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PROJETO BÁSICO

OBRAS DE MELHORIA DO ABASTECIMENTO DE


ÁGUA EM LOCALIDADES DA REGIÃO
METROPOLITANA DO RECIFE ATENDIDAS POR
POÇOS TUBULARES PROFUNDOS – LOTE 4
(PROJETO 1: ADUTORAS DOS POÇOS CAMPO
FLUMINENSE II, VALE DO SENHOR, JACYARA-02 E
CÓRREGO DO TIRO V E EEAB CÓRREGO DO TIRO)

MAIO/2021

DTE – DIRETORIA TÉCNICA DE ENGENHARIA


GPE – GERÊNCIA DE PROJETOS DE ENGENHARIA
CPA – COORDENAÇÃO DE PROJETOS DE ÁGUA

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GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E RECURSOS HÍDRICOS
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE SANEAMENTO

PROJETO BÁSICO
OBRAS DE MELHORIA DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM
LOCALIDADES DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
ATENDIDAS POR POÇOS TUBULARES PROFUNDOS – LOTE 4
(PROJETO 1: ADUTORAS DOS POÇOS CAMPO FLUMINENSE II, VALE
DO SENHOR, JACYARA-02 E CÓRREGO DO TIRO V E EEAB CÓRREGO
DO TIRO)

TOMO 1: MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO

DANIELLE SANTOS MACÊDO MORORÓ


ANALISTA DE SANEAMENTO - CPA
MAT. 10.555 CREA 161336653-1

VINÍCIUS BARBOSA BEZERRA


COORDENADOR DE PROJETOS DE ÁGUA - CPA
MAT. 9.761 CREA 28.649 D PE

MAIO/2021
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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO................................................................................................................... 4
2 MEMORIAL DESCRITIVO ...................................................................................................... 5
2.1 Concepção do Sistema ................................................................................................. 5
2.2 Unidades do Sistema ................................................................................................... 6
3 MEMORIAL DE CÁLCULO ..................................................................................................... 6
3.1 Diretrizes de Cálculo .................................................................................................... 6
3.1.1 Vazão de Projeto .................................................................................................. 6
3.1.2 Diâmetro Econômico da Adutora de Recalque .................................................... 7
3.1.3 Alternativas para os Materiais das Adutoras ....................................................... 7
3.1.4 Cálculo da Perda de Carga Linear ......................................................................... 9
3.1.5 Cálculo da Perda de Carga Singular .................................................................... 10
3.1.6 Dimensionamento de Macromedidor de Vazão de Princípio Eletromagnético 11
3.1.7 Simulação Regime Transiente ............................................................................ 11
3.1.8 Dimensionamento das Placas de Orifício ........................................................... 12
3.2 Sistemas de Recalque dos Poços Tubulares Profundos ............................................. 12
3.2.1 Altura Manométrica Total (AMT) ....................................................................... 12
3.2.2 Pré-Seleção do Conjunto Motor-Bomba ............................................................ 13
3.2.3 Alternativas para as Adutoras de Recalque........................................................14
3.3 Sistema de Recalque da EEAB Córrego do Tiro ......................................................... 29
3.3.1 Altura Manométrica Total (AMT) ....................................................................... 29
3.3.2 Tubulação de Sucção e Barrilete de Recalque ................................................... 29
3.3.3 Pré-Seleção do Conjunto Motor-Bomba ............................................................ 30
3.3.4 Alternativas para a Adutora de Recalque...........................................................30
3.4 Simulações Hidráulicas e Definição das Alternativas Adotadas ................................ 34
3.4.1 Adutora entre o poço Campo Fluminense II e o RAP Frei Damião..................... 34
3.4.2 Adutora entre o poço Vale do Senhor e o RAP Frei Damião .............................. 37
3.4.3 Adutora entre o poço Jacyara-02 e o REL Alto José Bonifácio ........................... 39
3.4.4 Adutora entre a EEAB Córrego do Tiro e o REL Alto José Bonifácio ................... 43
4 ANEXOS ............................................................................................................................. 47
4.1 Anexo I: Nota Técnica - Tratamento da Água Captada (RAP Frei Damião) ............... 47
4.2 Anexo II: Nota Técnica - Tratamento da Água Captada (REL Alto José Bonifácio) .... 47

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1 APRESENTAÇÃO

A COMPESA, visando reforçar o abastecimento de água de localidades da região


metropolitana de Recife, planejou a captação de águas subterrâneas através da perfuração
de sete poços tubulares profundos (Figura 1 e Figura 2) no município de Recife/PE:
- Poço Campo Fluminense II: recalque até o RAP Frei Damião (existente) com vazão estimada
de 16 l/s;
- Poço Vale do Senhor: recalque até o RAP Frei Damião (existente) com vazão estimada de
16 l/s;
- Poço Rio Morno IV: recalque até a Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT) Rio Morno
(existente) com vazão estimada de 16 l/s;
- Poço Jacyara-02: recalque até o Reservatório Elevado (REL) Alto José Bonifácio (existente),
com vazão estimada de 20 l/s;
- Poço Córrego do Tiro IV: recalque até a Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB) Córrego do
Tiro (projetada) com vazão estimada de 16 l/s;
- Poço Córrego do Tiro V: recalque até a EEAB Córrego do Tiro (projetada) com vazão
estimada de 16 l/s;
- Poço Córrego do Tiro VI: recalque até a EEAB Córrego do Tiro (projetada) com vazão
estimada de 16 l/s.

A EEAB Córrego do Tiro, por sua vez, irá recalcar a produção dos 03 novos poços previstos
(Córrego do Tiro IV, Córrego do Tiro V e Córrego do Tiro VI) para o REL Alto José Bonifácio.

Figura 1 – Poços na área de Jenipapo, município de Recife/PE

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Figura 2 – Poços na área de Alto do Céu, município de Recife/PE

Tendo em vista as ações planejadas, o escopo do presente projeto básico inclui o


dimensionamento das adutoras de recalque dos poços Campo Fluminense II, Vale do Senhor,
Jacyara-02 e Córrego do Tiro V e da EEAB Córrego do Tiro, bem como o detalhamento das
unidades operacionais projetadas. Os estudos e detalhamentos relativos às adutoras e
unidades dos poços Rio Morno IV, Córrego do Tiro IV e Córrego do Tiro VI foram
desenvolvidos a partir de outro projeto.

Esse projeto é constituído de:


- Tomo 1: Memorial Descritivo e de Cálculo;
- Tomo 2: Peças Gráficas.

2 MEMORIAL DESCRITIVO

2.1 Concepção do Sistema

Os estudos geológicos e hidrogeológicos desenvolvidos pela Coordenação de Águas


Subterrâneas (CAS) da COMPESA determinaram a perfuração de sete poços e definiram as
localizações e vazões estimadas para esses.

Os pontos de entrega das adutoras de recalque dos novos poços foram determinados pela
Gerência de Negócios Metropolitana (GNM) Leste e pela Gerência de Controle Operacional
(GCO) da COMPESA.

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Tendo em vista essas definições, o projeto básico foi elaborado em atendimento às
prescrições das normas ABNT, normas internas da COMPESA e demais normativos
pertinentes em vigor.

Para subsidiar os estudos, os serviços de aerofotogrametria e perfilamento a laser


desenvolvidos pelo Estado de Pernambuco através do Programa Pernambuco Tridimensional
(PE3D) forneceram a base de dados para criação do modelo digital do terreno da localidade.
Os dados de interesse ao projeto foram fornecidos pela Gerência de Cadastro e
Geoinformação (GCG) da COMPESA.

2.2 Unidades do Sistema

Os poços Campo Fluminense II, Vale do Senhor e Jacyara-02 serão perfurados em unidades
independentes, onde estão previstos: urbanização da área, instalação de dispositivo para
medição de vazão imediatamente a jusante do barrilete de recalque do poço e execução de
casa de abrigo do quadro de comando do poço.

O poço Córrego do Tiro V, por sua vez, será perfurado na mesma unidade onde se localizará a
EEAB Córrego do Tiro (unidade projetada). A partir de sistema de bombeamento com
operação 1+1 (1 bomba em operação e 1 bomba reserva), essa elevatória realizará o recalque
da produção dos poços Córrego do Tiro IV, Córrego do Tiro V e Córrego do Tiro VI para o REL
Alto José Bonifácio (unidade existente), cujo sistema conta também com a previsão de tanque
hidropneumático vertical com membrana a jusante do barrilete de recalque.

Na chegada ao RAP Frei Damião (unidade existente), em ambas as adutoras projetadas (Poço
Campo Fluminense II e Poço Vale do Senhor), foi prevista a instalação de placas de orifício. Na
chegada ao REL Alto José Bonifácio, por sua vez, estão previstas: interligação da adutora do
poço Jacyara-02 com a entrada existente no reservatório e implantação de nova entrada no
REL a partir da adutora da EEAB Córrego do Tiro. Além disso, foram propostos serviços de
melhorias em ambos os reservatórios existentes

Quanto à desinfecção da água captada, esta será realizada nos reservatórios de entrega (RAP
Frei Damião e REL Alto José Bonifácio). Os dimensionamentos e especificações para o
tratamento estão apresentados nos Anexos I e II.

