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FACULDADE DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA


RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório De Estágio Profissional


Electricidade De Moçambique
Área Do Serviço Cliente (ASC) - Beira

Edilson Luís João Muchanga

Supervisores:
Engª. Monica Fernando

Chimoio, Novembro 2023


Relatório apresentado à disciplina EEL409 – Estágio profissional
Coordenador do curso: Engo. Albertino Nassone
Supervisor do Estágio: Engo. Paia (Chefe do Departamento de Manutenção)
Supervisor do Estágio: Engo. Gabriel Titosse (Chefe do Departamento de Planeamento e
Estatística)
Supervisor da faculdade: Engª. Monica Fernando
Período da realização do estágio: 3 meses

Identificação:
Discente: Edilson Luís João Muchanga
Curso: Engenharia Electrotécnica
Local de Estágio: EDM ASC Beira (Departamento de Manutenção & Departamento de
planeamento e estatística)

________________________________
Edilson Luís João Muchanga
Estagiário - Departamento De Manutenção & Departamento de Planeamento e Estatística -
Empresa “EDM ASC BEIRA”
________________________________
Eng°. Gabriel Paia (Chefe do Departamento de Manutenção)
Supervisor do estágio - Departamento De Manutenção - Empresa “EDM ASC BEIRA”
________________________________
Eng° Gabriel Titosse (Chefe do Departamento de Planeamento e Estatística)
Supervisor do estágio - Departamento de Planeamento e Estatística - Empresa “EDM ASC
BEIRA”
________________________________
Engª. Monica Fernando
Supervisor da Faculdade – UCM – Faculdade de Engenharia – Chimoio
Agradecimentos

Em primeiro lugar agradecer a Deus por ter me dado saúde e forças para poder
realizar o estágio sem inconvenientes assim como durante a formação académica, por ter
permitido que tudo pudesse correr de forma saudável.
Aos meus Pais Luís João Muchanga e Laurinda Ernesto, aos meus irmãos Hamilton
Muchanga e Francis Muchanga, por terem me proporcionado toda a estrutura emocional e
meios de continuar meus estudos até aqui, por ter acompanhado atenciosamente a formação,
de forma a me sentir confortável durante a formação, foi de grande importância o seu total
apoio e por terem acreditado em mim.
Ao Eng°. Aníbal Barca péla oportunidade de poder estagiar na empresa Electricidade
de Moçambique ASC BEIRA.
Aos Engenheiro Gabriel Titosse, Celso Correia, Matos, Gabriel Paia, Jonito Jonas,
Mangoma, Sinava, Shoe, Rodrigues Matias pêlo suporte no pouco tempo que lhe coube, por
me orientar duma maneira muito sábia, humilde na transmissão de seus conhecimentos e
experiências.
Ao pessoal do Departamento de Manutenção na empresa EDM ASC BEIRA, por ter
me recebido de forma acolhedora e por terem me acompanhado durante o estágio criando um
ambiente saudável assim como amigável para que pudesse consolidar os conhecimentos
teóricos aos práticos.
A todos os meus amigos e colegas, pêlos bons momentos proporcionados, péla
paciência, pêlo companheirismo nos momentos difíceis e por acreditarem que poderia de
alguma forma chegar ate aqui.
Finalmente, a todos aqueles que estão ou estiveram directamente ou indirectamente ligados
durante o estágio assim como durante a formação.

Edilson Luís João Muchanga I


Índice
Agradecimentos..........................................................................................................................I

Figuras......................................................................................................................................IV

Tabelas......................................................................................................................................V

Abreviaturas.............................................................................................................................VI

1. Capítulo I - Introdução.......................................................................................................1

1.1. Introdução.......................................................................................................................1

1.2. Apresentação da empresa............................................................................................2

1.2.1. Como desenvolveu...............................................................................................2

1.2.2. Missão, Visão, Valores e Lema............................................................................3

1.2.3. Objectivos Estratégicos até 2030:........................................................................3

1.2.4. Avanços e retrocessos..........................................................................................3

1.2.5. Nova gestão da Empresa......................................................................................4

1.3. Objectivos....................................................................................................................5

1.3.1. Geral.....................................................................................................................5

1.3.2. Específico.............................................................................................................5

1.4. Importância do trabalho desenvolvido........................................................................6

2. Capítulo II – Revisão de literatura.....................................................................................7

2.1. Revisão Da Literatura.....................................................................................................7

2.2. Sistema Eléctrico De Potência.....................................................................................7

2.2.1. Geração................................................................................................................7

2.2.2. Transmissão..........................................................................................................8

2.2.3. Estacões de Transmissão......................................................................................8

2.2.4. SUB transmissão..................................................................................................8

2.2.5. Subestações Distribuidoras..................................................................................8

2.2.6. Distribuição..........................................................................................................9

2.3. Sistema De Distribuição De Energia Eléctrica............................................................9

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2.3.1. Divisão do Sistema de Distribuição de Energia Eléctrica.......................................9

2.4. Composição Do Sistema De Distribuição De Energia Eléctrica...............................11

2.4.1. Subestações de distribuição................................................................................11

2.4.2. Composição de uma subestação de distribuição................................................12

2.4.3. Equipamentos de Manobra.................................................................................13

2.4.4. Equipamentos para compensação de reactivos..................................................14

2.4.5. Equipamentos de protecção................................................................................15

2.5. Redes de distribuição primária ou de média tensão..................................................16

2.5.1. Configuração das redes de distribuição primária ou de média tensão...............16

2.5.2. Redes subterrâneas.............................................................................................16

2.5.3. Redes aéreas.......................................................................................................17

2.5.4. Constituição das redes de distribuição primária ou de média tensão.................19

2.6. Rede de distribuição secundária ou de baixa tensão.................................................21

2.6.1. Constituição das redes de distribuição secundária ou de baixa tensão..................22

2.6.2. Acessórios de montagem da rede de troçada.........................................................27

3. Capítulo III - Materiais e métodos (Actividades desenvolvidas).....................................28

3.1. Metodologia...............................................................................................................28

3.2. Descrição do material................................................................................................28

3.3. Relatórios semanais de actividades realizadas..........................................................29

3.3.1. Departamento de Manutenção...............................................................................29

3.3.2. Departamento de Planeamento e estatística.......................................................31

4. Capítulo IV - Conclusões.................................................................................................33

5. Bibliografia......................................................................................................................34

6. ANEXOS..........................................................................................................................37

Edilson Luís João Muchanga III


Figuras

Figura 1 Topologia típica de um SEP: geração, transmissão e distribuição..............................7


