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RELATÓRIO R3 – DEFINIÇÃO DA DIRETRIZ DE

TRAÇADO E ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL –


LT 500 kV

Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3

Maio de 2022

1
RELATÓRIO R3 – DEFINIÇÃO DA DIRETRIZ DE TRAÇADO E ANÁLISE
SOCIOAMBIENTAL

Linha de Transmissão – LT 500 kV

Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3

Expansão do Sistema de Transmissão da Área Sul

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LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 i
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 1

2. DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS ................................................................................................. 6

3. CARACTERIZAÇÃO DA DIRETRIZ DE TRAÇADO DA LINHA DE TRANSMISSÃO........................... 9

3.1 Critérios utilizados na definição da diretriz ........................................................................................ 9

3.2 Infraestrutura e localização ...................................................................................................................... 12

3.2.1 Localização do empreendimento ............................................................................................ 12

3.2.2 Infraestrutura existente e planejada ...................................................................................... 16

3.2.3 Acessos ............................................................................................................................................... 18

3.3 Meio biótico e uso do solo ....................................................................................................................... 20

3.3.1 Cobertura vegetal .......................................................................................................................... 20

3.3.2 Uso do solo ....................................................................................................................................... 27

3.3.3 Incidência de malária ................................................................................................................... 43

3.3.4 Avifauna ............................................................................................................................................. 43

3.4 Meio físico e processos minerários ....................................................................................................... 49

3.4.1 Informações sobre desligamentos forçados causados por queimadas descargas


atmosféricas, ventos ou queda de árvores ........................................................................................ 49

3.4.2 Regime de chuvas .......................................................................................................................... 56

3.4.3 Condicionantes geológico-geotécnicos............................................................................... 60

3.4.4 Geomorfologia e hidrografia .................................................................................................... 64

3.4.5 Solos e suscetibilidade à erosão.............................................................................................. 71

3.4.6 Processos minerários e campos de petróleo e gás ......................................................... 75

3.5 ÁREAS DE RESTRIÇÃO LEGAL OU DE RELEVÂNCIA SOCIOAMBIENTAL ............................... 77

3.5.1 Unidades de Conservação, Áreas Prioritárias para Conservação da


Biodiversidade e Mata Atlântica ............................................................................................................ 77

3.5.2 Terras Indígenas e Territórios Quilombolas ....................................................................... 79

3.5.3 Patrimônios arqueológico, paleontológico, histórico-cultural e natural .............. 83

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 ii
3.5.4 Assentamentos rurais ................................................................................................................ 102

3.5.5 Cavidades naturais ..................................................................................................................... 103

4. SÍNTESE DAS PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS DA DIRETRIZ ............................................................ 106

4.1 Travessias ...................................................................................................................................................... 106

4.2 Paralelismos ................................................................................................................................................. 124

4.3 Proximidade com áreas de restrição legal ou de relevância socioambiental.................. 126

4.4 Interferência em cobertura vegetal e uso do solo ...................................................................... 129

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .................................................................................................... 130

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 133

7. EQUIPE TÉCNICA ....................................................................................................................................... 142

8. ANEXOS....................................................................................................................................................... 143

ANEXO 1A – PLANILHA SÍNTESE DE VERIFICAÇÃO DA ADERÊNCIA DO R3 COM O R1 (LINHA DE


TRANSMISSÃO)

ANEXO 2A – FICHA-RESUMO DE LINHA DE TRANSMISSÃO

ANEXO 3A – RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

ANEXO 4A – CADERNO DE MAPAS PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO AÉREAS

Anexo 4A.1 – Carta-Imagem (LTs aéreas convencionais)


Anexo 4A.2 – Mapa de Localização e Infraestrutura Regional
Anexo 4A.3 – Mapa de Cobertura Vegetal e Uso do Solo
Anexo 4A.4 – Mapa de Condicionantes Geológico-Geotécnicos
Anexo 4A.5 – Mapa de Geomorfologia
Anexo 4A.6 – Mapa de Suscetibilidade à Erosão
Anexo 4A.7 – Mapa de Processos Minerários e Campos de Petróleo e Gás
Anexo 4A.8 – Mapa de Relevância Socioambiental
Anexo 4A.9 – Mapa de Referência ao Relatório Fotográfico
ANEXO 5 – BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS

ANEXO 6 – CORRESPONDÊNCIAS

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análise socioambiental – R3 Maio de 2022 iii
LISTA DE FIGURAS

Figura 1-1 – Entrada da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II
C2 e C3 na SE Gentio do Ouro II..................................................................................................................................... 3

Figura 1-2 – Entrada da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II
C2 e C3 na SE Bom Jesus da Lapa II. ............................................................................................................................. 3

Figura 1-3 – Corredor de estudo do R1 e diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom
Jesus da Lapa II C2 e C3. .................................................................................................................................................... 5

Figura 3-1 – Contextualização do traçado no Mapa de Biomas do Brasil. ................................................. 20

Figura 3-2 – Áreas importantes para aves migratórias definidas pela riqueza de espécies na região
de inserção do corredor de estudos da LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do Ouro II C2 e C3.
................................................................................................................................................................................................... 45

Figura 3-3 – Áreas com registros de aves ameaçadas de extinção na região de inserção do corredor
de estudos da LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do Ouro II C2 e C3.............................................. 46

Figura 3-4 – Número de Perturbações Ocorridas na Rede Básica, entre 2017 e 2022........................... 51

Figura 3-5 – Número de Perturbações Por Tipo de Equipamento Origem, entre 2017 e 2022. ........ 52

Figura 3-6 – Número de Perturbações em Linhas de Transmissão da Rede Básica, entre 2017 e 2022.
................................................................................................................................................................................................... 53

Figura 3-7 – Incidência de Causas Sazonais ao Longo do Ano – Descargas Atmosféricas, entre 2017
e 2022. .................................................................................................................................................................................... 54

Figura 3-8 – Incidência de Causas Sazonais ao Longo do Ano – Queimadas, entre 2017 e 2022. .... 55

Figura 3-9 – Densidade de Descargas Elétricas dos municípios atravessados, entre 2016 e 2019. .. 56

Figura 3-10 – Precipitação Acumulada. .................................................................................................................... 58

Figura 3-11 – Comparativo entre as estações – 1981-2010. ............................................................................ 59

Figura 3-12 – Comparativo entre as estações – 1991-2020. ............................................................................ 59

Figura 3-13 – Bacias Hidrográficas atravessadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3...................................................................................................................... 68

Figura 3-14 – Localização dos sítios arqueológicos registrados ao longo do corredor, nos municípios
interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e
C3.............................................................................................................................................................................................. 93

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 iv
Figura 3-15 – Localização dos bens materiais identificados nos municípios ao longo do corredor,
interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e
C3.............................................................................................................................................................................................. 98

Figura 3-16 – Potencial de ocorrência de cavidades no corredor de estudo da diretriz preferencial


LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ....................................................................... 105

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 v
LISTA DE QUADROS

Quadro 1-1 – Características técnicas da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e
C3................................................................................................................................................................................................ 1

Quadro 1-2 – Coordenadas das Subestações a serem conectadas pela LT 500 kV Gentio do Ouro II
– Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ...................................................................................................................................... 2

Quadro 1-3 – Municípios atravessados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II –
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ......................................................................................................................................... 4

Quadro 2-1 – Relação de consultas formais realizadas para a obtenção de dados referentes às
Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs) e aos Projetos de Assentamento (PAs). ............. 7

Quadro 3-1 – Largura da faixa ao longo da diretriz para caracterização da LT 500 kV Gentio do Ouro
II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ................................................................................................................................ 11

Quadro 3-2 – Extensão interceptada e disponibilidade ou não de Plano Diretor nos municípios
interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e
C3.............................................................................................................................................................................................. 12

Quadro 3-3 – Coordenadas geográficas dos pontos de origem e destino e dos vértices, e distâncias
parciais e progressivas da diretriz do Circuito 2 (C2) da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da
Lapa II. ..................................................................................................................................................................................... 13

Quadro 3-4 – Coordenadas geográficas dos pontos de origem e destino e dos vértices, e distâncias
parciais e progressivas da diretriz do Circuito 3 (C3) da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da
Lapa II. ..................................................................................................................................................................................... 15

Quadro 3-5 – Área de maior deficiência de acessos à diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3...................................................................................................................... 19

Quadro 3-6 – Quantitativos das classes de cobertura vegetal natural mapeadas. .................................. 22

Quadro 3-7 – Estrutura fundiária. ............................................................................................................................... 36

Quadro 3-8 – Utilização das terras. ............................................................................................................................ 36

Quadro 3-9 – Principais produtos da lavoura permanente (2020)................................................................. 37

Quadro 3-10 – Principais produtos da lavoura temporária (2020). ............................................................... 38

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Quadro 3-11 – Lista de Espécies de Aves Ameaçadas registradas no corredor de estudo e
apresentados no Estudo de Médio Impacto (EMI) da LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do
Ouro II (BJL/BIODINÂMICA, 2018). .............................................................................................................................. 48

Quadro 3-12 – Estações meteorológicas utilizadas. ............................................................................................ 56

Quadro 3-13 – Valores médios totais anuais. ........................................................................................................ 57

Quadro 3-14 – Unidades litoestratigráficas atravessadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV


Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2. ......................................................................................................... 61

Quadro 3-15 – Unidades litoestratigráficas atravessadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV


Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C3. ......................................................................................................... 63

Quadro 3-16 – Estimativa de tipos de relevo interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV
Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ............................................................................................... 66

Quadro 3-17 – Cursos e corpos d’água atravessados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio
do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. .............................................................................................................. 69

Quadro 3-18 – Classes de solos identificados para a diretriz preliminar da LT 500 kV Gentio do Ouro
II – Bom Jesus da Lapa II C2. .......................................................................................................................................... 73

Quadro 3-19 – Classes de solos identificados para a diretriz preliminar da LT 500 kV Gentio do Ouro
II – Bom Jesus da Lapa II C3. .......................................................................................................................................... 73

Quadro 3-20 – Classes de suscetibilidade à erosão para as áreas interceptadas pela diretriz
preliminar da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2. ........................................................ 74

Quadro 3-21 – Classes de suscetibilidade à erosão para as áreas interceptadas pela diretriz
preliminar da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C3. ........................................................ 74

Quadro 3-22 – Processos minerários interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3...................................................................................................................... 76

Quadro 3-23 – Unidade de Conservação mais próxima da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio
do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. .............................................................................................................. 77

Quadro 3-24 – Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade interceptadas pela diretriz
preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ........................................... 78

Quadro 3-25 – Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs) nos municípios interceptados


pela diretriz preferencial da LT 500 Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ........................ 80

Quadro 3-26 – Relação de sítios arqueológicos registrados nos municípios interceptados pela
diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ............................ 83

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análise socioambiental – R3 Maio de 2022 vii
Quadro 3-27 – Relação de sítios arqueológicos registrados ao longo do corredor, para os municípios
interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e
C3.............................................................................................................................................................................................. 90

Quadro 3-28 – Vertebrados identificados em depósitos fossilíferos de tanques naturais e cavernas.


................................................................................................................................................................................................... 94

Quadro 3-29 – Relação dos bens de natureza material. .................................................................................... 97

Quadro 3-30 – Relação de bens culturais imateriais registrados. .................................................................. 99

Quadro 3-31 – Relação de bens culturais imateriais em processo de registro. ..................................... 100

Quadro 3-32 – Relação de projetos realizados de identificação de bens culturais imateriais. ........ 101

Quadro 3-33 – Relação de projetos realizados de identificação de bens culturais de abrangência


regional. .............................................................................................................................................................................. 101

Quadro 3-34 – Projetos de Assentamento Rural do INCRA nos municípios interceptados pela diretriz
preferencial da LT 500 Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. .............................................. 102

Quadro 3-35 – Cavidade no corredor de estudos da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da
Lapa II C2 e C3. ................................................................................................................................................................. 104

Quadro 3-36 – Classes de potencialidade de ocorrência de cavidades ao longo do corredor de


estudo da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2. ............. 104

Quadro 3-37 – Classes de potencialidade de ocorrência de cavidades ao longo do corredor de


estudo da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C3. ............. 104

Quadro 4-1 – Travessia de Linhas de Transmissão e Distribuição de alta tensão pela diretriz
preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ........................................ 106

Quadro 4-2 – Travessia de rodovias pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom
Jesus da Lapa II C2 e C3. ............................................................................................................................................... 108

Quadro 4-3 – Travessia de corpos d’água pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II –
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. .................................................................................................................................... 112

Quadro 4-4 – Travessia de áreas com atividade de minerárias pela diretriz preferencial da LT 500 kV
Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ............................................................................................ 117

Quadro 4-5 – Travessia com Assentamentos Rurais pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3................................................................................................................... 122

Quadro 4-6 – Travessia de Sítios Arqueológicos pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3................................................................................................................... 123

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 viii
Quadro 4-7 – Travessia de Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade (APCBs) pela
diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.......................... 123

Quadro 4-8 – Paralelismo com linhas de transmissão e distribuição pela diretriz preferencial da LT
500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ............................................................................. 124

Quadro 4-9 – Paralelismo com rodovias pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II –
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. .................................................................................................................................... 125

Quadro 4-10 – Proximidade com territórios quilombolas pela diretriz preferencial da LT 500 kV
Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ............................................................................................ 127

Quadro 4-11 – Comunidades Remanescentes de Quilombos certificadas nos municípios


interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e
C3........................................................................................................................................................................................... 127

Quadro 4-12 – Extensão das classes de cobertura vegetal e uso do solo interceptadas pela diretriz
preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ........................................ 129

Quadro 4-13 – Estimativa de edificações interceptadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio
do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. ........................................................................................................... 130

Quadro 5-1 – Síntese de sobrecustos, complexidade ambiental e medidas mitigadoras. ................ 132

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 ix
LISTA DE FOTOS

Foto 3-1 – Formação Savana Estépica Florestada................................................................................................. 24

Foto 3-2 – Formação Savana Estépica Florestada................................................................................................. 24

Foto 3-3 – Formação Savana Estépica Florestada................................................................................................. 24

Foto 3-4 – Formação Savana Estépica Florestada................................................................................................. 24

Foto 3-5 – Formação Savana Estépica Arborizada. .............................................................................................. 25

Foto 3-6 – Formação Savana Estépica Arborizada. .............................................................................................. 25

Foto 3-7 – Formação Savana Estépica Arborizada. .............................................................................................. 25

Foto 3-8 – Formação Savana Estépica Arborizada. .............................................................................................. 25

Foto 3-9 – Afloramento rochoso. ................................................................................................................................ 26

Foto 3-10 – Afloramento rochoso. ............................................................................................................................. 26

Foto 3-11 – Formação rupícola nos afloramentos rochosos. ........................................................................... 26

Foto 3-12 – Melocactus sp. (coroa-de-frade) na formação rupícola nos afloramentos rochosos. ..... 26

Foto 3-13 – Atividade pecuária exercida entre formações naturais. ............................................................. 39

Foto 3-14 – Atividade pecuária exercida entre atividade agrícola. ................................................................ 39

Foto 3-15 – Unidade Geradora de Energia Fotovoltaica (UFV) Sol do Sertão. .......................................... 40

Foto 3-16 – Unidade Geradora de Energia Fotovoltaica (UFV) Sol do Sertão. .......................................... 40

Foto 3-17 – LT em operação comercial paralela à diretriz preferencial do traçado. ............................... 40

Foto 3-18 – Trecho de paralelismo com duas LTs ................................................................................................ 40

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 x
1. INTRODUÇÃO
Conforme apresentado no Relatório R1 – Estudo de Escoamento de Geração na Região Nordeste –
Volume 1: Área Sul – EPE-DEE-RE-148/2021-rev0 e em sua associada Nota Técnica – Análise
Socioambiental do Estudo de Escoamento de Geração da Região Nordeste Volume I – Área Sul – NT
EPE–DEA–SMA 020/2021, de 30 de dezembro de 2021, os estudos elétricos realizados pela
Superintendência de Transmissão de Energia (STE) da Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
indicaram a necessidade de expansão do Sistema de Transmissão da Área Sul da Região Nordeste e
Norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Para que haja o importante escoamento de geração de energia renovável da Região Nordeste do
Brasil, há necessidade de contratação de elevados montantes de energia provenientes de
empreendimentos de geração renovável, com destaque para as usinas eólicas e solares.

Sendo assim, visando obter as informações necessárias para subsidiar o processo de elaboração do
Edital de Leilão relativo aos empreendimentos de transmissão nessa região, delegado à Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), e atender ao Ofício no 15/2022/DPE/SPE-MME, foi requerida a
elaboração do documento R3 – Relatório Técnico de Caracterização e Análise Socioambiental.

Nesse contexto, este Relatório R3 contempla a definição da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio
do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 que tem como objetivo interligar a Subestação (SE) Gentio
do Ouro II a SE Bom Jesus da Lapa II, ambas existentes e em operação. Esse empreendimento prevê
a sua implantação em dois circuitos simples (CS) de 500 kV (C2 e C3), com entrada em operação
estimada para o ano de 2028.

Segundo o R1 EPE-DEE-RE-148/2021-rev0, o corredor selecionado para a LT 500 kV Gentio do Ouro


II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 possui 16 km de largura e seu eixo cerca de 269 km de extensão.
O Quadro 1-1 apresenta as características técnicas da LT em pauta.

Quadro 1-1 – Características técnicas da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

EXTENSÃO DAS LARGURA DA LARGURA DO


EMPRENDIMENTO DIRETRIZES
CIRCUITO FAIXA DE CORREDOR
PLANEJADO
C2 E C3 SERVIDÃO DE ESTUDO

LT 500 kV Gentio do Ouro II – dois circuitos 65 m para cada um


269 km 16 km
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 simples dos circuitos

Fonte: R1 EPE-DEE-RE-148/2021-rev0.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 1
De acordo com os Formulários de Consultas sobre a Viabilidade de Expansões da Subestação, item
16.5 do R1, haverá necessidade de aquisição de aproximadamente 17.442 m² de área, para ampliação
da SE Gentio do Ouro II, e de 104.500 m², para ampliação da SE Bom Jesus da Lapa II.

A SE Gentio do Ouro II se situa às margens da rodovia BR-330, a cerca de 2 km de Gameleira do


Assuruá, distrito de Gentio do Ouro (BA). A SE Bom Jesus da Lapa II se situa às margens da rodovia
BR-430, a aproximadamente 8 km da área urbana de Bom Jesus da Lapa (BA).

No Quadro 1-2 apresenta-se a localização das Subestações a serem conectadas pela LT 500 kV Gentio
do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

Quadro 1-2 – Coordenadas das Subestações a serem conectadas pela LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom
Jesus da Lapa II C2 e C3.

SUBESTAÇÃO
STATUS LATITUDE LONGITUDE MUNICÍPIO ESTADO
ASSOCIADA

SE 500/230 kV Existente Gentio do


11°16'48,52"S 42°39'59,83"O
Gentio do Ouro II (ampliação) Ouro
BA
SE 500/230 kV Bom Existente Bom Jesus da
13°18'35,29"S 43°20'36,26"O
Jesus da Lapa II (ampliação) Lapa

Fonte: R1 EPE-DEE-RE-148/2021-rev0.

A indicação dos espaços de entrada dessa LT em ambas as SEs se encontram apresentadas na Figura
1-1 e Figura 1-2.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 2
Figura 1-1 – Entrada da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3
na SE Gentio do Ouro II.

Figura 1-2 – Entrada da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3
na SE Bom Jesus da Lapa II.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 3
A diretriz preferencial do traçado da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3
deverá interceptar 7 (sete) municípios do Estado da Bahia, conforme apresentado no Quadro 1-3.
Esses municípios fazem parte das macrorregiões do Centro Norte Baiano (um), Centro Sul Baiano
(quatro) e do Vale do São Francisco da Bahia (dois).

Quadro 1-3 – Municípios atravessados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus
da Lapa II C2 e C3.

REGIÃO GEOGRÁFICA
MUNICÍPIO ESTADO
MACRORREGIÃO INTERMEDIÁRIA IMEDIATA

1. Gentio do Ouro Centro Norte Baiano

2. Ipupiara
Xique-Xique –
Irecê
Barra
3. Brotas de Macaúbas
Centro Sul Baiano
4. Oliveira dos Brejinhos BA

5. Boquira

6. Paratinga Bom Jesus da


Guanambi
Vale São-Franciscano Lapa
da Bahia
7. Bom Jesus da Lapa

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2021).

A Figura 1-3 apresenta o corredor de estudo e a diretriz proposta por este R3.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 4
Figura 1-3 – Corredor de estudo do R1 e diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da
Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 5
2. DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS
Em 25/02/2022, foi dado início ao desenvolvimento dos trabalhos, a partir da reunião entre os
técnicos da EPE, do empreendedor, ETB, e das empresas de consultoria ambiental, Biodinâmica –
responsável pela elaboração deste Relatório R3 – e fundiária, Avalicon – responsável pela redação
do Relatório R5. Foi realizada a apresentação da Análise Socioambiental do Estudo de Escoamento
de Geração da Região Nordeste, Volume I – Área Sul que integra o Relatório – R1, com a identificação
das características básicas de concepção das obras planejadas a serem consideradas no estudo das
diretrizes preferenciais a ser desenvolvido.
Em suma, este documento foi desenvolvido por equipe multidisciplinar, a partir do Relatório R1 –
EPE-DEE-RE-148/2021-rev0, de sua respectiva Nota Técnica – NT EPE-DEA-SMA 020/2021 e das
Diretrizes para Elaboração dos Relatórios Técnicos para Licitação de Novas Instalações da Rede
Básica – Estrutura e Conteúdo dos Relatórios – EPE-DEE-DEA-NT/004/2020rev0.
A partir da citada NT, foi definido o corredor de estudo para a LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom
Jesus da Lapa II C2 e C3, assim como as informações sumárias identificadas, antecipadamente, em
relação aos pontos/temas do componente socioambiental de maior relevância dentro da área a ser
estudada, além dos critérios e recomendações para a elaboração deste R3.
Com base nos documentos supracitados, utilizando ferramentas de geoprocessamento e imagens
de satélite de alta resolução, em gabinete, avaliou-se o melhor traçado para as diretrizes principais
preliminares dos empreendimentos em tela, de modo a reduzir interferências com as variáveis
socioambientais. Para tanto, foi realizada uma análise multicriterial AHP (Analytic Hierarchy Process)
e modelagem espacial, que permitiu a avaliação das diversas variáveis por mais de um
julgador/técnico e, ainda, a sua sobreposição em camadas, de maneira a indicar os melhores locais
para alocação da diretriz.
Os dados para o conhecimento das variáveis foram obtidos a partir de fontes governamentais
oficiais, nos âmbitos federal, estadual e municipal (prefeituras e secretarias municipais de meio
ambiente). incluindo:
• Rodovias, Estradas, Limites Municipais e Estaduais, Sedes Municipais e Ferrovias: análise do
banco de dados disponível no website do IBGE (2019) e Ministério da Infraestrutura (2021),
na escala 1:250.000;
• Linhas de Transmissão e Distribuição, Subestações e outros empreendimentos lineares e
pontuais (CGH, UHE, UTE, EOL, PCH, Dutos) Planejados/Existentes: consulta aos repositórios
de dados disponíveis na Empresa de Pesquisa Energética (EPE, 2021) e na Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL, 2022); Adensamentos Urbanos e Rurais, Zonas Urbanas e
Localidades: Análise da Base Cartográfica Contínua na escala 1:250.000 (IBGE, 2019). Os dados
foram refinados nas proximidades da diretriz do traçado, com base nas imagens de satélite
disponíveis;

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 6
• Comunidades Quilombolas (CQs) e Projetos de Assentamento (PAs): análise do banco de
dados disponível no Instituto Nacional de Reforma Agrária (INCRA, 2021), consulta formal ao
INCRA (Quadro 2-1 e Anexo 6 – Correspondências) e estudos ambientais de outros
empreendimentos passíveis de licenciamento.

