Você está na página 1de 14

E-BOOK | ALTERAÇÕES RECENTES DO

SISTEMA CLIMÁTICO

Alterações recentes do sistema climático e do ciclo do


carbono

Até agora o sistema climático da Terra foi abordado considerando apenas as


variações naturais que ocorrem sem intervenção humana, nomeadamente a
posição planeta Terra em relação ao Sol, as emissões de poeiras vulcânicas e a
presença natural na atmosfera de gases com efeito de estufa.

Neste livro interativo são abordadas as alterações climáticas a ocorrer devido à


intervenção humana, ou seja, as que têm causas antropogénicas.

Há 6 grandes alterações a ocorrer e que importa conhecer. As seções seguintes


descrevem estas alterações.

1. A temperatura da atmosfera está a subir

A temperatura média à superfície da Terra sofre oscilações de ano para


ano – mas nos últimos 50 anos têm subido de forma consistente.

O ano de 2022 foi o sexto mais quente desde que há registo (desde 1880), com
as temperaturas a situarem-se 0,86ºC acima da média do século XX.

O record de ano mais quente ocorreu em 2016. Nesse ano as temperaturas,


registadas por milhares de estações meteorológicas, boias e navios espalhados
por toda a superfície terrestre, foram 0,99ºC acima da média do século XX.

1
É provável que as atividades humanas já tenham causado 1,0°C de aquecimento
global desde os níveis pré-industriais. Se continuar ao ritmo atual, prevê-se que
aquecimento global atinja 1,5°C entre 2030 e 2052.

É esta a previsão do Painel intergovernamental sobre as alterações


climáticas, o IPCC (sigla do inglês: Intergovernmental Panel on Climate
Change) das Nações Unidas que cada 5-7 anos compila a informação recolhida
sobre o tema por milhares de cientistas em todo o mundo. Esta informação é
depois revista à luz de critérios muito apertados e exigentes, de forma a produzir
documentos que constituem o estado mais atual do conhecimento e que são
oficialmente aceites pela comunidade científica e pelos governos mundiais.

O aquecimento a ocorrer não é igual em todo o globo terrestre, existindo regiões


onde o aquecimento está a ser mais acentuado.

2
ATIVIDADE 1. Preencher espaços
Arraste as palavras para os espaços em branco de forma a completar
corretamente o texto.
Algumas regiões aqueceram mais do que outras. Uma zona que se reveste de
especial importância é o Ártico, onde o aquecimento que está a ocorrer é
acima
do valor médio, o que tem reflexos importantes na criosfera, como será abordado
mais à frente.
De uma forma geral, o aquecimento também é mais acentuado sobre os
continentes
do que sobre os
oceanos
.
Existe uma zona no Atlântico que não está a aquecer (variação de
0ºC
), e outras zonas sobre o oceano que estão aquecer, mas
abaixo

3
do valor global, que é
1,0 ºC

2. Os gases com efeito de estufa na atmosfera estão a


aumentar

O dióxido de carbono leva ao aquecimento do planeta, e a sua


concentração na atmosfera aumentou em quase 50%, sendo este
aumento mais acentuado desde 1960.

O dióxido de carbono na atmosfera variou na atmosfera ao longo da História da


Terra, tendo oscilado entre os 150 e os 300 ppm (partes por milhão) nos últimos
800 mil anos. Em 2022, as concentrações de CO2 na atmosfera atingiram o valor
record de 417 ppm, já muito superior ao valor máximo verificado nos últimos 800
mil anos.

ATIVIDADE 1.
Marque a concentração de dióxido de carbono atual no gráfico das
concentrações dos últimos 800 mil anos.

Arraste o alvo para 2022, colocando-o na posição correta da escala.

ATIVIDADE 2. Para refletir

Compare no gráfico a concentração atual de dióxido de carbono na atmosfera


com o histórico dos últimos 800 mil anos.

