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GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA PARA SISTEMAS


OFFSHORE ATRAVÉS DE TECNOLOGIA VSC-HVDC

Bruno PinheiroLeonardo

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de


Engenharia Elétrica da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessários à entrega da
título de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Sebastião Ercules Melo de


oliveira

Rio de Janeiro
Setembro de 2018
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GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA PARA SISTEMAS


OFFSHORE ATRAVÉS DE TECNOLOGIA VSC-HVDC

Bruno PinheiroLeonardo

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO


CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DA ESCOLA POLITÉCNICA
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE
DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
ENGENHEIRO ELETRICISTA.

Examinado por:

Prof. Sebastião Ercules Melo de Oliveira, D.Sc.

Prof. Sergio Sami Hazan, Ph.D.

Eng. Wallace Gonçalves Honório, B.Eng.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL


SETEMBRO DE 2018
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Leonardo, Bruno Pinheiro


Geração e Transmissão de energia para sistemas offshore
através da tecnologia VSC-HVDC/Bruno Pinheiro Leonardo.
– Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2018.

XI, 75 p.: il.; 29,7cm.


Orientador: Sebastião Ercules Melo de Oliveira
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/
Curso de Engenharia Elétrica, 2018.
Referências Bibliográficas: p. 72-75.
1. VSC-HVDC. 2. Estudos para Aplicação de Transmissão
VSC. 3. Sistemas Offshore. I. Ercules Melo de Oliveira,
Sebastião. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola
Politécnica, Curso de Engenharia Elétrica.
III. Título.

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Agradecimentos

A Deus, em primeiro lugar, por sempre ter me dado forças em toda essa jornada e ter-me
contemplado com sua graça e sabedoria. Porque dEle, por Ele e para Ele
são todas as coisas.

A minha família. Meus pais, Sebastião e Marlene, por todo incentivo e apoio aos meus estudos,
por serem sempre tão presentes e por acreditarem em mim. Agradeço por todas as vezes que abriram
mão de alguma coisa para investirem nos meus estudos e nos da minha irmã. A minha irmã, Aline,
por todo o apoio e por ser sempre um exemplo de dedicação e também ao meu cunhado Hugo.

A minha namorada, Iasmin, por toda a compreensão durante esse trabalho, por estar sempre
comigo, compartilhando os mais diversos momentos, por ser uma grande amiga, companheira e
parceira.
Àqueles que fizeram da faculdade um lugar mais agradável e amigável: Marianna, Weslly, Camila
,
Andressa e Gabriel que estiveram ao meu lado desde o início e viveram essa aventura comigo. À
Carol, por ser uma grande amiga e à Renata, pela ajuda e incentivo com esse trabalho.

Aos meus amigos, Paulo e Helloydes, por sempre estarem comigo e me apoiarem.
Mais do que amigos, são parte da minha família.
Os professores que me inspiraram na faculdade: Sergio Sami, Antônio Lopes, Marcos Vicente e
Helói José, por toda a dedicação que têm aos alunos. Em especial à professora Karen Salim pela
disponibilidade em me ajudar e pelos bons conselhos.
Ao professor Sebastião Oliveira por me orientar nesse trabalho e por ser um
exemplo de dedicação na ministração das aulas e na instituição de ensino.
A todos que desenvolvem com a minha formação profissional. Ao Leonardo Cestaro, Walter
Nogueira e Diana Dayse, do Consórcio Construtor Galeão. Ao tempo de E&I da Equinor, o que eu
tenho o prazer de trabalhar e aprender com profissionais com profundos conhecimentos técnicos,
sempre dispostos a ajudar e ensinar. Ao Wallace Honório, por ter-me dado a oportunidade e ter
acreditado em mim, e à Angélica Sabino por toda a ajuda e disposição em ensinar.

Por fim, a todos que fizeram parte dessa história de alguma maneira e pelo
incentivo a minha formação.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.

GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA PARA SISTEMAS


OFFSHORE ATRAVÉS DE TECNOLOGIA VSC-HVDC

Bruno PinheiroLeonardo

Setembro/2018

Orientador: Sebastião Ercules Melo de Oliveira

Curso: Engenharia Elétrica

Os sistemas offshore, em sua grande maioria, geram energia localmente por meio de
turbinas a gás e geradores a diesel. Com a descoberta e exploração de novos campos de
petróleo e gás, a demanda energética dos sistemas offshore aumentou. No entanto, as formas
de geração de energia em plataformas de petróleo emitem grandes quantidades de gases
poluentes, contribuindo significativamente para o efeito estufa.
Com isso, novas formas de geração foram estudadas e uma delas é a energização das
plataformas através da geração onshore.
A fim de conhecer mais sobre esse tipo de energia fornecida (muito encontrado na
literatura como power from shore), e avaliar sua eficácia, esse trabalho irá descobrir sobre a
transmissão de energia VSC-HVDC através de cabos submarinos para sistemas offshore. Com
isso, é realizada uma abordagem teórica dos sistemas VSC-HVDC e dos estudos necessários
para a aplicação dessa tecnologia na transmissão de energia.

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Resumo de Projeto de Graduação apresentado à POLI/UFRJ como atendimento parcial aos


requisitos para o grau de Engenheiro.

FORNECIMENTO DE ENERGIA PARA SISTEMA OFFSHORE VIA VSC-HVDC


TECNOLOGIA

Bruno PinheiroLeonardo

Setembro/2018

Orientador: Sebastião Ercules Melo de Oliveira

Curso: Engenharia Elétrica

Os sistemas offshore, na maioria dos casos, geram a sua própria energia localmente, através de

turbinas a gás e geradores a diesel. Com a descoberta e exploração de novos campos de petróleo e gás, a

procura energética dos sistemas offshore aumentará. Porém, as formas de geração de energia nas

plataformas de petróleo emitem grandes quantidades de gases poluentes, contribuindo significativamente

para o efeito estufa. Portanto, novas formas de geração começaram a ser estudadas e uma delas é a

eletrificação de plataformas por energia a partir da costa.

Com o objetivo de conhecer mais sobre este tipo de fornecimento de energia, e avaliar
sua eficácia, este trabalho irá discutir a transmissão de energia através de VSC-HVDC para
sistemas offshore através de cabos submarinos. Com isso, é realizada uma abordagem
teórica dos sistemas VSC-HVDC e os estudos necessários para a aplicação desta tecnologia
na transmissão de energia.

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Resumo

Lista de Figuras ix

Lista de Tabelas XI

1 Introdução 1.1 1
Objetivos . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . .2
1.2 Aplicações de transmissão VSC . . . . . . . ... . . ... . ... . .2
1.2.1 TrollA. . . . . . . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . .3
1.2.2 Valhall. . . . . . . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . .5
1.2.3 Johan Sverdrup. . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . .6
1.2.4 Conexão de parques eólicos offshore. . . . . . . ... . ... . . .7
1.3 Razões de fornecimento de energia para plataformas offshore através
de VSC-HVDC. . ... . . ... . . . . . . ... . . ... . ... . .8
1.4 Organização do Trabalho . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . . 11

2 Transmissão em Corrente Contínua 12


2.1 Contexto Histórico . . . . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . . 12
2.2 Sistema HVDC Tradicional . ... . . ... . ... . . ... . . . . . . 13
2.2.1 Configurações . . . . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 14
2.2.2 Componentes . . . . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 17
2.3 Sistema VSC-HVDC . . . . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 19
2.3.1 Operação do VSC-HVDC . ... . . ... . . . . . . ... . . 23
2.3.2 Controle do VSC-HVDC . . . . . . . ... . . ... . ... . . 31
2.4 Vantagens e Desvantagens . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 35
2.5 Comparação entre LCC e VSC . . . . . . . . ... . . ... . ... . . 36

3 Descrição dos Sistemas Offshore 38


3.1 Plataformas de extração de Petróleo e Gás Natural . . . . . ... . . 38
3.1.1 Geração . . ... . . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 40
3.1.2 Sistemas de Geração . . . . . . . . . ... . . . . . . ... . . 42
3.1.3 Controle de Processos, Supervisão e Operação . . . . ... . . 43
3.1.4 Cargas . . . . . . . . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 44

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3.2 Sistemas Submarinos . . . . . . . . . . . . ... . ... . . ... . . . . . . 47


3.2.1 Diferença entre Equipamentos Subsea e Topside . . ... . . . 49
3.2.2 Topologia dos Sistemas Elétricos Submarinos . . . . . . . . . . . . 50
3.2.3 Cabos Submarinos . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 53

4 Testes para a Implementação do VSC-HVDC 57


4.1 Estudos de Viabilidade . . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . . 58
4.1.1 Justificativa Econômica . . . . ... . ... . . ... . . . . . . 58
4.1.2 Estudos técnicos . . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 59
4.1.3 Comparação entre as tecnologias . . ... . . . . . . ... . . 60
4.2 Estudos Específicos . . . . . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 61
4.3 Estudos de Implementação . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 63
4.4 Modelagem do sistema VSC . . . . . . . . . ... . . ... . ... . . 64
4.4.1 Requerimentos de Modelagem para Fluxo de Potência . . . . . 65
4.4.2 Requisitos de Modelagem para Análise de Curto-Circuito
e Harmônicos . . . . ... . . . . . . ... . . . . . . ... . . 67
4.4.3 Requisitos para a Modelagem para Estudos de Estabilidade 67
4.4.4 Requerimentos de Modelagem para Estudos de Transitórios . 68

5 Conclusões 70
5.1 Considerações Finais . . . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . . 70
5.2 Trabalhos Futuros . . . . . . ... . . ... . . . . . . ... . . . . . . 71

Referências Bibliográficas 72

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Lista de Figuras

1.1 Diagrama unifilar do esquema VSC em Troll [1] . . . ... . . . . . .3


1.2 Estação conversora na plataforma Troll A [1] . . . . . ... . . . . . .4
1.3 VSC-HVDC em Valhall [2] . ... . . ... . ... . . ... . . . . . .6
1.4 Estação conversora de 65 MVA, localizada em terra, com dimensões
de 18 x 45m [3]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.5 Estação conversora a bordo de 250-300MW, com dimensões de
30x40x20m, incluindo o transformador [3]. . ... . . ... . . . . . .9
1.6 Janela de oportunidades de geração, local e em terra [3]. . . . . . . . 10

2.1 Configuração monopolar simétrica [2] . . . . ... . . ... . . . . . . 14


2.2 Configuração monopolar assimétrica com retorno metálico [2] . . . . . 15
2.3 Configuração monopolar assimétrica com retorno pela terra [2] . . . . 15
2.4 Configuração bipolar com retorno pela terra [2] . . . . . . . . . . . . 15
2.5 Configuração bipolar com retorno metálico [2] . . . . ... . . . . . . 16
2.6 Configuração multiterminal [2] . . . . ... . . . . . . ... . . . . . . 16
2.7 Configuração back to back [2] . . . ... . . . . . . ... . . . . . . . 17
2.8 Diagrama unifilar de um sistema HVDC bipolar [4] . ... . . . . . . 17
2.9 Configuração de ponte de 12 pulsos [5] . . . ... . . ... . ... . . 18
2.10 Configuração Básica de um sistema VSC-HVDC [6] . ... . ... . . 21
2.11 Exemplo de estação de conversão HVDC monopolar [7] . . . ... . . 22
2.12 Componentes encontrados em uma subestação VSC-HVDC [5] 22
2.13 Configuração trifásica de um conversor de dois níveis [5] . . . . . . . 24
2.14 Exemplo de formação de sinal por PWM. Adaptado de [5]. . ... . . 25
2.15 Tensões do VSC com operações de onda quadrada [5] . . . . ... . . 26
2.16 Exemplo de forma de onda ideal de saída de um VSC [3] . . ... . . 27
2.17 Circuito Equivalente do VSC [5] . . . ... . . . . . . ... . . . . . . 28
2.18 O princípio do controle de potência ativa [5] . . . . . ... . . . . . . 28
2.19 O princípio do controle de potência reativa [5] . . . . ... . . . . . . 30
2.20 Exemplo de Diagrama PQ [2] . . . . . . . . ... . . ... . . . . . . 31
2.21 Princípio de Controle de um VSC-HVDC [6] . . . . . ... . . . . . . 32

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2.22 Exemplo de Controle direto do índice de modulação ÿ e do ângulo de


fase ÿ pelos parâmetros A e B [8] . ... . . ... . . . . . . ... . . 32

2.23 Controle vetorial das parâmetros A e B, independentemente de um do


outro, através da corrente de controle dos eixos de corrente deq [8]. . 33
2.24 Controle de tensão CC [5] . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . 34

3.1 (a)Capacidade instalada em relação à distância dos sistemas em relação à costa


(b) Capacidade instalada em relação à profundidade de
operação, adaptada de [9]. . ... . . ... . ... . . ... . . . . . . 39

3.2 Turbo gerador aero derivado de eixo único. Adaptado de [10]. . . . . 42

3.3 Turbo gerador aero derivado de dois eixos. Adaptado de [10]. . . . . 42

3.4 Sistema Típico de Produção Submarina [11] . ... . . ... . . . . . . . 48

3.5 Fornecimento de Energia vinda da Costa [12] . . . . . ... . . . . . . 49

3.6 Exemplo de UPS submarino [12] . . . . ... . . . . . . ... . . ... . . 50

3.7 Topologia parcial de carga única [13] . . . . ... . . ... . . . . . . 51

3.8 Arranjo completo para um sistema de distribuição elétrica submarina [13] 52


3.9 Arquiteturas de sistemas de potência submarinas usando HVDC, (a) Arquitetura
de potência de Troll A, (b) Arquitetura de sistemas de potência submarina
baseada em anel, adaptada de [14] . . ... . . ... . . 54

3.10 Cabo Umbilical elétrico [13] . . . . . ... . . . . . . ... . . . . . . 54

3.11 Submarino Cabo HVDC [13] . . . . . ... . ... . . ... . . . . . . 55

4.1 Diagrama de estudos para implementação de transmissão VSC, adaptado de


[5]. . . . . . . . . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . . 57

4.2 Avaliação de custo diante de diferentes cenários de demanda energética-


tica [15] . . ... . . . . . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . . 59

4.3 (a) Controle do receptor lateral de Pdr, Qr. (b) Controle do lado receptor de Pdr e
Vdr. (c) Controle do lado receptor de Vdr e Qr.
Adaptado de [16]. . . . . . . ... . . ... . ... . . ... . . . . . . 65

4.4 (a) Ligação de transmissão VSC-HVDC. (b)Circuito Equivalente do link


de transmissão VSC-HVDC. Adaptado de [17]. . . . . ... . ... . . 66

4.5 Modelos de conversores para estudos de estabilidade. Adaptado de [16]. 68

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Lista de Tabelas

1.1 Dados do Projeto - Troll [1] e [5] . . . . . . ... . . ... . . . . . .4


1.2 Dados do Projeto - Valhall [18] . . . ... . ... . . ... . . . . . .5
1.3 Dados do Projeto - Johan Sverdrup [19] . . ... . . ... . . . . . .6

2.1 Comparação entre os sistemas LCC e VSC [20] . . . . . . . . ... . . 37

3.1 Descrição do consumo de potência por áreas em uma plataforma de


petróleo, adaptado de [21]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.2 Descrição de cargas com as respectivas potências de uma plataforma
de petróleo, adaptado de [22]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

4.1 Níveis de modelagem necessários para diferentes tipos e estágios de


estudos, adaptado de [5] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

XI
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Capítulo 1

Introdução

As plataformas de petróleo offshore possuem geração própria de energia através da


queima de combustíveis fósseis em turbinas a gás ou geradores a diesel locais. Este
tipo de geração ocupa grande espaço nas plataformas, não é eficiente [2], consome
grande quantidade de combustível e, além disso, emite gases que contribuem para o
efeito da estufa, como o CO2. Devido à grande oposição ao aumento da emissão de
gases poluentes, a indústria offshore tem pensado em novas formas de geração de
energia.
Uma alternativa é o fornecimento de energia para sistemas offshore através de
transmissão submarina com geração em terra. Com isso, os gases poluentes são
reduzidos, o espaço reservado para a geração local é disponibilizado (reduzindo também
o peso nas plataformas) e a manutenção necessária para esse tipo de geração onshore
é menor do que a geração local.
Uma plataforma de petróleo ou sistema subsea é de suma importância para o
crescimento contínuo de energia, já que a perda da mesma significa perda de produção
e de lucros. Em vista disso, o sistema de geração e transmissão precisa ser altamente
confiável.
Até um tempo atrás, a transmissão de energia para sistemas offshore era limitada
por transmissão CA, com distâncias de 50-100km. Com o advento e a introdução do
VSC -Voltage Source Converter - nos anos 90, um campo de oportunidades se abriu,
uma vez que esta tecnologia permite a transmissão de grande quantidade de potência
através de longas distâncias com uma boa relação custo-benefício. Além disso, essa
tecnologia não necessita de nenhuma potência de curto-circuito para operar, sendo ideal
para energizar plataformas offshore [2].
O tempo de vida de uma instalação CC geralmente é entre 30-40 anos, o que é
muito alto comparado ao sistema de geração offshore. A manutenção do sistema de
transmissão VSC é mínima, podendo ser feita remotamente, o que reduz a necessidade
constante de trabalhadores nas plataformas.

