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ESCOLA ESTADUAL PREFEITO WALTER TEREZA

DISCIPLINA: QUÍMICA
PROFESSOR(A): MARIA VERÔNICA ROCHA GONZE

ALUNO(A): RAFAEL DA SILVA


TURMA: 3°EMTI

A QUÍMICA ORGÂNICA E O AMBIENTE

MARIPÁ DE MINAS - MG
2024
A QUÍMICA ORGÂNICA E O AMBIENTE

A Química Orgânica é um ramo da Química que estuda os compostos


formados pelo elemento carbono com propriedades específicas.
Atualmente, a Química Orgânica é entendida como:
"Área da química que estuda a maioria dos compostos formados pelo
elemento do carbono".
A Química Orgânica ajuda-nos a entender as estruturas e as
propriedades das moléculas formadas por cadeias carbônicas.

Definição de Química Orgânica

A Química Orgânica recebeu esse nome com base em um conceito


errado, de que essas substâncias eram extraídas apenas de organismos
vivos.
No início do século XVIII, Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794)
descobriu que muitos dos compostos encontrados nos seres vivos eram
constituídos pelo elemento carbono. Então, o cientista Jöns Jacob
Berzelius (1779-1848) criou a teoria do vitalismo ou teoria da força vital,
que dizia que tais substâncias surgiram a partir de materiais presentes
nos seres vivos e de um conteúdo não material – denominado de força
vital – que não poderia ser criado pelo ser humano. Em outras palavras,
os compostos orgânicos só eram produzidos em organismos vivos,
vegetais e/ou animais, e nunca poderiam ser sintetizadas pelo homem
em laboratório.
Porém, em 1825, o médico alemão Friedrich Wöhler (1800-1882)
conseguiu sintetizar a ureia ((NH2)2CO) - um composto orgânico de
origem animal – a partir do aquecimento do cianeto de amônio
(NH4CNO), que é uma substância inorgânica. Desse modo, a teoria do
vitalismo caiu por terra e a Química Orgânica passou a ser classificada
como foi mencionado no início, e visto que esse nome já era bastante
utilizado, ele continuou a ser usado.

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Hoje em dia, existem mais de 19 milhões de compostos orgânicos que
participam de funções vitais no organismo de animais e vegetais, além
de estarem presentes em inúmeros materiais usados no cotidiano, que
vão desde os plásticos até os combustíveis, produtos de limpeza,
cosméticos e medicamentos.
Os compostos que possuem o elemento carbono, mas que são
considerados inorgânicos, são aqueles de origem mineral, que incluem o
carbonato de cálcio (CaCO3), o dióxido de carbono (CO2), o
hidrogeno-carbonato de sódio, NaHCO3; entre outros.
Para facilitar o estudo de tantas substâncias, elas são divididas em
funções orgânicas, que são grupos de substâncias que possuem o
mesmo agrupamento de átomos em suas estruturas, o que resulta em
um comportamento químico semelhante. Algumas dessas funções
orgânicas são: hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas, ácidos
carboxílicos, aminas, amidas, entre outros.

Petróleo

O petróleo é uma mistura complexa de compostos orgânicos gerada


pela decomposição lenta de pequenos animais marinhos, que foram
soterrados, em um ambiente com pouco oxigênio.
Esse combustível fóssil é encontrado no fundo dos oceanos, bem como
no solo, em rochas sedimentares. As jazidas datam entre 10 milhões e
500 milhões de anos. As principais características do petróleo são:
líquido escuro, viscoso, inflamável e menos denso que a água.
Petróleo, do latim petroleum, é a união das palavras petrus (pedra) e
oleum (óleo) que significa literalmente óleo de pedra. Pelo fato de ser
uma das principais fontes de energia a nível mundial, o petróleo é
conhecido como ouro negro.
Muitas teorias giram em torno de sua origem, contudo, a mais aceita
diz que o petróleo é oriundo da sedimentação de matéria orgânica
(animal e vegetal), que foi soterrada na orla marítima há milhões de
anos.

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A formação do petróleo ocorre pela pressão da água, onde os
fitoplânctons se transformam em petróleo, num processo demorado e
em condições especiais.Composoçoēs químicas do petróleo : O petróleo
é uma substância natural formada por vários compostos orgânicos,
especialmente, hidrocarbonetos.
Alguns dos hidrocarbonetos encontrados no petróleo são: metano (CH4),
butano (C4H10) e octano (C8H18).