Quadro 2-1 – Relação de consultas formais realizadas para a obtenção de dados referentes às Comunidades
Remanescentes de Quilombos (CRQs) e aos Projetos de Assentamento (PAs).

IDENTIFICAÇÃO DO DATA DA
ÓRGÃO/ENTIDADE/EMPRESA
DOCUMENTO COMUNICAÇÃO

INCRA/DF – Consulta Comunidades Remanescentes de


ETB-CEM-22-0015-O 04/04/2022
Quilombos (CRQs)

INCRA/BA – Consulta Comunidades Remanescentes de


ETB-CEM-22-0016-O 04/04/2022
Quilombos (CRQs) e Projetos de Assentamento (PAs)

• Terras Indígenas (TIs): acesso às informações e localização das Terras Indígenas,


disponibilizadas pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI, 2021);

• Patrimônio Arqueológico: acesso ao banco de dados disponível no Cadastro Nacional de


Arqueologia do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN, 2021);

• Patrimônio Paleontológico: acesso ao banco de dados de ocorrências fossilíferas (Base


PALEO) disponível no site da CPRM;

• Aeródromos: acesso às listas de aeródromos civis cadastrados (públicos e privados),


homologados e registrados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC, 2021), aos planos
de zona de proteção dos aeródromos aprovados pelo Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (DECEA, 2021) e mapeamento através de imagens de satélite de alta resolução;

• Usinas termelétricas, fotovoltaicas, hidrelétricas, parques eólicos e demais usinas de geração


de energia, existentes e planejadas: consulta aos dados disponíveis da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE, 2021) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL, 2022);

• Pivôs centrais: dados vetoriais do Atlas Irrigação: Uso da Água na Agricultura Irrigada,
produzido pela Agência Nacional de Águas (ANA, 2021).

• Geologia, Pedologia e Geomorfologia: análise do banco de dados disponível no website do


IBGE (2019);

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 7
• Cavidades Naturais: dados do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas
(CECAV/Canie), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/MMA,
2021), acesso ao banco de dados disponível no Cadastro Nacional de Arqueologia do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN, 2021) e estudos ambientais de
outros empreendimentos passíveis de licenciamento ambiental;

• Hidrografia e Corpos d’Água: análise do banco de dados disponível no website do IBGE


(2019), na escala 1:250.000. Os dados foram refinados nas proximidades da diretriz do
traçado com base nas imagens de satélite disponíveis;

• Processos Minerários: acesso ao SIGMINE, banco de dados da Agência Nacional de


Mineração (ANM, 2022);

• Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade (APCBs): análise do banco de dados


disponível no website do Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2019);

• Reservas Legais: acesso ao Sistema de Informações do Cadastro Ambiental Rural (SICAR,


2022);

• Lei da Mata Atlântica: Mapa da Área de Aplicação da Lei no 11.428 (IBGE, 2006);

• Sítios de reprodução e descanso de avifauna: Relatório de Rotas e Áreas de Concentração de


Aves Migratórias no Brasil (ICMBio, 2019);

• Unidades de Conservação (UCs): consulta às informações disponibilizadas a partir da base de


dados do MMA/IBGE (2019), além de bases estaduais e municipais;

• Zonas de Amortecimento (ZAs) de Unidades de Conservação: consulta a memoriais


descritivos e aplicação da Resolução CONAMA nº 428/2010;

• Cobertura Vegetal e Uso do Solo: MapBiomas versão 6.0 (2020) na escala 1:100.000.

A partir da análise integrada dos dados obtidos, foi definida a diretriz principal preliminar para a LT
500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3, com 270 km de extensão para os dois
circuitos.

Após a definição dessa diretriz, ainda em escritório, a partir da utilização de Sistemas de Informações
Geográficas (SIG), foram identificados e georreferenciados seus principais pontos notáveis para a
amostragem de dados primários, em campo.

O levantamento de campo foi realizado por técnicos especialistas nas temáticas de meio físico,
biótico e socioeconômico, entre os dias 09 e 12 de abril de 2022 ao longo da diretriz alvo desse
estudo. O objetivo da campanha foi verificar in loco os principais pontos a serem observados e

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 8
analisados no R3, além de outros pontos selecionados em gabinete e durante o levantamento de
campo. Todos os pontos notáveis foram georreferenciados, identificados e fotografados para
compor o Anexo 3A – Relatório Fotográfico e o Anexo 4A – Caderno de Mapas deste R3,
especificamente o 4A.9 – Mapa de Registro Fotográfico.

Posteriormente, com base nos dados secundários e primários obtidos, as equipes técnicas
responsáveis pelo trabalho de definição da diretriz de traçado e análise socioambiental para Linhas
de Transmissão (Relatório R3) e pela caracterização do sistema de transmissão (Relatório R5)
interagiram para a realização dos ajustes finos na diretriz do traçado da LT, especialmente na entrada
das SEs associadas.

3. CARACTERIZAÇÃO DA DIRETRIZ DE TRAÇADO DA LINHA DE


TRANSMISSÃO

3.1 Critérios utilizados na definição da diretriz


Na definição da diretriz preferencial do traçado da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa
II C2 e C3, foram consideradas as premissas e critérios norteadores constantes no documento
“Diretrizes para Elaboração dos Relatórios Técnicos para Licitação de Novas Instalações da Rede
Básica – Estrutura e Conteúdo dos Relatórios R1, R2, R3, R4 e R5) – EPE-DEE-DEA-NT/004/2020rev0”,
apresentadas a seguir e no Quadro 3-1.

• Sempre que possível, a rota da LT deve buscar proximidade com infraestrutura de apoio
logístico e com acessos que permitam o tráfego de veículos motorizados que transportam
carga de grande porte e peso.
• Buscar o compartilhamento ou justaposição com faixa de servidão de LTs existentes ou
planejadas, bem como Linhas de Distribuição (LDs) de alta tensão.
• Atender aos requisitos elétricos do Sistema de Transmissão constantes no Relatório R1 e
definidos pela equipe responsável pela elaboração do Relatório R2, tais como torres duplas
e/ou simples, configurações para instalação subterrânea (disposição vertical ou horizontal),
eletrodos de terra (LTs em corrente contínua) e afastamento mínimo entre circuitos, dentre
outros.
• Considerar características e aspectos fundiários levantados pela equipe responsável pela
elaboração do Relatório R5 – consultora Avalicon.
• Quando possível, simplificar a geometria do traçado, a fim de se evitarem fortes deflexões da
Linha, de modo a não conferir sinuosidade expressiva e desnecessária.
• Avaliar a possibilidade de desvio de:

➢ Terras Indígenas (TIs) e Territórios Quilombolas (TQs), inclusive das faixas estabelecidas
em seu redor, conforme dispõe o Anexo I da Portaria Interministerial no 60, de 24/03/2015

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 9
(BRASIL, 2015) que implique elaboração de estudos específicos para o licenciamento
ambiental da LT;

➢ Unidades de Conservação (UCs) e suas respectivas Zonas de Amortecimento


(ZAs) previstas nos planos de manejo, quando houver, ou na legislação vigente;

➢ Áreas de vegetação nativa;

➢ Áreas de Preservação Permanente (APPs), sobretudo faixas marginais de cursos d’água,


nascentes e encostas;

➢ Sítios de reprodução e descanso de aves, inclusive as migratórias;

➢ Sítios arqueológicos e bens culturais acautelados;

➢ Assentamentos rurais;

➢ Áreas militares;

➢ Áreas de cone de aproximação de aeródromos e helipontos ou áreas inseridas em regiões


definidas como Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA) ou Plano Básico
de Zona de Proteção de Heliponto (PBZPH), de acordo com o Ministério da
Defesa/Comando da Aeronáutica – Portaria no 957/GC3, de 09/07/2015, e outras
regulamentações pertinentes;

➢ Estações retransmissoras de televisão e telefonia;

➢ Usinas termelétricas, fotovoltaicas, hidrelétricas, parques eólicos e demais usinas de


geração de energia, existentes e planejadas;

➢ Depósitos de explosivos e de combustíveis, oleodutos, adutoras e similares;

➢ Áreas de mineração;

➢ Campos de produção de petróleo e/ou gás;

➢ Áreas utilizadas para turismo, lazer e de relevante beleza paisagística;

➢ Terrenos acidentados que dificultem a implantação da Linha;

➢ Corpos d’água de grande extensão, principalmente aqueles que demandem a


implantação de torres especiais;

➢ Áreas urbanas e em processo de expansão urbana;

➢ Concentrações habitacionais em ambiente rural ou áreas de benfeitorias rurais; e

➢ Áreas úmidas, inundáveis e de solos susceptíveis à erosão ou à desertificação.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 10
Quadro 3-1 – Largura da faixa ao longo da diretriz para caracterização da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom
Jesus da Lapa II C2 e C3.

ELEMENTO EM ANÁLISE CRITÉRIO BUFFER (FAIXA)

LTs / dutos / estradas / rodovias Paralelismo Faixa de Domínio / Servidão

Sobreposição /
Aeroportos / aeródromos PBZPA / 3 km
Distanciamento

Áreas urbanas, industriais, turismo,


Distanciamento ≤ 1 km
lazer, distritos rurais

Vegetação nativa, pastagem e


agricultura / meio físico / processos Sobreposição / travessia Faixa de Servidão
minerários / Assentamentos Rurais

Unidades de Conservação / Zona Interferência ou


Faixa de Servidão / 3 km
de Amortecimento proximidade

Cavidades naturais, patrimônios


arqueológico, paleontológico, Distanciamento 250 m
histórico-cultural e natural

Terras indígenas e territórios


Distanciamento 5 km a 8 km
quilombolas

Em observação às recomendações e critérios listados, destacam-se outros aspectos que foram


norteadores para a definição da diretriz preferencial aqui apresentada:

• buscar prioritariamente compartilhamento ou justaposição com faixa de servidão de LTs


existentes ou planejadas;

• afastar, a linha na medida do possível, de áreas urbanas consolidadas, ou em expansão, assim


como de áreas industriais.

• buscar o traçado mais curto da LT.

• reduzir a quantidade de vértices.

• priorizar o estabelecimento de vértices com ângulos suaves.

Além disso, para a região de implantação das obras planejadas os aspectos que foram determinantes
na definição dos traçados foram:

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 11
• considerar o arranjo planejado das ampliações das SEs Gentio do Ouro II e Bom Jesus da
Lapa II, propostos pelos empreendedores pertinentes (Quantum e Taesa), de forma a
compatibilizar a diretriz com os espaços reservados para as conexões da LT planejada;

• desviar a LT, na medida do possível, dos remanescentes de vegetação nativa sobrepostos


pelo corredor e evitar interferências com as Áreas de Preservação Permanente, priorizando-
se áreas já antropizadas e atentando para as implicações da Lei da Mata Atlântica (Lei no
11.428, de 22 de dezembro de 2006, regulamentada pelo Decreto no 6.660/08), que dispõe
sobre a utilização e proteção da vegetação nativa no bioma Mata Atlântica;

• evitar, se possível, sobreposição com poligonais de processos minerários abrangidos pelo


corredor;

• minimizar o cruzamento com os cursos d'água presentes no corredor;

• buscar, sempre que possível, proximidade com rodovias e vias de acesso existentes;

• evitar incidir o traçado da futura LT em áreas de agricultura irrigada por pivôs centrais.

3.2 Infraestrutura e localização

3.2.1 Localização do empreendimento


A diretriz preferencial do traçado da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3
possui aproximadamente 270 km e deverá atravessará 7 (sete) municípios do Estado da Bahia. O
Quadro 3-2 ilustra, para cada município, a extensão interceptada pelo traçado e a disponibilidade
ou não de Plano Diretor em cada um.

Quadro 3-2 – Extensão interceptada e disponibilidade ou não de Plano Diretor nos municípios interceptados
pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

EXTENSÃO
MUNICÍPIO ESTADO INTERCEPTADA PLANO DIRETOR
APROXIMADA (km)

1. Gentio do Ouro 51,4 Não

2. Ipupiara 19,3 Não


BA
3. Brotas de Macaúbas 44,5 Não

4. Oliveira dos Brejinhos 42,9 Não

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 12
EXTENSÃO
MUNICÍPIO ESTADO INTERCEPTADA PLANO DIRETOR
APROXIMADA (km)

5. Boquira 12,7 Sim

6. Paratinga 48,6 Não

7. Bom Jesus da Lapa 50,7 Não

As coordenadas geográficas dos pontos de origem e destino e dos vértices, assim como as distâncias
parciais e progressivas da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa
II C2 e C3 são apresentadas no Quadro 3-3 e no Quadro 3-4, respectivamente.

Quadro 3-3 – Coordenadas geográficas dos pontos de origem e destino e dos vértices, e distâncias parciais
e progressivas da diretriz do Circuito 2 (C2) da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II.

VÉRTICES DA LT 500 KV SISTEMA DE COORDENADAS UTM - FUSO 23S


DISTÂNCIA (km)
GENTIO DO OURO II – DATUM SIRGAS 2000
BOM JESUS DA LAPA II C2 X (m) Y (m) PARCIAL PROGRESSIVA
Pórtico Gentio do Ouro II 754.645,68 8.751.855,70 0 0
V-01 754.310,13 8.751.470,92 0,51 0,51
V-02 753.612,68 8.751.055,45 0,81 1,32
V-03 753.078,23 8.747.332,09 3,76 5,08
V-04 753.390,98 8.744.111,66 3,24 8,32
V-05 753.933,55 8.739.468,44 4,67 12,99
V-06 748.899,03 8.728.321,01 12,23 25,23
V-07 747.698,09 8.727.169,15 1,66 26,89
V-08 747.876,49 8.725.138,73 2,04 28,93
V-09 747.391,84 8.722.926,69 2,26 31,19
V-10 748.157,66 8.711.754,91 11,20 42,39
V-11 751.193,35 8.704.519,43 7,85 50,24
V-12 751.366,58 8.703.090,88 1,44 51,68
V-13 754.642,19 8.695.320,20 8,43 60,11
V-14 756.273,09 8.688.643,82 6,87 66,98
V-15 761.187,81 8.677.492,27 12,19 79,17
V-16 765.214,20 8.670.132,61 8,39 87,56
V-17 767.177,45 8.665.679,34 4,87 92,42
V-18 767.260,98 8.661.728,83 3,95 96,38
V-19 765.882,16 8.659.136,85 2,94 99,31

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 13
VÉRTICES DA LT 500 KV SISTEMA DE COORDENADAS UTM - FUSO 23S
DISTÂNCIA (km)
GENTIO DO OURO II – DATUM SIRGAS 2000
BOM JESUS DA LAPA II C2 X (m) Y (m) PARCIAL PROGRESSIVA
V-20 767.944,99 8.651.344,65 8,06 107,37
V-21 764.921,05 8.642.787,32 9,08 116,45
V-22 761.402,32 8.638.572,80 5,49 121,94
V-23 761.789,45 8.636.748,39 1,87 123,80
V-24 754.168,26 8.628.222,85 11,44 135,24
V-25 752.739,24 8.626.325,02 2,38 137,61
V-26 748.493,38 8.622.162,52 5,95 143,56
V-27 744.700,45 8.617.157,07 6,28 149,84
V-28 736.091,64 8.605.450,32 14,53 164,37
V-29 732.720,33 8.604.641,81 3,47 167,84
V-30 731.923,85 8.603.915,18 1,08 168,92
V-31 731.009,70 8.603.857,95 0,92 169,83
V-32 729.922,02 8.603.283,95 1,23 171,06
V-33 725.805,76 8.601.177,10 4,62 175,69
V-34 723.204,94 8.600.008,13 2,85 178,54
V-35 719.754,69 8.595.409,58 5,75 184,29
V-36 718.660,84 8.593.270,45 2,40 186,69
V-37 717.573,14 8.592.497,99 1,33 188,02
V-38 712.847,37 8.589.535,65 5,58 193,60
V-39 712.153,60 8.588.801,15 1,01 194,61
V-40 707.360,45 8.585.951,74 5,58 200,19
V-41 704.296,64 8.584.215,56 3,52 203,71
V-42 699.029,95 8.580.937,46 6,20 209,91
V-43 695.167,26 8.572.310,86 9,45 219,36
V-44 694.672,78 8.571.980,54 0,59 219,96
V-45 686.682,44 8.555.448,29 18,36 238,32
V-46 685.278,98 8.549.335,70 6,27 244,59
V-47 684.034,29 8.543.731,71 5,74 250,33
V-48 682.168,28 8.539.631,24 4,51 254,84
V-49 681.729,26 8.537.796,63 1,89 256,73
V-50 678.257,50 8.536.512,55 3,70 260,43
V-51 676.495,96 8.533.285,74 3,68 264,10
V-52 678.709,99 8.529.988,36 3,97 268,07
V-53 679.095,65 8.528.246,84 1,78 269,86
V-54 679.096,98 8.527.823,59 0,42 270,28
V-55 679.198,86 8.527.685,79 0,17 270,45
Pórtico Bom Jesus da Lapa II 679.345,88 8.527.694,12 0,15 270,60

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 14
Quadro 3-4 – Coordenadas geográficas dos pontos de origem e destino e dos vértices, e distâncias parciais
e progressivas da diretriz do Circuito 3 (C3) da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II.

VÉRTICES DA LT 500 KV SISTEMA DE COORDENADAS UTM - FUSO 23S


DISTÂNCIA (KM)
GENTIO DO OURO II – DATUM SIRGAS 2000
BOM JESUS DA LAPA II C3
X (m) Y (m) PARCIAL PROGRESSIVA
Pórtico Gentio do Ouro II 754.694,67 8.751.812,98 0,00 0,00
V-01 754.352,30 8.751.420,38 0,52 0,52
V-02 753.672,61 8.751.015,49 0,79 1,31
V-03 753.143,68 8.747.330,59 3,72 5,03
V-04 753.455,61 8.744.118,57 3,23 8,26
V-05 754.000,20 8.739.458,10 4,69 12,95
V-06 748.953,09 8.728.282,81 12,26 25,22
V-07 747.765,57 8.727.143,81 1,65 26,86
V-08 747.942,11 8.725.134,53 2,02 28,88
V-09 747.457,32 8.722.921,86 2,27 31,14
V-10 748.221,77 8.711.770,12 11,18 42,32
V-11 751.256,79 8.704.536,24 7,84 50,17
V-12 751.430,01 8.703.107,74 1,44 51,61
V-13 754.704,10 8.695.340,66 8,43 60,03
V-14 756.334,88 8.688.664,80 6,87 66,91
V-15 761.246,17 8.677.521,03 12,18 79,08
V-16 765.272,56 8.670.161,37 8,39 87,47
V-17 767.242,16 8.665.693,69 4,88 92,36
V-18 767.326,33 8.661.713,26 3,98 96,34
V-19 765.951,52 8.659.128,84 2,93 99,26
V-20 768.012,96 8.651.341,90 8,06 107,32
V-21 764.978,44 8.642.754,64 9,11 116,43
V-22 761.472,46 8.638.555,39 5,47 121,90
V-23 761.859,88 8.636.729,64 1,87 123,76
V-24 754.218,54 8.628.181,57 11,47 135,23
V-25 752.788,23 8.626.282,02 2,38 137,61
V-26 748.542,30 8.622.119,45 5,95 143,55
V-27 744.752,54 8.617.118,18 6,27 149,83
V-28 736.129,92 8.605.392,66 14,55 164,38
V-29 732.751,77 8.604.582,50 3,47 167,86
V-30 731.950,75 8.603.851,73 1,08 168,94
V-31 731.027,69 8.603.793,95 0,92 169,87
V-32 729.952,00 8.603.226,27 1,22 171,08
V-33 725.833,91 8.601.118,49 4,63 175,71

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 15
VÉRTICES DA LT 500 KV SISTEMA DE COORDENADAS UTM - FUSO 23S
DISTÂNCIA (KM)
GENTIO DO OURO II – DATUM SIRGAS 2000
BOM JESUS DA LAPA II C3
X (m) Y (m) PARCIAL PROGRESSIVA
V-34 723.246,88 8.599.955,71 2,84 178,55
V-35 719.810,03 8.595.375,03 5,73 184,27
V-36 718.711,46 8.593.226,67 2,41 186,69
V-37 717.609,25 8.592.443,91 1,35 188,04
V-38 712.888,92 8.589.484,99 5,57 193,61
V-39 712.194,62 8.588.749,91 1,01 194,62
V-40 707.393,08 8.585.895,53 5,59 200,21
V-41 704.329,85 8.584.159,66 3,52 203,73
V-42 699.081,16 8.580.892,77 6,18 209,91
V-43 695.218,94 8.572.267,20 9,45 219,36
V-44 694.723,60 8.571.936,32 0,60 219,95
V-45 686.744,15 8.555.426,61 18,34 238,29
V-46 685.342,39 8.549.321,38 6,26 244,56
V-47 684.096,27 8.543.710,98 5,75 250,30
V-48 682.230,04 8.539.610,02 4,51 254,81
V-49 681.784,39 8.537.747,72 1,91 256,72
V-50 678.302,89 8.536.460,04 3,71 260,44
V-51 676.571,92 8.533.289,22 3,61 264,05
V-52 678.770,80 8.530.014,40 3,94 267,99
V-53 679.160,63 8.528.254,05 1,80 269,80
V-54 679.161,91 8.527.845,10 0,41 270,20
V-55 679.230,25 8.527.752,67 0,11 270,32
Pórtico Bom Jesus da Lapa II 679.342,20 8.527.759,02 0,11 270,43

3.2.2 Infraestrutura existente e planejada


Neste item, estão sendo apresentadas as principais infraestruturas existentes e as planejadas (caso
haja informação) que constituíram fatores de restrição ou atração à definição da diretriz das LTs 500
kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. Essas infraestruturas são: Rodovias, Aeroportos,
Aeródromos, Helipontos, Sistemas de Transmissão, Parques Eólicos e Solares existentes e outros
elementos de infraestrutura.

Destaca-se que a elaboração da diretriz para os Circuitos 2 e 3 buscou o paralelismo completo entre
as SEs Gentio do Ouro II e Bom Jesus da Lapa II. Dessa maneira, as informações apresentadas a seguir
são válidas para os dois circuitos, bem como a numeração de seus vértices é igual, sendo locados
paralelamente um ao outro.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 16
A partir da SE Gentio do Ouro II, a diretriz preferencial faz a travessia da rodovia federal BR-330 e a
transposição das LTs Gentio do Ouro II – Brotas de Macaúbas e Gentio do Ouro II – Sol do Sertão.
Após a transposição, ela segue em paralelismo com a LT Gentio do Ouro II – Sol do Sertão até o
vértice 11, realizando um afastamento na altura do vértice 6, para o desvio de benfeitorias, mas
retornando ao paralelismo 3 km à frente.

Nesse intervalo, na altura do vértice 4, é realizado novo cruzamento com a rodovia BR-330 e
novamente nas proximidades do vértice 5. Próximo ao vértice 7, no desvio feito das benfeitorias
existentes supracitadas, é realizado o cruzamento com a rodovia estadual BA-225.

