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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS LTDA.

Geologia -Engenharia Mineral - Meio Ambiente.


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ROYALMINING MINERAÇÃO LTDA

RELATÓRIO TÉCNICO

SERVIÇOS DE CONSULTORIA GEOLÓGICA

D.N.P.M. 826.456/2010

SENGÉS/PR

OUTUBRO/2014
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

SUMÁRIO EXECUTIVO

O objetivo principal deste trabalho foi à avaliação geológica da jazida de


metadolomito no local denominado Mina Pinhalzinho, processo DNPM n 826.456/2010,
0

localizada na divisa dos municípios de Sengés/PR, Doutor Ulisses/PR.

O trabalho buscou a delimitação e a ampliação do conhecimento do depósito de


metadolomito, aqui denominados também de dolomito, e eventuais variações químicas, em
função da expectativa do inicio da lavra na poligonal em questão. A área designada à
exploração de dolomitos atualmente é destinada ao plantio de Pinus.

Na área em estudo, ao longo dos 966,68 hectares da poligonal, foi identificado,


através do mapeamento geológico, 4 (quatro) litotipos principais: Rochas carbonáticas
(metadolomitos), filitos, quartzitos e metamargas, espacializadas no Mapa Geológico e de
Serviços Executados. A partir das análises químicas fornecidas pelo ROYALMINING, de
amostragem realizada durante o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa mineral (RFP),
o metadolomito foi subdividido em 3 tipos, em função da porcentagem de sílica,
denominados de Dolomito Baixa Sílica - DBS (< 1% de SiO 2), Dolomito com Média Sílica -
DMS (1 - 2% de SiO2) e Dolomito - DOL (> 2% de SiO2), espacializados no modelo
geológico da jazida.

Foram executadas avaliações preliminares de potenciais reservas e possibilidades


de explotação, segundo parâmetros indicados no Plano de Aproveitamento Econômico
aprovado pelo DNPM e Licença Ambiental de Operação.

As Reservas geológicas foram cubadas através da profundidade dos furos de


sondagem, rotativa executados previamente. Desse modo, foram cubadas reservas
geológicas totais (medida + indicada) de aproximadamente 54 milhões de toneladas, sendo
29 milhões de reserva medida e 25 milhões de reserva indicada, ambas com total
predomínio do dolomito de baixa sílica (média de 0,25% de SiO2).

À luz dos dados geológicos e estruturais, obtidos em campo, das descrições dos
furos de sondagem e das avaliações dos estudos prévios, foram planejados os serviços
complementares de pesquisa mineral pré-lavra, através de 07 furos de sondagem rotativa
adicionais, amostragem e análises químicas, cerca de 250 amostras, com a finalidade de
confirmar as características tecnológicas e os limites dos corpos de metadolomito com baixa
e média sílica, de forma a atender os potenciais mercados consumidores deste insumo
mineral.

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ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................ 5

2 HISTÓRICO DO PROCESSO........................................................................................................ 5

3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO..........................................................................................5

4 MEMORIAL DESCRITIVO.............................................................................................................. 7

5 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS....................................................................................................... 9

5.1 GEOLOGIA REGIONAL.............................................................................................................. 10


6 TRABALHOS EXECUTADOS...................................................................................................... 13

6.1 LEVANTAMENTO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS................................................13


6.2 MAPEAMENTO GEOLÓGICO.................................................................................................... 13
6.3 DESCRIÇÃO DE TESTEMUNHOS DE SONDAGEM ROTATIVA.............................................13
6.4 BASE DE DADOS...................................................................................................................... 15
6.5 MODELAGEM GEOLÓGICA COMPUTACIONAL......................................................................16
7 APLICAÇÕES E USOS DO DOLOMITO.....................................................................................18

7.1 CAL DOLOMÍTICA................................................................................................................. 19


7.2 USO SIDERÚRGICO............................................................................................................. 19
7.3 USO DOS CARBONATOS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO NA INDÚSTRIA DE VIDROS..........20
8 RESULTADOS OBTIDOS............................................................................................................ 21

8.1 GEOLOGIA LOCAL..................................................................................................................... 21


8.2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS QUÍMICOS E FÍSICOS......................................28
8.3 POTENCIALIDADE DE RESERVAS...........................................................................................31
9 PLANO COMPLEMENTAR DE PESQUISA................................................................................37

9.1 SONDAGEM............................................................................................................................... 37
9.3 AMOSTRAGEM E ANÁLISES QUIMICAS..................................................................................39
10 CONCLUSÔES E CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................40

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................41

ANEXOS.............................................................................................................................................. 44

ANEXO 01 PLANTA DE SITUAÇÃO ESCALA 1: 50.000.................................................................45

ANEXO 02 MAPA GEOLÓGICO E DE SERVIÇOS ESCALA 1: 5.000.............................................46

ANEXO 03 PERFIS GEOLÓGICOS DE CUBAGEM ESCALA 1: 2.000...........................................47

ANEXO 04 LOG DOS FUROS DE SONDAGEM...............................................................................48

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1 INTRODUÇÃO

A PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS LTDA. apresenta para apreciação da


ROYALMINING MINERAÇÃO LTDA, o Relatório técnico dos serviços de consultoria
geológica, referente à avaliação geológica de jazimento mineral de dolomito, na área
pertecnte ao processo DNPM n0 826.456/2010, com área de 966,68 hectares, localizada no
bairro de Pinhalzinho, na região do município de Sengés/PR, próximo à divisa com os
municípios de Doutor Ulisses/PR e Bom Sucesso de Itararé/SP.

Os serviços foram executados baseados em dados, estudos e informações coletadas


junto a ROYALMINING, bem como nos trabalhos específicos desenvolvidos pela PETRUS,
envolvendo o mapeamento geológico de superfície, redescrição parcial de testemunhos de
sondagem, avaliação de afloramentos e análises químicas já executadas, modelagem
geológica e avaliação computacional da potencialidade das reservas.

2 HISTÓRICO DO PROCESSO

O processo foi requerido para pesquisa de calcário em uma área de 82,22 hectares,
em 19/05/2006, pelas empresas Granex do Brasil Ltda e Spppinus Comercio de Madeira e
Mineração Ltda, com uso previsto para fabricação de cimento, obtendo em 22/08/2006 o
respectivo alvará de pesquisa n0 8.092. Após cessão de diretos minerários para a atual
titular ROYALMINING MINERAÇÃO LTDA, o Relatório Final de Pesquisa positivo foi
apresentado e aprovado com redução de área (27/09/2010).

