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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

PROJETO DE SUSTENTABILIDADE HÍDRICA DE PERNAMBUCO


ACORDO DE EMPRÉSTIMO Nº 7778 – BR

ESTUDOS DE MECANISMOS DE COBRANÇA PELO USO


DA ÁGUA NO ESTADO DE PERNAMBUCO

PRODUTO 4
CONSOLIDAÇÃO DA METODOLOGIA DE COBRANÇA JUNTO AOS
COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS, CÂMARA TÉCNICA DE ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS E AO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Contrato PSHPE N° 001/2015

Maio de 2018

COB-PE-RT4-01.00-REV02
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
PROJETO DE SUSTENTABILIDADE HÍDRICA DE PERNAMBUCO
ACORDO DE EMPRÉSTIMO Nº 7778 – BR

ESTUDOS DE MECANISMOS DE COBRANÇA PELO USO


DA ÁGUA NO ESTADO DE PERNAMBUCO

PRODUTO 4
CONSOLIDAÇÃO DA METODOLOGIA DE COBRANÇA JUNTO AOS
COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS, CÂMARA TÉCNICA DE
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E AO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS
HÍDRICOS

Contrato PSHPE N° 001/2015


Equipe Técnica da Consultor

Antônio Eduardo Leão Lanna


Coordenador Geral

Alex Gama de Santana


Gerente do Projeto e Especialista em Recursos Hídricos

Rodrigo Spezialli
Especialista em Economia

Luis Gustavo de Moura Reis


Especialista em Instrumentos de Gestão

Pedro Lucas Cosmo de Brito


Especialista em Instrumentos de Gestão

Ângela Damasceno
Mobilização Social

Ana Elizabete Batista Duarte


Mobilização Social

Alvaro de Moraes Belo


Mobilização Social

Nicolas Alexandre Gama


Geoprocessamento

Grupo de Acompanhamento e Fiscalização - APAC

Marcelo Cauás Asfora


Diretor Presidente

Maria Crystianne Fonseca Rosal


Diretora de Regulação e Monitoramento

Clenio Torres Filho


Gerente de Outorga e Cobrança
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 13

2. CONSULTAS PÚBLICAS: METODOLOGIA, PLANEJAMENTO E RESULTADOS ........ 15

2.1. ESTRATÉGIA DO PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO .................................................. 16


2.2. PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO ........................................................................... 17
2.3. ORGANIZAÇÃO E CONDUÇÃO DAS CONSULTAS PÚBLICAS .................................. 23
2.4. REGISTRO E AVALIAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DO PROCESSO DE CONSULTAS
PÚBLICAS .................................................................................................................. 31

3. MECANISMO DE COBRANÇA PARA O ESTADO DE PERNAMBUCO ........................ 44

3.1. ASPECTOS GERAIS DO MODELO DE COBRANÇA PELO USO DE ÁGUA................... 46


3.2. COBRANÇA PELA CAPTAÇÃO DE ÁGUA .............................................................. 47
3.2.1. Coeficientes genéricos de cobrança pela captação de água: Kcap,sup/sub, Kmeteo, KUP e
Kuso 48
3.2.2. Coeficientes específicos para cada classe de uso de água, de acordo com a
eficiência de uso: Kef ............................................................................................... 63
3.3. COBRANÇA PELO LANÇAMENTO DE POLUENTES EM MEIO HÍDRICO .................... 74
3.4. EXTENSÃO DA APLICABILIDADE DO MECANISMO DE COBRANÇA PELO
LANÇAMENTO PARA O CASO DE AQUICULTURA EM RESERVATÓRIOS ............................. 79
3.5. COBRANÇA PELA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................... 82
3.6. PREÇOS PÚBLICOS UNITÁRIOS ANALISADOS .................................................... 89

4. ANÁLISE DE VIABILIDADE FINANCEIRA, TÉCNICA E ECONÔMICA DOS


MECANISMOS E PREÇOS PROPOSTOS .......................................................................... 91

4.1. VIABILIDADE FINANCEIRA AMPLA: AVALIAÇÃO DA ARRECADAÇÃO E SUA


DISTRIBUIÇÃO ........................................................................................................... 91
4.2. SIMULAÇÃO DE REFERÊNCIA: PPUREF ................................................................ 92
4.3. SIMULAÇÃO DE COBRANÇA COM PPUREFX2 ........................................................101
4.4. SIMULAÇÃO DE COBRANÇA COM PPUREFX1,5.......................................................101
4.5. SIMULAÇÃO DA COBRANÇA ONERANDO AS EMPRESAS DE COMERCIALIZAÇÃO DE
ÁGUA 102
4.6. SIMULAÇÕES DE SENSIBILIDADE DA ARRECADAÇÃO ........................................104
4.7. VIABILIDADE FINANCEIRA RESTRITA: CUSTEIO DO GERENCIAMENTO DE
RECURSOS HÍDRICOS DE PERNAMBUCO. ....................................................................109
4.8. CUSTEIO DA APAC .........................................................................................109
4.9. CUSTO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS HIDRÁULICAS ..112
4.10. CONCLUSÃO ..................................................................................................121
4.11. VIABILIDADE TÉCNICA DA IMPLEMENTAÇÃO DO MECANISMO DE COBRANÇA PELO
USO DE ÁGUA ...........................................................................................................123

5. ANÁLISE DE IMPACTOS SOBRE OS USUÁRIOS .................................................. 127

5.1. IMPACTOS SOBRE O SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO .....................................127


5.2. IMPACTOS SOBRE O SETOR INDUSTRIAL.........................................................135
5.2.1. Abordagem 1: Avaliação com dados na literatura ........................................136
5.2.2. Abordagem 2: Comparação com a cobrança na bacia do rio São Francisco .....138
5.2.3. Abordagem 3: Seleção das indústrias com maior intensidade de uso de água em
Pernambuco..........................................................................................................142

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5.2.4. Considerações finais ..................................................................................164
5.3. IMPACTOS SOBRE O SETOR DE IRRIGAÇÃO .....................................................169
5.4. IMPACTOS SOBRE A PISCICULTURA EM TANQUE REDE .....................................172
5.5. IMPACTOS SOBRE O SETOR ENERGÉTICO: GERAÇÃO DE ENERGIA HIDRELÉTRICA
175

6. CONCLUSÕES SOBRE A VIABILIDADE DO MECANISMO PROPOSTO DE


COBRANÇA PELO USO DE ÁGUA BRUTA ..................................................................... 187

7. PROJEÇÃO TENDENCIAL DOS FATURAMENTOS ................................................. 189

8. PROCESSOS ADMINISTRATIVOS PARA A ARRECADAÇÃO: EXEMPLOS


BRASILEIROS .............................................................................................................. 193

8.1. O PROCESSO DE COBRANÇA PELO USO DE RECURSOS HÍDRICOS NA AGÊNCIA


NACIONAL DE ÁGUAS – ANA ......................................................................................193
8.2. O PROCESSO DE COBRANÇA NO INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO DAS ÁGUAS –
IGAM 196
8.2.1. Cadastro de usuários de recursos hídricos ...................................................199
8.2.2. Cálculo dos valores individuais da cobrança .................................................200
8.2.3. Emissão dos Boletos de cobrança ...............................................................201
8.2.4. Revisão da cobrança .................................................................................205
8.2.5. Parcelamento ...........................................................................................206
8.2.6. Inadimplência ...........................................................................................207
8.2.7. Dos recursos da cobrança ..........................................................................207
8.2.8. Aplicação dos Recursos da cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos ...............208
8.2.9. Das complexidades inerentes à implementação e operacionalização da cobrança
212
8.2.10. Da estrutura física e de pessoal ..................................................................214

9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..................................................................... 217

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ 219

11. ANEXOS ............................................................................................................... 225

ANEXO I – REGISTROS FOTOGRÁFICOS ......................................................................225


ANEXO I – LISTAS DE PRESENÇA ................................................................................225
ANEXO III – MATERIAL DE DIVULGAÇÃO .....................................................................225
ANEXO IV – LÂMINAS DAS APRESENTAÇÕES ...............................................................225
ANEXO V – IMPACTO DA COBRANÇA SOBRE PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUBMETIDAS AOS DIFERENTES
VALORES DE PPU ......................................................................................................225
ANEXO V – CUSTOS OPERACIONAIS DAS CULTURAS IRRIGADAS...................................225

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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 2.1 – Fac-símile convite 1º ciclo de Consultas Públicas sobre o Estudo de Cobrança pelo
uso da água em Pernambuco. ............................................................................................ 19

Figura 2.2 – Fac-símile convite 2º ciclo de Consultas Públicas sobre o Estudo de Cobrança pelo
uso da água em Pernambuco. ............................................................................................ 19

Figura 2.3 – Estatísticas de visitação pela equipe de mobilização durante o processo de Consultas
Públicas ........................................................................................................................... 21

Figura 2.4 – Estatísticas de visitação pela equipe de mobilização durante o processo de Consultas
Públicas ........................................................................................................................... 22

Figura 2.5 – Análise espacial de participação Consultas Públicas ............................................ 27

Figura 2.6 – Análise espacial de participação Consultas Públicas (continuação) ........................ 28

Figura 2.7 – Análise espacial de participação Consultas Públicas (continuação) ........................ 29

Figura 2.8 – Análise de participação nas Consultas Públicas por segmentos de representação ... 30

Figura 2.9 – Análise de participação nas Consultas Públicas por segmentos de representação
(continuação) ................................................................................................................... 31

Figura 3.1 – Mapa das zonas de explotação de aquíferos nos municípios do Recife, Jaboatão dos
Guararapes, Olinda e Camaragipe. ...................................................................................... 49

Figura 3.2 – Localização das bacias sedimentares e sistemas aquíferos do Jatobá e Araripe. ..... 50

Figura 3.3 – Mesorregiões climáticas do estado de Pernambuco............................................. 54

Figura 3.4 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião da
Zona da Mata e Litoral. ...................................................................................................... 55

Figura 3.5 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Agreste Setentrional. ......................................................................................................... 55

Figura 3.6 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Agreste Central. ................................................................................................................ 56

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Figura 3.7 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Agreste Meridional. ........................................................................................................... 56

Figura 3.8 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Sertão do Moxotó.............................................................................................................. 57

Figura 3.9 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Sertão do Pajeú. ............................................................................................................... 57

Figura 3.10 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Sertão do São Francisco. ................................................................................................... 58

Figura 3.11 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Alto Sertão. ...................................................................................................................... 58

Figura 3.12 – Localização das estações fluviométricas utilizadas na avaliação de suprimento em


relação à Q50 ................................................................................................................... 71

Figura 3.13 – Distribuição de probabilidades da relação entre carga de DBO e vazão captada
(kg/m3) na bacia do rio São Francisco. ................................................................................ 78

Figura 3.14 – Localização das PCHs pertencentes aos inventários dos rios Amaraji, Jacuípe e
Sirinhahém. ...................................................................................................................... 84

Figura 4.1 – Arrecadação por Unidade de Planejamento Hídrico – UP na simulação adotando o


PPURef. ........................................................................................................................... 95

Figura 4.2 – Arrecadação por categoria de uso outorgado pela APAC na simulação adotando o
PPURef ............................................................................................................................ 97

Figura 4.3 – Distribuição da arrecadação entre os usuários de água na simulação adotando o


PPURef. ........................................................................................................................... 98

Figura 4.4 – Faturamentos por UP e por grandes categorias de uso de água na simulação
adotando o PPURef. .......................................................................................................... 99

Figura 4.5 – Arrecadação potencial obtida com aumento do preço de água para empresas de
comercialização de água (carro-pipa), considerando os PPU de referência. ............................103

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Figura 4.6 – Incremento do preço da água comercializada decorrente do aumento do preço de
água para empresas de comercialização de água (carro-pipa), considerando os PPU de
referência........................................................................................................................103

Figura 5.1 – Parâmetros de entrada no modelo de análise de viabilidade de pequenas centrais


hidrelétricas (Umbria, 2015) ..............................................................................................183

Figura 5.2 – Encargos incidentes no modelo de análise de viabilidade de pequenas centrais


hidrelétricas, incluindo o 0,75% da Cobrança pelo Uso da Água (Umbria, 2015) .....................184

Figura 7.1 – Projeção dos faturamentos por grandes categorias de uso de água, adotando-se a
PPURef. ..........................................................................................................................191

Figura 7.2 - Projeção dos faturamentos totais para as PPUs simuladas. .................................192

Figura 8.1 – Passo-a-passo para implementação da cobrança em âmbito federal. Adaptado de


ANA (2007) .....................................................................................................................194

Figura 8.2 – Evolução da implementação da cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos no Estado
de Minas Gerais. ..............................................................................................................198

Figura 8.3 – Fluxograma do processo de operacionalização da cobrança ................................204

Figura 8.4 – Fluxograma do processo de cobrança no Estado de Minas Gerais. Fonte: IGAM, 2017
(Material interno) .............................................................................................................211

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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 2.1 – Calendário de Consultas Públicas sobre os estudos de cobrança pelo uso da água
em Pernambuco................................................................................................................ 18

Quadro 2.2 – Programação base das Consultas Públicas ....................................................... 24

Quadro 2.3 – Frequência absoluta de participação nas Consultas Públicas considerando as listas
de presença (Anexo II) ...................................................................................................... 25

Quadro 2.4 – Sugestões coletadas nas Consultas Públicas, referendadas pela APAC e
incorporadas no SACUAPE.................................................................................................. 33

Quadro 3.1 – Formulação matemática para Cobrança Total pela Captação. ............................. 46

Quadro 3.2 – Formulação matemática para o cálculo do valor anual a ser cobrado pela captação
....................................................................................................................................... 47

Quadro 3.3 – Valores do Coeficiente de Captação de Águas Superficiais ................................. 48

Quadro 3.4 – Valores do Coeficiente de Captação de Águas Subterrâneas .............................. 49

Quadro 3.5 – Caracterização dos totais precipitados em cada mesorregião climática. ............... 59

Quadro 3.6 – Coeficientes Kmeteo propostos. ...................................................................... 60

Quadro 3.7 – Valores dos Coeficientes das Unidades de Planejamento Hídrico ........................ 61

Quadro 3.8 – Coeficientes genéricos aplicados os usos de água ............................................. 62

Quadro 3.9 – Formulação matemática para o cálculo da Compensação Financeira ................... 63

Quadro 3.10 - Modelo geral de coeficiente de eficiência para o setor de abastecimento público 64

Quadro 3.11 – Coeficiente de uso per capita – Kupc ............................................................... 64

Quadro 3.12 – Coeficiente de gestão operacional relacionado a perdas de faturamento ........... 65

Quadro 3.13 – Coeficiente de gestão operacional relacionado a perdas físicas ......................... 66

Quadro 3.14 – Coeficiente eficiência da utilização da água na indústria .................................. 67

Quadro 3.15 – Índice de reuso Ireuso e Índice de uso de águas servidas Iuas ............................. 67

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Quadro 3.16 – Coeficiente eficiência da utilização da água e manejo do solo na irrigação ......... 69

Quadro 3.17 – Valor do coeficiente função do método de irrigação ........................................ 69

Quadro 3.18 – Valores do coeficiente função do manejo do solo agrícola ................................ 70

Quadro 3.19 – Valores do coeficiente função do manejo da irrigação ..................................... 70

Quadro 3.20 – Relação de postos fluviométricos avaliados no estudo de suprimento da Q50 .... 71

Quadro 3.21 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50 para o posto
39084020, rio Tracunhaém ................................................................................................ 72

Quadro 3.22 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50 para o posto
39560000, Rio Una ........................................................................................................... 72

Quadro 3.23 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50 para o posto
39360000, rio Ipojuca ....................................................................................................... 73

Quadro 3.24 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50 para o posto
39150000, Rio Capibaribe .................................................................................................. 73

Quadro 3.25 – Formulação matemática da concentração limite. ............................................. 75

Quadro 3.26 – Formulação matemática para o cálculo da vazão de diluição. ........................... 75

Quadro 3.27 – Limites de concentração, naturais e da Resolução CONAMA 357/2005 .............. 76

Quadro 3.28 – Equação da cobrança pelo lançamento de poluentes ....................................... 76

Quadro 3.29 – Coeficientes técnicos para estimativa de cargas de DBO como função dos volumes
de captação ..................................................................................................................... 77

Quadro 3.30 – Coeficientes técnicos para estimativa de volumes consumidos de água como
percentagem dos volumes de captação para as categorias de outorga no estado de Pernambuco
....................................................................................................................................... 79

Quadro 3.31 - Estimativa das perdas de fósforo para o ambiente em cultivo intensivo em gaiolas,
sob diferentes taxas de conversão aparente (TCA) ............................................................... 80

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Quadro 3.32 - Composição em proteína bruta e fósforo e estimativas da quantidade de fósforo
(P) oferecidos em rações e lançados no meio durante a produção de 1.000 kg de tilápia em
gaiolas, com base em cinco rações comerciais usadas no Brasil ............................................. 81

Quadro 3.33 - Cálculo simplificado do volume de diluição para o caso da carga de fósforo lançada
em corpos lênticos. ........................................................................................................... 81

Quadro 3.34 – Processos com outorgas válidas, ou em análise no banco de dados da APAC ..... 85

Quadro 3.35 – Informações sobre eixos de PCHs em inventários ativos, segundo ANEEL (2017) 86

Quadro 3.36 – Geração de Energia a partir de usinas termoelétricas (geração ANEEL, 2017) .... 87

Quadro 3.37 – Coeficiente eficiência da utilização da água na geração a partir de usinas


termelétricas (UTEs).......................................................................................................... 88

Quadro 3.38 – Coeficiente eficiência da utilização da água na geração a partir de PCHs ........... 89

Quadro 3.39 – Preços Públicos Unitários Propostos (R$) ....................................................... 90

Quadro 4.1 – Arrecadações totais estimadas derivadas da cobrança pelo uso de água outorgados
pela APAC e pela ANA, adotando o PPURef. ......................................................................... 92

Quadro 4.2 – Arrecadações derivadas das outorgas emitidas exclusivamente pela ANA, adotando
o PPURef.......................................................................................................................... 93

Quadro 4.3 – Arrecadação, em Reais, por Unidade de Planejamento Hídrico na simulação


adotando o PPURef. ............................................................................................................ 93

Quadro 4.4 – Arrecadação, em Reais, por categoria de uso e por tipo de água captada na
simulação adotando o PPURef. ........................................................................................... 96

Quadro 4.5 – Arrecadação, em Reais, pelo uso de águas de domínio do estado de Pernambuco
por Unidade de Planejamento Hídrico na simulação adotando o PPURef. ...............................100

Quadro 4.6 - Arrecadação pelo uso de águas de domínio da União por Unidade de Planejamento
Hídrico na simulação adotando o PPURef. ...........................................................................100

Quadro 4.7 – Arrecadações totais estimadas derivadas da cobrança pelo uso de água outorgados
pela APAC e pela ANA na simulação adotando o PPURefX2. .....................................................101

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Quadro 4.8 – Arrecadações derivadas das outorgas emitidas exclusivamente pela ANA na
simulação adotando o PPURefX2. .........................................................................................101

Quadro 4.9 – Arrecadações totais estimadas derivadas da cobrança pelo uso de água outorgados
pela APAC e pela ANA com os PPURefX1,5..............................................................................101

Quadro 4.10 – Arrecadações derivadas das outorgas emitidas exclusivamente pela ANA com os
PPURefX1,5. ........................................................................................................................102

Quadro 4.11 – Arrecadação com meteorologia normal, sem monitoramento das condições do solo
e de manejo da lâmina na irrigação, com cultivo anual convencional sem práticas
conservacionistas, com os PPUs de referência. ....................................................................107

Quadro 4.12 – Arrecadação com meteorologias distintas, sem monitoramento das condições do
solo e de manejo da lâmina na irrigação por aspersão convencional, com cultivo anual
convencional sem práticas conservacionistas com os PPUs de referência. ..............................107

Quadro 4.13 – Arrecadação com meteorologia normal, manejos distintos da lâmina de irrigação
por aspersão convencional, com cultivo anual convencional, sem práticas conservacionistas com
os PPUs de referência. ......................................................................................................108

Quadro 4.14 – Arrecadação com meteorologia normal, com manejos distintos do solo na irrigação
por aspersão convencional, e sem manejo da lâmina de irrigação com os PPUs de referência. .108

Quadro 4.15 – Distribuição das despesas cobertas com recursos próprios (fonte 0101) em 2017,
até 21/11/2017. ...............................................................................................................110

Quadro 4.16 – Distribuição das despesas cobertas pelo FEHIDRO (fonte 0126) em 2017, até
21/11/2017 .....................................................................................................................110

Quadro 4.17 – Distribuição dos valores de custeio da APAC entre Unidades de Planejamento
Hídricos com PPUs referenciais. .........................................................................................111

Quadro 4.18 - Coeficientes Estimativa da Demanda Atendida por Açudes. .............................113

Quadro 4.19 – Estimativa do custo (em R$/hm3) de Operação e Manutenção da infraestrutura


hidráulica de Pernambuco. ................................................................................................113

Quadro 4.20 - Estimativa da vazão regularizada nos açudes pernambucanos. ........................114

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Quadro 4.21 - Estimativa dos usos de água superficial provisionados por meio de infraestrutura
hidráulica em Pernambuco. ...............................................................................................116

Quadro 4.22 - Estimativa dos usos de água subterrânea provisionados por meio de
infraestrutura hidráulica em Pernambuco............................................................................118

Quadro 4.23 - Estimativa dos usos de água subterrânea provisionados por meio de
infraestrutura hidráulica em Pernambuco............................................................................120

Quadro 4.24 – Confronto da arrecadação com as PPUs referenciais com os custos de custeio e de
O&M da infraestrutura hidráulica. ......................................................................................122

Quadro 5.1 – Formulação matemática para o cálculo da vazão sujeita à cobrança. .................128

Quadro 5.2 – Transformação das DTS por vazão de água faturada pela concessionária em vazão
de água sujeita à cobrança pela APAC ................................................................................128

Quadro 5.3 – Transformação da TMAE por vazão de água faturada pela concessionária em vazão
de água sujeita à cobrança pela APAC ................................................................................129

Quadro 5.4 – Impacto da cobrança sobre o Setor de Abastecimento Público. .........................130

Quadro 5.5 – Resumo dos impactos da cobrança sobre as prestadoras de serviços de


abastecimento público e esgotamento sanitário dos municípios mais afetados, considerando a
cobrança pela PPU referencial e pela PPU referencial multiplicada por 2. ...............................132

Quadro 5.6 – Tipologia versus custo operacional/m3 de água captada ...................................137

Quadro 5.7 – Aumento médio do custo por setor produtivo ..................................................138

Quadro 5.8 – Resumo dos valores de cobrança unitária da indústria em Pernambuco, com o
mecanismo de cobrança proposto e as distintas PPU. ..........................................................139

Quadro 5.9 - Relação de indústrias cobradas na bacia do Rio São Francisco em 2016, com
mecanismo aprovado em 2017 ..........................................................................................141

Quadro 5.10 – Maiores usuários de recursos hídricos, por vazão outorgada, do setor industrial de
Pernambuco ....................................................................................................................144

Quadro 5.11 – Estimativa da cobrança e seu impacto nos maiores usuários industriais de água
para os diversos valores de PPU. .......................................................................................148

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Quadro 5.12 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de açúcar ............156

Quadro 5.13 - Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de biocombustíveis


......................................................................................................................................157

Quadro 5.14 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de bebidas ..........159

Quadro 5.15 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de produção de alumínio ..........160

Quadro 5.16 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de vidros .............162

Quadro 5.17 – Preço de exportação de vidros planos flotados no mercado mundial ................163

Quadro 5.18 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor automobilístico ........................164

Quadro 5.19 – Incremento de custos da Cobrança pelo Uso da Água Bruta sobre os segmentos
industriais com maiores demandas hídricas em Pernambuco ................................................165

Quadro 5.20 – Custo incremental por unidade fabricada decorrente da cobrança pela água bruta
com cobrança pela PPURefX2 ............................................................................................166

Quadro 5.21 - Custo Operacional Total na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos
de irrigação em Pernambuco .............................................................................................170

Quadro 5.22 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo Operacional Total
na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos de irrigação em Pernambuco – PPU de
referência........................................................................................................................170

Quadro 5.23 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo Operacional Total
na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos de irrigação em Pernambuco –
PPURefx1,5 .....................................................................................................................171

Quadro 5.24 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo Operacional Total
na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos de irrigação em Pernambuco –
PPURefx2. .......................................................................................................................172

Quadro 5.25 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o
PPUref=0,0012 (R$/m3) ....................................................................................................174

Quadro 5.26 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o
PPUref=0,0018 (R$/m3) ....................................................................................................174

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Quadro 5.27 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o
PPUref=0,0024 (R$/m3) ....................................................................................................174

Quadro 5.28 – Formulação matemática para o cálculo da Energia Assegurada .......................175

Quadro 5.29 – Formulação matemática para o cálculo da Vazão Censurada ...........................175

Quadro 5.30 – Formulação matemática para o cálculo da Produtividade média da usina .........175

Quadro 5.31 - Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10
anos, TAR= R$175,8/MWh................................................................................................177

Quadro 5.32 - Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10
anos, TAR= R$175,8/MWh. (Continuação) .........................................................................178

Quadro 5.33 – Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10
anos, TAR= R$248/MWh. .................................................................................................179

Quadro 5.34 – Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10
anos, TAR= R$248/MWh. (Continuação) ............................................................................180

Quadro 5.35 - Previsão de arrecadação com a cobrança pelo uso da água sobre a energia gerada
a partir de PCHs (R$ TARIFA ATUALIZA DE REFERÊNCIA TAR DE 72,2/MWh, praticada em 2017).
......................................................................................................................................181

Quadro 5.36 – Impactos da inclusão da cobrança sobre o Valor Presente Líquido (VPL) do
Empreendimento .............................................................................................................186

Quadro 7.1 – Faturamento projetado por UP e por grande categoria de uso de água para 2020
adotando-se a PPURef. .......................................................................................................189

Quadro 7.2 – Faturamento projetado por UP e por grande categoria de uso de água para 2025
adotando-se a PPURef. .......................................................................................................190

Quadro 7.3 – Faturamento projetado por UP e por grande categoria de uso de água para 2030
adotando-se a PPURef. .......................................................................................................190

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1. APRESENTAÇÃO

Este relatório aperfeiçoa e consolida a metodologia de cobrança desenvolvida


neste estudo, apresentada preliminarmente no Relatório Técnico do Produto 3, conside-
rando as análises, discussões e demandas realizadas por meio de Consultas Públicas que
reuniram membros da sociedade civil, do poder público e dos usuários de água. Ele é
constituído por 10 capítulos que detalham os resultados obtidos e as análises realizadas.
Este capítulo inicial apresenta a organização do relatório. No capítulo 2 é apre-
sentado um relato do processo de Consultas Públicas com as estatísticas sobre a mobili-
zação promovida e a participação alcançada, e uma síntese analítica das principais contri-
buições obtidas nas Consultas Públicas, com avaliações quanto às vantagens e viabilida-
des de inserção no mecanismo proposto.
No capítulo 3 é apresentado em detalhes o mecanismo de cobrança pelo uso da
água a ser aplicado do estado de Pernambuco.
No capítulo 4 é realizada uma análise da viabilidade técnica, econômica e finan-
ceira de implementação da cobrança pelo uso de água no Estado. A viabilidade técnica é
considerada a partir das informações demandadas pelo mecanismo. A viabilidade econô-
mica considera os impactos da cobrança nos usuários de recursos hídricos. A viabilidade
financeira avalia a efetividade da arrecadação prevista para custeio de ações vinculadas
ao gerenciamento dos recursos hídricos de Pernambuco. É também realizada neste capí-
tulo, análise da distribuição da arrecadação entre as Unidades de Planejamento Hídrico e
categorias de uso de água. Uma análise de arrecadações total em diferentes situações
combinadas de principais categorias de uso, e de clima, manejo e eficiência de uso é
apresentada como forma de avaliar a sensibilidade do mecanismo de cobrança. Alguns
ajustes adicionais do mecanismo proposto são sugeridos como subsídio às deliberações a
serem realizadas pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CERH e pelos Comitês de
Bacia Hidrográfica - COBH.
O capítulo 5 analisa os impactos da cobrança pelo uso de água nos setores de
Saneamento Básico, Industrial, Irrigação, Piscicultura e de Geração de Energia Hidrelétri-
ca. Isto leva ao Capítulo 6 onde são apresentadas conclusões sobre a viabilidade do me-
canismo de cobrança pelo uso de água proposto.
O Capítulo 7 realiza uma projeção tendencial das arrecadações com a cobrança
pelo uso de água em Pernambuco visando avaliar o fluxo financeiro que será estabelecido
em cada Unidade de Planejamento Hídrico.

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O capítulo 8 discute alternativas adotadas no Brasil para operacionalização dos
processos administrativos de arrecadação, subsidiando as deliberações que deverão tratar
na implementação da cobrança.
Finalmente, o capítulo 9 conclui e apresenta recomendações para implementação
do mecanismo de cobrança pelo uso de água em Pernambuco, e o capítulo 10 apresenta
as referências bibliográficas.
Em anexo são apresentadas informações materiais utilizados nas Consultas Públi-
cas realizadas e detalhadas as informações sobre impactos da cobrança nas prestadoras
de serviços de saneamento básico. São também apresentados os Custos Operacionais
Totais da irrigação das diferentes culturas agrícolas, tendo por base as regiões onde fo-
ram obtidas as informações.

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2. CONSULTAS PÚBLICAS: METODOLOGIA, PLANEJAMENTO E RESUL-
TADOS

Com vistas a consolidar a metodologia de cobrança apresentada no Produto 3


junto à sociedade civil, poder público e usuários de água, foram realizadas 10 Consultas
Públicas nas quais os mecanismos de cobrança foram apresentados e amplamente discu-
tidos com os presentes.
Durante as Consultas Públicas, os participantes tiveram oportunidade de conhe-
cer os conceitos do instrumento de Cobrança de forma mais aprofundada; sua importân-
cia e finalidade dentro do sistema de gestão de recursos hídricos; quais as etapas neces-
sárias até a sua implantação; estágios de aprovação; preços praticados no país e impac-
tos sobres os usuários.
Conforme será apresentado adiante, as Consultas Públicas forneceram subsídios
importantes para a consolidação desta metodologia, haja vista que as contribuições e
sugestões registradas ao longo de suas realizações motivaram revisões importantes na
primeira versão apresentada no produto 3.
Para fins de registro, neste capítulo será realizada uma apresentação e avaliação
do processo de consulta no que diz respeito aos seguintes tópicos: a estratégia de mobili-
zação adotada; relato da forma de organização e condução das Consultas Públicas; análi-
se da sua abrangência face aos registros de participação. Por fim, será apresentada uma
síntese das principais contribuições realizadas durante o processo, juntamente com uma
análise técnica de cada contribuição.
Durante as 10 Consultas Públicas realizadas registrou-se a presença de 437 par-
ticipantes (Anexo II) incluindo também participantes do órgão gestor e da equipe técni-
ca da consultoria, oriundos de 54 municípios. Serão apresentados gráficos e registros que
ilustram o grau de representação em termos quantitativos e de abrangência espacial.
Também foi realizada uma apresentação final ao Conselho de Recursos Hídricos
(CRH) que contou com a presença de 27 convidados e 15 Conselheiros entre titulares e
suplentes.

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2.1. ESTRATÉGIA DO PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO

Previamente à realização das Consultas Públicas foi necessário se desenhar uma


estratégia de mobilização, com a finalidade de definir os objetivos, público-alvo, métodos
de divulgação, local das consultas, programação dos eventos, conteúdo programático das
apresentações, para fins de melhor alocação dos recursos disponíveis no projeto.
Não obstante os termos de referência houvessem direcionado explicitamente es-
forços de mobilização aos Comitês de Bacia Hidrográfica - COBHs, Conselho de Usuários -
CONSUs, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH, Câmara Técnica de Águas
Subterrâneas – CTAS, outros aspectos foram relevantes no sentido melhor alocar os re-
cursos disponibilizados pelo projeto, dentre os quais é possível citar:

• Aspectos geográficos relacionados à arrecadação e dominialidade – As


simulações mostraram que menos de 2% da arrecadação estaria localizada na re-
gião do semiárido, sendo que os usuários que fazem captação em mananciais pe-
renes (rio São Francisco e reservatórios do DNOCS) já estão sendo objeto da co-
brança na bacia hidrográfica do São Francisco, arrecadados pela ANA e repassados
à AGB Peixe Vivo;
• A existência de canais de comunicação institucionais plenamente esta-
belecidos com COBHs e CONSUs – Uma vez que a Gerência de Apoio aos Or-
ganismos de bacia (GAOB/APAC) mantém uma agenda atividades ordinárias junto
a estes conselhos, os canais de comunicação já se encontravam estabelecidos, de
modo a não ser dificuldade a divulgação da agenda de Consultas Públicas. Não
obstante, se alertou para a dificuldade de logística da participação deste público,
uma vez que os mesmos não teriam custeio para suas viagens;
• Aspectos geográficos relacionados à existência de COBHs implantados –
Uma vez que as deliberações de cobrança serão aprovadas no âmbito de cada
COBH, a localização das consultas deveria viabilizar as participações de membros
deste colegiados.
• Relevância do Envolvimento dos Setores Usuários – A participação dos se-
tores usuários no processo de consultas foi considerada imprescindível, uma vez
que sobre ele recai o ônus da cobrança. A aceitação por parte deste setor seria
uma condição sine qua non para a implantação da cobrança em Pernambuco.

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Após considerar os tópicos acima, foram acordadas algumas premissas importan-
tes entre cliente, a APAC, e o Consórcio, com a finalidade de nortear o planejamento das
consultas e do processo de mobilização. Dentre as quais se pode numerar:

• As Consultas Públicas seriam realizadas em datas distintas das reuniões ordinárias


dos COBHs;
• Mesmo que as simulações antecipassem um baixo potencial de arrecadação das
bacias localizadas no sertão, essa região não seria preterida no processo de con-
sultas, e sua mobilização contaria também com o apoio dos CONSUs;
• Seria realizada uma Consulta Pública em local de fácil acesso à participação do se-
tor industrial (SESI, SENAI, FIEPE), de modo a potencializar a sua participação nas
discussões sobre cobrança. Não obstante a realização desta consulta ocorrer em
um ambiente propício a participação deste segmento, ela deveria ser aberta, pú-
blica e amplamente divulgada. Cogitou-se três municípios para realização da con-
sulta: Recife, Cabo de Santo Agostinho e Caruaru;
• Seria realizada uma Consulta Pública na cidade do Recife, no sentido de viabilizar
a participação dos COBHs, membros de câmaras técnicas, membros do conselho e
associações de classe. Este evento também teria por objetivo facilitar a participa-
ção da sede decisória de empresas (privadas e públicas), órgãos de governo, au-
tarquias, que em sua maioria se localizam na capital;
• Uma vez que não existia canal de comunicação estabelecido entre órgão gestor e
usuários de água, a equipe de mobilização do Consultor deveria envidar esforços
de campo direcionados a este segmento, bem como aos poderes públicos munici-
pais.

2.2. PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO

As Consultas Públicas tiveram início em maio/2017 (1º Ciclo) e foram interrompi-


das no final do mesmo mês devido aos eventos extremos de fortes chuvas que provoca-
ram desastres naturais no agreste e na zona da mata pernambucana, tendo sido retoma-
da em setembro/2017 (2º Ciclo), e reunião de apresentação ao CRH, da metodologia con-
solidada realizada em 30/05/18, conforme Quadro 2.1.

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Quadro 2.1 – Calendário de Consultas Públicas sobre os estudos de cobrança
pelo uso da água em Pernambuco
Local Data

Salgueiro Plaza Hotel, Salgueiro-PE 09/05/2017

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – FIEPE 12/05/2017

Marante Plaza Hotel, Recife-PE 17/05/2017

Hotel Una, Palmares-PE 18/05/2017

Caruaru Park Hotel, Caruaru – PE (Adiada devido às chuvas) 19/05/2017

Caruaru Park Hotel, Caruaru – PE (retomada) 29/08/2017

Agência de Desenvolvimento de Goiana, Goiana-PE 12/09/2017

Hotel Tavares Correa, Garanhuns – PE 14/09/2017

Pousada Vale do Moxotó, Ibimirim-PE 20/09/2017

Hotel Brotas, Afogados da Ingazeira-PE 21/09/2017

Salão Paroquial, Praça Nsa. Sra. De Fátima, Ouricuri-PE 28/09/2017

Reunião de apresentação da metodologia consolidada ao CRH-PE 30/05/2018

Para cada Consulta Pública foi elaborado material impresso e digital, na forma de
banners, cartazes e convites (Figura 2.1 e Figura 2.2) que foram distribuídos da se-
guinte forma de acordo com a mídia:

• Mídia impressa – distribuída nos municípios da cidade polo (local da consulta) e


do seu entorno, em locais públicos, rádios, órgãos públicos, prefeituras, associa-
ções, divulgada pela equipe de mobilização de campo da consultora.
• Mídia digital – distribuída por listas de e-mail, destinadas a organismos de bacia
(COBHs e CONSUs); associações de usuários; federações; associações de classe e
outros. As comunicações por mídia digital foram enviadas através do Gabinete da
Presidência da APAC; Gerência de Apoio aos Organismos de Bacia; e assessoria de
comunicação da APAC.

O material de divulgação específico de cada Consulta Pública é apresentado no


Anexo III.

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Figura 2.1 – Fac-símile convite 1º ciclo de Consultas Públicas sobre o Estudo de
Cobrança pelo uso da água em Pernambuco.

Figura 2.2 – Fac-símile convite 2º ciclo de Consultas Públicas sobre o Estudo de


Cobrança pelo uso da água em Pernambuco.

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Também foi realizada uma pesquisa no banco de dados de outorga e no Sistema
de Apoio à Cobrança – SACUAPE, planilha desenvolvida neste estudo, a partir dos quais
foram selecionados os usuários mais significativos em termos de vazão captada e poten-
cial de pagamento, a fim de se obter endereços e contatos a serem utilizados pela equipe
de campo da Consultoria no processo de mobilização.
A partir dos registros de visitas dos mobilizadores em campo, foram elaborados
os gráficos da Figura 2.3 e da Figura 2.4, que ilustram a abrangência espacial resultada
do processo de mobilização. Os mapas também são acompanhados de histogramas onde
são apresentadas a quantidade de indivíduos mobilizados através de visitas in loco. Para
as consultas realizadas em Recife não houve mobilização de campo, apenas por canais de
comunicação midiática e institucional, e por este motivo não são apresentados nos gráfi-
cos.

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Figura 2.3 – Estatísticas de visitação pela equipe de mobilização durante o processo de Consultas Públicas

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Figura 2.4 – Estatísticas de visitação pela equipe de mobilização durante o processo de Consultas Públicas

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2.3. ORGANIZAÇÃO E CONDUÇÃO DAS CONSULTAS PÚBLICAS

As Consultas Públicas foram planejadas para serem realizadas em um período de


5 horas de duração que, por sua vez, seria subdividido em dois momentos distintos no
mesmo evento: (1) preparação e capacitação e (2) debates e recebimento de contribui-
ções.
A etapa de preparação e capacitação foi planejada com objetivo de disseminar as
informações necessárias para que os participantes fossem capacitados para contribuir
com o projeto de forma qualificada e para isso abordou tópicos essenciais, dentre os
quais:

• Funcionamento do sistema estadual de recursos hídricos;

• Instrumentos de gestão da Política e sua articulação;

• Previsão e bases legais do instrumento de cobrança;

• Panorama da implementação da cobrança no Brasil;

• Definição de papéis, etapas e instâncias de aprovação da cobrança pelo


uso da água em Pernambuco;

• Bases e fundamentos do modelo de cobrança para o Estado de Pernam-


buco, destacando seu caráter subsidiário e participativo;

• Mecanismos propostos;

• Experiências e modelos de outras bacias e unidades da Federação;

• Simulações de arrecadação e resultados.

O conteúdo da apresentação (lâminas) utilizada nas Consultas Públicas é apre-


sentada no Anexo IV.
A etapa de participação propriamente dita teve como objetivo coletar contribui-
ções buscando-se identificar aspectos relevantes que justificassem revisão ou reconside-
ração dos mecanismos, previamente à sua consolidação, tais como:

• necessidade de adequação do modelo proposto de forma a mais bem refle-


tir a realidade, práticas e outros aspectos que fundamentaram o modelo de
cobrança;

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• eventual necessidade de alinhamento entre os mecanismos apresentados e
os princípios que balizaram sua concepção: simplicidade, transparência,
equidade, previsibilidade, eficiência e efetividade;

• eventual necessidade de ajuste no mecanismo apresentado ao objetivo es-


pecífico para o qual foi criado;

• identificação de possível pré-disposição de rejeição por parte dos usuários


em relação a preços ou mecanismos propostos;

• identificação de possibilidades de aprimoramento técnico dos mecanismos


(fórmulas e coeficientes) factíveis de serem implementadas e que não ti-
vessem sido capturadas nem previstas pela consultoria;

• autodeclaração por parte dos participantes de impactos excessivos provo-


cados pela cobrança sobre determinadas atividades;

• identificação de desejos e expectativas locais de mecanismos auxiliares de


proteção e de indução à racionalidade no uso de recursos hídricos.

Não obstante tenha se estabelecido uma programação a ser seguida para todas
as Consultas Públicas (Quadro 2.2), houve a necessidade de se flexibilização e adapta-
ção em função de fatores específicos, por exemplo:

• Início tardio em função do tempo maior de deslocamento de participantes


vindos de municípios vizinhos;

• Necessidade de dedicar mais ou menos tempo de apresentação em função


da composição do público participante;

• Necessidade de prolongar a fase de discussão e debates em função da


quantidade de contribuições presentes, bem como maior ou menor neces-
sidade de moderação para se atingir os objetivos das Consultas Públicas.

Quadro 2.2 – Programação base das Consultas Públicas


Horário Atividade
8:00 h às 9:00 h Recepção e credenciamento.
9:00h às 9:30 h Abertura.
9:30h às 10:00 h Apresentação do Sistema Estadual de Recursos Hídricos pela APAC.
Apresentação dos Mecanismos de Cobrança pelo Uso da Água em Pernam-
10:00 às 12:00 h
buco.
Abertura para contribuições, debates e simulações de cobrança para usuá-
12:00 -13:00 h
rios presentes.
13:00 h Encerramento e almoço.

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Da Figura 2.5 até a Figura 2.7 são apresentados os histogramas de participa-
ção das Consultas Públicas juntamente com uma análise de abrangência espacial dos mu-
nicípios que se fizeram representados nas consultas. Constata-se que durante todo o pro-
cesso de consultas compareceram representantes de municípios de todas as mesorregiões
e unidades de planejamento do Estado de Pernambuco.
Em termos de participações absolutas, segundo os registros das listas de presen-
ça apresentadas no Anexo II, foi registrada a participação 437 pessoas ao longo das 10
Consultas Públicas, conforme Quadro 2.3.

Quadro 2.3 – Frequência absoluta de participação nas Consultas Públicas con-


siderando as listas de presença (Anexo II)
Consulta Participantes
Salgueiro-PE 77
FIEPE - Recife 59
Recife-PE 48
Palmares-PE 54
Caruaru - PE 27
Goiana-PE 25
Garanhuns – PE 26
Ibimirim-PE 27
Afogados da Ingazeira-PE 59
Ouricuri-PE 35
Total 437

Para avaliação da abrangência espacial das participações nas Consultas foi reali-
zada uma análise de representatividade de participação, ilustrada na Figura 2.8 por meio
de gráficos de pizza. Os participantes foram agrupados segundo o segmento a que per-
tenciam, sendo que foram criados rótulos específicos para os indivíduos que já participa-
vam de algum comitê de bacia (COBHs) ou que faziam parte do órgão gestor de recursos
hídricos. Os representantes de órgãos municipais, cujas atividades estavam diretamente
relacionadas ao fomento da demanda hídrica - a exemplo de secretarias municipais de
irrigação - foram agrupados na categoria de Usuários de Água, por suas atividades fins
estarem mais próximas do incentivo e fomento do uso, do que da regulação em si.
Outro tratamento dos dados absolutos que merece registro foi a não considera-
ção da presença de alunos de instituições de ensino que, por suas presenças em quanti-
dades significativas nas consultas de Afogados e Palmares, provocaram distorções na
amostra resultando em um grande peso aparente da participação do segmento sociedade
civil. Também foi excluída da análise a equipe da consultoria, por não ser relevante aos
objetivos do estudo.

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Os gráficos da Figura 2.8 mostram que o segmento de usuários de água teve
destaque em termos de participação nas Consultas Públicas da FIEPE (59%), Ouricuri
(53%), Palmares (51%) e Salgueiro (50%). A participação dos usuários também esteve
entre 30 e 40% nas Consultas Públicas de Caruaru, Goiana e Garanhuns, e se manteve
acima de 20% em todas as demais.
A participação do segmento sociedade civil teve destaque em Ibimirim (52%),
Afogados da Ingazeira (31%) e Garanhuns (26%), com participação qualificada de insti-
tuições de pesquisa e ensino.
A participação do poder público se deu de forma bastante regular e moderada
nas Consultas Públicas de Goiana (36%), Recife (28%), Garanhuns (26%), Afogados da
Ingazeira (23%) e Ouricuri (26%). Exceto em Ouricuri, nas demais consultas a participa-
ção do segmento poder público foi bastante equilibrada com o segmento usuários de
água.
A fatia dos participantes que se declararam como membros de algum COBH, se
manteve sempre inferior a 5%, exceto em Caruaru, que chegou na marca dos 9%. Entre-
tanto não se pode tirar conclusões a respeito desta baixa participação, uma vez que
membros do comitê podem ter se identificado de acordo com as categorias que represen-
tam.
De modo geral, pode-se concluir que houve um excelente nível de participação
do segmento de usuários de água em todas as regiões, o que foi muito positivo uma vez
que esforços de mobilização de campo foram direcionados a este segmento. A participa-
ção dos demais segmentos se deu de forma bastante equilibrada, uma vez que os seg-
mentos poder público e sociedade civil se mantiveram bastante representativos e em al-
guns casos destacados, como no caso de Ibimirim.
A análise de abrangência espacial das visitas e participações mostra que há uma
grande aderência entre os municípios visitados (Figura 2.3 e Figura 2.4) e aqueles que
se fizeram presentes através de pelo menos um participante (Figura 2.5, Figura 2.6 e
Figura 2.7) o que validou a estratégia e a eficácia do processo de mobilização social em-
pregado nas consultas.

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Figura 2.5 – Análise espacial de participação Consultas Públicas

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Figura 2.6 – Análise espacial de participação Consultas Públicas (continuação)

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Figura 2.7 – Análise espacial de participação Consultas Públicas (continuação)

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CP Salgueiro CP Palmares
1% 4%
8% 6%
11% 10%
50% 51%
20% 24%
9%
4%

CP FIEPE CP - Recife
2%
7% 7%
28%
22%
26%
59% 9%
6%
6% 28%

CP Caruaru CP Goiana
9% 5%
9%
36% 18% 36%

36%
14% 14%
23%

Figura 2.8 – Análise de participação nas Consultas Públicas por segmentos de


representação

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CP Garanhuns CO Ibimirim
4%
9%
20%
20%
39% 26%
4%
52%
26%

CP Afogados da Ingazeira CP Ouricuri


3%
6%
13% 6%
26%
5%
55% 26%
23%
31%
6%

Figura 2.9 – Análise de participação nas Consultas Públicas por segmentos de


representação (continuação)

2.4. REGISTRO E AVALIAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DO PROCESSO DE


CONSULTAS PÚBLICAS

Nesta seção serão sintetizadas e analisadas as principais sugestões de aperfeiço-


amento e modificação dos mecanismos de cobrança registradas durante o processo de
Consultas Públicas, bem como a metodologia adotada para sua análise.
Primeiramente, houve a necessidade de se classificar as intervenções realizadas
no processo de Consultas Públicas em três grandes grupos:

• Grupo 1 – Dúvidas acerca do funcionamento do sistema de gestão de recursos


hídricos;

• Grupo 2 – Contribuições ao Sistema de Gestão de Recursos Hídricos ou ao ór-


gão gestor;

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• Grupo 3 – Contribuições ao aperfeiçoamento dos mecanismos de cobrança.

As intervenções relacionadas ao grupo 1 em sua maioria foram dúvidas e solici-


tações de esclarecimentos, em função da presença de representantes da APAC, sobre o
funcionamento do sistema de gestão de recursos hídricos e seus instrumentos de gestão,
em especial: (i) usos passíveis de outorga; (ii) procedimentos para regularização de poços
e captações; (iii) esclarecimentos sobre os limites de isenção de outorga; (iv) processos
para obtenção de dispensa; (v) dúvidas sobre a necessidade de outorga em barramentos
privados construídos com recursos próprios; (vi) dúvidas sobre a dominialidade das
águas; (vii) dúvidas sobre como será a gestão (outorga e cobrança) das águas aportadas
pelo projeto de transposição do rio São Francisco; e outros.
As intervenções relacionadas ao grupo 2 consistiram, em sua maioria, de de-
mandas ao órgão gestor, também oportunizadas pela sua presença na Consulta Pública:
(i) demandas por fiscalização; (ii) demandas por resolução de conflitos; (iii) necessidades
de maior integração e presença nos municípios; (iv) demandas por projetos e obras; (v)
necessidades de simplificação de procedimentos; (vi) críticas e oposições ao processo de
implementação do instrumento de cobrança; (vii) objeções ao controle (outorga) por par-
te do estado sobre obras hídricas em geral, especialmente barragens privadas construídas
com recursos próprios.
As questões relativas ao grupo 1 e grupo 2 foram respondidas verbalmente pe-
los representantes da APAC, não fazendo parte do objeto deste estudo, mas seus esclare-
cimentos foram essenciais para a implementação dos demais instrumentos de gestão e
indubitavelmente auxiliaram a compreensão sobre o instrumento de Cobrança pelo uso da
água.
O Quadro 2.4 resume as demandas apresentadas, com suas justificativas, a
análise promovida pelo Consórcio sobre a viabilidade de incorporação ao SACUAPE, a
conclusão parcial sobre sua incorporação ao modelo.

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Quadro 2.4 – Sugestões coletadas nas Consultas Públicas, referendadas pela APAC e incorporadas no SACUAPE.
Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
Justificativa Conclusão Parcial Resultados Incorporados
feiçoamento Consultoria
Diversas deliberações sobre co-
brança em bacias brasileiras têm
proposto uma ponderação entre o
volume utilizado e o outorgado,
iniciando na bacia do Piracicaba,
Capivari e Jundiaí, conforme foi
demonstrado no Relatório Técnico
2 deste contrato. Ela tem sido
sucessivamente adotada nas baci-
as brasileiras: Paraíba do Sul e,
mais recentemente, no São Fran-
cisco.
A implementação da metodologia
O volume real captado
acima, prescinde não somente da
principalmente pelo se-
existência da informação sobre a Manter a cobrança sobre
Que não se cobre so- tor industrial, é frequen-
captação efetivamente realizada, os valores outorgados,
mente pelo volume temente menor que o
como também da capacidade do considerando uma ponde- Não foi incorporada esta suges-
1 outorgado, mas sim valor nominal da outor-
órgão gestor em processá-la e ração com os valores me- tão.
pelos volumes efetiva- ga, sendo, portanto,
incluí-la no sistema de cobrança, o didos em uma possível
mente captados justo que se pague pelo
que pode dificultar a implementa- revisão no futuro.
utilizado e não pelo ou-
ção do sistema, neste momento.
torgado.
Deve ser considerado que em um
primeiro momento a cobrança
somente sobre os valores outor-
gados (Qout) vai induzir uma
revisão das outorgas. Em um se-
gundo momento, em uma revisão
dos mecanismos após a imple-
mentação da cobrança, pode-se
considerar uma ponderação entre
os valores medidos e outorgados,
quando inclusive os valores efeti-
vos de captação se tornarem dis-
poníveis.

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
Justificativa Conclusão Parcial Resultados Incorporados
feiçoamento Consultoria
O setor industrial, pela sua natu- Não foi possível apresentar
reza privada, mantém uma cultura dados referenciados a usuários
de sigilo em relação a custos, específicos, mas apresenta-se
tecnologias e eficiências operacio- uma avaliação sobre o que é
A alternativa existente será
nais. Além disto, em grandes con- cobrado do setor em outras
comparar os valores co-
Os estudos apresentados glomerados industriais, o processo bacias, como forma de avaliar a
brados pelo SACUAPE no
pela Consultoria detalha- de fabricação é distribuído em adequação do que será adota-
setor industrial aos valores
ram os impactos com várias indústrias especializadas, do, de forma comparada. Tam-
cobrados em outras bacias,
Aprofundar os estudos relação à Agricultura e sendo difícil por meio de informa- bém, foram considerados os
e que contaram com a
2 de impacto no setor ao Saneamento Básico. ções de balanço contábil, por
aprovação dos Comitês de
impactos da cobrança conside-
industrial. É importante apresentar exemplo, avaliar os custos de rando informações indiretas
Bacia Hidrográfica, eviden-
também os estudos de produção ou custos marginais e sobre o segmento industrial,
ciando a inexistência de
impactos em relação ao lucros de uma unidade específica, tendo por base sua classifica-
impactos que não possam
setor industrial sujeita à cobrança. Este setor, ção no Cadastro Nacional de
ser suportados pelas ativi-
portanto, apresenta grandes difi- Atividades Econômicas – CNAE
dades produtivas.
culdades para obtenção das in- e estudos sobre uso de água
formações necessárias à avaliação por unidade produzida apresen-
de impactos sobre margens e tados pela Confederação Naci-
custos operacionais. onal da Indústria - CNI.
Na falta de dados sobre as cargas
de DBO lançadas, pois a APAC
ainda não implementou a outorga
de lançamentos de poluentes em
Os coeficientes técnicos
meio hídrico, optou-se pela ado-
utilizados nos estudos
ção de coeficientes técnicos, Não há o que fazer, na falta de
Corrigir a distorção dos para estimativa da carga
aproximados. Eles foram encon- informações diretas. Os pró-
coeficientes técnicos de DBO (t/ano) lançada
trados em outras bacias onde se prios interessados poderão
3 com relação a geração pelo setor industrial
dispunha de dados sobre os lan-
Sem desdobramentos.
corrigir os valores estimados na
de DBO referente ao produziu distorções em
çamentos. Sendo um valor médio, planilha, e avaliar o valor resul-
setor industrial. relação aos diversos
ele irá beneficiar as atividades que tante de cobrança.
ramos das atividades
gerem muita carga de DBO e one-
industriais.
rar as indústrias com pequenas
cargas.
As cargas estimadas de DBO não
serão utilizadas no cálculo do

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
Justificativa Conclusão Parcial Resultados Incorporados
feiçoamento Consultoria
valor a ser cobrado. As indús-
trias somente pagarão pela quan-
tidade de DBO que informarem,
ao longo do processo de imple-
mentação da cobrança pelo uso
de água.
Outros parâmetros podem, e de-
vem ser introduzidos quando a Foi adotada a formulação da
outorga pelo lançamento de eflu- vazão de diluição para fins de
entes (em fase inicial de implan- cobrança pela poluição, embora
tação) estiver plenamente opera- informações existam apenas
A carga orgânica não é o Sugere-se manter, avaliar
cional, bem como se dispor de para a DBO e, mesmo assim,
Incluir outros parâme- único problema qualita- a possibilidade de se ado-
ferramentas de suporte à decisão indiretamente. Quando forem
tros além da DBO na tivo pelo qual passam os tar a vazão de diluição,
4 cobrança pelo uso de mananciais do Estado de
que avaliem a capacidade de di-
mantendo-se de início a
disponibilizadas informações
luição e depuração dos trechos. sobre outras cargas de poluen-
lançamento Pernambuco, especial- cobrança exclusivamente
Cabe informar que mesmo dis- tes, será possível inseri-las na
mente os superficiais. pela DBO.
pondo de possibilidade de intro- planilha, mantendo-se um único
dução de outros poluentes, a DBO valor de Preço Público Unitário,
é o único parâmetro de poluição como será verificado na formu-
incorporado na bacia do rio São lação.
Francisco, durante 7 anos.
Conforme explicado recorrente- Foi mantida a versão de se
mente nas Consultas Públicas, cobrar pela outorga e pelo lan-
reconhece-se de fato que a inexis- çamento de poluentes apenas,
tência da parcela de consumo por meio do critério da vazão
Algumas indústrias, co-
pode provocar tratamento assimé- de diluição. Este critério resul-
mo a de bebidas, apre-
Considerar a parcela do trico entre usuários com consu- tará na consideração do con-
sentam consumo bas-
consumo, especialmen- mos de água grandemente desi- Manter a exclusão da par- sumo, de forma indireta, e da
5 te para indústrias de
tante elevado, não sen-
guais. cela de consumo. maneira correta. Evita-se, as-
do justo que as mesmas
bebidas Entretanto, o fato de usuários sim, a consideração equivocada
paguem somente pela
captarem grandes volumes de de que um usuário que deman-
captação (Qcap).
água e retornarem grande parte, de grande vazões para suas
ou a totalidade, não ameniza to- captações, mas que retorna
talmente a demanda de que a grande parte, ou a totalidade
quantidade captada deva ser dis- das captações, não cause pro-

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
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ponibilizada no ponto de capta- blemas ao balanço hídrico, e
ção. Exemplo seria a navegação deva ter o impacto da cobrança
que mesmo não consumindo água amenizado, como se fosse um
demandaria uma vazão para ma- prêmio.
nutenção de níveis de água, afe-
tando a possibilidade de se outor-
gar água a montante dos trechos
críticos quanto ao calado.
Há uma tendência no Brasil de
que a parcela de consumo seja
desconsiderada da cobrança, in-
fluenciada, principalmente, por
um entendimento jurídico de que
o consumo em si não é uma
“quantidade” outorgada ao usuá-
rio e, portanto, não poderia ser
cobrada.
Além disto, ao ser adotada a va-
zão de diluição como critério de
cobrança pelo lançamento de
poluentes o consumo de água
será indiretamente considerado,
pois o retorno de água poderá ser
usado para diluição dos poluen-
tes: a vazão de diluição será a
vazão adicional do corpo hídrico
necessária para diluir a carga
poluente até a concentração dada
pela classe de qualidade do en-
quadramento. Isto beneficiará os
usuários que geram poluição, mas
que mantém vazões de retorno
consideráveis e, portanto, baixos
consumos de água.
6 Corrigir distorções do Os resultados apresen- Não procede esta constatação. Ajustar incidência do coefi- O SACUAPE passou a aplicar o

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
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modelo de cobrança, tados mostraram que Para o meio rural são adotados ciente Kmeteo somente Kmeteo apenas ao meio rural, e
provavelmente provo- 1.000 m3 para Pecuária coeficientes de abatimento do sobre usos rurais. permite a alteração de seus
cadas pelo Kmeteo. pagaria o mesmo mon- valor cobrado que não são aplica- valores para situação normal e
tante que 1.000 m3 cap- dos ao Saneamento Básico. Na seca no ano anterior.
tados para consumo pecuária, caso alegado, este coe-
humano, quando este ficiente é igual a 0,1, significando
último se localizar na que o mesmo volume destinado a
região climática Tropical pecuária tem uma redução de
Quente e Seca (semiári- cobrança de 90% em relação ao
do). seu uso para abastecimento hu-
mano.
Foi, porém, constatado que po-
dem existir distorções provocadas
pela incidência do Kmeteo, que
serão sanadas face a uma inci-
dência apropriada dos coeficientes
apenas sobre uso Rural.
Considerou-se procedente a con-
sideração. A eficiência de remoção
de matéria orgânica de um efluen-
te lançado diretamente sobre o
solo é significativamente maior
que diversos processos de trata-
mento a nível secundário. Entre- Foi inserido no SACUAPE que
Restringir a cobrança A atenuação da carga
tanto a remoção e depuração apenas certos tipos de pecuária
pelo lançamento de gerada pela pecuária
diretamente no solo por parte da paga pelo lançamento de polu-
7 DBO da Pecuária, so- extensiva é relativamen-
pecuária extensiva é um processo
Sem desdobramentos.
entes; eventualmente se pode
mente para a atividade te menor que a criação
sem nenhum controle e sua efici- acordar que isto se aplica tão
de Pecuária Intensiva. de Gado Confinado
ência, apesar de ser provável, não somente à pecuária confinada.
pode ser garantida no manejo.
Dependerá da carga de lotação
animal adotada, da proximidade
de cursos de água e do manejo
dos dejetos por parte do criador.
O debate acerca desta questão

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
Justificativa Conclusão Parcial Resultados Incorporados
feiçoamento Consultoria
deverá ser realizado no momento
da expedição da outorga de lan-
çamento. Caso seja acordado que
na outorga de certos empreendi-
mentos pecuários não conste o
lançamento de poluentes, o usuá-
rio não pagará por esta parcela.
A cobrança pelo uso de água não
é uma tarifa ou um tributo. São
preços públicos socialmente nego-
ciados, sobre os quais os Comitês
de Bacia Hidrográfica - COBH,
compostos de membros do Poder
Público, Usuários de Água e Soci-
edade Civil, tem a aprovação final.
As deliberações sobre cobrança no
Brasil não têm abordado a ques-
Embora a implementa-
tão de reajustes dos preços.
O modelo deveria apre- ção do processo de co-
Porém, recentemente o COBH do
sentar maior previsibili- brança se dê com preços
São Francisco deliberou sobre um Não há o que fazer; o projeto
dade em relação ao baixos, não significa que
cronograma de atualização dos de lei poderá estabelecer esta
8 aumento dos preços em os Preços Públicos Unitá-
PPUs face a uma necessidade de
Sem desdobramentos
previsibilidade, caso seja con-
um horizonte temporal rios (PPUs ) não possam
cumprimento do orçamento exe- sensual.
de curto, médio e longo ser aumentados excessi-
cutivo do seu plano diretor recém
prazo. vamente e passem a ser
atualizado e aprovado.
impactantes no futuro.
Entende-se que em Pernambuco
não é cabível tratar de reajustes
ou atualizações dos PPUs neste
momento, uma vez que não se
possui um cronograma de inves-
timentos atualizado. Eventuais
necessidades de atualização dos
PPUs e mecanismos devem ser
feitas caso a caso e discutidas nos
respectivos COBH.

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
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Em primeiro lugar se deve reiterar
que usuários que estão ligados a
sistemas de adução não são co-
brados pela água bruta, objeto
O coeficiente Kmeteo foi deste estudo de cobrança. A co-
proposto com o objetivo brança, nestes casos, é realizada
de diferenciar usuários mediante um sistema de tarifação
O Kmeteo passou a se aplicar
situados geograficamen- por serviços onde deverão ser
apenas aos usos rurais. Quanto
te em regiões desfavo- considerados os custos de Opera-
ao pagamento pelas adutoras,
ráveis do ponto de vista ção e de Manutenção dos siste-
não é cobrança pelo uso da
climático, no que diz mas de adução e, eventualmente,
água bruta, mas pelo serviço de
respeito ao total precipi- os custos de investimento. A tarifa
Ajustar a incidência do disponibilização de água. Quem
tado anual e a distribui- resultante costuma ser significati-
Coeficiente meteoroló- vai pagar pela água bruta é o
ção das chuvas Entre- vamente maior que o valor cobra-
gico (Kmeteo) somente Corrigir a incidência do operador da adutora e poderá
tanto, não faz sentido do pela água bruta de usuários
9 sobre os usos rurais:
aplicar esse coeficiente a que possam ser abastecidos sem
Kmeteo, bem como seus repassar ao usuário este custo
agricultura e pecuária e valores. e mais os custos dos serviços e
usuários de água locali- recursos aos sistemas de adução.
não sobre usos urba- de recuperação de investimen-
zados geograficamente A cobrança pela água bruta incidi-
nos. tos, se for o caso. Trata-se,
em regiões climáticas rá sobre o responsável pelo siste-
assim, de outro tipo de cobran-
desfavorecidas, mas que ma de adução, quando captar a
ça, por tarifação, que deverá
são supridos com garan- água destinada ao suprimento dos
considerar os custos reais de
tias significativas por seus usuários, e representará um
O&M, específicos para cada
obras hídricas de adu- dos custos operacionais a serem
caso.
ção, como é o caso do considerados, podendo ser repas-
setor industrial do sado ao usuário final, por meio da
Agreste, por exemplo. tarifa.
No caso do Kmeteo, o item 6 já
promoveu a correção devida, ao
manter a sua incidência apenas
sobre o meio rural.
Os preços do PPUs dos
É possível incrementar os PPUs Foi realizado isto, podendo ser
Aumentar o valor do mananciais superficiais e Propor um aumento do
referentes aos mananciais subter- aumentado ainda mais ou me-
10 PPU da captação sub- subterrâneos propostos
râneos, sujeitos a uma nova avali-
PPUsub, e apresentar uma
nos, usando o SACUAPE para
terrânea na metodologia estão nova avaliação de impactos
ação de impactos. estas finalidades.
muito próximos (R$ 0,03

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
Justificativa Conclusão Parcial Resultados Incorporados
feiçoamento Consultoria
e R$ 0,034). No Estado
de Pernambuco existem
mananciais subterrâneos
de grande importância e
bastante vulneráveis ou,
mesmo, já comprometi-
dos. Também, as águas
subterrâneas apresen-
tam naturalmente uma
qualidade superior às
águas superficiais.
Os valores de cobrança simulados
em toda a região semiárida foram
excessivamente atenuados pelo
Esse sistema é um im-
Kmeteo = 0,1, e por outros coefi-
portante manancial que
cientes aplicados sobre os usos
abrange uma região de
agropecuários. Isto levou a valo-
clima subúmido seco
res irrisórios de cobrança que não
(semiárido), especial- Foi inserido tanto para o siste-
refletem o valor econômico da
mente nos municípios de ma Jatobá, quanto para o sis-
água, não incitam o seu uso raci- Incluir os sistemas aquífe- tema Araripe, também sedi-
Incluir um coeficiente Ibimirim, Inajá, Manari,
onal e nem sustentam o financia- ros da bacia do Jatobá no mentar. Os COBHs respectivos
Kcap para os sistemas Tacaratu, Buique, Petro-
mento das ações de gestão. Kcap de águas subterrâ- poderão ajustar os valores de
aquíferos da bacia se- lândia. Ele precisa ser
11 dimentar do Jatobá, melhor controlado e
Estudos da CPRM/RIABAS (2012) neas. Kcap para mais bem refletirem a
citam que as estimativas das re-
especialmente o siste- protegido. Os valores de vulnerabilidade destes aquífe-
servas explotáveis do sistema
ma Inajá-Tacaratu. cobrança estimados pelo ros, bem como as demandas de
Tacaratu/Inajá são de 9,3
modelo atual foram bas- financiamento para as suas
hm3/ano para os próximos 50
tante baixos e não refle- gestões.
anos. E que em 2002/2003 já
tem a importância estra-
havia uma explotação de 22,6%
tégica e econômica des-
das reservas renováveis da região.
se manancial para a
Ainda, em 2030, prospectam-se
região.
rebaixamentos entre 50 e 60 m,
comprovando a vulnerabilidade
deste aquífero.
12 Considerar a incidência A APAC tem outorgado Pode-se argumentar que a redu- É possível ajustar um coe- Foi prevista a cobrança pela

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
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do nível de garantia da vazões associadas à ção da garantia já é compensada ficiente para este tipo de captação de água para irrigação
vazão outorgada no disponibilidade Q50, es- pela outorga de uma quantidade outorga, em função do de salvação, com abatimento
caso das outorgas emi- pecialmente para Irriga- bem maior de água em relação à percentual da curva de de um coeficiente.
tidas por Irrigação de ção de Salvação da ca- Q90, de forma que não caberia permanência.
Salvação na-de-açúcar, com o nenhuma compensação adicional, Os valores outorgados no
objetivo de disponibilizar além do próprio incremento da percentil de 50% seriam
maiores quantidades de vazão outorgada, do qual o usuá- multiplicados por exemplo
água aos usuários que rio já se beneficia. Assim, quando por um coeficiente a ser
se propõem a fazer uso a permanência das vazões estiver estudado, em função do
de maiores parcelas acima da Q90 e menor ou igual à risco de não suprimento.
associadas a menores Q50, os usuários poderão se apro-
garantias. priar desta diferença.
Entretanto, é fato que em 50% do
tempo (em média), esta vazão
não estará disponível, de forma
que não é justo que um usuário
pague anualmente de forma regu-
lar por uma quantidade que ele
não fará uso.
A consultoria concorda em apre-
A tabela de eficiência em sentar uma reformulação do qua-
função do método de dro, face aos argumentos apre-
irrigação propôs que sentados. Entretanto alerta que os
métodos distintos, tais coeficientes devem ser ajustados
Foram adotados os valores
como microaspersão e de forma adaptativa para permitir
Ajustar os valores da Desagrupar a tabela do acertados em consulta com a
gotejamento, tenham o a adequação gradual às condições
tabela de eficiências Kmet, em função do méto- APAC, podendo os mesmos
mesmo coeficiente de encontradas, que podem ser dis-
13 Kmet, utilizado para
atenuação. tintas em cada bacia. O SACUAPE,
do. Propor coeficientes serem ajustados, posteriormen-
compor o Kef da irriga- mais restritivos para irriga- te, e em cada bacia hidrográfica
Também métodos de ao permitir que seus coeficientes
ção. ção por inundação. de Pernambuco, para mais bem
irrigação por inundação sejam alterados, faculta aos CO-
refletirem a situação do estado.
ou não informado, de- BHs e a outros atores testar várias
vem ser mais penaliza- formulações numéricas. O rele-
dos, uma vez que não é vante na discussão presente é
mais cabível que estes estabelecer um acordo sobre a
métodos sejam pratica- estrutura de cobrança – formulas

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
Justificativa Conclusão Parcial Resultados Incorporados
feiçoamento Consultoria
dos, especialmente em e aplicações de coeficientes – e
regiões onde a água é não sobre os valores destes coefi-
escassa. cientes ou sobre os PPUs, embora
nada impeça que de imediato eles
sejam avaliados.

A agricultura de pequeno porte no


semiárido se caracteriza princi-
palmente pelo seu caráter de
salvação da cultura. De forma que
mesmo havendo um suprimento
com maior garantia, como a partir
de poços, as vazões são reduzidas
(<5 m3/dia), e não são suficientes
Os coeficientes aplicados
para garantir a segurança hídrica
sobre os usos rurais,
nestas condições climáticas.
incidindo conjuntamente
O valor proposto para o Kmeteo
com o coeficiente mete-
na região de clima subúmido seco As alterações no Kmeteo já
Propor um mecanismo orológico, resultou em
foi igual a 1/10, visando proteger haviam sido promovidas;
similar ao do financia- valores praticamente
os usuários sob uma condição de em função desta conside- O SACUAPE alterou a aborda-
mento da carteira agrí- insignificantes. Entretan-
14 cola do Banco do Brasil, to não é o interesse do
risco majorada. Porém, este coefi- ração foi adotada a subdi- gem com o coeficiente Kmeteo,
ciente inviabiliza a obtenção de visão proposta pela APAC, como comentado.
que monitora índices agricultor do semiárido
uma arrecadação significativa, refinando esta alternativa
pluviométricos. não pagar, mais sim
face aos valores insignificantes territorialmente.
fazê-lo desde que seja
que sequer justificam a emissão
possível e as condições
de um boleto.
climáticas favoreçam.
A agricultura no semiárido é sujei-
ta a riscos, mas não é inviável.
Caso fosse, o sistema bancário
não a financiaria.
A própria APAC monitora a pluvi-
ometria subdividindo o território
nas seguintes regiões: Agreste
Central, Agreste Meridional (Bre-
jo), Agreste Setentrional, Alto

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Sugestões De Aper- Análise Preliminar da
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Sertão, Mata/Litoral, Sertão do
Moxotó, Sertão do Pajeú, Sertão
do São Francisco.
Nestas regiões ela fornece a clas-
sificação do total precipitado em
MUITO CHUVOSO/CHUVOSO /
NORMAL/ SECO/ MUITO SECO.
É possível alterar o coeficiente
Kmeteo para a agricultura e pecu-
ária, em função da classificação
monitorada para o ano anterior,
como já foi previsto previamente,
e considerando as subdivisões da
APAC.
A Cobrança pelo Uso para fins de Do ponto de vista técnico
geração de energia elétrica se não há nenhum óbice à
diferencia da cobrança a que es- incorporação de um meca-
tão submetidos os demais usuá- nismo de cobrança especí-
Existem vários empre-
rios. Seu valor é estabelecido por fico para este uso, não
endimentos em opera-
Lei (art. 21 da Lei nº 9.984/2000). obstante se esbarre em
ção e em fase de im-
Destaque deve ser dado às Cen- duas questões: (a) a legal,
Incorporar a cobrança plantação em Pernam-
trais Geradoras Hidrelétricas – apresentada na coluna Será incorporado o mecanismo,
pelo uso da água em buco.
15 aproveitamentos hi- O mecanismo deveria
CGH (até 1 MW de potência insta- anterior e (b) no momento sem a garantia da sua imple-
lada) e às Pequenas Centrais Hi- pelo qual passa o mercado mentação.
droelétricos propor uma cobrança
drelétricas – PCH (de 1 a 30 MW de geração de energia a
sobre este uso da mes-
de potência instalada), considera- partir das PCHs cujo preço
ma forma como é co-
das isentas do pagamento de de venda, fixado nos lei-
brado pelos demais.
compensação financeira, segundo lões em 2014, tem dificul-
Leis nº 7.990/89, nº 8.001/90 e tado a viabilização de pro-
nº 9.648/98 e o Decreto nº jetos deste tipo de gera-
3.739/01 ção.