A partir do vértice 11, foi feito um afastamento no paralelismo com a LT Gentio do Ouro II – Sol do
Sertão para o desvio de Parques Eolioelétricos planejados e benfeitorias identificadas nas
proximidades do vértice 12.

Após o vértice 13, é feito o cruzamento com a rodovia estadual BA-156 e o paralelismo com a LT
Gentio do Ouro II – Sol do Sertão é retomado no vértice 16, seguindo dessa maneira até o vértice
20, onde é realizado o cruzamento com a rodovia BA-156 e a diretriz preferencial a seguir em lados
opostos da estrada.

No vértice 21, inicia-se um curto paralelismo, de aproximadamente 5,5 km, com a LT Bom Jesus da
Lapa – Brotas de Macaúbas C1 e novamente com a LT Gentio do Ouro II – Sol do Sertão até o vértice
22, no qual é feita a transposição dessas LTs e o cruzamento com a rodovia BA-156, para o desvio
do Parque Fotovoltaico e da Subestação Sol do Sertão.

A partir desse ponto, as diretrizes seguem em paralelismo, às vezes mais próximo e em outros casos
se afastando um pouco para realizar o desvio de benfeitorias, com as LTs Sol do Bom Jesus da Lapa
II – Sol do Sertão e Bom Jesus da Lapa – Brotas de Macaúbas C1, cruzando novamente a rodovia BA-
156 após o vértice 27 e seguindo em paralelo com a rodovia BA-160 após o vértice 42, até a altura
do vértice 49.

No vértice 49, é feita a transposição das LTs Bom Jesus da Lapa II – Sol do Sertão, Bom Jesus da Lapa
– Brotas de Macaúbas C1 e Bom Jesus da Lapa – Tabocas do Brejo Velho C1 para possibilitar o desvio
de uma série de Parques Fotovoltaicos, em fase de planejamento, e da Zona de Proteção do
Aeródromo de Bom Jesus da Lapa, que se encontra em construção.

Após o vértice 52, é feita a transposição das LTs Bom Jesus da Lapa – Tabocas do Brejo Velho C1,
Bom Jesus da Lapa – Brotas de Macaúbas C1, CFV São Pedro II e IV – Bom Jesus da Lapa, Coletora
Bom Jesus da Lapa – Bom Jesus da Lapa, Bom Jesus da Lapa II – Bom Jesus da Lapa C1 e C2 para a
chegada no pórtico da Subestação Bom Jesus da Lapa II.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 17
3.2.3 Acessos

Os locais considerados para alocação e implantação da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da
Lapa II C2 e C3, em geral, possuem boa rede viária de acesso, que é realizado, majoritariamente, por
rodovias estaduais e federais.

Dentre as vias de acesso a serem utilizadas pelo empreendimento, estão as rodovias federais BR-
330, BR-242 e BR-430 e as rodovias estaduais BA-225, BA-046, BA-156 e BA-160. Essas rodovias se
encontram em boas condições de trafegabilidade, mesmo que, em alguns trechos, ainda não
possuam pavimentação.

Os deslocamentos em estradas vicinais, a partir das rodovias federais e estaduais, tendem a ser
curtos. Outro fator facilitador no acesso às LTs em questão são os longos trechos de paralelismo
com LTs existentes, podendo ser aproveitado os acessos existentes e a faixa de servidão delas para
alcançar o empreendimento.

Dentre os pontos que merecem atenção devido à menor densidade de acessos, destaca-se o trecho
de aproximadamente 19 km entre os vértices 13 e 15, no qual existem projetos para implantação de
Parques Eolioelétricos, o relevo se torna mais movimentado e o uso do solo se torna menos intensivo,
predominando os fragmentos de vegetação nativa.

Outro local de atenção em termos de acesso ao traçado está entre os vértices 28 e 35 e, também,
entre os vértices 37 e 39. Nos trechos em questão, a diretriz faz a transposição de um sistema de
serras de relevo acidentado, com vegetação densa e preservada. Nesses locais, existe um paralelismo
próximo com as LTs Sol do Sertão – Bom Jesus da Lapa II e Bom Jesus da Lapa – Brotas de Macaúbas
C1, que deve ser aproveitado em termos de utilização dos acessos às estruturas dessas LTs já
construídas. Devido à forte declividade, em alguns pontos, esses acessos são pavimentados com
paralelepípedos, para evitar a formação de processos erosivos e melhorar o tráfego de veículos
pesados (Fotografia no 49 do Anexo 3A – Relatório Fotográfico).

A abertura de acessos nos trechos em questão deve ser evitada ao máximo, uma vez que a supressão
de vegetação e movimentação de solo nesses locais pode gerar a deflagração de processos erosivos
e movimentos de massa.

O Quadro 3-5 apresenta um resumo com a espacialização das questões apresentadas.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 18
Quadro 3-5 – Área de maior deficiência de acessos à diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II –
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

TRECHO/IMAGEM CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

Trecho de aproximadamente 19 km
entre os vértices 13 e 15, em que há
maiores dificuldades em termos de
acessos existentes.
Existem projetos para implantação de
Parques Eolioelétricos entre as LTs desse
R3 e a LT 500 kV Sol do Sertão – Gentio
do Ouro II.

Transposição do primeiro trecho de


serras, entre os vértices 28 e 35,
totalizando, aproximadamente, 20 km.
Nesse trecho, devido ao relevo
acidentado e a vegetação preservada,
deve ser priorizada a utilização dos
acessos às LTs paralelas.

Transposição do segundo trecho de


serras, entre os vértices 37 e 39,
totalizando, por aproximadamente 7
km. Nesse local, devido ao relevo
acidentado e a vegetação preservada,
também deve ser priorizada a utilização
dos acessos às LTs paralelas.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 19
3.3 Meio biótico e uso do solo
3.3.1 Cobertura vegetal
3.3.1.1 Conceituação
O traçado da futura Linha de Transmissão LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e
C3 possui aproximadamente 270 km de extensão e está inserido em sua totalidade no Estado da
Bahia e sob domínio do bioma Caatinga, porém próximo ao limite com o Bioma Cerrado, de acordo
com o mapa publicado em 2004, resultado da parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE e o Ministério do Meio Ambiente – MMA, que representa, na escala de 1:5.000.000,
os seis biomas continentais brasileiros com sua área aproximada (Figura 3-1). Isso confere à região
características de transição entre formações vegetais típicas desses Biomas.

A Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro e se apresenta como o quarto bioma mais
extenso do país, após a Amazônia, o Cerrado e a Mata Atlântica (BRASIL, 2002; SILVA et al., 2004).
Segundo ANDRADRE et al. (2005), ocupa uma área de aproximadamente 900.000 km², o que
corresponde a quase 50% da Região Nordeste e 8,6% do Brasil. Apesar de sua grande extensão e
importância para o Brasil, esse bioma possui menos de 2% de sua área coberta por Unidade de
Conservação de Proteção Integral, sendo considerado um dos biomas menos conhecidos e
protegidos do Brasil (SIQUEIRA FILHO et al., 2009).

Figura 3-1 – Contextualização do traçado no Mapa de Biomas do Brasil.


Fonte: Adaptação de IBGE (2004).

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 20
Segundo SOUTO (2006), a região de Caatinga caracteriza-se por apresentar um clima com duas
estações bem definidas: seca e chuvosa. No período chuvoso, ocorrem precipitações torrenciais, que
variam de três a cinco meses. A vegetação apresenta característica caducifólia, com espécies lenhosas
espinhosas, entremeadas de plantas suculentas, sobretudo cactáceas, que crescem sobre solo, em
geral, raso e quase sempre pedregoso. As árvores são baixas, raquíticas, com troncos finos e
esgalhamento profuso. Muitas espécies são microfoliadas e outras são providas de acúleos ou
espinhos, a maioria delas com adaptações fisiológicas à escassez de água (IBGE, 2004).

A vegetação de Caatinga ocorre especialmente nas terras baixas entre serras e planaltos (ANDRADE-
LIMA, 1981), a chamada Depressão Sertaneja. De acordo com RODAL & SAMPAIO (2002), essa
depressão representa um extenso conjunto de pediplanos ora rodeados por extensos planaltos
como o da Ibiapaba, entre o Piauí e o Ceará, ora entremeados por relevos residuais com variadas
dimensões, como chapadas e bacias sedimentares, maciços e serras.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2010), a Caatinga tem uma diversidade florística
alta para um bioma que apresenta uma restrição forte ao crescimento de vegetais, devido à
deficiência hídrica. Relata-se ainda que áreas de Caatinga típica, em geral, têm menos de 50 espécies
arbustivas e arbóreas por hectare.

Não existe uma lista completa para as espécies da Caatinga, encontradas nas suas mais diferentes
situações edafoclimáticas (agreste, sertão, cariri, seridó e carrasco, entre outras). Em trabalhos
qualitativos e quantitativos sobre a flora da Caatinga, foram registradas cerca de 600 espécies
arbóreas e arbustivas, sendo 180 endêmicas. Possivelmente, o número de espécies aumentará se
forem consideradas as herbáceas. As famílias mais frequentes são Fabaceae, Euphorbiaceae e
Cactaceae, sendo os gêneros Senna, Mimosa e Pithecellobium aqueles com maiores números de
espécies. A catingueira (Cenostigma pyramidale), as juremas (Mimosa spp.) e os marmeleiros (Croton
spp.) são as plantas mais abundantes na maioria dos trabalhos de levantamento realizados em área
de Caatinga (DRUMOND et al., 2000).

O IBGE (2002) adota a nomenclatura Savana Estépica para designar a Caatinga e define
subformações relacionadas com a presença e altura do estrato lenhoso, divididas em quatro grupos:
Savana Estépica Florestada, Savana Estépica Arborizada, Savana Estépica Parque e Savana Estépica
Gramíneo-lenhosa.

3.3.1.2 Classes de cobertura vegetal


A classificação dos tipos de cobertura vegetal, realizada pela análise visual de imagens de satélite e
checagem em campo dos padrões atuais, utilizou como base o Projeto de Mapeamento Anual do
Uso e Cobertura da Terra no Brasil (MAPBIOMAS, 2020) e possibilitou a identificação de diferentes
categorias ou classes de cobertura vegetal, naturais e antrópicas. No Quadro 3-6, são apresentadas

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 21
as áreas de cada uma das classes de cobertura, mapeadas para a Faixa de Servidão do traçado
sugerido para a LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

De acordo com o MAPBIOMAS (2020) e em relação à cobertura vegetal florestal, a Formação


Savânica apresenta maior representatividade ao longo do traçado sugerido, abrangendo uma área
estimada de 2.486 ha, que representa aproximadamente 70% da Faixa de Servidão (Quadro 3-6),
seguida pela Formação Florestal propriamente dita (1,11%). No que tange às formações naturais não
florestais, complementam a cobertura vegetal da Faixa de Servidão da LT 500 kV Gentio do Ouro II
– Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 as Formações Campestres (0,46%). Quanto às áreas de uso antrópico
do solo, destacam-se, na Faixa de Servidão da Diretriz Preferencial, as pastagens para pecuária
extensiva, com 23,7% de representatividade, seguidas de mosaicos de agricultura e pastagem
pertencentes a pequenas propriedades (4,01%).

Quadro 3-6 – Quantitativos das classes de cobertura vegetal natural mapeadas.

MATRIZ FORMAÇÃO VEGETACIONAL ÁREA (ha) %


Formação Florestal 39,17 1,11
Floresta Formação Savânica 2.486,04 70,69
Subtotal 2.525,21 71,81
Formação Campestre 16,08 0,46
Formação Natural não Florestal
Subtotal 16,08 0,46
Mosaico de Agricultura e Pastagem 141,07 4,01
Agropecuária Pastagem 833,38 23,70
Subtotal 974,45 27,71
Massa d’água 0,85 0,02
Corpos d'água
Subtotal 0,85 0,02
Total GERAL 3.516,60 100

Fonte: MAPBIOMAS (2020).

a) Formação Florestal

Segundo o MAPBIOMAS (2020), as formações florestais são tipos de vegetação com predomínio de
dossel contínuo, dentre as quais se destacam na Caatinga a Savana-Estépica Florestada e as Florestas
Estacionais Semi-Decidual e Decidual. Ao longo do traçado sugerido, dentre essas fisionomias
florestais, ocorrem apenas remanescentes de Savana Estépica Florestada, majoritariamente nas
encostas em áreas de relevo acidentado (Foto 3-1 a Foto 3-4) – entre os vértices V-09 e V-10; V-18
e V-19; V-28 e V-33; e V-37 até o V-39, totalizando aproximadamente 2 km representando 0,7% da
LT.

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Ao longo da diretriz preferencial da LT, em aproximadamente 3 km de extensão, verifica-se a
interceptação de fragmentos de formação florestal, o que representa 1% do empreendimento. Esses
locais podem demandar a adoção de torres com estruturas maiores para a redução da catenária do
cabo e necessidade de corte seletivo, devido ao maior porte do estrato arbóreo e sua localização
associada às áreas de relevo acidentado, exigindo a aplicação de vãos mais longos entre torres para
o maior aproveitamento da topografia.

• Savana-Estépica Florestada (Td)

A Savana Estépica Florestada (IBGE, 2002), também conhecida como “Caatinga Florestada”, é uma
fitofisionomia de porte florestal do Bioma Caatinga (ANDRADE-LIMA, 1981; RODAL & SAMPAIO,
2002; PRADO, 2003). Essa formação florestal se distingue da “Caatinga Arborizada”, principalmente
pelo estrato arbóreo mais alto e dossel contínuo, a cerca de 15 m de altura. A “Caatinga Florestada”
possui dois estratos bem distintos: um superior com predominância de indivíduos arbóreos
adensados, e outro, inferior, geralmente descontínuo, de pouca expressão fisionômica, apresentando
poucos indivíduos herbáceos.

As características edáficas da “Caatinga Florestada” se distinguem da “Caatinga Arborizada”. Os solos


são mais profundos, eutróficos e drenados. A camada de serrapilheira que cobre a superfície dos
solos da “Caatinga Florestada” é diversificada, estando composta em sua maioria por folhas e ramos
finos, escassa e muito fragmentada.

A composição florística dessa formação vegetal apresenta similaridade com a Caatinga Arborizada
da região, no qual as principais espécies que a caracterizam são: Astronium urundeuva (aroeira),
Schinopsis brasiliensis (baraúna) e Anadenanthera colubrina var. cebil (angico). Nota-se, nessa
formação florestal, em que as árvores atingem um porte maior, a exploração seletiva de espécies de
interesse como aroeira e baraúna. Destaca-se que tais espécies arbóreas são proibidas de corte no
Estado da Bahia, de acordo com a Resolução no 1.009, de 06 de dezembro de 1994.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 23
Foto 3-1 – Formação Savana Estépica Florestada. Foto 3-2 – Formação Savana Estépica Florestada.
Coordenadas: 23S 729.937 m E / 8.603.255 m S Coordenadas: 23S 711.550 m E / 8.588.772 m S

Foto 3-3 – Formação Savana Estépica Florestada. Foto 3-4 – Formação Savana Estépica Florestada.
Coordenadas: 23S 736.406 m E / 8.607.580 m S Coordenadas: 23S 716.884 m E / 8.592.204 m S

b) Formação Savânica

Os tipos de vegetação classificados pelo MAPBIOMAS (2020) como formações savânicas, com
predomínio de espécies de dossel semi-contínuo, ao longo do traçado correspondem à Savana
Estépica Arborizada. Essa é a classe de cobertura vegetal natural mais frequente na Faixa de Servidão.

• Savana-Estépica Arborizada (Ta)

A fitofisionomia de Savana Estépica Arborizada pode ser caracterizada genericamente como de


florestas arbóreas ou arbustivas, compreendendo principalmente árvores e arbustos baixos, muitos
dos quais apresentam espinhos, microfilia e algumas características xerofíticas (PRADO, 2003; IBGE,
2002). A Savana Estépica Arborizada (IBGE, 2002) adotada neste estudo tem como nomenclatura
equivalente a Caatinga Arborizada (ANDRADE-LIMA, 1981; RODAL & SAMPAIO, 2002; PRADO, 2003).

Essa formação predomina na Faixa de Servidão do traçado ora sugerido, apresentando-se como a
maior cobertura vegetal natural por toda a paisagem (Foto 3-5). É caracterizada pelo predomínio de
espécies arbóreas, que podem ocorrer de forma isolada (aberta) ou mais adensada (fechada) (Foto

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 24
3-6), de acordo com a fisionomia e o nível de antropização da vegetação. O subosque pode ser
adensado por moitas de espécies arbustivas escandentes ou aberto em fisionomia de bosque. As
espécies arbóreas típicas dessa formação são: Handroanthus spongiosus (ipê-amarelo), Commiphora
leptophloeos (amburana-decambão), Dalbergia cf. cearensis (falso-trapiá), Albizia sp. (farinha-branca),
Aspidosperma pyrifolium (peroba), Machaerium sp. (falso-canzil), Terminalia glabrescens (mirindiba)
e Pityrocarpa moniliformis (catanduva).

Foto 3-5 – Formação Savana Estépica Arborizada. Foto 3-6 – Formação Savana Estépica Arborizada.
Coordenadas: 23S 757.439 m E / 8.631.830 m S Coordenadas: 23S 716.466 m E / 8.591.763 m S

Foto 3-7 – Formação Savana Estépica Arborizada. Foto 3-8 – Formação Savana Estépica Arborizada.
Coordenadas: 23S 748.791 m E / 8.621.835 m S Coordenadas: 23S 761.748 m E / 8.637.426 m S

c) Afloramento Rochoso

Como uma variação da Savana Estépica Arborizada, ocorre com pouca frequência na região; uma
formação em que predominam espécies arbustivas, geralmente em moitas ou touceiras de baixa
densidade de espécies arbóreas, de forma isolada. Essa formação também está relacionada a solos
pedregosos e afloramentos rochosos (Foto 3-9 e Foto 3-10). Nessas áreas, foram observados
indícios recentes de perturbação antrópica, como exploração madeireira seletiva e corte raso para
introdução de animais; portanto, é possível que essa formação esteja relacionada com a ocorrência
de perturbação antrópica direta, surgindo após o corte raso ou a queima da vegetação.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 25
Esses afloramentos rochosos, apesar de ocorrerem em baixa frequência ao longo da paisagem, em
certos pontos são interceptados pela Faixa de Servidão do traçado atual para a LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3, seja em encostas e topos de morros – entre os vértices V-17
e V-18 (Foto 3-9 e Foto 3-10) – ou formando lajedos– entre os vértices V-41 e V-42 (Foto 3-11 e
Foto 3-12). As condições edafoclimáticas desses locais favorece a formação de refúgios ecológicos
com biodiversidade específica. É comum, nesses afloramentos rochosos, a presença de bromélias,
como a macambira (Bromelia laciniosa), e de cactos, como o mandacaru (Cereus jamacaru) e coroa-
de-frade (Melocactus sp.). Destaca-se que a família Cactaceae, por despertar interesse de
colecionadores e comerciantes nacionais e internacionais, está inclusa no Anexo II da Lista da
Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de
Extinção (CITES).

Foto 3-9 – Afloramento rochoso. Foto 3-10 – Afloramento rochoso.


Coordenadas: 23S 767.293 m E / 8.661.721 m S Coordenadas: 23S 766.679 m E / 8.661.820 m S

Foto 3-11 – Formação rupícola nos afloramentos Foto 3-12 – Melocactus sp. (coroa-de-frade) na
rochosos. formação rupícola nos afloramentos rochosos.
Coordenadas: 23S 701.323 m E / 8.582.583 m S Coordenadas: 23S 701.323 m E / 8.582.583 m S

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 26
3.3.2 Uso do solo
3.3.2.1 Cidades, pequenas vilas, povoados, zonas de chácaras e áreas de expansão urbana
A diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 abrange parte
do território de 7 municípios baianos: Gentio do Ouro, Ipupiara, Brotas de Macaúbas, Oliveira dos
Brejinhos, Boquira, Paratinga e Bom Jesus da Lapa (Anexo 4A.2 – Mapa de Localização e
Infraestrutura).

As sedes municipais de Ipupiara e Brotas de Macaúbas estão inseridas integralmente no corredor de


estudo da diretriz preferencial. Bom Jesus da Lapa, por sua vez, está parcialmente inserida, contudo
possui áreas de expansão urbana a cerca de 330 m da diretriz preferencial do Circuito 2 (C2) da LT.
Por outro lado, as sedes municipais de Ipupiara e Brotas de Macaúbas, apesar de estarem situadas
dentro do corredor de estudo, estão localizadas a distâncias superiores a 4 km das diretrizes
preferenciais do circuito C3 e do C2 da LT.

O município de Gentio do Ouro é constituído de seis distritos: Gentio do Ouro (sede), Gameleira do
Assuruá, Ibitunane, Itajubaquara, Pituba e Santo Inácio. Apenas o distrito-sede e o de Santo Inácio
não estão inseridos no corredor de estudo da diretriz preferencial. Ipupiara possui dois distritos:
Ipupiara (sede) e Ibipetum, ambos situados no corredor de estudo. O município de Brotas de
Macaúbas é constituído de três distritos: Brotas de Macaúbas (sede), Ouricuri do Ouro e Saudável. O
distrito-sede e o de Ouricuri do Ouro estão dentro do corredor, porém distantes pelo menos 4,5 km
das diretrizes preferenciais de C2 e C3 da LT, respectivamente.

Oliveira dos Brejinhos tem três distritos: Oliveira dos Brejinhos (sede), Bom Sossego e Ipuçaba, todos
fora do corredor. O município de Boquira é constituído de dois distritos: Boquira (sede) e Bocuituba,
ambos fora do corredor de estudo da diretriz preferencial. Paratinga possui dois distritos: Paratinga
(sede) e Paulista, ambos fora do corredor de estudo. Bom Jesus da Lapa constitui-se de três distritos:
distrito-sede, Favelândia e Formoso. Destes, somente o distrito-sede está parcialmente inserido no
corredor de estudo, a 330 m da diretriz do C2 da LT.

A seguir, é apresentada uma breve descrição das observações feitas pela equipe técnica no período
de 09 a 12 de abril de 2022, durante o trabalho de campo realizado na região, complementadas com
informações obtidas em outro estudo ambiental (BJL/BIODINÂMICA, 2018).

No município de Gentio do Ouro, após a saída da Subestação (SE) Gentio do Ouro II, na altura do
vértice V-01, a 1,7 km da diretriz do C3 da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II, foi
identificado o distrito de Gameleira do Assuruá. Essa localidade foi ocupada por índios e caboclos
há mais de 150 anos; atualmente, possui cerca de 100 famílias residentes. A população tem crescido
nos últimos 15 anos, sendo observada a construção de novas casas na área urbana do distrito. Há
uma Unidade de Saúde da Família (USF) e duas escolas. A Associação de Moradores do Distrito de

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análise socioambiental – R3 Maio de 2022 27
Assuruá representa a comunidade. As principais atividades produtivas na área rural do distrito são o
garimpo e a agricultura, com cultivos de feijão, mandioca e milho para subsistência. A renda local é
proveniente da venda de cristais, aposentadorias, funcionalismo público, além de benefícios, como
o Bolsa Família.