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1.1 Objetivos
O objetivo desse trabalho é descrever e analisar o uso de transmissão em corrente
contínua através de conversores VSC aplicados sem energia suficiente para sistemas offshore. Na
literatura, esse tipo de transmissão também pode ser encontrado
como transmissão VSC.

Com as novas descobertas de campos de petróleo e gás, novas tecnologias são desenvolvidas
volvidas para a exploração e produção de petróleo e com isso a demanda energética
dos sistemas offshore tem aumentado. A geração local em unidades offshore não
é muito eficiente (aproximadamente 30%) e emite uma grande quantidade de gases
que são importantes para o efeito estufa, o CO2 e o NOx. Com a preocupação com o
meio ambiente, uma forma de diminuição do uso de turbinas a gás nas plataformas,
ou até a mesma eliminação, é através da conexão da mesma à rede elétrica, localizada
em terra. Uma outra forma de substituição de turbinas a gás em plataformas é
através da conexão com sistemas de geração de energia offshore [23].
Contudo, fornecer energia para um sistema offshore não é uma tarefa fácil. Em
casos nos quais a distância em relação à terra é pequena pode-se usar transmissão
CA, mas essa opção não é viável para grandes distâncias e altas transferências de
potência. Um sistema de transmissão CC clássico exige que a capacidade de curto-circuito seja
alta (o que não acontece em plataformas de petróleo por ser considerado
uma rede fraca) e necessidade de equipamentos para atingir a tensão de amplitude.
Assim sendo, a transmissão CC baseada em conversores VSC (VSC-HVDC), mostra-se uma opção
viável e repleta de benefícios, como o fornecimento de energia a cargas
passivas sem a necessidade de condensadores síncronos ou geração local, alta capacidade de
controle e equipamentos fisicamente compactos [3].
Dessa forma, esse trabalho visa elucidar a forma de energia suficiente
para sistemas offshore, como plataformas de petróleo e sistemas submarinos, através da tecnologia
VSC-HVDC. Para isso, serão descritas as características físicas e
operacional de um sistema VSC-HVDC, como características de um sistema offshore e
os estudos que devem ser realizados para a implementação de um sistema de transmissão
missão VSC.

A contribuição do presente trabalho é fornecer uma base de estudo e formação


mento da transmissão de energia através de VSC-HVDC, da terra para o mar.

1.2 Aplicações de transmissão VSC


O sistema VSC-HVDC possui diversas vantagens, que serão vistas no decorrer
do trabalho e, dependendo das características do projeto, pode ser a melhor opção
de tecnologia a ser inovadora. Atualmente existem muitos projetos em que essa

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A tecnologia foi aplicada, como East West Interconnector que conecta as redes da Irlanda e
País de Gales com uma potência de 500MW e cabos de 75km com tensão ±200kV. Muitos
exemplos com a descrição dos projetos podem ser encontrados em [2] e [24] e também em
sites de empresas que fornecem a tecnologia VSC-HVDC, como a ABB e a Siemens.

Nessa seção, o foco será a descrição de projetos que utilizam transmissão submarina
com tecnologia VSC com aplicações para sistemas offshore.

1.2.1 Troll A

O primeiro sistema de transmissão de energia gerada onshore para uma plataforma de


petróleo offshore foi o projeto da Troll A, entregue para a Equinor, antiga Statoil, e comissionado
pela ABB em 2005 [2]. Essa plataforma localiza-se no campo de Troll, no Mar do Norte, a
aproximadamente 70km da costa, perto de Bergen, No-ruega. O campo possui cera de 40%
das reservas de gás das plataformas continentais
norueguesa.
O projeto consiste na entrega de 88MW de potência vinda da terra, para a alimentação de
motores de alta tensão com a finalidade de acionar compressores, que mantêm a pressão do
gás dentro dos reservatórios e a pressão de entrega do gás.
Em 2015, mais um sistema de transmissão com conexão com a terra foi incorporado à
plataforma. Esta segunda fase consistiu na entrega de 100MW de potência para alimentação
de compressores através de um motor de alta tensão e sistema de transmissão HVDC, incluindo
conversores e cabos CC submarinos.

Figura 1.1: Diagrama unifilar do esquema VSC em Troll [1]

A estação inversora, que fica na plataforma, é diretamente conectada aos motores através
de cabos e interruptores CA, sem a necessidade de transformadores. Os motores são
governados pelo sistema de controle do VSC.
Os dois ramos de transmissão são independentes e podem ser acionados separadamente
atualmente, com diferentes cargas. Com isso, há uma grande flexibilidade operacional

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e boa confiabilidade através de sistemas redundantes. Detalhes técnicos desse projeto


podem ser vistos na tabela 1.1 e uma foto da estação conversora na plataforma
pode ser visto na figura 1.2.

Tabela 1.1: Dados do Projeto - Troll [1] e [5]


Descrição Dados
Ano de Comissionamento 1 e 2: 2005
3 e 4: 2015
Potência 1 e 2: 88 MW
3 e 4: 100 MW
Número de Circuitos 1 e 2: 2
3 e 4: 2
Tensão CA 132kV (Kolsnes)
1 e 2: 56kV (Troll)
3 e 4: 66kV (Troll)
Tensão CC ±60kV
Comprimento dos Cabos CC 1 e 2: 70km
Submarinos 3 e 4: 70km
Topologia dos Conversores Conversor de 2 níveis
Tipo de Modulação PWM em 1950Hz
Controles Controle de Acionamento, Torque e Velocidade
Razão da escolha do uso Meio ambiente, distância dos cabos submarinos,
de VSC-HVDC conversores compactos na plataforma

Figura 1.2: Estação conversora na plataforma Troll A [1]

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1.2.2 Valhall

O projeto de transmissão de energia gerada na terra com transmissão VSC-HVDC para o


campo de exploração de petróleo e gás, Valhall, através de cabos HVDC
de 292 km, foi comissionado em 2011. Turbinas a gás foram recuperadas pela transmissão VSC-
HVDC que fornecia 78 MW de potência gerada em terra. Essa foi a
primeira aplicação de VSC-HVDC para transmissão de energia para todo o sistema de potência
de uma plataforma CA operando em 60Hz.
De acordo com as estimativas da BP (British Petroleum), os benefícios gerados
pelo uso do VSC-HVDC comparado à geração local de energia por turbinas a gás
são [2]:

• custos de operação e manutenção significativamente menores

• eliminação de 300.000 toneladas de CO2 e 250 toneladas de NOx emissões por


ano

• evitar impostos sobre emissões

• melhoria no ambiente de trabalho

Além disso, segundo a BP, o risco de incêndio ou explosão é mínimo, assim como o
barulho e vibração gerada pelo conversor. A manutenção nos sistemas VSC é bem
pouca e pode ser feita diariamente, de forma segura e sem a necessidade de pessoal
a bordo, custando cerca de 7 milhões de dólares ao ano [18]. Os dados técnicos
podem ser encontrados na tabela1.2.

Tabela 1.2: Dados do Projeto - Valhall [18]


Descrição Dados
Ano de Comissionamento 2011
Potência 78 MW
Número de Circuitos 1
Tensão CA 300kV (Lista)
11kV (Valhall)
Tensão CC 150 kV

Comprimento dos Cabos CC 292km


Submarinos
Razão da escolha do uso Redução de custos e melhoria na eficiência.
de VSC-HVDC Diminuição da emissão de gases.

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Figura 1.3: VSC-HVDC em Valhall [2]

1.2.3 Johan Sverdrup

Um dos projetos mais recentes de aplicação da transmissão VSC é o do campo


de Johan Sverdrup, localizado na Noruega e operado pela empresa Equinor. A
tecnologia HVDC Light é fornecida pela ABB e tem como concepção a transmissão
de 100MW de potência com tensão CC ±80kV. Um conversor localizado na costa
norueguesa, e o outro conversor está localizado na plataforma a 200km da costa.
O campo de Johan Sverdrup é o maior campo de desenvolvimento da plataforma
continental norueguesa e é esperado que suas instalações se tornem as maiores produtoras de
petróleo do Mar do Norte. Na primeira fase de desenvolvimento, quatro
plataformas serão construídas com produção esperada para 2019 [19]. Os detalhes
técnicos do projeto podem ser encontrados na tabela 1.3.

Tabela 1.3: Dados do Projeto - Johan Sverdrup [19]


Descrição Dados
Ano de Comissionamento 2018
Potência 100 MW
Número de Circuitos 2
Tensão CA 300kV (Haugsneset)
33kV (Johan Sverdrup)
Tensão CC ± 80 kV

Comprimento dos Cabos CC 2x200km


Submarinos
Razão da escolha do uso Meio ambiente, distância dos cabos submarinos.
de VSC-HVDC Compacidade do conversor na plataforma.

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1.2.4 Conexão de parques eólicos offshore


A geração eólica offshore vem ganhando força e cada vez mais espaço como uma fonte de grande
escala de energia renovável. Em alguns países, a geração eólica em terra já está bem desenvolvida e
assim são necessários novos espaços para a implementação de novas fazendas eólicas. Assim sendo,
as fazendas eólicas offshore vêm atraindo olhares por diversos fatores, um deles é que a média da
velocidade do vento no mar pode ser de 20% a mais do que em terra, resultando em rendimento
energético de mais de 70% [2] . Além de tudo, não existem obstáculos para o vento, como montanhas

ou árvores, o que torna o sistema mais confiável.

As fazendas eólicas offshore podem ser conectadas à rede através de transmissão CA ou CC,
dependendo da distância e das características do projeto. O impacto que a geração eólica irá causar na
estabilidade da rede principal deve ser considerado e muito bem treinado. Essa conexão com rede
principal é melhor atendida com o uso de sistemas HVDC devido às suas características, como a
capacidade de desacoplamento do parque eólico quando há distúrbios elétricos na rede CA (protegendo

as turbinas e os equipamentos), o controle da tensão CA e de potência reativa.

O uso da tecnologia VSC-HVDC na conexão de parques eólicos offshore com a rede onshore possui
muitos benefícios e é usado em diversos projetos. O conversor VSC-HVDC proporciona controle eficiente
de tensão durante a partida da rede offshore, além disso, o sistema possui pequenas perdas e as
estações conversoras não ocupam muito espaço e peso nas plataformas. Outra vantagem a ser
destacada é: com o uso do VSC-HVDC o parque eólico pode operar em frequência variável e é isolado
de distúrbios dielétricos da rede CA em terra.

BorWin1

BorWin1 é o nome do projeto que conecta o parque eólico BARD, uma das maiores plantas de
geração eólica localizada no Mar do Norte, à rede elétrica da Alemanha [24]. O parque eólico fica

localizado a 130km de distância da costa marítima e possui uma capacidade instalada de 400MW, com
uma tensão de 36kV que é transformada para 154kV e entregue à estação conversora, BorWin Alpha. O
outro extremo do esquema fica localizado em Diele, em terra na Alemanha, sem que a tensão seja
convertida para 380kV e injetada na rede. São usados 125km de cabos submarinos e 75km de cabos
costais. Esse projeto reduz cerca de 1,5 milhão de toneladas de emissão de CO2 por ano.

Existem outros projetos de conexão de parques eólicos offshore através de VSC-


HVDC, como o BorWin2, DolWin1 e SylWin1, que é o maior projeto do mundo em sistema offshore com
uma potência de 864MW ligando a planta eólica Dan Tysk à rede elétrica da Alemanha através de 160km
de cabo submarino e tensão CC

7
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de ±320kV e todos os equipamentos da estação conversora são instalados em uma plataforma


offshore [24].

1.3 Razões de fornecimento de energia para plataformas


offshore através de VSC-HVDC
A troca de geração de energia local por remota traz alguns benefícios: pode ser uma
opção econômica muito melhor para companhias de petróleo e gás e uma opção menos
agressiva para o meio ambiente, pela redução de gases poluentes, entre outros.
A geração local em plataformas é dada através de turbinas a gás ou geradores a diesel,
estes por sua vez apresentam uma eficiência muito baixa, entre 20-25% [3].
Isso resulta na emissão de grande quantidade de gases poluentes. Dependendo da localidade,
são cobradas taxas relacionadas à emissão de gases de efeito estufa, como na Noruega.
Uma companhia de petróleo e gás anunciou que havia uma redução entre 80-90% de emissão
de CO2 na plataforma continental norueguesa, um custo de US$ 13 milhões poderia ser
economizado [3]. No Brasil, o IBAMA aplica compensações em relação à quantidade de gás
emitida [25].
A energização de plataformas por meio de geração em terra não acabará com a emissão
de gases poluentes. No entanto, há uma especialização devido à maior eficiência dos sistemas
de geração em terra e, em alguns casos, serão usadas formas de geração que não emitirão
gases, como hidrelétricas, eólica e solar.
Uma planta de geração a gás em terra tem uma eficiência de 75-80% [3] e mesmo com as
perdas na transmissão, que são em torno de 10%, obterá-se-á uma boa redução na quantidade
de emissão de gases.
Uma qualidade do sistema VSC-HVDC é a sua compactabilidade. Como será visto no
capítulo 2, o sistema VSC-HVDC usa filtros pequenos e alguns equipamentos, em comparação
com o HVDC clássico, podem ser dispensados. Nas figuras 1.4 e 1.5 podemos ver as estações
conversoras, onshore e offshore, respectivamente.
Dessa forma, podemos enunciar os seguintes benefícios da geração remota [3]:

• Alta disponibilidade – 99%;

• Alto ciclo de vida - 30 anos;

• Alta eficiência;

• Redução de CO2 em cerca de 65%;

• Baixa necessidade de manutenção;

• Instalação compacta;

8
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Figura 1.4: Estação conversora de 65 MVA, localizada em terra, com dimensões de 18 x


45m [3].

Figura 1.5: Estação conversora a bordo de 250-300MW, com dimensões de 30x40x20m,


incluindo o transformador [3].

• Flexibilidade, podendo conectar outras plataformas de petróleo na mesma rede


CC.

Antes de implementar uma transmissão VSC com geração em terra, é necessário fazer
um estudo de previsões técnicas e econômicas, modificação implementada na implementação
do projeto. Uma série de fatores como preço do petróleo, eficiência da turbina a gás, preço
do KWh, maturidade do campo e custos dos equipamentos, são levados em conta na
elaboração do estudo econômico. Para um campo já em desenvolvimento, a justificativa de
implementação do sistema VSC-HVDC se dá mais em

9
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relação à diminuição da emissão de gases poluentes.


No entanto, em alguns casos a exploração do campo pode crescer, aumentando, assim, a procura
energética, o que faz com que a opção de fornecimento de energia com geração em terra possa ser
considerada. A figura 1.6 mostra um gráfico da janela de oportunidades para a geração local e em
terra, relacionando a distância com a demanda energética. À medida que a distância em relação à
costa aumenta, os sistemas de transmissão VSC-HVDC tornam-se mais viáveis e eficazes. Em [26],
foi feita uma análise de qual tipo de transmissão, HVAC ou VSC-HVDC, seria mais eficaz para o
fornecimento de energia para alguns campos de óleo e gás. Nesse estudo, para os campos mais
distantes, a solução VSC-HVDC apresentou maior eficiência e custo-benefício. Em [27] é encontrada
uma análise mais detalhada, com estudos dinâmicos e de distúrbios, de qual forma de transmissão é
mais adequada para o sistema offshore relatado no artigo.

Figura 1.6: Janela de oportunidades de geração, local e em terra [3].