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3. MECANISMO DE COBRANÇA PARA O ESTADO DE PERNAMBUCO

Conforme já apresentado em relatório prévio, uma metodologia de cobrança pelo uso


de água deverá ter as seguintes características:

1. Simplicidade: a metodologia de cobrança deve ser simples, baseada em infor-


mações disponíveis ou fáceis de serem disponibilizadas, de fácil compreensão pe-
los usuários de água sujeitos à cobrança e de fácil implementação no Sistema de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Para atender a esta demanda o mecanismo de cobrança deverá ser formado por
equação algébrica, ficando evidenciadas e separadas as parcelas a serem pagas pelos
usos possíveis de água: captação, consumo e lançamento de poluentes em meio hídrico.

2. Transparência: a metodologia deve ser transparente, facultando aos usuários


de água sujeitos à cobrança entenderem de que forma serão cobrados e sobre
que medidas poderão adotar para alterar os valores a serem cobrados a seu fa-
vor.

Esta demanda será atendida pelo mecanismo algébrico acima proposto. O usuário
deverá saber como cada tipo de uso de água o está onerando e, portanto, que medidas
pode tomar para ser favorecido, pela redução do ônus da cobrança.

3. Previsibilidade: a metodologia de cobrança deve ser previsível no sentido de os


usuários de água sujeitos à cobrança poderem saber antecipadamente qual valor
que lhes será cobrado, para poderem se organizar para assumir este ônus finan-
ceiro adicional, ou adotarem medidas para alterá-lo em seu favor.

O usuário de água deve saber de antemão quanto irá pagar; a antecedência deverá
ser estabelecida pelo Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com participação
dos Comitês de Bacia Hidrográfica que representam os usuários, com pelo menos um ano
de antecipação à efetivação da cobrança.

4. Equidade: a metodologia de cobrança deve ser equânime, tratando igualmente


os iguais (equidade horizontal) e tratando desigualmente os desiguais (equidade
vertical).

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A adoção da equidade horizontal na cobrança pelos usos de água implicará em se
estabelecer os mesmos mecanismos e preços para cobrança a usuários idênticos. No en-
tanto, alguma diferenciação se justifica nos mecanismos e preços para atender a especifi-
cidades de alguns usuários, o que inclui problemas de capacidade de pagamento, promo-
vendo a equidade vertical.

Subsídios como forma de promover a equidade vertical são inerentes a uma política
distributiva de renda e justificáveis para aliviar o impacto da cobrança sobre usuários com
menor capacidade de pagamento. No meio rural, um dos exemplos mais comuns de apli-
cação de subsídios na busca da equidade vertical, podem ser apresentadas diversas justi-
ficativas: contenção do êxodo rural, riscos envolvidos na atividade (clima, preços de mer-
cado, concorrência com produtos subsidiados em mercados internacionais, etc.), produ-
ção de alimentos a preços baixos visando beneficiar consumidores de baixa renda, etc.

Uma alternativa aos subsídios seria permitir que usuários de água sujeitos à cobran-
ça possam realizar seus pagamentos por meio de prestação de serviços ambientais, espe-
cialmente no meio rural, pela recuperação de áreas degradadas, cercamento de nascen-
tes ou recuperação de matas ciliares, por exemplo. Esta alternativa é mais eficiente do
que oferecer subsídios, pois promove melhorias ambientais na bacia hidrográfica, o que é
o objetivo maior de um sistema de cobrança pelo uso da água.

5. Eficiência: a metodologia de cobrança deve promover a eficiência de uso de


água, tanto no sentido de incentivar a redução do uso onde ela for escassa,
quanto no de recompensar os usuários que promovam alterações em seus sis-
temas de produção ou de uso que permitam o uso mais eficiente de água.

O Termo de Referência que orienta a elaboração deste estudo prevê o atendimento


desta demanda ao dispor que a metodologia de cobrança deverá levar em conta critérios
de compensação aos usuários que contribuam para a melhoria da qualidade e quantidade
dos recursos hídricos.

6. Efetividade: a metodologia de cobrança deverá ser efetiva no sentido de pro-


mover a arrecadação que permita executar as ações previstas para serem supor-
tadas pela cobrança pelo uso de água. Para atender a esta demanda este estudo
proporá as ações que devem ser financiadas pela cobrança pelo uso de água.

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Tendo o referencial acima, as propostas apresentadas ao longo deste estudo e
nas Consultas Públicas, e as críticas e recomendações obtidas, serão a seguir considera-
das e analisados os componentes do mecanismo de cobrança pelo uso de água a ser ado-
tado no Estado de Pernambuco. O Sistema de Apoio à Cobrança pelo Uso de Água em
Pernambuco – SACUAPE foi desenvolvido para simular os valores cobrados e avaliar os
impactos nos usuários. Com base nos seus resultados as avaliações serão realizadas.

3.1. ASPECTOS GERAIS DO MODELO DE COBRANÇA PELO USO DE ÁGUA

O mecanismo de cobrança pelo uso de água proposto para o Estado de Pernam-


buco é constituído pela soma de duas parcelas:
Cobrança Total (CT) = Cobrança pela Captação ($cap) + Cobrança pelo Lança-
mento de Poluentes no Meio Hídrico ($lan). Ou, usando a notação indicada no Quadro
3.1:
Quadro 3.1 – Formulação matemática para Cobrança Total pela Captação.
𝑪𝑻 = $𝒄𝒂𝒑 + $𝒍𝒂𝒏 (1)

𝑪𝑻 Cobrança Total

$𝒄𝒂𝒑 Cobrança pela Captação


Cobrança pelo Lançamento de Poluentes no Meio
$𝒍𝒂𝒏
Hídrico

Como já foi previamente comentado, entendeu-se que a cobrança pelo consumo


de água apresentava problemas legais e metodológicos. No que se refere aos problemas
legais, o consumo de água, ao contrário da captação e do lançamento de poluentes, não
é outorgado. Por isto, podem existir questionamentos sobre a adequação de se cobrar
algo que não é outorgado, já que a Lei Estadual 12.984/2005, da Política de Recursos
Hídricos, no caput de seu art. 22 dispõe que “O uso de recursos hídricos sujeito à outorga
será objeto de cobrança, ...”.
Do ponto de vista metodológico, ao se cobrar pela captação e pelo consumo se
estaria privilegiando usuários com baixo consumo, mas que demandam a disponibilização
da água a ser captada, restringindo usos a montante, tanto quanto os usos com alto con-
sumo. Um exemplo clássico é o de usos não consuntivos, como recreação e navegação
que, mesmo sem reduzir os fluxos hídricos demandam a disponibilização de vazões em
determinados trechos de rios, estabelecendo restrições de uso a montante. A diferença é
que nestes últimos ocorreria uma redução mais drástica de vazões a jusante da captação.

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Porém, mesmo sem se cobrar pelo consumo, os usos que os têm baixos seriam
beneficiados pelo mecanismo de cobrança proposto para Pernambuco, como será visto
em detalhes adiante. Isto pois se adota o critério da vazão de diluição para cobrança do
lançamento de poluentes. Neste critério, a vazão de retorno é somada à vazão adicional
necessária à diluição dos poluentes de forma que a concentração obedeça aos limites da
classe de qualidade em que o rio estiver enquadrado. Desta forma, usos com menores
consumos e, portanto, maiores vazões de retorno, acabarão gerando menores vazões de
diluição e pagando proporcionalmente menos do que aqueles que em condições idênticas
de lançamento de poluentes, tenham maiores consumos de água.
Quanto às duas parcelas, seus detalhamentos serão a seguir realizados.

3.2. COBRANÇA PELA CAPTAÇÃO DE ÁGUA

Esta cobrança é aplicada a todos os usuários de água que derivam água para seu
uso. Aplica-se aqui a equidade horizontal, pela qual todos são tratados igualmente. O
dimensionamento da captação é realizado por meio do valor outorgado conforme a equa-
ção apresentada no Quadro 3.2.
Quadro 3.2 – Formulação matemática para o cálculo do valor anual a ser co-
brado pela captação

$𝒄𝒂𝒑 = 𝑸𝒐𝒖𝒕
𝒄𝒂𝒑 × 𝑷𝑷𝑼𝒄𝒂𝒑 × 𝑲𝒄𝒂𝒑,𝒔𝒖𝒑/𝒔𝒖𝒃 × 𝑲𝑼𝑷 × 𝑲𝒖𝒔𝒐 × 𝑲𝒎𝒆𝒕𝒆𝒐 × 𝑲𝒆𝒇 (2)

$𝒄𝒂𝒑 Valor anual a ser cobrado pela captação de água (R$);


𝑸𝒐𝒖𝒕
𝒄𝒂𝒑 Volume anual outorgado para a captação de água (m3);
𝑷𝑷𝑼𝒄𝒂𝒑 Preço Público Único referente à água captada (R$/m3);
Coeficiente a ser fixado para a cobrança por captação de água superficial ou
subterrânea.
No caso de águas superficiais, ele considera a classe de enquadramento em que
𝑲𝒄𝒂𝒑,𝒔𝒖𝒑/𝒔𝒖𝒃 a seção fluvial de captação se acha enquadrada. No caso de águas subterrâneas
ele considera o tipo de aquífero, sua condição corrente, de acordo com o que
dispõe a Resolução 04/2003 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Per-
nambuco, ou outras disposições;
Coeficiente que depende da Unidade de Planejamento Hídrico do estado de Per-
𝑲𝑼𝑷
nambuco;
𝑲𝒖𝒔𝒐 Coeficiente que depende da categoria de uso de água;
Coeficiente que depende da meteorologia da região em que a captação é reali-
𝑲𝒎𝒆𝒕𝒆𝒐
zada;
𝑲𝒆𝒇 Coeficiente que depende da eficiência com que a água é usada, em cada outor-
ga.

Os coeficientes Kcap,sup/sub, KUP, Kuso , Kmeteo e Kef serão a seguir definidos.

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3.2.1. Coeficientes genéricos de cobrança pela captação de água: Kcap,sup/sub,
Kmeteo, KUP e Kuso

Denomina-se como coeficientes genéricos aqueles que se aplicam sem levar em


consideração o uso propriamente de água, mas, simplesmente, onde ocorre a captação.
Os coeficientes Kcap,sup/sub referem-se aos sobrepreços aplicados às águas super-
ficiais e subterrâneas. O critério é cobrar mais pelas águas que são captadas em trechos
de rio com objetivos melhores de qualidade e de aquíferos que já se encontram sobrex-
plotados e são estratégicos para suprimento de demandas relevantes.

3.2.1.1. Captação de águas superficiais: KCAP,SUP

Para as águas superficiais, aos coeficientes 𝐾𝑐𝑎𝑝,𝑠𝑢𝑝 se aplicam os valores do

Quadro 3.3. As classes menos exigentes quanto à qualidade apresentam valores meno-
res.

Quadro 3.3 – Valores do Coeficiente de Captação de Águas Superficiais


Classe de enquadramento do corpo hí-
drico na seção de captação 𝑲𝒄𝒂𝒑,𝒔𝒖𝒑
(Res. CONAMA 357/2005)
1 1,1
2 1,0
3 0,9
4 0,8

3.2.1.2. Captação de águas subterrâneas: KCAP,SUB

Para as águas subterrâneas, aos coeficientes 𝐾𝑐𝑎𝑝,𝑠𝑢𝑏 se aplicam os valores do

Quadro 3.4. Os aquíferos que se encontram com maiores níveis de explotação e que
atendem a demandas mais estratégicas apresentam valores maiores deste coeficiente.
As zonas A até F, estão de acordo com a Resolução CRH/PE 04/2003 que corres-
pondem às zonas de explotação apresentadas na Figura 3.1, abrangendo os municípios
do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Camaragipe.
Nas zonas G e H os aquíferos estão identificados na Figura 3.2, que são os sis-
temas aquíferos das bacias sedimentares do Jatobá e do Araripe. Estas Zonas não fazem
parte da resolução CRH/PE 04/2003, e foram incluídas nos mecanismos de cobrança após
a rodada de Consultas Públicas, especialmente a consulta Pública de Ibimirim, sob a justi-
ficativa de que esses sistemas são um importante manancial que abrange uma região de
clima subúmido seco (semiárido), especialmente nos municípios de Ibimirim, Inajá, Mana-

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ri, Tacaratu, Buique, Petrolândia. Ele precisa ser melhor controlado e protegido. Os valo-
res de cobrança estimados pelo modelo atual foram bastante baixos e não refletem a im-
portância estratégica e econômica desse manancial para a região.
Estudos da CPRM/RIABAS (2012) citam que as estimativas das reservas explotá-
veis do sistema Tacaratu/Inajá na bacia do Jatobá são de 9,3 hm3/ano para os próximos
50 anos. E que em 2002/2003 já havia uma explotação de 22,6% das reservas renováveis
da região. Ainda, em 2030, prospectam-se rebaixamentos entre 50 e 60 m, comprovando
a vulnerabilidade deste aquífero.

Quadro 3.4 – Valores do Coeficiente de Captação de Águas Subterrâneas


Zona Aquífero Restrições de uso 𝑲𝒄𝒂𝒑,𝒔𝒖𝒃
0 Sem classificação Sem restrição 1,0
A Cabo Novos: não outorgar; Existentes: reduzir vazão 50%; 3,0
B Cabo e Beberibe Novos: até 30 m3/dia; Existentes: reduzir vazão 30%; 2,5
C Cabo e Beberibe Novos: até 60 m3/dia; Existentes: reduzir vazão 15%; 2,0
D Barreiras Novos: até 70 m3/dia; Existentes: sem restrições; 1,8
E Cabo e Beberibe Novos: até 100 m3/dia; Existentes: sem restrições; 2,0
F Fissural Novos: até capacidade do poço; Existentes: sem restrições. 1,0
G Sedimentar Bacia sedimentar do Araripe, sem restrições 1,5
H Sedimentar Bacia sedimentar do Jatobá, sem restrições 1,5

Figura 3.1 – Mapa das zonas de explotação de aquíferos nos municípios do Re-
cife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Camaragipe.

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Figura 3.2 – Localização das bacias sedimentares e sistemas aquíferos do Jatobá e Araripe.

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3.2.1.3. Coeficiente meteorológico: Kmeteo

O coeficiente meteorológico (Kmeteo) foi introduzido nos mecanismos de cobrança


pelo uso da água pela necessidade de se considerar a diversidade ao longo do território
do Estado de Pernambuco, que coloca usuários de água em situações distintas de precipi-
tação, variabilidade, sazonalidade e vulnerabilidade aos eventos extremos.
A primeira abordagem foi apresentada no Produto 3, submetido às Consultas Pú-
blicas, propôs que o coeficiente meteorológico atenuasse os valores a cobrados, em uma
escala de 1 (um) a 1/10 (um décimo) a depender da classificação climática: Tropical
Quente e Úmido, Tropical Quente Subúmido Seco, Tropical de Altitude (Brejo) e Tropical
Quente e Seco (Semiárido).
Não obstante a proposta guardar coerência com os princípios e premissas defini-
das na concepção do mecanismo de cobrança para o Estado de Pernambuco, sua inclusão
incutiu algumas distorções, que face à contribuição das Consultas Públicas, merecem ser
revistas.
O primeiro aspecto a ser revisado diz respeito a sua incidência sobre todas as ca-
tegorias de usos, independente do grau de vulnerabilidade do seu respectivo manancial
de suprimento. Usuários de categorias como abastecimento público, industrial, comércio,
por exemplo, são supridos por sistemas de adução integrados, cujas captações se locali-
zam em sua maioria nos mananciais perenes da Zona da Mata ou no Rio São Francisco.
O Atlas de Abastecimento da ANA (2010), reforça essa compreensão de que a in-
fraestrutura hídrica presente no Sertão e no Agreste pernambucano coloca usuários su-
pridos a partir destes sistemas em patamares distintos de vulnerabilidade.

Mais de 83% das sedes municipais contempladas no ATLAS são abasteci-


das por água proveniente exclusivamente de mananciais superficiais. A
principal solução para o atendimento às cidades localizada na região se-
miárida é o rio São Francisco que, além de atender aos municípios ribeiri-
nhos, também abastece várias sedes municipais por meio dos sistemas
adutores do Oeste, Salgueiro e Afrânio/Dormentes. Na região próxima ao
litoral, destaca-se o emprego de pequenos rios perenes para o abasteci-
mento de diversas cidades, assim como de açudes como o Inhumas, Pra-
ta, Jucazinho, Tabocas, Cursaí, Botafogo e Tapacurá, que abastecem uma
série de cidades, tais como Caruaru, Garanhuns e parte dos municípios da
RM, inclusive Recife.

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O Estado caracteriza-se pela predominância de terrenos de baixa vocação
hidrogeológica apresentando mais de 80% do seu território sobre o em-
basamento cristalino. Por esse motivo apenas 9% das sedes urbanas são
abastecidas por águas subterrâneas e 8% por sistemas Mistos. (ANA,
2010)

Diante da argumentação acima, promoveu-se a revisão do critério do coeficiente


meteorológico (Kmeteo) de modo que o mesmo incida exclusivamente sobre os usos agro-
pecuários, uso mais vulnerável à escassez hídrica.
Um outro aspecto de fundamental importância na discussão de um coeficiente
meteorológico diz respeito à conceituação do fenômeno de Seca. Smatkhtin e Schipper
(2008) citados por Santos (2011) definem secas como sendo um evento meteorológico
temporário e recorrente, originado da falta de precipitação, sendo uma feição típica de
qualquer clima. Também, os referidos autores fazem uma distinção bastante esclarecedo-
ra entre Seca e Aridez, que nos permite universalizar a aplicação do coeficiente meteoro-
lógico para todo o estado de Pernambuco e não somente às regiões classificadas como
subúmido e subúmido seco.

(...) a aridez corresponde a uma característica permanente em uma dada


região, geralmente associada a pequeno volume médio precipitado anu-
almente. Assim, por mais que sejam elevados os valores médios de preci-
pitação em uma dada região, ela sempre será suscetível a reduções tem-
porárias e recorrentes de volumes precipitados, ou seja, por mais úmida
que seja a região, ela sempre será suscetível à ocorrência de secas. (San-
tos, 2011)

Um outro aprofundamento dos referidos autores, de fundamental importância


para a discussão da aplicação de um coeficiente meteorológico, diz respeito à separação
conceitual da Seca como um Perigo ao qual está associada uma probabilidade de ocorrên-
cia e o Risco, como sendo a probabilidade de ocorrerem desastres, dado que o Perigo (no
caso o evento de Seca) se instaurou.
Desta forma, caberia também ao coeficiente meteorológico incorporado ao me-
canismo de cobrança atenuar os valores cobrados em situações de ocorrência de desas-
tres ou danos em decorrência da seca, tais como perdas agrícolas, perdas de produtivida-

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de, redução de disponibilidades hídricas naturais e artificiais, impactos sobre as vidas hu-
manas e meio-ambiente.
Para tornar operacional a revisão do coeficiente meteorológico (Kmeteo) à luz da
discussão e dos conceitos apresentados acima, é necessário estabelecer um critério para
definição de Seca, tanto em termos numéricos e espaciais, de forma a atender aos princí-
pios de transparência e simplicidade. Uma vez que a APAC já realiza um monitoramento
permanente da chuva incidente sobre cada mesorregião do Estado (Figura 3.4), categori-
zando o total precipitado mensal com vistas a subsidiar ações estratégicas do Governo do
Estado, o mecanismo de cobrança se apropriará deste instrumento técnico com vistas a
operacionalizar a implantação do coeficiente meteorológico no mecanismo de cobrança.
A metodologia utilizada pela APAC, denominada método dos quantis, fornece in-
formações sobre a variação das chuvas com relação à climatologia mensal de precipita-
ção. Através do monitoramento da precipitação, as réguas quantílicas mensais indicam
em qual das categorias seguintes se classifica o índice de chuva: Muito Seco, Seco, Nor-
mal, Chuvoso e Muito Chuvoso.
Para o mecanismo de cobrança, foram incorporados totais precipitados corres-
pondentes às classificações dos quantis para os anos Muito Seco, Seco e Normal. As suas
respectivas alturas pluviométricas são apresentadas nos histogramas das Figura 3.4 à
Figura 3.11, para cada uma das mesorregiões: Zona da Mata e Litoral, Agreste Setentrio-
nal, Agreste Central, Agreste Meridional, Sertão do Moxotó, Sertão do Pajeú, Sertão do
São Francisco e Alto Sertão.

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Figura 3.3 – Mesorregiões climáticas do estado de Pernambuco.
Fonte: APAC, http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia/quantis_high.php.

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700

291,4
Mesoregião Zona Mata e Litoral
600

256,6
223,6
500
229,4
Precipitação (mm)

400 Classe
209,8
NORMAL
171,9
132,8 SECO
167,7
300 170,8 MUITO SECO

137
112,3
200 102,5 92,5
90,5
143,5
70,7 137
119,7
92,8 92,5
100 57,6
44,7
37,2 73,7 45,8 36,8 34,4
25,7 28,9 19,6 18,7 25,2
26,8
10,6 10,1 6,7
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 3.4 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na


mesorregião da Zona da Mata e Litoral.

400

157,2 Mesoregião Agreste Setentrional


350

147,3
300

128,8
250
Precipitação (mm)

125,5
Classe
104,4
NORMAL
200 112,8
SECO
97,7 MUITO SECO
70,8
150
80,2

59,2 65,1
100 59,1
79,7 44,3
42,9 39,8
62,4
50 36,7 39,8 48,1 32,8
37,4
19,3 32,5 21,7 20,1 16,9
10,2 7,2 9,8
9 10,8 7
2,4 2,2 1,7
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 3.5 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na


mesorregião do Agreste Setentrional.

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250

Mesoregião Agreste Central


105,3

200 98

76
Precipitação (mm)

69,1 70,8
150 Classe
NORMAL
63,4
SECO
64,3
100 MUITO SECO
49,9
61,8 46,2
39,6
51 30,7

32,7 48,7
50
34,2 33,4 19,5
19,5 31,6 17,3 22,7
29
17,5 11,1 11,5
15,8
11,7 8,5 7,3
5,7 5,6
4,1 2,9 2,3
1,3
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 3.6 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na


mesorregião do Agreste Central.

400

Mesoregião Agreste Meridional


350
145,6

136,9
300

250
Precipitação (mm)

111 114
Classe
NORMAL
200
103,4 115,5 78 SECO
93,4
MUITO SECO
150
73,9 74,4
55,4
100 51 51
53,1
46,7 72,6
68

50 25,2 45,7 44,9 43,7 27,4 26,7


17 25,4 15,5 17,1
13,3 12,1 7,2 6 7,8
9,5
2,2 1,8 3,8
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 3.7 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na


mesorregião do Agreste Meridional.

Contrato Código Data de Emissão Página


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300

128,7
Mesoregião Sertão Moxotó
250

200 106,3
Precipitação (mm)

86,5
Classe
76 87,7 NORMAL
150 68,4
71,8 86,4 SECO
MUITO SECO

100 61,7 55,4


49,9 44,9
35
39,4
48,9 35,6
50
50
34,2 31 20 23 22,4
28,1 30,1
24 19,5 15,1 13,8
14,8 9 9,9
4,1 5,8
3,3 3
1,4
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 3.8 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na


mesorregião do Sertão do Moxotó.

400

166,9 Mesoregião Sertão Pajeu


350

300
151,9

250
Precipitação (mm)

Classe
114,2
NORMAL
200
108,5 SECO
MUITO SECO
79,6 82,5
150
83,5

100 66,8

76,4 45,9
43,4 51,3
27,9 33,3
50 45,3
32 17,7
26 14 16,4 16,1
12,3 9,1 5,4 7,7
8 8,7 5,1 4,6
2,9 1,8 0,5 0,6
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 3.9 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na


mesorregião do Sertão do Pajeú.

Contrato Código Data de Emissão Página


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300

153,5
Mesoregião Sertão São Francisco
250

200
Precipitação (mm)

93,9
Classe
NORMAL
150 85,9
88,2
SECO
MUITO SECO
72,1
59,6
100
57,5
42,6
45,8
36,9
50 42,1 30,4 38,3

24,5 18,1 24,1


15,4 14,9 7 8,3
5,4 2,8 9,5
11 3,4 4,4 4,6
1,8 0,7 2,6 0,6
1,7
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 3.10 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na


mesorregião do Sertão do São Francisco.

300

153,5
Mesoregião Alto Sertão
250

200
Precipitação (mm)

93,9
Classe
NORMAL
150 85,9
SECO
88,2
MUITO SECO
72,1
59,6
100
57,5
42,6
45,8
36,9
50 42,1 30,4 38,3

24,5 18,1 24,1


11 8,3
15,4 14,9 9,5
7 5,4 2,8
3,4 4,4 4,6
1,8 2,6
1,7 0,7 0,6
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 3.11 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na


mesorregião do Alto Sertão.

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Metodologia de cálculo do coeficiente meteorológico - Kmeteo

Baseando-se nos dados monitorados pela APAC, foi adotado o seguinte procedi-
mento, com vistas a quantificar numericamente um coeficiente meteorológico (Kmeteo)
para cada uma das mesorregiões, em função do grau de severidade da seca:

1) Foram totalizados no Quadro 3.5 os totais pluviométricos para o período chuvoso


dos anos Normal, Seco e Muito Seco, de acordo com o método dos quantis
(Figura 3.4 a Figura 3.11);
2) Foi proposto um fator (f1), de natureza climática, que mede a distância relativa
entre a altura pluviométrica num ano normal entre cada mesorregião e a região da
𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
𝑃𝑚𝑒𝑠𝑜_𝑟𝑒𝑔𝑖𝑎𝑜(𝑖)
zona da mata (𝑓1 = ⁄ 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 ), de forma que o fator f1 para a
𝑃𝑍𝑜𝑛𝑎 𝑑𝑎 𝑀𝑎𝑡𝑎
Zona da Mata será igual à unidade (f1 =1);
3) Foi proposto um fator (f2) , de natureza meteorológica, que mede a distância pro-
porcional entre a altura pluviométrica de anos Secos e Muito Secos de um ano
classificado como Normal, para uma determinada mesorregião ( 𝑓2 =
𝑠𝑒𝑐𝑜
𝑃𝑚𝑒𝑠𝑜_𝑟𝑒𝑔𝑖𝑎𝑜(𝑖)
⁄ 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 );
𝑃𝑚𝑒𝑠𝑜_𝑟𝑒𝑔𝑖ã𝑜(𝑖)

4) O coeficiente Kmeteo proposto, será então o produto dos dois fatores 𝐾𝑐𝑙𝑖𝑚𝑎 =
𝑓1 × 𝑓2 e seus valores se encontram no Quadro 3.6.

Quadro 3.5 – Caracterização dos totais precipitados em cada mesorregião cli-


mática.
Mesoregião Período Chuvoso Normal Seco Muito Seco
Agreste Central março - julho 419,2 273,2 176,9
Agreste Meridional/Brejo março - julho 610,9 410,3 256,6
Agreste Setentrional março - julho 663,2 414,9 267,4
Alto Sertão janeiro-maio 458,4 216,8 103,9
Sertão do Moxotó Janeiro-julho 625,4 386,6 216,9
Sertão do Pajeú Janeiro-maio 595,1 353,5 192,0
Sertão do São Francisco janeiro-maio 458,4 216,8 103,9
Zona da Mata e Litoral março - agosto 1.305,7 880,3 659,2

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Quadro 3.6 – Coeficientes Kmeteo propostos.
Período Chuvo- Normal Seco Muito Seco
Mesoregião
so (f1 x f2) (f1 x f2) (f1 x f2)
Agreste Central março - julho 0,3 0,2 0,1
Agreste Meridional/Brejo março - julho 0,5 0,3 0,2
Agreste Setentrional março - julho 0,5 0,3 0,2
Alto Sertão Janeiro - maio 0,4 0,2 0,1
Sertão do Moxotó Janeiro - julho 0,5 0,3 0,2
Sertão do Pajeú Janeiro - maio 0,5 0,3 0,2
Sertão do São Francisco Janeiro - maio 0,4 0,2 0,1
Zona da Mata e Litoral março - agosto 0,4 0,2 0,1

A derivação de um coeficiente meteorológico para os anos Normais, Secos e Mui-


to Secos, baseando-se nas alturas pluviométricas dos meses chuvosos das respectivas
mesorregiões, permite operacionalizar um coeficiente técnico que leva em consideração
não somente a disponibilidade de chuva, como também a sua distribuição espacial associ-
ada a um risco de desastres.
A sua aplicação poderá ser defasada, tomando-se como base a classificação plu-
viométrica do exercício anterior. Desta forma, considera-se que as contribuições decorren-
tes das Consultas Públicas foram atendidas, tanto no que diz respeito da incidência do
coeficiente meteorológico sobre as categorias de usuários, como também sobre a imple-
mentação de um mecanismo que levasse em consideração a ocorrência de anos secos e
muito secos.

3.2.1.4. Coeficiente de Unidade de Planejamento Hídrico: KUP

Este coeficiente pode assumir valores diferenciados para cada Unidade de Plane-
jamento Hídrico – UP, em função de decisões de seu COBH e aprovadas pelo CRH. Pro-
põe-se nesta análise não estabelecer diferenciação e, assim, os coeficientes 𝐾𝑈𝑃 assu-
mem os valores do Quadro 3.7, unitários e idênticos.

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Quadro 3.7 – Valores dos Coeficientes das Unidades de Planejamento Hídrico
Nome UP KUP Nome UP KUP Nome UP KUP
Goiana UP1 1 Brígida UP11 1 GI1 UP20 1
Capibaribe UP2 1 Garças UP12 1 GI2 UP21 1
Ipojuca UP3 1 Pontal UP13 1 GI3 UP22 1
Sirinhaém UP4 1 GL1 UP14 1 GI4 UP23 1
Una UP5 1 GL2 UP15 1 GI5 UP24 1
Mundaú UP6 1 GL3 UP16 1 GI6 UP25 1
Ipanema UP7 1 GL4 UP17 1 GI7 UP26 1
Moxotó UP8 1 GL5 UP18 1 GI8 UP27 1
Pajeú UP9 1 GL6 UP19 1 GI9 UP28 1
Terra Nova UP10 1 F. de Noronha UP29 1
N. identificado0 1
KUP: trata-se de um coeficiente multiplicador que se aplica à cobrança pela captação em cada UP
de forma diferenciada.

Portanto, este coeficiente apenas permite uma diferenciação entre as cobranças


por UP, cuja pertinência deve ser avaliada, mas que, a priori, propõe-se que não ocorra,
salvo melhor juízo por parte do respectivo COBH, inclusive na adoção de valores superio-
res à unidade.

3.2.1.5. Coeficiente de categoria de uso de água: KUSO

O coeficiente Kuso varia de acordo com o uso ao qual a captação se destina. Exis-
tem duas formas possíveis de diferenciação deste coeficiente. Uma delas, mais imediata,
e dependente unicamente do uso ao qual se aplica, é apresentada por um exemplo no
Quadro 3.8.
As categorias de uso apresentadas são aquelas com as quais são outorgados os
usos de água em Pernambuco. Adiante, para cada uma são apresentados os coeficientes
específicos a cada Classe em que são incluídos. A coluna Classe permite agrupar cada
uma das 23 classes em 5 grupos maiores. O grupo que recebe a classe 0 é aquele isento
de cobrança, seja porque é cobrado de forma diferenciada, mediante a parcela de lança-
mento de poluição em meio hídrico (Diluição de Esgotos Sanitários) ou, ainda, por não ser
identificado. O grupo da classe 1 é aquele que abrange o abastecimento à população e às
suas atividades econômicas: Abastecimento Público, Abastecimento Residencial Particular,
Empresa de Comercialização de Água, Escola, Escritório, Estabelecimento Comercial, Hos-
pital, Hotel, Lavanderia, Outros, Pesquisa, Posto de combustível, Restaurante, Sem defini-
ção e Terraplenagem.

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Quadro 3.8 – Coeficientes genéricos aplicados os usos de água
Categoria de uso Classe Kuso
Abastecimento Público 1 1
Abastecimento Residencial Particular 1 1
Carcinicultura 4 1
Diluição de Esgotos Sanitários 0 0
Escola 1 1
Escritório 1 1
Estabelecimento Comercial 1 1
Geração de Energia Elétrica 5 De acordo com a fórmula
Hospital 1 1
Hotel 1 1
Indústria 2 1
Irrigação 3 1
Lavanderia 1 1
Outros 1 1
Pecuária 4 1
Pesquisa 1 1
Piscicultura 4 1
Posto de Combustível 1 1
Restaurante 1 1
Sem definição 1 1
Terraplenagem 1 1
Sem identificação 0 0
Classe do uso permite diferenciá-los em bloco; 0 = uso não é cobrado; 1 = abastecimento huma-
no, comercial e serviços; 2 = indústria; 3 = irrigação; 4 = meio rural: criação animal, aquicultura,
piscicultura, etc.; 5 = geração de energia elétrica em Pequenas Centrais Hidrelétricas.
Kuso é um coeficiente que depende do uso: significa um multiplicador do valor cobrado pela capta-
ção, de acordo com as decisões dos CBHs e do CRH.

O Grupo da classe 2 inclui os usos industriais. O Grupo da classe 3 inclui a irriga-


ção. O Grupo da classe 4 se dirige aos usos produtivos no meio rural: carcinicultura, pe-
cuária e piscicultura.
O Grupo 5 se refere à geração de energia elétrica em Pequenas Centrais Hidrelé-
tricas. A Compensação Financeira pela utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Gera-
ção de Energia Elétrica - Compensação Financeira - foi instituída pela Constituição Federal
de 1988, sendo um percentual que as concessionárias de geração hidrelétrica recolhem
dos consumidores pela utilização de recursos hídricos. A Agência Nacional de Energia Elé-
trica (ANEEL) gerencia a arrecadação e a distribuição dos recursos entre os beneficiários:
Estados, Municípios e órgãos da Administração Direta da União.
O valor de 7% do valor da energia produzida é recolhido pelas concessionárias a
título de Compensação Financeira. O total a ser pago é calculado segundo uma fórmula
padrão:

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Quadro 3.9 – Formulação matemática para o cálculo da Compensação Financei-
ra
CF = 7% x energia gerada no mês x TAR. (3)

CF Compensação Financeira

7% Porcentagem do valor da energia produzida

TAR Tarifa Atualizada de Referência

A TAR é definida anualmente por meio de Resolução Homologatória da ANEEL. O


percentual de 0,75% é repassado ao Ministério de Meio Ambiente para a aplicação na
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Geren-
ciamento de Recursos Hídricos, sendo considerado pela Lei 9.984 de 17 de julho de 2000,
Art. 28, § 2º, como cobrança pelo uso de água. Porém, empreendimentos hidrelétricos
enquadrados como Pequenas Centrais Hidrelétricas são dispensados do recolhimento da
Compensação Financeira, nos termos da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996 e é
sobre eles que incide a cobrança neste Grupo 5.
Os valores apresentados na coluna Kuso se referem aos coeficientes genéricos
que podem ser aplicados a cada uma das 23 categorias de uso, além dos coeficientes
específicos que poderão ser aplicados a cada Classe (0, 1, 2, 3 e 4) de forma conjunta.
Note-se que para eliminar o efeito deste coeficiente basta colocar todos os valo-
res unitários, sem diferenciação, como no Quadro 3.8. Porém, caso seja considerado
procedente, será possível alterar o Kuso para atenuar a cobrança para usos que sejam
considerados socialmente mais relevantes, como escolas e hospitais, por exemplo.

3.2.2. Coeficientes específicos para cada classe de uso de água, de acordo


com a eficiência de uso: Kef

Neste caso, de acordo com a coluna Classe do Quadro 3.8, existem 5 grupos
aos quais são aplicadas abordagens distintas para estimativa do coeficiente K ef: abasteci-
mento à população e às suas atividades econômicas, indústria, irrigação, usos produtivos
no meio rural e geração de energia elétrica em PCHs. A estimativa de eficiência em cada
grupo será detalhada em sequência, adotando a formulação proposta pela Deliberação
CBHSF nº 94, de 25 de agosto de 2017, que atualiza, estabelece mecanismos e sugere
novos valores de cobrança pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio São
Francisco.

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3.2.2.1. Abastecimento à população e às suas atividades econômicas

O coeficiente de eficiência proposto de ser aplicado ao setor de Abastecimento


Público realizado pelas empresas prestadoras de serviços de abastecimento de água, se
baseia nos estudos de Acserald (2013)1 onde o valor de Kef é estimado pela equação (4)
no Quadro 3.10.

Quadro 3.10 - Modelo geral de coeficiente de eficiência para o setor de abaste-


cimento público

𝑲𝒆𝒇 = 𝑲𝒖𝒑𝒄 ∗ 𝑲𝒈 ∗ 𝑲𝒑 (4)

Coeficiente que avalia a eficiência da empresa prestadora de serviços de


𝑲𝒆𝒇
abastecimento de água;
Coeficiente que proporcional ao uso per capita de água no sistema de abas-
𝑲𝒖𝒑𝒄
tecimento;
𝑲𝒈 Coeficiente que avalia a gestão do sistema, em função das perdas de fatu-
ramento e das perdas no sistema de distribuição;
𝑲𝒑 Coeficiente de gestão operacional que avalia as perdas de distribuição.

3.2.2.1.1. Coeficiente de Uso per Capita: Kupc

Os valores do coeficiente Kupc são calculados em função do uso per capita infor-
mado no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS pela empresa pres-
tadora de serviços de abastecimento de água em cada município, como apresentado no
Quadro 3.11. Neste caso, adotou-se como referência um uso per capita igual a R = 150
l/habitante/dia.
Quadro 3.11 – Coeficiente de uso per capita – Kupc
Faixa de valores de uso per capita – upc Valores de Kupc
Se uso per capita (upc) < R Kupc = 1 1
Se R <upc< 2.R Kupc = 1+upc/(R x 100) 1,01 a 1,02
Se 2.R <upc<3.R Kupc = 1+upc/(2.R x 10) 1,10 a 1,15
Se 3.R < upc Kupc = upc/((R x 10) > 1,3

1
Acselrad, M. V. (2013). Proposta de Aperfeiçoamento da Metodologia de Cobrança do Setor de
Saneamento Básico no Estado do Rio de Janeiro à Luz do Objetivo de Racionalização do Uso dos
Recursos Hídricos. Tese de doutorado apresentada ao Programa de Engenharia Civil da COPPE da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Orientação do professor José Paulo Soares de Azevedo.
2013.

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Pela formulação adotada, quanto maior que o uso per capita de referência for o
uso informado no SNIS, maior seria o coeficiente, onerando progressivamente a prestado-
ra de serviços de abastecimento de água.
Devido a equívocos de prestação da informação ao SNIS foi considerado como
uso per capita médio em Pernambuco o valor de 120 L/dia, e um valor mínimo de 50
L/dia. Quando não houve esta informação será adotado o valor médio; quando ela for
inferior ao mínimo, será corrigido a este valor.

3.2.2.1.2. Coeficiente de Gestão do Sistema: Kg

O Coeficiente de Gestão do Sistema – Kg é calculado como uma relação entre as


perdas de faturamento Pf e as perdas no sistema de distribuição Pd informadas pela em-
presa prestadora no SNIS. Quando as perdas de faturamento forem iguais ou inferiores às
perdas de distribuição Kg é unitário. Quando forem superiores, o Kg será superior à unida-
de e dado pela equação a seguir, conforme Quadro 3.12.

Quadro 3.12 – Coeficiente de gestão operacional relacionado a perdas de fatu-


ramento
Condição de aplicação do Coeficiente Kg
Perda de faturamento Pf < perda distribuição Pd 1
Perda de faturamento Pf > perda distribuição Pd 1 + (𝑃𝑓 − 𝑃𝑑)/50 (5)

Neste caso, na medida em que as perdas de faturamento superem as perdas de


distribuição, o coeficiente aumentará linearmente, onerando progressivamente a presta-
dora dos serviços de abastecimento de água.
Devido a inconsistências nas informações sobre perdas físicas ou de faturamento
no SNIS o SACUAPE promove algumas correções. Quando não é informada a perda física
ela é arbitrada como a perda média em Pernambuco, supostamente 40%. Quando a per-
da física é informada em valor for menor que um mínimo admissível, 15%, ela é corrigida
para este valor. E quando a perda de faturamento for informada em valores inferiores a
um mínimo admissível, 10%, ela é corrigida para este valor. Estas referências foram arbi-
tradas e podem ser alteradas pelo usuário.

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3.2.2.1.3. Coeficiente de Gestão Operacional

O Coeficiente de Gestão Operacional Ko é calculado conforme o Quadro 3.13.


Os valores de perdas de distribuição, também informados no SNIS, acham-se em faixas
crescentes, sendo que o coeficiente aumenta com as perdas, onerando progressivamente
a prestadora de serviços de abastecimento de água.
Para os demais usos que se inserem nesta categoria os valores dos coeficientes
são unitários, não afetando a cobrança.

Quadro 3.13 – Coeficiente de gestão operacional relacionado a perdas físicas


Intervalos das perdas de distribuição (%)
Kp
min max
0% 15% 1,0
15% 20% 1,1
20% 25% 1,1
25% 30% 1,2
30% 40% 1,3
40% 100% 1,4
Kp: coeficiente de gestão operacional, estimado em função das perdas de distribuição informadas
no SNIS

3.2.2.2. Abastecimento industrial

Para uso industrial é prevista a utilização de dois coeficientes:

1. Coeficiente de reuso de água: Kreuso - mede o percentual de águas servidas no


próprio empreendimento que é reutilizado no processo produtivo, e
2. Coeficiente de utilização de águas servidas de outros empreendimentos: Kuas -
mede o percentual de águas servidas proveniente de outros usuários, ou de esgo-
tos tratados, que é usado no processo produtivo.

A diferença entre ambos é que o índice de reuso de água avalia a recirculação de


água no processo, enquanto o de utilização de águas servidas avalia a captação de águas
utilizadas por outros entes. O coeficiente de eficiência para a cobrança desta categoria é
apresentado no Quadro 3.14.

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Quadro 3.14 – Coeficiente eficiência da utilização da água na indústria
𝑲𝒆𝒇 = 𝑲𝒓𝒆𝒖𝒔𝒐 ∗ 𝑲𝒖𝒂𝒔 (6)

𝑲𝒆𝒇 Coeficiente que avalia a eficiência da indústria na utilização de água;

Coeficiente proporcional à taxa de reuso de águas utilizadas no próprio pro-


𝑲𝒓𝒆𝒖𝒔𝒐
cesso produtivo;

Coeficiente proporcional à percentagem de água utilizadas que se originam


𝑲𝒖𝒂𝒔
em águas servidas de outros usuários de água.

O Quadro 3.15 apresenta os valores dos índices mencionados, em cada faixa de


suas variações. Os coeficientes se reduzem progressivamente nas faixas em que o reuso
de água e o uso de águas servidas são maiores. Isto estimula as indústrias a aumentar o
reuso e o uso de águas servidas.

Quadro 3.15 – Índice de reuso Ireuso e Índice de uso de águas servidas Iuas
Índice
Faixas de reuso e de uso de
Uso de águas ser-
águas servidas Reuso – Ireuso
vidas – Iuas
min max Ireuso Iuet
0% 20% 1,00 1,00
20% 40% 0,95 0,95
40% 60% 0,90 0,90
60% 80% 0,80 0,85
80% 100% 0,80 0,80

3.2.2.3. Irrigação

Além do método de irrigação, a presente proposta de cobrança considera aspec-


tos referentes ao manejo de irrigação, com vistas a incentivar boas práticas de gerencia-
mento e de conservação de água e solo que tragam resultados positivos ao meio ambien-
te e recursos naturais, como também proporcionem otimização deste recurso ao longo do
seu ciclo dentro do perímetro irrigado.
No que se refere ao ciclo da água na natureza, Tucci e Clarke (1997), ao pesqui-
sarem o estado da arte sobre as influências das modificações da cobertura vegetal em
bacias hidrográficas sobre o comportamento hidrológico, meio ambiente e recursos hídri-
cos, classificaram as mudanças no uso do solo em: Mudança de Superfície (desmatamen-
to, reflorestamento, impermeabilização); Uso da Superfície (reflorestamento, culturas de
subsistência, culturas anuais, culturas permanentes) e Método de Alteração (queimada,
manual, equipamentos). Concluíram que:

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• Culturas de subsistência – o desmatamento é realizado manualmente por
queimada, antes do período chuvoso, e depois realizado o plantio sobre as cinzas.
Após alguns anos a produtividade diminui e o produtor se desloca para outra área.
Neste tipo de modificação do uso do solo, em aproximadamente 20 anos, após o
crescimento da vegetação, o balanço tende a recuperar suas condições prévias.
• Culturas permanentes – o impacto significativo se dá no momento da conver-
são da cobertura vegetal, sendo que posteriormente tende a se estabelecer em
outro patamar. De modo geral as culturas permanentes são plantações que não
sofrem alterações frequentes em sua estrutura principal. Se enquadram nesta ca-
tegoria: cafezais, fruticultura, pasto e outros.
• Culturas anuais – este tipo de cultura envolve a mudança da cobertura vegetal
anualmente ou sazonalmente, com diferentes plantios. Esse processo envolve pre-
paração do solo (aragem) que resulta na falta de proteção do solo, deixando-o su-
jeita à energia do impacto das chuvas intensas que tendem a produzir erosão e
modificar suas condições de infiltração. Neste tipo de cultivo, plantios sem ne-
nhum cuidado com conservação do solo, tendem a aumentar consideravelmente a
erosão, com grande aumento de escoamento superficial, sendo recomendadas a
utilização de práticas conservacionistas de terraceamento em curvas de nível ou
plantio direto.

No caso de culturas de subsistência, resolveu-se alterar a definição para envolver a agri-


cultura familiar em pequenas propriedades, que pode envolver emprego de tecnologias
diversas, incluindo agricultura orgânica:

Cultura de subsistência em pequenas propriedades familiares: o produtor e sua


família exploram pequenas áreas com culturas diversificadas, consumindo parte importan-
te da produção, e baixo impacto ambiental.

Em função disto, além das práticas relacionadas ao método de irrigação, são


propostos coeficientes diferenciados para os usuários que comprovem a adoção de técni-
cas de manejo de irrigação, seja baseada no solo, na planta ou no clima.
Diante do exposto, levando em consideração os aspectos de conservação de solo
na agricultura irrigada, se propõe a aplicação dos seguintes coeficientes:

1. coeficiente relacionado ao método de irrigação: Kmétodo;


2. coeficiente relacionado ao manejo do uso do solo: Kmsolo; e
3. coeficiente relacionado ao manejo operacional do sistema de irrigação: Kmanejo.

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A equação adotada é apresentada no Quadro 3.16.

Quadro 3.16 – Coeficiente eficiência da utilização da água e manejo do solo na


irrigação
𝑲𝒆𝒇 = 𝑲𝒎é𝒕𝒐𝒅𝒐 ∗ 𝑲𝒎𝒔𝒐𝒍𝒐 ∗ 𝑲𝒎𝒂𝒏𝒆𝒋𝒐 (7)

𝑲𝒆𝒇 Coeficiente que avalia a eficiência do uso de água e solo na irrigação;


Coeficiente que é função do método de irrigação utilizado, privilegiando os
𝑲𝒎é𝒕𝒐𝒅𝒐
mais eficientes quanto ao uso de água;
Coeficiente que função do manejo do uso do solo, privilegiando as práticas
𝑲𝒎𝒔𝒐𝒍𝒐
mais sustentáveis;
𝑲𝒎𝒂𝒏𝒆𝒋𝒐 Coeficiente que avalia a eficiência operacional do sistema de irrigação.

Os valores dos coeficientes são calculados de acordo como é disposto do Qua-


dro 3.17 ao Quadro 3.19.
O coeficiente relacionado ao método de irrigação é menor quanto mais eficiente
no uso de água é o método sendo, portanto, um estímulo para que os irrigantes adota-
rem métodos mais eficientes. No caso do manejo do solo foi inicialmente aplicada a equi-
dade vertical, ao se fixar o coeficiente para agricultura de subsistência como o mais baixo.
As culturas permanentes e as anuais, com plantio direto, também são desoneradas com
um coeficiente menor que a unidade. O cultivo de espécies anuais, de forma convencio-
nal, tem coeficiente unitário quando são adotadas práticas conservacionistas e maior que
a unidade quando elas não existem. Desta maneira, os valores agregam preceitos de efi-
ciência ambiental com os de capacidade de pagamento.
Finalmente, o coeficiente que avalia o manejo da irrigação pode assumir dois va-
lores: menor que a unidade quando existe um manejo de precisão, e a unidade quando
ele não é adotado.

Quadro 3.17 – Valor do coeficiente função do método de irrigação


Sistema de Irrigação Kmétodo
Gotejamento
Gotejamento subterrâneo-tubo poroso
0,20
Microaspersão
Aspersão pivô central com LEPA
Tubos perfurados
Aspersão pivô central
Aspersão deslocamento linear
0,30
Aspersão sistema de malha
Aspersão autopropelido
Aspersão convencional

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Sistema de Irrigação Kmétodo
Sulcos interligados em bacia
0,40
Sulcos fechados
Sulcos abertos 0,60
Subirrigação
Inundação 1,00
Não informado

Quadro 3.18 – Valores do coeficiente função do manejo do solo agrícola


Manejo do solo agrícola Kmsolo
Pequena propriedade familiar sem adoção de tecnologia 0,5
Culturas Permanentes 0,7
Culturas Anuais, com plantio direto 0,8
Culturas Anuais, tecnologia convencional, com práticas conservacionistas 1,0
Culturas Anuais, tecnologia convencional, sem práticas conservacionistas 1,2

KMSOLO: coeficiente de manejo do solo que reflete o manejo e práticas conservacionistas


adotado na propriedade rural.

Quadro 3.19 – Valores do coeficiente função do manejo da irrigação


Manejo da irrigação Kmanejo
Com monitoramento de variáveis meteorológicas e
0,7
da umidade do solo
Sem monitoramento ou não declarou 1,0

KMANEJO: coeficiente de manejo da irrigação que reflete o manejo adotado em suas reper-
cussões na economia de água

3.2.2.3.1. Considerações sobre a Irrigação de Salvação

Em Pernambuco é adotada a outorga de uso de água na irrigação de salvação,


que representa a autorização de captação emitida para irrigantes, especialmente de cana
de açúcar. Esta autorização permite que o irrigante utilize água mesmo quando já foi es-
gotada a possibilidade de emissão de novas outorgas, situação referenciada pela vazão de
com 90% de permanência. Neste caso, o usuário pode ser outorgado nesta modalidade,
facultando-lhes retiradas das vazões instantâneas quando estas se encontram acima da
vazão de permanência 50%.
Como estas vazões nem sempre estão disponíveis (vazões acima da Q50% acha-
se em média disponível em 50% do tempo) entendeu-se que não seria equânime cobrar
este volume de água da irrigação de salvação de forma idêntica ao outorgado para irriga-
ção usual, haja visa que se tratam de volumes associados a garantias distintas de supri-
mento.

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Para fins de avaliação de um coeficiente técnico que permitisse incorporar a ma-
joração de risco de não-suprimento da Q50 em relação à Q90, foi realizada uma simulação
hidrológica em 4 (quatro) postos na região da Zona da Mata, onde a irrigação de cana-
de-açúcar pelo método de salvação é praticada. O Quadro 3.20 apresenta estes postos e
a Figura 3.12 os localiza.

Quadro 3.20 – Relação de postos fluviométricos avaliados no estudo de supri-


mento da Q50
Estação Código Município Rio
Engenho Itapissirica 39084020 Goiana Tracunhaém
Palmares 39560000 Palmares Una
Engenho Tabocas 39360000 Pombos Ipojuca
Paudalho 39150000 Paudalho Capibaribe

Figura 3.12 – Localização das estações fluviométricas utilizadas na avaliação


de suprimento em relação à Q50

As simulações foram realizadas observando-se a frequência com que os supri-


mentos acima de 80% da Q50 podem ser realizados em cada posto fluviométrico. Os
Quadro 3.21 ao Quadro 3.24 mostram que é possível suprir 80%Q50 em 25 a 55% do

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tempo, sendo o Posto 395600000 do Rio Una o que apresentou o menor valor de perma-
nência de suprimento acima de 80%Q50, distanciando-se do valor esperado de 50%.
A investigação da assimetria d foge ao escopo deste estudo, sendo assim funda-
mentando-se nos resultados apresentados propõe-se adotar um valor único deste coefici-
ente a ser aplicado representando o risco de não suprimento das outorgas emitidas em
regime de salvação.
Devido a isto, o SACUAPE prevê a inserção da informação sobre a outorga nor-
mal para irrigação e da outorga de salvação; neste último caso, sobre o resultado da for-
mulação, que é a mesma da irrigação normal, se aplica o coeficiente 0,60.

Quadro 3.21 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50


para o posto 39084020, rio Tracunhaém
Suprimento K = (Qt-Q50)/Q50 Suprimento Freq. Acum.> K
0-10% 148 27% 100%
10-20% 16 3% 73%
20-30% 19 3% 70%
30-40% 18 3% 67%
40-50% 19 3% 64%
50-60% 8 1% 60%
60-70% 11 2% 59%
70-80% 12 2% 57%
80-90% 11 2% 55%
90-100% 293 53% 53%
Total 2.418 100%

Quadro 3.22 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50


para o posto 39560000, Rio Una
Suprimento K = (Qt-Q50)/Q50 Suprimento Freq. Acum.> K
0-10% 343 57% 100%
10-20% 25 4% 43%
20-30% 13 2% 38%
30-40% 18 3% 36%
40-50% 10 2% 33%
50-60% 16 3% 31%
60-70% 9 2% 29%
70-80% 13 2% 27%
80-90% 9 2% 25%
90-100% 141 24% 24%
Total 583 100%

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Quadro 3.23 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50
para o posto 39360000, rio Ipojuca
Suprimento K = (Qt-Q50)/Q50 Suprimento Freq. Acum.> K
0-10% 241 39% 100%
10-20% 24 4% 61%
20-30% 15 2% 57%
30-40% 24 4% 54%
40-50% 21 3% 50%
50-60% 18 3% 47%
60-70% 14 2% 44%
70-80% 14 2% 42%
80-90% 7 1% 39%
90-100% 233 38% 38%
Total 490 100%

Quadro 3.24 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50


para o posto 39150000, Rio Capibaribe
Suprimento K = (Qt-Q50)/Q50 Suprimento Freq. Acum.> K
0-10% 246 40% 100%
10-20% 18 3% 60%
20-30% 21 3% 57%
30-40% 7 1% 54%
40-50% 15 2% 53%
50-60% 7 1% 50%
60-70% 11 2% 49%
70-80% 6 1% 47%
80-90% 5 1% 46%
90-100% 279 45% 45%
Total 555 100%

3.2.2.4. Atividades produtivas no meio rural

Para os usos de água nesta categoria, ou seja, pecuária, piscicultura e aquicultu-


ra, não foi proposto índice de eficiência; tendo por referência os usos na irrigação, foi
adotado um coeficiente de eficiência igual a 0,10, de forma genérica, que poderá ser alte-
rado quando desejado.
Nas Consultas Públicas, foi alegada a questão da Pecuária: quando é confinada
haveria justificativas para a cobrança da parcela de lançamento de poluentes, mas o
mesmo não se aplica quando se tratar de pecuária extensiva.
Embora se entenda que a pecuária extensiva inclui muitos tipos de manejo, al-
guns mais e outros menos passíveis de gerar poluição, optou-se por excluir a cobrança

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pelo lançamento de poluentes neste caso, sendo cobrado simplesmente a captação de
água bruta.
3.2.2.5. Coeficiente de eficiência vinculado a recarga de águas subterrâneas

A conservação e a proteção das águas subterrâneas ao Estado de Pernambuco é


objeto da Lei Estadual 11.427/97, que foi regulamentada pelo Decreto 20.423/98. No seu
Art. 72 ele dispõe que “O Estado incentivará a realização de recarga artificial por entida-
des privadas, pessoas físicas ou jurídicas, através da redução de taxas de serviço público
de saneamento, a ser regulamentada” (§ 3º.). Este dispositivo se refire a taxas de servi-
ços públicos de saneamento e não à cobrança pela água bruta, que não é taxa, ou seja,
pagamento que se insere na categoria de tributo, nem tarifa, ou seja, pagamento pela
contraprestação de um serviço público. No entanto, o mecanismo de cobrança proposto
pode considerar que usuários de água que promovam a recarga de aquíferos possam usu-
fruir de um coeficiente de eficiência que os compensem. Bastaria alterar os coeficientes
de eficiência para privilegiar esta prática, ou inserir mais um que o fizesse.

3.3. COBRANÇA PELO LANÇAMENTO DE POLUENTES EM MEIO HÍDRICO

Na versão do mecanismo de cobrança apresentado previamente à realização das


Consultas Públicas (Produto 3) o modelo previa que a cobrança pelo lançamento de polu-
entes seria calculada sobre a carga orgânica lançada - medida pela Demanda Bioquímica
de Oxigênio de 5 dias a 20 graus centígrados - multiplicada por um preço público unitário.
Durante a realização das Consultas Públicas foi aventada a inclusão de outros pa-
râmetros além da DBO, alegando-se que a carga orgânica não é o único problema quali-
tativo pelo qual passam os mananciais do Estado de Pernambuco, especialmente os su-
perficiais. Além de que, a cobrança única e exclusivamente pela DBO, beneficia setores
específicos cujos efluentes não se caracterizam por apresentar matéria orgânica na sua
constituição, mas sim se caracterizam por apresentar em sua composição outros consti-
tuintes poluidores, tais como nutrientes, metais, material particulado e outros.
Atendendo a esta demanda foi realizada uma reformulação do mecanismo, intro-
duzindo o conceito da vazão de diluição para fins de cobrança pela poluição. Isto permiti-
rá não somente a cobrança por outros tipos de poluentes, como também o alinhamento
entre os instrumentos de outorga, Enquadramento e Cobrança pelo uso da água. Neste
momento, porém, não existem informações sobre os lançamentos de poluentes, podendo,
porém, por meios indiretos se estimar a carga de DBO. Quando forem disponibilizadas

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informações sobre outras cargas de poluentes, será possível inseri-las no sistema, man-
tendo-se um único valor de Preço Público Unitário, como será verificado na formulação.
Conceitualmente, a vazão de diluição (Qdil) é aquela necessária para diluir a va-
zão do efluente lançado pelo usuário em meio hídrico para que a concentração resultante
se mantenha no limite do valor da classe de qualidade – de acordo com a Resolução CO-
NAMA 357/2005 - em que o trecho de rio foi enquadrado. Sendo C lim esta concentração
limite, Qef a vazão do efluente com Cef sendo a concentração de dado poluente, Qdil a va-
zão de diluição que se deseja calcular e Cnat a concentração natural do poluente no corpo
hídrico receptor, vale a equação:

Quadro 3.25 – Formulação matemática da concentração limite.


(𝑸𝒆𝒇 ×𝑪𝒆𝒇 +𝑸𝒅𝒊𝒍 ×𝑪𝒏𝒂𝒕)
𝑪𝒍𝒊𝒎 = (8)
(𝑸𝒆𝒇 +𝑸𝒅𝒊𝒍 )

𝑪𝒍𝒊𝒎 Concentração limite do valor da classe de qualidade;


𝑸𝒆𝒇 Vazão do efluente;
𝑪𝒆𝒇 Concentração de dado poluente;

𝑸𝒅𝒊𝒍 Vazão de diluição;

𝑪𝒏𝒂𝒕 Concentração natural do poluente no corpo hídrico receptor.

O valor de Qdil pode ser calculado explicitando esta variável da equação (8) resultando:

Quadro 3.26 – Formulação matemática para o cálculo da vazão de diluição.


(𝑪𝒆𝒇 −𝑪𝒍𝒊𝒎 )
𝑸𝒅𝒊𝒍 = 𝑸𝒆𝒇 × (9)
(𝑪𝒍𝒊𝒎 −𝑪𝒏𝒂𝒕 )

𝑪𝒍𝒊𝒎 Concentração limite do valor da classe de qualidade;


𝑸𝒆𝒇 Vazão do efluente;
𝑪𝒆𝒇 Concentração de dado poluente;

𝑸𝒅𝒊𝒍 Vazão de diluição;

𝑪𝒏𝒂𝒕 Concentração natural do poluente no corpo hídrico receptor.

Este conceito de vazão de diluição permite transformar em vazão qualquer lan-


çamento de poluente em meio hídrico; adicionalmente, a mesma vazão que dilui um po-
luente pode ser usada para diluir os demais. Desta forma, a vazão de diluição efetivamen-
te usada pelo usuário em seu lançamento de vários poluentes é aquela maior entre as
diversas vazões calculadas para cada poluente.

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De acordo com o mecanismo proposto, o SACUAPE foi revisado para considerar
até 4 poluentes, que podem ser livremente selecionados pelo usuário, bastando inserir os
valores de concentração natural no corpo hídrico receptor e das classes da Resolução
CONAMA 357/2005.

Na versão atual correspondente à metodologia consolidada, o SACUAPE considera os po-


luentes:

• Carga Orgânica medida pela Demanda Bioquímica de Oxigênio;


• Fósforo Total;
• Nitrato;
• Sólidos Dissolvidos Totais.

Os valores respectivos de concentração natural em corpos de água (estimativas)


e das concentrações limites nas classes de qualidade da Resolução CONAMA 357/2005
são apresentados no Quadro 3.27.

Quadro 3.27 – Limites de concentração, naturais e da Resolução CONAMA


357/2005
Classes qualidade de água Natural 1 2 3 4

DBO (mg/l) 0,5 3 5 10 100


Fósforo total (mg/l) 0,005 0,02 0,03 0,05 0,1
Nitrato (mg/l) 5 10 10 10 20
Carga de SDT (mg/l) 50 500 500 500 1000

A equação para cobrança pelo lançamento de poluentes é apresentada no Quadro 3.28.

Quadro 3.28 – Equação da cobrança pelo lançamento de poluentes


$𝒍𝒂𝒏ç = 𝐦𝐚𝐱{𝑸𝒅𝒊𝒍,𝒊} ∗ 𝑷𝑷𝑼𝒍𝒂𝒏ç (10)
𝟎≤𝐢≤𝟒
$𝒍𝒂𝒏ç Valor anual a ser cobrado pelo lançamento de poluentes nos corpos hídricos (R$);
Volume anual correspondente à vazão de diluição calculada pela equação correspon-
𝑸𝒅𝒊𝒍,𝒊
dente, para cada poluente i, i=1,...4, (m3);
𝐦𝐚𝐱 Operador maximização, que seleciona o maior valor entre as vazões de diluição con-
𝟎≤𝐢≤𝟒 siderando as 4 alternativas previstas;
𝑷𝑷𝑼𝒍𝒂𝒏ç Preço Público Unitário para a vazão de diluição (R$/m3).

Embora o SACUAPE preveja a utilização de até 4 poluentes, sabe-se que a outor-


ga por lançamento de poluentes ainda está em fase de estudos e sua implementação de-
penderá de uma maior regulação sobre os corpos de água, uma vez que a emissão de

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outorgas pelo lançamento prescindirá de um balanço hídrico quali-quantitativo, no sentido
de se avaliar a disponibilidade da vazão de diluição a cada trecho.
Nas projeções de arrecadação realizadas com o SACUAPE, apenas foram conside-
rados os lançamentos de DBO, estimados tendo por base o valor captado e a adoção de
coeficientes técnicos informados na literatura. Isto pois existem experiências brasileiras
que permitem uma estimativa sem grande precisão, mas respaldada nas informações
das bacias onde se cobra pelos lançamentos deste poluente.
Para se estimar a carga de lançamento de DBO tendo por referência os volumes
de água captados propõe-se os valores do Quadro 3.29. Dois coeficientes são apresen-
tados. O primeiro estima a DBO total gerada por unidade de volume de água captado.
Esta é a DBO bruta que será depurada ao longo do percurso até atingir os corpos de
água. O segundo coeficiente estima a DBO remanescente, após depuração. Nestes casos
se supõe que não ocorra coleta e tratamento de esgotos, no caso do abastecimento pú-
blico, e que nas demais categorias de uso se apliquem as medidas usuais de tratamento.

Quadro 3.29 – Coeficientes técnicos para estimativa de cargas de DBO como


função dos volumes de captação
DBO gerada DBO afluente
Categoria de uso de água
(kg/m3 Captação) (kg/kg DBO Gerada)
Abastecimento humano urbano 0,1725 48%
Abastecimento humano rural - -
Aquicultura 0,05 100%
Dessedentação animal 1,9478 5%
Indústria 0,12 50%
Irrigação - -
Mineração 0,0005 5%
Outros 0,5 50%
Fontes: ANA (2014) UGRH PARANAPANEMA - Avaliação do quadro atual dos usos da água de das demandas
hídricas associadas.

Plano de Recursos Hídricos da bacia do rio Paranaíba, http://cbhparanaiba.org.br/prh-paranaiba

Quando houver tratamento de esgotos domésticos, as estimativas serão altera-


das, como adiante será detalhado.
Para a indústria a referência foi a bacia do rio São Francisco; o valor considerado
é a mediana dos valores de lançamento de cargas orgânicas das indústrias ali estabeleci-
das, já considerado tratamentos de efluentes. A Figura 3.13 ilustra a distribuição de
probabilidades da relação carga de DBO e vazão captada em kg/m3. A carga 0,06 kg/m3
tem 50% de probabilidade de não-excedência, justificando a sua adoção, considerando
que a depuração natural reduz em 50% a carga remanescente lançada em meio hídrico.

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100%
Probabilidade de não-excedência: P[x<X]
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
0,00
0,02
0,03
0,05
0,06
0,08
0,09
0,11
0,12
0,14
0,15
0,17
0,18
0,20
0,21
0,23
0,24
0,26
0,27
0,29
0,30
0,32
0,33
Relação entre Carga de DBO e vazão captada (kg/m3)
Figura 3.13 – Distribuição de probabilidades da relação entre carga de DBO e
vazão captada (kg/m3) na bacia do rio São Francisco.

Com base nestes valores, os coeficientes para estimar as cargas de DBO referen-
tes aos volumes captados nas categorias outorgadas no estado de Pernambuco são apre-
sentados no Quadro 3.30. Nos casos em que ocorre tratamento de esgotos as cargas
remanescentes serão menores. Para estimá-las conta-se com as informações do Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, que apresenta para cada prestadora
de serviços de água e esgotos os índices de coleta de esgotos e de tratamento de esgo-
tos.
No SACUAPE os coeficientes do Quadro 3.30 são aplicados na parcela de esgo-
tos não tratada (mesmo que coletada). Na parcela coletada e tratada são aplicados os
índices de coleta e tratamento informados no SNIS, supondo uma eficiência de remoção
de DBO a ser informada. Por omissão, esta eficiência é considerada 80%, equivalente ao
tratamento secundário.

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Quadro 3.30 – Coeficientes técnicos para estimativa de volumes consumidos de
água como percentagem dos volumes de captação para as categorias de outor-
ga no estado de Pernambuco
DBO gerada DBO afluente
Categoria de usos outorgados em Grande
(kg/m3 Cap- (kg/kg DBO
Pernambuco categoria
tação) Gerada)
Abastecimento Público 0,17 48%
Abastecimento Residencial Particular 0,17 48%
Estabelecimento Comercial 0,17 48%
Escritório 0,17 48%
Escola 0,17 48%
Abastecimento
Restaurante 0,17 48%
humano urbano
Hotel 0,17 48%
Hospital 0,17 48%
Posto de Combustível 0,17 48%
Outros 0,17 48%
Sem definição 0,17 48%
Indústria 0,12 50%
Indústria
Pesquisa 0,12 50%
Irrigação - 0% Irrigação
Dessedentação
Pecuária 1,95 5%
de animais
Piscicultura 0,05 100%
Aquicultura
Carcinicultura 0,05 100%
Geração de Energia Elétrica - 0%
Empresa de Comercialização de Água - 0%
Arbitrado
Terraplenagem - 0%
Lavanderia - 0%

3.4. EXTENSÃO DA APLICABILIDADE DO MECANISMO DE COBRANÇA


PELO LANÇAMENTO PARA O CASO DE AQUICULTURA EM RESERVA-
TÓRIOS

Após as Consultas Públicas foi solicitada pela APAC a melhoria da cobrança nesta
situação de uso. O mecanismo anterior cobrava pela vazão outorgada que, porém, refe-
ria-se a uma estimativa que não representava a derivação de água do meio, mas um uso
local. Optou-se por aplicar o conceito de vazão de diluição para o caso da criação de pei-
xes em tanques-rede em reservatórios, a partir da cobrança pelo lançamento de fósforo
(P).

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Será mostrado adiante, que independente da metodologia adotada pelo órgão
gestor para análise da capacidade de suporte e outorga da carga máxima, ou incremento
máximo admissível da concentração de fósforo (P), o conceito de vazão de diluição aqui
apresentado poderá ser aplicado sem grandes complicações.
Quem define a concentração limite da classe é a Resolução CONAMA 357/2005,
que para a classe 2 é de 0,03 mg/L em ambientes Lênticos. Se o comprometimento da
capacidade de suporte de um reservatório está próximo a 100%, significa que todo o seu
volume está sendo utilizado para diluir a carga no limiar da sua capacidade de suporte.
Isto independentemente se o método de cálculo da diluição considerar a simples propor-
ção, ou outras variáveis, tais como o modelo de Beveridge (1987), que considera a taxa
de renovação de água, profundidade média do reservatório e fração de fósforo retida no
sedimento.
Não sendo informado pelo usuário a quantidade fósforo perdida para o ambiente
(Pamb), a mesma pode ser estimada a partir de informações indiretas, tais como: produti-
vidade do projeto; quantidade de ração utilizada por dia; percentual de fósforo na ração e
taxa de conversão alimentar, podendo ser utilizadas as taxas apresentadas no Quadro
3.31 e Quadro 3.32.

Quadro 3.31 - Estimativa das perdas de fósforo para o ambiente em cultivo in-
tensivo em gaiolas, sob diferentes taxas de conversão aparente (TCA)
Conteúdo de P na ração 1,3%
01 tonelada de ração contém 13,0 kg de P
TCA= 2,0:1 P na ração = 26,0 kg

TCA= 2,5:1 P na ração = 32,5 kg

TCA= 3,0:1 P na ração = 39,0 kg

TCA= 3,5:1 P na ração = 45,5 kg


Taxa de Conversão Alimentar Perdas de P para o Ambiente
TCA= 2,0:1 26,0 – 3,4 = 22,6 kg/ton peixe produzido

TCA= 2,5:1 32,5 – 3,4 = 29,1 kg/ton peixe produzido

TCA= 3,0:1 39,0 – 3,4 = 35,6 kg/ton peixe produzido

TCA= 3,5:1 45,5 – 3,4 = 42,1 kg/ton peixe produzido


* Conteúdo de P na tilápia = 0,34% do peso vivo = 3,4 kg/ton de peixe.
Fonte: Modificado de Beveridge (1991).