3 MEMORIAL DE CÁLCULO

3.1 Diretrizes de Cálculo

3.1.1 Vazão de Projeto

As vazões de recalque dos poços foram estimadas pela CAS em:


- Poço Campo Fluminense II: 16 l/s;
- Poço Vale do Senhor: 16 l/s;
- Poço Jacyara-02: 20 l/s;

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- Poço Córrego do Tiro V: 16 l/s.

A vazão de recalque da EEAB projetada assume o valor:


- EEAB: 48 l/s (somatório das vazões dos poços Córrego do Tiro IV, Córrego do Tiro V e
Córrego do Tiro VI).

Esses valores deverão ser validados após a perfuração dos poços e realização dos seus testes
de produção.

3.1.2 Diâmetro Econômico Adutora de Recalque

Para orientação do estudo foi utilizada a Equação de Bresse apresentada a seguir:

Drcalc  K  Qr
Onde:
Drcalc: diâmetro de recalque calculado (m);
K: coeficiente de Bresse;
Qr: vazão de recalque (m³/s).

A Equação de Bresse fornece um ponto de partida para seleção do diâmetro para uma adutora
de recalque considerados os custos com o investimento inicial para a implantação do sistema
e os custos com a operação deste ao longo de sua vida útil.

3.1.3 Alternativas para os Materiais das Adutoras

3.1.3.1 Adutora com tubulação em PVC DEFoFo 1,0 MPa

A norma ABNT NBR 7665/2007 (Sistema para adução e distribuição de água – Tubos de PVC
12 DEFoFo com junta elástica – Requisitos) define a pressão de serviço (PS) como a máxima
pressão (incluindo as sobrepressões geradas por variações dinâmicas, inclusive o golpe de
aríete) que os tubos e juntas desse material podem suportar em serviço contínuo. Segundo a
mesma norma, a pressão de serviço da tubulação decresce com o aumento da temperatura
do fluído transportado.

Considerando-se como premissa uma temperatura de 30° C para a água transportada e


aplicando-se o fator de redução indicado pela NBR 7665/2007, a pressão de serviço para
tubulação em PVC DEFoFo 1,0 MPa será de 0,9 MPa.

3.1.3.2 Adutora com tubulação em PEAD PE 100

A norma ABNT NBR 15802/2010 (Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e
transporte de esgotos sob pressão – Requisitos para projetos em tubulação de polietileno PE
80 e PE 100 de diâmetro externo nominal entre 63 mm e 1600 mm) define:

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 Máxima pressão de operação (MPO): máxima pressão que a tubulação deve suportar em
serviço contínuo. A MPO decresce com o aumento da temperatura da água transportada e
considerando-se uma temperatura de 30° C, o fator de redução indicado por essa norma é
de 0,81;
 PSO: pressão máxima admitida em ondas de curta duração decorrentes de transientes
hidráulicos, sendo:
PSO  MPO 1,5

Do exposto, conclui-se

 SDR 17 (30°C): MPO igual a 0,81 MPa e PSO igual 1,22 MPa.
 SDR 13,6 (30°C): MPO igual a 1,01 MPa e PSO igual 1,52 MPa.

Segundo a mesma norma, durante o regime transiente deve ser atendida ainda a verificação:
MPO  P  PSO

Onde:
∆P: variação de pressão devido ao transiente hidráulico (m).

3.1.3.3 Adutora com tubulação em ferro fundido dúctil k7

A norma ABNT NBR 7675/2005 (Tubos e conexões de ferro dúctil e acessórios para sistemas
de adução e distribuição de água – Requisitos) define:

 Pressão de Serviço Admissível (PSA): pressão interna, sem golpe de aríete, que um
componente pode suportar, em serviço permanente, de forma segura, ao longo da sua vida
útil;
 Pressão Máxima de Serviço (PMS): pressão máxima interna, inclusive com golpe de aríete,
que um componente pode suportar em condições normais de serviço, ao longo da sua vida
útil;
 Pressão de Teste Admissível (PTA): pressão hidrostática máxima, que pode ser aplicada a
um componente novo de uma canalização, por um tempo relativamente curto, a fim de se
assegurar de sua integridade e estanqueidade.

Segundo a mesma norma, as pressões admissíveis para tubos em FoFo com ponta e bolsa
classe K7 são:

K7
DN
PSA (MPa) PMS (MPa) PTA (MPa)
150 6,4 7,7 8,2
200 5,3 6,3 6,8
250 4,4 5,2 5,7

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3.1.3.4 Custos de Implantação da Adutora

Considerados fixos os custos com escavação, reaterro, bota-fora, demolição e reposição do


pavimento (largura e profundidade da vala constantes para todos os casos), foram estimados
os custos para implantação das adutoras nos diferentes materiais (custo assentamento + custo
tubulação), o que resultou nos valores apresentados no quadro abaixo (nov/2020):

ADUTORA EM ADUTORA EM ADUTORA EM ADUTORA EM


DN PVC DEFOFO PEAD PE 100 SDR PEAD PE 100 SDR FOFO JGS K7
(R$/m) 17 (R$/m) 13,6 (R$/m) (R$/m)
150 37,77 - - 453,31
180 - 123,99 166,78 -
200 92,46 149,57 200,56 542,21
225 - 182,65 224,36 -
250 143,05 224,88 274,21 673,78
300 197,73 - - 780,61

Com a validação técnica do material e diâmetro, serão priorizadas as alternativas com menor
custo de implantação, uma vez que no estudo comparativo entre alternativas os acréscimos
nos custos de implantação (com o aumento do diâmetro da tubulação) se mostraram mais
representativos do que os decréscimos nos custos com energia elétrica ao longo do alcance
de projeto esperado.

3.1.4 Cálculo da Perda de Carga Linear

A equação adotada para obtenção da perda de carga linear nas tubulações foi a equação de
Darcy-Weisbach (Fórmula Universal), dada a seguir:

f V 2
h
2  g  Di

Onde:
- h: perda de carga unitária (m/m);
- f: fator de atrito (adimensional);
- V: velocidade do escoamento (m/s);
- g: aceleração da gravidade (9,81 m/s²);
- Di: diâmetro interno da tubulação (m).

Para os escoamentos turbulentos (Re > 4000), o fator de atrito (f) é calculado pelo Hammer a
partir da equação explícita de Swamee e Jain (expressa a seguir), utilizada para resolução
aproximada da equação iterativa de Colebrook-White.

0,25
f 2
  K 5,74  
log   0,9  
  3,7Di Re  
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Sendo:
V  Di
Re 

- K: coeficiente de rugosidade (m);
- Re: coeficiente de Reynolds (adimensional);
- ν: viscosidade cinemática do fluido (10-6 m²/s para água).

O software Hammer utilizado para as simulações hidráulicas utiliza o mesmo procedimento


para obtenção das perdas de carga lineares.

No que diz respeito ao coeficiente de rugosidade (K), a Norma Interna da COMPESA GPE-NI-
016-01 (Diretrizes Gerais para Elaboração de Projetos de Adutoras de Sistemas de
Abastecimento de Água) define os seguintes valores em função do material das tubulações:

- Tubulação em PVC DEFoFo: K = 0,1 mm;


- Tubulação em PEAD: K = 0,025 mm;
- Tubulação em FoFo revestida com argamassa: K = 0,3 mm;
- Tubulação em FoFo revestida com resina epóxi: K = 0,1 mm.

Para o dimensionamento da adutora, as boas práticas dos projetos de abastecimento de água


indicam a aplicação de coeficiente de majoração sobre o coeficiente K como forma de serem
estimadas as perdas singulares nas adutoras. Multiplicada ao coeficiente de rugosidade K, essa
majoração foi utilizada com o valor de “1,4” para adutora com extensão menor que 1.000 m
e “2,0” para adutora maior que 1.000 m.

3.1.5 Cálculo da Perda de Carga Singular

As perdas de carga localizadas foram obtidas a partir da expressão:

V2
hs  k
2g

Onde:
- k: coeficiente de perda de carga singular (definido para cada singularidade);
- V: velocidade do escoamento (m/s);
- g: aceleração da gravidade (9,81 m/s²).

Os valores de “k” utilizados foram extraídos de Azevedo Netto (1998) e nos casos de
ampliações e reduções, a perda foi calculada em função da velocidade verificada no menor
diâmetro em questão.

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3.1.6 Dimensionamento de Macromedidor de Vazão de Princípio Eletromagnético

O dimensionamento realizado para medidor de vazão do tipo eletromagnético leva em


consideração a velocidade verificada no equipamento. Para o seu perfeito funcionamento, a
velocidade deve estar preferencialmente na faixa entre 1,0 e 3,0 m/s, sendo admitida
velocidade mínima de 0,3 m/s. Com isso, foram adotados os seguintes diâmetros para os
macromedidores de vazão projetados:

Poço Campo Poço Vale do EEAB Córrego


Poço Jacyara-02
Fluminense II Senhor do Tiro
DN 100 100 100 150
Q (l/s) 16,0 16,0 20,0 48,0
Velocidade(m/s) 1,81 1,81 2,27 2,45

3.1.7 Simulação Regime Transiente

A partir do software Hammer foram realizadas simulações dos efeitos transitórios nas linhas
adutoras de recalque quando da parada repentina das bombas.