10
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1.4 Organização do Trabalho


Esse trabalho está estruturado em cinco capítulos, descritos a seguir: O capítulo 1
apresenta a introdução ao contexto e objetivo do trabalho. É realizada uma breve descrição da
aplicação da tecnologia VSC-HVDC em projetos atuais relacionados ao fornecimento de energia em
sistemas offshore e suas vantagens.
O capítulo 2 aborda uma revisão teórica de transmissão em corrente contínua com foco na
tecnologia VSC. São descritas a topologia, componentes, operação e controle, as vantagens do VSC
e uma comparação entre o VSC e o LCC.
O capítulo 3 descreve os sistemas offshore, tanto as plataformas quanto os sistemas submarinos.
Dessa forma, tem como foco dar uma visão geral sobre os sistemas a serem energizados, descrevendo
as cargas a serem alimentadas, o diagrama de transmissão e distribuição e suas aplicações e análise
de cabos CC submarinos.
O capítulo 4 apresenta os estudos que devem ser feitos para a implementação de um sistema de
transmissão VSC e aborda as considerações de modelagens que podem ser feitas em programas de
simulação a fim de se estudar o fluxo de potência, estudo de harmônicos e análise de transitórios e de
estabilidade, que são estudos necessários para a análise de implementação de um sistema de
transmissão VSC-HVDC.
Por fim, no capítulo 5 são apresentadas as conclusões desse trabalho.

11
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Capítulo 2

Transmissão em Corrente Contínua

2.1 Contexto Histórico


A transmissão em corrente contínua tem mostrado grande vantagem em algumas aplicações, que serão

discutidas posteriormente, mas nem sempre foi assim.

Thomas Edison foi o grande defensor e pai da corrente contínua, foi o responsável pela construção da

primeira central elétrica do mundo transmitindo em corrente contínua em 110V [28]. No entanto, esses

sistemas de transmissão eram ineficientes devido às perdas por efeito Joule e a geração deveria estar
localizada perto da carga (o que hoje chamamos de geração distribuída) para evitar queda de tensão nos

cabos.
Caso a geração estivesse longa da carga, o que geralmente é o caso mais comum, a tensão deveria ser

elevada a níveis considerados inadequados para a geração e consumo de potência [28].

Com a praticidade do uso de transformadores e o menor custo de geradores e motores, foi direcionado

uma visão mais atrativa para o uso da transmissão em corrente alternada, assim como a geração e a

distribuição. Em CA, tem-se a possibilidade de diversos níveis de tensão e, além disso, os geradores CA são

menos complexos que os geradores CC, o que ocorre também para os motores [28].

Dessa forma, o sistema de transmissão CA começou a ser utilizado e as linhas de transmissão foram

construídas com a geração cada vez mais longe do centro de carga, consequentemente levando a uma

tensão cada vez maior.

Como todas as soluções também têm seus problemas, o que acontece na transmissão em corrente

alternada é que, somado às perdas por efeito Joule, à medida que o comprimento da linha aumenta, as

reatâncias indutivas e capacitivas presentes na linha em função da corrente também aumenta, gerando

significativas perdas e tornando necessária a instalação de bancos de capacitores e indutores para o controle

de reativos.

Problemas relacionados à potência reativa nas linhas, ou que afetam diretamente o

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controle de tensão e estabilidade angular, fez com que os olhares se voltassem para os sistemas de

corrente contínua, principalmente com os avanços da eletrônica de potência.

O primeiro link de corrente contínua foi construído e operado foi o de Gotland na Suécia [2]. Esse

sistema possuía válvulas de mercúrio para a corrente de corrente e possuía capacidade nominal de 30 MW
através de 98 km de cabo submarino.

Nos anos de 1970, a invenção de tiristores à base de semicondutores fez com que a utilização de

sistemas HVDC fosse mais frequente. O primeiro uso de tiristores como válvulas em um sistema HVDC foi

o sistema de Eel River no Canadá, comissionado em 1972 [28]. O sistema era constituído de um elo CC do

tipo back-to-back e fazia a conexão entre os sistemas assíncronos de Quebec e New Brunswick. Com o
avanço da eletrônica de potência, os sistemas HVDC se tornaram mais atrativos e viáveis, com uma

confiabilidade cada vez maior.

No Brasil temos algumas aplicações de sistemas em HVDC. O primeiro elo de corrente contínua foi a

usina de Itaipu, que entrou em operação em 1984 [28]. Esse elo tem aproximadamente 810 km, conectando
as subestações de Foz de Iguaçu, no Paraná, e Ibiúna, em São Paulo. Esse sistema conta com oito

conversores em cada subestação a fim de realizar a conversão CA/CC. Dois conversores na subestação

formam um polo, que compõem os dois bipolares +- 600 kV e a transmissão é feita por quatro linhas, uma
em cada polo.

O sistema de transmissão de alta tensão em corrente contínua, o que chamaremos nesse trabalho

por HVDC, é um sistema seguro e eficiente, com tecnologias desenvolvidas no propósito de fornecer

grandes quantidades de energia através de grandes distâncias.

Os sistemas HVDC podem ser conectados por duas famílias principais de cone-xão. A primeira delas

é a mais antiga e mais comum, chamada de Conversor por Linha Comutada (LCC), que funciona como uma

fonte de corrente controlada por tiristores. A segunda é o VSC – Conversores por Fonte de Tensão, que
funciona como uma fonte de tensão e utiliza IGBT's. Esse método será o enfoque principal do presente

trabalho e será abordado no item 2.3.

2.2 Sistema HVDC Tradicional


A maioria dos sistemas HVDC funcionaram em cenários de sistemas de potência, são aqueles que

utilizam conversores à base de tiristores e são comutados por linha, geralmente chamados de LCC – Line

Commuted Converter. Esse conversor depende da corrente alternada para o seu chaveamento, pois a

observação no inversor ocorre quando a corrente passa pelo valor zero. Devido a essa dependência, a

confiabilidade da dependência está diretamente ligada à rede CA. Dessa forma, diante de uma falha

13
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de sistema de uma rede CA muito fraca1 , a confiança da confiança é contínua


comprometido. O sistema HVDC baseado em LCC é usado para grandes transferências de
potência, da ordem de centenas de MW, trazendo eficiência, confiabilidade e custos baixos
para a transmissão de potência. Algumas das aplicações desse tipo
de transmissão são:

• Transmissão por cabos costeiros e submarinos;

• Ligação entre sistemas CA assíncronos;

• Transmissão de potência usando linha aérea para grandes distâncias.

Essa seção tem como específica mostrar o sistema HVDC tradicional, suas configurações
figurações e operação.

2.2.1 Configurações

Os conversores HVDC podem ter diversas configurações. As mais comuns são descritas
a seguir.

Simétrica Monopolar

A vantagem desse tipo de configuração é que não há corrente contínua fluindo pela terra.
Além disso, os transformadores não estão expostos ao estresse da corrente contínua e não
há alimentação de correntes de falta da rede CA nas faltas de terra nos polos CC. A figura 2.1
ilustra essa configuração.

Figura 2.1: Configuração monopolar simétrica [2]

Monopolar Assimétrica

A vantagem dessa configuração é que ela permite a expansão para um sistema bipolar.
Existem duas opções para essa configuração: ou com o retorno pela terra (figura 2.2) o que é
de baixo custo devido a não utilização de um outro condutor metálico, mas é necessário
permissão para operar continuamente por causa da corrente que flui pela terra , ou com o
retorno metálico (figura 2.3).
1Um sistema CA é considerado muito fraco se a relação entre a potência de curto-circuito não
ponto de conexão e o esquema HVDC para menor que 2 [5].

14
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Figura 2.2: Configuração monopolar assimétrica com retorno metálico [2]

Figura 2.3: Configuração monopolar assimétrica com retorno pela terra [2]

Bipolar

Esse tipo de configuração é composto por dois conversores em cada estação, retificador
e inversor, e eles podem ser conectados tanto pela terra quanto por condutores metálicos.
Uma das vantagens desse tipo de configuração é possuir uma redundância de cinquenta
por cento da taxa total (figura 2.4).
A configuração bipolar com eletrodos na terra tem a interferência de exigir a permissão
de eletrodos na terra, devido a questões ambientais e às correntes de curto da rede CA,
eles interferem pelas faltas de aterramento dos polos CC. Além disso, os transformadores
precisam ser personalizados para suportar o estresse causado pela corrente contínua.

Figura 2.4: Configuração bipolar com retorno pela terra [2]

Já a configuração bipolar (figura 2.5) com retorno metálico tem um custo maior em
relação ao retorno pela terra, porém é mais seguro. Exija que o condutor neutro CC de baixa
tensão seja isolado e os transformadores precisam ser específicos para suportar o estresse
causado pela corrente contínua.

15
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Figura 2.5: Configuração bipolar com retorno metálico [2]

Multiterminal

Esse tipo de configuração pode ser composto por qualquer uma das configurações
descritas anteriormente ou como digitalizadas dela. Através da figura 2.6 podemos ver um
exemplo de um sistema multiterminal composto por configurações monopolares simétricas.

Figura 2.6: Configuração multiterminal [2]

De volta para trás

Uma configuração back to back, figura 2.7, consiste na conexão de dois conversores
HVDC localizados perto de um outro, sem a necessidade de um cabo CC para realizar essa
conexão. Esse tipo de configuração normalmente é usado para ligar dois sistemas CA
assíncronos, que podem ter frequências iguais ou diferentes. Nesse caso, o retificador e o
inversor estão localizados na mesma estação.

16
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Figura 2.7: Configuração costas com costas [2]

2.2.2 Componentes
Um sistema HVDC bipolar convencional é mostrado na figura 2.8 e os seus
os componentes são detalhados a seguir.

Figura 2.8: Diagrama unifilar de um sistema HVDC bipolar [4]

Conversores

Os conversores são os responsáveis por fazer a conversão de energia que pode ser CA/
CC, no caso dos retificadores, ou CC/CA, no caso dos inversores. Esses conversores são
compostos por pontes de tiristores e normalmente formam um arranjo de 12 pulsos, no qual
duas pontes de 6 pulsos são conectadas em série como é mostrado na figura 2.9. A totalidade
dessas chaves é administrada pelo controle do conversor.
O princípio de conversão e as formas de onda estão bem exemplificados em [29].

17
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Figura 2.9: Configuração de ponte de 12 pulsos [5]

Transformadores

Os transformadores são responsáveis por ajustar a tensão alternada fornecida aos


conversores. Os transformadores para uma ponte de 12 pulsos possuem uma ligação de
três enrolamentos em estrela-estrela-delta [5]. Esses equipamentos são monofásicos ou
trifásicos e geralmente podem possuir uma reatância de dispersão entre 10-18% para limitar
a corrente de curto durante a ocorrência de uma falha na ponte
de tiristores.

Filtros Harmônicos

O processo de conversão gera harmônicos na corrente no lado CA e harmônicos na


tensão no lado CC. Esses harmônicos podem causar superaquecimento de capacitores e
geradores relacionados e afetar o sistema de telecomunicações com interferências [28].
Os filtros harmônicos CA são responsáveis por absorver os componentes harmônicos e por
reduzir as distorções na forma de onda da tensão comparada com o valor exigido. Filtros
passa alta são usados como filtros CA. Já no lado CC, junto com os reatores CC, o filtro CC
é responsável por reduzir os harmônicos que fluem para o sistema CA, gerados pelos
conversores.

Capacitores

Os capacitores shunt são responsáveis por fornecer a potência reativa necessária para
manter a tensão na barra do sistema CA. Um LCC – Line Commutated Converter - em
regime permanente consome potência reativa na ordem de 60% da potência ativa [5]. Esse
valor pode aumentar em regimes transitórios e, dependendo da demanda exigida pelo CC
ou sistema CA, parte dessa potência reativa pode ser suprida por compensadores síncronos
ou por SVC's – Static Var Compensators.

18
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Reatores CC

Os reatores CC são responsáveis por reduzir os harmônicos de tensão na linha CC, por
contribuir com a suavização da corrente contínua, com a limitação do pico de corrente durante
um curto-circuito na linha CC e por prevenir contra as falhas de corrente na estação inversora .
Esses reatores também são chamados de reatores de alisamento [28].

Conexões CC

São os cabos CC apresentam entres as estações retificadoras e inversoras, exceto na


configuração back to back. Em algumas configurações, como monopolar e bipolar, em
condições de emergência, o caminho de retorno é feito pela terra, com conexões através de
eletrodos. No entanto, um condutor metálico pode ser usado para fazer esse caminho de
retorno, o que tem sido mais frequente por conta de questões ambientais [5].

Disjuntores CA

Esses interruptores são usados no lado CA e são responsáveis por isolar defeitos no
transformador e desfazer a conexão do sistema CA com o elo CC. Eles são apenas usados
para eliminar defeitos no sistema CA, já que os conversores são capazes de lidar mais
rapidamente com os defeitos CC através de seu controle.

2.3 Sistema VSC-HVDC


O sistema VSC-HVDC é composto por dois conversores de fonte de tensão que são mais
facilmente encontrados na literatura como VSC -Voltage Source Converter - e por esse motivo
essa nomenclatura empregada será nesse trabalho. A principal característica desse tipo de
conversor é que ele usa chaves semicondutoras controláveis1
, como por exemplo os IGBT's, que permitem a condução bidirecional da corrente
com a unidirecionalidade da tensão [30]. A transmissão VSC garante con-fiabilidade,
proporcionando o controle independente de potência reativa em relação à potência ativa nos
polos CC, e devido ao uso de chaves autocomutadas, não sofre com problemas relacionados
às transações [5].
Existem diversas aplicações para a transmissão VSC, que é como chamaremos a
transmissão HVDC (High Voltage Direct Current) usando esse tipo de conversor, por exemplo:

1válvulas que são capazes de ligar e desligar em resposta a sinais de controle, independentemente
do estado do circuito de potência

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• Transmissão entre sistemas CA fracos;

• Fornecimento de energia para áreas remotas;

• Conexões com fazendas eólicas (onshore ou offshore);

• Transmissão de energia de/para sistemas offshore, como plataformas de petróleo-


leão;

• Uso em paralelo com links LCC - HVDC para fim de aumentar a capacidade de
transferência;

• Uso em sistemas multiterminais;

• Conexão de sistemas assíncronos.

Topologia e Componentes

Um sistema VSC-HVDC é mostrado na figura 2.10 e algumas semelhanças são


encontradas em relação a um sistema HVDC tradicional, descrito anteriormente.
Esse sistema é baseado em um link HVDC com dois conversores, capacitores conectados
aos cabos CC, filtros harmônicos passa-alta e reatores. Os conversores são compostos por
pontes de seis pulsos, utilizando IGBT's (Insulated Gate Bipolar Transistor) como válvulas
autocomutadas, e diodos ligados em antiparalelo, que devem ser dimensionados para suportar
qualquer tipo de falha. A corrente de falta tem seu valor limitado apenas pelo sistema CA e
pelas impedâncias do conversor. No caso de uma falha de sobrecarga na linha CC, o VSC
em ambas as extremidades deve ser desconectado através da abertura de interruptores CA
[5]. Nesse tipo de configuração a tensão CC é mantida constante e apresenta um sistema de
controle mais complexo do que um HVDC tradicional.

Os reatores mostrados no esquema da figura 2.10 são responsáveis por dois propósitos:
o de estabilizar a corrente CA e o de controlar a potência ativa e reativa que sai do VSC, o
que será explicado posteriormente. Normalmente, o VSC-HVDC é operado através de
modulação PWM. Com isso, o reator do conversor é utilizado como um filtro passa-baixa para
os harmônicos das correntes geradas pela modulação PWM. Além disso, ele serve como um
limitador de corrente de curto-circuito.
Os filtros passa-alta são responsáveis por evitar que os harmônicos gerados pela segurança
dos IGBT's sejam propagados para o sistema CA. Os tipos modernos de semicondutores,
como os IGBTs, podem ser ligados e desligados diversas vezes em cada ciclo de potência e
através dessas técnicas de chaveamento, é possível produzir uma forma de onda de saída
que eliminará os harmônicos de ordens mais baixas [5].
No entanto, essas operações de emissão geram perdas de potência à medida que

20
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a frequência de chaveamento aumenta, porém facilita o processo de filtragem dos


harmônicos.