4
Se focarmos apenas nos últimos 1000 anos, percebe-se que até cerca do ano
1800 as concentrações de CO2 na atmosfera foram muito estáveis, à volta dos
280 ppm. Mas desde essa altura, que coincide com a revolução industrial (1760-
1840), não param de aumentar.

Com a revolução industrial intensificou-se a queima de carvão, para obter a


energia necessária para alimentar os processos industriais.

Mais recentemente, a utilização de outros combustíveis fósseis, como o petróleo


e o gás natural, tiverem aumentou. Os plásticos, que são produzidos a partir de
matérias-primas derivadas do petróleo, também têm vindo a generalizar-se, e os
resíduos de produtos de plástico estão a aumentar.

A utilização crescente de matérias fósseis, ricas em carbono, para a produção


de energia e de plásticos levou a que moléculas de carbono, anteriormente num
reservatório natural na litosfera, foram trazidas até à superfície e com a
combustão libertadas para atmosfera.

Também a produção de cimento utiliza rocha calcária, rica em carbonatos,


libertando o carbono para a atmosfera no processo de produção do cimento.

5
Um outro gás com efeito de estufa, o metano (CH4), tem uma concentração na
atmosfera que é 200 vezes mais baixa que a do dióxido de carbono, mas o seu
potencial de aquecimento global é 28 vezes superior ao do dióxido de carbono
(para um horizonte temporal de 100 anos (IPCC, 2014).

Isto significa que apenas 1 molécula de metano contribui para o aquecimento


global tanto quanto 28 moléculas de dióxido de carbono.

Tal como aconteceu com o CO2, as concentrações de metano na atmosfera


também aumentaram relativamente aos níveis pré-industriais, tendo passado de
0,70 ppm antes da revolução industrial para mais de 1,70 ppm atualmente.

O metano é produzido durante a fermentação (decomposição de matéria


orgânica na ausência de oxigénio) pelas bactérias metanogénicas. Grande parte
das emissões naturais de metano ocorrem em zonas alagadas e pantanosas,
onde existe muita matéria orgânica mas pouco oxigénio. Outras fontes naturais
de metano são os vulcões, os incêndios florestais, depósitos naturais de gás
natural (constituídos por metano + dióxido de carbono) e, no hemisfério sul, as
térmitas são também uma fonte relevante, libertando metano à medida que
digerem a madeira.

Existem grandes quantidades de metano sob a forma de hidrato de metano


(metano e água), uma substância sólida formada a temperaturas muito baixas e
sob pressão. O hidrato de metano encontra-se acumulado no fundo dos oceanos
e sob o solo permanentemente gelado, o permafrost. Em algumas situações este
metano pode vir a ser libertado para atmosfera, por exemplo pela subida da
temperatura.

As principais emissões de metano resultantes da ação humana são a agricultura


(ex: campos de arroz alagados), a produção animal (bovinos), a exploração de
combustíveis fósseis e a digestão anaeróbica de resíduos.

O cultivo de arroz passa por uma etapa em que o solo é alagado, criando-se um
ambiente com pouco oxigénio onde as bactérias produtoras de metano se
desenvolvem.

Os ruminantes também são responsáveis pela emissão de metano devido o seu


sistema digestivo conter microorganismos metanogénicos. A produção animal
(especialmente de bovinos) é responsável atualmente por 40% das emissões de
metano globais.

Como o metano é um dos constituintes principais do gás natural, ocorrem


naturalmente fugas para a atmosfera e durante a exploração e utilização de
petróleo e do gás natural. O setor da energia é responsável por cerca de um
quarto das emissões de metano.

6
Finalmente, o metano é também libertado a partir dos aterros e águas residuais.
Mais uma vez a presença de matéria orgânica e o baixo teor de oxigénio nestes
meios promove a atividade dos microorganismos metanogénicos.