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Quadro 3.32 - Composição em proteína bruta e fósforo e estimativas da quan-
tidade de fósforo (P) oferecidos em rações e lançados no meio durante a pro-
dução de 1.000 kg de tilápia em gaiolas, com base em cinco rações comerciais
usadas no Brasil
Aplicados Potencial
Proteína Lançado no Retido no
Ração P (%) via ração poluente
bruta (%) meio (kg) peixe (%)
(kg) relativo
1 32,4 0,95 13 9 30,1 100
2 27,7 0,85 14 10 29,4 103
3 34,8 1,17 22 18 18,0 196
4 31,0 1,00 23 19 17,4 204
5 36,0 1,54 39 35 10,4 371
Fonte: Modificado de KUBITZA, 1999

O volume de diluição Qdil para o caso de piscicultura em tanques rede pode ser calculado
de forma simplificada através da equação (11) utilizando-se os coeficientes técnicos apre-
sentados nos Quadro 3.31 e Quadro 3.32.

Quadro 3.33 - Cálculo simplificado do volume de diluição para o caso da carga


de fósforo lançada em corpos lênticos.
𝑷𝒂𝒎𝒃
𝑸𝒅𝒊𝒍 = (11)
𝑪𝒍𝒊𝒎

𝑸𝒅𝒊𝒍 Volume necessário para a diluição da carga de fósforo lançada;


Carga de fósforo efetivamente lançada no ambiente, calculada como
𝑷𝒂𝒎𝒃
sendo a carga existente na ração e não absorvida pelo peixe;
𝑪𝒍𝒊𝒎 Concentração limite do corpo d’água em ambiente lêntico.

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3.5. COBRANÇA PELA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Não obstante alguns comitês de bacia tenham deliberado sobre mecanismos de


cobrança sobre uso da água para geração de energia elétrica a partir de Pequenas Cen-
trais Hidrelétricas (PCHs), sua efetiva implementação tem esbarrado na interpretação ju-
rídica sobre sua legalidade. A Cobrança pelo Uso de Água para fins de geração de energia
elétrica se diferencia da cobrança a que estão submetidos os demais usuários. Seu valor é
estabelecido pelo art. 28 da Lei nº 9.984/2000, que alterou o art. 17 da Lei 9.648/98 que,
por sua vez, revogou e substituiu o art. 2º. da Lei 7.990/89, no que se refere ao cálculo
da compensação financeira pelo resultado da exploração de recursos hídricos para fins de
geração de energia elétrica.
Por estas normas legais, a compensação financeira pela utilização de recursos
hídricos para fins de geração de energia elétrica “será de seis inteiros e setenta e cinco
centésimos por cento sobre o valor da energia elétrica produzida, a ser paga por titular de
concessão ou autorização para exploração de potencial hidráulico aos Estados, ao Distrito
Federal e aos Municípios em cujos territórios se localizarem instalações destinadas à pro-
dução de energia elétrica, ou que tenham áreas invadidas por águas dos respectivos re-
servatórios, e a órgãos da administração direta da União”. Deste montante, de acordo
com o § 1o: I – seis por cento do valor da energia produzida serão distribuídos entre os
Estados, Municípios e órgãos da administração direta da União; II – setenta e cinco cen-
tésimos por cento do valor da energia produzida serão destinados ao Ministério do Meio
Ambiente, para aplicação na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e
do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. No § 2o deste artigo 17 se
especificou: “a parcela a que se refere o inciso II do § 1o constitui pagamento pelo uso de
recursos hídricos ....".
Mais recentemente, a Lei nº 13.360/2016 aumentou para 7% o valor desta com-
pensação, mantendo, porém, o repasse de 0,75% para a aplicação na implementação da
Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recur-
sos Hídricos por parte do MMA.
Em virtude de ter sido reconhecida esta compensação como pagamento pelo uso
de recursos hídricos entende-se que as hidrelétricas já pagam pelo uso de água bruta.
Porém, as Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH (até 1 MW de potência instalada) e as
Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH (de 1 a 30 MW de potência instalada) não pagam
esta compensação financeira de acordo com o art. 4º. da Lei 7.990/89, que isentou do

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pagamento de compensação financeira a energia elétrica produzida pelas instalações ge-
radoras com capacidade nominal igual ou inferior a 10.000 kW (dez mil quilowatts).
Em virtude disto, existem intenções de se cobrar pelo uso da água bruta das
PCHs e CGHs, embora exista discussão se a isenção prevista no art. 4º. da Lei 7.990/89
se estenda à cobrança pelo uso de água bruta.
Para uma avaliação do cenário atual e futuro da geração de energia a partir de
PCHs no estado de Pernambuco, fez-se uma consulta a ANEEL onde foram identificados
três inventários ativos:

1. Despacho no. 3.203, 15 de outubro de 2012, aprovando os estudos de inventário


do rio Amarji, com um potencial de 8,5 MW;
2. Despacho no. 452, 03 de fevereiro de 2009, aprovando os estudos de inventário
do rio Jacuípe, com um potencial de 4,5 MW; e
3. Despacho no 227, 22 de março de 2004, aprovando os estudos de inventário do
rio Sirinhahém.

O total de aproveitamentos previstos nos inventários acima, somam 14 unidades


geradoras (PCHs) das quais apenas 4 se encontram em operação, conforme Figura 3.14
e Quadro 3.35, todas elas localizadas no rio Sirinhahém.
Dentre as 4 PCHs em operação, apenas 2 (duas) delas se encontram com suas
respectivas outorgas válidas, sendo seus respectivos processos 762-S/03 e 1047-S/06,
conforme o Quadro 3.34 extraído do Banco de Outorgas da APAC.
Dentre os demais processos de outorga classificadas como válidas ou em análise
no Banco de Outorgas da APAC (Quadro 3.34) dois foram identificados como geração
térmica (UTEs) a partir do confronto com a relação de unidades termelétrica apresentadas
no banco de dados de geração da ANEEL, Quadro 3.36, que indica a existência de 10
UTES em operação.
Sendo assim, do total de 8 outorgas válidas, para geração de energia existentes
no Banco de Dados da APAC, 2 (duas) foram identificadas como PCHs e 2 (duas) como
UTEs. Aquelas não identificadas por exclusão, devem se tratar de microgeração (CGH) ou
de geração térmica ainda em fase de projeto, uma vez que todos os aproveitamentos
relativos a PCHs foram identificados nos respectivos inventários.

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Figura 3.14 – Localização das PCHs pertencentes aos inventários dos rios Amaraji, Jacuípe e Sirinhahém.
Fonte: (modificado de ANEEL, 2017)

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Quadro 3.34 – Processos com outorgas válidas, ou em análise no banco de dados da APAC
Código do Vencimento da Vazão Outorgada
Requerente Situação Tipo de Outorga
Processo APAC Outorga (m3/dia)

Zihuatanejo do Brasil Açú-


424-S/01 OUTORGADO 20/07/2025 Captação 1.750.000,00
car e Álcool Ltda.
COMPANHIA INDUSTRIAL
431-S/01 OUTORGADO 25/02/2023 Obra 346.896,00
PIRAPAMA
Central Energética União
545-S/02 EM ANÁLISE N/A Captação 84.000,00
Ltda.
BRENNAND ENERGIA
762-S/03 OUTORGADO 15/01/2046 Obra 4.199.040,00
LTDA.

1047-S/06 Usina Trapiche S/A OUTORGADO 12/09/2018 Captação 0

Vale Verde Empreendimen-


1051-S/06 OUTORGADO 25/05/2016 Captação 11.059,20
tos Agrícolas Ltda.
Hidroelétrica Barra do
1183-S/06 OUTORGADO 10/04/2017 Captação 604.800,00
D'ouro Ltda
MERCANTIL ENERGIA
2735-S/16 OUTORGADO N/A Captação 0
LTDA

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Quadro 3.35 – Informações sobre eixos de PCHs em inventários ativos, segundo ANEEL (2017)

Potência Área drenagem Altura


Nome Rio Estágio Proprietário
(KW) (km²) bruta (m)

Cachoeira do Urubu Ipojuca 9.000,0 - - DRI Usina União e Indústria S.A.

Cortês I Rio Sirinhaém 1.400,0 595,0 17,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.

Amarají Rio Amaraji 8.500,0 171,0 143,4 Eixo Inventariado

Cachoeira da Prata Rio Sirinhaém 1.050,0 395,0 21,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.

Pedra Furada Rio Sirinhaém 6.500,0 694,0 57,0 Operação Pedra Furada Energia S.A.

Ilha das Flores Rio Sirinhaém 8.000,0 637,0 81,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.

Primavera Rio Ipojuca 4.270,0 2.989,0 120,0 Eixo Inventariado Gamma Energia S.A.

Gindaí Rio Sirinhaém 4.500,0 320,0 18,7 Operação Usina Trapiche S/A

Pau Sangue Rio Sirinhaém 1.224,0 1.204,0 12,4 Operação Mercantil Energia Ltda

Cachoeira da Onça Rio Sirinhaém 3.470,0 - 58,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.

Cortês II Rio Sirinhaém 4.700,0 591,0 55,5 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.

Cachoeira Alegre Rio Sirinhaém 1.600,0 738,0 14,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.

Cortês III Rio Sirinhaém 1.900,0 576,0 23,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.

Manopla Rio Sirinhaém 5.751,0 1.448,0 13,6 Operação Brennand Energia Manopla S.A.

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Quadro 3.36 – Geração de Energia a partir de usinas termoelétricas (geração ANEEL, 2017)
Garantia
Física /
Potência Destino
Data Energia As-
CEG Usina Classificação Outorgada da Proprietário Município
Operação segurada
(kW) Energia
(MW mé-
dios)
100% para Zihuata-
UTE.AI.PE.028558- Rio Formoso -
Cucaú - UTE 12.600,0 0,3 PIE nejo do Brasil Açú-
7.01 PE
car e Álcool Ltda
UTE.AI.PE.028707- 100% para Usina
Ipojuca 01/08/1987 UTE 11.200,0 0,6 PIE Ipojuca - PE
5.01 Ipojuca S.A
UTE.AI.PE.029113- 100% para Usina
São José 01/08/1976 UTE 25.520,0 1,3 PIE Igarassu - PE
7.01 São José S.A
100% para Pirapa- Vitória de
UTE.AI.PE.029715-
Pirapama 20/11/2008 UTE 25.000,0 6,7 PIE ma Bioenergia Santo Antão -
1.01
Ltda. PE
UTE.PE.PE.029719- 100% para Energé- Cabo de Santo
Suape II 24/01/2013 UTE 381.255,0 269,1 PIE
4.01 tica Suape II S.A. Agostinho - PE
100% para Termelé-
UTE.PE.PE.030120-
Pernambuco III 05/12/2013 UTE 200.790,0 109,2 PIE trica Pernambuco III Igarassu - PE
5.01
S.A
100% para Ter-
UTE.GN.PE.028031-
Termopernambuco 15/05/2004 UTE 532.756,0 504,1 PIE mopernambuco Ipojuca - PE
3.01
S.A
UTE.GN.PE.028326- 100% para Termo- Cabo de Santo
Termocabo 19/09/2002 UTE 49.725,0 71,9 PIE
6.01 cabo S.A. Agostinho - PE
100% para Compa-
Vitória de
UTE.AI.PE.028392- nhia Alcoolquímica
JB 09/05/2006 UTE 33.200,0 18,8 PIE Santo Antão -
4.01 Nacional - Alco-
PE
olquímica
100% para Termo
UTE.AI.PE.028539- Lagoa do Ita-
Itaenga 31/01/2007 UTE 47.000,0 4,6 PIE Elétrica Itaenga
0.01 enga - PE
Ltda

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 87
Um outro ponto que merece atenção, são os elevados valores das vazões ou-
torgadas apresentadas no Quadro 3.34. Análises complementares evidenciam que
tais valores podem estar associados a uma vazão associada a uma baixa garantia ou a
algum processo de recirculação interna na unidade de geração, sendo também é pos-
sível que o volume tenha sido outorgado para a potência outorgada e não para a capa-
cidade instalada.
No Quadro 3.36, para os casos das UTEs movidas a partir de biomassa, a
garantia física/assegurada é bastante reduzida quando comparada ao Potencial Outor-
gado, enquanto que nas UTEs movidas à gás natural, esse fator é bem elevado.
As questões acima são entretanto, especulações com base em evidências téc-
nicas, que embora sejam sólidas, somente podem ser elucidadas a partir do conheci-
mento do projeto destas unidades geradoras e dos aspectos relacionados à sua regula-
ção. Entretanto as vazões outorgadas, apresentadas no Quadro 3.34, supostamente
devem ser associadas a baixíssimas permanências, embora não conste explicitamente
no banco de dados de outorga. Pois somente para o funcionamento da UTE Zihuatane-
jo do Brasil Açúcar e Álcool Ltda. (1.750.000 m3/dia ou 20,3 m3/s) seria necessária a
vazão Q50 do rio Uma - 22,5 m3/s, por exemplo.
A análise acima mostra que o uso de água para geração de energia a partir de
UTEs guarda mais semelhanças com o processo da água na indústria, uma vez que na
primeira a água entra no processo para ser aquecida, transformada em vapor que im-
pulsiona as turbinas, podendo haver nesse processo uma recirculação deste vapor, ou
liberação do mesmo para o ambiente.
Já na geração de energia a partir de PCHs o processo é não consuntivo, fa-
zendo-se uso do excedente não-comprometido a montante, que é turbinado até o limi-
te da capacidade da potência instalada na unidade geradora. Sendo assim, para o caso
das UTEs propõe-se o mecanismo do Quadro 3.37.

Quadro 3.37 – Coeficiente eficiência da utilização da água na geração a par-


tir de usinas termelétricas (UTEs)
𝑲𝒆𝒇 = 𝑲𝒑 ∗ 𝑭𝒌 (12)
𝑲𝒆𝒇 Coeficiente que avalia a eficiência da indústria na utilização de água
𝑲𝒑 Coeficiente associado à permanência da vazão outorgada
Coeficiente do fator de capacidade de geração, representado pela razão entre a
𝑭𝒌
Garantia Física/Energia Assegurada (MW) e o Potencial Outorgado (MW)

Para o caso das PCHs, face às peculiaridades já discutidas, recomenda-se a


manutenção do mecanismo que se baseia na quantidade de energia gerada.

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Quadro 3.38 – Coeficiente eficiência da utilização da água na geração a par-
tir de PCHs
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓𝑷𝑪𝑯 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟕𝟓 × 𝑮𝑯 × 𝑻𝑨𝑹 (13)

Valor anual de cobrança pela geração de energia elétrica por meio de PCH, em
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓𝑷𝑪𝑯
R$/ano.
Total anual de energia efetivamente gerada na PCH, informado pela Concessioná-
𝑮𝑯
ria, em MWh
Valor da Tarifa Atualizada de Referência, definida anualmente pela Agência Nacio-
𝑻𝑨𝑹
nal de Energia Elétrica – ANEEL, em R$/MWh

3.6. PREÇOS PÚBLICOS UNITÁRIOS ANALISADOS

Para subsidiar os decisores com relação a preços a serem cobrados pelo uso
de água foram realizadas três simulações, com as respectivas avaliações de potencial
de arrecadação e de impacto sobre os usuários.
Um conjunto inicial de preços públicos unitários (PPU) foi utilizado: o valor do
PPU para a captação superficial é aquele aplicado na bacia do rio Doce, que adota me-
canismo que também cobra pela captação e pelo lançamento de efluentes apenas, sem
cobrança pelo consumo de água: R$ 0,036/m3 outorgado. Diante da expectativa da
APAC e da Câmera Técnica de Águas Subterrâneas do Conselho Estadual de Recursos
Hídricos, e de posicionamentos ao longo das Consultas Públicas, relacionado à prote-
ção das águas subterrâneas, decidiu-se elevar seu PPU em relação ao da água superfi-
cial: R$ 0,050/m3 outorgado. Este valor, em conjunto com os Kcap,sub, estabelecerá si-
nalizações aos usuários sobre a necessidade de racionalização de seu uso. O PPU da
vazão de diluição foi aquele aprovado para a bacia do rio São Francisco: R$ 0,0012/m3
de vazão calculada de diluição. Eles são apresentados no Quadro 3.39.
Com base nesta referência, os valores dos PPUs foram incrementados na
mesma proporção até que se atingissem o que foi julgado ser um limite de impacto no
uso setorial de água que se mostrou mais sensível aos impactos da cobrança: a irriga-
ção. Utilizou-se com referência de impacto a irrigação pelo método de aspersão. De
acordo com o Quadro 3.17, estão na mesma classe de valores os métodos de asper-
são com pivô central, deslocamento linear, sistema de malhas, autopropelido e con-
vencional. Considerou-se também que se trate de cultivo anual, convencional e sem
práticas conservacionistas. E que o manejo da irrigação não seria auxiliado por monito-
ramento hidrometeorológico (ou que não existissem informações sobre ele). Finalmen-
te, que o ano do exercício anterior é classificado como normal, para efeito do coefici-
ente meteorológico – Kmeteo. Nestas condições de referência, que se julga ser a mais

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usual, entende-se que o impacto da cobrança não deveria estar muito superior a 5%
dos Custos Operacionais Totais de cultivo.
Por tentativas chegou-se a valores de PPU que seriam o dobro daqueles refe-
renciais. Finalmente, para se ter um conjunto intermediário, foram também considera-
dos os PPU que fosse 1,5 vezes os PPU referenciais. O Quadro 3.30 apresenta os
valores que foram considerados nas simulações.

Quadro 3.39 – Preços Públicos Unitários Propostos (R$)


Tipo de uso Un. PPURef PPURefX1,5 PPURefX2

Captação Superficial m3 R$ 0,0361 R$ 0,054 R$ 0,072


água Subterrânea m3 R$ 0,0502 R$ 0,075 R$ 0,100
3 3
Vazão diluição m R$ 0,0012 R$ 0,0018 R$ 0,0024
Notas: 1Valor adotado para cobrança da captação superficial na bacia interfederativa do rio Do-
ce;
2Valor adotado para onerar o uso das águas subterrâneas acima do ônus das superficiais;
3
Valor adotado na bacia interfederativa do São Francisco para a cobrança da vazão de diluição.

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4. ANÁLISE DE VIABILIDADE FINANCEIRA, TÉCNICA E ECONÔMICA
DOS MECANISMOS E PREÇOS PROPOSTOS

O mecanismo de cobrança pelo uso de água proposto para o estado de Per-


nambuco será analisado quanto às viabilidades de sus implementação, considerando:

1. Viabilidade financeira ampla: avalia a capacidade de gerar recursos financeiros


para aplicação na gestão de recursos hídricos de Pernambuco
2. Viabilidade financeira restrita: avalia a capacidade de gerar recursos financei-
ros para aplicação no custeio da APAC, e para a operação e a manutenção
dda infraestrutura hidráulica de Pernambuco;
3. Viabilidade técnica: obtenção de informações necessárias para aplicação do
mecanismo de cobrança proposto;
4. Viabilidade econômica: impactos nos usuários de recursos hídricos.

4.1. VIABILIDADE FINANCEIRA AMPLA: AVALIAÇÃO DA ARRECADA-


ÇÃO E SUA DISTRIBUIÇÃO

Para fins de estimativa da arrecadação foram considerados os usos outorga-


dos pela APAC, e com outorgas vigentes a partir de 22 de outubro de 2017, tal como
foram informadas nos arquivos OutorgaSuperficial_1465817951.xlsx disponibilizado em
13 de junho de 2016 e OutorgaSubterranea_1466077826.xlsx disponibilizado em 16 de
junho de 2016. Também, atendendo a orientações da APAC, foram usadas as outorgas
emitidas pela Agência Nacional e Águas – ANA, em águas de domínio da União no ter-
ritório do Estado de Pernambuco, de acordo com a pesquisa realizada na página-web
desta agência em outubro de 2017. Nas simulações de arrecadação realizadas pelo
Consórico, não foram consideradas as cobranças pelo uso de água na carcinicultura e
piscicultura, em virtude da inexistência dos parâmetros necessários para realização dos
cálculos no banco de dados da APAC. Para o caso da geração de energia a partir de
pequenas centrais hidrelétricas – PCHs e da geração térmica - UTEs, foi realizada uma
simulação a partir dos dados da ANEEL, sendo estas simulações apresentadas à parte,
no capítulo referente à análise dos impactos.

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4.2. SIMULAÇÃO DE REFERÊNCIA: PPUREF

Esta simulação adota as seguintes características:

1) Ano do exercício anterior é classificado como normal, para efeito do coeficien-


te meteorológico – Kmeteo;
2) não existem práticas hidroeficientes no Abastecimento Público, o que resulta
que o coeficiente de eficiência é maior que a unidade, calculado tendo por ba-
se as informações dos sistemas de abastecimento ao Sistema Nacional de In-
formações sobre Recursos Hídricos - SNIS;
3) não existem práticas hidroeficientes na Indústria, o que resulta que o coefici-
ente de eficiência é unitário;
4) irrigação por aspersão convencional, determinando que o coeficiente Kmétodo
seja igual a 0,30;
5) não se faz uso de práticas conservacionistas de solo e admite-se que todas as
culturas são plantadas em regime anual, resultando que o coeficiente K msolo
seja igual à unidade;
6) não existe manejo da lâmina de irrigação aplicada, resultando que o coeficien-
te Kmirrig seja igual à unidade; finalmente,
7) o manejo da pecuária é intensivo, com confinamento, determinando que seja
cobrada a parcela de lançamento de poluentes deste uso.

Para esta simulação os PPUs de captação são iguais a R$ 0,05 e R$ 0,036 pa-
ra águas subterrâneas e superficiais, respectivamente, e R$ 0,0012 para uso das va-
zões de diluição, de acordo com o Quadro 3.39. Os resultados em termos de arreca-
dação potencial, sem inadimplência, estão resumidos no Quadro 4.1, sendo que as
arrecadações derivadas das águas outorgadas pela Agência Nacional de Águas estão
no Quadro 4.2. Estas correspondem a 25,9% do total arrecadado.

Quadro 4.1 – Arrecadações totais estimadas derivadas da cobrança pelo uso


de água outorgados pela APAC e pela ANA, adotando o PPURef.
Cobrança águas superficiais Cobrança águas subterrâneas Total

R$ 22.217.161 R$ 4.540.051
Cobrança captações Cobrança lançamentos R$ 26.757.213
R$ 19.774.387 R$ 6.982.826

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Quadro 4.2 – Arrecadações derivadas das outorgas emitidas exclusivamente
pela ANA, adotando o PPURef
Cobrança águas superficiais Cobrança águas subterrâneas Total
R$ 6.953.723 -
Cobrança captações Cobrança lançamentos R$ 6.953.723
R$ 4.814.342 R$ 2.139.381

Na linha superior estão as arrecadações potenciais da cobrança originadas no


uso de águas superficiais e de águas subterrâneas, considerando os valores captados e
os lançamentos. Para estimar os lançamentos os coeficientes técnicos do Quadro
3.29 foram aplicados, vinculando estes lançamentos aos valores captados.
Na linha inferior são apresentadas as arrecadações potenciais derivadas das
captações (de águas superficiais e de águas subterrâneas) e as derivadas dos lança-
mentos. A soma das parcelas constantes nas linhas superior e inferior é idêntica, igual
à arrecadação potencial total.
No Quadro 4.3 são apresentados os totais de arrecadação potencial e o cus-
to unitário de água por Unidade de Planejamento Hídrico – UP. Por ele se verifica que
o custo médio de água em Pernambuco será de R$ 0,043/m3 ou um pouco mais de
quatro centavos por metro cúbico de água. As UPs cujo preço médio é maior são aque-
las em que os usos das águas subterrâneas, mais onerosos, são mais intensos, ou na-
quelas, como a UP Ipanema, em que não existe outorga de irrigação, cuja cobrança é
desonerada pelo mecanismo, e os usos se resumem ao abastecimento público. A Figu-
ra 4.1 ilustra a distribuição dos faturamentos entre as UPs, mostrando a preponderân-
cia da Capibaribe, GL1 e Ipojuca. As UPs GI4 a GI8 não tem outorgas de uso de água
e por isto nada lhes é cobrado.

Quadro 4.3 – Arrecadação, em Reais, por Unidade de Planejamento Hídrico


na simulação adotando o PPURef.
Águas Custo
médio
UP Nome
da água
Superficiais Subterrâneas Total
(R$/m3)
UP1 Goiana R$2.395.135 R$65.006 R$2.460.141 R$0,04
UP2 Capibaribe R$7.749.669 R$1.287.129 R$9.036.798 R$0,05
UP3 Ipojuca R$3.405.712 R$38.347 R$3.444.060 R$0,07
UP4 Sirinhaem R$1.275.582 R$8.919 R$1.284.502 R$0,05
UP5 Una R$2.707.655 R$11.082 R$2.718.737 R$0,07
UP6 Mundau R$374.701 R$20.892 R$395.593 R$0,04
UP7 Ipanema R$73.116 R$7.345 R$80.461 R$0,07
UP8 Moxoto R$0 R$419.606 R$419.606 R$0,08

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Águas Custo
médio
UP Nome
da água
Superficiais Subterrâneas Total
(R$/m3)
UP9 Pajeu R$53.802 R$182.602 R$236.404 R$0,07
UP10 Terra Nova R$448 R$58.541 R$58.989 R$0,01
UP11 Brigida R$167.015 R$49.021 R$216.037 R$0,02
UP12 Garcas R$0 R$399 R$399 R$0,09
UP13 Pontal R$30 R$1.581 R$1.611 R$0,06
UP14 GL1 R$2.670.897 R$1.689.855 R$4.360.752 R$0,02
UP15 GL2 R$1.070.648 R$535.434 R$1.606.083 R$0,08
UP16 GL3 R$0 R$23.245 R$23.245 R$0,07
UP17 GL4 R$154.830 R$1.919 R$156.749 R$0,01
UP18 GL5 R$111.041 R$0 R$111.041 R$0,07
UP19 GL6 R$221 R$0 R$221 R$0,01
UP20 GI1 R$6.462 R$19.433 R$25.895 R$0,07
UP21 GI2 R$0 R$15.868 R$15.868 R$0,13
UP22 GI3 R$12 R$80.919 R$80.931 R$0,12
UP23 GI4 R$0 R$0 R$0 -
UP24 GI5 R$0 R$0 R$0 -
UP25 GI6 R$0 R$0 R$0 -
UP26 GI7 R$0 R$0 R$0 -
UP27 GI8 R$0 R$0 R$0 -
UP28 GI9 R$0 R$2.243 R$2.243 R$0,10
UP29 F. Noronha R$0 R$311 R$311 R$0,07
Sem defini-
R$186 R$20.354 R$20.540 R$0,05
ção
TOTAL R$22.217.161 R$4.540.051 R$26.757.213 R$0,04

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Milhões de Reais
R$ 0 R$ 2 R$ 4 R$ 6 R$ 8 R$ 10

Goiana
Capibaribe
Ipojuca
Sirinhaem
Una
Mundau
Ipanema
Moxoto
Pajeu
Terra Nova
BrIgida
Garcas
Pontal
GL1
GL2
GL3
GL4
GL5
GL6
GI1
GI2
GI3
GI4
GI5
GI6
GI7
GI8
GI9
Fernando de Noronha
Sem definição

Superficiais Subterrâneas

Figura 4.1 – Arrecadação por Unidade de Planejamento Hídrico – UP na si-


mulação adotando o PPURef.

O Quadro 4.4 distribui o total arrecadado entre as categorias de uso de água


outorgadas pela APAC, sendo estes valores ilustrados no gráfico da Figura 4.2. Apre-
senta também os custos médios por categoria de uso, sendo que a ordenação segue
estes valores. Os resultados mostram a grande preponderância do Abastecimento Pú-

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blico na arrecadação. Depois seguem a Indústria, Irrigação e Abastecimento Residen-
cial Particular.
Pelo lado do custo médio da água, uma série de categorias com menores re-
levâncias na arrecadação total lideram, devido aos aspectos locacionais e especialmen-
te por captarem água subterrânea. Destaque neste sentido para o Abastecimento Re-
sidencial Particular. No grupo de grandes arrecadadores, o Abastecimento Público e a
Indústria apresentam custos médios de água próximos, sendo apenas maiores que o
uso Terraplenagem e os usos rurais: pecuária, irrigação e irrigação de salvação.

Quadro 4.4 – Arrecadação, em Reais, por categoria de uso e por tipo de água
captada na simulação adotando o PPURef.
Águas Custo médio
Nome da água
Superficiais Subterrâneas Total (R$/m³)
Hospital R$ 0 R$ 58.864 R$ 58.864 R$ 0,129
Abast. Res. Particular R$ 266 R$ 1.009.370 R$ 1.009.636 R$ 0,126
Escritório R$ 0 R$ 8.261 R$ 8.261 R$ 0,121
Restaurante R$ 0 R$ 4.015 R$ 4.015 R$ 0,117
Estabel. Comercial R$ 564 R$ 233.855 R$ 234.419 R$ 0,115
Escola R$ 0 R$ 63.868 R$ 63.868 R$ 0,109
Posto de Combustível R$ 0 R$ 5.492 R$ 5.492 R$ 0,098
Hotel R$ 312 R$ 82.109 R$ 82.421 R$ 0,088
Lavanderia R$ 342 R$ 13.519 R$ 13.860 R$ 0,077
Emp. Comercial. Água R$ 1.084 R$ 144.540 R$ 145.624 R$ 0,073
Outros R$ 225.156 R$ 137.595 R$ 362.751 R$ 0,068
Abastecimento Público R$ 19.689.737 R$ 1.517.368 R$ 21.207.104 R$ 0,059
Indústria R$ 921.306 R$ 1.176.869 R$ 2.098.175 R$ 0,058
Terraplenagem R$ 25.078 R$ 0 R$ 25.078 R$ 0,036
Pecuária R$ 1.215 R$ 8.955 R$ 10.171 R$ 0,028
Irrigação R$ 1.209.308 R$ 75.372 R$ 1.284.680 R$ 0,015
Irrigação de salvação R$ 142.793 R$ 0 R$ 142.793 R$ 0,005
Total R$ 22.217.161 R$ 4.540.051 R$ 26.757.213 R$ 0,043

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Milhões de Reais
R$ 0 R$ 5 R$ 10 R$ 15 R$ 20 R$ 25
Abastecimento Público
Abastecimento Residencial Particular
Estabelecimento Comercial
Lavanderia
Escritório
Escola
Restaurante
Hotel
Hospital
Posto de Combustível
Irrigação
Irrigação de salvação
Pecuária
Indústria
Empresa de Comercialização de Água
Terraplenagem
Outros

Superficiais Subterrâneas

Figura 4.2 – Arrecadação por categoria de uso outorgado pela APAC na simu-
lação adotando o PPURef

A Figura 4.3 mostra a distribuição dos faturamentos entre grandes categori-


as de usos de água. Estas grandes categoriais são:

• Usos Urbanos - o Abastecimento Público, o Abastecimento Residencial Particu-


lar, as Empresas de Comercialização de Água, as Escolas, Escritórios, Estabele-
cimentos Comerciais, Hospitais, Hotéis, Lavanderias, Portos de Combustíveis e
Restaurantes;
• Usos Industriais- Indústrias;
• Irrigação;
• Usos Animais - Pecuária;
• Outros.

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USOS INDUSTRIAIS
7,8%
USOS URBANOS USOS ANIMAIS
85,3% 0,0% OUTROS
Outra 1,4%
6,8%

IRRIGAÇÃO
5,3%

Figura 4.3 – Distribuição da arrecadação entre os usuários de água na simu-


lação adotando o PPURef.

Os Usos Urbanos prevalecem com 85% da arrecadação, seguido dos Usos In-
dustriais (8%) e Irrigação (5,3%) como os maiores contribuintes. A arrecadação da
pecuária (usos animais) é insignificante.
A Figura 4.4 ilustra a distribuição da arrecadação por UP e pelas grandes ca-
tegorias de uso de água, mostrando um quadro bastante ilustrativo sobre onde a água
será cobrada Pernambuco e de que usuário.

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Cobrança pelo uso de água (R$/ano)

R$9.000.000
R$8.000.000
R$7.000.000
R$6.000.000

Categorias de uso de água


R$5.000.000
R$4.000.000 Usos Urbanos
R$3.000.000 Usos Industriais
R$2.000.000 Usos Animais
Irrigação
R$1.000.000
Outros
R$-
Una

GL3
Sirinhaem

GL1
GL2

GL4
GL5
GL6
GI1
GI2
GI3
GI4
GI5
GI6
GI7
GI8
GI9
BrIgida
Ipojuca

Ipanema
Capibaribe

Mundau

Moxoto

Garcas
Pontal

Fernando de Noronha
Sem definição
Pajeu
Goiana

Terra Nova

Unidades de Planejamento Hídrico (UP)

Figura 4.4 – Faturamentos por UP e por grandes categorias de uso de água na simulação adotando o PPURef.

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Finalmente, o Quadro 4.5 e o Quadro 4.6 apresentam as arrecadações po-
tenciais resultantes de uso de águas de domínio do estado de Pernambuco e da União,
respectivamente, por Unidade de Planejamento Hídrico. Foram omitidas as UPHs onde
não existem usos de água outorgados. As arrecadações da União se resumem a águas
superficiais.
Quadro 4.5 – Arrecadação, em Reais, pelo uso de águas de domínio do esta-
do de Pernambuco por Unidade de Planejamento Hídrico na simulação ado-
tando o PPURef.
Águas
UP Nome
Superficiais Subterrâneas Total
UP1 Goiana R$ 2.319.202 R$ 65.006 R$ 2.384.208
UP2 Capibaribe R$ 1.684.314 R$ 1.287.129 R$ 2.971.443
UP3 Ipojuca R$ 3.405.712 R$ 38.347 R$ 3.444.060
UP4 Sirinhaem R$ 1.275.582 R$ 8.919 R$ 1.284.502
UP5 Una R$ 2.455.859 R$ 11.082 R$ 2.466.941
UP6 Mundau R$ 26.446 R$ 20.892 R$ 47.339
UP7 Ipanema R$ 73.116 R$ 7.345 R$ 80.461
UP8 Moxoto R$ 0 R$ 419.606 R$ 419.606
UP9 Pajeu R$ 53.802 R$ 182.602 R$ 236.404
UP10 Terra Nova R$ 448 R$ 58.541 R$ 58.989
UP11 BrIgida R$ 167.015 R$ 49.021 R$ 216.037
UP12 Garcas R$ 0 R$ 399 R$ 399
UP13 Pontal R$ 30 R$ 1.581 R$ 1.611
UP14 GL1 R$ 2.670.897 R$ 1.689.855 R$ 4.360.752
UP15 GL2 R$ 1.070.648 R$ 535.434 R$ 1.606.083
UP16 GL3 R$ 0 R$ 23.245 R$ 23.245
UP17 GL4 R$ 53.486 R$ 1.919 R$ 55.405
UP19 GL6 R$ 221 R$ 0 R$ 221
UP20 GI1 R$ 6.462 R$ 19.433 R$ 25.895
UP21 GI2 R$ 0 R$ 15.868 R$ 15.868
UP22 GI3 R$ 12 R$ 80.919 R$ 80.931
UP28 GI9 R$ 0 R$ 2.243 R$ 2.243
UP29 Fernando de Noronha R$ 0 R$ 311 R$ 311
Sem definição R$ 186 R$ 20.354 R$ 20.540
TOTAL R$ 15.263.438 R$ 4.540.051 R$ 19.803.489

Quadro 4.6 - Arrecadação pelo uso de águas de domínio da União por Unida-
de de Planejamento Hídrico na simulação adotando o PPURef.
UP NOME Total
UP1 Goiana R$ 75.933
UP2 Capibaribe R$ 6.065.355
UP5 Una R$ 251.796
UP6 Mundau R$ 348.254
UP17 GL4 R$ 101.344
UP18 GL5 R$ 111.041
TOTAL R$ 6.953.723

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4.3. SIMULAÇÃO DE COBRANÇA COM PPUREFX2

Para esta simulação os PPUs de captação são iguais a R$ 0,072 e R$ 0,10/m3


para águas subterrâneas e superficiais, respectivamente, e R$ 0,0024 para uso das
vazões de diluição, de acordo com o Quadro 3.39. Os resultados em termos de arre-
cadação potencial são como os PPUs, multiplicados por 2, sem inadimplência, e estão
resumidos no Quadro 4.7. As arrecadações derivadas das águas outorgadas pela
Agência Nacional de Águas estão no Quadro 4.8.

Quadro 4.7 – Arrecadações totais estimadas derivadas da cobrança pelo uso


de água outorgados pela APAC e pela ANA na simulação adotando o PPURefX2.
Cobrança águas superficiais Cobrança águas subterrâneas Total
R$ 44.434.323 R$ 9.080.102
Cobrança captações Cobrança lançamentos R$ 53.514.425
R$ 39.548.773 R$ 13.965.652

Quadro 4.8 – Arrecadações derivadas das outorgas emitidas exclusivamente


pela ANA na simulação adotando o PPURefX2.
Cobrança águas superficiais Cobrança águas subterrâneas Total
R$ 13.907.447 -
Cobrança captações Cobrança lançamentos R$ 13.907.447
R$ 9.628.685 R$ 4.278.762

4.4. SIMULAÇÃO DE COBRANÇA COM PPUREFX1,5

Considerando os valores de PPURef1,5, intermediários aos dois conjuntos de


PPUs previamente considerados, a arrecadação total potencial é apresentada no Qua-
dro 4.9, sendo multiplicada pelos mesmos 1,5. No Quadro 4.10 constam os valores
arrecadados considerando a água outorgada pela ANA. Os valores das PPURefX1,5 são R$
0,075 para captação de águas subterrâneas, R$ 0,054 para captação de águas superfi-
ciais e R$ 0,0018 para uso de vazões de diluição.

Quadro 4.9 – Arrecadações totais estimadas derivadas da cobrança pelo uso


de água outorgados pela APAC e pela ANA com os PPURefX1,5.
Cobrança águas superficiais Cobrança águas subterrâneas Total
R$ 33.325.742 R$ 6.810.077
Cobrança captações Cobrança lançamentos R$ 40.135.819
R$ 29.661.580 R$ 10.474.239

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Quadro 4.10 – Arrecadações derivadas das outorgas emitidas exclusivamen-
te pela ANA com os PPURefX1,5.
Cobrança águas superficiais Cobrança águas subterrâneas Total
R$ 10.430.585 -
Captações de água Lançamentos de poluição R$ 10.430.585
R$ 7.221.513 R$ 3.209.072

Cabe enfatizar que o mecanismo de cobrança proposto é linear: multiplicando-se os


PPUs pelo mesmo fator as arrecadações potenciais aumentam na mesma proporção
deste fator.

4.5. SIMULAÇÃO DA COBRANÇA ONERANDO AS EMPRESAS DE CO-


MERCIALIZAÇÃO DE ÁGUA

As empresas de comercialização de água, ou os chamados carros-pipas, cap-


tam água para venda a usuários, geralmente domésticos e comerciais, cujas redes de
abastecimento passam por dificuldades de suprimento. Os preços cobrados variam
principalmente com a distância entre o local de captação e o destino, devido aos cus-
tos de transporte. Verificou-se em pesquisa na internet que uma referência de preço
seria de R$ 200 por 5 m3 de água.
Houve demanda nas Consultas Públicas e por parte da APAC que este usuário,
que comercializa um bem de domínio público agregando ao mesmo apenas os custos
de distribuição, fosse cobrado de forma distinta dos demais. A arrecadação promovida
poderia ser utilizada para proteção das fontes de água, o que resultaria em benefícios
à saúde pública.
Para avaliar as alternativas de cobrança foi elaborado o gráfico da Figura
4.5, que mostra o valor total da arrecadação potencial caso as empresas de comercia-
lização de água tivessem suas PPUs específicas aumentadas entre 1 (nenhum aumen-
to) e 100 vezes o valor cobrado aos demais usuários. Foram consideradas as PPU refe-
renciais do Quadro 3.39. As arrecadações potenciais sairiam dos R$ 26,7 milhões
chegando a R$ 41,1 milhões anuais, o que representa um incremento de R$ 14,4 mi-
lhões.

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R$ 45,00

Milhões de R$
Arrecadaçãopotencial total com a R$ 40,00
R$ 35,00
R$ 30,00
cobrança

R$ 25,00
R$ 20,00
R$ 15,00
R$ 10,00
R$ 5,00
R$ 0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Multiplicador da PPU de captação para empresas de comercialização de água

Figura 4.5 – Arrecadação potencial obtida com aumento do preço de água


para empresas de comercialização de água (carro-pipa), considerando os
PPU de referência.

O impacto deste ônus às empresas foi estimado tendo por referência o preço
cobrado pela água aos clientes do carro-pipa. Considerando o preço de R$ 200/5m3 e
supondo que o valor cobrado pela água bruta fosse integralmente repassado aos clien-
tes, construiu-se o gráfico da Figura 4.6 que mostra o aumento percentual do preço
cobrado pela água. Na situação de maior ônus, quando se cobra 100 vezes o valor da
PPU, o preço final da água distribuída por carro-pipa tem incremento de 12,5%. Isto
mostra haver possibilidade de oneração deste segmento usuário, sem que sejam oca-
sionados impactos relevantes nos usuários finais.

14%
Incremento do preço da água

12%

10%

8%
vendida

6%

4%

2%

0%
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Multiplicador da PPU de captação para empresas de comercialização de água

Figura 4.6 – Incremento do preço da água comercializada decorrente do


aumento do preço de água para empresas de comercialização de água (car-
ro-pipa), considerando os PPU de referência.

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As figuras apresentadas também permitem que a APAC avalie qual o ônus
adicional a ser aplicado neste segmento usuário de água, visando promover uma me-
lhor gestão de recursos hídricos.

4.6. SIMULAÇÕES DE SENSIBILIDADE DA ARRECADAÇÃO

Para avaliar a sensibilidade das arrecadações a alteração nos manejos do uso


de água foram realizadas simulações comparativas onde um dos fatores considerados
na definição da simulação do cenário de referência foi alterado para avaliar o impacto
da sua influência na arrecadação. O Quadro 4.11 mostra algumas situações, sendo os
resultados da primeira linha, Simulação 1, correspondente a simulação de com as PPUs
de referência e as seguintes condições:

1) Ano do exercício anterior é classificado como normal, para efeito do coeficien-


te meteorológico – Kmeteo;
2) As práticas hidroeficientes no Abastecimento Público são as informadas no le-
vantamento do SNIS do ano 2015, o que resulta que os coeficientes de efici-
ência são maiores que a unidade;
3) Por falta de informação sobre reuso e uso de águas servidas na indústria, ad-
mite-se não existirem práticas hidroeficientes neste setor, o que resulta que o
coeficiente de eficiência é unitário;
4) Irrigação por aspersão convencional, determinando que o coeficiente K método
seja igual a 0,30;
5) Não se faz uso de práticas conservacionistas de solo e admite-se que todas as
culturas são plantadas em regime anual, resultando que o coeficiente K msolo
seja igual à unidade;
6) Não existe manejo da lâmina de irrigação aplicada, resultando que o coeficien-
te Kmirrig seja igual à unidade; finalmente,
7) O manejo da pecuária é extensivo, sem confinamento, determinando que não
seja cobrada a parcela de lançamento de poluentes deste uso.

As simulações 2 e 3 mostram que caso o método de irrigação adotado seja


por gotejamento, método mais eficiente que insere um bônus ao irrigante na cobrança,
ocorre uma redução de cerca de R$ 500 mil na arrecadação; e se for adotada a irriga-
ção por inundação, a menos hidroeficiente, e que gera um ônus ao irrigante, ocorre
um aumento de R$ 3.300 mil. Em ambos os casos estas reduções ou aumento relativo

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da arrecadação beneficia ou onera os irrigantes que promovam maior ou menos efici-
ência no uso de água. Isto acarreta grande desestímulo ao uso da irrigação por inun-
dação.
O efeito de passagem da Pecuária Extensiva para a Confinada, em que se pa-
ga pelo lançamento de efluentes, são resumidos na simulação 4, na qual os demais
fatores permaneceram inalterados. Neste caso, o confinamento e consequente cobran-
ça pela poluição animal, representa um incremento de apenas R$ 9 mil no total arre-
cadado, mostrando que a cobrança pela poluição na criação de animais – orgânica no
caso – não resulta em alterações substanciais no montante da arrecadação.
Neste mesmo quadro são testados os efeitos de adoção de práticas hidroefici-
entes no Abastecimento Público na simulação 5. Neste caso supôs-se um uso per capi-
ta no patamar mínimo admissível (50 l/dia) e perdas físicas e de faturamento de 10%,
algo distante da realidade presente, mas adotado como mera forma de comparação.
Esta eficiência reduz o faturamento em quase R$ 4 milhões, devido à grande contribui-
ção do Abastecimento Público ao faturamento.
Mantidas as mesmas condições de referência, simulação 1, ao se aumentar o
máximo a hidroeficiência do Uso Industrial, com taxas máximas de uso de águas servi-
das e de reuso, a redução do faturamento é mais modesta, da ordem de R$ 570 mil,
devido a menor participação do uso industrial.
O Quadro 4.12 avalia as consequências de ocorrência da pluviosidade do
ano anterior à cobrança. Na simulação 1, de referência, ocorreu um ano normal; na
simulação 7 um ano considerado seco e na simulação 8 um ano muito seco. Os es-
quemas de redução do ônus ao meio rural – irrigação e usos animais - nestas circuns-
tâncias de baixa pluviosidade são modestos, com reduções de arrecadação de cerca de
R$ 500 mil, para ano seco, e de R$ 700 mil, para um ano muito seco, comparado ao
ano normal.
O Quadro 4.13 mostra o efeito no faturamento da adoção ou não de manejo
na aplicação da lâmina de irrigação na irrigação por aspersão. A diferença entre a si-
mulação 1 de referência, em que o manejo da lâmina não é adotado, e a simulação 9
em que são controladas as variáveis meteorológicas e a umidade do solo, é da ordem
de R$ 400 mil reais a menos de arrecadação.
A adoção de práticas de manejo do solo na irrigação por aspersão é avaliada
no Quadro 4.14. Na simulação de referência a cultura é anual, com manejo de solo
convencional e sem práticas conservacionistas, enquanto da simulação 10 o manejo é
considerado como de agricultura de subsistência, que oferece o maior desconto entre

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as alternativas. A arrecadação neste caso, cai em cerca de R$ 800 mil. Para as demais
práticas de manejo do uso do solo as reduções são bem mais modestas.
Estas 13 simulações, portanto, permitem avaliar comparativamente a adoção
de práticas hidroeficientes ou de redução do ônus a usuários de água vulneráveis. Co-
mo elas se aplicam na maior parte ao meio rural, irrigação e pecuária, e as arrecada-
ções deste meio são reduzidas, o efeito delas na arrecadação não é grandemente des-
tacável, embora possa estimular os usuários nas suas adoções.
No abastecimento público e industrial, que correspondem, especialmente o
primeiro uso, à maior parte da arrecadação, a introdução de práticas hidroeficientes
poderá resultar em reduções significativas, especialmente no primeiro grupo.

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Quadro 4.11 – Arrecadação com meteorologia normal, sem monitoramento das condições do solo e de manejo da lâmina na irri-
gação, com cultivo anual convencional sem práticas conservacionistas, com os PPUs de referência.
Práticas de eficiência Arrecadação
Irrigação Pecuária
Abast. Púb. Indústria Superficial Subterrâneo Captação Diluição Total

1 SNIS 2015 Sem Asp. Convenc. Extensiva R$ 22.216.014 R$ 4.531.830 R$ 19.774.387 R$ 6.973.458 R$ 26.747.844

2 SNIS 2015 Sem Gotejamento Extensiva R$ 21.765.314 R$ 4.506.706 R$ 19.298.562 R$ 6.973.458 R$ 26.272.020

3 SNIS 2015 Sem Inundação Extensiva R$ 25.370.917 R$ 4.707.698 R$ 23.105.156 R$ 6.973.458 R$ 30.078.614

4 SNIS 2015 Sem Asp. Convenc. Confinada R$ 22.217.161 R$ 4.540.051 R$ 19.774.387 R$ 6.982.826 R$ 26.757.213

5 Máxima Sem Asp. Convenc. Extensiva R$ 18.578.741 R$ 4.183.215 R$ 15.788.498 R$ 6.973.458 R$ 22.761.956

6 SNIS 2015 Máxima Asp. Convenc. Extensiva R$ 21.981.588 R$ 4.199.685 R$ 19.207.815 R$ 6.973.458 R$ 26.181.273

Quadro 4.12 – Arrecadação com meteorologias distintas, sem monitoramento das condições do solo e de manejo da lâmina na
irrigação por aspersão convencional, com cultivo anual convencional sem práticas conservacionistas com os PPUs de referência.
Práticas de eficiência Condição Arrecadação
Pecuária
Abast. Púb. Indústria Meteorológica Superficial Subterrâneo Captação Diluição Total

1 SNIS 2015 Sem Normal Extensiva R$ 22.216.014 R$ 4.531.830 R$ 19.774.387 R$ 6.973.458 R$ 26.747.844

7 SNIS 2015 Sem Seco Extensiva R$ 21.774.726 R$ 4.496.043 R$ 19.297.312 R$ 6.973.458 R$ 26.270.770

8 SNIS 2015 Sem Muito seco Extensiva R$ 21.537.585 R$ 4.477.373 R$ 19.041.500 R$ 6.973.458 R$ 26.014.958

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Quadro 4.13 – Arrecadação com meteorologia normal, manejos distintos da lâmina de irrigação por aspersão convencional, com
cultivo anual convencional, sem práticas conservacionistas com os PPUs de referência.
Práticas De Eficiência Manejo da Arrecadação
Pecuária
Abast. Púb. Indústria Irrigação Superficial Subterrâneo Captação Diluição Total

1 SNIS 2015 Sem Sem Extensiva R$ 22.216.014 R$ 4.531.830 R$ 19.774.387 R$ 6.973.458 R$ 26.747.844
9 SNIS 2015 Sem Com Extensiva R$ 21.810.384 R$ 4.509.218 R$ 19.346.145 R$ 6.973.458 R$ 26.319.603

Quadro 4.14 – Arrecadação com meteorologia normal, com manejos distintos do solo na irrigação por aspersão convencional, e
sem manejo da lâmina de irrigação com os PPUs de referência.
Práticas de eficiência Faturamento
Manejo do solo Pecuária
Abast. Púb. Indústria Superficial Subterrâneo Captação Diluição Total
Anual, conv, sem
1 SNIS 2015 Sem Extensiva R$ 22.216.014 R$ 4.531.830 R$ 19.774.387 R$ 6.973.458 R$ 26.747.844
prát. cons.
10 SNIS 2015 Sem Subsistência Extensiva R$ 21.427.289 R$ 4.487.863 R$ 18.941.694 R$ 6.973.458 R$ 25.915.152

11 SNIS 2015 Sem Permanente Extensiva R$ 21.652.639 R$ 4.500.425 R$ 19.179.606 R$ 6.973.458 R$ 26.153.064
Anual, c/ plantio
12 SNIS 2015 Sem Extensiva R$ 21.765.314 R$ 4.506.706 R$ 19.298.562 R$ 6.973.458 R$ 26.272.020
direto
Anual, conv.,
13 SNIS 2015 Sem Extensiva R$ 21.990.664 R$ 4.519.268 R$ 19.536.474 R$ 6.973.458 R$ 26.509.932
c/prát.conservac.

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Estas reduções não devem ser consideradas como perdas potenciais de arreca-
dação, pois ao aumentar a hidroeficiência libera-se água para outros usos que se vierem
a pagar poderão compensá-la. Além disto, a promoção da eficiência de uso de água
deve ser considerada um objetivo com maior prioridade no gerenciamento de recursos
hídricos.

4.7. VIABILIDADE FINANCEIRA RESTRITA: CUSTEIO DO GERENCIA-


MENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DE PERNAMBUCO.

Na consideração do custeio do gerenciamento de recursos hídricos de Pernam-


buco duas análises serão realizadas, comparando as demandas de recursos financeiros
com as arrecadações potenciais previstas com as PPUs do Quadro 3.39. Inicialmente, a
comparação será realizada frente aos valores de custeio da APAC, órgão gestor de re-
cursos hídricos de Pernambuco. Depois, a comparação será realizada com os custos de
operação e de manutenção da infraestrutura hidráulica de Pernambuco, tendo por base
uma estimativa preliminar.

4.8. CUSTEIO DA APAC

Conforme informações que foram disponibilizadas dos gastos da APAC em


2017, até 21 de novembro, por fonte de custeio, os recursos aplicados para o custeio da
APAC foram:
Recursos próprios (Fonte 0101): R$ 1.029.505,10
Recursos do FEHIDRO (Fonte 0126): R$ 679.736,84
Recursos do Pró-Gestão (Fonte 0242): R$ 709.116,93
Custeio Total até 21/11/2017: R$ 2.369.110,23

Os detalhes das despesas referentes aos recursos próprios são apresentados no


Quadro 4.15, ordenados pelos maiores valores. Estes assumem as despesas de moto-
ristas, apoio administrativo e vale/auxílio refeição principalmente.
Da mesma forma, o Quadro 4.16 apresenta o detalhamento ordenado de des-
pesas cobertas pelo FEHIDRO. Nesta fonte, os maiores itens de dispêndio foram o apoio
administrativo, a energia elétrica, a locação de veículos e outros.
As despesas cobertas com os recursos do Pró-Gestão apresentam um único
item: Recursos da concedente, não sendo especificada as suas naturezas.
Fazendo uma correção considerando que faltavam 40 dias para completar o
ano, o custeio total da APAC em 2017 foi cerca de R$ 2.716.003. Em termos da arreca-

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dação mais modesta, obtidas com as PPU referenciais, igual a R$ 26.714.199, o custeio
da APAC representa um pouco mais que 10%.

Quadro 4.15 – Distribuição das despesas cobertas com recursos próprios (fon-
te 0101) em 2017, até 21/11/2017.
Detalhes da despesa Valor bruto
Motoristas R$ 368.267
Apoio Administrativo R$ 293.820
Vale/Auxílio Transporte R$ 106.631
Energia Elétrica R$ 63.989
Limpeza e Conservação R$ 46.465
Cota Global R$ 45.097
Manutenção Predial R$ 28.388
Combustível/Manutenção Veículos R$ 25.347
Locação de Veículos R$ 16.403
Diárias Civil R$ 15.904
Fornecimento de Passagens R$ 15.295
Suprimento Individual R$ 3.900
TOTAL R$ 1.029.505

Quadro 4.16 – Distribuição das despesas cobertas pelo FEHIDRO (fonte 0126)
em 2017, até 21/11/2017
Detalhes da despesa Valor bruto
Apoio Administrativo R$ 168.875
Energia Elétrica R$ 97.026
Locação de Veículos R$ 91.591
Outros R$ 88.614
Energia Elétrica - RADAR R$ 64.406
Rede Digital Corporativa do Estado R$ 55.184
Cota Global R$ 49.877
Combustível/Manutenção Veículos R$ 47.276
Diárias Civil R$ 10.834
Fornecimento de Passagens R$ 6.055
TOTAL R$ 679.737

A distribuição destes valores de custeio entre as Unidades de Planejamento Hí-


drico de Pernambuco foi realizada na proporção do volume de água outorgado para cap-
tação, seja superficial ou subterrânea, somados aos volumes outorgados de irrigação de
salvação e os volumes estimados de vazão de diluição; desta soma foram retirados os
usos destinados à geração de energia elétrica, carcinicultura e piscicultura que, em
acordo com a APAC, neste momento resolveu-se não computar a cobrança, devido à
falta de informações. O Quadro 4.17 apresenta os resultados.

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Quadro 4.17 – Distribuição dos valores de custeio da APAC entre Unidades de Planejamento Hídricos com PPUs referenciais.
Captação, irrigação salvação
Distribuição do Arrecadação Saldo Arreca- Relação Cus-
UP Nome e vazão de diluição
Custeio APAC com cobrança dação-Custeio teio/Arrecadação
Superficiais Subterrâneas Total
UP1 Goiana 531,90 14,24 546,14 R$ 198.762 R$ 2.460.075 R$ 2.261.313 8,08%
UP2 Capibaribe 2.049,11 174,23 2.223,34 R$ 809.161 R$ 9.036.141 R$ 8.226.980 8,95%
UP3 Ipojuca 824,90 9,30 834,20 R$ 303.597 R$ 3.443.384 R$ 3.139.787 8,82%
UP4 Sirinhaem 327,41 0,30 327,71 R$ 119.267 R$ 1.284.455 R$ 1.165.188 9,29%
UP5 Una 721,61 2,44 724,05 R$ 263.510 R$ 2.718.246 R$ 2.454.736 9,69%
UP6 Mundau 97,17 4,42 101,59 R$ 36.972 R$ 395.340 R$ 358.368 9,35%
UP7 Ipanema 19,32 1,49 20,81 R$ 7.572 R$ 80.127 R$ 72.556 9,45%
UP8 Moxoto 0,00 64,49 64,49 R$ 23.471 R$ 417.087 R$ 393.617 5,63%
UP9 Pajeu 14,45 35,16 49,61 R$ 18.056 R$ 233.187 R$ 215.131 7,74%
UP10 Terra Nova 0,01 4,00 4,01 R$ 1.460 R$ 58.408 R$ 56.948 2,50%
UP11 BrIgida 14,77 7,98 22,75 R$ 8.280 R$ 215.941 R$ 207.661 3,83%
UP12 Garcas 0,00 0,08 0,08 R$ 29 R$ 399 R$ 370 7,20%
UP13 Pontal 0,01 0,22 0,23 R$ 82 R$ 1.611 R$ 1.529 5,09%
UP14 GL1 1.685,21 307,71 1.992,92 R$ 725.303 R$ 4.360.705 R$ 3.635.402 16,63%
UP15 GL2 255,60 82,34 337,94 R$ 122.989 R$ 1.606.083 R$ 1.483.094 7,66%
UP16 GL3 0,00 5,82 5,82 R$ 2.119 R$ 23.245 R$ 21.126 9,11%
UP17 GL4 158,67 0,40 159,07 R$ 57.894 R$ 156.749 R$ 98.855 36,93%
UP18 GL5 28,78 0,00 28,78 R$ 10.475 R$ 111.041 R$ 100.565 9,43%
UP19 GL6 0,02 0,00 0,02 R$ 6 R$ 221 R$ 215 2,81%
UP20 GI1 1,77 3,62 5,40 R$ 1.965 R$ 25.895 R$ 23.930 7,59%
UP21 GI2 0,00 1,70 1,70 R$ 620 R$ 15.868 R$ 15.249 3,90%
UP22 GI3 0,01 11,63 11,64 R$ 4.235 R$ 80.544 R$ 76.309 5,26%
UP28 GI9 0,00 0,41 0,41 R$ 149 R$ 2.243 R$ 2.094 6,64%
UP29 Fernando de Noronha 0,00 0,09 0,09 R$ 33 R$ 311 R$ 278 10,68%
Sem definição 0,00 0,00 0,00 R$ 0 R$ 20.540 R$ 20.540 0,00%
TOTAL 6.730,71 732,07 7.462,78 R$ 2.716.003 R$ 26.747.844 R$ 24.031.841 10,15%

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV00 30/11/2017 111
Compara-se o valor atribuído à UP para atender ao custeio da APAC com a sua
arrecadação considerando a cobrança pelo uso da água com as PPUs referenciais. Em
todas as UPs a arrecadação potencial supera a parcela de custeio que lhe caberia supor-
tar. Algumas UPs, porém, assumem com este pagamento de custeio parcela considerá-
vel da arrecadação: a UP 17 – GL4 (37%) e a UP14 – GL1 (17%). Isto permite a cogita-
ção de complementação deste critério tendo por base estimativas de custo real da APAC
no gerenciamento de recursos hídricos das UPs.

4.9. CUSTO DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS


HIDRÁULICAS

Para avaliar o custo de operação e de manutenção da infraestrutura hidráulica


do Estado de Pernambuco, a ser assumido pela APAC, haveria que se realizar um deta-
lhado estudo que foge ao escopo deste de cobrança pelo uso de água. Nele, os princi-
pais açudes, poços e outras estruturas deveriam ser avaliados de forma individualizada,
consideradas as obras necessárias para as suas recuperações, caso a manutenção tenha
sido precarizada, e considerado um fluxo anual médio de gastos para mantê-las em es-
tado adequado.
Na falta deste estudo optou-se pela adoção de uma aproximação baseada em
estudo de Fontenele e Araújo (2001). Nele foram estimados os custos médios de opera-
ção e de manutenção – O&M da infraestrutura hidráulica da bacia do rio Jaguaribe no
Ceará em função da vazão regularizável com 90% de garantia anual. Como custos de
O&M foram incluídos os gastos referentes à gerência das bacias e à manutenção e ao
bombeamento do sistema hídrico. Com base nas avaliações os autores chegaram a R$
3.100/hm3 para água superficiais e a R$ 5.070/hm3 para águas subterrâneas, valores de
2001. Atualizando para 2017 estes valores pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-
M) obtém-se os valores de R$ 9.910/hm3 e de R$ 16.220/hm3 para outorgas de águas
superficiais e subterrâneas outorgadas, respectivamente.
Contudo, os usos de água nos açudes pernambucanos não são outorgados. De-
vido a este fato foram realizadas estimativas dos usos de água nestes corpos hídricos de
forma a avaliar os seus custos O&M. Para isto, foram propostos os valores do Erro! Fon-
te de referência não encontrada. para estimar os usos em função da capacidade de ar-
mazenamento, em cada região pernambucana.

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Quadro 4.18 - Coeficientes Estimativa da Demanda Atendida por Açudes.
Região % uso água/volume
Sertão 20%
Agreste 30%
Zona da Mata 55%
Litoral 55%

O Quadro 4.20 apresenta os açudes, com suas localizações, clima, capacidade


de armazenamento e respectivo uso de água estimado. O uso no açude de Pirapama é
conhecido e seu valor não foi estimado, mas inserido como registrado.

Considerando que os custos estimados por Fontenele e Araújo (2001) se apli-


cam a regiões semiáridas, onde a águas disponibilizadas devem ser previamente arma-
zenadas em açudes, eles foram submetidos a correções para considerar os custos O&M
de estruturas hidráulicas em todo Estado de Pernambuco. Nas regiões de clima Tropical
Quente Seco (semiárido) manteve-se o valor estimado na bacia do rio Jaguaribe, atuali-
zados para 2017. Para os demais climas, foram aplicadas as correções que constam no
Quadro 4.19. Arbitrou-se que para o clima tropical quente subúmido seco o custo por
volume outorgado seria metade e para Tropical de Altitude (Brejo) um quarto do custo
no semiárido. Para o clima tropical quente úmido, onde a água é disponível sem regula-
rização, o custo seria 20%. Nos casos em que não há definição da localização da outor-
ga – que são irrelevantes – manteve-se o custo do semiárido.

Quadro 4.19 – Estimativa do custo (em R$/hm3) de Operação e Manutenção


da infraestrutura hidráulica de Pernambuco.
CLIMAS

CUSTO O&M T.Q. T.Q. T. de


T.Q. Sem
Seco Subúmido Altitude
Úmido definição
(Semiárido) Seco (Brejo)
Correção 100% 50% 25% 0% 100%

Infraestrutura superficial 9.910 4.955 2.478 0 9.910

Infraestrutura subterrânea 16.220 8.110 4.055 0 16.220

O Quadro 4.21 apresenta as estimativas de uso de água nos açudes e os usos


de água superficial outorgados para captação e para irrigação de salvação em cada UP e
em cada clima de Pernambuco. Eles foram considerados os geradores de custos de
operação e de manutenção da infraestrutura hidráulica superficial. No Quadro 4.22 são
apresentados os mesmos valores para as águas subterrâneas.

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Quadro 4.20 - Estimativa da vazão regularizada nos açudes pernambucanos.
Vazão regula-
Reservatório Bacia Região Município Clima Cap. Máxima (m³) rizada
(hm3/ano)
Entremontes Brígida Sertão Parnamirim T.Q. Seco (Semiárido) 339.334.000,0 67,9
Chapéu Brígida Sertão Parnamirim T.Q. Seco (Semiárido) 188.000.000,0 37,6
Algodões Brígida Sertão Ouricuri T.Q. Seco (Semiárido) 54.482.000,0 10,9
Cachimbo Brígida Sertão Parnamirim T.Q. Seco (Semiárido) 31.207.000,0 6,2
Eng Camacho Brígida Sertão Ouricuri T.Q. Seco (Semiárido) 27.665.000,0 5,5
Lopes II Brígida Sertão Bodoco T.Q. Seco (Semiárido) 23.935.000,0 4,8
Lagoa do Barro Brígida Sertão Araripina T.Q. Seco (Semiárido) 22.948.000,0 4,6
Caiçara Brígida Sertão Parnamirim T.Q. Seco (Semiárido) 10.500.000,0 2,1
Barrinha Brígida Sertão Cedro T.Q. Seco (Semiárido) 1.960.000,0 0,4
Rancharia Brígida Sertão Araripina T.Q. Seco (Semiárido) 1.043.000,0 0,2
Jucazinho Capibaribe Agreste Surubim T.Q. Seco (Semiárido) 327.036.000,0 98,1
Carpina Capibaribe Agreste Lagoa do Carro T.Q. Úmido 270.000.000,0 81,0
Tapacurá Capibaribe Litoral Sao Lourenco da Mata T.Q. Úmido 94.200.000,0 51,8
Goitá Capibaribe Litoral Sao Lourenco da Mata T.Q. Úmido 52.536.000,0 28,9
Poço Fundo Capibaribe Agreste Santa Cruz do Capibaribe T.Q. Seco (Semiárido) 27.750.000,0 8,3
Eng. Gercino Pontes Capibaribe Agreste Caruaru T.Q. Seco (Semiárido) 13.600.000,0 4,1
Cursaí Capibaribe Zona da Mata Paudalho T.Q. Úmido 13.000.000,0 7,2
Várzea do Una Capibaribe Litoral Sao Lourenco da Mata T.Q. Úmido 11.568.000,0 6,4
Oitis Capibaribe Agreste Brejo da Madre de Deus T. de Altitude (Brejo) 3.020.000,0 0,9
Mateus Vieira Capibaribe Agreste Taquaritinga do Norte T.Q. Seco (Semiárido) 2.752.200,0 0,8
Santana II Capibaribe Agreste Brejo da Madre de Deus T. de Altitude (Brejo) 567.000,0 0,2
Saco II Garças Sertão Santa Maria da Boa Vista T.Q. Seco (Semiárido) 123.524.000,0 24,7
Botafogo GL1 Litoral Igarassu T.Q. Úmido 27.690.000,0 15,2
Pirapama GL2 Litoral Cabo de Santo Agostinho T.Q. Úmido 60.937.000,0 157,6
Duas Unas GL2 Litoral Jaboatao dos Guararapes T.Q. Úmido 23.549.000,0 13,0
Utinga GL2 Litoral Cabo de Santo Agostinho T.Q. Úmido 10.270.000,0 5,7
Sicupema GL2 Litoral Cabo de Santo Agostinho T.Q. Úmido 3.200.000,0 1,8
Bita GL2 Litoral Cabo de Santo Agostinho T.Q. Úmido 2.770.000,0 1,5
Guararema Goiana Zona da Mata ITAMBe T.Q. Subúmido Seco 18.000.000,0 9,9
Siriji Goiana Zona da Mata Vicencia T.Q. Úmido 17.260.000,0 9,5
Palmeirinha Goiana Zona da Mata Bom Jardim T.Q. Subúmido Seco 6.500.000,0 3,6
Tiúma Goiana Zona da Mata Timbauba T.Q. Subúmido Seco 6.109.000,0 3,4

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Vazão regula-
Reservatório Bacia Região Município Clima Cap. Máxima (m³) rizada
(hm3/ano)
Arcoverde Ipanema Agreste Pedra T.Q. Seco (Semiárido) 16.800.000,0 5,0
Ingazeira Ipanema Agreste Venturosa T.Q. Seco (Semiárido) 4.800.000,0 1,4
Ipaneminha Ipanema Agreste Pesqueira T. de Altitude (Brejo) 3.900.000,0 1,2
Mororó Ipanema Agreste Pedra T.Q. Seco (Semiárido) 2.930.000,0 0,9
Mulungú Ipanema Agreste Buique T.Q. Seco (Semiárido) 1.281.000,0 0,4
Pão de açucar Ipojuca Agreste Pesqueira T. de Altitude (Brejo) 34.231.000,0 10,3
Belo Jardim Ipojuca Agreste Belo Jardim T. de Altitude (Brejo) 30.740.000,0 9,2
Eng. Severino Guerra Ipojuca Agreste Belo Jardim T. de Altitude (Brejo) 17.776.000,0 5,3
Duas serras Ipojuca Agreste Pocao T. de Altitude (Brejo) 2.032.000,0 0,6
Manuíno Ipojuca Agreste Bezerros T.Q. Seco (Semiárido) 2.021.000,0 0,6
Taquara Ipojuca Agreste Caruaru T.Q. Seco (Semiárido) 1.347.000,0 0,4
Tabocas Ipojuca Agreste Belo Jardim T. de Altitude (Brejo) 1.168.000,0 0,4
Guilherme Azevedo Ipojuca Agreste Caruaru T.Q. Seco (Semiárido) 786.000,0 0,2
Serra dos Cavalos Ipojuca Agreste Caruaru T.Q. Seco (Semiárido) 612.635,0 0,2
Jaime Nejaim Ipojuca Agreste Caruaru T.Q. Seco (Semiárido) 600.000,0 0,2
Brejo dos coelhos Ipojuca Agreste Sao Caetano T.Q. Seco (Semiárido) 357.000,0 0,1
Eng Francisco Sabóia Moxotó Sertão Ibimirim T.Q. Seco (Semiárido) 504.000.000,0 100,8
Marrecas Moxotó Sertão Custodia T.Q. Seco (Semiárido) 21.623.000,0 4,3
Cachoeira I Moxotó Sertão Sertania T.Q. Seco (Semiárido) 5.950.000,0 1,2
Barra Moxotó Sertão Sertania T.Q. Seco (Semiárido) 2.738.000,0 0,6
Mundaú II Mundaú Agreste Garanhuns T.Q. Subúmido Seco 19.283.000,0 5,8
Inhumas Mundaú Agreste Palmeirina T.Q. Úmido 7.873.000,0 2,4
Cajarana Mundaú Agreste Garanhuns T.Q. Subúmido Seco 2.594.280,0 0,8
Mundaú Mundaú Agreste Garanhuns T.Q. Subúmido Seco 1.968.600,0 0,6
São Jacques Mundaú Agreste Canhotinho T.Q. Subúmido Seco 403.600,0 0,1
Serrinha II Pajeú Sertão Serra Talhada T.Q. Seco (Semiárido) 311.080.000,0 62,2
Barra do Juá Pajeú Sertão Floresta T.Q. Seco (Semiárido) 71.474.000,0 14,3
Saco I Pajeú Sertão Serra Talhada T.Q. Seco (Semiárido) 36.000.000,0 7,2
Rosário Pajeú Sertão Iguaraci T.Q. Seco (Semiárido) 34.990.000,0 7,0
Cachoeira II Pajeú Sertão Serra Talhada T.Q. Seco (Semiárido) 21.031.000,0 4,2
Brotas Pajeú Sertão Afogados da Ingazeira T.Q. Seco (Semiárido) 19.640.000,0 3,9
Jazigo Pajeú Sertão Serra Talhada T.Q. Seco (Semiárido) 15.543.000,0 3,1
Arrodeio Pajeú Sertão Sao Jose do Belmonte T.Q. Seco (Semiárido) 14.522.000,0 2,9

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Vazão regula-
Reservatório Bacia Região Município Clima Cap. Máxima (m³) rizada
(hm3/ano)
São José II Pajeú Sertão Sao Jose do Egito T.Q. Seco (Semiárido) 7.153.000,0 1,4
Chinelo Pajeú Sertão Carnaiba T.Q. Seco (Semiárido) 3.453.800,0 0,7
Mãe d'água Pajeú Sertão Itapetim T.Q. Seco (Semiárido) 1.500.000,0 0,3
Serrinha / Serraria Pajeú Sertão Brejinho T.Q. Seco (Semiárido) 1.257.000,0 0,3
Laje do gato Pajeú Sertão Afogados da Ingazeira T.Q. Seco (Semiárido) 1.103.000,0 0,2
Vira Beijú Pontal Sertão Petrolina T.Q. Seco (Semiárido) 11.800.000,0 2,4
Pau Ferro Pontal Sertão Petrolina T.Q. Seco (Semiárido) 2.069.000,0 0,4
Terra Nova Pontal Sertão Petrolina T.Q. Seco (Semiárido) 1.220.000,0 0,2
Soledade Pontal Sertão Petrolina T.Q. Seco (Semiárido) 1.100.000,0 0,2
Nilo Coelho Terra Nova Sertão Terra Nova T.Q. Seco (Semiárido) 22.711.000,0 4,5
Boa Vista Terra Nova Sertão Salgueiro T.Q. Seco (Semiárido) 16.448.000,0 3,3
Salgueiro Terra Nova Sertão Verdejante T.Q. Seco (Semiárido) 14.698.000,0 2,9
Abóboras Terra Nova Sertão Parnamirim T.Q. Seco (Semiárido) 14.350.000,0 2,9
Poço Grande Terra Nova Sertão Serrita T.Q. Seco (Semiárido) 3.922.000,0 0,8
Juá Terra Nova Sertão Mirandiba T.Q. Seco (Semiárido) 3.500.000,0 0,7
Serro Azul Una Zona da Mata Palmares T.Q. Úmido 303.120.000,0 166,7
Prata Una Agreste Bonito T.Q. Subúmido Seco 42.147.000,0 12,6
Gurjão Una Agreste Capoeiras T.Q. Subúmido Seco 3.847.000,0 1,2
Poço da Areia Una Agreste Bezerros T.Q. Seco (Semiárido) 2.363.324,0 0,7
Bonitinho Una Agreste Bonito T.Q. Subúmido Seco 1.836.000,0 0,6
Caianinha Una Agreste Sao Joaquim do Monte T.Q. Subúmido Seco 1.361.000,0 0,4
Brejo do buraco Una Agreste Sao Caetano T.Q. Seco (Semiárido) 1.070.000,0 0,3

Quadro 4.21 - Estimativa dos usos de água superficial provisionados por meio de infraestrutura hidráulica em Pernambuco.
Captação de água superficial (outorgas de captação e de irrigação de salvação) (hm 3/ano) por tipo de clima
UP Nome Açude T.Q. Seco T.Q. Subúmido T. de Altitude
T.Q. Úmido Sem definição Total
(Semiárido) Seco (Brejo)
UP1 Goiana 47,9 0,0 27,7 0,2 28,0 0,0 26,3
UP2 Capibaribe 816,0 42,7 6,0 2,6 63,6 0,0 287,6
UP3 Ipojuca 91,7 5,6 0,3 0,0 45,5 0,0 27,5
UP4 Sirinhaem - 0,0 2,9 0,0 23,6 0,0 0,0
UP5 Una 355,7 1,9 21,2 0,0 16,7 0,0 182,5

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Captação de água superficial (outorgas de captação e de irrigação de salvação) (hm 3/ano) por tipo de clima
UP Nome Açude T.Q. Seco T.Q. Subúmido T. de Altitude
T.Q. Úmido Sem definição Total
(Semiárido) Seco (Brejo)
UP6 Mundau - 0,0 5,1 0,0 0,4 0,0 0,0
UP7 Ipanema 29,7 0,5 0,1 0,0 0,0 0,0 8,9
UP8 Moxoto - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP9 Pajeu - 0,4 0,0 0,4 0,0 0,0 0,0
UP10 Terra Nova 75,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 15,1
UP11 BrIgida - 0,1 0,0 0,0 12,2 0,0 0,0
UP12 Garcas - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP13 Pontal 16,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,2
UP14 GL1 27,7 0,0 0,0 0,0 50,7 0,0 15,2
UP15 GL2 100,7 0,0 0,1 0,0 15,4 0,0 179,5
UP16 GL3 - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP17 GL4 - 0,0 0,0 0,0 2,2 0,0 0,0
UP18 GL5 - 0,0 0,0 0,0 1,6 0,0 0,0
UP19 GL6 - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP20 GI1 - 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0
UP21 GI2 - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP22 GI3 - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP28 GI9 - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP29 F. Noronha - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Sem definição - 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
TOTAL 1561,3 51,3 63,4 3,2 259,8 0,0 746,0
Nota: Eliminadas as UPs 23 a 27 sem cobrança pelo uso da água.

