maior vazão superficial, e em
especial quando o corpo hídrico porventura cruza algumas destas estruturas acima
citadas.
Em geral, quando este sistema demonstra uma camada superior intemperizada, acaba
por apresentar um comportamento hidrodinâmico compatível com um sistema granular,
o que favorece uma recarga mais efetiva das camadas localizadas estratigraficamente
mais abaixo.
Seu potencial hídrico é limitado à sua zona de ocorrência, que na bacia compreende
uma estreita faixa alongada na direção leste – oeste. Com relação à condições de
produção, parte de valores medianos de 20 m3/h, chegando a valores superiores a 100
m3/h.
318
45°0'0"O 44°0'0"O
Sistemas Aquíferos
com Poços
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda
Convenções Cartográficas
! Poços
!
P Principais Sedes Municipais
Sistemas Aquíferos
Cárstico Limite Municipal
Hidrografia Principal
Cristalino
Limite SF3: Rio Paraopeba
Formações Cenozóicas
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Metassedimentos-Metavulcânicas
Limite das Sub-bacias do Paraopeba
Poroso/Fissural Reservatório
FONTE: IGAM, 2018; SIAGAS, 2018.
11.4. Metodologia
Neste sentido, a metodologia que foi utilizada para o cálculo da reserva ativa dos
sistemas aquíferos presentes na área de estudos é lastreada em dados pluviométricos
e coeficientes de infiltração, para os distintos tipos geológicos e respectivos ambientes
hidrogeológicos que compõe cada sistema aquífero, uma vez que o volume de chuva
percolado pelo solo superficial em direção aos aquíferos subjacentes é denominado pela
ANA de RPD – Recarga Potencial Direta.
320
Desta forma, inicialmente foram obtidos os dados disponíveis de chuva existentes para
esta região do estado de Minas Gerais. Superfícies com valores de precipitações médias
anuais (mm) foram criadas visando subsidiar os cálculos da recarga subterrânea em
determinado sistema aquífero. Para tanto, a utilização dos respectivos coeficientes de
infiltração referentes a cada formação geológica foi então necessária, sendo utilizados
os valores já planilhados pela ANA, no relatório intitulado “Conjuntura dos Recursos
Hídricos no Brasil, 2013”, bem como algumas proposições empíricas.
Como já abordado, os percentuais de CI não foram calculados in situ, mas sim obtidos
da literatura técnica, neste caso em especial, do relatório da “Conjuntura dos Recursos
Hídricos no Brasil (ANA, 2013)”, visando a uniformidade dos resultados.
321
demandarem avaliações hidrogeológicas mais específicas e fora do contexto do estudo,
podendo então a equação ser resumida da seguinte forma.
RPD = Qb + Q p
Onde:
No projeto, optou-se somente pelo cálculo da RPE específica, com fins à sua utilização
nos balanços hídricos entre as parcelas superficial e subterrânea, não se descontando
da mesma a vazão bombeada dos poços.
Esta metodologia foi aplicada para a parcela renovável da recarga subterrânea, e para
todos os sistemas aquíferos da bacia hidrográfica, partindo da premissa de que a RPE
– Reserva Potencial Explotável é tida como um percentual da RPD - Recarga Potencial
Direta, que pode ser utilizada, de forma a não interferir nas vazões mínimas ecológicas
e de referência para outorga.
O cálculo da RPE – Reserva Potencial Explotável é por fim realizado através da seguinte
forma:
RPE = RPDxCS
Onde:
CS = Coeficiente de Sustentabilidade
Como pode ser observado, o Coeficiente de Sustentabilidade (CS) é quem define qual
o percentual máximo da RPD que pode ser explotado sem causar efeitos adversos nos
aquíferos subjacentes e em especial numa eventual alteração significativa das vazões
do escoamento de base, visando em especial não comprometer a disponibilidade hídrica
superficial nos períodos de estiagem.
322
Com relação ao coeficiente de sustentabilidade, os aquíferos com uma elevada
participação no fluxo de base, demandam um CS inferior àqueles onde essa
participação não é tão significativa.
Cabe frisar que devido à espacialidade das estações fluviométricas não ter sido a mais
adequada possível, tentou-se utilizar aquelas que apresentam séries consistentes, e
que se localizavam o mais próximo possível de zonas de contato entre dois sistemas
aquíferos distintos.
Pode-se dizer por fim que os valores calculados para a razão Q90/Q50 foram
relativamente homogêneos entre si, independente do sistema aquífero analisado
perfazendo magnitudes que giraram entre 0,49 e 0,56, ou seja, ambas dentro do
intervalo inferior a 0,6 e que remete a um coeficiente de sustentabilidade de 0,4 (40%).
323
Destaca-se que apesar da recomendação da utilização em ambiente cárstico de até
30% (CS = 0,3), no presente estudo, devido à pequena representatividade geográfica
do mesmo, optou-se pela utilização de um CS de 0,4 igual aos outros sistemas
existentes na bacia hidrográfica.
O Quadro 11.1 retrata os valores finais de RPD e RPE específicos obtidos para cada
um dos cinco sistemas aquíferos em estudo, frisando entretanto que estes valores
retratam uma média e foram obtidos em separado para cada sistema aquífero e seus
respectivos ambientes geológicos que o compõe.
Desta forma, empiricamente considerou-se que dos 15% infiltrados nos ambientes
sedimentares cenozoicos, apenas 5% deste percentual ainda teve a capacidade de
infiltrar-se no sistema aquífero sotoposto e representado pelos materiais geológicos do
Grupo Bambuí, sendo que neste caso em particular, não foi usado um coeficiente de
sustentabilidade, já que a vazão de base dos rios superficiais já estaria sendo
preservada pelo coeficiente (CS) do sistema aquífero superficial.
As vazões específicas de RPD e RPE por sistema aquífero pode ser observada na Figura 11.2
e Figura 11.3, respectivamente.
324
45°0'0"W 44°0'0"W
Recarga Potencial
Direta
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
P
!
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda
Convenções Cartográficas
RPD (L/s.km²)
P Principais Sedes Municipais
!
< 1,00
Limite Municipal
1,00 - 2,00
Hidrografia Principal
2,00 - 3,00
Limite SF3: Rio Paraopeba
> 3,00
Municípios SF3: Rio Paraopeba
FONTE: COBRAPE, 2018 Reservatório
45°0'0"W 44°0'0"W
Recarga Potencial
Explotável
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
P
!
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda
Convenções Cartográficas
RPE (L/s.km²)
P Principais Sedes Municipais
!
< 1,00
Limite Municipal
1,00 - 2,00
Hidrografia Principal
2,00 - 3,00
Limite SF3: Rio Paraopeba
> 3,00
Municípios SF3: Rio Paraopeba
FONTE: COBRAPE, 2018 Reservatório
11.6. Considerações Finais
Esta análise final também poderá ser realizada individualmente em áreas distintas de
um sistema aquífero em particular, bem como a integração com os volumes calculados
dos recursos hídricos superficiais, quando da realização do balanço hídrico final. Estas
situações poderão eventualmente ser decorrentes de ambientes geológicos e sistemas
aquíferos onde as velocidades de escoamento do aquífero superficial sejam muito
grandes e onde a geologia hospedeira seja relativamente homogênea, ou onde os
fatores pedológicos interfiram nos coeficientes de infiltração superficial (CI).
327
12. QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL
Este capítulo tem como intuito realizar um diagnóstico quanto à qualidade das águas
superficiais da região do PDRH Paraopeba, uma vez que por meio disso é possível
identificar problemas relacionados não só ao meio ambiente, como também às
atividades desenvolvidas na região e à saúde da população.
Nessa revisão do Plano, o diagnóstico da qualidade hídrica superficial foi elaborado por
meio de três abordagens: avaliação histórica dos parâmetros monitorados, com ênfase
aos indicadores mais utilizados; estimativa da condição atual, por meio das cargas
poluidoras calculadas para DBO e um modelo matemático quali-quantitativo; e, a
estimativa do impacto do setor minerário, considerando a expressividade dessa
atividade na região.
Cabe destacar que essa avaliação contribui para identificar as atividades mais
impactantes e as possíveis soluções a serem adotadas dentro do planejamento da
gestão de recursos hídricos no PDRH Paraopeba.
O estudo qualitativo desses pontos foi realizado por meio da análise dos parâmetros e,
posterior comparação com os padrões de qualidade e uso definidos na Resolução
CONAMA nº 357/05 e reiterados pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-
328
MG nº 01/08. No Quadro 12.1, estão descritos os limites estabelecidos para os principais
parâmetros analisados, estando presentes apenas as condições para águas doces
(salinidade inferior a 0,5%).
329
* Em 80% ou mais de pelo menos seis amostras coletadas durante o período de um ano, com frequência
bimestral;
FONTE: CONAMA, 2005.
É importante destacar que amostras realizadas no mesmo dia e hora foram avaliadas
segundo a consistência de dados, caso uma amostragem fosse de dados brutos e a
outra de dados consistidos, esta última seria a única amostragem considerada no
estudo. Nesse sentido, a Figura 12.1 mostra o número total de medições realizadas no
Paraopeba desde 1977 até 2018, bem como a frequência mínima total para a região.
Como pode ser visto, a quantidade de amostras analisadas foi relativamente flutuante
nesse período, apresentando quantitativo satisfatório ou próximo disso a partir de 2001.
Isso contribuiu para que o estudo acerca dos indicadores de qualidade fosse feito
conforme três perspectivas: média das amostragens de 2018, média dos últimos cinco
anos (2014 a 2018) e média dos últimos dez anos (2009 a 2018). Além disso, a análise
foi realizada conforme período seco (abril a setembro) e chuvoso (outubro a março).
330
mesmos foram destacados por estarem relacionados às atividades humanas
identificadas na bacia.
Assim, mesmo com a falta de valores limites de coliformes totais estabelecidos pela
Resolução CONAMA nº 357/05 e pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-
MG nº 01/08, a Figura 12.2 mostra a tendência de haver um decréscimo nesse indicador
na maioria das estações durante o período de dados analisados, tanto para o período
seco quanto para o período chuvoso.
A Figura 12.3, por sua vez, mostra que a média observada para Escherichia coli em
2018, nos últimos cinco e dez anos ultrapassam o limite de 1.000 e. coli por 100 mL
estabelecido pela Deliberação Normativa nº 1 para Classe 2 (corpos hídricos que podem
ser destinados a abastecimento para consumo humano após tratamento convencional).
Dos 23 pontos que apresentaram discrepância com esta classe, todos estão a jusante
de sedes municipais, o que indica a falta de coleta de esgotamento sanitário e a baixa
eficiência das ETEs da região. Essa questão foi também diagnosticada na primeira
versão do PDRH e apontada em demais estudos de qualidade da água na bacia, como
o próprio Plano da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF, 2015) e estudos
como de Simões (2015) e Soares (2017).
331
Figura 12.2 – Avaliação Histórica dos Coliformes Totais para o Período Seco e Chuvoso
332
Figura 12.3 – Avaliação Histórica de Escherichia coli para o Período Seco e Chuvoso
333
12.1.2. Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Oxigênio Dissolvido (OD)
Essa metodologia foi utilizada uma vez que a quantidade de efluentes lançados nos
corpos hídricos é diretamente proporcional a quantidade de matéria orgânica ali
presente. A decomposição desses compostos orgânicos, por sua vez, favorecerá o
consumo de oxigênio por parte dos micro-organismos, reduzindo o OD e elevando a
DBO. É evidente que esse oxigênio dissolvido, quando em decréscimo, pode trazer
diversas implicações do ponto de vista ambiental. (VON SPERLING, 2005)
Quando a análise é feita sob a perspectiva do oxigênio dissolvido nos corpos hídricos,
a desconformidade com a Classe 2 se mantêm para quase todos esses pontos citados.
Nesse sentido, a Figura 12.5 mostra as estações com média de amostragens de OD
abaixo do limite mínimo exigido, ou seja, 5 mg/L, são elas: BP071, BP073, BP076,
BP081, BP084, BP088, BP090, BP096, BP098, 40823500 e 40810800.
Todas essas estações de monitoramento que indicaram alterações em algum dos dois
indicadores, ou em ambos, possuem proximidade com centros urbanos, principalmente
de: Betim, Brumadinho, Caetanópolis, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Contagem,
Esmeraldas, Ibirité, Juatuba, Mario Campos e Sete Lagoas.
334
Figura 12.4 – Avaliação histórica de DBO para o Período Seco e Chuvoso
335
Figura 12.5 – Avaliação histórica de Oxigênio Dissolvido para o Período Seco e Chuvoso
336
12.1.3. Nitrato, Fósforo total e Turbidez
De acordo com Von Sperling (2007), apesar de naturalmente escasso, o fósforo nos
corpos hídricos pode ter origem não só das áreas agrícolas como também da drenagem
de áreas urbanas e cargas veiculadas pelos esgotos. Caso em grandes quantidades
nas águas superficiais, contribuem para o desenvolvimento do fitoplâncton, aumentando
a turbidez e potencializando o processo de eutrofização.
O impacto do ciclo do nitrogênio na natureza também deve ser avaliado. Isso porque os
compostos amônio e amônia, quando em contato com o solo, são oxidados por bactérias
a nitrito, que em um novo processo de oxidação é transformado em nitrato. Este último
é a principal forma de nitrogênio encontrado nas águas superficiais e sua concentração
elevada está diretamente associada a doenças como metaemoglobinemia, também
conhecida como síndrome do bebê azul.
No entanto, a análise de fósforo total e turbidez não mostram qualidade tão satisfatória,
principalmente na calha do rio Paraopeba e em seus afluentes diretos próximos de
sedes municipais. A média das medições de 2018 mostrou, para fósforo total, uma
desconformidade com a Classe 2 em 24 dos 38 pontos com informações nos últimos
dez anos, enquanto a turbidez ultrapassou o limite em 9 estações de 50 monitoradas a
partir de 2009.
Apesar da menor quantidade de pontos fora dos padrões estabelecidos para a Classe
2, o período chuvoso mostrou-se o mais crítico quanto a turbidez na região do PDRH
Paraopeba. Pode-se observar que as estações 40710000 e BP014 indicaram média de
monitoramento em 2018 quase 5 vezes superior ao limite em norma. Ainda mais
337
preocupante, os pontos 40810400, 40710000, 40810800 e 40811100 apresentaram
valores até 8 vezes maiores que os 100 UNT nos últimos cinco anos de monitoramento.
338
Figura 12.6 – Avaliação Histórica de Nitrato para o Período Seco e Chuvoso
339
Figura 12.7 – Avaliação Histórica de Fósforo Total para o Período Seco e Chuvoso
340
Figura 12.8 – Avaliação Histórica de Turbidez para o Período Seco e Chuvoso
341
12.1.4. Potencial Hidrogeniônico (pH)
O caráter ácido-básico dos corpos hídricos pode ter impactos tanto no ecossistema local
quanto na qualidade de vida da população que capta a água desses locais sem
tratamento adequado. No organismo humano, o excesso de ácido pode reduzir a
capacidade de absorção de nutrientes e minerais, podendo provocar a desnutrição e
aumentar a probabilidade de doenças, como osteoporose.
342
Figura 12.9 – Avaliação Histórica de pH para o Período Seco e Chuvoso
343
12.1.5. Dados de monitoramento da COPASA
O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), desde 1997, monitora seus 37 pontos
internos ao PDRH segundo o Índice de Qualidade da Água (IQA). Esse parâmetro é
fundamental para a análise da qualidade da água superficial, uma vez que pondera
alguns dos indicadores físico-químicos e biológicos citados no item 12.1, dentre eles:
oxigênio dissolvido, coliformes fecais, pH, DBO, temperatura da água, nitrogênio total,
fosfato total, turbidez e sólidos totais.
344
Esse cenário mostra a boa condição de qualidade dos corpos hídricos monitorados,
exceto dos trechos localizados a jusante dos municípios de Congonhas, Conselheiro
Lafaiete, Contagem, Ibirité e Sete Lagoas, como por exemplo: BP071, BP073, BP074,
BP075, BP080, BP081, BP084, BP096, BP098, e 40810800. Todos esses pontos foram
citados anteriormente no item 12.1 como estações que apresentaram discrepância, em
pelo menos um indicador, no limite estabelecido para a Classe 2.
A Figura 12.10 mostra a classificação dos 37 pontos categorizados pelo IGAM segundo
o IQA. É válido ressaltar que os demais pontos, presentes apenas no banco de dados
do Hidroweb, não foram categorizados por falta de informações suficientes.
345
45°0'0"W 44°0'0"W
Índice de Qualidade da
Água (IQA) do PDRH
Paraopeba
Curvelo
!
P
BP099
19°0'0"S 19°0'0"S
BP078
Pompéu R io
!
P Pa
ra
op
e BP098
b !
(
a
BP076
Sete Lagoas
!
P
BP074
!
(
BP082
!
(
Esmeraldas
!
P
BP090
Pará de Minas
!
P
Belo Horizonte
BP088 Contagem
BP069 BP072!
( !
P !
P
(!
! (
!
BP073
( BP081 BP075
!
( BP071
!
(
20°0'0"S !
( Ibirité 20°0'0"S
!
BP086 !
P
Itaúna BP070 (
!
P BP092 BP094
BP096 !
!
( (
BP066
BP032
Ouro Preto
!
P
BP018
(!
! ( BP016
Congonhas
!
(
BP027
! !
P
( BP080 BP014
BP026 !
(
BA
MT BP084
!
(
DF BP024
!
( Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS BP022
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
Nível de Qualidade da Água !
P Principais Sedes Municipais
( Excelente
!
Limite Municipal
( Bom
!
Hidrografia Principal
( Médio
!
Limite SF3: Rio Paraopeba
( Ruim
!
Municípios SF3: Rio Paraopeba
( Muito ruim
!
Reservatório
A qualidade da água, além de ser reflexo das condições naturais de onde os corpos
hídricos se encontram, é diretamente influenciada pelo uso e ocupação do solo da
região hidrográfica, bem como pelas atividades desenvolvidas na mesma. Dessa forma,
a interferência humana, por meio de atividades concentradas (despejos domésticos ou
industriais) ou dispersas (uso de defensivos agrícolas) tem uma implicação direta na
qualidade da água (VON SPERLING, 2005).
Sendo assim, num diagnóstico hídrico qualitativo é importante a estimativa das cargas
poluidoras geradas por cada tipo de atividade, a maneira como essa carga chega aos
corpos hídricos e qual o reflexo e possíveis implicações sobre os mesmos. Isto posto, é
possível identificar as áreas afetadas, destacando as mais críticas para traçar medidas
de redução de cargas a fim de tornar as condições compatíveis com o desejado ou
mesmo necessário para o desenvolvimento de atividades que requerem boas condições
de qualidade da água, tal como o abastecimento humano.
Para as estimativas de cargas das fontes pontuais costuma-se utilizar taxas per capita
ou coeficientes padrão por tipo de atividade, enquanto que para as fontes difusas as
taxas são relativas às áreas de cada tipo de uso do solo.
347
Assim sendo, é possível relacionar as concentrações encontradas com as classes de
qualidade da água definidas pela Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH nº
1/08 e Resolução CONAMA nº 357/05 para verificar a compatibilidade das mesmas com
os usos d’água identificados, com o enquadramento vigente (Deliberação Normativa
COPAM nº 14/95), e com as condições desejadas. Com base nisso é factível o
planejamento de ações de melhoria da qualidade da água.
A base de cálculo das cargas foi trabalhada no nível das 11.477 células de análise,
formadas pelo cruzamento das ottobacias nível oito da base hidrográfica do IGAM
(2010), com os setores censitários dos municípios da bacia, traçados pelo IBGE para o
ano de 2010, considerando a distribuição por ‘tipo’ (urbano e rural).
Para a estimativa da carga gerada pela população urbana, foram compilados os índices
de coleta e tratamento disponibilizados pela COPASA (2018), declarados no SNIS
(2018)3 e disponibilizados no Atlas Brasil de Despoluição de Bacias Hidrográficas:
Esgotos Urbanos (ANA, 2017a). A adoção dos valores seguiu essa mesma ordem,
priorizando os dados recebidos.
Para a população rural, cujas informações são mais escassas, estimou-se o índice de
fossa séptica a partir da pesquisa de domicílios do Censo (2010), cujo resultado
apresenta o tipo de destinação do esgoto: fossa rudimentar; fossa séptica; rede geral
ou pluvial; rio, lago ou mar; vala; outro tipo ou sem destinação. Essa informação,
juntamente com os dados de habitante por domicílio rural (IBGE, 2010), permitiu estimar
348
quantas pessoas possuem cada tipo de destinação do efluente e então calcular a
porcentagem em relação à população rural total. Uma vez que apenas a fossa séptica
é considerada como um tipo de tratamento adequado, as demais destinações foram
agrupadas na categoria não tratado.
349
Quadro 12.3 - Informações de Índices de Atendimento por Município
POPULAÇÃO URBANA POPULAÇÃO RURAL
Município Coletado e Não Coletado e Fossa Fossa Sem
Prestador Fonte
Tratado Coletado Não Tratado Séptica Séptica Tratamento
Belo Vale COPASA 0,00 0,13 0,84 0,03 ANA (2017a) 21% 79%
Betim COPASA 0,61 0,37 - 0,02 COPASA (2018) 3% 97%
Bonfim COPASA 0,00 0,25 0,68 0,07 ANA (2017a) 1% 99%
Brumadinho COPASA 0,15 0,20 0,58 0,07 COPASA (2018) 14% 86%
Cachoeira da Prata PM 0,29 0,03 0,67 0,01 ANA (2017a) 73% 28%
Caetanópolis COPASA 0,00 0,14 0,83 0,02 ANA (2017a) 3% 97%
Casa Grande PM 0,00 0,10 0,88 0,02 ANA (2017a) 25% 75%
Congonhas COPASA 0,00 0,19 0,79 0,02 ANA (2017a) 2% 98%
Conselheiro Lafaiete COPASA 0,24 0,75 - 0,01 COPASA (2018) 14% 86%
Contagem COPASA 0,81 0,15 - 0,04 COPASA (2018) 31% 69%
Cristiano Otoni COPASA 0,00 0,16 0,83 0,01 ANA (2017a) 1% 99%
Crucilândia COPASA 0,00 0,06 0,92 0,02 ANA (2017a) 1% 99%
Curvelo COPASA 0,82 0,07 - 0,10 COPASA (2018) 15% 85%
Desterro de Entre Rios PM 0,00 0,09 0,91 0,00 ANA (2017a) 1% 99%
Entre Rios de Minas COPASA 0,00 0,09 0,87 0,03 ANA (2017a) 6% 94%
Esmeraldas COPASA 0,16 0,79 - 0,05 COPASA (2018) 8% 92%
Felixlândia COPASA 0,00 0,99 - 0,01 ANA (2017a) 1% 99%
Florestal COPASA 0,99 0,00 - 0,01 ANA (2017a) 8% 92%
Fortuna de Minas PM 0,00 0,44 0,55 0,01 ANA (2017a) 36% 64%
Ibirité COPASA 0,34 0,62 - 0,04 COPASA (2018) 80% 20%
Igarapé COPASA 0,00 0,33 0,64 0,03 ANA (2017a) 35% 65%
Inhaúma PM 0,91 - - 0,09 ANA (2017a) 24% 76%
Itatiaiuçu COPASA 0,00 0,06 0,91 0,03 ANA (2017a) 32% 68%
Itaúna SAAE 0,00 0,01 0,99 0,00 ANA (2017a) 25% 75%
Itaverava COPASA 0,00 0,40 0,57 0,03 ANA (2017a) 3% 97%
350
POPULAÇÃO URBANA POPULAÇÃO RURAL
Município Coletado e Não Coletado e Fossa Fossa Sem
Prestador Fonte
Tratado Coletado Não Tratado Séptica Séptica Tratamento
Jeceaba PM 0,00 0,27 0,71 0,02 ANA (2017a) 7% 93%
Juatuba COPASA 0,28 0,14 0,52 0,06 COPASA (2018) 3% 97%
Lagoa Dourada COPASA 0,00 0,10 0,90 0,00 ANA (2017a) 1% 99%
Maravilhas COPASA 0,00 0,08 0,92 0,01 ANA (2017a) 1% 99%
Mário Campos COPASA 0,00 0,54 0,44 0,02 ANA (2017a) 9% 91%
Mateus Leme COPASA 0,50 0,43 - 0,07 COPASA (2018) 1% 99%
Moeda COPASA 0,00 0,35 0,64 0,01 ANA (2017a) 7% 93%
Ouro Branco COPASA 0,87 0,12 - 0,01 COPASA (2018) 41% 59%
Ouro Preto SEMAE 0,00 0,18 0,80 0,02 ANA (2017a) 7% 93%
Papagaios PM 0,33 0,64 - 0,03 ANA (2017a) 1% 99%
Pará de Minas COPASA 0,95 0,05 - 0,01 ANA (2017a) 24% 76%
Paraopeba COPASA 0,00 0,12 0,83 0,05 ANA (2017a) 5% 95%
Pequi PM 1,00 - - - ANA (2017a) 1% 99%
Piedade dos Gerais COPASA 0,00 0,95 0,02 0,03 ANA (2017a) 1% 99%
Pompéu COPASA 0,00 0,19 0,78 0,03 ANA (2017a) 15% 85%
Queluzito PM 1,00 - - - ANA (2017a) 1% 99%
Resende Costa COPASA 0,22 0,50 - 0,28 COPASA (2018) 41% 59%
Rio Manso COPASA 0,00 0,95 0,03 0,02 ANA (2017a) 1% 99%
São Brás do Suaçuí COPASA 0,00 0,49 0,02 0,49 ANA (2017a) 19% 81%
São Joaquim de Bicas COPASA 0,02 0,54 0,28 0,16 COPASA (2018) 59% 41%
São José da Varginha PM 0,00 0,51 0,32 0,16 ANA (2017a) 50% 50%
Sarzedo COPASA 0,12 0,19 0,66 0,03 COPASA (2018) 3% 97%
Sete Lagoas COPASA 0,03 0,09 0,87 0,01 ANA (2017a) 2% 98%
FONTE: Adaptado de IBGE, 2010; ANA, 2017; COPASA, 2018.
351
A partir da espacialização da população por tipo (urbano e rural) do Censo Demográfico
de 2010 nas células de análise, foram aplicados os índices de coleta e tratamento dos
municípios, resultando na divisão de quatro parcelas populacionais:
352
45°0'0"O 44°0'0"O
Lançamentos Pontuais
Domésticos
Curvelo
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19°0'0"S 19°0'0"S
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0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
!
( Estações de Tratamento de Efluentes Domésticos !
P Principais Sedes Municipais
Limite Municipal
Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
FONTE: Adaptado de ANA, 2017a;
COPASA, 2018; PM-SJV, 2018.
12.2.1.2. Origem Industrial
Na região do PDRH Paraopeba não há emissão de outorga para lançamento de
efluentes, portanto não se dispõe de informações de vazão e concentração de
lançamento desse setor. Dessa forma, decidiu-se estimar as cargas de origem industrial
a partir das demandas captadas, apresentadas no item 14.1.3, com a respectiva taxa
de retorno. Para tanto, separou-se as indústrias por tipologias, associando a cada uma
delas uma concentração típica de DBO e uma taxa média de retorno, conforme o
Quadro 12.4.
Quadro 12.4 - Concentrações Típicas de DBO e Taxa Média de Retorno por Tipologia
Industrial
DBO Taxa de
Tipologia Fonte Fonte
(mg/L) retorno (%)
Plano Rio das
Água Mineral 0,00 59,1 ANA (2017b)
Velhas (1999)
Alumínio 0,00 - 80 ANA (2017b)
Bebidas Destiladas 44,00 NOAA (1993) 62,1 ANA (2017b)
Beneficiamento de Metais 0,00 NOAA (1993) 80 ANA (2017b)
Cerâmica 21,00 NOAA (1993) 80 ANA (2013)
Cimento 0,00 NOAA (1993) 0 ANA (2017b)
Construção Civil 0,00 - 80 ANA (2013)
Diversos - Outros - - - -
Ferro e aço 12,00 PREND 74,1 ANA (2017b)
Fertilizantes 0,00 NOAA (1993) 70,8 ANA (2017b)
Frigorífico 44,10 NOAA (1993) 87,5 ANA (2017b)
Indústria de Borracha 7,20 NOAA (1993) 80 ANA (2017b)
Plano Rio das Plano Rio das
Indústria Extrativista 0,50 0,9
Velhas (1999) Velhas (1999)
Laticínios 38,60 NOAA (1993) 64 ANA (2017b)
ETCHEPARE
Lavagem de veículos 42,00 80 ANA (2013)
(2012)
Lavanderia 122,90 NOAA (1993) 80 ANA (2013)
Material elétrico, eletrônico
21,40 NOAA (1993) 80 ANA (2017b)
e comunicações
Matérias plásticas 11,70 NOAA (1993) 78,3 ANA (2017b)
Metalúrgica - Geral 0,00 NOAA (1993) 80 ANA (2017b)
Óleos, ceras e gorduras 23,60 NOAA (1993) 100 ANA (2017b)
Produtos alimentares 44,10 NOAA (1993) 79,9 ANA (2017b)
Refino de petróleo 13,50 NOAA (1993) 79,8 ANA (2017b)
Têxteis 22,40 NOAA (1993) 68,22 ANA (2017b)
Transporte e Varejo 22,30 NOAA (1993) 80 ANA (2013)
Veículos 12,60 NOAA (1993) 77,22 ANA (2017b)
FONTE: NOAA, 1993; ANA, 2017b; ETCHEPARE, 2012; Plano Rio das Velhas, 1999.
354
A maior parte das industrias ficaram com tipologias compatíveis com o apresentado no
Estudo para a Gestão do Monitoramento de Efluentes Industriais na Bacia Hidrográfica
do Paraopeba (FEAM, 2016), com destaque para as metalúrgicas.
Dessa forma, as cargas industriais (kg/dia) foram estimadas pelo produto entre a
demanda calculada (L/s), a taxa de retorno (%) e a concentração típica de DBO (mg/L).
Uma vez que segundo estudo da FEAM (2016), na maior parte dos empreendimentos o
efluente tratado é direcionado para a rede pública ou lançado nos cusos d’água,
considerou-se que caso a carga estimada resultasse numa concentração superior à de
60 mg DBO/L, definida como padrão para lançamento de efluentes pela Deliberação
Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG nº 1/2008, adotou-se a carga máxima
permissível, substituindo na equação a concentração típica de DBO pela concentração
máxima de lançamento.
355
45°0'0"O 44°0'0"O
Lançamentos Pontuais
Industriais e Tipologias
Adotadas
!
Curvelo
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P
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19°0'0"S 19°0'0"S
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SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Indústria por Tipologia !
( Laticínios
!
( Alumínio
!
P Principais Sedes Municipais
!
( Lavagem de veículos
!
( Bebidas Destiladas !
( Lavanderia Limite Municipal
!
( Beneficiamento de Metais !
( Material elétrico, eletrônico e comunicações Hidrografia Principal
!
( Cerâmica !
( Matérias plásticas
!
( Cimento !
( Metalúrgica - Geral
Limite SF3: Rio Paraopeba
!
( Construção Civil !
( Produtos alimentares Municípios SF3: Rio Paraopeba
!
( Diversos - Outros !
( Refino de petróleo Reservatório
!
( Ferro e aço !
( Transporte e Varejo
!
( Fertilizantes !
( Têxteis
!
( Frigorífico !
( Veículos FONTE: Adaptado de IGAM, 2018; NOAA,
!
( Indústria Extrativista !
( Água Mineral 1993; ANA, 2017b; ETCHEPARE, 2012;
!
( Indústria de Borracha !
( Óleos, ceras e gorduras Plano Rio das Velhas, 1999.
12.2.1.3. Origem na Mineração
A área minerária na região do PDRH Paraopeba é bastante significativa, foram
encontradas informações quanto a barragens de rejeito, empreendimentos licenciados
a partir de 2013, ambos por meio do SISEMA (2018), empreendimentos com outorgas
de captação (IGAM, 2018) e os processos minerários (DNPM, 2018), conforme Figura
12.13.
A estimativa de cargas foi realizada por meio da demanda calculada para o setor, item
14.1.6 adotando-se uma taxa de retorno de 90% (ANA, 2013) e uma concentração típica
de DBO de 0,5 mg/L. Essa foi a concentração encontrada por meio de amostragem
realizada durante a elaboração do Estudo de Implantação da Agência de Bacia do Rio
das Velhas (MINAS GERAIS, 1999) para ouro/prata, minerais metálicos, minerais não
metálicos e pedras preciosas.
357
45°0'0"O 44°0'0"O
Localização dos
Empreendimentos
Minerários
#
* Curvelo
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45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
!
( Mineradoras Licenciadas !
P Principais Sedes Municipais
#
* Mineradoras Outorgadas Limite Municipal
Processos Minerários - DNPM Hidrografia Principal
Concessão de Lavras Limite SF3: Rio Paraopeba
Licenciamento Municípios SF3: Rio Paraopeba
Registro de Extração Reservatório
Como a maior parte destas cargas fica retida no solo, e depende de escoamento
superficial para atingir os cursos d’água, foi considerado um abatimento de 95% para
DBO, conforme outros planos de recursos hídricos (ANA, 2013; SECIMA, 2015;
ÁGUASPARANÁ, 2013a; ÁGUASPARANÁ, 2013b).
359
45°0'0"O 44°0'0"O
Uso do Solo
Curvelo
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0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Uso do Solo Pastagem !
P Principais Sedes Municipais
Infraestrutura Urbana Florestas Plantadas Limite Municipal
Áreas não Vegetadas Vegetação Campestre Hidrografia Principal
Corpos d'água Formações Florestais Limite SF3: Rio Paraopeba
Agricultura Municípios SF3: Rio Paraopeba
Formações Savanicas
Reservatório
Agricultura ou Pastagem Formações Naturais não Florestais
No Quadro 12.5 são apresentados os critérios adotados para a estimativa das cargas
oriundas do uso do solo.
361
poluição das águas da região do PDRH Paraopeba sejam os baixos índices de coleta e
tratamento de efluentes domésticos da população urbana. Embora saiba-se ainda que
a mineração é uma atividade altamente impactante e ao mesmo tempo bastante
significativa na região, cujo reflexo é pouco representativo no que se refere à matéria
orgânica, aqui estudada.
As menores cargas são observadas nos municípios com a sede urbana fora da bacia,
conforme a Figura 12.16. Em contrapartida, estão Congonhas e Betim, com valores bem
próximos, 10.863 e 10.478 kg DBO/dia, respectivamente, contudo no primeiro caso a
maior fonte é a industrial e no segundo a doméstica, como na maioria dos municípios.
A carga desses municípios é quase metade das cargas dos municípios que ficam em
terceiro e quarto lugar como maiores geradores: Conselheiro Lafaiete (6.211 kg
DBO/dia) e Ibirité (6.061 kg DBO/dia), demonstrando ainda mais a proeminência dos
dois primeiros municípios. Pode-se destacar ainda Esmeraldas, com 4.733 kg DBO/dia
e Igarapé com 2.711 kg DBO/dia.
É interessante notar que embora Congonhas tenha a maior parte da população sem
tratamento de efluentes e Betim tenha apenas 37%, esta possui a maior população
urbana da região, cerca de 31% distribuída em apenas 3% da área total, demonstrando
o impacto da população urbana sem coleta e tratamento como grande problema para
os municípios.
362
45°0'0"O 44°0'0"O
Cargas Remanescentes
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
op
!
P
e
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Cargas Remanescentes de DBO (kg/dia) !
P Principais Sedes Municipais
> 100 Limite Municipal
101 - 500 Hidrografia Principal
501 - 1.000 Limite SF3: Rio Paraopeba
1.001 - 2.000 Municípios SF3: Rio Paraopeba
2.001 - 4.000 Reservatório
4.001 - 7.000
> 7000
FONTE: COBRAPE, 2018.
A distribuição dessas cargas por município, Quadro 12.6, mostra ainda que apenas
Congonhas, Crucilândia, Fortuna de Minas, Maravilhas e Rio Manso não possuem a
fonte doméstica como maior geradora de cargas de DBO, sendo a origem industrial a
mais representativa.
364
Uso do
Município Doméstica Pecuária Indústria Mineração Total
Solo
Moeda 247,09 25,08 6,30 0,57 0,07 279,11
Nova Lima 9,43 0,13 - - - 9,56
Onça De Pitangui 0,87 0,24 - - - 1,11
Ouro Branco 308,89 31,28 2,04 1,61 - 343,82
Ouro Preto 19,99 13,98 0,10 3,19 0,38 37,64
Papagaios 178,47 36,87 29,72 - 0,18 245,24
Pará De Minas 72,51 13,10 - - - 85,61
Paraopeba 1.184,57 53,92 33,20 35,00 3,28 1.309,97
Pequi 91,09 15,84 21,16 - 10,96 139,05
Piedade Dos Gerais 248,91 29,77 22,94 - 1,44 303,05
Piracema 1,35 0,25 0,26 - - 1,87
Pompéu 75,58 64,84 - - - 140,42
Queluzito 71,78 20,29 7,91 - - 99,98
Resende Costa 21,86 18,68 4,90 - 1,91 47,35
Ribeirão das Neves 5,71 0,02 - - - 5,73
Rio Manso 283,35 28,77 9,58 1.518,00 - 1.839,70
São Brás do Suaçuí 163,64 17,04 - - 0,05 180,73
São Joaquim de
1.248,82 18,36 - 15,95 0,05 1.283,18
Bicas
São José da
205,60 15,15 - 6,01 0,04 226,80
Varginha
Sarzedo 1.258,10 17,59 1,25 14,11 - 1.291,06
Total Geral 45.954,96 1.579,83 471,81 17.305,17 62,28 65.374,05
FONTE: COBRAPE, 2018.
O município com maior carga gerada na mineração é Curvelo, com cerca de 20% do
total dessa fonte poluidora, isso se deve à alta demanda outorgada, conforme
mencionado no Item 14.1.6. Esse é também o município que possui maior carga difusa,
justificável pelo fato do mesmo ser o maior município da região do PDRH Paraopeba.
No que se refere à carga oriunda da pecuária, Esmeraldas é o município com maior
carga de DBO gerada, compatível com seu maior rebanho, conforme PPM (2016).
Uma mesma quantidade de carga poluidora pode ter diferentes impactos na qualidade
da água, dependendo do corpo hídrico em que é lançada, pois a assimilação da mesma
depende das características físicas, químicas e biológicas do curso d’água. Sendo que
dentre as características físicas têm-se a vazão, que está diretamente ligada à forma
com que o poluente é diluído.
A legislação brasileira que associa a quantidade de poluentes com qualidade das águas
é a Resolução CONAMA nº 357/05, no estado de Minas Geais o mesmo é definido por
meio da Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG nº1 de 2008. Ambas
365
traçam limites mínimos e máximos de concentrações, que devem ser analisadas numa
vazão de referência, que na região do PDRH Paraopeba é a Q7,10.
Sendo assim, a fim de estimar o impacto das cargas poluidoras apresentadas no Item
12.2.2 sobre os corpos hídricos do PDRH Paraopeba utilizou-se um modelo matemático
quali-quantitativo desenvolvido inicialmente para o Atlas Esgoto (ANA, 2017a) com as
devidas adaptações para a região. O mesmo permite aferir as concentrações resultantes
considerando a carga estimada e as vazões de referência Q7,10 e Q95%, escolhidas para
a presente análise por representarem, respectivamente, a vazão de referência vigente
em Minas Gerais e a mais utilizada no país. A partir disso é possível ainda verificar em
qual classe de qualidade o trecho de rio se enquadraria, se está de acordo com o
enquadramento vigente definido pela Deliberação Normativa COPAM Nº 14/95 e com
os usos identificados. A identificação de trechos críticos ainda no início do plano
contribui para a discussão dos aspectos qualitativos no decorrer do mesmo, bem como
a proposição de diretrizes e medidas de planejamento.
366
45°0'0"O 44°0'0"O
Enquadramento Vigente
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Enquadramento Vigente !
P Principais Sedes Municipais
Classe 1 Limite Municipal
Classe 2 Hidrografia Principal
Classe 3
Limite SF3: Rio Paraopeba
Classe 4
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
𝐶 = 𝐶0 𝑒 −𝑘𝑑 𝑡
Onde:
t é o tempo (dias).
368
• Lançamentos Pontuais: é a aba de apoio que contém as informações de vazão
de lançamento por ottobacia N8. Desta aba sai para o modelo a informação se
a ottobacia tem lançamento e a vazão do efluente para ser incrementada à vazão
do trecho;
Cabe destacar que visto que a Classe Especial não possui padão de DBO definido na
Resolução CONAMA nº 357/05 e Deliberação COPAM/CERH nº 1/08, foi considerada
essa classe equivalente quando a concentração no trecho foi igual à concentração
natural de DBO no rio, adotada como igual a 1,0 mg/L.
369
Quadro 12.7 - Dados de Entrada do Modelo e Suas Respectivas Fontes
Sigla Significado Fonte Observação
Base hidrográfica (IGAM,
COBACIA Código da Ottobacia Foi utilizado o nível 8
2010)
Determinado a partir da
BACIAJUSANTE Código da COBACIA de Jusante
Dados da base hidrográfica
Hidrografia Base hidrográfica (IGAM,
NOME_ADO Nome do rio adotado
2010)
Base hidrográfica (IGAM,
COMP (m) Comprimento do trecho de rio em metros
2010)
Q710_M3S Apresentado no Item de
Vazão Vazão de referência na Ottobacia em m³/s
Q95_M3S Disponibilidade Hídrica
Se houver lançamento na ottobacia,
Demanda industrial e vazão esse campo faz a soma da vazão dos
Lançamentos Q_PL_M3S Vazão do ponto de lançamento em m³/s
média das ETEs efluentes que estão sendo lançados
na ottobacia
Enquadramento vigente na região do PDR - Deliberação Normativa Nos trechos não definidos adotou-se
Enq_Vigente Classe
Paraopeba COPAM Nº 14/95 a Classe 2
VELO_Q710 (m/s) Velocidade do rio na referida vazão de
ANA (2017a)
VELO_Q95 (m/s) referência em m/s
Consideração
Adotado como sendo igual a 1 mg/l
CNDBO Concentração natural de DBO em mg/l Consideração
(ANA, 2017a)
TEMPO_Q710 Indica o tempo que a DBO demora pra
Cálculo (dia) percorrer a ottobacia em cada vazão de Calculado vazão/velocidade
TEMPO_Q95 (dia) referência
Carga remanescente de DBO da população
CR_PSCT (kg/dia) Calculado
sem coleta e sem tratamento em kg/dia
Carga remanescente de DBO da populaçao
CR_ETE (kg/dia) Calculado Pode ser utilizada a carga estimada
Carga com coleta e tratamento em kg/dia
para a situação atual e para os
Remanescente Carga remanescente de DBO das indústrias
CR_IND (kg/dia) Calculado cenérios
em kg/dia
Carga remanescente de DBO das
CR_MIN (kg/dia) Calculado
mineradoras em kg/dia
370
Sigla Significado Fonte Observação
Se a carga de montante for inferior ou
igual a 5 mg/l é adotado o valor de
KD (1/dia) Coeficiente de decaimento de DBO em d-1 Consideração
0,15 d-1, se não adota-se 0,25 d-1
(ANA, 2017a)
Análise de carga Calculado com base nas colunas
MONT (kg/dia) Carga de montante de DBO em kg/dia Calculado
na QX Carga Remanescente DBO
Considera-se um decaimento de
ABAT (kg/dia) Carga abatida de DBO no trecho em kg/dia Calculado
primeira ordem
É a carga que vai para a ottobacia
JUSA (kg/dia) Carga de jusante de DBO em kg/dia Calculado
seguinte
CTFDBO_QX Concentração final de DBO na ottobacia em
Calculado
(mg/L) mg/l
Indica a classe que o corpo hídrico de
Análise de
CLDBO_QX água doce seria enquadrado
concentração na Classe de DBO na ottobacia em mg/L Calculado
(mg/L) considerando a DBO em cada vazão
QX
analisada
Número de vezes que a vazão deveria ter
QDILCOT_QX Calculado
para alcançar o enquadramento vigente
Limite_Classe_QX Carga suporte de DBO do trecho para que
Calculado
(kg/dia) ele se mantenha no enquadramento vigente
Carga a ser
Carga que precisa ser removida para que o
reduzida (kg/dia) CR_ENQ_QX
trecho fique na classe do enquadramento Calculado
(kg/dia)
vigente
FONTE: COBRAPE, 2018.
371
12.3.2. Resultados do Modelo de Qualidade da Água
Nas duas vazões simuladas, a maioria dos trechos ficaram compatíveis com a Classe
Especial e a Classe 1, que são as duas melhores classes de qualidade de acordo com
a legislação referente. O número de trechos em Classe 2 e Classe 3 são similares.
Contudo, o que chama bastante atenção são os trechos equivalentes à Classe 4, os de
pior qualidade, sendo que na Q95% isso é mais frequente. Essa ocorrência se dá
principalmente nas áreas urbanas com destaque para as regiões onde essas áreas são
mais densas, formando aglomerados ou corredores com algum tipo de ocupação
humana. É o que ocorre desde Contagem, passando por Betim e indo até Juatuba. Em
paralelo observa-se o mesmo envolvendo os municípios de Ibirité, Sarzedo, Mario
Campos, São Joaquim de Bicas e Igarapé. Mais a sul da bacia, isso se repete entre os
limites de Conselheiro Lafaiete, Congonhas e Jeceaba. Alguns trechos de rio acabaram
sendo associados à essa qualidade da água mais baixa desde a sua nascente, isso
porque as disponibilidades são baixas nessas regiões, dada as vazões de referência, e
quase sempre ocorre a ocupação humana sem acesso à tratamento de efluentes.
372
45°0'0"O 44°0'0"O
Resultado da Modelagem
Matemática Q7,10
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Belo Horizonte
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Resultado da Simulação por Resultado da Simulação por Q !
P Principais Sedes Municipais
Equivalência de Classe Diluição Necessária para a Limite Municipal
Classe Especial Classe de Análise Q Suficiente
Hidrografia Principal
Classe 1 > 1Q
Limite SF3: Rio Paraopeba
Classe 2 1Q - 5Q Municípios SF3: Rio Paraopeba
Classe 3 5Q - 10Q Reservatório
Classe 4 10Q - 30Q
> 30Q
FONTE: COBRAPE, 2018.
45°0'0"W 44°0'0"W
Resultado da Modelagem
Matemática Q95%
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
Pará de Minas
P
!
Contagem Belo Horizonte
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
GO
DF Conselheiro Lafaiete
P
!
Belo Horizonte ES
^
MS
±
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
CLDBO_Q95 Resultado da Simulação por Q P Principais Sedes Municipais
!
0 Diluição Necessária para a Limite Municipal
Classe de Análise Q Suficiente
1 Hidrografia Principal
> 1Q
2 Limite SF3: Rio Paraopeba
1Q - 5Q Municípios SF3: Rio Paraopeba
3
5Q - 10Q Reservatório
4
10Q - 30Q
> 30Q
FONTE: COBRAPE, 2018.
Alguns usos de água têm suas classes definidas na Deliberação Normativa Conjunta
COPAM/CERH - MG nº 1/2008: unidades de conservação de proteção integral
associada à Classe Especial; áreas indígenas à Classe 1; abastecimento para consumo
humano à classe especial, após filtração e desinfecção, classe 1 após tratamento
simplificado, classe 2 após tratamento convencional e classe 3 após tratamento
convencional ou avançado.
375
Figura 12.21 - Comparativo de Classes
Notou-se que de uma maneira geral há poucos estudos sobre o impacto da mineração
sobre os recursos hídricos, além de existirem poucas informações quanto às
características do tipo de solo e rochas, que interferem diretamente na avaliação da
quantidade de substâncias na água. Abaixo são apontados estudos relevantes quanto
a isso, contudo fica evidente a necessidade de se estudar em mais detalhes essa
questão na região, o que será sugerido no Plano de Ações do PDRH Paraopeba.
376
mineração, o chumbo total, o arsênio, o zinco e o cianeto apresentaram em pelo menos
uma estação valores acima do estabelecido pelo enquadramento vigente.
Sabino et. al (2008) ao aplicar técnicas de análise estatística multivariada com os dados
de monitoramento do IGAM para a região do Paraopeba encontrou forte relação entre
parâmetros mais significativos para a avaliação da qualidade da água em regiões com
a atividade minerária mais desenvolvida. Com destaque para bário, boro, cobre, cromo,
ferro e zinco. Segundo o estudo, a lixiviação, o carreamento e a presença de metais em
toda a Bacia demonstra não apenas características naturais das rochas, como também
o efeito das atividades antrópicas na qualidade das águas da Bacia. Sendo a remoção
da cobertura vegetal para o desenvolvimento da atividade minerária uma das ações que
torna as encostas e os solos mais expostos, essa desagregação de material torna o
mesmo mais disponível para ser levado para o escoamento superficial, conforme
destacado por Mendonça (2012). Fato que corrobora a relação entre as substâncias
encontradas no estudo e a atividade minerária.
Em estudo desenvolvido por Soares (2017), comparando as bacias dos rios Piracicaba
e Paraopeba, os parâmetros manganês total, ferro e indicador microbiológico foram
considerados os mais relevantes para a caracterização da qualidade da água nas
bacias. O que indica a questão da poluição doméstica (indicadores microbiológicos) já
apontada anteriormente e os metais remetem à mineração. Ainda no estudo, ao se
avaliar o risco de violação de parâmetros pelo enquadramento vigente, os que
apresentaram maior risco foram o alumínio dissolvido, chumbo, cor verdadeira, DBO,
manganês total, sólidos em suspensão e turbidez. Sendo que boa parte deles pode ser
associado à atividade minerária, embora o autor destaque que o maior problema da
bacia concerne ao esgoto doméstico.
377
12.4.1. Dados de metais monitorados
378
Quadro 12.8 - Período de Dados Disponíveis dos Metais Analisados
Período de dados
Código
Ferro Manganês Sólidos
adotado Arsênio total Cádmio total Cromo total Mercúrio total Níquel total Zinco total
dissolvido total totais
40549998 - - - - - - - - -
40579995 - - - - - - - - -
40680000 - - - - - - - - -
40710000 1997 - 2002 1997 - 2002 - - - - 1997 - 2002 1997 - 2002 1997 - 2002
40740000 - - - - - - - - -
40800001 - 1985 - 1994 - - - - - 1985 - 1988 -
40810400 - - - - - - - - -
40810800 - - - - - - - - -
40811100 - - - - - - - - -
40821900 - - - - - - - - -
40822995 - 1987 - 1994 - - - - - - -
40823500 - - - - - - - - -
40850000 - - - - - - - - -
41190100 - - 2016 - 2016 - 2016 - 2016 2016 - 2016 2016 - 2016 2016 - 2016 2016 - 2016
BP014 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2016 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018
BP016 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2016 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018
BP018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2016 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018
BP020 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2016 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018 2015 - 2018
BP022 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018
BP024 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018
BP026 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018
BP027 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018
BP029 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018
BP032 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018
BP036 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018
BP066 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018
BP068 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018
379
Período de dados
Código
Ferro Manganês Sólidos
adotado Arsênio total Cádmio total Cromo total Mercúrio total Níquel total Zinco total
dissolvido total totais
BP069 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018
BP070 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018
BP071 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018
BP072 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018
BP073 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018
BP074 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018
BP075 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018
BP076 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018
BP078 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018
BP079 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018
BP080 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018
BP081 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018
BP082 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018
BP083 1998 - 2018 1998 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1998 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018 1997 - 2018
BP084 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018
BP085 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018 2013 - 2018
BP086 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018
BP088 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018
BP090 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018 2000 - 2018
BP092 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018
BP094 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018 2003 - 2018
BP096 2006 - 2018 2005 - 2018 2006 - 2018 2005 - 2018 2005 - 2018 2006 - 2018 2006 - 2018 2005 - 2018 2006 - 2018
BP098 2006 - 2018 2006 - 2018 2006 - 2018 2006 - 2018 2006 - 2018 2006 - 2018 2006 - 2018 2006 - 2018 2006 - 2018
BP099 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018 2008 - 2018 2007 - 2018 2008 - 2018
FONTE: COBRAPE, 2018.
380
De modo a embasar melhor a análise dos dados de metais nos 51 pontos de
monitoramento da região, foi feita a comparação da localização georreferenciada
dessas estações com duas informações distintas: proximidade com as barragens de
rejeitos e as informações de lavras para exploração mineral local. Apenas dois pontos
de monitoramento (BP080 e BP085) estão próximos em um raio de até 500 metros de
alguma barragem de rejeito, sendo que ambas as estações estão localizadas a jusantes
das barragens.
A primeira verificação foi realizada uma vez que, embora entenda-se que boa parte dos
efluentes gerados na atividade minerária, principalmente as águas utilizadas nas usinas
de beneficiamento, fiquem retidos em barragens de rejeitos, durante o processo de
extração e beneficiamento, as águas provenientes da chuva, dos córregos e dos
aquíferos, assim como as utilizadas em todas as operações e setores da mina, são
potencialmente passíveis de sofrerem alterações e causarem impactos no ecossistema,
conforme destacado por Mendonça (2012). O autor cita ainda que na extração, os
efluentes têm sua origem e composição relacionadas ao escoamento superficial das
águas pluviais e entram em contato com o material rochoso mobilizando os produtos de
oxidação, redução e dissolução dos minerais, incluindo ácidos, bases e metais; aos
óleos e graxas que escorrem dos maquinários e ao esgotamento sanitário das
instalações para funcionários. Sendo assim, todo esse material pode chegar de alguma
forma aos rios e alterar suas características naturais.
381
CONAMA nº 357/2005 para: arsênio total, níquel total e zinco total. Portanto, essas
substâncias não impactam de maneira significativa nos corpos hídricos da bacia.
Segundo Pires et al. (2003), testes realizados em uma mina em Minas Gerais indicaram
que o resíduo acumulado causado pela exploração e pelo beneficiamento do minério de
ferro tem capacidade de retenção de cromo (Cr) e que os sedimentos acumulados
funcionam como retenção de metais pesados e diminuem a dispersão de poluentes. No
entanto, é evidente que seu excesso é prejudicial ao meio ambiente local.
Assim como o parâmetro de ferro dissolvido, o manganês total excedeu 0,1 mg/L (limite
da Classe 2) em várias estações de monitoramento, tais como: BP014, BP016, BP018,
BP020, BP026, BP027, BP029, BP036, BP068, BP069, BP070, BP071, BP072, BP073,
BP075, BP078, BP089, BP080, BP081, BP082, BP083, BP084, BP085, BP086, BP088,
BP096 e BP098. Isso porque, historicamente, o estado de Minas Gerais é grande
exportador de minério de ferro e manganês, dada a importância desses para o
desenvolvimento de indústrias siderúrgicas. Tanto a exploração das substâncias
primárias (ferro e manganês) quanto de seus minérios (minério de ferro e de manganês),
382
estão concentrados na região do Alto e Médio Paraopeba, impactando diretamente nas
nascentes dos rios Brumado, Camapuã, Paraopeba, Pequeri e Maranhão.
Em termos de saúde pública, pessoas que consomem água com níveis de manganês
acima do recomendado apresentam sintomas como rigidez muscular, tremores das
mãos e fraqueza. Em animais, o metal pode causar alterações no cérebro. Por outro
lado, um organismo deficiente em manganês pode ter disfunção pancreática e o
metabolismo de carboidratos pode ficar afetado. Buscando valores de equilíbrio e que
visem a prevenção de danos à saúde da população, a Organização Mundial da Saúde
recomenda concentrações de manganês no organismo de até 400 𝜇g/L.
383
Figura 12.22 - Média Histórica de Cromo Total
384
Figura 12.24 - Média Histórica de Manganês Total
385
12.4.1.2. Cádmio total e Mercúrio total
Diferentemente dos outros três metais citados, cádmio e mercúrio são altamente tóxicos
e suas concentrações nos corpos hídricos deve ser constantemente mensurada e
avaliada. A média de cádmio total em todos os pontos de monitoramento da região do
Paraopeba esteve abaixo do 0,001 mg/L, limite máximo estabelecido pela Deliberação
Normativa nº 1/08 para a Classe 2, a exceção dos pontos 40710000 e BP027, que
apresentam valores de 0,0012 e 0,0022 mg/L, respectivamente.
Acredita-se que essa alteração possa ser oriunda do tipo do solo presente na região.
Porém, assim como já citado por Calazans (2015), é essencial o desenvolvimento de
estudos que visem o conhecimento das concentrações basais dos metais da bacia, de
forma que possam ser relacionados seus impactos causados.
Segundo Piveli (s.d.), os malefícios do cádmio para o ser humano permeiam o fato de
esta ser uma substância irritante gastrointestinal, podendo causar intoxicação aguda ou
crônica sob a forma de sais solúveis. Para animais, por exemplo, o excesso de cádmio
no organismo pode causar anemia, retardamento de crescimento e morte.
O mercúrio total, por sua vez, é largamente utilizado nos garimpos, durante o processo
de extração do ouro. Segundo Galvão e Corey (1987), essa amalgamação é fonte de
contaminação do meio ambiente, pois o metal passa na forma de vapor ou por meio dos
rejeitos minerais, que podem chegar às águas e ao solo. Devido sua execução se dar
de maneira pouco desenvolvida tecnologicamente e sem grandes cuidados, o mercúrio
acaba sendo descarregado nos corpos hídricos, o que gera um aumento constante de
sua concentração, uma vez que esse metal apresenta efeito cumulativo.
386
Figura 12.25 - Média Histórica de Cádmio Total e de Mercúrio Total
387
12.4.2. Estimativa de cargas metálicas e seus impactos sobre os corpos hídricos
A metodologia utilizada para a estimativa das cargas de metais foi similar ao descrito no
12.4.1. Para tanto, utilizou-se como base as demandas estimadas no Item 14.1.6, uma
taxa de retorno de 90% (ANA, 2013) e as concentrações descritas no Quadro 12.9.
O Quadro 12.10 apresenta a estimativa realizada para os municípios com demanda para
o setor da mineração, na região o ferro foi o metal que teve maior carga dentre os
analisados, quase três vezes mais que arsênio.
De acordo com a FEAM (2016), minério de ferro é a segunda substância mais extraída
na bacia, ficando atrás apenas da areia. O ferro não constitui um tóxico para o consumo
humano, contudo pode conferir sabor e odor à água, além de trazer problemas
indesejáveis quanto a canalizações, tendo, portanto, a aceitação da água reduzida pela
população (PICANÇO, LOPES e SOUZA, 2002). O arsênio, por sua vez, mesmo em
baixas concentrações caracteriza-se por ser um problema crescente de saúde pública,
uma vez que pode ocasionar lesões cutâneas graves e perturbações neurológicas
(CUNHA, 2008).
388
Quadro 12.10 - Carga de Metais Estimada por Município em kg/dia
Município Cádmio Cromo Cobre Ferro Chumbo Níquel Zinco Prata Arsênio Mercúrio
Belo Vale 0,00 0,32 0,11 4,27 0,07 0,10 0,96 0,01 1,26 0,00
Betim 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,01 0,00 0,02 0,00
Bonfim 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,01 0,00 0,02 0,00
Brumadinho 0,00 0,40 0,13 5,37 0,09 0,12 1,21 0,01 1,59 0,00
Cachoeira da Prata 0,00 0,05 0,02 0,68 0,01 0,02 0,15 0,00 0,20 0,00
Caetanópolis 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Congonhas 0,01 0,51 0,17 6,74 0,11 0,15 1,52 0,02 1,99 0,00
Conselheiro Lafaiete 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00
Contagem 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cristiano Otoni 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Curvelo 0,01 1,15 0,38 15,36 0,26 0,35 3,46 0,04 4,54 0,01
Desterro de Entre Rios 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00
Entre Rios de Minas 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Esmeraldas 0,01 0,54 0,18 7,17 0,12 0,16 1,61 0,02 2,12 0,00
Felixlândia 0,00 0,02 0,01 0,27 0,00 0,01 0,06 0,00 0,08 0,00
Florestal 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00
Fortuna de Minas 0,00 0,27 0,09 3,66 0,06 0,08 0,82 0,01 1,08 0,00
Igarapé 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00
Inhaúma 0,00 0,01 0,00 0,12 0,00 0,00 0,03 0,00 0,04 0,00
Itatiaiuçu 0,00 0,07 0,02 0,99 0,02 0,02 0,22 0,00 0,29 0,00
Itaúna 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jeceaba 0,00 0,34 0,11 4,59 0,08 0,11 1,03 0,01 1,36 0,00
389
Município Cádmio Cromo Cobre Ferro Chumbo Níquel Zinco Prata Arsênio Mercúrio
Lagoa Dourada 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00
Maravilhas 0,00 0,02 0,01 0,22 0,00 0,01 0,05 0,00 0,07 0,00
Mário Campos 0,00 0,22 0,07 2,87 0,05 0,07 0,65 0,01 0,85 0,00
Mateus Leme 0,00 0,01 0,00 0,11 0,00 0,00 0,03 0,00 0,03 0,00
Moeda 0,00 0,01 0,00 0,08 0,00 0,00 0,02 0,00 0,02 0,00
Ouro Preto 0,00 0,03 0,01 0,45 0,01 0,01 0,10 0,00 0,13 0,00
Papagaios 0,00 0,02 0,01 0,21 0,00 0,00 0,05 0,00 0,06 0,00
Paraopeba 0,00 0,29 0,10 3,93 0,07 0,09 0,88 0,01 1,16 0,00
Pequi 0,01 0,99 0,33 13,15 0,22 0,30 2,96 0,04 3,89 0,01
Piedade dos Gerais 0,00 0,13 0,04 1,73 0,03 0,04 0,39 0,00 0,51 0,00
Resende Costa 0,00 0,17 0,06 2,29 0,04 0,05 0,51 0,01 0,68 0,00
São Brás do Suaçuí 0,00 0,00 0,00 0,07 0,00 0,00 0,01 0,00 0,02 0,00
São Joaquim de Bicas 0,00 0,00 0,00 0,06 0,00 0,00 0,01 0,00 0,02 0,00
São José da Varginha 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00
Sete Lagoas 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,00
Total 0,06 5,61 1,87 74,74 1,25 1,71 16,82 0,20 22,11 0,03
390
Uma vez que a interpretação dos impactos dos metais é facilitada por meio de
concentrações, utilizou-se da estrutura básica do modelo descrito no Item 12.4.1 para
estimar as concentrações desses metais nos trechos de rio do PDRH Paraopeba. Para
tanto, considerou-se que toda carga gerada de metais, chega aos corpos hídricos e que
as mesmas podem ser acumuladas de montante para jusante, sem considerar um
decaimento entre os trechos. Os limites legais previstos para cada metal, base para a
interpretação dos resultados está no Quadro 12.11.