Entre o V-04 e o V-05, a 880 m da diretriz do C2, foi identificado o Povoado Cotovelo, formado há
mais de 200 anos. Conta, atualmente, com 40 famílias residentes. O crescimento populacional ocorre
através da constituição de novas famílias, apesar dos jovens migrarem para São Paulo e Goiânia. As
referências para a população local, na busca por serviços bancários e especialidades médicas, é a
cidade de Xique-Xique e, para compras, é o distrito de Itajubaquara e a cidade de Gentio do Ouro.
Os moradores utilizam a USF de Gameleira do Assuruá. Há uma escola no próprio povoado. Não há
associação na localidade. Os produtores são filiados ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Gentio
do Ouro. A principal atividade econômica é o garimpo, seguido da agropecuária. Alguns moradores
se beneficiaram com recursos do PRONAF, para o custeio da produção.

A 920 m da diretriz do C3, está situado o distrito de Itajubaquara, antes chamado de Caldeirão do
Ouro, devido ao garimpo de cristais na região. Cerca de 300 famílias residem na localidade, que
cresce a cada ano, porém, em sentido oposto ao do traçado planejado para a implantação da LT. As
pessoas chegam de Minas Gerais, Paraná e da própria sede municipal. O comércio local trabalha com
serviço de escambo. Há três escolas na localidade. Os moradores são representados pela Casa de
Farinha Associação dos Produtores Rurais de Itajubaquara. Cultivam feijão, mandioca para consumo,
além de mamona e palma, que serve para alimentar o gado que é criado na região. A principal fonte
de renda é o garimpo ilegal, realizado em áreas não licenciadas. Muitas pessoas passam o dia
trabalhando na extração de cristais e voltam à noite. Apesar disso, ainda há muito desemprego na
região.

Entre os vértices V-05 e V-06, foram identificadas as localidades Coqueiro, São José e Canabrava,
todas com acesso à diretriz da LT. Coqueiro existe há mais de 180 anos. As residências, dispostas ao
longo da estrada, distam 280 m da diretriz do C3. Há 15 famílias residentes. A sede municipal de
Gentio do Ouro é a referência na busca por serviços e bens de consumo. Os moradores utilizavam o
posto de saúde e as escolas do distrito de Itajubaquara. Nem todos os moradores participam da
Associação Casa de Farinha do Povoado Coqueiro. A renda local deriva do Bolsa Família, das
aposentadorias, da venda de algum gado e, também da produção da farinha. No tocante às
manifestações culturais, no mês de maio, é festejada a padroeira Nossa Senhora da Glória, e, para se
divertirem, os moradores frequentam o forró em Itajubaquara.

Há mais de 300 anos, se formou o povoado São José, cujas ocupações estão distantes 220 m da
diretriz do C3 da LT. Na localidade, residem cerca de 30 famílias. Em relação ao primeiro atendimento
médico, os moradores utilizam a USF de Gameleira do Assuruá, ou seguem direto para a cidade de

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análise socioambiental – R3 Maio de 2022 28
Gentio do Ouro. As poucas crianças do povoado frequentam as escolas no Distrito de Itajubaquara.
Participam da Associação Casa de Farinha do Povoado São Bento, e pagam o Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Gentio de Ouro, pois, através dele, viabilizam as aposentadorias. As
principais atividades produtivas são as agropecuárias, destinadas ao consumo próprio. As
manifestações culturais mais importantes são a Festa de São José, padroeiro local, comemorada em
março, e as Novenas, como a de Nossa Senhora Aparecida.

O povoado Canabrava está localizado a 240 m da diretriz do C3. É constituído por 12 famílias, que
possuem lotes com aproximadamente 20 ha. As referências para a população local, na busca por
serviços médicos, hospitalares, bancários e bens de consumo são as cidades de Gentio do Ouro,
Ipupiara, Xique-Xique e Irecê. No povoado, não há posto de saúde, nem escola.

Entre o V-07 e o V-08, está localizado o povoado São Bento, a 580 m da diretriz do C2. A localidade
possui mais de 200 anos de existência. As 80 famílias residentes são representadas pela Associação
dos Moradores da Comunidade de São Bento. Há um pequeno comércio, que atende à população
local, em termos de bens de 1a necessidade. Porém, a referência na busca por serviços médicos e
hospitalares, bancários e compras é a sede municipal. Há um escola no povoado. Na escola do
distrito de Ibitunane, é dado seguimento aos estudos, até o Ensino Médio. A principal atividade
produtiva é a agropecuária para subsistência e venda, com cultivos de palma, milho e feijão, e
criações de animais. Quanto aos festejos, é comemorado o dia do padroeiro São Bento do Bom
Jesus. Foram observados uma casa e um curral próximos à diretriz preferencial do C2 da LT, além de
área sendo preparada para o plantio.

Entre os vértices V-08 e V-09, foi identificada a localidade Olho D’água do Firmino, onde foi
identificada uma benfeitoria a 40 m da diretriz do C2. Trata-se de um pequeno povoado, formado
por seis famílias (moradores da mesma família), que residem nas Fazendas Boqueirão e Pedra
Grande. O povoado não possui posto de saúde, nem escola. Os moradores recorrem às unidades de
saúde de Xique-Xique e Irecê. As principais fontes de renda são provenientes principalmente das
aposentadorias. Foi observada uma casa, a 30 m da diretriz do C2, e pequena plantação de milho.

O distrito de Ibitunane e a localidade Brejo foram identificadas no trecho entre o V-09 e o V-10. Com
mais de 250 anos, esse distrito está localizado a 1,3 km da diretriz do C2 da LT. Tem apresentado
crescimento populacional lento, principalmente pelas famílias, e, após, pelos casamentos realizados
com pessoas de fora. Atualmente, residem na localidade cerca de 100 famílias. A referência para a
população local, na busca por serviços e comércio, são Ipupiara e Gentio do Ouro. Não há posto de
saúde. Para as consultas médicas e de dentista, a população local recorre ao distrito de Pituba ou à
sede municipal. A escola do distrito também atende alunos dos povoados vizinhos. As principais
atividades produtivas são a agricultura e a pecuária de subsistência.

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análise socioambiental – R3 Maio de 2022 29
O povoado Brejo, por sua vez, situa-se a 900 m da diretriz do C2. Tem mais de 260 anos e atualmente,
380 famílias residem nessa localidade. A cidade de Ipupiara é a referência para a população local, na
aquisição de bens de consumo, serviços e hospital. No povoado, há um pequeno mercado, que é
utilizado pelos moradores para compras emergenciais. Para o primeiro atendimento médico, os
moradores procuram a USF do distrito de Pituba. A escola estabelecida na localidade e a escola do
distrito de Ibitunane são as referências em educação para a população. Os moradores são
representados pela Associação de Moradores do Brejo. A atividade produtiva é a agricultura para
subsistência. No centro do povoado, a quadra de esportes é utilizada como área de lazer. Em relação
às manifestações culturais locais, são comemoradas a Festa de Nossa Senhora do Bom Parto,
padroeira local, e a Folia de Reis, quando os moradores vão de casa em casa, cantando e rezando.

O distrito de Pituba está localizado a 500 m da diretriz do C2, entre os vértices V-10 e V-11. Com
mais de 150 anos, possui, atualmente, cerca de 500 famílias residentes. A população do povoado
não está crescendo: muitos jovens têm migrado em busca de trabalho, mas, depois de constituírem
família, retornam em busca de tranquilidade. A cidade de Ipupiara é a referência para a população
local, na aquisição de bens de consumo e serviços bancários. No povoado, os moradores contam
com mercadinho, posto dos Correios, academia de ginástica, distribuidora de gás de cozinha, lojas
de roupas e de eletrodomésticos. A USF é referência local e para outras comunidades na região. Na
localidade, há uma escola. Na região, há 4 cemitérios: 2 públicos e 2 particulares. O lazer é
proporcionado por uma quadra esportiva no centro do povoado. As manifestações culturais são
realizadas pela escola, tais como a Procissão do Menino Deus, no final do ano, além da Festa de São
João. Próximo ao distrito, foi identificada a Comunidade Remanescente de Quilombo (CRQ)
Alagoinhas, distante 3,2 km da diretriz do C3 da LT.

No município de Ipupiara, após o V-12, foi identificada a localidade Poço do Cavalo, situada a
110 m da diretriz do C3. O início da ocupação e formação do povoado se deu há mais de 100 anos.
Atualmente, há 30 famílias residentes, que são representadas pela Associação Comunitária Unidas.
A Vila Ibipetum e a cidade de Ipupiara são as referências para a população local, na busca por bens
de consumo e serviços. Para artigos de primeira necessidade, os moradores contam com dois
estabelecimentos comerciais no povoado. Para o primeiro atendimento médico, os moradores
procuram a USF da Vila Ibipetum. No povoado Poço do Cavalo, há uma escola. A agricultura e a
pecuária bovina são as principais atividades econômicas. Também foi observada uma igreja na
localidade.

Entre os vértices V-12 e V-13, foi observada uma casa a 30 m da diretriz do C3. Pouco depois do
vértice V-13, foi identificado o povoado Riacho das Telhas, cuja área central situa-se a 170 m da
diretriz do C2 da LT. Trata-se de uma comunidade familiar, fundada há mais de 150 anos. Apresenta
pequeno e lento crescimento populacional, sendo constituído, atualmente, por cerca de 100 famílias.
O distrito de Ibipetum e a cidade de Ipupiara são as referências para a população local, na busca por

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bens de consumo e serviços. Há uma escola no povoado. Para dar seguimento aos estudos, os alunos
procuram as escolas na Vila Ibipetum. Os moradores são representados pela Associação Riacho das
Telhas. As principais atividades produtivas são a criação de porcos, galinhas e gado bovino. Também
são cultivados feijão, milho e mandioca para subsistência. Foi observada uma casa próxima à diretriz
preferencial.

Também na altura do vértice V-13, a 1,5 km da diretriz do C3, está localizado o distrito de Ibipetum,
já citado, ou Vila Ibipetum, formada há mais de 100 anos. Possui 350 famílias residentes. O distrito
está em constante crescimento, pois as pessoas que moram na área rural estão se mudando para o
centro urbano, em busca de melhores condições de vida. A Associação dos Moradores de Ibipetum,
a Associação Comunitária da Vila de Ibipetum e o Sindicato Rural de Ipupiara representam os
interesses da população local. Há comércios em geral, correspondentes bancários do Banco do Brasil
e do Bradesco e agência dos Correios; no entanto, a sede municipal de Ipupiara é referência em
termos hospitalares, de trabalho e serviços. Para o primeiro atendimento médico, os moradores
utilizam a USF estabelecida na vila. Há quatro escolas que suprem a demanda por educação da
população local e dos arredores.

As principais atividades produtivas são as criações de gado bovino, galinhas e porcos, além dos
cultivos de milho, feijão, mandioca e capim, este último servindo para a alimentação do gado. Na
região, há ainda grande atividade minerária (extração de cristal de quartzo). O lazer é proporcionado
por práticas culturais, como Vaquejadas, Cavalgadas, Reisado, Quadrilhas de São João, Bandeira do
Divino Espírito Santo, Festa de Santo Antônio e Festa do Menino Jesus. A quadra esportiva da escola
é aberta ao público nos finais de semana e, à noite, para os jogos de futebol. Entre o V-13 e o V-14,
foram observadas benfeitorias a 100 m das diretrizes do C2 e C3 da LT.

No município de Brotas de Macaúbas, após o V-15, foi identificado o povoado Lagoa de Dentro,
situado a 2,3 km da diretriz do C3. Nessa localidade, residem cerca de 80 famílias. A sede municipal
é a referência para a população local, na busca por serviços e bens de consumo. Os moradores
plantam palma e cana-de-açúcar, e criam gado bovino. Há poços cavados para os animais. No
tocante às manifestações culturais, os moradores comemoram as festas religiosas, como a Festa da
Cantoria da Bandeira do Divino. Entre o V-15 e o V-16, a 2 km da diretriz do C3, o povoado Barrinha
formou-se também há mais de 100 anos, e conta, atualmente, com 35 famílias residentes. É
considerado uma área urbana. Muitas pessoas moram em Barrinha e possuem suas roças no
povoado Soledade. Brotas de Macaúbas é a referência para a população local, em termos de serviços
e comércio. A localidade não possui posto de saúde e escola. A Associação de Moradores do
Povoado Barrinha representa a comunidade. As principais atividades produtivas são a criação de
gado bovino e o plantio de feijão. Também é plantada a palma, para alimentação animal. As práticas
culturais mais comuns no povoado são o Reisado e as festividades religiosas.

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Entre os vértices V-16 e V-17, a 2,7 km da diretriz do C3 da LT, foi identificada a localidade Lagoa
Nova, na qual residem 145 famílias. Alguns estabelecimentos comerciais suprem as 1as necessidades
dos moradores: padaria, mercadinho, distribuidora de gás de cozinha e bares. A Associação
Comunitária Rural de Lagoa Nova representa os moradores da comunidade. Foram observadas
escola, praça, igreja e plantações de palma para alimentação do gado.

Araci está distante 2,1 km da diretriz do C2, em direção ao V-18. Muitas pessoas moram em Brotas
de Macaúbas durante a semana, pois trabalham na sede municipal, voltando para o povoado
somente nos fins de semana. Há 70 famílias residentes. A referência para a população local, na busca
por serviços médicos e hospitalares, bancários e bens de consumo, é a sede municipal. No povoado,
os moradores contam com um pequeno bar, que supre a demanda para pequenas compras. Há
escola no próprio povoado. A praça central é um importante ponto de encontro dos moradores.

Após o V-19, a 850 m da diretriz do C3, foi identificado o povoado Andiroba, que se formou há mais
de 100 anos. Conta com 25 famílias residentes. A cidade de Brotas de Macaúbas é a referência para
a população local, na busca por serviços e comércio. A escola do povoado de Araci atende os alunos
residentes em Andiroba. Os moradores são representados pela Associação Comunitária Rural dos
Povoados de Andiroba, São Pedro, Várzea Suja, Andirobinha e Roça Velha.

Após o V-20, a equipe de campo tentou acessar a área da Fazenda Tomé, porém a porteira estava
fechada. Há uma benfeitoria a 200 m da diretriz do C3. As atividades agropecuárias e de piscicultura
são desenvolvidas na propriedade.

No município de Oliveira dos Brejinhos, entre os vértices V-23 e V-24, foi observada uma benfeitoria
(curral) próximo à diretriz preferencial. Entre o V-24 e o V-25, foi identificada a localidade Malhada
do Caminho, sendo observadas benfeitorias a 50 m da diretriz do C2 da LT. Alguns moradores
possuem criações de bovinos e caprinos para subsistência, além de plantações de palma, para
alimentação dos animais, e de banana. Entre o V-26 e o V-27, foi identificada a localidade Pajeú do
Arraial, a 150 m da diretriz do C3. A Associação Comunitária do Pajeú e Lagoa Queimada representa
os moradores. A região se desenvolveu na década de 1960, com a migração de algumas famílias, no
intuito de trabalhar com a atividade agropecuária. Pajeú do Arraial é, em parte, uma Comunidade de
Fundo de Pasto. Cada proprietário que aderiu ao programa, com base na legislação estadual,
disponibilizou uma área do seu lote individual para a coletividade. Essa área de uso comum
documentada é utilizada para a criação dos animais em regime solto.

As Comunidades de Fundo de Pasto conseguem obter mais benefícios governamentais para o seu
desenvolvimento. Atualmente, em Pajeú do Arraial, há 8 famílias residentes. A cidade de Oliveira dos
Brejinhos é a referência para a população local, na busca por serviços e bens de consumo. Para o
primeiro atendimento médico, os moradores procuram o posto de saúde de Pajeú do Arraial. Há
escola na localidade. A renda é proveniente da venda dos produtos fabricados localmente, do

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excedente da produção agrícola, do Bolsa Família, do Programa Garantia Safra, além das
aposentadorias rurais e de contratos de trabalho como diaristas em fazendas da região. São
manifestações culturais locais: os festejos religiosos, como a Festa da Padroeira Nossa Senhora de
Anunciação e a festa na Capela de Pajeú, o leilão de produtos da terra, forró, cavalgadas e corridas
de argolinha. Foram observadas benfeitorias (curral, plantação de palma, casa) a 150 m da diretriz
do C3.

Próximo ao V-27, não foi possível acessar algumas benfeitorias próximas à diretriz, devido à porteira
de propriedade que se encontrava trancada. Entre o V-27 e o V-28, foi identificada a localidade
Canela da Ema, na qual residem 8 famílias. Apesar de pertencer a Oliveira dos Brejinhos, os
moradores buscam bens de consumo e serviços na cidade de Boquira. Também utilizam a UBS
Riachão do Tamboril, em Alto do Adão, no município de Boquira. Em termos de educação, a
referência é a escola do distrito de Bucuituba, em Boquira. Na localidade, há duas Associações de
Moradores – a do Alto do Adão e a da Crioula. A principal atividade produtiva é a agricultura de
subsistência, com plantações de feijão e milho. Também são criados gado bovino e galinhas, e
plantados capim e palma, que servem de alimento para os animais. Foram observadas benfeitorias
(casas) próximas à diretriz do C3, a, pelo menos, 30 m de distância.

No município de Boquira, entre os vértices V-27 e V-28, foi identificada a Comunidade Quati, com
ocupações a 30 m da diretriz do C2 da LT em análise. Nessa localidade, residem 7 famílias. Boquira
é a referência para a população local, na busca por bens de 1a necessidade e serviços básicos. No
que tange ao primeiro atendimento em saúde, os moradores utilizam a UBS Riachão do Tamboril,
no Alto do Adão. Quando necessário, se deslocam para o distrito de Bucuituba (também chamado
Santa Rita), onde são atendidos na UBS local. Não há escolas. A principal atividade produtiva é a
agropecuária.

Na altura do vértice V-30, foi identificada a comunidade Fazendinha, com ocupações a menos de
100 m de distância das diretrizes do C2 e C3 da LT. Os moradores ocupam a região há mais de 150
anos. São 70 famílias residentes. A cidade de Boquira é a referência para a população local, na busca
por bens e serviços. Na comunidade, os moradores contam com UBS e escola. A Associação dos
Pequenos Produtores Rurais de Fazendinha e São Luiz (APPRFSL) representa a comunidade, visando
a melhorias para a população local. A principal atividade produtiva é a agropecuária (de subsistência),
com plantações de feijão e milho, e criação de gado bovino. O lazer é proporcionado pelos jogos no
campo de futebol e festas.

No município de Paratinga, na altura do V-36, foi identificada a localidade denominada Vila Nova do
Macedo, com ocupações a 30 m de distância das diretrizes do C2 e C3 da LT. Aproximadamente 30
famílias residem na região. A vila não mudou muito, nos últimos anos, e tem apresentado
crescimento populacional lento. Os jovens trabalham na sede municipal, que dista 43 km, mas

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 33
retornam para suas casas ao final da jornada de trabalho. A sede municipal e o povoado do Agreste,
a 16 km, são as referências para a população local, na busca por serviços e bens de consumo. A USF
do Agreste é a referência nos primeiros atendimentos médicos. Na Vila Nova do Macedo, há escola.
Há criações de animais para consumo. A renda deriva do Bolsa Família e dos trabalhos realizados em
outras propriedades. As práticas culturais locais são os Reisados e as novenas.

Na altura do V-40, foi identificada a Fazenda Fechada, cujas principais atividades são a produção de
capim para alimentação da criação de gado bovino destinado ao corte (venda). Foram observados
também cultivos de mandioca e feijão para subsistência.

Entre o vértice V-41 e o V-42, foi identificada a localidade Muniz, sendo observadas benfeitorias a
50 m da diretriz preferencial. Essa localidade está inserida na área do PA Riacho dos Porcos, que é
interceptado pela diretriz. Ressalta-se que, na área atravessada no PA, não existem moradias,
somente casas de roça. Aproximadamente 550 famílias residem no território, que se estende, em
grande parte, pelo município de Paratinga, e pelo município de Bom Jesus da Lapa, onde as terras
são mais próximas ao rio São Francisco. Os lotes variam de 20 a 40 ha, para os que possuem terra
com melhor qualidade, até 60 ha, para as terras menos produtivas.

O crescimento populacional no PA ocorre somente nas próprias famílias, dentro dos próprios lotes.
Os mais jovens migram, em busca de melhores condições de vida e trabalho, para São Paulo, Brasília,
Goiânia e cidades do Paraná. A sede municipal de Paratinga é a referência para a população
assentada, na busca por serviços de saúde e bancários e comércio. A Unidade Básica de Saúde (UBS)
de Lagoa D’anta é a referência para a população local. As escolas de referência estão situadas na
localidade Barro Branco e na sede municipal de Paratinga. Alguns moradores produzem capim para
a alimentação do gado bovino de corte e leite e possuem áreas de roçado, ambas essas atividades
destinadas à subsistência das famílias de assentados.

Na altura do vértice V-43, foi identificada a localidade Lagoa D’anta, que se desenvolve pelos lados
direito e esquerdo da diretriz preferencial estudada. A comunidade se formou a partir da atividade
agropecuária, e seu domínio está inserido parcialmente no município de Paratinga; a outra parte está
inserida no município de Bom Jesus da Lapa. São aproximadamente 30 famílias residentes. Há uma
UBS que atende a população local e de localidades vizinhas. A população em idade escolar segue
para a escola do povoado Lagoa de Esmael e para as escolas da cidade de Paratinga. A principal
atividade produtiva é a pecuária bovina de corte. Foram observadas benfeitorias (casa e curral
abandonados) próximas à diretriz preferencial.

No município de Bom Jesus da Lapa, entre os vértices V-44 e V-45, a diretriz preferencial intercepta
a área do PA Campo Grande I. Nesse PA, estão assentadas 120 famílias. A principal atividade
produtiva é a pecuária bovina. A agrovila está situada a mais de 9 km de distância da diretriz.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 34
Entre o V-46 e o V-47, foi identificada a Fazenda Morro Escuro, composta por residências de duas
famílias, que produzem milho, feijão, melancia, maxixe e mandioca, principalmente. O excedente
produtivo é vendido na feira da cidade de Bom Jesus da Lapa. Pararam de produzir algodão, por
conta de mortes devido ao veneno. Há três linhas de transmissão atravessando a propriedade. Foram
observadas benfeitorias a 50 m da diretriz do C2.

Entre os vértices V-50 e V-51, foi identificado o Loteamento Mundo Novo, considerado área de
expansão urbana de Bom Jesus da Lapa. Está localizado a 230 m da diretriz do C2 da LT.

Entre o V-52 e o V-53, próximo à chegada na SE Bom Jesus da Lapa II, foi identificada a Fazenda
Patos, com benfeitorias situadas a 250 m da diretriz do C2 da LT.

No Anexo 3A – Relatório Fotográfico, são apresentados os registros feitos a partir das observações
da equipe técnica em campo.

Da perspectiva da legislação de uso e ocupação do solo dos 7 municípios baianos atravessados pela
diretriz preferencial, verificou-se que somente Boquira apresenta Plano Diretor Municipal e seu
respectivo zoneamento: Lei Municipal no 449/2006 (Plano Diretor Participativo de Boquira).

Os municípios de Oliveira dos Brejinhos, Paratinga e Bom Jesus da Lapa, que possuem mais de 20
mil habitantes1, e os demais municípios analisados – Gentio do Ouro, Ipupiara e Brotas de Macaúbas
–, não possuem legislação de ordenamento territorial.