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Quadro 4.22 - Estimativa dos usos de água subterrânea provisionados por meio de infraestrutura hidráulica em Pernambuco.
Captação de água subterrânea (outorgas de captação e de irrigação de salvação) (hm3/ano) por tipo de clima
UP Nome T.Q. Seco (Semi- T.Q. Subúmido T. de Altitude
T.Q. Úmido Sem definição Total
árido) Seco (Brejo)
UP1 Goiana 0,0 0,4 0,0 0,6 0,0 0,9
UP2 Capibaribe 0,1 0,4 0,0 10,6 0,0 11,1
UP3 Ipojuca 0,0 0,0 0,0 0,5 0,0 0,6
UP4 Sirinhaem 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,2
UP5 Una 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,2
UP6 Mundau 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,3
UP7 Ipanema 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1
UP8 Moxoto 5,3 0,0 0,0 0,0 0,0 5,4
UP9 Pajeu 2,7 0,0 0,1 0,0 0,0 2,8
UP10 Terra Nova 4,5 0,0 0,0 0,0 0,0 4,5
UP11 BrIgida 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6
UP12 Garcas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP13 Pontal 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP14 GL1 0,0 0,0 0,0 21,9 0,0 21,9
UP15 GL2 0,0 0,0 0,0 5,6 0,0 5,6
UP16 GL3 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,3
UP17 GL4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP18 GL5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP19 GL6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP20 GI1 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,3
UP21 GI2 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,1
UP22 GI3 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,7
UP28 GI9 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
UP29 Fernando de Noronha 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Sem definição 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
TOTAL 14,1 1,2 0,1 40,1 0,0 55,6
Nota: Eliminadas as UPs 23 a 27 sem cobrança pelo uso da água.

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As estimativas dos custos de operação e manutenção da infraestrutura hidráuli-
ca de Pernambuco são apresentadas no Quadro 4.23. O custo O&M anual é de R$ 4
milhões para os açudes, R$ 1,2 milhões para as águas superficiais e de R$ 0,37 milhões
para as águas subterrâneas, resultando em uma soma próxima a R$ 5,65 milhões.
Comparando as arrecadações potenciais em cada UP aplicando-se as PPU refe-
renciais com os custos O&M, verifica-se que apenas nas Ipanema, Terra Nova e Pontal,
os saldos são negativos. A razão são os custos O&M dos açudes, cujas águas não são no
momento outorgadas e, portanto, não são objeto de cobrança. A arrecadação potencial
da cobrança seria comprometida em 21% caso este custo fosse objeto de sua aplicação.
Em resumo, estimou-se de forma absolutamente expedita, em uma primeira
aproximação, os custos de operação e manutenção das estruturas hidráulicas de Per-
nambuco como da ordem de R$ 5,65 milhões/ano. Enfatiza-se que estes custos incluem
apenas os gastos referentes à gerência das bacias e à manutenção e ao bombeamento
do sistema hídrico. Custos de recuperação da infraestrutura hidráulica, que podem ser
consideráveis dependendo do estado em que se encontram, não fazem parte da estima-
tiva e deverão ser objeto de estimativa individualizada.
Além destes aspectos, cabe comentar que a recuperação dos custos de O&M da
infraestrutura hidráulica deve ser realizada pelo pagamento de tarifas, pois referem-se à
prestação de um serviço ao usuário de água. Desta forma, este custo não caberia, de
forma estrita, ser considerado como uma das possíveis destinações da arrecadação da
cobrança pelo uso de água bruta. Porém, deve ser observado que em climas semiáridos
não existe, a rigor, águas brutas que possam ser cobradas. Todas as águas disponibili-
zadas são resultado de investimentos em infraestruturas hidráulicas que devem ser ope-
radas, mantidas e cujos custos devem ser recuperados. Em teoria, a cobrança deveria
se referir a estes custos O&M a serem estimados para cada usuário, especificamente.

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Quadro 4.23 - Estimativa dos usos de água subterrânea provisionados por meio de infraestrutura hidráulica em Pernambuco.
Estimativa do custo O&M Infraestrutura Hidráulica Relação Cus-
Arrecadação com Saldo Arrecada-
UP Nome teio/Arrecad
Açudes Superficial Subterrânea Total cobrança ção-Custeio
ação
UP1 Goiana R$ 130.455 R$ 57.852 R$ 4.771 R$ 193.078 R$ 2.460.141 R$ 2.267.063 7,85%
UP2 Capibaribe R$ 2.850.460 R$ 585.583 R$ 39.464 R$ 3.475.508 R$ 9.036.798 R$ 5.561.290 38,46%
UP3 Ipojuca R$ 68.134 R$ 146.879 R$ 2.241 R$ 217.255 R$ 3.444.060 R$ 3.226.805 6,31%
UP4 Sirinhaem R$ 0 R$ 61.001 R$ 721 R$ 61.721 R$ 1.284.502 R$ 1.222.781 4,81%
UP5 Una R$ 361.722 R$ 157.268 R$ 1.594 R$ 520.583 R$ 2.718.737 R$ 2.198.154 19,15%
UP6 Mundau R$ 0 R$ 25.962 R$ 2.638 R$ 28.600 R$ 395.593 R$ 366.993 7,23%
UP7 Ipanema R$ 88.331 R$ 5.310 R$ 1.295 R$ 94.936 R$ 80.461 -R$ 14.475 117,99%
UP8 Moxoto R$ 0 R$ 0 R$ 86.364 R$ 86.364 R$ 419.606 R$ 333.241 20,58%
UP9 Pajeu R$ 0 R$ 5.045 R$ 44.578 R$ 49.623 R$ 236.404 R$ 186.781 20,99%
UP10 Terra Nova R$ 149.897 R$ 123 R$ 72.754 R$ 222.774 R$ 58.989 -R$ 163.785 377,65%
UP11 BrIgida R$ 0 R$ 25.543 R$ 9.941 R$ 35.485 R$ 216.037 R$ 180.552 16,43%
UP12 Garcas R$ 0 R$ 0 R$ 71 R$ 71 R$ 399 R$ 328 17,82%
UP13 Pontal R$ 32.087 R$ 65 R$ 311 R$ 32.463 R$ 1.611 -R$ 30.852 2015,47%
UP14 GL1 R$ 30.185 R$ 100.499 R$ 71.277 R$ 201.961 R$ 4.360.752 R$ 4.158.790 4,63%
UP15 GL2 R$ 355.737 R$ 30.889 R$ 18.185 R$ 404.811 R$ 1.606.083 R$ 1.201.272 25,20%
UP16 GL3 R$ 0 R$ 0 R$ 1.079 R$ 1.079 R$ 23.245 R$ 22.166 4,64%
UP17 GL4 R$ 0 R$ 4.386 R$ 81 R$ 4.468 R$ 156.749 R$ 152.281 2,85%
UP18 GL5 R$ 0 R$ 3.082 R$ 0 R$ 3.082 R$ 111.041 R$ 107.959 2,78%
UP19 GL6 R$ 0 R$ 84 R$ 0 R$ 84 R$ 221 R$ 136 38,23%
UP20 GI1 R$ 0 R$ 505 R$ 1.030 R$ 1.535 R$ 25.895 R$ 24.360 5,93%
UP21 GI2 R$ 0 R$ 0 R$ 391 R$ 391 R$ 15.868 R$ 15.478 2,46%
UP22 GI3 R$ 0 R$ 4 R$ 10.597 R$ 10.602 R$ 80.931 R$ 70.329 13,10%
UP28 GI9 R$ 0 R$ 0 R$ 379 R$ 379 R$ 2.243 R$ 1.864 16,89%
UP29 F. Noronha R$ 0 R$ 0 R$ 14 R$ 14 R$ 311 R$ 297 4,57%
S/definição R$ 0 R$ 0 R$ 0 R$ 0 R$ 20.540 R$ 20.540 0,00%
TOTAL R$ 4.067.007 R$ 1.210.080 R$ 369.776 R$ 5.646.864 R$ 26.757.213 R$ 21.110.349 21,10%
Nota: Eliminadas as UPs 23 a 27 sem cobrança pelo uso da água.

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4.10. CONCLUSÃO

Os PPUs referenciais apresentados no Quadro 3.39 são suficientes para recu-


perar o custeio do gerenciamento de recursos hídricos promovido pela APAC e também
os custos estimativos de operação e manutenção da infraestrutura hidráulica de Per-
nambuco. Como é mostrado no Quadro 4.24, no conjunto, estes custos representam
31,25% da arrecadação potencial nesta alterativa de cobrança que menor arrecadação
promove. Isto significa que quase 80% da arrecadação potencial poderá ter sua desti-
nação definida pelos Comitê de Bacia Hidrográfica.
Ao se considerar de forma desagregada as UPs, a situação é heterogênea. Em
algumas UP a arrecadação é grandemente superior aos custos que lhe são atribuídos,
enquanto em outras eles são significativos. Geralmente, isto ocorre nas UPs onde o cli-
ma semiárido prepondera, as águas são provisionadas por açudes cujos usos não são
cobrados, e que o maior uso de água é para irrigação, situações em que existe deságio
na cobrança pelo uso de água.
Ao serem considerados valores maiores de PPU a relação fica mais favorável e
os Comitês de Bacia Hidrográfica terão saldos consideráveis para destinar a aplicações
por eles selecionadas.

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Quadro 4.24 – Confronto da arrecadação com as PPUs referenciais com os custos de custeio e de O&M da infraestrutura hidráuli-
ca.
Arrecadação com Saldo Arrecada- Relação Cus-
UP Nome Custeio Custo O&M Custo Total
cobrança ção-Custeio teio/Arrecadação
UP1 Goiana R$ 2.460.141 R$ 198.762 R$ 193.078 R$ 391.840 R$ 2.068.301 15,93%
UP2 Capibaribe R$ 9.036.798 R$ 809.161 R$ 3.475.508 R$ 4.284.668 R$ 4.752.130 47,41%
UP3 Ipojuca R$ 3.444.060 R$ 303.597 R$ 217.255 R$ 520.852 R$ 2.923.208 15,12%
UP4 Sirinhaem R$ 1.284.502 R$ 119.267 R$ 61.721 R$ 180.988 R$ 1.103.514 14,09%
UP5 Una R$ 2.718.737 R$ 263.510 R$ 520.583 R$ 784.093 R$ 1.934.644 28,84%
UP6 Mundau R$ 395.593 R$ 36.972 R$ 28.600 R$ 65.572 R$ 330.021 16,58%
UP7 Ipanema R$ 80.461 R$ 7.572 R$ 94.936 R$ 102.508 -R$ 22.047 127,40%
UP8 Moxoto R$ 419.606 R$ 23.471 R$ 86.364 R$ 109.835 R$ 309.771 26,18%
UP9 Pajeu R$ 236.404 R$ 18.056 R$ 49.623 R$ 67.678 R$ 168.725 28,63%
UP10 Terra Nova R$ 58.989 R$ 1.460 R$ 222.774 R$ 224.234 -R$ 165.245 380,13%
UP11 BrIgida R$ 216.037 R$ 8.280 R$ 35.485 R$ 43.765 R$ 172.272 20,26%
UP12 Garcas R$ 399 R$ 29 R$ 71 R$ 100 R$ 299 25,02%
UP13 Pontal R$ 1.611 R$ 82 R$ 32.463 R$ 32.544 -R$ 30.934 2020,56%
UP14 GL1 R$ 4.360.752 R$ 725.303 R$ 201.961 R$ 927.264 R$ 3.433.487 21,26%
UP15 GL2 R$ 1.606.083 R$ 122.989 R$ 404.811 R$ 527.799 R$ 1.078.283 32,86%
UP16 GL3 R$ 23.245 R$ 2.119 R$ 1.079 R$ 3.197 R$ 20.047 13,76%
UP17 GL4 R$ 156.749 R$ 57.894 R$ 4.468 R$ 62.361 R$ 94.388 39,78%
UP18 GL5 R$ 111.041 R$ 10.475 R$ 3.082 R$ 13.557 R$ 97.484 12,21%
UP19 GL6 R$ 221 R$ 6 R$ 84 R$ 91 R$ 130 41,04%
UP20 GI1 R$ 25.895 R$ 1.965 R$ 1.535 R$ 3.499 R$ 22.396 13,51%
UP21 GI2 R$ 15.868 R$ 620 R$ 391 R$ 1.010 R$ 14.858 6,37%
UP22 GI3 R$ 80.931 R$ 4.235 R$ 10.602 R$ 14.836 R$ 66.094 18,33%
UP28 GI9 R$ 2.243 R$ 149 R$ 379 R$ 528 R$ 1.715 23,53%
UP29 Fernando de Noronha R$ 311 R$ 33 R$ 14 R$ 47 R$ 264 15,25%
Sem definição R$ 20.540 R$ 0 R$ 0 R$ 0 R$ 20.540 0,00%
TOTAL R$ 26.757.213 R$ 2.716.003 R$ 5.646.864 R$ 8.362.867 R$ 18.394.345 31,25%
Nota: Eliminadas as UPs 23 a 27 sem cobrança pelo uso da água.

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4.11. VIABILIDADE TÉCNICA DA IMPLEMENTAÇÃO DO MECANISMO DE
COBRANÇA PELO USO DE ÁGUA

A viabilidade técnica se reporta à obtenção de informações necessárias para


aplicação do mecanismo de cobrança proposto. Este mecanismo foi desenvolvido tendo
em vista a disponibilidade de informações, embora algumas devam ainda ser levantadas
com maiores precisões. Neste sentido, portanto, existe viabilidade técnica na implemen-
tação do mecanismo de cobrança, embora sejam necessárias algumas atividades prévias
à implementação da cobrança para obtenção de informações diretas sobre algumas va-
riáveis que são empregadas. Estas demandas serão descritas a seguir.
O mecanismo de cobrança proposto foi elaborado considerando as informações
do Cadastro de Outorgas de Direitos de Uso de Água da APAC. Considerando as datas
de entrada dos protocolos na APAC, elas abrangem as solicitações para uso de águas
superficiais de 16/4/1998 até 8/6/2016, e para uso de águas subterrâneas de 7/1/1998
até 15/12/2016 (existe um protocolo datado de 3/10/2017, que deve estar com data
errada).
O cadastro apresenta muitas informações relevantes e com base nelas foi pos-
sível a realização das simulações que levaram à proposta do mecanismo de cobrança.
Porém, existem também muitas lacunas que deverão ser preenchidas para uma melhor
orientação e precisão dos valores a serem cobrados, quando da implementação da co-
brança. Elas são:

1. Existem falhas de informações diversas que prejudicam a identificação de in-


formações relevantes: São falhas que talvez possam ser facilmente preenchidas
tendo por base as portarias de outorga: bacia hidrográfica, finalidade de uso,
coordenadas e vencimento da outorga. As vazões outorgadas ora são apresen-
tadas em m3/dia, ora em l/s e, em alguns casos, não existem valores outorga-
dos.

2. Não são informados os valores de captação efetiva de água e esta informação é


usada para fins de cálculo da cobrança pela captação de água. Esta inovação
no mecanismo de cobrança permite a cobrança pelo volume anual outorgado e
pelo volume anual efetivamente captado, informado pelo usuário. Para permitir
a adoção desta alternativa, haveria necessidade de se prever o armazenamento
desta informação auto declaratória. Observe-se que no Sistema Nacional de In-

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formações sobre Saneamento – SNIS existem informações sobre volumes de
água produzidos, quais sejam de água potável, sendo que a informação mais
recente é de 2015. Ocorre que além de que o volume produzido não é o volu-
me captado, as informações são agregadas por município. Por exemplo, em
Cabo de Santo Agostinho existem 4 captações com outorgas vigentes não nu-
las, mas apenas uma informação referente à vazão produzida no SNIS. Desta
forma, os valores que poderiam ser obtidos no SNIS não seriam adequados pa-
ra a finalidade considerada.

3. Os corpos hídricos superficiais devem ser enquadrados, pois esta informação é


usada para fins de cálculo da cobrança pela captação de água: Os coeficientes
de captação, Kcap, variam com a classe de qualidade em que o trecho de rio on-
de é realizada a captação foi enquadrado. Segundo a Resolução CONAMA
357/05 que rege a matéria, os corpos de água superficiais brasileiros foram en-
quadrados na classe 2, enquanto não forem reenquadrados. Esta classe foi
adotada genericamente em Pernambuco nas simulações da cobrança, mas a
reavaliação do enquadramento permitiria fazer com que sejam alcançados os
objetivos pelos quais o Kcap foi adotado.

4. Os poços devem identificar as zonas em que se encontram, pois esta informa-


ção é usada para fins de cálculo da cobrança pela captação de água: O Kcap,
quando aplicado à captação das águas subterrâneas, varia com as zonas identi-
ficadas nos aquíferos, com diferentes restrições de uso e vulnerabilidades. Em-
bora as coordenadas do poço permitam identificar a sua localização, seria ade-
quado que esta informação constasse nas outorgas, para fins de conhecimento
dos usuários sobre as restrições de uso e ônus adicional de cobrança que irão
sofrer.
5. Informações sobre eficiência do abastecimento público – uso per capita, perdas
físicas e de faturamento: As informações usadas para cálculo do coeficiente de
eficiência do abastecimento público foram obtidas no Sistema Nacional de In-
formações sobre Saneamento - SNIS. Porém, muitas destas informações são
faltantes e outras provavelmente apresentam incorreções. Deveria ser realizado
um alerta às concessionárias dos serviços de abastecimento de água para que
ocorram esforços na apresentação de informações corretas ao SNIS ou que, al-

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ternativamente, estes valores sejam informados diretamente à APAC pata fins
de cálculo da cobrança.

6. Informações sobre reuso e uso de águas servidas no meio industrial: Estas in-
formações compõem o coeficiente de eficiência adotado para a cobrança pelo
uso de água da indústria. No momento elas não estão disponíveis, e foram des-
consideradas nos cálculos dos valores cobrados. Deverão ser providenciadas
sistemáticas para que sejam informados estes valores à APAC.

7. Informações sobre irrigação - método, manejo do solo e da irrigação: Estas in-


formações são usadas para cálculo da cobrança pelo uso de água na irrigação e
deverão ser previstas formas de apresentação á APAC.

8. Informações sobre irrigação de salvação: A irrigação de salvação recebe um


desconto mediante o coeficiente Ksalv; deverão ser inseridos no cadastro infor-
mações sobre este tipo de outorga.

9. Informação sobre a pecuária: A pecuária extensiva não paga pelo lançamento


de poluentes devendo ser identificados os casos que se inserem nesta catego-
ria.

10. Apenas são apresentadas no cadastro as outorgas de captação de água e não


as de lançamento de efluentes: A Lei 12.982/05 da Política Estadual de Recur-
sos Hídricos de Pernambuco prevê a outorga e cobrança pelas captações de
água e pelo lançamento de poluentes em meio hídrico. Consoante esta indica-
ção, o mecanismo de cobrança cobra por estas duas parcelas. Porém, na falta
de informações sobre os lançamentos de efluentes, pois eles ainda não são ou-
torgados, houve necessidade de serem estimados com uso de coeficientes téc-
nicos. Estes coeficientes são apresentados por categorias de uso de água e,
sendo uma média dos valores encontrados em outras bacias hidrográficas do
país, apresentando grande imprecisão quando aplicados de forma individualiza-
da.

O mecanismo de cobrança prevê a utilização do artifício da vazão de diluição


para cobrança pelo lançamento de efluentes, sendo que as vazões são calculadas tendo

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por base os seguintes poluentes: carga orgânica medida pela Demanda Bioquímica de
Oxigênio - DBO, fósforo total, nitratos, carga de sólidos dissolvidos totais. Porém, coefi-
cientes técnicos existem apenas para a DBO, que é o poluente considerado nos meca-
nismos de cobrança brasileiros. As simulações de cobrança, portanto, basearam-se uni-
camente neste poluente.
Existe, pois, necessidade de que a APAC defina os poluentes que deverão ser
considerados para fins de cobrança pelo uso de água. Suas introduções no SACUAPE são
simples, bastando a alteração dos valores dos limites de concentração nas classes de
qualidade da Resolução CONAMA 357/05, e informar a concentração nas vazões natu-
rais.
Recomenda-se, portanto, que a APAC promova campanhas de cadastro para
estes lançamentos e emita as respectivas outorgas de lançamento de efluentes previa-
mente à implementação da cobrança de forma a obter valores com maior precisão.
Devido à complexidade de consideração de diversos poluentes simultaneamente
nos processos de regularização das outorgas, recomenda-se que inicialmente sejam emi-
tidas as outorgas para a DBO e que as demais, para os demais poluentes, sejam emiti-
das posteriormente.

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5. ANÁLISE DE IMPACTOS SOBRE OS USUÁRIOS

Neste capítulo serão analisados os impactos da metodologia de cobrança pro-


posta para o Estado de Pernambuco sobre três dos grupos de usuários sujeitos à co-
brança: (1) o setor de saneamento básico, no qual recai a maior parte da contribuição
b) o setor de irrigação, por ser o setor mais representativo em termos de volume de
água captado e com problemas conhecidos de capacidade de pagamento e c) o setor
industrial sobre o qual poucas informações existem para estimar a cobrança e seu im-
pacto. Os valores de cobrança são os que foram apresentados no Quadro 3.39.

5.1. IMPACTOS SOBRE O SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO

Os valores cobrados pela captação e pelo lançamento de poluentes a este setor


tiveram por base 87 usuários de águas superficiais e 199 usuários de águas subterrâ-
neas outorgados pela APAC, com outorgas vigentes e com valores de vazão superiores a
zero. Esta base de usuários é, efetivamente, uma lista de pontos de interferência (ou de
captação). De outra forma, trata-se da relação que contém todos os pontos de captação
outorgados, de modo que múltiplas captações podem se referir a um único usuário. Um
exemplo é o sistema da COMPESA de Cabo de Santo Agostinho, que possui quatro pon-
tos de captação outorgados – cada ponto com uma vazão diferente.
Por outro lado, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS,
em seu diagnóstico referente ao ano de 2015, apresentou os valores de Despesas Totais
de Serviço – DTS e as Tarifas Médias de Água e Esgotos – TMAE por metro cúbico de
água faturado por município, o que facilita o cruzamento das informações.
As comparações entre os valores cobrados e os indicadores informados ao SNIS
devem, porém, serem adotadas com cautela. Em alguns casos as captações ocorrem em
um município que não é o mesmo que é suprido. Por exemplo, o município de Recife
paga pouco pela água, provavelmente devido ao seu suprimento depender de captações
em outros municípios. O correto seria que o ônus da cobrança incidisse sobre o municí-
pio que é abastecido e não onde é realizada a captação. Porém, estas vinculações não
são facilmente obtidas e, por isto, manteve-se a análise com estas ressalvas.
Existem também diferenças que podem ser significativas, entre o volume de
água faturado, o volume de água distribuído, o volume de água efetivamente captado e
o volume de água outorgado. O volume outorgado nem sempre é totalmente captado,
devido à necessidade do usuário trabalhar com alguma capacidade ociosa. Em função

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desta situação, no SACUAPE foi estabelecida a cobrança mediante uma média pondera-
da entre a vazão outorgada e a vazão efetivamente captada em um ano (embora não se
tenha informação deste último valor e, assim, manteve a sistemática de se cobrar pelo
volume outorgado. Este volume será denominado a partir de agora como volume anual,
ou vazão sujeita à cobrança – Qcob.
O volume efetivamente captado sofre perdas físicas que fazem com que o vo-
lume distribuído seja inferior ao seu valor; o volume faturado é inferior ao volume distri-
buído devido a problemas de hidrometração e a usos clandestinos. De forma esquemáti-
ca e aproximada, este raciocínio se encontra descrito no Quadro 5.1.

Quadro 5.1 – Formulação matemática para o cálculo da vazão sujeita à co-


brança.
𝑸𝒇𝒂𝒕
𝑸𝒄𝒐𝒃 = (13)
(𝟏−𝑷𝒇𝒂𝒕 )∗(𝟏−𝑷𝒇𝒊𝒔 )

𝑄𝑐𝑜𝑏 Volume de água sujeito à cobrança


𝑄𝑓𝑎𝑡 Volume faturado pela concessionária
𝑃𝑓𝑎𝑡 Perdas percentuais de faturamento
𝑃𝑓𝑖𝑠 Perdas físicas percentuais

A transformação das DTS e da TMAE por m3 de água faturada pela concessio-


nária em m3 de água sujeita à cobrança pela APAC pode ser realizada considerando os
Quadro 5.2 e Quadro 5.3.

Quadro 5.2 – Transformação das DTS por vazão de água faturada pela con-
cessionária em vazão de água sujeita à cobrança pela APAC
𝑫𝑻𝑺
$𝑫𝑻𝑺 = 𝑸𝒇𝒂𝒕
=𝑸 𝑫𝑻𝑺

𝒄𝒐𝒃∗{𝟏−𝑷𝒇𝒂𝒕 }∗{𝟏−𝑷𝒇𝒊𝒔 }
(14)
𝑫𝑻𝑺
= $𝑫𝑻𝑺 ∗ {𝟏 − 𝑷𝒇𝒂𝒕 } ∗ {𝟏 − 𝑷𝒇𝒊𝒔 }
𝑸𝒄𝒐𝒃
$𝑫𝑻𝑺 Valor a ser cobrado pelas Despesas Totais de Serviço - DTS
𝑫𝑻𝑺 Despesas Totais de Serviço
𝑸𝒇𝒂𝒕 Volume faturado pela concessionária
𝑸𝒄𝒐𝒃 Volume de água sujeito à cobrança
𝑷𝒇𝒂𝒕 Perdas percentuais de faturamento
𝑷𝒇𝒊𝒔 Perdas físicas percentuais

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Quadro 5.3 – Transformação da TMAE por vazão de água faturada pela con-
cessionária em vazão de água sujeita à cobrança pela APAC
𝑻𝑴𝑨𝑬 𝑻𝑴𝑨𝑬
$𝑻𝑴𝑨𝑬 = 𝑸𝒇𝒂𝒕
= 𝑸

𝒄𝒐𝒃∗{𝟏−𝑷𝒇𝒂𝒕}∗{𝟏−𝑷𝒇𝒊𝒔} (15)
𝑻𝑴𝑨𝑬
= $𝑫𝑻𝑺 ∗ {𝟏 − 𝑷𝒇𝒂𝒕 } ∗ {𝟏 − 𝑷𝒇𝒊𝒔 }
𝑸𝒄𝒐𝒃

$𝑻𝑴𝑨𝑬 Valor a ser cobrado de acordo com as Tarifas Médias de Água e Esgotos - TMAE
𝑻𝑴𝑨𝑬 Tarifas Médias de Água e Esgotos
𝑸𝒇𝒂𝒕 Volume faturado pela concessionária
𝑄𝑐𝑜𝑏 Volume de água sujeito à cobrança
𝑷𝒇𝒂𝒕 Perdas percentuais de faturamento
𝑷𝒇𝒊𝒔 Perdas físicas percentuais
$𝑫𝑻𝑺 Valor a ser cobrado pelas Despesas Totais de Serviço - DTS

Ou seja, ao se multiplicar os valores de DTS e de TMAE por volume faturado de


água pelos complementos das perdas de faturamento e físicas são obtidos os valores de
DST e de TMAE por volume sujeito à cobrança pela APAC. Estes valores podem ser
comparados com o valor cobrado por m3 sujeito à cobrança para se avaliar o seu impac-
to sobre o faturamento da empresa concessionária dos serviços de saneamento.
O Quadro 5.4 mostra os valores mínimos, máximos de médios de parâmetros
que permitem avaliar o impacto da cobrança sobre o coletivo dos sistemas de abasteci-
mento público em Pernambuco. A cobrança por volume sujeito à cobrança (ou seja, a
média ponderada do volume outorgado e do volume efetivamente captado) mostra a
amplitude dos valores por metro cúbico cobrados às prestadoras de serviços de água e
esgotos2. As que captam águas subterrâneas, devido a imposição de maiores ônus, pa-
gam mais. Os valores máximos a serem cobrados por volume são de R$0,121/m3 e R$
0,239/m3, para águas superficiais e subterrâneas, respectivamente, adotando-se as PPU
referenciais, chegando a R$ 0,243 e R$ 0,478, para as mesmas águas superficiais e sub-
terrâneas, para os PPUs multiplicadas por 2.
Os valores de cobrança como percentuais das Despesas Totais de Serviços e da
Tarifa Média de Água e Esgotos oferece respostas à pergunta: quando que a cobrança
pelo uso da água bruta incrementará as DTSs e, se for integralmente repassado aos

2
Alerta-se que neste caso a cobrança se aplica à captação de água e ao lançamento de poluen-
tes; o quociente é realizado pela divisão deste valor pelo volume de água sujeito à cobrança.

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consumidores finais, quanto as tarifas de água e esgotos deverão ser em média aumen-
tadas?
Nota-se que em média, os incrementos são pequenos, entre 2,00% e 4,01% no
caso da DTS para captação de água subterrânea considerando o PPURef e o PPURefX2,
respectivamente. Os valores máximos podem atingir quase 24%, caso da tarifa de água
subterrânea e PPURefX2, mas isto pode ser reflexo do preenchimento equivocado das
informações do SNIS, como poderá ser avaliado em seguida.

Quadro 5.4 – Impacto da cobrança sobre o Setor de Abastecimento Público.


Preços
Cobrança/ m3 sujeito a Cobrança/ Despesas To- Cobrança/tarifa média
públicos Impacto
cobrança (R$) tais Serviços - DTS (%) água e esgoto (%)
unitários
Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea

PPU Mínimo R$ 0,057 R$ 0,071 0,09% 0,11% 0,10% 0,37%


referencial Máximo R$ 0,121 R$ 0,239 8,04% 11,82% 13,00% 11,38%

Médio R$ 0,069 R$ 0,109 1,47% 2,00% 1,72% 1,66%

Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea


PPU Mínimo R$ 0,086 R$ 0,107 0,13% 0,17% 0,15% 0,55%
referenci-
alX1,5 Máximo R$ 0,182 R$ 0,359 12,07% 17,73% 19,50% 17,07%

Médio R$ 0,104 R$ 0,163 2,20% 3,01% 2,57% 2,49%

Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea


PPU Mínimo R$ 0,114 R$ 0,142 0,18% 0,23% 0,21% 0,73%
referenci-
alX2 Máximo R$ 0,243 R$ 0,478 16,09% 23,64% 26,00% 22,75%

Médio R$ 0,138 R$ 0,218 2,93% 4,01% 3,43% 3,32%

No Anexo V são apresentados os mesmos parâmetros de avaliação dos impac-


tos da cobrança pela água bruta nos prestadores municipais dos serviços de abasteci-
mento de água e esgotamento sanitário, considerando cada conjunto de PPus conside-
rados. Diferentemente do Quadro 5.4, em que os impactos foram avaliados para cada
outorga, sendo que os prestadores de um mesmo município podem ter várias, nestes,
os indicadores são apresentados por município.
Para sua confecção foram somados os valores cobrados de águas superficiais e
subterrâneas em cada município, e os valores comparados com as informações de Des-
pesas Totais de Serviços - DTS e de Tarifa Média de Água e Esgotos – TMAE fornecidas
ao SNIS em 2015.

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Nota-se que não foi possível obter os valores dos parâmetros de impacto para
vários municípios, seja por não terem outorgas no cadastro da APAC, e assim não poder
ser calculada a cobrança, seja por não constarem informações no SNIS. Foram elimina-
dos os municípios em que uma ou outra informação não se achava disponível.
Foi realizada uma análise dos valores dos indicadores cobrança/DTS e cobran-
ça/TMAE, ou seja, quanto a cobrança aumentaria percentualmente as despesas totais
dos serviços, e quanto a cobrança capturaria da arrecadação tarifária, respectivamente.
O Quadro 5.5 resume os resultados, apresentando os municípios mais afetados pela
cobrança ao pagarem a PPU referencial e a PPU referencial multiplicada por 2.
Duas situações contribuem para que a cobrança seja significativa face às DTS
ou às TMAE: que ambas sejam pequenas comparativamente às dos demais municípios.
Chama a atenção que esta amostra de municípios mais impactados apresente valores de
DTS/m3 e de TMAE/m3 consideravelmente inferiores às médias do universo daqueles
que declararam estes valores ao SNIS. A média das DTS/m3 da amostra dos municípios
mais impactados é 7% da do universo dos municípios que fizeram declaração ao SNIS
(R$ 1,21 em relação a R$ 18,36 por m3 outorgado) e a média das TMAE/m3 da amostra
é 32% da do universo dos que fizeram declaração ao SNIS (R$ 1,31 em relação a R$
4,15 por m3 outorgado).
Em termos médios para os municípios que apresentaram declarações ao SNIS,
os impactos da cobrança são apresentados ao pé do Quadro 5.5. A cobrança pelo uso
da água representa entre 5% e 10% das despesas totais de serviço, e em termos de
comprometimento das tarifas cobradas de água e esgotos ficariam, entre 4% e 8%,
dependendo da PPU adotada.
Chama a atenção que, na média, as DTS são superiores às TMAE, o que signifi-
ca que parte relevante dos municípios não recuperam os custos dos serviços prestados:
dos 182 que apresentaram declaração em 2015, 68, ou seja, 37%, não recuperam os
custos. As diferenças entre as TMAEs e as DTSs, que seriam o que as prestadoras de
serviços teriam para investir, são superiores a 15% em 91 municípios, superiores a 25%
em 64 municípios e superiores a 50% em apenas 20 municípios.
Estes valores sugerem que deverá ser permitido às prestadoras dos serviços de
abastecimento de água e de esgotamento sanitário repassarem os valores da cobrança
pela água bruta aos seus clientes, de forma a serem mantidas as suas saúdes financei-
ras. O impacto resultante de aumento das tarifas de água e esgoto, como acima foi
afirmado, está entre 4 e 8%, na média, podendo ser maior, dependendo do munícipio
considerado.

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Quadro 5.5 – Resumo dos impactos da cobrança sobre as prestadoras de serviços de abastecimento público e esgotamento sani-
tário dos municípios mais afetados, considerando a cobrança pela PPU referencial e pela PPU referencial multiplicada por 2.
Outorga Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/TMAE
Município Empresa Cobrança DTS/m3 TMAE/m3
(hm3/ano) m3 (R$) DTS (%) (%)

R$ 1.530.405 R$ 0,07 11,63% 5,66%


Abreu E Lima COMPESA 21,02 R$ 0,63 R$ 1,29
R$ 3.060.810 R$ 0,15 23,26% 11,33%
R$ 45.593 R$ 0,07 7,57% 4,67%
Alianca COMPESA 0,63 R$ 0,96 R$ 1,55
R$ 91.185 R$ 0,15 15,14% 9,34%
R$ 23.459 R$ 0,07 34,37% 29,00%
Amaraji SERHE/PE 0,33 R$ 0,21 R$ 0,25
R$ 46.919 R$ 0,14 68,74% 58,00%
R$ 272.264 R$ 0,07 5,81% 5,87%
Barreiros COMPESA 3,83 R$ 1,22 R$ 1,21
R$ 544.529 R$ 0,14 11,62% 11,74%
R$ 48.787 R$ 0,07 11,33% 8,02%
Buenos Aires COMPESA 0,68 R$ 0,63 R$ 0,89
R$ 97.575 R$ 0,14 22,66% 16,04%
R$ 650.835 R$ 0,08 4,89% 7,30%
Cabo Santo Agostinho COMPESA 8,42 R$ 1,58 R$ 1,06
R$ 1.301.669 R$ 0,15 9,78% 14,60%
R$ 900.836 R$ 0,07 12,55% 13,78%
Catende PREFEITURA 12,61 R$ 0,57 R$ 0,52
R$ 1.801.673 R$ 0,14 25,11% 27,56%
R$ 32.056 R$ 0,06 2,75% 15,16%
Cortes PREFEITURA 0,50 R$ 2,32 R$ 0,42
R$ 64.111 R$ 0,13 5,50% 30,32%
R$ 6.827 R$ 0,09 3,74% 7,19%
Cumaru COMPESA 0,08 R$ 2,43 R$ 1,27
R$ 13.653 R$ 0,18 7,48% 14,37%
R$ 900.836 R$ 0,07 4,80% 3,94%
Escada COMPESA 12,61 R$ 1,49 R$ 1,81
R$ 1.801.673 R$ 0,14 9,60% 7,88%
R$ 1.212.738 R$ 0,07 2,19% 5,11%
Igarassu COMPESA 17,04 R$ 3,25 R$ 1,39
R$ 2.425.476 R$ 0,14 4,38% 10,21%

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Outorga Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/TMAE
Município Empresa Cobrança DTS/m3 TMAE/m3
(hm3/ano) m3 (R$) DTS (%) (%)
R$ 63.782 R$ 0,09 19,22% 10,13%
Itamaraca COMPESA 0,70 R$ 0,47 R$ 0,90
R$ 127.564 R$ 0,18 38,44% 20,27%
R$ 11.959 R$ 0,09 5,84% 4,24%
Itapissuma COMPESA 0,13 R$ 1,56 R$ 2,15
R$ 23.918 R$ 0,18 11,68% 8,48%
R$ 56.302 R$ 0,07 8,11% 6,16%
Itaquitinga COMPESA 0,79 R$ 0,88 R$ 1,16
R$ 112.605 R$ 0,14 16,22% 12,32%
R$ 218.840 R$ 0,07 4,58% 4,75%
Jaboatao Guararapes COMPESA 3,10 R$ 1,54 R$ 1,49
R$ 437.679 R$ 0,14 9,17% 9,49%
R$ 12.950 R$ 0,07 6,05% 4,55%
Joaquim Nabuco COMPESA 0,18 R$ 1,18 R$ 1,57
R$ 25.899 R$ 0,14 12,10% 9,10%
R$ 3.189 R$ 0,09 6,06% 4,94%
Mirandiba COMPESA 0,04 R$ 1,50 R$ 1,84
R$ 6.378 R$ 0,18 12,12% 9,87%
R$ 47.611 R$ 0,07 5,05% 2,59%
Moreno COMPESA 0,69 R$ 1,36 R$ 2,65
R$ 95.223 R$ 0,14 10,09% 5,18%
R$ 2.870 R$ 0,09 5,48% 7,07%
Oroco COMPESA 0,03 R$ 1,66 R$ 1,29
R$ 5.740 R$ 0,18 10,96% 14,14%
R$ 216.680 R$ 0,09 12,76% 7,66%
Paulista COMPESA 2,52 R$ 0,67 R$ 1,12
R$ 433.359 R$ 0,17 25,51% 15,33%
R$ 1.581 R$ 0,08 6,81% 3,26%
Petrolina COMPESA 0,02 R$ 1,21 R$ 2,53
R$ 3.162 R$ 0,16 13,61% 6,52%
R$ 22.275 R$ 0,15 8,69% 10,91%
Recife COMPESA 0,15 R$ 1,76 R$ 1,40
R$ 44.549 R$ 0,31 17,38% 21,81%

Rio Formoso COMPESA R$ 73.355 1,09 R$ 0,95 R$ 0,72 R$ 0,07 7,09% 9,39%

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Outorga Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/TMAE
Município Empresa Cobrança DTS/m3 TMAE/m3
(hm3/ano) m3 (R$) DTS (%) (%)
R$ 146.709 R$ 0,13 14,18% 18,79%
R$ 1.395 R$ 0,09 42,04% 9,95%
Santa Cruz COMPESA 0,02 R$ 0,22 R$ 0,91
R$ 2.790 R$ 0,18 84,08% 19,90%
R$ 3.908.932 R$ 0,07 7,99% 8,38%
Sao Lourenco Da Mata COMPESA 55,17 R$ 0,89 R$ 0,85
R$ 7.817.865 R$ 0,14 15,97% 16,77%
R$ 285.186 R$ 0,07 6,26% 6,84%
Sirinhaem COMPESA 4,16 R$ 1,09 R$ 1,00
R$ 570.371 R$ 0,14 12,53% 13,68%
R$ 103.944 R$ 0,07 12,15% 6,65%
Tamandare COMPESA 1,45 R$ 0,59 R$ 1,08
R$ 207.887 R$ 0,14 24,30% 13,31%
R$ 1.491 R$ 0,09 5,74% 3,27%
Tracunhaem COMPESA 0,02 R$ 1,59 R$ 2,79
R$ 2.982 R$ 0,18 11,48% 6,53%
R$ 12.381 R$ 0,11 14,08% 8,70%
Verdejante COMPESA 0,11 R$ 0,76 R$ 1,24
R$ 24.761 R$ 0,22 28,17% 17,39%
R$ 828.034 R$ 0,07 7,16% 7,58%
Vicencia COMPESA 11,59 R$ 1,00 R$ 0,94
R$ 1.656.069 R$ 0,14 14,32% 15,17%
PPU Referencial
Mínimo R$ 265,93 0,004 R$ 0,21 R$ 0,25 R$ 0,061 0,01% 0,29%
Máximo R$ 3.908.932 55,166 R$ 1.185,04 R$ 31,53 R$ 0,192 42,04% 29,00%
Médio R$ 213.485 3,021 R$ 18,36 R$ 4,15 R$ 0,081 4,92% 3,95%
PPU Referencial X 2
Mínimo R$ 531,86 0,004 R$ 0,21 R$ 0,25 R$ 0,121 0,02% 0,58%
Máximo R$ 7.817.865 55,166 R$ 1.185,04 R$ 31,53 R$ 0,384 84,08% 58,00%
Médio R$ 426.970 3,021 R$ 18,36 R$ 4,15 R$ 0,161 9,84% 7,90%

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 134
5.2. IMPACTOS SOBRE O SETOR INDUSTRIAL

Na fase antecedente ao início da cobrança pelo uso de água bruta no Brasil, um


dos aspectos relevantes mais questionados, principalmente pelos usuários industriais de
recursos hídricos, referia-se ao incremento da cobrança sobre os custos finais da produ-
ção indústria. Isto teria consequências na comercialização dos bens produzidos, quer fos-
se a água usada como insumo de processo produtivo, quer como meio de diluição de
efluentes (Pedras, 2003).
Apesar de quase todas as indústrias usarem água como um fator de produção, a
literatura sobre análise econométrica do uso industrial de água é escassa. Esta escassez
pode ser atribuída às especificidades do papel da água no setor industrial e à dificuldade
para se obter os dados necessários para se estimar os modelos econométricos. A água
pode ser destinada a diversos fins nos estabelecimentos industriais, participando direta-
mente como matéria-prima nos processos produtivos ou sendo utilizada para propósitos
puramente sanitários, dentre outros. Estas múltiplas finalidades do uso industrial da água
exigem uma modelização mais complexa deste fator de produção, se comparado ao tra-
tamento analítico normalmente dispensado aos demais insumos produtivos analisados
pela teoria econômica (capital, trabalho, energia e matérias-primas).
Existem também dificuldades para obtenção de informações primárias que possi-
bilitem avaliar os impactos da cobrança no meio industrial. Foram empreendidos esforços
para obter dados primários com o setor, mediante contatos com empresas do estado de
Pernambuco, mas não foi possível obter dados contábeis. Isto é compreensível, haja vista
que são dados estratégicos para as empresas. Além disto, mesmo quando se dispõe de
informações de balanço das Sociedades Anônimas, eles muitas vezes são elaborados para
conglomerados industriais, havendo dificuldade de separação dos custos que se referem
especificamente à unidade objeto de cobrança, dos custos informados globais. Isto é cada
vez mais encontrado no processo de especialização da indústria moderna, no qual muitas
fases de produção são distribuídas em diferentes unidades especializadas, que geram
insumos para as que finalizam os produtos. Não é viável nesta situação avaliar o impacto
da precificação da água nos custos operacionais por meio de simples consulta a balanços
agregados do conglomerado industrial.
Por isso, a alternativa neste e em trabalhos apresentados na literatura sobre o
impacto da cobrança no meio industrial é estimá-los por meio de dados secundários. Usa-
se coeficientes técnicos apresentados na literatura, ou obtidos mediante sigilo, ou por

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informação de especialistas, após extensa pesquisa bibliográfica. Neste estudo foram
também usados canais oficiais dos órgãos gestores de recursos hídricos, das agências e
dos comitês de bacia hidrográfica no Brasil.
Este item avaliará o impacto (ou aumento de custo de produção) decorrente da
implementação da cobrança pelo uso da água no meio industrial adotando três aborda-
gens. Na primeira recorre-se a dados da literatura como forma de dimensionar a sensibili-
dade da indústria à cobrança, comparando-os aos valores cobrados pelo mecanismo pro-
posto em Pernambuco. Na segunda realiza-se outra comparação indireta: considerando
que as indústrias da bacia do rio São Francisco aprovaram a cobrança e que, assim, jul-
gam não existirem impactos insuportáveis nos preços cobrados pela água, avaliou-se os
custos que suportarão por m3 de água captada com os que as indústrias suportarão em
Pernambuco caso em que seja aplicado o mecanismo de cobrança proposto em cada ca-
so. Finalmente, na última abordagem foram selecionadas as maiores indústrias usuárias
de água em Pernambuco e, com base em coeficientes técnicos, os incrementos nos cus-
tos de produção foram estimados.
Julga-se que, finalmente, o melhor ambiente para avaliação destes impactos
consiste nas discussões que deverão ser oportunamente realizadas nos Comitês de Bacia
Hidrográfica de Pernambuco, referente ao mecanismo de cobrança proposto. Nestes fó-
runs, os representantes industriais, que detém as informações sobre a natureza dos pro-
cessos que adotam, poderão avaliar internamente os impactos e ponderar sobre a ade-
quação do ônus que lhes for atribuído.

5.2.1. Abordagem 1: Avaliação com dados na literatura

A preocupação com a eficiência no uso da água pela indústria vem ocupando lu-
gar de destaque nas estratégias competitivas das empresas nacionais, especialmente as
que utilizam mais intensivamente o recurso. O mercado e os consumidores também sina-
lizam às empresas que o uso racional dos recursos hídricos deve fazer parte dos proces-
sos produtivos de forma a permitir a produção de bens e serviços com menor demanda
desse recurso e com emissões hídricas menores. Como resultado, observa-se o desenvol-
vimento e a implementação de diferentes metodologias e padrões referenciais para uni-
formização das métricas e indicadores associados ao uso dos recursos hídricos, de forma
a diferenciar produtos e empresas com melhor desempenho em relação ao uso da água
(CNI, 2013). Isto tende a reduzir a exposição do setor à cobrança pelo uso de água, antes
mesmo da sua implantação, especialmente naquelas mais modernas e mais intensivas em
uso de água.

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 136
A demanda de água na indústria reflete o tipo de produto ou serviço que está
sendo produzido e os processos industriais associados. A intensidade do uso da água de-
pende de vários fatores, dentre eles, o tipo de processo e de produtos, tecnologias em-
pregadas, boas práticas e maturidade da gestão. No que se refere a utilização de água no
processo produtivo, pode-se observar diversas funções, tais como: matéria-prima e rea-
gentes; solventes de substâncias sólidas, líquidas e gasosas; lavagem e retenção de ma-
teriais contidos em misturas; veículo de suspensão; e operações envolvendo transmissão
de calor (ANA, 2017).
Sem embargo, quando se avalia os custos operacionais de cada usuário e o vo-
lume de água por ele consumido em determinado período, constata-se em geral que a
cobrança pelo uso da água é um fator de menor relevância econômica para a atividade
industrial. Por exemplo, em levantamentos realizados sob sigilo junto às indústrias do Rio
Grande do Sul, verificou-se que o custo operacional por unidade de água captada usual-
mente é muito baixo (Lanna, 1999).
A quociente destes dois fatores, custo operacional e volume de água captado,
permite estimar a sensibilidade do usuário ao custo da água. Assim, em uma determinada
indústria, quando o quociente for alto, sua sensibilidade ao custo da água seria pequena
em face dos demais custos. Por outro lado, quanto menor o quociente, mais sensível seria
a indústria ao custo da água.
O Quadro 5.6 correlaciona diversas tipologias industriais com o quociente “custo
operacional/m3 de água captada”, tendo por base entrevistas realizadas no Rio Grande do
Sul.
Quadro 5.6 – Tipologia versus custo operacional/m3 de água captada
Custo operacional por m3
Tipologia Industrial
de água captada
Metalurgia 345
Metal / mecânica
Equipamentos de refrigeração 1.200
Curtumes 60
Couros Beneficiamento de couros 50
Calçados 2.800
Abate de bovinos 145
Frigoríficos Abate de suínos 140
Abate de aves 125
Papel e Celulose 5,5
Têxtil 63
Alimentos 235
Bebidas não alcoólicas 260
Química fina 1.285

Fonte: LANNA (1999)

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A análise do Quadro 5.6 mostra que os setores de papel e celulose, couro (be-
neficiamentos e curtumes), têxtil, frigoríficos, alimentos e bebidas não alcoólicas são os
mais sensíveis a precificação do uso da água, nesta ordem.
Pedras (2003) realizou uma avaliação do montante da cobrança anual para cada
indústria na bacia do Paraíba do Sul, de acordo com mecanismo de cobrança que vigia na
época. Para cada indústria foi apresentado o cálculo do aumento percentual do seu custo
operacional em decorrência da introdução da cobrança pelo uso da água. Os resultados
encontrados para os aumentos médios percentuais dos custos operacionais, por setor,
estão disponíveis no Quadro 5.7. Atenção deve ser dirigida ao setor sucroalcooleiro, re-
levante em Pernambuco, com 0,7216% de incremento, mas ainda aparentemente supor-
tável.
Quadro 5.7 – Aumento médio do custo por setor produtivo
Percentual médio de aumento
Segmento industrial
do custo de produção
Alimentos 0,0082
Frigoríficos 0,0134
Laticínios 0,0066
Papeleiras 0,0539
Têxtil 0,0530
Sucroalcooleiro 0,7216
Fonte: PEDRAS, 2003.

5.2.2. Abordagem 2: Comparação com a cobrança na bacia do rio São Francis-


co

Os resultados obtidos para o setor industrias no estado de Pernambuco são re-


sumidos no Quadro 5.8, tendo por base os valores mínimos, máximos e médios por me-
tro cúbico de volume de água sujeito a cobrança. Notar que estes valores podem ser sig-
nificativamente alterados quando os valores de DBO forem informados e não estimados
pelos coeficientes técnicos que foram adotados, como neste caso, baseado nas cargas de
poluição lançadas pelas indústrias da bacia do rio São Francisco.
A cobrança unitária das indústrias com captações superficiais é idêntica a R$
0,051/m3 a R$ 0,102/m3, dependendo da PPU adotada, já que as cargas de DBO foram
estimadas em função dos volumes utilizados sujeitos à cobrança e se supôs que os corpos
de água estejam enquadrados na classe 2 da Resolução CONAMA 357/2005.

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Quadro 5.8 – Resumo dos valores de cobrança unitária da indústria em Per-
nambuco, com o mecanismo de cobrança proposto e as distintas PPU.
Cobrança por m3 outorgado (R$/m3)
PPURef PPURefX1,5 PPURefX2
Superficial Subterrâneo Superficial Subterrâneo Superficial Subterrâneo
Mínimo R$ 0,051 R$ 0,065 R$ 0,076 R$ 0,097 R$ 0,102 R$ 0,130
Máximo R$ 0,051 R$ 0,165 R$ 0,076 R$ 0,247 R$ 0,102 R$ 0,330
Médio R$ 0,051 R$ 0,081 R$ 0,076 R$ 0,121 R$ 0,102 R$ 0,161

Para as captações subterrâneas os valores são distintos, devido as diferentes zo-


nas aquíferas, com pesos distintos: a média dos custos unitários está entre R$ 0,081/m3
R$ 0,161/m3 sendo que a amplitude está entre R$ 0,065/m3 e R$ 0,330/m3. O valor má-
ximo é aplicado a uma única indústria localizada na Zona A, do Cabo, região com maior
restrição de extração de águas subterrâneas e, devido a isto, com maior coeficiente de
captação.
O Quadro 5.9 apresenta os valores que as indústrias pagariam na bacia do rio
São Francisco a partir da introdução do novo mecanismo de cobrança, aprovado em 2017
naquela bacia. Verifica-se que em média o ônus R$ 0,055 por m3 de água captada, com
amplitude de valores entre R$ 0,024/m3 e R$ 0,120/m3. O valor médio é um pouco supe-
rior à cobrança unitária prevista para indústrias captando águas superficiais em Pernam-
buco, considerando a PPU referencial, mais baixa. E, ainda com o PPU referencial, o valor
máximo unitário de captação de água subterrânea de uma única indústria em Pernambu-
co é cerca de 40% maior do que o valor unitário máximo na bacia do São Francisco, re-
sultante de sua captação se localizar na zona aquífera com maiores restrições e maior
ônus da cobrança. Para as demais PPUs, os valores que seriam cobrados em Pernambuco
superariam os aplicados nas águas de domínio da União na bacia do rio São Francisco.
Para águas superficiais a cobrança por m3 seria 25% superior para a PPURefX1,5 e 102%
para a PPURefX2. Para as águas subterrâneas seriam, em média, 1,95 e 3,15 vezes maiores
que o valor médio da bacia do rio São Francisco, usando-se respectivamente as PPURefX1,5
e PPURefX2.
Por estes fatores, mesmo considerando que algumas indústrias presentes em
Pernambuco não existam na bacia do rio São Francisco, se pode deduzir que os valores
cobrados e os respectivos impactos são da mesma ordem de grandeza, caso seja adotada
a PPURef. Se foram aceitos na bacia do rio São Francisco, existem indícios que poderão
ser igualmente serem aceitos no estado de Pernambuco. Já para as demais PPUs, haverá
necessidade de maiores avaliações.

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 139
Diante dos resultados, em que pese a fragilidade das estimativas dos lançamen-
tos de DBO, se pode concluir que os impactos ou incrementos de custos de produção da
cobrança pelo uso de água da indústria em Pernambuco, caso seja adotada a PPURef, são
compatíveis com os que serão absorvidos pelas indústrias da bacia do rio São Francisco,
que aprovaram o novo mecanismo de cobrança. Para as PPU Ref 1,5 e PPURefX2 os impactos
X

são maiores, especialmente quando as águas captadas são subterrâneas.


A possibilidade de as indústrias assumirem este ônus da cobrança pelo uso da
água bruta sem impactos que inviabilizem suas competitividades deve ser mais bem ava-
liada considerando informações não disponibilizadas. Possivelmente, cada indústria que se
sinta afetada deverá apresentar sua própria contabilidade, caso se sinta prejudicada.
No item a seguir busca-se aprofundar esta análise considerando as indústrias
com maiores outorgas de direito de uso de água em Pernambuco, tendo por base, ainda,
informações secundárias sobre seus custos operacionais. Será mais uma alternativa de
avaliação dos impactos, que é oferecida como alternativa ao uso de informações mais
precisas, que não são disponibilizadas pelas indústrias, por questões naturais de sigilo.

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Quadro 5.9 - Relação de indústrias cobradas na bacia do Rio São Francisco em 2016, com mecanismo aprovado em 2017
Sede do Vazão de Vazão lan- Vazão con- Carga Valor Preço
Sede do
Razão Social UF empreendi- UF captação çamento sumo Orgânica cobrado unitário
usuário
mento (m3/ano) (m3/ano) (m3/ano) (kg/ano) (kg/ano) ($/m3)
White Martins Gases Industriais Iguatama MG Iguatama MG 418.860,00 8.784,00 410.076,00 305,419 R$ 19.483 R$ 0,047
Ligas De Alumínio S/A - Liasa Belo Horizonte MG Pirapora MG 553.425,60 10.980,00 542.445,60 785,07 R$ 25.872 R$ 0,047
Embaré Indústrias Alimentícias Lagoa da Prata MG Lagoa da Prata MG 1.756.800,00 623.488,32 1.133.311,68 54056,437 R$ 83.471 R$ 0,048
Peixoto Gonçalves S.A. Neópolis SE Neópolis SE 196.664,98 140.544,00 56.120,98 11243,52 R$ 9.204 R$ 0,047
Elder Mauricio Pessoa de Souza Xique-Xique BA Xique-Xique BA 17.280,00 - 17.280,00 0 R$ 829 R$ 0,048
Fernando Jose Teixeira Tolenti-
Paulo Afonso BA Abaré BA 2.400,00 0,12 2.399,88 0 R$ 115 R$ 0,048
no
V.A Da Silva Epp Cabrobó PE Cabrobó PE 60.480,00 60.480,00 - 0 R$ 1.452 R$ 0,024
Dantas e Leite Ind. e Com. Petrolina PE Petrolina PE 18.250,00 0,29 18.249,71 0 R$ 876 R$ 0,048
Abatal - Abatedouro Almeida
Juazeiro BA Juazeiro BA 158.400,00 139.040,00 19.360,00 8342,4 R$ 6.579 R$ 0,042
Ltda – ME
Comary - Indústria Brasileira
Petrolina PE Petrolina PE 28.490,00 11.352,00 17.138,00 4086,72 R$ 2.287 R$ 0,080
Bebidas Ltda
JBS S/A Juazeiro BA Juazeiro BA 506.800,00 377.951,76 128.848,24 32125,899 R$ 24.285 R$ 0,048
Curtume Moderno S/A Petrolina PE Petrolina PE 182.450,00 158.730,00 23.720,00 42063,45 R$ 17.348 R$ 0,095
Siniat S/A Min., Ind. E Com. Petrolina PE Petrolina PE 50.120,00 0,01 50.119,99 0,001 R$ 2.406 R$ 0,048
Niagro –
Petrolina PE Petrolina PE 198.432,00 198.432,00 - 40579,344 R$ 16.698 R$ 0,084
Nichirei do Brasil Agrícola
Fabrica da Pedra S/A Fiação E Delmiro Gou-
AL Delmiro Gouveia AL 261.324,00 140.544,00 120.780,00 6324,48 R$ 10.754 R$ 0,041
eecelagem veia
Netuno Internacional S/A Paulo Afonso BA Paulo Afonso BA 115.200,00 102.240,00 12.960,00 10224 R$ 6.005 R$ 0,052
Associação do Abatedouro
Paulo Afonso BA Paulo Afonso BA 48.576,00 47.521,44 1.054,56 15682,075 R$ 5.837 R$ 0,120
Municipal São
V M De Sá - Iogurte Paulo Afonso BA Paulo Afonso BA 38.880,00 38.880,00 - 466,56 R$ 1.026 R$ 0,026
Fonte: Valores das colunas 1 a 9, Agência Peixe Vivo, 2017, colunas 10 e 11 foram calculadas com mecanismo aprovado.

Mínimo R$ 0,024
Máximo R$ 0,120
Médio R$ 0,055

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5.2.3. Abordagem 3: Seleção das indústrias com maior intensidade de uso
de água em Pernambuco

Nos últimos anos, alguns métodos indiretos para cálculo da demanda de água
pela indústria foram propostos para o Brasil, em escala nacional (ANA, 2017). Eles es-
tão associados com a aplicação de matrizes de coeficientes técnicos considerando três
variáveis principais: (i) faturamento bruto; (ii) volume produzido e (iii) número de em-
pregados. Entretanto, estes métodos apresentam importantes limitações, tais como
necessidade de conversão de unidades monetárias e flutuações cambiais; indisponibili-
dade de dados de produção industrial em larga escala para aplicação de coeficientes
técnicos; ou ainda níveis hierárquicos pouco detalhados, ou seja, com o uso de poucas
tipologias industriais para definição de coeficientes técnicos e sua aplicação em dados
de número de empregados.
O melhor caminho na busca do conhecimento e da quantificação da demanda
hídrica atrelada à cadeia produtiva é por meio das outorgas de direito de uso da água.
As outorgas contêm informações que possuem o maior grau de sistematização em es-
cala regional e nacional. Contudo, existe um conjunto de dificuldades para a consolida-
ção das estimativas da demanda hídrica para o setor. Entre elas a constatação de que
as outorgas muitas vezes se resumem aos valores de captação de água, não sendo
informados os lançamentos e sua qualidade, por exemplo, como ocorre em Pernambu-
co, neste momento. Devido a isto, é necessária a aplicação de métodos indiretos para
cálculo das vazões de lançamento nos corpos hídricos e as suas concentrações de po-
luentes.
Para este estudo, o cálculo do impacto da Cobrança pelo Uso da Água nos
usuários do setor industrial foi elaborado considerando tanto os coeficientes técnicos
estimados pela Confederação Nacional das Indústrias – CNI (CNI, 2013), quanto por
pesquisas associadas à dados de produção de empresas do segmento.
Por meio das outorgas de captação emitidas pela Agência Pernambucana de
Águas e Clima - APAC, identificou-se os maiores usuários de água do setor industrial.
Através dos seus CNPJ’s, disponíveis no cadastro, também foi possível identificar o
setor produtivo, pelo Código Nacional de Atividade Econômica - CNAE. Foi assim possí-
vel encontrar a atividade econômica principal de cada um dos usuários. Exceção se faz,
contudo, aos usuários cuja finalidade de uso é a geração de energia elétrica, que fo-
ram desconsiderados nesta análise.
A relação dos usuários selecionados com suas respectivas atividades econômi-
cas e vazões outorgadas encontra-se no Quadro 5.10. Verifica-se que, dentre os mai-

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ores usuários do setor industrial de Pernambuco, a atividade econômica predominante
corresponde aos setores de Fabricação de cervejas e chopes; Produção de alumínio e
suas ligas em formas primárias; Fabricação de vidro plano; e Fabricação de automó-
veis, camionetas e utilitários, para os usuários de águas subterrâneas. Para os usuários
de águas superficiais a atividade econômica predominante é a de Fabricação de Açúcar
em Bruto e a de Fabricação de álcool.
Os resultados dos cálculos da cobrança pelo uso de recursos hídricos usando o
mecanismo proposto para Pernambuco, considerando os usuários selecionados, são
apresentados no Quadro 5.11. Foi suposto que não haveria reuso de água nem uso
de águas servidas. São apresentados os valores de captação, superficial ou subterrâ-
nea, de vazão de diluição, e, para cada conjunto de valores de PPU simulado (PPU Ref,
PPURefX1,5 e PPURefX2), a cobrança total e o que representa em termos do indicador
custo por m3 de água captada. Este indicador servirá para avaliar os impactos da co-
brança pela água bruta neste setor.

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 143
Quadro 5.10 – Maiores usuários de recursos hídricos, por vazão outorgada, do setor industrial de Pernambuco
Captações
CPF/CNPJ Reque- Cadastro Nacional de Atividade Eco-
Requerente Subterrânea Superficial Total
rente nômica Principal
Hm3/ano
VALE VERDE EMPREENDIMENTOS AGRICO-
02.414.858/0001-28 10.71-6-00-Fabricação de açúcar em bruto - 9,2 9,2
LAS LTDA
AMBEV - COMPANHIA DE BEBIDAS DAS
02.808.708/0132-68 11-13-5-02 Fabricação de cervejas e chopes 5,1 - 5,1
AMERICAS

04.643.758/0001-07 19.31-4-00-Fabricação de álcool USIVALE INDUSTRIA E COMERCIO LTDA - 2,2 2,2

07.050.184/0001-43 11-13-5-02 Fabricação de cervejas e chopes INDUSTRIA DE BEBIDAS IGARASSU LTDA 1,4 - 1,4

24.23-7-02-Produção de laminados longos


07.358.761/0051-28 GERDAU AÇOS LONGOS S/A 1,2 - 1,2
de aço, exceto tubos

10.204.485/0001-99 10.71-6-00-Fabricação de açúcar em bruto USINA UNIAO E INDÚSTRIA S/A - 1,1 1,1

24.41-5-01-Produção de alumínio e suas


23.637.697/0067-38 ALCOA ALUMINIO S.A 1,1 - 1,1
ligas em formas primárias

11.809.134/0001-74 10.71-6-00-Fabricação de açúcar em bruto USINA CRUANGI S/A - 0,9 0,9

10.362.820/0001-87 19.31-4-00-Fabricação de álcool USINA SAO JOSE S/A - 0,8 0,8

11.797.222/0001-01 10.71-6-00-Fabricação de açúcar em bruto USINA CENTRAL OLHO D´ÁGUA S/A - 0,8 0,8

23.11-7-00-Fabricação de vidro plano e de COMPANHIA BRASILEIRA DE VIDROS PLA-


10.858.291/0002-98 0,8 - 0,8
segurança NOS - CBVP
BRASIL KIRIN INDUSTRIA DE BEBIDAS S.A
46.35-4-02-Comércio atacadista de cerveja,
50.221.019/0052-86 (PRIMO SCHINCARIOL IND DE CERVEJAS E 0,7 - 0,7
chope e refrigerante
REFRIGERANTES S/A)
20.62-2-00-Fabricação de produtos de lim- INDUSTRIAS REUNIDAS RAYMUNDO DA
11.507.415/0001-72 0,7 - 0,7
peza e polimento FONTE S/A

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Captações
CPF/CNPJ Reque- Cadastro Nacional de Atividade Eco-
Requerente Subterrânea Superficial Total
rente nômica Principal
Hm3/ano
CACHOOL COMÉRCIO E INDUSTRIA S/A - I
08.470.543/0001-84 19.31-4-00-Fabricação de álcool INEXPORT- IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO - 0,6 0,6
LTDA
11.13-5-02-Fabricação de cervejas e cho- CERVEJARIA PETROPOLIS DE PERNAMBU-
16.622.166/0001-80 0,6 - 0,6
pes CO
10.53-8-00-Fabricação de sorvetes e outros UNILEVER BRASIL GELADOS DO NORDESTE
11.173.911/0001-37 0,3 - 0,3
gelados comestíveis S/A
10.65-1-01-Fabricação de amidos e féculas
01.730.520/0011-94 CORNS PRODUCTS BRASIL 0,1 0,2 0,3
de vegetais

61.520.607/0006-00 13.21-9-00-Tecelagem de fios de algodão TAVEX BRASIL S/A 0,3 - 0,3

CELULOSE E PAPEL DE PERNAMBUCO S/A -


10.422.699/0001-31 17.21-4-00-Fabricação de papel 0,0 0,2 0,2
CEPASA
29.42-5-00-Fabricação de peças e acessó-
10.963.007/0001-62 rios para os sistemas de marcha e transmis- MUSASHI DO BRASIL LTDA 0,2 - 0,2
são de veículos automotores
23.11-7-00-Fabricação de vidro plano e de
10.807.972/0001-46 COMPANHIA INDUSTRIAL DE VIDROS - CIV 0,2 - 0,2
segurança
10.94-5-00-Fabricação de massas alimentí-
60.945.169/0005-70 NISSIN-AJINOMOTO ALIMENTOS -LTDA 0,1 - 0,1
cias
23.49-4-01-Fabricação de material sanitário
97.837.181/0029-48 DURATEX S.A 0,1 - 0,1
de cerâmica
20.71-1-00-Fabricação de tintas, vernizes,
60.561.719/0094-22 AKZO NOBEL LTDA 0,1 - 0,1
esmaltes e lacas

10.656.452/0012-32 23.20-6-00-Fabricação de cimento VOTORANTIM CIMENTOS N/NE SA 0,1 - 0,1

10.13-9-01-Fabricação de produtos de car- SAO MATEUS FRIGORIFICO INDUSTRIAL


09.918.624/0001-67 0,1 - 0,1
ne LTDA
22.22-6-00-Fabricação de embalagens de
03.083.850/0002-70 FIABESA GUARARAPES S/A 0,1 - 0,1
material plástico

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Captações
CPF/CNPJ Reque- Cadastro Nacional de Atividade Eco-
Requerente Subterrânea Superficial Total
rente nômica Principal
Hm3/ano

55.820.583/0003-50 24.51-2-00-Fundição de ferro e aço SIMISA - SIMIONI METALURGICA LTDA 0,1 - 0,1

61.584.223/0012-90 41.20-4-00-Construção de edifícios CONSTRUCAP CCPS ENG. COM. S.A. 0,1 - 0,1

03.22-1-01-Criação de peixes em água do-


03.912.413/0002-11 MATA NORTE ALIMENTOS LTDA - EPP 0,1 - 0,1
ce
13.59-6-00-Fabricação de outros produtos
40.838.658/0001-91 ARA TEXTIL LTDA 0,1 - 0,1
têxteis não especificados anteriormente
20.62-2-00-Fabricação de produtos de lim- UNILEVER BRASIL NORDESTE PRODUTOS
00.880.935/0001-00 0,1 - 0,1
peza e polimento DE LIMPEZA S.A.
22.21-8-00-Fabricação de laminados planos FORMILINE INDUSTRIA DE LAMINADOS
55.183.248/0008-01 0,0 - 0,0
e tubulares de material plástico LTDA

24.084.055/0001-95 10.52-0-00-Fabricação de laticínios AGROPECUÁRIA SERROTE REDONDO LTDA. - 0,0 0,0

20.99-1-99-Fabricação de outros produtos


09.543.141/0001-25 NORCOLA IND. LTDA 0,0 - 0,0
químicos não especificados anteriormente
42.21-9-02-Construção de estações e redes SAINT GOBAIN DO BRASIL PRODUTOS
01.848.287/0001-77 0,0 - 0,0
de distribuição de energia elétrica INDUSTRIAIS E PARA CONSTRUCAO LTDA
10.92-9-00-Fabricação de biscoitos e bola-
35.603.679/0001-98 IND. DE ALIMENTOS BOM GOSTO LTDA 0,0 - 0,0
chas

10.645.075/0001-83 19.31-4-00-Fabricação de álcool USINA PETRIBU S/A - 0,0 0,0

10.66-0-00-Fabricação de alimentos para


29.737.368/0010-00 MASTERFOODS BRASIL ALIMENTOS LTDA 0,0 - 0,0
animais
21.10-6-00-Fabricação de produtos farmo- HEMOBRÁS - EMPRESA BRASILEIRA HE-
07.607.851/0002-27 0,0 - 0,0
químicos MODERIVADOS E BIOTECNOLOGIA
COMPANHIA AGRO INDUSTRIAL DE GOIA-
10.319.853/0001-44 10.71-6-00-Fabricação de açúcar em bruto 0,0 - 0,0
NA CAIG

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Captações
CPF/CNPJ Reque- Cadastro Nacional de Atividade Eco-
Requerente Subterrânea Superficial Total
rente nômica Principal
Hm3/ano

89.637.490/0144-48 17.21-4-00-Fabricação de papel KLABIN S/A - 0,0 0,0

89.637.490/0144-48 17.21-4-00-Fabricação de papel KLABIN TISSUE S/A - 0,0 0,0

10.785.202/0001-40 19.31-4-00-Fabricação de álcool USINA BOM JESUS S/A - 0,0 0,0

ZIHUATANEJO DO BRASIL ACUCAR E AL-


03.794.600/0002-48 10.71-6-00-Fabricação de açúcar em bruto - 0,0 0,0
COOL LTDA
30.91-1-02-Fabricação de peças e acessó-
12.482.805/0001-06 SHINERAY DO BRASIL S/A 0,0 - 0,0
rios para motocicletas
10.92-9-00-Fabricação de biscoitos e bola- GL INDÚSTRIA E DISTRIBUIÇÃO DE ALI-
17.090.600/0001-90 0,0 - 0,0
chas MENTOS LTDA

10.505.311/0001-66 41.20-4-00-Construção de edifícios CORTEZ ENGENHARIA LTDA 0,0 - 0,0

10.62-7-00-Moagem de trigo e fabricação


88.301.155/0022-33 MOINHO CRUZEIRO DO SUL S/A 0,0 - 0,0
de derivados

16.701.716/0036-86 71.12-0-00-Serviços de engenharia FCA - Fiat Chrysler Automóveis Brasil Ltda. 0,1 - 0,1
Fonte: Acervo da Agência Pernambucana de Águas e Clima – APAC, 2017.