Figura 2 Sistema de distribuição de energia eléctrica..............................................................10
Figura 3 Subestação de distribuição 220/110/22/6.6kv Cidade de Dondo Província de Sofala.
..................................................................................................................................................11
Figura 4: Transformador de força 110/33kV...........................................................................12
Figura 5 Disjuntor de 400A de baixa tensão do PTs de distribuição.......................................13
Figura 6 Chave Seccionadora de 25kV....................................................................................14
Figura 7: Reactor com núcleo de ferro imerso em óleo...........................................................15
Figura 8: Pára-raios de MT......................................................................................................16
Figura 9 Linha subterrânea de MT de 6.6KV (Bairro dos pioneiros EN6 próximo a esquadra
da Massamba)...........................................................................................................................17
Figura 10 Rede aérea de MT (Linha de 22kv) Bairro da chota Cidade da Beira.....................18
Figura 11: Estrutura topológica da rede de energia eléctrica...................................................19
Figura 12 Isolador tipo pilar.....................................................................................................20
Figura 13: Condutores de alumínio com alma de aço (ACSR, do inglês)...............................20
Figura 14: Sistema de Aterramento..........................................................................................21
Figura 15: Posto de transformação ( PTs 345 22/0,4kV, bairro da Chota Cidade da beira.....22
Figura 16: Ligação a clientes a partir de uma rede aérea.........................................................23
Figura 17: Ligação a clientes a partir de uma rede aérea.........................................................24
Figura 18 Lâmpadas de Vapor de sódio Iluminação Publica Rua (JEAN...............................25
Figura 19 : Condutor troçada (1 – alma condutora em alumínio, 2 – isolamento em polietileno
reticulado)................................................................................................................................26
Figura 20 Rede BT em cabo troçada........................................................................................27

Edilson Luís João Muchanga IV


Tabelas

Tabela 1 Cabos de troçada com condutor de alumínio............................................................26


Tabela 2 Actividades realizadas durante os dias 07/08 á 25/08/23 (Fotos em anexo).............29
Tabela 3 Actividades realizadas durante os dias 28/08 á 22/09/23 (Fotos em anexo).............30
Tabela 4 Actividades realizadas durante os dias 28/08 á 22/09/23 (Fotos em anexo).............31
Tabela 5 Actividades realizadas durante os dias 16/10 á 01/11/23 (Fotos em anexo).............32

Edilson Luís João Muchanga V


Abreviaturas

FENG – Faculdade de Engenharia;

EDM – E.P. – Electricidade de Moçambique – Empresa Publica;

ASC – Área de serviço ao cliente;

DMR – Departamento de manutenção de redes;

SEP – Sistema eléctrico de potência;

DOR – Departamento de Operações;

PT’s – Posto de transformação de serviço;

PT’p – Posto de transformação privado

RBT - Redes de baixa tensão;

RMT – Redes de media tensão;

IP- Iluminação publica;

BT – Baixa tensão;

MT – Media tensão;

ACSR do inglês (Aluminum Conductor Steel Reinforced) - Condutor de alumínio reforçado


com alma de aço;

Edilson Luís João Muchanga VI


1. Capítulo I - Introdução
1.1. Introdução
O presente relatório de estágio é elaborado no âmbito da disciplina Estágio profissional, com
vista à conclusão da Licenciatura em Engenharia Electrotécnica na faculdade de engenharia
da Universidade de Católica de Moçambique (FENG), localizada em Chimoio.
O estágio foi realizado na empresa electricidade de Moçambique (EDM ASC BEIRA), nos
departamentos de manutenção, e o departamento de planeamento e estatista, na cidade da
beira província de Sofala.
Este estágio foi uma oportunidade de entrar em contacto com o mercado de trabalho, de
forma a complementar e aperfeiçoar as competências socioprofissionais através de uma
ligação entre a academia e o contacto com o mundo laboral.
Destaca-se, também, que este relatório de estágio se destina não só a descrever as actividades
desenvolvidas ao longo do estágio, mas também a apresentar uma relação entre o trabalho
realizado na empresa com todo o conhecimento adquirido durante a licenciatura.
Procurei atingir alguns objectivos pessoais, tais como, enquadramento e obtenção de técnicas
e habilidades usadas no quotidiano do mundo laboral com foco na área eléctrica, aprofundar
questões discutidas na academia, explorar a rica experiência técnico pratica dos funcionários
da empresa.
Este relatório está dividido em 5 partes:
I. Introdução (O local do estágio);
II. Revisão bibliográfica;
III. Materiais e Metodos;
IV. Conclusões.
Na primeira parte, retracta a introdução aonde são dados a conhecer a empresa acolhedora
(EDM ASC BEIRA).
Na segunda parte, que trata da revisão bibliográfica, são apresentados de forma sucinta
alguns conceitos importantes para a compreensão do leitor nos capítulos que se seguem.
No terceiro capítulo, “O local do estágio”, é brevemente apresentado a EDM como empresa e
detalhadamente o local do estágio propriamente dito, no caso, ASC BEIRA, sendo priorizado
o princípio de funcionamento dos equipamentos utilizados e os fenómenos que pude observar
no decorrer do estágio.

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O Quarto capítulo, “Principais actividades desenvolvidas” faz um retracto das principais
actividades desenvolvidas no estágio, tais como, as manutenções correctivas ou preventivas e
as obras realizadas.
E por último o capítulo “Conclusões” mostra a percepção do relator sobre o estágio no que
tange as ilações que advieram da realização do mesmo.

1.2. Apresentação da empresa

A EDM como Empresa Estatal foi criada em 27 de Agosto de 1977, há sensivelmente dois
anos depois da independência de Moçambique. O seu objectivo era o estabelecimento e a
exploração do serviço público de Produção, Transporte e Distribuição de energia eléctrica.
Uma das suas primeiras tarefas foi a de agregar todos os centros de produção num corpo
único, de modo a melhorar a satisfação das necessidades de energia eléctrica para o
desenvolvimento da agricultura, indústria, serviços e consumo doméstico, nas condições
difíceis de então.
A EDM herdou um património constituído por equipamento das mais variadas origens,
modelos e tipos, em estado precário, e salvo raras excepções, sem aprovisionamento de peças
sobressalentes necessárias e adequadas. Ao mesmo tempo, a competência e capacidade
profissional eram limitadas e os poucos técnicos qualificados existentes começaram a
abandonar a Empresa.

1.2.1. Como desenvolveu

Em face disso, as acções imediatas da EDM visaram:


 A reposição do aprovisionamento adequado;
 A procura e recrutamento interno e externo de técnicos qualificados; A promoção de
um maior número de acções de formação profissional, com apoio externo; A
execução de acções de formação básica nas várias centrais, coordenado pêlo Serviço
de Formação da EDM; e, A mobilização de apoios externos no sentido de obtenção de
apoio técnico e financeiro. Em simultâneo, e tendo em conta a inflação pêlos custos
de combustíveis líquidos, a EDM começou a explorar outras possibilidades de
produção de energia eléctrica na base dos recursos hídricos existentes no País.