Oxido nitroso (N2O)

O óxido nitroso representa apenas 6% das emissões globais de GEE, mas é


cerca de 265 vezes mais potente que o CO2 no efeito de estufa. As principais
fontes de óxido nitroso são a agricultura e pecuária, a industria dos fertilizantes
e a queima de resíduos agrícolas e de combustíveis fósseis.

Outros gases de efeito de estufa

Algumas moléculas fabricadas pelo Homem e que existem na atmosfera em


concentrações muito baixas têm um papel muito relevante no aquecimento
global porque o seu potencial de aquecimento global é muito elevado.

São, por exemplo os clorofluorcarbonetos (CFC), que têm um potencial de


aquecimento global mais de mil vezes o do dióxido de carbono. De facto os
potenciais variam entre cinco mil e quatorze mil vezes o do dióxido de carbono.

ATIVIDADE

Responda agora a três questões de revisão.

1. Indique se é verdadeira ou falsa a afirmação:

“uma molécula de metano tem um potencial de aquecimento global


superior ao de uma molécula de óxido nitroso.”

False

2. Indique se é verdadeira ou falsa a afirmação:

“a concentração de dióxido de carbono na atmosfera aumentou desde


a revolução industrial, mas ainda se situa dentro do intervalo de
valores históricos dos últimos 800 mil anos”

False

3. Liste os gases de efeito de estufa presentes na atmosfera por ação


humana
7
o dióxido de carbono

o metano

o óxido nitroso

os CFCs (clorofluorcarbonetos)

4. A temperatura dos oceanos está a aumentar

Os oceanos estão mais quentes, causando uma subida de 3,6 mm por ano
do nível médio do mar.

À medida que a atmosfera aquece, os oceanos absorvem uma parte do calor e


também aquecem.

De toda a energia acumulada no sistema climático entre 1971 e 2010, 90% foi
nos oceanos. É praticamente certo que a camada superior dos oceanos entre os
0 e os 700 m aqueceu desde a década de 1970 e abaixo dos 700 m a quantidade
de calor acumulada também aumentou.

Os eventos marinhos relacionados com o calor têm aumentado. As ondas de


calor marinhas (períodos com temperaturas anormalmente quentes próximas da
superfície, que podem persistir de alguns dias a vários meses e que se podem
estender por milhares de quilómetros) tornaram-se duas vezes mais frequentes,
mais duradouras, mais intensas e mais extensas. É muito provável que 84 a 90%
das ondas de calor marinhas que ocorreram entre 2006 e 2015 sejam atribuíveis
ao aumento da temperatura dos oceanos.

Oceanos mais quentes significam uma subida do nível da água do mar. Entre
2006 e 2018 a subida do nível médio atingiu o valor sem precedente de 3,7 mm
por ano. Este valor mais que duplicou o valor de 1,3 mm por ano que se tinha
verificado entre 1901 e 1971.

A subida do nível do mar entre 2006 e 2018 de 3,7 mm/ano deveu-se 50% à
expansão térmica, pois água mais quente ocupa maior volume, e 42% ao
derretimento dos glaciares e outros componentes da criosfera. Os restantes 8%
deveram-se a alterações de reservas de água em terra.

8
O aumento do nível do mar não é globalmente uniforme e varia regionalmente,
sendo as diferenças regionais expectáveis de ± 30% relativamente ao aumento
global médio. As variações regionais resultam da perda de gelo terrestre e de
variações no aquecimento e circulação do oceano. As diferenças em relação à
média global podem ser maiores em áreas de rápido movimento vertical da terra,
incluindo as atividades humanas locais (por exemplo, extração de águas
subterrâneas).

É praticamente certo que o nível médio da água do mar continuará a subir até
2100. Esta subida, face ao nível em 1995-2014, pode ser de 0,28 – 0,55 m, em
cenário de redução substancial das emissões de GEE, a 0,63 – 1,0 m, nos
cenários de emissões altas de GEE. Contudo, subidas de 2 m em 2100 e de 5
m em 2150 não podem ser excluídas, devido às incertezas dos processos a
ocorrer na criosfera.