3.3.2.2 Áreas de agricultura


Com relação aos estabelecimentos rurais e às atividades agropecuárias existentes nos municípios
interceptados pela diretriz preferencial da LT, segundo os dados do último Censo Agropecuário
(IBGE, 2017), é observada a predominância de propriedades com extensões de até 50 ha, sendo que
mais de 87% dos estabelecimentos rurais nos municípios interceptados estão enquadrados nessa
faixa de estrutura fundiária. A atividade pecuária é predominante na maioria dos municípios
atravessados pela diretriz preferencial, ocorrendo em 62,4% dos estabelecimentos rurais. É
importante destacar também os percentuais de estabelecimentos rurais com lavouras temporárias
nos municípios de Gentio do Ouro (52,4%) e Brotas de Macúbas (49,9%).

Nos Quadro 3-7 e Quadro 3-8, a seguir, são apresentadas as principais características dos
estabelecimentos rurais dos municípios interceptados pela diretriz preferencial, no que tange à
estrutura fundiária e à utilização das terras.

1 Segundo determinação do Estatuto das Cidades, todo município com mais de 20 mil habitantes tem a obrigação de
elaborar um Plano Diretor.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 35
Quadro 3-7 – Estrutura fundiária.

ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS (%) X ESTRUTURA FUNDÁRIA – 2017

MUNICÍPIO (UF) 10 A 50 A
200 A MENOS 500 ha E PRODUTOR
ATÉ 10 HA MENOS DE MENOS DE
DE 500 ha MAIS SEM ÁREA
50 ha 200 ha

Gentio do Ouro
55,0 35,9 7,1 1,3 0,2 0,5
(BA)

Ipupiara (BA) 43,2 45,3 10,2 1,1 0,1 0,0

Brotas de
48,4 43,0 8,1 0,4 0,1 0,0
Macaúbas (BA)

Oliveira dos
45,9 36,3 14,7 2,2 0,8 0,1
Brejinhos (BA)

Boquira (BA) 58,4 31,0 6,1 0,4 0,2 4,0

Paratinga (BA) 27,7 58,7 12,3 0,6 0,2 0,6

Bom Jesus da
42,6 42,0 12,5 1,6 1,2 0,1
Lapa (BA)

Fonte: IBGE – Censo Agropecuário, 2017.

Quadro 3-8 – Utilização das terras.

ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS (%) X UTILIZAÇÃO DAS TERRAS – 2017


PRODUÇÃO DE LAVOURAS

PRODUÇÃO DE LAVOURAS

PRODUÇÃO DE SEMENTES

PRODUÇÃO FLORESTAL –

PRODUÇÃO FLORESTAL –
PECUÁRIA E CRIAÇÃO DE
E MUDAS CERTIFICADAS

FLORESTAS PLANTADAS

FLORESTAS NATIVAS
OUTROS ANIMAIS
HORTICUTURA E
FLORICULTURA

PERMANENTES
TEMPORÁRIAS

AQUICULTURA
MUNICÍPIO (UF)
PESCA

Gentio do Ouro (BA) 52,4 0,5 2,1 0,0 44,3 0,6 0,2 0,0 0,0

Ipupiara (BA) 43,8 0,3 0,4 0,0 55,0 0,6 0,0 0,0 0,0

Brotas de Macaúbas (BA) 49,9 0,7 0,5 0,1 48,0 0,7 0,0 0,0 0,0

Oliveira dos Brejinhos (BA) 18,7 0,4 0,8 0,0 73,8 3,6 2,7 0,0 0,0

Boquira (BA) 28,5 0,3 0,5 0,0 63,3 1,7 5,8 0,0 0,0

Paratinga (BA) 22,3 0,5 0,1 0,0 75,0 1,4 0,1 0,6 0,1

Bom Jesus da Lapa (BA) 11,6 1,1 23,5 0,0 53,4 0,0 10,0 0,4 0,0

Fonte: IBGE – Censo Agropecuário, 2017.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 36
Com relação aos principais produtos agrícolas nos municípios atravessados pela diretriz preferencial,
observa-se, analisando-se os dados da pesquisa da produção agrícola municipal, elaborada pelo
IBGE para o ano de 2020, que, dentre as lavouras permanentes, em termos de área destinada à
colheita e de valor da produção, a cultura da banana é predominante nos municípios de Gentio do
Ouro, Ipupiara e Bom Jesus da Lapa. Nos municípios de Oliveira dos Brejinhos e Boquira predomina
o cultivo de manga. A banana também apresenta algum destaque dentre as lavouras permanentes
existentes em Oliveira dos Brejinhos, conforme é apresentado no Quadro 3-9. Cabe mencionar que
o IBGE não disponibilizou os dados sobre lavouras permanentes nos municípios de Brotas de
Macaúbas e Paratinga.
No tocante às lavouras temporárias, de acordo com os dados da pesquisa da produção agrícola
municipal (IBGE, 2020), considerando os percentuais de áreas plantadas e valores de produção
(Quadro 3-5), é predominante a cultura de feijão nos municípios de Ipupiara, Brotas de Macaúbas,
Boquira e Paratinga. Apesar desse predomínio em áreas plantadas com feijão, as culturas de
mandioca e algodão herbáceo geram mais riqueza nos municípios de Gentio do Ouro e Bom Jesus
da Lapa, respectivamente. Em Oliveira dos Brejinhos, ocorre o contrário. Há maior percentual de
áreas plantadas com milho, porém, percentualmente, o maior valor de produção vem das lavouras
temporárias de feijão.

Quadro 3-9 – Principais produtos da lavoura permanente (2020).


LAVOURA PERMANENTE (%) - 2020

TANGERINA
COCO-DA-

LARANJA

MUNICÍPIO
BANANA
(CACHO)

MANGA
GOIABA

LIMÃO

VARIÁVEL
BAÍA

(UF)

Área destinada à
93,0 2,3 0,0 2,3 0,0 2,3 0,0
Gentio do colheita (ha)
Ouro (BA) Valor da produção (Mil
99,0 0,2 0,0 0,3 0,0 0,5 0,0
Reais)
Área destinada à
100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Ipupiara colheita (ha)
(BA) Valor da produção (Mil
100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
Reais)
Área destinada à
Brotas de - - - - - - -
colheita (ha)
Macaúbas
(BA) Valor da produção (Mil
- - - - - - -
Reais)
Área destinada à
Oliveira dos 20,0 0,0 0,0 0,0 0,0 80,0 0,0
colheita (ha)
Brejinhos
(BA) Valor da produção (Mil
28,6 0,0 0,0 0,0 0,0 71,4 0,0
Reais)

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 37
LAVOURA PERMANENTE (%) - 2020

TANGERINA
COCO-DA-

LARANJA
MUNICÍPIO

BANANA
(CACHO)

MANGA
GOIABA

LIMÃO
VARIÁVEL

BAÍA
(UF)

Área destinada à
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 0,0
Boquira colheita (ha)
(BA) Valor da produção (Mil
0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 100,0 0,0
Reais)
Área destinada à
- - - - - - -
Paratinga colheita (ha)
(BA) Valor da produção (Mil
- - - - - - -
Reais)
Área destinada à
Bom Jesus 96,5 0,0 0,3 1,0 0,8 0,3 1,1
colheita (ha)
da Lapa
Valor da produção (Mil
(BA) 98,3 0,0 0,2 0,4 0,5 0,1 0,5
Reais)

Fonte: IBGE – SIDRA, 2022.

Quadro 3-10 – Principais produtos da lavoura temporária (2020).

LAVOURA TEMPORÁRIA (%) - 2020


ALGODÃO HERBÁCEO

SORGO (EM GRÃO)


MILHO (EM GRÃO)
CANA-DE-AÇÚCAR

FEIJÃO (EM GRÃO)


(EM CAROÇO)

MANDIOCA

MUNICÍPIO (UF) VARIÁVEL

Área plantada (ha) 0,0 2,1 42,0 21,0 35,0 0,0


Gentio do Ouro (BA)
Valor da produção (Mil Reais) 0,0 9,3 39,3 43,7 7,7 0,0

Área plantada (ha) 0,0 0,2 56,4 3,9 39,5 0,0


Ipupiara (BA)
Valor da produção (Mil Reais) 0,0 2,8 47,9 40,8 8,5 0,0

Brotas de Macaúbas Área plantada (ha) 0,0 3,2 57,9 7,4 31,6 0,0
(BA) Valor da produção (Mil Reais) 0,0 2,8 60,6 7,0 29,6 0,0

Oliveira dos Brejinhos Área plantada (ha) 0,0 1,9 43,8 7,7 46,6 0,0
(BA) Valor da produção (Mil Reais) 0,0 7,9 57,4 17,8 16,8 0,0

Área plantada (ha) 0,0 1,3 56,2 3,8 38,3 0,4


Boquira (BA)
Valor da produção (Mil Reais) 0,0 0,3 46,8 44,0 7,8 1,1

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 38
LAVOURA TEMPORÁRIA (%) - 2020

ALGODÃO HERBÁCEO

SORGO (EM GRÃO)


MILHO (EM GRÃO)
CANA-DE-AÇÚCAR

FEIJÃO (EM GRÃO)


(EM CAROÇO)

MANDIOCA
MUNICÍPIO (UF) VARIÁVEL

Área plantada (ha) 0,0 4,5 74,3 6,8 13,5 1,0


Paratinga (BA)
Valor da produção (Mil Reais) 0,0 7,2 69,6 21,0 1,9 0,3

Área plantada (ha) 27,7 0,2 41,6 3,3 24,9 2,2


Bom Jesus da Lapa (BA)
Valor da produção (Mil Reais) 50,9 0,3 25,0 12,5 10,6 0,7

Fonte: IBGE – SIDRA, 2022.

Durante a inspeção de campo, foi observada predominância das pastagens ao longo do traçado da
diretriz preferencial (23,7%), presente em todos os municípios, entre formações de vegetação natural
e áreas de atividade agrícola (Foto 3-13 e Foto 3-14), como pode ser visualizado no Mapa de
Cobertura Vegetal e Uso do Solo, disponível no Anexo 4A.3.

Foto 3-13 – Atividade pecuária exercida entre Foto 3-14 – Atividade pecuária exercida entre
formações naturais. atividade agrícola.
Coordenadas: 23 S 731.277 m E / 8.603.830 m S. Coordenadas: 23 S 603.530 m E / 8.247.025 m S.

Em campo, foram verificadas benfeitorias de uso domiciliar rural inseridas na faixa de servidão da
diretriz preferencial da LT, configurando-se, portanto, como possíveis situações de relocação. Em
geral, esses usos compreendem existência de imóvel domiciliar acompanhado de estruturas de
galinheiro, horta e, em alguns casos, curral ou barracão de maquinários. Na subseção 4.4, apresenta-
se a localização das benfeitorias com potencial de relocação.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 39
3.3.2.3 Áreas industriais
A maioria das áreas de uso industrial ou agroindustrial foram pré-definidas como incompatíveis
durante a modelagem da diretriz preferencial, devido às restrições de uso mútuo do território, como
as Centrais Geradoras de Energia. No corredor de estudo dessa diretriz, essas Centrais são
representadas por extensas áreas com placas fotovoltaicas concentradas e aerogeradores
distribuídos em topos de morros, majoritariamente, no entorno da Subestação (SE) Bom Jesus da
Lapa II e Gentio do Ouro II, bem como no município de Oliveira dos Brejinhos – entre os vértices V-
22 e V-23 (Foto 3-15 e Foto 3-16).

Foto 3-15 – Unidade Geradora de Energia Foto 3-16 – Unidade Geradora de Energia
Fotovoltaica (UFV) Sol do Sertão. Fotovoltaica (UFV) Sol do Sertão.
Coordenadas: 23 S 757.843 m E / 8.634.706 m S. Coordenadas: 23 S 757.842 m E / 8.634.706 m S.

No entanto, algumas atividades industriais podem ser compatíveis com a diretriz preferencial,
principalmente empreendimentos da mesma natureza, como outras Linhas de Transmissão de
Energia (LTs). Para definição da diretriz, o paralelismo com LTs foi um aspecto considerado favorável,
tendo em vista que essa sinergia tende a reduzir alguns impactos ecológicos e fundiários. Ao longo
da atual diretriz preferencial, são atravessadas 3 (três) LTs já em operação comercial (Foto 3-17),
além de haver paralelismo integral com a LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do Ouro II (Foto
3-18).

Foto 3-17 – LT em operação comercial paralela à Foto 3-18 – Trecho de paralelismo com duas LTs
diretriz preferencial do traçado. Coordenadas: 23 S 704.634 m E / 8.584.643 m S.
Coordenadas: 23 S 754.055 m E / 8.738.976 m S.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 40
3.3.2.4 Áreas utilizadas para turismo e lazer
Os principais atrativos de turismo e lazer, nos municípios interceptados pela diretriz preferencial da
LT, estão relacionados, basicamente, com os recursos naturais/paisagísticos da região (águas termais,
cachoeiras, rios) e com as manifestações culturais (romaria, festas populares – Folia de Reis e Festa
do Divino, dentre outras). Dos 7 municípios baianos interceptados pela diretriz, Bom Jesus da Lapa
destaca-se como o de maior potencial turístico e relevância sociocultural.

Conhecida como a “Capital Baiana da Fé”, Bom Jesus da Lapa conta com vários pontos turísticos. O
principal deles é o Santuário do Bom Jesus da Lapa, que atrai, por ano, cerca de 2 milhões de pessoas
e torna a romaria que ocorre na cidade a terceira maior do Brasil. Além da gruta principal, o Morro
de Bom Jesus da Lapa conta com outras quinze grutas que podem ser visitadas. Outros importantes
pontos de lazer dos moradores e de turismo são: a Orla de São Francisco (Barrinha); a prainha de
Bom Jesus da Lapa, às margens do rio São Francisco; o Mercado Municipal de Bom Jesus da Lapa; a
comunidade Barrinha, na qual podem ser apreciadas comidas típicas; o Teatro Municipal Professora
Ivonildes de Melo; a Casa de Cultura Professor Antônio Barbosa, que abriga a Biblioteca Municipal
Eleonor Magalhães Cezar; o Museu do Santuário; o Abrigo dos Pobres; a Catedral de Nossa Senhora
do Carmo e a Praça da Fé. O município conta com mais de onze mil leitos, distribuídos em diferentes
tipos de hospedagem. Outras manifestações culturais encontradas em Bom Jesus da Lapa são as
citadas Folia de Reis e Festa do Divino Espírito Santo. Caretagem é um grupo musical tradicional,
que existe há mais de 70 anos e que conta com instrumentos percussivos, máscaras e fantasias.

Os demais municípios atravessados pela diretriz apresentam potencial turístico relacionado ao


ecoturismo, com trilhas, cachoeiras e grutas, além de manifestações e patrimônios culturais que
atraem a atenção de visitantes e turistas.

Gentio do Ouro possui grande potencial turístico, que sempre encanta os visitantes com a sua
biodiversidade, opções para piqueniques, práticas de rapel, trilhas e banho nas cachoeiras, como a
Cachoeira de Santo Inácio, e as pinturas rupestres. No município, também existem casarões antigos
e a Igreja de São José. Além dos tradicionais eventos promovidos pela Prefeitura, há muitas festas e
eventos na praça. Destaque para o festejo tradicional de Santo Inácio, antiga sede municipal, e para
atrações naturais, como o escorrega, encantado, buritizinho, folha larga e barragem de Santo Inácio,
entre outras.

Em Ipupiara, as principais áreas de valor turístico no município são a Cachoeira da Solta, com uma
queda d’água de aproximadamente 32 m de altura, a Baliza de Solta (Sítio de Arte Rupestre),
Memorial Carlos Lamarca, Rio Verde (temporário, época de chuva), Lagoa do Carranca com água
doce e cristalina, ambientes que atraem também visitantes de outros municípios, como Brotas de
Macaúbas, Gentio do Ouro, Barra do Mendes e Ibipeba. No município de Ipupiara, também são

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 41
realizados festejos tradicionais, como a Festa de São José e a Festa de São João de Ipupiara, realizada
no mês de junho, uma das melhores festas do interior da Bahia.

O turismo em Brotas de Macaúbas não tem importância significativa na renda municipal; apesar
disso, no município existem muitas áreas de arte rupestre, de grutas e cavernas, locais, como Lajedo,
Mangabeira, Pedra do Urubu e Pé do Morro do Cruzeiro. Outros atrativos locais são as festividades
tradicionais, como a Festa do Divino, a Festa de Nossa Senhora Aparecida e a Festa de Aniversário
da Cidade, dentre outros eventos produzidos pela Prefeitura. Destaque também, em termos de
atrativo histórico-cultural, para a Praça Imaculada Conceição, no centro da cidade.

Os principais patrimônios de valor histórico, cultural, paisagístico e arqueológico de Oliveira dos


Brejinhos são o Parque de Pintura Rupestre, no Povoado de São Bento, e a Casa do Coité – primeira
construção do município. O turismo só se reflete na renda do município em épocas de festejos, como
no aniversário da cidade e em feiras e exposições agropecuárias realizadas pela Prefeitura.

No município de Boquira, o turismo não é uma fonte de renda representativa. Apesar disso, existem
algumas áreas de valor paisagístico e arqueológico, como é o caso da Lapinha – Cachoeira da Pintura;
a Nascente da Fazendinha; Lapinha – Sítio Arqueológico e Pintura Rupestre na Fazendinha, além dos
festejos culturais promovidos pela Prefeitura, como o Aniversário da Cidade (06 de abril), a Festa de
São João (21 a 24 de junho), a Festa da Padroeira Nossa Senhora da Abadia (15 de agosto), a
Cavalgada da Independência (07 de setembro) e a Festa de Santa Bárbara (04 de dezembro).

Em Paratinga, como principais áreas de lazer e turismo do município, o destaque fica para as fontes
termais do distrito de Águas do Paulista e um de seus povoados, Brejo das Moças. O município
também concentra vários eventos religiosos e de folclore. Em janeiro, ocorre a Folia de Reis; em
fevereiro, a cidade realiza o carnaval; em maio, ocorre a Festa do Divino Espírito Santo; em junho, a
Festa de Santo Antônio e São João, que coincide com o aniversário da cidade, e, em dezembro, a
Festa de Nossa Senhora da Conceição.

Cabe ainda destacar que não foi observada, durante a inspeção de campo, a interceptação de áreas
de turismo e lazer pela diretriz preferencial.

3.3.2.5 Localização de cavas de mineração


Não há atividades de lavra ao longo da diretriz estudada.

3.3.2.6 Verificação e indicação de eventuais restrições à implantação da LT


Em relação às disposições sobre o uso e a ocupação do solo do município atravessado pela diretriz
preferencial que possui Plano Diretor – Boquira –, não foi constatado nenhum tipo de restrição à
instalação da LT em estudo. Destaca-se que os municípios de Gentio do Ouro, Ipupiara, Brotas de

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 42
Macaúbas, Oliveira dos Brejinhos, Paratinga e Bom Jesus da Lapa não possuem legislações
especificas para o uso e ocupação do solo.

Também cabe destacar, como será detalhado adiante, que a diretriz não intercepta Terras Indígenas
(TIs) ou Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs) e que 3 (tês) Projetos de Assentamento
(PAs) são interceptados (PA Riacho dos Porcos e PA Santo Antônio, em Paratinga, e PA Campo
Grande I, em Bom Jesus da Lapa), porém não são afetados diretamente seus núcleos ou vilas
residenciais. Não foi constatada nenhuma área urbana, ou faixa de expansão urbana, ao longo da
diretriz preferencial.

Em consulta realizada ao Cadastro Ambiental Rural – CAR, verificou-se que a diretriz preferencial
intercepta 615 propriedades rurais, que correspondem a 208,26 km de sua extensão total (77,13%).
Ao longo dessa diretriz, 154 Reservas Legais são atravessadas pela sua faixa de servidão, o que
corresponde a 244,06 ha da sua abrangência territorial (6,94%).

3.3.3 Incidência de malária


Segundo a Lista de municípios pertencentes às áreas de risco ou endêmicas para malária, para o ano
de referência 2020, atualizado em 03.08.2021, referente à Portaria Interministerial no 60, de
24.03.2015, e à Portaria no 1, de 13.01.2014, nenhum dos municípios localizados no corredor de
estudo e/ou interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do
Ouro II C2 e C3 pertence às áreas de risco para malária.

Para a citada Lista, entende-se por “Áreas endêmicas” todos os municípios da Região Amazônica,
composta pelos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins, e, como “Áreas de risco”, os municípios com ao menos 1 (um) caso autóctone
nos últimos 3 anos.

3.3.4 Avifauna
As informações sobre as rotas e áreas de concentração de aves migratórias foram obtidas através do
Banco de Dados disponibilizado por CEMAVE/ICMBio (2020), que considera como aves migratórias
brasileiras as espécies indicadas por SOMENZARI et al. (2018) na publicação “An overview of
migratory birds in Brazil”, que reconhecem 198 espécies migratórias. Essa mesma publicação também
apresenta o mapa de registros de espécies de aves ameaçadas de extinção.

De acordo com CEMAVE/ICMBio (2020), considerando as “Áreas Importantes para aves migratórias
por expressiva concentração de indivíduos”, ocorrem 3 dessas áreas no Estado da Bahia — Região
de Cacha-Prego, Camamu e Mangue Seco — todas localizadas no litoral, não havendo nenhuma
delas no corredor de estudo e/ou interceptadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV Bom Jesus da
Lapa II – Gentio do Ouro II C2 e C3.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 43
No mesmo relatório (CEMAVE/ICMBio, 2020), quanto às “Áreas Importantes para aves migratórias
definidas pela riqueza de espécies”, também não ocorrem essas áreas no corredor de estudo e/ou
interceptadas pela diretriz preferencial, como pode ser observado na Figura 3-2.

Quanto aos registros de aves ameaçadas de extinção no Brasil listadas na Portaria 444, do Ministério
do Meio Ambiente, de 17 de dezembro de 2014, o banco de dados de CEMAVE/ICMBio (2020),
também não aponta a ocorrência delas no corredor de estudo e/ou interceptados pela diretriz
preferencial da LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do Ouro II C2 e C3 (Figura 3-3).

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 44
Figura 3-2 – Áreas importantes para aves migratórias definidas pela riqueza de espécies na região de inserção do corredor de estudos da
LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do Ouro II C2 e C3.
Fontes: CEMAVE/ICMBio, 2020; Google Earth, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e análise Revisão 01
socioambiental – R3 Maio de 2022 45
Figura 3-3 – Áreas com registros de aves ameaçadas de extinção na região de inserção do corredor de estudos da LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II –
Gentio do Ouro II C2 e C3.
Fontes: CEMAVE/ICMBio, 2020; Google Earth, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e análise Revisão 01
socioambiental – R3 Maio de 2022 46
Adicionalmente, com relação à ocorrência de aves migratórias para o corredor de estudo da
LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do Ouro II C2 e C3, utilizaram-se os dados apresentados no
Estudo de Médio Impacto (EMI) da LT em foco (BJL/BIODINÂMICA, 2018), obtidos através de
levantamentos de campo e de dados secundários (publicações científicas, documentos técnicos,
livros e acervos museológicos, espécimes depositados em coleções científicas, banco de dados com
acervos fotográficos e/ou sonoros) para os municípios atravessados e outros de seu entorno.

