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SISTEMA CLIMÁTICO
O ano de 2022 foi o sexto mais quente desde que há registo (desde 1880), com
as temperaturas a situarem-se 0,86ºC acima da média do século XX.
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É provável que as atividades humanas já tenham causado 1,0°C de aquecimento
global desde os níveis pré-industriais. Se continuar ao ritmo atual, prevê-se que
aquecimento global atinja 1,5°C entre 2030 e 2052.
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ATIVIDADE 1. Preencher espaços
Arraste as palavras para os espaços em branco de forma a completar
corretamente o texto.
Algumas regiões aqueceram mais do que outras. Uma zona que se reveste de
especial importância é o Ártico, onde o aquecimento que está a ocorrer é
acima
do valor médio, o que tem reflexos importantes na criosfera, como será abordado
mais à frente.
De uma forma geral, o aquecimento também é mais acentuado sobre os
continentes
do que sobre os
oceanos
.
Existe uma zona no Atlântico que não está a aquecer (variação de
0ºC
), e outras zonas sobre o oceano que estão aquecer, mas
abaixo
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do valor global, que é
1,0 ºC
ATIVIDADE 1.
Marque a concentração de dióxido de carbono atual no gráfico das
concentrações dos últimos 800 mil anos.
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Se focarmos apenas nos últimos 1000 anos, percebe-se que até cerca do ano
1800 as concentrações de CO2 na atmosfera foram muito estáveis, à volta dos
280 ppm. Mas desde essa altura, que coincide com a revolução industrial (1760-
1840), não param de aumentar.
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Um outro gás com efeito de estufa, o metano (CH4), tem uma concentração na
atmosfera que é 200 vezes mais baixa que a do dióxido de carbono, mas o seu
potencial de aquecimento global é 28 vezes superior ao do dióxido de carbono
(para um horizonte temporal de 100 anos (IPCC, 2014).
O cultivo de arroz passa por uma etapa em que o solo é alagado, criando-se um
ambiente com pouco oxigénio onde as bactérias produtoras de metano se
desenvolvem.
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Finalmente, o metano é também libertado a partir dos aterros e águas residuais.
Mais uma vez a presença de matéria orgânica e o baixo teor de oxigénio nestes
meios promove a atividade dos microorganismos metanogénicos.
ATIVIDADE
False
False
o metano
o óxido nitroso
os CFCs (clorofluorcarbonetos)
Os oceanos estão mais quentes, causando uma subida de 3,6 mm por ano
do nível médio do mar.
De toda a energia acumulada no sistema climático entre 1971 e 2010, 90% foi
nos oceanos. É praticamente certo que a camada superior dos oceanos entre os
0 e os 700 m aqueceu desde a década de 1970 e abaixo dos 700 m a quantidade
de calor acumulada também aumentou.
Oceanos mais quentes significam uma subida do nível da água do mar. Entre
2006 e 2018 a subida do nível médio atingiu o valor sem precedente de 3,7 mm
por ano. Este valor mais que duplicou o valor de 1,3 mm por ano que se tinha
verificado entre 1901 e 1971.
A subida do nível do mar entre 2006 e 2018 de 3,7 mm/ano deveu-se 50% à
expansão térmica, pois água mais quente ocupa maior volume, e 42% ao
derretimento dos glaciares e outros componentes da criosfera. Os restantes 8%
deveram-se a alterações de reservas de água em terra.
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O aumento do nível do mar não é globalmente uniforme e varia regionalmente,
sendo as diferenças regionais expectáveis de ± 30% relativamente ao aumento
global médio. As variações regionais resultam da perda de gelo terrestre e de
variações no aquecimento e circulação do oceano. As diferenças em relação à
média global podem ser maiores em áreas de rápido movimento vertical da terra,
incluindo as atividades humanas locais (por exemplo, extração de águas
subterrâneas).
É praticamente certo que o nível médio da água do mar continuará a subir até
2100. Esta subida, face ao nível em 1995-2014, pode ser de 0,28 – 0,55 m, em
cenário de redução substancial das emissões de GEE, a 0,63 – 1,0 m, nos
cenários de emissões altas de GEE. Contudo, subidas de 2 m em 2100 e de 5
m em 2150 não podem ser excluídas, devido às incertezas dos processos a
ocorrer na criosfera.
A longo prazo, o nível dos oceanos irá subir vários metros nos próximos séculos
e milénio, alimentado pelo aquecimento do oceano profundo e pelo derretimento
da criosfera, e irá permanecer elevado durante milhares de anos.
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4. A criosfera está a diminuir
Grande parte do Oceano Ártico (localizado no Polo Norte) está coberto de gelo
durante todo o ano. A extensão do gelo marinho é máxima no final do Inverno
(meses de fevereiro e março) e normalmente atinge o valor mínimo anual no final
do Verão, em setembro.
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latitudes mais altas (devido ao degelo mais acentuado) estão a tornar a
superfície do oceano ainda menos salgada do que o normal, inibindo a mistura
entre águas superficiais e profundas. A estratificação aumentou 2,3 % no período
mais recente entre 1998 – 2017, relativamente aos valores médios no período
1971 – 1990.
Como o gelo é um bom refletor da radiação solar, a perda de gelo expõe mais
da superfície do oceano ou do solo ao sol, resultando no aumento da radiação
absorvida. Isto acentua ainda mais o aquecimento global, num ciclo de feed-back
positivo, cujos resultados são difíceis de prever.
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As temperaturas no permafrost das regiões polares e de alta montanha têm vindo
a aumentar desde o início da década de 80. Ente 2007 e 2016 o aumento global
médio do permafrost foi de 0,29°C.
Desde a revolução industrial o pH médio do oceano baixou de 8.2 para 8.1. Embora não
pareça muito, como a escala de pH é logarítmica, esta diminuição corresponde a um
aumento de 26% da acidez.
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6. Os eventos climatéricos extremos estão a aumentar
Por outro lado, quando não há humidade no ar, as temperaturas mais altas
agravam a seca. A precipitação anual em Portugal diminui em cerca de 80%,
com o aumento e a frequência das situações de seca. No Alentejo, registam-se
episódios de seca mais frequentes e severos desde a década de 1980 e em
Portugal os anos de 2004/2006 ocorreu a seca de maior extensão territorial
(100% do território afetado) e a mais intensa (tendo em conta os meses
consecutivos em seca severa e extrema) de que há registo.
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