A longo prazo, o nível dos oceanos irá subir vários metros nos próximos séculos
e milénio, alimentado pelo aquecimento do oceano profundo e pelo derretimento
da criosfera, e irá permanecer elevado durante milhares de anos.

As previsões é que nos próximos 2 mil anos a subida seja de 2 a 3 metros se o


aquecimento global não exceder 1,5ºC, 2 a 6 m, se o aquecimento for até 2ºC e
19 a 22m se o aquecimento for de 5ºC.

Estas projeções são consistentes com a reconstrução histórica dos períodos


mais quentes da Terra. Há cerca de 125 mil anos atrás, quando as temperaturas
estavam 0,5 a 1,5ºC acima das atuais (do período 1850 -1900), o nível médio
dos oceanos era 5 a 10 m acima; e, há cerca de 3 milhões de anos atrás, quando
as temperaturas eram 2,5 a 4ºC acima das atuais, o nível era 5 a 25 m mais alto

9
4. A criosfera está a diminuir

Grande parte do Oceano Ártico (localizado no Polo Norte) está coberto de gelo
durante todo o ano. A extensão do gelo marinho é máxima no final do Inverno
(meses de fevereiro e março) e normalmente atinge o valor mínimo anual no final
do Verão, em setembro.

O Ártico está a aquecer 2 a 3 vezes mais rápido do que o resto do Planeta. À


medida que aquece, a camada de gelo que cobre grande parte do Oceano Ártico
é menor a cada ano que passa. Em Setembro de 2016, no fim do Verão, a
extensão de gelo ocupava menos 2 136 740 km2 que a média para o período de
referência – uma perda equivalente a metade da área da União Europeia.

Além da camada de gelo estar a diminuir em extensão, está também a tornar-se


mais fina.

Outra alteração a ocorrer no Oceano Ártico é a acentuação da estratificação da


coluna de água, que reduz as trocas verticais de calor, salinidade, oxigénio,
carbono e nutrientes. O oceano Ártico exibe uma estratificação mais acentuada
que os restantes: na camada superior (até aos 150m, 200m de profundidade) a
salinidade é mais baixa que nas camadas mais profundas, devido ao
derretimento natural do gelo e à entrada de água doce (de rios do Canadá e
Sibéria) que flutua sobre a água mais densa e salgada do oceano.

É muito provável que estratificação tenha aumentado desde 1970. O


aquecimento observado da superfície do oceano e a adição de água doce nas

10
latitudes mais altas (devido ao degelo mais acentuado) estão a tornar a
superfície do oceano ainda menos salgada do que o normal, inibindo a mistura
entre águas superficiais e profundas. A estratificação aumentou 2,3 % no período
mais recente entre 1998 – 2017, relativamente aos valores médios no período
1971 – 1990.

Também sobre terra firme se sentem os efeitos do aquecimento global. Os


glaciares que cobrem a Gronelândia perderam cerca de 278 giga toneladas de
gelo por ano no período entre 2006 e 2015. Na Antártida (Polo Sul) a perda de
gelo foi nesse período de 155 giga toneladas por ano. A média global para a
perda de gelo nos glaciares em todo o mundo é de 220 giga toneladas por ano,
nesse mesmo período.

Como o gelo é um bom refletor da radiação solar, a perda de gelo expõe mais
da superfície do oceano ou do solo ao sol, resultando no aumento da radiação
absorvida. Isto acentua ainda mais o aquecimento global, num ciclo de feed-back
positivo, cujos resultados são difíceis de prever.

O aquecimento global, além de derreter o gelo marinho e os glaciares, derrete


também o permafrost (solo congelado constituído por rocha e, muitas vezes,
por turfa) que se localiza principalmente na região do Ártico.