 Neste âmbito, vários projectos foram criados visando a redução do uso do gasóleo e o
estabelecimento de uma Rede Nacional de Transporte de Energia que permitisse

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maximizar o aproveitamento do potencial hídrico. A implementação destas aspirações
foi severamente condicionada péla má situação sócio-política da altura.

1.2.2. Missão, Visão, Valores e Lema

Missão
 Produzir, transportar, distribuir e comercializar energia eléctrica de boa qualidade, de
forma sustentável, para iluminar e potenciar a industrialização do país;

Visão
 Transformar a EDM numa Utilidade Inteligente e Sustentável, que dá acesso à energia
eléctrica de qualidade a cada moçambicano e exerce liderança no Mercado Regional;

Valores
 Integridade, Transparência, Igualdade, Competitividade e Espírito de Equipa;

Lema
 Iluminando a transformação de Moçambique;

1.2.3. Objectivos Estratégicos até 2030:

 Alcançar o acesso universal à energia eléctrica;


 Transformar Moçambique num pólo regional de energia eléctrica; e
 Alcançar a igualdade do género;

1.2.4. Avanços e retrocessos

A instabilidade sócio-política e económica não permitiu a realização dos programas para a


expansão da rede eléctrica nacional. O equipamento da EDM estava exposto às acções de
destruição resultantes do conflito armado, e a Empresa teve que concentrar a alocação dos
seus escassos recursos na reparação e reposição das infra-estruturas por forma a garantir o
fornecimento de energia eléctrica a todo custo, embora com baixo nível de fiabilidade.

Neste período que se estendeu por cerca de doze anos, a Empresa foi agraciada com uma
condecoração colectiva em reconhecimento dos seus feitos e aos esforços abnegados
empreendidos pêlos seus trabalhadores para manter os sistemas em funcionamento.

Na altura, o Estado prosseguiu na sua política fiscal, dentre outros serviços públicos, a

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disponibilização de electricidade para todo o povo a custo, muito baixo. Esta prática
prevaleceu anos, onde a produção e distribuição de energia eléctrica foi realizada a custos que
não eram recuperados no preço final ao consumidor. Como parte das consequências da
combinação de vários factores adversos, a qualidade da energia fornecida baixou. O princípio
da gestão Empresarial baseada no lucro foi descurado a favor da intervenção centralizada na
determinação dos preços.
A política tarifária não reflectia os custos do investimento e muito menos os de exploração da
Empresa, sendo estes, nalguns casos, suportados em pequena porção pêlo Orçamento Geral
do Estado, doadores e financiadores externos.

1.2.5. Nova gestão da Empresa

Foi dentro do contexto de Reestruturação da Economia do País que, em 1995, a EDM foi
transformada em Empresa Pública, através de Decreto 28/95 de 17 de Julho, herdando um
encargo do serviço da dívida associado a investimentos realizados e em curso de difícil
retorno do capital.
A "nova EDM" (EDM-E.P.), passou a orientar e desenvolver a sua actividade tendo sempre
em conta a melhoria da qualidade dos serviços ao cliente e a eficiente utilização de energia,
promovendo assim a sua imagem.
A Estrutura da EDM-E.P. organiza-se em quatro funções de comando em que há
responsabilidade funcional e controlo directo entre os Administradores e os seus Pelouros.
Com esta estrutura pretende-se assegurar a autonomia e descentralização operacionais
necessárias a um funcionamento dinâmico, permitindo, por outro lado, reduzir o peso
operacional da função dos Administradores fazendo com que estes se ocupem com assuntos
estratégicos dos negócios da Empresa.
Com a mudança do modo de gestão da Empresa, iniciou-se um trabalho de reorganização,
tomando em consideração os principais problemas, preocupações e constrangimentos de cada
momento, perspectivas e desafios bem como as orientações definidas para o sector eléctrico
no quadro do plano quinquenal do Governo.
As atenções focalizaram-se na reabilitação das infra-estruturas danificadas durante a guerra,
na melhoria da qualidade do serviço e na rentabilização económica e financeira da Empresa.
A este respeito salientam-se, entre outros, os seguintes objectivos estratégicos:
 A melhoria da qualidade dos serviços aos clientes
 A expansão da rede eléctrica doméstica e regional

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 O desenvolvimento institucional da EDM, em particular no concernente à criação de
uma força de trabalho produtiva e motivada
 A participação na exploração do potencial hídrico do País.
Para a satisfação desses objectivos foram lançadas as seguintes bases para a viabilização e a
modernização da Empresa:
 A reestruturação institucional da Empresa, assente na promoção da competência,
melhoria de gestão e desempenho;
 A criação de Direcções Regionais e Áreas Operacionais para tornar mais transparente
as áreas, funções e responsabilidades, delegando maior autonomia de decisão;
 A criação de Departamentos Comerciais e a expansão do sistema de facturação em
todas as Áreas Operacionais;
 Acções para tornar a EDM numa Empresa comercialmente viável, e para reduzir as
perdas de energia ao longo do sistema de produção, transporte, facturação e
cobranças.
Ao mesmo tempo, a EDM preparou-se para mais uma fase de expansão e consolidação,
resultante, por um lado, do crescimento económico do País e, por outro, da aprovação da Lei
de Electricidade abrindo-se assim a possibilidade de concorrência no sector eléctrico
nacional.
A melhoria do desempenho da Empresa passou péla concentração das suas actividades a
nível do seu objecto social, estando as actividades que não se enquadram neste âmbito,
estarem na perspectiva de serem exploradas em parceria com terceiros ou cedidas através da
simples alienação ou contractos de gestão.

1.3. Objectivos
1.3.1. Geral

 É objectivo deste relatório descrever de forma sucinta os trabalhos realizados durante


o estágio profissional na EDM ASC BEIRA.
1.3.2. Específico

 Auxiliar na compreensão de conteúdos teóricos, vistos sob ponto de vista prático;


 Relatar as principais actividades realizadas no estágio;

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1.4. Importância do trabalho desenvolvido

A realização do trabalho desenvolvido, visa a complementar os conhecimentos obtidos


durante a formação académica, descrevendo as actividades desenvolvidas durante o tempo
atribuído para a realização do estágio.
O trabalho desenvolvido é de total relevância para o estágio final da conclusão do curso,
portanto este foi feito de modo a suprir todas as exigências feitas. Contudo, uma vez que o
trabalho é de caracter avaliativo, este tem como objectivo me enquadrar a vida de um
profissional de electricidade, assim como familiarizar com o dia-a-dia de um profissional da
área.
Conciliar os conhecimentos teóricos obtidos durante a formação a sua prática na área
durante o período de estágio, esta aparece como a principal componente do estágio
profissional, uma vez que durante o tempo de estágio tive a oportunidade de presenciar
fenómenos antes só visto sob ponto de vista teórico e outros nunca antes visto.