De acordo com BJL/BIODINÂMICA (2018), durante os levantamentos de campo, não foram


observados indícios de concentrações de aves, ou locais propícios para tal. Contudo, para a região
do empreendimento, são conhecidas três espécies de aves migratórias neárticas, duas migrantes
austrais e outras duas de origem desconhecida (PIMENTEL, 1985; CAVALCANTI, 1990; ALVES, 2007;
CAPLLONCH et al., 2008; PIACENTINI et al., 2015; COLLAR & JUANA, 2015). As espécies migrantes
neárticas são: Actitis macularius (maçarico-pintado), Tringa solitaria (maçarico-solitário) e Tringa
flavipes (maçarico-de-perna-amarela). As espécies migrantes austrais são: Elaenia chilensis
(guaracava-de-crista-branca) e Turdus amaurochalinus (sabiá-poca). As espécies de origem
desconhecida são: Pyrocephalus rubinus (príncipe) e Myiodynastes maculatus (bem-te-vi-rajado).

Com relação à ocorrência de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção para o corredor de estudo
da LT em análise, utilizaram-se os dados apresentados no Estudo de Médio Impacto (EMI) dessa LT
(BJL/BIODINÂMICA, 2018), que foram obtidos através de levantamentos de campo e de dados
secundários (publicações científicas, documentos técnicos, livros e acervos museológicos, espécimes
depositados em coleções científicas, banco de dados com acervos fotográficos e/ou sonoros) para
os municípios atravessados e outros de seu entorno.

Nesse EMI, foram listadas 42 espécies de vertebrados terrestres consideradas endêmicas. A maioria
delas é endêmica para os biomas Caatinga e/ou Cerrado, com ocorrência de espécies de aves mais
restritas aos ambientes florestais dentro desses biomas.

Em relação às espécies de vertebrados terrestres ameaçadas de extinção, no EMI foram encontradas


92 espécies, sendo 26 na Lista Oficial da Fauna Ameaçada do Brasil (Portaria MMA 444/2014), 28 na
Lista Estadual (Portaria SEMA no 37, 2017) e 72 espécies nos Anexos da CITES (2017). Em relação aos
grupos faunísticos, a avifauna corresponde à maior parte (51%) das espécies ameaçadas e/ou
presentes na lista da CITES e estão listadas no Quadro 3-11.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 47
Quadro 3-11 – Lista de Espécies de Aves Ameaçadas registradas no corredor de estudo e apresentados no
Estudo de Médio Impacto (EMI) da LT 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Gentio do Ouro II (BJL/BIODINÂMICA,
2018).

NOME CIENTÍFICO SEMA 2017 MMA 2014 IUCN CITES


Amazilia fimbriata - - - Anexo II
Amazilia lactea - - - Anexo II
Amazilia versicolor - - - Anexo II
Amazona aestiva - - - Anexo II
Anopetia gounellei - - - Anexo II
Anthracothorax nigricollis - - - Anexo II
Ara chloropterus EN - - Anexo II
Athene cunicularia - - - Anexo II
Augastes lumachella EN EN - Anexo II
Brotogeris chiriri - - - Anexo II
Buteo brachyurus - - - Anexo II
Campylorhamphus trochilirostris EN EN - -
Caracara plancus - - - Anexo II
Cathartes aura - - - Anexo II
Chlorostilbon lucidus - - - Anexo II
Chrysolampis mosquitus - - - Anexo II
Crypturellus noctivagus VU VU - -
Colibri serrirostris - - - Anexo II
Conopophaga lineata - VU - -
Coragyps atratus - - - Anexo II
Diopsittaca nobilis - - - Anexo II
Eupetomena macroura - - - Anexo II
Eupsittula cactorum - - - Anexo II
Elanus leucurus - - - Anexo II
Falco femoralis - - - Anexo II
Falco sparverius - - - Anexo II
Florisuga fusca - - - Anexo II
Forpus xanthopterygius - - - Anexo II
Geranoaetus albicaudatus - - - Anexo II
Geranoaetus melanoleucus - - - Anexo II
Glaucidium brasilianum - - - Anexo II

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 48
NOME CIENTÍFICO SEMA 2017 MMA 2014 IUCN CITES
Heliomaster squamosus - - - Anexo II
Herpetotheres cachinnans - - - Anexo II
Megascops choliba - - - Anexo II
Milvago chimachima - - - Anexo II
Ortalis guttata - CR - -
Phaethornis pretrei - - - Anexo II
Phaethornis ruber - - - Anexo II
Pionus maximiliani - - - Anexo II
Polytmus guainumbi - - - Anexo II
Primolius maracana - - - Anexo I
arcoramphus papa - - - Anexo III
Stigmatura napensis - VU - -
Thalurania furcata - - - Anexo II
Thectocercus acuticaudatus - - - Anexo II
Tyto furcata - - - Anexo II

Legenda: categorias de ameaça para as listas Brasil/Bahia/IUCN: EN – em perigo; VU – vulnerável; CR –


criticamente em perigo (modificado de FONSECA et al., 1994; IBAMA, 2014; IUCN, 2017); lista CITES: Anexo I
– espécies ameaçadas, cujo comércio pode afetar suas populações; Anexo II – espécies que podem se tornar
ameaçadas se não houver controle do comércio (CITES, 2017).
Fontes da situação atual de conservação: Bahia (PORTARIA SEMA no 37, 2017), Brasil PORTARIA MMA no
444, 2014), IUCN (IUCN, 2017) e (CITES, 2017).

3.4 Meio físico e processos minerários


3.4.1 Informações sobre desligamentos forçados causados por queimadas descargas
atmosféricas, ventos ou queda de árvores
Para o diagnóstico de desligamentos forçados, os registros foram obtidos nos Boletins de
Interrupção de Suprimento de Energia (BISE) disponibilizados pelo Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS) (BISE/ONS, 2022).

Segundo o BISE/ONS no 011/2018, emitido às 15:48h do dia 21/03/2018, houve o desligamento


automático do disjuntor 500 kV-9522 da SE Xingu, com perda do Bipolo Xingu-Estreito, seguido da
abertura das interligações Norte/Nordeste e Norte/Sudeste, com desligamento de praticamente
todas as cargas da região Nordeste maior parte das cargas da Região Norte e atuação da ERAC nas
Regiões Sul, Sudeste/Centro Oeste. A interrupção do fornecimento causou o efeito Blecaute Geral,
atingindo todo o território brasileiro abastecido pelo SIN, com distúrbio de pequeno porte em Minas

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 49
Gerais e distúrbio muito grave na Bahia. O restabelecimento do fornecimento em Minas Gerais se
deu entre 15:51h e 16:20h, enquanto para a Bahia, o restabelecimento ocorreu entre 16:30h e 00:03h
do dia 22/03/2018.

Com relação às perturbações relacionadas ao fornecimento de energia elétrica, o painel Indicadores


de Desempenho do SIN referente à Qualidade do Suprimento (SIN/ONS, 2022), igualmente
disponibilizado pelo ONS, apresenta os seguintes indicadores de perturbações:

• número de perturbações ocorridas na Rede Básica: no ano de 2020, houve um aumento do


total de perturbações em relação aos anos de 2017 a 2019, com destaque para o acréscimo
de eventos relacionados a queimadas. O número de perturbações em 2020 foi o maior
registrado nos últimos cinco anos. Já o percentual de perturbações com corte de carga em
2020 apresentou aumento em relação aos quatro últimos anos (Figura 3-4);

• número de perturbações por Tipo de Equipamento Origem: as linhas de transmissão são


responsáveis, em média, por 70% da origem das perturbações envolvendo a Rede Básica, o
que se justifica pela maior exposição delas em relação aos demais componentes do Sistema
elétrico. Nas Subestações, o componente com maior relevância como origem de
perturbações é o dos equipamentos para controle de reativos, como reatores e banco de
capacitores em derivação (Figura 3-5);

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 50
Figura 3-4 – Número de Perturbações Ocorridas na Rede Básica, entre 2017 e 2022.
Fonte: SIN/ONS, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 51
Figura 3-5 – Número de Perturbações Por Tipo de Equipamento Origem, entre 2017 e 2022.
Fonte: SIN/ONS, 2022.

• principais causas de perturbações em Linhas de Transmissão da Rede Básica: as denominadas


“Condições Meteorológicas Adversas" (descarga atmosférica, chuva/temporal, vento forte,
etc.), são a principal causa de desligamentos, com aproximadamente 30% de participação.
Entretanto, em 2020, houve uma redução significativa dessa causa em relação aos anos
anteriores. Em seguida, destacou-se o item “Queimadas", com 25%, o que representou um
aumento em relação aos anos de 2018 e 2019 (Figura 3-6);

• Incidência de causas sazonais ao longo do ano – Descargas Atmosféricas e Queimadas: As


Descargas Atmosféricas têm sua maior contribuição como causa de perturbações nos 1o e 4o
trimestres do ano, que correspondem ao período úmido das Regiões Sudeste/Centro-Oeste,

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 52
Nordeste e Norte (Figura 3-7). Já as Queimadas têm sua maior contribuição como causa de
perturbações no 3o trimestre e no início do 4o trimestre do ano, que correspondem ao final
do período seco nas Regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Pode-se observar que
o mês de julho de 2020 apresentou o início de incidência dessa causa e, em setembro de
2020, foi o mês de maior incidência de perturbações originadas por queimadas. A partir do
mês de outubro, já se observa uma redução da incidência dessa causa (Figura 3-8).

Figura 3-6 – Número de Perturbações em Linhas de Transmissão da Rede Básica, entre 2017 e 2022.
Fonte: SIN/ONS, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 53
Figura 3-7 – Incidência de Causas Sazonais ao Longo do Ano – Descargas Atmosféricas, entre 2017 e 2022.
Fonte: SIN/ONS, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 54
Figura 3-8 – Incidência de Causas Sazonais ao Longo do Ano – Queimadas, entre 2017 e 2022.
Fonte: SIN/ONS, 2022.

Quanto à Densidade de Descargas Atmosféricas, ocorrida entre 2016 e 2019, o valor médio por
km²/ano, para os municípios atravessados pelo corredor de estudos definido para o
empreendimento, é apresentado na Figura 3-9.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 55
Figura 3-9 – Densidade de Descargas Elétricas dos municípios atravessados, entre 2016 e 2019.
Fonte: ELAT/INPE, 2022.

3.4.2 Regime de chuvas


Para o diagnóstico do regime de chuvas da região do corredor de estudos definido para o
empreendimento, foi consultado o parâmetro Precipitação Acumulada das Normais Climatológicas
de 1981-2010 e 1991-2020, fornecidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia, para as estações de
Barra, Bom Jesus da Lapa e Irecê (Quadro 3-12).

Quadro 3-12 – Estações meteorológicas utilizadas.

LOCALIZAÇÃO
NOME DA ESTAÇÃO CÓDIGO INMET
LATITUDE (S) LONGITUDE (W)

Barra 83179 11°05’ 43°10’

Bom Jesus da Lapa 83288 13°16’ 43°25’

Irecê 83182 11°18’ 41°52’

Fonte: INMET, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 56
As precipitações registradas pelas estações utilizadas, conforme pode ser observado na
Figura 3-10, para ambas as Normais Climatológicas, demonstram a existência de dois períodos
sazonais bem delimitados, sendo o período mais chuvoso no intervalo verão-outono, com maiores
volumes absolutos para o mês de dezembro.

O período mais seco, com muito baixa pluviosidade, ocorre de maio a setembro, com médias abaixo
de 50 mm, e concentra-se nos meses de junho a agosto, quando a precipitação mínima total fica,
normalmente, sempre abaixo de 3 mm.

O Quadro 3-13 apresenta os valores médios totais anuais registrados pelas estações utilizadas.

Quadro 3-13 – Valores médios totais anuais.

NORMAL CLIMATOLÓGICA
ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
1981-2010 1991-2020

Barra 670,4 mm 659,8 mm

Bom Jesus da Lapa 797,5 mm 755,8 mm

Irecê 609 mm 557 mm

Fonte: INMET, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 57
250,0

200,0
Precipitação (mm)

150,0

100,0

50,0

0,0
1981-2010 1991-2020 1981-2010 1991-2020 1981-2010 1991-2020
Barra Bom Jesus da Lapa Irecê
JAN 97,9 112,7 118,5 117,9 91,8 90,9
FEV 100,4 96,2 100,3 96,1 81,2 78,3
MAR 125,5 125,5 111,7 111 112,5 93,7
ABR 77,9 67,2 52,5 53,8 45,7 44
MAI 15,3 13,8 10,1 11,6 16,2 11
JUN 2,0 1,4 1,9 2,4 1,2 1,9
JUL 0,2 0,1 0,6 0,4 1,1 1,1
AGO 0,6 0,3 2,6 0,9 0,8 0,9
SET 8,5 6,7 15,8 11 4,1 3,5
OUT 33,5 30,9 54,7 47,7 34,3 31,9
NOV 93,5 97,9 121 134,9 99,2 95,6
DEZ 115,1 107,1 207,8 168,1 120,9 104,2

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 3-10 – Precipitação Acumulada.


Fonte: INMET, 2022.

Essa variação relacionada à precipitação sazonal, pode ser mais bem observada na
Figura 3-11, que apresenta um comparativo entre os valores médios mensais das estações para as
Normais Climatológicas de 1981-2010, enquanto a Figura 3-12 faz o mesmo comparativo para os
valores médios de 1991-2020.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 58
250,0

200,0
Precipitação (mm)

150,0

100,0

50,0

0,0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1981-2010

Barra Bom Jesus da Lapa Irecê

Figura 3-11 – Comparativo entre as estações – 1981-2010.


Fonte: INMET, 2022.

180

160

140
Precipitação (mm)

120

100

80

60

40

20

0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1991-2020

Barra Bom Jesus da Lapa Irecê

Figura 3-12 – Comparativo entre as estações – 1991-2020.


Fonte: INMET, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 59
Da análise comparativa entre os volumes médios registrados para as estações meteorológicas
utilizadas, as Normais Climatológicas não apresentaram modificações abruptas relativas à
pluviometria, quando relacionadas aos períodos sazonais seco e úmido.

Em relação à dinâmica de desenvolvimento das obras civis para a implantação do empreendimento,


e dadas as características do mesmo, as obras de escavação para a instalação das torres de
transmissão deverão ser priorizadas, considerando o período sazonal seco, para que não ocorra a
deflagração de processos erosivos e outros associados. Se isso não for possível, deverão ser aplicadas
alternativas ambientais para que não sejam criados focos erosivos que possam vir a ser intensificados
durante o período úmido da região.

3.4.3 Condicionantes geológico-geotécnicos


O contexto geológico e os litotipos que constituem determinados terrenos estão diretamente
ligados à dinâmica de formação de relevos e solos, sendo também condicionantes para a eventual
geração de sismos e ocorrência de cavidades.

Dessa forma, a caracterização geológica é de grande importância para o melhor entendimento do


Meio Físico em que se insere o empreendimento, permitindo um planejamento melhor no uso e
ocupação das áreas de intervenção.

Ao longo da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3, que
se encontra no contexto geotectônico da Província São Francisco, ocorrem rochas associadas aos
Supersistemas Espinhaço e São Francisco e seu embasamento cristalino, composto por rochas
arqueanas e proterozoicas do Cráton do São Francisco, também sendo verificadas coberturas
sedimentares fanerozoicas recentes.

O Cráton do São Francisco foi descrito por ALMEIDA (1977) como uma faixa que resistiu às orogenias
brasilianas, ocorridas durante o Neoproterozoico, estando limitado pelos sistemas orogênicos
Mantiqueira, Tocantins e Borborema. Sobre suas rochas mais antigas, foram depositadas as unidades
correspondentes à cobertura do cráton, representadas pelos Supergrupos Espinhaço e São Francisco.
O primeiro abrange uma sequência de sedimentos terrígenos, intrudidos por magmatismo básico
em forma de sills e diques, com idades anteriores à do Supergrupo São Francisco (BABINSKI et al.,
1993), que é composto por um conjunto de rochas terrígenas e carbonáticas, depositadas em
ambiente marinho, com influência glaciogênica, que grada para condições plataformais
(DOMINGUEZ, 1996).

As unidades litoestratigráficas que compõem o corredor de estudo do empreendimento são


apresentadas no Anexo 4A.4 – Mapa de Condicionantes Geológico-Geotécnico. Foram utilizados
como referências os arquivos vetoriais das Cartas Geológicas do Brasil ao Milionésimo, Folhas Rio

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 60
São Francisco (SC.23) e Brasília (SD.23), disponibilizados pelas Companhia de Pesquisa de Recursos
Minerais (CPRM).

As diretrizes dos circuitos C2 e C3 do empreendimento estão projetadas, majoritariamente, sobre


Coberturas Detrito-lateríticas Ferruginosas (N1dl), que perfazem cerca de 40% dos terrenos
atravessados, e rochas metassedimentares do Grupo Paraguaçu (aproximadamente 30%),
representadas pelas Formações Açuruá (PP4pa), Lagoa de Dentro (PP4rrl), Mangabeira (PP4pm) e
Ouricuri do Ouro (PP4rro).

Destacam-se as rochas associadas ao Grupo Bambuí, representadas pelo Subgrupo Paraopeba


(NP2bp) e pela Formação Sete Lagoas (NP2sl1), que são unidades compostas por rochas
carbonáticas, passíveis de processos de subsidências ou afundamentos cársticos. Contudo, as
diretrizes do empreendimento atravessam apenas a Formação Sete Lagoas (NP2sl1), que perfaz
cerca de 0,18% de suas extensões.

Cada unidade litoestratigráfica identificada no corredor de estudo, juntamente com suas respectivas
litologias, é apresentada no Quadro 3-14 (C2) e

Quadro 3-15 (C3), que também indicam a área na faixa de servidão e a extensão da diretriz
ocupadas.

Quadro 3-14 – Unidades litoestratigráficas atravessadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2.

UNIDADE ÁREA % FAIXA DE EXTENSÃO


SIGLA LITOLOGIAS % DIRETRIZ
LITOESTRATIGRÁFICA (ha) SERVIDÃO (km)
Depósitos Aluvionares Areia, cascalho e níveis de
Q2a 13,18 0,75 2,03 0,75
Recentes argila.
Areia com intercalações de
Depósitos Aluvionares
Q1a argila e cascalho e restos de - - - -
Antigos
matéria orgânica.
Coberturas Detrito- Areia com níveis de argila e
N1dl 727,10 41,34 111,88 41,35
lateríticas Ferruginosas cascalho e crosta laterítica.
Arcóseo, argilito, calcarenito,
Subgrupo Paraopeba
NP2bp dolomito, folhelho, siltito, - - - -
Indiviso
ritmito e marga.
Formação Sete Lagoas Argilito, silexito, ritmito e
NP2sl1 3,49 0,20 0,54 0,20
- Fácies 1 marga.
Formação Santo
NP1so Filito e metaconglomerado. 28,51 1,62 4,39 1,62
Onofre
NP1oc Unidade Canatiba Filito. - - - -
MP3sm Unidade Viramundo Filito e quartzito feldspático. 58,91 3,35 9,06 3,35

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 61
UNIDADE ÁREA % FAIXA DE EXTENSÃO
SIGLA LITOLOGIAS % DIRETRIZ
LITOESTRATIGRÁFICA (ha) SERVIDÃO (km)
MP3sp Unidade Garapa Filito e quartzito feldspático. 16,79 0,95 2,58 0,95
Quartzito feldspático e
MP3sv Unidade Vereda 16,21 0,92 2,49 0,92
metaconglomerado.
Arenito, conglomerado
MPt Formação Tombador polimítico, arenito - - - -
conglomerático e pelito.
Soleiras e Diques
MP12β Máficos do Espinhaço Diabásio e gabro. 13,20 0,75 2,04 0,75
Setentrional
Soleiras e Diques
Máficos de Brotas de
MP1β Diabásio, diorito e gabro. 44,19 2,51 6,87 2,54
Macaúbas e do Vale do
Paramirim
Ardósia, conglomerado,
PP4pa Formação Açuruá folhelho, siltito, metarenito e 256,09 14,56 39,40 14,56
metassiltito.
Formação Lagoa de Metargilito, metarritmito e
PP4rrl 29,29 1,67 4,42 1,63
Dentro metassiltito.
Metaconglomerado e
PP4pm Formação Mangabeira 126,49 7,19 19,45 7,19
metarenito.
Formação Ouricuri do Metaconglomerado
PP4rro 148,19 8,43 22,83 8,44
Ouro polimítico.
Filito, mica quartzito,
P4M1bf Formação Fazendinha 13,39 0,76 2,06 0,76
quartzito feldspático.
P4M1bm Formação Mosquito Biotita xisto e mica quartzito. - - - -
Filito, mica quartzito,
Formação Riacho do
P4M1br quartzito feldspático e - - - -
Bento
metaconglomerado.
Mica quartzito, quartzito
P4M1bb Formação Bom Retiro feldspático e 9,06 0,52 1,40 0,52
metaconglomerado.
Quartzo monzonito,
monzonito, granito,
PP23γ3mg Batólito Guanambi 54,40 3,09 8,37 3,09
monzodiorito e
monzogabro.
Xisto, formação ferrífera
bandada, grafita xisto,
Unidades Boquira e mármore, rocha
A4bb - - - -
Botuporã calcissilicática, quartzito
ferruginoso, metakomatiito e
metamáfica.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 62
UNIDADE ÁREA % FAIXA DE EXTENSÃO
SIGLA LITOLOGIAS % DIRETRIZ
LITOESTRATIGRÁFICA (ha) SERVIDÃO (km)
Gnaisse granítico, migmatito,
A3pm Complexo Paramirim monzogranito e ortognaisse 200,36 11,39 30,79 11,38
granodiorítico.

Quadro 3-15 – Unidades litoestratigráficas atravessadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C3.

UNIDADE ÁREA % FAIXA DE EXTENSÃO


SIGLA LITOLOGIAS % DIRETRIZ
LITOESTRATIGRÁFICA (ha) SERVIDÃO (km)
Depósitos Aluvionares Areia, cascalho e níveis de
Q2a 13,03 0,74 2,01 0,74
Recentes argila.
Areia com intercalações de
Depósitos Aluvionares
Q1a argila e cascalho e restos de - - - -
Antigos
matéria orgânica.
Coberturas Detrito- Areia com níveis de argila e
N1dl 724,37 41,21 111,42 41,20
lateríticas Ferruginosas cascalho e crosta laterítica.
Arcóseo, argilito, calcarenito,
Subgrupo Paraopeba
NP2bp dolomito, folhelho, siltito, - - - -
Indiviso
ritmito e marga.
Formação Sete Lagoas - Argilito, silexito, ritmito e
NP2sl1 3,16 0,18 0,49 0,18
Fácies 1 marga.
NP1so Formação Santo Onofre Filito e metaconglomerado. 28,52 1,62 4,39 1,62
NP1oc Unidade Canatiba Filito. - - - -
MP3sm Unidade Viramundo Filito e quartzito feldspático. 58,90 3,35 9,06 3,35
MP3sp Unidade Garapa Filito e quartzito feldspático. 16,71 0,95 2,57 0,95
Quartzito feldspático e
MP3sv Unidade Vereda 16,00 0,91 2,46 0,91
metaconglomerado.
Arenito, conglomerado
MPt Formação Tombador polimítico, arenito - - - -
conglomerático e pelito.
Soleiras e Diques
MP12β Máficos do Espinhaço Diabásio e gabro. 13,40 0,76 2,06 0,76
Setentrional
Soleiras e Diques
Máficos de Brotas de
MP1β Diabásio, diorito e gabro. 45,56 2,59 7,01 2,59
Macaúbas e do Vale do
Paramirim
Ardósia, conglomerado,
PP4pa Formação Açuruá folhelho, siltito, metarenito e 253,26 14,41 38,91 14,39
metassiltito.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 63
UNIDADE ÁREA % FAIXA DE EXTENSÃO
SIGLA LITOLOGIAS % DIRETRIZ
LITOESTRATIGRÁFICA (ha) SERVIDÃO (km)
Formação Lagoa de Metargilito, metarritmito e
PP4rrl 29,24 1,66 4,55 1,68
Dentro metassiltito.
Metaconglomerado e
PP4pm Formação Mangabeira 124,51 7,08 19,16 7,09
metarenito.
Formação Ouricuri do Metaconglomerado
PP4rro 151,95 8,64 23,46 8,68
Ouro polimítico.
Filito, mica quartzito,
P4M1bf Formação Fazendinha 13,30 0,76 2,05 0,76
quartzito feldspático.
Biotita xisto e mica
P4M1bm Formação Mosquito - - - -
quartzito.
Filito, mica quartzito,
Formação Riacho do
P4M1br quartzito feldspático e - - - -
Bento
metaconglomerado.
Mica quartzito, quartzito
P4M1bb Formação Bom Retiro feldspático e 9,94 0,57 1,53 0,57
metaconglomerado.
Quarzto monzonito,
monzonito, granito,
PP23γ3mg Batólito Guanambi 55,00 3,13 8,46 3,13
monzodiorito e
monzogabro.
Xisto, formação ferrífera
bandada, grafita xisto,
Unidades Boquira e mármore, rocha
A4bb 0,51 0,03 - -
Botuporã calcissilicática, quartzito
ferruginoso, metakomatiito
e metamáfica.
Gnaisse granítico,
A3pm Complexo Paramirim migmatito, monzogranito e 200,39 11,40 30,84 11,40
ortognaisse granodiorítico.