Nas duas vazões de referência, mais de 97% dos trechos não teriam uma concentração
de metais associada, tanto por não possuir demanda quanto por não possuírem carga
de montante dessas substâncias. Os demais 23% dos trechos ficam com concentrações
compatíveis com a Classe 2 ou Classe 3, no caso do Cromo e Níquel, cuja concentração
limite é igual para as duas classes. Menos de 1% dos trechos tem concentrações
compatíveis com a Classe 4, isso ocorreu para cromo, cobre, chumbo, níquel e arsênio,
este último com maior frequência.
A Figura 12.26 apresenta o resultado por trecho de rio para a Q7,10 e a Figura 12.27 para
a Q95%, considerando a pior classe dentre os dez metais considerados, as duas figuras
são bastante similares e a Classe 3 se sobressai na calha principal e em seus principais
afluentes, denotando um alerta quanto à questão dessas substâncias na região.
Cabe destacar, que segundo relatório da FEAM (2016), ocorre recirculação de cerca de
80% do efluente da mineração, dessa forma, os resultados aqui apresentados estariam
superestimados. Porém, o mesmo relatório cita o fato de ser difícil mensurar o volume
real desse tipo de efluente que efetivamente chega aos corpos hídricos. Além disso, o
relatório trabalhou apenas com informações de empreendimentos com algum tipo de
391
regularização ambiental, podendo não refletir a real situação resultante da atividade
minerária. Conforme destacado por Farias (2002), o perfil minerário brasileiro é
composto por 95% de pequenas empresas, sendo a determinação do número de
empreendimentos de pequeno porte uma empreitada complexa devido ao grande
número de empresas que produzem na informalidade, aliada à frequentes paralisações
das atividades.
392
45°0'0"O 44°0'0"O
Classes Resultantes
da Análise de Metais
na Q7,10
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Classe Resultante !
P Principais Sedes Municipais
Sem Lançamento Limite Municipal
Classe 2
Hidrografia Principal
Classe 3
Limite SF3: Rio Paraopeba
Classe 4
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Classe Resultante !
P Principais Sedes Municipais
Sem Lançamento Limite Municipal
Classe 2
Hidrografia Principal
Classe 3
Limite SF3: Rio Paraopeba
Classe 4
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Outros dois fatores de grande importância para a utilização da água subterrânea estão
relacionados com a vulnerabilidade do aquífero da região analisada e as suas prováveis
cargas contaminantes. De modo geral, de acordo com Durães (2010), a região do
Paraopeba é dividida em dois sistemas aquíferos: fissurado e fissurado-cárstico. Em
ambos, o fluxo da água se dá por entre as fraturas e falhas nas rochas, o que indica um
sistema poroso e mais susceptível a interferências externas, que podem ser oriundas
de cargas domésticas, industriais, agrícolas, etc.
Na área que corresponde ao PDRH Paraopeba, como indica a Figura 13.1, dos 286
poços analisados, a maioria tem sua utilização para fins de abastecimento urbano
(65,4%). Outros 14 poços tem suas águas destinadas à indústria, agricultura ou
pecuária. Esse panorama expõe a importância do constante monitoramento e avaliação
das águas subterrâneas, uma vez que impactam diretamente na saúde da população.
395
Figura 13.1 - Uso da Água dos Poços Subterrâneos
A análise desses parâmetros permitiu uma avaliação bastante superficial, isso exigiu o
estudo de outros indicadores mais consolidados. Assim, devido à amostra de pontos
com dados sobre condutividade elétrica ser a mais significativa, este foi o parâmetro
central para o diagnóstico da qualidade da água subterrânea da bacia.
396
Quadro 13.1 - Classificação da Água Quanto aos Valores de Condutividade Elétrica
Na Figura 13.2 está apresentada a qualidade da água dos 286 poços subterrâneos
analisados na região do PDRH Paraopeba, com base nos dados de condutividade
elétrica. Desses, apenas 1 ponto é categorizado como “não utilizável”, uma vez que está
extremamente próximo a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Todos os demais
poços apresentam qualidade boa ou excelente, o que indica a potabilidade da água
subterrânea para diversos fins socioeconômicos, inclusive para abastecimento urbano.
397
45°0'0"O 44°0'0"O
Localização dos
Poços Subterrâneos
Curvelo
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P
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19°0'0"S 19°0'0"S
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Ouro Preto
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Congonhas
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DF Conselheiro Lafaiete
GO
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Belo Horizonte ES !
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^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Qualidade da Água !
P Principais Sedes Municipais
!
( Excelente
Limite Municipal
!
( Boa
Hidrografia Principal
!
( Não Utilizável
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
A determinação das demandas foi realizada com base em dados secundários, por meio
de publicações oficiais, de instituições como a Agência Nacional de Águas, o órgão
estadual outorgante – IGAM –, estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), dentre outros,
tendo como um dos pontos de partida, de forma geral, o estudo “Demandas Hídricas
Consuntivas”, da ANA. Complementarmente aos dados supracitados, será utilizado
como subsídio o estudo “Disponibilidade e Demandas de Recursos Hídricos no Brasil”,
da ANA, o qual dispõe de metodologia específica para as demandas hídricas
consuntivas por setor usuário, e também de acordo com a Nota Técnica n°
56/2015/SPR.
399
Cadastro de Outorgas do estado de Minas Gerais – total de 259.678 entradas –,
disponibilizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM, 2018), e filtrado para
a bacia do rio Paraopeba.
• Indeferidas (279);
Num terceiro momento, as finalidades dispostas em cada uma das entradas do cadastro
de outorgas foram aferidas e compatibilizadas em setores usuários singulares, de
acordo com o nome do empreendimento e com a respectiva portaria de outorga – para
aqueles que dispunham desta –, resultando em 12 tipologias de usos, assim como
disposto no Quadro 14.1.
400
Quadro 14.1 - Consolidação do Cadastro de Outorgas
Não obstante, as entradas cujas finalidades que estavam cadastradas como uso
industrial ou demais usos, porém que são relativas a empreendimentos minerários
conhecidos, foram movidas para o setor de “extração mineral”.
4 Visto que na bacia do rio Paraopeba não há outorgas para diluição de efluentes, e visto que a referida outorga não
dispõe de portaria específica para conferência, a mesma não será contabilizada nos cálculos das demandas hídricas
bem como no balanço hídrico.
401
A primeira metodologia foi aplicada àqueles municípios que são atendidos pela
Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), num total de 43 dos 61
considerados para o cálculo das demandas hídricas, conforme Quadro 14.2.
O coeficiente de retorno foi de 0,80, desta forma, a demanda urbana consumida equivale
a 20% da demanda urbana captada. A exceção fica por conta das captações que tem
como destino a Região Metropolitana de Belo Horizonte. Das 144 captações
cadastradas, oito possuem esta característica, e somam 12.551,00 L/s (88% do total
captado). Para estas captações não foi considerado retorno, ou seja, toda a vazão
captada é consumida, visto a existência de transposição de bacias.
402
Quadro 14.3 - Demandas de Abastecimento Público Urbanas - COPASA
Demanda de Abastecimento Urbano
População (L/s)
Município Captada Consumida Total
Urbana na bacia
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Belo Horizonte 260 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Belo Vale 3.295 21,60 5,50 4,32 1,10 27,10 5,42
Betim 374.470 1.390,00 0,00 1.390,00 0,00 1.390,00 1.390,00
Bonfim 3.332 18,00 1,61 3,60 0,32 19,61 3,92
Brumadinho 28.220 7.270,00 0,00 7.190,00 0,00 7.270,00 7.190,00
Caetanópolis 8.389 0,00 36,00 0,00 7,20 36,00 7,20
Capim Branco 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Carandaí 22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Congonhas 47.236 140,00 123,78 28,00 24,76 263,78 52,76
Conselheiro Lafaiete 111.266 472,00 0,00 94,40 0,00 472,00 94,40
Contagem 171.998 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cordisburgo 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cristiano Otoni 4.156 0,00 13,00 0,00 2,60 13,00 2,60
Crucilândia 2.979 17,50 0,00 3,50 0,00 17,50 3,50
Curvelo 3.500 0,00 22,60 0,00 4,52 22,60 4,52
Entre Rios de Minas 9.878 17,70 8,50 3,54 1,70 26,20 5,24
Esmeraldas 42.048 50,00 71,44 10,00 14,29 121,44 24,29
Felixlândia 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Florestal 5.504 30,00 0,00 6,00 0,00 30,00 6,00
Ibirité 151.618 51,00 0,00 51,00 0,00 51,00 51,00
Igarapé 32.661 35,00 120,00 7,00 24,00 155,00 31,00
Itatiaiuçu 6.221 49,00 1,80 9,80 0,36 50,80 10,16
403
Demanda de Abastecimento Urbano
População (L/s)
Município Captada Consumida Total
Urbana na bacia
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Itaverava 3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Juatuba 21.827 3.940,00 6,00 3.940,00 1,20 3.946,00 3.941,20
Lagoa Dourada 1.254 0,00 10,70 0,00 2,14 10,70 2,14
Maravilhas 4.896 0,00 38,84 0,00 7,77 38,84 7,77
Mário Campos 12.458 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mateus Leme 24.679 0,00 18,00 0,00 3,60 18,00 3,60
Matozinhos 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Moeda 1.789 14,00 0,00 2,80 0,00 14,00 2,80
Morro da Garça 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nova Lima 227 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Onça de Pitangui 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ouro Branco 31.609 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Paraopeba 19.663 165,00 33,00 33,00 6,60 198,00 39,60
Piedade dos Gerais 2.122 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pompéu 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Resende Costa 0 35,00 0,00 7,00 0,00 35,00 7,00
Ribeirão das Neves 115 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rio Manso 2.810 3,70 12,00 0,74 2,40 15,70 3,14
São Brás do Suaçuí 3.129 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Joaquim de Bicas 18.599 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sarzedo 25.532 14,00 0,00 2,80 0,00 14,00 2,80
TOTAL 1.177.765 13.733,50 522,77 12.787,50 104,55 14.256,27 12.892,05
FONTE: COBRAPE, com base em COPASA, 2018.
404
A segunda metodologia foi considerada sobre os demais municípios (18 no total),
considerados autônomos, ou seja, aqueles que não são atendidos pela rede de
abastecimento da concessionária estadual (COPASA), conforme Quadro 14.4.
Para a consideração das perdas físicas dos sistemas, foi adotada uma taxa de 40%
para todos os municípios, o mesmo critério utilizado no estudo do Atlas do
Abastecimento Urbano de Água (ANA, 2010). A taxa de retorno adotada foi de 0,80,
desta forma, a demanda urbana consumida equivale a 20% da demanda urbana
captada. A quantificação das demandas de abastecimento urbano dos municípios
autônomos está apresentada no Quadro 14.6.
405
Quadro 14.6 - Demandas de Abastecimento Público Urbanas - Autônomos
Demanda de Abastecimento Urbano
População (L/s)
Município Urbana na Captada Consumida Total
bacia
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Cachoeira da Prata 3.528 0,00 9,24 0,00 1,85 9,24 1,85
Caranaíba 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Casa Grande 1.122 2,83 0,11 0,57 0,02 2,94 0,59
Desterro de Entre Rios 177 0,22 0,25 0,04 0,05 0,46 0,09
Fortuna de Minas 1.865 0,00 4,88 0,00 0,98 4,88 0,98
Inhaúma 4.206 0,00 11,01 0,00 2,20 11,01 2,20
Itaguara 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itaúna 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jeceaba 2.988 6,85 0,98 1,37 0,20 7,82 1,56
Ouro Preto 176 0,41 0,14 0,08 0,03 0,55 0,11
Papagaios 3.285 0,00 9,24 0,00 1,85 9,24 1,85
Pará de Minas 3.028 9,50 0,00 1,90 0,00 9,50 1,90
Pequi 2.953 6,44 1,29 1,29 0,26 7,73 1,55
Piracema 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Queluzito 847 2,04 0,18 0,41 0,04 2,22 0,44
Santana dos Montes 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São José da Varginha 2.372 6,21 0,00 1,24 0,00 6,21 1,24
Sete Lagoas 3.500 0,00 10,84 0,00 2,17 10,84 2,17
TOTAL 30.047 34,50 48,16 6,90 9,63 82,66 16,53
FONTE: COBRAPE, 2018.
406
14.1.2.2. Abastecimento Rural
A terceira metodologia adotada diz respeito à demanda rural. Para o cálculo das
demandas para abastecimento no meio rural, as populações (obtidas do CENSO 2010)
foram multiplicadas pelos coeficientes de demandas per capita disponíveis no Plano
Nacional de Recursos Hídricos (FGV, 1998), o qual dispõe um valor de 125 L/hab.dia.
A taxa de retorno adotada foi de 50%, baseada no estudo “Estimativa das Vazões para
Atividades de Uso Consuntivo da Água nas Principais Bacias do Sistema Interligado
Nacional – SIN”, elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em 2003.
Os resultados das estimativas são apresentados no Quadro 14.7.
407
Quadro 14.7 - Demanda de Abastecimento Rural
Demanda de Abastecimento Rural
População (L/s)
Município Captada Consumida Total
Rural na bacia
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Belo Horizonte 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Belo Vale 4.235 6,13 0,00 3,06 0,00 6,13 3,06
Betim 2.758 3,99 0,00 2,00 0,00 3,99 2,00
Bonfim 3.486 5,04 0,00 2,52 0,00 5,04 2,52
Brumadinho 5.301 7,67 0,00 3,83 0,00 7,67 3,83
Cachoeira da Prata 126 0,18 0,00 0,09 0,00 0,18 0,09
Caetanópolis 1.829 2,65 0,00 1,32 0,00 2,65 1,32
Capim Branco 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Caranaíba 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Carandaí 6 0,01 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00
Casa Grande 1.011 1,46 0,00 0,73 0,00 1,46 0,73
Congonhas 1.283 1,86 0,00 0,93 0,00 1,86 0,93
Conselheiro Lafaiete 5.152 7,45 0,00 3,73 0,00 7,45 3,73
Contagem 1.861 2,69 0,00 1,35 0,00 2,69 1,35
Cordisburgo 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cristiano Otoni 771 1,12 0,00 0,56 0,00 1,12 0,56
Crucilândia 1.774 2,57 0,00 1,28 0,00 2,57 1,28
Curvelo 2.498 3,61 0,00 1,81 0,00 3,61 1,81
Desterro de Entre Rios 1.666 2,41 0,00 1,21 0,00 2,41 1,21
Entre Rios de Minas 4.362 6,31 0,00 3,16 0,00 6,31 3,16
Esmeraldas 4.010 5,80 0,00 2,90 0,00 5,80 2,90
408
Demanda de Abastecimento Rural
População (L/s)
Município Captada Consumida Total
Rural na bacia
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Felixlândia 331 0,48 0,00 0,24 0,00 0,48 0,24
Florestal 1.037 1,50 0,00 0,75 0,00 1,50 0,75
Fortuna de Minas 840 1,22 0,00 0,61 0,00 1,22 0,61
Ibirité 363 0,53 0,00 0,26 0,00 0,53 0,26
Igarapé 2.190 3,17 0,00 1,58 0,00 3,17 1,58
Inhaúma 1.554 2,25 0,00 1,12 0,00 2,25 1,12
Itaguara 15 0,02 0,00 0,01 0,00 0,02 0,01
Itatiaiuçu 2.429 3,51 0,00 1,76 0,00 3,51 1,76
Itaúna 565 0,82 0,00 0,41 0,00 0,82 0,41
Itaverava 206 0,30 0,00 0,15 0,00 0,30 0,15
Jeceaba 2.407 3,48 0,00 1,74 0,00 3,48 1,74
Juatuba 375 0,54 0,00 0,27 0,00 0,54 0,27
Lagoa Dourada 2.212 3,20 0,00 1,60 0,00 3,20 1,60
Maravilhas 877 1,27 0,00 0,63 0,00 1,27 0,63
Mário Campos 734 1,06 0,00 0,53 0,00 1,06 0,53
Mateus Leme 3.176 4,59 0,00 2,30 0,00 4,59 2,30
Matozinhos 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Moeda 2.847 4,12 0,00 2,06 0,00 4,12 2,06
Morro da Garça 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nova Lima 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Onça de Pitangui 19 0,03 0,00 0,01 0,00 0,03 0,01
Ouro Branco 1.935 2,80 0,00 1,40 0,00 2,80 1,40
409
Demanda de Abastecimento Rural
População (L/s)
Município Captada Consumida Total
Rural na bacia
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Ouro Preto 199 0,29 0,00 0,14 0,00 0,29 0,14
Papagaios 1.124 1,63 0,00 0,81 0,00 1,63 0,81
Pará de Minas 1.281 1,85 0,00 0,93 0,00 1,85 0,93
Paraopeba 2.609 3,77 0,00 1,89 0,00 3,77 1,89
Pequi 1.120 1,62 0,00 0,81 0,00 1,62 0,81
Piedade dos Gerais 2.516 3,64 0,00 1,82 0,00 3,64 1,82
Piracema 25 0,04 0,00 0,02 0,00 0,04 0,02
Pompéu 1.468 2,12 0,00 1,06 0,00 2,12 1,06
Queluzito 1.014 1,47 0,00 0,73 0,00 1,47 0,73
Resende Costa 462 0,67 0,00 0,33 0,00 0,67 0,33
Ribeirão das Neves 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rio Manso 2.465 3,57 0,00 1,78 0,00 3,57 1,78
Santana dos Montes 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Brás do Suaçuí 384 0,56 0,00 0,28 0,00 0,56 0,28
São Joaquim de Bicas 6.938 10,04 0,00 5,02 0,00 10,04 5,02
São José da Varginha 1.824 2,64 0,00 1,32 0,00 2,64 1,32
Sarzedo 282 0,41 0,00 0,20 0,00 0,41 0,20
Sete Lagoas 2.724 3,94 0,00 1,97 0,00 3,94 1,97
TOTAL 92.679 134,08 0,00 67,04 0,00 134,08 67,04
FONTE: Elaborado pela COBRAPE, com base em FGV (1998) e IBGE (2010).
410
14.1.2.3. Síntese das Demandas de Abastecimento Público
A síntese das demandas hídricas para abastecimento público levou em consideração a
soma das demandas urbanas e rurais. No Quadro 14.8 as demandas hídricas totais
estão apresentadas por município, e na Figura 14.1 as demandas por municípios estão
espacializadas.
411
Quadro 14.8 - Demandas Totais para Abastecimento Público
412
Demanda de Abastecimento Público (L/s)
População
Município Captada Consumida Total
Total na bacia
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Florestal 6.541 31,50 0,00 6,75 0,00 31,50 6,75
Fortuna de Minas 2.705 1,22 4,88 0,61 0,98 6,10 1,58
Ibirité 151.981 51,53 0,00 51,26 0,00 51,53 51,26
Igarapé 34.851 38,17 120,00 8,58 24,00 158,17 32,58
Inhaúma 5.760 2,25 11,01 1,12 2,20 13,26 3,33
Itaguara 15 0,02 0,00 0,01 0,00 0,02 0,01
Itatiaiuçu 8.650 52,51 1,80 11,56 0,36 54,31 11,92
Itaúna 565 0,82 0,00 0,41 0,00 0,82 0,41
Itaverava 210 0,30 0,00 0,15 0,00 0,30 0,15
Jeceaba 5.395 10,33 0,98 3,11 0,20 11,31 3,31
Juatuba 22.202 3.940,54 6,00 3.940,27 1,20 3.946,54 3.941,47
Lagoa Dourada 3.466 3,20 10,70 1,60 2,14 13,90 3,74
Maravilhas 5.773 1,27 38,84 0,63 7,77 40,11 8,40
Mário Campos 13.192 1,06 0,00 0,53 0,00 1,06 0,53
Mateus Leme 27.855 4,59 18,00 2,30 3,60 22,59 5,90
Matozinhos 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Moeda 4.636 18,12 0,00 4,86 0,00 18,12 4,86
Morro da Garça 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nova Lima 227 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Onça de Pitangui 19 0,03 0,00 0,01 0,00 0,03 0,01
Ouro Branco 33.544 2,80 0,00 1,40 0,00 2,80 1,40
Ouro Preto 375 0,70 0,14 0,23 0,03 0,84 0,25
Papagaios 4.409 1,63 9,24 0,81 1,85 10,87 2,66
Pará de Minas 4.309 11,35 0,00 2,83 0,00 11,35 2,83
413
Demanda de Abastecimento Público (L/s)
População
Município Captada Consumida Total
Total na bacia
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Paraopeba 22.272 168,77 33,00 34,89 6,60 201,77 41,49
Pequi 4.073 8,06 1,29 2,10 0,26 9,35 2,36
Piedade dos Gerais 4.638 3,64 0,00 1,82 0,00 3,64 1,82
Piracema 25 0,04 0,00 0,02 0,00 0,04 0,02
Pompéu 1.468 2,12 0,00 1,06 0,00 2,12 1,06
Queluzito 1.861 3,51 0,18 1,14 0,04 3,68 1,18
Resende Costa 462 35,67 0,00 7,33 0,00 35,67 7,33
Ribeirão das Neves 115 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rio Manso 5.275 7,27 12,00 2,52 2,40 19,27 4,92
Santana dos Montes 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Brás do Suaçuí 3.513 0,56 0,00 0,28 0,00 0,56 0,28
São Joaquim de Bicas 25.537 10,04 0,00 5,02 0,00 10,04 5,02
São José da Varginha 4.196 8,85 0,00 2,56 0,00 8,85 2,56
Sarzedo 25.814 14,41 0,00 3,00 0,00 14,41 3,00
Sete Lagoas 6.224 3,94 10,84 1,97 2,17 14,79 4,14
TOTAL 1.300.491 13.902,08 570,93 12.861,44 114,19 14.473,01 12.975,63
FONTE: COBRAPE, 2018.
414
45°0'0"O 44°0'0"O
Demanda para
Abastecimento Público
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Demanda Captada para !
P Principais Sedes Municipais
Abastecimento Público (L/s) Limite Municipal
0,00 - 0,04 Hidrografia Principal
0,05 - 3,68 Limite SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
3,69 - 14,12
14,13 - 35,67
35,68 - 7.277,67 FONTE: COBRAPE (2018).
14.1.3. Setor Industrial
Para o cálculo das demandas do setor industrial na bacia hidrográfica do rio Paraopeba,
tanto para águas superficiais quanto subterrâneas, foram considerados os dados
contidos no cadastro de outorgas do IGAM.
O somatório das demandas hídricas do setor industrial, para volume captado e volume
consumido, foram agrupados de forma a possibilitar a visualização espacial, mostrando
em quais regiões o consumo é maior. Os totais estão dispostos no Quadro 14.9 e
espacializados na Figura 14.2.
O coeficiente de retorno adotado foi de 80%, baseado no estudo “Estimativa das Vazões
para Atividades de Uso Consuntivo da Água nas Principais Bacias do Sistema Nacional
– SIN” (ONS, 2003).
416
Quadro 14.9 - Demandas do Setor Industrial
Demanda Setor Industrial
(L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Belo Horizonte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Belo Vale 2.598,90 1,18 519,78 0,24 2.600,08 520,02
Betim 28,00 126,42 5,60 25,28 154,42 30,88
Bonfim 6,70 0,97 1,34 0,19 7,67 1,53
Brumadinho 4,20 3,75 0,84 0,75 7,95 1,59
Cachoeira da Prata 36,80 21,44 7,36 4,29 58,24 11,65
Caetanópolis 0,00 5,22 0,00 1,04 5,22 1,04
Capim Branco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Caranaíba 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Carandaí 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Casa Grande 0,00 1,03 0,00 0,21 1,03 0,21
Congonhas 6.700,62 14,12 1.340,12 2,82 6.714,74 1.342,95
Conselheiro Lafaiete 2.362,40 18,73 472,48 3,75 2.381,13 476,23
Contagem 2,20 3,33 0,44 0,67 5,53 1,11
Cordisburgo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cristiano Otoni 72,80 6,29 14,56 1,26 79,09 15,82
Crucilândia 253,10 1.332,52 50,62 266,50 1.585,62 317,12
Curvelo 7,34 2,78 1,47 0,56 10,12 2,02
Desterro de Entre Rios 1,00 0,00 0,20 0,00 1,00 0,20
Entre Rios de Minas 2,20 0,14 0,44 0,03 2,34 0,47
Esmeraldas 2.337,68 10,52 467,54 2,10 2.348,20 469,64
Felixlândia 0,00 3,17 0,00 0,63 3,17 0,63
417
Demanda Setor Industrial
(L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Florestal 1,50 0,42 0,30 0,08 1,92 0,38
Fortuna de Minas 351,40 0,69 70,28 0,14 352,09 70,42
Ibirité 610,00 7,24 122,00 1,45 617,24 123,45
Igarapé 2.605,00 1,06 521,00 0,21 2.606,06 521,21
Inhaúma 1,30 0,00 0,26 0,00 1,30 0,26
Itaguara 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itatiaiuçu 73,06 185,75 14,61 37,15 258,81 51,76
Itaúna 5,00 0,00 1,00 0,00 5,00 1,00
Itaverava 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jeceaba 3,50 0,20 0,70 0,04 3,70 0,74
Juatuba 413,70 67,81 82,74 13,56 481,51 96,30
Lagoa Dourada 1,00 0,00 0,20 0,00 1,00 0,20
Maravilhas 643,66 3,03 128,73 0,61 646,69 129,34
Mário Campos 1.752,00 0,56 350,40 0,11 1.752,56 350,51
Mateus Leme 176,40 4,56 35,28 0,91 180,96 36,19
Matozinhos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Moeda 582,00 3,63 116,40 0,73 585,63 117,13
Morro da Garça 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nova Lima 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Onça de Pitangui 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ouro Branco 0,00 0,77 0,00 0,15 0,77 0,15
Ouro Preto 12,00 0,00 2,40 0,00 12,00 2,40
Papagaios 955,40 1,29 191,08 0,26 956,69 191,34
418
Demanda Setor Industrial
(L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Pará de Minas 2,00 0,00 0,40 0,00 2,00 0,40
Paraopeba 999,90 23,74 199,98 4,75 1.023,64 204,73
Pequi 5,00 0,56 1,00 0,11 5,56 1,11
Piedade dos Gerais 1.160,00 0,00 232,00 0,00 1.160,00 232,00
Piracema 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pompéu 4,00 3,89 0,80 0,78 7,89 1,58
Queluzito 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Resende Costa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ribeirão das Neves 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rio Manso 644,20 0,00 128,84 0,00 644,20 128,84
Santana dos Montes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Brás do Suaçuí 0,90 0,00 0,18 0,00 0,90 0,18
São Joaquim de Bicas 4,30 5,76 0,86 1,15 10,06 2,01
São José da Varginha 0,70 2,25 0,14 0,45 2,95 0,59
Sarzedo 582,50 17,68 116,50 3,54 600,18 120,04
Sete Lagoas 3.256,84 0,00 651,37 0,00 3.256,84 651,37
TOTAL 29.261,20 1.882,49 5.852,24 376,50 31.143,69 6.228,74
FONTE: Cadastro de Outorgas IGAM, 2018.
419
45°0'0"O 44°0'0"O
Demanda do Setor
Industrial
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Demanda Captada para Indústria (L/s) !
P Principais Sedes Municipais
0,00 Limite Municipal
0,01 - 3,70 Hidrografia Principal
3,71 - 58,24 Limite SF3: Rio Paraopeba
58,25 - 646,69 Reservatório
646,70 - 6.714,74
FONTE: COBRAPE, com base em Cadastro
de Outorgas IGAM (2018).
A principal dificuldade na estimativa das demandas industriais é sempre a obtenção de
uma base de dados confiável. O consumo de água não é o tipo de dado que consta dos
cadastros do setor, motivo pelo qual os cadastros das federações industriais, por
exemplo, não constituem uma boa fonte. Da mesma forma, tentativas de identificar o
consumo industrial por meio de correlações entre dados, tais como consumo de água
por unidade produzida, ou por funcionário, dificilmente levam a bons resultados. Prova
disto é o recente estudo “Água na Indústria: Uso (Demanda) e Coeficientes Técnicos”
(ANA, 2017), no qual a metodologia adotada é baseada no número de empregados na
indústria de transformação, conforme informações sistematizadas pelo Ministério do
Trabalho na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), sendo os valores resultantes
apresentados em L/empregado.dia, determinado por meio da média de consumo de
água do setor respectivo, contido na Classificação Nacional de Atividades Econômicas
(CNAE).
421
Ainda tratando da questão de outorgas, e diante dos dados do Cadastro de Outorgas, o
Quadro 14.11 ressalta quais as maiores concentrações de captação do setor industrial.
A ideia deste quadro é demonstrar qual o número de empresas, ou o número de
outorgas, que são responsáveis pelo terço maior do total de outorgas, ou seja, 75% do
total captado.
Nº de
Empreendimento Vazão (L/s)
Outorgas
GERDAU AÇOMINAS S/A 5.000,00 2
DALMO GERALDO DE OLIVEIRA 1.332,00 1
TRANSPORTE SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS LTDA 970,00 1
SLUMP ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA 1.900,00 2
CONSTRUTORA OAS S.A. 1.900,00 2
A.F. STONE EIRELI - ME 950,00 1
SOLOTRAT ENGENHARIA GEOTECNICA LTDA 1.660,00 2
EMPREENDIMENTOS ESMERALDAS LTDA 830,00 1
INTEGRAL ENGENHARIA LTDA 750,00 1
ITAMINAS COMÉRCIO DE MINÉRIOS S/A 711,00 1
CERÂMICA FERNANDES E MEIRELES LTDA 610,00 1
PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRÁS 1.085,00 2
CONSÓRCIO ATERPA-CAMTER 4.060,00 7
AVAN PLAST COMERCIAL LTDA 460,00 1
PRÓFLORA AGROFLORESTAL LTDA 450,00 1
JORASA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA 900,00 2
Total 23.568,00 28
% 75,7%
Total do setor industrial/agroindustrial 31.143,69
FONTE: COBRAPE, 2018.
422
licença de operação (LO) ou Autorização Ambiental de Funcionamento (AAF). De um
total de 490 formulários enviados, somente 191 obtiveram respostas. Este estudo
apresentou uma demanda total de 5.979,26 L/s, divididos entre captações superficiais,
subterrâneas e mistas. Tal valor é considerado pela Consultora abaixo do esperado,
visto o valor total disponível no cadastro de outorgas do IGAM. Tal fato deve-se,
prioritariamente, ao não recebimento das informações solicitadas às empresas.
A agricultura é hoje a atividade que mais consome água no país. Cerca de 67% de toda
a demanda hídrica consumida é proveniente da agricultura (ANA, 2017). No Estado de
Goiás este efetivo também é muito significativo, sendo responsável por cerca de 68%
da demanda total do Estado.
A demanda para agricultura foi calculada a partir do estudo “Atlas Irrigação: Uso da
Água na Agricultura Irrigada” (ANA, 2017). Neste estudo foram identificados os
principais grupos de áreas irrigadas em larga escala no território nacional. Desta forma,
a irrigação de arroz por inundação, de cana-de-açúcar e de outras culturas por pivôs
centrais foram identificados como os grupos mais expressivos em larga escala,
totalizando da ordem de 70% da área total e ocorrendo de forma concentrada no
território nacional.
423
geoprocessamento, a proporcionalidade de área agrícola inserida na bacia do rio
Paraopeba, a qual foi multiplicada pela demanda hídrica total do município, resultando
assim na demanda hídrica do setor agrícola na bacia hidrográfica do rio Paraopeba. A
fórmula a seguir exemplifica a metodologia aplicada:
𝐷𝐻𝑇𝐵𝑃 = 𝐴𝑖𝑡 𝑥 𝐶 𝑥 𝐴𝑝
Sendo:
424
Quadro 14.12 - Demandas do Setor Agrícola
Demanda de Setor Agrícola (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Belo Horizonte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Belo Vale 51,99 0,00 41,60 0,00 51,99 41,60
Betim 132,80 0,35 106,24 0,28 133,15 106,52
Bonfim 54,60 0,00 43,68 0,00 54,60 43,68
Brumadinho 118,40 0,16 94,72 0,13 118,56 94,85
Cachoeira da Prata 2,40 0,00 1,92 0,00 2,40 1,92
Caetanópolis 119,05 4,34 95,24 3,47 123,39 98,71
Capim Branco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Caranaíba 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Carandaí 1,49 0,01 1,19 0,00 1,50 1,20
Casa Grande 44,03 0,00 35,23 0,00 44,03 35,23
Congonhas 1,80 0,00 1,44 0,00 1,80 1,44
Conselheiro Lafaiete 59,83 0,17 47,87 0,14 60,00 48,00
Contagem 6,90 0,24 5,52 0,19 7,14 5,71
Cordisburgo 0,01 0,00 0,01 0,00 0,01 0,01
Cristiano Otoni 0,00 19,26 0,00 15,41 19,26 15,41
Crucilândia 59,23 0,06 47,39 0,05 59,29 47,44
Curvelo 393,37 0,00 314,70 0,00 393,37 314,70
Desterro de Entre Rios 3,23 0,00 2,58 0,00 3,23 2,58
Entre Rios de Minas 90,52 0,00 72,41 0,00 90,52 72,41
Esmeraldas 367,29 0,35 293,84 0,28 367,65 294,12
Felixlândia 72,93 0,00 58,34 0,00 72,93 58,34
Florestal 42,39 0,09 33,91 0,07 42,47 33,98
425
Demanda de Setor Agrícola (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Fortuna de Minas 318,60 0,00 254,88 0,00 318,60 254,88
Ibirité 0,00 117,89 0,00 94,32 117,89 94,32
Igarapé 381,32 0,08 305,06 0,06 381,40 305,12
Inhaúma 229,49 29,05 183,60 23,24 258,54 206,83
Itaguara 0,16 0,00 0,13 0,00 0,16 0,13
Itatiaiuçu 42,49 0,00 33,99 0,00 42,49 33,99
Itaúna 52,91 2,31 42,33 1,84 55,22 44,18
Itaverava 8,67 0,00 6,94 0,00 8,67 6,94
Jeceaba 70,80 0,00 56,64 0,00 70,80 56,64
Juatuba 17,06 7,45 13,65 5,96 24,51 19,61
Lagoa Dourada 269,07 0,00 215,25 0,00 269,07 215,25
Maravilhas 31,98 2,34 25,59 1,87 34,32 27,46
Mário Campos 54,55 0,05 43,64 0,04 54,60 43,68
Mateus Leme 557,25 0,21 445,80 0,17 557,46 445,97
Matozinhos 0,01 0,00 0,01 0,00 0,01 0,01
Moeda 8,60 2,39 6,88 1,91 10,99 8,79
Morro da Garça 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nova Lima 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Onça de Pitangui 2,29 0,01 1,84 0,01 2,30 1,84
Ouro Branco 180,68 0,08 144,55 0,07 180,77 144,61
Ouro Preto 8,37 0,00 6,69 0,00 8,37 6,69
Papagaios 388,96 0,85 311,17 0,68 389,81 311,85
Pará de Minas 31,87 0,00 25,49 0,00 31,87 25,50
Paraopeba 1.037,94 9,96 830,35 7,97 1.047,90 838,32
426
Demanda de Setor Agrícola (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Pequi 246,45 0,35 197,16 0,28 246,80 197,44
Piedade dos Gerais 35,99 0,00 28,79 0,00 35,99 28,79
Piracema 0,10 0,00 0,08 0,00 0,10 0,08
Pompéu 176,92 0,00 141,53 0,00 176,92 141,53
Queluzito 62,40 0,00 49,92 0,00 62,40 49,92
Resende Costa 1,01 0,00 0,81 0,00 1,01 0,81
Ribeirão das Neves 0,00 0,01 0,00 0,01 0,01 0,01
Rio Manso 412,47 0,05 329,98 0,04 412,53 330,02
Santana dos Montes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Brás do Suaçuí 11,95 0,05 9,56 0,04 12,00 9,60
São Joaquim de Bicas 415,86 0,06 332,69 0,05 415,92 332,73
São José da Varginha 99,52 0,00 79,62 0,00 99,52 79,62
Sarzedo 55,73 0,07 44,58 0,06 55,80 44,64
Sete Lagoas 203,67 41,61 162,93 33,29 245,28 196,22
TOTAL 7.037,43 239,89 5.629,94 191,91 7.277,32 5.821,85
FONTE: COBRAPE, 2018.
427
Além da demanda foram levantadas as principais culturas de cada município, com sua
respectiva área plantada, com dados da Produção Agrícola Municipal de 2016, realizada
pelo IBGE. Vale destacar que as áreas plantadas se referem ao total do município. O
intuito deste quadro é mostrar a cultura predominante em cada município, bem como
obter uma razão da proporção de área daquela cultura. O Quadro 14.13 mostra as
principais culturas de cada município, com as áreas plantadas, e a Figura 14.3 mostra
as demandas hídricas do setor agrícola espacializadas.
428
Área Área
Principal % em relação à
plantada plantada da
Município cultura do Área total plantada
total cultura
município do município (ha)
(ha) (ha)
Matozinhos 1.318 Milho (em grão) 1.000 76%
Moeda 331 Cana-de-açúcar 90 27%
Morro da Garça 163 Milho (em grão) 110 67%
Nova Lima 1 Mandioca 1 100%
Onça de Pitangui 211 Milho (em grão) 80 38%
Ouro Branco 679 Milho (em grão) 600 88%
Ouro Preto 2.010 Milho (em grão) 1.250 62%
Papagaios 1.244 Milho (em grão) 600 48%
Pará de Minas 382 Mandioca 145 38%
Paraopeba 554 Milho (em grão) 300 54%
Pequi 289 Mandioca 60 21%
Piedade dos Gerais 1.277 Tangerina 520 41%
Piracema 1.697 Cana-de-açúcar 650 38%
Pompéu 17.830 Cana-de-açúcar 15.874 89%
Queluzito 408 Milho (em grão) 260 64%
Resende Costa 1.394 Milho (em grão) 680 49%
Ribeirão das Neves 10 Feijão (em grão) 5 50%
Rio Manso 217 Milho (em grão) 100 46%
Santana dos Montes 824 Milho (em grão) 495 60%
São Brás do Suaçuí 1.289 Milho (em grão) 775 60%
São Joaquim de Bicas 76 Cana-de-açúcar 24 32%
São José da Varginha 634 Milho (em grão) 330 52%
Sarzedo 44 Abacate 30 68%
Sete Lagoas 770 Cana-de-açúcar 304 39%
TOTAL 83.999 50.745 60%
FONTE: Produção Agrícola Municipal – IBGE, 2016.
429
45°0'0"O 44°0'0"O
Demanda do Setor
Agrícola
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Demanda Captada para Agricultura (L/s) !
P Principais Sedes Municipais
0,00 - 1,50 Limite Municipal
1,51 - 31,87 Hidrografia Principal
31,88 - 60,00 Limite SF3: Rio Paraopeba
60,01 - 245,28 Reservatório
245,29 - 1.047,90
Apenas os rebanhos suínos foram considerados confinados, uma vez que a avicultura
faz uso de camas secas, eliminando a utilização de água para limpeza e, na maioria dos
outros rebanhos, a criação é de forma extensiva, não havendo dados significativos para
quantificação como rebanho confinado.
5 Águas Doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação / organizadores Aldo da Cunha Rebouças, Benedito
Braga, José Galizia Tundisi - 3ª Edição – São Paulo: Escrituras Editora, 2006.
6 Metodologia utilizada no PLIRHINE – Plano de Aproveitamento Integrado dos Recursos Hídricos do Nordeste -1980,
que vem sendo aplicada em todo território nacional.
431
A metodologia ainda agrega uma taxa de retorno, adotada em 20%, baseada no estudo
“Estimativa das Vazões para Atividades de Uso Consuntivo da Água nas Principais
Bacias do Sistema Nacional – SIN”, realizado pela ONS – Operador Nacional do
Sistema Elétrico em 2003. O Quadro 14.15 apresenta as demandas do setor pecuário
por municípios na bacia do rio Paraopeba, e a Figura 14.4 ilustra as demandas hídricas
do setor pecuário espacializadas.
432
Quadro 14.15 - Demandas do Setor Pecuário
Demanda do Setor Pecuária (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Belo Horizonte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Belo Vale 8,72 0,71 6,98 0,57 9,44 7,55
Betim 4,48 2,39 3,58 1,91 6,87 5,50
Bonfim 7,10 0,00 5,68 0,00 7,10 5,68
Brumadinho 13,13 0,04 10,51 0,03 13,18 10,54
Cachoeira da Prata 1,71 0,03 1,37 0,02 1,74 1,39
Caetanópolis 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Capim Branco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Caranaíba 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Carandaí 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Casa Grande 3,57 0,00 2,86 0,00 3,57 2,86
Congonhas 0,00 1,97 0,00 1,58 1,97 1,58
Conselheiro Lafaiete 11,14 0,03 8,92 0,03 11,18 8,94
Contagem 1,08 0,00 0,86 0,00 1,08 0,86
Cordisburgo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cristiano Otoni 0,00 5,47 0,00 4,37 5,47 4,37
Crucilândia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Curvelo 20,01 0,11 16,01 0,09 20,12 16,10
Desterro de Entre Rios 4,67 0,00 3,74 0,00 4,67 3,74
Entre Rios de Minas 14,56 0,00 11,65 0,00 14,56 11,65
Esmeraldas 29,93 0,02 23,95 0,01 29,95 23,96
Felixlândia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Florestal 12,57 0,01 10,06 0,01 12,58 10,07
433
Demanda do Setor Pecuária (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Fortuna de Minas 8,37 0,01 6,70 0,01 8,39 6,71
Ibirité 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Igarapé 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Inhaúma 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itaguara 0,09 0,00 0,07 0,00 0,09 0,08
Itatiaiuçu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itaúna 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itaverava 0,31 0,00 0,25 0,00 0,31 0,25
Jeceaba 3,41 0,05 2,73 0,04 3,46 2,77
Juatuba 2,12 0,24 1,70 0,19 2,36 1,88
Lagoa Dourada 0,00 10,54 0,00 8,44 10,54 8,44
Maravilhas 5,32 3,51 4,26 2,81 8,83 7,06
Mário Campos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mateus Leme 9,51 0,00 7,61 0,00 9,52 7,61
Matozinhos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Moeda 0,00 3,65 0,00 2,92 3,65 2,92
Morro da Garça 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nova Lima 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Onça de Pitangui 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ouro Branco 1,18 0,00 0,94 0,00 1,18 0,94
Ouro Preto 0,06 0,00 0,04 0,00 0,06 0,05
Papagaios 17,14 0,05 13,72 0,04 17,20 13,76
Pará de Minas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Paraopeba 18,97 0,24 15,17 0,19 19,21 15,37
434
Demanda do Setor Pecuária (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Pequi 12,24 0,01 9,79 0,01 12,25 9,80
Piedade dos Gerais 13,28 0,00 10,62 0,00 13,28 10,62
Piracema 0,15 0,00 0,12 0,00 0,15 0,12
Pompéu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Queluzito 0,00 4,58 0,00 3,66 4,58 3,66
Resende Costa 2,79 0,04 2,24 0,03 2,84 2,27
Ribeirão das Neves 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rio Manso 5,52 0,03 4,41 0,02 5,54 4,43
Santana dos Montes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Brás do Suaçuí 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Joaquim de Bicas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São José da Varginha 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sarzedo 0,71 0,01 0,57 0,01 0,72 0,58
Sete Lagoas 3,85 1,56 3,08 1,25 5,41 4,33
TOTAL 237,72 35,32 190,18 28,25 273,04 218,43
FONTE: COBRAPE, com base em Produção Pecuária Municipal – IBGE, 2016.
435
45°0'0"O 44°0'0"O
Demanda do Setor
Pecuário
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Demanda Captada para Pecuária (L/s) !
P Principais Sedes Municipais
0,00 Limite Municipal
0,01 - 1,97 Hidrografia Principal
1,98 - 5,47 Limite SF3: Rio Paraopeba
5,48 - 11,18 Reservatório
11,19 - 29,95
A estimativa da demanda hídrica do setor de mineração foi obtida por meio do Cadastro
de Outorgas (IGAM, 2018). Deste modo, e visto que as outorgas passaram por
geoprocessamento por meio de coordenadas geográficas, cabe salientar que os valores
das demandas por municípios podem diferir da percepção da realidade7. Este fato deve-
se à diferença entre as projeções cartográficas utilizadas e pela diferença na escala de
produção dos arquivos vetoriais utilizados, tanto pela Consultora quanto pelo
Contratante. No entanto este fato não possui nenhuma influência sobre o resultado das
demandas hídricas do setor.
Foi realizada uma análise fina no cadastro de outorgas industrial e algumas entradas
cadastradas eram de empreendimentos conhecidos do setor mineração e água mineral
e, por este motivo, foram movidos e considerados no cálculo da demanda de mineração.
O coeficiente de retorno, que estima quanta água captada para o processo minerário
retorna aos corpos hídricos, varia de 85% a 95% (Águas Doces no Brasil, 2006),
portanto para o diagnóstico foi adotado um valor médio, 90%. Vale ressaltar que o
grande impacto da mineração em relação à água é sobre a sua qualidade, sendo de
baixo consumo, em relação aos outros usos. As demandas do setor de extração mineral
estão relacionadas no Quadro 14.16.
7 Um exemplo são as outorgas das empresas Vale - Córrego de Feijão/Tejuco, a qual possuiu uma outorga de 1.000
m³/h, e a V&M Mineração na mina de Pau Branco, a qual possui uma outra outorga de 700m³/h, ambas cadastradas
como sendo localizadas no município de Brumadinho. Ambas outorgas estão sendo consideradas no cálculo da demanda
para extração mineral. Após o geoprocessamento a outorga da Vale, de 1.000 m³/h continuou localizada no município
de Brumadinho, já a outorga da V&M Mineração, de 700m³/h, localiza-se no município de Mário Campos, muito próxima
da divisa com o município de Brumadinho.
437
Quadro 14.16 - Demandas do Setor de Extração Mineral
Demanda Setor Extração Mineral (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Belo Horizonte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Belo Vale 914,50 0,39 91,45 0,04 914,89 91,49
Betim 7,74 3,75 0,77 0,37 11,49 1,15
Bonfim 10,96 0,00 1,10 0,00 10,96 1,10
Brumadinho 859,40 292,49 85,94 29,25 1.151,89 115,19
Cachoeira da Prata 16,00 129,36 1,60 12,94 145,36 14,54
Caetanópolis 1,00 0,61 0,10 0,06 1,61 0,16
Capim Branco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Caranaíba 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Carandaí 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Casa Grande 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Congonhas 998,93 446,28 99,89 44,63 1.445,21 144,52
Conselheiro Lafaiete 3,70 0,00 0,37 0,00 3,70 0,37
Contagem 1,60 0,83 0,16 0,08 2,43 0,24
Cordisburgo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cristiano Otoni 0,90 0,33 0,09 0,03 1,23 0,12
Crucilândia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Curvelo 3.290,97 1,69 329,10 0,17 3.292,66 329,27
Desterro de Entre Rios 5,40 0,00 0,54 0,00 5,40 0,54
Entre Rios de Minas 1,90 0,00 0,19 0,00 1,90 0,19
Esmeraldas 1.016,70 519,58 101,67 51,96 1.536,28 153,63
Felixlândia 57,80 0,00 5,78 0,00 57,80 5,78
Florestal 5,83 0,00 0,58 0,00 5,83 0,58
438
Demanda Setor Extração Mineral (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Fortuna de Minas 745,81 38,93 74,58 3,89 784,74 78,47
Ibirité 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Igarapé 7,00 2,50 0,70 0,25 9,50 0,95
Inhaúma 0,00 25,50 0,00 2,55 25,50 2,55
Itaguara 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itatiaiuçu 91,10 121,86 9,11 12,19 212,96 21,30
Itaúna 0,00 0,12 0,00 0,01 0,12 0,01
Itaverava 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jeceaba 983,90 0,00 98,39 0,00 983,90 98,39
Juatuba 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Lagoa Dourada 4,70 0,00 0,47 0,00 4,70 0,47
Maravilhas 46,86 0,28 4,69 0,03 47,13 4,71
Mário Campos 337,10 277,78 33,71 27,78 614,88 61,49
Mateus Leme 1,80 22,72 0,18 2,27 24,52 2,45
Matozinhos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Moeda 17,00 0,28 1,70 0,03 17,28 1,73
Morro da Garça 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nova Lima 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Onça de Pitangui 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ouro Branco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ouro Preto 84,90 11,67 8,49 1,17 96,57 9,66
Papagaios 44,88 1,06 4,49 0,11 45,94 4,59
Pará de Minas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Paraopeba 826,40 16,34 82,64 1,63 842,74 84,27
439
Demanda Setor Extração Mineral (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Pequi 2.815,21 4,34 281,52 0,43 2.819,55 281,95
Piedade dos Gerais 340,00 29,80 34,00 2,98 369,80 36,98
Piracema 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pompéu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Queluzito 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Resende Costa 490,00 0,00 49,00 0,00 490,00 49,00
Ribeirão das Neves 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rio Manso 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Santana dos Montes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Brás do Suaçuí 14,00 0,00 1,40 0,00 14,00 1,40
São Joaquim de Bicas 7,00 5,92 0,70 0,59 12,92 1,29
São José da Varginha 7,90 1,20 0,79 0,12 9,10 0,91
Sarzedo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sete Lagoas 4,80 0,00 0,48 0,00 4,80 0,48
TOTAL 14.063,69 1.955,60 1.406,37 195,56 16.019,28 1.601,93
FONTE: Cadastro de Outorgas IGAM, 2018.
440
O “Estudo para a Gestão do Monitoramento de Efluentes Industriais na Bacia
Hidrográfica do Paraopeba” (FEAM, 2016), apresenta outro cálculo para a demanda de
mineração, avaliando os empreendimentos outorgados com a ressalva da não
disponibilização de algumas informações. Este estudo apresentou uma demanda total
de 3.854,54 L/s, divididos entre captações superficiais, subterrâneas, mistas,
subterrânea e recirculação, e outros. Tal valor é considerado pela Consultora abaixo do
esperado, visto o valor total disponível no cadastro de outorgas do IGAM.
Acompanhadas das altas demandas para o setor de extração mineral, a bacia do rio
Paraopeba abriga uma grande quantidade de barragens de rejeitos de mineração. No
total são 149 barragens desta categoria na bacia, distribuídas em 19 municípios,
conforme Quadro 14.17. A Figura 14.5 apresenta as demandas hídricas do setor de
extração mineral por município juntamente com a localização das barragens de rejeitos.
Município N° de barragens
Itatiaiuçu 35
Brumadinho 29
Congonhas 19
Mateus Leme 12
Ouro Preto 9
Itaúna 8
Sete Lagoas 6
Betim 5
Conselheiro Lafaiete 5
Sarzedo 5
Igarapé 4
Mário Campos 3
Belo Vale 2
Contagem 2
Cachoeira da Prata 1
Fortuna de Minas 1
Ibirité 1
Maravilhas 1
Papagaios 1
TOTAL 149
FONTE: Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais – FEAM, 2018.
441
45°0'0"O 44°0'0"O
Demanda do Setor de
Extração Mineral
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
!
(
!
(
Sete Lagoas
!
( !
P
!
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(
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Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
op
!
P (!
!(
e
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
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P
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20°0'0"S
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( Ibirité 20°0'0"S
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Itaúna !
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Ouro Preto
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(
(!(!( Congonhas
!
(
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BA
MT
DF !!
((
Conselheiro
!
( Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Demanda Captada para Mineração (L/s) !
P Principais Sedes Municipais
0,00 Limite Municipal
0,01 - 5,83 Hidrografia Principal
5,84 - 25,50 Limite SF3: Rio Paraopeba
25,51 - 614,88 Reservatório
614,89 - 3.292,66
!
( Barragens de Rejeitos
FONTE: COBRAPE, com base em Cadastro
de Outorgas IGAM (2018).
Junto ao DNPM, foram obtidas as informações de lavras para exploração mineral na
BHP, referentes ao ano de 2016. Além do local de exploração, foram obtidas
informações dos recursos minerais explorados, a fase atual da lavra e a área da jazida.
O Quadro 14.18 e a Figura 14.6 a seguir mostram o quantitativo, em termos de área,
disponibilizada para cada recurso mineral, contemplados desde a pré-exploração até a
exploração.
443
Quadro 14.18 - Mineração: Áreas (km²) por Recurso Mineral
Área (km²)
Total
Requeri- Requeri-
Substância Registro Requeri- Requeri-
Fase não Autorização Concessão Disponibili- Licencia- mento de mento de Geral
de mento mento de
especificada de Pesquisa de Lavra dade mento Licenciament Registro de
Extração de Lavra Pesquisa
o Extração
Agalmatolito 12,44 4,94 38,84 4,19 60,41
Água Mineral 11,78 5,79 0,56 2,13 0,64 20,90
Ardósia 207,58 40,23 17,18 2,70 63,34 6,02 337,05
1.303,
Areia/sílica 0,00 959,94 12,00 50,09 38,80 0,05 38,17 33,17 171,31 0,00 52
Argila 0,00 196,26 14,66 22,53 1,26 0,00 20,27 0,94 14,61 0,00 270,51
Basalto 0,46 0,46
Bauxita 1,06 1,06
Calcário 0,00 141,63 19,92 13,34 0,00 0,00 26,25 0,00 17,83 0,05 219,02
Cascalho 1,81 0,59 0,09 0,58 7,91 0,15 11,12
Cassiterita 47,25 47,25
Caulim 17,31 0,39 10,10 10,61 13,80 52,20
Cianita 0,36 0,36
Cobre 2,32 2,32
1.144,
Diamante 0,00 861,68 0,00 108,02 0,00 0,00 5,96 0,00 168,46 0,00 13
Dolomito 0,80 0,61 1,41
Esteatito 7,68 4,12 11,80
Ferro 2,96 135,16 1,47 24,00 163,60
Filito 9,54 4,16 2,92 19,97 36,60
Fosfato 154,60 14,23 168,83
Gnaisse 0,49 68,34 7,02 4,63 1,18 5,06 1,53 17,02 105,27
444
Área (km²)
Total
Requeri- Requeri-
Substância Registro Requeri- Requeri-
Fase não Autorização Concessão Disponibili- Licencia- mento de mento de Geral
de mento mento de
especificada de Pesquisa de Lavra dade mento Licenciament Registro de
Extração de Lavra Pesquisa
o Extração
Grafita 2,04 0,59 4,64 1,42 8,68
Granito/márm
355,03
ores 0,00 217,82 5,13 18,60 0,15 0,00 25,75 0,00 87,59 0,00
Manganês 14,06 19,21 8,67 5,50 47,44
Migmatito 8,60 8,60
Minério de 2.316,
1.268,74 51,91 190,82 43,70 761,02
Ferro 19
Minério de
360,21 53,46 21,87 19,90 128,97 584,40
Manganês
Minério de
19,10 61,30 2,42 82,81
Níquel
Minério de 1.168,
0,00 737,04 25,45 145,88 0,49 0,00 16,04 0,00 244,04 0,00
Ouro 95
Minério de
255,73 71,19 326,91
Zinco
Outros
38,23
minérios 0,00 16,06 0,63 19,99 0,00 0,00 0,75 0,00 0,81 0,00
Quartzo/Quar
133,12
tzito 0,00 90,14 3,18 8,55 0,40 0,00 12,12 0,43 18,30 0,00
Serpentinito 3,30 3,26 6,56
Talco 0,41 0,31 5,44 6,17
Tantalita 0,80 0,80
Vanádio 8,47 8,47
Dado não
149,81 149,81
Cadastrado
FONTE: Departamento Nacional de Produção Mineral, 2016.
445
Figura 14.6 - Mineração: Áreas (km²) por Recurso Mineral
446
Quadro 14.19 - CFEM: Arrecadação por Município
Valor Arrecadado/Ano (R$)
Município TOTAL
2013 2014 2015 2016 2017
Belo Vale 6.761.502,8 6.895.429,5 7.735.701,5 12.725.072,4 14.793.434,5 48.911.140,6
Betim 1.063.126,9 1.033.648,3 993.710,7 568.210,9 148.740,9 3.807.437,6
Bonfim 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Brumadinho 77.779.294,0 50.001.650,5 25.626.628,7 29.998.125,1 34.705.156,8 218.110.855,1
Cachoeira da Prata 6.710,3 9.389,3 2.369,6 10.508,3 16.188,1 45.165,5
Caetanópolis 0,0 0,0 246,5 0,0 427,9 674,4
Casa Grande 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Congonhas 67.979.957,6 74.044.400,5 65.395.630,1 68.899.129,0 81.106.393,8 357.425.511,0
Conselheiro
Lafaiete 582.921,9 373.850,8 76.751,0 190.645,6 389.676,7 1.613.845,9
Contagem 1.273.461,6 1.050.694,6 1.068.200,3 873.617,5 133.767,1 4.399.741,1
Cristiano Otoni 15.997,8 48.714,5 58.382,7 68.932,2 62.728,4 254.755,5
Crucilândia 3.070,7 3.124,0 4.236,4 1.584,7 183,0 12.198,8
Curvelo 139.461,5 129.098,9 125.941,6 124.291,3 103.482,1 622.275,3
Desterro de Entre
Rios 0,0 0,0 0,0 589.848,1 1.079.247,6 1.669.095,7
Entre Rios de Minas 14.428,5 8.577,7 4.815,0 3.552,3 14.736,0 46.109,5
Esmeraldas 139.623,5 171.643,6 152.498,1 129.933,0 110.323,7 704.021,9
Felixlândia 50.065,0 22.253,2 15.148,0 18.592,5 20.005,9 126.064,6
Florestal 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Fortuna de Minas 16.191,5 16.534,5 8.715,3 9.549,4 10.920,1 61.910,8
Ibirité 66.417,6 226,1 0,0 0,0 0,0 66.643,7
Igarapé 4.616.368,4 2.126.552,6 27.582,1 79.225,2 524.703,8 7.374.432,1
Inhaúma 66.810,5 57.852,4 91.665,3 287.557,6 309.623,9 813.509,7
Itatiaiuçu 15.908.635,1 20.893.221,9 10.962.127,6 9.696.134,7 11.534.006,0 68.994.125,2
Itaúna 207.490,6 722.809,9 420.626,8 192.921,2 307.184,6 1.851.033,2
Itaverava 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Jeceaba 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Juatuba 30.847,3 17.119,7 14.744,2 13.170,1 11.913,9 87.795,3
447
Valor Arrecadado/Ano (R$)
Município TOTAL
2013 2014 2015 2016 2017
Lagoa Dourada 50,4 0,0 29,9 31,2 0,0 111,5
Maravilhas 363,3 395,7 6.268,7 4.982,8 6.196,6 18.207,1
Mário Campos 276.784,2 317.390,0 627.987,0 398.108,6 598.016,0 2.218.285,9
Mateus Leme 7.539.481,2 2.019.386,7 1.011.501,5 975.898,4 1.145.559,9 12.691.827,8
Moeda 0,0 0,0 0,0 544,2 0,0 544,2
Ouro Branco 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Ouro Preto 41.277.732,6 48.320.807,8 45.227.403,6 51.312.422,3 20.762.936,8 206.901.303,1
Papagaios 161.522,2 202.172,7 248.914,9 248.794,7 234.939,7 1.096.344,0
Pará de Minas 116.789,1 131.223,1 134.105,8 133.033,2 554.304,1 1.069.455,4
Paraopeba 46.000,4 135.373,0 92.359,6 104.870,8 79.830,3 458.434,1
Pequi 3.027,0 5.625,4 5.227,4 2.429,5 3.335,7 19.645,0
Piedade dos Gerais 0,0 604,3 372,5 6.235,6 0,0 7.212,4
Pompéu 72.088,6 80.164,1 70.927,6 102.984,8 74.627,8 400.793,0
Queluzito 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Resende Costa 48.345,4 89.817,6 13.442,6 62.695,6 269.630,0 483.931,2
Rio Manso 871,3 0,0 597,9 358,7 838,6 2.666,5
São Brás do Suaçuí 9.377,9 623,8 418,4 0,0 0,0 10.420,1
São Joaquim de
Bicas 2.480.008,1 1.851.220,4 193.781,0 89.558,9 91.665,9 4.706.234,2
São José da
Varginha 0,0 185,5 345,8 260,5 36,9 828,7
Sarzedo 11.179.311,9 9.638.203,9 7.765.234,9 6.273.978,0 6.239.763,9 41.096.492,6
Sete Lagoas 723.281,2 876.558,2 779.252,0 780.999,6 701.468,6 3.861.559,6
Total 240.657.418,0 221.296.544,6 168.963.892,4 184.978.788,5 176.145.995,3 992.042.638,8
FONTE: Departamento Nacional de Produção Mineral, 2016.
448
Do total arrecadado no ano de 2017, 5 municípios concentram 92,5% do total, são eles:
Congonhas (46,0%), Brumadinho (19,7%), Ouro Preto (11,8%), Belo Vale (8,4%), e
Itatiaiuçu (6,5%). Para estes municípios foram levantados os dados de arrecadação por
substância, conforme mostrado no Quadro 14.20.
449
45°0'0"O 44°0'0"O
Lavras de Mineração
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Lavra por tipo de Substância
!
