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RELATÓRIO DA DISCIPLINA DE PRÁTICAS DE ENGENHARIA DE

PETRÓLEO

Bloco BM-S-7

FABIANO VITOR ANDRADE DE JESUS


IVAN DOS SANTOS NASCIMENTO
LUCAS ALMEIDA
MAKSON HENRIQUE VIEIRA DINIZ
NICHOLAS MATHEUS C. COSTA

ARACAJU, SE
2016

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FABIANO VITOR ANDRADE DE JESUS

IVAN DOS SANTOS NASCIMENTO

LUCAS ALMEIDA

MAKSON HENRIQUE VIEIRA DINIZ

NICHOLAS MATHEUS C. COSTA

BLOCO BM-S-7

Relatório apresentado à disciplina de


Práticas de Engenharia de Petróleo
II, turma N03, Curso de Engenharia
de petróleo, Universidade
Tiradentes. Professor Arionaldo
Menezes.

ARACAJU, SE

2016

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1 INTRODUÇÃO

Através de duas coordenadas fornecidas para estudo, utilizamos programas de


transformação de coordenadas, até chegarmos a coordenada em graus minutos e
segundos, necessária para a localização do bloco escolhido pelo professor. Com
base nas coordenadas geográficas que limitam o bloco a prática consistia em:
 Localizar a posição do bloco;
 Estado em que está localizado a bacia;
 Situação:
o Onshore
o Offshore
 Panorama geral do bloco;
 Geologia do bloco;

2 OBJETIVO

A prática propõe a promover ao aluno poder pôr em prática o que lhe foi ensinado
até agora no curso, a estimular a formação continuada, a produção de
conhecimentos e a ciência, através das pesquisas e atividades realizadas,
promovendo a interdisciplinaridade, entre ensino, pesquisa e extensão, com
responsabilidade social. Nesse sentido, a busca da excelência do ensino constitui-se
numa diretriz basilar para permitir a implantação de propostas educacionais
arrojadas e adequadas ao contexto contemporâneo, visando atender a amplitude e a
diversidade da demanda por profissionais especializados aptos a atuarem em nossa
sociedade.

3 DESENVOLVIMENTO

3.1 BLOCO BM-S-7

O bloco Offshore encontrado pelo grupo foi o Campo de Piracucá (Oriundo do bloco
BM-S-7), localizado na Bacia de Santos. Este bloco de início foi arrematado na
Segunda Rodada de Licitações (Brazil Round 2), que foi realizada no Rio de Janeiro
no dia 7 de junho de 2000 pela ANP (Agência Nacional de Petróleo). Dos 23 blocos
oferecidos 21 foram concedidos, incluindo o nosso bloco pesquisado. Confira abaixo
na figura 1 a localização do bloco:

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Figura 1 - Fonte: ANP

Aproximadamente a 100 km do campo de Merluza e a 210 km da cidade de Santos


em cotas batimétricas que varia de 150 a 200 metros.A empresa principal do
consorcio que arrematou o bloco foi a norte-americana Chevron, os dados e valores
resultantes do leilão da licitação estão contidos na figura 2.

Figura 2 - Site ANP

3.2 CAMPO DE PIRACUCÁ

Em 2005, a Chevron que até então operava o bloco, retirou-se do Consórcio,


restando apenas as empresas Repsol (37%) e Petrobras (63%), atual operadora do
campo, passando a chama-lo de Piracucá.Oriundo do bloco bm-s-7, teve sua
declaração de comercialidade ocorrida no início de 2009, após a avaliação da área
de acumulação do poço 6-brsa-661-sps. O contrato de concessão foi assinado em
2000, pela operadora, na época, Chevron. Na área do campo já existiam 7 poços,

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todos verticais, sendo 5 concluídos entre os anos de 1993 a 2010 e 2 em
andamentos até 2011.
Na área do campo foram mapeadas 6 zonas: ITA210, ITA220, ITA230, ITA240,
ITA250 e ITA260. Os sistemas arenosos ITA 210 e ITA220 correspondem aos
principais reservatórios do campo (80% VOIP).
Os reservatórios do campo foram interpretados como um complexo conjunto de
leques submarinos cuja origem está provavelmente associada a fluxos hiperpicnais
desenvolvidos durante o regime de trato de mar baixo próximos à zona de talude de
uma plataforma santoniana situada a oeste da área estudada.
Atualmente a Operadora considera que o desenvolvimento do campo deve ocorrer
através do aproveitamento de 4 poços exploratórios (2 já concluídos, 1 em avaliação
e 1 perfurando).
O sistema de coleta da produção será composto por 4 poços produtores interligados
ao FPSO através de linha flexíveis de 4" para produção, 2,5" para serviço e
Umbilical Elétrico e Hidráulico.
A Unidade de Produção será do tipo FPSO, ancorado em LD de 190 metros com
capacidade de processamento de 25 mil bbl/dia de líquido (óleo + água), 20 mil
bbl/dia de óleo e 2,0 milhões de m3/dia de gás. A capacidade de armazenamento de
petróleo é de 32 mil m3 e capacidade de compressão de gás natural de 2 MMm3/d.
O óleo será armazenado em FPSO turret e exportado via navio aliviador. O gás
tratado será enviado por gasoduto de 12" até a plataforma de Merluza onde será
interligado ao gasoduto de exportação de gás desta. Em posição a 52 km de
Piracucá está previsto um PLEM-Y para futuras interligações. A desativação das
instalações do campo está prevista para 2031.

