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Marlos Andray
Química Ambiental
ATMOSFERA
BIOSFERA vs FOTOSSÍNTESE 02
Efeito Estufa 04
A questão do BIODIESEL 07
Biogás 09
Chuva Ácida 13
HIDROSFERA
Poluição Térmica 18
Eutrofização 21
LITOSFERA
Lixo e Chorume 21
Contaminação por Metais Pesados 22
Agrotóxicos 25
CICLOS GLOBAIS
Oxigênio 27
Carbono 29
Nitrogênio 30
Enxofre 30
Mineralurgia e Metalurgia 32
Problema do Pressal 37
Bloco de gelo 38
ENCARTE COLORIDO
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BIOSFERA vs FOTOSSÍNTESE
Uma afirmação que se pode fazer a respeito da biosfera é que a sobrevivência de todos os seres
vivos que a compõem, com exceção de um pequeno grupo de seres procariontes
quimiossintetizantes, depende, em uma última análise, dos organismos clorofilados. Estes, por
meio da fotossíntese, produzem o alimento que é utilizado por todos os outros seres vivos.
Como subproduto da fotossíntese, as plantas liberam oxigênio, que é fundamental para a
respiração de todos os seres vivos, sejam eles animais ou vegetais. Esse tipo de dependência
que existe entre animais e vegetais é apenas um dos muitos exemplos de interações que
ocorrem na biosfera.
Como regra, populações de espécies diferentes devem viver em constante interação, formando
as comunidades bióticas, ou biocenose. A biocenose depende do conjunto de fatores físicos e
químicos do meio, frequentemente chamado de biótopo. Uma comunidade biótica em interação
com o conjunto de condições físicas e químicas, da região onde ela habita, constitui um
ecossistema. Assim, temos:
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ATMOSFERA
Esta emissão de gases na atmosfera pode causar além das ações diretas ao homem,
como problemas respiratórios e alergias, problemas ao meio-ambiente, sendo os principais:
Efeito Estufa
Chuva ácida
Buraco na camada de ozônio.
Que iremos tratar a seguir:
Óxidos na atmosfera
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O efeito estufa e os gases estufa
O termo ‘efeito estufa’ refere-se a um fenômeno natural já amplamente reconhecido, e
significa o aumento da temperatura da atmosfera global.
Alguns gases, como vapor d’água, CO2 (o principal gás estufa) e CH 4 (metano) são
chamados de gases estufa porque são capazes de reter o calor do Sol na troposfera terrestre.
Graças a este fenômeno natural, a temperatura média da Terra é hoje cerca de 4 graus
Celsius acima do que era na última idade do gelo (que ocorreu há cerca de 13 mil anos atrás.
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aumento do teor de CO2 dissolvido nos oceanos. Neste último caso, haverá sensível
aumento dos organismos com exoesqueletos formados por carbonato de cálcio.
Modificações profundas na vegetação característica de certas regiões e típicas de
determinadas altitudes.
Aumento na incidência de doenças e proliferação de insetos nocivos ou vetores de
doenças, o que poderá resultar em grandes alterações sociais.
QUESTÃO 2: As crescentes emissões de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso
(N2O), entre outros, têm causado sérios problemas ambientais, como, por exemplo, a
intensificação do efeito estufa. Estima-se que, dos 6,7 bilhões de toneladas de carbono emitidas
anualmente pelas atividades humanas, cerca de 3,3 bilhões acumulam-se na atmosfera, sendo os
oceanos responsáveis pela absorção de 1,5 bilhões de toneladas, enquanto quase dois bilhões de
toneladas são seqüestradas pelas formações vegetais.
Assim, entre as ações que contribuem para a redução do CO 2 da atmosfera, estão a
preservação de matas nativas, a implantação de reflorestamentos e de sistemas agro florestais e a
recuperação de áreas de matas degradadas.
a) diminuir a respiração celular dos vegetais devido à grande disponibilidade de O2 nas florestas
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tropicais.
b) fixar o CO2 da atmosfera por meio de bactérias decompositoras do solo e absorver o carbono
livre por meio das raízes das plantas.
c) converter o CO2 da atmosfera em matéria orgânica, utilizando a energia da luz solar.
d) reter o CO2 da atmosfera na forma de compostos inorgânicos, a partir de reações de oxidação em
condições anaeróbicas.
e) transferir o CO2 atmosférico para as moléculas de ATP, fonte de energia para o metabolismo
vegetal.
Note a questão trabalhando uma das soluções pra diminuir o efeito causado pelos
combustíveis fósseis, que é a fixação de carbono pelas plantas.
QUESTÃO 3: Unicamp 2006 (efeito estufa) O aquecimento global é assunto polêmico e tem sido
associado à intensificação do efeito estufa. Diversos pesquisadores relacionam a intensificação
desse efeito a várias atividades humanas, entre elas a queima de combustíveis fósseis pelos meios
de transporte nos grandes centros urbanos.
a) Explique que relação existe entre as figuras A e B e como elas estariam relacionadas com a
intensificação do efeito estufa.
b) Por que a intensificação do efeito estufa é considerada prejudicial para a Terra?
c) Indique outra atividade humana que também pode contribuir para a intensificação do efeito
estufa. Justifique
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atmosférico.
E O BIODIESEL?
O que é o Biodiesel?
(texto adaptado da Wikipédia)
O combustível pode ser produzido a partir de qualquer fonte de ácidos graxos, além dos
óleos e gorduras animais ou vegetais, porém nem todas as fontes de ácidos graxos viabilizam o
processo a nível industrial. Os resíduos graxos também aparecem como matérias primas para a
produção do biodiesel. Nesse sentido, podem ser citados os óleos de frituras, as borras de
refinação, a matéria graxa dos esgotos, óleos ou gorduras vegetais ou animais fora de
especificação, ácidos graxos, etc.
As vantagens do biodiesel
Contribui ainda para a geração de empregos no setor primário, que no Brasil é de suma
importância para o desenvolvimento social. Com isso, evita o êxodo do trabalhador no
campo, reduzindo o inchaço das grandes cidades e favorecendo o ciclo da economia
auto-sustentável essencial para a autonomia do país.
Muito dinheiro é gasto para o refino e prospecção do petróleo. O capital pode ter um fim
social melhor para o país, visto que o biodiesel não requer esse tipo de investimento.
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No Brasil e na Ásia, lavouras de soja e dendê, cujos óleos são fontes potencialmente
importantes de biodiesel, estão invadindo florestas tropicais, importantes bolsões de
biodiversidade. Embora, aqui no Brasil, essas lavouras não tenham o objetivo de serem
usadas para biodiesel, essa preocupação deve ser considerada.