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2. Capítulo II – Revisão De Literatura
2.1. Revisão Da Literatura
Como forma de introduzir a base conceitual relacionada às redes de distribuição secundaria,
particularmente o sistema de contagem de energia eléctrica e os fenómenos que
comprometem a sua integridade, o corrente capítulo apresenta teorias e métodos que são
usadas como base para o desenvolvimento do projecto, com informações encontradas em
literaturas.

2.2. Sistema Eléctrico De Potência

Sistema eléctrico de potência compreende a geração, a transmissão e a distribuição da energia


eléctrica, chegando ao alcance dos consumidores industriais, comerciais, prediais e
residenciais, empregando-se de diversos dispositivos e equipamentos. (Aguiar, 2020)
Segundo (Puertas & Nogueira), o SEP, pode ser, de uma forma simplificada, subdividido em
seguintes partes:
• Geração;
• Transmissão;
• Estações de Transmissão;
• SUB transmissão;
• Subestações Distribuidoras;
• Distribuição.

Figura 1 Topologia típica de um SEP: geração, transmissão e distribuição


Fonte: (Vasconcelos, 2017)

2.2.1. Geração

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A geração de energia eléctrica é realizada a partir da energia potencial da água nas centrais
hidreléctricas, da energia de combustíveis nas centrais termoeléctricas e de alternativas como
energia nuclear, energia eólica e energia solar. (Aguiar, 2020)
A geração tem como função principal converter as diversas formas de energia em energia
eléctrica.
2.2.2. Transmissão

A transmissão significa o transporte de energia eléctrica gerada nas centrais que se


encontram distantes até os centros consumo. O transporte da energia eléctrica é feito através
de linhas de transmissão, normalmente em alta tensão ou corrente alternada trifásica, com
uma capacidade de transmissão adequada. (Aguiar, 2020)
2.2.3. Estacões de Transmissão

Tendo em consideração a definição apresentada acima sobre o SEP e as partes que compõem
o mesmo, em cada parte deste, há a necessidade de se reduzir e elevar, de maneira adequada,
os níveis de tensão de maneira que o transporte de energia eléctrica seja económico e,
portanto, acessível. As subestações de energia eléctrica fazem a conexão de forma confiável e
segura o sistema eléctrico atendendo os diversos níveis de tensão ao longo de seu percurso.
(Souza, 2008)
A subestação ou estacão de transmissão, são instaladas junto às centrais geradoras. Elas
elevam a tensão para que a energia seja transportada aos centros de consumo de maneira
económica.
Sucede a isso pois, quanto maior o nível de tensão, menores são as perdas geradas no
transporte pêlo aquecimento dos condutores das linhas de transmissão (denominado por
efeito Joule). (Guimarães)
2.2.4. SUB transmissão

Segundo (KAGAN et al, 2005) como citado em (PEREIRA, 2012), os sistemas de SUB
transmissão são formados por linhas trifásicas com níveis de tensão na faixa de 138 kV ou 69
kV ou, ainda 34,5 kV, com capacidade de transporte elevadas potências por circuito.
Encarrega-se de transferir a energia eléctrica das subestações de SUB transmissão para as
subestações de distribuição. Os consumidores em tensão de SUB transmissão são as grandes
instalações industriais, estações de tratamento e de bombeamento de água.

2.2.5. Subestações Distribuidoras

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De acordo com a norma NBR 5460 como citado em (Matos, 2009), uma subestação de
distribuição é essencialmente uma subestação rebaixadora destinada à alimentação de um
sistema de distribuição. Assim sendo, sua função principal traduz-se em reduzir os níveis de
tensão de transmissão e/ou de SUB transmissão para níveis que asseguram a instalação
segura dos condutores que compõem o sistema de distribuição nas vias públicas adjacentes
aos centros de consumo secundário.
2.2.6. Distribuição

A distribuição é um fragmento do sistema eléctrico de potência que inicia nos disjuntores


secundários das subestações SE's e finda nos medidores de consumo de energia instalados
nos consumidores. (Puertas & Nogueira)

2.3. Sistema De Distribuição De Energia Eléctrica

Um sistema de distribuição eléctrica é uma série de circuitos eléctricos que fornece energia
em a proporção adequada para residências, empresas comerciais e instalações industriais.
Independentemente do tamanho e das aplicações, o objectivo final continua a ser universal: o
fornecimento económico e seguro de energia eléctrica adequada aos equipamentos eléctricos.
(Cutler-Hammer, 1999)
De acordo com o Decreto n o 10/2020 do (Conselho de Ministros, 2020), é a transmissão de
energia eléctrica com uma tensão abaixo de 66kv a partir das subestações abaixadoras,
postos de transformação ou postos de seccionamento às instalações que recebem e
transmitem a corrente eléctrica aos consumidores.
Depois de feito o transporte da Energia Eléctrica (EE) em alta tensão (AT), até às
subestações existentes nos centros de consumo, destas é feita distribuição, em várias linhas,
cada uma delas destinada a alimentar a sua zona. Das linhas de distribuição de alta tensão
(AT) são tiradas derivações para postos de transformação (PT) que transformam a energia
eléctrica (EE) para baixa tensão (BT), de forma a ser entregue ao utilizador. A tensão de
distribuição, a montante do PT situa-se na gama de 15 a 60 KV. A tensão de utilização (a
jusante dos PT) mais comum é de 400/230 V. Instalações de uma certa importância como
fábricas, hospitais e outros grandes edifícios têm geralmente PT próprios e, por vezes, mais
do que um. (Alves, 1999).

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2.3.1. Divisão do Sistema de Distribuição de Energia Eléctrica

Segundo (KAGAN et al, 2005) como citado em (PEREIRA, 2012), o sistema de distribuição
pode ser dividido em componentes como:
 Sistema de SUB transmissão;
 Subestação de distribuição;
 Sistema de distribuição primária;
 Estações transformadoras;
 Sistema de distribuição secundária.

Figura 2 Sistema de distribuição de energia eléctrica.


Fonte: (KAGAN et al, 2005) como citado em (PEREIRA, 2012)

 Sistema de distribuição primária


É a parte de um sistema de distribuição CA que opera em tensões um pouco mais altas do que
a utilização do consumidor residencial em geral. As tensões de distribuição primária mais
utilizadas na maioria dos países são de 11 kV, 6,6 kV e 3,3 kV. A distribuição primária lida
com grandes consumidores, como fábricas e indústrias. Também alimenta pequenas
subestações de onde é realizada a distribuição secundária. A distribuição primária é realizada
por sistema trifásico de 3 fios. (Daware)
As redes de distribuição primária, ou de média tensão, são construídas em circuitos eléctricos
trifásicos, normalmente nas faixas de tensão 15 kV, 23 kV, ou 34,5 kV.