Em 22/12/2010 foi protocolizado o requerimento de lavra e o Plano de


Aproveitamento Econômico (PAE) para calcário dolomítico, com potencial de usos para
fabricação de cal e siderurgia. Em 01/02/2013 foi aprovada a concessão de lavra pelo
DNPM para uma área de 70,14 hectares, sendo em 25/02/2014 emitido o edital de imissão
de posse.

3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

A área de direito mineral situa-se no Distrito de Pinhalzinho, Município e Comarca de


Sengés, na porção nordeste do Estado do Paraná. As principais vias de acesso à
região são a Rodovia Francisco Alves Negrão (SP – 258) e Rodovia Senador Flávio
Carvalho Guimarães (PR – 151). A partir da cidade de São Paulo o acesso se dá pela
Rodovia Presidente Castelo Branco, SP – 280, até a altura da cidade de Sorocaba. Na
entrada do Município toma-se a Rodovia Senador José Ermírio de Moraes, SP – 075, no
sentido de Sorocaba, até a estrada que dá acesso a Rodovia Raposo Tavares, SP – 270.

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Segue-se pela Rodovia SP – 270 no sentido do Município de Itapetininga,


onde se acessa a Rodovia Professor Francisco da Silva Pontes, SP – 127 no sentido do
Município de Capão Bonito. Nesse Município toma-se a Rodovia Francisco Alves
Negrão, SP – 258, no sentido de Itararé até a estrada que dá acesso ao Município de
Bom Sucesso de Itararé, de onde se toma uma estrada de terra até o Bairro de
Pinhalzinho, na divisa dos Estados de São Paulo e Paraná.

A partir de Curitiba o acesso se dá pela Rodovia do Café (BR – 376/379) no


sentido de Ponta Grossa até o trevo da Rodovia PR – 151. Por essa Rodovia, no sentido
interior, segue-se passando pelas cidades de Carimbei, Castro, Piraí do Sul, Jaguariaíva e
Sengés. Desse ultimo Município seque-se no sentido da divisa estadual até Itararé (SP). A
partir de Itararé toma-se a Rodovia Francisco Alves Negrão, SP – 258, no sentido de Itapeva
até a estrada que dá acesso ao Município de Bom Sucesso de Itararé, de onde se toma uma
estrada de terra até o Bairro de Pinhalzinho, na divisa dos Estados de São Paulo e Paraná.
A planta de situação (ANEXO 01) especializa a poligonal e as vias de acesso do entorno.

Figura 3.1: Localização e vias de acesso do empreendimento. fonte: Google maps.

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4 MEMORIAL DESCRITIVO

O polígono delimitador do processo minerário tem uma área de 966,68 hectares.

Seguem abaixo figuras ilustrativas com a poligonal/coordenadas dos vértices, juntamente

com o histórico do processo. A planta de situação (ANEXO 01) espacializa a poligonal em

questão.

4.1 : Ilustração da poligonal e coordenadas dos vértices

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4.2 : Histórico do processo 826.456/2010

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5 ASPECTOS FISIOGRÁFICOS

A área em estudo está inserida na região da Serra do Tigre, o principal divisor de


águas onde se localiza a divisa estadual entre São Paulo e Paraná. A parte paulista serve
como nascente do córrego Bandeirantes, afluente formador do rio Itararé e das nascentes
do rio Itapirapuã, ambos inseridos na bacia hidrográfica do rio Ribeira. Na parte paranaense
a serra serve de nascente para o córrego da Caverninha e ribeirão do Ferai, afluente do rio
Claro. A serra do Tigre, juntamente com a serra de Paranapiacaba formam um alinhamento
com as cotas mais altas da região, chegando a 1.100 metros, segundo as cartas da Barra
do Chapéu e Ouro Verde. Esse alinhamento serve como divisor de águas entre as bacias do
Paraná e Ribeira.

O relevo predominante na região é o de degradação em planaltos dissecados,


subclassificado como relevo montanhoso, onde predominam declividades médias, acima de
15%, com amplitudes locais que ultrapassam os 300 metros. Encontra-se nesse contexto as
serras alongadas, com topos angulosos e vertentes ravinadas com perfis retilíneos. O bairro
do Pinhalzinho é o único ponto no interior do córrego dos Bandeirantes que apresenta uma
situação com menor variação de altitude. Ao sul/sudeste da área pesquisada, onde destaca-
se o relevo montanhoso, situado na região da serra do Tigre, observa-se um planalto em
fase erosiva com cotas variando próximo aos 1.100 metros, e próximo ao bairro predominam
declividades de médias a altas, onde destaca-se o relevo de morros paralelos, com cotas
variando na faixa dos 1.000 metros.

A drenagem é classificada como de alta densidade, exibindo um padrão dendrítico e


pinulado, sulcando vales fechados e planícies aluvionares interiores restritas. A drenagem
local está intimamente ligada à geomorfologia dominante e ao substrato rochoso, dessa
forma, em porções mais elevadas, há um tipo de drenagem mais intenso, porém
intermitente. Isso ocorre por que o corpo rochoso não apresenta boas condições para a
retenção e fornecimento de água em períodos de seca. As águas pluviais, em virtude do
gradiente e da baixa qualidade dos solos, em períodos passados carregaram parte do
regolito para as cotas mais baixas, criando áreas mais vulneráveis a voçorocas,
principalmente por ter em uma de suas laterais escarpas com caimentos vertiginosos. As
rochas que constituem a parte basal da escarpa são essencialmente metassedimentos que
apresentam maior suscetibilidade ao intemperismo. A drenagem se torna mais intensa na
região de terrenos aplainados com extensa planície aluvial e presença de sedimentos
inconsolidados.

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A vegetação presente nas áreas abrangida pelo mapeamento geológico é exótica.


Trata-se de uma mata que sofreu grande influência antrópica de reflorestamento de Pinus. A
vegetação original remanescente é encontrada nas regiões de drenagem. A região
apresenta temperatura media anual na casa de 200C, precipitação pluviométrica da ordem
de 1.500 mm/ano e média da umidade relativa do ar em cerca de 76%.