3.1.7.1 Inércia do Conjunto Motor-Bomba

Para as simulações em regime transiente foram estimadas as inércias dos conjuntos em


função das equações de cálculo empregadas pelo software Hammer:

0,9556
P 
Ibomba  1,5  10   3 
7

N 
1,48
P
Imotor  118   
N

Onde:
- P = potência absorvida pela bomba no ponto de melhor rendimento (kW);
- N = velocidade de rotação (rpm).

Quando do fornecimento dos equipamentos, os resultados dos regimes transitórios devem


ser validados em função das inércias de fato verificadas.

3.1.7.2 Celeridade da onda (regime transiente)

Para as tubulações em PVC DEFoFo e FoFo, a celeridade (c) em m/s foi calculada por:

9900
c
48,3  K  Di / e

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Onde:
K: coeficiente representativo da elasticidade do material (18,0 para PVC DEFoFo e 1,0 para
FoFo);
Di: diâmetro interno da tubulação (mm);
e: espessura da parede da tubulação (mm).

Para o caso das tubulações em PEAD PE 100, a celeridade (c) em m/s foi calculada por:

1280
c
SDR  1

3.1.8 Dimensionamento das Placas de Orifício

Em alguns casos, com o objetivo de se obter resultados de subpressão acima dos valores
normativamente admitidos, optou-se pela adoção de placas de orifício na chegada ao ponto
de entrega, como forma de se induzir uma perda de carga local elevando-se a altura
manométrica total do recalque.

Definidas as perdas de carga pretendidas, os diâmetros dos orifícios nas placas foram
determinados a partir da equação:

C d  D2  H
Q  3,48 
(D / d)4  1

Onde:
Q: Vazão (m³/s);
Cd: coeficiente de descarga (adotado 0,61);
D: diâmetro da canalização (m);
d: diâmetro da seção reduzida (m);
H: diferença de pressão provocada (m).

Para a relação d/D, aqui denominada de β, buscou-se atender a faixa: 0,25 < β < 0,75.

3.2 Sistemas de Recalque dos Poços Tubulares Profundos

3.2.1 Altura Manométrica Total (AMT)

A altura manométrica total dos poços corresponde ao somatório das parcelas: altura
manométrica do crivo da bomba até a boca do poço (AMParcial1) e altura manométrica da
boca do poço ao ponto de entrega (AMParcial2).

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3.2.1.1 AMParcial1

No caso da AMParcial1, os valores foram estimados pela CAS em:


- Poço Campo Fluminense II: 117,2 mca;
- Poço Vale do Senhor: 137,84 mca;
- Poço Jacyara-02: 95,0 mca;
- Poço Córrego do Tiro V: 79,0 mca.

3.2.1.2 AMParcial2

A AMParcial2 é representada pelo somatório do desnível geométrico entre a boca do poço e


a entrega com as perdas de carga ocorridas.

3.2.1.2.1 Perda de Carga Singular

Os somatórios dos coeficientes de perda de carga singular (k) foram assim obtidos:

BARRILETE DO POÇO
Singularidade k Qtd Σk
Curva 90° 0,4 1 0,40
Válvula de retenção 2,5 1 2,50
Tê com passagem direta 0,6 1 0,60
Válvula de gaveta aberta 0,2 1 0,20
Curva 45° 0,2 2 0,40
SOMATÓRIO 4,10

MACROMEDIDOR DE VAZÃO
Singularidade k Qtd Σk
Redução gradual 0,15 2 0,30
SOMATÓRIO 0,30

ENTRADA NO RESERVATÓRIO DE ENTREGA (POÇOS CAMPO FLUMINENSE E VALE DO


SENHOR
Singularidade k Qtd Σk
Curva 90° 0,4 4 1,60
SOMATÓRIO 1,60

ENTRADA NO RESERVATÓRIO DE ENTREGA (POÇO JACYARA-02


Singularidade k Qtd Σk
Curva 90° 0,4 4 1,60
Tê com saída lateral 1,3 1 1,30
SOMATÓRIO 2,90

3.2.2 Pré-Seleção do Conjunto Motor-Bomba

Para efeito das simulações em regime transiente foram realizadas pré-seleções dos conjuntos
de bombeamento a partir da ferramenta de dimensionamento da fabricante EBARA.
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O dimensionamento final e especificação definitiva dos equipamentos de recalque serão
realizados pela CAS apenas após a perfuração dos poços e realização dos seus testes de
produção.

3.2.2.1 Potência Absorvida

Em função das pré-seleções realizadas, para uma vazão de recalque (Qr) em l/s, altura
manométrica total (AMT) em mca e rendimento (  ) em %, obtemos a potência absorvida
(Pabs) em CV a partir da equação:

Qr  AMT
Pabs 
75 

3.2.3 Alternativas para as Adutoras de Recalque

Diante do exposto, segue planilha com os dados de projeto e resultados dos cálculos para as
alternativas estudadas:

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POÇO CAMPO FLUMINENSE II: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
DADOS FORNECIDOS PELA CAS
Vazão estimada para o poço (l/s) 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00
Profundidade do ND (m) 114,04 114,04 114,04 114,04 114,04 114,04 114,04
Extensão da coluna edutora (m) 126,00 126,00 126,00 126,00 126,00 126,00 126,00
Perda de carga unitária (m/Km) 25,021 25,021 25,021 25,021 25,021 25,021 25,021
Perda de carga na edutora (m) 3,15 3,15 3,15 3,15 3,15 3,15 3,15
AMParcial até a boca do poço (m) 117,20 117,20 117,20 117,20 117,20 117,20 117,20
DADOS DE PROJETO
Cota do ND (m) -93,04 -93,04 -93,04 -93,04 -93,04 -93,04 -93,04
Cota da bomba (m) -105,00 -105,00 -105,00 -105,00 -105,00 -105,00 -105,00
Cota da boca do poço (m) 21,00 21,00 21,00 21,00 21,00 21,00 21,00
Cota de entrega (m) 83,90 83,90 83,90 83,90 83,90 83,90 83,90
Desnível geométrico adutora (m) 62,90 62,90 62,90 62,90 62,90 62,90 62,90
Comprimento adutora (m) 680,00 680,00 680,00 680,00 680,00 680,00 680,00
Vazão de projeto (l/s) 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00
Vazão de projeto (m³/h) 57,60 57,60 57,60 57,60 57,60 57,60 57,60
Diâmetro de recalque calculado (Eq.
164,44 164,44 164,44 164,44 164,44 164,44 164,44
de Bresse) (mm)
PERDA DE CARGA: BARRILETE DO POÇO
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 200 200 200 200 200 200 200
Diâmetro interno (mm) 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40
Comprimento tubulação (m) 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30
Coef. de rugosidade tubulação (mm) 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
Velocidade (m/s) 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46
Somatório de k (perda localizada) 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10

15/47
POÇO CAMPO FLUMINENSE II: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
Perda de carga linear (m) 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004
Perda de carga singular (m) 0,045 0,045 0,045 0,045 0,045 0,045 0,045
Perda de carga total (m) 0,049 0,049 0,049 0,049 0,049 0,049 0,049
PERDA DE CARGA: MACROMEDIDOR DE VAZÃO
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 100 100 100 100 100 100 100
Diâmetro interno (mm) 106 106 106 106 106 106 106
Comprimento tubulação (m) 2,20 2,20 2,20 2,20 2,20 2,20 2,20
Coeficiente de rugosidade tubulação
0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
(mm)
Velocidade (m/s) 1,81 1,81 1,81 1,81 1,81 1,81 1,81
Somatório de k (perda localizada) 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
Perda de carga linear (m) 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093
Perda de carga singular (m) 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050
Perda de carga total (m) 0,143 0,143 0,143 0,143 0,143 0,143 0,143
PERDA DE CARGA: ENTREGA
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 150 200 200 150 200 200 200
Diâmetro interno (mm) 158 209,4 209,4 158 209,4 209,4 209,4
Comprimento tubulação (m) 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 4,00
Coef. de rugosidade tubulação (mm) 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
Velocidade (m/s) 0,82 0,46 0,46 0,82 0,46 0,46 0,46
Somatório de k (perda localizada) 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60
Perda de carga linear (m) 0,042 0,010 0,010 0,042 0,010 0,010 0,005
Perda de carga singular (m) 0,054 0,018 0,018 0,054 0,018 0,018 0,018
Perda de carga total (m) 0,097 0,028 0,028 0,097 0,028 0,028 0,023