P Principais Sedes Municipais
AGALMATOLITO COBRE MIGMATITO
ÁGUA MINERAL DADO NÃO CADASTRADO MINÉRIO DE FERRO Limite Municipal
ARDÓSIA DIAMANTE MINÉRIO DE MANGANÊS Hidrografia Principal
AREIA/SÍLICA DOLOMITO MINÉRIO DE NÍQUEL Limite SF3: Rio Paraopeba
ARGILA ESTEATITO MINÉRIO DE OURO
Reservatório
BASALTO FERRO MINÉRIO DE ZINCO
BAUXITA FILITO OUTROS MINÉRIOS Municípios SF3: Rio Paraopeba
CALCÁRIO FOSFATO QUARTZO/ QUARTZITO
CASCALHO GNAISSE SERPENTINITO
CASSITERITA GRAFITA TALCO
FONTE: Departamento Nacional de
CAULIM GRANITO/ MÁRMORE TANTALITA
Produção Mineral (2016).
CIANITA MANGANÊS VANÁDIO
O IBRAM dispõe do “Panorama da Mineração em Minas Gerais”, estudo que revela a
importância da atividade mineral no Estado de Minas Gerais, a partir de dados oficiais
e públicos do setor. O estudo aborda aspectos econômicos, demográficos, geográficos,
ambientais e históricos das atividades do setor no Estado.
Não resta dúvida quanto à importância do setor de extração no estado de Minas Gerais.
A Figura 14.8 demonstra que aproximadamente 45% das exportações brasileiras do
setor, quando se trata de minérios, escória e cinzas, tem como origem o estado de Minas
Gerais.
451
Figura 14.9 - Destino dos Minerais Extraídos
Por definição, a pesca é toda operação, ação ou ato tendente a extrair, colher, apanhar,
apreender ou capturar recursos pesqueiros, seja em águas continentais ou marítimas.
452
IV – o desenvolvimento socioeconômico, cultural e profissional dos que exercem
a atividade pesqueira, bem como de suas comunidades.
Com o passar dos tempos a atividade pesqueira se desenvolveu e pode ser classificada
em várias categorias, dentre elas:
Intimamente ligada com o setor que mais cresce no mundo, o setor turismo, a pesca
amadora vem se desenvolvendo largamente, gerando uma ampla atividade econômica,
cuja cadeia produtiva constitui-se de muitos elos, sendo sustentada através da atividade
do pescador amador na exploração sustentável dos recursos pesqueiros.
453
Espécies Registradas na Sub Bacia Paraopeba Espécies Registradas na Sub Bacia Paraopeba
Nome Científico Nome Popular Nome Científico Nome Popular
Leporinus taeniatus Piau-jejo Imparfinis minutus Bagrinho
Schizodon knerii Piaucampineiro Pimelodella lateristriga Chorão
Astyanax bimaculatus Lambari do rabo amarelo Pimelodella cf. laurenti Bagrinho
Astyanax fasciatus Lambari do rabo vermelho Pimelodella sp. Bagrinho
Astyanax rivularis Lambari Pimelodella vittata Bagrinho
Astyanax scabripinnis Lambari Rhamdia quelen Bagre
Astyanax spp. Lambari Bergiaria westermanni Mandi
Astyanax taeniatus Lambari Duopalatinus emarginatus Mandi açu
Bryconamericus stramineus Piaba Pimelodus fur Mandi prata
Colossoma macropomum Tambaqui Pimelodus maculatus Mandi amarelo
Hemigrammus marginatus Piaba Pimelodus pohli Mandi
Hysteronotus megalostomus Piaba Pseudoplatystoma corruscans Surubim
Metynnis cf. maculatus Pacu Pseudoplatystoma sp. Pintado (híbrido)
Moenkhausia costae Piaba Franciscodoras marmoratus Mandi serrudo
Myleus micans Pacu Trachelyopterus galeatus Cangati
Oligosarcus argenteus Peixe cachorro Clarias gariepinus Bagre africano
Orthospinus franciscensis Piaba Gymnotus carapo Sarapó
Phenacogaster franciscoensis Piaba Eigenmannia virescens Sarapó
Piabina argentea Piaba Sternopygus macrurus Sarapó
Psellogrammus kennedyi Piaba Apteronotus brasiliensis Sarapó
Pygocentrus piraya Piranha Phalloceros uai Barrigudinho
Salminus franciscanus Dourado Poecilia reticulata Barrigudinho
Salminus hilarii Tabarana Synbranchus marmoratus Mussum
Serrapinnus heterodon Piabinha Pachyurus francisci Corvina
Serrapinnus piaba Piabinha Pachyurus squamipennis Corvina
Serrasalmus brandtii Pirambeba Australoheros facetum Cará
Tetragonopterus chalceus Piaba rapadura Cichla ocellaris Tucunaré
Triportheus guentheri Piaba facão Geophagus brasiliensis Cará
Acestrorhynchus lacustris Peixe cachorro Oreochromis niloticus Tilápia
Hoplias intermedius Trairão Tilapia rendalli Tilápia
Hoplias malabaricus Traíra Cyprinus carpio Carpa
FONTE: Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais – IEF, 2010.
Na bacia do rio Paraopeba o destaque na produção da aquicultura fica por conta dos
municípios de Itaúna e Felixlândia, que juntos somam 66,5% do valor total da produção,
com ênfase na produção de tilápias. O Quadro 14.22 demonstra a produção do setor na
bacia.
454
Quadro 14.22 - Aquicultura – Produção Efetiva e Valor da Produção
Quantidade por tipo de produto (kg)
Pintado, Valor da
cachara, Produçã
Município Pacu e Tambacu, Outros
cachapira e Tilápia Total o
patinga tambatinga peixes mil (R$)
pintachara,
surubim
Brumadinho 0 0 0 12.260 0 12.260 122,60
Contagem 0 0 0 3.300 0 3.300 33,00
Cordisburgo 0 0 0 82.500 0 82.500 635,30
Felixlândia 0 0 0 201.750 0 201.750 1.182,30
Inhaúma 0 0 0 10.000 4.000 14.000 111,50
Itaúna 24.000 21.000 29.000 103.860 24.000 201.860 1.752,20
Itaverava 0 0 0 600 0 600 3,90
Maravilhas 0 0 0 7.800 0 7.800 46,80
Mateus
0 0 0 20.000 0 20.000 200,00
Leme
Paraopeba 0 0 0 7.500 0 7.500 57,20
Pequi 0 0 0 2.550 0 2.550 15,30
Resende
0 0 0 37.000 0 37.000 185,00
Costa
Rio Manso 0 0 0 3.200 0 3.200 26,20
Santana dos
0 0 0 4.000 0 4.000 26,00
Montes
Sete Lagoas 0 0 0 2.400 0 2.400 18,30
TOTAL 24.000 21.000 29.000 498.720 28.000 600.720 4.415,60
FONTE: COBRAPE, com base em PPM/IBGE, 2016.
Quanto à demanda hídrica do setor, a estimativa foi realizada com os dados contidos
no cadastro de outorgas do IGAM, agregados por município, conforme mostrado no
Quadro 14.23. Na Figura 14.10 estão apresentadas as demandas para aquicultura,
espacializadas por município.
455
Quadro 14.23 - Demandas de Aquicultura
456
Demandas de Aquicultura (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Florestal 0,70 0,00 0,00 0,00 0,70 0,00
Fortuna de Minas 0,98 0,00 0,00 0,00 0,98 0,00
Ibirité 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Igarapé 5,79 0,60 0,00 0,00 6,39 0,00
Inhaúma 2,00 0,00 0,00 0,00 2,00 0,00
Itaguara 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itatiaiuçu 8,35 0,06 0,00 0,00 8,41 0,00
Itaúna 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itaverava 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jeceaba 0,10 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00
Juatuba 1,77 0,14 0,00 0,00 1,91 0,00
Lagoa Dourada 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Maravilhas 0,90 0,00 0,00 0,00 0,90 0,00
Mário Campos 0,70 0,00 0,00 0,00 0,70 0,00
Mateus Leme 11,82 0,56 0,00 0,00 12,38 0,00
Matozinhos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Moeda 1,14 0,00 0,00 0,00 1,14 0,00
Morro da Garça 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nova Lima 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Onça de Pitangui 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ouro Branco 2,70 0,06 0,00 0,00 2,76 0,00
Ouro Preto 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Papagaios 1,00 0,00 0,00 0,00 1,00 0,00
Pará de Minas 50,00 0,00 0,00 0,00 50,00 0,00
457
Demandas de Aquicultura (L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Paraopeba 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pequi 1,60 0,00 0,00 0,00 1,60 0,00
Piedade dos Gerais 60,00 0,00 0,00 0,00 60,00 0,00
Piracema 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pompéu 0,80 0,00 0,00 0,00 0,80 0,00
Queluzito 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Resende Costa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ribeirão das Neves 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rio Manso 90,98 0,50 0,00 0,00 91,48 0,00
Santana dos Montes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Brás do Suaçuí 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Joaquim de Bicas 0,80 0,00 0,00 0,00 0,80 0,00
São José da Varginha 48,18 0,00 0,00 0,00 48,18 0,00
Sarzedo 7,00 0,00 0,00 0,00 7,00 0,00
Sete Lagoas 2,00 0,22 0,00 0,00 2,22 0,00
TOTAL 553,10 3,35 0,00 0,00 556,45 0,00
FONTE: Cadastro de Outorgas IGAM, 2018.
458
45°0'0"O 44°0'0"O
Demanda do Setor de
Aquicultura
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Demanda Captada para Pesca e !
P Principais Sedes Municipais
Aquicultura (L/s) Limite Municipal
0,00 Hidrografia Principal
0,01 - 0,83 Limite SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
0,84 - 2,00
2,01 - 9,81
9,82 - 122,35 FONTE: COBRAPE, com base em Cadastro
de Outorgas IGAM (2018).
14.1.8. Urbanização e Paisagismo
460
Quadro 14.24 - Demandas de Urbanização e Paisagismo
Demanda de Urbanização e Paisagismo
(L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Belo Horizonte 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Belo Vale 11,00 0,00 0,00 0,00 11,00 0,00
Betim 693,10 0,28 0,00 0,00 693,38 0,00
Bonfim 0,60 0,00 0,00 0,00 0,60 0,00
Brumadinho 2.344,60 0,00 0,00 0,00 2.344,60 0,00
Cachoeira da Prata 0,50 0,00 0,00 0,00 0,50 0,00
Caetanópolis 0,00 0,44 0,00 0,00 0,44 0,00
Capim Branco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Caranaíba 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Carandaí 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Casa Grande 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Congonhas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Conselheiro Lafaiete 91,40 0,00 0,00 0,00 91,40 0,00
Contagem 6,50 0,00 0,00 0,00 6,50 0,00
Cordisburgo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Cristiano Otoni 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Crucilândia 135,10 0,00 0,00 0,00 135,10 0,00
Curvelo 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Desterro de Entre Rios 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Entre Rios de Minas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Esmeraldas 1.731,80 0,50 0,00 0,00 1.732,30 0,00
Felixlândia 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
461
Demanda de Urbanização e Paisagismo
(L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Florestal 0,20 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00
Fortuna de Minas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ibirité 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Igarapé 2,00 0,73 0,00 0,00 2,73 0,00
Inhaúma 2,00 12,94 0,00 0,00 14,94 0,00
Itaguara 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itatiaiuçu 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itaúna 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Itaverava 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Jeceaba 0,00 0,22 0,00 0,00 0,22 0,00
Juatuba 203,50 0,83 0,00 0,00 204,33 0,00
Lagoa Dourada 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Maravilhas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mário Campos 0,50 0,00 0,00 0,00 0,50 0,00
Mateus Leme 2,20 0,00 0,00 0,00 2,20 0,00
Matozinhos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Moeda 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Morro da Garça 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Nova Lima 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Onça de Pitangui 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ouro Branco 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ouro Preto 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Papagaios 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
462
Demanda de Urbanização e Paisagismo
(L/s)
Município Captada Consumida Total
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Captada Consumida
Pará de Minas 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Paraopeba 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pequi 0,20 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00
Piedade dos Gerais 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Piracema 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Pompéu 1,20 0,00 0,00 0,00 1,20 0,00
Queluzito 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Resende Costa 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Ribeirão das Neves 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Rio Manso 25,80 0,00 0,00 0,00 25,80 0,00
Santana dos Montes 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
São Brás do Suaçuí 0,00 0,05 0,00 0,00 0,05 0,00
São Joaquim de Bicas 0,00 0,08 0,00 0,00 0,08 0,00
São José da Varginha 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Sarzedo 0,00 0,50 0,00 0,00 0,50 0,00
Sete Lagoas 0,00 0,28 0,00 0,00 0,28 0,00
TOTAL 5.252,20 16,86 0,00 0,00 5.269,06 0,00
FONTE: Cadastro de Outorgas IGAM, 2018.
463
45°0'0"O 44°0'0"O
Demandas de
Urbanização e
Paisagismo
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Demanda Captada para Paisagismo e !
P Principais Sedes Municipais
Urbanismo (L/s) Limite Municipal
0,00 Hidrografia Principal
0,01 - 0,28 Limite SF3: Rio Paraopeba
0,29 - 1,20 Reservatório
1,21 - 25,80
25,81 - 2.344,60 FONTE: COBRAPE, com base em Cadastro
de Outorgas IGAM (2018).
14.1.9. Síntese das Demandas Hídricas Consuntivas
Demandas (L/s)
Setor Usuário % do total
Superficial Subterrânea Total
Abastecimento
13.902,08 570,93 14.473,01 20,9%
Público
Setor industrial 29.261,20 1.882,49 31.143,69 45,0%
465
Quadro 14.26 - Demandas Captadas Totais
Demandas (L/s)
Setor Usuário % do total
Superficial Subterrânea Total
466
45°0'0"W 44°0'0"W
Demandas Captadas
Totais
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
P
!
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
Demanda Total Captada (L/s) P Principais Sedes Municipais
!
0,00 - 2,33 Limite Municipal
2,34 - 119,37 Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
119,38 - 576,97
Reservatório
576,98 - 2.396,49
2.396,50 - 11.025,15
Vale ressaltar que a totalidade das demandas hídricas consuntivas pode estar
subdimensionada, principalmente no que tange às demandas subterrâneas, visto à
quantidade de poços estar abaixo do esperado. Esta condição já havia sido alertada
pelos técnicos do IGAM no início da elaboração do presente trabalho. Isto posto, cabe
destacar a importância no aprofundamento de estudos de monitoramento das águas,
tanto superficiais quanto subterrâneas, bem como no aperfeiçoamento no processo de
concessão de outorgas e na fiscalização dos usuários, tanto para aqueles já outorgados
quanto para a mitigação das captações ilegais. Tal exposto será objeto de programa
específico a ser elaborado no produto “RP04 - Plano de Ação e Diretrizes e Critérios
para Aplicação dos Instrumentos de Gestão dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio
Paraopeba”.
468
14.2. Usos Não Consuntivos
A análise dos usos não consuntivos irá contemplar as demandas relativas à geração de
energia, e turismo e lazer, que interfiram diretamente nos recursos hídricos, baseados
em dados secundários de fontes estaduais e federais.
No setor elétrico foi analisada a capacidade instalada para geração de energia na Bacia
do Rio Paraopeba, levando em consideração as Usinas Termoelétricas (UTEs), as
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), as Usinas Hidrelétricas (UHEs) e as Centrais
Geradoras Hidrelétricas (CGHs), todas em operação. Estas informações totalizaram
uma capacidade de 652,874 MW de geração, considerando a soma das formas de
geração supracitadas.
Cabe destacar que a ANEEL determina como PCH toda usina hidrelétrica de pequeno
porte, cuja capacidade instalada seja superior a 1 MW e inferior a 30 MW. Além disso,
a área do reservatório deve ser inferior a 3 km².
469
O Quadro 14.28 apresenta de maneira discriminada as informações referentes à
quantidade de empreendimentos em operação na Bacia do Rio Paraopeba. Já o Quadro
14.29 apresenta às UHEs, PCHs, UTEs e CGHs (proprietário, potência e localização).
470
Quadro 14.29 - Relação de Aproveitamentos Energéticos em Operação
Área Localização
Potência
Tipo Usina Proprietário reservatório
(MW) Município
(Km²) Município 1 UF UF
2
M
UHE Retiro Baixo Retiro Baixo Energética S.A. 83,66 22,58 Curvelo MG Pompéu
G
Juliões MF Projetos em Energia Ltda. 3,40 - Bonfim MG - -
Congonha M
Salto do Paraopeba Horizontes Energia S.A. 2,46 - Jeciaba MG
PCH s G
Piedade dos M
Caquende Macaúbas Energia Renovável Ltda. 4,00 - MG Bonfim
Gerais G
Mineração Esperança Empresa de Mineração Esperança S.A. 2,88 - Brumadinho MG - -
FRIGOBET - Frigorífico Industrial Betim
Frigobet 1,56 - Betim MG - -
Ltda.
Aureliano Chaves (Antiga Ibirité) Petróleo Brasileiro S.A. 226 - Ibirité MG - -
Rossetti Equipamentos Rodoviários Rossetti Equipamentos Rodoviários
0,728 - Betim MG - -
Ltda. Ltda.
Riachuelo - Unidade Betim Lojas Riachuelo S/A 0,06 - Betim MG - -
Itaminas Itaminas Comércio de Minério Ltda. 3,20 - Sarzedo MG - -
Metalsider Metalsider Ltda. 8,80 - Betim MG - -
Açominas Gerdau Açominas S.A. 102,89 - Ouro Branco MG - -
Empresa de Mineração Esperança S.A -
UTE Empresa de Mineração Esperança S.A. 3,12 - Brumadinho MG - -
EMESA
Ferrous Resources do Brasil S.A.
Ferrous Resources do Brasil S.A 3,00 - Congonhas MG - -
Matriz
Polaris Mineração Mineração Polaris Ltda. 1,224 - Belo Vale MG - -
Gabriel Passos Petróleo Brasileiro S.A. 57,22 - Betim MG - -
Monte Carmo Shopping Rec Betim SA. 1,60 - Betim MG - -
Plantar Plantar Siderúrgica S.A. 5,00 - Sete Lagoas MG - -
AVG I-II AVG Energética S.A. 4,8 - Sete Lagoas MG - -
Igarapé CEMIG Geração e Transmissão S/A 131,00 - Juatuba MG - -
Condomínio do Metropolitan Garden
Metropolitan Betim Shopping 2,544 - Betim MG - -
Shopping
471
Área Localização
Potência
Tipo Usina Proprietário reservatório
(MW) Município
(Km²) Município 1 UF UF
2
Adição Distribuição Express - L26 Adição Distribuição Express Ltda 0,368 - Betim MG - -
Carboval V & M Florestal Ltda. 0,30 - Paraopeba MG - -
Granja Brasília Agroindustrial Avícola
UTE Granja Brasília 1,92 - Betim MG - -
S.A.
Art Plásticos Comércio e Indústria de
Art Plásticos 0,48 - Contagem MG - -
Embalagens Plásticas Ltda.
Cachoeira da
Cachoeira Velonorte Cachoeira Velonorte S.A. 0,16 - MG - -
CGH Prata
Florestal Primo Energética Ltda. 0,50 - Florestal MG - -
FONTE: Banco de Informações de Geração – ANEEL - Julho , 2018.
472
Segundo informações do Sistema Furnas de Geração e Transmissão (FURNAS, 2018),
a Usina Hidrelétrica Retiro Baixo está localizada no rio Paraopeba, na bacia do rio São
Francisco, entre os municípios mineiros de Curvelo e Pompeu. Trata-se de uma obra
integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e que gera energia
suficiente para atender 200 mil habitantes. Operando comercialmente desde março de
2010, a usina foi construída por meio da Sociedade de Propósito Específico (SPE) Retiro
Baixo Energética S/A, que tem a Eletrobrás Furnas (49%) como principal acionista.
Durante a execução das obras foram gerados quase dois mil empregos, diretos e
indiretos, e desenvolvidos cerca de 30 programas socioambientais para mitigar os
impactos causados no ecossistema e na população local. A região onde se localiza a
usina possui uma vocação agrícola, porém ainda não consolidada. Desta forma, pode-
se considerar o reservatório como propulsor de um perímetro irrigado com captações
diretas e negociadas entre os setores de energia elétrica e de agricultura. Outra opção
seria o incentivo, vias políticas públicas de desenvolvimento do turismo na região, visto
que a área do reservatório já se encontra dentro da delimitação de dois circuitos
turísticos do estado: Lago Três Marias e Guimarães Rosa, podendo fomentar assim o
desenvolvimento local, seja por meio da implantação de parques, incentivo ao turismo
náutico, e o desenvolvimento do setor de pesca esportiva.
473
45°0'0"O 44°0'0"O
Localização dos
Empreendimentos
Minerários
#
* Curvelo
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19°0'0"S #
* 19°0'0"S
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Pompéu #
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Esmeraldas
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Belo Horizonte
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* 0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
!
( Mineradoras Licenciadas !
P Principais Sedes Municipais
#
* Mineradoras Outorgadas Limite Municipal
Processos Minerários - DNPM Hidrografia Principal
Concessão de Lavras Limite SF3: Rio Paraopeba
Licenciamento Municípios SF3: Rio Paraopeba
Registro de Extração Reservatório
Para melhor compreensão das iniciativas públicas para o turismo, elenca-se abaixo os
principais planos, programas e projetos existentes, em âmbito nacional:
475
• Categorização dos Municípios Turísticos: onde foram analisados critérios
quantitativos sobre fluxo de visitantes turístico nacional e internacional,
estabelecimentos hoteleiros e profissionais formais e em atividade na área de
turismo. A divisão é feita em cinco categorias (A, B, C, D e E) identificando o
desempenho e potencial econômico do turismo de cada município, que funciona
como um instrumento de orientação para a atuação e desenvolvimento de
políticas públicas para o setor.
Inicialmente, foram excluídos os municípios que não tinham informações relevantes nas
diretrizes de estudo e as capitais das Unidades da Federação (UF). Em uma análise
primária, esses dois casos representam cenários de situações extremas – mínimos e
máximos - e, portanto, influenciariam negativamente na análise dos dados.
Seguindo a categorização elaborada pelo MTur, dos 48 municípios que integram a bacia
hidrográfica do rio Paraopeba, 35 foram classificados seguindo a citada metodologia.
Dentre eles, 23 foram classificados na categoria D, representando cerca de 65% do total
476
dos municípios da bacia. O Quadro 14.31 mostra o número de municípios por categoria
na bacia do rio Paraopeba.
477
lista todas as atividades que de alguma forma se conectam ao setor de turismo na bacia
do rio Paraopeba.
478
Quadro 14.32 - Locais Ligados ao Turismo
479
Município Atrativo Informações Fonte
Oferece esportes como o balonismo e voo livre. No parque existem seis importantes mananciais
Parque Estadual da Descubra
(Taboões, Rola-Moça, Bálsamo, Barreiro, Mutuca e Catarina) declaradas áreas de Proteção
Serra do Rola Moça Minas
Especial, está região não está aberta à visitação pública.
Ribeirão do Córrego Ribeirão de águas claras e baixa profundidade. Possui quedas e poços d'água para banho. Não Descubra
do Feijão possui infraestrutura turística. Minas
Além de um Centro de Arte Contemporânea, o Inhotim é um Jardim Botânico. Entre palmeiras,
Brumadinho Inhotim flores, lagos e imensos bancos de madeira estão galerias de arte.
Inhotim
É um trecho do rio Paraopeba, chamado de Toca de Cima, há diversos roteiros ecológicos e áreas
Cachoeira da Toca de Portal de
para a prática de esportes radicais. É formada por uma grande extensão de areia as margens do
Cima Brumadinho
Rio Paraopeba.
Trilha completa com elevado grau de dificuldade em campos abertos, com descida íngreme e Portal de
Cachoeira da Osta
escorregadia, mata densa e fechada, cânyon estreito e subidas quase verticais. Brumadinho
Cachoeira da Represa do Ribeirão Cidades do
-
Prata dos Macacos Meu Brasil
Açude da Cedro Portal Turismo
Caetanópolis -
Cachoeira Brasil
Portal Minas
Gruta do Morcego Uma gruta a ser explorada com corredeiras e algumas duchas.
Gerais
Casa Grande
Portal Minas
Cachoeira do Adão Localizada a 5km do centro da cidade.
Gerais
480
Município Atrativo Informações Fonte
O parque dispõe de trilhas ecológicas sinalizadas e autoguiadas, piscinas naturais, toboáguas e
Parque Ecológico da atividades de aventura como rapel da Cachoeira. É permitida a pesca somente fora do período de Parque da
Cachoeira defeso pelo IBAMA. Não é permitido a prática independente de Esportes de Aventura na área do Cachoeira
Parque.
Cachoeira do Rio Parque da
Localizado no Parque da Cachoeira.
Cará Cachoeira
Parque da
Congonhas Rio Santa Cruz Localizado no Parque da Cachoeira, área permitida para utilização de pedalinhos e caiaques.
Cachoeira
Localizada no Parque da Cachoeira, no final da Trilha da Toca, não é permitido atravessar e nem Parque da
Cachoeira Escondida
mergulhar no rio, pois há partes profundas e com pedras submersas. Cachoeira
Cachoeira da Água Portal Minas
Possui um tobogã natural.
Limpa Gerais
Portal Minas
Lagoa da Água Preta Recebe visitantes em busca do efeito de luz criado pelas luzes da cidade.
Gerais
Prefeitura
Conselheiro Parque Florestal Atualmente conhecido como "Horto Florestal", as instalações do parque contam com trilhas Municipal de
Lafaiete "Erico Figueiredo" abertas dentro da mata e fontes de água recuperada. Conselheiro
Lafaiete
Dentro do parque está o centro de Educação Ambiental Vargem das Flores, espaço onde se reúne
Prefeitura
Parque Municipal mensalmente o Conselho do Meio Ambiente de Contagem. O parque apresenta exemplares do
Municipal de
Gentil Diniz Cerrado, Mata Atlântica e espécies frutíferas, além de nascentes do Córrego das Acácias, que
Contagem
contribui para a represa de Vargem da Flores.
Entre os municípios de Betim e Contagem. É permitido pequenos barcos e caiaques. Bastante
Represa Várzea das Descubra
procurado para tomar banhos e mergulhos, porém é necessário cuidado pois existem áreas muito
Contagem Flores Minas
profundas e perigosas. Local propício para o camping e esportes náuticos e aquáticos.
Parque Municipal
Também conhecido como Parque Municipal Eldorado. Área de lazer, dotado de uma bela área
Ecológico Thiago Mundi Turismo
verde, com nascentes, quadras poliesportivas e pistas para caminhada.
Rodrigues Ricardo
Parque Municipal Portal Minas
-
Sarandi Gerais
481
Município Atrativo Informações Fonte
A força das águas foi utilizada durante alguns anos para gerar energia elétrica para as cidades de Câmara
Cachoeira da Usina Cristiano Otoni e Caranaíba, daí a denominação “Usina”, referência à pequena hidrelétrica existente Municipal de
naquela época. Apesar de a usina já não existir, até hoje o local continua com esta denominação. Cristiano Otoni
Câmara
Cachoeira de Santa
Apesar do pouco volume de água possui grande beleza natural, assim como em seu entorno. Municipal de
Clara
Cristiano Otoni
Está localizada em propriedade particular, aproximadamente cinco quilômetros da Sede do
Câmara
Município, afastada cerca de um quilômetro da estrada que liga a Sede ao Distrito de São
Cachoeira do Paraiso Municipal de
Caetano. A mesma é aberta à visitação, recebendo várias pessoas, de Cristiano Otoni e cidades
Cristiano Otoni
vizinhas, principalmente nos finais de semana.
Cristiano Câmara
Localizada na divisa com Santana dos Montes, é cercada por matas e pastagens. Frequentada
Otoni Cachoeira da Pedra Municipal de
pela população para banhos.
Cristiano Otoni
À sua volta existe toda uma estrutura com restaurante, lanchonete e piscinas, sendo uma delas Câmara
Cachoeira do
natural utilizando-se da queda d'água. Próximo encontra-se a Capela de Nossa Senhora da Municipal de
Engenho
Conceição, no Engenho Velho, por onde também passa a Estrada Real. Cristiano Otoni
Câmara
Cachoeira dos Olhos Situada na localidade de Olhos D`Água, é pouco frequentada. Cercada por matas e pastagens,
Municipal de
D'Água possui pouco volume de água, mas muita beleza natural.
Cristiano Otoni
Câmara
Cachoeira da Casa Localiza-se próximo à fazenda conhecida como "Casa Velha", na divisa com o Município de Casa
Municipal de
Velha Grande. Frequentada ocasionalmente para banhos, possui muita beleza natural
Cristiano Otoni
Popularmente chamada de “cachoeira do Devico” é a que possui maior destaque no município, Câmara
Cachoeira dos
sendo uma das maiores atrações turísticas do lugar. Fica a 4Km da cidade, na região denominada Municipal de
Machados
Almeidas, de propriedade do “Sr. Pantaleão”. Crucilândia
Câmara
Cachoeira do Zé Também conhecida como do Pe. Ângelo, é a maior e mais bela do município, situada a 9Km da
Municipal de
Ventena cidade, no Ribeirão da Cachoeira, povoado que tem o mesmo nome.
Crucilândia
Crucilândia
Câmara
Cachoeira das Grande incidência de formações rochosas no leito do rio em grande extensão, formando um
Municipal de
Bibocas sumidouro.
Crucilândia
Câmara
Cachoeira da Usina
A 5Km da sede, antiga Hidrelétrica da cidade. Municipal de
Antiga
Crucilândia
482
Município Atrativo Informações Fonte
Portal Minas
Rio das Velhas -
Gerais
Curvelo
Portal Minas
Rio Paraopeba -
Gerais
Patrimônio natural, fica dentro de uma área urbana e preservada com fácil acesso com atividades
Cachoeira dos Portal Minas
de banho de rio, com espaços para jogar peteca ou bola, área para churrasco e não a restrições
Carrinhos Gerais
para animais.
Prefeitura
Municipal de
Desterro de Cachoeira do Gil Localizada dentro da Serra do Maludo.
Desterro de
Entre Rios
Entre Rios
Prefeitura
Municipal de
Cachoeira das Pedras -
Desterro de
Entre Rios
483
Município Atrativo Informações Fonte
É uma cachoeira de pequeno porte localizada a cerca de 3km do Centro da cidade. Fica em um Portal Minas
Cachoeira da Usina
lugar tranquilo, e de fácil acesso, oferecendo atividade de lazer em contato com a natureza. Gerais
Localizado em área rural, a cachoeira do Gordo tem água cristalina, corrente forte, uma piscina Portal Minas
Cachoeira do Gorgo
natural para mergulho e amplo espaço para atividade de camping. Gerais
A Cachoeira dos Coqueiros é uma das mais utilizadas pelos turistas e moradores, por ser de fácil
acesso. Recebe também muitos visitantes com crianças pequenas, por não ser funda e ter boa
Cachoeira dos Portal Minas
parte de suas águas areada no fundo, possibilitando também que estas brinquem em sua beira.
Coqueiros Gerais
Muitas famílias e grupos de amigos se reúnem no espaço para fazer picnic e churrasco ao ar livre,
enquanto se divertem nas quedas d'água da cachoeira.
Entre Rios de Cachoeira dos -
Guia da
Minas Feleiros Estrada Real
Guia da
Cachoeira da Mata -
Estrada Real
Cachoeira da Pedra Guia da
-
Negra Estrada Real
Guia da
Cachoeira dos Forros -
Estrada Real
Cachoeira Ponte Guia da
-
Funda Estrada Real
Guia da
Cachoeira da Usina -
Estrada Real
Câmara
Usina da Serra Negra - Municipal de
Esmeraldas Esmeraldas
Recanto das Recanto das
Cachoeira privativa dentro de uma pousada. Propícia a banhos.
Cachoeiras Cachoeiras
Represa de Três Principal atrativo natural da cidade que atrai inúmeros turistas da região, que procuram lazer, Portal Minas
Marias esportes náuticos e pesca na represa, vem para descansar, curtir a praia de água doce. Gerais
Cachoeira da
Local ideal para a prática de Esportes Radicais como Escalada, Pêndulo, Tirolesa e o Rapel. Posuta
Felixlândia Marejada
Cachoeira do Osama Local ideal para a prática de Esportes Radicais como Escalada, Pêndulo, Tirolesa e o Rapel. Posuta
Cachoeira da
Local ideal para a prática de Esportes Radicais como Escalada, Pêndulo, Tirolesa e o Rapel. Posuta
Forquilha
484
Município Atrativo Informações Fonte
Prefeitura
Usina da Barragem de A usina, desativada, ainda contribuiu com seu reservatório de água para a recreação dos
Municipal de
Florestal habitantes de Florestal, e até mesmo para a pesca de subsistência dos seus moradores.
Florestal Florestal
Cachoeira da Portal Minas
-
Barragem Gerais
Prefeitura
Municipal de
Rio Paraopeba -
Fortuna de
Minas
Prefeitura
Municipal de
Ribeirão dos Macacos -
Fortuna de
Fortuna de Minas
Minas Prefeitura
Córrego Carreira Municipal de
-
Comprida Fortuna de
Minas
Prefeitura
Municipal de
Córrego do Tropeiro -
Fortuna de
Minas
Instituto
É uma das mais importantes áreas verdes do Estado. Situado na região metropolitana de Belo
Parque Estadual da Estadual de
Ibirité Horizonte, é o terceiro maior parque em área urbana do país e abriga alguns dos mananciais que
Serra do Rola Moça Floresta -
abastecem a capital.
Minas Gerais
Pedra Grande Atividades de ecoturismo como montanhismo, rapel, escalada, trekking e mountain bike. Férias Brasil
Igarapé Recebe visitantes do Brasil e do exterior, oferece pacotes de terapias denominadas "renascimento
Centro de Vida Madre
humano", incluindo massagens, meditação, banhos, acupuntura... O cenário é inspirador: aos pés Férias Brasil
Clarice
da Serra Itatiaiuçu.
Inhaúma - - -
Prefeitura
Itatiaiuçu Cachoeira do Chaves Cartão postal da Cidade, bastante visitado por apresentar uma paisagem exuberante. Municipal de
Itatiaiuçu
485
Município Atrativo Informações Fonte
Formada pelas águas limpas do Rio São João. A prática de esportes náuticos movimenta a
Barragem do Benfica represa nos finais de semana, enquanto os sítios e clubes instalados nas margens recebem as Férias Brasil
famílias em busca de lazer.
Estância Água Mineira "Estância Hidromineral" Área de preservação ambiental repleta de fontes, trilhas, bosques e Ecoviagem
Viva piscinas naturais da mais pura água mineral. UOL
Cachoeira Escondida na zona rural, com sua beleza natural, quedas de água, formação de poços e grutas,
Férias Brasil
Cachoerinha excelente para um bom banho de cachoeira.
Prefeitura
Parque Ecológico
Conhecido como "Lago do Telmo" Municipal de
Cordovil Fonseca
Itaúna Itaúna
Prefeitura
Parque Ecológico
- Municipal de
Geração do Futuro
Itaúna
Parque Ecológico Prefeitura
Professora Maria - Municipal de
Ivolina Gonçalves Itaúna
Prefeitura
Parque Ecológico
- Municipal de
Sindimei Affonso Lima
Itaúna
Portal Minas
Cachoeira Moinho Propício a banhos.
Gerais
Guia do
Cachoeira Guarará Pequenas quedas d'água formando piscinas naturais. Ela é rodeada por mata nativa.
Turismo Brasil
Cachoeira Itaqui Guia do
Pequenas quedas d'água formando piscinas naturais. Ela é rodeada por mata nativa.
Baixo Turismo Brasil
Itaverava
Cachoeira Pé do Guia do
-
Morro Turismo Brasil
Cachoeira Água Pequenas quedas d'água formando piscinas naturais. Ela é rodeada por mata nativa, e utilizada Guia do
Limpa para pescaria e motociclismo. Turismo Brasil
Guia do
Cachoeira da Usina Cachoeira artificial criada pela barragem da Usina.
Turismo Brasil
486
Município Atrativo Informações Fonte
Piscinas Naturais e
Balneário natural mais visitado de Jeceaba, devido à proximidade com a cidade e à singular beleza Guia da
Cachoeira de Santa
do lugar. Estrada Real
Cruz
Constitui uma das mais aprazíveis áreas de lazer e banho deste município. Composta por
Balneário e
corredeiras, pequenas quedas d’água e praias arenosas, a região da Tartária é formada por dois Guia da
Corredeiras dos
leitos encachoeirados no ribeirão São Mateus. O balneário é cercado por matas nativas e é Estrada Real
Dinizes
Jeceaba perfeito para o ecoturismo, banhos e caminhadas.
Esta é a maior e mais preservada das cachoeiras de Jeceaba e considerada por muitos a mais
Cachoeira São bonita. É composta por trechos verticais com amplas quedas, ideais para hidroterapia, e outros Guia da
Mateus mais suaves que deságuam em praias e ilhas fluviais. As águas são turvas devido à argila e Estrada Real
encontram-se cercadas por matas, clareiras e bosques.
Cachoeiras Santa Guia da
Existem as cachoeiras Santa Cruz Alta e Santa Cruz Baixa.
Cruz Estrada Real
Reserva de Proteção
Portal Minas
Ambiental e -
Gerais
Arqueológica
Circuito
Juatuba Serra do Elefante Um dos cartões postais da cidade. Possui trilhas e fontes d'água. Veredas de
Paraopeba
Circuito
Barragem do Sistema
- Veredas de
Serra Azul
Paraopeba
Lagoa Instituto
Cachoeira Bom Retiro Águas límpidas e gélidas. Muito frequentada por turistas.
Dourada Estrada Real
Maravilhas - - -
A fonte de água Bom jardim é segunda maior do mundo em vazão espontânea os turistas podem
visitar a rocha com agendamento prévio, podem nadar em uma piscina com água mineral e que é
Fonte de Água Portal Minas
renovada constantemente e também tomar uma ducha com a água que jorra ao lado de um
Mario Mineral Bom Jaridm Gerais
moinho com uma temperatura constante de cerca de 26,4º aproximadamente em qualquer época
Campos
do ano.
Portal Minas
Serra dos Três Irmãos -
Gerais
487
Município Atrativo Informações Fonte
Barragem do Horto da
- Férias Tur
Liberdade
Mateus Leme Cachoeira do Zé
- Férias Tur
Nicota
Lagoa Atalaia - Férias Tur
Prefeitura
Cachoeira Pailoinho A cachoeira é uma das mais visitadas de Moeda. Municipal de
Moeda
Instituto
Poço Limoeiro Famoso pela sua exuberante beleza.
Estrada Real
Moeda Prefeitura
Cachoeira Marinho da
- Municipal de
Serra
Moeda
Prefeitura
Rio Paraopeba - Municipal de
Moeda
Possui uma flora e fauna rica e diversificada. Além disso, é uma importante área de recarga das
Prefeitura
Parque Estadual da bacias do rio Paraopeba e rio Doce, por apresentar uma grande quantidade de nascentes e cursos
Municipal de
Serra de Ouro Branco d’água, que, em sua maioria, formam o Lago Soledade. Possui corredeiras, cachoeiras e
Outro Branco
esplêndidos mirantes naturais.
Ouro Branco
Portal Minas
Lago Soledade -
Gerais
Monumento Natural Portal Minas
Apresenta belíssimas paisagens, cachoeiras e uma diversidade imensa da flora.
Estadual de Itatiaia Gerais
488
Município Atrativo Informações Fonte
Site oficial de
Represa Santa Rita Muito utilizada para pesca. Turismo de
Ouro Preto
Site oficial de
Cachoeira São Charmosa queda, não possui piscina natural para mergulho, mas propicia para um banho em meio
Turismo de
Bartolomeu a vegetação nativa.
Ouro Preto
Site oficial de
Cachoeira Três
Não tem piscina que permita mergulho, mas as duchas garantem um delicioso banho. Turismo de
Pingos
Ouro Preto
Parque Natural
Site oficial de
Municipal da Possui lindas paisagens e está repleto de interessantes formações rochosas. Nele está a nascente
Turismo de
Cachoeira das do Rio das Velhas. Uma cachoeira se esconde num curioso e estreito cânion.
Ouro Preto
Andorinhas
Site oficial de
Cachoeira Macaco
É uma das quatros quedas existentes na Fazenda do Macaco Doido. Turismo de
Doido
Ouro Preto
Site oficial de
Ouro Preto Estação Ecológica Área de Preservação Ambiental. Não recebe turistas, visitação apenas para escolas de segundo e
Turismo de
Tripuí terceiro graus.
Ouro Preto
Site oficial de
Cachoeira dos
Uma das mais bonitas de Lavras Novas, com abundância de água. Turismo de
Prazeres
Ouro Preto
Site oficial de
Cachoeira do Falcão Uma das mais frequentadas nos finais de semana com sol. Turismo de
Ouro Preto
Site oficial de
Cachoeira Taboão Linda paisagem, não é permitido banho. Turismo de
Ouro Preto
Site oficial de
Queda com mais de 200 metros, em degraus. Apesar do nome, alguns especialistas afirmam que
Cachoeira do Rapel Turismo de
a cachoeira não é apropriada para a prática. Apropriada para refrescantes banhos.
Ouro Preto
Site oficial de
Cachoeira do
Pequena queda d'água. Turismo de
Castelinho
Ouro Preto
489
Município Atrativo Informações Fonte
Site oficial de
Parque Estadual do O parque preserva este marco na conquista do ouro, proporcionando aos visitantes curiosas
Turismo de
Itacolomi vegetações, vales, rios, formações rochosas e panorâmicas de tirar o fôlego.
Ouro Preto
Papagaios - - -
É um dos cartões postais da cidade e conta com infraestrutura para caminhadas e práticas de Portal Minas
Parque Bariri
Pará de esporte. Gerais
Minas Guia do
Represa de Carioca -
Turismo Brasil
Prefeitura
Instituto Chico
Paraopeba Área de preservação permanente. Municipal de
Mendes
Paraopeba
É formada pelas águas do Rio Vermelho que passam por cima de uma pedra, formando um Prefeitura
Cachoeira do Mato Tobogã e uma piscina natural no final da queda. O turismo no local é explorado pela família Municipal de
proprietária do terreno com a denominação de “Cachoeira do Mato Camping Clube”. Pequi
Prefeitura
Localizado no topo da Serra do Rio do Peixe. Com existência de grutas, grotas, e ainda, rica em
Ponto Chic Municipal de
Pequi vegetação natural.
Pequi
Cachoeira Trilha ecológica na Serra do Rio do Peixe, uma vista maravilhosa, com uma queda d’água, uma Portal Minas
Samambaia cachoeira cristalina. Gerais
Portal Minas
Rio Paraopeba -
Gerais
Cachoeira do É a mais frequentada da cidade, o local é ponto de encontro de crianças, jovens, adultos e da Descubra
Encontro melhor idade. Minas
Também conhecida como cachoeira do Moinho. Por causa dos terrenos íngremes, a cachoeira é Descubra
Cachoeira da Picada
Piedade dos de difícil acesso, mas alguns moradores utilizam as águas do local para a pesca. Minas
Gerais Descubra
Cachoeira do Vento Possui uma forte queda de 30 metros de altura sem barreiras ao redor.
Minas
Cachoeira dos Destaca-se pela exuberância de seu entorno com uma natureza rica e preservada. Por extensos Descubra
Pássaros lajeados, formam quedas d’águas suaves e largas com amplo poço no final. Minas
490
Município Atrativo Informações Fonte
Prefeitura
Represa de Três
- Municipal de
Marias
Pompeu
Prefeitura
Balneário Reino dos
- Municipal de
Lagos
Pompeu
Prefeitura
Cachoeira Olhos
- Municipal de
D'Água
Pompeu
Pompéu
Prefeitura
Rio São Francisco - Municipal de
Pompeu
Prefeitura
Rio Paraopeba - Municipal de
Pompeu
Prefeitura
Cachoeira do Choro - Municipal de
Pompeu
Corredeira de Portal Minas
-
Castelinho Gerais
Cascatinha de Portal Minas
-
Queluzito Gerais
Queluzito
Portal Minas
Cachoeira do Maciel -
Gerais
Cachoeira do Rio Boa Portal Minas
-
Vista Gerais
Cachoeira do Guia da
É uma cachoeira de grande beleza e muito frequentada.
Tabuado Estrada Real
Cachoeira de Guia da
De grande exuberância, é uma das mais altas do município.
Resende Jacarandira Estrada Real
Costa Guia da
Cachoeria dos Pintos É uma das preferidas pelos visitantes.
Estrada Real
Ribeirão de Santo Guia da
-
Antônio Estrada Real
491
Município Atrativo Informações Fonte
Prefeitura
Cachoeira do Morro
- Municipal de
da Onça
Rio Manso
Prefeitura
Cachoeira do Zé
- Municipal de
Velho
Rio Manso
Rio Manso
Prefeitura
Cachoeira das Sete
- Municipal de
Quedas
Rio Manso
Prefeitura
Represa da Copasa - Municipal de
Rio Manso
Prefeitura
Durante o verão, a população se refresca nas águas da pedreira a alguns quilômetros do centro da Municipal de
Pedreira
cidade. São Brás do
São Brás do Suaçuí
Suaçuí Prefeitura
Municipal de
Fonte do Mato Aberta à visitação, possui água cristalina.
São Brás do
Suaçuí
Circuito
São Joaquim
Rio Paraopeba Faz parte do Circuito Veredas do Paraopeba, os Bandeirantes procuravam o ouro de Aluvião. Veredas do
de Bicas
Paraopeba
Prefeitura
Cachoeira do Municipal de
-
Sanhudo São José da
São José da Varginha
Varginha Prefeitura
Municipal de
Rio Paraopeba -
São José da
Varginha
492
Município Atrativo Informações Fonte
É local de visitação de grupos estudantis e acadêmicos para contemplação de uma natureza
Portal Minas
Parque do Verde Gaio realmente preservada, com área de campo aberto, cachoeira, ruínas da antiga hidrelétrica que
Gerais
existia no município.
Oferece caminhadas e trekkings, caminhadas ecológicas e estudos acadêmicos, pequenas
Portal Minas
Serra dos Três Irmãos cachoeiras e cursos d’água, mata atlântica, animais silvestres de pequeno e médio porte, espécies
Sarzedo Gerais
da flora e contemplar a paisagem da região.
Cachoeiras do Capão
- Pousadinhas
do Bálsamo
Cartão postal da cidade, sendo usada ao mesmo tempo como fonte de lazer para a população Portal Minas
Lagoa da Petrobrás
local. Gerais
Está entre os principais cartões postais da cidade. Sua orla possui diversos bares e restaurantes Prefeitura
Lagoa Paulino com que faz que seja um ponto de encontro das pessoas. Há também a opção dos passeios de Municipal de
pedalinhos que fazem a alegria de crianças e adultos. Sete Lagoas
É a segunda lagoa mais visitada do município. A infraestrutura do Parque Náutico envolve um Prefeitura
Lagoa da Boa Vista palco para apresentações diversificadas, com área de eventos e feira, pista de patinação, Municipal de
bicicross, skate, quadras de areia e dois campos de futebol. Sete Lagoas
Prefeitura
Sete Lagoas Gruta Rei do Mato É uma unidade de Conservação de Proteção Integral. Aberto à visitação. Municipal de
Sete Lagoas
Portal Minas
Lagoa da Catarina -
Gerais
Portal Minas
Lagoa do Cercadinho -
Gerais
Portal Minas
Lagoa do Náutico -
Gerais
FONTE: COBRAPE, 2018.
493
A Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais cita ainda alguns circuitos turísticos
no qual os municípios da bacia do rio Paraopeba fazem parte, seja total ou parcialmente,
conforme mostrado no Quadro 14.33.
N° no
Circuitos Municípios
mapa
Alfredo Vasconcelos, Antônio Carlos, Barbacena,
Barroso, Carrancas, Conceição da Barra de Minas,
Coronel Xavier Chaves, Dores de Campos, Entre Rios de
1 Trilha dos Inconfidentes Minas, Ibituruna, Lagoa Dourada, Madre Deus de Minas,
Nazareno, Piedade do Rio Grande, Prados, Resende
Costa, Santa Cruz de Minas, São João del-Rei, São
Tiago e Tiradentes
Caeté, Barão de Cocais, Santa Bárbara e Catas Altas,
2 Ouro Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto, Mariana, Rio
Acima, Itabirito, Nova Lima e Sabará, Itabira e Nova Era.
Capela Nova, Caranaíba, Casa Grande, Catas Altas da
Noruega, Conselheiro Lafaiete, Cristiano Otoni,
3 Vilas e Fazendas de Minas
Itaverava, Lamim, Piranga, Queluzito, Rio Espera,
Santana dos Montes e Senhora de Oliveira
Abaeté, Biquinhas, Felixlândia, Martinho Campos,
4 Lago Três Marias Morada Nova de Minas, Paineiras, Pompéu, São
Gonçalo do Abaeté e Três Marias
Divinópolis, Esmeraldas, Igaratinga, Leandro Ferreira,
5 Verde-Trilha dos Bandeirantes Onça de Pitangui, Pará de Minas, Pequi, Pitangui,
Ribeirão das Neves e São José da Varginha
Araçaí, Buritizeiro, Corinto, Curvelo, Felixlândia,
6 Guimarães Rosa Inimutaba, Morro da Garça, Pirapora, Presidente
Juscelino.
Caetanópolis, Capim Branco, Cordisburgo, Jequitibá,
7 Grutas Lagoa Santa, Paraopeba, Pedro Leopoldo, Sete Lagoas
e Vespasiano
FONTE: Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, 2009.
494
mineira. Nele é possível encontrar boa gastronomia, aventura e natureza. O
circuito abriga 3 municípios pertencentes à bacia do rio Paraopeba: Congonhas,
Ouro Branco, e Ouro Preto;
495
pratos típicos. Os municípios de Caetanópolis, Paraopeba, e Sete Lagoas,
pertencentes à bacia do rio Paraopeba fazem parte deste circuito.
496
Tipo Nome Município Litologia
A Figura 14.14 mostra a localização dos circuitos turísticos, bem como a localização das
cavernas e geossítios na bacia do rio Paraopeba.
497
45°0'0"O 44°0'0"O
Circuitos Turísticos,
Cavernas e Geossítios
Curvelo
!
P
19°0'0"S 6 19°0'0"S
4 !
(
Pompéu
!
P
!
(
!
(!(
!
( Sete Lagoas
!
(!
!
(!
!!
((( P
!
( !
(
!
(
7 ! (
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
5
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna !
(
!
(!
!
((!
!
P (
!
(
!
( !
(
!
(
!
(
!
(
!
(
(
!
2
Ouro Preto
!
P
!
(
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
3
1
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Circuitos Turísticos !
P Principais Sedes Municipais
1. Trilha dos Inconfidentes Limite Municipal
2. Ouro
Hidrografia Principal
3. Vilas e Fazendas de Minas
Limite SF3: Rio Paraopeba
4. Lago Três Marias
Municípios SF3: Rio Paraopeba
5. Verde -Trilha dos Bandeirantes
Reservatório
6. Guimarães Rosa
FONTE: COBRAPE, com base em Secretaria de
7. Grutas Estado de Turismo de Minas Gerais (2009); Centro
!
( Cavernas Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas
!
( Geossítios (2009); SIGEP - Comissão Brasileira de Sítios
Geológicos e Paleobiológicos (2010).
15. BALANÇO HÍDRICO
499
Quadro 15.1 - Taxas de Consumo
Analisando os resultados obtidos, fica evidente que a Q7,10 é uma vazão mais restritiva
que a Q95%, dado o número de trechos de rio que apresentaram criticidade na Figura
15.1 e na Figura 15.2
500
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo
!
P Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P !
Pompéu
P
Sete Lagoas
!
P Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P !
Esmeraldas
P
Pará de Minas
!
P Pará de Minas
!
Contagem
Belo Horizonte P
! Belo Horizonte
!
P P Contagem
!
P
!
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P 20°0'0"S
!
P
Ibirité 20°0'0"S
Itaúna
!
P Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P !
P
Ouro Preto
Congonhas
!
P !
P
Congonhas
Conselheiro Lafaiete
!
P !
P
Conselheiro Lafaiete
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Legenda
Balanço Hídrico Superficial Balanço Hídrico Superficial Convenções Cartográficas
Quantitativo Captado (Q 95%) Quantitativo Consumido !
P Principais Sedes Municipais
0,00 - 0,25 (Q95%) Limite Municipal
0,25 - 0,50 0,00 - 0,25 Hidrografia Principal
0,50 - 0,75 0,25 - 0,50 Limite SF3: Rio Paraopeba
0,75 - 1,00 0,50 - 0,75 Reservatório
> 1,00 0,75 - 1,00 Municípios SF3: Rio Paraopeba
> 1,00
FONTE: COBRAPE, 2018. FONTE: COBRAPE, 2018.
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo
!
P Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P !
Pompéu
P
Sete Lagoas
!
P Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P !
Esmeraldas
P
Pará de Minas
!
P Pará de Minas
!
Contagem
Belo Horizonte P
! Belo Horizonte
!
P P Contagem
!
P
!
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P 20°0'0"S
!
P
Ibirité 20°0'0"S
Itaúna
!
P Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P !
P
Ouro Preto
Congonhas
!
P !
P
Congonhas
Conselheiro Lafaiete
!
P !
P
Conselheiro Lafaiete
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Legenda
Balanço Hídrico Superficial Balanço Hídrico Superficial Convenções Cartográficas
Quantitativo Captado (Q 7,10) Quantitativo Consumido !
P Principais Sedes Municipais
0,00 - 0,30 (Q7,10) Limite Municipal
0,30 - 0,50 0,00 - 0,30 Hidrografia Principal
0,50 - 0,75 0,30 - 0,50 Limite SF3: Rio Paraopeba
0,75 - 1,00 0,50 - 0,75 Reservatório
> 1,00 0,75 - 1,00 Municípios SF3: Rio Paraopeba
> 1,00
FONTE: COBRAPE, 2018. FONTE: COBRAPE, 2018.
A utilização das demandas consumidas no cálculo do balanço hídrico acaba
amenizando o resultado do balanço hídrico em toda a calha do rio Paraopeba e no início
do Médio Paraopeba, na região dos municípios de Belo Vale, Moeda e Jeceaba. Tal fato
é justificado pelo fato das taxas de retorno das demandas de mineração e indústria, uso
predominante em ambas regiões. Isso significa dizer que no mínimo 80% da água
captada retorna ao rio após sua utilização. É importante ressaltar que, apesar de
diversas bibliografias adotarem este valor como referência, nem sempre a água que
retorna ao corpo hídrico apresenta a qualidade necessária para ser consumida
novamente, ou seja, tal análise deve ser analisada com ressalvas.
Vale ressaltar que, atualmente, não há nenhuma Declaração de Área Crítica (DAC) na
área da bacia do rio Paraopeba. O IGAM define que, quando da verificação de conflito
pelo uso da água, o interessado em realizar captação de água em determinada bacia
ou micro-bacia deverá solicitar, através de oficio encaminhado a Diretoria de
Instrumentalização e Controle, a DAC. Assim, o órgão através destas informações irá
verificar se aquela bacia hidrográfica é uma área de potencial conflito e, se constatada
a situação, é emitida a DAC.
503
disso, os limites dos aquíferos não respeitam os limites superficiais de bacias
hidrográficas, o que dificulta o gerenciamento desses recursos.
504
45°0'0"O 44°0'0"O
Balanço Hídrico
Subterrâneo
Quantitativo
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
!
P Principais Sedes Municipais
Balanço Hídrico
Subterrâneo Quantitativo Limite Municipal
0,00 - 0,25 Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
0,25 - 0,50
Reservatório
0,50 - 0,75
0,75 - 1,00
> 1,00 FONTE: COBRAPE, (2018).
Observa-se pela Figura 15.3 que principalmente os municípios de Esmeraldas e Ibirité
apresentam altas demandas subterrâneas de captação, que ultrapassam a reserva
potencial explotável. Essas demandas são ligadas à mineração e a agricultura,
respectivamente.
Desta forma, o resultado do balanço hídrico qualitativo vem da relação entre as vazões
de diluição e a disponibilidade, ou seja, quando a relação entre as duas grandezas for
maior que 1 (um), a região analisada apresenta uma vazão de diluição superior à oferta
de água, o que significa dizer que a região apresenta criticidade em relação aos recursos
hídricos, do ponto de vista qualitativo.
O Quadro 15.2 apresenta esta “vazão por diluição” por sub-bacia. A sub-bacia do Médio
Paraopeba se destaca, pois é a que possui maior carga remanescente, pois é também
a com maior população da região. Em todos os casos, o que demanda maior vazão é o
setor doméstico.
506
Quadro 15.2 - Vazão Necessária para Diluição
Vazão de Vazão de Vazão de Vazão de Vazão de
Diluição - Diluição - Diluição - Diluição - Diluição - Vazão de
Sub-bacias Origem Origem Origem Origem Origem Diluição -
Doméstica Uso do Pecuária Industrial Mineração Total (L/s)
(L/s) Solo (L/s) (L/s) (L/s) (L/s)
Alto 31.407,15 1.624,23 478,60 29.340,90 42,72 62.893,59
Médio 89.249,81 1.966,46 584,68 18.595,19 263,70 110.659,84
Baixo 7.517,10 910,62 315,19 1.690,93 38,59 10.472,42
Total Geral 128.174,06 4.501,31 1.378,47 49.627,02 345,00 184.025,85
FONTE: COBRAPE, 2018.
507
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo
!
P Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P !
Pompéu
P
Sete Lagoas
!
P Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P !
Esmeraldas
P
Pará de Minas
!
P Pará de Minas
!
Contagem
Belo Horizonte P
! Belo Horizonte
!
P P Contagem
!
P
!
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P 20°0'0"S
!
P
Ibirité 20°0'0"S
Itaúna
!
P Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P !
P
Ouro Preto
Congonhas
!
P !
P
Congonhas
Conselheiro Lafaiete
!
P !
P
Conselheiro Lafaiete
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Legenda
Balanço Hídrico Superficial Balanço Hídrico Superficial Convenções Cartográficas
Qualitativo (Q 95%) Qualitativo (Q 7,10) !
P Principais Sedes Municipais
0,00 - 0,25 0,00 - 0,25 Limite Municipal
0,25 - 0,50 0,25 - 0,50 Hidrografia Principal
0,50 - 0,75 0,50 - 0,75 Limite SF3: Rio Paraopeba
0,75 - 1,00 0,75 - 1,00 Reservatório
> 1,00 > 1,00 Municípios SF3: Rio Paraopeba
A partir dos resultados obtidos, torna-se necessária a realização de uma análise crítica
dos mesmos, de modo a definir eventuais áreas críticas ao longo da bacia do rio
Paraopeba. Para isso, é fundamental a definição de critérios que, a partir dos dados de
oferta, demanda e condição atual da qualidade da água, possibilitem a identificação de
trechos críticos.
Para o IGAM, a caraterização de uma Área Crítica se dá quando uma determinada bacia
hidrográfica, ou uma parte desta, apresenta a demanda de água superior à vazão
outorgável, o que configura uma situação de indisponibilidade hídrica. O estudo das
Bacias Críticas (ANA, 2016), definiu três índices para identificação de criticidade, sendo
eles: (i) Índice de Criticidade Quantitativa Reservatório - ISR; (ii) Índice de Criticidade
Qualitativa – IQ; e, (iii) Índice de Criticidade Quali-Quantitativa – ISQ. A metodologia de
cálculos dos índices de criticidade é apresentada a seguir.
𝐷𝑎𝑡 + 𝐷𝑒𝑓𝑜𝑡𝑡𝑜
𝐼𝑆 = ,
(𝑄𝑛𝑎𝑡 + 𝐿𝑎𝑐 − 𝑄𝑟𝑒𝑠 )
onde:
509
𝐷𝑎𝑡 = vazão acumulada de demandas atendidas até jusante da ottobacia;
Para o cálculo deste índice, algumas adaptações foram feitas em função das
características da bacia. Primeiramente, a 𝑄𝑛𝑎𝑡 foi considerada como a vazão
observada, e não a naturalizada. Em consequência, o termo 𝐿𝑎𝑐 também foi
desconsiderado, por entender-se que a vazão observada utilizada para o cálculo já
contemplar as vazões de retorno, e também pela bacia não possuir um cadastro de
outorga de lançamentos. Além disso, em função da bacia do rio Paraopeba não possuir
nenhum reservatório que faz regularização de vazão, o parâmetro 𝑄𝑟𝑒𝑠 será desprezado
do cálculo.
510
45°0'0"O 44°0'0"O
Índice de Criticidade
Quantitativa
Reservatório – IS
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
!
P Principais Sedes Municipais
Índice de Criticidade
Quantitativa Reservatório – Limite Municipal
IS Hidrografia Principal
0,00 - 0,25 Limite SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
0,25 - 0,50
0,50 - 0,75
0,75 - 1,00
> 1,00 FONTE: COBRAPE, (2018).
• Índice de Criticidade Qualitativa – IQ
𝐶𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜
𝐼𝑄 = ,
𝐶𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒
onde:
Vale ressaltar que, para avaliação qualitativa do PDRH, todos os rios da bacia foram
considerados conforme enquadramento vigente definido pela Deliberação Normativa
COPAM Nº 14/95. Os resultados estão apresentados na Figura 15.6.
512
45°0'0"O 44°0'0"O
Índice de Criticidade
Qualitativa – IQ
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
!
P Principais Sedes Municipais
Índice de Criticidade
Qualitativa – IQ Limite Municipal
0,20 - 0,25 Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
0,25 - 0,50
Reservatório
0,50 - 0,75
0,75 - 1,00
> 1,00 FONTE: COBRAPE, (2018).
• Índice de Criticidade Quali-Quantitativa – ISQ
onde:
514
45°0'0"O 44°0'0"O
Índice de Criticidade
Quali-Quantitativa – ISQ
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
!
P Principais Sedes Municipais
Índice de Criticidade Quali-
Quantitativa – ISQ Limite Municipal
0,00 - 0,25 Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
0,25 - 0,50
Reservatório
0,50 - 0,75
0,75 - 1,00
> 1,00 FONTE: COBRAPE, (2018).