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 147
Quadro 5.11 – Estimativa da cobrança e seu impacto nos maiores usuários industriais de água para os diversos valores de
PPU.
PPURef PPURefX1,5 PPURefX2
Outorga de captação
CPF/CNPJ Atividade Vazão de
diluição Cobrança $/m3 Cobrança $/m3 Cobrança $/m3
Reque- Econômica Requerente Subter- Super-
Total Total outorgado Total outorgado Total outorgado
rente Principal rânea ficial
Hm3/ano Hm3/ano R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3
10.13-9-01 -
SAO MATEUS
09.918.624 Fabricação de
FRIGORIFICO 0,1 - 0,1 1,3 9.021,0 0,1 13.532,0 0,2 18.042,0 0,2
/0001-67 produtos de
INDUSTRIAL
carne
AGROPECU-
10.52-0-00 -
24.084.055 ÁRIA SER-
Fabricação de - 0,0 0,0 0,6 2.320,0 0,1 3.480,0 0,1 4.640,0 0,1
/0001-95 ROTE RE-
laticínios
DONDO
10.53-8-00 -
Fabricação de UNILEVER
11.173.911
sorvetes e ou- BRASIL GE- 0,3 - 0,3 5,1 26.640,0 0,1 39.959,0 0,1 53.279,0 0,2
/0001-37
tros gelados LADOS
comestíveis
10.62-7-00 -
Moagem de MOINHO
88.301.155
trigo e fabrica- CRUZEIRO 0,0 - 0,0 0,9 8.726,0 1,3 13.089,0 2,0 17.451,0 2,7
/0022-33
ção de deriva- DO SUL
dos
10.65-1-01 -
01.730.520 Fabricação de CORNS PRO-
0,1 0,2 0,3 - - 0,0 - 0,0 - 0,0
/0011-94 amidos e fécu- DUCTS
las de vegetais
10.66-0-00 -
29.737.368 Fabricação de MASTERFO-
0,0 - 0,0 0,4 2.133,0 0,1 3.200,0 0,1 4.266,0 0,1
/0010-00 alimentos para ODS
animais

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 148
PPURef PPURefX1,5 PPURefX2
Outorga de captação
CPF/CNPJ Atividade Vazão de
diluição Cobrança $/m3 Cobrança $/m3 Cobrança $/m3
Reque- Econômica Requerente Subter- Super-
Total Total outorgado Total outorgado Total outorgado
rente Principal rânea ficial
Hm3/ano Hm3/ano R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3
USINA CEN-
11.797.222
TRAL OLHO - 0,8 0,8 12,9 52.812,0 0,1 79.219,0 0,1 105.625,0 0,1
/0001-01
D´ÁGUA S/A

11.809.134 USINA CRU-


- 0,9 0,9 11,7 47.781,0 0,1 71.672,0 0,1 95.562,0 0,1
/0001-74 ANGI S/A

02.414.858
VALE VERDE - 9,2 9,2 114,8 469.797,0 0,1 704.695,0 0,1 939.594,0 0,1
/0001-28
10.71-6-00 -
Fabricação de
03.794.600 açúcar em bruto ZIHUATANE-
- 0,0 0,0 0,3 1.033,0 0,1 1.549,0 0,1 2.066,0 0,1
/0002-48 JO

USINA UNI-
10.204.485
AO E INDÚS- - 1,1 1,1 14,2 58.096,0 0,1 87.144,0 0,1 116.192,0 0,1
/0001-99
TRIA
COMPANHIA
10.319.853 AGRO IN-
0,0 - 0,0 0,2 1.185,0 0,1 1.778,0 0,1 2.370,0 0,1
/0001-44 DUSTRIAL DE
GOIANA

17.090.600
10.92-9-00 - GL 0,0 - 0,0 0,2 1.067,0 0,1 1.600,0 0,1 2.133,0 0,1
/0001-90
Fabricação de
biscoitos e bo-
35.603.679 lachas BOM GOSTO 0,0 - 0,0 1,2 7.622,0 0,2 11.433,0 0,3 15.244,0 0,4
/0001-98

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 149
PPURef PPURefX1,5 PPURefX2
Outorga de captação
CPF/CNPJ Atividade Vazão de
diluição Cobrança $/m3 Cobrança $/m3 Cobrança $/m3
Reque- Econômica Requerente Subter- Super-
Total Total outorgado Total outorgado Total outorgado
rente Principal rânea ficial
Hm3/ano Hm3/ano R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3
10.94-5-00 -
60.945.169 Fabricação de NISSIN-
0,1 - 0,1 0,5 2.465,0 0,0 3.697,0 0,0 4.930,0 0,0
/0005-70 massas alimen- AJINOMOTO
tícias
CERVEJARIA
16.622.166 PETROPOLIS
0,6 - 0,6 57,2 298.628,0 0,6 447.943,0 0,8 597.257,0 1,1
/0001-80 DE PERNAM-
BUCO
11.13-5-02 -
02.808.708 Fabricação de
AMBEV 5,1 - 5,1 63,6 331.809,0 0,1 497.714,0 0,1 663.619,0 0,1
/0132-68 cervejas e cho-
pes
INDUSTRIA
07.050.184
DE BEBIDAS 1,4 - 1,4 17,2 89.944,0 0,1 134.916,0 0,1 179.888,0 0,1
/0001-43
IGARASSU
13.21-9-00 -
61.520.607 TAVEX BRA-
Tecelagem de 0,3 - 0,3 - - 0,0 - 0,0 - 0,0
/0006-00 SIL
fios de algodão
13.59-6-00 -
Fabricação de
40.838.658 outros produtos
ARA TEXTIL 0,1 - 0,1 - - 0,0 - 0,0 - 0,0
/0001-91 têxteis não
especificados
anteriormente
17.21-4-00 -
89.637.490
Fabricação de KLABIN - 0,0 0,0 0,7 3.492,0 0,1 5.237,0 0,2 6.983,0 0,3
/0144-48
papel

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 150
PPURef PPURefX1,5 PPURefX2
Outorga de captação
CPF/CNPJ Atividade Vazão de
diluição Cobrança $/m3 Cobrança $/m3 Cobrança $/m3
Reque- Econômica Requerente Subter- Super-
Total Total outorgado Total outorgado Total outorgado
rente Principal rânea ficial
Hm3/ano Hm3/ano R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3

89.637.490 KLABIN TIS-


- 0,0 0,0 - - 0,0 - 0,0 - 0,0
/0144-48 17.21-4-00 - SUE
Fabricação de
10.422.699 papel
CEPASA 0,0 0,2 0,2 2,2 8.975,0 0,1 13.462,0 0,1 17.949,0 0,1
/0001-31

10.362.820 USINA SAO


- 0,8 0,8 10,5 42.866,0 0,1 64.300,0 0,1 85.733,0 0,1
/0001-87 JOSE

04.643.758
USIVALE - 2,2 2,2 27,3 111.544,0 0,1 167.316,0 0,1 223.088,0 0,1
/0001-07

19.31-4-00 -
10.645.075 USINA PE-
Fabricação de - 0,0 0,0 0,4 1.673,0 0,1 2.510,0 0,1 3.346,0 0,1
/0001-83 TRIBU
álcool

10.785.202 USINA BOM


- 0,0 0,0 0,3 1.062,0 0,1 1.593,0 0,1 2.123,0 0,1
/0001-40 JESUS

08.470.543
CACHOOL - 0,6 0,6 - - 0,0 - 0,0 - 0,0
/0001-84

20.62-2-00 -
INDUSTRIAS
Fabricação de
11.507.415 REUNIDAS
produtos de 0,7 - 0,7 8,2 42.661,0 0,1 63.992,0 0,1 85.322,0 0,1
/0001-72 RAYMUNDO
limpeza e poli-
DA FONTE
mento

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 151
PPURef PPURefX1,5 PPURefX2
Outorga de captação
CPF/CNPJ Atividade Vazão de
diluição Cobrança $/m3 Cobrança $/m3 Cobrança $/m3
Reque- Econômica Requerente Subter- Super-
Total Total outorgado Total outorgado Total outorgado
rente Principal rânea ficial
Hm3/ano Hm3/ano R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3
20.62-2-00-
Fabricação de
00.880.935
produtos de UNILEVER 0,1 - 0,1 0,6 2.986,0 0,1 4.479,0 0,1 5.973,0 0,1
/0001-00
limpeza e poli-
mento
20.71-1-00 -
60.561.719 Fabricação de
AKZO NOBE 0,1 - 0,1 1,3 6.992,0 0,1 10.488,0 0,1 13.983,0 0,1
/0094-22 tintas, vernizes,
esmaltes e lacas
20.99-1-99 -
Fabricação de
09.543.141 outros produtos
NORCOLA 0,0 - 0,0 0,6 2.844,0 0,1 4.266,0 0,1 5.688,0 0,1
/0001-25 químicos não
especificados
anteriormente
21.10-6-00 -
07.607.851 Fabricação de
HEMOBRÁS 0,0 - 0,0 0,4 1.896,0 0,1 2.844,0 0,1 3.792,0 0,1
/0002-27 produtos far-
moquímicos
22.21-8-00 -
Fabricação de
55.183.248 laminados pla-
FORMILINE 0,0 - 0,0 0,6 2.844,0 0,1 4.266,0 0,1 5.688,0 0,1
/0008-01 nos e tubulares
de material
plástico
22.22-6-00 -
03.083.850 Fabricação de FIABESA
0,1 - 0,1 0,9 6.434,0 0,1 9.651,0 0,1 12.868,0 0,2
/0002-70 embalagens de GUARARAPES
material plástico

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 152
PPURef PPURefX1,5 PPURefX2
Outorga de captação
CPF/CNPJ Atividade Vazão de
diluição Cobrança $/m3 Cobrança $/m3 Cobrança $/m3
Reque- Econômica Requerente Subter- Super-
Total Total outorgado Total outorgado Total outorgado
rente Principal rânea ficial
Hm3/ano Hm3/ano R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3
COMPANHIA
10.858.291 BRASILEIRA
23.11-7-00 - 0,8 - 0,8 1,6 8.532,0 0,0 12.798,0 0,0 17.064,0 0,0
/0002-98 DE VIDROS
Fabricação de PLANOS
vidro plano e de
COMPANHIA
10.807.972 segurança
INDUSTRIAL 0,2 - 0,2 3,9 26.881,0 0,2 40.322,0 0,3 53.763,0 0,3
/0001-46
DE VIDROS
23.20-6-00 - VOTORAN-
10.656.452
Fabricação de TIM CIMEN- 0,1 - 0,1 1,2 6.399,0 0,1 9.599,0 0,1 12.798,0 0,1
/0012-32
cimento TOS
23.49-4-01 -
97.837.181 Fabricação de
DURATEX 0,1 - 0,1 1,4 7.309,0 0,1 10.964,0 0,1 14.619,0 0,1
/0029-48 material sanitá-
rio de cerâmica
24.23-7-02 -
Produção de GERDAU
07.358.761
laminados lon- AÇOS LON- 1,2 - 1,2 3,3 16.970,0 0,0 25.455,0 0,0 33.939,0 0,0
/0051-28
gos de aço, GOS
exceto tubos
24.41-5-01 -
Produção de
23.637.697 ALCOA ALU-
alumínio e suas 1,1 - 1,1 14,2 73.851,0 0,1 110.777,0 0,1 147.703,0 0,1
/0067-38 MINIO
ligas em formas
primárias
SIMISA -
24.51-2-00 -
55.820.583 SIMIONI
Fundição de 0,1 - 0,1 0,7 3.792,0 0,1 5.688,0 0,1 7.584,0 0,1
/0003-50 METALURGI-
ferro e aço
CA

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PPURef PPURefX1,5 PPURefX2
Outorga de captação
CPF/CNPJ Atividade Vazão de
diluição Cobrança $/m3 Cobrança $/m3 Cobrança $/m3
Reque- Econômica Requerente Subter- Super-
Total Total outorgado Total outorgado Total outorgado
rente Principal rânea ficial
Hm3/ano Hm3/ano R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3
29.42-5-00 -
Fabricação de
peças e acessó-
rios para os
10.963.007 MUSASHI DO
sistemas de 0,2 - 0,2 4,2 21.805,0 0,1 32.707,0 0,2 43.609,0 0,3
/0001-62 BRASIL
marcha e
transmissão de
veículos auto-
motores
30.91-1-02 -
Fabricação de
12.482.805 SHINERAY
peças e acessó- 0,0 - 0,0 0,3 1.280,0 0,1 1.920,0 0,1 2.560,0 0,1
/0001-06 DO BRASI
rios para moto-
cicletas

10.505.311 CORTEZ EN-


0,0 - 0,0 0,1 569,0 0,1 853,0 0,1 1.138,0 0,1
/0001-66 41.20-4-00 - GENHARIA
Construção de
edifícios CONSTRUCAP
61.584.223
CCPS ENG. 0,1 - 0,1 0,7 3.650,0 0,1 5.475,0 0,1 7.300,0 0,1
/0012-90
COM.
42.21-9-02 -
Construção de
SAINT
01.848.287 estações e re-
GOBAIN DO 0,0 - 0,0 0,9 6.565,0 0,2 9.848,0 0,3 13.130,0 0,4
/0001-77 des de distribui-
BRASIL
ção de energia
elétrica
46.35-4-02 - BRASIL KI-
50.221.019 Comércio ata- RIN INDUS-
0,7 - 0,7 17,2 141.477,0 0,2 212.215,0 0,3 282.954,0 0,4
/0052-86 cadista de cer- TRIA DE
veja, chope e BEBIDAS

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 154
PPURef PPURefX1,5 PPURefX2
Outorga de captação
CPF/CNPJ Atividade Vazão de
diluição Cobrança $/m3 Cobrança $/m3 Cobrança $/m3
Reque- Econômica Requerente Subter- Super-
Total Total outorgado Total outorgado Total outorgado
rente Principal rânea ficial
Hm3/ano Hm3/ano R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3 R$/ano R$/m3
refrigerante

71.12-0-00 - FCA FIAT


00.763.047
Serviços de CHRYLES 0,1 - 0,1 0,7 5.351,0 0,1 8.026,0 0,1 10.701,0 0,2
/0001-07
engenharia AUTOMOVEIS

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Atendendo à demanda da APAC foram realizadas estimativas de impacto nos
principais segmentos industriais de Pernambuco: fabricação de açúcar e álcool, de bebi-
das, de alumínio, de vidro plano e de automóveis, buscando avaliar que percentual da
receita bruta a cobrança representa. Os valores de receita bruta foram estimados com
base em dados publicados, e são aproximações preliminares.

5.2.3.1. Estimativa de impacto da Fabricação de Açúcar e Álcool

As indústrias sucroalcooleiras possuem importante papel na composição da de-


manda hídrica nacional da indústria de transformação, abrangendo as indústrias dos
grupos de Fabricação e refino de açúcar e Fabricação de Biocombustíveis. O setor su-
croalcooleiro brasileiro engloba as empresas que produzem açúcar ou álcool, ou atuam
em algum elo da cadeia produtiva desses elementos, sendo o Brasil o maior produtor
mundial de cana-de-açúcar e o principal exportador de açúcar e etanol. Regionalmente,
as maiores demandas hídricas do setor sucroalcooleiro estão localizadas principalmente
nas regiões Sudeste (interior de São Paulo e Minas Gerais) e Centro-Oeste (municípios
de Quirinópolis-GO, Edéia-GO, Angélica-MS, Rio Brilhante-MS, Dourados-MS, entre ou-
tros), com polos regionais também na região Nordeste, sobretudo nos estados de Ala-
goas, Sergipe e Pernambuco e porção norte do estado do Paraná (ANA, 2017).
A safra 2017/2018 do setor sucroalcooleiro pernambucano deve chegar a pro-
dução de 900 mil toneladas de açúcar. De etanol, serão produzidos de 320 a 340 mi-
lhões de litros (FOLHA DE PERNAMBUCO, 2017). O setor de produção de álcool brasilei-
ro reduziu os valores de captação de cerca de 5 m3/tonelada de cana processada para 1
m3/tonelada de cana processada, refletindo seus esforços para otimizar o uso da água
no processo industrial (CNI, 2013). Este aumento de eficiência do uso da água no meio
industrial foi comentado acima.
Dados da CNI indicam no Quadro 5.12 os coeficientes técnicos de uso da
água para a fabricação e refino de açúcar.

Quadro 5.12 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de


açúcar
Retirada Consumo Efluente
Denominação
m3 água/ t de açúcar1
17 17 -
Fabricação e refino 3 2
m água/ t de cana processada
de açúcar
8,0 – 35,0 8,0 – 35,0 -
1Valor Médio; 2 Usinas novas/modernas (limite inferior), e usinas antigas (limite superior).Fonte:
CNI, 2013.

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Para o setor de Fabricação de Biocombustíveis, o Quadro 5.13 apresenta os
coeficientes estimados pela CNI.

Quadro 5.13 - Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de


biocombustíveis
Coeficiente de Coeficiente de
Efluente
Denominação retirada consumo
m3 água/ t de cana processada
Fabricação de biocombustíveis 2,0 2,0 -
1O valor apresentado é a média, e o intervalo pode variar de 1 a 5 m 3/tonelada de cana. Fonte:
CNI, 2013.

Utilizando-se os coeficientes da CNI, estima-se que as usinas de fabricação de


açúcar utilizam 17 m³ de água para cada tonelada de açúcar produzida. A usina que
mais pagou pela água, na situação de maiores PPUs simuladas, pagou R$ 0,13 por m3
de água outorgado (conforme calculado no Quadro 5.11), pode-se inferir que a Co-
brança pelo Uso da Água aumentará os custos de produção em R$ 2,21 por tonelada de
açúcar produzido. O preço da saca de 50 kg de açúcar em Pernambuco no início de de-
zembro de 2017 era de R$ 62 3. Portanto, em termos de percentual da receita bruta, a
cobrança pelo uso da água representará 0,18%.
Uma usina de fabricação de biocombustíveis utiliza, segundo a CNI, 2 m³ de
água para cada tonelada de cana processada. Como o segmento paga, na pior situação,
R$ 0,11 por m3 de água outorgado (conforme calculado no Quadro 5.11), a Cobrança
pelo Uso da Água representará um incremento R$ 0,20 por tonelada de cana processada
nos custos de produção. Uma tonelada de cana faz cerca de 80 L de etanol (BASTIAN
PINTO, 2009). O preço do etanol anidro oferecido às usinas em Pernambuco em no-
vembro de 2017 estava em cerca de R$ 1,70/l4. Consequentemente, a cobrança pelo
uso de água representará 0,15% da receita bruta da usina pelo processamento da tone-
lada de cana visando a produção de etanol anidro.
Por estes resultados, conclui-se que o impacto da cobrança será reduzido e,
portanto, suportável pelo segmento industrial de açúcar e álcool.

3
https://www.agrolink.com.br/cotacoes/diversos/acucar/
4
União dos Produtores de Bioenergia:
http://www.udop.com.br/index.php?item=item_alcool&op=pe_mensal.

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5.2.3.2. Estimativa de impacto da Fabricação de Bebidas

Segundo dados de 2004 do SINDICERVE - Sindicato Nacional da Indústria da


Cerveja, embora o Brasil seja apenas o nono país no ranking de consumo per capita,
com uma média de 47,6 litros/ano para cada habitante, em função da enorme popula-
ção torna-se o 5° maior produtor de cerveja do mundo, com uma média de 8,5 bilhões
de litros ao ano, ficando atrás apenas da China (27 bilhões de L/ano), EUA (23,6 bilhões
de L/ano), Alemanha (10,5 bilhões de L/ano) e Rússia (9 bilhões de L/ano).
De acordo com CETESB (2005), dentro do país existem atualmente 47 fábricas,
em geral de grande e médio porte, e em sua maioria localizadas próximas aos grandes
centros consumidores do país. Desta forma, a região Sudeste responde por cerca de
57,5% da produção (aproximadamente 4,6 bilhões de L/ano), a região Nordeste por
17,3% (1,4 bilhões de L/ano), a região Sul com 14,8% (1,2 bilhões de L/ano), a
região Centro-Oeste com 7,5% (0,6 bilhões de L/ano) e a região Norte com 2,9% (0,3
bilhões de L/ano). De acordo com dados deste segmento industrial, esta produção é
escoada por uma rede de mais de 1,5 mil revendedores, que atendem cerca de 1 milhão
de pontos-de-venda em todo o país.
Em relação aos refrigerantes, o Brasil é o terceiro maior mercado mundial, pos-
suindo cerca de 750 mil pontos de venda espalhados pelo país. Embora não haja dados
consolidados, pode-se ter uma ideia do mercado de refrigerantes a base de guaraná,
que no ano de 2004 apresentou um consumo de 800 milhões de litros, o que representa
uma participação no mercado interno em aproximadamente 33%. Segundo dados da
ABIR - Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes, a produção deste tipo de
bebida no Brasil naquele ano foi de 1.200 milhões de litros, 5,22% a mais que em 2003.
As fábricas de cervejas e refrigerantes em geral são mistas, ou seja, produzem ambos
os tipos de bebidas (CETESB, 2005).
Em relação ao consumo de recursos naturais, o setor cervejeiro caracteriza-se
como consumidor de grande quantidade de água que, em geral, deve ser de excelente
qualidade. Além disso, pela natureza de suas operações, centradas na fermentação e
repletas de etapas de limpeza, é grande a vazão de efluentes gerados, e com valores
moderados ou elevados de carga orgânica e sólidos em suspensão de (1.200 a 3.000
mg/L de DBO, e de 100 a 800 mg/L de sólidos suspensos).
O consumo de água em uma cervejaria varia em uma ampla faixa, em função
principalmente dos seguintes fatores: tipo de envase utilizado (garrafas retornáveis,
garrafas descartáveis, latas, etc.), tecnologia de pasteurização, idade da planta, nível
tecnológico e aspectos operacionais (eficiência das operações de limpeza de equipamen-

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 158
tos, pasteurização, envase, etc.). A relação “consumo de água/ produção de cerveja”
varia também de modo bastante significativo conforme o porte das instalações, sendo
que a tendência geral é que quanto menores as instalações, maior o consumo relativo.
As etapas que apresentam o maior consumo de água nas cervejarias são o resfriamento
e lavagem.
De modo bastante genérico, tem-se que o consumo total de água em uma cer-
vejaria varia entre 4 e 10 L de água/L de bebida. Estudos recentes estabelecem, para
plantas europeias, valores entre 3,7 e 8,0 L de água/L cerveja. Segundo levantamentos
realizados junto às grandes cervejarias do Estado de São Paulo, este índice tem variado
de 4 a 7 L de água/L de bebida. Dados da CNI, apresentados no Quadro 5.14, apon-
tam para os coeficientes técnicos de uso da água para a fabricação de bebidas.
Quadro 5.14 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de
bebidas
Coeficiente Coeficiente de
Efluente
Denominação de retirada consumo
L água/L bebida produzida
Fabricação de malte, cervejas e chopes 4,0 – 5,4 0,8 – 1,2 3,2 – 4,3
Fabricação de bebidas não alcoólicas 1,4 – 3,0 0,9 0,5 – 2,1
Fonte: CNI, 2013.

Um fator que, segundo informações do próprio setor produtivo, influencia em


grande parte o uso de água é o tipo de vasilhame onde se acondiciona a bebida. A Am-
bev reduziu em 43% o uso de água na produção de suas bebidas nos últimos 14 anos. A
empresa já havia batido em 2015 a meta global estabelecida para 2017 de usar ao má-
ximo 3,2 litros de água para cada litro de bebida envasado. No último ano, a cervejaria
foi ainda mais longe e chegou a 3,04 litros. A redução, em comparação a 2015, foi de
4,1%. A evolução permanente nos índices de uso de água se dá pelo trabalho em diver-
sas frentes, com treinamentos dos funcionários, campanhas internas de conscientização,
utilização dos melhores equipamentos e tecnologias disponíveis, padronização de pro-
cessos, ações de reaproveitamento de água e estabelecimento de metas individuais e
coletivas (AMBEV, 2017).
Para fins de cálculo do aumento nos custos de produção em função da Cobran-
ça pelo Uso dos Recursos Hídricos, será feita uma análise considerando os valores da
AMBEV citados anteriormente. Assim, considerando que a AMBEV utilizou 3,04 L de água
para cada litro de bebida produzida e pagou R$ 0,13 por m3 de água outorgado, na si-
mulação com maiores valores de PPU (conforme calculado no Quadro 5.11) resulta
que a Cobrança pelo Uso da Água aumentará em R$ 0,40 por mil litros (ou R$ 0,0004
por litro) de bebida envasada nesta empresa. A composição do preço final de bebidas,

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especialmente alcoólicas, é complexa devido à grande incidência de tributos e às dife-
renciações entre produtos premium e os mais populares, ficando difícil estabelecer um
percentual que o custo da água bruta representaria da receita bruta da indústria. Porém,
supondo que a indústria tente repassar integralmente ao preço final este custo, enten-
de-se que R$ 0,0004/l não é significativo em face dos demais fatores. O mesmo se pode
dizer de uma indústria menos eficiente, que use 9 l de água bruta para cada litro de
cerveja ou outras bebidas, que pagaria na pior hipótese R$ 1,17/m3 de água bruta, co-
mo no caso da Cervejaria Petrópolis de Pernambuco. O custo de água bruta para fabri-
car 1 L de cerveja seria neste caso de R$ 0,01, ou 1 centavo, que não traria problemas
para ser repassado, ou poderá ser absorvido com medidas de aumento de eficiência no
uso de água.
5.2.3.3. Estimativa de impacto da Produção de Alumínio

O alumínio é o segundo metal mais produzido no mundo, com 38 milhões de


toneladas/ano, atrás apenas do ferro e seguido pelo cobre. A Alcoa Inc. é a maior mine-
radora de bauxita e refinadora de alumina do mundo, com 61 mil funcionários em 30
países. É também líder mundial na produção de alumínio primário e alumínio transfor-
mado. No Brasil, desde 1965, mantém seis unidades produtivas e três escritórios no
país, nos estados do Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina, São
Paulo e Distrito Federal.
Conforme o Relatório de Sustentabilidade da Alcoa (2016), a companhia cria
metas de curto e longo prazo (2020/2030) que auxiliam suas unidades a integrar os
aspectos de sustentabilidade em suas operações. Parcerias e boas práticas de gestão
possibilitaram à Alcoa avançar e, até mesmo, cumprir antecipadamente suas metas de
sustentabilidade. Com relação à água, em 2012, iniciativas de reaproveitamento do in-
sumo levaram à redução em 18% da intensidade de consumo nas unidades de produtos
primários, diante da meta de 25% estabelecida para 2020 e 30% até 2030.
O Quadro 5.15 apresentam os coeficientes técnicos que foram considerados
nos estudos da CNI.
Quadro 5.15 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de produção de
alumínio
Coeficiente de Coeficiente de
Efluente
Denominação retirada consumo
m3/t produzida

Metalurgia dos metais não ferrosos 1,24 – 3,5 0,25 – 0,7 0,99 – 2,8
Fonte: CNI, 2013.

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 160
Contudo, no próprio Relatório de Sustentabilidade da Alcoa (2016), são apre-
sentados dados da intensidade de uso de água doce nas operações primárias, que mos-
tra que em 2015 o uso de água foi igual a 5,6 m3/t. Se for considerado que a Alcoa
Alumínio pagaria R$ 0,13 por m3 de água outorgado (conforme calculado no Quadro
5.11), é possível inferir que a Cobrança pelo Uso da Água provocará um aumento de R$
0,73 nos custos de produção por tonelada de alumínio produzido nesta empresa.
O preço da tonelada do alumínio no mercado mundial estava na base de US$
2.050 no início de dezembro de 20175. Considerando a cotação do US$ em 3,26, resulta-
ria em R$ 6.700/t. Portanto, o custo da água bruta representaria 0,01% da receita bruta
por tonelada, aproximadamente, que pode ser considerado insignificante.

5.2.3.4. Estimativa de impacto da Fabricação de Vidro Plano

O setor de vidro, que pode ser definido como oligopólio homogêneo, é domina-
do por grupos que atuam internacionalmente de forma direta através de associações
comerciais. Estima-se que 80% da produção mundial de vidro seja proveniente de em-
presas multinacionais pertencentes a esses grupos, enquanto 20% estão divididos entre
pequenas e médias empresas regionais (Confederação Nacional do Ramo Químico -
CNQ, 2015).
Ainda de acordo com o estudo desenvolvido pela CNQ (2015), a cadeia produti-
va vidreira inicia-se na extração de minerais para o abastecimento das usinas de base
com as matérias-primas do vidro. As principais matérias-primas e suas respectivas pro-
porções são: sílica (areia – 70%), barrilha – 15%, calcário – 10%, dolomita – 2%, fel-
dspato – 2%, e aditivos como sulfato de sódio, ferro, cobalto, cromo, selênio, magnésio,
cálcio etc. O consumo médio de água na indústria vidreira é cerca de 1,0 m3/tonelada de
vidro plano produzido (CNQ, 2015). A produtividade do segmento vidreiro no país é um
pouco superior à da União Europeia: 214 versus 190 kg/homem/ano.
A base do polo vidreiro no município de Goiana, zona da mata de Pernambuco,
está em formação com a implantação de um conjunto de empresas, segundo a Agência
Municipal de Desenvolvimento de Goiana (AD Goiana – PE). São 12 hectares de área
para abrigar seis empresas:

5
Maxiligas: http://www.maxiligas.com.br/cotacao-lme-london-metal-exchange

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 161
▪ Vivix Vidros Planos: única em operação. É a primeira fábrica de vidros planos no
nordeste brasileiro. Âncora do polo vidreiro e fornecedora para as demais empre-
sas. Terá como clientes também as indústrias da construção civil e moveleira.
▪ Norvidro Blindagens/ Target Engenharia: produção de vidros laminados, vidros
temperados e vidros especiais (para eficiência energética).
▪ Sanvidro: produção de vidros temperados.
▪ Intervidro: vidro especial refletivo de controle solar, laminado, temperado e co-
mum.
▪ Casas Bandeirantes: produção de vidro para box de banheiro, vidros para facha-
das, tampos de mesa e modulados.
▪ Pórtico Esquadrias: produção de fachadas de vidros para prédios, revestimento
em alumínio e esquadrias.

CNI (2013) apresenta os coeficientes técnicos no Quadro 5.16 para o segmen-


to de produção de Fabricação de vidro plano e de segurança.

Quadro 5.16 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de


vidros
Coeficiente
Coeficiente de retirada Efluente
Denominação de consumo
m3/tonelada produzida
Fabricação de vidro e seus produtos 0,3 – 10 0,1 0,2 – 9,9
Fonte: CNI, 2013.

Se forem considerados os dados do estudo da CNI (2013), a Companhia Brasi-


leira de Vidros Planos – CBPV, na pior hipótese de PPU e de retirada de água, sofreria
uma cobrança pelo uso da água bruta de R$ 0,02/m3 x 10 m3/t = R$ 0,2/t. Já a Cia In-
dustrial de Vidros – CIV seria cobrada por R$ 0,34/m3 x 10 m3/t = R$ 3,4/t.
O preço da tonelada de vidro plano flotado incolor em diversos países do mun-
do são apresentados no Quadro 5.17, Ele é proveniente de uma Resolução do Conse-
lho de Ministros da Câmara de Comercio Exterior que aplicou direito antidumping provi-
sório às importações brasileiras de vidros planos flotados incolores, e que avaliou o pre-
ço normal nos países mencionados.

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 162
Quadro 5.17 – Preço de exportação de vidros planos flotados no mercado
mundial
País de exportação Valor Normal
(US$/t)

Arábia Saudita 385,9

China 565,6

Egito 271,3

Emirados Árabes 343,9

EUA 448,8

México 565,6

Média 430,2
Fonte: Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior, Resolução Nº 55, de 11 de julho de 2014

Considerando o preço mais baixo, do Egito, que remeteria ao maior impacto, e


considerando o dólar a R$ 3,26, uma tonelada de vidro teria o preço de R$ 884, o que
faria o impacto da cobrança pelo uso de água bruta estar entre 0,02% e 0,38% na am-
plitude obtida com os dados da CNI, o que parece também ser suportável.

5.2.3.5. Estimativa de impacto da Fabricação de Automóveis

A Fiat Chrysler Automobiles - FCA inaugurou em Pernambuco, em abril de


2015, o Polo Automotivo Jeep. Localizado na cidade de Goiana, o complexo foi o primei-
ro grande investimento da FCA após a fusão das duas empresas, em 13 de outubro de
2014. O investimento total superou os R$ 7 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões foram apli-
cados na fábrica Jeep, R$ 2 bilhões no parque de fornecedores e o restante destinado a
desenvolvimento de produtos e outros investimentos. A fábrica Jeep ocupa uma área
construída de 260 mil metros quadrados e tem capacidade para produzir 250 mil veícu-
los por ano, sendo a capacidade máxima de 60 carros por hora (Revista Auto Esporte,
2015).
Segundo dados da CNI (2013), segmentos representativos da indústria brasilei-
ra, como, o setor automobilístico, reportam ganhos importantes de eficiência no uso da
água nos últimos anos, com expressiva redução no uso de água em seus processos in-
dustriais. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – AN-
FAVEA reportam que, enquanto em 2008 eram captados 5,5 m³ para a produção de um
veículo, em 2011, esse número caiu para 3,92 m³, registrando-se, no curto período
tempo, uma redução da ordem de 30%.

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Dados da CNI (2017) para o segmento Fabricação de automóveis, camionetas e
utilitários mostram os coeficientes técnicos de retirada e consumo apresentados no
Quadro 5.18.

Quadro 5.18 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor automobilístico


Coeficiente Coeficiente
Efluente
Denominação de retirada de consumo
m3/unidade produzida
Fabricação de automóveis, camionetas e
2,6 - 5 0,47 – 0,9 2,13 – 4,1
utilitários
Fonte: CNI, 2013.

Por falta de informações da própria FCA, foram utilizados dados da fábrica da


Ford Motor Company Brasil, que está localizada em Camaçari, na Bahia. Nesta fábrica, a
meta de redução do consumo de água por carro produzido foi superada em 2016, che-
gando a 2,23 m³ de água por unidade (FORD MEDIA CENTER, 2017).
Logo, considerando que a FCA Automobiles pagaria R$ 0,18 por m3 de água ou-
torgado na simulação com os maiores valores de PPU (conforme calculado no Quadro
5.11), e ela utiliza 2,23 m³ de água por unidade de veículo produzido, se pode inferir
que a Cobrança pelo Uso da Água aumentará o custo de produção em R$ 0,40 por veí-
culo produzido nesta empresa. Portanto, o impacto da cobrança pelo uso da água bruto
será insignificante.

5.2.4. Considerações finais

Embora todos os valores aqui apresentados possuam incertezas, eles são os


mais próximos que foi possível chegar dos impactos ou na identificação de incrementos
sobre o custo de produção associados à Cobrança pelo Uso da Água no setor industrial.
O Quadro 5.19 apresenta um resumo dos aumentos dos custos operacionais estimados
para os segmentos industriais analisados no Estado de Pernambuco, correspondentes
aos com maior demanda, tanto de águas superficiais, quanto de águas subterrâneas.

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Quadro 5.19 – Incremento de custos da Cobrança pelo Uso da Água Bruta so-
bre os segmentos industriais com maiores demandas hídricas em Pernambuco
Incremento
% receita
Setor produtivo de Custos Unidade
bruta
R$/unidade
Fabricação de Açúcar em Bruto 2,21 T de açúcar 0,18

Fabricação de Álcool 0,20 T de cana processada 0,15

Fabricação de cervejas e chopes 0,40 a 1,17 m3 bebida envasada Insignificante

Produção de alumínio e suas ligas


0,73 T de alumínio 0,01
em formas primárias

Fabricação de vidro plano 0,2 a 3,4 T de vidro 0,02 a 0,38

Fabricação de automóveis, camio-


0,18 Veículo Insignificante
netas e utilitários

Os valores mostram que são reduzidos os incrementos de custos de produção,


tanto em termos de capacidade de absorção pelos fabricantes, quanto em termos de
possibilidade de repasse ao consumidor no preço final de venda dos produtos.
Para efeitos de complementação, é apresentado o Quadro 5.20 onde são co-
locadas as indústrias do Estado de Pernambuco arroladas no Quadro 5.10, com os va-
lores cobrados por volume outorgado de água, obtidos na simulação com os maiores
valores de PPU, e as estimativas de uso de água apresentadas em CNI (2013). O custo
incremental por unidade produzida, decorrente da cobrança pelo uso da água bruta foi
estimado considerando-se sempre a indústria que maior impacto sofreria.

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Quadro 5.20 – Custo incremental por unidade fabricada decorrente da cobrança pela água bruta com cobrança pela PPURefX2
$/m3 outor- Retirada de Custo Incremen-
Atividade Econômica Principal Requerente gado1 água2 Unidade tal/unidade
R$/m3 m3/unida R$/unidade
10.13-9-01 - Fabricação de produtos SAO MATEUS FRIGORIFICO INDUSTRI-
0,2 12 t produzida 2,65
de carne AL LTDA
AGROPECUÁRIA SERROTE REDONDO
10.52-0-00 - Fabricação de laticínios 0,1
LTDA.
1,1 a 2,0 m3 produzido 0,12 0,21
10.53-8-00 - Fabricação de sorvetes e UNILEVER BRASIL GELADOS DO NOR-
0,2
outros gelados comestíveis DESTE S/A
10.62-7-00 - Moagem de trigo e fabri-
MOINHO CRUZEIRO DO SUL S/A 2,7 1,7 a 3,0 t produzida 4,52 7,97
cação de derivados
10.66-0-00 - Fabricação de alimentos MASTERFOODS BRASIL ALIMENTOS
0,1
para animais LTDA
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em
USINA CENTRAL OLHO D´ÁGUA S/A 0,1
bruto
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em
USINA CRUANGI S/A 0,1
bruto
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em VALE VERDE EMPREENDIMENTOS
0,1 17 t produzida 2,21
bruto AGRICOLAS LTDA
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em ZIHUATANEJO DO BRASIL ACUCAR E
0,1
bruto ALCOOL LTDA
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em
USINA UNIAO E INDÚSTRIA S/A 0,1
bruto
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em COMPANHIA AGRO INDUSTRIAL DE
0,0
bruto GOIANA CAIG
10.92-9-00 - Fabricação de biscoitos e GL INDÚSTRIA E DISTRIBUIÇÃO DE
0,1
bolachas ALIMENTOS LTDA
10.92-9-00-Fabricação de biscoitos e IND. DE ALIMENTOS BOM GOSTO
0,4 4,72 t produzida 1,97
bolachas LTDA
10.94-5-00 - Fabricação de massas NISSIN-AJINOMOTO ALIMENTOS -
0,0
alimentícias LTDA
11.13-5-02 - Fabricação de cervejas e CERVEJARIA PETROPOLIS DE PER-
1,1
chopes NAMBUCO
4,0 a 5,4 m3 produzido 4,36 5,89
11-13-5-02 - Fabricação de cervejas e AMBEV - COMPANHIA DE BEBIDAS DAS
0,1
chopes AMERICAS

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$/m3 outor- Retirada de Custo Incremen-
Atividade Econômica Principal Requerente gado1 água2 Unidade tal/unidade
R$/m3 m3/unida R$/unidade
11-13-5-02 - Fabricação de cervejas e INDUSTRIA DE BEBIDAS IGARASSU
0,1
chopes LTDA
17.21-4-00 - Fabricação de papel KLABIN S/A 0,3
CELULOSE E PAPEL DE PERNAMBUCO 10 a 46,3 t produzida 2,87 13,28
17.21-4-00 - Fabricação de papel 0,1
S/A - CEPASA
19.31-4-00 - Fabricação de álcool USINA SAO JOSE S/A 0,1
USIVALE INDUSTRIA E COMERCIO
19.31-4-00 - Fabricação de álcool 0,1 t cana proces-
LTDA 2 0,2
sada
19.31-4-00 - Fabricação de álcool USINA PETRIBU S/A 0,1
19.31-4-00 - Fabricação de álcool USINA BOM JESUS S/A 0,1
20.62-2-00 - Fabricação de produtos INDUSTRIAS REUNIDAS RAYMUNDO
0,1
de limpeza e polimento DA FONTE S/A
1,2 a 1,7 t produzida 0,16 0,22
20.62-2-00-Fabricação de produtos de UNILEVER BRASIL NORDESTE PRODU-
0,1
limpeza e polimento TOS DE LIMPEZA S.A.
20.71-1-00 - Fabricação de tintas,
AKZO NOBEL LTDA 0,1 1 t produzida 0,13
vernizes, esmaltes e lacas
20.99-1-99 - Fabricação de outros
produtos químicos não especificados NORCOLA IND. LTDA 0,1 0,5 a 60 t produzida 0,06 7,79
anteriormente
21.10-6-00 - Fabricação de produtos HEMOBRÁS - EMPRESA BRASILEIRA
0,1 312,5 t produzida 40,58
farmoquímicos HEMODERIVADOS E BIOTECNOLOGIA
22.21-8-00 - Fabricação de laminados
FORMILINE INDUSTRIA DE LAMINA-
planos e tubulares de material plásti- 0,1
DOS LTDA
co 0,23 t produzida 0,04
22.22-6-00 - Fabricação de embala-
FIABESA GUARARAPES S/A 0,2
gens de material plástico
23.11-7-00 - Fabricação de vidro pla- COMPANHIA BRASILEIRA DE VIDROS
0,0
no e de segurança PLANOS - CBVP
0,3 a 10 t produzida 0,1 3,39
23.11-7-00-Fabricação de vidro plano COMPANHIA INDUSTRIAL DE VIDROS -
0,3
e de segurança CIV
23.20-6-00 - Fabricação de cimento VOTORANTIM CIMENTOS N/NE SA 0,1 0,08 a 0,4 t produzida 0,01 0,05
23.49-4-01 - Fabricação de material DURATEX S.A 0,1 0,0471 peça 0,006

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$/m3 outor- Retirada de Custo Incremen-
Atividade Econômica Principal Requerente gado1 água2 Unidade tal/unidade
R$/m3 m3/unida R$/unidade
sanitário de cerâmica
24.23-7-02 - Produção de laminados
GERDAU AÇOS LONGOS S/A 0,0 33,6 t produzida 0,92
longos de aço, exceto tubos
24.41-5-01 - Produção de alumínio e
ALCOA ALUMINIO S.A 0,1 1,24 a 3,5 t produzida 0,16 0,45
suas ligas em formas primárias
24.51-2-00 - Fundição de ferro e aço SIMISA - SIMIONI METALURGICA LTDA 0,1 5 t produzida 0,65
29.42-5-00 - Fabricação de peças e
acessórios para os sistemas de mar-
MUSASHI DO BRASIL LTDA 0,3 1,39 t produzida 0,35
cha e transmissão de veículos auto-
motores
1Simulação da cobrança com a PPURefX2; 2Obtido em CNI (2013)

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5.3. IMPACTOS SOBRE O SETOR DE IRRIGAÇÃO

Para avaliar os impactos da cobrança na irrigação duas linhas de ação foram


adotadas. Na primeira, foram avaliados os Custos Operacionais Totais (COT) de diver-
sas culturas usualmente plantadas no estado, submetidas a diferentes métodos de
irrigação. Para estas estimativas realizou-se o seguinte procedimento:

1. Foram selecionadas culturas representativas para atividade irrigada em Per-


nambuco, com base no Censo Agropecuário (2006) e Produção Agrícola Munici-
pal (2016);

2. Foi realizada a classificação climática municipal, segundo dados da CONDEPE-


FIDEM, considerando os seguintes grupos:
• Tropical Quente e Úmido;
• Tropical Quente, Sub-úmido-seco;
• Tropical Quente e Seco (Semiárido);
• Tropical de Altitude (Brejo).

3. Foram realizados balanços hídricos representativos de cada região climática,


para as culturas selecionadas;

4. Foram calculadas lâminas médias de irrigação e demanda total de irrigação por


região;

5. O Custo Operacional Total para cada caso foi obtido por meio de diversas fon-
tes, informadas no Anexo V.

Estes valores foram detalhadamente apresentados no Relatório Técnico 3 e


são reproduzidos no Erro! Fonte de referência não encontrada.. Os valores de uso de
água e de métodos de irrigação foram introduzidos no SACUAPE e os valores de co-
brança unitária por metro cúbico utilizado foram usados para calcular o impacto da
cobrança em termos de percentuais dos COTs, do Quadro 5.22 até o Quadro 5.24,
considerando a aplicação dos PPUs referencial, os PPUs multiplicados por 1,5 e os PPUs
multiplicados por 2.
Duas condições locacionais foram consideradas: que o cultivo fosse realizado
na zona com maior coeficiente meteorológico (Zona da Mata e Litoral) e se fosse reali-

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zado na região com menor coeficiente meteorológico (Agreste Central), ambas em ano
normal.
Foi suposto que o manejo do solo fosse convencional e sem práticas conser-
vacionistas e que o manejo da irrigação não adotasse práticas de monitoramento. Para
as culturas simuladas os métodos de irrigação considerados foram microaspersão e
aspersão convencional.
Quadro 5.21 - Custo Operacional Total na irrigação de diversas culturas com
diferentes métodos de irrigação em Pernambuco
Clima Tropical Uso de água COT COT
Cultura Método
Quente (m3/ha/ciclo) (R$/ha) (R$/m3)
Seco (Semiárido) Microaspersão 12.242,3 13.478,8 1,1
Banana Sub-úmido Seco Microaspersão 15.326,6 13.478,8 0,9
Úmido Microaspersão 12.534,3 13.478,8 1,1
Cana-de- Sub-úmido Seco Aspersão Conv. 13.460,0 6.616,5 0,5
açucar Úmido Aspersão Conv. 16.945,0 6.616,5 0,4
Seco (Semiárido) Microaspersão 4.130,9 16.726,0 4,1
Coco-da baía
Úmido Microaspersão 7.057,1 16.726,0 2,4
Abacaxi Sub-úmido Seco Aspersão Conv. 5.886,8 26.802,5 4,6
Milho Sub-úmido Seco Aspersão Conv. 12.793,9 3.936,0 0,3
Cebola Seco (Semiárido) Aspersão Conv. 9.723,6 24.064,0 2,5
Manga Seco (Semiárido) Microaspersão 11.729,1 33.116,3 2,8

Quadro 5.22 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo
Operacional Total na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos
de irrigação em Pernambuco – PPU de referência
Agreste Central Zona da Mata Litoral
Clima Tropical Mé- COT Cobrança Cobrança/ Cobrança Cobrança/
Cultura
Quente todo (R$/m3) Total COT Total COT
(R$/m3) (%) (R$/m3) (%)
Seco (Semiárido) MA 1,10 0,0028 0,25% X X
Banana Sub-úmido Seco MA 0,88 0,0028 0,32% 0,0086 0,98%
Úmido MA 1,08 X X 0,0086 0,80%
Cana-de- Sub-úmido Seco AC 0,49 0,0042 0,85% 0,0130 2,64%
açúcar Úmido AC 0,39 X X 0,0130 3,32%
Coco da Seco (Semiárido) MA 4,05 0,0028 0,07% X X
baía Úmido MA 2,37 X X 0,0086 0,36%
Abacaxi Sub-úmido Seco AC 4,55 0,0042 0,09% 0,0130 0,28%
Milho Sub-úmido Seco AC 0,31 0,0042 1,35% 0,0130 4,21%
Cebola Seco (Semiárido) AC 2,47 0,0042 0,17% X X
Manga Seco (Semiárido) MA 2,82 0,0028 0,11% X X
MA: microaspersão; AC: aspersão convencional

Nesta simulação com os PPU de referência os impactos da cobrança pelo uso


da água bruta nos custos operacionais totais variam de 0,07% no caso do cultivo irri-
gado por microaspersão do coco no semiárido na região do Agreste Central, até 4,21%
na irrigação por aspersão convencional do milho em clima sub-úmido seco na Zona da
Mata e Litoral (Quadro 5.22).

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Quadro 5.23 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo
Operacional Total na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos
de irrigação em Pernambuco – PPURefx1,5
Agreste Central Zona da Mata Litoral
COT
Clima Tropical Cobrança Cobrança
Cultura Método (R$/m3) Cobrança/ Cobrança/
Quente Total Total
COT (%) COT (%)
(R$/m3) (R$/m3)
Seco (Semiárido) MA 1,10 0,0042 0,38% X X
Banana Sub-úmido Seco MA 0,88 0,0042 0,47% 0,013 1,47%
Úmido MA 1,08 X X 0,013 1,21%
Cana-de- Sub-úmido Seco AC 0,49 0,0062 1,27% 0,0194 3,95%
açúcar Úmido AC 0,39 X X 0,0194 4,98%
Coco da Seco (Semiárido) MA 4,05 0,0042 0,10% X X
baía Úmido MA 2,37 X X 0,013 0,55%
Abacaxi Sub-úmido Seco AC 4,55 0,0062 0,14% 0,0194 0,43%
Milho Sub-úmido Seco AC 0,31 0,0062 2,03% 0,0194 6,32%
Cebola Seco (Semiárido) AC 2,47 0,0062 0,25% X X
Manga Seco (Semiárido) MA 2,82 0,0042 0,17% X X
MA: microaspersão; AC: aspersão convencional

Aumentando-se os PPUs em 50% os impactos da cobrança nos COTs das cul-


turas analisadas variam de 0,10%, no caso do cultivo irrigado por microaspersão do
coco no semiárido na região do Agreste Central, até 6,32%, na irrigação por aspersão
convencional do milho em clima sub-úmido seco na Zona da Mata e Litoral, como mos-
tra o Quadro 5.23.
Caso se incremente ainda mais os PPUs, em 100%, , os valores de incremento
percentual dos COTs das culturas analisadas estarão entre 0,18% e 8,43%, como mos-
tra o Quadro 5.24.
Os impactos variam bastante entre culturas, climas e regiões, como os qua-
dros demonstram. O milho e a cana de açúcar são as culturas mais impactadas. Os
impactos são maiores na Zona da Mata e Litoral, devido à adoção do coeficiente Kme-
teo, que reduz a cobrança na região do Agreste Central a 32% do valor que seria co-
brado na Zona da Mata e Litoral.
É provável que seja necessário se estabelecer um limite de cobrança, como
percentual do Custo Operacional Total, para estas culturas. Porém, para que seja mais
bem calibrado, seria recomendado que fossem realizadas estimativas mais rigorosas,
preferentemente considerando-se irrigantes que se dispusessem a revelar seus custos
de forma detalhada.

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Quadro 5.24 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo
Operacional Total na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos
de irrigação em Pernambuco – PPURefx2.
COT Agreste Central Zona da Mata Litoral
Clima Tropical Méto- (R$/m3 Cobran- Cobran- Cobran- Cobran-
Cultura
Quente do ) ça Total ça/ COT ça Total ça/ COT
(R$/m3) (%) (R$/m3) (%)
Seco (Semiárido) MA 1,10 0,0055 0,50% X X
Banana Sub-úmido Seco MA 0,88 0,0055 0,63% 0,0173 1,96%
Úmido MA 1,08 X X 0,0173 0,61%
Sub-úmido Seco AC 0,49 0,0083 1,69% 0,0259 5,27%
Cana
Úmido AC 0,39 X X 0,0259 6,64%
Coco da Seco (Semiárido) MA 4,05 0,0055 0,14% X X
baía Úmido MA 2,37 X X 0,0173 0,73%
Abacaxi Sub-úmido Seco AC 4,55 0,0083 0,18% 0,0259 0,57%
Milho Sub-úmido Seco AC 0,31 0,0083 2,70% 0,0259 8,43%
Cebola Seco (Semiárido) AC 2,47 0,0073 0,30% X X
Manga Seco (Semiárido) MA 2,82 0,0055 0,22% X X
MA: microaspersão; AC: aspersão convencional.

Em conclusão, o setor irrigação é certamente o mais vulnerável à cobrança


pelo uso da água devido a diversos fatores: grande uso de água, incertezas climáticas,
de mercado, necessidade de capacidade gerencial para redução de custos, entre ou-
tros fatores. Os resultados mostram que para técnicas de irrigação menos eficientes
em termos de uso de água, como a aspersão convencional em relação à microasper-
são, os impactos da cobrança serão maiores. Isto ocorre tanto pelo maior uso de água,
quando pelo sistema de cobrança onerar mais os usos menos hidroeficientes.
O que se verifica para as culturas consideradas é que culturas irrigadas por
microaspersão são menos impactadas pela cobrança. No caso mais destacado, a bana-
na irrigada na Zona da Mata/Litoral em clima sub-úmido seco, apresenta uma cobrança
da ordem de apenas 2% do Custo Operacional Total e aplicando-se as PPUs mais altas,
duas vezes maiores que as referenciais. No caso oposto, de irrigação por aspersão
convencional, a cobrança pode alcançar 8,5% do Custo Operacional Total em clima
sub-úmido seco na Zona da Mata/Litoral. Isto determina que o instrumento de cobran-
ça pelo uso de água possa cumprir com um de seus objetivos, o de promover o uso
mais eficiente da água.

5.4. IMPACTOS SOBRE A PISCICULTURA EM TANQUE REDE

Para avaliar os impactos da cobrança na sobre a criação de peixes em tanque


rede a partir de reservatórios foi realizada uma simulação baseando-se nos coeficientes
de literatura apresentados nos Quadro 3.31 e Quadro 3.32, a partir dos quais foi

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possível estimar a perda de fósforo para o ambiente (Pamb) necessária ao cálculo do
volume de diluição de fósforo.
Para avaliação dos impactos decorrentes da cobrança pelo lançamento de fós-
foro sobre a atividade da piscicultura através da criação em tanques-rede se assumiu
as seguintes hipóteses:

✓ Considerou-se a criação da espécie Tilápia, vendida a um preço de 5,00/kg;


✓ Foram simuladas várias produtividades medidas em kg/ha/ciclo, de forma
que a estimativa se torne independente do método de criação e do ciclo de
produção;
✓ Foi considerado que o teor de fósforo na Tilápia representa apenas 0,34%
do Peso Vivo;
✓ Foi adotada uma taxa de conversão alimentar (TAC) na proporção de 2:1;
✓ Foi considerado que a taxa de fósforo na ração é de 1,3%;
✓ Foi considerada como taxa de fósforo lançada no ambiente (Pamb) como
sendo a diferença entre a taxa de fósforo da ração e a taxa absorvida no
peixe;
✓ Para fins de cálculo, considerou-se o limite de concentração de fósforo da
classe 2, correspondendo a 0,03 mg/L;

Foram realizadas simulações para os três valores de PPU estudados: 0,0012


R$/m3, 0,0018 R$/m3 e 0,0024 R$/m3, sendo as mesmas apresentadas nos Quadro
5.25 a Quadro 5.27 a partir das quais se permite concluir que os impactos da co-
brança pelo lançamento podem variar de 1,8 a 3,6% da receita do produtor.

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Quadro 5.25 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o PPUref=0,0012 (R$/m 3)
Limite -
Prod. % P no P(kg)/ TCA %P na P (kg) na Pamb Q diluição Valor
Classe 2 Kef Valor (R$) Impacto
(kg/ha/ciclo) peso Vivo Peso vivo (x:1) Ração ração (kg) (hm3/ciclo) (R$/kg)
(mg/L)
2.000 0,34% 6,8 2 1,30% 52,0 45,2 0,03 1,5 0,1 180,8 0,09 1,8%
5.000 0,34% 17,0 2 1,30% 130,0 113,0 0,03 3,8 0,1 452,0 0,09 1,8%
10.000 0,34% 34,0 2 1,30% 260,0 226,0 0,03 7,5 0,1 904,0 0,09 1,8%
20.000 0,34% 68,0 2 1,30% 520,0 452,0 0,03 15,1 0,1 1.808,0 0,09 1,8%
50.000 0,34% 170,0 2 1,30% 1300,0 1130,0 0,03 37,7 0,1 4.520,0 0,09 1,8%
200.000 0,34% 680,0 2 1,30% 5200,0 4520,0 0,03 150,7 0,1 18.080,0 0,09 1,8%

Quadro 5.26 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o PPUref=0,0018 (R$/m 3)
Limite -
Prod. % P no P(kg)/ TCA %P na P (kg) na Pamb Q diluição Valor
Classe 2 Kef Valor (R$) Impacto
(kg/ha/ciclo) peso Vivo Peso vivo (x:1) Ração ração (kg) (hm3/ciclo) (R$/kg)
(mg/L)
2.000 0,34% 6,8 2 1,30% 52,0 45,2 0,03 1,5 0,1 271,2 0,14 2,7%
5.000 0,34% 17,0 2 1,30% 130,0 113,0 0,03 3,8 0,1 678,0 0,14 2,7%
10.000 0,34% 34,0 2 1,30% 260,0 226,0 0,03 7,5 0,1 1.356,0 0,14 2,7%
20.000 0,34% 68,0 2 1,30% 520,0 452,0 0,03 15,1 0,1 2.712,0 0,14 2,7%
50.000 0,34% 170,0 2 1,30% 1300,0 1130,0 0,03 37,7 0,1 6.780,0 0,14 2,7%
200.000 0,34% 680,0 2 1,30% 5200,0 4520,0 0,03 150,7 0,1 27.120,0 0,14 2,7%

Quadro 5.27 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o PPUref=0,0024 (R$/m 3)
Limite -
Prod. % P no P(kg)/ TCA %P na P (kg) na Pamb Q diluição Valor
Classe 2 Kef Valor (R$) Impacto
(kg/ha/ciclo) peso Vivo Peso vivo (x:1) Ração ração (kg) (hm3/ciclo) (R$/kg)
(mg/L)
2.000 0,34% 6,8 2 1,30% 52,0 45,2 0,03 1,5 0,1 361,6 0,18 3,6%
5.000 0,34% 17,0 2 1,30% 130,0 113,0 0,03 3,8 0,1 904,0 0,18 3,6%
10.000 0,34% 34,0 2 1,30% 260,0 226,0 0,03 7,5 0,1 1.808,0 0,18 3,6%
20.000 0,34% 68,0 2 1,30% 520,0 452,0 0,03 15,1 0,1 3.616,0 0,18 3,6%
50.000 0,34% 170,0 2 1,30% 1300,0 1130,0 0,03 37,7 0,1 9.040,0 0,18 3,6%
200.000 0,34% 680,0 2 1,30% 5200,0 4520,0 0,03 150,7 0,1 36.160,0 0,18 3,6%

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5.5. IMPACTOS SOBRE O SETOR ENERGÉTICO: GERAÇÃO DE ENERGIA
HIDRELÉTRICA

A quase totalidade das PCH é constituída por usinas a fio de água, sem regu-
larização a montante. Seus efeitos sobre a geração das outras usinas do sistema são
desprezíveis. Portanto, a avaliação da energia gerada resumiu-se inicialmente ao cálcu-
lo da média das vazões afluentes, censuradas pelo engolimento máximo das turbinas,
de uma série de afluências sobre um período adequado. Em seguida, essa vazão foi
multiplicada pela produtividade da usina e descontadas as indisponibilidades através de
coeficientes apropriados (TEIF e TEIP) para se obter a energia assegurada. Resulta:

Quadro 5.28 – Formulação matemática para o cálculo da Energia Assegurada

𝑬𝒂 = 𝟖, 𝟕𝟔. 𝑲. 𝑸𝒄. (𝟏 − 𝑻𝑰𝑭). (𝟏 − 𝑻𝑰𝑷) (16)

𝐸𝑎 Energia Assegurada (MWh/ano)


𝐾 Produtividade média da usina (kW/m³/s)
𝑄𝑐 Vazão Censurada (m³/s)
𝑇𝐼𝐹 Taxa efetiva de indisponibilidade forçada (%)
𝑇𝐼𝑃 Taxa efetiva de indisponibilidade programada (%)

Quadro 5.29 – Formulação matemática para o cálculo da Vazão Censurada


𝟏
𝑸𝒄 = × ∑ 𝐦𝐢𝐧(𝑸𝒕 ; 𝑸∗ ) (17)
𝑻
𝒕∈𝑻
𝑄𝑐 Vazão Censurada (m³/s)
𝑇 Período considerado
𝑡 Tempo qualquer
𝑄𝑡 Vazão líquida afluente no tempo t, já descontadas as vazões de desvio
𝑄 ∗
Vazão máxima de engolimento da usina (m3/s)

Quadro 5.30 – Formulação matemática para o cálculo da Produtividade mé-


dia da usina

𝑲 = ( 𝝆. 𝒈. 𝑯𝑳. 𝜼)/𝟏𝟎𝟎𝟎, (18)

𝐾 Produtividade média da usina (kW/m³/s)


𝜌 Densidade da água (1.000 kg/m³)
𝑔 Aceleração da gravidade (9,81 m/s²)
𝐻𝐿 Queda líquida (m)
𝜂 Rendimento global da central

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Para previsão da geração de energia entre os anos 2018 e 2018, se repetiu a
série histórica ocorrida de 2007 até 2017, utilizando-se os dados fluviométricos da es-
tação Engenho Mato Grosso (código 38480000), localizados no Rio Sirinhaém no muni-
cípio de Rio Formoso.
Para cada eixo (seção) de interesse, a série histórica foi ajustada pela relação
(Ad/Aposto) que representa a razão entre a área de drenagem ao eixo da PCH (Ad) sobre
a área do posto fluviométrico 38480000 (Aposto).
Para fins de previsão de receitas a partir das PCHs foram consideradas os se-
guintes empreendimentos: (1) os que já estão em operação e (2) aqueles com data
prevista para entrada em funcionamento.
Para cálculo das receitas foram considerados dois preços médios de venda de
energia de PCHs: o de R$ 175,80 por megawatt-hora no Leilão de 2016 e o de R$
248,9 por megawatt-hora, preço teto do leilão.
Para o prognóstico de arrecadação, será utilizada a Tarifa Atualizada de Refe-
rência (TAR) utilizada no cálculo da Compensação Financeira pela Utilização dos Recur-
sos Hídricos (CFURH) para o ano de 2017, estabelecida em R$ 72,2/MWh. Sendo a
TAR, o preço de energia que tem sido adotado pelos mecanismos de cobrança pelo
uso da água que tem previsto a cobrança pelo uso da geração hidrelétrica a partir de
PCHs, sendo endossa neste estudo.
Os prognósticos de geração de renda (receita) para um horizonte de 10 anos
são apresentados a seguir nos Erro! Fonte de referência não encontrada. a Quadro
5.34. Um prognóstico de arrecadação com o mecanismo de cobrança pelo uso da
água aplicando-se um percentual de 0,75% sobre a energia gerada, são apresentados
no Quadro 5.35.

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 176
Quadro 5.31 - Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10 anos, TAR= R$175,8/MWh.
ANOS
PCHs
2018 2019 2020 2021 2022
5 Pedra Furada 8.683.863,13 7.221.616,92 7.577.907,77 7.073.491,41 7.949.016,28
8 Gindaí 1.926.860,93 1.461.772,11 1.405.188,04 1.284.109,93 1.880.931,37
9 Pau Sangue 1.860.205,82 1.774.057,53 1.802.150,41 1.729.245,10 1.826.506,11
14 Manopla 5.975.134,44 4.531.213,66 4.607.344,82 4.112.390,53 5.262.893,68
2 Cortês I N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
4 Cachoeira da Prata N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
6 Ilha das Flores N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
10 Cachoeira da Onça N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
11 Cortês II N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
12 Cachoeira Alegre N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
13 Cortês III N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
TOTAL 7.441.816,80 55.813,6 18.446.064,33 14.988.660,22 15.392.591,04

(1) Cronograma de implantação das PCHs obtidos através do Relatório de Acompanhamento da Expansão da Energia Elétrica (ANEEL,2017), emitido pela Superinten-
dência de Fiscalização dos Serviços de Geração .
(2) Estimativa realizada a partir dos projetos básicos e inventários aprovados na ANEEL (Quadro 3.36);
(3) Preço da Energia adotado no valor R$ 175,8/MWh (preço médio do Leilão ANEEL 2016), não obstante todas as unidades se tratem de Produtores Independentes
(4) Para fins de estimativa foi adotada a série histórica do Posto 38480000, ajustado por proporção de área, no período de 2007 a 2017.
(5) Taxa de Indisponibilidade Forçada de 3% e Taxa de Indisponibilidade Programada de 12%

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Quadro 5.32 - Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10 anos, TAR= R$175,8/MWh.
(Continuação)
ANOS
PCHs
2023 2024 2025 2026 2027
5 Pedra Furada 4.762.501,59 5.886.540,85 6.741.456,16 5.184.357,62 5.293.740,05
8 Gindaí 762.606,99 1.066.732,51 1.121.614,60 1.045.471,30 872.566,27
9 Pau Sangue 1.455.572,09 1.551.790,43 1.740.293,90 1.459.254,39 1.383.371,25
14 Manopla 2.500.443,53 3.490.972,65 3.677.561,33 3.100.476,59 2.860.979,15
2 Cortês I 1.185.469,83 1.396.902,51 1.616.969,98 1.226.686,69 1.254.680,39
4 Cachoeira da Prata 959.743,53 1.095.861,63 1.263.423,90 968.696,66 979.864,98
6 Ilha das Flores 6.155.859,97 7.500.263,51 8.653.418,62 6.583.575,18 6.726.372,10
10 Cachoeira da Onça 3.162.255,20 3.615.103,15 4.169.983,48 3.194.786,58 3.233.090,30
11 Cortês II 3.864.473,33 4.610.942,02 5.340.356,49 4.038.692,06 4.129.468,85
12 Cachoeira Alegre 1.232.427,84 1.501.142,01 1.732.054,63 1.317.580,49 1.346.174,74
13 Cortês III 1.006.376,15 1.305.066,78 1.444.820,89 1.156.807,05 1.160.918,19
TOTAL 14.199.236,97 16.919.347,43 27.047.730,03 33.021.318,05 37.501.953,98

(1) Cronograma de implantação das PCHs obtidos através do Relatório de Acompanhamento da Expansão da Energia Elétrica (ANEEL,2017), emitido pela Superinten-
dência de Fiscalização dos Serviços de Geração .
(2) Estimativa realizada a partir dos projetos básicos e inventários aprovados na ANEEL (Quadro 3.36)
(3) Preço da Energia adotado no valor R$ 175,8/MWh (preço médio do Leilão ANEEL 2016), não obstante todas as unidades se tratem de Produtores Independentes
(4) Para fins de estimativa foi adotada a série histórica do Posto 38480000, ajustado por proporção de área, no período de 2007 a 2017.
(5) Taxa de Indisponibilidade Forçada de 3% e Taxa de Indisponibilidade Programada de 12%

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 178
Quadro 5.33 – Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10 anos, TAR= R$248/MWh.
ANOS
PCHs
2018 2019 2020 2021 2022
5 Pedra Furada 12.243.309,02 10.181.699,81 10.684.031,43 9.972.858,84 11.207.254,33
8 Gindaí 2.716.665,78 2.060.940,78 1.981.163,35 1.810.456,29 2.651.910,06
9 Pau Sangue 2.622.689,28 2.501.229,50 2.540.837,41 2.438.048,81 2.575.176,32
14 Manopla 8.424.294,15 6.388.521,81 6.495.858,53 5.798.026,45 7.420.111,61
2 Cortês I N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
4 Cachoeira da Prata N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
6 Ilha das Flores N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
10 Cachoeira da Onça N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
11 Cortês II N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
12 Cachoeira Alegre N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
13 Cortês III N.I. N.I. N.I. N.I. N.I.
TOTAL 26.006.958,23 21.132.391,90 21.701.890,72 20.019.390,39
(1) Cronograma de implantação das PCHs obtidos através do Relatório de Acompanhamento da Expansão da Energia Elétrica (ANEEL,2017), emitido pela Supe-
rintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração .
(2) Estimativa realizada a partir dos projetos básicos e inventários aprovados na ANEEL (Quadro 3.36);
(3) Preço da Energia adotado no valor R$ 248/MWh (Preço teto do Leilão ANEEL 2016), não obstante todas as unidades se tratem de Produtores Independentes
(4) Para fins de estimativa foi adotada a série histórica do Posto 38480000, ajustado por proporção de área, no período de 2007 a 2017.
(5) Taxa de Indisponibilidade Forçada de 3% e Taxa de Indisponibilidade Programada de 12%

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 179
Quadro 5.34 – Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10 anos, TAR= R$248/MWh.
(Continuação)
ANOS
PCHs
2023 2024 2025 2026 2027
5 Pedra Furada 6.714.612,82 8.299.386,75 9.504.725,00 7.309.384,25 7.463.601,66
8 Gindaí 1.075.193,48 1.503.977,62 1.581.355,43 1.474.001,61 1.230.224,19
9 Pau Sangue 2.052.199,42 2.187.856,89 2.453.626,43 2.057.391,06 1.950.404,03
14 Manopla 3.525.355,29 4.921.894,36 5.184.964,25 4.371.337,10 4.033.671,58
2 Cortês I 1.671.384,42 1.969.481,65 2.279.753,02 1.729.495,73 1.768.963,82
4 Cachoeira da Prata 1.353.134,71 1.545.046,53 1.781.291,23 1.365.757,65 1.381.503,78
6 Ilha das Flores 8.679.097,62 10.574.561,40 12.200.385,55 9.282.129,87 9.483.458,10
10 Cachoeira da Onça 4.458.438,25 5.096.904,95 5.879.226,28 4.504.303,99 4.558.308,09
11 Cortês II 5.448.489,97 6.500.930,19 7.529.325,81 5.694.119,55 5.822.105,03
12 Cachoeira Alegre 1.737.590,13 2.116.448,09 2.442.009,94 1.857.646,17 1.897.960,98
13 Cortês III 1.418.881,66 1.840.003,19 2.037.041,39 1.630.972,99 1.636.769,24
TOTAL 23.854.452,32 38.134.377,75 46.556.491,62 52.873.704,31 41.276.539,97

(1) Cronograma de implantação das PCHs obtidos através do Relatório de Acompanhamento da Expansão da Energia Elétrica (ANEEL,2017), emitido pela Supe-
rintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração.
(2) Estimativa realizada a partir dos projetos básicos e inventários aprovados na ANEEL (Quadro 3.36);
(3) Preço da Energia adotado no valor R$ 248/MWh (Preço teto do Leilão ANEEL 2016), não obstante todas as unidades se tratem de Produtores Independentes
(4) Para fins de estimativa foi adotada a série histórica do Posto 38480000, ajustado por proporção de área, no período de 2007 a 2017.
(5) Taxa de Indisponibilidade Forçada de 3% e Taxa de Indisponibilidade Programada de 12%

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 180
Quadro 5.35 - Previsão de arrecadação com a cobrança pelo uso da água sobre a energia gerada a partir de PCHs (R$ TA-
RIFA ATUALIZA DE REFERÊNCIA TAR DE 72,2/MWh, praticada em 2017).
ANOS
PCHs
2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
5 Pedra Furada 26.732,9 22.231,4 23.328,2 21.775,4 24.470,7 14.661,1 18.121,4 20.753,3 15.959,8 16.296,5
8 Gindaí 5.931,8 4.500,0 4.325,8 3.953,1 5.790,4 2.347,7 3.283,9 3.452,8 3.218,4 2.686,2
9 Pau Sangue 5.726,6 5.461,4 5.547,8 5.323,4 5.622,8 4.480,9 4.777,1 5.357,4 4.492,2 4.258,6
14 Manopla 18.394,2 13.949,1 14.183,5 12.659,8 16.201,6 7.697,5 10.746,8 11.321,2 9.544,7 8.807,4
2 Cortês I N.I. N.I. N.I. N.I. N.I. 3.649,4 4.300,3 4.977,8 3.776,3 3.862,5
4 Cachoeira da Prata N.I. N.I. N.I. N.I. N.I. 2.954,5 3.373,6 3.889,4 2.982,1 3.016,5
6 Ilha das Flores N.I. N.I. N.I. N.I. N.I. 18.950,5 23.089,2 26.639,1 20.267,2 20.706,8
10 Cachoeira da Onça N.I. N.I. N.I. N.I. N.I. 9.734,9 11.128,9 12.837,1 9.835,0 9.952,9
11 Cortês II N.I. N.I. N.I. N.I. N.I. 11.896,6 14.194,6 16.440,0 12.432,9 12.712,4
12 Cachoeira Alegre N.I. N.I. N.I. N.I. N.I. 3.794,0 4.621,2 5.332,0 4.056,1 4.144,1
13 Cortês III N.I. N.I. N.I. N.I. N.I. 3.098,1 4.017,6 4.447,8 3.561,2 3.573,8
TOTAL 56.785,4 46.141,9 47.385,4 43.711,7 52.085,4 83.265,2 101.654,6 115.448,0 90.126,0

(1) Simulações consideraram o mecanismo apresentado no Quadro 3.35 sobre os valores de geração apresentados no Quadro 4.4.