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Essas redes surgem das subestações de distribuição e abrangem aos consumidores primários e
aos transformadores de distribuição, que suprem a rede secundária, ou de baixa tensão.
(KAGAN et al, 2005) como citado em (PEREIRA, 2012)
 Estacões de transformação
Segundo defende (Kagen, Oliveira, & Robba, 2000), são constituídas por transformadores
que fazem a redução da tensão primária, ou media tensão, para a de distribuição
secundaria ou baixa tensão.
 Sistema de distribuição secundária
Neste Sistema, a distribuição de energia eléctrica é feita em níveis de tensão mais reduzidos,
para o uso final, compreendendo entre 380 V / 400 V / 220 V / 127 V / etc. (Heldwein)

Os consumidores que compõem este grupo são os consumidores residenciais, pequenos


comércios e indústrias.

2.4. Composição Do Sistema De Distribuição De Energia Eléctrica

O sistema de distribuição de energia eléctrica é composto por:


 Subestações de distribuição;
 Redes de distribuição primária ou de média tensão;
 Redes de distribuição secundária ou de baixa tensão.
2.4.1. Subestações de distribuição

São supridas pélas redes de SUB transmissão, são responsáveis péla transformação das
tensões de SUB transmissão para as de distribuição primária. (Kagen, Oliveira, & Robba,
2000)

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Figura 3 Subestação de distribuição 220/110/22/6.6kv Cidade de Dondo Província de
Sofala.
Fonte (Autor, 2023)
2.4.2. Composição de uma subestação de distribuição

Segundo (Duailibe, 1999), uma subestação apresenta os seguintes equipamentos principais:


 Equipamentos de transformação: têm a finalidade de elevar ou reduzir os níveis de
tensão e corrente para realizar a transmissão, SUB transmissão, distribuição, consumo da
energia eléctrica e medição dos parâmetros de tensão e corrente.

Os equipamentos de transformação podem ser:


 Transformadores de força: Essencialmente, a função do transformador é elevar ou
rebaixar tensões de um nível nominal para outro do sistema eléctrico. (CUNHA,
2019)

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Figura 4: Transformador de força 110/33kV.

Fonte (Autor, 2023)


 Transformadores de instrumentos
Segundo defende (CUNHA, 2019) são projectados para fornecer dados eléctricos aos
instrumentos de medição, relés e outros dispositivos similares. Há basicamente dois tipos de
transformadores de instrumentação:
 Transformador de Potencial (TP): é conectado entre duas fases do sistema de
potência ou entre fase e terra e converte e tensão primária do circuito para uma tensão
normalizada mais baixa.
 Transformador de corrente (TC): é conectado em série com os barramentos do
sistema de potência e converte a corrente que flui no circuito primário numa corrente
proporcionalmente menor.
2.4.3. Equipamentos de Manobra

 Disjuntores: De acordo com o Decreto n.º 66/2011 do (Conselho de Ministros,


2011), é um aparelho de corte, comando e protecção, dotado de conveniente poder de
corte para correntes de curto-circuito e cuja actuação se pode produzir
automaticamente em condições predeterminadas.

Edilson Luís João Muchanga 13


Figura 5 Disjuntor de 400A de baixa tensão do PTs de distribuição

Fonte: (Autor 2023)


 Chaves seccionadores: são equipamentos que têm por finalidade a isolar
equipamentos ou zonas de barramento, ou ainda, partes de linhas de transmissão. Sua
operação é exclusivamente sem carga, ainda que podem operar sob tensão. (Duailibe,
1999)

Figura 6 Chave Seccionadora de 25kV.


Fonte (SIELECTRIC)

Edilson Luís João Muchanga 14


2.4.4. Equipamentos para compensação de reactivos

 Reactor de derivação ou série;


 Capacitor derivação ou série;
 Compensador síncrono;
 Compensador estático.
 Reactor
Os reactores de derivação são indutores que são usados para compensar a energia reactiva
capacitiva gerada por linhas de transmissão longas e de baixa carga, ou por cabos
subterrâneos, permitindo assim o fluxo de energia activa através do sistema e evitando picos.
Os reactores de derivação fornecem compensações indutivas. (Hilkar)

Figura 7: Reactor com núcleo de ferro imerso em óleo.

Fonte Siemens AG, 2005


Desses equipamentos, o que é mais utilizado nas subestações (SE’s) receptoras de pequeno e
médio porte é o capacitor de derivação. Assim, a abordagem do curso se concentra nesse
equipamento que tem por finalidade essencial a correcção do factor de potência no sistema
eléctrico. (Duailibe, 1999)
2.4.5. Equipamentos de protecção

 Pára-raios: dispositivo de protecção utilizados para proteger as instalações e


equipamentos dos sistemas de potência contra sobretensão do tipo atmosférico e de
manobra. (Dalrosso, 2011)

Edilson Luís João Muchanga 15


 Reles: são encarregados da retirada rápida do elemento (equipamento, barra ou seção
de linha) quando este está em curto-circuito ou operação anormal de funcionamento,
impedindo que o problema se propague a outros elementos do sistema. (Cotosck,
2007)
 Fusíveis: tem a função de proteger o circuito contra curtos, sendo também um
limitador de corrente de curto. (Duailibe, 1999)

Figura 8: Pára-raios de MT.

Fonte (Autor, 2023)


 Equipamentos de Medição: Constituem os instrumentos destinados a medir
grandezas tais como corrente, tensão, potência activa e reactiva, etc. (Duailibe, 1999)

2.5. Redes de distribuição primária ou de média tensão

Corresponde a redes de transmissão de energia eléctrica com tensão superior a 1kV e inferior
a 66kV e compreende a subestação de distribuição (ou subestação primária) e os
alimentadores primários. (Vasconcelos, 2017)

Edilson Luís João Muchanga 16


2.5.1. Configuração das redes de distribuição primária ou de média tensão

Segundo (Puertas & Nogueira), as redes de distribuição primária ou de média tensão podem
ser aéreas ou subterrâneas e apresentam as seguintes configurações:
2.5.2. Redes subterrâneas

Figura 9 Linha subterrânea de MT de 6.6KV (Bairro dos pioneiros EN6 próximo a


esquadra da Massamba)
Fonte (Autor 2023)
 Sistema em anel: análogo ao radial com recurso (descrito abaixo, no tocante à rede
aérea), dele difere pêlo fato de que todos os transformadores de distribuição estão
conectados a chaves que permitem a segregação dos mesmos no trecho do circuito
com defeito, assegurando o total restabelecimento do serviço, por meio de
alimentação pêlo circuito adjacente.