A partir dos resultados dos três índices de criticidade apresentados em ANA (2016),
foram adotadas 6 classes de criticidade, baseadas na Nota Técnica Conjunta
002/2012/SPR/SRE da ANA, as quais são apresentadas no Quadro 15.3 a seguir.
516
45°0'0"O 44°0'0"O
Áreas &UtWLFDV
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
Pará de Minas
ra
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
4 - Balanço quantitativo crítico !
P Principais Sedes Municipais
Análise de Criticidade
1 - Balanço quali ou quali- 5 - Conflito Potencial → alta Limite Municipal
quantitativo crítico + alta demanda para indústria ou Hidrografia Principal
demanda para indústria ou mineração + cabeceira e/ou Limite SF3: Rio Paraopeba
mineração captações vulneráveis para Reservatório
2 - Balanço quali ou quali- abastecimento
quantitativo crítico 6 - Conflito Potencial →
3 - Balanço quantitativo crítico + cabeceira e/ou captações
alta demanda para indústria ou vulneráveis para abastecimento
mineração FONTE: COBRAPE (2018).
Nota-se que a maior parte das áreas críticas se dão pelo balanço hídrico qualitativo
crítico, com áreas distribuídas por toda a bacia. O Alto Paraopeba apresenta uma área
crítica localizada principalmente nos municípios de Congonhas e Conselheiro Lafaiete,
principalmente ligadas às cargas poluidoras de indústria e doméstica, respectivamente.
O Médio Paraopeba apresenta uma sobreposição de áreas críticas, sejam eles
referentes ao balanço hídrico quantitativo ou qualitativo, com altas demandas de
indústria ou mineração. Nessa região quase todos os trechos apresentam criticidade, o
que evidencia uma região com alto conflito, englobando os municípios de Contagem,
Ibirité, Betim, Sarzedo, Mário Campos e Mateus Leme. No Baixo Paraopeba os conflitos
também se sobrepõem, porém de maneira mais esparsa do que o Médio Paraopeba.
Os municípios e Sete Lagoas, Caetanópolis e São José da Varginha se destacam.
518
16. CONCLUSÕES DA ANÁLISE DE DIAGNÓSTICO
Este capítulo tem por objetivo apresentar todas as conclusões referentes ao relatório de
diagnóstico da bacia hidrográfica do Paraopeba, compatíveis com o conteúdo
apresentado do Capítulo 2 ao Capítulo 15 desse Relatório Final. Primeiramente cabe
destacar que a subdivisão por sub-bacias deve ser utilizada para os estudos posteriores,
pois respeita os limites das bacias hidrográficas da região e permite a agregação dos
resultados referentes aos recursos hídricos.
Em relação ao meio físico observaram-se três áreas com características bem definidas
na bacia hidrográfica do rio Paraopeba, todas elas muito ligadas à hipsometria da região.
Assim, as áreas de alto relevo apresentam rochas do período proterozóico,
representadas por domínios geomorfológicos de planalto, predominantemente com
solos do tipo cambissolos, o qual contém obstáculos para sua utilização agrícola. Além
disso, são áreas que possuem alta vulnerabilidade à contaminação de aquíferos
subjacentes. As áreas do Médio Paraopeba possuem altitudes entre 750 e 850 metros,
exceto a região da Serra do Quadrilátero Ferrífero, caracterizada por uma seção de
grande altitude logo após da afluência do Rio Veloso e do Ribeirão Casa Branca, e
compreendem rochas do período arqueano e caracterização geomorfológica de
Planalto, o que torna a região propícia para a exploração de minérios. Essa região
também possui uma grande variedade de solos, incluindo os Latossolos que em geral
são muito bem aproveitados com calagem e adubação. Já as áreas de baixa
declividade, geomorfologicamente chamadas de Depressão do Alto São Francisco, são
compostas em sua maioria de Latossolos que, conforme mencionado anteriormente,
são aproveitados com calagem e adubação, o que caracteriza essa região como a
melhor área da bacia para a agricultura.
No que trata do meio biótico, o que dita a subdivisão é o clima associado aos biomas
existentes na bacia. É possível observar uma divisão bem clara no centro, onde ao norte
está o bioma Cerrado com uma menor pluviosidade, e ao sul o bioma Mata Atlântica
com maior pluviosidade. Essas características, somadas às declividades, ditam os
fenômenos ligados aos eventos críticos, onde ao sul observam-se a ocorrência de
alagamentos, inundações, enxurradas e deslizamentos; e ao norte os eventos críticos
de secas e estiagens.
519
ser consideradas Áreas de Preservação Permanente, e como uma das consequências
a qualidade das águas é prejudicada. Outro fator fundamental de prejuízo à qualidade
das águas é a pequena infraestrutura de saneamento existente, principalmente no que
diz respeito ao tratamento de esgoto. Tudo indica que um dos grandes contribuintes
para a poluição das águas da região da bacia do rio Paraopeba sejam os baixos índices
de coleta e tratamento de efluentes domésticos da população urbana. Embora se saiba
ainda que a mineração é uma atividade altamente impactante e ao mesmo tempo
bastante significativa na região, seu reflexo é pouco representativo no que se refere à
matéria orgânica (DBO), parâmetro utilizado como referência para avaliação qualitativa
no PDRH. De qualquer maneira, como as estimativas de indústria e mineração foram
realizadas através dos resultados de demandas, acredita-se que a implementação de
um cadastro de outorga de efluentes seria fundamental para a sustentabilidade dos
recursos hídricos da bacia.
Os resultados dos balanços hídricos quantitativo e qualitativo deixam claro que a bacia
é altamente ocupada, localizada em uma região com diversos potenciais de utilização,
520
que somadas à baixa infraestrutura de saneamento, acabaram por resultar em um local
com uma situação crítica em relação tanto à quantidade quanto a qualidade de água. É
importante destacar que o instrumento de outorga, se consideradas as estimativas de
demandas, já não seria mais eficiente, visto que praticamente todos os trechos da bacia
já ultrapassariam os limites outorgáveis. Assim, a fiscalização precisa ser intensificada
para a identificação de usuários irregulares, fortalecendo o instrumento de outorga. Além
disso, a bacia do rio Paraopeba precisa que outros instrumentos de gestão de recursos
hídricos, como cobrança e enquadramento, sejam implementados de maneira efetiva.
A metodologia da definição de Áreas de Conflito foi desenhada com foco nos problemas
da bacia, gerando resultados significativos no que diz respeito à identificação de áreas
críticas em relação aos recursos hídricos. Nota-se que a maior parte dos conflitos se
dão pelo balanço hídrico qualitativo crítico, com áreas críticas distribuídas por toda a
bacia. O Alto Paraopeba apresenta uma área crítica localizada nos municípios de
Congonhas e Conselheiro Lafaiete, principalmente ligadas às cargas poluidoras de
indústria e doméstica, respectivamente. O Médio Paraopeba apresenta uma
sobreposição de conflitos, sejam eles referentes ao balanço hídrico quantitativo ou
qualitativo, com altas demandas de indústria ou mineração. Nessa região quase todos
os trechos apresentam criticidade, o que evidencia uma região com alto conflito,
englobando os municípios de Contagem, Ibirité, Betim, Sarzedo, Mário Campos e
Mateus Leme. No Baixo Paraopeba os conflitos também se sobrepõem, porém de
maneira mais esparsa se comparadas ao Médio Paraopeba. Os municípios e Sete
Lagoas, Caetanópolis e São José da Varginha se destacam.
521
17. METODOLOGIA DE CENARIZAÇÃO
Os cenários são ferramentas de planejamento utilizadas para dar coerência a uma série
de elementos difusos procurando extrair deles orientações para a proposição de ações,
ou decisões de gestão, que contemplem de alguma forma o que pode vir a acontecer
no futuro. Os processos de decisão em ambientes de gestão de recursos hídricos se
caracterizam pela sua inerente complexidade e imprevisibilidade, exigindo uma
abordagem metodológica que seja capaz de combinar uma quantidade de dados muito
grande para produzir imagens prospectivas coerentes olhando para o horizonte do
Plano.
Com foco nos objetivos do Plano de Bacia, a metodologia de elaboração de cenários foi
concebida de forma a permitir a tomada de decisões estratégicas para a gestão de
recursos hídricos, o que a caracteriza como um processo de planejamento estratégico
utilizando cenários prospectivos. No entanto, esse processo de planejamento não tem
a pretensão de prever o futuro e nem de eclipsar ou substituir a responsabilidade dos
órgãos gestores estaduais ou do Comitê de Bacia em sua tomada de decisões. Os
cenários podem subsidiar essas decisões fornecendo informações essenciais de forma
coerente e sintética, mas as decisões não são simuladas nos cenários. Na realidade,
tais decisões dependem de objetivos e de metas que não foram estabelecidas
anteriormente aos cenários, mas o serão depois deles, nas etapas subsequentes do
Plano.
É bom ter sempre em perspectiva que a definição de cenários não esgota nem encerra
o processo de planejamento, mas é somente um passo intermediário na busca de uma
“estratégia robusta” – aquela que define decisões a tomar contemplando todos os
cenários como igualmente possíveis. Os cenários aqui definidos são tão somente
algumas das combinações possíveis de tendências e percepções, aquelas que parecem
522
hoje as mais plausíveis ou mais importantes. Idealmente, o processo de elaboração de
cenários e a revisão periódica de suas implicações sobre as estratégias de gestão
devem ser continuados, de forma a poder sempre instruir e informar um processo de
decisão racional e competente.
8 Lei Estadual de Minas Gerais nº 13.199 de 29 de janeiro de 1999, Capítulo 3, Seção 2, Subseção 2.
523
cenários identificar possíveis situações futuras de riscos à integridade dos rios e dos
aquíferos subterrâneas.
No modelo aqui utilizado para a definição dos cenários e a avaliação do impacto dos
cenários sobre os balanços hídricos, todos os dados e as análises são baseadas em
áreas elementares, aqui chamadas de células de análise. Essas são obtidas através do
cruzamento das unidades elementares provenientes de duas dimensões nas quais
grande parte dos dados secundários fundamentais é produzida:
524
visualização, montados com o objetivo de responder a perguntas pertinentes à análise
desejada.
525
As Microrregiões foram definidas como parte das mesorregiões que apresentam
especificidades quanto à organização do espaço. Essas especificidades não significam
uniformidade de atributos, nem conferem às microrregiões autossuficiência e tampouco
o caráter de serem únicas, devido à sua articulação a espaços maiores, quer à
mesorregião, à Unidade da Federação, quer à totalidade nacional. Essas
especificidades se referem à estrutura de produção: agropecuária, industrial,
extrativismo mineral ou pesca. Essas estruturas de produção diferenciadas podem
resultar da presença de elementos do quadro natural ou de relações sociais e
econômicas particulares.
526
Os municípios ainda podem ser subdivididos em setores censitários, sendo estas
unidades territoriais formadas por áreas contínuas com a finalidade de controle cadastral
(IBGE, 2010). Ainda segundo IBGE (2010), o número de setores censitários presente
nos municípios da Bacia do Paraopeba são os apresentados no Quadro 17.1, onde é
detalhada a relação dos municípios com a população rural, urbana e total, bem como a
área, o número de setores censitários e a densidade populacional.
527
Quadro 17.1 - Estatísticas da Dimensão Administrativa
ESMERALDAS 115 131 754,84 4.010 5,31 87,20 42.048 482,19 842,04 46.058 54,70
528
N° de Rural Urbano Total
N° de
Setores
Setores
Município Censitários Área População Densidade Área População Densidade Área População Densidade
Censitários
(Inseridos na (km²) 2010 (hab.) (hab./km²) (km²) 2010 (hab.) (hab./km²) (km²) 2010 (hab.) (hab./km²)
(total)
bacia)
FELIXLANDIA 2 28 211,96 331 1,56 0 0 0 211,96 331 1,56
FLORESTAL 18 18 170,87 1.037 6,07 12,19 5.504 451,34 183,07 6.541 35,73
FORTUNA DE
9 9 196,83 840 4,27 1,88 1.865 993,62 198,71 2.705 13,61
MINAS
IBIRITE 222 222 22,45 363 16,19 49,15 151.618 3.084,66 71,60 151.981 2.122,66
IGARAPE 49 49 84,55 2.190 25,90 25,72 32.661 1.270,11 110,26 34.851 316,07
INHAUMA 11 11 242,29 1.554 6,41 2,71 4.206 1.554,24 245,00 5.760 23,51
ITAGUARA 3 28 1,85 15 7,98 0 0 0 1,85 15 7,98
ITATIAIUCU 17 20 147,66 2.429 16,45 5,98 6.221 1.040,87 153,64 8.650 56,30
ITAUNA 3 133 58,74 565 9,62 0 0 0 58,74 565 9,62
ITAVERAVA 4 10 16,96 206 12,17 0,01 3 280,45 16,97 210 12,36
JECEABA 12 12 221,03 2.407 10,89 15,22 2.988 196,29 236,25 5.395 22,84
JUATUBA 39 39 43,36 375 8,65 56,18 21.827 388,52 99,54 22.202 223,04
LAGOA
12 19 293,00 2.212 7,55 0,54 1.254 2.321,06 293,54 3.466 11,81
DOURADA
MARAVILHAS 10 12 176,33 877 4,97 2,89 4.896 1.692,62 179,22 5.773 32,21
MARIO CAMPOS 17 17 20,65 734 35,55 14,55 12.458 856,41 35,20 13.192 374,81
MATEUS LEME 52 52 247,15 3.176 12,85 55,36 24.679 445,80 302,51 27.855 92,08
MATOZINHOS 1 45 0,01 0 6,52 0 0 0 0,01 0 6,52
MOEDA 11 11 141,66 2.847 20,10 10,15 1.789 176,24 151,81 4.636 30,54
MORRO DA
2 10 0,09 0 1,86 0 0 0 0,09 0 1,86
GARCA
NOVA LIMA 3 118 0 0 0 0,29 227 783,61 0,29 227 783,61
ONCA DE
1 7 2,24 19 8,31 0 0 0 2,24 19 8,31
PITANGUI
OURO BRANCO 43 45 120,69 1.935 16,03 29,46 31.609 1.073,09 150,14 33.544 223,41
OURO PRETO 3 131 61,73 199 3,22 1,96 176 89,63 63,70 375 5,89
529
N° de Rural Urbano Total
N° de
Setores
Setores
Município Censitários Área População Densidade Área População Densidade Área População Densidade
Censitários
(Inseridos na (km²) 2010 (hab.) (hab./km²) (km²) 2010 (hab.) (hab./km²) (km²) 2010 (hab.) (hab./km²)
(total)
bacia)
PAPAGAIOS 14 24 440,20 1.124 2,55 2,51 3.285 1.310,28 442,70 4.409 9,96
PARA DE MINAS 17 141 167,90 1.281 7,63 5,08 3.028 595,67 172,98 4.309 24,91
PARAOPEBA 35 35 530,99 2.609 4,91 9,92 19.663 1.983,08 540,91 22.272 41,18
PEQUI 8 8 197,06 1.120 5,68 6,01 2.953 490,96 203,07 4.073 20,06
PIEDADE DOS
9 9 253,33 2.516 9,93 6,07 2.122 349,72 259,39 4.638 17,88
GERAIS
PIRACEMA 5 13 2,70 25 9,36 0 0 0 2,70 25 9,36
POMPEU 6 37 714,96 1.468 2,05 0 0 0 714,96 1.468 2,05
QUELUZITO 5 5 151,49 1.014 6,69 2,07 847 409,53 153,56 1.861 12,12
RESENDE
3 23 131,01 462 3,52 0 0 0 131,01 462 3,52
COSTA
RIBEIRAO DAS
8 399 0 0 0 0,11 115 1.015,61 0,11 115 1.015,61
NEVES
RIO MANSO 11 11 226,17 2.465 10,90 5,25 2.810 535,55 231,42 5.275 22,79
SANTANA DOS
1 9 0,01 0 2,07 0 0 0 0,01 0 2,07
MONTES
SAO BRAS DO
7 7 104,58 384 3,67 5,44 3.129 575,23 110,02 3.513 31,93
SUACUI
SAO JOAQUIM
40 40 54,52 6.938 127,25 17,04 18.599 1.091,71 71,56 25.537 356,87
DE BICAS
SAO JOSE DA
9 106 200,12 1.824 9,12 5,21 2.372 455,21 205,33 4.196 20,44
VARGINHA
SARZEDO 45 45 43,48 282 6,49 18,66 25.532 1.368,39 62,13 25.814 415,45
SETE LAGOAS 17 300 169,56 2.724 16,06 7,41 3.500 472,63 176,96 6.224 35,17
Total Geral 2.261 8.470 10.920,47 92.679 8,49 1.109,68 1.207.812 1.088,44 12.030,2 1.300.491 108,10
FONTE: COBRAPE, 2018.
530
17.3.2. Dimensão Hidrológica
A menor bacia hidrográfica definida para a região são as “ottobacias”10, as quais foram
criadas na década de 80, quando o engenheiro Otto Pfafstetter desenvolveu um método
de divisão e codificação de bacias hidrográficas, hierarquizando seus afluentes e
codificando-os por meio de algarismos, que variam de 1 a 9 (PFAFSTETTER, 1989).
10 Método de subdivisão e codificação de bacias hidrográficas desenvolvido pelo engenheiro brasileiro Otto Pfafstetter, utilizando dez algarismos,
diretamente relacionado com a área de drenagem dos cursos d’água (Classificação de Bacias Hidrográficas – Metodologia de Codificação. Rio de
Janeiro, RJ: DNOS, 1989. p. 19.).
531
Figura 17.1 - Exemplo de Codificação de Ottobacias
A partir da união das ottobacias nível 8, as ottobacias nível 6 foram consideradas como
sub-bacias e caracterizadas pela homogeneidade de fatores hidrográficos e
hidrológicos, permitindo a organização do planejamento e do aproveitamento dos
recursos hídricos.
532
45°0'0"O 44°0'0"O
Ottobacias Nível 6
Curvelo
!
P
749622
749619 749626
749621 749627 749629
749623 749625
749628
749631 749624
19°0'0"S 19°0'0"S
749632 749633
Pompéu 749635
!
P
749636
749637 749638
749634
749639
749645 749647
749651 749648
749646
749649
Esmeraldas
749652 749653 !
P
749654
Pará de Minas
!
P
749655 Belo Horizonte
749657
749658
!
P !
P
20°0'0"S Contagem Ibirité 20°0'0"S
749656
!
P
Itaúna 749659
!
P
749671
749661
749662 749673
749663
749664
749672
749666 749667 749675
Ouro Preto
749668
749669
749677 !
P
749676
749694
749674 749679 Congonhas
749695
749693 !
P 749696
749678 749691
BA
MT 749697
749681
DF 749682 749683 Conselheiro
749699 Lafaiete
GO
!
P
749685 749698
749692
749688 749687
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Convenções Cartográficas
!
P Principais Sedes Municipais
Limite Municipal
Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
534
Quadro 17.2 - Estatísticas da Dimensão Hidrológica
N° de Ottobacias Rural Urbano Total
535
N° de Ottobacias Rural Urbano Total
Córrego Carreira
749646 9 61 20,8 63 3,0 - - - 20,8 63 3,0
Comprida
749647 Ribeirão dos Macacos 3 11 6,6 26 3,9 - - - 6,6 26 3,9
749648 Ribeirão dos Macacos 9 81 150,8 1.417 9,4 9,7 1.629 168,5 160,5 3.046 19,0
749649 Ribeirão do Cipó 9 81 164,5 567 3,4 2,8 592 208,4 167,3 1.159 6,9
749651 Rio Paraopeba 9 73 622,1 2.841 4,6 11,7 3.564 304,3 633,8 6.405 10,1
749652 Ribeirão Cova d'Anta 9 67 203,2 2.280 11,2 9,9 5.298 533,4 213,2 7.578 35,5
749653 Rio Paraopeba 9 73 208,2 1.220 5,9 10,5 955 90,9 218,7 2.175 9,9
749654 Ribeirão Grande 9 81 336,7 2.168 6,4 64,6 40.261 623,2 401,3 42.430 105,7
749655 Rio Paraopeba 9 81 203,5 1.913 9,4 31,0 7.528 242,8 234,5 9.441 40,3
749656 Ribeirão Serra Azul 9 77 359,9 4.387 12,2 85,3 46.628 546,8 445,2 51.014 114,6
749657 Rio Paraopeba 9 61 27,4 581 21,2 47,8 12.545 262,4 75,2 13.126 174,6
749658 Rio Betim 9 81 66,4 2.163 32,6 177,5 465.054 2.620,1 243,8 467.216 1.916,0
749659 Rio Paraopeba 9 79 231,4 11.282 48,8 197,3 307.065 1.556,3 428,7 318.347 742,6
749661 Rio Manso 9 59 42,1 106 2,5 6,8 5.860 863,9 48,9 5.965 122,1
749662 Rio Veloso 9 81 204,7 2.893 14,1 8,3 7.286 881,8 213,0 10.179 47,8
749663 Rio Manso 9 77 116,5 822 7,1 3,0 1.745 589,2 119,5 2.567 21,5
749664 Córrego Barreiro 9 69 29,4 187 6,3 - - - 29,4 187 6,3
749665 Rio Manso 1 1 0,6 66 112,9 - - - 0,6 66 112,9
749666 Córrego do Baú 9 79 64,0 656 10,2 - - - 64,0 656 10,2
749667 Rio Manso 9 59 19,5 409 21,0 - - - 19,5 409 21,0
749668 Córrego Cachoeira 9 69 69,5 743 10,7 - - - 69,5 743 10,7
749669 Rio Manso 9 73 107,5 1.094 10,2 2,3 2.979 1.302,3 109,8 4.073 37,1
749671 Rio Manso 3 3 0,3 5 17,1 0,3 723 2.647,4 0,6 728 1.284,9
749672 Ribeirão Águas Claras 9 81 172,7 2.190 12,7 9,6 6.488 679,4 182,3 8.678 47,6
749673 Rio Paraopeba 9 73 452,8 5.018 11,1 47,5 17.910 377,3 500,3 22.927 45,8
749674 Rio Macaúbas 9 81 470,0 4.546 9,7 7,3 2.411 329,8 477,4 6.957 14,6
749675 Rio Paraopeba 9 73 115,1 2.109 18,3 7,1 1.360 190,4 122,2 3.469 28,4
536
N° de Ottobacias Rural Urbano Total
749676 Ribeirão Cordeiros 9 81 147,2 2.253 15,3 0,8 113 142,4 148,0 2.366 16,0
749677 Rio Paraopeba 9 75 123,0 1.685 13,7 7,9 3.611 456,9 130,9 5.296 40,5
Ribeirão dos Paivas
749678 9 81 159,0 1.323 8,3 2,0 349 174,9 161,0 1.672 10,4
ou Pedra
749679 Rio Paraopeba 9 81 120,9 1.044 8,6 6,0 1.029 172,6 126,9 2.073 16,3
Ribeirão São José da
749681 9 69 71,9 368 5,1 7,4 1.249 169,6 79,3 1.617 20,4
Ponte Nova
Ribeirão Caiuaba de
749682 9 79 216,6 2.258 10,4 - - - 216,6 2.258 10,4
Cima
749683 Rio Brumado 9 55 22,8 181 7,9 - - - 22,8 181 7,9
749684 Rio Camapuã 9 81 291,4 2.712 9,3 2,6 472 182,5 293,9 3.184 10,8
749685 Rio Paraopeba 9 67 131,3 1.486 11,3 4,7 9.407 2.015,9 136,0 10.892 80,1
749686 Rio Brumado 9 81 164,1 1.134 6,9 0,5 1.253 2.322,8 164,6 2.387 14,5
749687 Rio Paraopeba 9 39 9,6 37 3,9 - - - 9,6 37 3,9
Ribeirão São José da
749688 9 63 58,2 242 4,2 - - - 58,2 242 4,2
Ponte Nova
749689 Rio Paraopeba 9 75 124,7 600 4,8 - - - 124,7 600 4,8
749691 Rio Paraopeba 9 59 30,5 233 7,6 7,1 719 101,8 37,5 951 25,4
749692 Rio Paraopeba 9 79 576,7 4.190 7,3 23,0 10.836 471,2 599,7 15.025 25,1
749693 Ribeirão dos Paulos 9 69 19,9 82 4,1 33,2 10.853 327,2 53,1 10.935 206,0
Córrego Santo
749694 9 75 5,8 210 36,5 39,0 9.979 255,6 44,8 10.189 227,4
Antônio ou Lagarto
749695 Rio Maranhão 9 61 59,5 377 6,3 31,9 21.973 689,1 91,4 22.350 244,5
749696 Ribeirão Soledade 9 69 168,3 2.261 13,4 77,3 32.596 421,4 245,6 34.857 141,9
749697 Rio Maranhão 9 55 25,5 413 16,2 6,0 2.974 496,9 31,5 3.387 107,6
749698 Ribeirão Bananeiras 9 73 44,6 489 11,0 54,5 54.181 994,4 99,1 54.670 551,9
749699 Rio Ventura Luís 9 73 128,7 3.428 26,6 25,8 55.994 2.172,5 154,5 59.422 384,6
Total Geral 599 4.249 10.920,5 92.679 8,5 1.109,7 1.207.812 1.088,4 12.030,2 1.300.491 108,1
537
A dimensão hidrológica será utilizada como unidade para todas as informações que têm
caráter de bacia hidrográfica, como as disponibilidades hídricas.
O Quadro 17.3 a seguir mostra algumas estatísticas dessas células com os atributos de
usos do solo agregados por sub-bacias. A utilização da escala dos dados em células de
análise permite sua agregação da maneira que for conveniente.
A utilização desses elementos permite uma avaliação detalhada dos principais fatores
de influência visto que são unidades mínimas de espacialização. A Bacia do Paraopeba
totaliza 11.477 células de análise, as quais estão mostradas na Figura 17.3.
538
Quadro 17.3 - Estatísticas das Células De Análise
Área (km²)
Declividade
Sub-bacias
Média (°) Agricultura Infraestrutura Corpos Vegetação Florestas Áreas não Formações Formações
Agricultura Pastagem
ou Pastagem Urbana d'água Campestre Plantadas vegetadas Florestais Savanicas
Alto 12,92 5,59 1612,54 86,88 5,45 2,21 1316,32 59,58 0,00 539,47 1,20
Médio 9,99 2,54 1280,30 248,35 28,28 14,38 2012,44 27,33 19,37 1462,86 1,33
Baixo 5,55 11,68 527,07 15,97 32,91 198,56 1340,01 398,92 0,29 666,88 110,66
19,81 3419,91 351,20 66,64 215,15 4668,77 485,84 19,66 2669,21 113,18
Total Geral
Obs: Estatísticas baseadas no mapa de uso de ocupação do solo apresentado no RP02 - Revisão do Relatório do Diagnóstico da Bacia do Rio Paraopeba – Tomo I.
FONTE: COBRAPE, 2018.
539
45°0'0"O 44°0'0"O
Células de Análise
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Convenções Cartográficas
!
P Principais Sedes Municipais
Limite Municipal
Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Os cenários tendenciais, portanto, podem ser considerados como uma “visão míope” do
futuro e do passado. Por um lado, porque não incorporam qualquer novidade no
horizonte do plano e por outro não reconhecem que a trajetória histórica que
desembocou no presente foi construída com fatos que não eram previsíveis no seu
tempo, ou seja, novidades.
541
uma região. Estes nem sempre são previsíveis11, geram muitos postos de trabalho,
impactando o ritmo de crescimento populacional e, por conseguinte, as demandas sobre
os recursos hídricos, qualitativas e quantitativas. Outro exemplo são as variações
climáticas que podem alterar o regime hidrológico regional, impactando os balanços
hídricos pelo lado da disponibilidade.
A ocupação da bacia do rio Paraopeba iniciou-se nas últimas décadas do século XVII,
incentivada, principalmente pela atividade minerária. A descoberta de ouro na região
motivou a ocupação do alto e médio trecho da bacia, nos municípios de Ouro Preto,
Tiradentes e Congonhas.
A cidade de Ouro Preto, apesar de não se situar na bacia do rio Paraopeba (situa-se na
vizinha bacia do rio das Velhas), foi um dos principais focos de atração populacional
durante o “ciclo do ouro”, desde o final do século 17 até meados do século 18 e
demonstra claramente o padrão de ocupação histórico da região. A cidade chegou a ser
a mais populosa da América Latina, contando com cerca de 40 mil pessoas em 1730 e,
décadas após, 80 mil. Àquela época, a população de Nova York era de menos da
metade desse número de habitantes e a população de São Paulo não ultrapassava 8
mil habitantes. Atualmente o município de Ouro Preto (que tem parte do seu território na
11Investimentos privados vagam ao sabor dos ventos do mercado internacional, das taxas de
câmbio e das políticas de incentivo, enquanto que promessas de campanha eleitoral possuem
uma estranha, porém recorrente tendência de não se realizar. Assim como vem, vão embora.
542
bacia) tem pouco mais de 70 mil habitantes (IBGE, Censo 2010) e uma vista da área
urbana da mesma pode ser observada na Figura 17.4.
543
Horizonte e que somava mais de 4 milhões de habitantes no censo de 2010. Alguns
municípios vieram a se tornar polos microrregionais, como Conselheiro Lafaiete,
Contagem e Betim.
A dinâmica populacional dos últimos 20 anos não apresenta quaisquer sinais evidentes
de grandes transformações em suas tendências no horizonte deste Plano, e deve
continuar refletindo os movimentos e tendências da indústria mineral, siderúrgica e
automotiva no Alto e Médio Paraopeba, bem como uma desaceleração populacional, e
mesmo uma retração, no Baixo. Sendo assim, as projeções populacionais adotaram os
dados dos três últimos censos nos municípios que possuem algum território na bacia do
rio Paraopeba. Foram definidas duas “projeções tendenciais”, recebendo essa
denominação uma vez que simplesmente extrapolam as taxas de crescimento médio
anual observadas entre os censos:
544
Quadro 17.4 - Projeções Populacionais (Horizonte 2040)
Densidade
Densidade Projeção da Projeção da
Área do Área do População Populacional Taxa Anual Taxa Anual
População População População Populacional População População
Microrregião Nome do Município Município Município na 2010 na 2010 na Média 1996- Média 2000-
1996 (hab.) 2000 (hab.) 2010 (hab.) 2010 2040 (Longo 2040 (Curto
(km²) Bacia (km²) Bacia (hab.) Bacia 2010 2010
(hab./km²) Prazo) Prazo)
(hab./km²)
Belo Horizonte 331,9 0,13 2.091.448 2.238.526 2.375.444 7.157,11 260 1.983,03 0,91% 0,60% 321 298
Contagem 195,2 110,38 492.350 538.017 603.048 3.089,39 173.859 1.575,14 1,46% 1,15% 242.603 226.035
Betim 346,8 342,47 249.451 306.675 377.547 1.088,66 377.228 1.101,50 3,00% 2,10% 745.238 608.524
Ribeirão das Neves 154,6 0,11 197.025 246.846 296.376 1.917,05 115 1.015,61 2,96% 1,85% 225 175
Ibirité 73,3 71,6 106.781 133.044 159.026 2.169,52 151.981 2.122,66 2,89% 1,80% 292.389 229.075
Nova Lima 429,7 0,29 56.960 64.387 81.162 188,88 227 783,61 2,56% 2,34% 406 386
Esmeraldas 912,3 842,04 33.934 47.090 60.153 65,94 46.058 54,7 4,17% 2,48% 117.966 80.884
Belo Horizonte
Igarapé 110,3 110,26 17.903 24.838 34.879 316,22 34.851 316,07 4,88% 3,45% 104.244 76.093
Brumadinho 634,3 635,76 24.336 26.614 34.013 53,62 33.520 52,73 2,42% 2,48% 58.100 58.931
Mateus Leme 303,4 302,51 20.720 24.144 27.856 91,81 27.855 92,08 2,14% 1,44% 45.296 38.704
Sarzedo 62,1 62,13 12.577 17.274 25.798 415,43 25.814 415,45 5,27% 4,09% 84.031 64.938
São Joaquim de Bicas 72,7 71,56 13.160 18.152 25.619 352,39 25.537 356,87 4,87% 3,51% 76.288 56.407
Juatuba 97,1 99,54 12.306 16.389 22.221 228,85 22.202 223,04 4,31% 3,09% 58.617 44.718
Mário Campos 35,3 35,2 7.269 10.535 13.214 374,33 13.192 374,81 4,36% 2,29% 35.215 22.214
Sete Lagoas 539 176,96 167.340 184.871 214.071 397,16 6.224 35,17 1,77% 1,48% 9.328 8.721
Matozinhos 253,6 0,01 26.722 30.164 32.973 130,02 0 6,52 1,51% 0,89% 0 0
Paraopeba 627 540,91 18.623 20.383 22.571 36 22.272 41,18 1,38% 1,02% 30.545 28.159
Papagaios 554,4 442,7 12.817 12.472 14.171 25,56 4.409 9,96 0,72% 1,29% 5.200 5.915
Caetanópolis 156,7 156,04 7.587 8.571 10.227 65,26 10.218 65,48 2,16% 1,78% 16.688 15.340
Capim Branco 94,5 0,05 7.070 7.900 8.880 93,97 0 3,22 1,64% 1,18% 0 0
Sete Lagoas
Cordisburgo 825,7 0,02 8.865 8.522 8.667 10,5 0 2,51 -0,16% 0,17% 0 0
Maravilhas 261,2 179,22 6.066 6.232 7.156 27,4 5.773 32,21 1,19% 1,39% 7.574 7.934
Inhaúma 245,1 245 4.688 5.195 5.781 23,59 5.760 23,51 1,51% 1,07% 8.127 7.365
Pequi 204,7 203,07 3.485 3.717 4.075 19,91 4.073 20,06 1,12% 0,92% 5.266 5.032
Cachoeira da Prata 61,4 61,38 3.713 3.780 3.654 59,51 3.654 59,53 -0,11% -0,34% 3.559 3.380
Fortuna de Minas 198,7 198,71 2.283 2.437 2.701 13,59 2.705 13,61 1,21% 1,03% 3.566 3.427
Conselheiro Lafaiete 371,3 359,17 94.538 102.836 116.527 313,84 116.418 324,13 1,50% 1,26% 164.143 155.191
Congonhas 306,4 303,22 38.767 41.256 48.550 158,45 48.519 160,01 1,62% 1,64% 70.220 70.555
Ouro Branco 260,6 150,14 29.783 30.383 35.260 135,3 33.544 223,41 1,21% 1,50% 44.264 47.240
Entre Rios de Minas 464,1 456,41 12.838 13.114 14.262 30,73 14.240 31,2 0,75% 0,84% 16.926 17.271
Conselheiro Lafaiete
Desterro de Entre Rios 371,2 204,17 6.781 6.807 7.002 18,86 1.843 9,03 0,23% 0,28% 1.943 1.967
Itaverava 283,6 16,97 6.579 6.388 5.798 20,44 210 12,36 -0,90% -0,96% 170 168
Cristiano Otoni 133,2 122,6 4.632 4.905 5.007 37,59 4.927 40,19 0,56% 0,21% 5.600 5.166
Santana dos Montes 197 0,01 4.043 3.944 3.822 19,4 0 2,07 -0,40% -0,31% 0 0
545
Densidade
Densidade Projeção da Projeção da
Área do Área do População Populacional Taxa Anual Taxa Anual
População População População Populacional População População
Microrregião Nome do Município Município Município na 2010 na 2010 na Média 1996- Média 2000-
1996 (hab.) 2000 (hab.) 2010 (hab.) 2010 2040 (Longo 2040 (Curto
(km²) Bacia (km²) Bacia (hab.) Bacia 2010 2010
(hab./km²) Prazo) Prazo)
(hab./km²)
São Brás do Suaçuí 110,7 110,02 3.229 3.282 3.512 31,73 3.513 31,93 0,60% 0,68% 4.033 4.105
Casa Grande 158,4 145,39 2.176 2.264 2.242 14,15 2.133 14,67 0,21% -0,10% 2.241 2.086
Queluzito 153,5 153,56 1.893 1.791 1.866 12,16 1.861 12,12 -0,10% 0,41% 1.818 2.045
Pará de Minas 552,6 172,98 68.585 73.007 84.252 152,46 4.309 24,91 1,48% 1,44% 6.042 5.991
Florestal 194,9 183,07 5.363 5.647 6.603 33,88 6.541 35,73 1,50% 1,58% 9.206 9.373
Pará de Minas
São José da Varginha 205,7 205,33 2.960 3.225 4.201 20,42 4.196 20,44 2,53% 2,68% 7.459 7.708
Onça de Pitangui 247,8 2,24 2.748 2.985 3.197 12,9 19 8,31 1,09% 0,69% 24 22
Curvelo 3.306,10 1.210,95 63.467 67.512 74.184 22,44 5.998 4,95 1,12% 0,95% 7.751 7.450
Curvelo Felixlândia 1.558,20 211,96 12.010 12.784 14.121 9,06 331 1,56 1,16% 1,00% 432 417
Morro da Garça 415,3 0,09 2.952 2.960 2.661 6,41 0 1,86 -0,74% -1,06% 0 0
Divinópolis Itaúna 497,3 58,74 70.919 76.862 85.396 171,72 565 9,62 1,34% 1,06% 766 720
Ouro Preto Ouro Preto 1.248,60 63,7 61.633 66.277 70.227 56,24 375 5,89 0,94% 0,58% 465 429
Itaguara 411,9 1,85 11.225 11.302 12.371 30,03 15 7,98 0,70% 0,91% 17 18
Itatiaiuçu 295,9 153,64 8.243 8.517 9.938 33,59 8.650 56,3 1,34% 1,55% 11.761 12.336
Belo Vale 366,5 365,29 6.955 7.429 7.536 20,56 7.530 20,61 0,57% 0,14% 8.591 7.782
Bonfim 309,7 301,87 7.206 6.866 6.816 22,01 6.818 22,59 -0,40% -0,07% 6.222 6.704
Itaguara Jeceaba 236,3 236,25 6.054 6.109 5.396 22,84 5.395 22,84 -0,82% -1,23% 4.466 4.055
Rio Manso 232,8 231,42 4.276 4.646 5.267 22,62 5.275 22,79 1,50% 1,26% 7.429 7.039
Crucilândia 167 166,86 4.294 4.477 4.749 28,44 4.753 28,49 0,72% 0,59% 5.609 5.444
Moeda 154,7 151,81 4.201 4.469 4.700 30,38 4.636 30,54 0,80% 0,51% 5.575 5.206
Piedade dos Gerais 261,4 259,39 4.037 4.274 4.645 17,77 4.638 17,88 1,01% 0,84% 5.840 5.616
Três Marias Pompéu 2.565,50 714,96 23.250 26.089 29.083 11,34 1.468 2,05 1,61% 1,09% 2.120 1.884
Carandaí 487,7 0,78 20.307 21.057 23.341 47,86 28 35,73 1,00% 1,04% 35 35
Barbacena
Caranaíba 160,5 0,03 3.587 3.478 3.288 20,49 0 10,92 -0,62% -0,56% 0 0
Lagoa Dourada 479,3 293,54 10.862 11.486 12.267 25,59 3.466 11,81 0,87% 0,66% 4.233 4.032
São João Del Rei
Resende Costa 633,3 131,01 9.783 10.336 10.918 17,24 462 3,52 0,79% 0,55% 553 524
Oliveira Piracema 281,1 2,7 6.306 6.509 6.406 22,79 25 9,36 0,11% -0,16% 26 24
Total Geral 25.861,10 12.030,15 4.231.961 4.672.048 5.206.694 201,33 1.300.491 108,1 1,39% 1,08% 2.356.776 1.991.259
FONTE: COBRAPE, 2018.
546
17.5.2. Evolução das Atividades Produtivas e Mudanças no Uso do Solo
A bacia do rio Paraopeba abriga uma intensa atividade produtiva que reflete tanto as
suas origens no setor mineral como a modernização industrial já no final do século 19,
quanto o surgimento da RMBH no século 20. Mais recentemente surge também a
agricultura moderna com incorporação de tecnologia (pivôs de irrigação) e o setor
agroindustrial. Essas atividades se destacam como as que se utilizam intensamente de
recursos hídricos a bacia, juntamente com o setor de saneamento (abastecimento de
água) tanto para as populações locais, mas também com a transposição de vazões para
a RMBH.
17.5.2.1. Industrial
547
Taxa Média Taxa Média
População População População
Microrregião Anual Anual
1996 (hab.) 2000 (hab.) 2010 (hab.)
(1996-2010) (2000-2010)
548
Figura 17.5 - Pivô de Irrigação de Grama em Paraopeba
Quando se observa a evolução histórica das áreas plantadas nas microrregiões com
territórios municipais na bacia do rio Paraopeba nota-se uma estabilidade marcante.
Observando a Figura 17.7 fica claro que neste século as áreas plantadas somam cerca
de 250 mil hectares, ficando neste patamar com pequenas variações. Nota-se também
uma tendência recente de decréscimo das lavouras de milho e cana, e de crescimento
das áreas plantadas com soja e trigo, principalmente desde 2010.
549
Figura 17.6 - Evolução das Áreas Agrícolas e Culturas nas Microrregiões da bacia do Rio
Paraopeba (2000-2016)
550
área na bacia do rio Paraopeba. As séries históricas da área plantada por tipo de cultura
em cada município foram obtidas da PAM – Pesquisa Agropecuária Municipal, IBGE,
para o período de 2000 a 2017.
17.5.2.3. Pecuária
551
Quadro 17.7 - Séries Históricas dos Rebanhos nas Microrregiões da Bacia do Rio Paraopeba (2000-2017)
N° de Cabeças
Ano
Bovinos Bubalino Equino Caprino Suíno Ovino Galináceos Codornas
2000 2.432.734 3.290 107.699 8.848 431.997 7.250 31.764.049 45.431
2001 2.450.587 3.602 105.003 9.254 460.345 7.183 32.269.827 51.257
2002 2.350.449 4.668 104.324 8.206 486.381 8.138 29.260.441 46.727
2003 2.358.913 4.857 107.983 7.899 485.678 10.698 28.090.938 44.652
2004 2.372.364 5.002 106.183 7.537 498.755 16.027 32.172.059 41.832
2005 2.272.809 5.238 101.703 6.829 502.103 15.623 31.150.964 42.673
2006 2.366.776 6.246 101.254 7.247 502.612 18.726 27.242.071 45.426
2007 2.338.547 8.136 100.613 8.014 521.982 27.792 28.418.623 40.964
2008 2.377.055 8.745 99.516 8.724 529.384 27.609 28.210.727 87.044
2009 2.335.235 8.871 96.934 8.701 568.481 27.585 32.559.336 90.635
2010 2.352.236 9.724 95.780 8.047 561.349 25.409 32.603.812 81.129
2011 2.504.324 12.398 97.913 9.207 605.636 28.204 46.487.860 74.251
2012 2.505.747 13.300 100.041 8.946 652.596 26.994 47.180.562 68.629
2013 2.539.410 14.250 97.250 8.966 671.948 27.190 46.502.814 68.247
2014 2.463.278 14.169 103.926 8.343 689.671 23.891 52.955.215 32.879
2015 2.452.743 16.081 108.722 7.082 671.716 30.759 49.570.838 32.106
2016 2.559.019 14.644 108.251 6.055 713.151 29.169 49.066.758 28.683
2017 2.462.041 15.855 115.338 7.308 818.079 20.032 51.660.946 20.460
FONTE: COBRAPE, 2018 com dados da Pesquisa da Pecuária Municipal, 2000 a 2017.
552
Figura 17.8 - Séries Históricas dos Rebanhos nas Microrregiões da Bacia do Rio
Paraopeba (2000-2017)
FONTE: COBRAPE, 2018 com dados da Pesquisa da Pecuária Municipal, 2000 a 2017.
De acordo com essas séries históricas, percebe-se uma relativa estabilidade no rebanho
em geral, com algumas exceções importantes. Enquanto que o número de cabeças de
bovinos tem evoluído lentamente, situando-se em torno dos 2,5 milhões de cabeças em
todas as microrregiões da bacia, o rebanho de suínos e galináceos tem apresentado
uma aceleração marcante, principalmente na última década.
O impacto dessa evolução sobre os recursos hídricos tem diversas dimensões, desde
o crescimento das demandas de água para dessedentação animal até a carga orgânica
gerada pelo rebanho no pasto ou confinado. Ambas podem ser estimadas e projetadas
em sua tendência a partir da determinação do BEDA – Bovino Equivalente para a
Demanda de Água, que aqui foi decomposto em dois componentes: o BEDA referente
ao rebanho de pasto (bovinos, bubalinos, equinos e caprinos); e o BEDA referente ao
rebanho confinado (suínos, galináceos e codornas). O
9
Quadro 17.8 apresenta as taxas de projeção de curto prazo e de longo prazo para
ambas as categorias de demandas.
554
Quadro 17.8 - Taxas de Projeção Tendencial da Pecuária
Belo Horizonte 1.282,41 1.235,92 1.165,20 1.051,77 -1,23% -1,69% 32,62 12,37 9,38 8,94 -7,77% -0,79%
Conselheiro
661,19 609,84 585,01 726,15 0,59% 3,67% 2,16 2,15 1,61 2,89 1,83% 10,25%
Lafaiete
Curvelo 2.731,21 2.914,84 2.924,88 2.675,54 -0,13% -1,47% 4,05 3,11 1,67 5,77 2,23% 22,89%
Divinópolis 2.201,34 2.051,40 2.091,51 2.594,72 1,03% 3,66% 20,90 26,56 27,36 46,97 5,19% 9,43%
Itaguara 738,39 610,71 690,90 824,56 0,69% 2,99% 2,56 2,36 1,75 1,35 -3,94% -4,24%
Oliveira 1.539,56 1.427,18 1.427,73 1.724,70 0,71% 3,20% 4,57 7,00 6,90 9,18 4,46% 4,88%
Ouro Preto 199,43 248,69 267,62 295,13 2,48% 1,64% 0,87 1,01 1,10 2,82 7,63% 16,96%
Pará de Minas 802,61 827,61 855,39 931,63 0,94% 1,43% 33,07 49,36 59,45 71,38 4,93% 3,10%
São João Del
1.542,22 1.031,12 1.190,59 1.507,96 -0,14% 4,02% 4,00 4,22 4,52 7,40 3,92% 8,55%
Rei
Sete Lagoas 2.561,53 2.388,47 2.462,19 2.431,77 -0,32% -0,21% 11,53 14,42 18,79 21,96 4,11% 2,63%
Três Marias 2.328,20 2.327,28 2.504,99 2.663,28 0,84% 1,03% 2,98 4,58 4,86 4,06 1,96% -2,95%
Total Geral 17.533,05 16.409,73 16.971,78 18.513,19 0,34% 1,46% 123,53 130,22 140,44 196,12 2,93% 5,72%
FONTE: COBRAPE, 2018 com dados da Pesquisa da Pecuária Municipal, 2000 a 2017.
555
17.5.2.4. Mineração
Em toda a Bacia do rio Paraopeba, mas com uma grande concentração no médio
Paraopeba, a mineração é uma atividade produtiva da maior importância que
caracteriza, em grande medida, a dinâmica econômica não só da bacia, mas também
do Estado de Minas Gerais e até do Brasil em seu papel global de exportador de
minérios. Embora o portfólio dos minerais explorados na bacia seja extenso, a produção
de minério de ferro é, de longe, a atividade mineral de maior destaque, assim como as
demandas de água e os impactos sobre o uso do solo e do subsolo, com rebatimentos
importantes nos recursos hídricos.
12http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia-mineral/anuario-
mineral/anuario-mineral-estadual/minas-gerais/anuario-mineral-estadual-minas-gerais-anos-
base-2010-2014:
556
produz o ferro gusa, o aço e outros subprodutos (Figura 17.11 e Figura 17.12). Parte
destes produtos é exportada e parte atende ao mercado interno nacional.
O rebatimento dos impactos desse setor sobre os recursos hídricos é importante e muito
variado. As demandas de água das empresas de mineração se caracterizam como os
maiores valores outorgados na bacia, comparados aos valores das outorgas de
abastecimento público da região metropolitana de Belo Horizonte.
O setor mineral do ferro gera também impactos indiretos sobre a bacia do rio Paraopeba
no aspecto qualitativo das águas. A produção do ferro gusa, que é intensa na região,
está associada a extensas áreas de florestas plantadas, ou reflorestamentos, nos
trechos médio e baixo da bacia para a produção de carvão vegetal (principalmente
eucalipto, como pode ser observado na Figura 17.10) utilizado como insumo no
processo. Os reflorestamos produzem modificações da cobertura do solo e por ocasião
dos cortes, contribuem para um aumento de sedimentos, fósforo e nitrogênio que
ocorrem como poluição difusa.
O setor também produz riscos significativos aos rios, aos ecossistemas aquáticos e às
populações ribeirinhas. As barragens dos rejeitos da mineração merecem atenção
constante, visto que acidentes ocorrem e suas consequências são devastadoras, como
recentemente se viu em Brumadinho, e numa bacia vizinha à do Paraopeba, a do rio
Doce.
557
Figura 17.11 - Indústria de Carvão no Baixo Paraopeba
Figura 17.12 - Caminhão com Carga de Carvão Vegetal na BR-040, em Ribeirão das Neves
558
Com base em relatórios incompletos da ANM – Agência Nacional de Mineração13 foi
possível estimar o ritmo de crescimento da produção do minério de ferro bruto no Estado
de Minas Gerais para os períodos de 1996 a 2008 e de 2010 a 2014. Uma vez que o
minério de ferro é representativo das maiores demandas de água associadas ao setor
de mineração na bacia do rio Paraopeba, e que aparentemente deve continuar assim,
os estudos prospectivos consideraram que o rimo tendencial de crescimento do setor
seria representado pelas taxas médias anuais de crescimento da produção de ferro.
Esses valores estão mostrados no Quadro 17.9.
Taxas Médias
Fator de Evolução
Projeção Período Anuais de Evolução
(2017-2040)
(produção bruta)
Além dessa incerteza sobre a evolução futura dos mercados para a exportação mineral
brasileira, há também os limites de exaustão das lavras em exploração e das
prospecções sobre novas lavras. De acordo com notícias veiculadas em maio de 2018,
a Vale informou à agência controladora das bolsas de valores dos Estados Unidos suas
expectativas de exaustão das minas que operam no Brasil. O Quadro 17.10 apresenta
as datas de exaustão previstas.14
13 http://www.anm.gov.br/dnpm/publicacoes/serie-estatisticas-e-economia-mineral/anuario-
mineral/anuario-mineral-estadual/minas-gerais/anuario-mineral-estadual-minas-gerais-anos-
base-2010-2014
14 https://www.defatoonline.com.br/ao-mercado-internacional-vale-preve-exaustao-das-minas-
559
Data de
Participação da
Sistema Tipo Operando desde exaustão
Vale (%)
prevista (1)
Serra Sul A céu aberto 2016 2046 100
Serra Leste A céu aberto 2014 2060 100
(1)
Indica a vida útil da mina operacional, com a data de exaustão mais longa prevista no
complexo.
FONTE: Relatório ao Mercado Internacional, Vale, 2018.
Segundo as notícias citadas acima, a Vale cita que as minas de Itabira que começaram
a produzir em 1957 e ainda se encontram em operação, têm data prevista de exaustão
em 2028, e que algumas das minas do “Sistema Sul” da Vale poderiam estar chegando
ao fim ainda do horizonte deste Plano. Segundo a reportagem, a Vale deverá concentrar
gradativamente suas atenções para as operações no norte do país (Sistema Norte).
Supondo que a desativação da mina de Itabira possa implicar numa intensificação, ainda
que temporária, das minas do Sistema Sul, com algumas minas situadas na Bacia do
rio Paraopeba, cabe analisar o seu possível impacto. Isso será feito a partir de
simulações do potencial de expansão do setor mineral na bacia, a ser articulado pelos
cenários alternativos.
560
17.6. Cenários Alternativos
Mas, uma vez que tais situações na realidade nunca ocorreram, a dificuldade desses
cenários reside justamente no fato de que não há, essencialmente, registros sobre essa
situação, portanto não há dados concretos e específicos em que basear suas projeções.
Sob esse aspecto os cenários alternativos são especulações acerca do que pode
ocorrer no futuro. No caso da metodologia de prospecção aqui aplicada, isso significa
que as trajetórias diferenciadas em relação aos cenários tendenciais devem ser
baseadas em algum tipo de inferência racionalizável, como vetores de desenvolvimento
e indicadores indiretos de crescimento populacional.
Por meio das articulações de cada uma dessas áreas, foram definidos cenários
alternativos de uso e ocupação do solo, que correspondem a hipóteses adotadas em
cada um dos cenários. Os diferentes mapas de uso e ocupação do solo associados aos
cenários alternativos servem para determinar as áreas que cada atividade teria o
potencial de ocupar, em algum horizonte futuro, que pode estar situado muito além do
horizonte do Plano.
561
como agente inibidor de poluição, uma vez que serve como barreira natural dos corpos
hídricos.
As Áreas de Proteção Ambiental são geralmente extensas, com certo grau de ocupação
humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem
como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de
ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
Desta forma, nos Cenários Alternativos todas as Áreas de Proteção serão consideradas
como Restrição Ambiental, conforme exposto na Figura 17.14. Essa “Restrição
Ambiental” terá como a finalidade gerar as articulações entre os usos do solo
apresentadas no item 17.7.
562
45°0'0"O 44°0'0"O
Restrição Ambiental
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Unidades de Conservação !
P Principais Sedes Municipais
Limite Municipal
Áreas de Preservação Permanente
Hidrografia Principal
Reservatórios
Limite SF3: Rio Paraopeba
Declividade > 45º
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Hidrografia
FONTE: COBRAPE, 2018.
17.6.2. Áreas de Mineração
Devido à importância do setor de mineração na Bacia, esta atividade também será uma
das variáveis articuladas nos cenários. Conforme já apresentado no Produto RP02 -
Revisão do Relatório do Diagnóstico da Bacia do Rio Paraopeba, os principais minerais
extraídos na Bacia são: o minério de ferro, o manganês, a ardósia, a argila e a extração
de areia.
564
45°0'0"O 44°0'0"O
Áreas de Mineração
(Lavras)
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Lavras de Mineração !
P Principais Sedes Municipais
Limite Municipal
Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
A terceira articulação que será utilizada nos Cenários Alternativos são as Áreas Críticas
apresentadas no item 9.4 do RP02 - Revisão do Relatório do Diagnóstico da Bacia do
Rio Paraopeba, e replicada no Quadro 17.11.
Desta forma, foram consideradas como Áreas Críticas todas as ottobacias nível 8 que
estão classificadas como 1 ou 2, no caso do Balanço Hídrico Qualitativo; e que estão
classificadas como 3 ou 4, no caso do Balanço Hídrico Quantitativo. Essas estão
apresentadas na Figura 17.16 abaixo.
566
45°0'0"O 44°0'0"O
Áreas Críticas
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Áreas Críticas !
P Principais Sedes Municipais
Limite Municipal
Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
A articulação realizada entre os usos do solo, a fim de gerar os diversos cenários, pode
ser exemplificada através da Figura 17.17. E o resultado dessas articulações pode ser
observado através das Figura 17.18, Figura 17.19 e Figura 17.20.
568
45°0'0"W 44°0'0"W
Cenário Alternativo 1
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
op
P
!
eb
Belo Horizonte
a
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda
Convenções Cartográficas
Área Urbana Agricultura ou Pastagem P Principais Sedes Municipais
!
Áreas de Mineração Pastagem Limite Municipal
Áreas de Restrição Ambiental Florestas Plantadas Hidrografia Principal
USO DO SOLO
Vegetação Campestre Limite SF3: Rio Paraopeba
Áreas não Vegetadas
Formações Florestais Municípios SF3: Rio Paraopeba
Corpos d'água
Formações Savanicas Rodovias Federais
Agricultura Reservatório
Formações Naturais não Florestais
Cenário Alternativo 2
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
op
P
!
eb
Belo Horizonte
a
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda
Convenções Cartográficas
Área Urbana Agricultura ou Pastagem P Principais Sedes Municipais
!
Áreas de Restrição Ambiental Pastagem Limite Municipal
Áreas de Mineração Florestas Plantadas Hidrografia Principal
USO DO SOLO
Vegetação Campestre Limite SF3: Rio Paraopeba
Áreas não Vegetadas
Formações Florestais Municípios SF3: Rio Paraopeba
Corpos d'água
Formações Savanicas Rodovias Federais
Agricultura Reservatório
Formações Naturais não Florestais
Cenário Alternativo 3
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
op
P
!
eb
Belo Horizonte
a
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda
Convenções Cartográficas
Área Urbana Agricultura ou Pastagem P Principais Sedes Municipais
!
Áreas de Restrição Ambiental Pastagem Limite Municipal
Áreas Críticas Florestas Plantadas Hidrografia Principal
Áreas de Mineração
Vegetação Campestre Limite SF3: Rio Paraopeba
USO DO SOLO
Formações Florestais Municípios SF3: Rio Paraopeba
Áreas não Vegetadas
Formações Savanicas Rodovias Federais
Corpos d'água
Formações Naturais não Florestais Reservatório
Agricultura
FONTE: COBRAPE, 2018.
A partir dessas três articulações dos Cenários Alternativos, definiram-se os seguintes
critérios:
• Nas demais regiões onde não está imposta nenhuma restrição, as demandas ou
as cargas poluidoras crescem conforme as taxas de projeção dos Cenários
Tendenciais.
572
riscos são calculados com base em probabilidades, ou seja, são determinados a partir
de estatísticas de registros de dados.
Vale notar também que as demandas consideradas nesta análise de risco incluem as
demandas superficiais e subterrâneas, sem distinção entre elas. Para as cargas
poluidoras admite-se que as condições de poluição de cada célula não se propagam
além dela, assim o Nível de Risco (NR) é calculado a partir da permanência da maior
vazão necessária para a diluição das cargas poluidoras de modo a deixar as
concentrações dentro do enquadramento vigente definido pela Deliberação Normativa
COPAM Nº 14/95 e com os usos identificados (Resolução CONAMA nº 357/2005).
573
Caracterização do Risco
Demanda ou Demanda ou
Nível de Risco Face aos Instrumentos de
Carga Poluidora ≥ Carga Poluidora ≤
Gestão
Risco baixo, mas acima do
3 Q7,10 Q95% limite de aplicação do
instrumento de outorga.
• Q95%, Q70%, Q50% e Q100% se referem às vazões com permanência de 95%, 70%,
50% e 100% do tempo, respectivamente. A Q100% corresponde à vazão mínima;
• A vazão 30% da Q7,10 corresponde ao atual critério de outorga de captações no
Estado de Minas Gerais;
• A vazão Q70% foi adotada como o valor limite da capacidade de regularização
utilizando reservatórios de pequeno ou médio porte, dentro da capacidade de
regularização intra-anual.
574
algumas das células com balanços negativos podem facilmente ser supridas por células
vizinhas, o que realmente se observa. Portanto, esse nível de análise funciona somente
para organização dos dados, como forma de agregação dos dados e facilidade de
utilização da metodologia OLAP. Outros níveis intermediários de agregação podem ser
utilizados, como por exemplo, as ottobacias de níveis 8 ou 9.
575
18. ESTIMATIVAS DOS CENÁRIOS
A projeção das demandas hídricas teve como ponto de partida as demandas hídricas
captadas totais dispostas no RP02 - Revisão do Relatório do Diagnóstico da Bacia do
Rio Paraopeba, para cada um dos setores usuários: abastecimento público, indústria,
pecuária, agricultura, mineração, pesca e aquicultura e urbanização e paisagismo.
576
há uma diminuição baseada na Restrição Ambiental imposta. Desta forma, nas células
onde há restrição ambiental a demanda de abastecimento público permanece conforme
o padrão atual. Os resultados das demandas de abastecimento público para os Cenários
Alternativos estão apresentados no Quadro 18.2.
577
Quadro 18.2 - Demandas de Abastecimento Público – Cenários Alternativos
Demanda Atual
Sub-bacia Total Captada Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de
(L/s) Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo
Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada
(L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s)
578
18.1.2. Industrial
579
Quadro 18.4 - Demandas Industriais – Cenários Alternativos
Demanda Atual
Sub-bacia Total Captada Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de
(L/s) Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo
Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada
(L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s)
580
18.1.3. Agroindustrial
581
Quadro 18.6 - Demandas Agroindustrial – Cenários Alternativos
Demanda Atual
Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de
Sub-bacia Total Captada
Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo
(L/s)
Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada
(L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s)
582
18.1.4. Pecuária
Para os Cenários Alternativos a demanda pecuária varia com as taxas dos Cenários
Tendenciais, havendo uma diminuição baseada nas Restrições Ambientais e nas Áreas
Críticas impostas. Desta forma, nas células onde há restrição ambiental a demanda
agropecuária permanece conforme o padrão atual, e onde estão localizadas as Áreas
Críticas do Cenário Atual as demandas se restringem à Q7,10. Os resultados da demanda
pecuária para os Cenários Alternativos estão apresentados no Quadro 18.8.
583
Quadro 18.8 - Demanda Pecuária – Cenários Alternativos
Demanda Atual
Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de
Sub-bacia Total Captada
Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo
(L/s)
Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada
(L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s)
584
18.1.5. Mineração
585
Quadro 18.10 - Demandas de Mineração – Cenários Alternativos
Demanda Atual
Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de Demanda de
Sub-bacia Total Captada
Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo
(L/s)
Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada Total Captada
(L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s) (L/s)
586
18.2. Projeções das Cargas Poluidoras
587
Quadro 18.11 - Informações dos Planos Municipais de Saneamento Básico
A principal deficiência da ETE, apontadas pela prestadora e pela população, é o processo de secagem do lodo e o controle
Curvelo do odor durante o processo. Existem áreas, no perímetro da ETE, que podem servir para uma futura ampliação dos
mecanismos que compõem o sistema.