I. Uma das razões que torna o uso desse bio-óleo ecologicamente vantajoso como combustível, em
comparação ao óleo diesel, é porque o carbono liberado na sua queima provém do carbono pré-
existente no ecossistema.
II. O processo de produção do bio-óleo envolve a destilação fracionada de combustíveis fósseis.
III. A combustão do bio-óleo não libera gases causadores do aquecimento global, como acontece
na combustão do óleo diesel.
O item I está correto, pois para produzir biodiesel é necessário plantar, logo o CO2 que
posteriormente será emitido na queima deste combustível fóssil será reabsorvido pelas
plantas (fixação de carbono) no seu processo de fotossíntese.
Item II está falso, pois quem envolve destilação fracionada é o Diesel de petróleo, que é
obtido nas colunas de fracionamento:
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Item III está falso, pois assim como o diesel de petróleo o biodiesel em sua combustão
libera CO2. Não agravar o efeito estufa tem a ver com o saldo zero devido a fixação de
carbono gerado na fotossíntese, isso não quer dizer que não produza gases que agravam
o efeito estufa, pois o CO2 é um gás estufa.
Biogás
É uma mistura de gases (CH4, CO2, H2S) obtidos pela decomposição de matéria orgânica,
denominada biomassa, que por ação de microrganismos, sofrem decomposição anaeróbica.
Uma destas reações é a fermentação da celulose:
Madeira
biogás combustível
biodigestor
Biomassa
resíduo fertilizant
e
Basicamente a madeira é constituída de celulose – (C6H10O5) – matéria-prima para a fabricação
do papel. Submetendo-a a um processo de destilação seca ao abrigo do ar, obtemos:
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A fração gasosa: gás de madeira (CH4, C2H6), usado como combustível (até mesmo nas
próprias fábricas de papel).
Frações líquidas: ácido pirolenhoso: solução aquosa que contém de 6 a 10% de ácido
acético (ácido etanóico), de 2 a 3% de álcool metílico (metanol), de 0,5 a 1% de acetona
(propanona) ou vinagre da madeira e alcatrão da madeira.
Fração sólida (resíduo): carvão de madeira
Obs.: O alcatrão de madeira é uma mistura complexa de compostos em que predominam os
aromáticos.
Os dois pesquisadores logo se deram conta de que os CFCs, tão estáveis na troposfera, seriam
decompostos pela radiação ultravioleta na estratosfera, liberando átomos de cloro.
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aparente nos cálculos. Alertou-os apenas de que outros pesquisadores
já haviam concluído que o cloro podia destruir o ozônio estratosférico. Eles eram os primeiros,
entretanto, a encontrar uma fonte significativa de cloro atômico na estratosfera: os CFCs.
Uma solução encontrada para os CFC’s foi fazer a reação destas moléculas com H 2 em
altas pressões de modo que um dos radicais cloro é substituído por um hidrogênio, o que faz
com que a molécula fique mais polar e reativa, passando a ter sumidouros naturais e ser
destruída antes de alcançar a ozonosfera, são os hidrogenofluorclorocarbonetos (HCFC’s):
CF2Cl2 + H2 HCF2Cl + HCl
Levando em consideração todas as etapas, o processo reacional pode ser mais corretamente
denominado:
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As reações que levam a destruição da camada de ozônio ocorrem por processos de
formação de radicais livres, que são reações características de gases sob ação de radiação
ultravioleta. Uma reação é caracterizada como “em cadeia” quando o produto de uma etapa é
reagente da próxima etapa. Observe que o radical Cl• produzido na primeira etapa é reagente
nas etapas seguintes.
O termo fotoquímico é utilizado porque a luz desempenha papel fundamental para ativar as
reações. Em grandes metrópoles como a cidade de São Paulo, o fenômeno ocorre com maior
intensidade em dias de muito sol e pouco vento, quando a cidade fica envolta em uma névoa
conhecida como smog. Esse termo provém do inglês e deriva das palavras smoke = fumaça e
fog = neblina, nevoeiro.
É como se uma forte neblina envolvesse a cidade durante o horário de maior insolação. Em
tais ocasiões, pessoas mais sensíveis sentem o desconforto visual provocado pelos oxidantes,
aldeídos e seus olhos lacrimejam como se elas estivessem chorando.
O período crítico do ano mais favorável ao fenômeno na cidade de São Paulo é o inverno,
quando as condições meteorológicas são pouco favoráveis à dispersão dos poluentes
atmosféricos, há pouco vento e os dias são claros, com poucas nuvens e grande incidência de
luz solar.
O smog fotoquímico é resultado da quebra do estado foto estacionário descrito
anteriormente, em 3.6.1, e aqui novamente representado nas seguintes reações:
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ÁCIDOS NA ATMOSFERA
Quando esses combustíveis são utilizados, a queima do enxofre produz o dióxido
de enxofre, um óxido ácido de cheiro bastante irritante.
Embora a chuva ácida, formada por substâncias que as chaminés das indústrias e os
escapamentos dos automóveis despejam na atmosfera, tenha surgido, provavelmente, em
meados do século passado, em decorrência da Revolução Industrial, só há dez anos esse
fenômeno começou a inquietar os ecologistas, para se converter, nos dias de hoje, numa de
suas mais obsessivas preocupações.
A precipitação ácida ocorre quando aumenta a concentração de dióxido de enxofre (SO2),
e óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), que produzem ácidos quando em contato com a
própria água da chuva. Estes compostos são liberados na combustão de materiais de origem
fóssil, como o petróleo e o carvão.
Assim se origina a chamada chuva ácida. Ela é responsável por inúmeros
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problemas, entre os quais se destacam:
Prejuízos para a agricultura, pois o solo se torna ácido e, ao mesmo tempo, O S02
destrói as folhas dos vegetais;
A água dos rios e lagos se tornam ácida e, conseqüentemente, imprópria à vida de
peixes;
Corrosão do mármore, do ferro e de outros materiais usados em monumentos e
construções.
O álcool proveniente da cana-de-açúcar não contém impurezas d enxofre, portanto não
contribui para o aparecimento de H2SO4 na chuva.
QUESTÃO 6: A água destilada (pH = 7,0) em contato com o ar dissolve o dióxido de carbono
(CO2) levando à formação de um composto que a deixa levemente ácida (pH 6,0).