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POÇO CAMPO FLUMINENSE II: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
PERDA DE CARGA: ENTREGA (TRECHO COM PLACAS DE ORIFÍCIO, EXCETO PERDAS NAS PLACAS)
Material - - - - - - FoFo flangeado
DN - - - - - - 150
Diâmetro interno (mm) - - - - - - 158
Comprimento tubulação (m) - - - - - - 4,00
Coef. de rugosidade tubulação (mm) - - - - - - 0,30
Velocidade (m/s) - - - - - - 0,82
Somatório de k (perda localizada) - - - - - - 0,30
Perda de carga linear (m) - - - - - - 0,021
Perda de carga singular (m) - - - - - - 0,010
Perda de carga total (m) - - - - - - 0,031
ALTERNATIVAS PARA AS ADUTORAS DE RECALQUE
PEAD PE 100 PEAD PE 100 PEAD PE 100 PEAD PE 100
Material PVC DEFoFo PVC DEFoFo PVC DEFoFo
SDR 17 SDR 17 SDR 17 SDR 17
Comprimento (m) 680,00 680,00 680,00 680,00 680,00 680,00 680,00
DN 150 200 250 180 200 225 225
Diâmetro interno (mm) 156,4 204,2 252 158,6 176,2 198,2 198,2
Espessura da parede (mm) 6,8 8,9 11 10,7 11,9 13,4 13,4
Coef. repres.elasticidade do material 18 18 18 - - - -
Celeridade da onda (m/s) 460,44 460,94 461,26 320,00 320,00 320,00 320,00
Coeficiente de rugosidade (mm) 0,140 0,140 0,140 0,035 0,035 0,035 0,035
Velocidade (m/s) 0,83 0,49 0,32 0,81 0,66 0,52 0,52
Limitação da velocidade: Vr < 0,6 + 0,83 0,91 0,98 0,84 0,86 0,90 0,90
1,5 x Di (m/s)
Perda de carga linear unitária(m/Km) 4,85 1,26 0,44 3,87 2,31 1,3 1,3
Perda de carga linear na adutora (m) 3,30 0,86 0,30 2,63 1,57 0,88 0,88

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POÇO CAMPO FLUMINENSE II: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
AMParcial da boca do poço à
66,49 63,98 63,42 65,82 64,69 64,00 80,03
entrega (m)
AMT (m) 183,68 181,17 180,61 183,02 181,89 181,20 197,23
Pré-seleção do conjunto motor-
BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-18
bomba
Rotação (rpm) 3.460,00 3.460,00 3.460,00 3.460,00 3.460,00 3.460,00 3.480,00
Rendimento bomba (%) 69,25% 69,25% 69,25% 69,25% 69,25% 69,25% 68,96%
Rendimento motor (%) 85,30% 85,30% 85,30% 85,30% 85,30% 85,30% 85,80%
Rendimento do conjunto (%) 59,07% 59,07% 59,07% 59,07% 59,07% 59,07% 59,17%
Potência absorvida pelo CMB (CV) 66,34 65,43 65,23 66,10 65,69 65,44 71,11
DADOS PARA SIMULAÇÃO HAMMER
K representativo da perda singular
8,67 8,67 8,67 8,67 8,67 8,67 8,67
(BARRILETE POÇO + MACROMEDIDOR)
K representativo da perda singular
1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60
(ENTREGA)
Ponto de melhor rendimento da
70,20 70,20 70,20 70,20 70,20 70,20 69,80
bomba (PMR): Q (m³/h)
PMR: Q (l/s) 19,50 19,50 19,50 19,50 19,50 19,50 19,39
PMR: AMT (m) 163,19 163,19 163,19 163,19 163,19 163,19 173,84
PMR: Rendimento bomba (%) 72% 72% 72% 72% 72% 72% 71,8%
PMR: Potência entregue à bomba
43,34 43,34 43,34 43,34 43,34 43,34 46,04
(kW)
I motor (kgm²) 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,20
I bomba (kgm²) 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04
I bomba e motor (kgm²) 0,220 0,220 0,220 0,220 0,220 0,220 0,237
PROTEÇÃO AOS EFEITOS DO REGIME TRANSIENTE: PLACAS DE ORIFÍCIO
∆P (mca) - - - - - - 16

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POÇO CAMPO FLUMINENSE II: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
Quantidade de placas em série - - - - - - 3
∆P por placa (mca) - - - - - - 5,33
Diâmetro orifício "d" (mm) - - - - - - 56,89
Velocidade em "d" (m/s) - - - - - - 6,30
Tubulação: material - - - - - - FoFo flangeado
Tubulação: DN - - - - - - 150
Tubulação: diâmetro interno Di
- - - - - - 158
(mm)
β = d/Di - - - - - - 0,36
Verificação (0,25 < β < 0,75) - - - - - - OK

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POÇO VALE DO SENHOR: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
DADOS FORNECIDOS PELA CAS
Vazão estimada para o poço (l/s) 134,19 134,19 134,19 134,19 134,19 134,19 134,19
Profundidade do ND (m) 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00 146,00
Extensão da coluna edutora (m) 25,021 25,021 25,021 25,021 25,021 25,021 25,021
Perda de carga unitária (m/Km) 3,65 3,65 3,65 3,65 3,65 3,65 3,65
Perda de carga na edutora (m) 134,19 134,19 134,19 134,19 134,19 134,19 134,19
AMParcial até a boca do poço (m) 137,84 137,84 137,84 137,84 137,84 137,84 137,84
DADOS DE PROJETO
Cota do ND (m) -100,29 -100,29 -100,29 -100,29 -100,29 -100,29 -100,29
Cota da bomba (m) -112,10 -112,10 -112,10 -112,10 -112,10 -112,10 -112,10
Cota da boca do poço (m) 33,90 33,90 33,90 33,90 33,90 33,90 33,90
Cota de entrega (m) 83,90 83,90 83,90 83,90 83,90 83,90 83,90
Desnível geométrico adutora (m) 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00
Comprimento adutora (m) 492,88 492,88 492,88 492,88 492,88 492,88 492,88
Vazão de projeto (l/s) 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00
Vazão de projeto (m³/h) 57,60 57,60 57,60 57,60 57,60 57,60 57,60
Diâmetro de recalque calculado (Eq.
164,44 164,44 164,44 164,44 164,44 164,44 164,44
de Bresse) (mm)
PERDA DE CARGA: BARRILETE DO POÇO
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 200 200 200 200 200 200 200
Diâmetro interno (mm) 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40
Comprimento tubulação (m) 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30
Coef. de rugosidade tubulação (mm) 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
Velocidade (m/s) 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46 0,46
Somatório de k (perda localizada) 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10

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POÇO VALE DO SENHOR: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
Perda de carga linear (m) 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004
Perda de carga singular (m) 0,045 0,045 0,045 0,045 0,045 0,045 0,045
Perda de carga total (m) 0,049 0,049 0,049 0,049 0,049 0,049 0,049
PERDA DE CARGA: MACROMEDIDOR DE VAZÃO
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 100 100 100 100 100 100 100
Diâmetro interno (mm) 106 106 106 106 106 106 106
Comprimento tubulação (m) 2,20 2,20 2,20 2,20 2,20 2,20 2,20
Coeficiente de rugosidade tubulação
0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
(mm)
Velocidade (m/s) 1,81 1,81 1,81 1,81 1,81 1,81 1,81
Somatório de k (perda localizada) 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
Perda de carga linear (m) 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093 0,093
Perda de carga singular (m) 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050
Perda de carga total (m) 0,143 0,143 0,143 0,143 0,143 0,143 0,143
PERDA DE CARGA: ENTREGA
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 150 200 200 150 200 200 200
Diâmetro interno (mm) 158 209,4 209,4 158 209,4 209,4 209,4
Comprimento tubulação (m) 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 4,00
Coef. de rugosidade tubulação (mm) 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
Velocidade (m/s) 0,82 0,46 0,46 0,82 0,46 0,46 0,46
Somatório de k (perda localizada) 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60
Perda de carga linear (m) 0,042 0,010 0,010 0,042 0,010 0,010 0,005
Perda de carga singular (m) 0,054 0,018 0,018 0,054 0,018 0,018 0,018
Perda de carga total (m) 0,097 0,028 0,028 0,097 0,028 0,028 0,023