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O impacto da cobrança pelo uso da água sobre a atividade de geração de ener-
gia a partir de PCHs decorre de forma direta, uma vez que o mecanismo proposto aplica o
percentual de 0,75% sobre a receita da geração. Não obstante o impacto sobre a receita
bruta já esteja explícito, cabe alguns comentários adicionais a respeito do momento pelo
qual esse setor em específico atravessa, em decorrência de questões regulatórias.
Um dos pontos é a política de preços teto do Governo, que segundo empreende-
dores tem inviabilizado a geração de energia deste setor, agravada pela alta dos custos
financeiros do BNDES e Capex. Segundo a ABRABPCH (2017) 6 o preço teto de
R$248/MWh revisado no último leilão ainda não viabiliza a sua geração.
Para fins de verificação e confirmação da falta de viabilidade destes empreendi-
mentos, todos os empreendimentos de PCHs que vão entrar em operação foram avaliados
quanto à sua viabilidade, fazendo-se uso do modelo construído por UMBRIA (2016).
Para uso do modelo, é necessário estabelecer alguns dados de entrada, confor-
me Figura 5.1, que foram calculados a partir dos seguintes parâmetros:

✓ Custo médio de implantação de 6.000 R$/kWh7;

✓ Prazo de análise – 20 anos;

✓ Série de receitas obtidas a partir de geração média da série de 20 anos (2007 a


2017);

✓ Encargos incidentes, conforme padrão do modelo apresentado na Figura 5.2;

✓ Potência instalada da PCH, conforme inventário;

✓ Prazo de construção – 2 anos;

✓ Entrada em operação no ano de 2023, conforme relatório ANEEL;

✓ Equitiy de 50% e taxa de remuneração do capital próprio de 10%.

6
Seminário: Desafios Para a Expansão em PCHs e CGHs
7
informação cedida por empresa privada do ramo de energia, sob consulta, cuja fonte não pode
ser divulgada.

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Figura 5.1 – Parâmetros de entrada no modelo de análise de viabilidade de pequenas centrais hidrelétricas (Umbria, 2015)

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Figura 5.2 – Encargos incidentes no modelo de análise de viabilidade de pequenas centrais hidrelétricas, incluindo o 0,75%
da Cobrança pelo Uso da Água (Umbria, 2015)

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Com o uso do modelo de análise de viabilidade, foram avaliados todos os em-
preendimentos para os seguintes cenários:
CENÁRIO 1 – Preço da Energia praticado no primeiro Leilão de 2016, com
energia no valor de 175,8 R$/MWh sem considerar a cobrança pelo uso da água;
CENÁRIO 2 – Preço da Energia praticado no primeiro Leilão de 2016, com
energia no valor de 175,8 R$/MWh considerando a cobrança pelo uso da água;
No Quadro 5.36 são apresentados os valores presentes líquidos (VPLs) obti-
dos com uso do modelo, onde se confirma que todos os empreendimentos são inviabi-
lizados ao preço praticado no mercado regulado.
Com o uso do modelo, também foi calculado o valor da tarifa que faz o
VPL=0, ou relação Custo/Benefício=1, onde pode se observar que os valores destas
tarifas estão demasiadamente acima do mercado regulado.
Na última coluna do Quadro 5.36, calcula-se o impacto causado pela cobran-
ça, como sendo a variação percentual do VPL entre os cenários 1 e 2, chegando-se a
valores módicos e próximos a 0,5%, tendo sido superior a 2% em um único caso.
Diante das premissas assumidas, as simulações mostram que no cenário de
preços do mercado regulado as PCHs ainda se encontram inviabilizadas, confirmando
as análises de ABRAPCH (op. cit.).
Entretanto, pouco se conhece ou se pode afirmar sobre a estratégia de viabi-
lidade do empreendimento uma vez que existe a possibilidade de que o empreendedor
opere no mercado de curto prazo (menores que 6 meses). Essa possibilidade, embora
exista, é pouco realista, uma vez que o financiamento destes empreendimentos na
modalidade Project Finance requer garantias por parte dos agentes financeiros, que
por sua vez são formalizadas através de contratos de longo prazo, reduzindo o risco
para os acionistas, e fazendo com que os empreendedores concentrem suas estraté-
gias na venda de energia no mercado regulado.
Por outro lado, não é descartada a possibilidade em que empreendedores es-
colham utilizar sua solidez para dar lastro às operações de financiamento, o que permi-
te focar o mercado de curto prazo, ficando exposto às oscilações de preço do mercado,
à maiores ganhos e maior volatilidade. Por exemplo, o Preço de liquidação das dife-
renças (PLD) divulgado semanalmente pela CEEE, com a finalidade de liquidar toda
energia não contratada entre os agentes, ficou R$ 533,82/MW na semana de
28/10/2017 e 03/11/2017, já na semana de 02/12/2017 à 08/12/2017 foi calculado em
R$ 221,34/MW.
De toda sorte, constata-se que não é valor da cobrança pelo uso da água que
viabiliza ou inviabiliza o empreendimento de geração a partir de pequenas centrais

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hidrelétricas, pois conforme discutido acima, outros fatores exercem maior peso sobre
a sua viabilidade entre eles o preço do mercado regulado e a estratégia do empreen-
dedor. À medida que esta alíquota seja incorporada na análise de empreendimentos o
modelo de engenharia financeira e a estratégia de comercialização devem absorvê-la.
Chama-se atenção também, para o baixo potencial de arrecadação deste se-
tor, conforme apresentado no Quadro 5.35, uma vez que o total da arrecadação pre-
vista quando todos os empreendimentos estiverem em operação podem oscilarão entre
R$ 96.000 /ano, segundo o modelo proposto utilizando a TAR.

Quadro 5.36 – Impactos da inclusão da cobrança sobre o Valor Presente Lí-


quido (VPL) do Empreendimento
Valor Presente Líquido (VPL)
Tarifa De Energia
Pot (mil reais)
PCH Equilíbrio média
(MW) Impacto
(R$/MWh) (MW) Cenário 1 Cenário 2
(%)
Cortes I 455,00 1,40 1,07 -R$15.227 -R$15.321 0,61
Cachoeira da Prata 530,00 1,05 0,83 -R$15.499 -R$15.573 0,47
Ilha das Flores 235,00 8,00 5,77 -R$13.835 -R$14.184 2,52
Cachoeira da Onça 550,00 3,47 1,37 -R$24.031 -R$24.153 0,51
Cortes II 555,00 4,70 1,65 -R$28.347 -R$28.485 0,49
Cachoeira Alegre 900,00 1,60 0,52 -R$22.030 -R$22.076 0,21
Cortes III 580,00 1,90 1,01 -R$18.599 -R$18.688 0,48

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6. CONCLUSÕES SOBRE A VIABILIDADE DO MECANISMO PROPOSTO
DE COBRANÇA PELO USO DE ÁGUA BRUTA

Como foi demonstrado de forma detalhada neste relatório o mecanismo pro-


posto apresenta flexibilidades para:

1. Viabilidade financeira:
a. Geração de arrecadações pretendidas pelos gestores de recursos hídricos
de Pernambuco, e para atenuar impactos sobre os usuários;
b. Redução dos montantes cobrados a usuários que sejam demasiadamente
impactados pela cobrança, e que possam ser inviabilizados financeiramen-
te de manterem suas atividades;
2. Racionalidade econômica: estimular o uso sustentável da água,
a. Sinalizando com a cobrança o valor econômico da água e sua condição de
escassez;
b. Premiando medidas de aumento de eficiência de uso;

No que se refere à viabilidade financeira foram simulados três conjuntos de


Preços Públicos Unitários, múltiplos de valores referenciais que tiveram por base as
práticas de cobrança pelo uso de água no Brasil. As arrecadações potenciais que ge-
ram foram comparadas com as seguintes demandas de custeio:

1. Custeio da APAC no exercício de suas atribuições no gerenciamento de recur-


sos hídricos do Estado de Pernambuco;
2. Custos de operação e de manutenção da infraestrutura hidráulica de Pernam-
buco.

Obviamente, os impactos aumentam com os valores das PPUs. O que se veri-


ficou nas análises realizadas é que o setor industrial é aquele que menores dúvidas
existem sobre os impactos da cobrança pelo uso da água bruta. Nas avaliações reali-
zadas, voltadas aos maiores usuários de água, reduzidos foram os aumentos dos cus-
tos de produção, e em relação às receitas brutas, pequenos percentuais de redução.
Na falta de informações sobre os lançamentos de poluentes em meio hídrico,
foi apenas utilizado o que estima a carga orgânica, e por meio de coeficientes técnicos
simplificados. Possivelmente estão sendo superestimadas as cobranças das atividades
industriais com baixa geração de cargas orgânicas. Isto, se por um lado poderá reduzir

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ainda mais os impactos da cobrança nestas indústrias, por outro lado, poderá igual-
mente reduzir a arrecadação.
No setor de saneamento foram usados os dados do Sistema Nacional de In-
formações sobre Saneamento, com data de 2015. Isto permitiu não apenas avaliar a
eficiência de uso de água em cada sistema, e também os impactos, tendo por base as
tarifas cobradas, pelo lado da receita, e considerando as Despesas Totais do Serviço,
pelo lado dos custos operacionais.
Em termos médios, verificou-se que os impactos são pequenos, permitindo,
inclusive, que as prestadoras dos serviços repassem às tarifas finais os valores cobra-
dos pela água bruta. Porém, em alguns casos, que foram diagnosticados como resul-
tantes de informações equivocadas, ocorreram impactos significativos. Estes valores
são apresentados, permitindo que as correções sejam realizadas e os impactos corre-
tos considerados.
No caso da irrigação, como já era esperado, diante da sensibilidade deste se-
tor a cobranças adicionais, ocorreram impactos que devem ser mais bem avaliados.
Por um lado, especialmente na irrigação por aspersão convencional, ocorrem cobran-
ças que representam percentuais consideráveis dos Custos Totais Operacionais esti-
mados.
Por outro lado, nas culturas irrigadas por microaspersão, os impactos parecem
ser suportáveis. Porém, sendo estimativas baseadas em informações secundárias, seria
recomendável que alguns casos típicos e reais sejam avaliados, contando com colabo-
ração de irrigantes que se disponham a revelar seus custos.
Como no banco de dados de outorga da APAC não é informada a cultura irri-
gada, e muitas vezes o irrigante pode alterá-la de acordo com os preços de mercado,
não foi possível avaliar que usuários serão mais impactados. Porém, sabe-se que boa
parte da irrigação se destina à cana de açúcar, justamente uma das culturas mais sen-
síveis à cobrança.
No que se refere à cobrança pelo uso de água bruta na geração de energias
elétrica existe a grande dúvida se as PCHs poderão ser objeto de aplicação deste ins-
trumento. Porém, verifica-se que os impactos não são significativos, pois o mecanismo
específico de cobrança onera em 0,75% o valor da venda de energia, pela Tarifa Atua-
lizada de Referência. Entende-se que seja um valor reduzido.
Portanto, entende-se que o mecanismo proposto tenha viabilidade de imple-
mentação, após serem realizadas algumas análises adicionais, com uso de informações
primárias.

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7. PROJEÇÃO TENDENCIAL DOS FATURAMENTOS

Tendo por referência o incremento tendencial dos usos de água em Pernam-


buco, resultantes do aumento da população, do Valor Agregado Bruto da indústria, da
área irrigada e do rebanho animal, foram obtidas taxas geométricas de crescimento
apresentadas no Relatório Técnico 3. Elas foram aplicadas aos faturamentos estimados
para as grandes categoriais de uso de água de forma a projetar no curto, 2020, médio
2025 e longo prazos (2030) a arrecadação potencial com a cobrança pelo uso de água.
Sendo tendenciais, estas projeções não preveem alterações disruptivas na
ocupação territorial e nem nas taxas de uso de água. Do Quadro 7.1 ao Quadro 7.3
são apresentados os valores projetados nos anos 2020, 2025 e 2030 respectivamente,
considerando-se a aplicação das PPU referenciais.

Quadro 7.1 – Faturamento projetado por UP e por grande categoria de uso


de água para 2020 adotando-se a PPURef.
Usos Usos Usos
Irrigação Outros Total
Urbanos Industriais Animais
Goiana 1.737.417 299.144 9 377.907 4.729 2.419.206
Capibaribe 9.191.359 197.988 76 25.248 60.914 9.475.585
Ipojuca 3.494.742 84.691 45 5.946 16.440 3.601.865
Sirinhaem 546.567 629.747 3 51.804 184.592 1.412.714
Una 2.744.383 2.458 39 7.040 9.232 2.763.151
Mundau 388.689 11.423 25 978 10.357 411.471
Ipanema 77.344 - 41 87 4.063 81.535
Moxoto 390.319 6.353 336 15.444 11.727 424.180
Pajeu 222.682 2.945 276 5.169 2.598 233.669
Terra Nova 15.429 583 45 28.629 810 45.497
BrIgida 59.180 - 5 114.677 - 173.863
Garcas 494 - - - - 494
Pontal 1.732 - - 22 - 1.755
GL1 3.141.498 1.033.535 3 417.657 11.184 4.603.876
GL2 1.316.748 400.801 - 491 57.061 1.775.100
GL3 24.800 383 - 78 - 25.261
GL4 162.966 - - - - 162.966
GL5 119.053 - - - - 119.053
GL6 - - - 164 - 164
GI1 4.261 25.434 - - 3.039 32.734
GI2 1.873 15.006 - - 2.819 19.698
GI3 83.437 - 42 - - 83.479
GI4 - - - - - -
GI5 - - - - - -
GI6 - - - - - -
GI7 - - - - - -
GI8 - - - - - -
GI9 2.160 - - - - 2.160
F. Noronha 347 - - - - 347
S/definição 15.057 6.673 - 657 57 22.445
TOTAL 23.742.538 2.717.164 946 1.051.999 379.623 27.892.270

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Quadro 7.2 – Faturamento projetado por UP e por grande categoria de uso
de água para 2025 adotando-se a PPURef.
Usos Usos Usos
Irrigação Outros Total
Urbanos Industriais Animais
Goiana 1.786.673 366.355 9 418.414 5.000 2.576.450
Capibaribe 9.675.531 243.187 86 27.728 64.348 10.010.881
Ipojuca 3.685.945 105.895 52 6.464 17.416 3.815.772
Sirinhaem 567.780 786.799 3 54.309 212.566 1.621.458
Una 2.834.510 3.030 46 7.732 9.537 2.854.854
Mundau 402.959 13.985 30 1.067 10.792 428.834
Ipanema 80.214 - 47 94 4.214 84.570
Moxoto 410.896 7.942 373 16.979 12.383 448.574
Pajeu 228.051 3.659 273 5.550 2.668 240.202
Terra Nova 16.083 740 47 30.119 851 47.839
BrIgida 61.381 - 5 124.129 - 185.516
Garcas 552 - - - - 552
Pontal 1.897 - - 25 - 1.922
GL1 3.290.321 1.255.918 3 458.224 12.178 5.016.644
GL2 1.386.061 489.508 - 541 62.311 1.938.420
GL3 27.273 482 - 78 - 27.833
GL4 171.569 - - - - 171.569
GL5 128.458 - - - - 128.458
GL6 - - - 181 - 181
GI1 4.402 31.803 - - 3.705 39.910
GI2 1.875 18.666 - - 3.430 23.971
GI3 88.198 - 37 - - 88.235
GI4 - - - - - -
GI5 - - - - - -
GI6 - - - - - -
GI7 - - - - - -
GI8 - - - - - -
GI9 2.136 - - - - 2.136
F. Noronha 376 - - - - 376
S/ definição 15.779 8.183 - 716 63 24.741
TOTAL 24.868.921 3.336.152 1.012 1.152.350 421.464 29.779.898

Quadro 7.3 – Faturamento projetado por UP e por grande categoria de uso


de água para 2030 adotando-se a PPURef.
Usos Usos Usos
Irrigação Outros Total
Urbanos Industriais Animais
Goiana 1.835.928 448.667 9 458.920 5.305 2.748.831
Capibaribe 10.159.704 298.705 96 30.208 67.850 10.556.562
Ipojuca 3.877.147 132.409 59 6.982 18.416 4.035.013
Sirinhaem 588.993 983.019 2 56.815 246.687 1.875.515
Una 2.924.637 3.734 53 8.424 9.842 2.946.690
Mundau 417.229 17.122 36 1.155 11.243 446.786
Ipanema 83.084 - 52 102 4.365 87.604
Moxoto 431.474 9.929 410 18.513 13.051 473.377
Pajeu 233.421 4.547 271 5.932 2.740 246.910
Terra Nova 16.736 938 49 31.608 894 50.226
BrIgida 63.583 - 6 133.581 - 197.170
Garcas 610 - - - - 610
Pontal 2.062 - - 27 - 2.089

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Usos Usos Usos
Irrigação Outros Total
Urbanos Industriais Animais
GL1 3.439.144 1.526.152 3 498.790 13.300 5.477.389
GL2 1.455.374 597.848 - 591 68.213 2.122.025
GL3 29.746 607 - 77 - 30.430
GL4 180.172 - - - - 180.172
GL5 137.863 - - - - 137.863
GL6 - - - 198 - 198
GI1 4.544 39.766 - - 4.535 48.844
GI2 1.876 23.218 - - 4.191 29.286
GI3 92.958 - 33 - - 92.991
GI4 - - - - - -
GI5 - - - - - -
GI6 - - - - - -
GI7 - - - - - -
GI8 - - - - - -
GI9 2.112 - - - - 2.112
F. Noronha 406 - - - - 406
S/ definição 16.500 10.034 - 776 70 27.380
TOTAL 25.995.303 4.096.694 1.079 1.252.701 470.702 31.816.478

Estes valores de projeção são apresentados graficamente na Figura 7.1. No-


ta-se uma forte tendência de aumento do faturamento na indústria, mas que ainda
mantém seu valor distante da arrecadação do Uso Urbano, que prepondera sobre os
demais.

30.000.000
Faturamento projetado (R$)

25.000.000

20.000.000

15.000.000

10.000.000

5.000.000

-
2015 2020 2025 2030

USOS URBANOS USOS INDUSTRIAIS USOS ANIMAIS IRRIGAÇÃO OUTROS

Figura 7.1 – Projeção dos faturamentos por grandes categorias de uso de


água, adotando-se a PPURef.

Na Figura 7.2 são apresentadas as projeções dos faturamentos totais, consi-


derando as cobranças pela PPURef, pela PPURefX1,5 e pela PPURefX2.

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80.000.000

70.000.000

60.000.000
Faturamentos (R$/ano)

50.000.000

40.000.000

30.000.000

20.000.000

10.000.000

-
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

PPURef PPURefX1,5 PPURefX2

Figura 7.2 - Projeção dos faturamentos totais para as PPUs simuladas.

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8. PROCESSOS ADMINISTRATIVOS PARA A ARRECADAÇÃO: EXEM-
PLOS BRASILEIROS

Para que seja possível efetivar a implementação da cobrança pelo uso de re-
cursos hídricos no estado de Pernambuco é necessário pensar nos processos adminis-
trativos que ocorrem a partir do momento em que o Conselho Estadual de Recursos
Hídricos aprovar o mecanismo de cobrança. Os processos de operacionalização da co-
brança são determinantes para que os usuários de recursos hídricos recebam os res-
pectivos boletos e, por isso, este item busca abordar de forma detalhada o seu funcio-
namento.
Os processos de operacionalização e implantação da cobrança são variáveis,
conforme os recursos que o órgão gestor dispõe. Como estudo de caso, serão apresen-
tadas as formas de operacionalização da cobrança por parte da Agência Nacional de
Águas – ANA, que é responsável pela gestão das águas de domínio da União, e do
Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM, responsável pela gestão das águas no
Estado de Minas Gerais. Ambas entidades realizam a cobrança pelo uso de recursos
hídricos em vários corpos de água de seus domínios.
A escolha da ANA como modelo é devida à sua consolidada estrutura operaci-
onal. Por ser o órgão máximo da gestão de recursos hídricos, possui recursos técnicos
e financeiros que permitiram a criação de softwares que hoje operacionalizam a co-
brança não só a nível federal, como também em vários Estados. Já o IGAM foi escolhi-
do como estudo de caso por possuir alguma similaridade com as atribuições da APAC
e, portanto, os métodos e procedimentos adotados pelo primeiro servirão de referência
a segunda.

8.1. O PROCESSO DE COBRANÇA PELO USO DE RECURSOS HÍDRICOS


NA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS – ANA

Compete à ANA implementar e operacionalizar a cobrança. Ela se inicia so-


mente após a aprovação pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH dos me-
canismos e valores propostos pelo Comitê de Bacia Hidrográfica - CBH.
A experiência de cobrança pioneira foi realizada no rio Paraíba do Sul, em
2001. Nestas quase duas décadas, aumentaram os rios de domínio da união onde a
cobrança é aplicada, e foram aperfeiçoados os seus procedimentos. Em 2016 arreca-
dou quase meio bilhão de reais com a cobrança nas bacias do Paraíba do Sul, Piracica-

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ba, Capivari e Jundiaí, São Francisco e Doce. Em vias de cobrança estão as bacias do
rio Verde Grande e Paranaíba.
Os valores de cobrança são calculados com base nas fórmulas, Preços Públi-
cos Unitários - PPU’s e coeficientes propostos pelo CBH. Os dados de captação, lança-
mento, consumo e carga orgânica são aqueles cadastrados pelo usuário no sistema
Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos - CNARH ou que foram migrados
das outorgas que a ANA concedeu aos usuários. Nenhum dado é alterado pela ANA
sem a autorização do usuário.
A Figura 8.1 apresenta o fluxograma do processo de implementação da co-
brança pela ANA, desde a etapa preliminar, quando o Comitê manifesta desejo de im-
plementa-la, até o seu início propriamente dito.

Manifestação do CBH
ETAPA PRELIMINAR
Definição do fórum
técnico para condução da
discussão

Planejamento e
4 meses
nivelamento de conceitos

ETAPA 1 - CONSTRUÇÃO Definição de mecanismos


6 meses
DA PROPOSTA DE e de parâmetros
MECANISMOS E VALORES
Definição de valores
(PPU) e de coeficientes 5 meses
(k)

Discussão e deliberação
ETAPA 2 - DELIBERAÇÃO 1 mês
pela plenária do CBH
DOS COMITÊS DE BACIA
Integração das bases de
HIDROGRÁFICA E DO 4 meses
Discussão e deliberação dados
CONSELHO DE RECURSOS
HÍDRICOS pela plenária do Conselho 1 mês
de Recursos Hídricos

Regularização (outorga)
1 mês
de usos de água

Consolidação de
ETAPA 3 -
informações, atribuição
OPERACIONALIZAÇÃO E
de classes, e 1 mês
INÍCIO DA COBRANÇA
dominialidades da água,
e cálculo de valores

INÍCIO DA COBRANÇA TOTAL 19 MESES

Figura 8.1 – Passo-a-passo para implementação da cobrança em âmbito fe-


deral. Adaptado de ANA (2007)

A operacionalização e início da cobrança ocorre com a inserção dos dados dos


usuários no CNARH. As informações disponíveis no CNARH são integradas ao Sistema
Digital de cobrança – DIGICOB, que procede ao cálculo dos valores devidos. O próprio

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sistema gera uma Guia de Recolhimento da União – GRU, que será enviado aos usuá-
rios para pagamento.
A implantação do Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos em bacias
hidrográficas, viabilizado através do pacto de gestão das Agências de Bacia com a
ANA, é o que permite o cadastro dos usuários de recursos hídricos, e, consequente-
mente, à cobrança.
Por meio do pacto de gestão, oficializado através do Convênio de Integração,
é possível conciliar dificuldades, pactuar metas, estabelecer cronogramas e disponibili-
zar os recursos financeiros e humanos necessários para a implementação, de forma
adequada, do sistema de gerenciamento de recursos hídricos em uma bacia hidrográfi-
ca com rios de domínio da União e de Estados. O Convênio de Integração é a forma de
compatibilizar e alinhar interesses, da União e dos Estados, equacionando os desafios e
impasses derivados dos regimes diferenciados de domínio sobre rios localizados em
uma mesma bacia (ANA, 2007).
Os valores são arrecadados pela ANA e repassados à Agência de Água da ba-
cia, ou à entidade delegatária de funções de Agência de Água, conforme determina a
Lei Federal nº 10.881/04. É celebrado contrato de gestão entre a ANA e as Agências
de Água, ou entidades delegatárias, visando alcançar as metas previstas para aplicação
dos recursos arrecadados.
Após o cadastro dos usuários no CNARH, segue-se a etapa do cálculo da co-
brança e emissão dos boletos. As informações disponíveis no CNARH são integradas ao
Sistema Digital de Cobrança – DIGICOB (também gerido pela ANA). As fórmulas expli-
citadas nas metodologias de cobrança das bacias são implementadas no sistema, que
fará o cálculo da cobrança a partir dos dados disponibilizados no CNARH. O seu funcio-
namento básico se dá a partir do cálculo do volume anual captado e consumido e da
carga orgânica lançada anualmente, multiplicados por seus respectivos Preços Públicos
Unitários – PPU’s e coeficientes multiplicadores aprovados pelos Comitês de Bacia Hi-
drográfica.
O DIGICOB tem a finalidade de gerar, emitir, gerenciar e monitorar todo o
processo de cobrança e arrecadação relacionadas ao uso de recursos hídricos em
águas de domínio da União. O sistema foi concebido e encontra-se disponível para ser
utilizado também para a cobrança em rios de domínio estaduais, ficando sua utilização
a critério dos órgãos gestores estaduais (ANA, 2010).
O módulo de cobrança, sob responsabilidade gestora e operacional da Gerên-
cia de cobrança – GECOB (subordinada à Superintendência de Apoio ao Sistema Naci-

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onal de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SAS), identifica a Bacia hidrográfica do
empreendimento cadastrado, busca as variáveis relativas ao uso de água no CNARH,
aplica a metodologia de cobrança correspondente à Bacia, e gera os valores nominais
de cobrança pelo uso de recursos hídricos de dominialidade da União (ANA, 2010).
Após as verificações de eventuais pendências técnicas, operacionais ou jurídi-
cas, o gestor do Sistema DIGICOB atesta o valor nominal de cobrança calculado e en-
caminha eletronicamente a ficha de cobrança para o Módulo de Arrecadação, sob res-
ponsabilidade gestora e operacional da Gerência de Execução Orçamentária e Financei-
ra – GEEFI subordinada à Superintendência de Administração, Finanças e Administra-
ção de Pessoas - SAF, para a emissão e encaminhamento das Guias de Recolhimento
Único (GRU) aos respectivos usuários (ANA, 2010).
A ANA dispõe de um Manual do Sistema de Simulação de cobrança - DIGI-
COB, aplicado à Bacia do Rio Doce, que orienta o usuário na realização de simulações
de cobrança através do software. Contudo, a versão do software a que este Manual se
refere não é a mesma utilizada pelos órgãos gestores.

8.2. O PROCESSO DE COBRANÇA NO INSTITUTO MINEIRO DE GESTÃO


DAS ÁGUAS – IGAM

A cobrança pelo uso de recursos hídricos foi regulamentada em Minas Gerais


por meio do Decreto n° 44.046, de 13 de junho de 2005. De acordo com o art. 5º do
referido decreto, a cobrança está vinculada à implementação de programas, projetos,
serviços e obras, de interesse público, da iniciativa pública ou privada, definidos nos
Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas - PDRH, aprovados pre-
viamente pelos respectivos Comitês de Bacias Hidrográficas - CBH e pelo Conselho
Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais – CERH-MG.
O início da cobrança encontra-se condicionado ao cumprimento de alguns re-
quisitos, previstas na Lei Estadual nº 13.199/199:
1. do desenvolvimento de programa de comunicação social sobre a necessidade
econômica, social e ambiental da utilização racional e proteção das águas;
2. da implantação do sistema integrado de outorga de direitos de uso dos recur-
sos hídricos, devidamente compatibilizados com os sistemas de licenciamento
ambiental;
3. do cadastramento dos usuários das águas e da regularização dos direitos de
uso;

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4. de articulações do Estado com a União e com os Estados vizinhos, tendo em
vista a implantação da cobrança pelo uso de recursos hídricos nas bacias hi-
drográficas de rios de domínio federal e a celebração de convênios de coope-
ração técnica;
5. da proposição de critérios e normas para fixação de tarifas, definição de ins-
trumentos técnicos e jurídicos indispensáveis à implantação da cobrança pelo
uso da água.
Outras condições foram estabelecidas pelo art. 5º do Decreto Estadual
44.046/2005, sendo eles, a definição dos usos insignificantes pelo respectivo Comitê
de Bacia Hidrográfica; a instituição de Agência de Bacia Hidrográfica ou entidade a ela
equiparada; e a aprovação pelo CERH-MG da proposta de cobrança, tecnicamente fun-
damentada, encaminhada pelo respectivo CBH.
Os primeiros passos para a implementação da cobrança neste Estado datam
de 2007, quando se instituiu a Gerência de Cobrança pelo Uso da Água - GECOB e ini-
ciaram-se os procedimentos técnicos-administrativos para implementação deste ins-
trumento. O IGAM realizou em 2007 duas oficinas com os representantes dos Comitês
de Bacia Hidrográfica de Minas Gerais para discutir questões referentes à estrutura
mínima necessária ao funcionamento de tais instituições, tendo em vista as competên-
cias legais a elas atribuídas, e para apresentar aos participantes uma simulação reali-
zada pelo órgão sobre o potencial de arrecadação de recursos financeiros provenientes
da cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos em cada Unidade de Planejamento e Ges-
tão de Recursos Hídricos - UPGRH8.
Após a realização das oficinas, ainda em 2007, o CERH-MG procedeu com a
equiparação das primeiras entidades civis de direito privado à Agência de Bacia, a par-
tir da solicitação de seus respectivos Comitês. Naquele ano, foram equiparadas à
Agência de Bacia, a Associação Multissetorial de Usuários de Recursos Hídricos da Ba-

8
Através dos dados de outorgas emitidas pelo IGAM até 2006 e utilizando-se da metodologia
de cobrança e valores praticados então pelo Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio
Paraíba do Sul - CEIVAP, essa simulação constatou que apenas as bacias hidrográficas do rio
Paraopeba (SF3), com potencial de arrecadação anual de R$15,6 milhões, do rio das Velhas
(SF5), de R$15 milhões, e do rio Araguari (PN2), de R$ 10,2 milhões, teriam sustentabilidade
para financiar uma agência de bacia, cujos custos anuais estariam em torno de R$ 900 mil (1º
Relatório de Gestão e Situação dos Recursos Hídricos de Minas Gerais - IGAM, 2012).
Os relatórios da 1ª e da 2ª Oficina para Implementação das Agências de Bacia Hidrográfica e
Entidades Equiparadas no Estado de Minas Gerais estão disponíveis no seguinte endereço ele-
trônico: <http://www.igam.mg.gov.br/component/content/article/16/1636-relatorio-anual-de-
gestao-e-situacao-dos-recursos-hidricos-de-minas-gerais>

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cia Hidrográfica do Rio Araguari - ABHA, para atuar no âmbito da bacia hidrográfica do
Rio Araguari (UPGRH PN2), e a Associação Executiva de Apoio à Gestão de Bacias Hi-
drográficas Peixe Vivo - AGB PEIXE VIVO, para a bacia hidrográfica do Rio das Velhas
(UPGRH SF5). No ano seguinte, o Consórcio Intermunicipal das Bacias Hidrográficas
dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí foi equiparado à Agência de Bacia Hidrográfica
dos Rios Piracicaba e Jaguari (UPGRH PJ1).
Em 2009, foram celebrados com cada uma dessas entidades equiparadas, os
primeiros Contratos de Gestão com vistas ao início da cobrança pelo Uso de Recursos
Hídricos. Neste ano, todas as gerências do IGAM foram convidadas para reuniões quin-
zenais, organizadas por Grupo de Trabalho (GT), para discussões sobre processos e
dificuldades de implementação e operacionalização da cobrança nas bacias piloto. A
cobrança foi iniciada nas bacias dos rios das Velhas, Araguari e Piracicaba/Jaguari em
2010, nas seis bacias afluentes ao rio Doce (Piranga, Piracicaba, Santo Antônio, Sua-
çuí, Caratinga e Manhuaçu) em 2012, nas bacias dos rios Preto/Paraibuna e Pom-
ba/Muriaé no final de 2014 e na bacia do rio Pará em 2017. A Figura 8.2 apresenta a
data em que se iniciou a cobrança e as bacias estaduais onde está implementada este
instrumento de gestão.

Figura 8.2 – Evolução da implementação da cobrança pelo Uso de Recursos


Hídricos no Estado de Minas Gerais.

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O Art. 6º da Deliberação Normativa nº 27, de 18 de dezembro de 2008, que
dispõe sobre os procedimentos para arrecadação das receitas oriundas da cobrança
pelo Uso de Recursos Hídricos de domínio do Estado de Minas Gerais, estabelece que
até que seja estruturado o Sistema Estadual de Informações sobre Recursos Hídricos,
o IGAM adotará o Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos - CNARH, insti-
tuído pela Resolução ANA nº 317, de 26 de agosto de 2003, como base de dados para
subsidiar o cálculo dos valores da cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio
do Estado de Minas Gerais.
O Decreto Estadual nº 44.046/2005, que regulamenta a cobrança no Estado
de Minas Gerais, por sua vez dispõe no § 1, artigo 5º que o IGAM coordenará o cadas-
tramento de usuários de recursos hídricos.

8.2.1. Cadastro de usuários de recursos hídricos

Enquanto órgão coordenador do cadastramento, o IGAM, em conjunto com a


Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMAD, esta-
beleceu os procedimentos para o cadastramento dos usuários de recursos hídricos no
Estado, por meio da Resolução Conjunta SEMAD/IGAM nº 1.844/2013.
Como não foi possível realizar a migração automática dos dados diretamente
do Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM, foi contratada uma empresa
para realizar o cadastro dos usuários de água, sendo os dados inseridos no CNARH. A
primeira bacia cadastrada foi a bacia do rio Araguari, onde foi realizada apenas a com-
plementação das informações constantes nas outorgas e lançamentos de efluentes. Já
na bacia do rio das Velhas e na bacia do rio Doce, o universo de usuários incluiu tam-
bém os não outorgados e usos insignificantes.
O CNARH permite o cadastro da vazão utilizada, local de captação, denomina-
ção e localização do curso de água, empreendimento do usuário, sua atividade ou a
intervenção que pretende realizar, como derivação, captação e lançamento de efluen-
tes. Para as bacias onde foi contratada empresa para realizar este cadastro, os usuá-
rios foram chamados para apuração das informações através de uma campanha de
re/ratificação. Após processo de digitação das informações, foram enviadas cartas aos
usuários, com o número de inscrição e a senha de acesso ao CNARH.
Atualmente, todos os usuários são convocados anualmente pelo IGAM para
atualizar o cadastro dos usuários das águas superficiais ou subterrâneas do Estado. Os
dados devem ser fornecidos por meio da Declaração Anual de Uso do Recurso Hídrico -
DAURH, de 1º a 31 de janeiro, conforme disposto da Resolução Conjunta

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SEF/SEMAD/IGAM 4.179/2009. A medida é válida para pessoa física ou jurídica, pública
ou privada e que estão sujeitos à cobrança pelo uso dos recursos hídricos, de acordo
com a Lei Estadual 13.199/1999. Os usuários que possuem equipamento para medição
de vazões devem informar a previsão de vazões a serem medidas no exercício corrente
e as vazões efetivamente medidas no exercício anterior.
Cabe dizer, contudo, que o CNARH foi desenvolvido para atender, primeira-
mente, às necessidades da Agência Nacional de Águas e, portanto, foram necessárias
várias adaptações deste sistema para que fossem inseridas e auferidas satisfatoria-
mente as metodologias de cobrança de cada bacia estadual onde se implementaria a
cobrança. Para permitir a integração das bases de dados de uso de recursos hídricos
entre a ANA e o IGAM, prioritariamente nas bacias em que a cobrança pelo uso de
recursos hídricos estiver implementada, foi estabelecida a Resolução Conjunta
ANA/IGAM nº 779, de 20 de outubro de 2009.

8.2.2. Cálculo dos valores individuais da cobrança

Assim como no procedimento realizado pela ANA, são utilizados os dados dis-
poníveis no CNARH para a geração do arquivo contendo as informações individuais da
cobrança. Feito o cadastro e a validação dos usuários, os técnicos da GECOB iniciam o
procedimento para o cálculo da cobrança e a emissão dos boletos. O DIGICOB, sistema
integrado ao CNARH, calcula os valores de captação, consumo, lançamento e carga
orgânica e aplica para cada usuário as fórmulas, PPU’s e coeficientes das metodologias
de cobrança de acordo com a bacia hidrográfica. O procedimento é detalhado a seguir:
1. O IGAM faz um documento detalhando as fórmulas, logo após o CBH aprovar
os mecanismos, e o repassa para a ANA. Os analistas de sistema da ANA im-
plementam as fórmulas no DIGICOB e os técnicos do IGAM fazem várias si-
mulações de valor utilizando o Excel, comparando ambos os valores obtidos.
Caso haja divergências, o IGAM solicita as devidas correções do sistema. A
ANA corrige os erros e o IGAM testa novamente (esse ciclo se repete até que
as fórmulas estejam validadas, ou seja, corretas).
2. Os valores anuais são calculados a partir da função “Gerar Ficha de cobrança”,
que utiliza a última declaração validada no CNARH. As fichas contêm o de-
monstrativo de valor de cada captação e lançamento. O valor de consumo é
dado para o empreendimento.

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3. O DIGICOB, através da função “Exportador” (desenvolvido especialmente para
o IGAM para atender a necessidade de compatibilização com o sistema da
SEF), gera um arquivo em formato .txt, que será enviado por e-mail à SEF.
4. Enquanto as fichas possuem o valor anual, o exportador gera o valor trimes-
tral de cada usuário de acordo com as regras da Secretaria de Estado de Fa-
zenda – SEF. É gerado um arquivo para cada bacia e depois feita a junção dos
mesmos manualmente.
5. Quando é necessário realizar alguma alteração de valor durante o ano, esta é
feita manualmente, tanto no arquivo .txt, quanto na ficha de cobrança. Na fi-
cha de cobrança há um campo para fazer os ajustes e é possível inserir uma
justificativa para a alteração.

8.2.3. Emissão dos Boletos de cobrança

O IGAM firmou parceria com a Secretaria de Estado de Fazenda – SEF para a


emissão dos boletos de cobrança, uma vez que o DIGICOB gera uma Guia de Recolhi-
mento da União – GRU para que os usuários de água possam efetuar o pagamento do
valor da cobrança e, sendo a cobrança em bacias estaduais, a GRU não poderia ser
utilizada. Esta parceria foi consolidada através da Resolução Conjunta
SEF/SEMAD/IGAM nº 4.179, de 29 de dezembro de 2009, que dispõe sobre os proce-
dimentos administrativos relativos à arrecadação decorrente da cobrança pelo Uso de
Recursos Hídricos no Estado de Minas Gerais (CRH/MG), e dá outras providências.
Conforme a Resolução Conjunta SEF/SEMAD/IGAM nº 4.179/2009, no contex-
to da emissão dos boletos, ficam definidas as competências de cada órgão:

Compete ao IGAM:

I. analisar e certificar as informações de uso de recursos hídricos constantes do


CNARH, conforme informações fornecidas pelos usuários no ato do cadastra-
mento ou no processo de outorga de direitos de usos de recursos hídricos;
II. calcular e atestar os valores anuais da CRH/MG e remetê-los à Secretaria de
Estado de Fazenda.

Compete à Secretaria de Estado de Fazenda:

I. enviar aos usuários o DAE relativo à CRH/MG, com base nos dados fornecidos
pelo IGAM;

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II. disponibilizar, diariamente, à SEMAD a relação de pagamentos efetuados pe-
los usuários, por meio de sistema informatizado.
Ainda conforme a Resolução Conjunta SEF/SEMAD/IGAM nº 4.179/2009, o
IGAM deve enviar à Secretaria de Estado de Fazenda as informações para a emissão
do DAE relativos à CRH/MG em arquivo eletrônico, trimestralmente, até o último dia
útil do segundo mês do trimestre a que esta se refere, devendo conter, no mínimo, as
seguintes indicações relativas ao usuário:
I. nome ou nome empresarial;
II. número da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS, se for o caso;
III. número da inscrição no CPF ou no CNPJ;
IV. endereço completo do local onde é feito o uso da água e o endereço para
postagem do DAE;
V. classificação quanto ao potencial de poluição ou quanto ao grau de utilização
da água, conforme o caso;
VI. período de referência (trimestre/ano);
VII. número de registro no CNARH;
VIII. bacia hidrográfica;
IX. valor devido no trimestre/ano.

O recurso é arrecadado pelo IGAM, por meio do Documento de Arrecadação


Estadual - DAE, emitido pela SEF, e sua inclusão nas Leis Orçamentárias Anuais é dado
na forma de Recursos Diretamente Arrecadados com Vinculação Específica. O valor a
ser cobrado em cada exercício poderá ser ajustado, considerando créditos e débitos do
exercício anterior decorrentes de diferenças entre as vazões previstas e efetivamente
medidas, bem como de pagamentos efetuados por mecanismos diferenciados estabe-
lecidos pelos respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica.
O boleto de cobrança é emitido e enviado pela SEF uma única vez, no endere-
ço de correspondência do usuário constante no CNARH. A Portaria IGAM nº 038, de 21
de dezembro de 2009, dispõe sobre a definição do valor mínimo anual da cobrança
pelo uso de recursos hídricos para fins de emissão do Documento de Arrecadação Es-
tadual – DAE, bem como sobre o parcelamento do débito consolidado. Nesse sentido,
quando o valor anual da cobrança for acima de R$120,00 (cento e vinte reais), o débi-
to pode ser dividido em até quatro parcelas, com vencimento no 5º dia útil do mês
subsequente ao trimestre, sendo: 1° trimestre em abril, 2° trimestre em julho, o 3°
trimestre em outubro e o 4° trimestre em janeiro. Quando o valor anual da cobrança

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for inferior a R$120,00 (cento e vinte reais) e superior a R$30,00 (trinta reais) o mon-
tante será cobrado em uma única parcela no ano de exercício. Caso o valor anual seja
inferior ao mínimo emitido, o boleto só será enviado pela SEF quando a soma de dois
ou mais anos da cobrança atingir o valor mínimo.
A Figura 8.3 apresenta o fluxograma do processo de operacionalização da
cobrança em Minas Gerais, considerando os sistemas envolvidos.

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Figura 8.3 – Fluxograma do processo de operacionalização da cobrança

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8.2.4. Revisão da cobrança

A Campanha de re/ratificação, citada anteriormente, ocorre no IGAM no perí-


odo de 1º a 31 de janeiro de cada ano. Desta maneira, a cobrança será baseada nas
informações constantes no CNARH até o dia 31 janeiro de cada ano. As alterações efe-
tuadas após essa data serão consideradas somente no exercício seguintes. A revisão
do valor da cobrança poderá ser solicitada pelo usuário até a data do seu vencimento
no respectivo trimestre, sem efeito suspensivo, devendo o usuário efetuar o pagamen-
to das parcelas da CRH/MG nas respectivas datas de vencimento.
Conforme instruções disponíveis no site do IGAM9, para solicitar a revisão o
usuário deverá preencher e encaminhar à GECOB o Requerimento de Revisão da co-
brança, acompanhado da documentação solicitada no requerimento e de outros que
julgar necessários. Na hipótese de deferimento do pedido de revisão, a diferença apu-
rada será compensada nos exercícios seguintes sem atualização monetária. A compen-
sação poderá ser feita de ofício quando constatado pelo IGAM o recebimento de valo-
res pagos indevidamente. As seguintes instruções são válidas na consideração dos pe-
didos de revisão:

1. Alteração de Titularidade: na transferência de uso de recursos hídricos para


outro usuário, sem a devida alteração da titularidade na portaria de outorga, a
responsabilidade pelo pagamento da cobrança ficará a cargo do antecessor
até a data da publicação da mesma, sendo o sucessor responsável solidário
relativamente aos valores devidos até a data da transferência de titularidade
da outorga. Após a publicação da portaria com a nova titularidade o usuário
deve retificar o seu cadastro no CNARH.

2. Suspensão ou cancelamento da outorga: na hipótese de suspensão ou can-


celamento da outorga de direito de uso da água será cessada a exigência da
CRH/MG a partir do trimestre seguinte ao da suspensão ou cancelamento,
com base em parecer técnico do IGAM. Após o cancelamento o usuário deve
retificar o seu cadastro no CNARH.

9
Disponível em < http://www.igam.mg.gov.br/gestao-das-aguas/cobranca-pelo-uso-de-
recursos-hidricos>.

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3. Alteração de Uso: na hipótese de alteração do uso da água, a cobrança será
alterada a partir do trimestre seguinte ao da retificação da outorga, com base
em parecer técnico do IGAM. Após a publicação da retificação o usuário deve
retificar o seu cadastro no CNARH. Para os usos não outorgados serão obser-
vadas as alterações feitas no prazo de 1º a 31 de janeiro de cada ano.

4. Erro no Cálculo da cobrança: na hipótese de verificação de desconformidade


do cálculo com a metodologia aprovada pelo comitê da bacia, ou caso o usuá-
rio discorde do valor cobrado, este deverá encaminhar ao IGAM, além do re-
querimento, o demonstrativo dos cálculos.

5. Uso insignificante e Cadastro de Pequenos Núcleos Populacionais Rurais: de


acordo com a Lei Estadual nº 13.199/1999 e com o Decreto Estadual nº
44.046/2005, os usos considerados insignificantes não devem ser cobrados.
Desta forma, caso seja verificada cobrança para interferências com uso insig-
nificante, nos termos da Deliberação Normativa do Conselho Estadual de Re-
cursos Hídricos – CERH MG nº 09/2004, o usuário deverá efetuar o cadastro
de uso insignificante ou de Pequenos Núcleos Populacionais Rurais, junto à
SUPRAM, para que seja cessada a cobrança desta interferência.

8.2.5. Parcelamento

Conforme disposto no Decreto Estadual nº 46.668/2014, o parcelamento do


crédito estadual não tributário poderá ser concedido para aqueles usuários que não
dispuserem de condições para liquidar de uma só vez o débito de sua responsabilida-
de. É necessário, entretanto, que sejam seguidos os seguintes preceitos:
• O parcelamento deverá englobar todos os créditos em aberto;
• Prazo máximo de parcelamento será de 60 meses;
• Entrada prévia de 5% do total (principal + juros e multas) e nunca inferior ao
valor de cada parcela;
• Valores da entrada prévia e das parcelas não poderão ser inferiores a R$
500,00, salvo autorização;
• Parcelas corrigidas pela taxa SELIC a partir do 1º dia do mês subsequente à
entrada prévia;
• Vencimento no último dia dos meses subsequentes ao vencimento da entrada
prévia;

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• Exigência fiança, seguro garantia, garantia hipotecária ou carta de fiança para
parcelamentos acima de 36 meses, exceto para micro ou pequena empresa.
Os documentos utilizados pela GECOB para proceder ao parcelamento dos dé-
bitos estão anexos a este relatório.

8.2.6. Inadimplência

Devido aos casos de inadimplência, foi necessário estabelecer protocolos para


gerenciamento dos valores. Até 2014, os normativos para parcelamento e inscrição na
dívida ativa eram a Deliberação Normativa CERH/MG nº 27/2008 e a Resolução Con-
junta SEF/SEMAD/IGAM 4.179/2009. Em 2014 foram editados os Decretos nº 46.632,
de 24 de outubro de 2014, que dispõe sobre o processo administrativo de constituição
de crédito não tributário oriundo da utilização de recursos hídricos no Estado, e o de-
creto nº 46.668, de 15 de dezembro de 2014, estabelece o Regulamento do Processo
Administrativo de constituição do Crédito Estadual não tributário – RPACE – no âmbito
da Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Estes decretos padronizam o
processo administrativo de constituição de crédito não tributário (uma vez que a co-
brança é um preço público e, não um imposto), estabelecendo prazos e procedimentos
para parcelamento e inscrição em dívida ativa.
O IGAM é responsável solicitar à Superintendência de Contabilidade e Finan-
ças a inclusão no Cadastro Informativo de Inadimplência em relação à Administração
Pública do Estado de Minas Gerais (CADIN-MG) dos usuários inadimplentes e retirar do
referido cadastro os registros de usuários que efetivarem o pagamento dos débitos em
atraso, bem como dar ciência ao usuário da inclusão e data de seu registro de inscri-
ção no CADIN-MG.
A Advocacia Geral do Estado – AGE deverá promover a inscrição em dívida
ativa e a execução judicial do débito e proceder ao controle de legalidade dos proces-
sos administrativos de usuários inadimplentes, passíveis de inclusão no CADIN, e re-
metê-los a Superintendência de Contabilidade e Finanças da SEMAD.

8.2.7. Dos recursos da cobrança

A cobrança pelo uso dos recursos hídricos é uma receita patrimonial, ou seja,
daquelas provenientes da fruição de patrimônio pertencente ao ente público, tais como
as decorrentes de compensações financeiras, royalties, concessões e permissões, entre
outras. A Lei nº 10.881, de junho de 2004, que dispõe sobre os contratos de gestão

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entre a Agência Nacional de Águas e entidades delegatárias das funções de Agências
de Águas, determina a obrigatoriedade do repasse, pela União, dos recursos da co-
brança. Portanto, com a celebração do contrato de gestão entre o Órgão Gestor e a
entidade delegatária tornar-se-á uma obrigação contratual da União. Isto posto, o não
contingenciamento dos recursos arrecadados é determinante para a existência da co-
brança.
No âmbito estadual, a arrecadação é realizada pela SEF e o recurso entra no
orçamento do Estado (sendo também não contingenciável). Os recursos arrecadados
são transferidos para a Agência de Bacia, ou entidade delegaria, também mediante
contrato de gestão.

8.2.8. Aplicação dos Recursos da cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos

As Agências de Bacia (AGB’s) ou entidades equiparadas respondem pela apli-


cação dos recursos oriundos da cobrança pelo uso de recursos hídricos na área de sua
atuação. A Deliberação Normativa CERH nº 19, de 28 de junho de 2006, regulamenta
o art. 19, do Decreto 41.578/2001 que dispõe sobre as agências de bacia hidrográfica
e entidades a elas equiparadas e dá outras providências. A cobrança somente se inicia
após a aprovação pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) dos mecanis-
mos e valores propostos pelo Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH), bem como pela as-
sinatura do Contrato de Gestão entre o IGAM e a Agência de Bacia ou entidade a ela
equiparada. As AGB’s são instituídas mediante solicitação do CBH e autorização do
CERH. Tratam-se de unidades executivas descentralizadas de apoio aos Comitês de
Bacias Hidrográficas, destinadas a prestar-lhes suporte administrativo, técnico e eco-
nômico.
Enquanto não são criadas as Agências de Bacia pelo Estado, a legislação mi-
neira prevê a possibilidade de equiparação, pelo CERH-MG, de consórcios ou associa-
ções intermunicipais de bacias, assim como de associações regionais e multissetoriais
de usuários de recursos hídricos, na qualidade de organizações civis voltadas para os
recursos hídricos, para desempenhar as funções de Agência, a partir de solicitação
feita por um ou mais Comitês, conforme disposto na Deliberação Normativa CERH n.º
22, de 25 de agosto de 2008.

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A autonomia técnica, administrativa e financeira dos consórcios intermunici-
pais e das associações regionais e multissetoriais de usuários de recursos hídricos é
assegurada por meio de Contratos de Gestão10 celebrados com o IGAM. A Deliberação
Normativa CERH nº 23, de 12 de setembro de 2008, dispõe sobre os contratos de ges-
tão entre o Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM e as entidades equiparadas a
Agências de Bacias Hidrográficas relativas à gestão de recursos hídricos de domínio do
Estado de Minas Gerais. Com a anuência do(s) respectivo(s) CBH (s), o Contrato de
Gestão deverá ser assinado em até 02 (dois) anos, contados a partir da publicação da
deliberação do CERH-MG que aprova a equiparação da entidade. Excepcionalmente, o
prazo poderá ser prorrogado por mais 01 (um) ano, desde que devidamente funda-
mentado o pedido e aprovado pelo CERH-MG. A Deliberação Normativa CERH nº 23,
de 12 de setembro de 2008, dispõe sobre os contratos de gestão entre o Instituto Mi-
neiro de Gestão das Águas - IGAM e as entidades equiparadas a Agências de Bacias
Hidrográficas relativas à gestão de recursos hídricos de domínio do Estado de Minas
Gerais.
Conforme determina a legislação estadual, 100% dos recursos arrecadados
com a cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos deverão ser aplicados obrigatoriamente
na Bacia Hidrográfica onde foram gerados, cabendo-lhe duas destinações:
• 7,5% desses recursos serão utilizados no pagamento das despesas de monito-
ramento dos corpos de água e custeio dos órgãos e entidades integrantes do
SEGRH-MG, na sua fase de implantação
• 92,5% dos recursos serão investidos em estudos, programas, projetos e obras
indicados no Plano Diretor de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica.

10
Em decorrência da descentralização preconizada dentre os fundamentos da Política Estadual
de Recursos Hídricos, dispôs Lei Estadual nº 13.199/1999, em seu artigo 47, § 2º, que a Agên-
cia de Bacia ou entidade a ela equiparada celebrará contrato de gestão com o Estado, que defi-
nirá as metas e indicadores que deverão ser alcançados pela entidade para o exercício da ges-
tão descentralizada dos recursos hídricos. Do mesmo modo, o Decreto nº 41.578, de 08 de
março de 2001, que regulamentou a Lei nº 13.199/99, estabeleceu, em seu artigo 21, que o
Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM poderá firmar contrato de gestão com as Agên-
cias de Bacia ou entidades a elas equiparadas, após aprovação do respectivo Comitê de Bacia
Hidrográfica, visando à descentralização, à fiscalização e ao controle das ações relacionadas
com a gestão de recursos hídricos. Os contratos de gestão, disciplinados pela DN CERH nº 23/
2008, trazem, além do plano de trabalho, metas e indicadores que deverão subsidiar a avalia-
ção do desempenho das entidades (Texto explicativo sobre a cobrança disponibilizado pela
GECOB/IGAM. Material interno, não publicado anteriormente. Autorizada sua reprodução, inse-
rido em anexo)

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Ainda que a Lei estabeleça que 7,5% do valor arrecadado com a cobrança
possa ser aplicado no custeio de todo o sistema de gestão de recursos hídricos, os
valores arrecadados são repassados integralmente às entidades equiparadas, para a
aplicação na bacia hidrográfica em que foram gerados.
Com o custeio da entidade equiparada, esta fica responsável por prestar apoio
administrativo, técnico e financeiro ao comitê de bacia hidrográfica. Vale ressaltar que
os valores arrecadados têm se mostrado insuficientes para a sustentabilidade de algu-
mas entidades, o que, dentre outros motivos, pode ocasionar um baixo desempenho
das mesmas na aplicação dos recursos em programas e projetos para a melhoria da
quantidade e qualidade da água.
No sentido de orientar a aplicação dos recursos pelas entidades equiparadas,
o IGAM em conjunto com a SEMAD assinou a Resolução Conjunta SEMAD/IGAM nº
1.044, de 30 de outubro de 2009, que estabelece procedimentos e normas para a
aquisição e alienação de bens, para a contratação de obras, serviços e seleção de pes-
soal, bem como estabelece a forma de repasse, utilização e prestação de contas com
emprego de recursos públicos oriundos da cobrança.
A aplicação dos recursos também deve ser norteada pelo Manual de Procedi-
mentos Técnicos para Aplicação de Recursos da cobrança pelo Uso de Recursos Hídri-
cos e pelo Manual Econômico-Financeiro da cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos,
aprovados através da Deliberação CERH-MG nº 216, de 15 de dezembro de 2009. O
primeiro contém definições quanto às modalidades de financiamento reembolsável e
não reembolsável, as regras para inscrição e habilitação de projetos, dentre outras. Já
o Manual Econômico-Financeiro contém definições quanto taxa de juros, normas de
funcionamento referentes a contrapartidas dos proponentes, garantias, condições de
liberações de recursos, penalidades no caso de inadimplemento financeiro, dentre ou-
tras.
Além de obedecer aos limites de custeio, à aplicação dos recursos nas respec-
tivas bacias onde foram arrecadados e a todos os normativos aqui citados, é funda-
mental que a entidade equiparada, aplique os recursos segundo as rubricas e valores
estabelecidos pelo Plano Plurianual de Aplicação aprovado pelo respectivo comitê.
A Figura 8.4 apresenta o fluxograma do processo total de cobrança. Após
definição de mecanismos e valores pelo Comitê e aprovação destes pelo CERH/MG, o
IGAM procede ao cálculo da cobrança. A SEF é a responsável por realizar a emissão
dos boletos, a partir dos dados fornecidos pelo IGAM, e envia aos usuários a cobrança
sob a forma de um Documento Estadual de Arrecadação - DAE.

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Figura 8.4 – Fluxograma do processo de cobrança no Estado de Minas Gerais. Fonte: IGAM, 2017 (Material interno)

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Aos usuários, compete o pagamento dos valores devidos, que serão deposita-
dos em uma conta única do Estado (Fonte 61 - Recursos Diretamente Arrecadados
com vinculação Específica). Os recursos arrecadados serão contabilizados e repassados
às Agências de Bacia, ou entidades a elas equiparadas, para serem aplicados em ações
de recuperação da bacia definidas pelo Comitê.

8.2.9. Das complexidades inerentes à implementação e operacionalização


da cobrança

Apesar de atualmente a cobrança estar implementada com sucesso nas bacias


dos rios das Velhas, Araguari, Piracicaba/Jaguari, nas bacias de seis afluentes do rio
Doce (Piranga, Piracicaba, Santo Antônio, Suaçuí, Caratinga e Manhuaçu) e nas bacias
dos rios Preto/Paraibuna e Pomba/Muriaé, é inquestionável que foi necessário muito
esforço de todos os atores envolvidos. Muitas dificuldades surgiram durante o processo
e algumas perduram, na busca por soluções. Destas, podem ser mencionadas:

• Atualmente, o CNARH possui 50.513 empreendimentos de usuários de água


cadastrados (IOF, 2016). Este cadastro é realizado manualmente, quando se
contrata uma empresa para fazê-lo, ou quando o próprio usuário o faz. Embo-
ra o preenchimento do cadastro seja obrigatório para pessoas físicas e jurídi-
cas, de direito público e privado, que sejam usuárias de recursos hídricos, su-
jeitas ou não a outorga, conforme a Resolução ANA nº. 317, de 26 de agosto
de 2003, nem todos o fazem, o compromete a implementação e arrecadação
dos recursos da cobrança.
• Tampouco existe cadastro de infraestrutura hídrica. Conforme orientação da
ANA, devem ser cadastrados os tipos de infraestrutura hídrica que são regu-
lamentados pelo Estado, como por exemplo, as interferências passíveis de ca-
dastro ou outorga (reservatórios, barragens de captação, pontes, travessias,
etc.). O universo supracitado pode se referenciar no Plano Estadual de Recur-
sos Hídricos ou, na ausência dele, nos processos de licenciamento ambiental,
por exemplo (IOF, 2016).
• O Estado de Minas Gerais possui o Siscad (Sistema de Cadastro de Usuários
de Recursos Hídricos), que está em fase de inserção de dados. Este sistema
conterá os dados de usos e usuários de recursos hídricos, bem como os dados
de outorga e de usos insignificantes das bacias hidrográficas estaduais que
possuem cadastro. O cadastro de infraestrutura hídrica (Uso Não Consuntivo,

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como bueiros, pontes, barragens, etc.), na medida que necessitam de outorga
de uso, são contemplados pelo sistema Siscad (IOF, 2016). Este sistema é um
anseio dos técnicos deste o início da implementação da cobrança, pois é ne-
cessário um sistema que integre outorga e cobrança em tempo real, automa-
ticamente.
• Os valores e mecanismos de cobrança utilizados para cobrança por serviços
de água bruta e/ou pelo uso da água em âmbito estadual não estão atualiza-
dos ou não são adequados ao alcance dos objetivos do instrumento de ges-
tão.
• O valor mínimo para emissão do boleto de cobrança, estabelecido pela SEF é
hoje de R$ 30,00 (trinta reais). Contudo, o maior número de usuários inadim-
plentes tem valores baixos cobrança, e estão a maioria situados no setor rural.
Sugere-se aumentar o valor mínimo de cobrança pois, dentro do universo dos
valores arrecadados, estes inadimplentes tem um mínimo impacto sobre o va-
lor total, mas o dispêndio administrativo e financeiro gerado para buscar a re-
gularização destes é grande (custo do Estado com funcionário, papel e toner
de impressora para reemissão dos boletos, correios, etc.).
• O cálculo de consumo gera hoje problemas para a cobrança. Sempre são en-
contrados erros em relação a ele devido à utilização do somatório das capta-
ções e dos lançamentos, que incluem rede, solo, etc. Como o CNARH somente
faz o cálculo do balanço hídrico para o empreendimento, sem considerar a fi-
nalidade, as vezes são geradas cobranças com valor negativo. Além disso,
ainda existe o problema de que o consumo que está no CNARH não necessa-
riamente é o consumido pelo empreendimento, o que dá base para vários
questionamentos. Espera-se que o CNARH 40, nova versão do software que
será lançado pela ANA, seja capaz de resolver este problema. Caso contrário,
será necessário um diálogo com os técnicos da ANA na proposição deste pro-
blema.
• Atualmente, as metodologias de cobrança existentes no Estado consideram
que o lançamento de efluentes incide somente sobre carga orgânica, haja vis-
ta, inclusive, que a outorga para diluição de efluentes ainda não foi efetiva-
mente implementada. É necessário pensar em outros parâmetros para que a
cobrança possa atingir seu objetivo de melhoria da qualidade de água (Silva,
2007).

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• O Estado de Minas Gerais conta hoje com doze bacias com cobrança imple-
mentada. Destas, dez possuem entidades equiparadas às funções de agência
de bacia exercendo a função de secretaria executiva. Em Minas Gerais, este
cenário não deverá evoluir para o nível 4, no qual o apoio é realizado exclusi-
vamente por meio de agências ou entidades a elas equiparadas, tendo em vis-
ta que o potencial de arrecadação de recursos da cobrança em várias bacias
hidrográficas, em especial no norte do Estado, não proporciona sustentabili-
dade financeira necessária para equiparação de entidades à agência de bacia
(IOF, 2016).

8.2.10. Da estrutura física e de pessoal

O Decreto 46.636, de 28 de outubro de 2014, que regulamenta o Instituto Mi-


neiro de Gestão das Águas – IGAM, dispõe, em seu Art. 16, que é finalidade da Gerên-
cia de cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos implementar e operacionalizar a co-
brança pelo uso de recursos hídricos, em articulação com os demais órgãos e entida-
des do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SISEMA, competindo-
lhe:

I. Apoiar tecnicamente os Comitês de Bacias Hidrográficas na definição de crité-


rios, mecanismos e valores de cobrança pelo uso de recursos;
II. Apoiar tecnicamente os Comitês de Bacias Hidrográficas na elaboração dos
planos de aplicação dos recursos auferidos por meio da cobrança pelo uso de
recursos hídricos, em conjunto com a Gerência de Planos de Recursos Hídricos
e Enquadramento;
III. Apoiar tecnicamente os Comitês de Bacias Hidrográficas e o CERH-MG quando
da equiparação de consórcios, associações ou outras entidades legalmente
habilitadas à agência de bacia, emitindo relatório técnico e administrativo que
comprove a sustentabilidade financeira da entidade equiparada, bem como
prestar o apoio necessário quando se tratar de processo de desequiparação
da entidade;
IV. Elaborar, em conjunto com as Agências de Bacias Hidrográficas ou entidades
a elas equiparadas, os contratos de gestão, observadas as informações técni-
cas sobre a metodologia da contratualização por resultados da Secretaria de
Planejamento e Gestão - SEPLAG, para aprovação do respectivo Comitê;
V. Acompanhar a execução dos contratos de gestão assinados com entidades
equiparadas às Agências de Bacias Hidrográficas, avaliando-os com vistas à
melhoria continuada dos indicadores de desempenho;

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VI. Manter atualizados o Manual Técnico-Econômico-Financeiro e o Manual Ope-
racional de cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos;
VII. Verificar o saldo da arrecadação da cobrança pelo uso de recursos hídricos e
solicitar o repasse dos recursos arrecadados às agências de bacia ou entidade
a elas equiparadas;
VIII. Calcular e atestar os valores anuais da cobrança pelo uso de recursos hídricos;
IX. Instruir os processos administrativos para subsidiar a inscrição em dívida ativa
dos créditos resultantes do inadimplemento da cobrança pelo uso de recursos
hídricos, na forma do regulamento.

Atualmente, a Gerência de cobrança está instalada na Cidade Administrativa,


prédio Minas, em uma área de, aproximadamente, 40 m2. Sua estrutura física é com-
posta de 8 mesas com armários pessoais, 9 computadores, 4 telefones, impressora e 4
armários para arquivos. No que tange aos recursos humanos, a Gerência conta com 5
técnicos, todos funcionários públicos, do quadro de pessoal do Instituto Mineiro de
Gestão das Águas, de cargo efetivo do Estado para a carreira de Analista Ambiental,
além de 4 estagiários. As atividades da Gerência são assim divididas:

▪ 1 Analista Ambiental, com formação de nível superior - para acompanhar Con-


tratos de Gestão;
▪ 1 Analista Ambiental, com formação de nível superior - para contabilização da
arrecadação e controle de inadimplência;
▪ Analistas Ambientais - para análise dos processos de revisão da cobrança;
▪ 1 Gerente, com formação de nível superior - que realiza o planejamento das
atividades, participa de reuniões, efetua a tomada de decisões, dentre outros.
▪ 4 Estagiários, bolsistas através do Centro de Integração Empresa Escola – CI-
EE, de formação em engenharia civil, engenharia ambiental - para atendimen-
to ao usuário e apoio à análise dos processos.

Em geral, recomenda-se um administrador/administrador público e áreas afins


para realizar o acompanhamento do contrato de gestão, mas não é impeditivo que
profissionais de outras áreas de atuação exerçam essa função, desde que os mesmos
tenham afinidade com o acompanhamento de metas e indicadores. No IGAM essa ati-
vidade é exercida por um contador e uma bióloga. Em relação ao cálculo de valor e
análise de revisão da cobrança, essa pode ser realizada por profissionais da área ambi-
ental, mas não é impeditivo que profissionais de outras áreas de atuação exerçam essa
função, desde que os mesmos tenham uma base de conhecimento sobre outorga, ca-
dastro e cobrança. No IGAM, essa atividade é exercida por um economista e uma geó-
grafa. Importante destacar que a formação acadêmica é aproveitada em outras de-

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mandas esporádicas que fogem das atividades de rotina. Ter uma equipe multidiscipli-
nar é importante para agregar conhecimento e ter diferentes pontos de vista sobre o
desenvolvimento dos instrumentos de gestão.
O desenvolvimento e implementação de um sistema integrado melhoraria a
eficiência dos trabalhos operacionais e permitiria aos técnicos a dedicação em outros
pontos estratégicos. Atualmente, a contabilização dos recursos é realizada manualmen-
te, o que pode ocasionalmente gerar erros que afetem usuários e agências de bacia.