Nas grandes cidades, a queima de combustíveis fósseis produz gases, como os óxidos de
nitrogênio e de enxofre, que reagem com a água produzindo compostos ainda mais ácidos. À
precipitação dessas soluções aquosas denomina-se chuva ácida. Os gases como o dióxido de
carbono, os óxidos de nitrogênio e o trióxido de enxofre, presentes no ar das grandes cidades,
reagem com a água podendo formar, respectivamente, os ácidos:
QUESTÃO 7: UFMA 2006 As indústrias e os veículos eliminam diversos gases que constituem os
principais poluentes do ar. Com relação a esse fato, considere as afirmações abaixo e marque a
opção cujos itens são verdadeiros.
I. Os constituintes principais desses gases são os óxidos de carbono (CO, CO 2), de nitrogênio
(NOx) e de enxofre (SOx).
II. Os óxidos NO2 e SO3, por serem óxidos ácidos, contribuem para a degradação de ecossistemas
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em virtude da formação de chuvas ácidas.
III. Os óxidos de carbono (CO e CO2) são potencialmente tóxicos por reagir com o ferro da
hemoglobina e bloquear o transporte de oxigênio do sangue.
IV. CO2 é um gás estufa e contribui para o aumento da temperatura média da Terra.
V. Os óxidos de carbono contribuem também para o fenômeno da chuva ácida.
a) I, II e IV
b) I, III e IV
c) I, II e V
d) II, III e IV
e) II, III e V
O item I está correto, O item II está correto, pois ao reagirem com H2O formaram ácidos
que destroem monumentos, folhagens de árvores, acidificam águas o que alteram os
metabolismos da fauna aquática e terrestre.
O item III está falso, pois o CO2 não se combina com a hemoglobina, o CO (monóxido de
carbono) forma carbonilas metálicas, com a hemoglobina o CO forma a
carboxihemoglobina, o que dificulta a absorção de oxigênio, podendo levar o indivíduo à
morte.
O item IV está correto
O item V está falso, O CO, junto com o NO e N2O, é um óxido neutro e não tem
capacidade de reagir com H2O.
A água do mar está tão ácida que já é possível verificar a corrosão de conchas e
esqueletos de estrelas-do-mar, corais, moluscos, mexilhões e outros grupos marinhos em águas
rasas no Pacífico, afirmam cientistas da agência climática dos Estados Unidos.
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Os pesquisadores já sabiam que a acidificação ocorria em águas profundas longe do
litoral, mas se mostraram surpreendidos com o aparecimento do fenômeno em uma faixa entre
o México e o Canadá.
QUESTÃO 8: Cientistas vêm pesquisando a possibilidade de que o oceano pode ser um bom lugar
para armazenar o gás carbônico (CO2) emitido pela queima de combustíveis fósseis. O processo
científico consiste em coletar, comprimir e converter para o estado líquido o gás carbônico emitido
por usinas movidas a carvão, óleo ou gás e então injetá-lo, usando tubulação, no fundo do mar.
Analise as afirmativas abaixo e marque a opção correta.
Apesar da opção “E” ter sido apontada como a correta é bom que se deixe claro que na
visão dos ambientalistas o “pequeno impacto” que a opção relata está aferido em curto prazo,
mas não pode ser ignorado que em longo prazo os danos são irreversíveis.
HIDROSFERA
O esquema da figura a seguir ilustra a maneira como a água sai do ambiente e como ela
retorna a esse ambiente. Mais uma vez é conveniente observar que todo o movimento que a
água realiza é cíclico, ou seja, ela sai do ambiente, percorre o seu caminho, seja ele na terra,
ou na atmosfera, cumpre todas as suas funções, e depois disso, quando ocorre a precipitação,
ela volta ao seu ponto inicial, ficando disponível para novamente recomeçar o seu ciclo na
natureza.
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O homem afeta o ciclo da água de duas formas:
QUALITATIVAMENTE
QUANTITATIVAMENTE
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O grande problema do próximo século além do aquecimento global é o esgotamento da
água potável, mas a hidrosfera também sofre degradação constante.
Problemas como poluição por matéria orgânica e inorgânica, eutrofização e aquecimento
das águas (poluição térmica), que trataremos a seguir:
Poluição Térmica.
Tais efluentes provocam, nos rios, desoxigenação, uma vez que o calor provoca
dissipação do oxigênio dissolvido, além disso, podem provocar a mortandade de peixes, pois a
faixa de temperatura de sobrevivência deles é bastante estreita. E para os seres vivos, os
efeitos da temperatura dizem respeito à aceleração do metabolismo, ou seja, das atividades
químicas que ocorrem nas células.
Combinada e reforçada com outras formas de poluição ela pode empobrecer o ambiente
de forma imprevisível.
QUESTÃO 9: (Enem-MEC) A energia térmica liberada em processos de fissão nuclear pode ser
utilizada na geração de vapor para produzir energia mecânica, que por sua vez, será convertida
em energia elétrica. Com base no esquema de uma usina nuclear (abaixo), são feitas as seguintes
afirmações:
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I. A energia liberada na reação é usada para ferver a água, que, como vapor a alta
pressão, aciona a turbina.
II. A turbina, que adquire uma energia cinética de rotação, é acoplada mecanicamente ao
gerador para produção de energia elétrica.
III. A água depois de passar pela turbina é pré-aquecida no condensador e bombeada de
volta ao reator.
IV. O aumento da temperatura da água do rio ou do mar reduz a quantidade de 02(g)
dissolvido, que é essencial para a vida aquática e para a decomposição da matéria
orgânica.
V. O aumento da temperatura da água modifica o metabolismo dos peixes.
VI. O aumento na temperatura da água diminui o crescimento de bactérias e de algas,
favorecendo a vegetação.
a) todas.
b) I, II, III e IV
c) II, IV, V e VI.
d) I, II, IV e V
e) I, II, III, IV e V
Condensador serve para causar um resfriamento, logo o item III está errado, e o
aquecimento das águas desoxigena as águas prejudicando todo tipo de vegetação aquática,
logo o item VI está errado.
QUESTÃO 10: (Enem-MEC) Na música "Bye, bye, Brasil", de Chico Buarque de Holanda e
Roberto Menescal, os versos:
“puseram uma usina no mar”
“talvez fique ruim pra pescar"
Poderiam estar se referindo à usina de Angra dos Reis, no litoral do Estado do Rio de Janeiro. No
caso tratar dessa usina, em funcionamento normal, dificuldades para a pesca nas proximidades
poderiam ser causadas:
a) Pelo aquecimento das águas, utilizadas para refrigeração da usina, que alteraria a fauna
marinha
b) Pela oxidação de equipamentos pesados e por detonações que espantariam os peixes.
c) Pelos rejeitos radioativos lançados continuamente no mar, que provocariam a morte dos
peixes.
d) Pela contaminação por metais pesados dos processos de enriquecimento do urânio.
e) Pelo vazamento de lixo atômico colocado em tonéis e lançado ao mar nas vizinhanças da
usina.