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POÇO VALE DO SENHOR: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
PERDA DE CARGA: ENTREGA (TRECHO COM PLACAS DE ORIFÍCIO, EXCETO PERDAS NAS PLACAS)
Material - - - - - - FoFo flangeado
DN - - - - - - 150
Diâmetro interno (mm) - - - - - - 158
Comprimento tubulação (m) - - - - - - 4,00
Coef. de rugosidade tubulação (mm) - - - - - - 0,30
Velocidade (m/s) - - - - - - 0,82
Somatório de k (perda localizada) - - - - - - 0,30
Perda de carga linear (m) - - - - - - 0,021
Perda de carga singular (m) - - - - - - 0,010
Perda de carga total (m) - - - - - - 0,031
ALTERNATIVAS PARA AS ADUTORAS DE RECALQUE
PEAD PE 100 PEAD PE 100 PEAD PE 100 PEAD PE 100
Material PVC DEFoFo PVC DEFoFo PVC DEFoFo
SDR 17 SDR 17 SDR 17 SDR 17
Comprimento (m) 492,88 492,88 492,88 492,88 492,88 492,88 492,88
DN 150 200 250 180 200 225 225
Diâmetro interno (mm) 156,4 204,2 252 158,6 176,2 198,2 198,2
Espessura da parede (mm) 6,8 8,9 11 10,7 11,9 13,4 13,4
Coef. repres.elasticidade do material 18 18 18 - - - -
Celeridade da onda (m/s) 460,44 460,94 461,26 320,00 320,00 320,00 320,00
Coeficiente de rugosidade (mm) 0,140 0,140 0,140 0,035 0,035 0,035 0,035
Velocidade (m/s) 0,83 0,49 0,32 0,81 0,66 0,52 0,52
Limitação da velocidade: Vr < 0,6 +
0,83 0,91 0,98 0,84 0,86 0,90 0,90
1,5 x Di (m/s)
Perda de carga linear unitária(m/Km) 4,85 1,26 0,44 3,87 2,31 1,3 1,3
Perda de carga linear na adutora (m) 2,39 0,62 0,22 1,91 1,14 0,64 0,64

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POÇO VALE DO SENHOR: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
AMParcial da boca do poço à
52,68 50,84 50,44 52,20 51,36 50,86 66,89
entrega (m)
AMT (m) 190,52 188,68 188,28 190,04 189,20 188,70 204,73
Pré-seleção do conjunto motor-
BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-17 BHS 517-19
bomba
Rotação (rpm) 3.460,00 3.460,00 3.460,00 3.460,00 3.460,00 3.460,00 3.460,00
Rendimento bomba (%) 69,25% 69,25% 69,25% 69,25% 69,25% 69,25% 69,50%
Rendimento motor (%) 85,30% 85,30% 85,30% 85,30% 85,30% 85,30% 85,70%
Rendimento do conjunto (%) 59,07% 59,07% 59,07% 59,07% 59,07% 59,07% 59,56%
Potência absorvida pelo CMB (CV) 68,81 68,14 68,00 68,63 68,33 68,15 73,33
DADOS PARA SIMULAÇÃO HAMMER
K representativo da perda singular
8,67 8,67 8,67 8,67 8,67 8,67 8,67
(BARRILETE POÇO + MACROMEDIDOR)
K representativo da perda singular
1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60
(ENTREGA)
Ponto de melhor rendimento da
70,20 70,20 70,20 70,20 70,20 70,20 64,70
bomba (PMR): Q (m³/h)
PMR: Q (l/s) 19,50 19,50 19,50 19,50 19,50 19,50 17,97
PMR: AMT (m) 163,19 163,19 163,19 163,19 163,19 163,19 197,26
PMR: Rendimento bomba (%) 72% 72% 72% 72% 72% 72% 70,41%
PMR: Potência entregue à bomba
43,34 43,34 43,34 43,34 43,34 43,34 49,38
(kW)
I motor (kgm²) 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,22
I bomba (kgm²) 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04
I bomba e motor (kgm²) 0,220 0,220 0,220 0,220 0,220 0,220 0,264
PROTEÇÃO AOS EFEITOS DO REGIME TRANSIENTE: PLACAS DE ORIFÍCIO
∆P (mca) - - - - - - 16

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POÇO VALE DO SENHOR: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7
Quantidade de placas em série - - - - - - 3
∆P por placa (mca) - - - - - - 5,33
Diâmetro orifício "d" (mm) - - - - - - 56,89
Velocidade em "d" (m/s) - - - - - - 6,30
Tubulação: material - - - - - - FoFo flangeado
Tubulação: DN - - - - - - 150
Tubulação: diâmetro interno Di
- - - - - - 158
(mm)
β = d/Di - - - - - - 0,36
Verificação (0,25 < β < 0,75) - - - - - - OK

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POÇO JACYARA-02: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7 Alternativa 8 Alternativa 9
DADOS FORNECIDOS PELA CAS
Vazão estimada para o poço (l/s) 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00
Profundidade do ND (m) 91,30 91,30 91,30 91,30 91,30 91,30 91,30 91,30 91,30
Extensão da coluna edutora (m) 103,30 103,30 103,30 103,30 103,30 103,30 103,30 103,30 103,30
Perda de carga unitária (m/Km) 35,823 35,823 35,823 35,823 35,823 35,823 35,823 35,823 35,823
Perda de carga na edutora (m) 3,70 3,70 3,70 3,70 3,70 3,70 3,70 3,70 3,70
AMParcial até boca do poço (m) 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00 95,00
DADOS DE PROJETO
Cota do ND (m) -79,30 -79,30 -79,30 -79,30 -79,30 -79,30 -79,30 -79,30 -79,30
Cota da bomba (m) -91,30 -91,30 -91,30 -91,30 -91,30 -91,30 -91,30 -91,30 -91,30
Cota da boca do poço (m) 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00
Cota de entrega (m) 92,40 92,40 92,40 92,40 92,40 92,40 92,40 92,40 92,40
Desnível geométrico adutora (m) 80,40 80,40 80,40 80,40 80,40 80,40 80,40 80,40 80,40
Comprimento adutora (m) 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50
Vazão de projeto (l/s) 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00
Vazão de projeto (m³/h) 72,00 72,00 72,00 72,00 72,00 72,00 72,00 72,00 72,00
Diâm.de recalque calculado(mm) 183,85 183,85 183,85 183,85 183,85 183,85 183,85 183,85 183,85
PERDA DE CARGA: BARRILETE DO POÇO
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado

DN 200 200 200 200 200 200 200 200 200


Diâmetro interno (mm) 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40 209,40
Comprimento tubulação (m) 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30
Coef. de rugosidade tubulação
0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
(mm)
Velocidade (m/s) 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58
Somatório de k (perda
4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10
localizada)
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POÇO JACYARA-02: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7 Alternativa 8 Alternativa 9
Perda de carga linear (m) 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006 0,006
Perda de carga singular (m) 0,070 0,070 0,070 0,070 0,070 0,070 0,070 0,070 0,070
Perda de carga total (m) 0,077 0,077 0,077 0,077 0,077 0,077 0,077 0,077 0,077
PERDA DE CARGA: MACROMEDIDOR DE VAZÃO
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado

DN 100 100 100 100 100 100 100 100 100


Diâmetro interno (mm) 106 106 106 106 106 106 106 106 106
Comprimento tubulação (m) 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2
Coeficiente de rugosidade
0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
tubulação (mm)
Velocidade (m/s) 2,27 2,27 2,27 2,27 2,27 2,27 2,27 2,27 2,27
Somatório de k (perda
0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
localizada)
Perda de carga linear (m) 0,144 0,144 0,144 0,144 0,144 0,144 0,144 0,144 0,144
Perda de carga singular (m) 0,079 0,079 0,079 0,079 0,079 0,079 0,079 0,079 0,079
Perda de carga total (m) 0,222 0,222 0,222 0,222 0,222 0,222 0,222 0,222 0,222
PERDA DE CARGA: ENTREGA
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 200 200 200 200 200 200 200 200 200
Diâmetro interno (mm) 209,4 209,4 209,4 209,4 209,4 209,4 209,4 209,4 209,4
Comprimento tubulação (m) 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00 23,00
Coef. rugosidade tubulação(mm) 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30
Velocidade (m/s) 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58 0,58
Somatório k (perda localizada) 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90
Perda de carga linear (m) 0,044 0,044 0,044 0,044 0,044 0,044 0,044 0,044 0,044
Perda de carga singular (m) 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050 0,050
Perda de carga total (m) 0,094 0,094 0,094 0,094 0,094 0,094 0,094 0,094 0,094
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POÇO JACYARA-02: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7 Alternativa 8 Alternativa 9
ALTERNATIVAS PARA AS ADUTORAS DE RECALQUE
PEAD PE PEAD PE PEAD PE PEAD PE 100 PEAD PE 100 PEAD PE 100
Material PVC DEFoFo PVC DEFoFo PVC DEFoFo
100 SDR 17 100 SDR 17 100 SDR 17 SDR 13,6 SDR 13,6 SDR 13,6
Comprimento (m) 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50 2 368,50
DN 150 200 250 200 225 250 200 225 250
Diâmetro interno (mm) 156,4 204,2 252 176,2 198,2 220,4 170,6 191,8 213,2
Espessura da parede (mm) 6,8 8,9 11 11,9 13,4 14,8 14,7 16,6 18,4
Coef. representativo elasticidade
18 18 18 - - - - - -
do material
Celeridade da onda (m/s) 460,44 460,94 461,26 320,00 320,00 320,00 360,60 360,60 360,60
Coeficiente de rugosidade (mm) 0,2 0,2 0,2 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
Velocidade (m/s) 1,04 0,61 0,40 0,82 0,65 0,52 0,87 0,69 0,56
Limitação da velocidade: Vr < 0,6
0,83 0,91 0,98 0,86 0,90 0,93 0,86 0,89 0,92
+ 1,5 x Di (m/s)
Perda de carga linear unitária
7,94 2,03 0,7 3,58 2 1,19 4,21 2,36 1,4
(m/Km)
Perda carga linear adutora (m) 18,81 4,81 1,66 8,48 4,74 2,82 9,97 5,59 3,32
AMParcial da boca do poço à
99,60 85,60 82,45 89,27 85,53 83,61 90,76 86,38 84,11
entrega (m)
AMT (m) 194,60 180,60 177,45 184,27 180,53 178,61 185,76 181,38 179,11
Pré-seleção do conjunto motor-
BHS517-21 BHS517-20 BHS517-19 BHS517-20 BHS517-20 BHS517-20 BHS517-20 BHS517-20 BHS517-20
bomba
Rotação (rpm) 3 480 3 480 3 460 3 480 3 480 3 480 3 480 3 480 3 480
Rendimento bomba (%) 69,32% 69,32% 69,38% 69,32% 69,32% 69,32% 69,32% 69,32% 69,32%
Rendimento motor (%) 87,30% 87,30% 85,40% 87,30% 87,30% 87,30% 87,30% 87,30% 87,30%
Rendimento do conjunto (%) 60,52% 60,52% 59,25% 60,52% 60,52% 60,52% 60,52% 60,52% 60,52%
Potência absorvida pelo CMB
85,75 79,58 79,87 81,20 79,55 78,71 81,86 79,93 78,93
(CV)
27/47
POÇO JACYARA-02: Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4 Alternativa 5 Alternativa 6 Alternativa 7 Alternativa 8 Alternativa 9
DADOS PARA SIMULAÇÃO HAMMER
K representativo da perda
singular (BARRILETE POÇO + 8,67 8,67 8,67 8,67 8,67 8,67 8,67 8,67 8,67
MACROMEDIDOR)
K representativo da perda
2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90 2,90
singular (ENTREGA)
Ponto de melhor rendimento da
62,60 62,60 64,70 62,60 62,60 62,60 62,60 62,60 62,60
bomba (PMR): Q (m³/h)
PMR: Q (l/s) 17,39 17,39 17,97 17,39 17,39 17,39 17,39 17,39 17,39
PMR: AMT (m) 223,46 212,85 197,26 212,85 212,85 212,85 212,85 212,85 212,85
PMR: Rendimento bomba (%) 71,17% 71,17% 70,41% 71,17% 71,17% 71,17% 71,17% 71,17% 71,17%
PMR: Potência entregue à
53,54 51,00 49,38 51,00 51,00 51,00 51,00 51,00 51,00
bomba (kW)
I motor (kgm²) 0,24 0,23 0,22 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23
I bomba (kgm²) 0,05 0,05 0,04 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
I bomba e motor (kgm²) 0,292 0,273 0,264 0,273 0,273 0,273 0,273 0,273 0,273

28/47
3.3 Sistema de Recalque da EEAB Córrego do Tiro

3.3.1 Altura Manométrica Total (AMT)

A AMT é representada pelo somatório do desnível geométrico entre a EEAB e o REL Alto José
Bonifácio com as perdas de carga ocorridas.

3.3.1.1 Perda de Carga Singular

Os somatórios dos coeficientes de perda de carga singular (k) foram assim obtidos:

SUCÇÃO
Singularidade k Qtd Σk
Entrada de borda 1 1 1
Válvula borboleta aberta 0,3 1 0,3
Redução gradual 0,15 1 0,15
SOMATÓRIO 1,45

BARRILETE DE RECALQUE
Singularidade k Qtd Σk
Ampliação gradual 0,3 1 0,3
Curva 90° 0,4 1 0,4
Válvula de retenção 2,5 1 2,5
Válvula de gaveta aberta 0,2 1 0,2
Junção 0,4 2 0,8
Curva 45° 0,2 2 0,4
SOMATÓRIO 4,6

ENTRADA NO REL
Singularidade k Qtd Σk
Curva 90° 0,4 3 1,2
SOMATÓRIO 1,2

3.3.2 Tubulação de Sucção e Barrilete de Recalque

Tendo em vista os dados do problema (Qr = 48 l/s e AMT em torno de 80 mca), a EEAB foi
detalhada conforme “modelo 04-B” definido na Norma Interna da Compesa GPE-NI-021-01 -
Diretrizes para Elaboração de Projetos de Estações Elevatórias de Água. Os diâmetros das
tubulações de sucção e barrilete de recalque indicados nesse modelo atendem as orientações
da NBR 12.214 (Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para Abastecimento Público)
quanto às velocidades mínimas e máximas adequadas. Com isso, a tubulação de sucção
apresentará DN 250 e o barrilete de recalque DN 200.

Qr 0,048
Vs    4  0,90m / s (NBR 12.214 para DN 250: 0,3 < Vs < 1,2 m/s)
A  x 0,26042
29/47
Qr 0,048
Vbr    4  1,39m / s (NBR 12.214: 0,6 < Vbr < 3,0 m/s)
A  x 0,20942

3.3.3 Pré-Seleção do Conjunto Motor-Bomba

Para efeito de validação da concepção e realização das simulações em regime transiente, foi
realizada a pré-seleção dos conjuntos de bombeamento (operação 1+1) a partir de ferramenta
online de dimensionamento da fabricante KSB.

3.3.3.1 Potência Absorvida

Em função das pré-seleções realizadas, para uma vazão de recalque (Qr) em l/s, altura
manométrica total (AMT) em mca e rendimento (  ) em %, obtemos a potência absorvida
(Pabs) em CV a partir da equação:

Qr  AMT
Pabs 
75 

3.3.4 Alternativas para a Adutora de Recalque

Diante do exposto, segue planilha com os dados de projeto e resultados dos cálculos para as
alternativas estudadas:

Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4


DADOS DE PROJETO
Cota do NAmín poço de sucção
12,90 12,90 12,90 12,90
(m)
Cota de entrega (m) 92,40 92,40 92,40 92,40
Desnível geométrico adutora (m) 79,50 79,50 79,50 79,50
Comprimento adutora (m) 824,00 824,00 824 824
Vazão de projeto (l/s) 48,00 48,00 48,00 48,00
Vazão de projeto (m³/h) 172,80 172,80 172,80 172,80
Diâmetro de recalque calculado
262,91 262,91 262,91 262,91
(Eq. de Bresse) (mm)
PERDA DE CARGA: SUCÇÃO
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 250 250 250 250
Diâmetro interno (mm) 260,40 260,40 260,40 260,40
Comprimento tubulação (m) 2,20 2,20 2,200 2,200
Coef. de rugosidade tubulação
0,30 0,30 0,30 0,30
(mm)
Velocidade (m/s) 0,90 0,90 0,90 0,90
Somatório de k(perda localizada) 1,45 1,45 1,45 1,45
Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4
30/47
Perda de carga linear (m) 0,008 0,008 0,008 0,008
Perda de carga singular (m) 0,099 0,099 0,099 0,099
Perda de carga total (m) 0,107 0,107 0,107 0,107
PERDA DE CARGA: BARRILETE DE RECALQUE
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 200 200 200 200
Diâmetro interno (mm) 209,4 209,4 209,4 209,4
Comprimento tubulação (m) 8,00 8,00 8,000 8,000
Coeficiente de rugosidade
0,30 0,30 0,30 0,30
tubulação (mm)
Velocidade (m/s) 1,39 1,39 1,39 1,39
Somatório de k (perda
4,60 4,60 4,60 4,60
localizada)
Perda de carga linear (m) 0,085 0,085 0,085 0,085
Perda de carga singular (m) 0,661 0,661 0,661 0,661
Perda de carga total (m) 0,746 0,746 0,746 0,746
PERDA DE CARGA: ENTREGA
Material FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado FoFo flangeado
DN 250 300 250 300
Diâmetro interno (mm) 260,4 311,6 260,4 311,6
Comprimento tubulação (m) 28,80 28,800 28,800 28,800
Coef. de rugosidade tubulação
0,30 0,30 0,30 0,30
(mm)
Velocidade (m/s) 0,90 0,63 0,90 0,63
Somatório de k (perda
1,20 1,20 1,20 1,20
localizada)
Perda de carga linear (m) 0,099 0,039 0,099 0,039
Perda de carga singular (m) 0,024 0,024 0,024 0,024
Perda de carga total (m) 0,123 0,063 0,123 0,063
ALTERNATIVAS PARA AS ADUTORAS DE RECALQUE
PEAD PE 100 PEAD PE 100
Material PVC DEFoFo PVC DEFoFo
SDR 17 SDR 17
Comprimento (m) 824,00 824,00 824,00 824,00
DN 250 300 280 315
Diâmetro interno (mm) 252 299,8 246,8 277,6
Espessura da parede (mm) 11 13,1 16,6 18,7
Coef. representativo da
18 18 - -
elasticidade do material
Celeridade da onda (m/s) 461,26 461,47 320,00 320,00
Coeficiente de rugosidade (mm) 0,140 0,140 0,035 0,035
Velocidade (m/s) 0,96 0,68 1,00 0,79
Limitação da velocidade: Vr < 0,6
0,98 1,05 0,97 1,02
+ 1,5 x Di (m/s)
Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Alternativa 4