Figura 2.10: Configuração Básica de um sistema VSC-HVDC [6]

Os capacitores CC geram um caminho de baixa reatância para a corrente de


desligamento e funcionamento como armazenadores de energia, ajudando a manter a
tensão CC nos terminais do conversor VSC constante, principalmente quando há
transientes de curta duração, além de diminuírem o Ripple de no. lado CC. O seu
dimensionamento correto é muito importante para que o sistema funcione de forma
adequada.
Assim sendo, o VSC pode ser considerado como uma fonte de tensão controlada e
sua alta controlabilidade permite diversas aplicações. Realizando uma comparação com
elementos do sistema de potência, o VSC atua como uma máquina síncrona, sem inércia
mecânica, que pode controlar a potência ativa e reativa quase instantaneamente e,
como a tensão de saída gerada pode ser dada em qualquer amplitude e fase , respeitando-
se a tensão na barra, é possível controlar a potência ativa e reativa do fluxo de potência
independentemente [6].
Existem algumas empresas que comercializam os sistemas HVDC baseados em
VSC e as mais conhecidas e prestigiadas são a ABB e a Siemens, que nomeiam essa
tecnologia como HVDC-Light [2] e como HVDC-Plus [31], respectivamente.
A reapresentação de uma subestação VSC-HVDC pode ser vista através da figura
2.11. Além dos equipamentos já relatados que fazem parte do sistema VSC-HVDC, nas
subestações encontram-se interrupções CA com a função de desconectar o sistema CC
em caso de alguma falha, uma vez que a estação VSC não tem a capacidade de
eliminação de falhas como o sistema LCC. No caso de falha, a corrente de falta levaria à
descarga dos capacitores e a corrente fluiria pelos diodos até que o interruptor
abrisse.
Além disso, há um transformador de interface, cuja função é ajustar a tensão de
conversão e fornecer reatância entre o sistema CA e o conversor, a fim de controlar a
corrente de saída. Um diagrama unifilar com todos os componentes pode ser visto

21
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Figura 2.11: Exemplo de estação de conversão HVDC monopolar [7]

na figura 2.12.

Figura 2.12: Componentes encontrados em uma subestação VSC-HVDC [5]

22
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a. Disjuntor da subestação do VSC g. Conversor VSC

b. Filtros de Harmônicos do lado AC h. Capacitor CC

c. Filtro RFI–Filtro de rádio interfe-


eu. Filtros DC
rência
j. Aterramento
d. Transformador de interface
k. Reator CC
e. Filtro de Harmônicos do lado do
conversor
eu. Reator de bloqueio modo comum
f. Filtro de Harmônicos de alta
m. Filtro RFI do lado DC
frequência do lado do conversor/Reator
n. Linha CC

2.3.1 Operação do VSC-HVDC


O VSC é o componente básico e principal para a conversão da tensão CA em
CC e vice-versa, sendo o equipamento mais importante nomeando o sistema VSC-HVDC. Como
já foi mencionado anteriormente, o VSC usa chaves semicondutoras autocomutadas, como os
IGBT's, e não depende da tensão da rede CA para realizar a parte. Além disso, a polaridade da
tensão CC permanece sempre a mesma, independente da direção da corrente, diferentemente
de um sistema LCC-HVDC.
Esta seção tem como objetivo descrever o mecanismo básico de operação de um VSC a
dois níveis de operação por onda quadrada, que é uma estrutura mais simples para converter
tensão CC em CA. Assim sendo, simplificamos o processo, considerando que as chaves não
possuem perdas e que os capacitores possuem capacitância infinita.

Operação Básica

A saída da tensão do sistema CA depende da topologia do conversor. Logo, para que a


qualidade da tensão de saída seja dada de uma forma melhor, utiliza-se o acionamento por
PWM (Pulse Width Modulation), o que fornece uma saída predominantemente com o componente
fundamental, mas também com harmônicos de altas frequências [5 ].

A figura 2.13 mostra um conversor trifásico de dois níveis. As chaves semicondutoras são
unidirecionais e em paralelo a ela tem-se diodos que são representados por chaves ideais. Esses
diodos fazem com que o conversor opere nos quatro quadrantes, possibilitando o caminho da
corrente em sentidos diferentes.
O ponto m é considerado o ponto de referência da tensão de saída CA que só
pode ser conectado a dois níveis de tensão, a tensão positiva +Ud ou ÿUd
2 , por isso a
2

23
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Figura 2.13: Configuração trifásica de um conversor de dois níveis [5]

razão do nome ser conversor de dois níveis. A tensão CC nos terminais do VSC terá
sempre a mesma polaridade, mas a corrente pode fluir em ambas as direções devido ao
diodo em antiparalelo. A descrição dos processos de transparência para a transformação da
tensão CC/CA e vice-versa pode ser encontrada com detalhamento em [32] e [5].

Tensão e Correntes do VSC-HVDC

As equações de tensão e corrente do elo de corrente contínua do sistema VSC são


semelhantes às equações do HVDC tradicional, mas ao invés de corrente, os dados são
substituídos por tensão. Assim sendo, temos que o valor eficaz do componente fundamental
da tensão de entrada do conversor está relacionado à tensão nos terminais CC por:

Uconv
kÿ = (2.1)
Ud

Onde:
Uconv representa o valor eficaz do componente fundamental da tensão de entrada do
conversor;
Ud representa a tensão nos terminais CC; kÿ
é o fator da taxa de relação de tensão. Pode variar conforme a relação de
transformação do transformador e também é afetada pela modulação de pulso PWM.
A corrente no VSC é então dada por [24]:

Ul
Id = kÿ .sen(ÿ) (2.2)
X

24
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Onde ÿ é a diferença angular dada por ÿ = ÿL ÿ ÿconv

PWM - Modulação por Largura de Pulso

PWM significa modulação por largura de pulso e é obtido através da comparação do sinal de referência

senoidal da frequência desejada com o sinal de forma de onda triangular. Um exemplo dessa comparação é

mostrado a figura 2.14.

Figura 2.14: Exemplo de formação de sinal por PWM. Adaptado de [5].

A frequência do chaveamento do inversor será a frequência do sinal triangular.

Em [32] é definido o índice de modulação de amplitude, que é dado por:

Ucontrole
mãe = (2.3)
Utri

Onde: Ucontrole é o valor da amplitude da onda senoidal da tensão de referência


faça PWM.

Utri é a amplitude da tensão do sinal triangular do PWM.

Segundo [32], a modulação PWM pode atuar em duas faixas de operação: a região linear, onde ma ÿ 1,
e a não linear, onde ma > 1. A tensão de fase-fase é dada pela inovação 2.4 para a região linear e através

da solução 2.5 para a região


não-linear.

ÿ3
Uconv = .ma.Ud 2 ÿ 2 (2.4)

ÿ6
Uconv = .Ud (2.5)
ÿ

O modo mais simples de operação de um VSC em dois níveis é dado pela operação por onda quadrada.

A figura 2.15 apresenta as formas de onda da tensão do lado das válvulas antes do reator de alisamento.

25
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Figura 2.15: Tensões do VSC com operações de onda quadrada [5]

As três primeiras curvas da figura 2.15, representam as questões em relação aos terminais da fase e
o ponto m. O próximo grupo de três curvas representa a tensão da linha entre os terminais e a última
curva mostra a tensão na fase A. Cada válvula

é acionado durante cada ciclo da tensão CA, sendo ligado e desligado e, dessa forma, originam-se seis
pulsos por cada período da frequência fundamental. A figura 2.16 mostra, para um conversor VSC
monofásico com operação por modulação PWM, como formas de onda antes e depois do reator, que
ajudará no controle de potência a ser descrito posteriormente.

O VSC operado por modulação de onda quadrada pode ser representado por um circuito equivalente

mostrado na figura 2.17 [5]. Nesse circuito, a tensão convertida, Uconv, é a mesma que a tensão de fase,
Uan, da figura 2.15. A reatância X representa o transformador de interface e também a reatância do reator
de alisamento. A

tensão Ul é usado como referência para o ângulo da fase da tensão. Assim sendo, através da pesquisa

2.6 [5] obtemos o valor da tensão monofásica nos terminais do


conversor.

ÿ
Uconvÿmono = 2 .kÿ.Ud.eÿjÿ (2.6)
ÿ

26
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Figura 2.16: Exemplo de forma de onda ideal de saída de um VSC [3]

Onde:

Ucovÿmono é uma tensão de fase convertida;


ÿ é o ângulo de fase entre a tensão convertida, Uconv, e a tensão CA, Ul ; kÿ é uma
taxa de fator de tensão, que varia entre zero e um. Para operação em onda
quadrado vale um e para conversor com modulação PWM varia entre zero e um; Através da
solução 2.6 podemos obter o valor da tensão eficaz da linha.

ÿ
Uconv = 6 .kÿ.Ud.eÿjÿ (2.7)
ÿ

A partir dos valores de tensão, podemos calcular os valores de corrente:

ÿ2
Uconvÿmono ÿ Ulÿmono .kÿ.Ud.eÿjÿ ÿ Ulÿmono
Íconev = = ÿ
(2.8)
X X

Onde Ulÿmono é a tensão monofásica CA.


Uma outra forma de expressão a corrente é considerando que P = Vd.Id [5].

ÿ 6.kÿ.Ud.eÿjÿ
Iconv = .sen(ÿ) (2.9)
X

27
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Figura 2.17: Circuito Equivalente do VSC [5]

Um dos grandes benefícios da operação do VSC é o controle de potência ativa e reativa.


Através do controle do ângulo da tensão convertida, a potência ativa através do VSC pode ser
controlada e, monitorando a amplitude da tensão convertida, a potência reativa que percorre
o VSC também pode ser controlada.
Esses princípios são mais detalhados nas subseções a seguir. As potências ativas e reativas
podem ser controladas tanto simultaneamente quanto separadamente, uma em relação à
outra.

Figura 2.18: O princípio do controle de potência ativa [5]

28
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Controle de Potência Ativa

A figura 2.18 mostra o princípio de controle da potência ativa através do reator de interface
feito pela regulação do ângulo de fase da tensão do VSC. Se a tensão de saída do VSC
(Uconv) for adiantada em relação à tensão do sistema CA, isso significará que o VSC está
injetando potência no sistema CA e o VSC está operando como um inversor. No caso da
tensão de saída do VSC ser atrasada em relação à tensão do sistema CA, o VSC absorverá
potência ativa do sistema CA e estará presente como um retificador. A figura 2.18 é a
representação de um circuito alimentando uma carga ativa, no caso de uma carga passiva a
potência ativa tem apenas um sentido, que é o de alimentação da carga.

Através da análise do modelo e da fórmula do fluxo de potência que flui entre


temos dois terminais [24]:

Ul .Ud.sen(ÿl ÿ ÿconv)
Pconv = Ud.Id = (2.10)
X
Onde:
É uma tensão forte no sistema de potência; Pconv é
uma potência ativa injetada nos terminais do VSC; X é a impedância total
do sistema CA; Id é a corrente CC no elo de
transmissão; Ud é a tensão CC nos terminais do
VSC; ÿl é o ângulo da tensão Ul ; ÿconv é o
ângulo da tensão Uconv.

Através da pesquisa 2.10 vemos a validação do princípio do controle de potência


ativa pela defasagem angular.

Controle de Potência Reativa

O controle da potência reativa através do reator de interface, diferentemente da potência


ativa, é feito pela regulação da amplitude da tensão de saída do VSC. No caso da amplitude
dessa tensão ser maior que a tensão do sistema CA (Uconv > UL) o VSC injetará potência
reativa na rede e operará no modo capacitivo. De outra forma, caso a amplitude da tensão de
saída do VSC seja menor que a tensão do sistema CA (Uconv < UL) o VSC irá absorver
potência reativa e irá operar no
modo indutivo.

A solução do fluxo de potência reativa é mostrada na solução 2.11 [5]

Ul .(Ul ÿ Uconv.cos(ÿl ÿ ÿconv))


Qconv (2.11)
=X
Onde:

29
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Figura 2.19: O princípio do controle de potência reativa [5]

Qconv é a potência reativa que flui no VSC;


Iconv é uma corrente eficaz que flui no sistema;
Uconv é a tensão suave de entrada do VSC;
Rd é a resistência do elo de transmissão.
Através da pesquisa 2.11 podemos verificar o princípio do controle de potência reativa.
Como você pode ver, a potência reativa é influenciada pela amplitude da tensão convertida
que, como visto na pesquisa 2.7, pode ser controlada pelo fator kÿ pela modulação PWM ou
a tensão pode ser controlada pela torneira do transformador.

Diagrama PQ

O diagrama PQ de um VSC mostra os possíveis regimes de operação. Ele é dividido


em quatro quadrantes, sendo o eixo das ordenadas representado pelos valores de potência
ativa convertida e o eixo das abcissas os valores de potência reativa. O lado esquerdo do
diagrama corresponde ao modo indutivo e o lado direito ao capacitivo. A parte superior
indica a operação como inversor e a inferior como retificador.
Um exemplo do diagrama pode ser visto na figura 2.20.
Os conversores podem então operar nos quatro quadrantes e as limitações de capacidade
são dadas por conta da corrente máxima que pode passar pelas chaves semicondutoras,
IGBT's, pelo nível de tensão CC máxima e pelo limite de corrente
através dos cabos.
Em condições de operação, a tensão CC será aproximadamente constante, en-
quanto a corrente irá variar em magnitude e sentido. Sendo assim, uma mudança

30
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na direção da potência ativa do VSC significa uma mudança no sentido da corrente.


Além disso, o VSC pode gerar e absorver potência reativa independentemente da
magnitude e direção da potência do link CC.

Figura 2.20: Exemplo de Diagrama PQ [2]

2.3.2 Controle do VSC-HVDC


Existem diversas configurações para os conversores por fonte de tensão (VSC's),
no entanto, todos eles possuem o mesmo princípio de operação e controle. Como foi
visto, na topologia de um conversor VSC existe uma reatância entre o conversor e o
sistema CA. O chaveamento das válvulas gera uma tensão CA com frequência
fundamental a partir da tensão CC. O controle de magnitude e do ângulo de fase
dessa tensão CA, do lado do conversor e antes da indutância, é o princípio de
controle essencial para qualquer VSC.
O controle da magnitude da tensão será dado pelo sinal chamado de índice de
modulação ÿ. Como visto na seção anterior no controle de potência reativa, se o
módulo da tensão convertida para alto, ou seja, ÿ = 1, ou bem perto de um e maior
que a tensão CA, o VSC fornecerá potência reativa. O controle de potência ativa será
dado pelo controle do ângulo de fase ÿ. O controle dessas variáveis determina as
estratégias de controle do VSC.
Na seção interior foi descrito o processo de operação através da modulação por
uma onda quadrada. Apesar de ser um processo simples, esse tipo de controle possui

31
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muitas limitações e não é usado. Os métodos mais comuns para o controle de potência do
VSC são modulação em alta frequência por modulação PWM, configuração multinível ou
combinação dos dois [5]. Com o uso de PWM, é possível obter um controle rápido da tensão
CA do conversor e ao mesmo tempo manter a tensão CC constante. A figura 2.21 mostra o
princípio de controle do sistema VSC-HVDC.

Figura 2.21: Princípio de Controle de um VSC-HVDC [6]

O controle do índice de modulação ÿ e do ângulo de fase ÿ pode ser obtido por duas
maneiras: controle direto e controle vetorial. No controle direto, as variáveis de controle são
diretamente ajustadas pelas parâmetros que estão sendo controladas, como pode ser visto
na figura 2.22. No entanto, variando-se ÿ com o objetivo de controlar a potência ativa, uma
pequena variação na potência reativa é ocasionada.

Figura 2.22: Exemplo de Controle direto do índice de modulação ÿ e do ângulo de fase ÿ


pelas parâmetros A e B [8]

O controle vetorial é mostrado na figura 2.23 e permite o controle independente da


potência ativa e reativa. Sua vantagem é que a corrente de controle pode

32
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limitar a sobrecarga nas válvulas, porém apresenta uma desvantagem de um circuito


adicional de corrente de controle que pode retardar a velocidade de resposta. Nessa
estratégia de controle, as correntes trifásicas são transformadas para os eixos deq
e através de um PLL são sincronizados com o sistema CA.

Figura 2.23: Controle vetorial das parâmetros A e B, independentemente de um do outro,


através da corrente de controle dos eixos de corrente deq [8].

As propostas de eixo direto e em quadratura geradas pelo controle vetorial são


transformadas em componentes trifásicas e moduladas e atuarão no VSC. O controle vetorial
é constituído por uma malha de controle interna, que é responsável por controlar as correntes
de eixo direto e em quadratura, e outra malha externa que fornece as referências para a
malha interna.
As malhas externas de controle podem ter várias funções de controle dependendo do
objetivo do sistema. No entanto é importante destacar que, independente da função de ser
controlado, é necessário que um conversor VSC controle a tensão CC, para que haja o
balanço de potência ativa no sistema [8]. As grandeszas que podem ser controladas pela
malha externa são:

Controle de Tensão CA

O controle da tensão CA é obtido através da regulação do módulo da tensão da frequência fundamental

da tensão CA gerada no lado do VSC, antes do reator de interface. A magnitude da tensão CA é obtida pela

variação do índice de modulação ÿ.