Segundo a Prefeitura Municipal, o município conseguiu um recurso de R$ 4.390.290,76, disponibilizado pela Fundação
Nacional de Saúde (FUNASA), para a construção de uma ETE na sede municipal, sendo que já conta com um local adequado
Entre Rios de Minas para a sua construção. Entretanto, o projeto não foi aceito por não atender à demanda de efluentes líquidos gerados no
município, devido a um erro de cálculo. Atualmente, já foi liberada a primeira parcela do Termo de Compromisso - TC/PAC
n.º 092/2012 -, que deverá constar como “obras em fase de ajustes com recursos já aprovados”.
Segundo informações disponibilizadas pela COPASA, não são realizadas análises da qualidade da água dos corpos
Igarapé receptores do Município de Igarapé, e até o momento não há previsão de instalação da ETE para tratar os esgotos gerados
pela população.
A construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), no Distrito Industrial – C.D.I, teve seu início em abril de 2012 e
Itaúna
visa a recuperação ambiental do Rio São João.
588
Município Situação Prevista
Não há Estação de Tratamento de esgotos. De acordo com informações da Secretaria, não existem registros ou
Jeceaba
documentos oficiais relacionados ao cadastro das solicitações dos serviços de esgotamento sanitário.
Com relação ao esgotamento sanitário, o maior gargalo do município é o término da construção da Estação de Tratamento
Ouro Preto de Esgoto – ETE e construção dos interceptores para interligação das redes coletoras de esgoto, já instaladas na sede do
município, retirando todo o efluente que hoje é lançado in natura nos corpos hídricos do município.
Distrito Sede: A ETE está em funcionamento contemplando a 1.ª etapa com capacidade de tratamento para 180 l/s. Existe a
Pará de Minas previsão de implantação da 2ª etapa para tratamento de 240 l/s. Além da ampliação necessária, será considerada a
necessidade de investimento na atual ETE para que ocorra a correta queima do gás gerado no processo de tratamento.
Objetivo: Ampliar os SES na Sede Municipal, considerando a demanda atual e futura, tendo em vista a ampliação da rede
Pequi
coletora e ampliação da estação de tratamento para 100% da Sede;
Queluzito O PMSB Indica ao município a ampliação da ETE e da rede coletora, separando-a da rede de drenagem pluvial.
Objetivo do PMSB ao longo do horizonte de planejamento de 20 anos: Instalação de Estação de tratamento de esgoto para
São Bras do Suaçui
a população da Sede.
589
Quadro 18.12 - Informações de Investimento Previsto da COPASA
No que se refere aos índices de coleta e tratamento urbano, utilizou-se os índices atuais,
com exceção dos municípios com previsão de construção de uma ETE dentro do
horizonte do PMSB e que possuem atualmente o ICT igual a zero. Situação que ocorre
em Entre Rios de Minas, Itaúna, Ouro Preto e São Brás do Suaçui. Nesses casos, foi
considerado que o índice coletado e não tratado atual corresponderia ao ICT no ano de
2035. Nos demais casos não houve alteração.
590
sendo que na projeção de longo prazo, as cargas são pouco maiores que na de curto
prazo. Nos dois cenários, mais da metade da carga gerada é sempre referente ao setor
doméstico e em todas as sub-bacias, sendo que o setor industrial também tem alta
representatividade, sobretudo no Alto Paraopeba.
591
todos os usuários de água convivem com um risco de não atendimento da demanda no
sistema de gestão, sendo que esse risco tem uma relação direta com a permanência da
vazão observada na série histórica disponível.
Como o intuito principal da COBRAPE era utilizar a mesma base de dados em todas as
etapas do Plano, para manter a homogeneidade das informações, a equipe técnica
avaliou diferentes formas para se apropriar da regionalização da bacia, sem descartar
as curvas de permanência de vazões.
Os dados das estações fluviométricas utilizadas para a realização dos cálculos, assim
como o período (em anos) das séries históricas, são apresentados no Quadro 18.15.
Órgão Período
Código Sub-bacia Nome Latitude Longitude
Responsável (anos)
4071000
Baixo BELO VALE -20,4083 -44,0217 ANA 1967 - 2007
0
4074000 ALBERTO
Médio -20,1545 -44,1643 ANA 1967 - 2007
0 FLORES
4085000 PONTE DA
Alto -19,4226 -44,5474 ANA 1967 - 2007
0 TAQUARA
FONTE: Hidroweb, 2018.
592
Figura 18.1 - Curva de Permanência de Vazões Específicas do Rio Paraopeba
593
Baixo (40710000) Médio (40740000) Alto (40850000)
Permanência
(L/s.km²) (L/s.km²) (L/s.km²)
A avaliação dos NRs dos cenários foi feita utilizando as 73 ottobacias no nível 6, como
mostra a Figura 18.2. Esta escala de análise permitiu identificar aquelas sub-bacias
hidrográficas nas quais, segundo os cenários concebidos, os níveis de risco tendem a
aumentar significativamente no horizonte do Plano.
594
45°0'0"O 44°0'0"O
Ottobacias Nível 6
Curvelo
!
P
749622
749619 749626
749621 749627 749629
749623 749625
749628
749631 749624
19°0'0"S 19°0'0"S
749632 749633
Pompéu 749635
!
P
749636
749637 749638
749634
749639
749645 749647
749651 749648
749646
749649
Esmeraldas
749652 749653 !
P
749654
Pará de Minas
!
P
749655 Belo Horizonte
749657
749658
!
P !
P
20°0'0"S Contagem Ibirité 20°0'0"S
749656
!
P
Itaúna 749659
!
P
749671
749661
749662 749673
749663
749664
749672
749666 749667 749675
Ouro Preto
749668
749669
749677 !
P
749676
749694
749674 749679 Congonhas
749695
749693 !
P 749696
749678 749691
BA
MT 749697
749681
DF 749682 749683 Conselheiro
749699 Lafaiete
GO
!
P
749685 749698
749692
749688 749687
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Convenções Cartográficas
!
P Principais Sedes Municipais
Limite Municipal
Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
596
Quadro 18.17 - Níveis de Risco do Balanço Quantitativo nos Cenários
Cenários Tendenciais Cenário Alternativo 1 Cenário Alternativo 2 Cenário Alternativo 3
Relação à Área
% da Otto6 em
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Total
Sub- Ottobacias
Nome do Rio
bacias Nível 6
597
Cenários Tendenciais Cenário Alternativo 1 Cenário Alternativo 2 Cenário Alternativo 3
Relação à Área
% da Otto6 em
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Total
Sub- Ottobacias
Nome do Rio
bacias Nível 6
Córrego Santo
749694 0,37% 7 8 7 8 7 7 4 4
ALTO Antônio ou Lagarto
ALTO 749695 Rio Maranhão 0,76% 7 7 7 7 7 7 6 6
ALTO 749696 Ribeirão Soledade 2,04% 7 7 6 6 6 6 1 2
ALTO 749697 Rio Maranhão 0,26% 0 3 0 0 0 0 0 0
ALTO 749698 Ribeirão Bananeiras 0,82% 5 5 4 4 4 4 4 4
ALTO 749699 Rio Ventura Luís 1,28% 8 7 6 6 6 6 3 3
MÉDIO 749641 Ribeirão São João 0,01% 0 0 0 0 0 0 0 0
MÉDIO 749642 Ribeirão São João 2,77% 4 5 4 4 4 4 0 1
Ribeirão dos
749643 0,52% 4 4 4 4 1 1 1 1
MÉDIO Macacos
Córrego Riacho
749644 0,25% 0 0 0 0 0 0 0 0
MÉDIO Fundo
Ribeirão dos
749645 0,55% 3 4 3 3 2 2 2 2
MÉDIO Macacos
Córrego Carreira
749646 0,17% 0 1 0 1 0 1 0 0
MÉDIO Comprida
Ribeirão dos
749647 0,05% 0 0 0 0 0 0 0 0
MÉDIO Macacos
Ribeirão dos
749648 1,33% 7 7 7 7 7 7 0 0
MÉDIO Macacos
MÉDIO 749649 Ribeirão do Cipó 1,39% 2 3 1 2 1 1 1 1
MÉDIO 749651 Rio Paraopeba 5,27% 7 7 6 7 4 4 3 3
Ribeirão Cova
749652 1,77% 0 0 0 0 0 0 0 0
MÉDIO d'Anta
598
Cenários Tendenciais Cenário Alternativo 1 Cenário Alternativo 2 Cenário Alternativo 3
Relação à Área
% da Otto6 em
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Total
Sub- Ottobacias
Nome do Rio
bacias Nível 6
599
Cenários Tendenciais Cenário Alternativo 1 Cenário Alternativo 2 Cenário Alternativo 3
Relação à Área
% da Otto6 em
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Total
Sub- Ottobacias
Nome do Rio
bacias Nível 6
600
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo Curvelo
!
P !
P
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
Pará de Minas Pará de Minas
!
P !
P
Belo Horizonte Contagem Belo Horizonte
Contagem !
P
!
P !
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S 20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P !
P
Itaúna Itaúna
!
P !
P
Congonhas Congonhas
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Caracterização do Risco Caracterização do Risco
Legenda Nível de Risco
Demanda ou Carga
Poluidora ≥
Demanda ou Carga
Poluidora ≤
Face aos Instrumentos de Nível de Risco
Demanda ou Carga Demanda ou Carga
Face aos Instrumentos de
Níveis de Risco - Cenários
Gestão Poluidora ≥ Poluidora ≤
Gestão Convenções Cartográficas
Risco alto, acima da faixa da
Tendenciais 0 0 30% da Q7,10 Risco nulo aplicação de volumes de !
P Principais Sedes Municipais
5 Q70% Q50% regularização intra-anuais
0 Risco praticamente nulo,
e/ou a criação de políticas de
Limite Municipal
demanda/vazão de diluição
gestão da demanda
1
1 30% da Q7,10 Q100%
menor que a vazão mínima
registrada ou da dentro da
Risco alto e frequente, Hidrografia Principal
2 faixa de referência para o exigindo controle da demanda
3
instrumento de outorga. 6 Q50% QMÉDIA e a necessidade de prever Limite SF3: Rio Paraopeba
Risco muito baixo, grandes volumes de
4 2 Q100% Q7,10
demanda/vazão de diluição
dentro da faixa de referência
regularização. Reservatório
para o instrumento de Risco muito alto, exige
5 outorga. gestão integrada de Municípios SF3: Rio Paraopeba
Risco baixo, mas acima do 7 QMÉDIA Q10% demanda/vazão de diluição e
6 3 Q7,10 Q95% limite de aplicação do disponibilidade em escala
instrumento de outorga.
regional.
7 Risco médio, acima da faixa
Risco muito alto, incompatível
8 4 Q95% Q70%
de referência para o
instrumento de outorga, 8 Q10% Sem limite com os sistemas de gestão
FONTE: COBRAPE, 2018.
porém abaixo do limite de de recursos hídricos.
regularização.
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo Curvelo
!
P !
P
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
Pará de Minas Pará de Minas
!
P !
P
Belo Horizonte Belo Horizonte
Contagem Contagem
!
P !
P !
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S 20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P !
P
Itaúna Itaúna
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S
2 Q100% Q7,10
demanda/vazão de diluição
dentro da faixa de referência
regularização. Reservatório
4 para o instrumento de Risco muito alto, exige
outorga. gestão integrada de Municípios SF3: Rio Paraopeba
5 Risco baixo, mas acima do 7 QMÉDIA Q10% demanda/vazão de diluição e
6 3 Q7,10 Q95% limite de aplicação do
instrumento de outorga.
disponibilidade em escala
regional.
7 Risco médio, acima da faixa
de referência para o Risco muito alto, incompatível FONTE: COBRAPE, 2018.
8 Q10% Sem limite com os sistemas de gestão
8 4 Q95% Q70% instrumento de outorga,
porém abaixo do limite de de recursos hídricos.
regularização.
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo Curvelo
!
P !
P
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
Pará de Minas Pará de Minas
!
P !
P
Belo Horizonte Belo Horizonte
Contagem Contagem
!
P !
P !
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S 20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P !
P
Itaúna Itaúna
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S
2 Q100% Q7,10
demanda/vazão de diluição
dentro da faixa de referência
regularização. Reservatório
4 para o instrumento de Risco muito alto, exige
outorga. gestão integrada de Municípios SF3: Rio Paraopeba
5 Risco baixo, mas acima do 7 QMÉDIA Q10% demanda/vazão de diluição e
6 3 Q7,10 Q95% limite de aplicação do
instrumento de outorga.
disponibilidade em escala
regional.
7 Risco médio, acima da faixa
Risco muito alto, incompatível
de referência para o
8 Q10% Sem limite com os sistemas de gestão
FONTE: COBRAPE, 2018.
8 4 Q95% Q70% instrumento de outorga,
porém abaixo do limite de de recursos hídricos.
regularização.
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo Curvelo
!
P !
P
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
Pará de Minas Pará de Minas
!
P !
P
Belo Horizonte Belo Horizonte
Contagem Contagem
!
P !
P !
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S 20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P !
P
Itaúna Itaúna
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 DATUM: SIRGAS 2000
21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S 21°0'0"S
2 Q100% Q7,10
demanda/vazão de diluição
dentro da faixa de referência
regularização. Reservatório
4 para o instrumento de Risco muito alto, exige
outorga. gestão integrada de Municípios SF3: Rio Paraopeba
5 Risco baixo, mas acima do 7 QMÉDIA Q10% demanda/vazão de diluição e
6 3 Q7,10 Q95% limite de aplicação do
instrumento de outorga.
disponibilidade em escala
regional.
7 Risco médio, acima da faixa
de referência para o Risco muito alto, incompatível FONTE: COBRAPE, 2018.
8 Q10% Sem limite com os sistemas de gestão
8 4 Q95% Q70% instrumento de outorga,
porém abaixo do limite de de recursos hídricos.
regularização.
A análise dos resultados do balanço hídrico quantitativo a partir dos Níveis de Risco
(Quadro 18.17) revela uma situação desafiadora para o sistema de gestão de recursos
hídricos na bacia do rio Paraopeba, principalmente nos seus trechos alto e médio. Os
cenários tendenciais, tanto de curto prazo como de longo prazo, justamente por não
considerarem qualquer tipo de restrição à expansão tendencial das demandas, indicam
que somente em cerca de 1/3 da área da bacia (34%) as demandas projetadas ainda
se situariam dentro dos limites dos critérios de outorga adotado pelo IGAM. Em cerca
de 22% da área da bacia as demandas estariam acima desses critérios, mas ainda com
condições técnicas de serem abastecidas mediante o uso de volumes de regularização,
o que implica um nível de complexidade operacional adicional. Nos restantes 44% da
bacia os níveis de risco seriam muito altos, com uma grande probabilidade das
demandas não serem atendidas de forma satisfatória e regular.
Uma vez que, de acordo com a metodologia adotada, todos os cenários poderiam vir a
ocorrer, selecionou-se em cada das 73 ottobacias nível 6 a pior situação de Níveis de
Risco do balanço quantitativo em todos os cenários para uma análise comparativa
condensada, determinando assim o “cenário do pior caso” em cada ottobacia. A Figura
18.7 abaixo mostra, para o “cenário do pior caso”, a distribuição da área da bacia em
Níveis de Risco para os trechos alto, médio e baixo do rio Paraopeba.
605
Figura 18.7 - Distribuição da Área da Bacia do Rio Paraopeba em Níveis de Risco
A análise do balanço hídrico qualitativo tem como principal objetivo identificar as áreas
onde estarão os maiores riscos de não atendimento do parâmetro de DBO na Bacia
Paraopeba. Embora tanto as cargas poluidoras como as disponibilidades tenham sido
determinados no nível das 11.477 células do cubo, estas foram agregadas no nível 6 de
ottobacia para a avaliação do NR dos balanços qualitativos. Conforme já descrito em
outros itens do presente relatório, a agregação em escalas menores é parte do
procedimento utilizado na metodologia dos cenários na inspeção daquelas sub-bacias
que podem apresentar riscos significativos e implica a utilização da codificação em
ottobacias com a qual é montado o banco de dados de informações georreferenciadas
(o “cubo”).
606
As Figura 18.8 a Figura 18.11 foram elaboradas a partir dos resultados da análise de
risco do balanço qualitativo no horizonte do Plano (2040) para os Cenários Tendenciais
e Alternativos, respectivamente.
607
Quadro 18.18 - Níveis de Risco do Balanço Qualitativo nos Cenários
Cenário Alternativo
Cenários Tendenciais Cenário Alternativo 1 Cenário Alternativo 2
Relação à Área
% da Otto6 em
3
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Total
Sub- Ottobacias
Nome do Rio
bacias Nível 6
608
Cenário Alternativo
Cenários Tendenciais Cenário Alternativo 1 Cenário Alternativo 2
Relação à Área
% da Otto6 em
3
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Total
Sub- Ottobacias
Nome do Rio
bacias Nível 6
Córrego Santo
ALTO 749694 0,37% 8 8 8 8 8 8 7 7
Antônio ou Lagarto
ALTO 749695 Rio Maranhão 0,76% 8 8 8 8 8 8 7 7
ALTO 749696 Ribeirão Soledade 2,04% 8 8 8 8 8 8 7 8
ALTO 749697 Rio Maranhão 0,26% 7 7 7 7 7 7 6 6
ALTO 749698 Ribeirão Bananeiras 0,82% 8 8 8 8 8 8 8 8
ALTO 749699 Rio Ventura Luís 1,28% 8 8 8 8 8 8 8 8
MÉDIO 749641 Ribeirão São João 0,01% 1 1 1 1 1 1 1 1
MÉDIO 749642 Ribeirão São João 2,77% 7 7 7 7 7 7 7 7
Ribeirão dos
MÉDIO 749643 0,52% 0 0 0 0 0 0 0 0
Macacos
Córrego Riacho
MÉDIO 749644 0,25% 1 1 1 1 1 1 1 1
Fundo
Ribeirão dos
MÉDIO 749645 0,55% 8 8 8 8 8 8 7 7
Macacos
Córrego Carreira
MÉDIO 749646 0,17% 0 0 0 0 0 0 0 0
Comprida
Ribeirão dos
MÉDIO 749647 0,05% 0 0 0 0 0 0 0 0
Macacos
Ribeirão dos
MÉDIO 749648 1,33% 4 4 4 4 4 4 3 4
Macacos
MÉDIO 749649 Ribeirão do Cipó 1,39% 1 3 1 3 1 3 1 1
MÉDIO 749651 Rio Paraopeba 5,27% 5 5 3 3 3 3 1 1
Ribeirão Cova
MÉDIO 749652 1,77% 4 4 4 4 4 4 4 4
d'Anta
609
Cenário Alternativo
Cenários Tendenciais Cenário Alternativo 1 Cenário Alternativo 2
Relação à Área
% da Otto6 em
3
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Total
Sub- Ottobacias
Nome do Rio
bacias Nível 6
610
Cenário Alternativo
Cenários Tendenciais Cenário Alternativo 1 Cenário Alternativo 2
Relação à Área
% da Otto6 em
3
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Longo Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Curto Prazo
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Projeção de
Total
Sub- Ottobacias
Nome do Rio
bacias Nível 6
Ribeirão dos
BAIXO 749621 0,01% 0 0 0 0 0 0 0 0
Gomes
BAIXO 749622 Córrego do Meleiro 1,45% 1 1 1 1 1 1 0 0
BAIXO 749623 Ribeirão das Almas 1,07% 0 0 0 0 0 0 0 0
BAIXO 749624 Córrego do Gomes 0,86% 0 0 0 0 0 0 0 0
BAIXO 749625 Ribeirão das Almas 0,37% 0 0 0 1 0 1 0 0
BAIXO 749626 Córrego Boa Morte 0,40% 1 1 1 1 1 1 1 1
BAIXO 749627 Ribeirão das Almas 0,01% 1 1 1 1 1 1 1 1
BAIXO 74 9628 Córrego da Prata 0,63% 0 0 0 0 0 0 0 0
BAIXO 749629 Córrego do Falcão 0,95% 1 1 1 1 1 1 0 0
Ribeirão dos
BAIXO 749631 1,05% 0 0 0 0 0 0 0 0
Gomes
Ribeirão Pedro
BAIXO 749632 2,02% 0 0 0 0 0 0 0 0
Moreira
BAIXO 749633 Rio Paraopeba 5,49% 1 1 1 1 1 1 1 1
BAIXO 749634 Rio Pardo 3,94% 5 5 5 5 5 5 4 4
BAIXO 749635 Rio Paraopeba 1,67% 1 1 1 1 1 1 1 1
BAIXO 749636 Ribeirão do Chico 1,61% 1 1 1 1 1 1 1 1
BAIXO 749637 Rio Paraopeba 1,02% 0 0 0 0 0 0 0 0
BAIXO 749638 Ribeirão do Cedro 2,84% 7 7 7 7 7 7 7 7
BAIXO 749639 Rio Paraopeba 0,70% 0 1 0 0 0 0 0 0
FONTE: COBRAPE, 2018.
611
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo Curvelo
!
P !
P
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
Pará de Minas Pará de Minas
!
P !
P
Belo Horizonte Contagem Belo Horizonte
Contagem !
P
!
P !
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S 20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P !
P
Itaúna Itaúna
!
P !
P
Congonhas Congonhas
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Caracterização do Risco Caracterização do Risco
Legenda Nível de Risco
Demanda ou Carga
Poluidora ≥
Demanda ou Carga
Poluidora ≤
Face aos Instrumentos de Nível de Risco
Demanda ou Carga Demanda ou Carga
Face aos Instrumentos de
Níveis de Risco - Cenários
Gestão Poluidora ≥ Poluidora ≤
Gestão Convenções Cartográficas
Risco alto, acima da faixa da
Tendenciais 0 0 30% da Q7,10 Risco nulo
5 Q70% Q50%
aplicação de volumes de
regularização intra-anuais
!
P Principais Sedes Municipais
0 Risco praticamente nulo,
e/ou a criação de políticas de
gestão da demanda Limite Municipal
demanda/vazão de diluição
1 1 30% da Q7,10 Q100%
menor que a vazão mínima
registrada ou da dentro da
Risco alto e frequente, Hidrografia Principal
exigindo controle da demanda
2 faixa de referência para o
instrumento de outorga. 6 Q50% QMÉDIA e a necessidade de prever Limite SF3: Rio Paraopeba
Risco muito baixo, grandes volumes de
3 demanda/vazão de diluição regularização. Reservatório
2 Q100% Q7,10 dentro da faixa de referência
4 para o instrumento de
outorga.
Risco muito alto, exige
Municípios SF3: Rio Paraopeba
gestão integrada de
5 3 Q7,10 Q95%
Risco baixo, mas acima do
limite de aplicação do
7 QMÉDIA Q10% demanda/vazão de diluição e
disponibilidade em escala
6 instrumento de outorga.
regional.
FONTE: COBRAPE, 2018.
Risco médio, acima da faixa
7 4 Q95% Q70%
de referência para o
instrumento de outorga, 8 Q10% Sem limite
Risco muito alto, incompatível
com os sistemas de gestão
porém abaixo do limite de
8 regularização.
de recursos hídricos.
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo Curvelo
!
P !
P
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
Pará de Minas Pará de Minas
!
P !
P
Belo Horizonte Contagem Belo Horizonte
Contagem !
P
!
P !
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S 20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P !
P
Itaúna Itaúna
!
P !
P
Congonhas Congonhas
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Caracterização do Risco Caracterização do Risco
Legenda Nível de Risco
Demanda ou Carga
Poluidora ≥
Demanda ou Carga
Poluidora ≤
Face aos Instrumentos de Nível de Risco
Demanda ou Carga Demanda ou Carga
Face aos Instrumentos de
Níveis de Risco - Cenários
Gestão Poluidora ≥ Poluidora ≤
Gestão Convenções Cartográficas
Risco alto, acima da faixa da
Alternativos 1 0 0 30% da Q7,10 Risco nulo
5 Q70% Q50%
aplicação de volumes de
regularização intra-anuais
!
P Principais Sedes Municipais
0 Risco praticamente nulo,
e/ou a criação de políticas de
gestão da demanda Limite Municipal
demanda/vazão de diluição
1 1 30% da Q7,10 Q100%
menor que a vazão mínima
registrada ou da dentro da
Risco alto e frequente, Hidrografia Principal
exigindo controle da demanda
2 faixa de referência para o
instrumento de outorga. 6 Q50% QMÉDIA e a necessidade de prever Limite SF3: Rio Paraopeba
Risco muito baixo, grandes volumes de
3 demanda/vazão de diluição regularização. Reservatório
2 Q100% Q7,10 dentro da faixa de referência
4 para o instrumento de
outorga.
Risco muito alto, exige
Municípios SF3: Rio Paraopeba
gestão integrada de
5 3 Q7,10 Q95%
Risco baixo, mas acima do
limite de aplicação do
7 QMÉDIA Q10% demanda/vazão de diluição e
disponibilidade em escala
6 instrumento de outorga.
regional.
Risco médio, acima da faixa
7 4 Q95% Q70%
de referência para o
instrumento de outorga, 8 Q10% Sem limite
Risco muito alto, incompatível
com os sistemas de gestão
FONTE: COBRAPE, 2018.
porém abaixo do limite de
8 regularização.
de recursos hídricos.
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo Curvelo
!
P !
P
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
Pará de Minas Pará de Minas
!
P !
P
Belo Horizonte Contagem Belo Horizonte
Contagem !
P
!
P !
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S 20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P !
P
Itaúna Itaúna
!
P !
P
Congonhas Congonhas
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Caracterização do Risco Caracterização do Risco
Legenda Nível de Risco
Demanda ou Carga
Poluidora ≥
Demanda ou Carga
Poluidora ≤
Face aos Instrumentos de Nível de Risco
Demanda ou Carga Demanda ou Carga
Face aos Instrumentos de
Níveis de Risco - Cenários
Gestão Poluidora ≥ Poluidora ≤
Gestão Convenções Cartográficas
Risco alto, acima da faixa da
Alternativos 2 0 0 30% da Q7,10 Risco nulo
5 Q70% Q50%
aplicação de volumes de
regularização intra-anuais
!
P Principais Sedes Municipais
0 Risco praticamente nulo,
e/ou a criação de políticas de
gestão da demanda Limite Municipal
demanda/vazão de diluição
1 1 30% da Q7,10 Q100%
menor que a vazão mínima
registrada ou da dentro da
Risco alto e frequente, Hidrografia Principal
exigindo controle da demanda
2 faixa de referência para o
instrumento de outorga. 6 Q50% QMÉDIA e a necessidade de prever Limite SF3: Rio Paraopeba
Risco muito baixo, grandes volumes de
3 demanda/vazão de diluição regularização. Reservatório
2 Q100% Q7,10 dentro da faixa de referência
4 para o instrumento de
outorga.
Risco muito alto, exige
Municípios SF3: Rio Paraopeba
gestão integrada de
5 3 Q7,10 Q95%
Risco baixo, mas acima do
limite de aplicação do
7 QMÉDIA Q10% demanda/vazão de diluição e
disponibilidade em escala
6 instrumento de outorga.
regional.
Risco médio, acima da faixa
Risco muito alto, incompatível
7 de referência para o
8 Q10% Sem limite com os sistemas de gestão
4 Q95% Q70% instrumento de outorga,
porém abaixo do limite de
FONTE: COBRAPE, 2018.
8 regularização.
g ç
de recursos hídricos.
45°0'0"O 44°0'0"O 45°0'0"O 44°0'0"O
Curvelo Curvelo
!
P !
P
Pompéu Pompéu
!
P !
P
Esmeraldas Esmeraldas
!
P !
P
Pará de Minas Pará de Minas
!
P !
P
Belo Horizonte Contagem Belo Horizonte
Contagem !
P
!
P !
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S 20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P !
P
Itaúna Itaúna
!
P !
P
Congonhas Congonhas
!
P !
P
± ±
0 10 20 40 km 0 10 20 40 km
1:1.450.000 1:1.450.000
DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
21°0'0"S 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
45°0'0"O 44°0'0"O
Caracterização do Risco Caracterização do Risco
Legenda Nível de Risco
Demanda ou Carga
Poluidora ≥
Demanda ou Carga
Poluidora ≤
Face aos Instrumentos de Nível de Risco
Demanda ou Carga Demanda ou Carga
Face aos Instrumentos de
Níveis de Risco - Cenários
Gestão Poluidora ≥ Poluidora ≤
Gestão Convenções Cartográficas
Risco alto, acima da faixa da
Alternativos 3 0 0 30% da Q7,10 Risco nulo
5 Q70% Q50%
aplicação de volumes de
regularização intra-anuais
!
P Principais Sedes Municipais
0 Risco praticamente nulo,
e/ou a criação de políticas de
gestão da demanda Limite Municipal
demanda/vazão de diluição
1 1 30% da Q7,10 Q100%
menor que a vazão mínima
registrada ou da dentro da
Risco alto e frequente, Hidrografia Principal
exigindo controle da demanda
2 faixa de referência para o
instrumento de outorga. 6 Q50% QMÉDIA e a necessidade de prever Limite SF3: Rio Paraopeba
Risco muito baixo, grandes volumes de
3 demanda/vazão de diluição regularização. Reservatório
2 Q100% Q7,10 dentro da faixa de referência
4 para o instrumento de
outorga.
Risco muito alto, exige
Municípios SF3: Rio Paraopeba
gestão integrada de
5 3 Q7,10 Q95%
Risco baixo, mas acima do
limite de aplicação do
7 QMÉDIA Q10% demanda/vazão de diluição e
disponibilidade em escala
6 instrumento de outorga.
regional.
Risco médio, acima da faixa
Risco muito alto, incompatível
7 4 Q95% Q70%
de referência para o
instrumento de outorga, 8 Q10% Sem limite com os sistemas de gestão
porém abaixo do limite de FONTE: COBRAPE, 2018.
8 regularização.
de recursos hídricos.
Como podem ser observadas nas figuras, as células com riscos significativos de não
diluição estão concentradas nas aglomerações urbanas de maiores populações,
apontadas também no Diagnóstico, sobretudo próximo a Contagem, Ibirité, Conselheiro
Lafaiete e Congonhas.
Dessa forma, entende-se que a densidade populacional somada aos baixos índices de
coleta e tratamento de efluentes são os fatores que mais contribuem para o aumento do
nível de risco, indicando assim que as soluções a serem empregadas para o seu
controle deverão ter um caráter pontual e focado nas áreas urbanas identificadas.
É válido destacar que de acordo com os resultados dos cenários, observou-se também
que a restrição de áreas para manutenção de áreas verdes demonstra-se uma medida
válida na região, sobretudo no aspecto qualitativo dos recursos hídricos.
616
19. RECOMENDAÇÕES PARA OS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE RECURSOS
HÍDRICOS
A atividade de mineração por via de regra utiliza grandes quantidades de água, cujo
retorno aos corpos hídricos se dá com a adição de contaminantes químicos, sedimentos
da atividade, além do próprio metal minerado, em concentrações pequenas por volume,
porém que se acumulam ao longo do tempo. Além disso, a mineração pode trazer fortes
impactos quando causa o rebaixamento de lençóis freáticos e contaminação do solo.
De acordo com a Lei nº 12.334, a segurança de uma barragem influi diretamente na sua
sustentabilidade e no alcance de seus potenciais efeitos sociais e ambientais.
617
muito mais frequentes do que aquilo que realmente chega ao conhecimento da
população em geral.
618
45°0'0"O 44°0'0"O
Barragens de Rejeitos
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
!
P
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Barragens de Rejeitos !
P Principais Sedes Municipais
Limite Municipal
FONTE: COBRAPE, 2018.
Hidrografia Principal
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Os impactos ambientais da operação de mineração na escala em que se tem do rio
Paraopeba são inúmeros, o que exige estudos ambientais, licenciamentos e um
constante monitoramento e fiscalização, tanto por parte das empresas de mineração
como parte dos órgãos ambientais estaduais.
Nesse sentido, optou-se por realizar uma análise de risco da atividade de mineração na
Bacia do rio Paraopeba, ou seja, quais os tipos de risco que as barragens de rejeitos
presentes na bacia representam sobre os serviços ecossistêmicos de provisão e de
biodiversidade.
620
45°0'0"W 44°0'0"W
Curvelo
P
!
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
P
!
Sete Lagoas
P
!
Esmeraldas
P
!
R io
Pa
ra
Pará de Minas
o
P
!
pe
Belo Horizonte
ba
Contagem
P
! P
!
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
P
!
Itaúna
P
!
Ouro Preto
P
!
Congonhas
P
!
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
P
!
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
Barragens de Rejeitos P Principais Sedes Municipais
!
Influência da Barragem Limite Municipal
15 km Hidrografia Principal
50 km Limite SF3: Rio Paraopeba
100 km Municípios SF3: Rio Paraopeba
200 km Reservatório
FONTE: COBRAPE, 2018.
A destruição da paisagem é outro impacto da mineração, pouco conhecido e menos
ainda disciplinado e combatido. Durante a viagem de campo realizada pela COBRAPE,
essa destruição da paisagem ficou ainda mais evidenciada, principalmente na área do
Quadrilátero Ferrífero, situada entre o Alto e Médio Paraopeba. Conforme a Figura 19.3
e Figura 19.4, observa-se que entre os municípios de Belo Vale, Congonhas e Ouro
Preto existem diversos trechos onde a mineração já retirou boa parte das pontas dos
morros.
Figura 19.3 - Áreas de Mineração Entre os Municípios de Belo Vale, Congonhas e Ouro
Preto
622
Figura 19.4 - Mineradora em Congonhas
19.2. Enquadramento
623
água intermediária, uma vez que permite usos exigentes como o abastecimento, mas
ao mesmo tempo não é muito restritiva foi a mais atribuída. Pouquíssimos trechos foram
definidos como Classe 3, a de pior qualidade dentre as classes propostas.
624
45°0'0"O 44°0'0"O
Enquadramento Vigente
Curvelo
!
P
19°0'0"S 19°0'0"S
Pompéu
!
P
Sete Lagoas
!
P
Esmeraldas
!
P
Pará de Minas
!
P
Contagem Belo Horizonte
!
P !
P
20°0'0"S Ibirité 20°0'0"S
!
P
Itaúna
!
P
Ouro Preto
!
P
Congonhas
!
P
BA
MT
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P
Belo Horizonte ES
^
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"O 44°0'0"O
Legenda Convenções Cartográficas
Enquadramento Vigente !
P Principais Sedes Municipais
Classe 1 Limite Municipal
Classe 2 Hidrografia Principal
Classe 3
Limite SF3: Rio Paraopeba
Classe 4
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatório
Na etapa do Diagnóstico, descrita no RP02b, foram identificados, por meio das cargas
estimadas e de simulação matemática, trechos incompatíveis com o enquadramento
vigente ou mesmo com o que deve ser de acordo com a Deliberação Normativa
Conjunta COPAM/CERH - MG nº 1/2008.
626
Nos cenários tendenciais os resultados apontam para a mesma direção, que é um pouco
otimizada nos alternativos, contudo demonstra que mais do que uma nova proposta de
enquadramento é preciso investimentos para melhoria da qualidade da água, sobretudo
no que se refere ao esgotamento sanitário. No RP04, as questões ligadas ao
enquadramento na região do PDRH Paraopeba serão melhor trabalhadas a fim de se
definir diretrizes para atualização do mesmo.
19.3. Cobrança
627
Quadro 19.1 - Consumo de Água por Habitante com Base nas Demandas
Demanda Total Consumo Anual
População Total Vazão Outorgada Demanda Total Consumo
Município Consumida per capita
na bacia 2010 (m³/ano) Captada (m3/ano) L/dia/habitante
(m³/ano) (m³/hab)
Belo Horizonte 260 0 0 0 0 0
Belo Vale 7.530 125.940.418 114.179.915 21.101.717 2.802 7.678
Betim 377.228 126.943.587 75.575.831 48.440.677 128 352
Bonfim 6.818 38.990.243 3.639.235 1.842.783 270 740
Brumadinho 33.520 799.683.761 347.689.099 233.870.970 6.977 19.115
Cachoeira da Prata 3.654 33.832.697 6.864.034 991.240 271 743
Caetanópolis 10.218 11.621.796 5.339.483 3.419.783 335 917
Capim Branco 0 0 201 159 1.083 2.967
Caranaíba 0 0 30 20 72 198
Carandaí 28 0 47.415 37.852 1.365 3.740
Casa Grande 2.133 13.289.446 1.672.713 1.249.183 586 1.604
Congonhas 48.519 347.924.416 265.827.853 48.696.820 1.004 2.750
Conselheiro Lafaiete 116.418 162.194.182 95.486.748 19.920.256 171 469
Contagem 173.859 8.802.744 923.317 292.385 2 5
Cordisburgo 0 0 213 170 4.226 11.577
Cristiano Otoni 4.927 27.994.157 3.764.578 1.226.258 249 682
Crucilândia 4.753 98.765.233 56.793.554 11.647.588 2.450 6.713
Curvelo 5.998 237.835.740 118.086.158 21.078.973 3.514 9.628
Desterro de Entre Rios 1.843 458.980 541.522 263.512 143 392
Entre Rios de Minas 14.240 39.197.995 4.485.582 2.936.450 206 565
628
Demanda Total Consumo Anual
População Total Vazão Outorgada Demanda Total Consumo
Município Consumida per capita
na bacia 2010 (m³/ano) Captada (m3/ano) L/dia/habitante
(m³/ano) (m³/hab)
Esmeraldas 46.058 636.587.305 197.540.621 30.543.707 663 1.817
Felixlândia 331 5.946.963 4.237.603 2.049.681 6.185 16.945
Florestal 6.541 247.331.138 3.002.330 1.632.351 250 684
Fortuna de Minas 2.705 72.537.640 46.386.256 12.994.945 4.804 13.162
Ibirité 151.981 21.837.366 24.807.988 8.483.988 56 153
Igarapé 34.851 347.830.626 99.787.604 27.116.708 778 2.132
Inhaúma 5.760 30.180.390 9.951.065 6.716.194 1.166 3.195
Itaguara 15 0 8.784 6.825 462 1.266
Itatiaiuçu 8.650 187.748.848 18.195.440 3.751.684 434 1.188
Itaúna 565 53.974.740 1.928.549 1.437.924 2.546 6.974
Itaverava 210 10.423.261 292.697 231.332 1.103 3.021
Jeceaba 5.395 41.890.495 33.853.593 5.103.955 946 2.592
Juatuba 22.202 132.264.124 146.994.315 128.013.058 5.766 15.797
Lagoa Dourada 3.466 60.204.046 9.435.925 7.193.332 2.075 5.686
Maravilhas 5.773 24.096.537 24.534.524 5.581.081 967 2.649
Mário Campos 13.192 106.448.766 76.452.575 14.387.034 1.091 2.988
Mateus Leme 27.855 316.943.913 25.532.286 15.708.744 564 1.545
Matozinhos 0 0 386 308 6.378 17.475
Moeda 4.636 51.732.303 20.082.086 4.270.606 921 2.524
Morro da Garça 0 0 50 38 235 644
Nova Lima 227 473.040 135 108 0 1
Onça de Pitangui 19 0 73.460 58.514 3.152 8.635
629
Demanda Total Consumo Anual
População Total Vazão Outorgada Demanda Total Consumo
Município Consumida per capita
na bacia 2010 (m³/ano) Captada (m3/ano) L/dia/habitante
(m³/ano) (m³/hab)
Ouro Branco 33.544 20.513.529 5.937.455 4.639.235 138 379
Ouro Preto 375 3.682.354 3.715.869 600.728 1.601 4.387
Papagaios 4.409 87.193.002 44.828.565 16.531.227 3.749 10.272
Pará de Minas 4.309 164.512.804 3.002.924 905.781 210 576
Paraopeba 22.272 369.617.572 98.873.766 37.344.212 1.677 4.594
Pequi 4.073 240.054.418 97.613.638 15.536.625 3.815 10.451
Piedade dos Gerais 4.638 108.791.842 51.804.315 9.782.828 2.109 5.779
Piracema 25 0 9.262 7.063 279 766
Pompéu 1.468 621.018.335 5.958.051 4.546.625 3.098 8.488
Queluzito 1.861 1.058.734 2.228.432 1.726.900 928 2.542
Resende Costa 462 15.452.640 16.698.819 1.873.632 4.058 11.119
Ribeirão das Neves 115 42.924 328 263 2 6
Rio Manso 5.275 245.568.905 37.805.790 14.765.690 2.799 7.669
Santana dos Montes 0 0 27 21 778 2.133
São Brás do Suaçuí 3.513 8.608.014 867.503 361.332 103 282
São Joaquim de Bicas 25.537 67.922.810 14.185.539 10.755.600 421 1.154
São José da Varginha 4.196 189.294.487 5.317.251 2.638.997 629 1.723
Sarzedo 25.814 55.553.993 21.400.666 5.306.231 206 563
Sete Lagoas 6.224 112.204.475 111.309.904 27.011.782 4.340 11.890
Total 1.300.488 6.733.017.734 2.365.573.857 846.633.685 1.596 4.372
630
19.3.1. Simulação de Cobrança
631
19.3.1.1. Simulação por Cobrança de Captação e Consumo
632
Figura 19.6 - Percentual de Arrecadação por Setor
633
19.4. Outorga
634
atender a usos prioritários, de interesse coletivo, para os quais não se
disponha de fontes alternativas; ”.
Vale lembrar, que neste caso, a interação entre a fiscalização e acompanhamento dos
usos outorgados e as informações provenientes do monitoramento quali-quantitativo e,
quando disponível, de modelos matemáticos de simulação, são de suma importância
para as tomadas de decisão pelo agente outorgante.
Além disso, existem modalidades previstas pela legislação estadual, que são:
• Concessão
• Autorização
• Permissão
635
observados em programas de implantação dos instrumentos de gestão dos planos de
recursos hídricos.
No entanto, cabe destacar aqui que dentre as principais diretrizes que serão abordadas,
um foco deve ser dado para a outorga de lançamento de efluentes, visto que a mesma
ainda não existe na Bacia do rio Paraopeba.
636
20. ROMPIMENTO DA BARRAGEM I DE BRUMADINHO
Neste mesmo mês de janeiro o “Produto RP04 - Plano de Ação e Diretrizes e Critérios
para Aplicação dos Instrumentos de Gestão dos Recursos Hídricos na Bacia do Rio
Paraopeba” estava em meados de sua produção e, próximo à apresentação da proposta
do referido relatório (RP04), aconteceu o rompimento da Barragem da Vale, no qual
proporcionou uma suspensão dos trabalhos, visto as alterações ambientais sofridas na
região. Neste sentido, a COBRAPE juntamente com o IGAM/GAT, buscaram
complementar esse produto de forma que as questões relacionadas à barragem e aos
impactos gerados fossem apresentadas à sociedade. Embora não tenha sido possível
inserir um novo cenário de análise, na proposição das ações e diretrizes buscou-se
inserir itens que contribuíssem, no âmbito da gestão de recursos hídricos, para melhorar
informações quanto à segurança de barragens.
A barragem foi construída em 1976, pela Ferteco Mineração (adquirida pela Vale em 27
de abril de 2001), pelo método de alteamento a montante. Os rejeitos dispostos
637
ocupavam uma área de 249,5 mil m² e o volume disposto era de 11,7 milhões de m³.
(VALE, 2019).
Segundo Ávila (2012), a barragem foi implantada inicialmente com crista na elevação
874,00 m, sofrendo cinco alteamentos sucessivos de 3,00 m de altura cada, atingindo
coroamento na elevação 889,00 m. Posteriormente, teve sua crista alteada até a
elevação 894,00 m, com envelopamento do maciço associado a alteamentos de 5,00 m
(Quadro 20.1). A partir do 4º alteamento, o eixo da barragem foi deslocado para
montante do eixo inicial. Foram complementadas as obras do 9º alteamento pelo
método de montante, com maciço de rejeito compactado sobre a praia de rejeitos,
atingindo a elevação 937,00 m e altura máxima de 81,00 m.
638
escritórios, vestiário e um refeitório, matando centenas de trabalhadores e trabalhadoras
que trabalhavam e almoçavam no local (CNDH, 2019).
Ainda segundo CNDH (2019), a lama, com velocidade estimada em 70 km/h, seguiu seu
curso vale abaixo soterrando casas, sítios, tapando córregos, destruindo a mata e a
vegetação local, até chegar ao rio Paraopeba, afluente do rio São Francisco. A Figura
20.1 ilustra a região do rompimento da barragem antes do evento, e a Figura 20.2 ilustra
mesma região posterior ao ocorrido.
Segundo dados da Defesa Civil do estado de Minas Gerais (DEFESA CIVIL, 2019), o
desastre da barragem de rejeitos de Brumadinho contabiliza 395 pessoas localizadas,
34 desaparecidos, e 236 óbitos.
639
Figura 20.2 – Imagem da Região Pós-Rompimento
Figura 20.3 – Comparativo 1 - pré e pós rompimento – Ponte sobre o rio Betim
640
Figura 20.4 – Comparativo 2 - pré e pós rompimento – rio Paraopeba em Brumadinho
Em nota, a ANM afirmou que a barragem que se rompeu designada de B1, era uma
estrutura para contenção de rejeitos, de porte médio, que não apresentava pendências
documentais e, em termos de segurança operacional, estava classificada na Categoria
de Risco Baixo e de Dano Potencial Associado Alto (em função de perdas de vidas
humanas e dos impactos econômicos sociais e ambientais) (ANM, 2019). Não obstante,
a Barragem I possuía Declarações de Condição de Estabilidade emitidas pela empresa
TUV SUD do Brasil, empresa internacional especializada em Geotecnia (VALE, 2019).
Segundo a Vale S.A a barragem encontrava-se inativa, ou seja, não recebia rejeitos
desde 2016 (VALE, 2019). A última licença ambiental aprovada pelo Conselho Estadual
de Política Ambiental (COPAM), em dezembro de 2018, autorizou o
descomissionamento da barragem. Isto é, a retirada de todo material depositado e
posterior recuperação ambiental da área. A estabilidade estava atestada pelo auditor
conforme declaração apresentada em agosto de 2018. A competência para fiscalizar a
segurança das barragens de mineração é da Agência Nacional de Mineração (ANM),
segundo a Política Nacional de Segurança de Barragens (Lei n. 12.334/2010). Ainda
641
conforme a Lei, a responsabilidade pela operação adequada das estruturas é do
empreendedor (IGAM, 2019).
642
Figura 20.6 – Alteamentos sucessivos: método da linha de montante
Ainda segundo Soares (2010), as vantagens deste método são: (I) os custos reduzidos
de implantação; (II) a velocidade para execução dos alteamentos; (III) os menores
volumes na etapa de alteamento e; (IV) a baixa necessidade de equipamentos de
terraplenagem. Por outro lado, o autor cita diversas desvantagens do método, tais como:
(I) menor coeficiente de segurança, em função da linha freática, em geral, situada muito
próxima ao talude de jusante (Figura 20.7a); (ii) a superfície crítica de ruptura passa
pelos rejeitos sedimentados, porém não devidamente compactados (Figura 20.7b); (iii)
há possibilidade de ocorrer entubamento, resultando no surgimento de água na
superfície do talude de jusante, principalmente quando ocorre concentração de fluxo
entre dois diques compactados (Figura 20.7c); (iv) há risco de ruptura provocado pela
liquefação da massa de rejeitos, por efeito de sismos naturais ou vibrações causadas
por explosões ou movimentação de equipamentos.
643
Figura 20.7 – Principais riscos de ruptura causados pelo alteamento segundo o método
de montante
Ainda segundo Soares (2010) algumas medidas para mitigar os riscos atrelados a esta
tipologia construtiva são o controle do nível d’água do lago de rejeitos por meio de
sistemas de drenagem eficientes que considerem a vazão do rejeito e também o volume
pluviométrico na área; não proceder com tal método construtivo em áreas sujeitas a
vibrações, sejam elas tectônicas ou antrópicas, tais como aquelas provocadas pelo uso
de explosivos, movimentação intensa de veículos pesados, visto que tais vibrações são
o estímulo para a liquefação da massa de rejeito; além da instalação de canaletas de
644
passagem para as águas da chuva e uso de cobertura vegetal, ambas com o intuito de
evitar a erosão do talude de jusante.
645
chumbo e turbidez. Sendo esses cinco últimos os que mais frequentemente violaram os
limites, com destaque para a turbidez, encontrada acima de 10x o limite da Resolução
na maioria das coletas.
De acordo com Von Sperling (2005), a cor verdadeira e a turbidez são parâmetros
físicos, que interferem mais na questão visual da água, contudo no caso das águas que
serão destinadas ao consumo humano, se os valores desses parâmetros estiverem
muito altos podem trazer inconvenientes sanitários, necessitando de tratamentos mais
complexos. A mesma relação com o tratamento é apontada pelo autor para o caso de
ferro dissolvido e manganês que têm valores de potabilidade bem definidos. Dentre
esses parâmetros, o chumbo é o que merece mais atenção, visto que em determinadas
concentrações é tóxico para os seres vivos como um todo.
Conforme informado pela VALE (2019) foram alocadas três membranas para a
contenção de rejeitos a fim de proteger o sistema de captação de água de Pará de Minas
(município localizado a 40km de Brumadinho) e garantir o abastecimento contínuo da
região. Essa iniciativa foi medida preventiva e faz parte do plano apresentado pela Vale
ao Ministério Público e aos órgãos ambientais. A barreira de contenção instalada tem
50 metros de comprimento e profundidade de dois a três metros. A estrutura funciona
como um tecido filtrante, evitando a dispersão das partículas sólidas (argila, silte,
matéria orgânica etc.), que provocam a turbidez da água e alteram sua transparência.
646
do IEF, composta por biólogos, veterinários e geógrafos. A mineradora é responsável
pelas ações de resgate e cuidados aos animais. A medida foi prevista em autos de
fiscalização lavrados pelo SISEMA. Os profissionais estão atuando no salvamento da
fauna silvestre, incluindo a ictiofauna (conjunto das espécies de peixes que existem
numa determinada região) em articulação com as equipes técnicas designadas pelos
demais órgãos que compõem o SISEMA, ou seja, a Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), o Instituto Mineiro de Gestão das
Águas (IGAM) e a Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM). O trabalho conta
ainda com o apoio de outras instituições, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio) e as Polícias Civil e Militar de Minas Gerais (IGAM, 2019).
647
Figura 20.8 – Espalhamento do rejeito até a confluência com o rio Paraopeba
O avanço da pluma de rejeitos fez com que as captações de água na calha do rio
Paraopeba fossem suspensas, por tempo indeterminado. Tal recomendação foi exposta
em nota divulgada pela SEMAD em conjunto com as Secretarias de Estado de Saúde
(SES), e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), na qual a orientação é de
não se utilizar a água BRUTA do rio é válida para qualquer finalidade: humana, animal
e atividades agrícolas. A medida foi adotada após a detecção de metais em níveis acima
do permitido pela legislação ambiental e de avaliação da SES com base em requisitos
648
de vigilância sanitária. Esta orientação é válida desde a confluência do Rio Paraopeba
com o Córrego Ferro-Carvão até o município de Pará de Minas.
649
21. ESTRUTURAÇÃO DO PLANO DE AÇÕES
Uma das escolas mais adotadas pelas organizações modernas é a chamada Escola do
Design, que define a estratégia como um processo de concepção que busca um ajuste
entre as forças e fraquezas internas de uma organização com as oportunidades e
ameaças existentes no ambiente em que estas se encontram. Uma das principais
ferramentas utilizadas para este ajuste é a chamada Análise SWOT, comum nos meios
administrativos e gerenciais, assim chamada por conta da corruptela do inglês, uma vez
que a sigla significa:
▪ Strengths (Forças);
▪ Weaknesses (Fraquezas);
▪ Opportunities (Oportunidades); e,
▪ Threats (Ameaças).
As Forças e Fraquezas são fatores que estão caracterizados como internos de criação
ou de destruição de valores. Estes valores podem ser ativos, habilidades ou recursos
financeiros e humanos que uma organização possui a disposição em relação aos seus
concorrentes (Value Based Management, 2011).
650
deve ser ressaltado, e quando se percebe um ponto fraco, este deve ser controlado ou
minimizar seu efeito.
Em português, esta análise também é conhecida como Análise FOFA, embora este
termo ainda não esteja disseminado nos meios empresariais, nem tampouco junto à
comunidade acadêmica. Esta análise é muito utilizada por empresas no planejamento
estratégico de negócios, e, segundo diversos autores, pode ser uma ferramenta de
grande utilidade para as organizações brasileiras.
Além da definição do foco, definiram-se alguns temas, os quais também foram utilizados
para possibilitar uma maior adequação à metodologia, como mostra a Figura 21.1.
651
Figura 21.1 – Temas da Análise SWOT
Considerando essas diretrizes, a análise SWOT foi aplicada para a Bacia do Rio
Paraopeba, o resultado da análise está apresentado na Figura 21.2.
652
Figura 21.2 – Análise SWOT
A análise SWOT permitiu a identificação dos fatores internos da bacia, tanto os positivos
(Forças), quanto os negativos (Fraquezas). Do ponto de vista das Forças da bacia do
rio Paraopeba, destaca-se, primeiramente, a infraestrutura da região, que talvez seja o
grande catalisador de seu desenvolvimento. Dentro desse macro-tema estão inseridas
Forças como: (i) Polo Industrial, que desenvolve a região do ponto de vista
socioeconômico e que se privilegia da infraestrutura da bacia para permanecer em
franca expansão; (ii) Estruturação Institucional, caracterizada por instituições fortes que
atuam em setores estratégicos da bacia, e que podem servir de exemplo para fortalecer
outras instituições que atualmente são classificadas como Fraquezas; (iii) Serviços
intermunicipais de abastecimento público, os quais são compartilhados por municípios
que se apropriam da infraestrutura composta por reservatórios, dutos e transposições
653
para serem atendidos por água tratada; (iv) Grandes Centros Urbanos, que movimentam
a economia da região se privilegiam da infraestrutura para gerar negócios; (v) a
existência de gasoduto na bacia; e, (vi) Geração de Energia, que atualmente dispõe de
uma infraestrutura de empreendimentos hidrelétricos que atendem a região através de
linhas de transmissão e, em função do relevo e do número de quedas d’ água naturais,
possui potencial para expansão. O segundo macro-tema das Forças está relacionado
às atividades dos setores primário e terciário da bacia, como mineração, agricultura,
pecuária e turismo. Em relação ao setor primário, a bacia do rio Paraopeba se destaca
na exploração de minérios e no setor agropecuário, em função do potencial observado
na região, decorrente, principalmente, das características de solo, hipsometria, regime
hidrológico e temperatura. No setor terciário, de bens e serviços, destaca-se o potencial
turístico, em função de suas belezas naturais relacionadas aos recursos hídricos da
bacia. O terceiro, e último, macro-tema das Forças da bacia está relacionado à questões
ambientais, como um exemplo de contrapartida socioambiental, que deve servir de
modelo para outras iniciativas que venham a ser implementadas, a concentração de
Oxigênio Dissolvido (OD) observada nos rios da bacia e a integração com o Comitê de
Bacia do rio São Francisco, reconhecido como uma das instituições mais atuantes em
ações relacionadas aos recursos hídricos no Brasil.
654
implementação do Plano em uma força, a partir da aplicação das estratégias definidas
no âmbito do Plano de Ações.
A partir da análise SWOT foram então definidas sete estratégias para enfrentamento,
isto é, planejamento estratégico, aplicado à gestão de recursos hídricos. As sete
estratégias são as seguintes:
655
de Recursos Hídricos; (ii) o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba; e, (iii) a
Agência de Bacia ou Entidade Equiparada.
O primeiro pilar, de Diretrizes, atua de maneira conjunta ao segundo pilar, tendo uma
abordagem conceitual e tática. É nele que as diretrizes relacionadas aos instrumentos
de gestão são descritas e pontuadas, podendo ser utilizado como uma cartilha pelos
membros do Comitê de Bacia. Ou seja, as Diretrizes são orientações para prover ou
conduzir a Política Ambiental de Recursos Hídricos, o bom funcionamento das
ferramentas de gestão e dos instrumentos de gestão de recursos hídricos.
656
22. DIRETRIZES
Este capítulo tem como objetivo apresentar as Diretrizes para a implementação do Plano
Diretor da Bacia do Rio Paraopeba, as quais apresentam orientações assertivas que
garantem os preceitos da Política Ambiental de Recursos Hídricos e o bom
funcionamento das ferramentas e instrumentos de gestão.
657
22.1. Regionalização por Sub-bacias
Dessa forma, define-se que a Bacia do Rio Paraopeba seja subdividida através de uma
regionalização por sub-bacias, respeitando suas regiões homogêneas. A regionalização
deve levar em consideração a delimitação das bacias hidrográficas contribuintes,
respeitando o traçado das ottobacias a fim de facilitar a manipulação dos dados
hidrológicos. Para isso, devem ser adotadas as ottobacias nível 6, pois as mesmas
atendem satisfatoriamente as características de homogeneidade dos fatores
hidrográficos e hidrológicos, permitindo assim a organização do planejamento e do
aproveitamento dos recursos hídricos de forma mais adequada, como mostra a Figura
22.2.
658
Figura 22.2 – Ottobacias Nível 6
659
Sub-bacia Nome do Rio
660
Sub-bacia Nome do Rio
661
22.2. Áreas Sujeitas a Restrição de Uso
As Áreas Sujeitas a Restrição de Uso são definidas pela Lei nº 13.199, de 29 de janeiro
de 1999, como áreas com o objetivo de proteção de recursos hídricos e de ecossistemas
aquáticos. Ou seja, a determinação de áreas sujeitas a restrição de uso tem como
objetivo a proteção dos recursos em seus aspectos quantitativos e qualitativos,
viabilizando os recursos para as gerações futuras, para a manutenção da
sustentabilidade das atividades econômicas e da biota.
662
De acordo com Camphora (2008), um dos principais serviços ambientais
disponibilizados por áreas protegidas, o acesso à água de boa qualidade, constitui foco
de tensões socioeconômicas, legais, ambientais e institucionais. No Brasil, ainda é
precária a visibilidade e a compreensão sobre o estreito vínculo existente entre unidades
de conservação e a manutenção e recuperação dos serviços hidrológicos.
Por fim, a Diretriz da Cobrança pelo Uso da Água, deverá considerar esses critérios
apresentados no Quadro 22.2 para a definição da metodologia de cobrança pelo uso da
água, de forma que captações nas áreas de grau extremamente alta sejam mais caras
em relação às de muito alta e alta, respectivamente.
663
Síntese da Diretriz
Ação Competência
• Consideração das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso na definição da
Comitê/IGAM
metodologia de cobrança;
• Consideração das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso na definição
Comitê/IGAM
dos critérios de outorga;
• Consideração das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso na Proposta de
Comitê
Enquadramento;
• Informação da delimitação das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso ao
IGAM
Poder Público.
664
45°0'0"W 44°0'0"W
Áreas Sujeitas
à Restrição de Uso
Curvelo
!
P
749622
749619
749631
19°0'0"S 19°0'0"S
749632
Pompéu
!
P
749638
749634
749648
Esmeraldas
!
P
R io
Pa
749654
ra
Pará de Minas
op
!
P
eb
Belo Horizonte
a
749664 749663
749665 749672
749675
749667
Ouro Preto
!
P
749694
Congonhas
749695
749693 !
P
749696
BA
MT 749697
DF Conselheiro Lafaiete
GO
!
P 749699
749698
Belo Horizonte ES
^ 749692
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Áreas Sujeitas à Restrição de Uso Convenções Cartográficas
Alto !
P Principais Sedes Municipais
Muito Alto Limite Municipal
Extremamente Alto
Sub-bacias
Limite SF3: Rio Paraopeba
Municípios SF3: Rio Paraopeba
Reservatórios
Quadro 22.3 – Nomenclatura das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso
Sub- Graus de
Nome do Rio
bacia Restrição
Extremamente
749655 Rio Paraopeba entre Ribeirão Serra Azul e Ribeirão Grande
Alto
Extremamente
749656 Ribeirão Serra Azul
Alto
Extremamente
749657 Rio Paraopeba entre Rio Betim e Ribeirão Serra Azul
Alto
Extremamente
749659 Ribeirão Sarzedo e Rio Paraopeba entre Rio Manso e Rio Betim
Alto
Extremamente
749699 Rio Ventura Luas
Alto
Extremamente
749696 Ribeirão Soledade
Alto
Extremamente
749695 Rio Maranhão entre Ribeirão Soledade e Rio Ventura Luas
Alto
Extremamente
749692 Rio Pequeri e Nascentes do Rio Paraopeba
Alto
749698 Ribeirão Bananeiras Muito Alto
749697 Rio Maranhão após Rio Ventura Luas Muito Alto
749693 Rio Maranhão após Córrego Santo Antônio ou Lagarto Muito Alto
749694 Córrego Santo Antônio ou Lagarto Muito Alto
Rio Paraopeba na divisa dos municípios de Brumadinho, Moeda
749675 Muito Alto
e Belo Vale
749667 Rio Manso antes do Córrego do Baú Muito Alto
749664 Córrego Barreiro Muito Alto
749662 Rio Veloso antes do Rio Manso Muito Alto
749663 Rio Manso entre Córrego Barreiro e Rio Veloso Muito Alto
749661 Rio Manso entre Rio Veloso e Rio Paraopeba Muito Alto
749658 Rio Betim Muito Alto
749648 Ribeirão dos Macacos Muito Alto
749641 Ribeirão São João antes do Ribeirão dos Macacos Muito Alto
749642 Ribeirão São João Muito Alto
749638 Ribeirão do Cedro Muito Alto
749634 Rio Pardo Muito Alto
749622 Córrego do Meleiro Muito Alto
749619 Rio Paraopeba antes do Ribeirão dos Gomes Muito Alto
749672 Ribeirão Águas Claras Alto
749665 Rio Manso entre do Córrego do Baú e Córrego Barreiro Alto
749654 Ribeirão Grande Alto
749632 Ribeirão Pedro Moreira Alto
Rio Paraopeba entre Ribeirão Pedro Moreira e Córrego do
749631 Alto
Meleiro
FONTE: COBRAPE, 2019.