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Inglaterra, em 1847, que introduziu o uso generalizado da descarga hidráulica nos vasos
sanitários, ligando-os aos sistemas de efluentes e, conseqüentemente, fazendo descargas
diretamente nos rios.
Em pequenas quantidades, o efluente sanitário, bem como alguns poucos despejos industriais
tratados, pode ser integrado à matéria orgânica originalmente existente e servir de alimento à
flora e à fauna. A sobra desse "alimento," que poderia ser chamada de "início da poluição pela
matéria orgânica", seria consumida por bactérias que têm a propriedade de se multiplicar
rapidamente.
Entretanto, o grande excesso de efluentes causa uma demanda (consumo) de oxigênio
que é sempre resultante de uma atividade biológica ou bioquímica e, por isso, denominada
demanda bioquímica de oxigênio (DBO), sendo proporcional à concentração de matéria orgânica
assimilável pelas bactérias aeróbicas.
Fósforo: o vilão da eutrofização
A eutrofização pode ser definida como um aumento da quantidade de nutrientes e/ou
matéria orgânica num ecossistema aquático, resultando numa maior produtividade primária e,
geralmente, na diminuição do volume total do ecossistema. Devido a um aumento de nutrientes
disponíveis, originam-se blooms (aumentos de grande magnitude) de algas verdes e de
cianobactérias (algas azuis) que podem ter efeitos nocivos. São estes blooms que acabam por
provocar o aumento da produtividade primária.
As plantas aquáticas necessitam de uma grande variedade de constituintes químicos
para crescerem, mas geralmente apenas o fósforo e/ou o azoto estão em déficit nos sistemas
aquáticos, sendo por isso os fatores que limitam o seu crescimento. A eutrofização resulta, na
maioria das vezes, do aumento destes nutrientes (sobretudo do fósforo) que permite a
multiplicação descontrolada das algas.
A eutrofização pode ser natural ou consequência de atividades humanas. Quando a
origem é natural, o sistema aquático torna-se eutrófico muito lentamente e o ecossistema
mantém-se em equilíbrio. Geralmente a água mantém-se com boa qualidade para o consumo
humano e a comunidade biológica continua a ser saudável e diversa. Quando, pelo contrário, a
eutrofização resulta de atividades humanas, há um aceleramento do processo, os ciclos
biológicos e químicos podem ser interrompidos e, muitas vezes, o sistema progride para a um
estado essencialmente morto.
A eutrofização induzida pelo Homem desenvolve-se rapidamente devido a fontes de
nutrientes geradas pelas atividades humanas. As fontes mais comuns são as escorrências dos
campos agrícolas (que são muito ricas em nutrientes devido à utilização de fertilizantes), os
efluentes industriais, os esgotos das áreas urbanas e a desflorestarão. Todas elas
provocam a libertação para os ecossistemas aquáticos de grandes quantidades de nutrientes
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que ficam disponíveis para o crescimento do fito plâncton (conjunto de algas microscópicas com
pouco ou nenhum poder de locomoção, deslocando-se segundo o movimento da água, que
inclui as algas verdes e as cianobactérias).
O pH também se altera, passando de neutro ou ligeiramente alcalino a ácido, o que
também podem afetar algumas. Finalmente, pode também ocorrer uma grande acumulação de
toxinas (produzidas pelas cianobactérias) e de parasitas, o que pode produzir fortes impactos
ao nível da saúde pública.
QUESTÃO 12: PUC-RIO (2003) Um dos grandes problemas ambientais conhecidos é o excesso
de descargas de efluentes ricos em nutrientes, que influenciam o crescimento de algas,
aumentando a demanda bioquímica de oxigênio e causando mortandade de peixes e animais
bentônicos. Esse fenômeno é chamado de:
a) Nitrificação.
b) eutrofização.
c) Magnificação trófica.
d) Carbonificação.
e) Respiração.
LITOSFERA
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Os lixões, por serem na verdade uma mera disposição de resíduos a céu aberto são
construídos sobre terrenos que permitem não apenas o escoamento do chorume, mas também
a sua infiltração no solo, levando à contaminação das águas subterrâneas.
Ao contrário dos lixões, os aterros sanitários, que recebem resíduo sólido municipal
urbano (o lixo gerado em nossas casas), e os aterros industriais, que recebem resíduo sólido
industrial, têm as suas construções pautadas em normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), que prevê impermeabilização do terreno e o tratamento do chorume gerado.
Poços de monitoração abertos nas proximidades do aterro permitem a avaliação constante da
qualidade das águas subterrâneas e a tomada de decisões em caso de eventuais infiltrações.
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Pilhas usadas são lixo radioativo? O que fazer com elas?
(Marco Aurélio Bonotto, Palmas, PR) Não, elas não emitem radioatividade - mas, mesmo
assim, constituem um lixo perigoso à natureza e à saúde humana. O maior problema são as
pilhas fabricadas com grandes quantidades de metais pesados como cádmio, mercúrio, chumbo
e seus compostos. Essas substâncias são altamente tóxicas - algumas até cancerígenas, de
efeito cumulativo no organismo - e, dependendo da concentração, podem causar, a longo
prazo, complicações respiratórias e renais. Misturadas ao lixo doméstico em aterros comuns,
elas contaminam o solo, lençóis de água subterrâneos e lavouras. "A situação melhorou um
pouco nos últimos tempos, pois vêm sendo produzidas pilhas com menores concentrações
desses metais - como as alcalinas, cujos resíduos são bem menos tóxicos para o ambiente", diz
Zilda Velloso, coordenadora do Departamento de Qualidade Ambiental do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em compensação, a lei que
deveria nos proteger desses venenos não é cumprida.
Trata-se de uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em vigor desde
julho de 2000. Ela estabelece como responsabilidade dos fabricantes e importadores a coleta de
pilhas usadas, para que tenham destinação adequada: aterros industriais especiais para
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resíduos químicos perigosos. "Esses aterros consistem de valas com diversas camadas de
impermeabilização para evitar vazamentos. São também equipados com sistemas de
tratamento para gases e líquidos", diz o químico Marcelo Jost, também do Ibama. No entanto,
apenas 10% dos aterros brasileiros obedecem a essas condições. E, apesar da resolução do
Conama, pouquíssimos pontos de coleta de pilhas foram instalados no país.