5.1 GEOLOGIA REGIONAL

A área destinada à etapa de mapeamento está inserida numa região onde afloram
rochas metamórficas e ígneas meso a neoproterozóicas da faixa de dobramentos Ribeira,
representado pelo espesso pacote de rochas dobradas de baixo grau metamórfico do Grupo
Itaiacoca (Hasui et al., 1975), alongados segundo a direção N40E (Figura 5.1), que se
estende desde a região de Itaiacoca, Ponta Grossa – PR, até o município de Itapeva (SP). E
é tangenciada pelos complexos graníticos Cunhaporanga, a W-NW, e Três Córregos, a E-
SE (CPRM, 1977). Essas rochas constituem o embasamento dos arenitos devoniano-
silurianos da formação Furnas da bacia do Paraná e todas são recortadas por diques
cretáceos de direção N40-50W, associados ao magmatismo da formação Serra Geral
(Renne et al., 1996)., definido inicialmente por Almeida (1957), como uma sequência de
rochas metavulcanossedimentares de baixo grau metamórfico que ocorrem dentro de uma
faixa de direção NE-SW.

As rochas são intensamente afetadas por zonas de cisalhamento rúpteis/dúcteis e


por intrusões graníticas ediacaranas, principalmente associados à suíte Cunhaporanga,
onde observa-se quatro episódios metamórficos. O primeiro episódio data do
neoproterozóico e trata-se do metamorfismo regional de baixo grau relacionado ao ciclo
Brasiliano, seguido pelo metamorfismo termal de contato com o complexo granítico
Cunhaporanga, gerado no mesmo contexto orogênico. O terceiro é o metamorfismo
dinâmico associado à zona de cisalhamento Itapirapuã e suas ramificações e o último
episódio está associado às intrusões de diques de diabásio da formação Serra Geral da
Bacia do Paraná (Szabó et al., 2004).

O Grupo Itaicoca, que compreende a região foco do mapeamento geológico, passa


atualmente por uma redefinição de seu empilhamento estratigráfico em virtude de novos
dados geocronológicos (CPRM, 2012). Nos últimos anos, Siga Júnior et al. (2003, 2009),
definiram seu empilhamento estratigráfico em duas unidades litoestratigráficas: a sequência
basal de rochas metacarbonáticas e metapelíticas, de idades associadas ao final do

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Mesoproterozóico e início do Neoproterozóico, e a sequência superior de rochas


metavulcanoclásticas , metarenitos arcoseanos e metapelitos do final do Neoproterozóico.

Segundo Souza (1990) e Reis Neto (1994), cinco formações compõem o


empilhamento estratigráfico do Grupo Itaiacoca, sendo:

a) Formação Bairro dos Campos: Definida originalmente por Souza (1990) como
uma sequência composta por metacalcários e metadolomitos associados ao
desenvolvimento de uma ampla plataforma carbonática.
Destaca-se pelos aspectos geomorfológicos com feições de relevo cárstico, tais
como dolinas, sumidouros, cones cársticos e cavernas

b) Formação Serra dos Macacos: Definido por Souza (1990) como uma sequência
quartzítica que constituem corpos alongados que sustentam várias serras, como as Serras
dos Macacos e de Bom Sucesso. Apresenta-se intercalada às Formações Água Nova e
Bairro dos campos (CPRM, 2012).

c) Formação Água Nova: Definida originalmente por Souza (1990) como uma
sequência de rochas metapelíticas e metacarbonáticas, caracterizada pela ocorrência
dominante de rochas de natureza terrígena intercalada localmente a metamargas. São
comuns intercalações de metamargas e metacalcários, sendo que alguns deles formam
corpos mapeáveis associados à Formação Bairro dos Campos. Além de corpos métricos de
metarenitos e metaconglomerados polimíticos que também podem formar corpos mapeáveis
associados à Formação Serra dos Macacos

d) Unidades Metabásicas: É constituída por pequenos corpos mapeáveis de rochas


metabásicas intercaladas à Formação Água Nova (CPRM, 2012).

e) Formação Abapã: Foi definida por Reis Neto (1994) como uma sequência de
rochas metavulcanoclásticas. Esse autor sugere que essa Formação pode ser análoga a
Formação Bairro da Estiva (Souza, 1990), aflorantes na região de Bom Sucesso de Itararé e
Itapeva (SP). Trabalhos mais recentes de Perrota et al., (2005) estendem o termo Abapã
para designar toda a sequência de rochas metavulcanoclásticas aflorantes na Faixa
Itaiacoca (CPRM, 2012).

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Figura 5.1: Grupo Itaiacoca – Unidades litológicas. Poligonal em destaque referente ao processo.

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6 TRABALHOS EXECUTADOS

6.1 LEVANTAMENTO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

 Levantamento dos dados bibliográficos referentes à geologia regional;


 Preparação de bases de campo para locação dos trabalhos executados;
 Interpretação de dados referentes ao mapeamento geológico;
 Elaboração do mapa geológico e de serviços na escala 1:5.000 (ANEXO 02);
 Modelagem geológica visando à avaliação da potencialidade das reservas de
dolomito e de suas variações (DBS/DMS/DOL/EST);
 Elaboração de perfis geológicos e de cubagem na escala 1:2.000 (ANEXO 03);
 Elaboração do Relatório de Serviços Executados.

6.2 MAPEAMENTO GEOLÓGICO

Dentre as plantas topográficas utilizadas para a confecção das bases cartográficas


de campo e escritório destacam-se as cartas topográficas Ouro Verde (SG- 22-X-B-I-3) e
Barra do Chapéu Verde (SG- 22-X-B-I-4) do IBGE, de escala 1:50.000 e o levantamento
planialtimétrico na escala 1:10.000 realizado em 02/2006 para a empresa Banestado
Reflorestadora, fornecida pela RoyalMining, base para a digitalização, confecção de modelo
digital de elevação (MDE) e modelagem geológica para avaliação da potencialidade de
reservas.

As atividades de campo foram desenvolvidas entre os dias 08/01/2014 a 28/01/2014


e compreenderam o mapeamento geológico expedito, através de caminhamentos ao longo
de estradas, drenagens, trilhas, com coleta de dados (descrições litológicas e estruturais),
catalogação de afloramentos e serviços executados previamente (furos de sondagem),
todos localizados por meio de GPS de navegação modelo Garmin Map 76S. Os pontos
geológicos estão espacificados no Mapa Geológico e de Serviços (ANEXO 02).