666
22.3. Preservação de Recursos Hídricos
Desta forma, definiu-se como diretriz para a recuperação de áreas protegidas, o uso de
contrapartidas ambientais de todos os grandes consumidores de água da bacia. Assim,
busca-se promover a recuperação da qualidade ambiental e dos recursos hídricos por
meio destas contrapartidas. Esta medida auxiliará no combate ao aumento das áreas
impactadas na Bacia, por meio da captação de recursos financeiros provenientes as
contrapartidas definidas nas Política de Licenciamento Ambiental e indicamos que
sejam priorizadas as áreas apontadas por esta diretriz.
667
• Áreas a Serem Recuperadas apresentadas na Figura 22.4, presentes na
ottobacia 749656, por estarem em Área de Uso Sustentável e Áreas Sujeitas à
Restrição de Uso Extremamente Alto;
• Áreas a Serem Recuperadas apresentadas na Figura 22.4, por estarem em
Áreas Sujeitas à Restrição de Uso Muito Alto;
• Áreas a Serem Recuperadas apresentadas na Figura 22.4, por estarem em
Áreas Sujeitas à Restrição de Uso Muito Alto.
668
45°0'0"W 44°0'0"W
Áreas a
Serem Recuperadas
Curvelo
P
!
749622
749619
749631
19°0'0"S 19°0'0"S
749632
Pompéu
P
!
749638
749634
749648
P
!
Esmeraldas A3
R io
Pa
749654
ra
Pará de Minas
op
P
!
eb
Belo Horizonte
a
P
!
A1 749662
749661
749664 749663
749665 749672
749667
749675 A2
Ouro Preto
P
!
749694
Congonhas
749695
749693 !
P
749696
BA
MT 749697
DF Conselheiro Lafaiete
GO
! 749699
P
749698
Belo Horizonte ES
^ 749692
±
MS
0 10 20 40 km
SP
RJ 1:1.450.000
21°0'0"S DATUM: SIRGAS 2000 21°0'0"S
45°0'0"W 44°0'0"W
Legenda Convenções Cartográficas
Áreas Sujeitas a Restrição de Uso P Principais Sedes Municipais
!
Alto Limite Municipal
Muito Alto Sub-bacias
Extremamente Alto Limite SF3: Rio Paraopeba
Áreas a Serem Recuperadas Municípios SF3: Rio Paraopeba
Áreas a Serem Recuperadas
Reservatórios
Resumindo, entende-se que as Áreas a Serem Protegidas que se cruzam com as Áreas
de Restrição de Uso Extremamente Alto, devam ter ações prioritárias nessa articulação,
em um outro extremo devem estar as Áreas a Serem Protegidas que não se cruzam
com nenhuma Área de Restrição de Uso. Os incentivos provenientes de contrapartidas
voltadas para preservação dos recursos hídricos devem atuar em conjunto com o
Programa 1.1. Recuperação de Áreas Degradadas, portanto utilizará a mesma definição
de prioridades do Programa.
Síntese da Diretriz
Ação Competência
Dentre os objetivos desse instrumento, está a promoção do uso racional da água, sendo
que o mesmo se configura como uma das fontes de recursos financeiros para os
programas e intervenções propostos nos Planos de Recursos Hídricos. Conforme prevê
a legislação, parte dos recursos da cobrança pode ser utilizada para assegurar o
funcionamento das Agências de Água, que são responsáveis pelo apoio técnico,
financeiro e administrativo do Comitê de Bacia.
670
de cada usuário impõem aos demais17. Dessa forma, no contexto de uma bacia com
balanço hídrico crítico e com múltiplos usuários, a cobrança pode também colaborar
para uma melhor eficiência produtiva. O estudo destaca que cabe também a esse
instrumento a geração de recursos financeiros para amortizar investimentos realizados
ou previstos e assumir os custos de operação e manutenção da infraestrutura hídrica
implantada ou a ser implantada na bacia. Esse princípio, denominado usuário-pagador,
pode ainda contribuir para uma maior equidade social, tanto pela oneração de
segmentos sociais mais beneficiados por investimentos públicos – princípio beneficiário-
pagador -, quanto pelo amparo a classes sociais menos favorecidas e sem capacidade
de pagamento por meio da atribuição de subsídios na oferta de serviços hídricos.
Para que este instrumento seja efetivamente implementado, de forma ampla e hábil, o
mesmo deve estar alinhado ao cadastro dos usuários de recursos hídricos e ao sistema
de informações da bacia. A cobrança deve tanto refletir áreas de criticidade,
relacionadas à pressão por usos, quanto direcionar recursos, estipulando preços de
forma a evitar ou resolver conflitos, além de garantir atualizações dos estudos de
balanço hídrico e de disponibilidade.
Deverão ser estabelecidos critérios baseados nas características da bacia, para que o
objetivo de promover o uso racional seja alcançado, para tanto, cada critério sugerido
deverá apresentar embasamento técnico, cabendo também a proposição de parâmetros
utilizados por bacias com características semelhantes para fundamentação das
fórmulas apresentadas.
17
Apresenta-se um conceito econômico que se reporta aos conceitos básicos de microeconomia: os preços que seriam
obtidos no livre mercado não considerariam os custos sociais da apropriação da água, que incluem a sua degradação e
esgotamento, devido aos custos inerentes às transações, que envolvem o custo da busca de informações e o custo de
eventuais contenciosos entre as partes envolvidas. Devido a isto, os preços de mercado não seriam preços socialmente
eficientes, no sentido de induzir o uso ótimo da água sob o ponto de vista da sociedade como um todo. Textos básicos
de microeconomia sobre externalidades poderão subsidiar o leitor que deseje se aprofundar nesta questão (Adasa,
2018).
671
Um dos critérios a ser considerado indiscutivelmente é o conflito pelo uso da água. Os
conflitos identificados pelo cadastro deverão ser monitorados, cabendo ao Comitê
eleger os usos que terão preferência de outorga para que o valor outorgável não seja
extrapolado e conflitos sejam minimizados. De forma a evitar futuros conflitos, o Comitê
poderá eleger critérios que majorem os usos menos prioritários para forçar os usuários
a racionalizarem os recursos hídricos.
Além destes, outro critério que deverá ser considerado são os tipos de usos, cabendo à
metodologia proposta demonstrar os de maior consumo, tais como indústria de bebidas
e tipos de irrigação com maiores volumes de perdas, para que estes sejam majorados
em relação aos demais.
No que se refere aos preços a serem definidos, os mesmos deverão ser embasados
tecnicamente, além de levarem em consideração índices de reajuste dos preços anuais,
tais como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor), IGP (Índice Geral de Preços). Simulações de
potencial de cobrança de acordo com a metodologia aprovada deverão ser realizadas
para que os usuários possam avaliar os impactos da cobrança
672
Com base nessas colocações, os critérios, a fórmula de cálculo e os custos a serem
apresentados nos estudos do IGAM deverão ser discutidas com o Comitê por meio de
grupo de trabalho ou câmara técnica para posterior aprovação pelo Comitê de Bacia e
apresentação em reuniões públicas. Sequencialmente, o IGAM deverá submeter as
condições acordadas para aprovação pelas diferentes instâncias do Conselho Estadual
de Recursos Hídricos.
Síntese da Diretriz
Diretrizes Competência
Manifestação do Comitê ao IGAM para que se tenha a Cobrança pelo Uso da
Água, conforme previsto e aprovado pelo Plano Diretor de Recursos Hídricos Comitê
da Bacia do Rio Paraopeba;
Processo para implementação da cobrança pelo uso da água na Bacia do
IGAM / Comitê
Paraopeba definição de fórmula, critérios e metodologia;
Definição de critérios temporais e de valores para reajustes dos critérios de
IGAM / Comitê
Cobrança;
Aprovação da Cobrança pelo Uso da Água pelo CBH Paraopeba; Comitê
Enquanto o Comitê define e aprova critérios, estabelece metas e objetivos, além de ser
o responsável pelas escolhas para a bacia, a Agência de Bacia ou Entidades
673
Equiparadas elabora contratos, propõe mecanismos de cobrança, valores, faz a gestão
dos recursos e implementa as ações definidas pelo Comitê. Dessa forma, a atuação do
Comitê e da Agência de Bacia ou Entidade Equiparada são complementares, sem
disputa de atuação, pois cada órgão tem suas funções claramente definidas e, juntas,
contribuem para a gestão de recursos hídricos numa bacia hidrográfica.
Neste Decreto também está regulamentado que o IGAM pode firmar contratos de gestão
com as agências de bacia hidrográfica ou unidades executivas a elas equiparadas,
desde que aprovados pelos respectivos comitês, com o objetivo de descentralizar,
fiscalizar e controlar as atividades relacionadas com a gestão de recursos hídricos.
674
da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, conforme previsto
no Decreto Estadual nº 47.663/19.
675
Dado esse arcabouço legal, entende-se que a implementação da Agência de Bacia ou
Entidade Equiparada na Bacia do Paraopeba é fundamental logo após a aprovação do
PDRH Paraopeba para que as atividades de gestão de recursos hídricos propostas
sejam executadas.
676
De forma complementar, sugere-se que a Agência de Bacia ou Entidade Equiparada
utilize estratégias como as abordadas na Diretiva-Quadro Água da União Europeia, que
é o principal instrumento da Política da União Europeia relativo à água, do qual
destacam-se as seguintes:
677
Síntese da Diretriz
Ação Competência
678
membros e posteriormente se expandir para a representação do CBH em reuniões
estratégicas e demais eventos em que se discutem assuntos que se refletem
diretamente sobre os recursos hídricos.
Deverá ser realizada uma reunião geral com as entidades ambientais e organizadas
para apresentação do Plano buscando uma atuação conjunta com foco em estudos e
ações para implementação das diretrizes e estratégias.
679
Ainda nesse contexto, o CBH deve se fazer presente nas discussões que envolvem a
infraestrutura em saneamento básico urbano, buscando fomentar e mesmo investir,
quando cabível, em ações que terão reflexo direto sobre a disponibilidade dos recursos
hídricos nessas regiões que se caracterizam sobretudo como de baixa qualidade da
água. O destaque ao saneamento urbano se deve pelo fato de ser um setor que afeta
diretamente os recursos hídricos e envolver altos investimentos, devendo a atuação do
Comitê ser pautada nas informações levantadas no PDRH, nas descrições do Programa
5.2 e no item referente ao Orçamento Estratégico.
680
Dentre os resultados produzidos pelo PDRH-Paraopeba está o Plano de Ações, objeto
do presente relatório, que é constituído por uma série de programas associados a ações,
metas e investimentos.
Desta forma, o Plano de Diretor de Recursos Hídricos deve ser enviado para
conhecimento de todos os atores estratégicos da Bacia, incluindo Poder Público,
Entidades Privadas e Sociedade Civil.
Para que o Plano de Recursos Hídricos seja então aplicado em sua totalidade é
necessário que o mesmo seja permanentemente monitorado e atualizado. Assim, a
atualização do PDRH Paraopeba será realizada no intervalo de 10 anos e envolverá a
análise de êxito, ou não, das metas estabelecidas e das mudanças ocorridas na bacia
no período de vigência do PDRH. No que se refere às metas, serão revisadas as ações
tomadas para realizá-las, avaliando se as mesmas foram atingidas no período proposto
e, caso não tenham sido, identificar o motivo e corrigir o ponto falho.
Também deverá ser realizada uma reunião anual entre o IGAM e o Comitê com o intuito
de apresentar o andamento da implementação do Plano, durante todo o seu horizonte
de 20 anos.
O envolvimento dos atores estratégicos da bacia também é papel do Comitê, pois são
eles os responsáveis pela implementação dos programas, pela obtenção de recursos e
pelo atendimento dos requisitos estabelecidos pelas fontes de recursos identificadas.
681
Síntese da Diretriz
Ação Competência
• Envio do Plano Diretor para Poder Público, Entidades Privadas e
Comitê
Sociedade Civil;
682
Até que a atualização do enquadramento ocorra é fundamental que os demais
instrumentos de gestão relacionados aos recursos hídricos busquem atender ao
enquadramento vigente, prinicipalmente no que se refere à concessão de outorga e
licença ambiental. De forma complementar, o monitoramento e a fiscalização ambiental,
sobretudo nas áreas com melhores classes de qualidade da água devem buscar
identificar usuários e situações que estejam contribuindo para a deteriorização da
qualidade da água.
Deve-se ter como premissa a adoção de classes mais restritivas em áreas apropriadas,
pois isso garante melhor qualidade da água nos trechos classificados e
consequentemente propicia melhoria para toda a região a jusante. Dado que a bacia
possui poucas áreas de conservação e que a legislação não prevê classe específica
para as unidades de conservação de uso sustentável, a adoção de Classe 1 nessas
áreas contribuirá para a proteção dos recursos hídricos. O mesmo critério pode ser
adotado nos trechos de rio localizados nas bacias de drenagem dos manancias para
abastecimento público, garantindo proteção e propiciando economia no tratamento de
água. Essas áreas de melhor qualidade da água permitirá que a cobrança seja realizada
de forma diferenciada nesses locais, prevendo-se um maior custo para que a qualidade
dessas águas sejam mantidas. Além disso, pode estimular medidas relacionadas à
pagamento por serviços ambientais, tais como o Programa Produtor de Água.
683
O monitoramento da qualidade da água em pontos estratégicos para acompanhamento
do atendimento ao enquadramento é outro instrumento primordial, bem como a
disponibilização dessas informações no Sistema de Informação a ser adotado.
684
Síntese da Diretriz
Ação Competência
• Elaboração de 1 (uma) manifestação em que o Comitê solicite que até a
atualização do enquadramento ser aprovada, seja considerado o
Comitê
enquadramento vigente para os processos de emissão de outorga e de
licenciamento ambiental;
• Realização 1 (uma) reunião com o Comitê para apresentar o
enquadramento vigente e a importância de uma atualização que busque IGAM
alcançar a longo prazo as classes vigentes;
• Aprovação da atualização do enquadramento tendo como base os objetivos
do instrumento, mas com metas tangíveis de serem alcançadas no horizonte Comitê
de planejamento;
• Reunião de planejamento estratégico para definição da atuação frente ao
Comitê
Programa para Efetivação do Enquadramento;
• Destinação de parte dos recursos arrecadados com a cobrança para
investimento em ações previstas no Programa para Efetivação do Comitê
Enquadramento;
• Articulação junto à diretoria responsável pela outorga a emissão de outorga
para lançamento para permitir um maior controle de uso, poluição e melhoria IGAM
progressiva dos parâmetros de lançamento;
• Articulação junto à diretoria responsável pelo monitoramento sobre a
importância de pontos chaves de acompanhamento das metas
IGAM
estabelecidas, principalmente nos trechos de melhor qualidade (Classe
Especial e Classe 1);
• Articulação junto ao órgão emissor de licenças ambientais sobre a
importância de se adequar a emissão desses documentos de acordo com os IGAM
usos previstos para cada classe de enquadramento estabelecida.
• Acompanhamento contínuo das outorgas e licenças ambientais emitidas na
Comitê
Bacia e sua concordância com o enquadramento;
• Planejamento contínuo das ações no âmbito do Programa para Efetivação
Comitê
do Enquadramento.
685
captações e lançamentos a serem outorgados, nas bacias hidrográficas consideradas
como áreas de conflitos, passa de 30% para 50% da Q7,10.
• A localização do ponto informada deverá ser precisa para que o cadastro inclua
em que sub-bacia ocorre a captação.
Deve ser adotado um mecanismo para que obrigatoriamente todos os campos sejam
preenchidos e após a aprovação do Plano, uma campanha de adequação do cadastro
atual deverá ser realizada. Após a aprovação da metodologia de cobrança, deverá ser
avaliada a necessidade de inclusão de novos campos a fim de tornar compatível os dois
instrumentos. É necessário que sempre seja atendida a vazão outorgável, não
permitindo a concessão de outorgas que excedam o limite estabelecido na legislação.
686
Visto que a vazão de referência Q7,10 é bastante restritiva por representar condições
de baixas disponibilidades e a mesma não é atendida na concessão de outorgas, esse
critério deve ser revisto. O PDRH mostrou que a vazão de referência Q95% permitirá
uma certa flexibilização na análise de outorga, ficando mais próxima da condição atual
de autorizações e ao mesmo tempo mantendo uma alta permanência da disponibilidade.
Outro ponto importante sobre a outorga é referente aos usos insignificantes, sendo
obrigatório o atendimento aos critérios estabelecidos na PERH, nas deliberações
normativas CERH nº 09/04 e nº 34/10. O cadastro desses usuários deve ser
disponibilizado, cabendo ao Comitê acompanhar o mesmo a fim de identificar
irregularidades ou na retirada de água irregular por parte dos usuários declarados como
insignificantes. Considerando ainda que dadas as condições de balanço identificadas
na Bacia é possível que mesmo usos de pequeno porte não sejam insignificantes,
devendo o Comitê solicitar ao IGAM a avaliação de que essa categoria de outorga não
possa ser aplicada na Bacia, ou em partes dela, indicando que todos os usos
consuntivos da bacia sejam outorgados.
Uma condicionante a ser adotada para a concessão de outorgas aos grandes usuários
de água, tal como a COPASA, é o monitoramento e disponibilização das informações
de vazões e níveis dos reservatórios de água, de forma que seja possível o Comitê e
demais interessados acompanhar a situação desses reservatórios na Bacia.
687
elemento metálico para definição de lançamento para esses setores, além da Demanda
Bioquímica de Oxigênio (DBO), parâmetro mais comumente utilizado. Após a adoção
da outorga de lançamento, o monitoramento da bacia deve ser adequado a fim de
permitir a identificação de irregularidades.
Por fim, como forma de aumentar o controle sobre as quantidades de água efetivamente
captadas, o IGAM, através da Resolução Conjunta SEMAD/IGAM nº 2.302, de 05 de
outubro de 2015, regulamentou critérios para implantação de sistema de medição para
monitoramento dos usos e intervenções em recursos hídricos visando à adoção de
medidas de controle no estado de Minas Gerais. Assim, isso deverá ser adotado na
Bacia do Rio Paraopeba ao longo do horizonte de 20 anos primordialmente nas Áreas
Sujeitas a Restrição de Uso, nas áreas com rios enquadrados em Classe Especial e
Classe, podendo-se expandir para mais áreas conforme surgir a necessidade.
688
Síntese da Diretriz
Ação Competência
689
Esse sistema deverá ser atualizado com o banco de dados disponibilizado pelo Plano
Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba e atualizado a
cada revisão do PDRH. O Comitê deve solicitar ao IGAM que o mesmo disponibilize ou
ofereça um link com esses dados e conteúdos produzidos e que o acesso à informações
da Bacia seja mais rápido.
Síntese da Diretriz
Ação Competência
690
que o exercício do poder de polícia administrativa, para fins de fiscalização, de aplicação
de sanções administrativas, de cobrança e de arrecadação de tributos, multas e outras
receitas, será compartilhado entre a SEMAD, a FEAM, o IEF e o IGAM.
Considera-se que algumas áreas são mais sensíveis e merecem mais atenção, como é
o caso das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso. Com a oficialização destas áreas,
691
prevista na Diretriz de Áreas Sujeitas de Restrição de Uso, a Agência poderá tomar
decisões de proteção a estas regiões e propor ações de fiscalização da SEMAD com
enfoque nos usos de recursos hídricos. Além das Áreas de Restrição de Uso, as ações
de fiscalização também deverão ocorrer nas matas e vegetações que delineiam a zonas
de preservação permanente como matas ciliares, topos de morros, áreas de nascentes.
É importante que o Comitê faça denúncias formais por meio da página eletrônica da
SEMAD18, caso identifique alguma ação irregular relacionada aos recursos hídricos.
Para que a denúncia possa ser atendida é necessário fornecer algumas informações,
quais sejam: dados do denunciado (nome e/ou identificação), localização (endereço,
locais com referências, mapas, croquis ou coordenadas geográficas) e fato denunciado
(de acordo com as competências de atendimento do SISEMA).
Síntese da Diretriz
Ação Competência
• Envio de notificação à SEMAD para apresentar as Áreas Sujeitas a
Comitê
Restrição de Uso e solicitar intensificação de fiscalização;
• Solicitação, junto à SEMAD, para ações de fiscalização nas áreas de conflito
Comitê
pelo uso da água;
22.12. Penalidades
As penalidades foram instituídas pela Lei Estadual nº 13.199/99 como sendo um dos
instrumentos de gestão de recursos hídricos. Tal instrumento visa punir todo e qualquer
ato que atinja e infrinja as questões de disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos
na bacia do rio Paraopeba, através da aplicação de infrações dotadas de valores
econômicos, que geram recursos para recuperação de ambiental da Bacia.
18 http://www.meioambiente.mg.gov.br/denuncia
692
de Bacia (ou entidade equiparada) responsável por empreender medidas de correção
ou melhoramento das condições ambientais dos recursos hídricos da Bacia.
A Lei Federal nº 9.433 de 1997, em seu artigo 38, estabelece que compete aos Comitês
de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação, estabelecer critérios e
promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo.
Já a Política Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Minas Gerais, Lei nº 13.199
de 1999 traz esse tópico como um dos seus instrumentos de gestão, sendo o mesmo
detalhado no artigo 30.
Síntese da Diretriz
Ação Competência
• Elaboração de metodologia e parâmetros para o rateio; Agência
693
reservatório ou por restrição decorrente de lei ou outorga relacionada com recursos
hídricos será disciplinada pelo Poder Executivo, mediante decreto, a partir de estudo
próprio, aprovado pelo CERH-MG”.
694
23. ESTRATÉGIAS DO PLANO
Este capítulo tem por objetivo a apresentação das Estratégias propostas para o Plano
de Ação do Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, de acordo com a
estrutura apresentada no Capítulo 3. Essas estratégias estão divididas em sete
Programas, conforme a Figura 23.1, detalhados a seguir, o Programa 7.1 se inter-
relaciona em todas as estratégias e com todos os programas.
695
1 Proteção dos Recursos Hídricos
A primeira estratégia para promover o desenvolvimento sustentável na bacia do rio Paraopeba está associada à proteção do principal
recurso discutido no âmbito do Plano Diretor de Recursos Hídricos: a água. De acordo com ANA (2011)1 , há três soluções fundamen-
tais para os problemas da água: (1) prevenir a poluição; (2) tratar a água poluída; e (3) restaurar ecossistemas. Nesse contexto, o
estudo afirma que a prevenção/proteção significa reduzir ou eliminar os contaminantes na fonte, antes que possam poluir os recursos
hídricos – sendo esta, quase sempre, a forma mais barata, fácil e efetiva de proteger a qualidade da água.
De acordo com o Diagnóstico do PDRH Paraopeba, há pouquíssimas áreas de preservação ambiental e remanescentes florestais na
bacia, além disso, as Áreas de Preservação Permanente nem sempre são respeitadas, fato que compromete a qualidade das águas. A
infraestrutura de saneamento atual é outro fator que gera prejuízo à qualidade das águas, principalmente no que diz respeito ao
tratamento de esgoto.
A condição atual da bacia, portanto, reforça a necessidade de investir numa estratégia de proteção dos recursos hídricos, uma vez que
os resultados dos balanços hídricos, quantitativo e qualitativo, apresentaram inúmeras regiões com elevada criticidade, as quais deram
origem às Áreas de Conflito da bacia do rio Paraopeba. Vale ressaltar que a maior parte dos conflitos se dão pelo balanço hídrico
qualitativo crítico, com áreas críticas distribuídas por toda a bacia.
Nesse contexto, a estratégia derivada da análise SWOT tem como foco a proteção dos recursos hídricos, por meio da implementação
de programas que visem a recuperação e proteção de áreas estratégicas da bacia, minimização de impactos em áreas urbanas através
da previsão de cheias e caracterização qualitativa dos principais impactos identificados ao longo do PDRH.
OBJETIVO GERAL
Promover a proteção dos recursos hídricos por meio de ações que indiretamente se refletem em melhoria hídrica.
TOTAL R$ 274.587.474
1
ANA - Agência Nacional de Águas. Cuidando das águas: soluções para melhorar a qualidade dos recursos hídricos; Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente. -- Brasília: ANA, 2011.
PROGRAMA 1.1: RECUPERAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
CONTEXTUALIZAÇÃO
Este programa tem como finalidade propor ações que promovam a recuperação das áreas degradadas da Bacia do Rio Paraopeba, e
assim, como consequência, propiciar a melhoria das condições hídricas da bacia. Para isso, foi estabelecida uma metodologia para
identificação das áreas protegidas definidas por lei que, atualmente, encontram-se degradadas e, por consequência, devem ser
recuperadas para assumirem sua função de restrição de uso no contexto da bacia.
Assim, foram destacadas as áreas que deveriam estar protegidas, e que não possuem remanescentes, as quais foram chamadas
“Áreas a Serem Recuperadas” e estão apresentadas na Figura a seguir. Em seguida, fez-se o cruzamento dessas com as Áreas
Sujeitas a Restrição de Uso.
A metodologia de definição das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso levou em consideração alguns critérios que, por serem norteadores
de uma série de ações referentes ao Plano de Ação do PDRH Paraopeba, estão detalhados no Apêndice I do presente relatório, no entan-
to, o resumo da mesma é descrito a seguir.
As Áreas Sujeitas a Restrição de Uso da bacia hidrográfica do Rio Paraopeba foram estabelecidas a partir da definição de quatro
camadas, a saber: (i) áreas de mananciais de abastecimento público; (ii) áreas turísticas que abranjam conjuntos paisagísticos de
rios, cachoeiras e lagos; (iii) áreas consideradas como zonas de recarga direta e afloramento de aquíferos; e, (iv) áreas críticas
apresentadas no RP02 – Revisão do Relatório do Diagnóstico da Bacia do Rio Paraopeba. Em seguida, a partir da análise da sobrepo-
sição dessas 4 camadas foi estabelecido o grau de restrição apresentado no Quadro a seguir.
2 Alto
3 Muito Alto
4 Extremamente Alto
Em função do caráter voltado aos recursos hídricos, definiu-se que as Áreas Sujeitas a Restrição de Uso são as bacias hidrográficas
que possuem mais de 35% de sua área dentro dos critérios do Quadro acima, sendo o grau de risco da área igual ao máximo encontra-
do na bacia, como mostra a Figura a seguir.
Do cruzamento das Áreas a serem Recuperadas com as Áreas Sujeitas a Restrição de Uso, e considerando as indicações da Diretriz
Áreas Sujeitas a Restrição de Uso replicadas no Quadro a seguir, foram definidas sub-bacias cujas áreas devem ser recuperadas e a
sua hierarquização.
Considerando que o trabalho de recuperação de áreas degradadas é longo, envolvendo em alguns casos cuidado contínuo, acredita--
se ser inviável a contratação de uma única empresa para atender todas as áreas ao longo dos 20 anos de horizonte de planejamento
do Plano. Em contrapartida, os resultados de recuperação de áreas degradadas demoram a aparecer, podendo dificultar o acompa-
nhamento das ações e do cumprimento do contrato a ser firmado.
Dessa forma, propõe-se a recuperação de ao menos 50%, cerca de 640 km², das Áreas a Serem Recuperadas, sendo esse investi-
mento realizado prioritariamente nas áreas apresentadas a seguir:
• Áreas a Serem Recuperadas apresentadas na Figura a seguir, presentes na ottobacia 749645, também destacadas na Área 2 (A2),
por estarem em Área de Proteção Integral e Áreas Sujeitas à Restrição de Uso Extremamente Alto;
• Áreas a Serem Recuperadas apresentadas na Figura a seguir, presentes na ottobacia 749659, também destacadas na Área 4 (A4),
por estarem em Área de Proteção Integral e Áreas Sujeitas à Restrição de Uso Extremamente Alto;
• Áreas a Serem Recuperadas apresentadas na Figura a seguir, presentes na ottobacia 749656, também destacadas na Área 1 (A1),
por estarem em Área de Uso Sustentável e Áreas Sujeitas à Restrição de Uso Extremamente Alto;
• Áreas a Serem Recuperadas apresentadas na Figura a seguir, também destacadas na Área 3 (A3), por estarem em Áreas Sujeitas à
Restrição de Uso Muito Alto;
• Áreas a Serem Recuperadas apresentadas na Figura a seguir, também destacadas na Área 1 (A1), por estarem em Áreas Sujeitas à
Restrição de Uso Muito Alto.
OBJETIVO
Promover a melhoria das condições hídricas da bacia a partir da recuperação de áreas protegidas degradadas.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação do Estudo de Estratégias de Recuperação Ambiental até 4 (quatro) meses após
a manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Estudo de Estratégias de Recuperação Ambiental em até 18 (dezoito) meses após a contratação da empresa.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação do Estudo de Estratégias de Recuperação Ambiental deve contemplar coleta de dados
primários e conter minimamente as seguintes informações por área:
• Caracterização do Meio e Diagnóstico:
- Origem e extensão dos danos;
- Meio físico detalhado, compatível com a escala de estudo;
- Meio biótico detalhado, compatível com a escala de estudo;
- Meio socioeconômico detalhado, compatível com a escala de estudo;
• Proposta de Intervenção e Metodologias a Serem Utilizadas:
- Plano de Implementação;
- Plano de Manutenção;
- Plano de Monitoramento.
• Estimativa de custos associados à Implementação, Manutenção e Monitoramento.
• Escrever áreas prioritárias a serem recuperadas, dentro das previamente estabelecidas na Diretriz de Preservação de Recursos
Hídricos.
• Mobilização dos proprietários para adesão ao programa.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 1.1 - RECUPERAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
AÇÃO 1.1. 2
Recuperar áreas protegidas degradas a partir das proposições do estudo resultante da Ação 1.
ATIVIDADES
Ação Competência
3. Contratação de serviço especializado para realização das Estratégias de Recuperação Ambiental; Agência
4. Acompanhamento das ações realizadas no escopo das Estratégias de Recuperação Ambiental Agência/Comitê
previstas;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE RECUPERAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE
MANIFESTAÇÃO 5% DAS ÁREAS 15% DAS ÁREAS 30% DAS ÁREAS 50% DAS ÁREAS
DEGRADADAS DEGRADADAS DEGRADADAS DEGRADADAS
METAS
1. Recuperar no mínimo 50% das áreas protegidas degradadas na bacia até o final do horizonte do Plano.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação da empresa executora das Estratégias de Recuperação Ambiental deverá incluir no mínimo:
• Cronograma de execução das etapas de implementação, manutenção e monitoramento das áreas a serem recuperadas;
• Delimitação de área por etapa e por tempo de execução;
• Especificação de equipamentos e materiais que serão utilizados;
• Elaboração de relatórios semestrais com o andamento e planejamento das ações previstas, incluindo fotos;
• Apresentações anuais do andamento do trabalho para o Comitê de Bacia.
As reuniões anuais entre o Comitê, a Agência e a empresa contratada deverão contemplar a apresentação do andamento das ações
para que o Comitê possa acompanhar o desenvolvimento das mesmas.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
Ação Prioridade Ordem Custo (R$) Duração
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 1.1 - RECUPERAÇÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS
AÇÃO 1.1. 3
Ação 3: Acompanhar a execução da Ação 2.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a contratação de serviços de consultoria para assessoramento técnico de Comitê
fiscalização da execução da Ação 2;
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação de serviços de consultoria para assessoramento Agência
técnico de fiscalização da execução da Ação 2;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO APROVAÇÃO DE 50% APROVAÇÃO DE 100%
MANIFESTAÇÃO DO TR DA EMPRESA DOS RELATÓRIOS DOS RELATÓRIOS
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação de serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execu-
ção da Ação 2 até 4 (quatro) meses após a manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Relatório de Fiscalização da Ação 2 a cada 3 (três) meses até o final de horizonte do Plano.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação de serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução da
Ação 2, deverá contemplar minimamente:
•Plano de Trabalho: Introdução e Contextualização; Justificativa dos serviços a serem executados; Metodologias a serem utilizadas
em todas as etapas de trabalho; Quantificação dos serviços a serem executados;
•Definição das responsabilidades de todos os agentes envolvidos no projeto; Fluxogramas contendo fatores dificultadores e facilita-
dores; Cronograma de Execução; Comprovação de disponibilidade de infraestrutura, equipamentos e materiais para execução do
serviço.
• Acompanhamento e fiscalização dos projetos: Acompanhamento da execução dos serviços em relação ao cronograma físico-fi-
nanceiro definido; Elaboração de relatórios trimestrais de fiscalização e acompanhamento das obras e serviços em execução;
Composição de boletins mensais de medição para aprovação da Agência; Verificação da aplicação das normas de segurança do
trabalho, higiene ocupacional e controle ambiental, quando aplicáveis na execução dos serviços; Verificação da qualidade dos
materiais e equipamentos utilizados; Verificação das execuções dos serviços em relação às especificações técnicas e projeto contra-
tado.
• Relatórios de fiscalização: Introdução e Contextualização; Área de atuação do projeto; Andamento do projeto; Introdução, objetivos,
escopo dos serviços (quantitativos, localização, registro dos serviços, EPI’s, etc.); Cronograma físico-financeiro; Análise do desen-
volvimento dos trabalhos e recomendações, incluindo fotos; Boletim de medição.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
Custo (R$)
Ação Prioridade Ordem Duração
6ª
Ação 3: Acompanhar a execução da Ação 2. Curto Prazo 12.968.367,30 20 anos
(2022 – 2040)
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 1.2: MODELO DE PREVISÃO DE CHEIAS
CONTEXTUALIZAÇÃO
No Diagnóstico do PDRH Paraopeba identificou-se alguns eventos relacionados às inundações, alagamentos e enxurradas, sendo que
35 municípios tiveram algum episódio desses tipos entre 1991 e 2001 anos, destacando-se Betim, Ibirité, Congonhas, Conselheiro
Lafaiete, Contagem, Igarapé e Jeceaba, Juatuba, Mateus Leme. Além disso, observou-se aumento de ocorrências na última década,
se comparado à passada.
Foi levantada também a vulnerabilidade a inundações de acordo com metodologia de avaliação nacional, onde 135 trechos de rios
foram indicados como de alta vulnerabilidade, sendo a maioria deles localizados em centros urbanos, conforme detalhado no
Diagnóstico.
Visto que esses desastres comprometem não só os recursos hídricos, mas a vida da população e as atividades desenvolvidas na
região da Bacia, é importante que sejam melhor estudados, com foco sobretudo no planejamento. Sendo assim, a elaboração de um
estudo para definição de um modelo de previsão de cheias específico para a região do Paraopeba, além ser importante para o conheci-
mento do Comitê de Bacia, pode propiciar a melhoria na emissão de alertas para a população e o gerenciamento de risco à desastres.
OBJETIVO
Ter um modelo de previsão de cheias específico para a Bacia do Rio Paraopeba.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a contratação de Estudo de Modelagem para Previsão de Cheias; Comitê
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação do Estudo Modelagem para Previsão de Cheias; Agência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação do Estudo de Modelagem para Previsão de Cheias até 4 (quatro) meses após a
manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Estudo de Modelagem para Previsão de Cheias, em 18 (dezoito) meses.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação do Estudo de Modelagem para Previsão de Cheias deverá conter no mínimo as seguintes
atividades:
• Modelo numérico do terreno;
• Mapeamento de solos em escala compatível;
• Mapa de uso e cobertura da terra em escala e resolução compatível;
• Séries históricas de dados diários de precipitação, vazão e descarga líquida em períodos semelhantes;
• Série histórica de dados climatológicos;
• Conjunto de previsões meteorológicas obtidas a partir de algum modelo meteorológico com resolução espacial compatível;
• Escolha de um modelo hidrológico com justificativa, indicando-se previamente o MHD-INPE;
• Calibração e verificação do modelo hidrológico com os dados existentes;
• Correções estatísticas do viés das vazões;
• Avaliação do desempenho das previsões de vazão;
• Mapas com os resultados obtidos de previsão de cheias com a indicação das regiões previstas com vulnerabilidade alta, média e
baixa.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 1.3. CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO
CONTEXTUALIZAÇÃO
Nos estudos de elaboração do PDRH Paraopeba identificou-se que não há muitas informações relacionadas à qualidade da água que
possam ser utilizadas para caracterização natural dos corpos hídricos da bacia e mesmo para a avaliação de impacto das poluições
difusa e pontual.
OBJETIVO
Compreender as características naturais relacionadas à qualidade da água.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a contratação do Estudo para Caracterização Qualitativa dos Corpos Comitê
Hídricos Superficiais;
2. Elaboração o Termo de Referência para contratação do Estudo para Caracterização Qualitativa dos Agência
Corpos Hídricos Superficiais;
3. Contratação do Estudo para Caracterização Qualitativa dos Corpos Hídricos Superficiais; Agência
4. Acompanhamento da elaboração do Estudo para Caracterização Qualitativa dos Corpos Hídricos Agência/Comitê
Superficiais;
5. Aprovação do Estudo para Caracterização Qualitativa dos Corpos Hídricos Superficiais. Comitê
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação do Estudo para Caracterização Qualitativa dos Corpos Hídricos Superficiais até 4
(quatro) meses após a manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Estudo para Caracterização Qualitativa dos Corpos Hídricos Superficiais, em 12 (doze) meses.
ESCOPO
Escopo do estudo:
• Definição de pontos estratégicos para coleta de campo que representem condições sem interferência antrópica;
• Definição de pontos estratégicos para coleta de campo que representem condições de água afetada por lançamento de efluente
doméstico, industrial, mineral;
• Definição de datas e planejamento de coletas de campo que contemplem os diferentes períodos sazonais;
• Definição de parâmetros-chaves para monitoramento e caracterização da qualidade da água na Bacia, tendo-se no mínimo a
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Oxigênio Dissolvido (OD), Coliformes, Série de Fósforo, Série de Metais, vazão, turbidez e
pH;
• Análise dos resultados das coletas de campo associando-os ao tipo de solo, período sazonal e fonte poluidora próxima;
• Conclusão quanto às características naturais identificadas nos locais sem interferência antrópica e os demais, com apontamento
quanto aos parâmetros e padrões que melhor caracterizam cada tipo de atividade poluidora na Bacia;
• Proposição de ações mitigadoras para os locais em que se identificarem impactos resultantes das atividades antrópicas.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 1.4: ESTUDOS ESTRATÉGICOS
CONTEXTUALIZAÇÃO
Na elaboração do Plano de Ação buscou-se identificar, com base no Diagnóstico e Prognóstico realizado, estudos que irão contribuir
para o melhor entendimento das características da bacia, bem como para subsidiar na solução de problemas identificados. Contudo,
dado o horizonte do Plano, consideravelmente longo, bem como a complexidade das variáveis e fatores relacionados aos recursos
hídricos, entende-se que possivelmente surgirão demandas para contratação de estudos que até o momento não foram propostos.
Sendo assim, esse Programa pode oportunizar a contratação de estudos que o Comitê identifique como importantes para a gestão de
recursos hídricos na Bacia.
Esses estudos podem ser tanto de caráter técnico, relacionados à hidrologia e meio ambiente, quanto de caráter organizacional,
buscando identificar o arranjo institucional para a gestão, por exemplo. Dentre os estudos que podem ser contratados está a pesquisa
para reutilização dos diferentes tipos de rejeito de mineração decorrentes da atividade minerária na bacia, o potencial de reuso de água
no setor industrial e minerário, estudos de avaliação dos usos insignificantes, avaliação do rebaixamento de lençol freático, estudos
que verifiquem in loco condições de quantidade e qualidade da água quando ocorrerem denúncias ou suspeitas do uso indevido dos
recursos hídricos e a avaliação institucional da gestão, identificando os atores, seus papéis, dificuldades e meios de melhoria.
OBJETIVO
Propiciar a contratação de estudos que contribuam para a gestão de recursos hídricos.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação de um Estudo Estratégico até 4 (quatro) meses após a manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Estudo Estratégico por ano.
ESCOPO
O escopo do estudo a ser contratado será definido de acordo com a necessidade do mesmo, sendo que deve buscar definir ações a
serem desenvolvidas no âmbito da gestão dos recursos hídricos.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.1 - REDE DE MONITORAMENTO SUPERFICIAL
AÇÃO 2.1. 1
Aprovar o Estudo de Complementariedade da Rede de Monitoramento Superficial.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação do Estudo de Complementariedade da Rede de Monitoramento Superficial até 4
(quatro) meses após a manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Estudo de Complementariedade da Rede de Monitoramento Superficial, em 6 (seis) meses.
ESCOPO
A seguir é realizada uma proposta de rede complementar de monitoramento com base nas falhas de informações e apontamento de
locais estratégicos de monitoramento identificadas. Sugere-se que o estudo a ser contratado se baseie nessa proposta, mas que
procure aprimoramentos a partir do início da execução das ações do PDRH Paraopeba.
Para essa proposta foram considerados dois cenários: Situação Mínima, para atender os critérios internacionais de densidade; e, a
situação Ideal, que considera uma densidade menor, mais refinada, considerando as características da bacia. Ambos os cenários
consideraram a área de cada região estratégica.
• Monitoramento Fluviométrico:
- Situação Mínima: instalar 3 novas estações fluviométricas na sub-bacia do Baixo Paraopeba;
- Situação Ideal: instalar 6 novas estações no Alto Paraopeba; instalar 8 novas estações no Médio Paraopeba; instalar 9
novas estações no Baixo Paraopeba. Total: 23 novas estações fluviométricas;
• Monitoramento Sedimentométrico:
- Situação Mínima e Ideal: instalar 3 novas estações sedimentométricas na sub-bacia do Alto Paraopeba; instalar 4 novas
estações sedimentométricas na sub-bacia do Médio Paraopeba; instalar 4 novas estações sedimentométricas na sub-bacia do
Baixo Paraopeba; Total: 11 novas estações; Total: 11 novas estações sedimentométricas;
• Monitoramento de qualidade da água no Baixo Paraopeba e verificar a distribuição dos pontos no Médio Paraopeba, principal-
mente para análise de metais pesados devido ao desastre-crime da Barragem I do Córrego do Feijão; fixar os pontos que vem
sendo monitorados após o desastre-crime para que seja criada uma série histórica.
- Situação Mínima: atendida;
- Situação Ideal: instalar 12 novas de qualidade da água na bacia, principalmente nas Áreas Sujeitas À Restrição de Uso;
• Monitoramento Pluviométrico:
- Situação Mínima: instalar 1 nova estação pluviométricas na sub-bacia do Baixo Paraopeba;
- Situação Ideal: instalar 3 novas estações no Baixo Paraopeba;
A rede complementar a ser proposta no Estudo deve analisar também os dados de uso e ocupação do solo, principais rios, áreas
críticas, divisão de sub-bacias, áreas urbanizadas, pontos de outorgas, malha rodoviária, malha ferroviária, unidades de conserva-
ção, trechos com enquadramento definido para as classes Especial e 1.
O Estudo contemplará ainda além da localização das estações por tipo, a frequência adequada, sugestão de roteiros e tempo
estimado para instalação das estações e materiais a serem utilizados.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.1 - REDE DE MONITORAMENTO SUPERFICIAL
AÇÃO 2.1.2
Instalar equipamentos para estação de monitoramento superficial de acordo com os resultado do Estudo da Ação 1.
ATIVIDADES
Ação Competência
3. Elaboração de Edital para contratação de serviço especializado para instalação das estações e Agência
equipamentos;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE A EQUIPAMENTOS ELABORAÇÃO DE EMPRESA PARA REDE
ELABORAÇÃO DO EDITAL ADQUIRIDOS EDITAL DE INSTALAÇÃO COMPLEMENTAR
DE COMPRAS DE CONTRATAÇÃO CONTRATADA INSTALADA
EQUIPAMENTOS
METAS
1. Elaboração do Edital de Compras de Equipamentos até 4 (quatro) meses após a conclusão da Ação 1;
2. Elaboração do Edital de Contratação até 1 (um) mês após a aquisição de equipamentos;
3. Ter 1 (uma) rede complementar de monitoramento superficial, de acordo com o indicado pelo Estudo da Ação 1 em até 12 (doze)
meses.
ESCOPO
A empresa contratada deverá se basear na localização das estações por tipo, a frequência, roteiros e tempo sugeridos no Estudo
aprovado por meio da Estação 1. Contudo deverá entregar antes do início do trabalho um projeto executivo, elaborar relatórios
mensais do andamento das instalações e apresentar nas reuniões com o Comitê o andamento das mesmas.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.1 - REDE DE MONITORAMENTO SUPERFICIAL
AÇÃO 2.1.3
Realizar a operação da rede monitoramento superficial complementar.
ATIVIDADES
Atividade Competência
1. Elaboração de Edital para contratação de serviço especializado para operação da rede complementar Agência
de monitoramento superficial;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE A HOUVE HOUVE HOUVE HOUVE
ELABORAÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO
DO EDITAL EM 5 ANOS EM 10 ANOS EM 15 ANOS EM 20 ANOS
METAS
1. Elaboração do Edital até 1 (um) mês após a conclusão da Ação 2;
2. Ter uma rede complementar de monitoramento superficial operando durante o horizonte do plano.
ESCOPO
A contratação deverá contemplar minimamente:
• Operação da rede das estações fixas, incluindo a medição de descarga líquida com frequência mínima trimestral, medição da
seção transversal com frequência mínima anual, registro diário de no mínimo as cotas fluviométricas e alturas pluviométricas;
• Campanhas de campo para parâmetros como os de qualidade da água, com frequência mínima trimestral;
• Análise e consistência de todos os dados produzidos;
• Elaboração das curvas-chaves das seções de medição;
• Tratamento estatístico segundo definições do Estudo decorrente da Ação 1.
As atividades desenvolvidas no projeto contratado deverão estar de acordo com os critérios de rede, amostragem, medição, coleta,
análise de amostras, metodologia de consistência e análise de dados de acordo com os critérios do IGAM e da ANA, incluindo-se
ainda o tipo de sistema de repasse das informações para que os dados possam ser disponibilizados na mesma plataforma.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
Ação Prioridade Ordem Custo (R$) Duração
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.1 - REDE DE MONITORAMENTO SUPERFICIAL
AÇÃO 2.1.4
Realizar a manutenção da rede monitoramento superficial complementar.
ATIVIDADES
Atividade Competência
1. Elaboração de Edital para contratação de serviço especializado para manutenção da rede Agência
complementar de monitoramento superficial;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE A HOUVE HOUVE HOUVE HOUVE
ELABORAÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO
DO EDITAL EM 5 ANOS EM 10 ANOS EM 15 ANOS EM 20 ANOS
METAS
1. Elaboração do Edital até 12 (doze) meses após o início da operação da rede complementar de monitoramento superficial;
2. Realizar 1 (uma) vez ao ano a manutenção da rede complementar de monitoramento superficial durante o horizonte do plano.
ESCOPO
A contratação deverá contemplar a manutenção de toda a rede complementar de monitoramento superficial.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
Dessa forma, a rede complementar irá subsidiar o acompanhamento das ações de gestão de recursos hídricos, visto que o monitora-
mento é a ferramenta que serve para medir se as ações ligadas à despoluição, reuso, tecnologias limpas, proteção e conservação dos
recursos hídricos, dentre outras têm sido eficazes.
Cabe destacar que essa rede precisa obedecer aos critérios de coleta e amostragem estabelecidos pelo IGAM, para que os dados
possam ser integrados e otimize uma análise das condições da Bacia.
OBJETIVO
Estabelecer uma rede complementar de monitoramento da água superficial para fins de acompanhamento e planejamento.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Uma rede de monitoramento tem por objetivo apoiar o sistema de gestão dos recursos hídricos e para isso precisa atender alguns
requisitos, como localização apropriada dos pontos de controle, número de pontos suficiente para atender as condições de monitora-
mento da bacia, frequência adequada de amostragens e análise dos parâmetros de qualidade da água efetivamente representativos para
a área de intervenção.
Conforme levantado no Diagnóstico, a rede de monitoramento superficial administrada pelo IGAM na Bacia do Paraopeba obedece a
critérios de densidade, parâmetros e frequências estabelecidos por organizações de referência, tais como a União Europeia e ANA. Tais
padrões e as considerações de análise de suficiência realizada estão detalhados no RP 02: Diagnóstico da Bacia do Rio Paraopeba –
Tomo II. No entanto, a mesma se mostra insuficiente quando são consideradas questões específicas da realidade da bacia e a divisão
estratégica de administração em Baixo, Médio e Alto Paraopeba. Isso porque, demanda que a distribuição de estações atenda estas
regiões de forma individualizada, ou seja, numa área menor, o que propicia uma análise mais detalhada, sendo enriquecida pelo fato de
cada região ter características intrínsecas.
Uma rede de monitoramento fluviométrica é responsável pela medição dos dados de cotas (cm), vazões (m³/s), qualidade de água,
resumo de descarga, sedimentos e perfil transversal. A rede fluviométrica da Bacia do Rio Paraopeba é composta por 132 estações.
Dentre estas, 76 são estações operantes, no entanto 64 não apresentam dados. Nesta análise o monitoramento de vazões (m³/s) se
mostra ligeiramente insuficiente. A bacia tem uma área total de 12.030,15 km², considerando as doze estações operando, resulta-se
uma densidade de 1.002,51 km²/estação. Como Alto e Médio Paraopeba contam com um número maior de estações, são 16 e 31
estações respectivamente, a sub-bacia que necessita de complementação de monitoramento é o Baixo Paraopeba, que atualmente
conta com apenas uma estação operando. Para atingir os padrões internacionais considerando a divisão estratégica das regiões é
necessário o funcionamento de pelo menos quatro estações com dados, no Baixo Paraopeba.
Dentro da rede fluviométrica está a análise de sedimentos, o monitoramento desse fator serve, entre outros, para acompanhar ações
de desmatamento e degradação, que resultam no aumento de sedimentos nos corpos hídricos. Devido a sua importância esta rede
deve ser analisada de forma individualizada. A BH Paraopeba contempla nove estações de sedimentos, todas operantes, no entanto
apenas três apresentam dados. Para que esta rede atenda os padrões mínimos por região estratégica, com disponibilidade de dados,
são necessárias quatro estações no Alto Paraopeba, que atualmente dispõe de apenas uma, seis estações no Médio Paraopeba, que
atualmente dispões de apenas duas, e quatro estações no Baixo Paraopeba, que atualmente não conta com nenhuma estação com
dados.
A qualidade da água também faz parte do monitoramento fluviométrico. Mais do que padrões internacionais, essa rede deve atender a
critérios estabelecidos pelo Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas (PNQA). A rede atual de monitoramento qualitativo
é suficiente, considerando todos os critérios mínimos, contudo, para fins de complementação poderá ser melhorada no Baixo Paraope-
ba, região que conta com o menor número de estações. Além disso, esse tipo de monitoramento ajuda a acompanhar ações definidas
nas Diretrizes e em outros programas das Estratégias do Plano, como as relacionadas ao enquadramento, às áreas de restrição de uso
e as de recuperação ambiental.
A rede pluviométrica é responsável por monitorar as informações de chuva, sendo observadas 134 estações na Bacia do rio Paraope-
ba, das quais 95 estão aptas a realizar o monitoramento dos dados de chuva e constam como operantes no Hidroweb (ANA, 2018).
No entanto, das 134 estações observadas, apenas 53 possuem dados disponíveis para consulta e análise e destas, apenas 28 estão
em operação. Na distribuição das sub-bacias apenas o Baixo Paraopeba não atende aos padrões de suficiência mínimos, com três
estações operantes, faltando, portanto, mais uma estação.
Considerando que os resultados de uma rede de monitoramento são a base de dados para os estudos de disponibilidade hídrica,
cenários e enquadramento e que o IGAM vem cumprindo seu papel de monitorar a bacia como um todo, propõe-se, a fim de aprimorar
o banco de dados, que o Comitê realize um monitoramento complementar.
Essa rede complementar, a cargo do Comitê, buscará atender a um número adequado de estações funcionando a longo prazo para cada
região estratégica da Bacia e em pontos de controle que julgar importante. Essa complementação da rede pode, além da instalação das
estações supracitadas como necessárias para atender aos padrões mínimos, ser complementada nos pontos de rios afluentes. Além
disso, pode prever monitoramentos diferenciados, tais como a caracterização da biota e da qualidade ecológica. Isso ajudará no acom-
panhamento da recuperação do Rio Paraopeba ao desastre-crime da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão. Nesse sentido, ressalta-
se ainda que essa rede será independente da estabelecida pela Vale, cuja localização e dados monitorados não foram incluídas na
análise de suficiência e proposição de novas estações, uma vez que não se sabe quanto tempo a mesma irá operar e os pontos monito-
rados estão localizados em parte da bacia, na calha principal e após o local do desastre-crime.
2 Monitoramento
O grande desafio do Comitê da Bacia do rio Paraopeba está relacionado à implementação da gestão efetiva dos recursos hídricos, uma
vez que, mesmo com importantes instrumentos de gestão em operação, ainda há importantes lacunas no sistema que podem
comprometer a sustentabilidade dos recursos hídricos da bacia a longo prazo. Um passo importante para viabilizar essa gestão efetiva
refere-se ao monitoramento dos recursos hídricos, sendo assim, uma das estratégias propostas para o Plano de Ações está focada
nesse objetivo. Dentre os temas para viabilizar a implementação dessa estratégia está a definição de redes de monitoramento para os
recursos hídricos, superficiais e subterrâneos, e a análise e integração desses dados provenientes do monitoramento.
OBJETIVO GERAL
Estabelecer uma rede de monitoramento eficiente para acompanhamento das condições quali-quantitativas dos recursos hídricos na
Bacia.
TOTAL R$ 16.875.683
PROGRAMA 2.1 - REDE DE MONITORAMENTO SUPERFICIAL
AÇÃO 2.1.5
Ação 5: Acompanhar a execução das ações de monitoramento superficial.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a contratação de serviços de consultoria para assessoramento técnico Comitê
de fiscalização da execução das ações do Programa 2.1: Rede de Monitoramento Superficial;
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação de serviços de consultoria para assessoramento Agência
técnico de fiscalização da execução das ações do Programa 2.1: Rede de Monitoramento Superficial;
3. Contratação de serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução das Agência
ações do Programa 2.1: Rede de Monitoramento Superficial;
INDICADORES
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução
das ações do Programa 2.1: Rede de Monitoramento Superficial;
2. Aprovar 1 (um) Relatório de Fiscalização da Ação 2 a cada 3 (três) meses até o final de horizonte do Plano.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução da Ação
2, Ação 3 e Ação 4 do Programa 2.1: Rede de Monitoramento Superficial deverá conter minimamente:
• Plano de Trabalho: Introdução e Contextualização; Justificativa dos serviços a serem executados; Metodologias a serem utilizadas
em todas as etapas de trabalho; Quantificação dos serviços a serem executados; Definição das responsabilidades de todos os
agentes envolvidos no projeto; Fluxogramas contendo fatores dificultadores e facilitadores; Cronograma de Execução; Comprovação
de disponibilidade de infraestrutura, equipamentos e materiais para execução do serviço.
• Acompanhamento e fiscalização da instalação, operação e monitoramento da rede complementar de monitoramento superficial:
Acompanhamento da execução dos serviços em relação ao cronograma físico-financeiro definido;
Elaboração de relatórios trimestrais de fiscalização e acompanhamento das obras e serviços em execução; Composição de boletins
mensais de medição para aprovação da Agência; Verificação da aplicação das normas de segurança do trabalho, higiene ocupacional
e controle ambiental, quando aplicáveis na execução dos serviços; Verificação da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados;
Verificação das execuções dos serviços em relação às especificações técnicas e projeto contratado.
• Relatórios de fiscalização: Introdução e Contextualização; Área de atuação do projeto; Andamento do projeto; Introdução, objetivos,
escopo dos serviços (quantitativos, localização, registro dos serviços, EPI’s, etc.); Cronograma físico-financeiro; Análise do desen-
volvimento dos trabalhos e recomendações, incluindo fotos; Boletim de medição.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.2: REDE DE MONITORAMENTO SUBTERRÂNEA
CONTEXTUALIZAÇÃO
O monitoramento da qualidade e quantidade da água subterrânea são essenciais para uma gestão de recursos hídricos eficiente, pois
permite, entre outros, a avaliação da disponibilidade hídrica, a concessão de outorga subterrânea de forma a não comprometer o
balanço hídrico e a compreensão da relação entre as águas superficiais e subterrâneas.
Na elaboração do PDRH Paraopeba notou-se a ausência de informações consistentes sobre água subterrânea na Bacia e que esse
recurso é uma importante fonte de captação, sendo prudente o estabelecimento de uma rede de monitoramento para os corpos
hídricos subterrâneos. Atualmente, a Bacia do Rio Paraopeba conta com um bom número de poços cadastrados no SIAGAS, contudo
sem monitoramento frequente. A ausência de um monitoramento subterrâneo eficiente e com informações significativas sobre os
aspectos quantitativos e qualitativos dessa água dificulta a gestão de recursos hídricos.
O monitoramento subterrâneo é mais complexo do que o superficial, pois os aquíferos não obedecem aos limites da bacia, mas se
conectam com bacias vizinhas. Problemas de quantidade e/ou qualidade da água em algum aquífero da bacia pode ser decorrente de
ações que ocorreram em bacias vizinhas e, portanto, as informações precisam ser acompanhadas. A Bacia do Rio Paraopeba está
sobre cinco sistemas de aquíferos: Aquífero Embasamento Cristalino, Aquífero Granular Fissural, Aquífero Cárstico, Aquífero Forma-
ções Cenozóicas e Aquífero Formações Ferríferas. Cada sistema possui características químicas, tempos de recarga, profundidades
diferentes, requerendo ainda mais acompanhamento detalhado.
Visto que são os dados obtidos pelo monitoramento subterrâneo que irão subsidiar estudos de disponibilidade hídrica integrada na
bacia é interessante para o Comitê investir em uma rede de monitoramento própria para as águas subterrâneas, que inclua dados de
quantidade e qualidade das mesmas.
OBJETIVO
Implementar uma rede de monitoramento subterrânea capaz de dispor de dados quantitativos e qualitativos sobre os sistemas aquífe-
ros.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação do Estudo de Rede de Monitoramento Subterrânea até 4 (quatro) meses após a
manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Estudo de Rede de Monitoramento Subterrânea, em 12 (doze) meses.
ESCOPO
A seguir é realizada uma proposta de rede de monitoramento subterrâneo com base em parâmetros utilizados pelo CPRM e IGAM.
Sugere-se que o estudo a ser contratado se baseie nessa proposta, mas que procure aprimoramentos a partir do início da execução
das ações do PDRH Paraopeba.
A rede de monitoramento subterrâneo deverá atender aos cinco sistemas de aquíferos que estão sob a Bacia Hidrográfica do Rio
Paraopeba: Aquífero Embasamento Cristalino, Aquífero Granular Fissural, Aquífero Cárstico, Aquífero Formações Cenozóicas e
Aquífero Formações Ferríferas. Cada sistema possui características químicas, tempos de recarga, profundidades diferentes, reque-
rendo ainda mais acompanhamento detalhado. No mínimo deverá ser instalado um ponto de monitoramento por Sistema Aquífero em
cada uma das sub-bacias.
A rede de monitoramento deverá ser capaz de quantificar e avaliar o potencial hidrogeológico da bacia e subsidiar estudos de disponi-
bilidade hídrica subterrânea. Deverá ser realizada uma correlação direta entre os parâmetros hidráulicos de capacidade específica e
transmissividade e estudar o comportamento hidrodinâmico de cada sistema, com análise dos parâmetros hidrogeoquímicos.
O estudo para a rede deverá compreender avaliações químico-analíticas quantitativas e qualitativas dos principais constituintes
iônicos presentes nas águas naturais que deverão ser monitorados. Deverão ser considerados estudos e parâmetros já estabelecidos
pelo CPRM e IGAM como padrões mínimos a serem atendidos, e outros estudos complementares já realizados para estes Sistemas
Aquíferos também deverão ser considerados para que suas características individuais sejam incluídas.
Baseado nestas informações o estudo irá apontar os locais mais adequados para o monitoramento, tipo de equipamento adequado
para a coleta destes dados, viabilidade de instalação e manutenção, tempo e custos estimados para instalação e manutenção,
frequência dos dados e frequência de manutenção e materiais a serem utilizados.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.2 - REDE DE MONITORAMENTO SUBTERRÂNEA
AÇÃO 2.2.2
Instalar equipamentos para estação de monitoramento subterrânea de acordo com os resultado do Estudo da Ação 1.
ATIVIDADES
Ação Competência
3. Elaboração de Edital para contratação de serviço especializado para instalação das estações e Agência
equipamentos;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE A EQUIPAMENTOS ELABORAÇÃO DE EMPRESA PARA REDE
ELABORAÇÃO DO EDITAL ADQUIRIDOS EDITAL DE INSTALAÇÃO COMPLEMENTAR
DE COMPRAS DE CONTRATAÇÃO CONTRATADA INSTALADA
EQUIPAMENTOS
METAS
1. Elaboração do Edital de Compras de Equipamentos até 4 (quatro) meses após a conclusão da Ação 1;
2. Elaboração do Edital de Contratação até 1 (um) mês após a aquisição de equipamentos;
3. Ter 1 (uma) rede de monitoramento subterrânea, de acordo com o indicado pelo Estudo da Ação 1 em até 12 (doze) meses.
ESCOPO
A empresa contratada deverá se basear no que for definido no Estudo da Ação 1.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.2 - REDE DE MONITORAMENTO SUBTERRÂNEA
AÇÃO 2.2.3
Realizar a operação da rede monitoramento subterrânea.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Elaboração de Edital para contratação de serviço especializado para operação da rede de Agência
monitoramento subterrânea;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE A HOUVE OPERAÇÃO HOUVE OPERAÇÃO HOUVE OPERAÇÃO HOUVE OPERAÇÃO
ELABORAÇÃO EM 5 ANOS EM 10 ANOS EM 15 ANOS EM 20 ANOS
DO EDITAL
METAS
1. Elaboração do Edital até 1 (um) mês após a conclusão da Ação 2;
2. Ter uma rede de monitoramento subterrânea operando durante o horizonte do plano.
ESCOPO
A contratação deverá contemplar a operação da rede das estações fixas e as campanhas de campo para parâmetros como os de
qualidade da água. Além disso, o tratamento e consistência dos dados, bem como análises estatísticas dos mesmos.