33
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Controle de Tensão CC

O controle de tensão CC é comum a todos os VSCs e seu princípio de controle é o mesmo princípio de

controle de potência ativa. Um controlador de tensão CC pode regular a potência ativa para manter o nível

de tensão CC previsto no capacitor. Através da figura 2.24 vemos uma malha de controle usada para

controlar a tensão CC, usando um controlador proporcional e um proporcional-integral (PI) na malha interna,

para controlar o ângulo de fase diretamente ou através do controle vetorial.

Figura 2.24: Controle de tensão CC [5]

Controle de Potência

O controle de potência ativa e reativa pode ser feito separadamente, possuindo


loops de controle separados. O circuito de controle de potência ativa pode ser configurado
tanto para controlar a potência ativa quanto a tensão do lado CC. Num sistema VSC-HVDC
em regime permanente, o fluxo de potência ativa no lado CA é igual à potência ativa
transmitida pelo lado CC, desconsiderando as perdas. Isso é conseguido se um dos
conversores controlam a potência ativa transmitida e o outro controla a tensão CC. O circuito
de controle de potência reativa pode ser configurado tanto para controlar a potência reativa
quanto a tensão no lado CA. Qualquer um dos dois modos pode ser selecionado
independentemente de cada um dos conversores.

Controle de Frequência

Existem duas maneiras de realizar o controle de frequência: uma é pelo controle de


frequência do oscilador, que determina a sequência de ativação das chaves das válvulas
(esse seria o caso da alimentação de cargas isoladas); e a outra maneira é pela regulação
de potência que o VSC entrega ou absorve da rede (aplicada em casos quando o VSC está
conectado a um sistema que é influenciado por geradores CA e pelo controle de frequência
das cargas).

Uma operação estável do sistema de controle do VSC é essencial para a atuação eficaz
do sistema e do equipamento. Em [5] diz que, em específico VSC

34
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com a finalidade de alimentação de carga sem outra fonte de geração, o retificador conectado à rede de
geração deve ter o controle da tensão CC e da tensão CA no terminal conectado à geração e o inversor
deve atuar no controle de frequência e tensão CA nos terminais conectado à carga. No caso de conexões
entre dois ou mais sistemas CA, cada conversor pode controlar a tensão CA e um dos retificadores deve
controlar a tensão CC e a tensão CA no terminal em que a potência está entrando no VSC. Nos outros
conversores deve haver o controle de potência e o controle de tensão CA nos terminais em que a
potência está entrando no sistema CA.

Para sistemas com conexão de fazendas eólicas como geração, a transmissão VSC pode
ser integrada ao projeto de turbinas eólicas para obter o máximo desempenho. No terminal
conectado à geração eólica ou controle de tensão CA, frequência e potência devem ser
coordenadas com os geradores eólicos. Para obter o melhor desempenho, esses controles
devem ser coordenados com o controle de passo da turbina, o tipo de gerador e a velocidade
do vento. Nos terminais com conexão com o sistema CA, ou carga, onde a potência está
chegando, devem haver os controles de tensão CC e CA [5].

2.4 Vantagens e Desvantagens


O sistema VSC-HVDC possui diversas vantagens como foi descrito ao longo do capítulo,
como o controle do fluxo de potência entre as redes CA, garantindo assim um sistema
confiável e controlável. Dentre as inúmeras vantagens do VSC HVDC, podemos citar [24] e
[6]:

• Resposta rápida a perturbações (isso é devido ao controle rápido de potência


ativa e reativa);

• Os transformadores utilizados não são especiais. Podem ser usados transforma-


madores de corrente tradicionais, transmitindo o custo.

• Controle independente de potência ativa e reativa;

• Não há falhas de proteção causadas por falhas no sistema CA ou quedas de tensão no


sistema;

• Os filtros harmônicos são específicos apenas para os harmônicos gerados pela


modulação PWM;

• Pelo controle da tensão da rede, o VSC pode reduzir as perdas na rede que está
conectado;

35
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• O sistema de controle do retificador e do inversor funciona de forma independente


dente;

• O conversor VSC é capaz de criar a sua própria tensão CA em qualquer frequência, sem a
necessidade de máquinas rotacionais. VSC-HVDC pode alimentar cargas de uma rede passiva;

• Conversores VSC são facilitadores da criação de uma rede CC com vários conversores, já que
uma pequena codificação entre redes dos VSC's é
necessidade.

Como honestidade do sistema VSC-HVDC podemos citar:

• Para a eliminação das falhas na linha de transmissão CC, é necessário o acionamento dos
interruptores CA para o isolamento do VSC pelos dois lados do sistema. Ainda não existem
disjuntores CC de grande porte;

• Altas perdas por encargos devido à frequência de chaveamento serão muito


alta.

2.5 Comparação entre LCC e VSC


Essa seção tem por finalidade reunir em apenas um local, a comparação entre esses dois sistemas
HVDC: o LCC mais conhecido como o HVDC tradicional; eo VSC. Uma das principais diferenças é o
tipo de válvula. O LCC usa tiristores, que fecham pelo sinal do portão e abrem naturalmente quando a
corrente atinge o valor zero, dependendo, assim, da rede CA, e o VSC usa chaves controladas com
capacidade de serem acionadas e desacionadas independentemente da rede, são as

chaves autocomutadas.

Uma outra diferença significativa é o consumo de potência reativa, que atinge quase 60% da
potência ativa em operação normal no LCC, enquanto o VSC pode absorver ou fornecer potência reativa
sem a necessidade da instalação de capacitores.
Se uma falha no sistema CA ocorrer no lado do inversor, provavelmente ocorrerá uma falha de
visualização no sistema LCC, o que geraria uma interrupção de energia temporária. Por outro lado, o
VSC pode continuar transferindo potência ativa, limitada pela severidade da falta de CA. O controle do
VSC é rápido o suficiente para evitar sobrecorrentes devido a mudanças súbitas de tensão no sistema
CA.
Mesmo com todos os benefícios, até o momento a tecnologia LCC é superior à VSC em termos de
custo e perdas de potência para sistemas de grande escala.
As principais diferenças entre essas duas tecnologias são ressaltadas na tabela 2.1 [20].

36
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Tabela 2.1: Comparação entre os sistemas LCC e VSC [20]


CCB VSC

Tipo de Válvula Comutada pela Linha Autocomutada

Pode ocorrer um defeito


Falha de
CA e fundamentos de Não ocorre
Comutação
tensão

Relação de Em geral, deve ser maior que 2 Não há limite, podendo ser
Curto-Circuito para operação estável muito baixo

Dispensa compensação
Consumir em torno de 50%
Consumo de reativa “shunt” e ainda
a 60% da potência ativa
Potência Reativa pode gerar ou absorver
transmitida
reativo do sistema CA

Fonte de tensão CA Não é necessário fonte CA


Dependência da fonte
(geração ou síncrono) é podendo carregar cargas alimentares
CA
obrigatório passivas
Necessita de filtros de corrente
A geração de harmônicos
CA para absorver
pode ser reduzida
Harmônico e harmônicos de ordem
aumentando-se a frequência de
Filtros (12n ± 1) e, para linhas
chaveamento (filtros
aéreas, filtros CC p/ danos. de
fisicamente menores)
ordem (12n)
Proteção diante de faltas Recuperação rápida é Recuperação rápida é difícil
CC possível sem interruptores CC

As diferenças estão
afastamento às devido
Custos e Perdas Melhores até o momento
melhorias em tecnologia
VSC

Não são necessários


Transformadores
transformadores especiais
Transformador conversores especialmente
quando se utiliza
concebidos
modulação PWM
Tamanho das

estações Grandes Consideravelmente menores


conversores

37
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Capítulo 3

Descrição dos Sistemas Offshore

As cargas transportadas no oceano são semelhantes às cargas industriais encontradas


em terra. O que tem como diferencial são as limitações de espaço, o custo de manutenção e
algumas características construtivas com a finalidade de proteger o equipamento contra a
umidade e salinidade encontradas em um ambiente marítimo. Em [9] é comprovado uma série
de artigos com informações sobre os sistemas offshore e, com base nisso, gerou-se dois
gráficos com essas informações que podem ser vistos na figura 3.1, um relacionado à
capacidade instalada com a distância das cargas do sis-tema offshore em relação à terra e
os outros gráficos relacionados à capacidade instalada com a profundidade de operação.

Uma das aplicabilidades do VSC-HVDC, como foi visto no capítulo anterior, é o seu uso
para alimentação de sistemas isolados e para o fornecimento de energia de/para sistemas
offshore. No caso de parques eólicos offshore, comumente encontrados na literatura como
parques eólicos offshore, o VSC-HVDC pode ser usado para transmitir a energia gerada
offshore para a terra.
Este capítulo tem como objetivo descrever alguns tipos de cargas que podem ser
encontradas em sistemas offshore e fazer uma abordagem simples de como funciona o
sistema de geração de energia atualmente.

3.1 Plataformas de extração de Petróleo e Gás Na-


cultural

A maioria das cargas do sistema offshore está associada a plataformas de petróleo e gás.
Mais de 1300 plataformas estão localizadas offshore, grande parte delas (185) estão situadas
no Mar do Norte e no Golfo do México (175) [9]. As plataformas de óleo e gás precisam de
equipamentos especiais para o processamento de óleo e seu transporte.

Uma plataforma de petróleo pode ser de vários tipos de estrutura, como fixa,

38
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Figura 3.1: (a)Capacidade instalada em relação à distância dos sistemas em relação à costa
(b) Capacidade instalada em relação à profundidade de operação, adaptado de [9].

auto-elevatória, semi-submersível, pernas atirantadas, podem ser do tipo navio-sonda ou


um FPSO (Floating Production Storage and Offloading ), conforme descrito e explicado em
[22]. Normalmente, essas unidades operam da seguinte maneira: o

39
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fluido é retirado dos reservatórios através das colunas dos poços. Depois de chegar à
superfície, topside, esse fluido vai para a planta de processos e lá há a separação do óleo,
água e gás. O petróleo é armazenado para depois ser transferido através de um navio
aliviador. Uma parte da água produzida é reinjetada nos poços, a fim de manter a pressão
do mesmo, enquanto a outra parte é descartada no mar. O gás produzido pode ser usado
para geração de energia dentro das plataformas ou pode ser enviado para a terra por meio
de gasodutos.
Uma planta de uma plataforma é rica em equipamentos para todo o processo
do óleo seja realizado, com uma engenharia muito moderna e complexa. No entanto, o foco dessa seção

será o sistema elétrico de uma plataforma, detalhando e descrevendo seus subsistemas.

3.1.1 Geração
Atualmente, a geração de energia na maioria das plataformas é realizada localmente
por meio de turbinas a gás ou motos geradores a diesel. A eletricidade então é consumida
por motores elétricos, aquecedores elétricos no processo de produção e outra parte vai para
sistemas auxiliares, como iluminação. A demanda energética de um sistema offshore
depende de alguns fatores como:

• Tamanho do campo e características do poço, que irão determinar a quantidade


de petróleo e gás produzido;

• Características do Processamento, como comparação, variações, aquecimento


e resfriamento;

• Injeção de Água ou Gás, para retirar o máximo de óleo e gás do reservatório;

• Sistema de Transporte, como pipelines e flowlines.

A demanda energética varia para diferentes instalações, podendo ser de 10-100kW para
pequenas plataformas e mais de 100MW para as maiores plataformas [21].
Campos como Ekofisk ou Tampen (Statfjord/ Gullfaks/Veslefrikk), localizados na Noruega,
possuem demanda energética de aproximadamente 500MW, cada.
Os sistemas de geração de energia elétrica mais utilizados são [33]:

• Turbina a gás aero derivada (3-40MVA);

• Turbina a vapor(2-25MVA);

• Motor de combustão interna (0,3-20MVA);

• Banco de Baterias (até 350KVA)

40
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A tensão das unidades pode variar de 440V até 13,8kV, de acordo com os
requisitos do projeto. De acordo com [10], para uma unidade de geração acima de
1MW é comum a utilização de turbinas a gás. Abaixo desse valor ou na falta deste
combustível, o diesel é utilizado como alternativa.
As turbinas a gás podem ser definidas como [10]:

• Turbinas a gás aeroderivadas;

• Turbinas a gás industriais leves;

• Turbinas a gás industriais pesadas.

O modelo frequentemente utilizado em plataformas de petróleo é o aeroderivativo,


encontrado numa faixa de potência entre 8-25MW [10]. O princípio de funcionamento
desse equipamento consiste no seguinte: o gás é aquecido na caldeira e colocado em
alta velocidade, passando para a turbina que aciona o gerador. Depois disso, o gás
pode ser expelido ou reaproveitado. Esse sistema possui algumas vantagens, dentre
as quais podemos citar:

• Manutenção rápida e fácil, podendo ser feita de forma individual, já que o gerador
a gás pode ser removido como um único e simples módulo;

• Razão entre potência e peso alto, o que é de grande benefício em unidades


no mar;

• Fácil operação.

Contudo, podemos citar também algumas especificações como:

• Alto custo de manutenção;

• Elevado custo com combustível;

• Alto custo de substituição.

Em termos construtivos, existem duas configurações possíveis para as turbinas a


gás: eixo único e dois eixos. Na configuração de eixo único, todos os elementos
rotacionais detalhados de um eixo comum, como é visto na figura 3.2. Na configuração
de eixo duplo, o compressor é acionado por uma turbina de alta pressão, chamada de
turbina do compressor, e o gerador é acionado separadamente por uma turbina de
baixa pressão, denominada turbina do gerador, como pode ser visto na figura 3.3.
Esse tipo de configuração é o tipo mais utilizado em turbinas aerodinâmicas derivadas
e através dela é obtido um melhor desempenho termodinâmico, uma vez que a alta
velocidade de giro melhora a eficiência do compressor e da turbina [13].

41
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Figura 3.2: Turbo gerador aero derivado de eixo único. Adaptado de [10].

Figura 3.3: Turbo gerador aero derivado de dois eixos. Adaptado de [10].

Para a partida dos geradores aeroderivativos, podem ser utilizados motores CC,
geralmente para aplicações de até 20MW. Os motores CC requerem bancos de baterias
potentes, no entanto, ainda assim são mais confiáveis e importantes para as unidades
offshore.
Segundo [34], em unidades marítimas de produção que utilizam turbo geradores, devem
ser instaladas dois meios diferentes e independentes de partida das turbinas dos geradores,
principalmente quando todos os geradores instalados desligados na condição dead-ship1 .
Visando esse sorteio, dois grupos de geradores a diesel devem ser instalados (um gerador
de emergência e um auxiliar).

3.1.2 Sistemas de Geração

O sistema elétrico de plataformas de petróleo é dividido e classificado de acordo com a


criticidade e importância das cargas, de acordo com sua função para continuidade da
operação, segurança da instalação e das pessoas. Dessa forma,
1Condição na qual a planta de geração principal, as caldeiras e os sistemas auxiliares não estão
em operação devido à falta de energia.

42
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os sistemas de geração podem ser divididos em geração principal, de emergência e


ininterrupta.

Geração Principal

O sistema de geração principal é formado por geradores acionados por turbinas a gás,
descrito anteriormente, aproveitado do processo de separação do fluido (no caso de falta de
gás ou diesel é usado como combustível). Esses geradores são capazes de atender toda a
demanda de potência da planta em condições normais de operação. Para o fornecimento
contínuo de energia é muito importante a redundância no sistema de alimentação, por isso,
é muito comum encontrar arranjos de dois a quatro geradores idênticos acionados por
turbinas a gás, sendo um deles redundante.

Geração de Emergência

O sistema de geração de emergência é composto por um ou mais geradores acionados


por motores a diesel. Esse sistema é direcionado a atender aos sistemas essenciais da
plataforma no caso de perda da geração principal. Esse sistema deve ser totalmente
independente do sistema de geração principal e pode ter a partida
manual ou automático.