Edilson Luís João Muchanga 17


 Sistema radial selectivo: similar, em concepção, ao radial selectivo de rede aérea
(descrito abaixo), é recomendado para alimentação a cargas concentradas.
2.5.3. Redes aéreas

Figura 10 Rede aérea de MT (Linha de 22kv) Bairro da chota Cidade da Beira


Fonte (autor 2023)
 Sistema radial simples: empregado em áreas rurais e de carga rarefeita, onde os
requisitos de continuidade de serviço por parte dos consumidores não justificam arranjos
de maior complexidade. Neste sistema, quando da ocorrência de um defeito, é necessário
que se façam sua localização e seu reparo antes de processar o restabelecimento do
fornecimento.
 Sistema radial com recurso: é adoptado em áreas suburbanas de média densidade de
carga e permite, em caso de falha, o restabelecimento parcial ou total da alimentação aos
usuários, mediante sua transferência para circuitos adjacentes.

Edilson Luís João Muchanga 18


 Sistema radial selectivo: fornece aos consumidores duas alimentações, uma normal e a
outra de reserva. Em caso de defeito no circuito normal, a alimentação é transferida
manual ou automaticamente para a linha de reserva.
Como pode se verificar na figura abaixo, as configurações das redes aéreas de distribuição
primária: a) Rede radial; b) rede malhada; c) rede em anel com exploração radial.

Figura 11: Estrutura topológica da rede de energia eléctrica.

Fonte (Ferreira, 2018)

2.5.4. Constituição das redes de distribuição primária ou de média tensão

Segundo (BOLOTINHA, 2018)As redes aéreas de MT são constituídas pêlos seguintes


equipamentos e sistemas:
 Apoios
Os apoios definem-se como sendo elementos cuja função é suportar os condutores, podendo
ser metálicos, de betão armado, ou em certos casos para linhas de BT ser de madeira.
(Ferreira, 2018)
Apoio de derivação: apoio onde se estabelecem uma ou mais derivações de linha;
Apoio de alinhamento: apoio onde se estabelece que os dois vãos adjacentes estão no
prolongamento um do outro;
Apoio de ângulo: apoio situado num ângulo de linha originado por dois alinhamentos
diferentes;
Apoio de fim de linha: apoio capaz de suportar o esforço total dos condutores e cabos de
guarda (linhas de MT) de um só lado da linha;

Edilson Luís João Muchanga 19


Apoio de reforço: apoio que suporta esforços capaz de reduzir as consequências negativas,
em caso de ruptura de um cabo ou condutor;
Apoio de travessia ou de cruzamento: apoio que limita um vão ou cruzamento. Apoios
utilizados para fazer cruzamentos de linhas.
 Armação
Os armários de distribuição são usados como ponto de saída de alimentação das redes
eléctricas e a sua função é proteger e alimentar os circuitos da rede eléctrica que possuem.
Estes possuem barramentos de cobre, onde são fixos os triblocos, onde são colocados os
fusíveis para protecção dos circuitos de alimentação. (Ferreira, 2018)
 Isoladores
Segundo (QUARESMA, 2018) como citado em (GOME, GUIMARÃES, & AZEVEDO,
2022), os isoladores possuem função mecânica de suporte, fixação e de isolamento eléctrico
entre os condutores e as partes ligadas à terra nas linhas de transmissão de energia eléctrica.

Figura 12 Isolador tipo pilar


Fonte: (Germer Isoladores, 2019)

 Condutores
Os condutores definem-se como sendo elementos cuja função é conduzir a energia eléctrica,
podendo ser constituídos por um fio, ou por um conjunto de fios que podem ser de cobre,
alumínio e alumínio/aço. (Ferreira, 2018)
Os cabos ACSR (do inglês, Aluminum Conductor Steel Reinforced) são os mais
frequentemente usados nas linhas de transmissão e nas redes de distribuição primária. São
também chamados de CAA (alumínio com alma de aço), tendo o núcleo feito de aço
galvanizado e uma camada externa de alumínio. Diferentes combinações de aço e alumínio
proporcionam uma melhor resistência do cabo contra cargas de ruptura, não prejudicando a
sua capacidade (máxima capacidade de condução da corrente). (Vasconcelos, 2017)

Edilson Luís João Muchanga 20


Figura 13: Condutores de alumínio com alma de aço (ACSR, do inglês).

Fonte (Vasconcelos, 2017)

Condutor isolado: condutor revestido por uma ou várias camadas isolantes;


Condutor nu: condutor sem isolamento exterior;
Condutor unifilar: condutor constituído por um só fio;
Condutor multifilar: condutor constituído por vários fios não isolados entre si.
 Aparelhagem de seccionamento e corte
Aparelhos destinados a garantir a colocação fora de tensão de toda ou de parte de uma
instalação, separando-a, por razões de segurança, das instalações eléctricas. (Carvalho, 2014)
 Ligações a terra

De acordo com o Decreto n.º 66/2011 (Conselho de Ministros, 2011), ligação permanente
com a terra, realizada por condutores de terra e eléctrodos de terra.
Abaixo são apresentados alguns elementos de um sistema de aterramento: a)) Malha de
aterramento, b) Eléctrodos de terra.

Figura 14: Sistema de Aterramento.

Fonte (Autor, 2023)

Edilson Luís João Muchanga 21


2.6. Rede de distribuição secundária ou de baixa tensão

As redes de baixa tensão são instalações eléctricas de baixa tensão, destinadas à transmissão
de energia eléctrica a partir de um posto de transformação (ou de uma central geradora) para
os grandes, médios e pequenos consumidores. (Santos & Ferreira, 2004)
Os valores típicos para as redes de baixa tensão são os 400/230 V (trifásica e monofásica,
respectivamente). (Ferreira, 2018)

2.6.1. Constituição das redes de distribuição secundária ou de baixa tensão

Segundo (Cascalheira, 2017), as redes de baixa tensão são compostas pêlos seguintes
elementos:
 Postos de Transformação

De acordo com o Decreto n.º 66/2011 (Conselho de Ministros, 2011) , posto de


transformação é uma instalação de Alta Tensão destinada à transformação da corrente
eléctrica por um ou mais transformadores estáticos, quando a corrente secundária de todos os
transformadores for utilizada directamente nos receptores, podendo incluir condensadores
para compensação do factor de potência.

Edilson Luís João Muchanga 22


Figura 15: Posto de transformação ( PTs 345 22/0,4kV, bairro da Chota Cidade da
beira.