6.3 DESCRIÇÃO DE TESTEMUNHOS DE SONDAGEM ROTATIVA

Durante a etapa de mapeamento geológico fez-se necessária à descrição parcial dos


testemunhos de sondagem já realizados, em outras etapas de pesquisa mineral, com a
finalidade de acrescentar informações acerca das principais litologias encontradas na área,
como referência ao mapeamento geológico de superfície e posterior modelagem geológica
do jazimento.

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Foram descritos e fotografados os testemunhos de sondagem dos 40 furos


executados na região, distribuídos pelas diversas poligonais do titular, totalizando 1.281,50
metros. Na poligonal em questão foram realizados onze furos de sondagem (quadro 6.3-1),
dos quais foram descritos dois (2) furos (SD 01 e SD 11), os logs dos testemunhos
encontram-se em anexo (ANEXO 04), conforme ilustração fotográfica (fotos 6.1 e 6.2).

Quadro 6.1: Furos de Sondagem na área do processo minerário.

Foto 6.1: Furo 11 – Caixas de Testemunhos de Sondagem.

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Foto 6.2: Furo 01 – Caixas de Testemunhos de Sondagem.

6.4 BASE DE DADOS

Foram fornecidos pela Royalmining diversas informações e dados de serviços já


executados dos quais destacamos:

 Base topográfica digital, na escala 1:10.000, realizada em 02/2006 para a empresa


Banestado Reflorestadora;
 Relatório Final de Pesquisa (2009), elaborado pelo Geólogo José Pedro Oliveira
– Serviços Geológicos e Ambientais;
 Plano de Aproveitamento Econômico (PAE - 2010) e respectivos anexos (Mapas
Geológico e de Situação) elaborado pela empresa Kaulim;
 Relatório de Geoquímica Preliminar, referentes aos dois processos de interesse da
empresa e respectivos anexos: Planta de detalhe (mapa geológico), perfis de
sondagem, mapas geoquímicos e modelo digital de terreno (MINERAL, 2012);
 Dados Físicos e Químicos:
 Análises químicas quantitativas (SENAI/PR);
 Análises químicas quantitativas de amostras de furos de sondagem e
amostras de mão (LAMIR/PR).

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6.5 MODELAGEM GEOLÓGICA COMPUTACIONAL

A sequência metodológica para obter a modelagem computacional da área em


estudo inicia-se com a etapa da consolidação dos dados existentes, que consiste no
inventario geral de informações e na organização de bancos de dados estruturados, que
permitam o estudo da área na plataforma computacional do software DATAMINE. Para
execução do modelo computacional foram importados o modelo digital do terreno, as
informações geológicas locais, os contatos litológicos, as informações estruturais e as
análises químicas fornecidas pela RoyalMining, referentes ao Relatório de Pesquisa Mineral
apresentado ao DNPM em 2009.

6.5.1 Modelagem Matemática

Um modelo matemático, sob o modelo digital do terreno geo-referenciado da área, foi


gerado no DATAMINE, ajustando-se as principais dimensões nas direções X, Y e Z da área.
Determina-se, pelas informações do mapa geológico, o tamanho mais adequado dos blocos,
nas direções X, Y e Z. No presente caso foram adotadas as seguintes dimensões máximas
em metros: 20 x 20 x 10.

6.5.2 Modelagem Geológica

O modelo geológico/litológico é obtido através da projeção dos dados estruturais e


litológicos obtidos em campo; essas informações são utilizadas para definição dos contatos
e dos limites das unidades geológicas. Definida a geologia de subsuperfície, cada bloco
tecnológico tem dimensão conhecida e litologia associada; para refinar o estudo matemático
do modelo de blocos nas regiões dos limites da poligonal e nas proximidades de contatos
geológicos, o software DATAMINE permite a subdivisão dos blocos tecnológicos, gerando
assim uma ótima definição nestes contatos litológicos sem que haja um comprometimento
no cálculo das reservas de metadolomito (figuras 6.1 e 6.2).

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Figura 6.1: Modelo Geológico com tipologia de minério (DBS/DMS/DOL) – cota 950m.

Figura 6.2: Perfil Geológico – Modelo de Blocos

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7 APLICAÇÕES E USOS DO DOLOMITO

A região estudada apresenta grande potencial mineral, destacando-se regionalmente


o município de Itapeva, que apresenta mercado consolidado com relação a minerais
industriais, argilas, areais, britas, rochas carbonáticas (calcários/dolomitos) e filito. O
dolomito, alvo principal deste estudo, é uma rocha carbonática sedimentar, originada de
material precipitado por agentes químicos e orgânicos, composta basicamente por
carbonato de cálcio CaCO3, e carbonato de magnésio MgCO 3, deste modo, no processo
minerário, foi mantida como substância principal o calcário (dolomítico).
Devido aos baixos teores de sílica, o objetivo principal da exploração mineral do
processo em questão é o fornecimento de dolomito para a indústria siderúrgica, com função
de diminuição da temperatura de fusão do aço. Um potencial cliente deste material é a
Companhia Siderúrgica Paulista – COSIPA, com possibilidade de expedição e transporte do
minério via férrea, através da estação Pinhalzinho, operada pela concessionária ALL –
América Latina Logística, cerca de 1km do empreendimento.
Outra utilização prevista é o fornecimento de matéria prima na produção de cal
virgem ou cal hidratada, para uso na construção civil. O produto final será a cal em pedras,
que será beneficiada pelo cliente. De acordo com o mapa de consumo segmentado da
ABPC, observamos que a construção civil destaca-se como o maior segmento consumidor
brasileiro de cal, absorvendo cerca de 37% da produção nacional, em seguida vem a
siderurgia com 22%. Os demais segmentos consumidores apresentam consumos variando
de 1% a 7% da produção nacional. A Figura 7.1 mostra a distribuição da área de consumo
da cal.

Figura 7.1: Áreas de consumo da Cal no Brasil

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Outras opções seriam o uso na indústria vidreira, agindo como fundente sobre a
areia quartzosa, aumentando a insolubilidade e resistência, reduzindo a fragilidade do vidro
ou ainda como corretivo de solos, devido as grandes áreas de reflorestamento na região.