Carvão Mineral

O carvão mineral é um combustível fóssil muito usado atualmente nas


siderúrgicas e usinas termoelétricas para produção de energia. É um
recurso natural não-renovável originado de restos de plantas ao longo de
milhões de anos. Formação do Carvão:
O carvão mineral ou carvão fóssil é originado de restos de vegetais que
viveram há milhões de anos em locais pantanosos. À medida que esses
vegetais morriam suas partes foram se acumulando nos fundos lodosos
dos terrenos.
Devido à ação da temperatura e da pressão ao longo de milhares de
anos esses restos se transformaram em rochas, formando as jazidas de
carvão. Esse processo é denominado encarbonização e envolve
condições biológicas e geológicas específicas, por exemplo, uma
vegetação densa em solo pantanoso.
O carvão é composto de hidrocarbonetos, ou seja, na sua composição
há principalmente carbono e hidrogênio, além de enxofre e outros
elementos. A quantidade de carbono presente na sua estrutura
determina o tipo de carvão. Quanto maior o teor de carbono, mais puro e
maior o poder energético do carvão.

Efeito Estufa

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O efeito estufa é um fenômeno natural ocasionado pela concentração de
gases na atmosfera, os quais formam uma camada que permite a
passagem dos raios solares e a absorção de calor.
Esse processo é responsável por manter a Terra em uma temperatura
adequada, garantido o calor necessário. Sem ele, certamente nosso
planeta seria muito frio e a sobrevivência dos seres vivos seria afetada.

Como ocorre o efeito estufa?

Quando os raios solares atingem a superfície terrestre, devido à camada


de gases de efeito estufa, em torno de 50% deles ficam retidos na
atmosfera. A outra parte, atinge a superfície terrestre, aquecendo-a e
irradiando calor.
Os gases de efeito estufa podem ser comparados a isolantes, pois
absorvem parte da energia irradiada pela Terra.
O que acontece é que nas últimas décadas a liberação de gases de
efeito estufa, em virtude de atividades humanas, aumentou
consideravelmente.
Com esse acúmulo de gases, mais quantidade de calor está sendo
retida na atmosfera, resultando no aumento de temperatura. Essa
situação dá origem ao aquecimento global.

Os principais gases de efeito estufa são:

Vapor de água (H2O)


Monóxido de Carbono (CO)
Dióxido de Carbono (CO2)
Clorofluorcarbonos (CFC)
Óxido de Nitrogênio (NxOx)
Dióxido de Enxofre (SO2)
Metano(CH4)

Quais as causas do efeito estufa?


Como vimos, o efeito estufa é um fenômeno natural, mas é intensificado
devido à crescente queima dos combustíveis fósseis que representam a
base da industrialização e de muitas atividades humanas.

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As queimadas nas florestas para transformar suas áreas em plantação,
criação de gado e pastagens, também colaboram para o aumento do
efeito estufa.

As consequências do efeito estufa serão as seguintes:

Derretimento de grandes massas de gelo das regiões polares,


ocasionando o aumento do nível do mar. Isso poderá levar a submersão
de cidades litorâneas, forçando a migração de pessoas.
Aumento de casos de desastres naturais como inundações,
tempestades e furacões.
Extinção de espécies.
Desertificação de áreas naturais.
Episódios mais frequentes de secas.
As mudanças climáticas podem ainda afetar a produção de alimentos,
pois muitas áreas produtivas podem ser afetadas.
Outro problema associado à presença de gases poluentes na atmosfera
é a chuva ácida. Ela resulta da quantidade exagerada de produtos da
queima de combustíveis fósseis liberados na atmosfera, em
consequência das atividades humanas.

Biogás

Biogás é um tipo de gás inflamável produzido a partir da mistura de


dióxido de carbono e metano, por meio da ação de bactérias
fermentadoras em matérias orgânicas. A fermentação acontece em
determinados patamares de temperatura, umidade e acidez.
Artificialmente esse processo ocorre através de um equipamento, o
biodigestor anaeróbico. O próprio metano não possui cheiro, cor ou
sabor, mas os outros gases apresentam odor desagradável. O biogás é
uma fonte energética renovável, por essa razão é considerado um
bicombustível.

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A matéria-prima usada na produção do biogás é de origem orgânica,
são aproveitados materiais como esterco (humano e de animais), palhas,
bagaço de vegetais e lixo. Essa fonte energética pode ser utilizada como
combustível para fogões, motores e na geração de energia elétrica.
No entanto, devido a alta concentração de metano (cerca de 50%) e de
dióxido de carbono (acima de 30%), o biogás é um dos principais
poluentes do meio ambiente, pois contribui diretamente para o aumento
do efeito estufa. Pode ser considerado até 21 vezes mais poluente que o
gás carbônico.