UPS - Fonte de alimentação ininterrupta

Existem equipamentos que parecem de fontes ininterruptas e devem funcionar em


qualquer circunstância, como os sistemas de comunicação, luzes de emergência, painéis de
navegação, sistemas de fogo e gás, dentre outros. Com isso, existem sistemas de corrente
contínua e baterias, chamados de sistemas de alimentação ininterrupta de eletricidade
(UPS) que, além das baterias, são constituídos por módulos
retificadores e inversores e chaves de transferência.

3.1.3 Controle de Processos, Supervisão e Operação


Esse sistema está mais ligado ao sistema de automação da plataforma, mas pode ser
considerado um dos sistemas principais, pois, de certa forma, engloba todos os outros
sistemas, gerenciando-os e monitorando-os. Basicamente, seus componentes são sensores
e atuadores, redes de comunicação (que podem ser por cabos ethernet, fibras óticas, etc.),
remotos de I/O (Input/Output) que fazem a aquisição e controle de dados e como estações
de monitoramento de dados (CCR - Central Control Room).

Os sensores são dispositivos conectados aos equipamentos a fim de monitorar uma


variável, através da conversão de um parâmetro físico, como temperatura, pressão

43
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ou corrente, em sinal digital. Esses dados são enviados pela rede de automação até uma estação
remota de I/O e então são enviados para o CCR por sinal de rede.
Os atuadores têm a finalidade de atuar sobre o sistema, por exemplo, ligando ou desligando
um equipamento ou mandando um comando de abertura ou fechamento
de uma válvula.

3.1.4 Cargas
O sistema elétrico de uma plataforma é composto por mais equipamentos, como
transformadores, painéis de distribuição e sistemas de iluminação. Contudo, esses equipamentos
não serão seletivos nesse trabalho por não serem de alta relevância ao objeto de estudo central.
Essa subseção tem como objetivo fazer uma breve análise das cargas de uma plataforma.

As cargas mais importantes em uma plataforma de petróleo podem ser divididas


em:

• Drives para os processos e sistemas auxiliares: Sistemas quase exclusivamente para


bombas e compressores utilizados em processos industriais de petróleo, gás, água ou
produtos químicos;

• Sistemas de Aquecimento de Processos: Sistemas que envolvem caldeiras, aquecedores


de óleo no sistema de processos e além disso, cabos elétricos de rastreamento térmico
(traqueamento térmico) e elementos de aquecimento são usados para necessidades locais
com baixa classificação e para aplicações especiais;

• Sistemas Eletroquímicos: Sistemas para dessalinização da água do mar, para fins de


injeção e uso em plataformas

• Sistemas de ventilação, iluminação e aquecimento.

O sistema elétrico de distribuição de uma plataforma de óleo e gás é considerado um sistema


fraco, com problemas relacionados à qualidade da potência devido à demanda de potência
reativa e ao baixo fator de potência, harmônicos na corrente e na tensão, entalhes na tensão e
modos comuns de tensão [9]. Todos esses fatores levam ao aumento das perdas e comprometem
o ciclo de vida e a operação dos equipamentos.

Cargas Típicas

A tabela 3.1 mostra o consumo de potência por área em uma plataforma de petróleo. As
cargas são na sua maioria constituídas de bombas e compressores e alguns desses equipamentos
são acionados por VSD's.

44
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Tabela 3.1: Descrição do consumo de potência por áreas em uma plataforma de


petróleo, adaptado de [21].
Área de Consumo Potência
Equipamentos de processamento de óleo 1-2MW
Sistemas de exportação de óleo 2-12MW
Sistemas de regeneração de Glicol/Metanol 0,5-3MW
Recompressão a Gás 2-10MW
Sistemas Auxiliares Injeção 1-2 MW
de Água Perfuração 12-25 MW
(Perfuração) 2-5 MW
Casaril 0,5-2MW
Iluminação, ventilação e aquecimento 0,2-2MW
Instalações de cabos de rastreio térmico 0,1-1MW
Consumidores de energia de emergência 0,6-6MW

VSD - Acionamento de Velocidade Variável

Um equipamento VSD -Variable Speed Drive- também é chamado de conversor


de frequência. Sua função principal é acionar cargas, por exemplo motores, que
Atualidade de controle de partida e de velocidade. O conversor é composto basicamente por
um retificador, o CC e o inversor e sua operação consiste em gerar tensão
e frequência frequente a partir da fonte de tensão da rede, através de modulação
PWM.
A relação entre velocidade de um motor de indução e a frequência é dada por
[35]:

60.f
Ns = (3.1)
p

60.f.(1 ÿ s)
Número = (3.2)
p
Onde:

f é a frequência do campo magnético girante [Hz]


p é o número de pares de polos (característica inerente à construção física do
motor)
Ns é a velocidade sincronizada [rpm]
Nr é a velocidade do rotor
é o escorregamento relativo
Dessa forma, através das equações 3.1 e 3.2, vemos que a velocidade de um motor
pode ser controlado através da frequência da fonte de alimentação, já que o número
de polos e o escorregamento são relacionados à construção do motor. O uso do VSD
pode trazer muitos benefícios, como a economia de energia, aumento do controle

45
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sobre a operação dos motores e maior confiabilidade do sistema sem a necessidade


de manutenções frequentes.
No entanto, esse equipamento gera harmônicos. Segundo a norma IEE 519-
1992 [36], os níveis máximos de perturbação de harmônicos dos VSD no ponto de
A cobertura comum, PCC, deve ser de:

• 5% de THD - Distorção Harmônica Total para tensão e corrente

• 3% de Distorção para harmônicos individuais de tensão e corrente

Para que esses requisitos sejam cumpridos, há a necessidade da instalação de


Filtros passivos para que os limites de THD e de ocorrência de harmônica individual
sejam mantidos.

Bombas

As bombas são equipamentos essenciais no sistema de processos em um sistema


offshore, com a finalidade de bombardeio do fluído através das linhas de processo
em uma plataforma, injeção de água e outros líquidos. Auxilia também na separação
de gás/líquido, óleo/água e separação multifásica. A tabela 3.2 mostra os valores de
potência de alguns equipamentos em uma unidade offshore especificamente relacionada em
[22]. Note-se que a maioria dos equipamentos são bombas e compressores.

Tabela 3.2: Descrição de cargas com as respectivas potências de uma plataforma de


petróleo, adaptado de [22].
Função na Plataforma Bomba de Potência[kW]
Transferência de Óleo Sistema de Injeção de Água 1700
Bomba de Captação de Água do Mar 2700
Bomba de Água de Resfriamento Compressor de Gás 463
Booster Turbo Compressor de Gás Painel do 294
Tratador de Óleo Centro de Controle do 600
Motor Bombas de Água Quente Gerador 245
de Gás Inerte Bomba Desaeradora 300
Iluminação Normal – Iluminação Naval 394
Gerador de Hipoclorito de Sódio 90
Compressor de Ar Sistema de 125
Lastro, Esgotamento Bomba 132
de Captação de Água do Mar – Emergência Bomba de Água 150
de Resfriamento – Emergência Bomba de Dreno 330
155
185
75
90
185

46
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Compressores

No processo de separação do óleo/água/gás, o gás sofre uma despressurização


naturalmente, mas deve ser pressurizado novamente para que seja transportado pelos
gasodutos, seja para as unidades de processamento, para continuar o condicionamento ou
para reinjeção do gás [ 37]. Esse último é um processo muito importante em campos maduros
(mais antigos), pois a injeção de gás em reservatórios ajuda na recuperação do poço, ou seja,
essa técnica aumenta a capacidade do poço. Nos campos mais novos, a injeção de gás auxilia
na maximização da produção. O que ocorre é que o gás injetado aumenta a pressão suficiente
para forçar o fluido para a superfície.

3.2 Sistemas Submarinos


Com a descoberta de campos de exploração de petróleo e gás em águas profundas1 , o
desenvolvimento da tecnologia submarina vem ganhando importância. Para extrair óleo e gás,
um grande número de equipamentos elétricos precisam ser instalados no leito marinho,
aumentando, assim, a carga e a necessidade de geração de energia.
Além disso, a tecnologia subsea é uma solução para a exploração de poços marginais2 ,
quando a instalação de uma estrutura fixa para a exploração desses poços não vale o custo-
benefício. Uma descrição completa e detalhada de sistemas submarinos é encontrada em [11]
e [12].
Um sistema de produção submarina é constituído pelos seguintes elementos [13]:

• Poço submarino;

• “Árvore de Natal” úmida – Sistema de válvulas e contenção de pressão do


poço;

• Manifold - Sistema de distribuição;

• Flowline - Dutos de fluxo/escoamento;

• Umbilicais – Cabos de transmissão de potência hidráulica, elétrica e/ou sinais;

• Sistemas de controle;

• Sistema de potência e distribuição.

Essa descrição de componentes de um sistema submarino é um espelho dos componentes


de um sistema topside. Assim como numa plataforma de petróleo, em que

1Termo usado para descrever profundidades maiores do que 600 pés.


2Poços com pequena possibilidade de prospecção, porém com uma possibilidade significativa.

47
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Figura 3.4: Sistema Típico de Produção Submarina [11]

o fluido é retirado do reservatório através dos poços e é levado até a plataforma passando pela árvore de

natal e depois pelo manifold, o mesmo acontece em um sistema submarino.

Um sistema de controle submarino elétrico e hidráulico normalmente requer uma unidade


localizada no topside para fornecer o controle e a energia possível aos equipamentos
submarinos. Os dois tipos de sistemas de potência são: sistema de energia elétrica ou
sistema de energia hidráulica. O sistema de energia elétrica fornece energia aos
equipamentos submarinos, incluindo válvulas e atuadores em árvores submarinas /
manifolds, transdutores e sensores, bombas e motores.
As fontes de energia podem vir de uma instalação em terra, como mostrado na figura
3.5, parques eólicos offshore, ou diretamente do local através de plataformas marítimas ou
geradores submarinos com capacidade de carga útil suficiente para gerar energia para os
equipamentos submarinos. Embora a geração de energia submarina exija um alto custo de
desenvolvimento, ela tem custos de construção e operação relativamente baixos [12]. Além
disso, o sistema tem a possibilidade de expansão e não são necessários conectores de alta
tensão e inversores.
Um dos grandes desafios encontrados no sistema submarino é o desenvolvimento de
equipamentos para suportar as grandes tensões e o elevado gradiente de temperatura
encontrados no leito marinho. Além disso, a confiabilidade desses equipamentos deve ser
muito elevada, já que o custo para fazer manutenções frequentes nos equipamentos é
altíssimo e, dessa forma, eles precisam atuar de maneira contínua e sem

48
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Figura 3.5: Fornecimento de Energia vinda da Costa [12]

falhas. A confiabilidade de um equipamento submarino tem que ser designada para a


duração de mais de vinte anos [14].
Nas plataformas, como por exemplo os FPSO's, há uma grande quantidade de
equipamentos associados aos sistemas de processo e de descarga da produção. Além
disso, conte com equipamentos para geração de energia e de controle e conversão para a
utilização de máquinas localizadas no leito marinho. A perspectiva é que cada vez mais
equipamentos localizados no topside sejam realocados para o leito marinho. Em alguns
sistemas submarinos, o petróleo é apenas retirado dos reservatórios e então levado para a
superfície através dos risers. No entanto, em outras plantas existe o sistema de
processamento e separação do óleo e bombeio. No futuro, a expectativa é a implementação
completa de sistemas subsea-tieback, no qual os equipamentos no leito marinho serão
conectados diretamente à terra, isso para instalações mais próximas ao continente [13].

3.2.1 Diferença entre Equipamentos Subsea e Topside


Para aumentar a produção e maximizar a confiabilidade dos campos marítimos, o foco
na substituição de alguns equipamentos tradicionais, que ficaram localizados na superfície,
por versões submarinas aumentou consideravelmente.
Os equipamentos submarinos precisam ter uma confiabilidade muito grande, por conta
da dificuldade de manutenção e do seu alto custo. Consequentemente, suas características
construtivas devem ser diferentes de equipamentos topside, que também possuem suas
características particulares em relação aos equipamentos onshore de-vido à exposição à
umidade e salinidade do ambiente marítimo e, dependendo de sua localização na plataforma,
podem estar em uma área de visão1 e deve possuir determinado grau IP2 . Em relação aos
equipamentos subsea, podemos citar algumas diferenças em relação aos equipamentos
topside [13].
Enquanto os VSD's e os atuadores têm seu resfriamento e acondicionamento para
circulação de ar livre no topside, em sistemas submarinos eles serão encontrados em

1Devido à presença de gases inflamáveis existe uma classificação de áreas nas plataformas de
acordo com o potencial de atmosfera explosiva.
2 Grau de proteção, definido pela IEC 60529, contra a intrusão de poeira, gás, água, por exemplo.

49
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câmaras fechadas e compactadas com resfriamento por convecção a água marinha.


Os cabos submarinos devem ter isolamento sólido para funcionar com alto gradiente de
temperatura e pressão. Os transformadores devem suportar altas pressões e devem ser com
isolamento a óleo (um dos grandes desafios para sua construção e operação é a dificuldade
de isolamento entre as partes elétricas vivas e a água) e o resfriamento deve ser por
convecção.
A figura 3.6 mostra um módulo de UPS -Uninterruptible Power Supply- subsea.
Desenvolvemos módulos de bateria de 165 kWh para permitir o bombardeio submarino. A
UPS Submarina também fornece energia ininterrupta para sistemas de desligamento de
produção. A potência pode ser fornecida para sistemas de compressores submarinos,
válvulas com atuação elétrica e motores em sistemas de produção submarinos. Com o
fornecimento de energia redundante local através do UPS, o risco de falha de energia é
reduzido.

Figura 3.6: Exemplo de UPS submarino [12]

3.2.2 Topologia dos Sistemas Elétricos Submarinos

Os sistemas de águas profundas contêm longas distâncias de transmissão e distribuição


para que as cargas submarinas sejam alimentadas. Até então, era preferível a instalação dos
conversores e dos equipamentos de geração em terra ou em embarcações topside, isso
porque a instalação desses equipamentos para humanos é muito perigosa devido às
condições submarinas. Com o desenvolvimento dos ROVs – Remotely Operated Underwater
Vehicle- foi possível a instalação de mais equipamentos no leito marinho, possibilitando,
assim, que os equipamentos de eletrônica de potência pudessem ficar mais perto das cargas,
reduzindo o custo do fornecimento de energia e aumentando a confiabilidade do sistema [14].

Equipamentos como ESP's - Bombas Elétricas Submersíveis- e compressores usam-


dos no sistema submarino para produção e processamento de óleo e gás desligam grande
quantidade de potência, da ordem de 10 a 15MW. Uma proposta de geração de energia

50
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gia, com a finalidade de substituição da geração local em plataformas, é a geração onshore e o


fornecimento de energia através de cabos de transmissão de longa distância, o que reduziria o custo
e a manutenção do sistema de geração em plataformas.
O nível de tensão usado para a transmissão em sistemas submarinos é da ordem de 36 kV a 100
kV [14]. O nível de tensão é mantido alto para diminuir as perdas de potência e minimizar o consumo
de potência reativa.
A escolha do tipo de transmissão a ser usada, CA ou CC, depende da distância e da potência
reativa absorvida da fonte de energia [14]. Cada sistema tem seus benefícios e limitações, no entanto
o enfoque desse trabalho é na tecnologia HVDC, assim sendo os sistemas CA serão brevemente
comentados.

AVAC

As cargas submarinas são localizadas distantes da terra, sendo assim necessários longos
empate. O nível de tensão da transmissão está entre 36 kV – 100 kV. Uma distri-

A construção dos sistemas submarinos é mantida entre 3,3 kV e 6,6 kV para fins de alimentação como
cargas elétricas individuais. Assim sendo, os sistemas HVAC utilizam resoluções de frequência de
linha transformadas nas extremidades da linha de transmissão e distribuição, resultando em um
sistema de grande dimensão e pequena densidade de potência [14].

Figura 3.7: Topologia parcial de carga única [13]

Para um sistema simples, como o de alimentação de apenas um motor, e distâncias curtas,


podemos ter uma topologia do sistema como encontrada na figura

51
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3.7. Nesse caso, um motor CA submarino é alimentado através de um cabo submarino CA e


no topside encontra-se o VSD e um transformador. Esse tipo de sistema é recomendado para
distâncias de 10 a 25 km e carga entre 1 a 4MVA, com tensão de operação de 6kV.

A arquitetura de um sistema de transmissão e distribuição de grande porte e completo,


com diversos equipamentos, é vista na figura 3.8. Esse sistema é composto de motores,
conversores de potência eletrônica, transformadores, módulos de controle, UPS - Fontes de
alimentação ininterruptas -, compressores e bombas, usados para a elevação artificial do
óleo, dentre outros equipamentos.