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9. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Cabe inicialmente concluir que as normas legais brasileiras, em geral, e do Es-


tado de Pernambuco, especificamente, estabelecem orientações que facilitam a apro-
vação por parte dos seus Comitês de Bacia Hidrográfica do instrumento de gerencia-
mento de recursos hídricos de cobrança pelo uso de recursos hídricos. As normas le-
gais, ao definirem:

1. O que cobrar,
2. Para que cobrar,
3. De quem cobrar (ou mais especificamente de quem não cobrar, quais sejam, os
usuários insignificantes),
4. Ao determinar ser atribuição do Comitê de Bacia Hidrográfica a deliberação so-
bre quanto cobrar e sobre onde aplicar os recursos gerados, mediante a apro-
vação de seu Plano Diretor de Bacia Hidrográfica,
5. E ao estabelecer limitações para que a maior parte fosse destinada à bacia on-
de foram gerados,

... assegurou aos usuários de água, que por ela pagarão, o caráter condominial dessa
cobrança, qual seja, o de tornar a bacia um condomínio de usuários, voltados a prote-
ge-la e manter os seus serviços ambientais em prol do seu desenvolvimento sustentá-
vel.
Para implementação da cobrança pelos usos da água no estado de Pernambu-
co vários procedimentos ainda têm que ser cumpridos. Entre eles se destacam, como
recomendação:

1. Regularização das outorgas pendentes por parte da APAC, incluindo o aumen-


to da quantidade de outorgas, abrangendo os usuários de água não outorga-
dos, que as tenham ou não solicitado. Essa é uma questão de equidade: os
usuários outorgados, e que deverão pagar pela água, considerarão injusto que
outros, à margem das determinações legais, pois usam água sem terem ou-
torgas, sejam por isto isentos da cobrança, beneficiando-se, portanto, pela
ilegalidade. Assim, uma campanha de cadastro de usuários e posterior regula-
rização dos usos, se faz necessário;

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2. É também relevante que nas portarias de outorga sejam apresentadas maior
número de informações sobre o uso: valor outorgado, volume anual outorga-
do, consumido e carga lançada de DBO e dos demais poluentes, categoria de
uso, as áreas irrigadas, localização do uso, sazonalidade do uso, etc.;
3. A APAC deve tempestivamente implementar a outorga de lançamento de eflu-
entes, como forma de normatizar esse uso que será igualmente cobrado, e
permitindo que as estimativas sejam baseadas em informações primárias das
outorgas, e não secundárias, baseadas em coeficientes técnicos, como foi rea-
lizado neste estudo;
4. Inserção no banco de dados do CNARH dos valores de usos declarados pelos
usuários e sua validação. Note-se que a cobrança será aplicada sobre esse
banco de dados.

Cabe, porém, comentar não ser correto, como muitas vezes é comentado, que
somente poderá ser cobrado o usuário que tenha sido outorgado. A norma legal que
dispõe sobre o instrumento de cobrança, a lei 12.984/05, declara que “Art. 22. O uso
de recursos hídricos sujeito à outorga será objeto de cobrança ”. Isso não significa que
para ser cobrado haja necessidade de ser outorgado. A lei simplesmente dispõe que os
usos sujeitos à outorga - sendo ou não outorgados, portanto - serão cobrados.
Finalmente, mas não menos importante, deve ser realizado o envolvimento da
sociedade na discussão dos mecanismos de cobrança pelos usos da água, por meio
das Consultas Públicas em todas as baciaa. A sociedade como um todo, e os usuários
de água especialmente, devem permanentemente ser expostos a programas de comu-
nicação em duas vias, por intermédio dos quais:

1. Sejam informados sobre os objetivos, formas arrecadação e de aplicação dos


recursos da cobrança;
2. Possam contribuir, por meio de seus representantes no respectivo COBH, para
as deliberações relacionadas à destinação dos recursos arrecadados e, também,
para os aperfeiçoamentos dos mecanismos de cobrança aprovados.

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A dimensão do setor Sucroenergético: mapeamento e quantificação da safra


2013/14 / [coordenação e organização Marcos Fava Neves e Vinicius Gustavo Trom-
bin]. – Ribeirão Preto: Markestrat, Fundace, FEA-RP/USP 2014.

AGÊNCIA PEIXE VIVO (Minas Gerais). Usuários e Valores arrecadados com a Co-
brança pelo Uso de Recursos Hídricos. BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO, 2016:
Listas de Usuários cadastrados e valores pagos. Disponível em:
<http://agenciapeixevivo.org.br/valores-arrecadados-com-a-cobranca-pelo-uso-de-
recursos-hidricos/>. Acesso em: 17 out. 2017.

ACSELRAD, M. V. (2013). Proposta de Aperfeiçoamento da Metodologia de Co-


brança do Setor de Saneamento Básico no Estado do Rio de Janeiro à Luz do
Objetivo de Racionalização do Uso dos Recursos Hídricos. Tese de doutorado
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Rio de Janeiro. Orientação do professor José Paulo Soares de Azevedo. 2013.

ALCOA CORPORATION. Relatório de Sustentabilidade 2016. Disponível em:


<https://www.alcoa.com/brasil/pt/pdf/relatorios-sustentabilidade/Alcoa_RS2016.pdf>.
Acesso em: 29 nov. 2017.

ANA - Agência Nacional de Águas. ÁGUA NA INDÚSTRIA: USO E COEFICIENTES


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ção em 2015 - Resultados por UF, Município e tipologia industrial - Planilha.
Disponível em:
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ARAUJO, J.L.P., ARAUJO, E.P. Análise da Composição dos Custos de Produção d


da Rentabilidade Econômica do Sistema Típico de Produção da Acerola Ex-
plorada na Região do Vale do Submédio São Francisco. Congresso Brasileiro de
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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 224
11. ANEXOS

ANEXO I – REGISTROS FOTOGRÁFICOS

ANEXO I – LISTAS DE PRESENÇA

ANEXO III – MATERIAL DE DIVULGAÇÃO

ANEXO IV – LÂMINAS DAS APRESENTAÇÕES

ANEXO V – IMPACTO DA COBRANÇA SOBRE PRESTADORAS DE SERVI-


ÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SUBMETIDAS AOS DIFERENTES VALORES DE PPU

ANEXO V – CUSTOS OPERACIONAIS DAS CULTURAS IRRIGADAS

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 225
APÊNDICE I – REGISTROS FOTOGRÁFICOS
A.1.1. – Consulta Pública Salgueiro (09/05/2017)

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.1
A.1.2. – Consulta Pública Recife FIEPE (12/05/2017)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.2
A.1.3. – Consulta Pública Recife (17/05/2017)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.3
Contrato Código Data de Emissão Página
PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.4
A.1.4. – Consulta Pública Palmares (17/05/2017)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.5
A.1.5. – Consulta Pública Caruaru (30/08/2017)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.6
A.1.6. – Consulta Pública Goiana (12/09/2017)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.7
A.1.7. – Consulta Pública Garanhuns (14/09/2017)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.8
A.1.8. – Consulta Pública Ibimirim (20/09/2017)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.9
A.1.9. – Consulta Pública Afogados da Ingazeira (21/09/2017)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.10
A.1.10. – Consulta Pública Ouricuri (28/09/2017)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.11
A.1.10. – Apresentação da Metodologia Consolidada ao Conselho de Recursos Hídricos CRH
em (30/05/2018)

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.12
APÊNDICE II– LISTAS DE PRESENÇA
APÊNDICE III – MATERIAL DE DIVULGAÇÃO CONSULTAS
PÚBLICAS
A.3.1. – Consulta Pública Salgueiro

A.3.2. – Consulta Pública FIEPE

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.III.1
A.3.3. – Consulta Pública PALMARES

A.3.4. – Consulta Pública RECIFE

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.III.2
A.3.5. – Consulta Pública CARUARU

A.3.6. – Consulta Pública GOIANA

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.III.3
A.3.7. – Consulta Pública GARANHUNS

A.3.8. – Consulta Pública IBIMIRIM

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.III.4
A.3.9. – Consulta Pública AFOGADOS DA INGAZEIRA

A.3.10. – Consulta Pública OURICURI

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A.III.5
APÊNDICE IV– LÂMINAS DAS APRESENTAÇÕES
APRESENTAÇÃO CONSULTAS PÚBLICAS
24/11/2017

Estudo de mecanismos de cobrança pelo uso da água no estado de Pernambuco

Objetivos e Conceitos Características de Estudo de mecanismos de cobrança pelo uso


Introdução atividades Cobrança Pernambuco

em PE da água no estado de Pernambuco


Cobrança no Proposta
Brasil para PE Simulação Conclusões Produto 3 – Proposições de metodologias
de cobrança e simulação do potencial de
Proposição de metodologias de cobrança e simulação do potencial de arrecadação arrecadação

Roteiro da apresentação
• Objetivos e atividades • Cobrança pelo uso da água no
• Cobrança na Política Estadual de Brasil
Recursos Hídricos de Pernambuco • Proposta para Pernambuco
• Conceitos básicos • Simulação: impactos e
• Características de Pernambuco arrecadações
relevantes para a cobrança pelo uso • Conclusões OBJETIVOS
da água

3 4

Objetivos do Estudo Atividades do Contrato


• Elaborar uma metodologia • Aportando recursos financeiros para Produtos Sit
implementável; implementação de programas e projetos
1 – Análise do atual estágio da implementação da cobrança X
• Observando a Política Estadual de visando a recuperação e preservação das
Recursos Hídricos de Pernambuco, Lei 2 – Levantamento dos principais usuários e tipos de uso da água X
bacias hidrográficas;
Estadual no. 12.984/2005; 3 – Proposição de metodologias de cobrança e simulação do potencial de X
• Aprimorando o sistema de gerenciamento
• Reconhecendo o valor econômico da das águas de forma a garantir seu uso arrecadação
água;
racional sustentável. 4 – Consolidação da metodologia de cobrança junto às entidades
5 – Minuta de Lei para implementação da cobrança em Pernambuco
Objetivos desta Consulta Pública: Dar publicidade e colher subsídios
ao processo de construção dos Mecanismos de Cobrança pelo Uso
Consultas Públicas para Consolidação do Mecanismo de Cobrança
dos Recursos Hídricos.
5 6

1
24/11/2017

1º Ciclo de Consultas Públicas 2º Ciclo de Consultas Públicas

A cobrança pelo uso da água em Pernambuco A cobrança pelo uso da água em Pernambuco
• LEI Nº 12.984, DE 30 DE DEZEMBRO DE III. a outorga do direito de uso de • Art. 22. O uso de recursos hídricos IV. obter recursos financeiros para
2005: Dispõe sobre a Política Estadual recursos hídricos; sujeito à outorga será objeto de implementação de programas
de Recursos Hídricos e o Sistema e intervenções contemplados
IV. a cobrança pelo uso de recursos cobrança, que visa a: em Plano Diretor de Recursos
Integrado de Gerenciamento de I. conferir racionalidade econômica ao uso
Recursos Hídricos, e dá outras hídricos; Hídricos;
dos recursos hídricos;
providências. V. o sistema de informações de V. proporcionar incentivos à
recursos hídricos; II. disciplinar a localização dos usuários, recuperação e a preservação
• Art. 5º São instrumentos da Política buscando a conservação dos recursos
Estadual de Recursos Hídricos: VI. a fiscalização do uso de recursos de áreas legalmente
hídricos de acordo com sua classe protegidas; e
I. os planos diretores de recursos hídricos; hídricos; e preponderante de uso;
II. o enquadramento dos corpos de água VI. dispor meios para as ações dos
VII. o monitoramento dos recursos III. incentivar a melhoria do gerenciamento componentes do SIGRH/PE.
em classes, segundo os usos
preponderantes da água; hídricos. das bacias hidrográficas onde forem
arrecadados;

A cobrança pelo uso da água em Pernambuco


1. Instrumento econômico previsto 4. APAC: responsável por
na Lei Estadual no. 12.984/2005 executar a Política Estadual
2. Comitês de Bacia Hidrográfica de Recursos Hídricos;
devem propor os valores; 5. Preços Públicos socialmente
3. Caberá ao Conselho Estadual de negociados: Comitês –
Recursos Hídricos a sua Poder Público + Usuários +
aprovação; Sociedade Civil. CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A COBRANÇA PELO
USO DE ÁGUA

12

2
24/11/2017

Os 4 preços da água Caracterização dos preços da água


Tarifas de Serviços Públicos Preços Públicos Preços 1 e 2: Tarifas de serviços públicos Preços 3 e 4: Preços públicos

• Preço 1: serviço de • Preço 3: captação e • Recuperam integral ou parcialmente os • Objetivos econômicos e financeiros:
custos de provisão de serviços públicos 1. Racionalidade econômica: promoção
abastecimento público; consumo de água bruta; e 1. de abastecimento água da eficiência de uso da água e,
(comunidades, indústrias, 2. Viabilidade financeira: geração de
• Preço 2: serviço de • Preço 4: lançamento águas agricultores, e demais usos de água); recursos para investimentos ou para
esgotamento sanitário. servidas (esgotos) no 2. ou de serviços de coleta, tratamento
e disposição final de águas servidas;
o melhor gerenciamento das águas.

meio.

13 14

Ilustração dos 4 preços da água: transposição do


Ilustração dos 4 preços da água
São Francisco e irrigante que se autoabastece
Preço 1

Preço 1

Preço 1
Preço 1

Conclusão parcial
• Os preços 1 e 2 correspondem a serviços prestados:
– 1: abastecimento de água;
– 2: esgotamento sanitário;
– ... e são cobrados por tarifas, e dimensionados de acordo com regras próprias:
empresa de saneamento, sistemas públicos de irrigação, projeto de transposição;
• Os preços 3 e 4 correspondem ao uso da água bruta
– 3: captação de água bruta;
CARACTERÍSTICAS DE PERNAMBUCO RELEVANTES
– 4: despejo de efluentes no meio hídrico natural;
– ... e são cobrados mediante preços públicos sugeridos pelos Comitês e aprovados PARA A COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA
pelo Conselho de Recursos Hídricos.

18

3
24/11/2017

Regiões Hidrográficas de Pernambuco Regiões climáticas de Pernambuco

No estudo, há O estudo prevê


considerações diferenciação dos
a respeito das mecanismos de
Unidades de acordo com o
Planejamento clima

19 20

Bacias com
cobrança pelo
uso de água no
Brasil
Onde, como e que preços são adotados?
Como se cobra do meio rural?
(ANA, 2017)
Quais os setores que mais pagam?
COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NO BRASIL Em Pernambuco já se paga
pelo uso das águas do rio
São Francisco.

Estrutura da cobrança pelo uso da água no Brasil


• Cobra-se por meio de 3 parcelas: • Cobrança Total ($ ) =
1. Captação de água ($ ):
outorgado e/ou medido;
• $ =$ +$ +$ ç 2. Consumo de água ($ ): estimado
pela diferença entre o que é
captado e o que é lançado; PROPOSTA PARA PERNAMBUCO
3. Lançamento de poluição
($ ç ) :estimado ou medido

24

4
24/11/2017

Características desejáveis do mecanismo proposto Mecanismo de Cobrança Geral


de cobrança pelo uso de água
• Cobrança total: • Cobrança pela captação de água:
1. Simplicidade; 4. Equidade; $ =$ +$ +$ $cap= Qout
ç cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
2. Transparência; 5. Eficiência;
3. Previsibilidade; 6. Efetividade. • Cobrança pelo consumo de água:
$cons = Qcons ∗ PPUcons

Desenvolvida uma planilha de cálculo em Excel ©Microsoft


denominada SACUAPE que permite • Cobrança pelo lançamento de poluentes:
reproduzir os mecanismos de cobrança adotados no Brasil, a proposta para Pernambuco, e
$lanç = CDBO ∗ Qlanç ∗ PPUlanç
facultando ao usuário alterar preços e coeficientes de forma a mais bem adequar a
cobrança aos objetivos pretendidos.
26
25

Mecanismo de proposto para Pernambuco Cobrança pela Captação de Água


$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
• Cobrança total: • Cobrança pela captação de água:
Kcap: Águas superficiais
$ =$ +$ +$ ç $cap= Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
Classe de

• Cobrança pelo consumo de água: enquadramento

$cons = Qcons ∗ PPUcons


1 1,10 Alinhamento com o Instrumento de
2 1,00
Gerenciamento de Recursos Hídricos
3 0,90
Enquadramento de Corpos de Água
• Cobrança pelo lançamento de poluentes: 4 0,80

$lanç = CDBO ∗ Qlanç ∗ PPUlanç Kcap função da classe de enquadramento de


acordo com a Res. CONAMA 357/2005.

27 28

Kcap : Águas subterrâneas


$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
Restrições de uso Coeficiente de Unidade de Planejamento Hídrico: KUP
ZONA Aquífero
Novos Existentes Nome UP KUP Nome UP KUP Nome UP KUP
0 S/classificação Sem restrição 1,00 Goiana UP1 1 Brígida UP11 1 GI1 UP20 1
A Cabo não outorgar reduzir vazão 50% 2,00 Capibaribe UP2 1 Garças UP12 1 GI2 UP21 1
B Cabo+Beberibe até 30 m3/dia reduzir vazão 30% 1,50
Diferenciação de Ipojuca UP3 1 Pontal UP13 1 GI3 UP22 1
C Cabo+Beberibe até 60 m3/dia reduzir vazão 15% 1,25 acordo com a Unidade Sirinhaém UP4 1 GL1 UP14 1 GI4 UP23 1
D Barreiras até 70 m3/dia 1,10 de Planejamento – a Una UP5 1 GL2 UP15 1 GI5 UP24 1
E Cabo+Beberibe até 100 m3/dia sem restrições 1,05 ser discutido no âmbito Mundaú UP6 1 GL3 UP16 1 GI6 UP25 1
F Fissural até capac. poço 1,00
dos CBHs Ipanema UP7 1 GL4 UP17 1 GI7 UP26 1
Moxotó UP8 1 GL5 UP18 1 GI8 UP27 1
Kcap função do grau de vulnerabilidade do aquífero, Pajeú UP9 1 GL6 UP19 1 GI9 UP28 1
de acordo com a Res. CRH 04/2003 de Pernambuco. Terra Nova UP10 1 F. de Noronha UP29 1

29
N. identificado 1 30

5
24/11/2017

– $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗
Coeficiente de Categoria de Uso de Água: K
K
Categoria de uso Kuso Categoria de uso Kuso
Abastecimento Público 1 Irrigação 1
Coeficiente climático: Kclima
Abastecimento Res. Particular 1 Lavanderia 1
Clima
Carcinicultura 1 Outros 1
Tropical Quente e Úmido 1
Diluição de Esgotos Sanitários 0 Pecuária 1
Diferenciação de Tropical Quente Sub-úmido Seco 0,75
Empresa Comercialização de Água 1 Pesquisa 1
acordo com a categoria Escola 1 Piscicultura 1
Tropical de Altitude (brejo) 0,5
Tropical Quente e Seco (Semiárido) 0,1
de uso Escritório 1 Posto de Combustível 1
Estabelecimento Comercial 1 Restaurante 1
Geração de Energia Elétrica 0 Sem definição 1 Diferenciação de
Hospital 1 Terraplenagem 1 acordo com o clima
Hotel 1 Sem identificação 1
Indústria 1 31 32

$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Eficiência para Abastecimento Público: = ∗ ∗
Coeficiente de Eficiência para Abastecimento Industrial: = ∗
Coeficiente de perda de
Coeficiente de uso per capita – Kupc distribuição – Kp

Diferenciação Usos per capita – upc Valores de Kupc Perdas de Coeficientes de Reuso - Kreuso e de Uso de Águas Servidas – Kuas
Se uso per capita (upc) < R Kupc = 1 Faixas de Reuso e de Uso de Águas Servidas (%)
de acordo com distribuição (%) Kp
Kreuso Kuas
Se R <upc< 2.R Kupc = 1+upc/(R x 100) min max Diferenciação de acordo min max
a eficiência no Se 2.R <upc<3.R Kupc = 1+upc/(2.R x 10) 0% 15% 1,00 com a eficiência no uso da 0% 15% 1,00 1,00
uso da água, no Se 3.R < upc Kupc = upc/((R x 10) 15% 20% 0,95 0,95
15% 20% 1,05 água na Indústria
Abastecimento R = 150 L/hab/dia 20% 25% 1,10 20% 25% 0,90 0,90
Público Coeficiente de perda de faturamento – Kf 25% 30% 1,20 25% 30% 0,85 0,85
Perda faturamento Pf < perda distribuição Pd 1 30% 40% 1,30 30% 40% 0,80 0,80
Perda faturamento Pf > perda distribuição Pd 1+( − )/50 40% 100% 1,40

33 34

$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Eficiência para Irrigação: = ∗ ∗
Coeficiente de Eficiência para Irrigação: = ∗ ∗
Coeficientes de Método de Irrigação – Kmet
Sistema de Irrigação Kmet Sistema de Irrigação Kmet Coeficientes de Manejo do Solo – Kmsolo Coeficientes de Manejo de Irrigação – Kmsirrig

Gotejamento Aspersão autopropelido Diferenciação de Manejo do solo Kmsolo Manejo da irrigação Kmirrig
Diferenciação de 0,10 0,15
Gotejamento subterrâneo-tubo poroso Aspersão convencional acordo com a Subsistência 0,5 C/ monitoramento variáveis
acordo com a 0,7
Tubos perfurados 0,15 Sulcos abertos 0,30 eficiência no uso Permanente 0,7 meteorológicas e umidade solo
eficiência no uso Microaspersão Sulcos interligados em bacia
0,10 0,20 da água na Anual, com plantio direto 0,8 Sem monitoramento ou não
1,0
da água Aspersão pivô central com LEPA Sulcos fechados Anual, convencional; adoção Sim 1,0 declarou
Aspersão pivô central 0,15 Subirrigação
Irrigação
de práticas conservacionistas? Não 1,2
Aspersão deslocamento linear 0,10 Inundação 0,30
Aspersão sistema de malha 0,15 Não informado Coeficiente de Eficiência para as demais atividades produtivas no meio rural: Kef=0,10
Pecuária, piscicultura, carcinicultura, etc...
35 36

6
24/11/2017

$ ç = ∗ ç ∗ ç = ∗ ∗ ∗ ç

Cobrança Carga de DBO gerada e afluente como fração dos volumes de captação
pelo Categoria outorgada
Kger
K
(kg/m³) afl
Categoria outorgada
Kger
(kg/m³)
Kafl

Lançamento Abastecimento Público Indústria


0,5 50%
Indús-

Simulações
Abastecimento humano urbano
Abastecimento Res. Particular Pesquisa tria
de Poluentes Estabelecimento Comercial Pecuária 1,9478 5%
Escritório Piscicultura Aqui-
Escola
0,1725 48%
Carcinicultura
Geração Energia Elétrica
0,05 100%
cultura EXEMPLOS POR CATEGORIA DE USO
Restaurante
Alternativa: Empresa Com. Água
Hotel - -
declaração de Terraplenagem Arbi-
Hospital trado
lançamento e Posto de Combustível
Lavanderia
monitoramento Sem definição 0,1725 48%
Outros
37 38

Simulação realizada Estimativa de carga de DBO em função da captação


• Cobrança: • Métodos de irrigação:
1. pela captação e – 1) não informado (o que
menos desonera a irrigação) Coeficientes de lançamento de carga orgânica
2. pelo lançamento; Abast. humano Aquicul- Criação
Indústria Irrigação Mineração Outros
– 2) ou aspersão convencional Urb. Rur. tura animais
3. sem cobrar pelo consumo; DBO gerada (kg/m3 Captação) 0,1725 0 0,05 1,9478 0,5 0 0,0005 0,5
– 3) ou micro-aspersão DBO afluente (kg/kg DBO Gerada) 48% 0% 100% 5% 50% 0% 5% 50%
4. Preços Públicos Unitários:
Preços Públicos Unitários R$ Fonte 1: ANA (2014) UGRH PARANAPANEMA - Avaliação do quadro atual dos usos da água de das demandas hídricas

Captação superficial (PPUcap,sup) 0,030/m3 • Coeficientes, como na associadas


Fonte 2: Plano de Recursos Hídricos da bacia do rio Paranaíba, http://cbhparanaiba.org.br/prh-paranaiba
Captação subterrâneas (PPUcap, sub) 0,034/m3 apresentação.
Lançamento de DBO (PPUlanç) 0,160/kg

39

Cobrança anual do Abastecimento pelo uso de 1.000 m3/ano de água Cobrança anual da Indústria pelo uso de 1.000 m3/ano de água
(coeficiente de eficiência = 1) (coeficiente de eficiência = 1)
Lançamento Cobrança (R$/ano) Lançamento Cobrança (R$/ano)
Aquífero Clima Aquífero Clima
(kgDBO/ano) Cap Lanç Total (kgDBO/ano) Cap Lanç Total
Captação de Captação de
águas S/Class T. Q. Úmido R$ 34,00 R$ 47,25 águas S/Class T. Q. Úmido R$ 34,00 R$ 74,00
subterrâneas Cabo T. Q. Úmido 82,80 R$ 68,00 R$ 13,25 R$ 81,25 subterrâneas Cabo T. Q. Úmido 250 R$ 68,00 R$ 40,00 R$ 108,00
S/Class T. Q. Seco R$ 3,40 R$ 16,65 S/Class T. Q. Seco R$ 3,40 R$ 43,40

Lançamento Cobrança (R$/ano) Lançamento Cobrança (R$/ano)


Classe Clima Classe Clima
Captação de (kgDBO/ano) Cap Lanç Total Captação de (kgDBO/ano) Cap Lanç Total
águas 1 T. Q. Úmido R$ 33,00 R$ 46,25 águas 1 T. Q. Úmido R$ 33,00 R$ 73,00
superficiais 2 T. Q. Úmido 82,80 R$ 30,00 R$ 13,25 R$ 43,25 superficiais 2 T. Q. Úmido 250 R$ 30,00 R$ 40,00 R$ 70,00
3 T. Q. Seco R$ 3,30 R$ 16,55 3 T. Q. Seco R$ 2,70 R$ 42,70

7
24/11/2017

Cobrança anual da Pecuária pelo uso de 1.000 m3/ano de água Cobrança na irrigação por hectare/ano; captação superficial
Captação Cobrança
Cultura Método Irrigação Clima
(Hm3/ciclo/ano) (R$/ano)
Lançamento Cobrança (R$/ano)
Aquífero Clima T. Quente Úmido 0,0125 R$ 37,60
(kgDBO/ano) Cap Lanç Total
Captação de Banana T. Quente Subúmido Seco 0,0153 R$ 45,98
águas S/Class T. Q. Úmido R$ 3,40 R$ 18,98
Microaspersão T. Quente Seco (semiárido) 0,0122 R$ 36,73
subterrâneas Cabo T. Q. Úmido 97,39 R$ 6,80 R$ 15,58 R$ 22,38
T. Quente Úmido 0,0071 R$ 21,17
S/Class T. Q. Seco R$ 0,34 R$ 15,92 Coco
T. Quente Seco (semiárido) 0,0041 R$ 12,39

Cobrança (R$/ano) T. Quente Úmido 0,0169 R$ 76,25


Lançamento Cana Aspersão Convencional
Classe Clima T. Quente Subúmido Seco 0,0135 R$ 60,57
Captação de (kgDBO/ano) Cap Lanç Total
águas 1 T. Q. Úmido R$ 3,30 R$ 18,88 Abacaxi 0,0059 R$ 26,49
T. Quente Subúmido Seco
superficiais 2 T. Q. Úmido 97,39 R$ 3,00 R$ 15,58 R$ 15,58 Milho 0,0128 R$ 57,57
Aspersão Convencional
3 T. Q. Seco R$ 0,27 R$ 15,85 Cebola 0,0097 R$ 43,76
T. Quente Seco (semiárido)
Manga 0,0117 R$ 52,78

Captação subterrânea de 1.000 m3 em clima úmido Captação superficial de 1.000 m3 em Recife na classe 2
Classe do Lançamento Cobrança (R$/ano) Lançamento DBO Cobrança (R$/ano)
Usuário aquífero DBO (kg/ano) Usuário (kg/ano)
Captação Lançamento Total Captação Lançamento Total
A R$ 68,00 R$ 81,25 Abastecimento Público 82,8 R$ 30,00 R$ 13,25 R$ 43,25
Abastecimento Público 82,8 R$ 13,25
S/C ou fissural R$ 34,00 R$ 47,25 Indústria 250 R$ 30,00 R$ 40,00 R$ 70,00
A R$ 68,00 R$ 108,00 Irrigação aspersão conv - R$ 4,50 - R$ 4,50
Indústria 250 R$ 40,00
R$ 34,00 R$ 74,00 Irrigação microaspersão - R$ 3,00 - R$ 3,00
Irrigação aspersão conv - R$ 5,10 - R$ 5,10 Irrigação sem informação - R$ 30,00 - R$ 30,00
Irrigação microaspersão S/C ou fissural - R$ 3,00 - R$ 3,40 Pecuária, piscicultura, carcinicultura 97,40 R$ 3,00 R$ 15,58 R$ 18,58
Irrigação sem informação - R$ 34,00 - R$ 34,00
Pecuária, piscicultura, carcinicultura 97,40 R$ 3,40 R$ 15,58 R$ 18,98

Cobrança por m3 outorgado


Águas superficiais
Abastecimento
Todos usos Saneamento Indústria Irrigação Pecuária
privado1
Mínimo R$ 0,0005 R$ 0,0133 R$ 0,0430 R$ 0,0030 R$ 0,00045 R$ 0,0159
Máximo R$ 0,0969 R$ 0,0969 R$ 0,0700 R$ 0,0432 R$ 0,00450 R$ 0,0186
Média R$ 0,0210 R$ 0,0403 R$ 0,0654 R$ 0,0266 R$ 0,00390 R$ 0,0173

Simulações Águas subterrâneas


Abastecimento
Todos usos Saneamento Indústria Irrigação Pecuária Carcinicultura
IMPACTOS Mínimo R$ 0,0005 R$ 0,0129 R$ 0,0434
privado1
R$ 0,0034 R$ 0,0005 R$ 0,0159 R$ 0,0114
Máximo R$ 0,1080 R$ 0,0796 R$ 0,1080 R$ 0,0812 R$ 0,0064 R$ 0,0190 R$ 0,0114
Média R$ 0,0539 R$ 0,0378 R$ 0,0752 R$ 0,0607 R$ 0,0011 R$ 0,0162 R$ 0,0114

Abastecimento privado: Abastecimento Residencial Particular, Escola, Escritório, Estabelecimento


47
Comercial, Hospital, Hotel, Lavanderia, Posto de Combustível, Restaurante. 48

8
24/11/2017

Águas superficiais Avaliação dos impactos na irrigação


Saneamento Balanços hídricos em diferentes climas e culturas
% Despesas % Tarifa média água
Totais Serviços e esgotos (SNIS) Cultura Clima Método m3/ha/ ciclo COT (R$/ha) COT (R$/m3)
Mínimo
Seco (Semiárido) 12.242,30 R$ 13.478,77 R$ 1,10
0,008% 0,296%
Banana Subúmido Seco Microaspersão 15.326,60 R$ 13.478,77 R$ 0,88
Máximo 5,877% 13,944% Úmido 12.534,30 R$ 13.478,77 R$ 1,08
Impactos no Média 1,781% 1,905%
Cana-de-açúcar
Subúmido Seco
Úmido
Aspersão
Convencional
13.460,00
16.945,00
R$ 6.616,54 R$ 0,49
R$ 6.616,54 R$ 0,39
Águas subterrâneas
Saneamento Saneamento
Coco-da baía
Seco (Semiárido)
Úmido
Microaspersão
4.130,90
7.057,10
R$ 16.726,00 R$ 4,05
R$ 16.726,00 R$ 2,37
% Despesas % Tarifa média água Abacaxi 5.886,80 R$ 26.802,47 R$ 4,55
Totais Serviços e esgotos (SNIS) Subúmido Seco Aspersão
Milho 12.793,90 R$ 3.936,00 R$ 0,31
Mínimo
Convencional
0,008% 0,311% Cebola 9.723,60 R$ 24.064,01 R$ 2,47
Seco (Semiárido)
Máximo 5,809% 2,523% Manga Microaspersão 11.729,10 R$ 33.116,30 R$ 2,82
Média 1,880% 1,389%
49 50

Impactos na irrigação Impacto na pecuária, com cobrança do lançamento de DBO


Águas superficiais
Irrigação: como % Custo Operacional Total por ciclo anual
• Uso de 1.000 m3/ano em clima tropical quente úmido resulta
Culturas Banana Cana-de-açúcar Coco-da baía Abacaxi Milho Cebola Manga em cobrança de:
Mínimo 0,027% 0,687% 0,007% 0,074% 1,097% 0,018% 0,012% Lançamento de Por cabeça
Máximo 0,279% 1,152% 0,127% 0,074% 1,097% 0,018% 0,012% Classe Captação Total
DBO bovina/ano
Médio 0,258% 0,979% 0,117% 0,074% 1,097% 0,018% 0,012% Classe A R$ 6,80 R$ 22,38 R$ 0,41
Águas subterrânea
S/Classe R$ 3,40 R$ 18,98 R$ 0,35
Águas subterrâneas 1 R$ 3,30 R$ 15,58 R$ 18,88 R$ 0,34
Irrigação: como % Custo Operacional Total por ciclo anual Água superficial 2 R$ 3,00 R$ 18,58 R$ 0,34
Culturas Banana Cana-de-açúcar Coco-da baía Abacaxi Milho Cebola Manga 3 R$ 2,70 R$ 18,28 R$ 0,33
Mínimo 0,031% 0,778% 0,008% 0,084% 1,243% 0,021% 0,014% 3
1.000 m /ano é suficiente para criar 55 bovinos, na base de uso de 50 l/dia/cabeça.
Máximo 0,395% 1,633% 0,179% 0,084% 1,243% 0,021% 0,014%
Médio 0,068% 1,275% 0,023% 0,084% 1,243% 0,021% 0,014%

51

Impacto na pecuária, sem cobrança do lançamento de DBO


• Uso de 1.000 m3/ano em clima tropical quente úmido resulta
em cobrança de:
Por cabeça
Classe Captação
bovina/ano
Cl A R$ 6,80
Águas subterrânea
S/Cl
1
R$ 3,40
R$ 3,30
R$ 0,12
R$ 0,06
R$ 0,06
Simulações
Água superficial 2
3
R$ 3,00
R$ 2,70
R$ 0,05
R$ 0,05
ARRECADAÇÕES POTENCIAIS
1.000 m3/ano é suficiente para criar 55 bovinos, na base de uso de 50 l/dia/cabeça.

54

9
Águas
Resumo das cobranças - Cena Atual 2015 Nome
Abastecimento Público
Superficiais
R$ 9.223.443
Subterrâneas
R$ 658.301
Total
R$ 9.881.744
Abastecimento Res. Particular R$ 202 R$ 495.765 R$ 495.967
Cobrança total com Irrigação por Micro-aspersão Estabelecimento Comercial R$ 202 R$ 117.208 R$ 117.410
Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total Lavanderia R$ 28 R$ 6.422 R$ 6.451
R$ 12.923.990 R$ 2.809.876 R$ 15.733.867 Escritório R$ 0 R$ 3.882 R$ 3.882
USOS Captações Consumos Lançamentos Escola R$ 0 R$ 31.074 R$ 31.074
INDUSTRIAIS
20,5%
USOS
ANIMAIS
8,2%
R$ 10.235.824 R$ 0 R$ 5.498.042 Cobrança anual Restaurante
Hotel
R$ 0
R$ 89
R$ 1.925
R$ 49.460
R$ 1.925
R$ 49.549
Cobrança total com Irrigação por Aspersão Convencional Hospital R$ 0 R$ 30.828 R$ 30.828

USOS Outra
OUTROS
1,6%
Águas Superficiais
R$ 13.035.795
Águas Subterrâneas
R$ 2.811.487
Total
R$ 15.847.282
por categoria Posto de Combustível
Irrigação (aspersão convencional)
R$ 0
R$ 335.413
R$ 3.233
R$ 4.832
R$ 3.233
R$ 340.245
URBANOS 3,7%
67,6% Captações
R$ 10.349.240
Consumos
R$ 0
Lançamentos
R$ 5.498.042
de usuários Pecuária
Piscicultura
Carcinicultura
R$ 758
R$ 8
R$ 1.304.276
R$ 5.181
R$ 30
R$ 58
R$ 5.939
R$ 38
R$ 1.304.334
Cobrança total com Irrigação sem identificação do método Indústria R$ 1.982.119 R$ 1.269.158 R$ 3.251.278
IRRIGAÇÃO
2,1% Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total Empresa Comercialização Água R$ 164 R$ 72.178 R$ 72.342
Terraplenagem R$ 20.620 R$ 0 R$ 20.620
R$ 14.936.470 R$ 2.838.868 R$ 17.775.337
Outros R$ 168.471 R$ 61.952 R$ 230.423
Captações Consumos Lançamentos TOTAL R$ 13.035.795 R$ 2.811.487 R$ 15.847.282
R$ 12.277.295 R$ 0 R$ 5.498.042
55

Conclusões Conclusões
Os impactos são reduzidos naquelas categorias de uso em que foi possível
obter referências. Irrigação Criação animal
• Impactos • O impacto estimado foi baixo, considerando que o uso de
Abastecimento Público Indústria e Abastecimento Privado 1.000 m3/ano corresponderia a um rebanho bovino de
reduzidos em aproximadamente 55 cabeças (50 l/dia/cabeça de boi): entre
• Os impactos são baixos, inferiores • Impactos um pouco superiores aos do todas as culturas e R$ 0,33 e R$ 0,41 por cabeça e ano;
a 2% das Despesas Totais do Abastecimento Público, devido a estimativa • Este impacto poderia ser substancialmente reduzido se for
climas (em geral
Serviço (STS) e da Tarifa Média de de lançamentos de cargas orgânicas; reduzida a carga de lançamentos orgânicos;
Água e Esgotos; inferior a 1%).
• Se estes efluentes forem tratados, ou • Se a carga orgânica ficar desconsiderada, a cobrança será
• Os impactos máximos podem irrisória;
houver comprovação de que são menores • A carcinicultura deverá ser mais bem avaliada quanto aos
apresentar valores altos, mas
que a estimativa, os impactos se reduzem impactos, pois o grande uso de água e a carga de DBO
devido aos custos de produção estimada, geram valores de cobrança consideráveis.
baixos, ou a erros de informação.
ainda mais.

57 58

Obrigado pela atenção!

59

10
APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA
Estudo de mecanismos de cobrança pelo uso da água no estado de Pernambuco

Introdução Estudo de mecanismos de cobrança pelo uso


Simulação
Características de
Pernambuco Impactos da água no estado de Pernambuco
Conclusões
Objetivos e Proposta Produto 4 – Consolidação da
atividades para PE metodologia de cobrança junto às
entidades

Roteiro da apresentação
• Objetivos e atividades • Proposta para Pernambuco
• Características de Pernambuco • Simulação: alternativas e potenciais Objetivos
relevantes para a cobrança pelo uso de arrecadação
da água • Impactos da cobrança
• Conclusões

3 4

Objetivos do Estudo
• Elaborar uma metodologia • Aportando recursos financeiros para
implementável; implementação de programas e projetos
• Observando a Política Estadual de visando a recuperação e preservação das
Recursos Hídricos de Pernambuco, Lei bacias hidrográficas;
Estadual no. 12.984/2005;
• Aprimorando o sistema de gerenciamento
• Reconhecendo o valor econômico da das águas de forma a garantir seu uso
água;
racional sustentável.
CARACTERÍSTICAS DE PERNAMBUCO RELEVANTES
Objetivos desta apresentação: Dar publicidade e colher subsídios ao PARA A COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA
processo de construção dos Mecanismos de Cobrança pelo Uso dos
Recursos Hídricos.
5 6

APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA - CRH - 30/05/2018


Regiões Hidrográficas de Pernambuco Regiões climáticas de Pernambuco
As Unidades de Ajustes da
Planejamento cobrança aos
podem ser
cobradas de totais
forma precipitados na
diferenciada estação anterior,
para atender a
deliberações dos de acordo com as
respectivos mesorregiões
CBHs ou outras. climáticas

7 8

Características desejáveis do mecanismo proposto


de cobrança pelo uso de água
Proposta de cobrança pelo uso de água em 4. Equidade;
1. Simplicidade;
Pernambuco 2. Transparência; 5. Eficiência;
3. Previsibilidade; 6. Efetividade.

Desenvolvida uma planilha de cálculo em Excel ©Microsoft denominada SACUAPE que permite
simular a proposta para Pernambuco, e facultando ao usuário alterar preços e coeficientes
de forma a mais bem adequar a cobrança aos objetivos pretendidos.

9 10

Mecanismo de proposto para Pernambuco


Coef. Coef.
• Cobrança total: • Cobrança pela captação de água: mete- Efici-
Cobrança Outorga Preço Coef. Coef. Coef.
$ =$ +$ ç corpo cat.
orolo- ência
captação captação público UP
hídrico uso gia uso
captação

Justificativas:
1. Dificuldade de se estimar ou medir $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
o consumo, especialmente na
irrigação e abastecimento urbano; ASPECTOS LOCACIONAIS, METEOROLÓGICOS E
2. Consumo não é outorgado e se
cobra o que deve ser outorgado; • Cobrança pelo lançamento de efluentes: REFERENTES ÀS CATEGORIAS DE USO DA ÁGUA NA
3. Como consumo é a diferença entre Cobrança Vazão Preço
a captação e o lançamento, ele lançamento diluição público
lançamento
COBRANÇA PELA CAPTAÇÃO
indiretamente é cobrado ao serem
cobradas as duas parcelas $lanç = Qdil ∗ PPUlanç
11

APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA - CRH - 30/05/2018


Cobrança pela Captação de Água Kcap : Águas subterrâneas
Restrições de uso
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K ZONA Aquífero
Novos Existentes
0 S/classificação Sem restrição 1,00
Kcap : Águas superficiais A Cabo não outorgar reduzir vazão 50% 3,00

Classe de B Cabo+Beberibe até 30 m3/dia reduzir vazão 30% 2,50


C Cabo+Beberibe até 60 m3/dia reduzir vazão 15% 2,00
enquadramento
D Barreiras até 70 m3/dia 1,75
1 1,10
Alinhamento com o Instrumento de E Cabo+Beberibe até 100 m3/dia sem restrições 2,00
2 1,00
3 0,90
Gerenciamento de Recursos Hídricos F Fissural até capac. poço 1,00
G Sedimentar Bacia sedimentar do Araripe, sem restrições 1,50
4 0,80 Enquadramento de Corpos de Água
H Sedimentar Bacia sedimentar do Jatobá, sem restrições 1,50

Kcap função da classe de enquadramento de


acordo com a Res. CONAMA 357/2005. Kcap função do grau de vulnerabilidade do aquífero,
de acordo com a Res. CRH 04/2003 de Pernambuco.
13 14

$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K

Coeficiente meteorológico: Kmeteo

Situação do ano anterior


MESOREGIÃO Período Chuvoso
Normal Seco Muito Seco
Agreste Central março - julho 0,32 0,21 0,14
Agreste Meridional/Brejo março - julho 0,47 0,31 0,20
Agreste Setentrional março - julho 0,51 0,32 0,20
Alto Sertão janeiro-maio 0,35 0,17 0,08
Sertão do Moxotó Diferenciação
Janeiro-julho de 0,30
0,48 0,17
Sertão do Pajeú acordo com o clima
Janeiro-maio 0,46 0,27 0,15
Sertão do São Francisco janeiro-maio 0,35 0,17 0,08
Zona da Mata e Litoral março - agosto 1,00 0,67 0,50
16

– $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Categoria de Uso de Água: K
Coeficiente de Unidade de Planejamento Hídrico: KUP Categoria de uso Kuso Categoria de uso Kuso
Nome UP KUP Nome UP KUP Nome UP KUP Abastecimento Público 1 Irrigação 1
Goiana UP1 1 Brígida UP11 1 GI1 UP20 1 Abastecimento Res. Particular 1 Lavanderia 1
Capibaribe UP2 1 Garças UP12 1 GI2 UP21 1 Carcinicultura 1 Outros 1
Diferenciação de Ipojuca UP3 1 Pontal UP13 1 GI3 UP22 1 Empresa Comercialização de Água 1 Pecuária 1
acordo com a Unidade Sirinhaém UP4 1 GL1 UP14 1 GI4 UP23 1 Diferenciação de Escola 1 Pesquisa 1
Una UP5 1 GL2 UP15 1 GI5 UP24 1 Escritório 1 Piscicultura 1
de Planejamento – a Mundaú UP6 1 GL3 UP16 1 GI6 UP25 1
acordo com a categoria
Estabelecimento Comercial 1 Posto de Combustível 1
ser discutido no âmbito Ipanema UP7 1 GL4 UP17 1 GI7 UP26 1 de uso Geração de Energia Elétrica * Restaurante 1
dos CBHs. Moxotó UP8 1 GL5 UP18 1 GI8 UP27 1 Hospital 1 Sem definição 1
Pajeú UP9 1 GL6 UP19 1 GI9 UP28 1 Hotel 1 Terraplenagem 1
Terra Nova UP10 1 F. de Noronha UP29 1 Indústria 1 Sem identificação 1

17 * Geração de energia elétrica tem mecanismo próprio de cobrança 18

APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA - CRH - 30/05/2018


Cobrança pela uso de água para geração de energia elétrica em
PCHs e em Termelétricas
PEQUENAS CENTRAIS TERMELÉTRICAS
HIDRELÉTRICAS
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
• $ = 0,0075 ∗ ∗
– GH: Total anual de energia
• = ∗
efetivamente gerada na PCH, – : associado à permanência da vazão outorgada;
informado pela Concessionária, – : fator de capacidade de geração, representado pela razão
em MWh; entre a Garantia Física/Energia Assegurada (MW) e o ESTÍMULOS À EFICIÊNCIA DE USO DE ÁGUA NA
– TAR: Valor da Tarifa Atualizada Potencial Energético Outorgado (MW).
de Referência, definida COBRANÇA PELA CAPTAÇÃO
anualmente pela Agência
Nacional de Energia Elétrica –
ANEEL, em R$/MWh.

ABASTECIMENTO PÚBLICO INDÚSTRIA

$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
out ∗ PPU
$cap = Qcap cap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Eficiência para Abastecimento Público: = ∗ ∗
Coeficiente de Eficiência para Abastecimento Industrial: = ∗
Coeficiente de perda (física) de
Coeficiente de uso per capita – Kupc distribuição – Kp
Perdas de
Diferenciação Usos per capita – upc Valores de Kupc
distribuição (%)
Coeficientes de Reuso - Kreuso e de Uso de Águas Servidas – Kuas
Se uso per capita (upc) < R Kupc = 1 Kp Faixas de Reuso e de Uso de Águas Servidas (%)
de acordo com min max Kreuso Kuas
Se R <upc< 2.R Kupc = 1+upc/(R x 100) Diferenciação de acordo min max
a eficiência no Se 2.R <upc<3.R Kupc = 1+upc/(2.R x 10)
0% 15% 1,00
0% 15% 1,00 1,00
15% 20% 1,05 com a eficiência no uso da
uso da água, no Se 3.R < upc Kupc = upc/((R x 10) 15% 20% 0,95 0,95
R = 150 L/hab/dia
20% 25% 1,10 água na Indústria 20% 25% 0,90 0,90
Abastecimento 25% 30% 1,20
25% 30% 0,85 0,85
Público Coeficiente de perda de faturamento – Kf
30% 40% 1,30
30% 40% 0,80 0,80
40% 100% 1,40
Perda faturamento Pf < perda distribuição Pd 1
Perda faturamento Pf > perda distribuição Pd 1+( − )/50

21 22

IRRIGAÇÃO IRRIGAÇÃO

$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Eficiência para Irrigação: = ∗ ∗
Coeficiente de Eficiência para Irrigação: = ∗ ∗
Coeficientes de Método de Irrigação – Kmet
Sistema de Irrigação Kmet Sistema de Irrigação Kmet Coeficientes de Manejo do Solo – Kmsolo Coeficientes de Manejo de Irrigação – Kmsirrig
Diferenciação de Gotejamento
0,20
Aspersão autopropelido
0,30
Diferenciação de Manejo do solo Kmsolo Manejo da irrigação Kmirrig
Gotejamento subterrâneo-tubo poroso Aspersão convencional C/ monitoramento variáveis
acordo com a acordo com a Subsistência 0,5
meteorológicas e umidade solo 0,7
Tubos perfurados 0,20 Sulcos abertos 0,60 Permanente 0,7
eficiência hídrica Microaspersão Sulcos interligados em bacia
eficiência no uso Sem monitoramento ou não
1,0
0,20 0,40 Anual, com plantio direto 0,8 declarou
do método de Aspersão pivô central com LEPA Sulcos fechados da água na Anual, convencional; adoção Sim 1,0
Irrigação Aspersão pivô central Subirrigação Irrigação de práticas conservacionistas? Não 1,2
Aspersão deslocamento linear 0,30 Inundação 1,00
Aspersão sistema de malha Não informado
Irrigação de salvação: Kef = 0,60
23 24

APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA - CRH - 30/05/2018


LANÇAMENTO DE
EFLUENTES
Cobrança pela Vazão de Diluição:
qual a vazão necessária para diluir a substância até a
concentração limite da classe de enquadramento?
Classes de qualidade
Conc.
∗ + ∗ Substâncias Natural Res. Conama 357/05
=
+ 1 2 3 4
DBO (mg/l) 0,5 3 5 10 100
COBRANÇA PELO LANÇAMENTO DE EFLUENTES ∴ = ∗
− Fósforo total (mg/l) 0,005 0,02 0,03 0,05 0,1
Nitrato (mg/l) 5 10 10 10 20

Carga de SDT (mg/l) 50 500 500 500 1000

Cobrança: $ ç = max , ∗ ç ∗ ,

Outros usos do meio rural: pecuária, piscicultura e


carcinicultura.
 Pecuária intensiva: cobrada a captação e a carga de DBO;
 Pecuária extensiva: cobrada apenas a captação;
 Piscicultura em Tanques Rede em reservatórios: Cobrança: $ ç = , ∗ ç Simulações
, =

Notação Descrição
Volume para diluição da carga de fósforo para alcance da concentração máxima da classe de
enquadramento;
POTENCIAL DE
Carga de fósforo lançada, estimada como a carga da ração não absorvida pelo peixe;
Concentração limite do corpo hídrico em ambiente lênticos, de acordo com o enquadramento ARRECADAÇÃO
Coeficiente de Eficiência do meio rural: Kef = 0,10
28

Simulações realizadas Outras condições das simulações apresentadas


• Cobrança: Preços Públicos Unitários
R$/m3 • Ano do exercício anterior é classificado • Não se faz uso de práticas
PPURef PPURef*1,5 PPURef*2 como normal, para efeito do coeficiente conservacionistas de solo e admite-se que
1. Pela captação e meteorológico - Kmeteo; todas as culturas são plantadas em regime
Captação superficial (PPUcap,sup) 0,036ª 0,054 0,072 anual, resultando que o coeficiente Kmsolo
2. Pelo lançamento de • Não houve penalização por ineficiências no
Captação subterrânea (PPUcap, sub) 0,050b 0,075 0,100 Abastecimento Público, o que resulta que o seja igual à unidade;
efluentes (vazão de Uso Vazão de Diluição (PPUlanç) 0,0012c 0,0018 0,0024 coeficiente de eficiência é unitário; • Não existe manejo da lâmina de irrigação
diluição); aValor adotado para cobrança da captação superficial na bacia interfederativa • Não existem práticas hidroeficientes (reuso aplicada, resultando que o coeficiente Kmirrig
ou uso de esgotos tratados) na Indústria, o seja igual à unidade; finalmente,
3. Preços Públicos do rio Doce, única que cobra apenas pela captação;
bValor adotado para onerar o uso das águas subterrâneas acima do ônus das que resulta que o coeficiente de eficiência • O manejo da pecuária é intensivo, com
Unitários como no superficiais;
é unitário; confinamento, determinando que seja
quadro ao lado; cValor adotado na bacia interfederativa do São Francisco para a cobrança da • Irrigação por aspersão convencional, cobrada a parcela de lançamento de
determinando que o coeficiente Kmétodo seja efluentes deste uso.
vazão de diluição.
4. Coeficientes (k), como igual a 0,30;
na apresentação. Consideradas águas de domínio do Estado de Pernambuco (subterrâneas e de corpos de água totalmente incluídos no
Estado) e de água federais, outorgadas pela ANA, que poderão ser objeto de delegação de competência para outorga
à APAC nos termos do § 1º do Artigo 14 da Lei Nacional 9.433/97 da Política Nacional de Recursos Hídricos.
29

APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA - CRH - 30/05/2018


Potenciais de arrecadaçãoÁGUAS FEDERAIS
ÁGUAS ESTADUAIS E FEDERAIS
Arrecadação potencial por UP e Categoria
Águas
R$/m 3 UP Nome
Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total Superficiais Subterrâneas Total
Categoria de uso outorgado
Águas
Sup 0,036 UP1 Goiana R$ 2.395.135 R$ 65.006 R$ 2.460.141 Superficiais Subterrâneas Total
R$ 22.217.161 R$ 4.540.051 R$ 6.953.723 - UP2 Capibaribe R$ 7.749.669 R$ 1.287.129 R$ 9.036.798 Abastecimento Público R$ 19.689.737 R$ 1.517.368 R$ 21.207.104
Sub 0,050 UP3 Ipojuca R$ 3.405.712 R$ 38.347 R$ 3.444.060 Abastecimento Res. Particular R$ 266 R$ 1.009.370 R$ 1.009.636
Captações de água Lançamentos R$ 26.757.213 Captações de água Lançamentos R$ 6.953.213 UP4 Sirinhaem R$ 1.275.582 R$ 8.919 R$ 1.284.502
Estabelecimento Comercial R$ 564 R$ 233.855 R$ 234.419
Lanç UP5 Una R$ 2.707.655 R$ 11.082 R$ 2.718.737
0,0012
R$ 19.774.387 R$ 6.982.826 R$ 4.814.342 R$ 2.139.381 UP6 Mundau R$ 374.701 R$ 20.892 R$ 395.593 Lavanderia R$ 342 R$ 13.519 R$ 13.860
UP7 Ipanema R$ 73.116 R$ 7.345 R$ 80.461 Escritório R$ 0 R$ 8.261 R$ 8.261
R$/m 3
UP8 Moxoto R$ 0 R$ 419.606 R$ 419.606 Escola R$ 0 R$ 63.868 R$ 63.868
Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total UP9 Pajeu R$ 53.802 R$ 182.602 R$ 236.404 Restaurante R$ 0 R$ 4.015 R$ 4.015
Sup 0,054 UP10 Terra Nova R$ 448 R$ 58.541 R$ 58.989 Hotel R$ 312 R$ 82.109 R$ 82.421
R$ 33.325.742 R$ 6.810.077 R$ 10.430.585 - UP11 BrIgida R$ 167.015 R$ 49.021 R$ 216.037
Hospital R$ 0 R$ 58.864 R$ 58.864
Sub 0,075 UP12 Garcas R$ 0 R$ 399 R$ 399
Captações de água Lançamentos R$ 40.135.819 Captações de água Lançamentos R$ 10.430.585 UP13 Pontal R$ 30 R$ 1.581 R$ 1.611 Posto de Combustível R$ 0 R$ 5.492 R$ 5.492
Lanç UP14 GL1 R$ 2.670.897 R$ 1.689.855 R$ 4.360.752 Irrigação R$ 1.209.308 R$ 75.372 R$ 1.284.680
0,0018 R$ 29.661.580 R$ 10.474.239 R$ 7.221.513 R$ 3.209.072 UP15 GL2 R$ 1.070.648 R$ 535.434 R$ 1.606.083 Irrigação de salvação R$ 142.793 R$ 0 R$ 142.793
UP16 GL3 R$ 0 R$ 23.245 R$ 23.245 Pecuária R$ 1.215 R$ 8.955 R$ 10.171
UP17 GL4 R$ 154.830 R$ 1.919 R$ 156.749
R$/m 3 Indústria R$ 921.306 R$ 1.176.869 R$ 2.098.175
Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total UP18 GL5 R$ 111.041 R$ 0 R$ 111.041
UP19 GL6 R$ 221 R$ 0 R$ 221 Empresa Comercialização de Água R$ 1.084 R$ 144.540 R$ 145.624
Sup 0,072
R$ 44.434.323 R$ 9.080.102 R$ 13.907.447 - UP20 GI1 R$ 6.462 R$ 19.433 R$ 25.895 Terraplenagem R$ 25.078 R$ 0 R$ 25.078
Sub 0,10 UP21 GI2 R$ 0 R$ 15.868 R$ 15.868 Outros R$ 225.156 R$ 137.595 R$ 362.751
Captações de água Lançamentos R$ 53.514.425 Captações de água Lançamentos R$ 13.907.447 UP22 GI3 R$ 12 R$ 80.919 R$ 80.931 TOTAL R$ 22.217.161 R$ 4.540.051 R$ 26.757.213
Lanç UP28 GI9 R$ 0 R$ 2.243 R$ 2.243
0,0024
R$ 39.548.773 R$ 13.965.652 R$ 9.628.685 R$ 4.278.762 UP29 F. Noronha R$ 0 R$ 311 R$ 311
Sem definição R$ 186 R$ 20.354 R$ 20.540
TOTAL R$ 22.217.161 R$ 4.540.051 R$ 26.757.213

Distribuição da arrecadação entre usos e UPs com


PPUs de Referência
USOS INDUSTRIAIS
USOS URBANOS 7,8%
85,3% USOS ANIMAIS
0,0% OUTROS
Outra 1,4%
6,8%
IRRIGAÇÃO
5,3%
Cobrança pelo uso de água

R$9
Milhões R$/ano

R$8
R$7
Categorias de uso de água

R$6
R$5
R$4 Usos Urbanos

Preços Públicos Unitários


R$/m3
PPU1
R$3
R$2
R$1
Usos Industriais
Usos Animais
Irrigação
AVALIAÇÕES DA DESTINAÇÃO DA
Outros
R$-

ARRECADAÇÃO
Fernando de…

Captação superficial (PPUcap,sup) 0,036


Una

Terra Nova

GI1
GI2
GI3
GI4
GI5
GI6
GI7
GI8
GI9
GL1
GL2
GL3
GL4
GL5
GL6
Sirinhaem

Moxoto
Mundau

Pajeu
Capibaribe

Pontal

Sem definição
Ipojuca

Ipanema

Garcas
Goiana

BrIgida

Captação subterrânea (PPUcap, sub) 0,050


Uso Vazão de Diluição (PPUlanç) 0,0012 Unidades de Planejamento Hídrico (UP)

Captação, irrigação salvação e


CUSTEIO DA APAC UP Nome vazão de diluição
Custeio
APAC
Arrecadação Arrecadação- Custeio/
com cobrança Custeio Arrecadação
O&M INFRAESTRUTURA
Superficial Subterrânea Total
UP1
UP2
Goiana
Capibaribe
531,90
2.049,11
14,24
174,23
546,14
2.223,34
R$ 198.762 R$ 2.460.141 R$ 2.261.379
R$ 809.161 R$ 9.036.798 R$ 8.227.637
8,08%
8,95%
HIDRÁULICA
Distribuição do UP3
UP4
UP5
Ipojuca
Sirinhaem
Una
824,90
327,41
721,61
9,30
0,30
2,44
834,20
327,71
724,05
R$ 303.597 R$ 3.444.060 R$ 3.140.463
R$ 119.267 R$ 1.284.502 R$ 1.165.235
R$ 263.510 R$ 2.718.737 R$ 2.455.227
8,82%
9,29%
9,69%
Estimativa do custo de operação e manutenção da
infraestrutura hidráulica de Pernambuco
UP6 Mundau 97,17 4,42 101,59 R$ 36.972 R$ 395.593 R$ 358.621 9,35%

Custeio da APAC UP7


UP8
Ipanema
Moxoto
19,32
0,00
1,49
64,49
20,81
64,49
R$ 7.572
R$ 23.471
R$ 80.461
R$ 419.606
R$ 72.889
R$ 396.135
9,41%
5,59%
UP9 Pajeu 14,45 35,16 49,61 R$ 18.056 R$ 236.404 R$ 218.348 7,64%
Custo O&M infraestrutura hidráulica CUSTO O&M INFRAESTRUTURA HIDRÁULICA EM PE
entre UPs UP10
UP11
UP12
Terra Nova
BrIgida
Garcas
0,01
14,77
0,00
4,00
7,98
0,08
4,01
22,75
0,08
R$ 1.460
R$ 8.280
R$ 29
R$ 58.989
R$ 216.037
R$ 399
R$ 57.529
R$ 207.757
R$ 370
2,47%
3,83%
7,20% Águas superficiais R$ 9.910/hm3
CLIMAS
FONTE VALOR 2017
T.Q. T. de
UP13 Pontal 0,01 0,22 0,23 R$ 82 R$ 1.611 R$ 1.529 5,09%
Águas subterrâneas R$ 16.220/hm3 CUSTO O&M T.Q. Seco T.Q. Sem
Recursos próprios (Fonte 0101): R$ 1.029.505 UP14 GL1 1.685,21 307,71 1.992,92 R$ 725.303 R$ 4.360.752 R$ 3.635.449 16,63% Subúmido Altitude
UP15 GL2 255,60 82,34 337,94 R$ 122.989 R$ 1.606.083 R$ 1.483.094 7,66% (Semiárido) Úmido definição
Recursos do FEHIDRO (Fonte R$ 679.737 UP16 GL3 0,00 5,82 5,82 R$ 2.119 R$ 23.245 R$ 21.126 9,11% FONTENELE, E.; ARAÚJO, J.C. Tarifa de Seco (Brejo)
0126): UP17 GL4 158,67 0,40 159,07 R$ 57.894 R$ 156.749 R$ 98.855 36,93% Água como Instrumento de Correção 100% 50% 25% 20% 100%
Recursos do Pró-Gestão (Fonte R$ 709.117 UP18 GL5 28,78 0,00 28,78 R$ 10.475 R$ 111.041 R$ 100.565 9,43% Planejamento dos Recursos Hídricos Infra superficial R$ 9.910 R$ 4.955 R$ 2.478 R$ 1.982 R$ 9.910
UP19 GL6 0,02 0,00 0,02 R$ 6 R$ 221 R$ 215 2,81% da Bacia do Jaguaribe – CE. Revista
0242): UP20 GI1 1,77 3,62 5,40 R$ 1.965 R$ 25.895 R$ 23.930 7,59% Infra subterrânea R$ 16.220 R$ 8.110 R$ 4.055 R$ 3.244 R$ 16.220
Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 32, n.
Custeio Total até 21/11/2017: R$ 2.369.110 UP21 GI2 0,00 1,70 1,70 R$ 620 R$ 15.868 R$ 15.249 3,90%
UP22 GI3 0,01 11,63 11,64 R$ 4.235 R$ 80.931 R$ 76.696 5,23%
2 p. 234-251, abr-jun. 2001
Atualização a 31/12/2017 R$ 2.716.003
UP23 GI4 0,00 0,00 0,00 R$ 0 R$ 0 R$ 0

ARRECADAÇÃO
UP24
UP25
GI5
GI6
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
R$ 0
R$ 0
R$ 0
R$ 0
R$ 0
R$ 0
Estimativa uso de água dos açudes de Pernambuco
PONTENCIAL UP26 GI7 0,00 0,00 0,00 R$ 0 R$ 0 R$ 0 Região % uso anual água/capacidade
UP27 GI8 0,00 0,00 0,00 R$ 0 R$ 0 R$ 0 Sertão 20%
1 R$ 26.757.213 UP28 GI9 0,00 0,41 0,41 R$ 149 R$ 2.243 R$ 2.094 6,64%
UP29 F. Noronha 0,00 0,09 0,09 R$ 33 R$ 311 R$ 278 10,68% Agreste 30%
Sem definição 0,00 0,00 0,00 R$ 0 R$ 20.540 R$ 20.540 0,00% Zona da Mata 55%
TOTAL 6.730,71 732,07 7.462,78 R$ 2.716.003 R$ 26.757.213 R$ 24.041.210 10,15%
Litoral 55%

APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA - CRH - 30/05/2018


Estimativa do custo O&M Infraestrutura Hidráulica Arrecadação Arrecadação- Custo O&M/
Aperfeiçoamentos demandados
Distribuição Custo O&M

UP// Nome
Açudes Águas Sup Águas Subt Total com cobrança Custo O&M Arrecadação
UP1 Goiana R$ 130.455 R$ 57.852 R$ 4.771 R$ 193.078 R$ 2.460.141 R$ 2.267.063 7,85%
UP2 Capibaribe R$ 2.850.460 R$ 585.583 R$ 39.464 R$ 3.475.508 R$ 9.036.798 R$ 5.561.290 38,46%
UP3 Ipojuca R$ 68.134 R$ 146.879 R$ 2.241 R$ 217.255 R$ 3.444.060 R$ 3.226.805 6,31%
UP4 Sirinhaem R$ 0 R$ 61.001 R$ 721 R$ 61.721 R$ 1.284.502 R$ 1.222.781 4,81% 1. Os corpos hídricos superficiais devem ser 5. Informações sobre irrigação: método,
UP5
UP6
Una
Mundau
R$ 361.722
R$ 0
R$ 157.268
R$ 25.962
R$ 1.594
R$ 2.638
R$ 520.583
R$ 28.600
R$ 2.718.737
R$ 395.593
R$ 2.198.154
R$ 366.993
19,15%
7,23%
enquadrados; manejo do solo e da irrigação:
entre UPs

UP7 Ipanema R$ 88.331 R$ 5.310 R$ 1.295 R$ 94.936 R$ 80.461 -R$ 14.475 117,99% 2. Os poços devem identificar as zonas em
UP8
UP9
Moxoto
Pajeu
R$ 0
R$ 0
R$ 0
R$ 5.045
R$ 86.364
R$ 44.578
R$ 86.364
R$ 49.623
R$ 419.606
R$ 236.404
R$ 333.241
R$ 186.781
20,58%
20,99% que se encontram; 6. Informações sobre irrigação de salvação:
UP10 Terra Nova R$ 149.897 R$ 123 R$ 72.754 R$ 222.774 R$ 58.989 -R$ 163.785 377,65%
UP11 Brígida R$ 0 R$ 25.543 R$ 9.941 R$ 35.485 R$ 216.037 R$ 180.552 16,43% 3. Informações sobre eficiência do 7. Informação sobre a pecuária: intensiva
UP12
UP13
Garças
Pontal
R$ 0
R$ 32.087
R$ 0
R$ 65
R$ 71
R$ 311
R$ 71
R$ 32.463
R$ 399
R$ 1.611
R$ 328
-R$ 30.852
17,82%
2.015,47% abastecimento público: uso per capita, ou extensiva;
UP14 GL1 R$ 30.185 R$ 100.499 R$ 71.277 R$ 201.961 R$ 4.360.752 R$ 4.158.790 4,63%
UP15 GL2 R$ 355.737 R$ 30.889 R$ 18.185 R$ 404.811 R$ 1.606.083 R$ 1.201.272 25,20%
perdas físicas e de faturamento: 8. Intensificar o cadastro e a outorga de
UP16
UP17
GL3
GL4
0
0
R$ 0
R$ 4.386
R$ 1.079
R$ 81
R$ 1.079
R$ 4.468
R$ 23.245
R$ 156.749
R$ 22.166
R$ 152.281
4,64%
2,85% 4. Informações sobre reuso e uso de águas usos de água;
UP18 GL5 0 R$ 3.082 R$ 0 R$ 3.082 R$ 111.041 R$ 107.959 2,78%
UP19 GL6 0 R$ 84 R$ 0 R$ 84 R$ 221 R$ 136 38,23% servidas no meio industrial; 9. Outorgar lançamento de efluentes;
UP20 GI1 0 R$ 505 R$ 1.030 R$ 1.535 R$ 25.895 R$ 24.360 5,93%
UP21 GI2 0 R$ 0 R$ 391 R$ 391 R$ 15.868 R$ 15.478 2,46% 10. Calcular custos O&M reais.
UP22 GI3 0 R$ 4 R$ 10.597 R$ 10.602 R$ 80.931 R$ 70.329 13,10%
UP28 GI9 0 R$ 0 R$ 379 R$ 379 R$ 2.243 R$ 1.864 16,89%
UP29 F. Noronha 0 R$ 0 R$ 14 R$ 14 R$ 311 R$ 297 4,57%
Sem definição 0 R$ 0 R$ 0 R$ 0 R$ 20.540 R$ 20.540 0,00%
TOTAL R$ 4.067.007 R$ 1.210.080 R$ 369.776 R$ 5.646.864 R$ 26.757.213 R$ 21.110.349 21,10%

ABASTECIMENTO PÚBLICO

Impactos com PPUReferencial


Impactos da cobrança pelo uso da água nos Cobrança/ m3 sujeito a cobrança
(R$)
Cobrança/ Despesas Totais
Serviços - DTS (%)
Cobrança/tarifa média água e
esgoto (%)
PPU referencial
setores usuários – Adotou-se o PPUReferencial Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea Superficial Subterrânea
Mínimo R$ 0,057 R$ 0,071 0,09% 0,11% 0,10% 0,37%
Máximo R$ 0,121 R$ 0,239 8,04% 11,82% 13,00% 11,38%
Abastecimento Público Médio R$ 0,069 R$ 0,109 1,47% 2,00% 1,72% 1,66%

Indústria
Irrigação
Geração de Energia

INDÚSTRIA INDÚSTRIA
Custo
$/m3 Retirada de
Incremental/un
Atividade Econômica Principal Requerente outorgado água Unidade
idade
R$/m3 m3/unida R$/unidade

Impacto em alguns segmentos industriais mais 10.13-9-01 - Fabricação de produtos de carne SAO MATEUS FRIGORIFICO INDUSTRIAL LTDA 0,22 12,00 t produzida 2,65
Impacto nas indústrias

m3
com maiores outorgas

10.52-0-00 - Fabricação de laticínios AGROPECUÁRIA SERROTE REDONDO LTDA. 0,11


1,1 a 2,0 0,12 0,21
10.53-8-00 - Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis UNILEVER BRASIL GELADOS DO NORDESTE S/A 0,17 produzido
10.62-7-00 - Moagem de trigo e fabricação de derivados MOINHO CRUZEIRO DO SUL S/A 2,66 1,7 a 3,0 t produzida 4,52 7,97

relevantes em Pernambuco com PPUReferencial


10.66-0-00 - Fabricação de alimentos para animais MASTERFOODS BRASIL ALIMENTOS LTDA 0,13
com a PPURefrencial

10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto USINA CENTRAL OLHO D´ÁGUA S/A 0,13
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto USINA CRUANGI S/A 0,10
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto VALE VERDE EMPREENDIMENTOS AGRICOLAS LTDA 0,10 17 t produzida 2,21
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto ZIHUATANEJO DO BRASIL ACUCAR E ALCOOL LTDA 0,10
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto USINA UNIAO E INDÚSTRIA S/A 0,10
Incremento de Custos 10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto COMPANHIA AGRO INDUSTRIAL DE GOIANA CAIG 0,04
Setor produtivo Unidade % receita bruta 10.92-9-00 - Fabricação de biscoitos e bolachas GL INDÚSTRIA E DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS LTDA 0,13
R$/unidade 10.92-9-00-Fabricação de biscoitos e bolachas IND. DE ALIMENTOS BOM GOSTO LTDA 0,42 4,72 t produzida 1,97
10.94-5-00 - Fabricação de massas alimentícias NISSIN-AJINOMOTO ALIMENTOS -LTDA 0,04
Fabricação de Açúcar em Bruto 2,21 T de açúcar 0,18 11.13-5-02 - Fabricação de cervejas e chopes CERVEJARIA PETROPOLIS DE PERNAMBUCO 1,09
m3
11-13-5-02 - Fabricação de cervejas e chopes AMBEV - COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMERICAS 0,13 4,0 a 5,4 4,36 5,89
Fabricação de Álcool 0,20 T de cana processada 0,15 11-13-5-02 - Fabricação de cervejas e chopes INDUSTRIA DE BEBIDAS IGARASSU LTDA 0,13
produzido
17.21-4-00 - Fabricação de papel KLABIN S/A 0,29
Fabricação de cervejas e chopes 0,40 a 1,17 m3 bebida envasada Insignificante 17.21-4-00 - Fabricação de papel CELULOSE E PAPEL DE PERNAMBUCO S/A - CEPASA 0,10
10 a 46,3 t produzida 2,87 13,28
19.31-4-00 - Fabricação de álcool USINA SAO JOSE S/A 0,10
Produção de alumínio e suas ligas em formas 19.31-4-00 - Fabricação de álcool USIVALE INDUSTRIA E COMERCIO LTDA 0,10 t cana
0,73 T de alumínio 0,01 19.31-4-00 - Fabricação de álcool USINA PETRIBU S/A 0,10
2
processada
0,20
primárias 19.31-4-00 - Fabricação de álcool USINA BOM JESUS S/A 0,10
20.62-2-00 - Fabricação de produtos de limpeza e polimento INDUSTRIAS REUNIDAS RAYMUNDO DA FONTE S/A 0,13
Fabricação de vidro plano 0,2 a 3,4 T de vidro 0,02 a 0,38 20.62-2-00-Fabricação de produtos de limpeza e polimento UNILEVER BRASIL NORDESTE PRODUTOS DE LIMPEZA S.A. 0,13
1,2 a 1,7 t produzida 0,16 0,22
20.71-1-00 - Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas AKZO NOBEL LTDA 0,13 1 t produzida 0,13
Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários 0,18 Veículo Insignificante 20.99-1-99 - Fabricação produtos químicos não especificados NORCOLA IND. LTDA 0,13 0,5 a 60 t produzida 0,06 7,79
21.10-6-00 - Fabricação de produtos farmoquímicos HEMOBRÁS – EMP. BRAS. HEMODERIVADOS E BIOTECNOLOGIA 0,13 312,5 t produzida 40,58
22.21-8-00 - Fabricação laminados planos+tubulares material plástico FORMILINE INDUSTRIA DE LAMINADOS LTDA 0,13
0,23 t produzida 0,04
22.22-6-00 - Fabricação de embalagens de material plástico FIABESA GUARARAPES S/A 0,18
23.11-7-00 - Fabricação de vidro plano e de segurança COMPANHIA BRASILEIRA DE VIDROS PLANOS - CBVP 0,02
0,3 a 10 t produzida 0,10 3,39
23.11-7-00-Fabricação de vidro plano e de segurança COMPANHIA INDUSTRIAL DE VIDROS - CIV 0,34
23.20-6-00 - Fabricação de cimento VOTORANTIM CIMENTOS N/NE SA 0,13 0,08 a 0,4 t produzida 0,01 0,05
23.49-4-01 - Fabricação de material sanitário de cerâmica DURATEX S.A 0,13 0,0471 peça 0,006
24.23-7-02 - Produção de laminados longos de aço, exceto tubos GERDAU AÇOS LONGOS S/A 0,03 33,6 t produzida 0,92
24.41-5-01 - Produção de alumínio e suas ligas em formas primárias ALCOA ALUMINIO S.A 0,13 1,24 a 3,5 t produzida 0,16 0,45
24.51-2-00 - Fundição de ferro e aço SIMISA - SIMIONI METALURGICA LTDA 0,13 5 t produzida 0,65
29.42-5-00 - Fabricação de peças e acessórios para os sistemas de
MUSASHI DO BRASIL LTDA 0,25 1,39 t produzida 0,35
marcha e transmissão de veículos automotores

APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA - CRH - 30/05/2018


IRRIGAÇÃO

Cobrança nos maiores usuários de irrigação, supondo irrigação


Impacto com PPUReferencial por aspersão convencional com com PPUReferencial
Agreste Central Zona da Mata Litoral
Clima Tropical COT Cobrança Cobrança/ Cobrança Cobrança/ Outorga Cobrança
Cultura Método MAIORES IRRIGANTES R$/m3
Quente Total COT Total COT (hm3/ano) (R$/ano)
(R$/m3) (R$/m3) (%) (R$/m3) (%) COMPANHIA AGRO INDUSTRIAL DE GOIANA 11,99 231.106 0,02
Seco (Semiárido) MA R$1,10 0,0028 0,25% X X USINA PETRIBU S/A 1,71 70.444 0,04
Banana Sub-úmido Seco MA R$0,88 0,0028 0,32% 0,0086 0,98% VALE VERDE EMPR. AGRICOLAS LTDA 0,95 28.949 0,03
Úmido MA R$1,08 X X 0,0086 0,80% USINA SAO JOSE S/A 25,63 606.758 0,02
Sub-úmido Seco AC R$0,49 0,0042 0,85% 0,0130 2,64% USINA TRAPICHE S/A 1,28 27.152 0,02
Cana-de-açúcar UNA AÇÚCAR E ENERGIA 0,26 5.041 0,02
Úmido AC R$0,39 X X 0,0130 3,32%
Seco (Semiárido) MA R$4,05 0,0028 0,07% X X UNA AÇÚCAR E ENERGIA 0,26 5.041 0,02
Coco da baía USINA CRUANGI S/A 11,91 166.333 0,01
Úmido MA R$2,37 X X 0,0086 0,36%
Abacaxi Sub-úmido Seco AC R$4,55 0,0042 0,09% 0,0130 0,28% USINA SALGADO S/A 3,19 41.289 0,01
Milho Sub-úmido Seco AC R$0,31 0,0042 1,35% 0,0130 4,21% USINA MARAVILHA S/A 8,18 105.961 0,01
Cebola Seco (Semiárido) AC R$2,47 0,0042 0,17% X X USINA ESTRELIANA LTDA 3,56 46.169 0,01
Manga Seco (Semiárido) MA R$2,82 0,0028 0,11% X X USINA CENTRAL OLHO D´ÁGUA S/A 23,28 301.693 0,01
USINA MATARY S/A 10,61 137.515 0,01
MA: microaspersão; AC: aspersão convencional
USIVALE INDUSTRIA E COMERCIO LTDA 1,64 18.479 0,01

PISCICULTURA

Impacto no Piscicultura – Tanques Rede - Tilápias Conclusões Finais


Preço da Tilápia no Atacado (R$/kg) = 5,00 e PPUReferencial
 Setor Industrial menos impactado;  Setor Irrigação merece novas avaliações:
– Menor ainda deve ser este impacto devido – Necessidade de estudos adicionais,
às estimativas de lançamento de DBO preferentemente na parcela irrigada, para
estarem possivelmente superestimadas obter valores mais precisos.
para este setor.  Piscicultura: impactos entre 1,0% e 3,6%
 Setor Saneamento: em termos médios, dependendo da PPU e da escala de produção.
pequenos impactos com possibilidade de  Pequenas Centrais Hidrelétricas: é
repasses à conta do consumidor de água juridicamente possível cobrá-las?
potável; – o impacto é reduzido, pelo próprio
– Valores com altos impactos deverão ser mecanismo adotado, 0,75% do valor de
PPUReferencial(R$/m3) = 0,0012
verificados: podem ser erros de informação venda da energia.
ao SNIS ou grande ineficiência da
prestadora de serviços.