Usina de biogás

A instalação de biodigestores para produção de biogás é recomendada


para áreas rurais e determinados espaços urbanos. Países como China
e Índia contam com um grande número desse equipamento em
pequenas cidades e propriedades rurais. No Brasil, os biodigestores são
instalados, majoritariamente, na zona rural. Há intenção de implantá-los
em grandes cidades brasileiras, no entanto, a capacidade de
processamento do equipamento não acompanha a quantidade de lixo,
para superar essa dificuldade seria preciso milhares de biodigestores. A
utilização desse tipo de fonte energética é favorável para a contribuir
para a questão do lixo, uma vez que os resíduos orgânicos são as
matérias-primas. Este tipo de energia nos leva à questão tão importante
de buscar novas fontes de energia alternativa, porque o mundo precisa
encontrar fontes energéticas para substituir as tradicionais, como
petróleo, carvão e usinas hidrelétricas, que provocam grande poluição e
impactos ambientais.

O lixo e o seu destino

O destino do lixo é algo de extrema importância para a saúde humana e


preservação do meio ambiente.

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Com o crescimento populacional no Brasil nas últimas décadas,
principalmente nos grandes centros urbanos, o destino do lixo tornou-se
um grande problema ambiental e de saúde pública. Como veremos no
texto abaixo, existem formas corretas e incorretas de tratamento do lixo
orgânico e material.

Os principais destinos do lixo no Brasil:

Os Lixões:
Consiste em simplesmente retirar todo o lixo (orgânico e material) das
residências, comércios e indústrias, despejando-os em grandes áreas a
céu-aberto. Localizados geralmente em regiões periféricas de cidades,
estes lixões são responsáveis pela concentração de ratos, baratas e
outros insetos. Tornam-se verdadeiros focos de proliferação de doenças,
além do mau cheiro que exalam. Nos lixões sem fiscalização, pessoas
muito pobres costumam recolher materiais recicláveis e até mesmo
restos de comida, colocando desta forma a saúde em risco. Outro
problema, esse de ordem ambiental, também se faz presente neste
sistema. Ao entrar em putrefação, os materiais orgânicos produzem
chorume, que pode atingir rios, lagos e lençóis freáticos próximos aos
lixões. Este processo pode provocar grave situação de contaminação da
água. Este é o pior destino para o lixo e, felizmente, vai deixando de
existir em nosso país.

Aterros Sanitários:
Este é o sistema de tratamento de lixo mais usado no Brasil atualmente.
Nestes locais, o solo é preparado (impermeabilizado) para receber o lixo
orgânico. Este é colocado em camadas intercaladas com terra, evitando
assim o mau cheiro, contaminação e a proliferação de insetos e ratos. O
processo de decomposição do material orgânico é feito por bactérias
anaeróbicas. Como resultado deste processo, ocorre a geração do gás
metano, que pode ser descartado (queimado) por saídas específicas ou
utilizado na geração de energia elétrica (sistema mais adequado).

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Compostagem:
É um destino muito interessante, do ponto de vista ambiental e
econômico, para o lixo orgânico (principalmente restos de frutas,
verduras e legumes). Neste processo, o lixo orgânico é transformado em
adubo para ser utilizado na agricultura.

Coleta seletiva e reciclagem:


A coleta seletiva consiste em separar o lixo orgânico dos materiais
recicláveis. Estes últimos são vendidos ou entregues a empresas ou
cooperativas que os reciclam. Desta forma, estes materiais podem voltar
à cadeia produtiva, gerando emprego e renda para todos que atuam no
processo.
Alguns exemplos de lixo reciclável: latas de alumínio, potes e sacos de
plástico, garrafas PET, sobras de papel, papelão, garrafas e potes de
vidro, jornais e revistas.

Coisas que nunca devemos fazer com o lixo:

• Queimar lixo, especialmente plásticos e outros materiais sintéticos,


pode liberar poluentes nocivos e produtos químicos tóxicos no ar,
contribuindo para a poluição do ar e riscos à saúde.
• Descartar lixo em rios, lagos ou oceanos pode prejudicar a vida
aquática, perturbar ecossistemas e contribuir para a poluição da água.
• Jogar lixo em locais públicos não apenas cria uma aparência
desagradável, mas também pode prejudicar a vida selvagem e o meio
ambiente.
• Resíduos perigosos, como baterias, eletrônicos e produtos químicos,
não devem ser misturados com o lixo comum, pois requerem manuseio
especial para evitar contaminação ambiental.
• Descartar lixo em áreas não designadas é ilegal em muitos lugares e
pode levar a danos ambientais e consequências legais.

Fonte:

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https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url
=https://m.brasilescola.uol.com.br/amp/quimica/quimica-organica.

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url
=https://www.todamateria.com.br/petroleo.

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url
=https://www.todamateria.com.br/carvao-mineral.

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url
=https://www.todamateria.com.br/efeito-estufa

https://cibiogas.org

https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url
=https://m.suapesquisa.com/ecologiasaude/destino_lixo.

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