7.1 CAL DOLOMÍTICA

A cal dolomítica é o produto gerado a partir da calcinação do dolomito. A calcinação


é a transformação do carbonato de cálcio e magnésio (CaCO3.MgCO3) em óxido de cálcio e
magnésio (CaO e MgO), através do aumento de temperatura, em faixas de 900°C e 1000°C.
A reação de calcinação do dolomito (CaCO3.MgCO3) entre temperaturas de 900°C e
1000°C, ocorrem segundo a reação (1), a seguir:
CaCO3 .11MgCO3 + calor → 17CaO + 25MgO + 11CO2 ↑ (1)

A fabricação de cal compreende três etapas: preparação da amostra, calcinação e


hidratação. Embora a hidratação seja necessária apenas em alguns casos, deve ocorrer em
conformidade com o uso do produto final.

7.2 USO SIDERÚRGICO

A cal virgem é utilizada em várias fases do processo de fabricação do aço, do


alumínio e de outros metais não ferrosos, como cobre, níquel, ouro e zinco. Na siderurgia, a
cal é usada como aglomerante (2,5% da carga de pelotização) na pelotização do minério de
ferro e no processo de sinterização, na dessulfuração de gusa, como elemento escorificante
e outras aplicabilidades como protetor de revestimentos refratários em fornos de aciaria e
com lubrificante na trefilaria. Na metalurgia do alumínio, a cal é empregada com causticação
ou recuperação da soda cáustica usada na digestão da bauxita.
Nas usinas integradas que produzem aço a partir de minério de ferro, utilizam-se,
nas fases de preparação de carga e redução fundentes brutos nas etapas de refino que
podem ser o calcário e/ou dolomito. Nas semi-integradas, que produzem aço em fornos
elétricos a arco utilizando sucata como matéria-prima principal, os fundentes utilizados são
essencialmente a cal calcítica e a cal dolomítica. Quando o objetivo é determinado pelo teor
de MgO na escória, utiliza-se dolomito e ou seu equivalente calcinado, a cal dolomítica. A
cal deve ser adicionada no processo com a finalidade de absorver produtos da oxidação e

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outras impurezas de origem exógena, dando origem à escória que é separada do aço
refinado durante o vazamento.
A cal dolomítica contém cerca de 35% de MgO e sua adição visa saturar a escória
em MgO e, com isto, minimizar o desgaste do revestimento refratário do conversor. O
consumo específico de cales é determinado fundamentalmente pelo teor de Si da gusa.
Como este sofre oxidação praticamente total, é necessário adicionar cales suficiente para
que a basicidade binária (relação %CaO/%SiO 2) da escória atinja o valor ótimo para o refino,
em torno de 3,5 a 4,0, e a referida saturação em MgO. Nas usinas integradas brasileiras
este consumo equivale aproximadamente 35 kg de cal calcítica e 23 kg de cal dolomítica,
por tonelada de aço líquido.

7.3 USO DOS CARBONATOS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO NA INDÚSTRIA DE


VIDROS

O dolomito ocupa o terceiro lugar como insumo básico na fabricação do vidro, depois
da areia de quartzo e da barrilha (Na2CO3). O dolomito pode ser usado como fonte de cal na
composição soda-cal-sílica, dependendo do tipo de vidro a ser fabricado. A cal dolomítica
atua como material fundente sobre a areia de quartzo, aumentando a insolubilidade e a
resistência, além de reduzir a fragilidade do vidro. A composição da mistura ponderada das
matérias primas para manufatura do vidro (conhecida simplesmente como "mistura") segue
um controle especial em função da qualidade do produto final.
A denominação vidro plano refere-se ao vidro fabricado em folhas planas ou chapas
que, posteriormente, podem ser usadas para outros fins, como o vidro automotivo. Na
fabricação desses produtos, o dolomito é usado, principalmente, em função do óxido de
magnésio atuar como estabilizador, para melhorar a resistência do vidro contra ataques por
gases e umidade, tanto de origem química, como natural. O dolomito também atua na
redução da temperatura de fusão, que aumenta a trabalhabilidade, como também inibe as
reações entre o estanho e o vidro no banho de estanho fundido para obtenção de vidros
planos.
O dolomito puro, nunca é usado de forma isolada, isto é, sem calcário, na fabricação
de vidro, pois muito magnésio afeta a dissolubilidade. O ideal é um calcário dolomítico com
uma razão CaO/MgO de 3/2. O dolomito, com essa composição, facilita aos fabricantes de
vidros planos balancearem a mistura dolomito/calcário. Na fabricação de vidros para
embalagens, o dolomito é usado apenas como fonte de cal, função inversa do mesmo
insumo, quando usado na fabricação de vidro plano.

19
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

8 RESULTADOS OBTIDOS

8.1 GEOLOGIA LOCAL

O mapeamento geológico realizado buscou a delimitação dos corpos de


metadolomito, de forma a ampliar o conhecimento sobre o depósito, em função das
preparações para o inicio da lavra na poligonal em questão, avaliando fatores geológicos
que possivelmente tenham ocasionado à sua diferenciação. Ao longo dos 70,14 hectares da
poligonal em questão, foram cadastrados geologicamente os afloramentos de estradas,
drenagens e morros. Em todos os pontos descreveram-se as litologias mapeadas, as
coordenadas geográficas e a atitude (direção/mergulho) das camadas, quando possível.

Com o mapeamento geológico identificou-se quatro (4) litotipos principais, sendo


eles: Quartzito, Filito, Metamarga e Metadolomito (figura 8.1). Na modelagem geológica
computacional o metadolomito foi subdividido em 03 (três) tipos, em função dos teores de
sílica (SiO2), elemento que apresenta maior variação, sendo: Dolomito (DOL), Dolomito
Baixa Sílica (DBS) e Dolomito Média Sílica (DMS). As unidades mapeadas compõem as
rochas do Grupo Itaiacoca - Formação Bairro dos Campos (NP1itc), Água Nova (NP1itt) e
Serra dos Macacos (NP1itq), sendo espacializados no Mapa Geológico e de Serviços
(ANEXO 2).

8.1.1 Quartzitos

Os quartzitos são rochas metamórficas constituídas principalmente por quartzo, na


área em estudo estas rochas são formadas pelo metamorfismo de arenitos depositados
concomitantemente às rochas pelíticas e carbonáticas mapeadas na região. São rochas
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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS
estruturalmente maciças, com granulação fina a grossa, de coloração esbranquiçada a
acinzentado, textura granoblástica, e porções com quartzo leitoso. Apresentam vênulas
avermelhadas com óxido de ferro preenchendo fraturas e mostra-se friável quando com
granulação mais fina. Durante o mapeamento foi identificado um corpo relativamente
expressivo na porção centro-leste da poligonal, sendo interceptado por dois furos de
sondagem, SD-03 e SD-10. Este litotipo foi identificado geralmente no topo dos morros da
região, na forma de blocos com até 2 metros de diâmetro (foto 8.1).