Figura 3.8: Arranjo completo para um sistema de distribuição elétrica subsea [13]

A grande desvantagem da transmissão e distribuição CA é a perda de potência reativa.


Devido à grande capacitância desse tipo de linha, as correntes de carregamento se tornam
muito altas, especialmente para os umbilicais. Assim sendo, uma

52
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grande quantidade de potência reativa é exigida do sistema de geração, levando a grandes


perdas de potência.

HVDC

Como já foi visto no capítulo sobre transmissão em corrente contínua, a transmissão em


HVDC ganhou muita atenção devido às suas aplicabilidades em garantir uma operação segura
e confiável em conexões de sistema assíncrono, bem como o controle preciso e instantâneo
de potência. Em sistemas submarinos, alguns estudos mostram que a distância de ponto de
equilíbrio entre a escolha dos sistemas CA ou CC é de 50 km, ou que em terra é de 550 km
[14].
Um exemplo de transmissão HVDC em sistemas submarinos pode ser visto na figura 3.9.
A figura 3.9(a) é o mesmo esquema desenvolvido em Troll A, sistema submarino localizado na
Noruega, operado pela Equinor, com uma distância de 70 km da costa e com profundidade de
300m [14]. Nesse caso, a tensão CA gerada é convertida em CC e transmitida através de
cabos CC, que possuem baixa capacitância, resultando em pequenas perdas. O conversor na
extremidade receptora da linha de transmissão é interrompido em uma plataforma devido ao
seu grande tamanho.
Uma configuração com o intuito de reduzir a dimensão do sistema é mostrada na figura
3.9(b) que é uma estrutura HVDC baseada em anel. Essa estrutura usa transformadores em
série com um bypass, aumentando assim a confiabilidade do sistema em relação ao
fornecimento de energia às cargas na presença de alguma falha em uma das cargas.

3.2.3 Cabos Submarinos


Os cabos submarinos responsáveis pela transmissão de potência são chamados de
umbilicais de potência ou somente de umbilicais. Além de transmitirem energia elétrica, desde
a geração até a carga, os umbilicais podem possuir cabos elétricos ou fibras óticas para o
envio de sinais, possibilitando o controle de equipamentos através das unidades topside,
cabos elétricos para a alimentação de pequenas cargas e também podem possuir mangueiras
hidráulicas para os sistemas de controle. A parte disso, pode-se ver a complexidade desse
tipo de equipamento e sua variabilidade de funções acopladas.

Os umbilicais devem suportar diversas interações de forças mecânicas, por exemplo a


força gerada pelo seu próprio peso e de correntes marítimas. Além disso, podem ser
suscetíveis a atividades como danificação por causa de alegrias ou impactos gerados por
embarcações. Por isso, esses cabos devem ser altamente protegidos e, para isso, são usados
uma ou duas camadas de armadura metálica por fios durante a fabricação.

53
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Figura 3.9: Arquiteturas de sistemas de potência submarina usando HVDC, (a) Arquitetura
de potência de Troll A, (b) Arquitetura de sistemas de potência submarina
baseado em anel, adaptado de [14]

Geralmente, tanto os cabos de potência quanto os umbilicais são feitos sob encomenda,
dadas as características de cada ambiente, como mencionado acima.
Contudo, a sua essência será sempre a mesma, transmitindo potência elétrica e podendo
ser usada para outras funções conforme descrito anteriormente. Uma figura 3.10
mostra um exemplo de umbilical de corrente alternada.

Figura 3.10: Cabo Umbilical elétrico [13]

54
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As parâmetros de modelagem de um cabo umbilical são diferentes de um cabo


convencional. A impedância, por exemplo, não será um parâmetro concentrado, mas sim
distribuído. Além disso, a indutância é altamente dependente da frequência devido ao grande
número de partes metálicas. Os umbilicais são afetados pelos transitórios, por exemplo,
mudança brutal de carga e atuação de harmônicos. Assim sendo, o estudo de transitórios
deve ser realizado para a implementação desses cabos e, para isso, uma modelagem correta
deve ser utilizada [14].
No presente trabalho é feita uma abordagem sobre o fornecimento de energia elétrica para
sistemas offshore. Assim sendo, os umbilicais são de suma importância para a transmissão
da energia gerada onshore. Esses cabos de potência podem transmitir potência do continente
para um sistema submarino, entre plataformas, entre unidades flutuantes (FPSO's) e unidades
físicas e entre equipamentos submarinos.

Cabos CC

O uso de transmissão em corrente contínua para transmissão de potência para


distâncias longas trazem como grande benefício a utilização de cabos com frascos de menor
resolução, já que a linha de transmissão CC não apresenta problemas de grandes valores de
capacitância e indutância equivalentes, como na linha de transmissão CA. A figura 3.11 mostra
um cabo submarino e seus componentes.

Figura 3.11: Cabo HVDC submarino [13]

O condutor do cabo é formado por fios redondos entrelaçados e compactados

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de cobre ou alumínio. Para películas transversais maiores, os fios possuem formato


trapezoidal. Para não permitir a entrada de água, o condutor pode ser selado longitudinalmente.

O isolamento do cabo é constituído por camadas: uma de invólucro metálico de liga de


chumbo, mantendo o isolamento e o condutor seco; outra de revestimento de polietileno, que
é o revestimento interno e tem como finalidade a proteção mecânica e corrosiva para a
camada de chumbo; e, por fim, a armadura de tração, que é composta por fios de aço
redondos galvanizados ao redor do cabo e vindo uns dos outros. Cabos HVDC geralmente
são mais leves que os cabos CA para a mesma potência distribuída, o que gera menor força
de tração quando os cabos são colocados. O uso do aço galvanizado é vantajoso pois possui
melhores propriedades de tração do que a maioria dos materiais não magnéticos [2].

Essa armadura de tração é banhada com betume para que haja uma proteção eficaz
contra a corrosão e ela oferece proteção mecânica contra impactos. Por último, tem-se o
revestimento exterior ou cobertura, formado por duas camadas de dois fios de polipropileno.

Para evitar perdas ferromagnéticas, os cabos submarinos CA são notáveis de material


não magnético para a armadura do fio, assim sendo, ou são utilizados fios de cobre, de liga
de alumínio ou de aço iNOxidável não magnético. Para cabos CC, não há perdas magnéticas,
portanto, fios de aço galvanizado podem ser usados para blindagem de tração.

56
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Capítulo 4

Testes para a Implementação do


VSC-HVDC

A transmissão do VSC tem diversas funcionalidades e aplicações, como já foi discutido


no capítulo introdutório. No entanto, alguns devem ser feitos antes da tomada de decisão
do uso de transmissão VSC, que são os estudos de estudos previstos.
A partir do resultado e da decisão de se investir nesse tipo de tecnologia, deve ser analisado
o estudo de rede. Dependendo das características do projeto, os estudos podem variar e
em alguns casos ou o uso do VSC pode ser de grande benefício devido a suas propriedades.

Este capítulo tem como objetivo descrever os estudos técnicos do sistema CA


necessários para a avaliação e concepção do uso da transmissão VSC, e algumas
especificações básicas sobre a modelagem do sistema serão abordadas. Os estudos são
divididos em três etapas, conforme mostrado na figura 4.1 [5].

Figura 4.1: Diagrama de estudos para implementação de transmissão VSC, adaptado de


[5].

57
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4.1 Estudos de Viabilidade


Os estudos de previsões são essenciais para avaliar se a transmissão VSC é uma solução
técnica e economicamente viável para uma determinada necessidade de transmissão. Dessa
forma, a primeira coisa a ser feita na fase de estudos é a avaliação econômica do projeto e
sua justificativa. Para a transmissão de energia para uma área isolada, por exemplo, a
justificativa seria o aumento da capacidade de fornecimento de energia, sem a necessidade
de aumento de geração local.
Além disso, alguns estudos técnicos devem ser feitos com o propósito de levantamento
de dados, como o custo dos equipamentos a serem utilizados, avaliação das perdas de
potência na transmissão e benefícios financeiros. Dessa forma, todas as opções de
transmissão devem ser consideradas nos estudos para escolher a opção mais vantajosa.
Dentre os estudos técnicos realizados na etapa de estudos de previsão, podemos citar dois
estudos: o de fluxo de potência e o de estabilidade.
O fluxo de potência fornece dados do sistema em regime permanente como a tensão nas
barras do sistema, os fluxos de potência ativa e reativa, as perdas de potência e a necessidade
de compensação para uma determinada situação [5]. O fluxo de potência deve ser analisado
para diferentes níveis de P e Q, na transmissão VSC, em diferentes situações de operação
da rede CA, por exemplo na ocorrência de contingências e diferentes padrões de geração,
transmissão e carga.
O estudo de estabilidade pode ser necessário para confirmar os dados obtidos no estudo
do fluxo de potência e também para analisar a estabilidade do sistema com uso de transmissão
VSC. Para obter bons resultados nesses estudos, uma modelagem mais detalhada do sistema
VSC deve ser realizada.

4.1.1 Justificativa Econômica

Existem diversas justificativas econômicas encontradas para a implementação de


uma transmissão VSC, dentre as quais podemos citar:

• Um sistema de transmissão CC não aumenta as correntes de curto-circuito, o que reduz


e previne custos adicionais necessários para contornar esse problema na rede CA;

• O VSC possui controle de potência ativa e reativa muito rápido. Assim sendo, custos
que envolvem equipamentos de controle de tensão, compensação de reativo, dentre
outros, podem ser economizados. Além disso, esse controle de potência preciso previne
o congestionamento do fluxo de potência e garante segurança para a rede e redução
de perdas;

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• O tempo de implementação de um sistema de transmissão VSC é menor comparado a outras


alternativas, devido à estrutura modular e à possibilidade de uso de cabos CC poliméricos.

Um exemplo de estudo de soluções econômicas é encontrado em [15]. Esse estudo é feito de


uma forma genérica como um modelo para aplicação em tomada de decisões de investimento
econômico no uso de transmissão VSC-HVDV para fornecimento de energia para sistemas offshore.
Um dos resultados mostra a relação entre o custo (geração local ou remota, em terra) e a demanda
energética que pode ser vista na figura 4.2

Figura 4.2: Avaliação de custo diante de diferentes cenários de demanda energética [15]

4.1.2 Estudos técnicos


Após a fase de estudo de opções econômicas e a aprovação do mesmo, é
tudos especiais para a área técnica devem ser analisados. Como foi mencionado anteriormente, um
dos estudos feitos nessa fase do projeto é o de fluxo de potência.
Através do fluxo de potência, pode-se calcular as perdas de potência do sistema CA em diferentes
situações. Uma das aplicações do VSC é o uso dessa tecnologia em paralelo com o sistema CA para
melhorar a redução das perdas. Buscando obter esse ponto ótimo de operação, você pode usar um
FPO (Fluxo de Potência Ótimo).
Outro aspecto importante a ser investigado no fluxo de potência é se, em condições normais de
operação, alguma tensão na barra é violada. Nesses casos, o VSC pode contornar o problema
através do seu controle de tensão e potência reativa, respeitando os limites do equipamento e da
rede. No entanto, se essa violação de tensão para em uma barra distante do VSC, o estudo do fluxo
de potência indicará

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o local da barra e a necessidade de compensação. A seleção da compensação de potência


reativa ideal pode ser obtida através de um FPO.
Uma análise de contingências deve ser feita com o objetivo de investigar se alguma
contingência crítica levaria ao sistema à sobrecarga e/ou subtensões. Com isso, seria
necessário estabelecer limites de capacidade de transmissão para o sistema CA ou limites
operacionais do VSC, ou seja, limitando sua potência ativa e reativa. Se os problemas não
puderem ser evitados por meio das soluções técnicas do VSC, o estudo da análise de
contingências especifica os reforços necessários para lidar com as con-tingências críticas.
Dependendo da contingência, estudos de estabilidade podem ser necessários para confirmar
os resultados encontrados na análise do fluxo de potência.
Por fim, uma análise do fluxo de potência determina se os pontos de conexão do VSC
precisam de necessidades especiais relacionadas à qualidade de tensão e seu controle.
Isso pode ser causado por cargas sensíveis ou tensionais na tensão CA.

4.1.3 Comparação entre as tecnologias


Quando se fala de alimentação de cargas passivas distantes, a transmissão VSC é uma
das tecnologias mais desenvolvidas para o uso na transmissão. No entanto, outras opções
como a transmissão LCC e a transmissão CA não devem ser descartadas.
No caso de alimentação de cargas isoladas, existe a opção do uso de compensadores
síncronos para suportar um sistema LCC-HVDC ou aumentar a geração de potência local [5].

Em [26] e [27] é encontrado um estudo comparativo entre HVAC e HVDC, como forma
de transmissão para alguns sistemas offshore. Para a decisão da melhor alternativa, foi
realizada uma análise do fluxo de potência em regime permanente com o objetivo de verificar
a existência de algum problema, como sobretensão ou sobrecarga, sob vários cenários. Por
fim, o resultado é uma comparação entre os custos dos tipos de transmissão para cada
plataforma especificada.
Dessa forma, as seguintes comparações devem ser feitas entre os tipos de tecnologia.
taxas de transmissão:

• O valor estimado e as perdas de potência;

• Os reforços necessários ao sistema CA;

• Os benefícios técnicos de cada alternativa, como a qualidade da tensão, cor-


rendas de curto-circuito, capacidade de sobrecarga;

• A confiabilidade do fornecimento de energia;

• Os custos de operação e de manutenção;

60
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• O tempo de instalação do projeto.

Após todas as análises, se a transmissão VSC for a melhor opção técnica e economicamente viável, o

custo total da instalação deve ser definido, possibilitando o investimento. À vista disso, uma descrição do

projeto e uma lista de especificações do esquema do VSC devem ser realizadas, contendo alguns itens

como [5]:

• Os pontos onde o sistema VSC será conectado;

• Possíveis reforços necessários na rede CA e necessidade de compensação;

• Limites de transferência de energia CA;

• Lista de contingências e condições iniciais para estudos adicionais;

• Características de controle desejadas para o esquema VSC;

• Capacidade de potência ativa e reativa;

• Capacidade de sobrecarga;

• Identificação de necessidades específicas de controle, como controle de tensão,

modulação de potência ativa e controle de frequência.

4.2 Estudos Específicos


Depois de firmada a decisão de investimento, estudos específicos devem ser rea-

lizados com o intuito de levantar dados mais detalhados sobre as especificações de desempenho pois

estas informações são importantes para a fase do projeto físico da transmissão VSC.

Como foi visto anteriormente, a análise do fluxo de potência é essencial para os estudos técnicos.

Outros estudos muito importantes são os estudos de curto-circuito e de harmônicos, isso porque os níveis

de curto-circuito e de harmônicos no ponto de conexão devem ser informados ao fabricante para o projeto

do VSC.

Outra análise significativa que deve ser realizada nesta etapa são os estudos dinâmicos de
estabilidade e de transitórios. Esses estudos têm a finalidade de simular o

comportamento do sistema CA/CC no domínio do tempo com o objetivo de procurar por instabilidades,
sobretensões e sobrecorrentes.

Estudos de Curto-Circuito

Os estudos de curto-circuito são importantes para o dimensionamento do VSC no lado CA. Um

exemplo de aplicação é a determinação do valor da reatância a ser

61
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usado para limitar as correntes de curto-circuito. Dessa forma, é necessário saber qual é o
maior nível de corrente de curto-circuito. Outrossim, esses estudos são importantes para a
coordenação da proteção, sendo necessário o conhecimento do
nível mais baixo e mais alto de corrente de curto.
O VSC pode contribuir com a corrente de curto-circuito dependendo das características
do controle, ponto de operação e estratégias [5]. O aterramento do neutro do transformador
de interface e dos ramos dos filtros harmônicos deve ser projetado de tal maneira que não
haja interferência nas correntes de curto com a terra nas proximidades do esquema VSC.

Estudos de Harmônicos

Os estudos de harmônicos são importantes para o dimensionamento dos filtros


harmônicos da rede de alimentação CA no ponto de conexão. O dimensionamento deve ser
realizado para diferentes condições do sistema, por exemplo, durante contingências e para
diferentes estados de chaveamento para o controle de tensão através da inserção de
capacitores shunt (o que pode causar condições de ressonância).
Esse estudo também é importante para determinar os níveis aceitáveis de distorção
harmônica de tensão e de corrente, a fim de especificar os limites de injeção de harmônicos
e para estudar interação do VSC com o sistema de potência.