O permafrost encontra-se normalmente coberto por uma camada de gelo e neve,


que se derrete parcialmente no Verão, criando uma superfície pantanosa, pois
as águas não são absorvidas pelo solo congelado.

11
As temperaturas no permafrost das regiões polares e de alta montanha têm vindo
a aumentar desde o início da década de 80. Ente 2007 e 2016 o aumento global
médio do permafrost foi de 0,29°C.

Estima-se que o permafrost ártico e boreal contenha entre 1460 e 1600 Gt de


carbono orgânico, quase duas vezes o carbono que existe na atmosfera. O
descongelamento do permafrost acelera a decomposição da matéria orgânica
contida neste solo, por ação das bactérias e fungos do solo, libertando grandes
quantidades de dióxido de carbono e de metano para a atmosfera, que são gases
com efeito de estufa.

5. Os oceanos estão a tornar-se mais ácidos

Nos último 40 anos o pH à superfície dos oceanos diminuiu e a causa é a


absorção de dióxido de carbono da atmosfera.

Desde a revolução industrial o pH médio do oceano baixou de 8.2 para 8.1. Embora não
pareça muito, como a escala de pH é logarítmica, esta diminuição corresponde a um
aumento de 26% da acidez.

A acidificação dos oceanos já ocorreu previamente na história da Terra. Contudo,


a queda atual do pH na superfície do oceano não têm precedência nos últimos
26 mil anos e o ritmo da acidificação atual é 100 vezes mais rápido do que em
qualquer outro período dos últimos 55 milhões de anos.

Dependendo das emissões futuras de CO2 espera-se que pH médio em 2100


seja de 7,8, o que significa mais do que duplicar o nível de acidez atual.

Caso a concentração na atmosfera diminua a acidificação do oceano à superfície


é reversível, mas no oceano profundo demorará séculos a milénios.

12
6. Os eventos climatéricos extremos estão a aumentar

Os eventos climatéricos extremos têm aumentado em número e em


intensidade e os padrões climáticos estão a alterar-se

As subidas da temperatura do ar e do oceano está associada a alterações dos


padrões climáticos. E embora seja difícil associar a subida de temperatura a um
desastre climático específico que tenha ocorrido, é provável que esta subida
esteja a tornar estes eventos mais frequentes e mais intensos.

A onda de calor que em 2003 varreu a Europa e causou a morte de 70 mil


pessoas estava previsto acontecer uma vez a cada 500 anos. Uma onda de calor
desta magnitude está agora prevista que aconteça 1 vez a cada 40 anos.

A região mediterrânea, em particular a Europa do sul, é considerada uma das


regiões mais vulneráveis e onde se esperam impactos mais significativos. Em
Portugal, além da subida de temperatura média de 0,5ºC por década, desde
1970, a frequência e duração das ondas de calor e dos dias muito quentes estão
também a aumentar, aumentando a magnitude dos incêndios florestais.

Mas as alterações dos padrões climáticos não se limitam à subida de


temperatura. O ar mais quente consegue conter mais água e quando chove ou
neva é provável que seja de uma forma mais intensa e duradoura, causando
fenómenos de precipitação intensa, que resultam em cheias e inundações.
Pensem nos casos recentes que têm ocorrido na Europa e em Portugal...

Por outro lado, quando não há humidade no ar, as temperaturas mais altas
agravam a seca. A precipitação anual em Portugal diminui em cerca de 80%,
com o aumento e a frequência das situações de seca. No Alentejo, registam-se
episódios de seca mais frequentes e severos desde a década de 1980 e em
Portugal os anos de 2004/2006 ocorreu a seca de maior extensão territorial
(100% do território afetado) e a mais intensa (tendo em conta os meses
consecutivos em seca severa e extrema) de que há registo.

Porque o aquecimento da água do mar está na base de eventos meteorológicos


como tempestades, ciclones e furacões acontecimentos é provável que estes se
tornem cada vez mais intensos com as alterações climáticas.

13
14

Você também pode gostar