O cronograma de atividades feitospara o desenvolvimento do campo contemplou:


- Perfuração de 4 poços de avaliação e 1 contingente até 2012;
- Completação de 4 poços de desenvolvimento de 2013 a 2014;
- Instalação do sistema de escoamento, coleta e UEP em 2014;
- 1º Óleo em 2015.

3.3 BACIA DE SANTOS

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Figura 3 - Ilustração da Bacia de Santos com seus respectivos 5 blocos ofertados na Brazil Round 2

A Bacia de Santos foi formada a partir de processos de rifteamento durante a


separação afro americana, no Mesozoico. A acumulação de sedimentos ocorreu
inicialmente em condições flúvio-lacustres, passando posteriormente por estágio de
bacia evaporítica e evoluindo para uma bacia de margem passiva. Está localizada
na porção sudeste da margemcontinental brasileira, em frente aos estados do Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
A área total da bacia é de 352.260 km 2 e ela figura entre as maiores das bacias
sedimentares do Brasil. A bacia é limitada a sul pelo "Alto de Florianópolis ", que a
separa da Bacia de Pelotas; enquanto que a norte é limitada pelo "Alto de Cabo
Frio", que a separa da Bacia de Campos.
O poço 1-RJS-539, perfurado em lâmina d'água de 1.595 m, descobriu uma
acumulação de óleo muito leve, com reservatórios cujas profundidades variam de
3.828m a 4.148m, e cujas estimativas de reservas, bastante preliminares, apontam
para valores da ordem de 600 a 700 milhões de barris de óleo equivalente.

Figura 4 - Estrutura Bacia de Santos

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3.4 CARTA ESTRATIGRÁFICA

Figura 5 - Carta Estratigráfica da Bacia de Santos; Fonte: ANP

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3.5 SEÇÃO GEOLÓGICA ESQUEMÁTICA

Figura 6 - Fonte: ANP; Bacia de Santos

4 SISTEMA PETROLÍFERO
Um sistema petrolífero é definido como um sistema natural que inclui um conjunto de
rochas geradoras ativas e todo óleo e gás relacionado, e inclui todos os elementos e
processos geológicos que são essenciais para existência de uma acumulação de
petróleo. Esta rocha geradora pode estar agora inativa ou esgotada (depletada). O
petróleo aqui inclui altas concentrações de (1) gás biogênico ou térmico encontrado
em reservatórios convencionais ou em gás hidratado, reservatórios compactados,
folhelhos fraturados e carvão; (2) condensados, óleos e asfaltos encontrados na
natureza.
O termo sistema descreve os elementos e processos interdependentes que formam
a unidade fundamental que cria acumulações de hidrocarbonetos. Os elementos
essenciais incluem uma rocha geradora de petróleo, rocha reservatório, rocha
selante e rocha soterradora (cobertura), e os processos são a formação de trapas e
a geração-migração acumulação de petróleo.
Estes elementos essenciais e processos devem ocorrer no tempo e no espaço, tanto
quanto matéria orgânica de uma rocha geradora pode ser convertida para uma
acumulação de petróleo. Um sistema petrolífero existe sempre que ocorrerem os
elementos essenciais e os processos. Todos elementos essenciais devem ser
localizados no tempo e no espaço de maneira tal que os processos requeridos para
formar uma acumulação de petróleo possam ocorrer. O sistema da bacia de Santos
é formado por:
- Rochas Geradoras
- Rochas Reservatórios/Capeadoras

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- Principais Plays
- Geração/Maturação
- Migração/Trapeamento

4.1 ROCHAS GERADORAS


Folhelhos marinhos da Fm. Itajaí-Açu (influência de sedimentação carbonática).
– COT: 2 a 5%.
– IH: aprox. 200 mgHC/g COT.
– Espessura: 50 - 200 m.
– Matéria Orgânica: Tipo II.
– S2: até 10 mgHC/g de rocha.

4.2 ROCHAS RESERVATÓRIOS


Principais rochas reservatórios conhecidos:
- Arenitos de plataforma da Fm. Juréia e turbidíticos da Fm. Itajaí-Açu (Cretáceo).
- Carbonatos da Fm. Guarujá (Eoalbiano).

4.3 ROCHAS CAPEADORAS


Principais rochas capeadoras conhecidos:
- Calcilutitos, margas e folhelhos.

4.4 GERAÇÃO/MATURAÇÃO
- Início da janela de geração de óleo: Paleoceno/Eoceno.
- Condicionado aos baixos estruturais formados pela tectônica adiastrófica.

4.5 MIGRAÇÃO
Falhas lístricas associadas à tectônica salífera, superfícies de discordância e
paredes dos domos de sal.

4.6 TRAPEAMENTO
Controle estrutural/estratigráfico, como resultado da tectônica salífera.

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5 REFERÊNCIAS

THOMAS, José Eduardo. Fundamentos de engenharia de petróleo. 2. ed. Rio de


Janeiro: Interciência, 2004.
http://www.anp.gov.br/brasil-rounds/round2/pdocs/Pdetalhes/detalhesBM-S-7.html;
<Acessado em 31/03/16>
http://www.anp.gov.br/brasil-rounds/round2/pdocs/pbacias/Pbacia8/Pbac8bl1.htm;
<Acessado em 31/03/16>
https://www.portosenavios.com.br/noticias/ind-naval-e-offshore/5934-petrobras-e-
repsol-iniciam-perfuracao-em-piracuca; <Acessado em 31/03/16>

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