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

Foto 8.1: Pequeno bloco de quartzito aflorante na poligonal.

Figura 8.1: Mapa Geológico com destaque as litologias mapeadas.

22
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

8.1.2 Filito Roxo Grafitoso


A unidade metassedimentar denominada neste trabalho como filito roxo grafitoso
ocorre principalmente na porção sul da poligonal, com rochas aflorantes, características da
unidade metapelitica da formação Água Nova. No topo desta unidade ocorrem lentes de filito
grafitoso, próximo à base da Serra, onde afloram fácies roxas, roxas grafitosas e com
ocorrências de veio de quartzo.

A unidade geralmente ocorre intercalada com lentes de quartzito dobrados em


formas isoclinais, também observam-se intercalações de filito acinzentado grafitoso que
geralmente gradam para um filito avermelhado à róseo (foto 8.2). Podem aparecer fácies
esbranquiçadas cauliníticas geralmente apresentando a foliação crenulada.

Os afloramentos deste litotipo são frequentes, provavelmente por conterem maior


porcentagem de quartzo, dessa forma são observados em voçorocas, no chão das estradas
e em barrancos com elevadas cotas topográficas. Exposições de filito roxo grafitoso
intercalado com lentes decimétricas de metachert são observadas no topo dos morros da
porção sudoeste da poligonal, nestas rochas ocorrem estruturas de dissolução com
reprecipitação de quartzo idiomórfico com coloração variada.

O filito roxo foi o que apresentou maior correlação estrutural com os dados regionais,
observa-se que a nuvem de polos concentra-se próximo a foliação regional principal que
apresenta o rumo de mergulho igual a 140/40 (figura 8.2). Estas rochas frequentemente
estão dobradas em escala de amostra de mão, porém em escala de afloramento, elas
apresentam um padrão bem regular.

Foto 8.2: Filito avermelhado com intercalações de lentes arenosas

23
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

Figura 8.2: Dados de foliação obtidos no filito roxo.

8.1.3 Metamarga

Este litotipo foi mapeado na região norte da poligonal, inserido na “Mina 1”, de forma
lenticular, ocorrendo intercalada ao metadolomito. Este tipo de rocha é formado em
ambiente transicional entre o marinho e o costeiro, onde material clástico mistura-se com
produtos resultantes da precipitação química ou resíduos orgânicos, portanto,
frequentemente, estão associadas a rochas carbonaticas e pelíticas, sendo constituídos por
minerais silicosos e calcíticos/dolomíticos. No ponto P-135 do mapa geológico e de serviços
(ANEXO 2) foi observado bela exposição de 20 metros de comprimento desta litologia,
formada a partir da abertura de uma bancada de aproximadamente 2 metros de altura (foto
8.3). Neste ponto ocorrem margas de coloração avermelhada com tons esbranquiçados,
constituídas por caulim e areia fina a muito fina, com intercalações ocres bem foliadas. O
solo formado acima deste litotipo apresenta-se geralmente alaranjado contendo alguns
blocos de quartzo.

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

Foto 8.3: Bloco de metamarga aflorante na poligonal 826.298/2006.

8.1.4 Metadolomito

Na porção centro norte da área pesquisada foram encontrados bons afloramentos de


dolomito, na forma de blocos e exposições em paredes, com espessuras variando entre 0.5
a 2.0 metros (Foto 8.4), apresentando-se em camadas subhorizontalizadas paralelas.

Essas rochas carbonáticas são compostas por calcários e dolomitos, geralmente de


coloração preta a acinzentada, variando com tons avermelhados, por vezes foliada, estando
geralmente silicificadas, podendo ocorrer intercaladas aos metapelitos.

Boas exposições deste litotipo ocorrem na porção oeste da poligonal, sendo


observado bons afloramentos ao longo da estrada de ferro e no ponto P-06, antiga extração
de dolomito (ANEXO 02).

Quando o corpo de dolomito aflora e as estruturas sedimentares ainda estão


preservadas, geralmente ocorrem intercalações de material quartzoso. São observadas
porções de coloração avermelhadas compostas por rodocrosita, intercaladas por tons
creme. Em fraturas observa-se a cristalização de pirolusita com textura alveolar, típica de
rochas magnesianas, além de frequentes estruturas estromatolíticas (foto 8.5).

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

Foto 8.4: Bloco de metadolomito aflorante na porção centro norte da poligonal.

Foto 8.5: Estrutura estromatolítica no metadolomito.

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

O dolomito encontrado nos afloramentos dificilmente apresenta bons planos de


fratura ou foliação, não permitindo extrair muitas atitudes (direção/mergulho), observa-se na
avaliação das informações coletadas, ilustradas através de estereogramas (figura 8.3 e 8.4),
que a atitude das camadas mergulham para sudeste com rumo do mergulho igual a
125°/32°, concordante com o padrão estrutural regional. O sistema de fraturas que atinge
estas rochas mergulha, principalmente para noroeste e para sudoeste. Estas rochas estão
deformadas e dobradas fato que torna difícil a interpretação dos contatos entre as unidades
litológicas.

Figura 8.3: Foliação do dolomito próximo a Mina1.

Figura 8.4: Sistema de fraturas que afetam o Dolomito.

27
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8.2 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS QUÍMICOS E FÍSICOS:

A análise dos dados químicos fornecidos pela RoyalMining indicam que os dolomitos
são homogêneos, apresentando pouca variação química, com teores médios de CaO 31%,
MgO 21%, SiO2 1%, PF 46% e demais elementos 1%, conforme quadro 8.1. A sílica (SiO2)
é o único elemento que se destaca, apresentando maior variação.

Quadro 8.1: Teores médios das análises químicas de 07 furos de sondagem no corpo de dolomito.