Estudos de Estabilidade

Os estudos de estabilidade são importantes para a identificação dos controles


necessários ao VSC, como seus limites e parâmetros. Após uma contingência crítica, há
instabilidade transitória ou amortecimento insuficiente, as configurações dos limites de
operação do VSC ou a capacidade de transmissão da rede CA devem ser ajustadas com o
propósito de acabar com o problema. Uma outra alternativa seria fortalecer os equipamentos
da rede CA, porém seria uma solução mais cara.
Alguns problemas de estabilidade, como modulação de frequência, podem ser evitados
através da modulação de potência do sistema VSC. Um dos resultados do estudo de
estabilidade é a estratégia de controle do VSC, como o controle de potência reativa e de
tensão, e o dimensionamento dos equipamentos de proteção.
No caso do controle de potência reativa, esse estudo informa a quantidade de potência
a ser injetada ou absorvida em diferentes situações. Quando o controle for projetado, a
prioridade entre potência ativa e reativa deve ser cuidadosamente
considerado.

62
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Estudos de Transitórios

O estudo de transientes é importante para a avaliação do impacto das sobretensões


transitórias no sistema VSC. Assim sendo, esse estudo ajuda no estabelecimento dos
requisitos de controle de tensão e de coordenação da proteção, assim como o tempo de
eliminação da falha no sistema VSC.

Dados do Sistema CA para o projeto do VSC

Alguns dados da rede CA são necessários para o projeto do VSC e eles devem
ser fornecido na fase dos estudos técnicos. Os dados são [5]:

• Faixa de tensão CA e frequência durante condições de operação normal e extremas e


conteúdo de sequência negativa da tensão CA;

• Nível de tensão máxima permitida no ponto de conexão durante a energização do VSC


(depende do nível de curto-circuito CA);

• Aterramento do sistema CA e fator de falha de aterramento;

• Níveis de curto-circuito e corrente máxima e defeito mínimo de fase-terra,


razão X/R do sistema CA;

• Sistema equivalente às condições normais e enfraquecidas do sistema CA;

• Faixa de impedância harmônica e histórico de harmônicos existentes no sistema


CA em ambos os pontos de conexão;

• Tempos de eliminação de falhas do sistema CA e estratégias de religamento,


assim como taxa de ocorrência e nível de fundamentos de tensão no ponto de conexão
CA;

• Níveis de isolamento do sistema CA;

• Taxa permitida de alteração, ou alteração máxima, de potência ativa do VSC;

• Limites de potência reativa para o esquema VSC, se houver.

4.3 Estudos de Implementação


Os estudos de implementação têm como objetivo avaliar as estratégias de controle e de
operação do VSC e identificar os requisitos operacionais e suas restrições [5].
Para a realização desses estudos, deve ser usado um modelo bem detalhado do esquema
VSC e do sistema CA.

63
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Esses estudos são analisados através de softwares de simulação de transitórios


eletromagnéticos como o PSCAD/EMTDC, que são simuladores off-line ou através de
simuladores de tempo real como RTDS ou ARENE [5]. O nível de modelagem do VSC
depende de cada tipo e objetivo do teste e estudo a ser analisado. Interação entre diversos
sistemas de controle e com outros componentes controláveis no sistema CA, cálculo de
parâmetros de controle mais críticos e de sistemas de proteção, são alguns dos exemplos
de testes de implementação.

4.4 Modelagem do sistema VSC


A modelagem de um sistema VSC com a finalidade de uso em estudos e simulações
As ações estão diretamente ligadas ao tipo de estudo e ao nível de precisão e detalhes que
se desejam obter como resultado.
Em estudos de previsão, modelos simples de transmissão VSC são usados em estudos
de fluxo de potência. Dependendo do nível do estudo, o link CC pode ser considerado como
uma fonte constante de potência (ativa ou reativa), tensão ou corrente, no ponto de conexão
do sistema CA e é modelado através de equações algébricas [38].

Estudos sonoros necessários na fase de previsão técnica e facilidade exigem um


modelo com controle mais detalhado, com representação de seus limites e do comportamento
sonoro interno das unidades e linhas conversoras. A tabela 4.1 mostra os diferentes níveis
de modelagem necessários para cada tipo de estudo.

Tabela 4.1: Níveis de modelagem exigidos para diferentes tipos e estágios de estudos,
adaptados de [5]
Nível de
Tipo de Estudo Estágio de Estudo
Modelagem
Fluxo de Potência Básica,
P, Q, U ou I Curto-Circuito e Estudo de
Constantes Viabilidade e Especificação
Harmônicos
Controle Simples de
Estudos de Contingências Viabilidade e Especificação
P, Q e U
Loops de controle externo
Estudos de Estabilidades
com Especificação
Eletromecânicos
restrições
Representação da
Estudos de Transitórios Especificação e
dinâmica interna do
VSC e do lado CC Eletromagnéticos Implementação

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4.4.1 Requisitos de Modelagem para Fluxo de Potência

A modelagem do esquema VSC em regime permanente não necessita de um


conhecimento muito específico do VSC. Uma modelagem através do uso de barras PV e PQ
geralmente é bastante adequada para a modelagem do VSC em estudos de previsões [16].

Para representar as estratégias de controle do VSC, isso pode ser representado por um
gerador ou máquina nos terminais CA. A estratégia de controle é basicamente resumida em
um conversor que controla a tensão CC e outro que controla a potência ativa. A tensão CA
pode ser controlada livremente em ambos os terminais.
A saída de potência ativa da barra fotovoltaica é positiva no lado do inversor e negativa no
lado do retificador e as perdas de potência ativa podem ser representadas pela diferença
entre as potências, positiva e negativa, de saída. A figura 4.3 mostra um exemplo da
modelagem do controle através das barras[16]. A barra D representa uma barra CC, a barra
C representa uma barra CA e a barra S representa a barra
CA no lado do sistema onde está conectado o conversor na linha CC. Os índices S
e R representam envio e recebimento, respectivamente.

Figura 4.3: (a) Controle do receptor lateral de Pdr, Qr. (b) Controle do receptor lateral de Pdr
e Vdr. (c) Controle do lado receptor de Vdr e Qr. Adaptado de [16].

Quando o controle de tensão do VSC não é utilizado e a potência reativa é man-tida


constante, o sistema VSC pode ser representado como uma barra PQ positiva e negativa
nas respectivas extremidades. Na verdade, caso não haja linhas CA em paralelo com a
transmissão VSC, apenas uma extremidade do esquema deve ser representada nos estudos
da rede CA e as perdas de potência devem ser consideradas ao configurar a potência de
saída.

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Quando as potências ativa e reativa são fornecidas apenas pelos conversores, o


reator, o transformador de interface e os filtros CA devem ser modelados.
O modelo de transmissão VSC em programas de fluxo de potência considera as condições físicas
do VSC através da implementação de condições de contorno nas barras do sistema CA onde o esquema
está conectado, incluindo um controle simples de tensão e potência. Uma outra opção de aproximação
de um sistema VSC é o uso de um sistema de transmissão CC básico com um STATCOM ou SVC
conectado
às barras CA das extremidades da linha CC.

Uma modelagem da transmissão VSC através da apresentação de um algoritmo para a integração

desse sistema ao fluxo de potência é dada em [39]. Essa moda-lagem é de um nível bem mais
detalhado, pois considera o sistema VSC real e não o substitui por equipamentos semelhantes. Em [17],

é aplicada a modelagem do sistema VSC visto na figura 4.4 no uso de um algoritmo para a análise do
fluxo de potência ótimo.

Figura 4.4: (a)Link de transmissão VSC-HVDC. (b)Circuito Equivalente ao link de transmissão VSC-
HVDC. Adaptado de [17].

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4.4.2 Requerimentos de Modelagem para Análise de Curto-


Circuito e Harmônicos

A modelagem de um sistema VSC para análise de curto-circuito é muito simples. O esquema VSC
é modelado como uma fonte de corrente constante de acordo com a capacidade de corrente e estratégia
de controle do sistema VSC. O estudo de curto-circuito pode ser realizado por programas de análise de
transitórios eletromagnéticos que possuem modelos mais acurados e podem fornecer a corrente de

curto-circuito no lado CC.

Nos estudos de análise de harmônicos, o esquema VSC pode ser modelado como uma fonte de
harmônicos de tensão que está conectada ao sistema CA através de uma impedância. No entanto, os
filtros harmônicos precisam de uma modelagem mais específica e os dados do estudo do fluxo de
potência podem ser usados como base para a análise de harmônicos. Em uma análise mais profunda,
sobre como as interações dos controles precisam ser avaliadas, um estudo de harmônicos no domínio
do tempo deve ser realizado e a modelagem do sistema VSC e seu controle devem ser mais detalhados.
Esses estudos podem ser realizados em programas de análise de transitórios eletromagnéticos.

4.4.3 Requerimentos para a Modelagem para Estudos de Es-


tababilidade

O objetivo dos estudos de análise de estabilidade é avaliar a interação entre o VSC e o sistema de
transmissão CA. Para um sistema equilibrado, a sequência positiva é representada por um conjunto de

equações diferenciais [5]. A faixa de frequência de estudos de estabilidade eletromecânica está entre
0-10Hz e o comportamento dinâmico do sistema VSC é dado pelo seu controle. Como a faixa de
frequência do controle é bem maior do que a do estudo, a dinâmica de controle do VSC pode ser
representada de uma forma simples. O resultado do fluxo de potência é dado como condições iniciais
para a simulação. Em alguns casos os loops de controle de nível do sistema podem ser modelados
como controle de tensão CC, de potência ativa, reativa e de tensão CA. Essa modelagem simplificada
do sistema VSC pode ser obtida através do uso de um modelo de transmissão LCC com STATCOM ou
SCV's nos terminais

da linha.

Os modelos de estabilidade do VSC para os loops de controle de malha externa devem conter
restrições de controle que, em casos de distúrbios, irão sobrescrever temporariamente os pontos de
operação normais do sistema. A limitação da corrente de saída do conversor é um exemplo desse
controle. Não linearidades e pequenas constantes de tempo são normalmente negligenciadas e modelos
dinâmicos

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de regime permanente são usados quando a simulação é baseada na relação das variáveis
elétricas em regime permanente. No entanto, esses modelos não representam as
características dinâmicas internas dos conversores, mas dão uma representação aproximada
da característica CC. Os atrasos internos de tempo de um esquema VSC, nesse caso, estão
associados ao atraso da mudança da corrente CC.
Em [40] é proposta uma modelagem para o sistema VSC-HVDC para os estudos
acústicos, através da representação do sistema pelo uso de fontes de tensão controláveis conectadas às

barras das extremidades do link CC. Em [16] são propostos modelos do conversor VSC, figura 4.5, e de
estratégias de controle para estudos de estabilidade eletromecânica.

Figura 4.5: Modelos de conversores para estudos de estabilidade. Adaptado de [16].

4.4.4 Requerimentos da Modelagem para Estudos de Transição


tórios

O modelo do VSC para o estudo de análise de transitórios normalmente é feito


sob medida e visa representar a operação real do sistema VSC no domínio do tempo.
Os programas disponíveis apresentam alguns modelos em blocos já prontos, mas também permitem a

alteração de parâmetros e a criação do próprio modelo. Geralmente é necessária uma modelagem trifásica

de componentes da rede CA (por exemplo, a saturação do transformador) bastante detalhada. Essa

representação inclui os modelos de resistores, capacitores, indutores e intervalos distribuídos da linha de


transmissão.

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O nível de detalhes do modelo geralmente descreve os controles e inclui modelos do sistema de

sincronização e disparo. Para os estudos de impacto na rede, uma modelagem simples das válvulas como

chaves liga/desliga é adequada. Contudo, para a investigação de algumas especificidades, como a interação
de harmônicos e estudos de transitórios e análise de resposta do driver, uma modelagem mais específica

as chaves devem ser feitas.

Para estudos de interação de harmônicos, o circuito de acionamento das válvulas deve ser descrito em

detalhes, assim como os elementos de alta frequência como os filtros de frequência de especificidade.

Para o estudo de transitórios do sistema e análise de resposta do controlador, os elementos de alta

frequência podem ser omitidos e um filtro de derivação é usado no lado CA para evitar que os harmônicos

simulados do conversor fluam para a rede. Com o intuito de aumentar o tempo de simulação, time step, a

frequência de chaveamento é reduzida.

O conversor PWM é geralmente representado por um modelo simplificado no qual a tensão CA é um

produto escalar da onda modulada (derivado do índice de modulação) e a tensão do capacitor CC do VSC.

Da mesma forma, a corrente do lado CC é modelada como uma soma escalar das correntes CA [5].

Por fim, podem ser usados diversos modelos para a representação do VSC em programas EMT.

Contudo, quanto maior o nível de detalhe, maior será o tempo necessário para a simulação, podendo ser

algumas vezes desnecessárias. Com isso, você deve escolher o melhor modelo de representação de acordo

com os objetivos a serem realizados e treinados. Em [16] são apresentados alguns modelos de VSC para

uso em estudos de análise de transitórios.

A análise de transitórios é muito importante para estudar o impacto do VSC na rede e a avaliação de

distúrbios. Muitos deles são encontrados em estudos de implementação de transmissão VSC [41] [42] [24].

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Capítulo 5

Conclusões

5.1 Considerações Finais


Com as recentes descobertas de novos poços de petróleo cada vez mais distantes da
costa marítima, novas tecnologias são fáceis para a exploração e processamento do petróleo,
aumentando, assim, a demanda energética dos sistemas offshore.
Atualmente, a principal forma de geração nas plataformas é dada através de turbinas a
gás ou geradores a diesel, o que é prejudicial ao meio ambiente devido à grande quantidade
de gases poluentes que são emitidos, como CO2 e NOx. Assim sendo, passando pela
minimização da emissão de gases poluentes, começou-se a estudar novas formas de
fornecimento de energia para os sistemas offshore, sendo uma delas através do fornecimento
de energia de transmissão VSC-HVDC, com geração
em terra.
A transmissão de energia através de VSC-HVDC para plataformas de petróleo é eficiente
e confiável, respondendo de forma satisfatória e estável a diversos problemas, como queda
de tensão na fonte alimentada, curto-circuito trifásico na carga e parada de operação em
alguns plataformas, que são problemas recorrentes [24].
Outra forma de alimentação de plataformas de petróleo pode ser através de fontes
renováveis de energia offshore, como os parques eólicos, de forma integrada com a geração
onshore. Em [23] e [42], um grupo de plataformas de petróleo é alimentado através de um
esquema VSC-HVDC com integração de um sistema eólico. Como resultado, o fornecimento
de energia nas plataformas dá-lhe uma forma ainda mais confiável e segura, mesmo quando
há uma perda de geração principal de terra. Outra forma de tecnologia associada ao VSC é o
MTDC, que são esquemas de conexão multiterminais, criando uma rede que engloba as
plataformas de petróleo, parques eólicos offshore e a rede em terra [41].

Isto posto a proposta desse trabalho foi a apresentação da tecnologia VSC-


HVDC, através da descrição de seu funcionamento, equipamentos que compõem o

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esquema, controle e operação do mesmo. Além disso, foi realizada uma abordagem
dos sistemas offshore, através de uma descrição breve e superficial das cargas de uma
plataforma de petróleo e de sistemas submarinos.
Por fim, foram demonstradas e descritas as fases de implementação de um sistema
de transmissão VSC e os estudos que devem ser realizados durante o processo. Para
isso, o VSC precisa ser modelado para a avaliação desses estudos e alguns requisitos
de modelagem com aplicações em estudos já feitos foram apresentados.
Dessa forma, esse trabalho atingiu seu objetivo de fornecer uma base teórica e
operacional sobre a tecnologia VSC, para futuros trabalhos de estudo de implementação
de tecnologia VSC-HVDC em sistemas offshore.

5.2 Trabalhos Futuros


A partir dos resultados obtidos neste trabalho e com o propósito de enrique-cimento das informações

apresentadas, podemos citar os seguintes tópicos como trabalhos futuros:

• Realização dos estudos referenciais para a avaliação da previsão de um sistema


de transmissão VSC para fornecimento de energia para sistemas offshore;

• Análise mais precisa e descritiva dos sistemas de controle do VSC;

• Analisar o sistema de transmissão VSC-HVDC para a conexão de parques


eólicos offshore.

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