2 - O vazamento resultante faz com que os elementos tóxicos do interior da pilha se dissolvam
nos líquidos que escoam pelas camadas do aterro. Sem um sistema especial de captação e
tratamento desses fluidos, o veneno contamina o solo e os lençóis de água subterrâneos
3 - Expostas ao sol e à chuva, as pilhas vão oxidando. Com isso, sua carcaça - que deveria
manter confinada a pasta de metais venenosos - passa a se decompor
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saúde observados em humanos. Isto se deve, provavelmente, à sua lenta eliminação. No
cérebro e rins, esta eliminação leva um tempo considerável (até mesmo alguns anos). O
sistema nervoso central é o alvo principal do metilmercúrio, onde afeta, principalmente, áreas
específicas do cérebro, como cerebelo e lobos temporais. A intoxicação por metilmercúrio se
caracteriza por ataxia perda da coordenação dos movimentos voluntários), a disartria
(problemas nas articulações das palavras), a parestesia (perda da sensibilidade nas
extremidades das mãos e pés e em torno da boca), visão de túnel (constrição do campo visual)
e perda da audição. Os primeiros sintomas afetam geralmente a região perianal e aparecem
alguns dias após a exposição. Uma contaminação severa pode causar cegueira, coma e morte.
MERCÚRIO NA AMAZÔNIA
O mercúrio ameaça a saúde da população da Amazônia. No Brasil, mais de duas mil toneladas
desse metal pesado foram despejadas no meio ambiente pelos garimpos desde 1980. Estima-se
em 100 a 130 t/ano o montante de Hg (mercúrio) introduzido na Amazônia nos últimos anos
pela atividade garimpeira, sendo 40% lançado diretamente nos rios e 60% disperso na
atmosfera e transportado a longas distâncias. Os garimpeiros usam o mercúrio para separar
partículas de ouro dispersas na terra, gerando a amálgama (mercúrio misturado com ouro), que
posteriormente é aquecida a elevadas temperaturas para evaporação do mercúrio, o que
contamina as pessoas próximas e o meio ambiente em geral.
Além do garimpo, atualmente são apontadas outras duas fontes de contaminação por mercúrio
na Amazônia, a queima da biomassa florestal e degradação dos solos lateríticos; nestes dois
casos, a acumulação do mercúrio seria devida a processos naturais de concentração desse
elemento. As condições dos rios da Amazônia (baixo pH da água, alta concentração de matéria
orgânica dissolvida e baixo teor de material particulado) favorecendo a metilação do mercúrio,
sugerem um cenário de contaminação contínua e crescente.
A origem natural se comprova por meio de peixes contaminados em áreas distantes dos
garimpos e em represas sem uma fonte identificada do metal, disse o especialista. O rio Negro,
de pouca atividade de mineração, tem quase o dobro de mercúrio do rio Tapajós, em cuja bacia
se extrai muito ouro. A contaminação de áreas de mineração e rios preocupa desde o auge do
ouro amazônico nos anos 80.
Porém, é no garimpo de ouro aluvial na Amazônia que toda a sorte de conflitos econômicos e
sociais se manifestam. O Brasil não possui uma política mineral explícita, sendo a exploração do
ouro organizada regionalmente, pelas populações locais, movidas por aspirações de Ascenção e
fuga da eterna exclusão social. Frequentemente os garimpos funcionam com infraestrutura
precária, agredindo o ambiente e liberando grandes quantidades de mercúrio nos rios, no ar e
no solo.
Clorados: grupo químico dos agrotóxicos compostos por um hidrocarboneto clorado que tem
um ou mais anéis aromáticos. Embora sejam menos tóxicos (em termos de toxicidade aguda
que provoca morte imediata) que outros organo-sintéticos, são também mais persistentes no
corpo e no ambiente, causando efeitos patológicos no longo prazo. O agrotóxico organoclorado
atua no sistema nervoso, interferindo nas transmissões dos impulsos nervosos. O famoso DDT
faz parte deste grupo.
http://pt.wikipedia.org/wiki/DDT
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largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para o combate aos mosquitos causadores da
malária e do tifo.
O estado químico do DDT é sólido em condições de temperatura entre 0° a 40°C. É insolúvel em
água, mas solúvel em compostos orgânicos como a gordura e o óleo e tem um odor suave.
Trata-se de inseticida barato e altamente eficiente a curto prazo, mas a longo prazo tem efeitos
prejudiciais à saúde humana, como demonstrou a bióloga norte-americana Rachel Carson, em seu
livro Primavera Silenciosa. De acordo com Carson, o DDT pode ocasionar câncer em seres
humanos e interfere com a vida animal, causando, por exemplo, o aumento de mortalidade entre os
pássaros.
Por este e outros estudos, o DDT foi banido de vários países na década de 1970 e tem seu uso
controlado pela Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes. No Brasil, só
em 2009 o DDT teve sua fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque,
comercialização e uso proibidos pela Lei nº. 11.936 de 14 de maio de 2009. [2]
Como o DDT é facilmente transportado pelo ar e pela chuva, pode ser encontrado em lagos, por
exemplo, mas quase sempre em níveis aceitáveis. O DDT apresenta grande eficiência no combate a
mosquitos. Com ajuda do DDT, a malária foi banida da Flórida, da Itália e da Espanha, entre
outros. No Brasil, houve erradicação da malária em estados como Ceará, Minas Gerais e Piauí. Em
1950, o então presidente Eurico Gaspar Dutra chegou a anunciar a erradicação da dengue no
Brasil, graças ao DDT.
Não existem pesquisas que demonstrem como seria o prisma de doenças como a dengue hoje se o
DDT jamais tivesse existido, visto que ele combateu o inseto causador da dengue e ao mesmo tempo
combateu pássaros e predadores naturais do inseto
Cloro-fosforados: grupo químico dos agrotóxicos que possuem um éster de ácido fosfórico e
outros ácidos à base de fósforo, que em um dos radicais da molécula possui também um ou
mais átomos de cloro. Apresentam toxidez aguda (são capazes de provocar morte imediata)
atuando sobre uma enzima fundamental do sistema nervoso (a colinesterase) e nas
transmissões de impulsos nervosos.
Fosforados: grupo químico formado apenas por ésteres de ácido fosfórico e outros ácidos à
base de fósforo. Em relação aos agrotóxicos clorados e carbamatos, os organofosforados são
mais tóxicos (em termos de toxidade aguda), mas se degradam rapidamente e não se
acumulam nos tecidos.