Obrigado pela atenção!

47

APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA - CRH - 30/05/2018


APÊNDICE V - IMPACTOS SANEAMENTO
ANEXO V – IMPACTO DA COBRANÇA SOBRE PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO SUBMETIDAS AOS
DIFERENTES VALORES DE PPU

O impacto da cobrança pelo uso de água, considerando os valores de

1) PPUs de referência,
2) PPUs multiplicados por 1,5 e
3) PPUs multiplicados por 2.

Os indicadores de impactos apresentados são:

1) Cobrança por m3 de água outorgada;


2) Cobrança como percentual das Despesas Totais do Serviço (DTS);
3) Cobrança como percentual da tarifa média de água e esgotos (TMAE).

Em alguns municípios não foram encontradas outorgas no banco de dados da APAC e


por esta razão não são apresentados os valores cobrados e os indicadores de impacto;
eles foram mantidos na relação, porém.

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.1
Quadro V.1 – Impacto da cobrança sobre as prestadoras de serviços de abastecimento público e esgotamento sanitário,
adotando-se o PPU referencial.
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
ABREU E LIMA COMPESA R$ 1.530.405 21,02 R$ 0,63 R$ 1,29 R$ 0,07 11,63% 5,66%
AFOGADOS DA INGAZEIRA COMPESA R$ 11.732 0,16 R$ 2,88 R$ 2,19 R$ 0,08 2,61% 3,43%
AFRANIO COMPESA R$ 4,13 R$ 3,97
AGRESTINA COMPESA R$ 36.451 0,57 R$ 7,78 R$ 4,45 R$ 0,06 0,83% 1,44%
AGUA PRETA SEPLAG/PROMATA R$ 1,02 R$ 1,08
AGUAS BELAS COMPESA R$ 16.440 0,23 R$ 4,59 R$ 3,28 R$ 0,07 1,56% 2,18%
ALAGOINHA COMPESA R$ 932,93 R$ 10,97
ALIANCA COMPESA R$ 45.593 0,63 R$ 0,96 R$ 1,55 R$ 0,07 7,57% 4,67%
ALTINHO COMPESA R$ 2,28 R$ 3,46
AMARAJI SERHE R$ 23.459 0,33 R$ 0,21 R$ 0,25 R$ 0,07 34,37% 29,00%
ANGELIM COMPESA R$ 2,06 R$ 3,80
ARACOIABA COMPESA R$ 3,36 R$ 2,86
ARARIPINA COMPESA R$ 8.638 0,13 R$ 5,43 R$ 4,16 R$ 0,07 1,25% 1,63%
ARCOVERDE COMPESA R$ 13.355 0,21 R$ 8,57 R$ 5,87 R$ 0,06 0,74% 1,08%
BARRA DE GUABIRABA COMPESA R$ 2,93 R$ 4,25
BARREIROS COMPESA R$ 272.264 3,83 R$ 1,22 R$ 1,21 R$ 0,07 5,81% 5,87%
BELEM DE MARIA COMPESA R$ 2,06 R$ 2,10
BELEM DE SAO FRANCISCO COMPESA R$ 1,60 R$ 3,72
BELO JARDIM COMPESA R$ 29.798 0,42 R$ 3,94 R$ 3,38 R$ 0,07 1,81% 2,11%
BETANIA COMPESA R$ 3,47 R$ 5,11
BEZERROS COMPESA R$ 49.859 0,70 R$ 2,19 R$ 2,07 R$ 0,07 3,26% 3,46%
BODOCO COMPESA R$ 5,10 R$ 4,40
BOM CONSELHO COMPESA R$ 3,43 R$ 4,29
BOM JARDIM COMPESA R$ 26.598 0,37 R$ 3,11 R$ 2,28 R$ 0,07 2,29% 3,13%
BONITO COMPESA R$ 1.332.017 19,64 R$ 1,75 R$ 3,03 R$ 0,07 3,87% 2,24%
BREJAO COMPESA R$ 1.717 0,03 R$ 6,55 R$ 5,34 R$ 0,06 0,93% 1,14%
BREJINHO COMPESA R$ 74,25 R$ 9,66
BREJO DA MADRE DE DEUS COMPESA R$ 158.272 2,22 R$ 10,37 R$ 9,76 R$ 0,07 0,69% 0,73%

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.2
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
BUENOS AIRES COMPESA R$ 48.787 0,68 R$ 0,63 R$ 0,89 R$ 0,07 11,33% 8,02%
BUIQUE COMPESA R$ 12.004 0,12 R$ 8,37 R$ 5,73 R$ 0,10 1,21% 1,76%
CABO DE SANTO AGOSTINHO COMPESA R$ 650.835 8,42 R$ 1,58 R$ 1,06 R$ 0,08 4,89% 7,30%
CABROBO COMPESA R$ 3,37 R$ 2,04
CACHOEIRINHA COMPESA R$ 1,86 R$ 7,11
CAETES COMPESA R$ 27,90 R$ 7,21
CALCADO COMPESA R$ 10,05 R$ 5,67
CALUMBI COMPESA R$ 2,89 R$ 2,07
CAMARAGIBE COMPESA R$ 0,60 R$ 0,95
CAMOCIM DE SAO FELIX COMPESA R$ 3,77 R$ 5,36
CAMUTANGA COMPESA R$ 1.387 0,02 R$ 3,59 R$ 5,13 R$ 0,08 2,12% 1,48%
CANHOTINHO COMPESA R$ 176.028 2,60 R$ 1,91 R$ 4,37 R$ 0,07 3,55% 1,55%
CAPOEIRAS COMPESA R$ 67,96 R$ 11,10
CARNAIBA COMPESA R$ 5,71 R$ 4,75
CARNAUBEIRA DA PENHA PREFEITURA R$ 35.874 0,21 R$ 0,17
CARPINA COMPESA R$ 2,00 R$ 2,70
CARUARU COMPESA R$ 238.750 3,63 R$ 2,38 R$ 2,89 R$ 0,07 2,76% 2,28%
CASINHAS COMPESA R$ 0,28 R$ 0,72
CATENDE ? R$ 900.836 12,61 R$ 0,57 R$ 0,52 R$ 0,07 12,55% 13,78%
CEDRO COMPESA R$ 1,92 R$ 2,88
CHA DE ALEGRIA COMPESA R$ 4.252 0,05 R$ 2,32 R$ 2,69 R$ 0,09 3,92% 3,39%
CHA GRANDE COMPESA R$ 26.732 0,39 R$ 1,91 R$ 3,04 R$ 0,07 3,55% 2,23%
CONDADO COMPESA R$ 47.857 0,67 R$ 1,58 R$ 2,05 R$ 0,07 4,52% 3,48%
CORRENTES COMPESA R$ 2,36 R$ 3,48
CORTES PREFEITURA R$ 32.056 0,50 R$ 2,32 R$ 0,42 R$ 0,06 2,75% 15,16%
CUMARU COMPESA R$ 6.827 0,08 R$ 2,43 R$ 1,27 R$ 0,09 3,74% 7,19%
CUPIRA COMPESA R$ 2,62 R$ 4,50
CUSTODIA COMPESA R$ 2,38 R$ 4,12
DORMENTES COMPESA R$ 4,38 R$ 7,80
ESCADA COMPESA R$ 900.836 12,61 R$ 1,49 R$ 1,81 R$ 0,07 4,80% 3,94%

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.3
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
EXU COMPESA R$ 9.911 0,10 R$ 2,25 R$ 3,68 R$ 0,10 4,43% 2,70%
FEIRA NOVA COMPESA R$ 2,43 R$ 3,49
FERNANDO DE NORONHA COMPESA R$ 4,93 R$ 7,18
FERREIROS COMPESA R$ 2,46 R$ 3,48
FLORES COMPESA R$ 3.516 0,04 R$ 3,03 R$ 3,73 R$ 0,09 2,84% 2,30%
FLORESTA COMPESA R$ 3,87 R$ 4,66
FREI MIGUELINHO COMPESA R$ 6,43 R$ 11,65
GAMELEIRA COMPESA
GARANHUNS COMPESA R$ 345.321 4,84 R$ 1,70 R$ 2,74 R$ 0,07 4,20% 2,61%
GLORIA DO GOITA COMPESA R$ 2,85 R$ 6,65
GOIANA COMPESA R$ 850.513 13,25 R$ 3,32 R$ 7,60 R$ 0,06 1,93% 0,84%
GRANITO GRANITO
GRAVATA COMPESA R$ 2,82 R$ 3,53
IATI PREFEITURA
IBIMIRIM COMPESA R$ 277.461 2,37 R$ 1,89 R$ 3,16 R$ 0,12 6,22% 3,72%
IBIRAJUBA COMPESA R$ 7,66 R$ 8,30
IGARASSU COMPESA R$ 1.212.738 17,04 R$ 3,25 R$ 1,39 R$ 0,07 2,19% 5,11%
IGUARACI COMPESA R$ 1.272 0,02 R$ 7,32 R$ 5,33 R$ 0,08 1,11% 1,52%
ITAMARACA COMPESA R$ 63.782 0,70 R$ 0,47 R$ 0,90 R$ 0,09 19,22% 10,13%
INAJA PREFEITURA R$ 27.260 0,14 R$ 0,19
INGAZEIRA COMPESA R$ 12,28 R$ 9,08
IPOJUCA COMPESA R$ 1.025.309 14,75 R$ 3,89 R$ 9,90 R$ 0,07 1,79% 0,70%
IPUBI COMPESA R$ 29.488 0,33 R$ 2,28 R$ 3,00 R$ 0,09 3,88% 2,96%
ITACURUBA COMPESA R$ 4,17 R$ 4,54
ITAIBA COMPESA R$ 1,16 R$ 2,92
ITAMBE PREFEITURA R$ 18.662 0,26 R$ 0,07
ITAPETIM COMPESA R$ 15.049 0,17 R$ 1.185,04 R$ 31,53 R$ 0,09 0,01% 0,29%
ITAPISSUMA COMPESA R$ 11.959 0,13 R$ 1,56 R$ 2,15 R$ 0,09 5,84% 4,24%
ITAQUITINGA COMPESA R$ 56.302 0,79 R$ 0,88 R$ 1,16 R$ 0,07 8,11% 6,16%
JABOATAO DOS GUARARAPES COMPESA R$ 218.840 3,10 R$ 1,54 R$ 1,49 R$ 0,07 4,58% 4,75%

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Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
JAQUEIRA SERHE
JATAUBA COMPESA
JATOBA COMPESA R$ 1,57 R$ 2,55
JOAO ALFREDO COMPESA R$ 43.791 0,61 R$ 0,87 R$ 2,50 R$ 0,07 8,19% 2,85%
JOAQUIM NABUCO COMPESA R$ 12.950 0,18 R$ 1,18 R$ 1,57 R$ 0,07 6,05% 4,55%
JUCATI COMPESA R$ 25,47 R$ 3,47
JUPI COMPESA R$ 17,49 R$ 1,78
JUREMA COMPESA R$ 2.839 0,04 R$ 5,14 R$ 5,59 R$ 0,08 1,58% 1,45%
LAGOA DO CARRO COMPESA R$ 313.266 4,39 R$ 2,01 R$ 2,84 R$ 0,07 3,55% 2,51%
LAGOA DE ITAENGA COMPESA R$ 2,63 R$ 4,12
LAGOA DO OURO COMPESA R$ 22.526 0,32 R$ 4,33 R$ 6,75 R$ 0,07 1,65% 1,06%
LAGOA DOS GATOS COMPESA R$ 3,73 R$ 3,71
LAGOA GRANDE COMPESA R$ 0,78 R$ 1,05
LAJEDO COMPESA R$ 2,87 R$ 2,47
LIMOEIRO COMPESA R$ 179.565 2,51 R$ 2,28 R$ 2,62 R$ 0,07 3,13% 2,73%
MACAPARANA COMPESA R$ 81.423 1,27 R$ 1,89 R$ 4,06 R$ 0,06 3,40% 1,58%
MACHADOS COMPESA R$ 3,62 R$ 5,44
MANARI COMPESA R$ 50.594 0,40 R$ 9,45 R$ 8,98 R$ 0,13 1,33% 1,40%
MARAIAL COMPESA R$ 267 0,00 R$ 4,51 R$ 4,27 R$ 0,07 1,50% 1,59%
MIRANDIBA COMPESA R$ 3.189 0,04 R$ 1,50 R$ 1,84 R$ 0,09 6,06% 4,94%
MOREILANDIA COMPESA R$ 3,72 R$ 2,95
MORENO COMPESA R$ 47.611 0,69 R$ 1,36 R$ 2,65 R$ 0,07 5,05% 2,59%
NAZARE DA MATA COMPESA R$ 83.674 1,20 R$ 2,78 R$ 2,73 R$ 0,07 2,51% 2,56%
OLINDA COMPESA R$ 0,99 R$ 1,41
OROBO COMPESA R$ 7.508 0,08 R$ 1,95 R$ 2,45 R$ 0,09 4,68% 3,71%
OROCO COMPESA R$ 2.870 0,03 R$ 1,66 R$ 1,29 R$ 0,09 5,48% 7,07%
OURICURI COMPESA R$ 10,37 R$ 5,60
PALMARES ? R$ 0,78 R$ 0,79
PALMEIRINA COMPESA R$ 2,16 R$ 2,68
PANELAS COMPESA R$ 2,43 R$ 4,19

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.5
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
PARANATAMA COMPESA R$ 9.493 0,13 R$ 5,36 R$ 2,84 R$ 0,07 1,40% 2,63%
PARNAMIRIM COMPESA R$ 266 0,00 R$ 2,72 R$ 4,73 R$ 0,06 2,23% 1,28%
PASSIRA COMPESA R$ 416 0,01 R$ 2,58 R$ 5,84 R$ 0,08 2,95% 1,30%
PAUDALHO COMPESA R$ 1.395 0,02 R$ 4,40 R$ 2,40 R$ 0,09 2,07% 3,79%
PAULISTA COMPESA R$ 216.680 2,52 R$ 0,67 R$ 1,12 R$ 0,09 12,76% 7,66%
PEDRA COMPESA R$ 30,20 R$ 2,31
PESQUEIRA COMPESA R$ 2.959 0,04 R$ 3,52 R$ 3,53 R$ 0,07 2,00% 2,00%
PETROLANDIA COMPESA R$ 1,05 R$ 2,84
PETROLINA COMPESA R$ 1.581 0,02 R$ 1,21 R$ 2,53 R$ 0,08 6,81% 3,26%
POCAO COMPESA R$ 1.220 0,02 R$ 43,10 R$ 10,06 R$ 0,07 0,17% 0,71%
POMBOS COMPESA R$ 1,69 R$ 4,34
PRIMAVERA COMPESA R$ 100.100 1,40 R$ 1,74 R$ 2,57 R$ 0,07 4,10% 2,78%
QUIPAPA COMPESA R$ 5.742 0,08 R$ 4,01 R$ 3,71 R$ 0,07 1,78% 1,93%
QUIXABA COMPESA R$ 8,57 R$ 7,03
RECIFE COMPESA R$ 22.275 0,15 R$ 1,76 R$ 1,40 R$ 0,15 8,69% 10,91%
RIACHO DAS ALMAS COMPESA R$ 7,22 R$ 4,67
RIBEIRAO COMPESA R$ 0,59 R$ 1,91
RIO FORMOSO COMPESA R$ 73.355 1,09 R$ 0,95 R$ 0,72 R$ 0,07 7,09% 9,39%
SAIRE COMPESA R$ 7.235 0,10 R$ 3,30 R$ 6,05 R$ 0,07 2,16% 1,18%
SALGADINHO COMPESA R$ 0,36 R$ 0,41
SALGUEIRO COMPESA R$ 5,00 R$ 3,27
SALOA COMPESA R$ 14,08 R$ 9,18
SANHARO COMPESA R$ 446 0,01 R$ 3,38 R$ 3,87 R$ 0,07 2,00% 1,75%
SANTA CRUZ COMPESA R$ 1.395 0,02 R$ 0,22 R$ 0,91 R$ 0,09 42,04% 9,95%
SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE COMPESA R$ 6.683 0,08 R$ 9,48 R$ 2,60 R$ 0,08 0,85% 3,11%
SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE COMPESA R$ 7,37 R$ 6,90
SANTA FILOMENA COMPESA R$ 6,16 R$ 6,61
SANTA MARIA DA BOA VISTA COMPESA R$ 1,17 R$ 1,78
SANTA MARIA DO CAMBUCA COMPESA R$ 3,84 R$ 6,94
SANTA TEREZINHA COMPESA R$ 5,39 R$ 6,15

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.6
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
SAO BENEDITO DO SUL COMPESA R$ 1,94 R$ 3,69
SAO BENTO DO UNA COMPESA R$ 1,54 R$ 2,72
SAO CAETANO COMPESA R$ 30.938 0,48 R$ 2,72 R$ 4,73 R$ 0,06 2,36% 1,36%
SAO JOAO COMPESA R$ 5,41 R$ 8,44
SAO JOAQUIM DO MONTE COMPESA R$ 3,22 R$ 4,32
SAO JOSE DA COROA GRANDE COMPESA R$ 111.041 1,55 R$ 1,20 R$ 2,20 R$ 0,07 5,96% 3,25%
SAO JOSE DO BELMONTE PREFEITURA R$ 1.495 0,02 R$ 9,14 R$ 0,09 1,00%
SAO JOSE DO EGITO PREFEITURA R$ 3.202 0,04 R$ 0,09
SAO LOURENCO DA MATA COMPESA R$ 3.908.932 55,17 R$ 0,89 R$ 0,85 R$ 0,07 7,99% 8,38%
SAO VICENTE FERRER COMPESA R$ 3,51 R$ 2,51
SERRA TALHADA COMPESA R$ 2,57 R$ 2,89
SERRITA COMPESA R$ 1.827 0,02 R$ 5,93 R$ 7,64 R$ 0,09 1,54% 1,19%
SERTANIA COMPESA R$ 10,83 R$ 5,97
SIRINHAEM COMPESA R$ 285.186 4,16 R$ 1,09 R$ 1,00 R$ 0,07 6,26% 6,84%
SOLIDAO COMPESA R$ 15.664 0,24 R$ 9,60 R$ 5,11 R$ 0,07 0,68% 1,28%
SURUBIM COMPESA R$ 2.726.480 42,46 R$ 6,70 R$ 5,12 R$ 0,06 0,96% 1,26%
TABIRA COMPESA R$ 90.524 0,99 R$ 0,93 R$ 2,00 R$ 0,09 9,79% 4,55%
TACAIMBO COMPESA R$ 3,31 R$ 4,82
TACARATU COMPESA R$ 80.491 0,64 R$ 1,50 R$ 3,11 R$ 0,13 8,38% 4,05%
TAMANDARE COMPESA R$ 103.944 1,45 R$ 0,59 R$ 1,08 R$ 0,07 12,15% 6,65%
TAQUARITINGA DO NORTE COMPESA R$ 14.426 0,20 R$ 33,88 R$ 9,53 R$ 0,07 0,21% 0,75%
TEREZINHA COMPESA R$ 469 0,01 R$ 4,84 R$ 3,49 R$ 0,07 1,47% 2,04%
TERRA NOVA COMPESA R$ 2,68 R$ 3,77
TIMBAUBA COMPESA R$ 349.309 4,89 R$ 1,68 R$ 1,72 R$ 0,07 4,26% 4,16%
TORITAMA COMPESA R$ 5,09 R$ 7,60
TRACUNHAEM COMPESA R$ 1.491 0,02 R$ 1,59 R$ 2,79 R$ 0,09 5,74% 3,27%
TRINDADE COMPESA R$ 1,98 R$ 4,53
TRIUNFO COMPESA R$ 27.025 0,38 R$ 14,73 R$ 8,28 R$ 0,07 0,48% 0,86%
TUPANATINGA PREFEITURA R$ 1.840 0,01 R$ 0,13
TUPARETAMA COMPESA R$ 384 0,00 R$ 5,67 R$ 6,90 R$ 0,08 1,43% 1,17%

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.7
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
VENTUROSA COMPESA R$ 2.590 0,04 R$ 209,16 R$ 15,16 R$ 0,07 0,03% 0,47%
VERDEJANTE COMPESA R$ 12.381 0,11 R$ 0,76 R$ 1,24 R$ 0,11 14,08% 8,70%
VERTENTE DO LERIO COMPESA R$ 12,35 R$ 12,59
VERTENTES COMPESA R$ 2,36 R$ 3,71
VICENCIA COMPESA R$ 828.034 11,59 R$ 1,00 R$ 0,94 R$ 0,07 7,16% 7,58%
VITORIA DE SANTO ANTAO COMPESA R$ 2,45 R$ 2,94
XEXEU SEPLAG/PROMATA R$ 0,86 R$ 0,65

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.8
Quadro V.2 – Impacto da cobrança sobre as prestadoras de serviços de abastecimento público e esgotamento sanitário,
adotando-se o PPU referencial multiplicado por 2.

Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/


Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
ABREU E LIMA COMPESA R$ 2.295.607 21,02 R$ 0,63 R$ 1,29 R$ 0,11 17,45% 8,49%
AFOGADOS DA INGAZEIRA COMPESA R$ 17.599 0,16 R$ 2,88 R$ 2,19 R$ 0,11 3,91% 5,15%
AFRANIO COMPESA R$ 4,13 R$ 3,97
AGRESTINA COMPESA R$ 54.676 0,57 R$ 7,78 R$ 4,45 R$ 0,10 1,24% 2,17%
AGUA PRETA SEPLAG/PROMATA R$ 1,02 R$ 1,08
AGUAS BELAS COMPESA R$ 24.660 0,23 R$ 4,59 R$ 3,28 R$ 0,11 2,34% 3,27%
ALAGOINHA COMPESA R$ 932,93 R$ 10,97
ALIANCA COMPESA R$ 68.389 0,63 R$ 0,96 R$ 1,55 R$ 0,11 11,35% 7,01%
ALTINHO COMPESA R$ 2,28 R$ 3,46
AMARAJI SERHE R$ 35.189 0,33 R$ 0,21 R$ 0,25 R$ 0,11 51,56% 43,50%
ANGELIM COMPESA R$ 2,06 R$ 3,80
ARACOIABA COMPESA R$ 3,36 R$ 2,86
ARARIPINA COMPESA R$ 12.958 0,13 R$ 5,43 R$ 4,16 R$ 0,10 1,87% 2,45%
ARCOVERDE COMPESA R$ 20.032 0,21 R$ 8,57 R$ 5,87 R$ 0,10 1,11% 1,62%
BARRA DE GUABIRABA COMPESA R$ 2,93 R$ 4,25
BARREIROS COMPESA R$ 408.397 3,83 R$ 1,22 R$ 1,21 R$ 0,11 8,72% 8,81%
BELEM DE MARIA COMPESA R$ 2,06 R$ 2,10
BELEM DE SAO FRANCISCO COMPESA R$ 1,60 R$ 3,72
BELO JARDIM COMPESA R$ 44.698 0,42 R$ 3,94 R$ 3,38 R$ 0,11 2,72% 3,17%
BETANIA COMPESA R$ 3,47 R$ 5,11
BEZERROS COMPESA R$ 74.788 0,70 R$ 2,19 R$ 2,07 R$ 0,11 4,89% 5,18%
BODOCO COMPESA R$ 5,10 R$ 4,40
BOM CONSELHO COMPESA R$ 3,43 R$ 4,29
BOM JARDIM COMPESA R$ 39.896 0,37 R$ 3,11 R$ 2,28 R$ 0,11 3,44% 4,70%
BONITO COMPESA R$ 1.998.026 19,64 R$ 1,75 R$ 3,03 R$ 0,10 5,81% 3,36%
BREJAO COMPESA R$ 2.576 0,03 R$ 6,55 R$ 5,34 R$ 0,09 1,39% 1,70%
BREJINHO COMPESA R$ 74,25 R$ 9,66

Contrato Código Data de Emissão Página


PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.9
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
BREJO DA MADRE DE DEUS COMPESA R$ 237.408 2,22 R$ 10,37 R$ 9,76 R$ 0,11 1,03% 1,10%
BUENOS AIRES COMPESA R$ 73.181 0,68 R$ 0,63 R$ 0,89 R$ 0,11 16,99% 12,03%
BUIQUE COMPESA R$ 18.006 0,12 R$ 8,37 R$ 5,73 R$ 0,15 1,81% 2,64%
CABO DE SANTO AGOSTINHO COMPESA R$ 976.252 8,42 R$ 1,58 R$ 1,06 R$ 0,12 7,33% 10,95%
CABROBO COMPESA R$ 3,37 R$ 2,04
CACHOEIRINHA COMPESA R$ 1,86 R$ 7,11
CAETES COMPESA R$ 27,90 R$ 7,21
CALCADO COMPESA R$ 10,05 R$ 5,67
CALUMBI COMPESA R$ 2,89 R$ 2,07
CAMARAGIBE COMPESA R$ 0,60 R$ 0,95
CAMOCIM DE SAO FELIX COMPESA R$ 3,77 R$ 5,36
CAMUTANGA COMPESA R$ 2.081 0,02 R$ 3,59 R$ 5,13 R$ 0,11 3,17% 2,22%
CANHOTINHO COMPESA R$ 264.042 2,60 R$ 1,91 R$ 4,37 R$ 0,10 5,33% 2,33%
CAPOEIRAS COMPESA R$ 67,96 R$ 11,10
CARNAIBA COMPESA R$ 5,71 R$ 4,75
CARNAUBEIRA DA PENHA PREFEITURA R$ 53.811 0,21 R$ 0,25
CARPINA COMPESA R$ 2,00 R$ 2,70
CARUARU COMPESA R$ 358.126 3,63 R$ 2,38 R$ 2,89 R$ 0,10 4,14% 3,41%
CASINHAS COMPESA R$ 0,28 R$ 0,72
CATENDE ? R$ 1.351.255 12,61 R$ 0,57 R$ 0,52 R$ 0,11 18,83% 20,67%
CEDRO COMPESA R$ 1,92 R$ 2,88
CHA DE ALEGRIA COMPESA R$ 6.378 0,05 R$ 2,32 R$ 2,69 R$ 0,14 5,88% 5,08%
CHA GRANDE COMPESA R$ 40.098 0,39 R$ 1,91 R$ 3,04 R$ 0,10 5,33% 3,35%
CONDADO COMPESA R$ 71.785 0,67 R$ 1,58 R$ 2,05 R$ 0,11 6,78% 5,22%
CORRENTES COMPESA R$ 2,36 R$ 3,48
CORTES PREFEITURA R$ 48.084 0,50 R$ 2,32 R$ 0,42 R$ 0,10 4,12% 22,74%
CUMARU COMPESA R$ 10.240 0,08 R$ 2,43 R$ 1,27 R$ 0,14 5,61% 10,78%
CUPIRA COMPESA R$ 2,62 R$ 4,50
CUSTODIA COMPESA R$ 2,38 R$ 4,12
DORMENTES COMPESA R$ 4,38 R$ 7,80

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Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
ESCADA COMPESA R$ 1.351.255 12,61 R$ 1,49 R$ 1,81 R$ 0,11 7,20% 5,91%
EXU COMPESA R$ 14.867 0,10 R$ 2,25 R$ 3,68 R$ 0,15 6,64% 4,05%
FEIRA NOVA COMPESA R$ 2,43 R$ 3,49
FERNANDO DE NORONHA COMPESA R$ 4,93 R$ 7,18
FERREIROS COMPESA R$ 2,46 R$ 3,48
FLORES COMPESA R$ 5.274 0,04 R$ 3,03 R$ 3,73 R$ 0,13 4,26% 3,46%
FLORESTA COMPESA R$ 3,87 R$ 4,66
FREI MIGUELINHO COMPESA R$ 6,43 R$ 11,65
GAMELEIRA COMPESA
GARANHUNS COMPESA R$ 517.981 4,84 R$ 1,70 R$ 2,74 R$ 0,11 6,30% 3,92%
GLORIA DO GOITA COMPESA R$ 2,85 R$ 6,65
GOIANA COMPESA R$ 1.275.770 13,25 R$ 3,32 R$ 7,60 R$ 0,10 2,90% 1,27%
GRANITO PREFEITURA
GRAVATA COMPESA R$ 2,82 R$ 3,53
IATI PREFEITURA
IBIMIRIM COMPESA R$ 416.191 2,37 R$ 1,89 R$ 3,16 R$ 0,18 9,33% 5,57%
IBIRAJUBA COMPESA R$ 7,66 R$ 8,30
IGARASSU COMPESA R$ 1.819.107 17,04 R$ 3,25 R$ 1,39 R$ 0,11 3,29% 7,66%
IGUARACI COMPESA R$ 1.907 0,02 R$ 7,32 R$ 5,33 R$ 0,12 1,66% 2,28%
ITAMARACA COMPESA R$ 95.673 0,70 R$ 0,47 R$ 0,90 R$ 0,14 28,83% 15,20%
INAJA PREFEITURA R$ 40.891 0,14 R$ 0,29
INGAZEIRA COMPESA R$ 12,28 R$ 9,08
IPOJUCA COMPESA R$ 1.537.964 14,75 R$ 3,89 R$ 9,90 R$ 0,10 2,68% 1,05%
IPUBI COMPESA R$ 44.233 0,33 R$ 2,28 R$ 3,00 R$ 0,13 5,82% 4,43%
ITACURUBA COMPESA R$ 4,17 R$ 4,54
ITAIBA COMPESA R$ 1,16 R$ 2,92
ITAMBE PREFEITURA R$ 27.993 0,26 R$ 0,11
ITAPETIM COMPESA R$ 22.573 0,17 R$ 1.185,04 R$ 31,53 R$ 0,14 0,01% 0,43%
ITAPISSUMA COMPESA R$ 17.939 0,13 R$ 1,56 R$ 2,15 R$ 0,14 8,76% 6,36%
ITAQUITINGA COMPESA R$ 84.453 0,79 R$ 0,88 R$ 1,16 R$ 0,11 12,16% 9,24%

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Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
JABOATAO DOS GUARARAPES COMPESA R$ 328.259 3,10 R$ 1,54 R$ 1,49 R$ 0,11 6,87% 7,12%
JAQUEIRA SERHE
JATAUBA COMPESA
JATOBA COMPESA R$ 1,57 R$ 2,55
JOAO ALFREDO COMPESA R$ 65.686 0,61 R$ 0,87 R$ 2,50 R$ 0,11 12,29% 4,28%
JOAQUIM NABUCO COMPESA R$ 19.424 0,18 R$ 1,18 R$ 1,57 R$ 0,11 9,07% 6,83%
JUCATI COMPESA R$ 25,47 R$ 3,47
JUPI COMPESA R$ 17,49 R$ 1,78
JUREMA COMPESA R$ 4.258 0,04 R$ 5,14 R$ 5,59 R$ 0,12 2,37% 2,17%
LAGOA DO CARRO COMPESA R$ 469.899 4,39 R$ 2,01 R$ 2,84 R$ 0,11 5,33% 3,77%
LAGOA DE ITAENGA COMPESA R$ 2,63 R$ 4,12
LAGOA DO OURO COMPESA R$ 33.789 0,32 R$ 4,33 R$ 6,75 R$ 0,11 2,47% 1,59%
LAGOA DOS GATOS COMPESA R$ 3,73 R$ 3,71
LAGOA GRANDE COMPESA R$ 0,78 R$ 1,05
LAJEDO COMPESA R$ 2,87 R$ 2,47
LIMOEIRO COMPESA R$ 269.348 2,51 R$ 2,28 R$ 2,62 R$ 0,11 4,69% 4,09%
MACAPARANA COMPESA R$ 122.135 1,27 R$ 1,89 R$ 4,06 R$ 0,10 5,10% 2,37%
MACHADOS COMPESA R$ 3,62 R$ 5,44
MANARI COMPESA R$ 75.892 0,40 R$ 9,45 R$ 8,98 R$ 0,19 2,00% 2,11%
MARAIAL COMPESA R$ 401 0,00 R$ 4,51 R$ 4,27 R$ 0,10 2,26% 2,38%
MIRANDIBA COMPESA R$ 4.784 0,04 R$ 1,50 R$ 1,84 R$ 0,14 9,09% 7,40%
MOREILANDIA COMPESA R$ 3,72 R$ 2,95
MORENO COMPESA R$ 71.417 0,69 R$ 1,36 R$ 2,65 R$ 0,10 7,57% 3,88%
NAZARE DA MATA COMPESA R$ 125.511 1,20 R$ 2,78 R$ 2,73 R$ 0,10 3,77% 3,84%
OLINDA COMPESA R$ 0,99 R$ 1,41
OROBO COMPESA R$ 11.262 0,08 R$ 1,95 R$ 2,45 R$ 0,14 7,01% 5,56%
OROCO COMPESA R$ 4.305 0,03 R$ 1,66 R$ 1,29 R$ 0,14 8,22% 10,60%
OURICURI COMPESA R$ 10,37 R$ 5,60
PALMARES ? R$ 0,78 R$ 0,79
PALMEIRINA COMPESA R$ 2,16 R$ 2,68

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Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
PANELAS COMPESA R$ 2,43 R$ 4,19
PARANATAMA COMPESA R$ 14.239 0,13 R$ 5,36 R$ 2,84 R$ 0,11 2,09% 3,95%
PARNAMIRIM COMPESA R$ 399 0,00 R$ 2,72 R$ 4,73 R$ 0,09 3,34% 1,92%
PASSIRA COMPESA R$ 624 0,01 R$ 2,58 R$ 5,84 R$ 0,11 4,42% 1,95%
PAUDALHO COMPESA R$ 2.093 0,02 R$ 4,40 R$ 2,40 R$ 0,14 3,11% 5,69%
PAULISTA COMPESA R$ 325.020 2,52 R$ 0,67 R$ 1,12 R$ 0,13 19,14% 11,50%
PEDRA COMPESA R$ 30,20 R$ 2,31
PESQUEIRA COMPESA R$ 4.439 0,04 R$ 3,52 R$ 3,53 R$ 0,11 3,01% 3,00%
PETROLANDIA COMPESA R$ 1,05 R$ 2,84
PETROLINA COMPESA R$ 2.371 0,02 R$ 1,21 R$ 2,53 R$ 0,12 10,21% 4,89%
POCAO COMPESA R$ 1.830 0,02 R$ 43,10 R$ 10,06 R$ 0,11 0,25% 1,06%
POMBOS COMPESA R$ 1,69 R$ 4,34
PRIMAVERA COMPESA R$ 150.150 1,40 R$ 1,74 R$ 2,57 R$ 0,11 6,15% 4,18%
QUIPAPA COMPESA R$ 8.613 0,08 R$ 4,01 R$ 3,71 R$ 0,11 2,67% 2,89%
QUIXABA COMPESA R$ 8,57 R$ 7,03
RECIFE COMPESA R$ 33.412 0,15 R$ 1,76 R$ 1,40 R$ 0,23 13,03% 16,36%
RIACHO DAS ALMAS COMPESA R$ 7,22 R$ 4,67
RIBEIRAO COMPESA R$ 0,59 R$ 1,91
RIO FORMOSO COMPESA R$ 110.032 1,09 R$ 0,95 R$ 0,72 R$ 0,10 10,63% 14,09%
SAIRE COMPESA R$ 10.852 0,10 R$ 3,30 R$ 6,05 R$ 0,11 3,25% 1,77%
SALGADINHO COMPESA R$ 0,36 R$ 0,41
SALGUEIRO COMPESA R$ 5,00 R$ 3,27
SALOA COMPESA R$ 14,08 R$ 9,18
SANHARO COMPESA R$ 668 0,01 R$ 3,38 R$ 3,87 R$ 0,10 3,01% 2,63%
SANTA CRUZ COMPESA R$ 2.093 0,02 R$ 0,22 R$ 0,91 R$ 0,14 63,06% 14,92%
SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE COMPESA R$ 10.024 0,08 R$ 9,48 R$ 2,60 R$ 0,12 1,28% 4,67%
SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE COMPESA R$ 7,37 R$ 6,90
SANTA FILOMENA COMPESA R$ 6,16 R$ 6,61
SANTA MARIA DA BOA VISTA COMPESA R$ 1,17 R$ 1,78
SANTA MARIA DO CAMBUCA COMPESA R$ 3,84 R$ 6,94

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.13
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
SANTA TEREZINHA COMPESA R$ 5,39 R$ 6,15
SAO BENEDITO DO SUL COMPESA R$ 1,94 R$ 3,69
SAO BENTO DO UNA COMPESA R$ 1,54 R$ 2,72
SAO CAETANO COMPESA R$ 46.407 0,48 R$ 2,72 R$ 4,73 R$ 0,10 3,54% 2,04%
SAO JOAO COMPESA R$ 5,41 R$ 8,44
SAO JOAQUIM DO MONTE COMPESA R$ 3,22 R$ 4,32
SAO JOSE DA COROA GRANDE COMPESA R$ 166.561 1,55 R$ 1,20 R$ 2,20 R$ 0,11 8,93% 4,88%
SAO JOSE DO BELMONTE PREFEITURA R$ 2.242 0,02 R$ 9,14 R$ 0,14 1,49%
SAO JOSE DO EGITO PREFEITURA R$ 4.804 0,04 R$ 0,14
SAO LOURENCO DA MATA COMPESA R$ 5.863.399 55,17 R$ 0,89 R$ 0,85 R$ 0,11 11,98% 12,57%
SAO VICENTE FERRER COMPESA R$ 3,51 R$ 2,51
SERRA TALHADA COMPESA R$ 2,57 R$ 2,89
SERRITA COMPESA R$ 2.741 0,02 R$ 5,93 R$ 7,64 R$ 0,14 2,30% 1,79%
SERTANIA COMPESA R$ 10,83 R$ 5,97
SIRINHAEM COMPESA R$ 427.778 4,16 R$ 1,09 R$ 1,00 R$ 0,10 9,39% 10,26%
SOLIDAO COMPESA R$ 23.495 0,24 R$ 9,60 R$ 5,11 R$ 0,10 1,02% 1,92%
SURUBIM COMPESA R$ 4.089.720 42,46 R$ 6,70 R$ 5,12 R$ 0,10 1,44% 1,88%
TABIRA COMPESA R$ 135.786 0,99 R$ 0,93 R$ 2,00 R$ 0,14 14,68% 6,83%
TACAIMBO COMPESA R$ 3,31 R$ 4,82
TACARATU COMPESA R$ 120.737 0,64 R$ 1,50 R$ 3,11 R$ 0,19 12,57% 6,08%
TAMANDARE COMPESA R$ 155.915 1,45 R$ 0,59 R$ 1,08 R$ 0,11 18,22% 9,98%
TAQUARITINGA DO NORTE COMPESA R$ 21.638 0,20 R$ 33,88 R$ 9,53 R$ 0,11 0,32% 1,12%
TEREZINHA COMPESA R$ 704 0,01 R$ 4,84 R$ 3,49 R$ 0,11 2,21% 3,07%
TERRA NOVA COMPESA R$ 2,68 R$ 3,77
TIMBAUBA COMPESA R$ 523.963 4,89 R$ 1,68 R$ 1,72 R$ 0,11 6,39% 6,24%
TORITAMA COMPESA R$ 5,09 R$ 7,60
TRACUNHAEM COMPESA R$ 2.236 0,02 R$ 1,59 R$ 2,79 R$ 0,14 8,61% 4,90%
TRINDADE COMPESA R$ 1,98 R$ 4,53
TRIUNFO COMPESA R$ 40.538 0,38 R$ 14,73 R$ 8,28 R$ 0,11 0,73% 1,29%
TUPANATINGA PREFEITURA R$ 2.760 0,01 R$ 0,19

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.14
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)
TUPARETAMA COMPESA R$ 577 0,00 R$ 5,67 R$ 6,90 R$ 0,12 2,14% 1,76%
VENTUROSA COMPESA R$ 3.885 0,04 R$ 209,16 R$ 15,16 R$ 0,11 0,05% 0,71%
VERDEJANTE COMPESA R$ 18.571 0,11 R$ 0,76 R$ 1,24 R$ 0,16 21,13% 13,05%
VERTENTE DO LERIO COMPESA R$ 12,35 R$ 12,59
VERTENTES COMPESA R$ 2,36 R$ 3,71
VICENCIA COMPESA R$ 1.242.052 11,59 R$ 1,00 R$ 0,94 R$ 0,11 10,74% 11,37%
VITORIA DE SANTO ANTAO COMPESA R$ 2,45 R$ 2,94
XEXEU SEPLAG/PROMATA R$ 0,86 R$ 0,65

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.15
Quadro V.2 – Impacto da cobrança sobre as prestadoras de serviços de abastecimento público e esgotamento sanitário,
adotando-se o PPU referencial multiplicado por 2.
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)

ABREU E LIMA COMPESA R$ 3.060.810 21,02 R$ 0,63 R$ 1,29 R$ 0,15 23,26% 11,33%
AFOGADOS DA INGAZEIRA COMPESA R$ 23.465 0,16 R$ 2,88 R$ 2,19 R$ 0,15 5,22% 6,87%
AFRANIO COMPESA R$ 4,13 R$ 3,97
AGRESTINA COMPESA R$ 72.901 0,57 R$ 7,78 R$ 4,45 R$ 0,13 1,65% 2,89%
AGUA PRETA SEPLAG/PROMATA R$ 1,02 R$ 1,08
AGUAS BELAS COMPESA R$ 32.881 0,23 R$ 4,59 R$ 3,28 R$ 0,14 3,11% 4,36%
ALAGOINHA COMPESA R$ 932,93 R$ 10,97
ALIANCA COMPESA R$ 91.185 0,63 R$ 0,96 R$ 1,55 R$ 0,15 15,14% 9,34%
ALTINHO COMPESA R$ 2,28 R$ 3,46
AMARAJI SERHE R$ 46.919 0,33 R$ 0,21 R$ 0,25 R$ 0,14 68,74% 58,00%
ANGELIM COMPESA R$ 2,06 R$ 3,80
ARACOIABA COMPESA R$ 3,36 R$ 2,86
ARARIPINA COMPESA R$ 17.277 0,13 R$ 5,43 R$ 4,16 R$ 0,14 2,50% 3,26%
ARCOVERDE COMPESA R$ 26.710 0,21 R$ 8,57 R$ 5,87 R$ 0,13 1,48% 2,17%
BARRA DE GUABIRABA COMPESA R$ 2,93 R$ 4,25
BARREIROS COMPESA R$ 544.529 3,83 R$ 1,22 R$ 1,21 R$ 0,14 11,62% 11,74%
BELEM DE MARIA COMPESA R$ 2,06 R$ 2,10
BELEM DE SAO FRANCISCO COMPESA R$ 1,60 R$ 3,72
BELO JARDIM COMPESA R$ 59.597 0,42 R$ 3,94 R$ 3,38 R$ 0,14 3,62% 4,23%
BETANIA COMPESA R$ 3,47 R$ 5,11
BEZERROS COMPESA R$ 99.718 0,70 R$ 2,19 R$ 2,07 R$ 0,14 6,52% 6,91%
BODOCO COMPESA R$ 5,10 R$ 4,40
BOM CONSELHO COMPESA R$ 3,43 R$ 4,29
BOM JARDIM COMPESA R$ 53.195 0,37 R$ 3,11 R$ 2,28 R$ 0,14 4,59% 6,27%
BONITO COMPESA R$ 2.664.034 19,64 R$ 1,75 R$ 3,03 R$ 0,14 7,74% 4,48%
BREJAO COMPESA R$ 3.435 0,03 R$ 6,55 R$ 5,34 R$ 0,12 1,85% 2,27%
BREJINHO COMPESA R$ 74,25 R$ 9,66
BREJO DA MADRE DE DEUS COMPESA R$ 316.544 2,22 R$ 10,37 R$ 9,76 R$ 0,14 1,38% 1,46%

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Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)

BUENOS AIRES COMPESA R$ 97.575 0,68 R$ 0,63 R$ 0,89 R$ 0,14 22,66% 16,04%
BUIQUE COMPESA R$ 24.008 0,12 R$ 8,37 R$ 5,73 R$ 0,20 2,41% 3,52%
CABO DE SANTO AGOSTINHO COMPESA R$ 1.301.669 8,42 R$ 1,58 R$ 1,06 R$ 0,15 9,78% 14,60%
CABROBO COMPESA R$ 3,37 R$ 2,04
CACHOEIRINHA COMPESA R$ 1,86 R$ 7,11
CAETES COMPESA R$ 27,90 R$ 7,21
CALCADO COMPESA R$ 10,05 R$ 5,67
CALUMBI COMPESA R$ 2,89 R$ 2,07
CAMARAGIBE COMPESA R$ 0,60 R$ 0,95
CAMOCIM DE SAO FELIX COMPESA R$ 3,77 R$ 5,36
CAMUTANGA COMPESA R$ 2.774 0,02 R$ 3,59 R$ 5,13 R$ 0,15 4,23% 2,96%
CANHOTINHO COMPESA R$ 352.056 2,60 R$ 1,91 R$ 4,37 R$ 0,14 7,10% 3,10%
CAPOEIRAS COMPESA R$ 67,96 R$ 11,10
CARNAIBA COMPESA R$ 5,71 R$ 4,75
CARNAUBEIRA DA PENHA PREFEITURA R$ 71.748 0,21 R$ 0,34
CARPINA COMPESA R$ 2,00 R$ 2,70
CARUARU COMPESA R$ 477.501 3,63 R$ 2,38 R$ 2,89 R$ 0,13 5,53% 4,55%
CASINHAS COMPESA R$ 0,28 R$ 0,72
CATENDE ? R$ 1.801.673 12,61 R$ 0,57 R$ 0,52 R$ 0,14 25,11% 27,56%
CEDRO COMPESA R$ 1,92 R$ 2,88
CHA DE ALEGRIA COMPESA R$ 8.504 0,05 R$ 2,32 R$ 2,69 R$ 0,18 7,85% 6,78%
CHA GRANDE COMPESA R$ 53.464 0,39 R$ 1,91 R$ 3,04 R$ 0,14 7,10% 4,47%
CONDADO COMPESA R$ 95.714 0,67 R$ 1,58 R$ 2,05 R$ 0,14 9,04% 6,96%
CORRENTES COMPESA R$ 2,36 R$ 3,48
CORTES PREFEITURA R$ 64.111 0,50 R$ 2,32 R$ 0,42 R$ 0,13 5,50% 30,32%
CUMARU COMPESA R$ 13.653 0,08 R$ 2,43 R$ 1,27 R$ 0,18 7,48% 14,37%
CUPIRA COMPESA R$ 2,62 R$ 4,50
CUSTODIA COMPESA R$ 2,38 R$ 4,12
DORMENTES COMPESA R$ 4,38 R$ 7,80
ESCADA COMPESA R$ 1.801.673 12,61 R$ 1,49 R$ 1,81 R$ 0,14 9,60% 7,88%

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Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)

EXU COMPESA R$ 19.823 0,10 R$ 2,25 R$ 3,68 R$ 0,20 8,85% 5,40%


FEIRA NOVA COMPESA R$ 2,43 R$ 3,49
FERNANDO DE NORONHA COMPESA R$ 4,93 R$ 7,18
FERREIROS COMPESA R$ 2,46 R$ 3,48
FLORES COMPESA R$ 7.032 0,04 R$ 3,03 R$ 3,73 R$ 0,17 5,69% 4,61%
FLORESTA COMPESA R$ 3,87 R$ 4,66
FREI MIGUELINHO COMPESA R$ 6,43 R$ 11,65
GAMELEIRA COMPESA
GARANHUNS COMPESA R$ 690.641 4,84 R$ 1,70 R$ 2,74 R$ 0,14 8,39% 5,22%
GLORIA DO GOITA COMPESA R$ 2,85 R$ 6,65
GOIANA COMPESA R$ 1.701.027 13,25 R$ 3,32 R$ 7,60 R$ 0,13 3,87% 1,69%
GRANITO PREFEITURA
GRAVATA COMPESA R$ 2,82 R$ 3,53
IATI IATI
IBIMIRIM COMPESA R$ 554.921 2,37 R$ 1,89 R$ 3,16 R$ 0,23 12,44% 7,43%
IBIRAJUBA COMPESA R$ 7,66 R$ 8,30
IGARASSU COMPESA R$ 2.425.476 17,04 R$ 3,25 R$ 1,39 R$ 0,14 4,38% 10,21%
IGUARACI COMPESA R$ 2.543 0,02 R$ 7,32 R$ 5,33 R$ 0,16 2,21% 3,04%
ITAMARACA COMPESA R$ 127.564 0,70 R$ 0,47 R$ 0,90 R$ 0,18 38,44% 20,27%
INAJA PREFEITURA R$ 54.521 0,14 R$ 0,38
INGAZEIRA COMPESA R$ 12,28 R$ 9,08
IPOJUCA COMPESA R$ 2.050.619 14,75 R$ 3,89 R$ 9,90 R$ 0,14 3,58% 1,40%
IPUBI COMPESA R$ 58.977 0,33 R$ 2,28 R$ 3,00 R$ 0,18 7,77% 5,91%
ITACURUBA COMPESA R$ 4,17 R$ 4,54
ITAIBA COMPESA R$ 1,16 R$ 2,92
ITAMBE PREFEITURA R$ 37.325 0,26 R$ 0,14
ITAPETIM COMPESA R$ 30.097 0,17 R$ 1.185,04 R$ 31,53 R$ 0,18 0,02% 0,58%
ITAPISSUMA COMPESA R$ 23.918 0,13 R$ 1,56 R$ 2,15 R$ 0,18 11,68% 8,48%
ITAQUITINGA COMPESA R$ 112.605 0,79 R$ 0,88 R$ 1,16 R$ 0,14 16,22% 12,32%
JABOATAO DOS GUARARAPES COMPESA R$ 437.679 3,10 R$ 1,54 R$ 1,49 R$ 0,14 9,17% 9,49%

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Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)

JAQUEIRA SERHE
JATAUBA COMPESA
JATOBA COMPESA R$ 1,57 R$ 2,55
JOAO ALFREDO COMPESA R$ 87.581 0,61 R$ 0,87 R$ 2,50 R$ 0,14 16,38% 5,70%
JOAQUIM NABUCO COMPESA R$ 25.899 0,18 R$ 1,18 R$ 1,57 R$ 0,14 12,10% 9,10%
JUCATI COMPESA R$ 25,47 R$ 3,47
JUPI COMPESA R$ 17,49 R$ 1,78
JUREMA COMPESA R$ 5.677 0,04 R$ 5,14 R$ 5,59 R$ 0,16 3,15% 2,90%
LAGOA DO CARRO COMPESA R$ 626.532 4,39 R$ 2,01 R$ 2,84 R$ 0,14 7,10% 5,03%
LAGOA DE ITAENGA COMPESA R$ 2,63 R$ 4,12
LAGOA DO OURO COMPESA R$ 45.052 0,32 R$ 4,33 R$ 6,75 R$ 0,14 3,30% 2,12%
LAGOA DOS GATOS COMPESA R$ 3,73 R$ 3,71
LAGOA GRANDE COMPESA R$ 0,78 R$ 1,05
LAJEDO COMPESA R$ 2,87 R$ 2,47
LIMOEIRO COMPESA R$ 359.131 2,51 R$ 2,28 R$ 2,62 R$ 0,14 6,25% 5,45%
MACAPARANA COMPESA R$ 162.846 1,27 R$ 1,89 R$ 4,06 R$ 0,13 6,79% 3,17%
MACHADOS COMPESA R$ 3,62 R$ 5,44
MANARI COMPESA R$ 101.189 0,40 R$ 9,45 R$ 8,98 R$ 0,25 2,67% 2,81%
MARAIAL COMPESA R$ 535 0,00 R$ 4,51 R$ 4,27 R$ 0,14 3,01% 3,18%
MIRANDIBA COMPESA R$ 6.378 0,04 R$ 1,50 R$ 1,84 R$ 0,18 12,12% 9,87%
MOREILANDIA COMPESA R$ 3,72 R$ 2,95
MORENO COMPESA R$ 95.223 0,69 R$ 1,36 R$ 2,65 R$ 0,14 10,09% 5,18%
NAZARE DA MATA COMPESA R$ 167.348 1,20 R$ 2,78 R$ 2,73 R$ 0,14 5,02% 5,12%
OLINDA COMPESA R$ 0,99 R$ 1,41
OROBO COMPESA R$ 15.015 0,08 R$ 1,95 R$ 2,45 R$ 0,18 9,35% 7,42%
OROCO COMPESA R$ 5.740 0,03 R$ 1,66 R$ 1,29 R$ 0,18 10,96% 14,14%
OURICURI COMPESA R$ 10,37 R$ 5,60
PALMARES ? R$ 0,78 R$ 0,79
PALMEIRINA COMPESA R$ 2,16 R$ 2,68
PANELAS COMPESA R$ 2,43 R$ 4,19

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Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)

PARANATAMA COMPESA R$ 18.985 0,13 R$ 5,36 R$ 2,84 R$ 0,15 2,79% 5,27%


PARNAMIRIM COMPESA R$ 532 0,00 R$ 2,72 R$ 4,73 R$ 0,12 4,46% 2,56%
PASSIRA COMPESA R$ 832 0,01 R$ 2,58 R$ 5,84 R$ 0,15 5,90% 2,60%
PAUDALHO COMPESA R$ 2.790 0,02 R$ 4,40 R$ 2,40 R$ 0,18 4,14% 7,59%
PAULISTA COMPESA R$ 433.359 2,52 R$ 0,67 R$ 1,12 R$ 0,17 25,51% 15,33%
PEDRA COMPESA R$ 30,20 R$ 2,31
PESQUEIRA COMPESA R$ 5.918 0,04 R$ 3,52 R$ 3,53 R$ 0,14 4,01% 3,99%
PETROLANDIA COMPESA R$ 1,05 R$ 2,84
PETROLINA COMPESA R$ 3.162 0,02 R$ 1,21 R$ 2,53 R$ 0,16 13,61% 6,52%
POCAO COMPESA R$ 2.440 0,02 R$ 43,10 R$ 10,06 R$ 0,14 0,33% 1,42%
POMBOS COMPESA R$ 1,69 R$ 4,34
PRIMAVERA COMPESA R$ 200.200 1,40 R$ 1,74 R$ 2,57 R$ 0,14 8,19% 5,57%
QUIPAPA COMPESA R$ 11.485 0,08 R$ 4,01 R$ 3,71 R$ 0,14 3,56% 3,85%
QUIXABA COMPESA R$ 8,57 R$ 7,03
RECIFE COMPESA R$ 44.549 0,15 R$ 1,76 R$ 1,40 R$ 0,31 17,38% 21,81%
RIACHO DAS ALMAS COMPESA R$ 7,22 R$ 4,67
RIBEIRAO COMPESA R$ 0,59 R$ 1,91
RIO FORMOSO COMPESA R$ 146.709 1,09 R$ 0,95 R$ 0,72 R$ 0,13 14,18% 18,79%
SAIRE COMPESA R$ 14.470 0,10 R$ 3,30 R$ 6,05 R$ 0,14 4,33% 2,36%
SALGADINHO COMPESA R$ 0,36 R$ 0,41
SALGUEIRO COMPESA R$ 5,00 R$ 3,27
SALOA COMPESA R$ 14,08 R$ 9,18
SANHARO COMPESA R$ 891 0,01 R$ 3,38 R$ 3,87 R$ 0,14 4,01% 3,51%
SANTA CRUZ COMPESA R$ 2.790 0,02 R$ 0,22 R$ 0,91 R$ 0,18 84,08% 19,90%
SANTA CRUZ DA BAIXA VERDE COMPESA R$ 13.366 0,08 R$ 9,48 R$ 2,60 R$ 0,16 1,71% 6,22%
SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE COMPESA R$ 7,37 R$ 6,90
SANTA FILOMENA COMPESA R$ 6,16 R$ 6,61
SANTA MARIA DA BOA VISTA COMPESA R$ 1,17 R$ 1,78
SANTA MARIA DO CAMBUCA COMPESA R$ 3,84 R$ 6,94
SANTA TEREZINHA COMPESA R$ 5,39 R$ 6,15

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.20
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)

SAO BENEDITO DO SUL COMPESA R$ 1,94 R$ 3,69


SAO BENTO DO UNA COMPESA R$ 1,54 R$ 2,72
SAO CAETANO COMPESA R$ 61.876 0,48 R$ 2,72 R$ 4,73 R$ 0,13 4,72% 2,72%
SAO JOAO COMPESA R$ 5,41 R$ 8,44
SAO JOAQUIM DO MONTE COMPESA R$ 3,22 R$ 4,32
SAO JOSE DA COROA GRANDE COMPESA R$ 222.081 1,55 R$ 1,20 R$ 2,20 R$ 0,14 11,91% 6,50%
SAO JOSE DO BELMONTE PREFEITURA R$ 2.990 0,02 R$ 9,14 R$ 0,18 1,99%
SAO JOSE DO EGITO PREFEITURA R$ 6.405 0,04 R$ 0,18
SAO LOURENCO DA MATA COMPESA R$ 7.817.865 55,17 R$ 0,89 R$ 0,85 R$ 0,14 15,97% 16,77%
SAO VICENTE FERRER COMPESA R$ 3,51 R$ 2,51
SERRA TALHADA COMPESA R$ 2,57 R$ 2,89
SERRITA COMPESA R$ 3.654 0,02 R$ 5,93 R$ 7,64 R$ 0,18 3,07% 2,38%
SERTANIA COMPESA R$ 10,83 R$ 5,97
SIRINHAEM COMPESA R$ 570.371 4,16 R$ 1,09 R$ 1,00 R$ 0,14 12,53% 13,68%
SOLIDAO COMPESA R$ 31.327 0,24 R$ 9,60 R$ 5,11 R$ 0,13 1,36% 2,56%
SURUBIM COMPESA R$ 5.452.960 42,46 R$ 6,70 R$ 5,12 R$ 0,13 1,92% 2,51%
TABIRA COMPESA R$ 181.048 0,99 R$ 0,93 R$ 2,00 R$ 0,18 19,57% 9,10%
TACAIMBO COMPESA R$ 3,31 R$ 4,82
TACARATU COMPESA R$ 160.982 0,64 R$ 1,50 R$ 3,11 R$ 0,25 16,76% 8,11%
TAMANDARE COMPESA R$ 207.887 1,45 R$ 0,59 R$ 1,08 R$ 0,14 24,30% 13,31%
TAQUARITINGA DO NORTE COMPESA R$ 28.851 0,20 R$ 33,88 R$ 9,53 R$ 0,14 0,42% 1,50%
TEREZINHA COMPESA R$ 938 0,01 R$ 4,84 R$ 3,49 R$ 0,14 2,95% 4,09%
TERRA NOVA COMPESA R$ 2,68 R$ 3,77
TIMBAUBA COMPESA R$ 698.617 4,89 R$ 1,68 R$ 1,72 R$ 0,14 8,51% 8,32%
TORITAMA COMPESA R$ 5,09 R$ 7,60
TRACUNHAEM COMPESA R$ 2.982 0,02 R$ 1,59 R$ 2,79 R$ 0,18 11,48% 6,53%
TRINDADE COMPESA R$ 1,98 R$ 4,53
TRIUNFO COMPESA R$ 54.050 0,38 R$ 14,73 R$ 8,28 R$ 0,14 0,97% 1,73%
TUPANATINGA PREFEITURA R$ 3.680 0,01 R$ 0,25
TUPARETAMA COMPESA R$ 769 0,00 R$ 5,67 R$ 6,90 R$ 0,16 2,86% 2,35%

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-V.21
Empresa/Prefeit Cobrança Outorga DTS TMAE Cobrança/ Cobrança/ Cobrança/
Município
ura (R$/ANO) (HM3/ANO) (R$/M3) (R$/M3) M3 DTS (%) TMAE (%)

VENTUROSA COMPESA R$ 5.180 0,04 R$ 209,16 R$ 15,16 R$ 0,14 0,07% 0,94%


VERDEJANTE COMPESA R$ 24.761 0,11 R$ 0,76 R$ 1,24 R$ 0,22 28,17% 17,39%
VERTENTE DO LERIO COMPESA R$ 12,35 R$ 12,59
VERTENTES COMPESA R$ 2,36 R$ 3,71
VICENCIA COMPESA R$ 1.656.069 11,59 R$ 1,00 R$ 0,94 R$ 0,14 14,32% 15,17%
VITORIA DE SANTO ANTAO COMPESA R$ 2,45 R$ 2,94
XEXEU SEPLAG/PROMATA R$ 0,86 R$ 0,65

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APÊNDICE IV - CUSTOS OPERACIONAIS CULTURAS IRRIGADAS
Apêndice VI – Custo Operacional Total de culturas irrigadas
Quadro VI.1– Custos Operacionais Totais de diferentes culturas irrigadas na
bacia do rio São Francisco.
Custo
Município Cultura Operacional Cod. Ref.
Total (R$/ha)
Milho 4.181,0 (1)
Morada Nova de Minas Soja 2.711,3 (3)
Feijão 5.889,0 (4)
Milho 4.181,0 (1)
Pompéu Cana-de-açúcar 7.061,8 (6)
Feijão 5.889,0 (4)
Café 14.806,5 (8)
Cana-de-açúcar 7.061,8 (6)
Unaí Feijão 5.889,0 (4)
Milho 4.181,0 (1)
Soja 2.711,3 (3)
Abóbora 7.521,3 (15)
Café 14.806,5 (8)
Feijão 5.889,0 (4)
Ibiaí
Laranja 16.732,8 (9)
Capim 3.234,9 (10)
Quiabo 26.039,9 (11)
Jaíba Banana 13.478,8 (12)
Capim 3.234,9 (10)
Bom Jesus da Lapa
Melancia 9.799,7 (13)
Cebola 24.064,1 (14)
Hortaliças 24.984,1 (16)
Banana 13.478,8 (12)
Xique-Xique Cenoura 24.984,1 (16)
Mamona 1.845,2 (17)
Capim 3.234,9 (10)
Manga 33.116,6 (18)
Manga 33.116,6 (18)
Banana 13.478,8 (12)
Capim 3.234,9 (10)
Coco 16.726,0 (19)
Curaçá Maracujá 24.572,4 (20)
Cebola 24.064,1 (14)
Mamão S.I. -
Milho 3.936,5 (2)
Uva 93.500,0 (21)
Acerola S.I. -
Banana 13.478,8 (12)
Capim 3.234,9 (10)
Petrolina
Feijão 5.889,0 (4)
Maracujá 24.572,4 (20)
Uva 93.500,0 (21)
Banana 13.478,8 (12)
Capim 3.234,9 (10)
Côco 16.726,0 (19)
Glória
Feijão 1.689,1 (5)
Manga 33.116,6 (18)
Melancia 9.799,7 (13)
Arroz S.I. -
Igreja Nova
Cana de Açúcar 6.404,5 (7)

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PSHPE-01/2015 COB-PE-RT4-01.00-REV02 06/06/2018 A-VI.1
Fontes de informação:

(1) CONAB (2016). Milho cultura de verão, cultivado com Alta Tecnologia, safra 2015/2016, Unaí-
MG.
(2) CONAB (2016). Milho cultura de verão, cultivado com Alta Tecnologia, safra 2016/2017,
Barreiras-BA.
(3) CONAB (2016). Soja cultura de verão, cultivado com Alta Tecnologia, safra 2016/2017, Unaí-
MG.
(4) CONAB (2016). Irrigado com alta tecnologia, safra seca 2016/2016, Unaí-MG.
(5) CONAB (2016). Feijão, cultura de verão, cultivado com baixa tecnologia, safra 2016/2017, Irecê
- BA.
(6) FAEG (2016). Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás, produção de cana-de-
açúcar, Alta Produtividade, set/16.
(7) CONAB (2016). Cana-de-açúcar, Safra de Verão 2016/2017, São Miguel dos Campos-AL.
(8) CONAB (2016). Café Arábica semi-adensado, irrigado, safra 2016/2017, Manhuaçu-MG
(9) CONAB (2016). Laranja Pera, safra 2016/2017, Aparecida do Oeste - SP.
(10) ESALQ (2013). Custos de Implantação e Manutenção de Pastagens irrigadas. Atualizado em
28,97%, pela variação IGPM
(11) CONAB (2016). Quiabo, safra 2016/2017, GUIRICEMA-MG.
(12) CONAB (2016). Banana, safra 2016/2017, Bom Jesus da Lapa - BA.
(13) EMBRAPA (2010). Coeficientes Técnicos Embrapa, experimento 1 há em Curaçá. Valor
atualizado pelo IGP_M em 53%
(14) CONAB (2016). Cebola, safra 2016/2017, Piedade-SP.
(15) Lincon (2010). Pesquisador Embrapa, atualizado pelo IGPM em 61,7%
(16) Hortifruti Brasil (2011). Custo de Produção de Cenoura no Triangulo Mineiro, Safra Verão.
(17) EMBRAPA (2014). Cultivo da Mamona, baseado em indicadores CONAB (2012).
(18) CONAB (2016). Manga, safra de verão 2016/2017, Juazeiro-BA
(19) EMBRAPA (2016), Custo médio de produção de Côco, 142 pés/ha.
(20) CONAB (2016). safra 2016/2017. Coruripe-AL.
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Francisco, Safra 2008.

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