Fonte (Autor, 2023)


 Ramal de distribuição ou de ligação

Derivações através das quais é feita a interligação entre a rede secundária e as instalações
dos consumidores. (Puertas & Nogueira)
Canalização eléctrica, sem qualquer derivação que parte do quadro de um PT ou
canalização principal e termina numa portinhola, quadro de colunas ou no aparelho de
corte de entrada de uma instalação de utilização. (Santos & Ferreira, 2004)

Edilson Luís João Muchanga 23


Figura 16: Ligação a clientes a partir de uma rede aérea

Fonte (Cascalheira, 2017)

Figura 17: Ligação a clientes a partir de uma rede aérea

Fonte (Autor 2023)


 Iluminação pública

Considera-se uma instalação eléctrica de Iluminação Pública a que se destinar à iluminação


das vias públicas terrestres que fazem parte da Rede Regional e Rede Municipal. As
instalações eléctricas destinadas à iluminação de arruamentos, jardins públicos ou outros
espaços públicos de circulação de pessoas são enquadráveis no conceito de IP. (Lorenz,
2020)

Edilson Luís João Muchanga 24


Figura 18 Lâmpadas de Vapor de sódio Iluminação Publica Rua (JEAN
Fonte: (Autor 2023)
 Redes aéreas de baixa tensão

As redes aéreas são utilizadas apenas em zonas rurais e semiurbanas, usando cabos isolados
com condutores de alumínio, agrupados em feixe cableado, denominados cabos torçados,
apoiados em postes. (Cascalheira, 2017)

 Cabos g

Os condutores existentes nas redes aéreas de BT normalizados péla na área distribuição são
do tipo LXS.
Os traçados principais das redes BT são implementados através do uso dos condutores em
troçada de alumínio, onde as secções dos condutores variam consoante a carga associada ao
circuito e a distância das cargas a alimentar. (Cascalheira, 2017)
.
S (mm2) R20º Z Iz (A) Is (A)
(Ω/km) (Ω/km)
LXS 2 x 16 1,91 2,19 85 63
LXS 4 x 16 1,91 2,19 75 63
LXS 4 x 25+16 1,20 1,38 100 80
LXS 4 x 35 + 16 0,87 1,05 120 100

Edilson Luís João Muchanga 25


LXS 4 x 50 + 16 0,64 0,75 150 125
XS 4 x 70 + 16 0,44 0,49 190 160
LXS 4 x 70+2 x 16 0,44 0,49 190 160
Tabela 1 Cabos de troçada com condutor de alumínio
Fonte (Lorenz, 2020)

S - secção e tipo dos condutores


R -resistência electrifica, linear, dos condutores a 20 º C
Z - Impedância linear dos condutores
Iz -corrente máxima admissível nas condições de instalação
Is -corrente máxima de serviço, idêntica à corrente do fusível de protecção

Figura 19 : Condutor troçada (1 – alma condutora em alumínio, 2 – isolamento em


polietileno reticulado).
Fonte (Cascalheira, 2017)

 Postes

Estes têm função é suportar os condutores, na regra geral, os apoios de BT são de betão ou
em madeira. Um outro aspecto importante é a altura dos apoios sendo esta variável, em geral,
as alturas dos apoios são de 8 a 12 m para BT e de 14 a 26 m para MT. EDP Distribuição,
S.A. (2011) como citado em (Ferreira, 2018)

Edilson Luís João Muchanga 26


Figura 20 Rede BT em cabo troçada.
Fonte: (Autor 2023)

2.6.2. Acessórios de montagem da rede de troçada

Segundo (Lorenz, 2020), os principais acessórios que equipam as redes de troçada, são os
seguintes:
 Pinças de amarração
 Pinças de suspensão
 Ferragens (ferros alongadores e olhais com rosca)
 Uniões de cravação
 Ligadores bimetálicos
 Berços de guiamento
 Mangas termoretrácteis
 Capacetes termoretrácteis
 Caixas de seccionamento
 Braçadeiras BRP

Edilson Luís João Muchanga 27


3. Capítulo III - Materiais e Métodos (Actividades Realizadas)

Ao longo deste capítulo serão descritas todas as observações e trabalhos realizados ao longo
de todo o período de estágio profissional.
Porque o estágio teve uma duração de 90 dias e para facilitar a organização, este capítulo
juntará os trabalhos mais relevantes no período em alusão.
E será agrupado em subcapítulos as manutenções preventivas, manutenções correctivas, obras
realizadas e palestras de HST.

3.1. Metodologia

A metodologia usada para a elaboração deste relatório foi a observação participativa e


directa, onde para além de uma observação minuciosa houve muita interacção com os
técnicos experientes nas máquinas e processos observados. Para além do método já
mencionado, também foi usado o método “pesquisa exploratória” através do estudo e
pesquisa dos manuais disponíveis na central de Mavuzi.
Todas as actividades relevantes realizadas no decorrer do estágio foram devidamente
anotadas e posteriormente compiladas para serem descritas neste relatório
Porque muitas actividades realizadas eram feitas rotineiramente ou periodicamente elas foram
descritas apenas uma única vez neste relatório.

3.2. Descrição do material

O material usado durante o estágio foi de característica técnica para as actividades


desenvolvidas durante o período, contudo a destacar:
3.2.1. Material de segurança individual

 Mascaras – protecção para ambientes deficiência de oxigénio no ambiente e


contaminantes nocivos;
 Botas – protecção contra superfícies cortantes e abrasivas, objectos perfurantes,
substâncias químicas, e principalmente choque eléctrico;
Fato de protecção -
3.2.2. Material de trabalho

 Caixa de ferramenta – onde geralmente são armazenadas todas as ferramentas


usadas para o trabalho mecânico e eléctrico;

Edilson Luís João Muchanga 28


 Multímetro – instrumento de medição de grandezas eléctricas (para a medição de
tensão, corrente, potencia, etc.);

3.3. Relatórios semanais de actividades realizadas

O estágio foi realizado em dois diferentes sectores a saber:

3.3.1. Departamento de Manutenção

 A sua área de concentração foi os armazéns da EDM, aonde se encontram os 3 sectores


do departamento de manutenção

3.3.1.1. Sector de RBT - 3 Semanas;

Dias de semana Actividades desenvolvidas Carga Horaria


 Encastramento de Postes
Bairro da chota;
1 ª semana  Transferências de rede
Zona do Vaz; 7h30min - 15h30min
07 – 11/08/23  Transferência de rede no
bairro de Nhangau

 Troca e Transferência de
poste de betão acidentado
na zona de Macuti Próximo
ao semáforo;
2 ª semana
 Troca e Transferência de
7h30min - 15h30min
poste de madeira
14 – 18/08/23
acidentado, no bairro das
palmeiras atras da UCM -
FCS

 Substituição de ligadores
de baixa tensão por
ligadores de cobre/alumínio
no ramal dos bairros
macuti, munhava PT13,
3 ª semana Manga rua 3;
 Manutenção correctiva de 7h30min - 15h30min
21- 25/08/23 baixada no bairro
Muchatazina;
 Emendamento de cabos
rebentado no bairro da
pontageia