QUESTÃO 13: (Enem-MEC) Os gases liberados pelo esterco e por alimentos em decomposição
podem conter sulfeto de hidrogênio, H2S, gás com cheiro de ovo podre, que é tóxico para muitos
seres vivos. Com base no fato descrito, foram feitas as seguintes afirmações:
I. Gases tóxicos podem ser produzidos em processos naturais;
II. Deve-se evitar o uso de esterco como adubo porque polui o ar das zonas rurais;
III. Esterco e alimentos em decomposição podem fazer parte do ciclo natural do enxofre, S.
a) I
b) II
c) III
d) I e III
e) II e II
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Ciclos Globais
CICLO DA OXIGÊNIO
Este ciclo é mantido por processos geológicos, físicos, hidrológicos e biológicos, que
movem diferentes elementos de um depósito a outro. O oxigênio molecular (O 2) compõe cerca
de 21% da atmosfera terrestre. Este oxigênio satisfaz as necessidades de todos os organismos
terrestres que o respiram no seu metabolismo.
Reservatórios de Oxigênio
A maior parte do oxigênio existente (99.5%) está concentrada na crosta e manto da Litosfera.
Apenas uma pequena fração do oxigênio existente está contida na atmosfera (0.49%), esta
porcentagem representa cerca de 20% da atmosfera. Uma parte muito menor do oxigênio está
contida na biosfera (0.01%).
Fluxos de Oxigênio
2 H2O + energia → 4 H + O2
2 N2O + energia → 4 N + O2
Devido aos minerais da litosfera serem oxidados em oxigênio, o desgaste químico das rochas
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expostas também consome oxigênio. Um exemplo de desgaste químico da superfície é a
formação de óxidos de ferro (ferrugem):
4 FeO + 3 O2 → 2 Fe2O3
Portanto, o oxigênio pode ser consumido da atmosfera através das seguintes vias:
combustão;
degradação, principalmente pela ação de raios ultravioleta, com formação de ozônio (O3);
O2 + energia uv → 2O
O + O2 + energia uv → O3
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Ciclo do Carbono
As trocas de CO2 entre a atmosfera e a biosfera terrestre ocorrem principalmente
através da fotossíntese e a respiração por plantas. A fixação do CO 2 pelos oceanos se dá
através da dissolução do gás na água e por fotossíntese. A principal rota de transferência do
CO2 para o fundo dos oceanos é pela sedimentação de carbonato de cálcio insolúvel, CaCO 3, na
forma de organismos formadores de exoesqueletos, como conchas, moluscos, etc. O CO 2 é
também fixado na forma de carbono orgânico, pela fotossíntese de algas na superfície
ensolarada das águas e pelo crescimento resultante do fitoplâncton. Esse CO2 retorna à
atmosfera através da respiração e decomposição da biomassa assim formada.
O Ciclo do Nitrogênio
Muitos compostos contendo nitrogênio são encontrados na natureza, pois este elemento
químico possui grande capacidade de fazer ligações químicas, com números de oxidação
variando de (–3) a (+5). É o mais abundante elemento químico na atmosfera terrestre,
contribuindo com aproximadamente 78% de sua composição. A molécula de N2 é
extremamente estável e quase não desempenha papel químico importante, exceto na
termosfera (altitude maior que 90 km) onde pode ser fotolizada ou ionizada.
Os animais necessitam do nitrogênio incorporado em compostos orgânicos (aminoácidos
e proteínas), enquanto que plantas e algas necessitam do nitrogênio sob a forma de íons nitrato
(NO3-) ou íons amônio (NH4+).
Qualquer processo que resulte na transformação do N2 da atmosfera em outros
compostos de nitrogênio é denominado de fixação de nitrogênio. Um grande número de
bactérias pode converter o nitrogênio gasoso a amônia (NH 3) ou íons amônio (NH4+), por meio
de redução catalisada por enzimas, em processo conhecido como fixação biológica de nitrogênio
que representa 90% de toda a fixação de origem natural.
29
Adicionalmente, o nitrogênio gasoso pode ser convertido em amônia e espécies
oxidadas, por meio de reação provocada por descargas de relâmpagos, em processo chamado
de fixação atmosférica de nitrogênio.
Atividades antrópicas, como por exemplo, a produção de amônia ou ácido nítrico,
também contribui para a fixação de nitrogênio em processo denominado de fixação industrial de
nitrogênio.
O nitrogênio também pode ser oxidado a nitritos (NO2-) ou nitratos (NO3-) num processo
chamado de nitrificação.
Quando os organismos morrem, certas bactérias são capazes de converter os compostos
orgânicos contendo nitrogênio em nitrato, amônia ou, por uma série de reações químicas, em
nitrogênio molecular, quando, então, retorna à atmosfera.
A redução de nitrato (NO3 -) a espécies de nitrogênio sob forma de gás (e.g. N2, N2O,
NO), ocorre em processos químicos e biológicos e é denominada de desnitrificação.
O Ciclo do Enxofre
Muitos compostos contendo enxofre são encontrados na natureza, pois este elemento
possui grande capacidade de fazer ligações químicas, com números de oxidação variando de (–
2) a (+6). O enxofre é um elemento essencial à vida na Terra, sendo alguns de seus compostos
de grande importância biológica: organismos vivos, incluindo plantas, assimilam espécies de
enxofre, enquanto que ao mesmo tempo, várias formas de enxofre são emitidas como produto
final de seus metabolismos.
Compostos reduzidos de enxofre, principalmente o sulfeto de hidrogênio (H 2S), são
formados por atividade bacteriana anaeróbica, no processo de oxidação de carbono orgânico a
dióxido de carbono e redução de sulfato (SO42-) a sulfeto (S2-). Parte deste, ao reagir com íons
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metálicos é fixado na litosfera, na forma de rochas e sedimentos.
QUESTÃO 14: (Enem) o esquema representa o ciclo do enxofre na natureza, sem considerar a
intervenção humana:
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Algumas atividades humanas interferiram significativamente no ciclo natural do enxofre,
alterando as quantidades das substâncias indicadas no esquema.
Ainda hoje isso ocorre, apesar do grande controle por legislação. Pode-se afirmar que duas dessas
interferências são resultantes da:
Quando os minérios são sulfetos, eles são ustulados, isto é, transformados em óxidos,
por aquecimento em presença de excesso de ar; a seguir, os óxidos são reduzidos, como
acabamos de explicar:
Outro processo utilizado para aproveitar o pó que está misturado com a lama dos rios é
o tratamento com mercúrio (o mercúrio é um metal líquido que dissolve muitos metais
formando soluções denominadas amálgamas). Juntando-se o mercúrio à mistura de lama e
ouro, forma-se o amálgama de ouro, que é líquido e se separa da lama. Em seguida, basta
aquecê-lo para que o mercúrio evapore, restando o ouro. Muito empregado pelos garimpeiros
brasileiros, esse processo é perigosíssimo, pois os vapores de mercúrio são extremamente
tóxicos.