As atividades desenvolvidas no projeto contratado deverão estar de acordo com os critérios de rede, amostragem, medição, coleta,
análise de amostras, metodologia de consistência e análise de dados de acordo com os critérios do IGAM e do SIAGAS, incluindo-se
ainda o tipo de sistema de repasse das informações para que os dados possam ser disponibilizados na mesma plataforma.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.2 - REDE DE MONITORAMENTO SUBTERRÂNEA
AÇÃO 2.2.4
Realizar a manutenção da rede monitoramento subterrânea.
ATIVIDADES
Atividade Competência
1. Elaboração de Edital para contratação de serviço especializado para manutenção da rede de Agência
monitoramento subterrânea;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE A HOUVE OPERAÇÃO HOUVE OPERAÇÃO HOUVE OPERAÇÃO HOUVE OPERAÇÃO
ELABORAÇÃO EM 5 ANOS EM 10 ANOS EM 15 ANOS EM 20 ANOS
DO EDITAL
METAS
• Elaboração do Edital até 12 (doze) meses após o início da operação da rede de monitoramento subterrânea;
• Realizar 1 (uma) vez ao ano a manutenção da rede de monitoramento subterrânea durante o horizonte do plano.
ESCOPO
A contratação deverá contemplar a manutenção de toda a rede de monitoramento subterrânea.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.2 - REDE DE MONITORAMENTO SUBTERRÂNEA
AÇÃO 2.2.5
Ação 5: Acompanhar a execução das ações de monitoramento subterrâneo.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO APROVAÇÃO APROVAÇÃO
MANIFESTAÇÃO DO TR DA EMPRESA DE 50% DOS DE 100% DOS
RELATÓRIOS RELATÓRIOS
METAS
3. Elaborar o Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução
das ações do Programa 2.2: Rede de Monitoramento Subterrânea;
4. Aprovar 1 (um) Relatório de Fiscalização da Ação 2 a cada 3 (três) meses até o final de horizonte do Plano.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução da Ação
2, Ação 3 e Ação 4 do Programa 2.2: Rede de Monitoramento Subterrânea deverá conter minimamente:
• Plano de Trabalho: Introdução e Contextualização; Justificativa dos serviços a serem executados; Metodologias a serem utilizadas
em todas as etapas de trabalho; Quantificação dos serviços a serem executados; Definição das responsabilidades de todos os
agentes envolvidos no projeto; Fluxogramas contendo fatores dificultadores e facilitadores; Cronograma de Execução; Comprovação
de disponibilidade de infraestrutura, equipamentos e materiais para execução do serviço.
• Acompanhamento e fiscalização da instalação, operação e monitoramento da rede de monitoramento subterrânea: Acompanha-
mento da execução dos serviços em relação ao cronograma físico-financeiro definido; Elaboração de relatórios trimestrais de
fiscalização e acompanhamento das obras e serviços em execução; Composição de boletins mensais de medição para aprovação
da Agência; Verificação da aplicação das normas de segurança do trabalho, higiene ocupacional e controle ambiental, quando
aplicáveis na execução dos serviços; Verificação da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados; Verificação das execuções
dos serviços em relação às especificações técnicas e projeto contratado.
• Relatórios de fiscalização: Introdução e Contextualização; Área de atuação do projeto; Andamento do projeto; Introdução,
objetivos, escopo dos serviços (quantitativos, localização, registro dos serviços, EPI’s, etc.); Cronograma físico-financeiro; Análise
do desenvolvimento dos trabalhos e recomendações, incluindo fotos; Boletim de medição.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 2.3 ANÁLISE E INTEGRAÇÃO DOS DADOS
CONTEXTUALIZAÇÃO
De acordo com o historiador israelense Yuval Harari, os dados estão substituindo as máquinas como o principal capital do século XXI
e o controle dessa infinidade de dados para gerar informações primordiais para o bem-estar e desenvolvimento de uma sociedade,
ou ainda, de um determinado setor. É nesse contexto que é avaliado o setor de gestão de recursos hídricos que, se por um lado é
servido por uma quantidade substancial de dados referentes ao monitoramento hidrológico, por outro observa-se poucas análises
integradas dos dados do setor com atividades correlatas, que deveriam ser consideradas no momento de promover uma gestão
efetiva dos recursos hídricos e de mobilizar a sociedade acerca do tema.
Na elaboração do PDRH Paraopeba foi observado que, além da falta de interrelação entre as Políticas Estaduais, há grande desinfor-
mação da população sobre a efetividade da gestão dos recursos hídricos e suas áreas afins. O preenchimento dessa lacuna de
informações é fundamental para viabilizar a gestão, além disso, deve envolver análises integradas intersetoriais que possibilitem a
realização de uma comunicação mais direta e objetiva com a população, com intuito de mobilizá-los sobre a importância da discus-
são do tema.
Uma vez que os dados hidrológicos estão disponíveis em plataformas acessíveis, o trabalho atual é identificar quais são as áreas
correlatas que devem ser envolvidas nas análises integradas, de modo a gerar fluxos de dados que subsidiem, dentre outros: (i) os
setores usuários na questão do uso racional de água; e, (ii) a população em geral com informações estratégicas que propiciem a
melhoria da qualidade de vida.
A materialização desse conjunto de dados disponíveis em informações estratégicas deve ocorrer por meio da elaboração de estudos
específicos, como por exemplo, a identificação da relação da ocorrência de doenças de veiculação hídrica na população que utiliza
fossa rudimentar e poço subterrâneo, ou ainda, a análise de tendência das séries hidrológicas de precipitação em áreas urbanas e
sua relação com eventos críticos como as cheias.
No longo prazo, o fluxo de dados gerado irá compor um Banco de Dados estratégico para a Bacia do rio Paraopeba que, se utilizado
da maneira correta, irá propiciar uma melhoria significativa na vida da população da bacia, tanto do ponto de vista do acesso ao recur-
so hídrico de qualidade e em quantidade, quanto da diminuição de impactos em meios urbanos decorrentes de eventos críticos que
serão antecipados através de modelos de previsão de cheias. Essa proposição segue a tendência já existente em grandes empresas
e que permite o aprimoramento da tomada de decisões, através de ferramentas tecnológicas existentes.
OBJETIVO
Correlacionar os dados de monitoramento existentes e coletados, com bancos de dados de outros setores afins aos recursos hídricos.
ATIVIDADES
Ação Competência
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação do Estudo de Análise de Dados Intersetoriais; Agência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação do Estudo de Análise de Dados Intersetoriais até 4 (quatro) meses após a
manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Estudo de Análise de Dados Intersetoriais, em 12 (doze) meses.
ESCOPO
O Estudo de Análise de Dados Intersetoriais da Bacia do Rio Paraopeba deverá reunir e relacionar todas as informações afins aos
recursos hídricos como, por exemplo, dados de doenças de veiculação hídrica. Esse estudo segue uma tendência já existente em
grandes empresas, que permite o aprimoramento da tomada de decisões, através de ferramentas tecnológicas existentes.
1. Elaboração do Plano de Trabalho;
2. Coleta de Dados: coletar todas as informações existentes no Plano e as afins aos recursos hídricos em formato de banco de dados;
3. Organização e Análise dos Dados: todos os dados captados são organizados em um banco de dados e apresentados de forma
visual, para facilitar a análise dos tomadores de decisão;
4. Elaboração de um Resumo Executivo: as informações deverão ser apresentadas em formato de gráficos, diagramas e tabelas, com
design elaborado para possibilitar o perfeito entendimento dos dados.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
3 Comunicação Social e Educação Ambiental
Não há desenvolvimento sem a consolidação de programas de educação e ações de comunicação social integrados. Nesse sentido,
para a boa implementação do presente Plano de Ação, entende-se que é necessário fomentar instrumentos de comunicação que
possam ser utilizados como ferramentas estratégicas de mobilização social, assim como fortalecer e apoiar o desenvolvimento de um
programa de educação ambiental estruturado e coerente com as características socioambientais da Bacia.
Compreende-se assim, que a preservação, a racionalização e o uso mais sustentável dos recursos hídricos passa, necessariamente,
por um planejamento socioeducativo sensível, capaz de refletir as potencialidades e fragilidades da Bacia de forma conjunta e contínua
com os usuários de água e com as comunidades existentes. Para tal, cabe definir ações de comunicação/divulgação alinhadas com
a realidade local e capazes de fomentar o desenvolvimento de boas práticas de preservação, de modo a contribuir para a melhoria da
qualidade de vida na Bacia.
Nesse contexto é que foi definida a terceira estratégia do PDRH Paraopeba visando assegurar ainda, as condições necessárias para a
viabilização e legitimação da participação social na gestão das águas.
OBJETIVO GERAL
Promover mobilização, articulação, interlocução, conhecimento e conscientização sobre os recursos hídricos de forma a garantir
acesso à informação e a participação da sociedade e dos múltiplos usuários da Bacia.
TOTAL R$ 23.348.922
PROGRAMA 3.1: PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
CONTEXTUALIZAÇÃO
O Plano de Bacia é um instrumento de gestão que deve ser implementado no horizonte de 20 anos, para seu bom aproveitamento é
fundamental que haja participação dos diversos setores da sociedade. A Matriz SWOT identificou que entre as principais fraquezas da
bacia estão a falta de integração entre as políticas e a desinformação do Comitê e da população em relação aos recursos hídricos.
Nestas lacunas e fragilidades é que se faz importante o Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental.
Quanto mais integrados e participantes do processo estiverem os usuários da água, mais fácil se torna a implementação de uma ação,
pois o seu engajamento já foi realizado. Considera-se que os usuários diretos são aqueles que possuem outorga ou são passíveis
dela, no entanto, os usuários indiretos incluem toda a população da bacia, pois todas os habitantes da região fazem uso da água,
mesmo que por meio das prestadoras de serviço de saneamento. Este programa inclui, portanto, toda a população da bacia, buscan-
do estreitar as relações entre o Comitê, Agência, IGAM, usuários e sociedade civil, alimentando um papel de co-responsabilidade; e
informando aos diversos públicos a importância da gestão integrada dos recursos hídricos.
OBJETIVO
Promover ações de cunho educativo e informativo ligados aos recursos hídricos para os diversos setores da sociedade, por meio da
divulgação em mídias sociais e canais de comunicação em massa.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE ATIVIDADES ATIVIDADES ATIVIDADES ATIVIDADES
CONTRATAÇÃO DESENVOLVIDAS DESENVOLVIDAS DESENVOLVIDAS DESENVOLVIDAS
EM 5 ANOS EM 10 ANOS EM 15 ANOS EM 20 ANOS
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação da Empresa para desenvolvimento e implementação do Programa de Comuni-
cação Social e Educação Ambiental até 4 (quatro) meses após a manifestação do Comitê.
2. Ter uma Empresa contratada atuando dentro do prazo de vigência.
ESCOPO
O planejamento estratégico consolidado do Programa de Comunicação e Educação ambiental deverá ser desenvolvido pela empresa
contratada, considerando ainda, o estabelecimento de uma agenda de implementação das ações e atividades, elaborada de acordo
com um calendário previamente estabelecido junto à Agência e em consonância com a agenda de eventos já consolidada do Comitê,
como as Reuniões Ordinárias mensais. De forma complementar, o planejamento buscará atuar em consonância com a Comissão
Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA/MG) a fim de alinhar as ações. Objetiva-se assim, otimizar recursos e potencializar as
agendas das instituições envolvidas, evitando conflitos e fomentando a participação de um público vasto e diversificado em todas as
etapas do Programa.
O Programa deverá atender, no mínimo, as seguintes diretrizes gerais:
• Realização de uma pesquisa prévia sobre os principais programas, projetos e ações de comunicação, mobilização social e educa-
ção ambiental já desenvolvidos ou em execução na Bacia, apontando as principais potencialidades de cada um;
• Elaboração de um Planejamento Estratégico a partir da Pesquisa realizada anteriormente, de modo a evitar sobreposição de ações,
bem como buscar estratégias diferenciadas e metodologias participativas que ainda não foram aplicadas na região, tornando o
Programa inovador e atraente ao público alvo;
• Elaboração de um Banco de Dados de Mobilização Social contendo contato dos atores sociais estratégicos da Bacia, como mem-
bros e conselheiros do Comitê, Agência, IGAM, lideranças sociais, instituições públicas, privadas, escolas, centros universitários,
associações comunitárias, entre outros, de modo a reconhecer, de forma panorâmica, o perfil do público alvo do Programa;
• Elaboração de um Banco de Dados de Comunicação Social com o levantamento dos principais meios de comunicação existentes
na Bacia (rádios, jornais, redes sociais oficiais, etc.) e profissionais que atuam nos principais veículos de comunicação de massa, a
fim de torná-los parceiros na divulgação das ações do Programa;
• Realização de reunião junto à Agência para apresentação das metodologias sócio participativas a serem empregadas na execução
do Programa à luz das orientações e exigências do TDR, aproveitando o momento para realizar alinhamentos gerais;
• Realização de reunião com o Comitê para apresentação das estratégicas e a metodologias a serem empregadas na realização das
atividades, bem como coletar do Comitê informações gerais, bem como os anseios, expectativas e sugestões para o melhor
andamento do Programa;
• Realização de reunião com o Comitê e a Agência para alinhar as principais estratégias de comunicação social e de educação social
com o intuito de garantir que as informações sejam bem desenvolvidas e transmitidas com eficiência e transparência à todas as
partes interessadas; criação de um espaço digital (site oficial) para divulgação das ações e atividades do Programa, fomentando e
fortalecendo a divulgação relevantes sobre o CBH Paraopeba, as características físicas, ambientais e culturais da Bacia, tornando-se
assim, uma canal educativo e pesquisa para toda a sociedade;
• Criação de um espaço físico para sediar as ações do Programa e receber o público alvo, bem como para realização de parte das
atividades de educação ambiental e reuniões estratégicas, contendo infraestrutura adequada para tais finalidades; criação de uma
Biblioteca no espaço físico (sede) a ser criado, de modo a reunir um número significativo de publicações com temáticas ambientais
relacionadas à Bacia, como, por exemplo, materiais didáticos/institucionais já produzidos e elaborados pelo Comitê e de instituições
que possuem questões afetas à Bacia, como associações, organizações não governamentais, instituições públicas, etc.;
• Elaboração de material informativo, educativo e com orientações gerais sobre gestão das águas e boas práticas ambientais, em
formato impresso e digital, para a sociedade civil, com o intuito de informar as ações relacionadas aos recursos hídricos já executa-
das ou em execução na Bacia, e também as atividades realizadas pelo Programa e pelo Comitê;
• Elaboração de material educativo para os usuários, em formato impresso e digital, com o intuito de informar sobre a importância
do correto uso dos recursos hídricos e sobre a importância dos instrumentos de outorga, enquadramento e cobrança;
• Promover workshops anuais com o Comitê para capacitação dos atores envolvidos sobre questões relacionadas ao Plano, instru-
mentos de gestão. Para esta ação poderão ser utilizadas programas de capacitação em modelos como os aderidos pela ANA e/ou
por Comitês que atuam em outras bacias hidrográficas;
• Elaborar conteúdo midiático coerente com o público alvo, repassando informações de maneira clara e objetiva, acessíveis aos mais
diversos públicos, sobre as atividades e temáticas trabalhadas pelo Programa e suas interfaces com os órgãos responsáveis pela
gestão das águas na bacia;
• Promover ações de Educação Ambiental sobre temáticas ambientais diversas, como uso consciente da água; coleta seletiva;
reciclagem, entre outros, com a comunidade escolar (pais-alunos-professores-funcionários) das instituições de ensino público-priva-
das inseridas na Bacia;
• Promover ações de Educação Ambiental com instituições de ensino superior inseridas na Bacia, adequando as temáticas a esse
perfil de público, utilizando-se de metodologias didáticas como visitas técnicas guiadas e palestras com profissionais de notório
saber na área de preservação de recursos hídricos, gestão ambiental, recuperação de áreas degradadas dentre outras;
• Elaboração de Boletins Informativos virtuais a serem disparados regularmente (mensal ou bimestralmente) ao público alvo, repas-
sando de forma sucinta as principais ações e agendas do Programa.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 3.1 - PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
AÇÃO 3.1.2
Ação 2: Acompanhar a execução da Ação 1.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a contratação de serviços de consultoria para assessoramento técnico Comitê
de fiscalização da execução da Ação 1;
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação de serviços de consultoria para assessoramento Agência
técnico de fiscalização da execução da Ação 1;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO APROVAÇÃO DE APROVAÇÃO DE
MANIFESTAÇÃO DO TR DA EMPRESA 50% DOS 100% DOS
RELATÓRIOS RELATÓRIOS
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da
execução da Ação 1;
2. Aprovar 1 (um) Relatório de Fiscalização da Ação 2 a cada 3 (três) meses até o final de horizonte do Plano.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução do desen-
volvimento e implementação do Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental deverá solicitar minimamente:
• Plano de Trabalho: Introdução e Contextualização; Justificativa dos serviços a serem executados; Metodologias a serem utilizadas
em todas as etapas de trabalho; Quantificação dos serviços a serem executados; Definição das responsabilidades de todos os
agentes envolvidos no projeto; Fluxogramas contendo fatores dificultadores e facilitadores; Cronograma de Execução; Comprovação
de disponibilidade de infraestrutura, equipamentos e materiais para execução do serviço.
• Acompanhamento e fiscalização do Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental: Acompanhamento da execução dos
serviços em relação ao cronograma físico-financeiro definido; Elaboração de relatórios trimestrais de fiscalização e acompanhamento
dos serviços em execução; Composição de boletins mensais de medição para aprovação da Agência; Verificação das execuções dos
serviços em relação às especificações técnicas e projeto contratado.
• Relatórios de fiscalização: Introdução e Contextualização; Área de atuação do projeto; Andamento do projeto; Introdução, objetivos,
escopo dos serviços (quantitativos, localização, registro dos serviços, etc.); Cronograma físico-financeiro; Análise do desenvolvi-
mento dos trabalhos e recomendações; Boletim de medição.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
2ª
Ação 2: Acompanhar a execução da Ação 1. Curto Prazo 1.111.853,43 20 anos
(2021 – 2040)
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
4 Instrumentos de Gestão de Recursos Hídricos
Os instrumentos de gestão definidos pela Política Estadual de Recursos Hídricos, Lei Nº 13.199/99, quando implementados de forma
correta propiciam a gestão efetiva das águas no âmbito da bacia hidrográfica. Durante a elaboração do PDRH Paraopeba, foram
avaliados como os nove instrumentos previstos na Lei estavam sendo executados na bacia e a partir de então foram definidas
algumas diretrizes relacionadas a eles. No entanto, identificou-se que dois instrumentos necessitam de uma abordagem também na
forma de programas, sendo eles: o enquadramento e o sistema de informações.
A proposição de um programa específico para o enquadramento se dá pelo fato de que o enquadramento atual da bacia conta com
um longo período de vigência, superior a 20 anos, necessitando, portanto, de uma atualização. Nesse processo será possível planejar
os usos preponderantes e a qualidade da água a ser alcançada ou mantida em cada trecho de rio e ao mesmo tempo criar o compro-
misso dos atores da bacia em trabalhar para o alcance das metas a serem estabelecidas.
O sistema de informações, por sua vez, é um instrumento importante para organizar, tratar e dar publicidade aos dados da Bacia,
sendo que a quantidade de informações geradas após a aprovação do PDRH Paraopeba só tende a crescer, visto que muitas ações
são voltadas à produção de conhecimento. Além disso, um sistema operado pela própria Agência facilitará o acompanhamento da
implantação dos programas propostos.
OBJETIVO GERAL
Constitutir um Sistema de Informação e a atualização do enquadramento de corpos de água da bacia do Paraopeba.
TOTAL R$ 11.421.957
PROGRAMA 4.1: ATUALIZAÇÃO DO ENQUADRAMENTO
CONTEXTUALIZAÇÃO
Na elaboração do PDRH foram identificados alguns fatores que podem ser associados à desatualização do enquadramento da bacia
do Paraopeba: ausência de programa para efetivação do enquadramento, inexistência de outorgas de lançamento de efluente, falta de
integração entre a classe e uso associado quando na emissão de outorgas para captação, falta de integração entre os instrumentos
de gestão de recursos hídricos e os de licenciamento ambiental. Além disso, dentro das abordagens metodológicas de estimativa de
carga poluidora e seus respectivos impactos sobre os corpos hídricos da bacia identificou-se incompatibilidade entre a classe de
enquadramento vigente, os usos atuais e as condições estimadas. Dentre essas áreas estavam as unidades de conservação de prote-
ção integral Monumento Natural Municipal Mãe D’água, Reserva Biológica Municipal Campos Rupestres de Moeda Sul e Monumento
Estadual da Serra da Moera, que ao invés de estarem com condições da Classe Especial apresentaram concentrações referentes à
Classe 1, Classe 3 e até mesmo a Classe 4, a de pior qualidade. Essa mesma classe foi estimada também para trechos utilizados
como captação dos municípios de Caetanópolis, Juatuba, Betim, Igarapé, Itaitaçu, Ibirité, Brumadinho e Congonhas. No Prognóstico,
identificou-se a mesma tendência, em questão de áreas e usos impactados, principalmente nos cenários tendenciais e de forma
menos intensa nos cenários alternativos, onde variáveis ambientais foram inseridas e demonstraram eficácia na melhoria das condi-
ções de qualidade da água.
Diante do exposto, a atualização do enquadramento dos corpos de água da bacia do Paraopeba se faz necessário. Esse estudo deve
procurar manter os trechos enquadrados na legislação vigente como Classe Especial e Classe 1, além de identificar os usuários de
água, tanto os de captação como os de lançamento, caracterizar a poluição difusa, definir parâmetros de qualidade da água mais
representativos para a bacia, definir metas de melhoria, além da proposição para complementar a rede de monitoramento capaz de
acompanhar essas metas.
OBJETIVO
Atualizar o enquadramento dos corpos de água da bacia hidrográfica do rio Paraopeba.
ATIVIDADES
Aç ão C ompetênc ia
Agência/Comitê
4. Acompanhamento da Atualização do Enquadramento dos Corpos de Água da Bacia do Paraopeba;
/IGAM
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO PROPOSTA DE
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA ATUALIZAÇÃO DO
ENQUADRAMENTO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação da Atualização do Enquadramento até 4 (quatro) meses após a manifestação do
Comitê.
2. Aprovar a Atualização do Enquadramento, em 18 (dezoito) meses.
ESCOPO
O estudo a ser contratado deverá abordar, dentre outros:
• A atualização do Diagnóstico e Prognóstico do PDRH Paraopeba com foco na identificação dos usos preponderantes e nas fontes
de poluição tendo como base a nova divisão de áreas gestão;
• Estimativa das cargas poluidoras associadas à essas situações e o impacto das mesmas sobre os corpos hídricos;
• Modelagem matemática para avaliar diferentes cenários e critérios para a definição do enquadramento, dentre os quais pode-se
citar os parâmetros a serem utilizados como indicadores e a vazão de referência;
• Proposta de enquadramento baseada nos usos preponderantes, tendo como base a manutenção da Classe Especial e Classe 1
atualmente vigente;
• Elaboração de um Programa para Efetivação do Enquadramento (PPE), que associado às classes propostas inclua as metas em
termos de:
- Cargas a serem reduzidas a curto, médio e longo prazo;
- Ações de curto, médio e longo prazo;
- Custos estimados;
- Possíveis fontes de financiamento;
- Metas progressivas de qualidade da água em termos de classes.
- Minuta de resolução do enquadramento.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
Ação Prioridade Ordem Custo (R$) Duração
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança
PROGRAMA 4.2: SISTEMA DE INFORMAÇÕES
CONTEXTUALIZAÇÃO
O Sistema de Informações é um dos instrumentos de gestão de recursos hídricos previstos pela legislação e tem por objetivo ser a
base de coleta, tratamento, armazenamento, disponibilização e de divulgação das informações que subsidiam a gestão hídrica das
bacias. A proposta deste programa é que, a partir da Agência, ela disponibilize um Sistema para armazenar todos os dados sobre a
baca e possa dar publicidade de todas as informações a serem produzidas no Paraopeba.
A proposta é que esse sistema seja desenvolvido para a Bacia do rio Paraopeba, compatível com o Sistema Estadual de Informações
sobre Recursos Hídricos (InfoHidro) de Minas Gerais de modo a incorporar a gestão integrada de recursos hídricos no estado. O
desenvolvimento do Sistema de Informações deverá atender corretamente aos interesses técnicos do IGAM e aos usuários de recur-
sos hídricos. Espera-se assim consolidar e organizar todas as informações para auxiliar a gestão e tomada de decisões do Comitê e
dos gestores.
OBJETIVO
Desenvolver um Sistema de Informações para a Bacia do rio Paraopeba.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO SISTEMA DE
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA INFORMAÇÃO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação de empresa responsável pelo desenvolvimento do Sistema de Informação até 4
(quatro meses) após a manifestação do Comitê.
2. Ter um Sistema de Informação da Bacia do rio Paraopeba em 12 (doze) meses.
ESCOPO
O Sistema de Informação da Bacia do rio Paraopeba terá como objetivo realizar a gestão do conhecimento produzido pelo PDRH e
suas ações previstas pós aprovação do Plano, permitindo o acesso de forma abrangente ao conjunto de informações a respeito da
Bacia. Para tanto, a contratação a ser realizada deverá armazenar, publicar e manter:
• Dados produzidos na elaboração do PDRH Paraopeba;
• Dados de acompanhamento das outorgas emitidas;
• Dados de monitoramento qualitativo e quantitativo dos corpos hídricos superficiais e subterrâneos;
• Planos Diretores disponíveis;
• Planos Municipais de Saneamento Básico;
• Demais dados geográficos e estudos desenvolvidos na Bacia.
Essas informações permitirão a construção e aplicação de modelos de análise espacial, gestão de conteúdo dos usuários e das
ferramentas que compõem a plataforma. O Termo de Referência para contratação precisará descrever toda a estrutura do Sistema
Web Gerenciador de Informações Geográficas:
• Camada de dados (banco de dados relacional, banco de dados geográficos, banco de dados multimídia, servidor de arquivos);
• Camada de aplicação (servidor GIS, servidor de aplicação, servidor web);
• Camada de apresentação (portal e módulos).
Os módulos por sua vez, poderão ser organizados de acordo com o interesse do Comitê, sendo sugerido ao menos cinco:
• Módulo de gestão e atualização de dados do Plano Diretor;
• Módulo de visualização e análise espacial;
• Sistema de acompanhamento de outorgas;
• Módulo administrativo, que gerencia os acessos, permissões e configurações da plataforma.
Deverão ser previstos também:
• Plano de Trabalho: Estrutura Analítica do Projeto, plano de aquisições e compras, cronograma físico detalhando as atividades a
serem executadas, modelos de relatórios e formulários para controle e acompanhamento do projeto.
• Entrevistas, fluxos de informações e acordos institucionais a serem adotados;
• Fornecimento e configuração do ambiente de nuvem, incluindo serviço, hardwares e softwares;
• Modelagem e implantação do banco de dados;
• Desenvolvimento dos módulos;
• Implantação e configuração do sistema de gestão de conteúdo;
• Abastecimento dos dados no sistema;
• Relatórios mensais de andamento;
• Elaboração de um Manual Técnico Operativo;
• Documentação e treinamento aos interessados, incluindo uma oficina de operacionalização para a Agência e o Comitê;
• Operação assistida, suporte e manutenção do Sistema por pelo menos 12 (doze) meses.
É importante que a interface do Sistema de Informação da Bacia do rio Paraopeba deverá ser intuitiva e de fácil manuseio, de modo
que técnicos e usuários de recursos hídricos possam efetuar consultas e atualizações de informações servindo de subsídio para a
gestão de recursos hídricos na bacia.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 4.2 - SISTEMA DE INFORMAÇÃO
AÇÃO 4.2.2
Ação 2: Contratar serviço especializado para manutenção e atualização do Sistema de Informação da Bacia do rio Paraopeba.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a contratação de serviço especializado para manutenção e atualização Comitê
do Sistema de Informação;
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação de serviço especializado para manutenção e Agência
atualização do Sistema de Informação;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE A HOUVE MANUTENÇÃO HOUVE MANUTENÇÃO HOUVE MANUTENÇÃO HOUVE MANUTENÇÃO
ELABORAÇÃO E ATUALIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO
DO TR EM 5 ANOS EM 10 ANOS EM 15 ANOS EM 20 ANOS
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação de serviço especializado para manutenção e atualização do Sistema de Informa-
ção até 4 (quatro meses) após a manifestação do Comitê.
2. Ter um Sistema de Informação atualizado durante o horizonte do Plano.
ESCOPO
O intuito dessa contratação é garantir que o Sistema de Informação da Bacia do rio Paraopeba esteja sempre atualizado, para tanto,
o termo de referência deverá prever minimamente:
• Plano de trabalho;
• Cronograma físico-financeiro;
• Relatório de andamento;
• Sistema de hospedagem do site, incluindo hardware e software;
• Manutenção e operação do Sistema;
• Atualização do Banco de Dados;
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
5 Infraestrutura de Saneamento
No sistema atual de gestão não há como desvincular o setor de recursos hídricos do setor de saneamento, isso porque a interdepen-
dência entre eles é grande, fato que exige que o planejamento de determinada área leve em consideração as ações do outro setor. Tal
relação ocorre tanto no meio urbano, quanto no meio rural, e por essa razão o planejamento do setor de saneamento deve utilizar o
PDRH Paraopeba como um instrumento auxiliar para tomada de decisão, uma vez que o Plano trata das disponibilidades hídricas e
da avaliação da qualidade das águas da bacia. A quinta estratégia derivada da análise SWOT tem justamente essa abordagem, a de
analisar a Infraestrutura de Saneamento sob a ótica do setor de gestão de recursos hídricos.
OBJETIVO GERAL
Fomentar a melhoria da infraestrutura de saneamento para a população da Bacia e consequentemente melhorar as condições hídricas
da Bacia
TOTAL R$ 114.208.630
PROGRAMA 5.1: SANEAMENTO RURAL
CONTEXTUALIZAÇÃO
No Diagnóstico do PDRH-Paraopeba identificou-se que dentre os residentes na Bacia, cerca de 137 mil vivem em propriedades rurais
de 48 municípios, sendo que metade dessa população está no Médio Paraopeba.
Verificou-se também que não há informações consolidadas quanto às condições de saneamento dessa população, uma estimativa
realizada para o Diagnóstico aponta que 64% da população rural da bacia tem como destinação final de seus efluentes a fossa
rudimentar. Apenas os municípios de Cachoeira da Prata, Ibirité e São João de Bicas possuem mais da metade de sua população rural
com fossa séptica, sistema considerado adequado do ponto de vista de tratamento de efluentes domésticos rurais. Pode-se assim
dizer que a maioria da população da bacia não possui tratamento apropriado para os efluentes sanitários gerados, podendo os
mesmos causarem algum tipo de poluição aos recursos hídricos. No que se refere à captação de água, a estimativa realizada aponta
que 67% das propriedades rurais na Bacia utilizam como fonte de água poço ou nascente. Sendo essas fontes bastante significativas
no meio rural é importante verificar se elas acontecem de forma adequada e sem comprometimento dos recursos hídricos.
Cabe destacar que em propriedades rurais por falta de informação e pela própria distância com os órgãos gestores, podem ocorrer
usos irregulares da água, como captações de grande volume ou pequenos barramentos para aproveitamento de água, ambos sem
outorga. Além disso, as Áreas de Proteção Permanente e Reserva Legal, podem não estar sendo respeitadas, podendo causar proble-
mas com sedimentação e erosão nos corpos hídricos.
Nesse contexto, é importante a realização de ações que visem a melhoria do saneamento rural, a regularização dos usos de água e
o cercamento e revegetação de matas nativas tendo como reflexo a melhoria nas condições hídricas da Bacia.
Como ponto de partida, foram realizadas estimativas de metas e custos para a definição do Programa, com base no Diagnóstico do
PDRH Paraopeba.
No que se refere ao efluente doméstico, foi adotada a fossa séptica como tratamento mais adequado para o ambiente rural, visto que
é a tipologia proposta pela FUNASA no Programa Nacional de Saneamento Rural. Dessa forma, trabalhou-se com os 48 municípios
com população rural e as respectivas estimativas de índice de fossa séptica apresentada no Diagnóstico do PDRH Paraopeba. Obser-
vou-se que o menor índice é 1%, a média entre eles é de 15% e o maior índice é de 80%. Com base nisso estabeleceu-se as seguintes
metas a serem alcançadas até o horizonte do Plano:
• Município com índice estimado <14%, meta de 15%;
• Município com índice estimado entre 15% e 49%, meta de 50%;
• Município com índice estimado entre 50% e 80%, meta de 80%.
No caso de melhoria em captações, considerou-se que todas as propriedades rurais teriam captação (rio, poço, nascente) encanada
e que toda a água captada seria clorada antes de ser utilizada, visto que o menor índice atual é de 78%. Dessa forma o índice seria
de 100% em todos os municípios.
A regularização das propriedades identificadas sem outorgas será realizada por meio das ações previstas na Diretriz de Outorgas pelo
Uso da Água.
Onde se identificar a necessidade de recuperação de Área de Preservação Permanente e Reserva Legal, a atuação será realizada
dentro do contexto das ações do Programa 1.1. Recuperação de Áreas Protegidas.
Dentro dessas ações, está previsto ainda um cadastro rural, com o intuito de identificar as propriedades rurais, possíveis usos irregu-
lares, entre outros.
De forma complementar, campanhas de conscientização de uso da água no meio rural será contemplada nas ações do Programa 3.1:
Comunicação Social e Educação Ambiental.
OBJETIVO
Investir em infraestrutura de saneamento rural.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para contratação de serviço especializado para atuação nas propriedades Comitê
rurais do Médio Paraopeba.
2. Elaboração do termo de referência para contratação de serviço especializado para atuação nas Agência
propriedades rurais do Médio Paraopeba;
3. Contratação de serviço especializado para atuação nas propriedades rurais do Médio Paraopeba; Agência
4. Aprovação do projeto executivo elaborado para as propriedades rurais do Médio Paraopeba; Comitê
6. Manifestação do Comitê para contratação de serviço especializado para atuação nas propriedades Comitê
rurais do Baixo Paraopeba;
7. Elaboração do termo de referência para contratação de serviço especializado para atuação nas Agência
propriedades rurais do Baixo Paraopeba;
8. Contratação de serviço especializado para atuação nas propriedades rurais do Baixo Paraopeba; Agência
9. Aprovação do projeto executivo elaborado para as propriedades rurais do Baixo Paraopeba; Comitê
10.
. Acompanhamento das ações desenvolvidas no âmbito do serviço contratado Agência/Comitê
11. Manifestação do Comitê para contratação de uma empresa para atuação nas propriedades rurais do Comitê
Alto Paraopeba;
12. Elaboração do termo de referência para contratação de serviço especializado para atuação nas Agência
propriedades rurais do Alto Paraopeba;
13. Contratação de serviço especializado para atuação nas propriedades rurais do Alto Paraopeba; Agência
14. Aprovação do projeto executivo elaborado para as propriedades rurais do Alto Paraopeba; Comitê
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE ELABORAÇÃO INVESTIMENTO NO INVESTIMENTO NO INVESTIMENTO NO
MANIFESTAÇÃO DO TR MÉDIO PARAOPEBA BAIXO PARAOPEBA ALTO PARAOPEBA
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação de empresa para atuação nas propriedades rurais do Médio Paraopeba até 4
(quatro) meses após a manifestação do Comitê.
2. Investir na infraestrutura de saneamento e caracterizar as propriedades rurais do Médio Paraopeba em 24 (vinte e quatro meses).
3. Elaborar o Termo de Referência para contratação de empresa para atuação nas propriedades rurais do Baixo Paraopeba até 4
(quatro) meses após a manifestação do Comitê.
4. Investir na infraestrutura de saneamento e caracterizar as propriedades rurais do Baixo Paraopeba em 12 (doze meses).
5. Elaborar o Termo de Referência para contratação de empresa para atuação nas propriedades rurais do Alto Paraopeba até 4
(quatro) meses após a manifestação do Comitê.
6. Investir na infraestrutura de saneamento e caracterizar as propriedades rurais do Alto Paraopeba em 12 (doze meses).
ESCOPO
A empresa a ser contratada por área de gestão irá realizar o projeto e a execução das obras de saneamento rural, além do cadastra-
mento rural, apontando as propriedades com necessidade de regularização de uso da água e áreas de proteção.
O projeto a ser elaborado terá como foco definir:
• Cronograma de implantação de fossa séptica e adequação de captação nos municípios, considerando a maior carência e a localiza-
ção para facilitar o trabalho de campo;
• Definir as melhores técnicas de construção e materiais a serem adotados;
• Projeto executivo geral.
O Cadastro de Propriedade Rurais ocorrerá de forma simultânea à execução das obras de saneamento. Sugere-se que sejam coleta-
das no mínimo as seguintes informações:
• Localização da propriedade rural;
• Informações do proprietário (nome, CPF, contato);
• Número de habitantes na propriedade;
• Tipo de uso da água (poço, derivação, rio, etc.);
• Se é cadastrado e/ou outorgado como usuário da água;
• Destinação dos resíduos sólidos;
• Existência de barramento;
• Situação da Área de Proteção Permanente e da Reserva Legal.
É importante que essa atuação no meio rural seja bastante divulgada previamente e explicado que trata-se de uma pesquisa e ação
de melhoria, sem caráter punitivo.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança
PROGRAMA 5.1 - SANEAMENTO RURAL
AÇÃO 5.1.2
Ação 2: Acompanhar a execução da Ação 1.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a contratação de serviços de consultoria para assessoramento técnico Comitê
de fiscalização da execução da Ação 1;
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação de serviços de consultoria para assessoramento Agência
técnico de fiscalização da execução da Ação 1;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO APROVAÇÃO DE 50% APROVAÇÃO DE 100%
MANIFESTAÇÃO DO TR DA EMPRESA DOS RELATÓRIOS DOS RELATÓRIOS
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução
da Ação1.
2. Aprovar 1 (um) Relatório de Fiscalização da Ação 2 a cada 3 (três) meses até o final de horizonte do Plano.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução da Ação
1 do Programa 5.1: Saneamento Rural deve conter no mínimo:
• Plano de Trabalho: Introdução e Contextualização; Justificativa dos serviços a serem executados; Metodologias a serem utilizadas
em todas as etapas de trabalho; Quantificação dos serviços a serem executados; Definição das responsabilidades de todos os
agentes envolvidos no projeto; Fluxogramas contendo fatores dificultadores e facilitadores; Cronograma de Execução; Comprovação
de disponibilidade de infraestrutura, equipamentos e materiais para execução do serviço.
• Acompanhamento e fiscalização do projeto de melhoria de infraestrutura de saneamento rural e cadastramento das propriedades:
Acompanhamento da execução dos serviços em relação ao cronograma físico-financeiro definido; Elaboração de relatórios trimes-
trais de fiscalização e acompanhamento das obras e serviços em execução; Composição de boletins mensais de medição para
aprovação da Agência; Verificação da aplicação das normas de segurança do trabalho, higiene ocupacional e controle ambiental,
quando aplicáveis na execução dos serviços; Verificação da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados; Verificação das
execuções dos serviços em relação às especificações técnicas e projeto contratado.
• Relatórios de fiscalização: Introdução e Contextualização; Área de atuação do projeto; Andamento do projeto; Introdução, objetivos,
escopo dos serviços (quantitativos, localização, registro dos serviços, EPI’s, etc.); Cronograma físico-financeiro; Análise do desen-
volvimento dos trabalhos e recomendações, incluindo fotos; Boletim de medição.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
Ação Prioridade Ordem Custo (R$) Duração
30ª
Ação 2: Acompanhar a execução da Ação 1. Longo Prazo 4.251.273,76 4 anos
(2032 – 2035)
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 5.2: SANEAMENTO URBANO
CONTEXTUALIZAÇÃO
Na elaboração do Diagnóstico do PDRH Paraopeba, identificou-se baixos índices de saneamento urbano, sobretudo de esgotamento
sanitário e resíduos sólidos, além da ausência de informações de drenagem. Tais fatos foram definidos como fraquezas por meio da
análise SWOT do PDRH, motivando a proposição desse programa. No que se refere ao atendimento de água, a situação não é tão
crítica, visto que, conforme o Diagnóstico elaborado, apenas quatro municípios apresentam índice inferior a 85%. Contudo em
questão de esgoto, apenas de 50% da população urbana residente na bacia possui acesso à coleta e tratamento de seus efluentes de
forma adequada. Ainda no Diagnóstico identificou-se que poucos municípios fazem a disposição de seus resíduos em aterro contro-
lado, considerado como melhor solução dentre as existentes do ponto de vista de poluição. Outra informação importante levantada
durante o Plano foi que 27 municípios não possuem Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) elaborado, o que dificulta ainda
mais ações no âmbito do saneamento urbano, visto que uma etapa importante de planejamento não está sendo cumprida.
Dessa forma, é importante que o Comitê de Bacia se faça presente nas discussões que envolvem a infraestrutura em saneamento
básico urbano, fomente e invista em ações que terão reflexo direto sobre a disponibilidade dos recursos hídricos nessas regiões que
se caracterizam sobretudo como de baixa qualidade da água.
Para tanto entende-se que o Comitê, por meio da Agência invista parte do dinheiro arrecadado com a cobrança para contratação dos
PMSB e a partir de um planejamento mais consolidado por meio desses documentos inicie discussões de implantação de infraestru-
tura em saneamento urbano. A fim de estimativas, considerou-se investimento em contratação de PMSB para os 27 municípios
identificados sem o mesmo.
OBJETIVO
Investir na contratação de PMSB contribuindo para que todos os municípios da Bacia possuam planejamento em saneamento urbano.
ATIVIDADES
Ação Competência
2. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar o PMSB; Agência
4. Elaboração do termo de referência para contratação de serviço especializado para realização do Agência
primeiro lote de PMSB;
8. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar o PMSB; Agência
10. Elaboração do termo de referência para contratação de serviço especializado para realização do Agência
segundo lote de PMSB;
11. Contratação de serviço especializado para a elaboração do segundo lote de PMSB; Agência
14. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar o PMSB; Agência
16. Elaboração do termo de referência para contratação de serviço especializado para realização do Agência
terceiro lote de PMSB;
17. Contratação de serviço especializado para a elaboração do terceiro lote de PMSB; Agência
INDICADORES
ESCOPO
Essa ação visa auxiliar os municípios na elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico, a fim de facilitar o planejamento
de ações que impactam diretamente os recursos hídricos.
O projeto a ser contratado deverá conter no mínimo:
• Estratégia para condução dos trabalhos:
- Formação do grupo de trabalho;
- Reunião de partida;
- Reuniões periódicas de alinhamento entre a CONTRATADA e o Grupo de Trabalho;
- Realização das Audiências Públicas;
• Escopo das atividades:
- Plano de Trabalho;
- Plano de Mobilização Social do PMSB;
- Plano de Comunicação Social do PMSB;
- Diagnóstico da Situação do Saneamento Básico;
- Planejamento do Diagnóstico, incluindo os enfoques em saneamento básico, a caracterização geral do município, a carac-
terização geral do saneamento básico, diagnóstico dos setores inter-relacionados com o saneamento básico e os resultados da
audiência pública do Diagnóstico do PMSB;
- Prognósticos e Alternativas para a Universalização, que incluem a projeção populacional, cenários alternativos das deman-
das por serviços de saneamento básico, definição de objetivos e metas, compatibilização das carências de saneamento com as
ações do PMSB, necessidades de serviços públicos de saneamento básico, alternativas de gestão dos serviços públicos de sanea-
mento básico e a hierarquização das ações de intervenção prioritária.
• Programas, Projetos e Ações, incluindo o Programa de Ações Imediatas, Programas de Ações do PMSB (curto, médio e longo
prazo) e os resultados da audiência pública para apresentação dos Programas, Projetos e Ações do PMSB.
• Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade das Ações do PMSB;
• Definição de Ações para Emergências e Contingências;
• Relatório Final do PMSB (documento síntese).
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança.
PROGRAMA 5.2 - SANEAMENTO URBANO
AÇÃO 5.2.2
Ação 2: Financiar e apoiar os municípios na revisão dos Planos Municipais existentes.
ATIVIDADES
Ação Competência
2. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar a revisão do PMSB; Agência
4. Elaboração do termo de referência para contratação de serviço especializado para realização do Agência
primeiro lote de revisão do PMSB;
5. Contratação de serviço especializado para a elaboração do primeiro lote de revisão do PMSB; Agência
8. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar a revisão do PMSB; Agência
10. Elaboração do termo de referência para contratação de serviço especializado para realização do Agência
segundo lote de revisão do PMSB;
11. Contratação de serviço especializado para a elaboração do segundo lote de revisão do PMSB; Agência
13. Manifestação do Comitê para a contratação de terceiro lote de revisão do PMSB; Comitê
14. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar a revisão do PMSB; Agência
16. Elaboração do termo de referência para contratação de serviço especializado para realização do Agência
terceiro lote de revisão do PMSB;
17. Contratação de serviço especializado para a elaboração do terceiro lote de revisão do PMSB; Agência
INDICADORES
ESCOPO
Essa ação visa auxiliar os municípios na revisão dos Planos Municipais de Saneamento Básico a fim de equiparar as condições de
planejamento em infraestrutura urbana. Para tanto, o serviço a ser contratado deverá conter no mínimo:
• Estratégia para condução dos trabalhos: Formação do grupo de trabalho; Reunião de partida; Reuniões periódicas de alinhamento
entre a CONTRATADA e o Grupo de Trabalho; Realização as Audiências Públicas.
• Escopo das Atividades: Plano de Trabalho; Plano de Mobilização Social do PMSB; Plano de Comunicação Social do PMSB; Avalia-
ção do Grau de implementação das estratégias do PMSB vigente; Atualização do Diagnóstico; Atualização do Prognóstico e adequa-
ção das alternativas para a universalização.
• Atualização e adequação dos Programas, Projetos e Ações;
• Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade das Ações do PMSB;
• Definição de Ações para Emergências e Contingências;
• Relatório Final do PMSB (documento síntese).
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança.
PROGRAMA 5.2 - SANEAMENTO URBANO
AÇÃO 5.2.3
Ação 3: Acompanhar a execução das ações do Programa 5.2: Saneamento Urbano.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a contratação de serviços de consultoria para assessoramento técnico Comitê
de fiscalização da execução das ações do Programa 5.2: Saneamento Urbano;
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação de serviços de consultoria para assessoramento Agência
técnico de fiscalização da execução das ações do Programa 5.2: Saneamento Urbano;
3. Contratação de serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução das Agência
ações do Programa 5.2: Saneamento Urbano;
INDICADORES
METAS
3. Elaborar o Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução
das ações do Programa 5.2: Saneamento Urbano;
4. Aprovar 1 (um) Relatório de Fiscalização da Ação 2 a cada 3 (três) meses até o final de horizonte do Plano.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução das ações
do Programa 5.2: Saneamento Urbano deverá solicitar minimamente:
• Plano de Trabalho: Introdução e Contextualização; Justificativa dos serviços a serem executados; Metodologias a serem utilizadas
em todas as etapas de trabalho; Quantificação dos serviços a serem executados; Definição das responsabilidades de todos os
agentes envolvidos no projeto; Fluxogramas contendo fatores dificultadores e facilitadores; Cronograma de Execução; Comprovação
de disponibilidade de infraestrutura, equipamentos e materiais para execução do serviço.
• Acompanhamento e fiscalização da elaboração e revisão dos PMSBs: Acompanhamento da execução dos serviços em relação ao
cronograma físico-financeiro definido; Elaboração de relatórios trimestrais de fiscalização e acompanhamento dos serviços em
execução; Composição de boletins mensais de medição para aprovação da Agência; Verificação das execuções dos serviços em
relação às especificações técnicas e projeto contratado.
• Relatórios de fiscalização: Introdução e Contextualização; Área de atuação do projeto; Andamento do projeto; Introdução, objetivos,
escopo dos serviços (quantitativos, localização, registro dos serviços, etc.); Cronograma físico-financeiro; Análise do desenvolvi-
mento dos trabalhos e recomendações; Boletim de medição.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água
PROGRAMA 5.3: DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA
CONTEXTUALIZAÇÃO
Uma estimativa de disponibilidade hídrica subterrânea foi realizada dentro da etapa de Diagnóstico do PDRH Paraopeba, por meio de
dados secundários para compor a matriz de cálculo, baseando-se em dados históricos de pluviometria, porosidade média do solo e
vazão, que representam em separados os diversos ambientes hidrogeológicos estudados. Isso ocorreu pelo fato de não haver dados
específicos de monitoramento subterrâneo disponíveis para a região ou estudos que possam servir de base para o cálculo das
reservas hídricas subterrâneas. Dessa forma, é importante que seja atualizado a partir de dados de monitoramento hidrogeológico,
com uma série histórica consistente.
Com a implementação do Programa 2.1: Rede de Monitoramento Subterrâneo e com dados e parceria com instituições como o
CPRM, será possível a Agência de Bacia contratar um estudo das disponibilidades, que caracterize os aquíferos em termos de dispo-
nibilidade, incluindo aspectos quantitativos e qualitativos.
Esse estudo servirá de base para a tomada de decisões em relação à gestão de recursos hídricos, na implementação de instrumentos
de gestão, como a emissão de outorgas e cobrança. E, talvez, num horizonte do plano, servir de base para um estudo de enquadra-
mento subterrâneo. Além disso, poderá contribuir para estudos de integração sobre os corpos hídricos superficiais e subterrâneos.
A Lei Estadual nº 13.771, de 11 de dezembro de 2011, dispõe sobre a administração, a proteção e a conservação das águas subterrâ-
neas de domínio do Estado e preconiza que os sistemas aquíferos deverão ser avaliados quantitativamente e qualitativamente e ter
planejamento de seu aproveitamento racional. O estudo de disponibilidade hídrica subterrânea é a ferramenta que irá auxiliar os
órgãos competentes a colocarem os preceitos da Lei em prática.
Além de questões de planejamento, prevenção e preservação é importante que esse estudo seja elaborado com certa celeridade,
visto que alguns municípios da bacia dependem total ou parcialmente de captações subterrânea para abastecimento público.
Vale ressaltar que o estudo de Prognóstico do PDRH Paraopeba identificou que, em virtude das principais lavras do Quadrilátero
Ferrífero estarem situadas na mesma região de expansão urbana da RMBH, a tendência é que se multiplique o potencial de danos
causados por riscos com barragens de rejeitos, escorregamentos, rompimento de tubulações, problemas com o rebaixamento e a
contaminação do lençol subterrâneo, acidentes nas rodovias com caminhões carregados de minério ou de carvão e impactos genera-
lizados em áreas de ocupação urbana. Desta forma, o estudo de Disponibilidades servirá também como meio de acompanhamento
desses danos potenciais e permitindo a preservação dos recursos hídricos subterrâneos.
OBJETIVO
Realizar estudo hidrogeológico de disponibilidade hídrica subterrânea.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação do Estudo de Disponibilidade Hídrica Subterrânea até 4 (quatro) meses após a
manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Estudo de Disponibilidade Hídrica Subterrânea, em 12 (doze) meses.
ESCOPO
O Estudo de Disponibilidade Hídrica Subterrânea deverá abordar aspectos quantitativos e qualitativos e que sirva de base para a
tomada de decisões em relação à emissão de outorgas. O estudo deverá contemplar as principais características hidrológicas e
hidrometereológicas da região para fundamentar os resultados de disponibilidade hídrica.
A equipe do estudo deverá ser multidisciplinar, formada por no mínimo um hidrogeólogo, um engenheiro hidrólogo e um geólogo e
deverá incluir no mínimo:
• Levantamento e sistematização de dados e informações hidrológicas, hidrogeológicas, climáticas, geológicas e geomorfológicas
existentes;
• Elaboração de bases cartográficas e tratamento de imagens digitais;
• Mapeamento geológico e do uso e ocupação do solo;
• Inventário hidrogeológico e hidrológico;
• Caracterização hidrodinâmica dos sistemas aquíferos;
• Elaboração de modelos hidrogeológicos conceituais de numéricos;
• Calibração e estudo da sensibilidade da modelagem numérica;
• Atualização do banco de dados do SIAGAS – Sistemas de Informações de Águas Subterrâneas;
• Consolidação das informações hidrológicas e hidrogeológicas para a definição das disponibilidades hídricas subterrâneas;
• Definição dos limiares de vazões insignificantes para captação de água subterrânea em poços tubulares.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
Ação Prioridade Ordem Custo (R$) Duração
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança.
6 Segurança de Barragens
Desde promulgação da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), através da Lei Federal n° 12.334/2010, diversas ações
relacionadas ao tema começaram a ser desenvolvidas, dentre elas os Planos de Segurança de Barragens. Esse Plano é um instru-
mento da PNSB, onde fica estabelecido que é de responsabilidade do empreendedor elaborá-lo com o objetivo de auxiliar sobre a
avaliação da segurança da barragem. O documento deve conter, dados técnicos de construção, operação e manutenção do empreen-
dimento de maneira a minimizar a possibilidade de acidentes.
De acordo com a Resolução Nº 236 de 30 de janeiro de 2017, a ANA como agência reguladora, deve fiscalizar as barragens de água
abrangidas pela Lei nº 12.334/10 para as quais outorgou o direito de uso dos recursos hídricos, exceto para fins de aproveitamento
hidrelétrico. Essas barragens são classificadas pela própria ANA em categorias de risco e de dano potencial, ambas variam entre alto,
médio e baixo. Nessa Resolução estão estabelecidos a periodicidade de atualização, a qualificação do responsável técnico, o conteú-
do mínimo e o nível de detalhamento do Plano de Segurança da Barragem e do Plano de Ação de Emergência (PAE) voltados às barra-
gens de água.
Na esfera estadual, cabe ao IGAM fiscalizar as barragens no domínio do Estado de Minas Gerais através do estabelecido pelas suas
Portarias Nº 002/19 e Nº 003/19. A primeira Portaria estabelece a periodicidade de execução ou atualização, a qualificação dos
responsáveis técnicos, o conteúdo mínimo e o nível de detalhamento do Plano de Segurança da Barragem, da Inspeção de Segurança
Regular – ISR, da Inspeção de Segurança Especial, da Revisão Periódica de Segurança de Barragem - RPSB e do Plano de Ação de
Emergência - PAE. Enquanto a segunda dispõe sobre os procedimentos para o cadastro de barragens em curso d’água no Estado de
Minas Gerais, onde os usuários de recursos hídricos que possuem barragens para acumulação de água, exceto para fins de aprovei-
tamento hidrelétrico no Estado foram convocados para realização de um cadastro no Sistema de Cadastro de Usuários de Recursos
Hídricos do Estado de Minas Gerais (SISCAD).
Em função dessas regulamentações que ficam a cargo da ANA e do IGAM e baseado no fato de que as barragens são propriedades
privadas, cabe ao Comitê de Bacia e demais atores estratégicos acompanhar as informações disponibilizadas pelos órgãos regulado-
res. Contudo, visto a importância desse assunto e o interesse em garantir água para a população da bacia do rio Paraopeba, foi
estabelecida uma estratégia de atuação relacionada à segurança de barragens de água com potencial de regularização de vazão.
OBJETIVO GERAL
Garantir o potencial das barragens atuarem como reguladoras de vazão na bacia do rio Paraopeba de forma segura.
TOTAL R$ 147.249.876
PROGRAMA 6.1: AVALIAÇÃO DE ASSOREAMENTO DE RESERVATÓRIOS
CONTEXTUALIZAÇÃO
No Diagnóstico do PDRH Paraopeba identificou-se a existência de reservatórios importantes para abastecimento humano e geração
de energia. O processo de formação dessas estruturas normalmente modifica as condições naturais dos corpos hídricos, alterando
sobretudo as velocidades das correntes e se reflete na deposição de sedimentos, podendo ocasionar o assoreamento do reservatório
e até inviabilizar sua operação e utilização. A longo prazo, esse processo pode interferir nas condições de montante e sobretudo de
jusante do corpo hídrico, podendo trazer como consequência alteração de fluxo, perda de qualidade da água e assoreamento.
Considerando tais possibilidades e o fato de que estudos de avaliação de assoreamento em reservatórios não foram identificados na
Bacia, sugere-se que o Comitê, como prevenção, contrate um estudo para a avaliação de assoreamento de reservatórios e assim
subsidie ações no sentido de remediar e/ou prevenir esse problema.
OBJETIVO
Contratar um estudo para a análise da ocorrência de assoreamento nos reservatórios de água e energia existentes para subsidiar
ações preventivas e corretivas.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação do Estudo de Avaliação de Assoreamento em Reservatórios até 4 (quatro) meses
após a manifestação do Comitê.
2. Ter 1 (um) Estudo de Avaliação de Assoreamento em Reservatórios concluído em 12 (doze) meses.
ESCOPO
O estudo a ser contratado deverá contemplar as seis represas existentes da Bacia, quais sejam: Represa do Taboão, Lagoa da Petro-
brás, Represa Ouro Branco, Represa Rio Manso, Reservatório Serra Azul, Reservatório Vargem das Flores. Em relação ao Escopo
sugere-se, no mínimo:
• Determinação da produção de sedimentos: Avaliação da erosão; Medição de sedimentos por meio de postos sedimentométricos;
Amostragem de sedimento; Determinação do peso aparente; Processamento dos dados; Regionalização dos dados de sedimentos;
• Eficiência de retenção de sedimentos em um reservatório: Medição sistemática de descargas sólidas afluentes ao reservatório e a
jusante da barragem.
• Medição e previsão de assoreamento do reservatório: Avaliação do assoreamento total e do volume morto; Avaliação da vida útil
do reservatório; Distribuição dos sedimentos no reservatório (pontos com mais tendência); Levantamento topo-batimétrico; Mapea-
mento do leito; Cálculo dos volumes de água e de sedimento depositado; Traçado de novas curvas cota x área x volume;
• Medidas de controle: Corretivo; Preventivo.
• Hierarquização de ações a serem realizadas e em quais reservatórios.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança.
PROGRAMA 6.1 - AVALIAÇÃO DE ASSOREAMENTO DE RESERVATÓRIOS
AÇÃO 6.1.2
Induzir que as ações de controle e mitigação para controlar ou desassorear as barragens sejam empreendidas.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Apresentação das ações preventivas e corretivas previstas no Estudo de Assoreamento com foco em
Agência
destacar os casos de maior gravidade;
2. Reunião entre o Comitê e responsáveis pelos reservatórios identificados com medidas de controle e
Comitê
prevenção;
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE A INVESTIMENTO REALIZADO 50% REALIZADO 75% REALIZADO 100%
DEFINIÇÃO DE DEFINIDO DO INVESTIMENTO DO INVESTIMENTO DO INVESTIMENTO
INVESTIMENTO
METAS
1. Percentual de 40% de práticas de controle nas barragens aprovadas pelo Comitê;
2. Percentual de 60% de práticas de controle nas barragens aprovadas pelo Comitê;
ESCOPO
O Comitê atuará por meio da Agência de Bacia ou Entidade Equiparada como fomentador da importância em se investir em medidas
de correção e prevenção de assoreamento em reservatórios para garantir a disponibilidade hídrica na Bacia. Como forma de incenti-
var a ação dos responsáveis fará investimento de parte do dinheiro arrecadado com a cobrança nessas ações.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
Ação Prioridade Ordem Custo (R$) Duração
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança.
PROGRAMA 6.1 - AVALIAÇÃO DE ASSOREAMENTO DE RESERVATÓRIOS
AÇÃO 6.1.3
Ação 3: Acompanhar a execução das ações da Ação 2
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO APROVAÇÃO DE 50% APROVAÇÃO DE 100%
MANIFESTAÇÃO DO TR DA EMPRESA DOS RELATÓRIOS DOS RELATÓRIOS
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução
da Ação 2;
2. Aprovar 1 (um) Relatório de Fiscalização da Ação 2 a cada 3 (três) meses até o final de horizonte do Plano.
ESCOPO
O Termo de Referência para contratação serviços de consultoria para assessoramento técnico de fiscalização da execução das ações
de controle de assoreamento em Reservatórios deverá prever:
• Plano de Trabalho:
- Introdução e Contextualização;
- Justificativa dos serviços a serem executados;
- Metodologias a serem utilizadas em todas as etapas de trabalho;
- Quantificação dos serviços a serem executados;
- Definição das responsabilidades de todos os agentes envolvidos no projeto;
- Fluxogramas contendo fatores dificultadores e facilitadores;
- Cronograma de Execução;
- Comprovação de disponibilidade de infraestrutura, equipamentos e materiais para execução do serviço.
• Acompanhamento e fiscalização dos projetos:
- Acompanhamento da execução dos serviços em relação ao cronograma físico-financeiro definido;
- Elaboração de relatórios trimestrais de fiscalização e acompanhamento das obras e serviços em execução;
- Composição de boletins mensais de medição para aprovação da Agência;
- Verificação da aplicação das normas de segurança do trabalho, higiene ocupacional e controle ambiental, quando aplicá-
veis na execução dos serviços;
- Verificação da qualidade dos materiais e equipamentos utilizados;
- Verificação das execuções dos serviços em relação às especificações técnicas e projeto contratado.
• Relatórios de fiscalização:
- Introdução e Contextualização;
- Área de atuação do projeto;
- Andamento do projeto;
- Introdução, objetivos, escopo dos serviços (quantitativos, localização, registro dos serviços, EPI’s, etc.);
- Cronograma físico-financeiro;
- Análise do desenvolvimento dos trabalhos e recomendações, incluindo fotos;
- Boletim de medição.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Cobrança pelo uso da água.