3.4.4 Geomorfologia e hidrografia


Os levantamentos relacionados à geomorfologia e à hidrografia, para a caracterização e análise ao
longo da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 foram
feitos com base no Mapeamento Geomorfológico da Folha Brasília – SD.23 do Projeto RADAM Brasil
e nas Bacias e Divisões Hidrográficas do Brasil, ambos disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).

As Unidades de Relevo, Classes de Declividade e a Hidrografia desse corredor estão apresentadas


na Ilustração 4A.5 – Mapa de Geomorfologia.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 64
3.4.4.1 Geomorfologia

As unidades de relevo que ocorrem ao longo da diretriz preferencial estão listadas a seguir.

• Serras da Borda Ocidental da Chapada Diamantina – Unidade caracterizada por dissecação


diferencial com aprofundamentos da drenagem, formando cristas e escarpas elevadas,
demonstrando grande influência da variação estrutural do comportamento litológico,
salientando tectônica de falhas superpostas aos dobramentos.

• Serras do Espinhaço Setentrional – Caracterizada pela dissecação diferencial com


aprofundamento de vales nas zonas das dobras atingidas pela tectônica de falhas, onde as
diferentes litologias são expostas em camadas de resistências contrastantes e truncadas,
formando cristas e barras ou a escavação de vales longitudinais estreitos, intercalando entre
os anticlinais e os sinclinais das dobras.

• Depressão de Guanambi – Caracterizada por planos rampeados em direção ao vale do rio


São Francisco, recobertos por coberturas detríticas na parte norte e exumados na parte sul,
onde aparecem relevos residuais do tipo “inselbergues”, lajeados e depressões arredondadas
e/ou ovaladas, em geral fechadas, que podem estar ligadas ou não à rede de drenagem.

• Depressão do Médio Rio São Francisco – Morfologia em que predominam planos cársticas
recobertos por material detrítico, inclinados na direção do vale do rio São Francisco, limitados
com os patamares dos Chapadões Ocidentais por bordas escarpadas, aparecendo dolinas
(maior ocorrência nos interflúvios dos rios Verde Grande e Salinas), sumidouros,
ressurgências e morros cársticos.

• Depressão de Paramirim – Morfologia na qual a dissecação dos vales é feita em forma de V,


cujos cursos d’água intermitentes escavam os pedimentos e depósitos coluvionares, além de
esporões de litologias cristalinas que surgem como relevos alongados, prolongados sobre o
relevo aplanado. Limita-se com as tipologias de relevo das Serras Setentrionais do Espinhaço
e Serras da Borda Ocidental da Chapada Diamantina, onde o rio Paramirim corre totalmente
confinado.

• Planícies e Terraços Fluviais – Unidade de relevo sujeito a inundações, constituído por


sedimentos recentes de granulometria variada de diversas litologias. Apresenta níveis
topográficos separados, indicando sucessivos eventos de retomada de erosão.

• Planícies e Terraços Fluviais do Rio São Francisco – Unidade de relevo em que a drenagem é,
de maneira geral, constituída por rios intermitentes, com exceção dos rios mais caudalosos
por ambas as margens do rio São Francisco. Os rios possuem planícies extensas e vales de

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 65
fundo plano, com baixo gradiente, próximo às confluências, permitindo a penetração das
águas do São Francisco em seus baixos cursos, graças ao pequeno desnível existente, o que
favorece a inundação de extensas áreas ao longo das planícies e terraços fluviais, durante o
período de cheia do rio São Francisco, que ocorre, normalmente, de novembro a março.

A interceptação dos tipos de relevo associados às classes de declividade ocorrentes ao longo da


diretriz dos circuitos do empreendimento está apresentada no Quadro 3-16.

Quadro 3-16 – Estimativa de tipos de relevo interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

ÁREA DA FAIXA DE
CLASSES DE DECLIVIDADE EXTENSÃO DA DIRETRIZ
SERVIDÃO
DE RELEVO
ha % km %

Plano (0 a 3%) 568,06 32,30 87,56 32,36

Suave Ondulado (3 a 8%) 613,46 34,88 94,46 34,91

Ondulado (8 a 20%) 396,03 22,52 60,62 22,40

Forte Ondulado (20 a 45%) 153,81 8,74 23,96 8,85

Montanhoso (45 a 75%) 27,5 1,54 3,97 1,47

Escarpado (>75%) 0,45 0,03 0,04 0,01

TOTAL 1758,85 100 270,60 100

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

ÁREA DA FAIXA DE
CLASSES DE DECLIVIDADE EXTENSÃO DA DIRETRIZ
SERVIDÃO
DE RELEVO
ha % km %

Plano (0 a 3%) 557,51 31,72 86,26 31,90

Suave Ondulado (3 a 8%) 629,22 35,80 96,20 35,57

Ondulado (8 a 20%) 401,64 22,85 61,99 22,92

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 66
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

ÁREA DA FAIXA DE
CLASSES DE DECLIVIDADE EXTENSÃO DA DIRETRIZ
SERVIDÃO
DE RELEVO
ha % km %

Forte Ondulado (20 a 45%) 144,81 8,24 22,25 8,23

Montanhoso (45 a 75%) 23,60 1,34 3,58 1,32

Escarpado (>75%) 0,97 0,06 0,15 0,06

TOTAL 1757,75 100 270,43 100

3.4.4.2 Hidrografia
O corredor de estudos definido para a diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom
Jesus da Lapa II C2 e C3 atravessa áreas das Bacias Hidrográficas dos rios Rãs e Paramirim/Santo
Onofre, afluentes do rio São Francisco, pela margem direita, e pertencentes à região fisiográfica do
Médio São Francisco, que corresponde à superfície compreendida entre a confluência com o rio
Jequitaí e o Reservatório de Sobradinho, como 63% da área total da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco (Figura 3-13).

O Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, elaborado para o Decênio
2016/2025, informa que a região fisiográfica do Médio São Francisco é a segunda mais urbanizada
dessa bacia, correspondendo a 24% da população residente total das áreas urbanas, considerando
o Censo Demográfico IBGE de 2010 (CBHSF, 2022).

Na esfera econômica, a região do Médio São Francisco possui 62,9% dos mais de 30 milhões de
hectares utilizados para agropecuária, segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, no qual a
lavoura permanente ocupava 30% de área colhida em toda a bacia hidrográfica, e a lavoura
temporária representava cerca de 85%, com plantio essencialmente de soja, cujas lavouras foram
conseguidas, principalmente, em virtude dos projetos públicos e privados de irrigação. Já as áreas
para a pecuária de gado (bovino, suíno, caprino e ovino) representavam 55% dos 630 mil
estabelecimentos dedicados às atividades agrícolas e pecuárias para o total da bacia (CBHSF, 2022).

De modo geral, o uso preponderante das águas na região do Médio São Francisco é feito para
abastecimento da população e para irrigação de áreas produtivas, correspondendo a projetos
agrícolas públicos e privados, voltados aos grandes estabelecimentos agropecuários e, em menor
escala, aos estabelecimentos de agricultura familiar (CBHSF, 2022).

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 67
Figura 3-13 – Bacias Hidrográficas atravessadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II –
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 68
Com relação às travessias feitas pelo empreendimento, no contexto das sub-bacias hidrográficas dos
rios Paramirim/Santo Onofre e Rãs, a diretriz dos circuitos intercepta os cursos e corpos hídricos
apresentados no Quadro 3-17.

Quadro 3-17 – Cursos e corpos d’água atravessados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II
– Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LOCAL DE TRAVESSIA
BACIA
NOME DO CORPO D’ÁGUA INTERVALO DE VÉRTICES
HIDROGRÁFICA
CIRCUITO 2 CIRCUITO 3
Riacho ou Vereda do Coelho V-01 - V-02 V-01 - V-02
Sem identificação V-02 - V-03 V-02 - V-03
Sem identificação V-03 - V-04 V-03 - V-04
Sem identificação V-03 - V-04 V-03 - V-04
Riacho Bom Sucesso ou
V-04 - V-05 V-04 - V-05
Cajueiro
Sem identificação V-04 - V-05 V-04 - V-05
Sem identificação V-05 - V-06 V-04 - V-05
Sem identificação V-05 - V-06 V-05 - V-06
Riacho Umbuzeiro V-07 - V-08 V-05 - V-06
Riacho Imbaúba V-08 - V-09 V-07 - V-08
Sem identificação V-09 - V-10 V-08 - V-09
Riacho Fortaleza V-09 - V-10 V-09 - V-10
Sem identificação V-10 - V-11 V-09 - V-10
Paramirim/Santo Sem identificação V-10 - V-11 V-10 - V-11
Onofre Riacho da Carranca V-11 - V-12 V-10 - V-11
Sem identificação V-12 - V-13 V-11 - V-12
Sem identificação V-12 - V-13 V-12 - V-13
Sem identificação V-12 - V-13 V-12 - V-13
Sem identificação V-14 - V-15 V-12 - V-13
Sem identificação V-14 - V-15 V-14 - V-15
Sem identificação V-14 - V-15 V-14 - V-15
Sem identificação V-14 - V-15 V-14 - V-15
Sem identificação V-15 - V-16 V-15 - V-16
Sem identificação V-15 - V-16 V-15 - V-16
Sem identificação V-15 - V-16 V-15 - V-16
Sem identificação V-16 - V-17 V-16 - V-17
Riacho Bela Vista V-18 - V-19 V-18 - V-19
Sem identificação V-18 - V-19 V-18 - V-19
Córrego da Baixa V-19 - V-20 V-19 - V-20

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 69
LOCAL DE TRAVESSIA
BACIA
NOME DO CORPO D’ÁGUA INTERVALO DE VÉRTICES
HIDROGRÁFICA
CIRCUITO 2 CIRCUITO 3
Sem identificação V-19 - V-20 V-19 - V-20
Sem identificação V-20 - V-21 V-20 - V-21
Sem identificação V-20 - V-21 V-20 - V-21
Sem identificação V-20 - V-21 V-20 - V-21
Riacho Mulungu V-23 - V-24 V-23 - V-24
Sem identificação V-23 - V-24 V-23 - V-24
Rio Paramirim V-24 - V-25 V-24 - V-25
Sem identificação V-25 - V-26 V-25 - V-26
Sem identificação V-25 - V-26 V-25 - V-26
Paramirim/Santo Sem identificação V-26 - V-27 V-26 - V-27
Onofre (cont.) Córrego do Coité V-27 - V-28 V-27 - V-28
Sem identificação V-27 - V-28 V-27 - V-28
Sem identificação V-27 - V-28 V-27 - V-28
Riachão V-27 - V-28 V-27 - V-28
Sem identificação V-30 - V-31 V-30 - V-31
Córrego das Canas V-32 - V-33 V-32 - V-33
Sem identificação V-32 - V-33 V-32 - V-33
Riacho do Mulungu V-33 - V-34 V-33 - V-34
Sem identificação V-34 - V-35 V-34 - V-35
Rio Santo Onofre V-35 - V-36 V-35 - V-36
Córrego das Porteiras V-35 - V-36 V-35 - V-36
Córrego da Bocaina V-36 - V-37 V-36 - V-37
Sem identificação V-37 - V-38 V-37 - V-38
Sem identificação V-38 - V-39 V-38 - V-39
Córrego Jatobá Torto V-41 - V-42 V-41 - V-42
Sem identificação V-41 - V-42 V-41 - V-42
Sem identificação V-42 - V-43 V-42 - V-43
Rãs Sem identificação V-42 - V-43 V-42 - V-43
Sem identificação V-42 - V-43 V-42 - V-43
Sem identificação V-42 - V-43 V-42 - V-43
Riacho Santa Rita V-43 - V-44 V-43 - V-44
Sem identificação V-44 - V-45 V-44 - V-45
Córrego Mulungu V-45 - V-46 V-45 - V-46
Sem identificação V-45 - V-46 V-45 - V-46
Riacho Pajeú V-46 - V-47 V-46 - V-47

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 70
3.4.5 Solos e suscetibilidade à erosão
3.4.5.1 Solos

Para identificação dos diferentes tipos de solos atravessados pela diretriz preliminar da LT 500 kV
Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3, foram consultados os arquivos vetoriais do
Mapeamento de Recursos Naturais do Brasil, escala 1:250.000, versão 2021, disponibilizados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foram identificados 7 (sete) tipos de solos, classificados de acordo com a EMBRAPA (2018),
considerando até o 3o nível categórico. O Quadro 3-18 (C2) e Quadro 3-19 (C3) indicam as classes
de solos, juntamente com suas respectivas áreas nas faixas de servidão e as extensões ocupadas nas
citadas diretrizes.

Os Latossolos são solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B latossólico
precedido de qualquer tipo de horizonte A dentro de 200 cm, a partir da superfície deles ou de
300 cm, se o horizonte A apresentar mais que 150 cm de espessura.

Os Latossolos Amarelos são aqueles com matiz 7,5YR ou mais amarelo na maior parte dos primeiros
100 cm do horizonte B (inclusive BA) e que não se enquadram na classe dos Latossolos Brunos. Os
Latossolos Vermelho-Amarelos, por sua vez, são os de cores vermelho-amareladas e/ou amarelo-
avermelhadas, que não se enquadram nas classes de Latossolos Brunos, Amarelos ou Vermelhos.
São classificados como Distróficos (LAd e LVAd) quando apresentam saturação por bases < 50% na
maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).

A classe dos Argissolos engloba solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B
textural imediatamente abaixo do A ou E, com argila de atividade baixa ou com argila de atividade
alta, desde que conjugada com saturação por bases baixa ou com caráter alumínico, na maior parte
do horizonte B. Se estiverem presentes horizontes plíntico ou glei, estes não devem satisfazer aos
critérios para Plintossolos ou Gleissolos, respectivamente. Argissolos Vermelho-Amarelos são
aqueles de cores vermelho-amareladas e/ou amarelo-avermelhadas, que não se enquadram nas
classes de Argissolos Bruno-Acinzentados, Acinzentados, Amarelos ou Vermelhos, sendo
classificados como Eutróficos (PVAe) quando apresentam saturação por bases ≥ 50% na maior parte
dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).

Os Neossolos são solos pouco evoluídos, constituídos por material mineral ou por material orgânico
com menos de 20 cm de espessura, não apresentando nenhum tipo de horizonte B diagnóstico.
Horizontes glei, plíntico, vértico e A chernozêmico, quando presentes, não ocorrem em condição
diagnóstica para as classes Gleissolos, Plintossolos, Vertissolos e Chernossolos, respectivamente.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 71
São classificados como Neossolos Litólicos os solos com contato lítico ou lítico fragmentário dentro
de 50 cm a partir da superfície, apresentando horizonte A ou hístico assente diretamente sobre a
rocha ou sobre um horizonte C ou Cr, ou sobre material com 90% (por volume) ou mais de sua massa
constituída por fragmentos grosseiros com diâmetro maior que 2 mm (cascalhos, calhaus e
matacões). Admitem um horizonte B em início de formação, cuja espessura não satisfaz a nenhum
tipo de horizonte B diagnóstico. Quando há saturação por bases < 50% na maior parte dos
horizontes dentro de 50 cm a partir da sua superfície, são classificados como Distróficos (RLd).

Os Neossolos Quartzarênicos são solos sem contato lítico ou lítico fragmentário dentro de 50 cm a
partir da superfície, com sequência A-C, apresentando textura areia ou areia franca em todos os
horizontes até, no mínimo, a profundidade de 150 cm a partir da superfície do solo ou até contato
lítico ou lítico fragmentário. São essencialmente quartzosos, tendo, nas frações areia grossa e areia
fina, 95% ou mais de quartzo, calcedônia e opala, e praticamente ausência de minerais primários
alteráveis. Quando não se enquadram na classe dos Hidromórficos, são classificados como Órticos
(RQo).

Já os Neossolos Flúvicos são solos derivados de sedimentos aluviais com horizonte A assente sobre
camada ou horizonte C e que apresentam caráter flúvico dentro de 150 cm a partir da superfície do
solo. Admitem um horizonte Bi com menos de 10 cm de espessura e há ausência de gleização
expressiva dentro de 50 cm da superfície do solo. Quando apresentam argila de atividade alta e
saturação por bases ≥ 50%, ambas na maior parte do horizonte ou camada C (inclusive CA) dentro
de 150 cm a partir da superfície do solo, são classificados como Neossolos Flúvicos Ta Eutróficos
(RYve).

Por fim, os Planossolos são solos constituídos por material mineral com horizonte A ou E seguido de
horizonte B plânico. O horizonte plânico sem caráter sódico perde em precedência taxonômica para
o horizonte plíntico. Os Planossolos Háplicos são aqueles que não se enquadram na subordem dos
Nátricos e, quando apresentam saturação por bases ≥ 50% na maior parte do horizonte B (inclusive
BA ou BE) dentro de 150 cm a partir da sua superfície, são classificados como Eutróficos (SXe).
Quando o B plânico ocorrer abaixo de 150 cm de profundidade, deve-se considerar a maior parte
deste dentro de 200 cm a partir da superfície do solo.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 72
Quadro 3-18 – Classes de solos identificados para a diretriz preliminar da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom
Jesus da Lapa II C2.

SIGLA CLASSE DE SOLOS ÁREA (ha) % FAIXA DE SERVIDÃO EXTENSÃO (km) % DIRETRIZ

Latossolo Amarelo
LAd 578,00 32,86 88,94 32,87
Distrófico

Latossolo Vermelho-
LVAd 417,11 23,72 64,17 23,71
Amarelo Distrófico

Argissolo Vermelho-
PVAe 140,02 7,96 21,53 7,96
Amarelo Eutrófico

Neossolo Litólico
RLd 517,01 29,39 79,54 29,39
Distrófico

Neossolo Quartzarênico
RQo 80,91 4,60 12,45 4,60
Órtico

Neossolo Flúvico Ta
RYve 12,22 0,70 1,88 0,70
Eutrófico

Planossolo Háplico
SXe 13,58 0,77 2,09 0,77
Eutrófico

Quadro 3-19 – Classes de solos identificados para a diretriz preliminar da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom
Jesus da Lapa II C3.

SIGLA CLASSE DE SOLOS ÁREA (ha) % FAIXA DE SERVIDÃO EXTENSÃO (km) % DIRETRIZ

Latossolo Amarelo
LAd 575,68 32,75 88,51 32,73
Distrófico

Latossolo Vermelho-
LVAd 418,93 23,83 64,45 23,83
Amarelo Distrófico

Argissolo Vermelho-
PVAe 139,82 7,96 21,50 7,95
Amarelo Eutrófico

Neossolo Litólico
RLd 519,99 29,58 80,05 29,60
Distrófico

Neossolo
RQo 79,47 4,52 12,23 4,52
Quartzarênico Órtico

Neossolo Flúvico Ta
RYve 12,36 0,70 1,91 0,71
Eutrófico

Planossolo Háplico
SXe 11,50 0,66 1,78 0,66
Eutrófico

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 73
3.4.5.2 Suscetibilidade à erosão
Para a análise da suscetibilidade à erosão no corredor de estudos do empreendimento, foi utilizado
o Mapa de Suscetibilidade dos Solos à Erosão Hídrica do Brasil (FERRAZ et al., 2020), elaborado pela
Embrapa Solos.

Esse mapeamento constitui um modelo espacial, em escala de 1:250.000, considerando a situação


topográfica e as condições climáticas nas quais se encontram as diferentes unidades de mapeamento
de solos identificadas. Desta forma, foram avaliadas as características pedológicas das classes de
solos, dados de precipitações anuais e classes de declividade dos terrenos.

Os níveis de suscetibilidade à erosão foram representados em 5 (cinco) classes nominais de


intensidade – Muito Baixa, Baixa, Média, Alta e Muito Alta. O resultado é apresentado no Anexo
4A.6 – Mapa de Suscetibilidade à Erosão. O Quadro 3-20 (C2) e Quadro 3-21 (C3) indicam as
respectivas áreas nas faixas de servidão e as extensões ocupadas por cada classe ao longo das
diretrizes.

Quadro 3-20 – Classes de suscetibilidade à erosão para as áreas interceptadas pela diretriz preliminar da LT
500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2.

% FAIXA DE EXTENSÃO
CLASSES ÁREA (ha) % DIRETRIZ
SERVIDÃO (km)

Áreas Especiais (mangue, afloramento rochoso, etc) 63,05 3,58 10,48 3,87

Muito Baixa 294,27 16,73 44,42 16,42

Baixa 605,94 34,45 93,66 34,61

Média 456,48 25,95 70,37 26,00

Alta 277,31 15,77 42,49 15,70

Muito Alta 61,80 3,51 9,19 3,39

Quadro 3-21 – Classes de suscetibilidade à erosão para as áreas interceptadas pela diretriz preliminar da LT
500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C3.

% FAIXA DE EXTENSÃO
CLASSES ÁREA (ha) % DIRETRIZ
SERVIDÃO (km)

Áreas Especiais (mangue, afloramento rochoso, etc) 58,49 3,33 8,61 3,18

Muito Baixa 293,80 16,71 45,24 16,73

Baixa 611,89 34,81 94,77 35,04

Média 468,25 26,64 71,40 26,40

Alta 267,34 15,21 41,39 15,31

Muito Alta 57,99 3,30 9,02 3,34

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 74
3.4.6 Processos minerários e campos de petróleo e gás
De acordo com o Sistema de Informações Geográficas da Mineração (SIGMINE), disponibilizado no
site da Agência Nacional de Mineração (ANM) e consultado em maio de 2022, a diretriz preferencial
da LT intercepta 67 (sessenta e sete) poligonais de processos minerários. O Quadro 3-22 indica a
substância e a fase desses processos, assim como sua distribuição de ocorrência ao longo do
empreendimento.