MINERALOGIA
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Quando uma substância cristalina não possui estrutura interna ordenada, é chamada
mineralóide. Quando um mineral possui uma quantidade relativamente elevada de
determinado elemento, de modo que seja viável o seu aproveitamento industrial, o mineral é
chamado de minério. A um grupamento sólido natural de vários minerais diferentes dá-se o
nome de rocha.
Dureza: A dureza de um mineral (designada por D) é a resistência que sua superfície lisa
oferece ao ser riscado por outro mineral, por uma lima ou um canivete.
Silicatos
Quartzo - SiO2 - Ocorre como constituinte importante das rochas ígneas que contêm um
excesso de sílica, tais como granito, riólito e pegmatito. Ocorrem também em rochas
metamórficas, como gnaisses e xistos. Frequentemente encontra-se associado ao feldspato e à
moscovita. O quartzo ocorre em grandes quantidades como areia nos leitos dos rios e sobre as
praias
O mineral possui um brilho vítreo ou, em algumas espécies, gorduroso. É transparente a
translúcido, e habitualmente é incolor ou branco, mas frequentemente é colorido por diversas
impurezas.
Não-Silicatos
Apatita - Ca5 (F, Cl, OH) (PO4)3 - Ocorre como constituinte acessório em todas as classes de
rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.
Calcita - CaCO3 - Ocorre principalmente como mineral de rocha, como depósitos em cavernas e
como calcitas silícicas
Cassiterita - SnO2 - Ocorre principalmente nas rochas ígneas e pegmatitios, frequentemente
associada com o quartzo nas rochas graníticas
Cinábrio - HgS - Ocorre como impregnações e como enchimento de veios perto de rochas
vulcânicas recentes e fontes termais
O mineral, quando puro, tem um brilho adamantino, e quando impuro chega a ser terroso
fosco.
Coríndon - Al 2O3 - Ocorre comumente como mineral acessório nas rochas metamórficas, tais
como calcário cristalino, mica-xisto e gnaisse. Encontra-se também em rochas ígneas
Os minerais associados são frequentemente a clorita, as micas, a olivina, a serpentina, a
magnetita, o espinélio, a cianita e o diásporo
O mineral é transparente a translúcido, com brilho adamantino a vítreo, e a cor varia em
matizes de castanho, rosa ou azul, podendo ser branco, cinzento, verde, vermelho-rubi ou azul
safira
Fluorita - CaF2 - Ocorre principalmente como mineral de ganga, associado a minerais de
chumbo ou prata, em dolomitas e calcários, em rochas magmáticas e pegmatitos
Algumas variedades de fluorita mostram o fenômeno da fluorescência.
Galena - PbS - Ocorre geralmente associada com a esfalerita, pirita, marcassita, calcopirita,
fluorita, calcita, barita, quartzo, cerussita, dolomita e anglesita
O mineral possui um brilho metálico reluzente, e cor cinza do chumbo.
Hematita - Fe2O3 - Ocorre nos depósitos metamórficos de contato e como mineral acessório,
nas rochas ígneas, feldspáticas, tais como o granito. Substitui também em grande escala as
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rochas silícicas.
Tem traço vermelho-claro a escuro, que se torna preto pelo aquecimento
Magnetita - Fe3O4 - Encontra-se distribuído sob a forma de um mineral acessório em muitas
rochas magmáticas, como dioritos, gabros, peridotitos e também nas areias pretas das praias.
Pirita - FeS2 - Ocorre como segregação magmática direta e como mineral acessório nas rochas
ígneas, também em depósitos de filões e metamórficos de contato
Rutílio - TiO2 - Ocorre principalmente no granito, pegmatitos graníticos, gnaisses, mica-xistos,
calcários metamórficos e dolomitas.
Metalurgia
Na crosta terrestre, os metais encontram-se em minérios, que são em geral óxidos ou
sulfetos. O processo de extração do minério é chamado de mineração. Normalmente, o
minério encontrado na natureza vem acompanhado de impurezas (terra, areia, etc.) que, no
seu conjunto, são denominadas ganga. A eliminação da ganga é feita, se possível, junto à
própria mina, e o processo chama-se purificação ou concentração do minério. A concentração
do minério é feita pelos processos usuais de separação de sólido-sólidos.
Do minério concentrado se extrai o metal, por meio de reações químicas; essa etapa é chamada
metalurgia, e se divide em:
Quando os minérios são sulfetos, eles são ustulados, isto é, transformados em óxidos, por
aquecimento em presença de excesso de ar; a seguir, os óxidos são reduzidos, como acabamos
de explicar:
2ZnS + 3O2 2ZnO + 2SO2
ZnO + C Zn + CO
No caso de metais mais nobres, a ustulação pode dar, diretamente, o metal:
HgS (cinábrio) + O2 Hg + S02
Outro processo utilizado para aproveitar o pó que está misturado com a lama dos rios é
o tratamento com mercúrio (o mercúrio é um metal líquido que dissolve muitos metais
formando soluções denominadas amálgamas). Juntando-se o mercúrio à mistura de lama e
ouro, forma-se o amálgama de ouro, que é líquido e se separa da lama. Em seguida, basta
aquecê-lo para que o mercúrio evapore, restando o ouro. Muito empregado pelos garimpeiros
brasileiros, esse processo é perigosíssimo, pois os vapores de mercúrio são extremamente
tóxicos.
Ligas Metálicas
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Aço inoxidável — constituido por Fe, C, Cr e Ni.
Ouro de Jóias — constituído por Au, Ag e/ou Cobre.
Amálgama dental (utilizada em obturação) — constituída por Hg, Ag e Sn.
Bronze — constituído por Cu e Sn.
Latão (utilizado em armas e torneiras) — constituído por Cu e Zn.
Moedas – cobre e níquel.
Platinite- Aço e níquel (vedação de lâmpadas).
Duralumínio – aluminio e cobre (peças de aviões).
Pb e Sn – solda elétrica.
H2SO4
Produção industrial
O ácido sulfúrico é produzido a partir de enxofre, oxigênio e água via processo de contato. :
O ácido sulfúrico é ainda usado para diversos outros fins na indústria química. Por exemplo, é o
catalisador ácido comum na conversão de ciclohexanona oxima em caprolactama, que é usada
para fazer Nylon; é usado com sal para a fabricação de ácido clorídrico; é usado para a
fabricação de vários pigmentos.