31/47
Perda de carga linear unitária
3,55 1,47 3,37 1,89
(m/Km)
Perda de carga linear na adutora
2,93 1,21 2,777 1,56
(m)
AMT (m) 83,40 81,63 83,25 81,97
Pré-seleção do conjunto motor- KSB ETA 125- KSB ETA 125- KSB ETA 125- KSB ETA 125-
bomba 50/2 50/2 50/2 50/2
Rotação (rpm) 1 750,00 1 750,00 1 750,00 1 750,00
Rendimento bomba (%) 73,00% 73,00% 73,00% 73,00%
Rendimento motor (%) 95,00% 95,00% 95,00% 95,00%
Rendimento do conjunto (%) 69,35% 69,35% 69,35% 69,35%
Potência absorvida pelo
76,97 75,33 76,83 75,65
conjunto (CV)
DADOS PARA SIMULAÇÃO HAMMER
K representativo da perda
2,39 2,39 2,39 2,39
singular (SUCÇÃO)
K representativo da perda
6,68 6,68 6,68 6,68
singular (BARRILETE RECALQUE)
K representativo da perda
0,58 1,19 0,58 1,19
singular (ENTREGA)
Ponto de melhor rendimento da
225,00 225,00 225,00 225,00
bomba (PMR): Q (m³/h)
PMR: Q (l/s) 62,50 62,50 62,50 62,50
PMR: AMT (m) 75,00 74,00 75,00 74,00
PMR: Rendimento bomba (%) 74,5% 74% 74,5% 74%
PMR: Potência entregue à
61,70 61,29 61,70 61,29
bomba (kW)
I motor (kgm²) 0,84 0,83 0,84 0,83
I bomba (kgm²) 0,39 0,39 0,39 0,39
I bomba e motor (kgm²) 1,224 1,213 1,224 1,213
PROTEÇÃO AOS EFEITOS DO REGIME TRANSIENTE: TANQUE HIDROPNEUMÁTICO
Volume tanque
0,10
hidropneumático (m³)
Volume inicial gás (m³) 0,050
Pressão inicial “gas preset”(mca) Alternativa Alternativa Alternativa 35,82
Volume máximo gás (m³) descartada descartada descartada 0,069
Volume mínimo gás (m³) 0,040
Vol máx/Vol total 69%
Vol mín/Vol total 40%

A bomba pré-selecionada para todas as alternativas tem como curvas características:


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3.4 Simulações Hidráulicas e Definição das Alternativas Adotadas

Nesse estudo incluem-se as análises hidráulicas em regime permanente e em regime


transiente. Os dados de projeto e resultados dos cálculos que orientaram a realização das
simulações foram apresentados nos tópicos 3.2 e 3.3.

3.4.1 Adutora entre o poço Campo Fluminense II e o RAP Frei Damião

No traçado proposto para a adutora, o perfil longitudinal do terreno apresenta trecho plano
nos 200,0 m finais de chegada ao ponto de entrega. A isso, soma-se o fato de o recalque ser
realizado para um reservatório apoiado com cota de entrada em torno de 3,0 m acima do nível
do terreno. O que se verifica nesse trecho final da adutora (sem previsão de dispositivos de
proteção), portanto, são pressões em regime permanente em torno de 3,0 mca e pressões
negativas em regime transiente. As simulações apresentadas adiante demonstram esses e
demais resultados.

3.4.1.1 Tubulação em PVC DEFoFo

Como pode ser verificado na Figura 3 e na Figura 4, durante o regime transiente todas as
alternativas estudadas (sem dispositivos de proteção) apresentam pressões máximas acima
de 0,9 MPa no trecho inicial da adutora e pressões mínimas de -10 mca em seu trecho final.
Tais alternativas foram então descartadas uma vez que as pressões máximas verificadas são
superiores à pressão de serviço da tubulação (para temperatura da água de 30°C) e as
pressões mínimas atingem a pressão de quebra da coluna d’água, com valores inferiores,
portanto, ao limite mínimo admitido pela NBR 12216 - Projeto de Adutora de Água para
Abastecimento Público.

Figura 3 – Alternativas com adutora em PVC DEFoFo (sem dispositivos de proteção): Linhas
piezométricas em regime permanente e envoltórias de sobrepressão e de subpressão em
regime transiente

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Figura 4 – Alternativas com adutora em PVC DEFoFo (sem dispositivos de proteção):
Pressões verificadas em regime permanente e em regime transiente

3.4.1.2 Tubulação em PEAD PE 100 SDR 17

Os resultados das simulações (sem dispositivos de proteção) estão apresentados na Figura 5


e na Figura 6. Para todos os casos as pressões em regime permanente e as pressões máximas
em regime transiente encontram-se abaixo dos limites MPO e PSO (temperatura da água de
30°C), respectivamente, enquanto a verificação MPO + ∆P ≤ PSO (também exigida pela NBR
15802) não é atendida para as alternativas DE 180 e DE 200. Quanto às subpressões, em todas
as alternativas são observados valores inferiores ao limite mínimo admitido pela NBR 12216,
atingindo-se inclusive pressões mínimas de -10 mca onde ocorre a quebra da coluna d’água.

Figura 5 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 17 (sem dispositivos de proteção):
Linhas piezométricas em regime permanente e envoltórias de sobrepressão e de subpressão
em regime transiente

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Figura 6 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 17 (sem dispositivos de proteção):
Pressões verificadas em regime permanente e em regime transiente

O estudo segue então com a proposição de dispositivos para contornar os efeitos dos
transientes hidráulicos. Para se obter resultados de subpressão acima do limite inferior
admitido pela NBR 12216 optou-se pela adoção de placas de orifício na chegada ao RAP, como
forma de se induzir uma perda de carga local elevando-se a altura manométrica total do
recalque. Para que sejam observadas pressões mínimas acima de -2,0 mca, com a utilização
de tubulação em PEAD PE 100 SDR 17 (PN 10), apresenta-se viável apenas a especificação do
diâmetro DE 225, uma vez que para os diâmetros DE 180 e DE 200 o máximo incremento
possível na altura manométrica (tendo em vista a MPO) não é suficiente para que as pressões
negativas no regime transiente apresentem valores acima de -2,0 mca.

Por fim, a Figura 7 e a Figura 8Erro! Fonte de referência não encontrada. exibem os resultados
ara a alternativa adotada.

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Figura 7 - Alternativa adotada: Adutora em PEAD PE 100 SDR 17 DE 225 com placas de
orifício na chegada ao RAP (linhas piezométricas em regime permanente e envoltórias de
sobrepressão e de subpressão em regime transiente)

Figura 8 - Alternativa adotada: Adutora em PEAD PE 100 SDR 17 DE 225 com placas de
orifício na chegada ao RAP (pressões verificadas em regime permanente e em regime
transiente)

3.4.2 Adutora entre o poço Vale do Senhor e o RAP Frei Damião

A adutora projetada segue para o RAP Frei Damião pela Rua Vale do Senhor, rua em terreno
natural, cujo relevo e infraestrutura inviabilizam a implantação de adutora com tubulação com
junta elástica. Com isso, foram descartadas as alternativas em PVC DEFoFo, sendo estudadas
alternativas com tubulação em PEAD.

3.4.2.1 Tubulação em PEAD PE 100 SDR 17

Os resultados das simulações (sem dispositivos de proteção) estão apresentados na Figura


9Figura 9 e na Figura 10Figura 10. Para todos os casos as pressões em regime permanente e
as pressões máximas em regime transiente encontram-se abaixo dos limites MPO e PSO
(temperatura da água de 30°C), respectivamente, enquanto a verificação MPO + ∆P ≤ PSO não
é atendida para a alternativa DE 180. Quanto às subpressões, em todas as alternativas são
observados valores inferiores ao limite mínimo admitido pela NBR 12216, atingindo-se
inclusive pressões mínimas de -10 mca onde ocorre a quebra da coluna d’água.

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Figura 9 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 17 (sem dispositivos de proteção):
Linhas piezométricas em regime permanente e envoltórias de sobrepressão e de subpressão
em regime transiente

Figura 10 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 17 (sem dispositivos de


proteção): Pressões verificadas em regime permanente e em regime transiente

O estudo segue então com a proposição de dispositivos para contornar os efeitos dos
transientes hidráulicos. Para se obter resultados de subpressão acima do limite inferior
admitido pela NBR 12216 optou-se pela adoção de placas de orifício na chegada ao RAP, como
forma de se induzir uma perda de carga local elevando-se a altura manométrica total do
recalque. Para que sejam observadas pressões mínimas acima de -2,0 mca, com a utilização
de tubulação em PEAD PE 100 SDR 17 (PN 10), apresenta-se viável apenas a especificação do
diâmetro DE 225, uma vez que para os diâmetros DE 180 e DE 200 o máximo incremento
possível na altura manométrica (tendo em vista a MPO) não é suficiente para que as pressões
negativas no regime transiente apresentem valores acima de -2,0 mca.