Os resultados químicos das 96 amostras, envolvendo os 07 furos de sondagem nas


rochas dolomíticas, indicam que 71% (69 amostras) apresentaram valores de sílica variando
entre 0 e 1%, 12% (11 amostras) possuem valores de sílica entre 1 e 2% e 17 % (16
amostras) possuem valores de sílica acima de 2 %, desse modo o metadolomito foi
subdividido em 03 (três) tipos, sendo:

 Dolomito Baixa Sílica (DBS) – SiO2 de 0 – 1%;


 Dolomito Média Sílica (DMS) – SiO2 de 1 – 2%
 Dolomito (DOL) – SiO2 >2%

Quadro 8.2: Porcentagem de sílica nas amostras dos furos de sondagem

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

A avaliação das análises químicas efetuadas para o Relatório Final de Pesquisa


(RFP) tiveram como base os furos de sondagem rotativa diamantada executados na
poligonal. Foram executados 11 furos, porém somente 8 furos foram analisados, sendo eles
SD-01, 02, 04, 05, 06, 08, 09 e 11. Os furos SD-03, 07 e 10 interceptaram o metadolomito,
porém não foram amostrados, sendo aproveitados somente na modelagem litológica e não
na modelagem química.
Os 08 furos de sondagem geraram 96 amostras que foram analisadas para: PF,
CaO, MgO, SiO2, Al2O3, Fe2O3, Na2O, K2O, P2O5, TiO2, Mn2O e SrO, sendo aqui
apresentado os valores de CaO, MgO, SiO2, Al2O3, Fe2O3. O furo SD-02 foi o que
apresentou os melhores resultados estando todas as amostras enquadradas como dolomito
baixa sílica. Os furos SD-01, 06, 09 e 11 apresentaram a maioria das amostras classificadas
como dolomito baixa sílica. Os furos SD-04 e 08 são os que apresentam os maiores valores
de sílica, sendo classificados como dolomitos e margas. O furo SD-05 foi todo classificado
como dolomito de média sílica.
As análises químicas dos furos SD-01 e SD-02, inseridos na ”Mina 01”, apresentam
os melhores resultados químicos quanto a teores de sílica e demonstram um padrão regular
de correlação entre CaO e MgO (3/2), conforme ilustrado no Quadro 8.3.

Quadro 8.3: Histogramas dos furos SD-01 e SD-02

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

As análises químicas dos furos SD-04 e SD-05 apresentam valores de sílica mais
expressivos, comumente maiores que 1%, conforme demonstrado no quadro 8.4.

Quadro 8.4: Histogramas dos furos SD-04 e SD-05

O Quadro 8.5 apresenta os gráficos para os furos SD-06 e SD-08. O furo SD-6
apresenta valores medianos de sílica e o furo SD-08 apresenta teores expressivos de sílica,
não sendo considerado na modelagem geológica, pois o furo foi executado na metamarga
no contato com os filitos.
Quadro 8.5: Histogramas das sondagens SD-06 e SD-08

30
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

O Quadro 8.6 apresenta os resultados das análises químicas dos furos SD-09 e SD-
11. Os valores sílica são medianos, comumente abaixo de 1%.

Quadro 8.6: Histogramas das sondagens SD-09 e SD-11

As rochas dolomíticas apresentam qualidade satisfatória para serem utilizadas na


indústria siderúrgica, visando à fabricação de aço, em função dos baixos teores de sílica,
outros potenciais usos são na produção de cal dolomítica (construção civil) ou ainda na
indústria de vidro, devido a razão constante de CaO/MgO na proporção de 3/2.

8.3 POTENCIALIDADE DE RESERVAS

O software DATAMINE calcula, segundo o modelo geológico de blocos gerado, a


massa de cada bloco tecnológico de lavra, segundo a litologia que pertence; a seguir é
totalizada a massa de todos os blocos de uma mesma litologia que esteja compreendida
entre a superfície do terreno (DTM) e o limite da reserva; obtém-se assim a potencialidade
total com uma precisão maior do que nos métodos manuais tradicionais. A integração das
informações obtidas possibilitou dimensionar o corpo de dolomito e suas variações
químicas, localizando-se entre a porção central e norte da poligonal (figura 8.5),
espacializado no Mapa Geológico e de Serviços (ANEXO 02).

31
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

Para o cálculo das reservas potenciais delimitou-se as áreas de influência


determinadas pela quantificação e frequência dos afloramentos visitados, associado aos
furos de sondagem e amostragem geoquímica realizada previamente (Mineral, 2012).
O limite superior das reservas é a cota topográfica máxima e, como cota base,
adotou-se a cota 900m, profundidade máxima atingida pelos furos de sondagem (SD-1)
(Figuras 8.5).

Figura 8.5: Corpos de dolomito observados na cota 900 m (contatos inferidos).

As Reservas Geológicas foram cubadas, através de uma cava geral de lavra, com
520 de inclinação e cota de fundo de 900m, definida em função do grau de conhecimento da
jazida (furos de sondagem rotativa executados previamente), envolvendo todo o corpo de
dolomito inserido na poligonal (figura 8.6).

32
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

As reservas foram classificas em medida, sendo o volume cubado acima da cota


935, cota atingida pela maioria dos furos, e indicada, sendo o volume cubado entre as cotas
935 m e 900 m. Desse modo, foram cubadas reservas geológicas totais (medida + indicada)
de aproximadamente 54 milhões de toneladas, sendo 29 milhões de reserva medida e 25
milhões de reserva indicada, ambas com total predomínio do dolomito de baixa sílica (média
de 0,25% de SiO2), e relação estério/minério de 0,75/1, conforme quadro 8.7

Quadro 8.7: Reservas medidas e indicadas ao longo de toda poligonal

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

Figura 8.6: Perfil geológico com litologias e limites da Cava Geral de Cubagem

Foi elaborada também uma cava parcial de cubagem, concordante com a cava
apresentada no PAE - Mina 01, tendo como cota de fundo 935m, conforme parâmetros
especificados no quadro 8.8, em concordâncias as furos inseridos na mesma (SD-01 e SD-
02), chegando-se aos seguintes valores:

 Reservas lavráveis (Mina 01) de aproximadamente 11 milhões de toneladas;

 Relação estéril/minério de 0,17/1.

 Teores médios de SiO2 < 0,25 % , adequados para os diversos usos previstos.

 Vida Útil da Mina, para uma produção de 240.000 toneladas/ano, de 45 anos.

Quadro 8.8: Parâmetros gerais da cava de cubagem - Mina 01.

PARÂMETROS DA CAVA

Inclinação Final 75°


Largura da Berma 7.5 m
Altura da Bancada 10 m
Profundidade Final 50 m

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

Quadro 8.9: Reservas lavráveis da cava de cubagem - Mina 01.