Amônia
A amônia é um gás incolor, bastante tóxico, que se dissolve bem na água. Uma vez em meio
aquoso, a amônia forma o hidróxido de amônio (NH 4OH):
O NH3 pode ser preparado em laboratório aquecendo-se um sal de amônio com hidróxido
de sódio (NaOH). Na verdade, é um teste comum para identificação de compostos de NH4+
(amônio):
A produção mundial de amônia é praticamente feita por meio da reação entre os gases
N2 e H2, pelo processo denominado Haber-Bosch:
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HNO3
O ácido nítrico, que tem a fórmula molecular HNO3, é um ácido de elevado grau de ionização
e volátil à temperatura ambiente. É produzido industrialmente pelo processo Ostwald:
A amônia é aquecida com um catalisador (platina) para a formação do óxido nítrico
(NO), que é oxidado para produzir dióxido de nitrogênio (NO2), que reage com a água
produzida anteriormente originando finalmente o ácido nítrico:
4 NH3 + 5 O2 → 4 NO + 6 H2O
2 NO + O2 → 2 NO2
4 NO2 + O2 + 2 H2O → 4 HNO3(aq)
Além destes usos , o ácido nítrico, em várias concentrações, é utilizado para fabricação
de corantes, explosivos (destacadamente a nitroglicerina, a nitrocelulose, além do ácido pícrico)
, diversos ésteres orgânicos, fibras sintéticas, nitrificação de composto alifáticos e aromáticos.
Os alquimistas chamavam de aqua fortis o ácido nítrico e aqua regia a mistura de ácido nítrico e
clorídrico, conhecida pela sua capacidade de dissolver o ouro.
QUESTÃO 15: (Enem) Na fabricação de qualquer objeto metálico, seja um parafuso, uma
panela, uma jóia, um carro ou um foguete, a metalurgia está presente na extração de metais a
partir dos minérios correspondentes, na sua transformação e sua moldagem. Muitos dos processos
metalúrgicos atuais têm em sua base conhecimentos desenvolvidos há milhares de anos, como
mostra o quadro:
Podemos observar que a extração e o uso de diferentes metais ocorreram a partir de diferentes
épocas. Uma das razões para que a extração e o uso do ferro tenham ocorrido após a do cobre ou
estanho é:
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e) seu emprego na cunhagem de moedas, em substituição ao ouro.
QUESTÃO 16: Não há uma origem bem definida para o surgimento da Metalurgia, ciência de
extrair os metais dos minerais e transformá-Ios em utensílios e ferramentas. Um dos primeiros
registros refere-se aos sumérios, que, em 4000 a.C., já conheciam e trabalhavam o ouro.
Considerando essas informações, julgue os itens a seguir, acerca dos processos físicos e químicos
envolvidos na metalurgia.
É claro que esse meio ambiente sem luz é muito delicado e frágil. A abertura de um poço
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para exploração de petróleo pode causar perturbações se não forem tomados cuidados
especiais. Um dos aspectos que deve ser avaliado é o lançamento do cascalho extraído do poço
ao fundo do mar.
Normalmente, um poço gera entre 500m3 e 800m3 de material, resultante da trituração
das rochas pela broca. O cascalho pode causar desequilíbrios ambientais ao cobrir a lama do
fundo ou ao provocar avalanches em áreas de declive.
A lama química de perfuração e lubrificação da broca carreia para bordo da unidade de
perfuração o cascalho retirado do poço. Esse material, depois de separado da lama química,
precisa de um destino final. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) permite que o
cascalho seja deitado ao mar profundo. Entretanto, as avaliação ambientais devem dar atenção
aos possíveis impactos dessa ação.
Domingos Nicolli - mestre em Meteorologia pelo MEC,1974, e em Ciências Espaciais e
Ambientais pelo INPE,1974.
Fora este problema deve ser considerado também a dispersão de espécies devido a
poluição sonora por ação das perfuratrizes e a poluição térmica (aquecimento) causado pelas
brocas.
Bloco da Antártica
Um bloco de gelo de 14 mil km2, maior que a ilha do Havaí (EUA), se desprendeu da
plataforma de gelo Wilkins, na península antártica, como consequência do aquecimento global.
A informação foi dada nesta terça-feira (17), e provém do o Conselho Superior de Pesquisas
Científicas (CSIC), na Espanha.
O bloco de gelo se fragmentou em icebergs gigantes, e começam a se espalhar pelo
oceano Austral.
Uma equipe de pesquisadores do CSIC analisa, desde o último domingo, a bordo de uma
embarcação de pesquisa oceanográfica, o impacto do fenômeno sobre o ecossistema do mar de
Bellingshausen.
O Globo com agências internacionais RIO - Um enorme iceberg, com aproximadamente
metade do tamanho de Brasília, deslocou-se do continente Antártico após colidir com outro
iceberg gigante, podendo causar alterações nas correntes marítimas do planeta e no clima. O
alerta foi feito por cientistas australianos, que afirmam que ele poderá bloquear uma área que
produz um quarto de toda a água densa e gelada do mar. Se isso acontecer, os invernos ficarão
mais frios no Atlântico Norte e os padrões de clima serão alterados ao longo dos anos.
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como polinia.
A água gelada e densa produzida pela polinia desce para o fundo do mar e cria a água densa
salgada que tem papel-chave na circulação dos oceanos ao redor do globo.
ÁGUA DE LASTRO e Mexilhão Dourado
Para se ter idéia da gravidade dos problemas com espécies exóticas, estima-se que
somente os Estados Unidos tem o prejuízo de 138 milhões de dólares por ano, incluindo-se
os prejuízos e gastos com controles de espécies exóticas aquáticas e terrestres.
A maré vermelha que ocorreu em Guaraqueçaba, litoral do Paraná, causando
mortandade de peixes e causando sérios problemas para a população local, foi causada por
algumas espécies de microalgas exóticas. Embora não existam evidências, é provável que
estas espécies tenham alcançado nossos ambientes através da água de lastro.
Mexilhão Dourado.
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No ambiente, o mexilhão ocupa todo o espaço que lhe for disponível, e pode alterar a
composição de espécies de invertebrados do ambiente aquático. Com as alterações na cadeia
alimentar, a captura de certas espécies de peixe pode ser prejudicada. Para os usuários dos
recursos hídricos, o mexilhão poderá provocar uma série de problemas:
-rede.
Problemas semelhantes ocorrem nos Estados Unidos e no Canadá, países nos quais o mexilhão-
zebra se disseminou.
BIBLIOGRAFIA
Química Ambiental
Autor: Colin Baiard
Editora: Bookman, segunda Edição, 622 p., 2002.
Ozônio
Química Nova na Escola
N° 2, novembro 1995
Química atmosférica
Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola
Edição especial – Maio 2001.
Química Orgânica
Autor: Ricardo FeltreVol 3.
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Rio eutrofizado
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Acidente em Minas Gerais, derramamento de argila e sulfato de ferro
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