Por fim, a Figura 11 e a Figura 12 exibem os resultados para a alternativa adotada.


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Figura 11 - Alternativa adotada: Adutora em PEAD PE 100 SDR 17 DE 225 com placas de
orifício na chegada ao RAP (linhas piezométricas em regime permanente e envoltórias de
sobrepressão e de subpressão em regime transiente)

Figura 12 - Alternativa adotada: Adutora em PEAD PE 100 SDR 17 DE 225 com placas de
orifício na chegada ao RAP (pressões verificadas em regime permanente e em regime
transiente)

3.4.3 Adutora entre o poço Jacyara-02 e o REL Alto José Bonifácio

3.4.3.1 Tubulação em PVC DEFoFo

Como pode ser verificado na Figura 13 e na Figura 14, a alternativa com adutora em PVC
DEFoFo DN 150 é de imediato descartada uma vez que durante o regime permanente são
verificadas pressões acima de 0,9 MPa em aproximadamente metade da extensão da adutora
e, inclusive, acima de 1,0 Mpa (pressão de serviço sem aplicação de fator de redução) em
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pequeno trecho. Já as alternativas com DN 200 e DN 250 (sem dispositivos de proteção) são
também descartadas uma vez que nesses casos são verificadas pressões máximas acima de
0,9 MPa durante o regime transiente. Quanto às subpressões, para DN 150 e DN 200 são
verificadas pressões mínimas inferiores ao limite mínimo admitido pela NBR 12216, atingindo-
se inclusive a pressão de quebra da coluna d’água para o caso de DN 150.

Figura 13 – Alternativas com adutora em PVC DEFoFo (sem dispositivos de proteção): Linhas
piezométricas em regime permanente e envoltórias de sobrepressão e de subpressão em
regime transiente

Figura 14 – Alternativas com adutora em PVC DEFoFo (sem dispositivos de proteção):


Pressões verificadas em regime permanente e em regime transiente

3.4.3.1 Tubulação em PEAD PE 100 SDR 17

É verificado um desnível geométrico de 80,40 m entre a cota da boca do poço e a entrada do


REL Alto José Bonifácio, o que significou uma AMParcial2 acima de 0,81 MPa para todas as
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alternativas estudadas. Os resultados das simulações estão representados na Figura 15 e na
Figura 16, em razão do perfil do terreno todas as alternativas apresentam pressões em regime
permanente acima de 0,81 MPa em longo trecho da adutora, o que inviabiliza a adoção desse
material.

Figura 15 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 17 (sem dispositivos de


proteção): Linhas piezométricas em regime permanente e envoltórias de sobrepressão e de
subpressão em regime transiente

Figura 16 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 17 (sem dispositivos de


proteção): Pressões verificadas em regime permanente e em regime transiente

3.4.3.2 Tubulação em PEAD PE 100 SDR 13,6

Os resultados das simulações (sem dispositivos de proteção) estão apresentados na Figura 17


e na Figura 18. Para todos os casos, as pressões em regime permanente e as pressões máximas
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em regime transiente encontram-se abaixo dos limites MPO e PSO (temperatura da água de
30°C), respectivamente, e a verificação MPO + ∆P ≤ PSO é também atendida por todas as
alternativas. Quanto às subpressões, no entanto, para o diâmetro DE 200 são observados
valores inferiores ao limite mínimo admitido pela NBR 12216, motivo pelo qual tal alternativa
foi descartada, sendo então definida a solução adotada: tubulação em PEAD PE 100 SDR 13,6
DE 225.

Figura 17 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 13,6 (sem dispositivos de
proteção): Linhas piezométricas em regime permanente e envoltórias de sobrepressão e de
subpressão em regime transiente

Figura 18 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 13,6 (sem dispositivos de
proteção): Pressões verificadas em regime permanente e em regime transiente

A Figura 19 e a Figura 20 apresentam os resultados da solução adotada.

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Figura 19 - Alternativa adotada: Adutora em PEAD PE 100 SDR 13,6 DE 225 (linhas
piezométricas em regime permanente e envoltórias de sobrepressão e de subpressão em
regime transiente)

Figura 20 - Alternativa adotada: Adutora em PEAD PE 100 SDR 13,6 DE 225 (pressões
verificadas em regime permanente e em regime transiente)

3.4.4 Adutora entre a EEAB Córrego do Tiro e o REL Alto José Bonifácio

3.4.4.1 Tubulação em PVC DEFoFo

É verificado um desnível geométrico de 79,50 m entre o NAmín do poço de sucção da EEAB e


a entrada do REL Alto José Bonifácio, o que significa uma altura manométrica total acima 80
mca para todas as alternativas estudadas. Com isso, como pode ser verificado na Figura 21 e
na Figura 22, as alternativas com adutora em PVC DEFoFo e sem dispositivos de proteção
apresentam pressões máximas acima de 0,9 MPa em regime transiente, motivo pelo qual tais
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alternativas foram descartadas (pressões verificadas superiores à pressão de serviço da
tubulação para temperatura da água de 30°C). São verificadas ainda, nos dois casos, pressões
mínimas inferiores ao limite admitido pela NBR 12216, atingindo-se a pressão de quebra da
coluna d’água no caso de DN 250.

Figura 21 – Alternativas com adutora em PVC DEFoFo (sem dispositivos de proteção): Linhas
piezométricas em regime permanente e envoltórias de sobrepressão e de subpressão em
regime transiente

Figura 22 – Alternativas com adutora em PVC DEFoFo (sem dispositivos de proteção):


Pressões verificadas em regime permanente e em regime transiente

3.4.4.2 Tubulação em PEAD PE 100 SDR 17

Os resultados das simulações (sem dispositivos de proteção) estão apresentados na Figura 23


e na Figura 24. Para todos os casos as pressões em regime permanente e as pressões máximas

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em regime transiente encontram-se abaixo dos limites MPO e PSO (para temperatura da água
de 30°C), respectivamente, e a verificação MPO + ∆P ≤ PSO é também atendida por ambas as
alternativas. Quanto às subpressões, são observados valores inferiores ao limite mínimo
admitido pela NBR 12216 nas duas alternativas, e no caso de DE 280 esses valores encontram-
se muito próximos à pressão de quebra da coluna d’água, motivo pelo qual essa alternativa
foi descartada.

Figura 23 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 17 (sem dispositivos de


proteção): Linhas piezométricas em regime permanente e envoltórias de sobrepressão e de
subpressão em regime transiente

Figura 24 – Alternativas com adutora em PEAD PE 100 SDR 17 (sem dispositivos de


proteção): Pressões verificadas em regime permanente e em regime transiente

Em razão das subpressões verificadas para o diâmetro DE 315, foi especificado tanque
hidropneumático com membrana de 0,1 m³ de volume total a jusante do barrilete de recalque,

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sendo essa a alternativa finalmente adotada. Os resultados da simulação com o dispositivo
(Figura 25 e Figura 26) evidenciam a diminuição da amplitude da envoltória de subpressão,
com pressões mínimas que atendem aos requisitos normativos. O comportamento do tanque
hidropneumático durante o transitório (Figura 27) indica uma variação de volume de gás no
interior do tanque oscilando entre 0,04 e 0,069 m³, o que se mostra adequado ao
funcionamento do dispositivo, com volume máximo de gás correspondente a 69% do volume
total do tanque.

A especificação do equipamento projetado é a seguinte:

 Tanque hidropneumático vertical, tipo bexiga, PN 16, PMT 113 mca, volume 0,1 m³,
DNC 300 mm, água bruta (conforme NTC-234)

Onde, segundo definições da NTC-234:

- PMT - Pressão Máxima de Trabalho do Tanque: Corresponde ao transiente máximo a que o


tanque será submetido com a rede desprotegida;
- DNC - Diâmetro Nominal de Conexão: Diâmetro das tubulações da conexão para cada um
dos tanques. Deve ser considerado que os tanques serão conectados a tubulações de FOFO
(seguindo a NBR 7675), de mesmo diâmetro da conexão citada.

Figura 25 - Alternativa adotada: Adutora em PEAD PE 100 SDR 17 DE 315 com Tanque
Hidropneumático de 0,1 m³ (linhas piezométricas em regime permanente e envoltórias de
sobrepressão e de subpressão em regime transiente)

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Figura 26 - Alternativa adotada: Adutora em PEAD PE 100 SDR 17 DE 315 com Tanque
Hidropneumático de 0,1 m³ (pressões verificadas em regime permanente e em regime
transiente)

Figura 27 - Alternativa adotada: Volume de gás no Tanque Hidropneumático durante o


regime transiente

4 ANEXOS

4.1 Anexo I: Nota Técnica - Tratamento da Água Captada (RAP Frei Damião)

4.2 Anexo II: Nota Técnica - Tratamento da Água Captada (REL Alto José Bonifácio)

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