Figura 8.7: Perfil e cava para cubagem das reservas lavráveis da Mina 01.

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

Figura 8.8: Limites da lente de dolomito, metamarga e cava projetada – Mina 01.

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

9 PLANO COMPLEMENTAR DE PESQUISA

À luz dos dados geológicos e estruturais obtidos em campo, das descrições dos
furos de sondagem e das avaliações dos estudos prévios já desenvolvidos pela
RoyalMining, foram planejados os serviços complementares de pesquisa mineral pré-lavra,
através de furos de sondagem rotativa, amostragem e análises químicas, com a finalidade
de confirmar as características tecnológicas e os limites dos corpos de metadolomito com
baixa e média sílica, de forma a atender os potenciais mercados consumidores deste
insumo mineral.

9.1 SONDAGEM

Indicamos a execução de até 07 furos de sondagem rotativa diamantada, de caráter


pré-lavra, totalizando aproximadamente 700 metros de perfuração, cuja locação dos
mesmos está apresentada no mapa geológico e de serviços (ANEXO 2).
Inicialmente devem ser executados 03 furos inseridos na Mina 1 (SD 12 a 14). Os 04
furos de caráter exploratório (SD 15 a 18), foram distribuídos pela poligonal de modo a
preencher os espaços sem informação geológica, além de confirmar as informações já
disponíveis, pois observamos a necessidade de alteração dos locais previstos no PAE para
implantação da pilha de disposição de estéreis (Bota-fora) e Mina 02. A tabela 9.1
especifica a localização dos furos de sondagem rotativa programados para a próxima etapa
dos trabalhos.

Tabela 9.1: Localização e denominação dos furos de sondagem programados.

FUROS COORD_X COORD_Y Profundidade (m)


SD-12 677261 7300128 100
SD-13 677147 7299955 100
SD-14 676940 7299881 100
SD-15 676814 7299446 100
SD-16 676921 7299017 100
SD-17 676925 7299309 100
SD-18 676806 7299127 100
Total 700

Os furos deverão ter mergulho de 45° na direção N40W, buscando-se cruzar a


espessura real da camada de metadolomito e suas variações químicas, visto que o estudo
geoquímico desenvolvido, indica a possibilidade de lentes de calcário e metamargas
intercaladas as lentes de dolomito. A profundidade prevista para cada furo de sondagem é
de aproximadamente 100 metros (figuras 9.1 e 9.2).

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

Figura 9.1: Perfil geológico demonstrando o furo SD-12 programado para Mina 01.

Figura 9.2: Perfil geológico demonstrando o furo SD-13 programado para Mina 01.

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

9.3 AMOSTRAGEM E ANÁLISES QUIMICAS

Os testemunhos de sondagem deverão ser descritos e, posteriormente, amostrados,


respeitando sempre os contatos litológicos. Os testemunhos deverão ser partidos ao meio,
longitudinalmente; metade sendo enviada ao laboratório para análise química (LAMIR/PR) e
a outra metade ficará acondicionada nas caixas de testemunhos de sondagem para
eventuais futuros estudos que se façam necessários. As amostras de metadolomito deverão
ser coletadas em intervalos variados de 01 a 03 metros.
A necessidade de realização de análises químicas complementares é justificada
pelo atual fase do processo minerário, fase pré lavra, carecendo de um maior nível de
conhecimento das características químicas e geológicas que possam envolver o
desempenho da atividade exploratória, conseguindo-se maior confiabilidade do produto a
ser comercializado. Estão previstas a execução de cerca de 250 análises físico-químicas,
distribuídas pelos furos de sondagem rotativa programados. Todas as amostras serão
enviadas ao laboratório químico onde serão determinados ao menos os seguintes
elementos: Perda ao Fogo (PF), CaO, MgO, SiO2, Al2O3, Fe2O3, Na2O, K2O, P2O5, TiO2, Mn2O
e SrO, totalizando 12 determinações por amostra ou cerca de 3.000 determinações.

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

10 CONCLUSÔES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

O serviço executado buscou ampliar o conhecimento sobre o depósito de dolomito e


suas variações, em função da previsão do inicio da lavra na poligonal em questão, uma vez
que o processo minerário já detém concessão de lavra, imissão de posse e licença
ambiental de operação.

O mapeamento geológico possibilitou a identificação de 4 litotipos principais


inseridos na poligonal: Rochas Carbonáticas (metadolomitos), Quartzito, Metamarga e
Filitos. A geologia da região é complexa, pois as rochas sofreram uma série de
deformações que dificultam a análise e interpretação geológica.

Com as informações disponibilizadas e coletadas nesta etapa dos trabalhos foi


possível elaborar um modelo geológico definindo o corpo de dolomito e suas variações
(DBS/DMS/DOL), bem como a cubagem da cava projetada na porção norte da poligonal,
Mina 01, com potencial para inicio da explotação. Os valores e os teores médios são
satisfatórios.

Faz-se necessária a execução de trabalhos complementares de pesquisa mineral,


especificados no capitulo 9, como campanhas de sondagem rotativa e análises físico
químicas, de modo a confirmar, os limites e variações de teores de sílica indicados no
Relatório Final de Pesquisa e Estudos Geoquimicos, pois observamos a necessidade de
relocação das áreas indicadas no PAE para implantação da pilha de disposição de estéreis
(PDE) e cava operacional da Mina 02 (projetada), bem como a caracterização tecnológica e
tipologia dos minérios, de forma a atender as especificações químicas do mercado de
minerais industriais.

São Paulo, 28/02/2014.

Técnico Responsável:

José Roberto Pierre Proença – Geólogo


CREA Nº 060.174.292/D - SP

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

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42
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

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43
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

ANEXOS

44
PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

ANEXO 01

PLANTA DE SITUAÇÃO

N0 128.001- ESCALA 1: 50.000

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

ANEXO 02

MAPA GEOLÓGICO E DE
SERVIÇOS

N0 128.004 - ESCALA 1: 5.000

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

ANEXO 03

PERFIS TOPO GEOLÓGICOS E DE


CUBAGEM

N0 128.005- ESCALA 1: 2.000

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PETRUS SERVIÇOS GEOLÓGICOS

ANEXO 04

LOG DOS FUROS


DE SONDAGEM DESCRITOS (SD-01
E SD-11)

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