PROGRAMA 6.2: ALOCAÇÃO DE VAZÃO DE REGULARIZAÇÃO
CONTEXTUALIZAÇÃO
A bacia do rio Paraopeba possui um perfil diverso, onde as demandas de abastecimento público e de mineração se destacam e predo-
minam boa parte da área ocupada da bacia. Uma das formas de ampliar a oferta da água é através da construção de barramentos
para reservação de água que permitem a regularização de vazão.
Apesar de ser uma alternativa viável para ampliação da reservação de água, a construção dessas barragens deve seguir alguns
critérios construtivos importantes, de modo a evitar acidentes, por questões de erosão e da própria segurança do barramento. Outra
questão importante para se avaliar antes da construção da barragem refere-se aos usuários de água localizados à jusante do barra-
mento, pois podem haver impactos diretos associados a restrição do acesso à água ao longo do rio.
Por estes motivos, a construção de barramentos exige, além da outorga, a elaboração de estudos e projetos, envolvendo todos os
critérios técnicos, como dimensionamento, estudos hidráulicos e hidrológicos, dentre outros. Para atender esta demanda, é necessá-
rio promover a capacitação de técnicos para elaboração de estudos de viabilidade hídrica e para a construção destes pequenos e
médios barramentos. Também é importante observar, antes da elaboração de qualquer projeto, todas as leis e decretos do setor,
principalmente a legislação ambiental, pois a legislação federal impede a construção de barragens em áreas de proteção permanente
(APPs).
OBJETIVO
Elaborar um estudo com vistas à alocação de vazão de regularização.
ATIVIDADES
Ação Competência
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação do Estudo de Alocação de Vazão de Regularização até 4 (quatro) meses após a
manifestação do Comitê.
2. Aprovar 1 (um) Estudo de Alocação de Vazão de Regularização, em 12 (doze) meses.
ESCOPO
O Estudo de Alocação de Vazão de Regularização deve conter, no mínimo locação e análise de viabilidade técnica, econômica e
ambiental da construção de infraestruturas hídricas de uso comum (grandes barragens e estruturas associadas) e definição de
limites de expansão dos mananciais de abastecimento público.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança.
7 Revisão do Plano
O principal instrumento de gestão com vistas a garantir o desenvolvimento de maneira sustentável de uma bacia hidrográfica é o
Plano Diretor de Recursos Hídricos, no entanto, sua efetividade depende de uma série de fatores, dentre os quais destaca-se o seu
acompanhamento. A partir da avaliação das metas estabelecidas é que o Comitê será capaz de avaliar o grau de implementação do
PDRH, sendo fundamental, nesse contexto, a revisão periódica do Plano, que será responsável pelos ajustes de metas existentes,
definição de novas metas e programas de ações, e avaliação da necessidade de inserção de novas estratégias para a bacia. Para que
o Comitê de Bacia não subestime a importância do acompanhamento é que foi definida uma estratégia exclusiva para esse tema, cujo
Programa está relacionado justamente à Revisão do Plano Diretor.
OBJETIVO GERAL
Definir a revisão do Plano Diretor para que as ações propostas tenham continuidade.
TOTAL R$ 5.475.409,92
PROGRAMA7.1: REVISÃO DO PLANO
CONTEXTUALIZAÇÃO
A eficiência da gestão de uma bacia hidrográfica está relacionada a atualização permanente do seu Plano de Recursos Hídricos, de
modo que sejam introduzidas as informações geradas e processadas ao longo do tempo e do espaço. Nesse sentido, a atualização do
PDRH-Paraopeba é um Programa essencial para identificar quais soluções previstas anteriormente foram aplicadas com sucesso,
quais metas foram alcançadas e quais podem ser modificadas conforme a situação da bacia no momento da atualização.
A atualização do PDRH-Paraopeba será realizada no intervalo de 10 anos e será feita a partir da análise de êxito ou não das metas
estabelecidas e também das mudanças ocorridas na bacia no período de vigência do PDRH. No que se refere às metas, serão revisa-
das as ações tomadas para realizá-las, avaliando se as mesmas foram atingidas no período proposto e, caso não tenham sido, identifi-
car o motivo e corrigir o ponto falho.
Também cabe destacar que com os dados colhidos dos Programa 4.2: Sistema de Informações, do Programa 2.1: Rede de Monitora-
mento Superficial e Programa 2.2: Rede de Monitoramento Subterrânea, será possível observar as mudanças quali-quantitativas
ocorridas na bacia e, assim, estabelecer novas metas, bem como ações necessárias para alcançá-las. Complementarmente, serão
observadas as áreas de conflitos instalados, ou com potencial de instalação, de modo que constitua o arcabouço sob o qual a gestão
da bacia se fará operacionalizar.
OBJETIVO
Atualizar periodicamente o Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a realização da primeira Revisão do Plano Diretor de Recursos Hídricos Agência
da Bacia do Rio Paraopeba;
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação da primeira Revisão do Plano Diretor de Agência
Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba;
3. Contratação da primeira Revisão Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba; Agência
4. Acompanhamento da primeira Revisão Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Agência/Comitê
Paraopeba;
5. Aprovação da primeira Revisão Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba; Comitê
6. Realização da Consulta Pública para apresentação da primeira Revisão do Plano Diretor de Recursos Agência/Comitê
Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba.
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação da primeira Revisão do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio
Paraopeba até 4 (quatro) meses após a manifestação do Comitê.
2. Aprovar primeira Revisão do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba, em 18 (dezoito) meses.
ESCOPO
O Termo de Referência para o novo plano deverá conceber a descrição das atividades a serem realizadas na revisão do Plano Diretor
de Recursos Hídricos do Rio Paraopeba. A revisão deve contemplar apenas os itens que sofrem variação com o tempo. Além disso,
a partir dos dados de qualidade de água coletados após o desastre-crime da Barragem I da Mina do Córrego do Feijão, será possível
uma avaliação a longo prazo das suas consequências. Os itens que devem estar contidos no Termo de Referência são:
• Elaboração do Plano de Trabalho;
• Avaliação do Cumprimento de Metas;
• Complementação do Relatório do Diagnóstico da Bacia do Rio Paraopeba
- Compilação e Análise dos Dados Coletados;
- Atualização e Comparação de Áreas Protegidas;
- Atualização e Comparação do Meio Socioeconômico e Cultural;
- Avaliação do alinhamento da Projeção Populacional;
- Atualização e Comparação da Infraestrutura de Saneamento Ambiental;
- Atualização e Comparação da Rede de Monitoramento;
- Atualização do Diagnóstico de Qualidade da Água Superficial;
- Atualização do Diagnóstico de Demandas Hídricas;
- Atualização do Balanço Hídrico;
- Realização de Consultas Públicas.
• Atualização do Relatório dos Cenários e Prognósticos da Bacia do Rio Paraopeba
- Atualização e Comparação dos Cenários Tendenciais;
- Atualização e Comparação dos Cenários Alternativos;
- Atualização das estimativas de demandas para os cenários alternativos;
- Atualização do Balanço Hídrico dos cenários alternativos;
- Atualização das Recomendações da Análise Prospectiva;
- Realização de Consultas Públicas.
• Plano de Ações e Programa para Efetivação de Enquadramento
- Atualização do Plano de Ações;
- Realização de Consultas Públicas.
• Produtos Finais.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança.
PROGRAMA 7.1 - REVISÃO DO PLANO
AÇÃO 7.1.2
Contratar a segunda Revisão do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba.
ATIVIDADES
Ação Competência
1. Manifestação do Comitê para a realização da segunda Revisão do Plano Diretor de Recursos Hídricos Agência
da Bacia do Rio Paraopeba;
2. Elaboração do Termo de Referência para contratação da segunda Revisão do Plano Diretor de Agência
Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba;
3. Contratação da segunda Revisão Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba; Agência
4. Acompanhamento da segunda Revisão Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Agência/Comitê
Paraopeba;
5. Aprovação da segunda Revisão Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba; Comitê
6. Realização da Consulta Pública para apresentação da segunda Revisão do Plano Diretor de Recursos Agência/Comitê
Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba.
INDICADORES
0 0,25 0,50 0,75 1
NÃO HOUVE MANIFESTAÇÃO ELABORAÇÃO CONTRATAÇÃO ESTUDO
MANIFESTAÇÃO DO COMITÊ DO TR DA EMPRESA FINALIZADO
METAS
1. Elaborar o Termo de Referência para contratação da segunda Revisão do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio
Paraopeba até 4 (quatro) meses após a manifestação do Comitê.
2. Aprovar a segunda Revisão do Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba, em 18 (dezoito) meses.
ESCOPO
O Termo de Referência para a segunda Revisão Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba deverá contemplar as
mesmas atividades do Termo de Referência já exposto para a primeira Revisão Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia do Rio
Paraopeba.
CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO
FONTES DE INVESTIMENTO
Arrecadação da cobrança.
24. HIERARQUIZAÇÃO DOS PROGRAMAS
Visto que, do ponto de vista dos recursos hídricos, todas as ações traçadas no Plano de
Ações têm a sua importância no contexto do Plano, e sabendo do gargalo resultante da
limitação de recursos, entende-se a grande dificuldade intrínseca no processo de
definição destas prioridades.
Assim, para inserir praticidade no processo de priorização, foi definida uma metodologia
para orientar a hierarquização, baseada, primeiramente, na relevância das ações que
fazem parte dos programas. A relevância foi classificada em 3 (três) categorias: (i) Alta;
(ii) Média; e, (iii) Baixa.
A relevância Alta refere-se às ações que interferem diretamente com o sistema atual de
gestão dos recursos hídricos, do ponto de vista operacional, institucional e legal. A
relevância Média refere-se às ações que influenciam indiretamente o avanço do sistema
de gestão, não sendo primordial sua implementação no curto prazo. E a relevância
Baixa refere-se às ações que influenciam localmente o sistema de gestão, ou seja, de
maneira isolada.
765
a obter o percentual de cada ação por cada período, assim foram adotadas as de maior
percentual para cada ação. De maneira geral, 10 ações (38%) foram classificadas na
categoria curto prazo, 16 ações (62%) na categoria médio prazo e apenas 1 ação (4%)
classificada como longo prazo.
Ressalta-se que a matriz de hierarquização tem como objetivo orientar a priorização dos
programas, entretanto, a mesma não deverá ser analisada como um resultado
matemático, e sim como um instrumento de apoio à tomada de decisão.
Onde:
IH – índice de hierarquização
IR – índice de relevância
IP – índice de prioridade
O IR classifica os programas em 5 (cinco) categorias: (i) Muito Alta; (ii) Alta; (iii) Média;
(iv) Baixa; e, (v) Muito Baixa. Para cada uma das categorias foi definida uma pontuação,
que será atribuída de acordo com a avaliação do programa, conforme é apresentado no
Quadro 24.1. Os resultados do IR são apresentados no Quadro 24.2.
766
Quadro 24.1 – Pontuação do Índice de Relevância
Muito Alta 10
Alta 8
Média 6
Baixa 3
Muito Baixa 1
FONTE: COBRAPE, 2019.
Muito Muito
Ações Alta Média Baixa Total
Alta Baixa
Ação 1.1.1: Aprovar Estudo de Estratégias de
x 8
Recuperação Ambiental.
Ação 1.1.2: Recuperar áreas protegidas
degradas a partir das proposições do estudo x 8
resultante da Ação 1.
Ação 1.1.3: Acompanhar a execução da Ação
x 8
2.
Ação 1.2.1: Aprovar o Estudo de Modelagem
x 1
para Previsão de Cheias.
Ação 1.3.1: Aprovar o Estudo para
Caracterização Qualitativa dos Corpos x 6
Hídricos Superficiais.
Ação 1.4.1: Aprovar Estudos Estratégicos
x 8
relacionados à gestão de recursos hídricos.
Ação 2.1.1: Aprovar o Estudo de
Complementariedade da Rede de x 8
Monitoramento Superficial.
Ação 2.1.2: Instalar equipamentos para
estação de monitoramento superficial de
x 8
acordo com os resultados do Estudo da Ação
1.
Ação 2.1.3: Realizar a operação da rede
x 8
monitoramento superficial complementar.
Ação 2.1.4: Realizar a manutenção da rede
x 8
monitoramento superficial complementar.
Ação 2.1.5: Acompanhar a execução das
x 8
ações de monitoramento superficial.
Ação 2.2.1: Aprovar o Estudo de Rede de
x 8
Monitoramento Subterrânea.
Ação 2.2.2: Instalar equipamentos para
estação de monitoramento subterrânea de
x 8
acordo com os resultados do Estudo da Ação
1.
Ação 2.2.3: Realizar a operação da rede
x 8
monitoramento subterrânea.
Ação 2.2.4: Realizar a manutenção da rede
x 8
monitoramento subterrânea.
Ação 2.2.5: Acompanhar a execução das
x 8
ações de monitoramento subterrâneo.
767
Muito Muito
Ações Alta Média Baixa Total
Alta Baixa
Ação 2.3.1: Aprovar o Estudo de Análise de
x 1
Dados Intersetoriais.
Ação 3.1.1: Contratar serviço especializado
para desenvolvimento e implementação do
x 10
Programa de Comunicação Social e
Educação Ambiental.
Ação 3.1.2: Acompanhar a execução da Ação
x 10
1.
Ação 4.1.1: Aprovar o Estudo de Atualização
do Enquadramento da Bacia do Rio x 10
Paraopeba.
Ação 4.2.1: Contratar serviço especializado
para o desenvolvimento do Sistema de x 8
Informação da Bacia do rio Paraopeba.
Ação 4.2.1: Contratar serviço especializado
para manutenção e atualização do Sistema x 8
de Informação da Bacia do rio Paraopeba.
768
Muito Muito
Ações Alta Média Baixa Total
Alta Baixa
Ação 7.1.2: Contratar a segunda Revisão do
Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia x 6
do Rio Paraopeba.
FONTE: COBRAPE, 2019.
O IP classifica os programas em 3 (três) categorias: (i) Início imediato; (ii) Médio Prazo;
e, (iii) Longo Prazo. Para cada uma das categorias deverá ser definida uma pontuação,
que será atribuída de acordo com a avaliação do programa, conforme é apresentado no
Quadro 24.3 abaixo.
Início imediato 5
Médio prazo 3
Longo prazo 1
FONTE: COBRAPE, 2019.
Médio Longo
Ações Imediato Total
Prazo Prazo
769
Médio Longo
Ações Imediato Total
Prazo Prazo
Ação 2.1.4: Realizar a manutenção da rede
x 3
monitoramento superficial complementar.
Ação 2.1.5: Acompanhar a execução das ações de
x 3
monitoramento superficial.
Ação 2.2.1: Aprovar o Estudo de Rede de
x 3
Monitoramento Subterrânea.
Ação 2.2.2: Instalar equipamentos para estação de
monitoramento subterrânea de acordo com os x 3
resultados do Estudo da Ação 1.
Ação 2.2.3: Realizar a operação da rede
x 3
monitoramento subterrânea.
Ação 2.2.4: Realizar a manutenção da rede
x 3
monitoramento subterrânea.
Ação 2.2.5: Acompanhar a execução das ações de
x 3
monitoramento subterrâneo.
Ação 2.3.1: Aprovar o Estudo de Análise de Dados
x 5
Intersetoriais.
Ação 3.1.1: Contratar serviço especializado para
desenvolvimento e implementação do Programa de x 5
Comunicação Social e Educação Ambiental.
770
Médio Longo
Ações Imediato Total
Prazo Prazo
O IOA classifica os programas em 5 categorias: (i) Muito Alta; (ii) Alta; (iii) Média; (iv)
Baixa; e, (v) Muito Baixa. Para cada uma das categorias foi definida uma pontuação,
que será atribuída de acordo com a avaliação do programa, conforme é apresentado no
Quadro 24.5. Os resultados são apresentados no Quadro 24.6.
771
Quadro 24.6 – Resultado do Índice de Oportunidade e Ameaça
Muito Muito
Ações Alta Média Baixa Total
Alta Baixa
Ação 1.1.1: Aprovar Estudo de Estratégias de
x 5
Recuperação Ambiental.
Ação 1.1.2: Recuperar áreas protegidas
degradas a partir das proposições do estudo x 5
resultante da Ação 1.
Ação 1.1.3: Acompanhar a execução da Ação
x 5
2.
Ação 1.2.1: Aprovar o Estudo de Modelagem
x 4
para Previsão de Cheias.
Ação 1.3.1: Aprovar o Estudo para
Caracterização Qualitativa dos Corpos Hídricos x 5
Superficiais.
Ação 1.4.1: Aprovar Estudos Estratégicos
x 1
relacionados à gestão de recursos hídricos.
Ação 2.1.1: Aprovar o Estudo de
Complementariedade da Rede de x 4
Monitoramento Superficial.
Ação 2.1.2: Instalar equipamentos para estação
de monitoramento superficial de acordo com os x 4
resultados do Estudo da Ação 1.
Ação 2.1.3: Realizar a operação da rede
x 4
monitoramento superficial complementar.
Ação 2.1.4: Realizar a manutenção da rede
x 4
monitoramento superficial complementar.
Ação 2.1.5: Acompanhar a execução das ações
x 4
de monitoramento superficial.
Ação 2.2.1: Aprovar o Estudo de Rede de
x 4
Monitoramento Subterrânea.
Ação 2.2.2: Instalar equipamentos para estação
de monitoramento subterrânea de acordo com x 4
os resultados do Estudo da Ação 1.
Ação 2.2.3: Realizar a operação da rede
x 4
monitoramento subterrânea.
Ação 2.2.4: Realizar a manutenção da rede
x 4
monitoramento subterrânea.
Ação 2.2.5: Acompanhar a execução das ações
x 4
de monitoramento subterrâneo.
Ação 2.3.1: Aprovar o Estudo de Análise de
x 4
Dados Intersetoriais.
Ação 3.1.1: Contratar serviço especializado
para desenvolvimento e implementação do
x 4
Programa de Comunicação Social e Educação
Ambiental.
Ação 3.1.2: Acompanhar a execução da Ação
x 4
1.
Ação 4.1.1: Aprovar o Estudo de Atualização
do Enquadramento da Bacia do Rio x 3
Paraopeba.
772
Muito Muito
Ações Alta Média Baixa Total
Alta Baixa
Ação 4.2.1: Contratar uma empresa para o
desenvolvimento do Sistema de Informação da x 2
Bacia do rio Paraopeba.
Ação 4.2.2: Contratar serviço especializado
para manutenção e atualização do Sistema de x 2
Informação da Bacia do rio Paraopeba.
Ação 5.1.1: Contratar projeto para melhoria de
infraestrutura de saneamento rural e x 2
cadastramento das propriedades.
A partir da definição da pontuação de cada programa para cada um dos 3 (três) índices
estabelecidos será aplicada a fórmula do IH para obtenção da Hierarquização Final. O
resultado que será apresentado não tem o intuito de desvalorizar um programa perante
o outro, pelo contrário, é notória a importância de todos os programas, entretanto, a
inviabilidade da implementação de todas as ações ao mesmo tempo obriga a tomada
de decisão em relação à hierarquização.
773
O critério estabelecido para definir o tempo de implementação Planos de Ações,
baseado no resultado IH, será calculado a partir do número absoluto obtido por cada
programa. Com isso, se estabelecerá o seguinte prazo para início das ações:
Ordem de
Ações IR IP IOA Total
Execução
Ação 3.1.1: Contratar serviço
especializado para desenvolvimento e
implementação do Programa de 10 5 4 63 1º
Comunicação Social e Educação
Ambiental.
Ação 3.1.2: Acompanhar a execução
10 5 4 63 2º
da Ação 1.
Ação 4.1.1: Aprovar o Estudo de
Atualização do Enquadramento da 10 5 3 61 3º
Bacia do Rio Paraopeba.
Ação 1.1.1: Aprovar Estudo de
Estratégias de Recuperação 8 5 5 57 4º
Ambiental.
Ação 1.1.2: Recuperar áreas
protegidas degradas a partir das
8 5 5 57 5º
proposições do estudo resultante da
Ação 1.
Ação 1.1.3: Acompanhar a execução
8 5 5 57 6º
da Ação 2.
774
Ordem de
Ações IR IP IOA Total
Execução
Ação 5.2.3: Acompanhar a execução
das ações do Programa 5.2: 8 5 2 51 12º
Saneamento Urbano.
Ação 7.1.1: Contratar a primeira
Revisão do Plano Diretor de Recursos 10 3 1 51 13º
Hídricos da Bacia do Rio Paraopeba.
Ação 1.3.1: Aprovar o Estudo para
Caracterização Qualitativa dos 6 5 5 49 14º
Corpos Hídricos Superficiais.
Ação 2.1.1: Aprovar o Estudo de
Complementariedade da Rede de 8 3 4 49 15º
Monitoramento Superficial.
Ação 2.1.2: Instalar equipamentos
para estação de monitoramento
8 3 4 49 16º
superficial de acordo com os
resultados do Estudo da Ação 1.
Ação 2.1.3: Realizar a operação da
rede monitoramento superficial 8 3 4 49 17º
complementar.
Ação 2.1.4: Realizar a manutenção da
rede monitoramento superficial 8 3 4 49 18º
complementar.
Ação 2.1.5: Acompanhar a execução
das ações de monitoramento 8 3 4 49 19º
superficial.
Ação 2.2.1: Aprovar o Estudo de
8 3 4 49 20º
Rede de Monitoramento Subterrânea.
Ação 2.2.2: Instalar equipamentos
para estação de monitoramento
8 3 4 49 21º
subterrânea de acordo com os
resultados do Estudo da Ação 1.
Ação 2.2.3: Realizar a operação da
8 3 4 49 22º
rede monitoramento subterrânea.
775
Ordem de
Ações IR IP IOA Total
Execução
776
25. CUSTOS ASSOCIADOS ÀS INTERVENÇÕES
25.1. Metodologia
Cada um dos grupos considerará os seguintes itens para cálculo das estimativas:
777
o Dias de duração da reunião;
o Número de participantes;
o Deslocamento por participante;
o Hospedagem por participante;
o Refeição por participante;
o Número total de reuniões.
• Estimativas referentes à rede de monitoramento:
o Custo unitário das estações;
o Dias de duração da instalação;
o Deslocamento da instalação por técnico;
o Hospedagem da instalação por técnico;
o Refeição da instalação por técnico;
o Número de técnicos para instalação;
o Nº horas/mês por técnico;
o Valor por hora por técnico;
o Despesas por técnico;
o Impostos por técnico;
o Custo de manutenção por estação.
Uma das principais fontes de recursos de uma bacia hidrográfica, senão a principal, é a
cobrança pelo uso da água. Esta, é responsável pela geração de recursos financeiros
para amortizar os investimentos necessários e financiar os programas do Plano, os
custos do Comitê e da Agência de Bacia.
Conforme a Diretriz Cobrança pelo Uso da Água, o IGAM deverá propor ao Comitê uma
metodologia de cobrança a ser implementada na bacia, com fórmulas, preços e critérios
a serem atendidos. Para fins de estimativa do potencial de arrecadação foram realizadas
duas simulações de cobrança, sendo que as metodologias associadas às mesmas
podem servir de base para a proposição do IGAM. Cabe destacar que qualquer
aplicação de simulação de cobrança no cadastro de outorgas atualmente utilizado no
Paraopeba apresenta dificuldades relacionadas à falta de dados, que por sua vez está
associada às deficiências no cadastro atual, já apontadas na Diretriz de Outorgas pelo
Uso da Água e ao uso de metodologias definidas com base nas características de outras
bacias. Corroborando para a importância de integração dos instrumentos, por meio de
um cadastro de outorgas consolidado e alinhado aos parâmetros de cobrança a serem
adotados.
778
As simulações foram aplicadas com base na análise de Demandas Hídricas
identificadas no RP02 - Relatório do Diagnóstico da Bacia do Rio Paraopeba. Por falta
de dados, tais como especificações de alguns tipos de usuários (indústria de bebidas,
indústria de água, tipos de irrigação, etc.) e à dificuldade de identificação de captações
superficiais ou subterrâneas, as simulações foram estimadas de forma genérica.
Outra simulação utilizada (Quadro 25.2), para fins de comparação, foi a partir da
metodologia utilizada no Paraná pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu e
Afluentes do Alto Ribeira (COALIAR). Esta estimativa resultou em um valor aproximado
de 19 milhões de reais/ano para captação e consumo e pouco mais de 2 milhões de
reais/ano para lançamentos, totalizando um potencial de arrecadação na ordem de 21
milhões de reais/ano. A metodologia utilizada pelo COALIAR, ao contrário de outras
metodologias, apresenta diversos índices minoradores, ou seja, diversos descontos são
aplicados. No entanto nem a Resolução nº05/2013 do COALIAR nem o Plano da Bacia
da região explicam os critérios adotados para estes descontos.
Por fim, cabe destacar que essa aplicação teve como objetivo apenas analisar um
potencial de arrecadação para a Bacia do Paraopeba, não devendo ser considerada
como valor a ser arrecadado, pois, para isso é necessário que haja uma definição de
779
metodologia própria para a Bacia, conforme destacado na Diretriz de Cobrança no item
4.9.
No que se refere ao abastecimento, visto que os índices atuais variam de 76,2% a 100%,
sendo, portanto, consideravelmente altos, a meta estabelecida para a estimativa dos
custos foi de que até o horizonte do Plano todos os municípios teriam índice de 100%.
Sendo assim, foram identificados 31 municípios que precisam ter investimentos em
infraestrutura de abastecimento, ou seja, que possuem atualmente índice de
abastecimento inferior a 100%, conforme detalhado no Quadro 25.3.
Quadro 25.3 – Meta para Abastecimento Público Urbano
Município Índice Atual (%) Meta (%)
Belo Vale 93,7 100
Betim 89,6 100
Bonfim 92,3 100
Brumadinho 90,9 100
Cachoeira da Prata 93,4 100
Caetanópolis 92,5 100
Casa Grande Sem informação 100
Congonhas 91,1 100
Conselheiro Lafaiete 90,3 100
Cristiano Otoni 94,4 100
Entre Rios de Minas 92,7 100
Esmeraldas 76,2 100
Florestal 91,1 100
Fortuna de Minas 96,7 100
Ibirité 85,9 100
Igarapé 83,7 100
Inhaúma 99,2 100
Itatiaiuçu 88,7 100
Juatuba 83,1 100
Maravilhas 92,7 100
780
Município Índice Atual (%) Meta (%)
Mario Campos 89,3 100
Mateus Leme 82,2 100
Moeda 84,1 100
Ouro Branco 91,7 100
Paraopeba 93,1 100
Piedade Dos Gerais 90,1 100
Queluzito 99,0 100
Rio Manso 90,2 100
São Joaquim De Bicas 81,5 100
São Jose Da Varginha 97,1 100
Sarzedo 87,8 100
FONTE: COPASA (2018); SNIS (2016) e ANA (2010).
Para a coleta e tratamento de efluentes foram consideradas duas abordagens, uma que
estabelece uma meta de uniformização dos índices, a partir das condições atuais dos
municípios e outra que está associada à universalização do serviço. Isso foi proposto
para permitir uma análise mais abrangente dos custos, considerando a grande
discussão sobre as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB
(Ministério das Cidades, 2013) e a distância que muitos municípios estão de alcançá-la.
781
Quadro 25.4 – Meta para Coleta e Tratamento de Efluente Doméstico Urbano
782
tratamento propostas. Dentre as alternativas de baixo custo, a mais barata é a
proposição da instalação de apenas reator anaeróbio em municípios de pequeno porte,
como Belo Vale e Jeceaba, enquanto a alternativa mais custosa é a referente à adoção
de emissários em municípios com maior aglomeração populacional, como Betim e
Brumadinho.
Tendo em vista que as populações dos municípios que mais demandam investimentos
de captação possuem uma maior concentração populacional que os municípios que
demandam investimentos no sistema de esgotamento sanitário na abordagem de
uniformização, os custos estimados para abastecimento ficaram superiores aos de
esgotamento. Isso porque na abordagem de uniformização os maiores municípios não
foram considerados, pois eles possuem índice mais elevado do que a maioria dos
municípios de pequeno porte. Cabe destacar ainda que os valores per capita
relacionados à coleta e principalmente tratamento de esgoto variam bastante entre
órgãos gestores e concessionárias sendo relativamente complexo estimar com precisão
os mesmos.
783
Quadro 25.5 – Estimativa de Investimento para Infraestrutura de Saneamento
Número de
Tipo Meta Mínimo (R$) Máximo (R$)
municípios
100% da população
31 634.025.658,00 929.477.258,00
Abastecimento com abastecimento
Uniformização dos
Esgotamento índices de coleta e 23 227.778.106,88 300.099.460,69
Sanitário tratamento
Universalização 48 761.915.483,47 1.106.489.930,65
Coleta de 100% dos
resíduos sólidos
37 240.887.855,28 296.205.846,03
urbanos e destinação
para aterros sanitários
Resíduos
Coleta de 100% dos
sólidos
resíduos sólidos
urbanos e destinação 48 284.173.194,92 349.431.321,56
para aterros sanitários e
centros de reciclagem
FONTE: COBRAPE (2019).
Não foram realizadas estimativas relativas à drenagem urbana visto que não há
informações suficientes sobre o assunto nos municípios da Bacia do Rio Paraopeba.
Dessa forma, sugere-se que o Comitê, por meio do Programa 4.1.4: Estudos
Estratégicos contrate um levantamento das condições atuais dos municípios frente à
drenagem, sendo que os municípios de Ibirité, Contagem, Congonhas e Conselheiro
Lafaiete devem ser priorizados dado o histórico de alagamentos, inundações,
enxurradas e deslizamentos.
O Quadro 25.6 apresenta o resumo dos investimentos, divididos por cada uma das sete
Estratégias, descritas anteriormente.
784
Quadro 25.6 – Resumo dos Investimentos Previstos
Resumo dos Custos dos Programas
Estratégia Custo (R$)
1 286.907.423
2 16.875.683
3 23.348.922
4 11.421.957
5 114.208.630
6 147.249.876
7 5.475.410
Total Geral 605.487.900
FONTE: COBRAPE, 2019.
Como forma de avaliar o investimento anual para cada uma das ações, foi elaborado o
Quadro 25.7 que apresenta os custos subdivididos por ação e por ano, organizados pelo
Índice de Hierarquização.
785
Quadro 25.7 – Resumo Anual dos Investimentos Previstos por Ação
Médio Prazo Longo Prazo
Ordem Ações Total
2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040
1 Ação 3.1.1 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 1.111.853 22.237.069
2 Ação 3.1.2 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 55.593 1.111.853
5 Ação 1.1.2 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 13.650.913 259.367.346
6 Ação 1.1.3 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 682.546 12.968.367
9 Ação 4.2.2 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 604.193 8.458.706
17 Ação 2.1.3 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 4.673.365
18 Ação 2.1.4 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 359.490 4.673.365
19 Ação 2.1.5 76.830 35.949 35.949 35.949 35.949 35.949 35.949 35.949 35.949 35.949 35.949 35.949 35.949 35.949 544.167
22 Ação 2.2.3 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 1.579.189
23 Ação 2.2.4 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 121.476 1.579.189
24 Ação 2.2.5 18.816 12.148 12.148 12.148 12.148 12.148 12.148 12.148 12.148 12.148 12.148 12.148 12.148 12.148 176.735
25 Ação 1.4.1 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 528.870 7.933.049
32 Ação 6.1.2 15.000.000 15.000.000 15.000.000 15.000.000 15.000.000 15.000.000 15.000.000 15.000.000 15.000.000 135.000.000
33 Ação 6.1.3 750.000 750.000 750.000 750.000 750.000 750.000 750.000 750.000 750.000 6.750.000
Total 3.941.430 15.978.969 15.500.905 15.500.905 17.024.295 22.229.260 22.373.381 23.811.407 21.441.657 21.243.452 26.282.549 60.344.168 59.411.679 45.636.156 65.060.003 33.393.996 33.393.996 33.393.996 35.219.133 34.306.564 605.487.900
786
O investimento total previsto pelo Plano Diretor da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba,
para o horizonte de projeto (2035), é de R$ 605.487.900. A Figura 25.1 apresentada a
seguir permite avaliar a participação de cada uma das sete Estratégias em relação ao
investimento total previsto.
787
Figura 25.2 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 1
788
A Estratégia 2 possui três programas, o “Programa 2.1: Rede de Monitoramento
Superficial”, que corresponde a 70% de todo o investimento da Estratégia, já o
“Programa 2.2: Rede de Monitoramento Subterrâneo” corresponde a 25%. O “Programa
2.3: Análise e Integração dos Dados” corresponde a apenas 5% do curso da Estratégia.
789
Figura 25.5 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 4
790
Figura 25.6 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 5
791
Figura 25.7 – Distribuição dos Investimentos da Estratégia 6
792
25.4.8. Síntese dos Programas do PDRH-Paraopeba
793
Prazo - implementação entre 2021 a 2025; ii) Plano de Ações de Médio Prazo -
implementação entre 2026 a 2030, e; iii) Plano de Ações de Longo Prazo -
implementação entre 2031 a 2040.
A Figura 25.10 mostra a divisão do custo associado às estratégias ao longo dos três
horizontes de planejamento.
794
Para curto prazo, está previsto a utilização de 14% de todo o recurso necessário para
implementar as ações do PDRH-Paraopeba, para médio prazo está prevista a utilização
de 42% dos recursos e 44% do investimento total para longo prazo. A Figura 25.12
mostra a divisão da utilização dos recursos entre curto, médio e longo prazos.
Figura 25.12 – Distribuição Total dos Recursos em Ação Imediata, Médio Prazo e Longo
Prazo
Também foi realizada uma avalição em relação ao tipo do investimento realizado por
Estratégia, para isso os custos foram divididos em: (i) Estudos, (ii) Serviços e Obras, (iii)
Fiscalização, e; (iv) Comunicação. Destaca-se que 84% dos custos estão concentrados
em Serviços e Obras, que de fato são as atividades que mais consomem recursos, como
mostra a Figura 25.13.
795
Figura 25.13 – Distribuição Total dos Recursos em característica do investimento
796
25.5. Marco Lógico
797
Grau de Conformidade
Meio de Tempo de Plano de
Estratégias Programas Ações Atividades Competência Indicadores Metas
Verificação Verificação Análise
Ano 1 Ano 2 Ano 3
5. Aprovação do Estudo Estratégico contratado. Comitê 2. Aprovar 1 (um) Estudo Estratégico por ano.
Ação 2: Instalar equipamentos para estação de monitoramento 3. Elaboração de Edital para contratação de empresa para instalação das estações e
Agência
superficial de acordo com os resultados do Estudo da Ação 1. equipamentos;
2. Elaboração do Edital de Contratação até 1 (um) mês após a
aquisição de equipamentos;
4. Contratação de empresa para instalação das estações e equipamentos; Agência
Ação 3: Realizar a operação da rede monitoramento superficial 2. Contratação de empresa para operação da rede complementar de monitoramento
Agência
complementar. superficial.
2. Ter uma rede complementar de monitoramento superficial
operando durante o horizonte do plano.
3. Acompanhamento da atuação da empresa contratada. Agência/Comitê
Grau de Conformidade
Meio de Tempo de Plano de
Estratégias Programas Ações Atividades Competência Indicadores Metas
Verificação Verificação Análise
Ano 1 Ano 2 Ano 3
1. Elaboração de Edital para contratação de serviço especializado para manutenção da 1. Elaboração do Edital até 12 (doze) meses após o início da
Agência
rede complementar de monitoramento superficial; operação da rede complementar de monitoramento superficial;
Ação 4: Realizar a manutenção da rede monitoramento superficial 2. Contratação de serviço especializado para manutenção da rede complementar de
Agência
complementar. monitoramento superficial;
2. Realizar 1 (uma) vez ao ano a manutenção da rede complementar
de monitoramento superficial durante o horizonte do plano.
3. Acompanhamento do desenvolvimento do serviço contratado. Agência/Comitê
1. Elaboração de Edital para contratação de serviço especializado para manutenção da 1. Elaboração do Edital até 12 (doze) meses após o início da
Agência
rede de monitoramento subterrânea; operação da rede de monitoramento subterrânea;
Ação 1: Contratar serviço especializado para o desenvolvimento do 3. Contratação de serviço especializado para o desenvolvimento do Sistema de
Agência
Sistema de Informação da Bacia do rio Paraopeba. Informação;
PROGRAMA 4.2: SISTEMA DE 5. Participar da oficina de capacitação sobre o Sistema de Informação da Bacia do rio
Comitê
INFORMAÇÕES Paraopeba, baseando-se no Manual Técnico Operativo do Sistema.
3.Contratação de empresa para atuação nas propriedades rurais do Médio Paraopeba ; Agência
5.Acompanhamento das ações desenvolvidas pela empresa contratada para atuação nas
Agência/Comitê
propriedades rurais do Médio Paraopeba;
7.Elaboração do termo de referência para contratação de uma empresa para atuação nas
Agência
propriedades rurais do Baixo Paraopeba;
11. Manifestação do Comitê para contratação de uma empresa para atuação nas
Comitê
propriedades rurais do Alto Paraopeba;
12. Elaboração do termo de referência para contratação de uma empresa para atuação nas
Agência
propriedades rurais do Alto Paraopeba;
13. Contratação de empresa para atuação nas propriedades rurais do Alto Paraopeba ; Agência
15. Acompanhamento das ações desenvolvidas pela empresa contratada para atuação nas
Agência/Comitê
propriedades rurais do Alto Paraopeba;
2. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar o PMSB; Agência 2. Contração do primeiro lote de PMSB em 12 (doze) meses;
8. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar o PMSB; Agência
11. Contratação de serviço especializado para a elaboração do segundo lote de PMSB; Agência
12. Acompanhamento da execução do segundo lote de PMSB; Agência/Comitê 6. Contração do terceiro lote de PMSB em 12 (doze) meses.
14. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar o PMSB; Agência
13. Manifestação do Comitê para a contratação de terceiro lote de revisão do PMSB; Comitê
14. Abertura de seleção para municípios que tiverem o interesse em realizar a revisão do
Agência
PMSB;
PROGRAMA 5.2: 17. Contratação de serviço especializado para a elaboração do terceiro lote de revisão do
Agência
SANEAMENTO URBANO PMSB;
PROGRAMA 5.3:
Ação 1: Ação 1: Aprovar o Estudo de Disponibilidade Hídrica
DISPONIBILIDADE HÍDRICA 3. Contratação do Estudo de Disponibilidade Hídrica Subterrânea; Agência
Subterrânea.
SUBTERRÂNEA
Ação 1: Aprovar o Estudo de Avaliação de Assoreamento em 3. Contratação do Estudo de Avaliação de Assoreamento em Reservatórios; Agência
Reservatórios.
806
26.1. Comunicação Social
i. Folder
Os folders foram utilizados para divulgação de apresentação do PDRH e de seu
calendário. A estratégia para distribuição do material impresso, contou com a estrutura
de circulação de documentos das Prefeituras Municipais, as quais foram solicitadas a
distribuir os folders informativos para todas as suas secretarias, em especial às
secretarias de obras, meio ambiente, saúde e educação, cujas atividades estão
relacionadas ao gerenciamento das águas e envolvem grande número de servidores e
de cidadãos.
ii. Cartaz
Os cartazes tiveram como objetivo divulgar as Consultas Públicas realizadas e foram
afixados em instituições e repartições públicas; associações comunitárias; instituições
de ensino e saúde e demais locais que chamam a atenção da população para a
importância da sua participação.
Reitera-se, aqui, mais uma vez, houve necessidade de parceria com as Prefeituras
locais para difusão dos cartazes em suas diversas secretarias e órgãos públicos e/ou
colegiados, como conselhos comunitários, dentre outros. O modelo dessa peça
gráfica encontra-se no Apêndice C.
Cabe destacar que os layouts e as diagramações dos convites, tanto virtuais, quanto
impressos foram os mesmos e seguiram as especificações técnicas previstas no TDR.
Os modelos utilizados podem ser visualizados no Apêndice D.
807
onde apresentou-se o plano diretor de recursos hídricos como um instrumento de gestão
além de sessões que foram constantemente atualizadas desde o início do trabalho, com
os produtos parciais aprovados, os registros das atividades de mobilização social e
Consultas Públicas, notícias relacionadas à Bacia ou à Gestão de Recursos Hídricos.
808
pudessem entrar em contato com a equipe direto pelo site, além de link para as redes
sociais elaboradas.
Dessa forma, o site procurou promover um entendimento rápido e fácil para o público-
alvo quanto à relevância de cada uma das fases do trabalho, além da disponibilização
de calendários, programações e convites para as Consultas Públicas.
809
Figura 26.3 – Imagem da página oficial do PDRH Rio Paraopeba no Instagram
810
Figura 26.4 – Imagem da página oficial do PDRH Rio Paraopeba no Twitter
Ainda no que se refere às mídias virtuais, foram enviados convites via e-mail tanto para
participação nas Consultas Públicas quanto para informar sobre as etapas do trabalho,
conforme exemplo da Figura 26.5.
811
Figura 26.5 – Imagem do convite virtual do PDRH Rio Paraopeba
Nesse sentido foi premissa básica para realização do PDRH Rio Paraopeba uma
mobilização socioambiental bem definida e com estreita relação com os demandantes.
812
Para tal foram realizadas diversas campanhas de mobilização in loco, junto às
comunidades inseridas na bacia e mais particularmente, nas cidades polo.
813
27. CONCLUSÃO
Em primeiro lugar e com destaque pela sua importância não só na bacia do rio
Paraopeba, mas para a economia de Minas Gerais como um todo, as implicações e os
impactos gerados pelas atividades de mineração sobre os recursos hídricos na bacia
exigem uma atenção especial dos sistemas de gestão ambiental e de recursos hídricos.
Não só o setor mineral se apresenta como um intenso consumidor de recursos hídricos
e de geração de resíduos de forma direta, toda a cadeia produtiva associada também
traz impactos e riscos sobre o uso e ocupação do solo e, consequentemente, sobre as
águas do Paraopeba.
Por outro lado, o setor extrativo mineral e siderúrgico representa um dos maiores
componentes da parte positiva do balanço comercial do Brasil, uma das principais
receitas do Estado de Minas Gerais e dos municípios da bacia do Paraopeba, sob a
forma da CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais e é
responsável por grande parte da movimentação comercial das cidades na região. Sendo
assim, tudo indica que esse setor continuará a se expandir com muito vigor enquanto o
mercado internacional mantiver suas compras e as reservas existentes não se
extinguirem.
814
tendo em conta a proximidade destas, a infraestrutura existente e as reservas já
identificadas.
Vale notar que um ambiente sem segurança hídrica também impactará de forma
negativa outros setores produtivos na bacia que não estão diretamente relacionados
com o setor mineral, como por exemplo as unidades de geração térmica ou a
agroindústria de base tecnológica avançada, que dependem em grande medida de um
suprimento adequado de água em termos quantitativos e qualitativos.
Já foi visto nas análises dos balanços hídricos qualitativos dos cenários uma tendência
que a vazão de diluição necessária para o abastecimento de água seja atendida com
riscos maiores até o horizonte do Plano.
815
incluam parâmetros como agrotóxicos e fertilizantes, e que há poucos dados de metais
pesados, os quais são monitorados em algumas estações do IGAM.
Se por um lado cada cenário lança luz sobre algum aspecto que pode trazer importantes
consequências para o sistema de gestão de recursos hídricos da bacia, eles também
são úteis na definição de uma “estratégia robusta” quando considerados em conjunto.
Em outras palavras, uma vez que qualquer dos cenários pode vir a ocorrer, ao analisar
a faixa de variação de seus resultados e preparar o sistema de gestão para essa
amplitude de possibilidades tornaria o sistema, em princípio, mais robusto, ou mais
competente, uma vez que contempla explicitamente a variabilidade prevista.
Além disso, os cálculos dos balanços hídricos quantitativos dos cenários em cada uma
das 73 ottobacias Nível 6 foram também articulados para dar conta da imprecisão
intrínseca quando se utilizam as curvas de duração das vazões observadas para
estimativa das disponibilidades hídricas. As séries das vazões observadas nos postos
hidrométricos incorporam as demandas existentes na bacia contribuinte – aquilo que se
observa já é o resultado de um balanço hídrico efetivo. No entanto, é extremamente
difícil recompor as séries das vazões “naturais” nestes postos, uma vez que as
19A única exceção é o Cenário Alternativo 03, que simula o controle das demandas pelo sistema
de gestão ambiental e de recursos hídricos de Minas Gerais em função dos graus de criticidade
dos balanços hídricos, como já foi comentado anteriormente.
816
informações sobre o comportamento das demandas ao longo do período de medições
nem sempre são conhecidas com precisão, como já foi comentado anteriormente.
De forma aproximada podem ser utilizados “fatores de retorno” das demandas em cada
uma de suas categorias (abastecimento urbano, indústria, agrícola, etc.) e proceder a
um balanço quantitativo invertido, porém tais fatores são também muito imprecisos e
não eliminam a questão temporal20, podendo inclusive gerar distorções ou até mesmo
incongruências nessa tentativa de recomposição da série natural.
• Fator de Retorno igual a zero, representando uma situação limite em que não há
qualquer retorno das demandas;
• Fator de Retorno igual a 100%, representando a situação extrema oposta, em
que as demandas são consideradas como retorno em sua totalidade.
20
As vazões de retorno aconteceriam quanto tempo depois das demandas? E retornariam aonde,
uma vez que grande parte dessas demandas incluem consumos agrícolas e industriais.
817
ottobacia nível 6. Quanto maior a intensidade do tom de vermelho, menor a
permanência, o que significa riscos maiores do balanço quantitativo.
e) Como referência, o valor da permanência da vazão Q7,10, que é a base do critério
de outorga operado hoje pelo IGAM (30% da Q7,10) situa-se entre 99% e 100%
do tempo.
• A maior parte das bacias com permanências baixas, portanto maior risco, estão
situadas no Alto e no Médio Paraopeba, e pouco variam em relação aos
cenários, o que significa que elas sempre estarão em situação crítica
independentemente das variáveis articuladas nos cenários.
• O valor da permanência da vazão de demanda apresenta uma sensibilidade alta
em relação ao “fator de retorno”, e em geral a situação do balanço quantitativo
melhora com a consideração do retorno das vazões de demanda. No entanto em
nenhum caso a consideração desse fator faz com que a permanência se situe
dentro dos limites do critério de outorgas do IGAM. Isso significa que nos locais
mais críticos as demandas já ultrapassaram a eficácia do sistema de outorgas,
mesmo que se considerem métodos mais precisos para o cálculo do balanço
hídrico.
• Fica evidente a eficácia do controle da demanda com a aplicação dos critérios
de criticidade, como foi simulado no Cenário Alternativo 3. Isso não chega a
surpreender, porque neste cenário as demandas são limitadas à disponibilidade
hídrica ditada pelo critério de outorgas. Mesmo assim, há alguns casos em que
nem neste cenário o balanço hídrico quantitativo, como no Córrego Cachoeira,
Rio Manso e Ribeirão Serra Azul no trecho Médio e Ribeirão Bananeiras e
Córrego Santo Antônio no trecho Alto.
• Há um único caso em que a situação do balanço hídrico quantitativo se torna
crítico em um cenário particular, que é o Córrego Boa Morte, no Baixo
Paraopeba. Esta situação específica está associada a demandas importantes no
setor da agroindústria na região de Curvelo, o que pode representar uma
situação de alerta.
818
Quadro 27.1 – Análise de Sensibilidade dos Cenários
ATUAL ATUAL Tendencial Tendencial Tendencial Tendencial Alternativo 01 Alternativo 01 Alternativo 01 Alternativo 01 Alternativo 02 Alternativo 02 Alternativo 02 Alternativo 02 Alternativo 03 Alternativo 03 Alternativo 03 Alternativo 03
Atual Atual Curto Prazo Curto Prazo Longo Prazo Longo Prazo Curto Prazo Curto Prazo Longo Prazo Longo Prazo Curto Prazo Curto Prazo Longo Prazo Longo Prazo Curto Prazo Curto Prazo Longo Prazo Longo Prazo
0% 100% 0% 100% 0% 100% 0% 100% 0% 100% 0% 100% 0% 100% 0% 100% 0% 100%
Código
Área Área
Cobacia
Sub-bacia Nome do Rio Incremental Acumulada Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência Permanência
de
(km²) (km²)
Jusante
749699 Rio Ventura Luís 154,49 154,49 45 81 6 48 30 70 44 81 42 79 44 81 42 79 99 100 99 100
749698 Ribeirão Bananeiras 99,05 99,05 81 96 60 90 59 89 75 95 75 94 75 95 75 94 73 94 73 94
749697 Rio Maranhão 02 31,49 285,04 64 91 15 59 42 79 61 90 60 90 61 90 60 90 96 100 96 100
749696 Ribeirão Soledade 245,61 245,61 30 70 19 61 18 61 31 72 31 72 31 72 31 72 100 100 100 100
749695 Rio Maranhão 01 91,43 622,07 39 77 16 59 24 65 38 76 37 76 39 76 38 76 97 100 97 100
749694 Córrego Santo Antônio ou Lagarto 44,81 44,81 27 67 11 54 9 51 11 54 9 51 17 60 17 60 78 96 78 96
749693 Ribeirão dos Paulos 53,09 719,97 38 76 15 59 21 63 33 73 31 72 36 75 36 75 94 99 94 99
749692 Rio Paraopeba 19 599,67 599,67 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749691 Rio Paraopeba 18 37,52 1.357,15 73 94 38 76 48 83 66 92 64 91 72 94 70 94 100 100 100 100
749689 Rio Paraopeba 17 124,65 124,65 99 100 44 81 40 78 100 100 100 100 81 96 95 100 100 100 100 100
749688 Ribeirão São José da Ponte Nova 02 58,25 58,25 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749687 Rio Paraopeba 16 9,56 192,46 100 100 70 93 65 91 100 100 100 100 97 100 100 100 100 100 100 100
ALTO
749686 Rio Brumado 02 164,61 164,61 100 100 76 95 100 100 76 95 100 100 76 95 100 100 100 100 100 100
749685 Rio Paraopeba 15 136,00 493,07 100 100 91 99 97 100 100 100 100 100 98 100 100 100 100 100 100 100
749684 Rio Camapuã 293,94 293,94 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749683 Rio Brumado 01 22,84 809,85 100 100 97 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749682 Ribeirão Caiuaba de Cima 216,65 216,65 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749681 Ribeirão São José da Ponte Nova 01 79,26 1.105,76 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749679 Rio Paraopeba 14 126,87 2.589,77 89 98 46 81 50 85 66 92 64 91 81 96 85 97 100 100 100 100
749678 Ribeirão dos Paivas ou Pedra 160,99 160,99 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749677 Rio Paraopeba 13 130,92 2.881,69 91 99 49 84 54 86 69 93 66 92 81 96 88 98 100 100 100 100
749676 Ribeirão Cordeiros 148,00 148,00 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749675 Rio Paraopeba 12 122,20 3.151,89 93 99 54 86 59 89 73 94 72 94 86 97 90 98 100 100 100 100
749674 Rio Macaúbas 477,35 477,35 100 100 96 100 93 99 99 100 96 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749673 Rio Paraopeba 11 500,31 4.129,56 96 99 65 91 67 92 83 97 80 96 93 99 95 99 100 100 100 100
749672 Ribeirão Águas Claras 182,28 182,28 100 100 100 100 20 64 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749671 Rio Manso 06 0,57 4.312,40 97 100 67 92 64 91 85 97 82 97 94 99 96 99 100 100 100 100
749669 Rio Manso 05 109,82 109,82 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749668 Córrego Cachoeira 69,54 69,54 15 59 4 47 11 55 15 59 15 59 15 59 15 59 17 61 17 61
749667 Rio Manso 04 19,46 198,83 56 87 26 68 53 85 57 88 58 88 57 88 58 88 63 91 63 91
749666 Córrego do Baú 64,04 64,04 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749665 Rio Manso 03 0,58 263,45 69 93 38 76 68 93 72 94 73 94 72 94 73 94 78 96 79 96
749664 Córrego Barreiro 29,45 29,45 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749663 Rio Manso 02 119,45 412,36 88 98 60 89 88 98 92 98 92 98 92 98 92 98 96 99 96 99
749662 Rio Veloso 213,00 213,00 79 96 60 89 55 86 67 92 60 89 82 97 82 97 100 100 100 100
749661 Rio Manso 01 48,86 674,22 26 68 15 59 14 58 17 61 14 59 18 62 15 60 32 72 32 72
749659 Rio Paraopeba 10 428,69 5.415,31 74 95 44 81 43 79 58 88 53 85 67 92 67 92 98 100 98 100
749658 Rio Betim 243,85 243,85 77 96 58 88 49 83 59 88 50 83 59 88 50 83 77 96 76 95
749657 Rio Paraopeba 09 75,17 5.734,33 73 94 44 81 43 79 57 88 52 85 66 92 65 91 98 100 98 100
MÉDIO
749656 Ribeirão Serra Azul 445,22 445,22 45 81 38 76 30 71 40 77 33 72 40 77 33 73 66 92 65 91
749655 Rio Paraopeba 08 234,48 6.414,03 71 94 44 81 42 78 56 87 52 85 64 91 64 91 97 100 97 100
749654 Ribeirão Grande 401,30 401,30 46 82 25 67 22 65 25 67 19 62 36 75 31 71 100 100 100 100
749653 Rio Paraopeba 07 218,67 7.034,00 71 94 44 81 42 78 55 86 51 84 63 91 63 90 98 100 98 100
749652 Ribeirão Cova d'Anta 213,18 213,18 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749651 Rio Paraopeba 06 633,84 7.881,02 72 94 44 80 40 77 55 87 50 83 66 92 65 91 98 100 98 100
749649 Ribeirão do Cipó 167,30 167,30 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749648 Ribeirão dos Macacos 04 160,49 160,49 30 71 16 60 13 57 16 60 14 58 20 63 18 61 100 100 100 100
749647 Ribeirão dos Macacos 03 6,57 334,36 66 92 41 78 34 73 43 79 36 75 51 84 47 82 100 100 100 100
749646 Córrego Carreira Comprida 20,84 20,84 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749645 Ribeirão dos Macacos 02 65,76 420,96 75 95 51 84 42 78 53 85 45 81 62 90 57 88 100 100 100 100
749644 Córrego Riacho Fundo 29,55 29,55 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749643 Ribeirão dos Macacos 01 62,18 512,70 84 97 59 88 49 83 61 89 52 85 71 94 67 92 100 100 100 100
749642 Ribeirão São João 02 332,74 332,74 87 98 71 94 59 89 94 99 91 98 94 99 92 98 100 100 100 100
749641 Ribeirão São João 01 0,71 846,16 85 97 63 91 53 85 72 94 65 91 81 96 76 95 100 100 100 100
749639 Rio Paraopeba 05 83,74 8.810,92 67 86 44 73 41 71 53 78 48 75 61 83 60 82 95 98 94 98
749638 Ribeirão do Cedro 341,82 341,82 78 91 74 90 67 86 86 95 81 93 88 96 84 94 100 100 100 100
749637 Rio Paraopeba 04 122,57 9.275,30 67 86 45 73 42 72 54 79 49 76 62 84 61 83 95 99 95 98
749636 Ribeirão do Chico 193,34 193,34 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749635 Rio Paraopeba 03 200,61 9.669,25 67 86 44 73 40 70 52 77 46 74 62 83 61 83 95 99 95 98
749634 Rio Pardo 474,47 474,47 91 97 79 92 75 90 85 95 82 94 84 94 82 93 100 100 100 100
749633 Rio Paraopeba 02 660,71 10.804,43 71 88 48 75 43 72 55 79 50 76 66 86 65 85 97 99 96 99
749632 Ribeirão Pedro Moreira 242,74 242,74 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749631 Ribeirão dos Gomes 02 126,11 11.173,27 72 89 49 75 45 73 57 80 52 77 67 86 66 86 97 99 97 99
BAIXO 749629 Córrego do Falcão 114,13 114,13 100 100 97 99 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749628 Córrego da Prata 76,01 76,01 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749627 Ribeirão das Almas 03 1,72 191,87 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749626 Córrego Boa Morte 47,86 47,86 100 100 27 61 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749625 Ribeirão das Almas 02 45,05 284,77 100 100 90 96 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749624 Córrego do Gomes 103,15 103,15 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749623 Ribeirão das Almas 01 129,21 517,13 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749622 Córrego do Meleiro 174,90 174,90 100 100 97 99 100 100 99 100 100 100 97 99 100 100 98 100 100 100
749621 Ribeirão dos Gomes 01 1,15 693,19 100 100 99 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
749619 Rio Paraopeba 01 163,69 12.030,15 75 90 52 77 48 75 60 82 55 79 71 88 70 88 98 100 98 100
819
Também é importante ressaltar que existe pelo menos um caso em que os modelos de
balanço quantitativo utilizados não representaram a realidade observada na viagem de
campo. Isso ocorre no Ribeirão do Chico, que segundo os registros de outorgas e das
projeções correspondentes nos cenários não deveria apresentar qualquer problema. No
entanto, as observações locais realizadas nas viagens de campo indicaram que a
situação ali é crítica: o fluxo de água do ribeirão foi simplesmente interrompido por
sistemas de bombas de irrigação de cultura de grama, sem qualquer menção no banco
de outorgas. Podem ocorrer outros casos como esse na bacia.
A Figura 27.1 apresenta um resumo dos cenários para toda a bacia, mostrando a
permanência da vazão equivalente às demandas para todos os cenários calculada
cumulativamente para a última ottobacia nível 6 do rio Paraopeba na sua foz no
reservatório da UHE Três Marias (código 749619). Assim como no Quadro 27.1, os
valores são apresentados para cada um dos cenários e para os dois “fatores de retorno”
considerados.
Aqui também é importante lembrar que a permanência da Q7,10 situa-se entre 99% e
100% do tempo, o que não ocorre na situação atual ou em qualquer dos cenários
desenvolvidos, com exceção do Cenário Alternativo 3, pelas razões já mencionadas
acima.
820
Figura 27.1 - Resumo da Análise de Sensibilidade dos Cenários - Balanço Quantitativo
Acumulativo
821
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845
APÊNDICES
Uma das necessidades definidas pelo escopo do PDRH é a definição de Áreas Sujeitas
a Restrição de Uso, baseado na Lei nº 13.199, de 29 de janeiro de 1999, descrita a
seguir:
Para definição das Áreas Sujeitas a Restrição de Uso, os seguintes critérios foram
considerados:
846
• Áreas de balneabilidades utilizadas em polos regionais e pontos turísticos locais,
para práticas de educação ambiental, de recreação aquáticas e/ou esportivas de
contato de primeiro e secundário;
• Áreas que favoreçam condições para pesca amadorística e desenvolvimento da
pesca turística;
• Áreas para proteção da biodiversidade dos ecossistemas aquáticos e marginais,
a manter o equilíbrio ecológico e a preservação da ictiofauna;
• Áreas de interesse da conservação, proteção e manutenção do equilíbrio natural
das águas subterrâneas em seus aspectos de quantidade e qualidade, como
zonas de recarga direta e afloramento de aquíferos e áreas identificadas de
acordo com a Deliberação Normativa Conjunta COPAM-CERH Nº 05, de 14 de
setembro de 2017; e,
• Áreas Críticas apresentadas no RP02 – Revisão do Relatório do Diagnóstico da
Bacia do Rio Paraopeba.
Em adição, o Plano ainda adiciona algumas questões com o objetivo de definir as Áreas
Sujeitas a Restrição de Uso.
Para definição das Áreas Sujeitas à Restrição de Uso deste Plano de Ações foram
considerados o caráter protetivo das áreas próximas a trechos de cursos de águas
enquadrados na Classe Especial, Classe I ou Classe II, além das áreas para proteção
da biodiversidade dos ecossistemas aquáticos e marginais. Considerou-se ainda a forte
relação das áreas que favoreçam condições para pesca amadorística e
desenvolvimento da pesca turística. Atentou-se para a importância das áreas de
proteção da biodiversidade dos ecossistemas aquáticos e marginais, com função de
manter o equilíbrio ecológico e a preservação da ictiofauna. As próprias Áreas de
Proteção Ambiental da Bacia, avaliadas através da disponibilidade dos dados coletados
durante a elaboração do Plano, foram levadas em consideração. Desse conjunto de
características intrínsecas foram estabelecidas as categorias das Áreas Sujeitas a
Restrição de Uso da bacia hidrográfica do Rio Paraopeba, a saber: (i) áreas de
mananciais de abastecimento público; (ii) áreas turísticas que abranjam conjuntos
paisagísticos de rios, cachoeiras e lagos; (iii) áreas consideradas como zonas de
recarga direta e afloramento de aquíferos; e, (iv) áreas críticas apresentadas no RP02
– Revisão do Relatório do Diagnóstico da Bacia do Rio Paraopeba.
847
classificados como abastecimento público de todas as concessionárias da bacia e das
Prefeituras Municipais.
2 Alto
3 Muito Alto
4 Extremamente Alto
848
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" !
Conforme observa-se na Figura 0.1, diversas áreas da bacia são definidas a partir
desses critérios. Assim, devido ao caráter voltado aos recursos hídricos, definiu-se que
serão consideradas como Áreas Sujeitas a Restrição de Uso as bacias hidrográficas
determinadas de acordo com as diretrizes apresentadas na Diretriz Metodológica de
Regionalização por Sub-bacias, que possuem mais 35% de sua área dentro dos critérios
do Quadro 0.1 e que o nível de restrição se dará em relação ao máximo encontrado na
bacia, como mostra a Figura 0.2.
850
A nomenclatura dos rios, bem como à restrição determinada está apresentada no
Quadro 0.2.
852
APÊNDICE B – MODELO DE FOLDER
853
Figura 0.4 – Folder Verso
854
APÊNDICE C – MODELO DE CARTAZ
855
APÊNDICE D – MODELO DE CONVITE
856
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Instituto Mineiro de ~tJo d.ls Ágpas
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GOVERNO
DIFERENTE.
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MINISTÉRIO DO
DESENVOLVIMENTO REGIONAL GOVERNO FEDERAL