Tabela 2 Actividades realizadas durante os dias 07/08 á 25/08/23 (Fotos em anexo)

Edilson Luís João Muchanga 29


3.3.1.2. Sector de RMT – 4 semanas;

Dias de semana Actividades desenvolvidas Carga Horaria


 Corte de Arvores Para
passagem de Nova linha de
media tensão bairro da
4 ª semana
cerâmica;
7h30min - 15h30min
 Encastramento e aprumo de
28/08 – 01/09/23
postes de 12m de MT
bairro da cerâmica;

 Montagem das travessas e


isoladores no bairro da
cerâmica;
5 ª semana  Montagem dos cabos
ACSR de75mm numa 7h30min - 15h30min
04 –08 /09/23 extensão de 5km;
 Esticamento das linhas e
definição das flexas;

 Montagem de uma nova


linha no bairro da munhava
6 ª semana
matope;
7h30min - 15h30min
 Vistoria de PTp na quinta
11- 15/09/23
dos crocodilos;

 Manutenção correctiva de
cabo subterrâneo (caixa de
 7h30min -
7 ª semana juncão) de media tensão;
22h30min
 Montagem de caixa

18 – 22/09/23 terminal no PTp no bairro
do Estoril;

Tabela 3 Actividades realizadas durante os dias 28/08 á 22/09/23 (Fotos em anexo)

3.3.1.3. Sector de IP – 3 semanas.

Dias de semana Actividades desenvolvidas Carga Horaria


 Encastramento de Postes
Bairro da chota;
8 ª semana  Transferências de rede
Zona do Vaz; 7h30min - 15h30min
25 – 29/09/23  Transferência de rede no
bairro de Nhangau

9 ª semana  Troca e Transferência de 7h30min - 15h30min

Edilson Luís João Muchanga 30


poste de betão acidentado
na zona de Macuti Próximo
ao semáforo;
 Troca e Transferência de
poste de madeira
02 – 06/10/23
acidentado, no bairro das
palmeiras atras da UCM -
FCS

 Substituição de ligadores
de baixa tensão por
ligadores de cobre/alumínio
no ramal dos bairros
macuti, munhava PT13,
10 ª semana Manga rua 3;
 Manutenção correctiva de 7h30min - 15h30min
09- 13/10/23 baixada no bairro
Muchatazina;
 Emendamento de cabos
rebentado no bairro da
pontageia

Tabela 4 Actividades realizadas durante os dias 28/08 á 22/09/23 (Fotos em anexo)

3.3.2. Departamento de Planeamento e estatística

 A sua área de concentração foi os armazéns da EDM - SEDE, aonde funcionam diversos
departamentos, mas foco foi o departamento de planeamento e estatística, aonde foi
realizado o estágio nas últimas 2 semanas de estágio.

Dias de semana Actividades desenvolvidas Carga Horaria


 Visita de Inspecção a uma
obra de PTp, no bairro de
11 ª semana Nhamizua;
 Inspecção, obra de linha de 8h30min - 15h30min
16 – 20/10/23 media tensão (22KV), no
bairro da Munhava;

12ª semana  Visita da Obra da linha 7h30min - 15h30min


Dono Nhamizua com
23/10 – 01/11/23 extensão de 11Kk;
 Visita de Inspecção do
Subestação de
subtrasmissão N°1;
 Visita de Inspecção do PTs
N° 7;

Edilson Luís João Muchanga 31


 Fim do estágio;

 Elaboração do relatório
02/11 – 03/11/23
Tabela 5 Actividades realizadas durante os dias 16/10 á 01/11/23 (Fotos em anexo)

Edilson Luís João Muchanga 32


4. Capítulo IV - Conclusões

Findo o estágio e a elaboração deste relatório, pude concluir que os mesmos contribuíram de
grande maneira para o enriquecimento da minha formação académica como engenheiro
electrotécnico e estes (o estágio em si e o seu relatório) dotaram-me de conhecimentos e
habilidades técnico-profissionais capazes de garantir a minha competência e confiança para
realizar trabalhos de engenharia com eficiência e eficácia e assim como o respeito pelas
técnicas e normas de segurança para a realização destes trabalhos
Concluí também que este estágio contribuiu para a minha familiarização e adequação a
ambientes laborais e empresariais (Como ser e estar dentro de uma empresa). E ajudou-me a
compreender o sistema energético nacional.
E recomendo a empresa Electricidade de Moçambique (EDM) a continuar a sua belíssima
iniciativa de receber e partilhar experiências com estudantes.

Edilson Luís João Muchanga 33


5. Bibliografia

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Edilson Luís João Muchanga 36


ANEXOS

Pinça de amarração.

Pinça de suspensão de baixada e Ligador de baixa tensão.

Edilson Luís João Muchanga 37


Poste acidentado no bairro da Palmeiras atras de UCM FCS

Edilson Luís João Muchanga 38


Ramal de Ligação a cliente de baixa tensão

Edilson Luís João Muchanga 39


Processo de Substituição dos ligadores PC2 Por Ligadores Metálicos Cobre Alumínio

Edilson Luís João Muchanga 40


Colocação das mangas de isolamento dos ligadores

Edilson Luís João Muchanga 41


\
Resultado final Apos compressão das mangas de isolamento usando maçarico

Edilson Luís João Muchanga 42


Substituição de Poste de Betão armado acidentado, por Outro de madeira

Edilson Luís João Muchanga 43


Processo de Emendamento de cabo de rede de BT

Edilson Luís João Muchanga 44


Corte de arvores para passagem de uma nova linha de MT bairro cerâmica

Edilson Luís João Muchanga 45


Abertura de Trincheira para localização e manutenção de cabo subterrâneo

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Processo de manutenção do cabo subterrâneo linha de 22KV Zona da Massamba
Pioneiros

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Compressão das mangas de isolamento com maçarico

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Resultado final da Manutenção do cabo subterrâneo

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Troca de candeeiro no Bairro Estoril

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Manutenção de contactor de Iluminação Publica no PTs 62

Edilson Luís João Muchanga 51


Many

Candieiro de IP substituido no Bairro Manganhe (Chota)

Edilson Luís João Muchanga 52


Reformador de media tenção 22KV/6,6KV da subestação de subtrasmissao n° 1

Edilson Luís João Muchanga 53


Compartimento do disjuntor das celas de protecção da subestação de subtrasmissao n°
1

Edilson Luís João Muchanga 54


Disjuntor a vácuo de media tensão de 630A

Edilson Luís João Muchanga 55


Celas de protecção da subestação de subtrasmissao n° 1

Edilson Luís João Muchanga 56


Contador de leitura de carregamento dos barramentos de saída da subestação

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Painel de Protecção DC

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Banco de baterias do rectificador AC/DC da subestação de subtrasmissao n° 1

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Disjuntores de protecção DC

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