A principal substância requerida é o quartzito, que está vinculada a 22 (vinte e dois) processos
minerários. A maior parte dos processos se encontra em fase de Autorização de Pesquisa, tendo sido
identificada apenas 1 (uma) Concessão de Lavra e 1 (um) processo em fase de Licenciamento.

Destaca-se que o processo em Concessão de Lavra é interceptado em uma pequena porção, próximo
ao limite da poligonal requerida e, paralelamente ao local onde este também é atravessado pela LT
500 kV Bom Jesus da Lapa II – Sol do Sertão. Ademais, cabe ressaltar que não existe explotação
mineral na faixa de servidão da diretriz proposta ou em seu entorno.

No Anexo 4A.7, é apresentado o Mapa de Processos Minerários.

Com base nos dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), não
foram identificados blocos exploratórios e campos de petróleo e gás interceptados pelas diretrizes.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 75
Quadro 3-22 – Processos minerários interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.
DIREITO
APTO PARA CONC. REQ. REQ. DE
FASES / DISPONIBI- DE AUT. DE REQ. DE
DISPONIBI- DE DE LAVRA LICENCIAMENTO TOTAL (%)
SUBST. LIDADE REQUERER PESQUISA PESQUISA
LIDADE LAVRA LAVRA GARIMPEIRA
A LAVRA
Areia - - - - - - 1 - - 1 1,5

Barita - - - - 1 - - 2 - 3 4,5

Chumbo - - - 1 - - - - - 1 1,5
Dado Não 1,5
- 1 - - - - - - - 1
Cadastrado
Fosfato - - - - - - - 7 1 8 11,9

Gnaisse - - 1 - - - - - - 1 1,5

Granito - - - - - - - 1 - 1 1,5

Mármore - - - - - - - 1 - 1 1,5

Manganês - - - - - - - - 1 1 1,5
Minério de 4,5
- - - - - - - 1 2 3
Cobre
Minério de 17,9
- 2 - - - - - 10 - 12
Ferro
Minério de 3,0
- - - - - - - 1 1 2
Manganês
Minério de 8,9
1 - - - - - - 4 1 6
Ouro
Quartzito 2 1 - - 3 - - 15 1 22 32,8

Quartzo - 1 - - - 2 - - 1 4 6,0

TOTAL 3 5 1 1 4 2 1 42 8 67 100,0

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e análise Revisão 01
socioambiental – R3 Maio de 2022 76
3.5 ÁREAS DE RESTRIÇÃO LEGAL OU DE RELEVÂNCIA SOCIOAMBIENTAL
3.5.1 Unidades de Conservação, Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade
e Mata Atlântica
3.5.2.1 Unidades de Conservação (UCs)
Para a avalição da possível existência de Unidades de Conservação interceptadas pela diretriz
proposta, foram realizadas consultas aos bancos de dados dos órgãos ambientais envolvidos, nas
esferas federal, estadual e municipal, bem como de instituições que desenvolvem pesquisas ou
executam projetos em áreas protegidas (BRASIL, 2021; CNIP, 2021; ICMBio 2021a e 2021b).

Dessa forma, foi examinada a eventual presença de Unidades de Conservação federais, geridas pelo
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), bem como UCs estaduais,
geridas pela Secretaria do Meio Ambiente – SEMA, por meio de sua autarquia, o Instituto do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA.

Com base nesses levantamentos, não foram encontradas Unidades de Conservação cujas
delimitações, ou de sua Zona de Amortecimento (estabelecida por Plano de Manejo ou então
definida pelo raio de 3 km, conforme prevê o § 2o do Art. 1o da Resolução CONAMA no 428, de
17/12/2010), sofram interferência do traçado proposto para a LT.

A Unidade de Conservação mais próxima da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II -


Bom Jesus da Lapa II C2 e C3é a APA Lagoa de Itaparica, localizada a aproximadamente 7,4 km a
noroeste do Pórtico da Subestação (SE) Gentio do Ouro II (Quadro 3-23).

Quadro 3-23 – Unidade de Conservação mais próxima da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro
II - Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

MENOR DISTÂNCIA
DECRETO DE
NOME GRUPO CATEGORIA GESTOR APROXIMADA DA
CRIAÇÃO
DIRETRIZ

APA Área de Decreto no 6.546, Secretaria do


Uso
Lagoa de Proteção de Meio Ambiente 7,4 km
Sustentável
Itaparica Ambiental 18/07/1997 da Bahia

3.5.2.2 Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade (APCBs)


A diretriz preferencial do traçado da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3
deverá interceptar 4 (quatro) APCBs, conforme apresentado no Quadro 3-24.

As interceptações do traçado proposto para a LT nessas APCBs podem ser visualizadas nos encartes
do Mapa de Relevância Socioambiental, apresentado na escala de 1:150.000 (Anexo 4A.8).

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 77
Quadro 3-24 – Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade interceptadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom
Jesus da Lapa II C2 e C3.

EXTENSÃO
PRIORIDADE DE (APROX.)
IMPORTÂNCIA PRINCIPAIS AÇÕES
NO CÓDIGO NOME BIOMA AÇÃO PARA VÉRTICES ATRAVESSADA
BIOLÓGICA PRIORITÁRIAS
CONSERVAÇÃO PELA DIRETRIZ
(km)

Sem ações
Lago de Da SE GOII ao V-
1 CA236 Muito Alta Extremamente Alta recomendadas pela 9,8
Sobradinho 04 + 1,6 km
Oficina de Seleção

De 760 m antes
Vereda do Criação de UC de
2 CA249 Alta Muito Alta do V-07 ao V-09 8,6
Bonito Proteção Integral
+ 5,6 km
Caatinga
Oliveira dos Criação de UC de Entre o V-21 e o
3 CA255 Muito Alta Muito Alta 4,1
Brejinhos Proteção Integral V-22

Ao todo 3
Bom Jesus da Criação de UC de
4 CA267 Muito Alta Muito Alta segmentos, do V- 66,0
Lapa Proteção Integral
031 à SE BJLII

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e análise Revisão 01
socioambiental – R3 Maio de 2022 78
3.5.2.3 Mata Atlântica
A diretriz preferencial do traçado da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 não
interceptará áreas identificadas pelo Mapa da Área de Aplicação da Lei no 11.428 de 2006 (IBGE,
2006), conhecida como Lei da Mata Atlântica.
3.5.2 Terras indígenas e territórios quilombolas
As pesquisas nas bases de dados da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, da Fundação Cultural
Palmares – FCP e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, órgãos públicos
que atuam com povos indígenas e quilombolas nos processos de licenciamento ambiental, além da
pesquisa de campo na região do empreendimento, indicaram a existência de alguns territórios
quilombolas próximos à diretriz preferencial do traçado e/ou nos municípios interceptados,
conforme apresentado a seguir.
3.5.2.4 Terras indígenas
As consultas a fontes secundárias e primárias revelaram a inexistência de Terras Indígenas (TIs) nas
proximidades da diretriz do traçado, bem como nos municípios atravessados pela LT.
3.5.2.5 Territórios quilombolas
Além das pesquisas aos sites da FCP e do INCRA e do percorrimento da região do traçado, foram
enviadas consultas formais ao INCRA-DF e à Superintendência Regional da Bahia para a obtenção
da localização das CRQs existentes (Anexo 6 – Correspondências). Em resposta, foram
encaminhadas apenas as listagens das CRQs nos municípios em estudo, não tendo sido
disponibilizadas suas coordenadas geográficas. Portanto, ainda não há como estimar a distância
dessas comunidades ao traçado da LT, salvo daquelas que possuem o Relatório Técnico de
Identificação e Delimitação (RTID) ou foram objeto de estudos recentes e nos quais se teve
conhecimento e acesso.
Foram identificadas 21 (vinte e uma) comunidades quilombolas certificadas pela FCP nos municípios
atravessados pela LT e 1 (uma) aguardando a certificação. Das CRQs certificadas, 3 (três) dispõem de
RTID expedido pelo INCRA. Ressalta-se que somente as CRQs que possuem o RTID têm seu território
delimitado oficialmente. As distâncias médias das demais comunidades à diretriz do traçado, foram
estimadas considerando-se os núcleos populacionais, quando disponíveis as suas localizações
(Quadro 3-25 e no Anexo 4A – Caderno de Mapas, especificamente no 4A.8 – Mapa de
Relevância Socioambiental. As CRQs cujas coordenadas geográficas não foram identificadas nas
fontes consultadas não puderam ser representadas nessa ilustração.
De acordo com a Instrução Normativa no 111, de 22/12/2021, do INCRA, que tem como base a
Portaria Interministerial no 60, de 24/03/2015, para o licenciamento de empreendimentos lineares
que estiverem a até 5 km de distância de comunidades quilombolas, certificadas pela FCP, fora da
Amazônia Legal, devem ser elaborados estudos específicos de eventuais impactos relativos ao
componente quilombola. A partir dos dados disponíveis, estão a menos de 5 km as CRQs Lagoa do
Peixe, Mato Grosso e Alagoinhas.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 79
Quadro 3-25 – Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs) nos municípios interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 Gentio do Ouro II –
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.
DISTÂNCIA MÉDIA
COORDENADAS
CRQS (1) MUNICÍPIO/ESTADO PROCESSO FCP PROCESSO INCRA RTID ESTIMADA DA CRQ A
UTM
DIRETRIZ (2)

Bom Jesus da Lapa (BA) 23 L 669064 E Certificada Decreto no DOU


Nova Batalhinha S 40,60 km
Malhada (BA) 8488427 N 01420.000188/2003-69 54160.001500/2006-59

Bom Jesus da Lapa (BA) TRD – Despacho


23 L 671639 E Certificada
Rio das Rãs Malhada (BA) 15/07/2020 – 18/07/2020 N 50,50 km
8477735 N 01420.000391/1995-74
Riacho de Santana (BA) 54160.002525/2013-07

Araçá, Cariaca, Coxo, 23 L 678123 E Certificada


Bom Jesus da Lapa (BA) 54160.001788/2005-81 S 9,08 km
Retiro, Patos e Pedra 8518700 N 01420.000274/1998-99

23 L 680226 E Certificada
Juá Bom Jesus da Lapa (BA) 54160.001074/2010-30 N 9,85 km
8564670 N 01420.000184/1999-89

23 L 679222 N Certificada
Bandeira Bom Jesus da Lapa (BA) 54160.001074/2010-30 N 10,05 km
8563026 E 01420.000185/1999-41

23 L 678039 E Certificada Decreto no DOU


Lagoa do Peixe Bom Jesus da Lapa (BA) N 4,35 km
8523523 N 01420.000282/1998-17 54160.003687/2004-63

23 L 669991 E Certificada
Lagoa das Piranhas Bom Jesus da Lapa (BA) 54160.005093/2005-78 S 7,21 km
8536319 N 01420.001341/2004-56

Certificada
Barrinha Bom Jesus da Lapa (BA) - 54160.000298/2011-13 N -
01420.001456/2006-11

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e análise Revisão 01
socioambiental – R3 Maio de 2022 80
DISTÂNCIA MÉDIA
COORDENADAS
CRQS (1) MUNICÍPIO/ESTADO PROCESSO FCP PROCESSO INCRA RTID ESTIMADA DA CRQ A
UTM
DIRETRIZ (2)

23 L 683057 E Certificada
Bebedouro Bom Jesus da Lapa (BA) 54160.000647/2012-70 N 28,10 km
8499869 N 01420.001244/2008-97

23 L 680388 E Certificada
Fortaleza Bom Jesus da Lapa (BA) - N 16,54 km
8580245 N 01420.004842/2012-02

23 L 692495 E Certificada
Peroba Bom Jesus da Lapa (BA) - N 8,04 km
8544586 N 54160.000652/2013-63

23 L 670882 E Aguardando Certificação


Capão da Areia Bom Jesus da Lapa (BA) - N 23,60 km
8505606 N 01420.001461/2009-68

23 L 753059 E Certificada
Mato Grosso Gentio do Ouro (BA) - N 4,28 km
8727054 N 01420.003677/2014-25

23 L 752561 E Certificada
Alagoinhas Gentio do Ouro (BA) - N 3,67 km
8710811 N 01420.001705/2015-51

23 L 766408 E Certificada
Pacheco Gentio do Ouro (BA) - N 12,60 km
8737539 N 01420.000959/2010-47

23 L 761052 E Certificada
Gregório e Silvério Gentio do Ouro (BA) 54000.028179/2020-41 N 10,67 km
8708675 N 01420.102375/2018-62

23 L 791083 E Certificada
Água Doce Gentio do Ouro (BA) 54000.075150/2020-58 N 36,44 km
8750353 N 01420.102372/2018-29

23 L 740851 E Certificada
Malhada e Olho d´Água Gentio do Ouro (BA) - N 6,60 km
8722375 N 01420.102374/2018-18

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e análise Revisão 01
socioambiental – R3 Maio de 2022 81
DISTÂNCIA MÉDIA
COORDENADAS
CRQS (1) MUNICÍPIO/ESTADO PROCESSO FCP PROCESSO INCRA RTID ESTIMADA DA CRQ A
UTM
DIRETRIZ (2)

23 L 762523 E Certificada
Barreiro Preto Gentio do Ouro (BA) - N 10, 83 km
8704599 N 01420.000136/2006-35

23 L 696844 E Certificada
Barro Paratinga (BA) - N 22,96 km
8606369 N 01420.013309/2012-23

23 L 687178 E Certificada
Lagoa do Jacaré Paratinga (BA) - N 10,83 km
8580899 N 01420.016128/2013-30

23 L 696710 E Certificada 54160.003321/2014-66


Tomba Paratinga (BA) N 13,95 km
8595887 N 01420.016127/2013-95

Notas: (1) CRQs certificadas pela FCP ou aguardando certificação; (2) Para as CRQs que possuem RTID, a distância foi calculada a partir do ponto mais
próximo do território delimitado. Para aquelas que não possuem RTID e cujos núcleos foram identificados, calculou-se a distância para a LT a partir desse
núcleo populacional.
Fontes: INCRA/FCP/Biodinâmica, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e análise Revisão 01
socioambiental – R3 Maio de 2022 82
3.5.3 Patrimônios arqueológico, paleontológico, histórico-cultural e natural
3.5.3.1 Patrimônio arqueológico
O patrimônio arqueológico é um bem cultural acautelado em âmbito federal, faz parte do patrimônio
cultural material e engloba os vestígios e os lugares relacionados a grupos humanos pretéritos
responsáveis pela formação identitária da sociedade brasileira, representado por sítios
arqueológicos, peças avulsas, coleções e acervos que podem ser classificados em bens móveis e
imóveis. A sua preservação é um direito e um dever de todos os cidadãos, sendo competência
comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios proteger os sítios arqueológicos
(Art. 23 da Constituição). Nesse sentido, são proibidos o aproveitamento econômico, a destruição
ou a mutilação dos sítios arqueológicos, antes de serem pesquisados por arqueólogas e arqueólogos
(Lei 13.653/2018), para o qual é exigida a devida autorização do IPHAN.

O IPHAN é o órgão responsável pela gestão do patrimônio arqueológico, cuja proteção é garantida
pelo artigo 216 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e pela Lei no 3.924, de 26
de julho de 1961. É considerado patrimônio cultural brasileiro e bem da União.

De acordo com a pesquisa realizada no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos – CNSA,


constantes do Sistema de Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico (SGPA) do IPHAN, há um total
de 191 sítios arqueológicos registrados nos municípios baianos interceptados pela LT 500 kV Gentio
do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3, conforme apresentado no Quadro 3-26. Destes, 145 em
Gentio do Ouro, 7 em Ipupiara, 8 em Brotas de Macaúbas, 4 em Oliveira dos Brejinhos, 19 em Boquira,
2 em Paratinga e 6 em Bom Jesus da Lapa. Cabe ressaltar que todos os municípios abrangidos pela
diretriz possuem sítios registrados no CNSA/IPHAN.

Quadro 3-26 – Relação de sítios arqueológicos registrados nos municípios interceptados pela diretriz
preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN


3 Jotas BA2911303BAST00049
Abrigo da Cachoeira BA2911303BAST00019
Abrigo do Imbé BA2911303BAST00001
Abrigo do Louro BA2911303BAST00002
Gentio do Ouro
Alcinor BA2911303BAST00067
Alcinor II BA2911303BAST00066
Alto da Estrela BA2911303BAST00076
Antunes II BA2911303BAST00127

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 83
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN
Areia Branca BA2911303BAST00075
Boqueirão do Veado BA2911303BAST00068
Brejinho das Goiabas 3 BA2911303BAST00090
Brejo Novo BA2911303BAST00021
Buriti BA2911303BAST00051
Cachoeira do Encantado BA2911303BAST00082
Cachoeira do Leonor BA2911303BAST00146
Cachoeira do Pinga BA2911303BAST00145
Cachoeira do Sapé BA2911303BAST00142
Cajueiro I BA2911303BAST00009
Cajueiro II BA2911303BAST00010
Caldeirão BA2911303BAST00046
Gentio do Ouro (cont.)
Canela Seca BA2911303BAST00055
Cãnon do Escorrega BA2911303BAST00150
Cansação BA2911303BAST00052
Cascudeiro BA2911303BAST00126
Cascudeiro II BA2911303BAST00134
Cemitério do Caldeirão BA2911303BAST00047
Chapada da Torre BA2911303BAST00020
Chapada do Imbé BA2911303BAST00042
Chapada do Pinga BA2911303BAST00123
Coelho 1 BA2911303BAST00077
Coelho 2 BA2911303BAST00078
Complexo do Cumbinho BA2911303BAST00030
Complexo Grota do Lajedão BA2911303BAST00006
Complexo Santo Inácio BA2911303BAST00086
Coqueiro BA2911303BAST00147
Coração BA2911303BAST00065
Cruzeiro BA2911303BAST00083
Cruzeiro I BA2911303BAST00005

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 84
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN
Cruzeiro III BA2911303BAST00135
Cumbalinho BA2911303BAST00069
Cumbão BA2911303BAST00037
Descanso BA2911303BAST00059
Diamante I BA2911303BAST00125
Duas Onças I BA2911303BAST00132
Encantado 01 BA2911303BAST00091
Encantado 02 BA2911303BAST00092
Encantado 03 BA2911303BAST00093
Encantado 04 BA2911303BAST00094
Encantado 05 BA2911303BAST00095
Encantado 06 BA2911303BAST00096

Gentio do Ouro (cont.) Encantado 07 BA2911303BAST00097


Encantado 08 BA2911303BAST00098
Encantado 09 BA2911303BAST00099
Escorrega BA2911303BAST00007
Escrivão BA2911303BAST00054
Espeta BA2911303BAST00029
Fazenda do Pifani 1 BA2911303BAST00119
Fazenda do Pifani 2 BA2911303BAST00120
Fazenda do Pifani 3 BA2911303BAST00121
Fazenda do Pifani 4 BA2911303BAST00122
Gameleira BA2911303BAST00118
Gigante BA2911303BAST00071
Gonçalavra BA2911303BAST00012
Grota da Onça BA2911303BAST00053
Grota de São Gonçalo BA2911303BAST00058
Gruna de São João BA2911303BAST00140
Itajubaquara 1 BA2911303BAST00081
Jatobá BA2911303BAST00064

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 85
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN
Jotajota BA2911303BAST00048
Lajedão BA2911303BAST00041
Lajedo do Cumbão BA2911303BAST00003
Lajes BA2911303BAST00087
Lapão BA2911303BAST00073
Laranjinha BA2911303BAST00016
Lobeiro BA2911303BAST00072
Mangabeira BA2911303BAST00024
Mangabeira III BA2911303BAST00034
Mangabeira IV BA2911303BAST00031
Mãozinha BA2911303BAST00050
Mas Não Cai BA2911303BAST00008
Mirorós III BA2911303BAST00117

Gentio do Ouro (cont.) Morro Da Cruz II BA2911303BAST00039


Morro Das Figuras do Cumbão BA2911303BAST00044
Morro do Cabloco I BA2911303BAST00148
Motivo BA2911303BAST00014
Notas Musicais BA2911303BAST00084
Olho D'Água dos Belo BA2911303BAST00015
Paredão do Cajueiro BA2911303BAST00011
Paredão do Cumbim BA2911303BAST00025
Pedra da Mulher BA2911303BAST00022
Pendurado BA2911303BAST00004
Pequizeiro BA2911303BAST00116
Pezinho BA2911303BAST00027
Pinga BA2911303BAST00143
Poço da Pista I BA2911303BAST00131
Poções BA2911303BAST00057
Poços BA2911303BAST00124
Puça BA2911303BAST00074

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 86
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN
Quartzo da Vertente BA2911303BAST00108
Rancho Queimado BA2911303BAST00023
Riacho do Tanque 01 BA2911303BAST00100
Riacho do Tanque 02 BA2911303BAST00101
Riacho do Tanque 03 BA2911303BAST00102
Riacho do Tanque 04 BA2911303BAST00103
Riacho do Tanque 05 BA2911303BAST00104
Riacho do Tanque 06 BA2911303BAST00105
Riacho do Tanque 07 BA2911303BAST00106
Riacho do Tanque 08 BA2911303BAST00107
Roça do Bode BA2911303BAST00013
Saltão I BA2911303BAST00026

Gentio do Ouro (cont.) Santo Inácio BA2911303BAST00085


Santo Inácio I BA2911303BAST00136
Santo Inácio II BA2911303BAST00139
Sapé I BA2911303BAST00133
Sapé II BA2911303BAST00017
Sapucaia BA2911303BAST00061
Silveira BA2911303BAST00040
Sítio Arqueológico Coqueiro I BA2911303BAST00088
Sítio Gameleira do Assuruá BA2911303BAST00109
Sítio Gêmeos 1 BA2911303BAST00080
Sítio Gêmeos 2 BA2911303BAST00079
Sítio Gentio do Ouro BA2911303BAST00110
Sítio Mirorós II BA2911303BAST00112
Sítio Pituba BA2911303BAST00089
Sítio Veredas BA2911303BAST00113
Tamanduá I BA2911303BAST00130
Teimoso BA2911303BAST00062
Teotônio BA2911303BAST00056

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 87
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN
Toca da Areia BA2911303BAST00032
Toca da Maria da Moita BA2911303BAST00045
Toca da Mata do Cumbão BA2911303BAST00036
Toca da Onça BA2911303BAST00060
Toca da Pedra Apertada BA2911303BAST00149
Toca do Amor BA2911303BAST00028
Toca do Cumbão BA2911303BAST00038
Toca do Dedo BA2911303BAST00063
Toca do Gato BA2911303BAST00035
Gentio do Ouro (cont.) Toca do Jatobá BA2911303BAST00128
Toca do Manuel BA2911303BAST00070
Toca do Tanto Queira BA2911303BAST00043
Vereda do Branco BA2911303BAST00115
Veredas II BA2911303BAST00114
Vermelho BA2911303BAST00018
Vinhático BA2911303BAST00033
Xique-Xique I BA2911303BAST00129
Carlos Lamarca I BA2914109BAST00003
Carlos Lamarca II BA2914109BAST00004
Da Lavadeira II BA2914109BAST00005
Ipupiara Pintada BA2914109BAST00006
Sodrelândia I BA2914109BAST00001
Sodrelândia II BA2914109BAST00002
Toca do Tapuia BA2914109BAST00007
Barragem Aguada BA2904506BAST00008
Brotas de Macaúbas I BA2904506BAST00004
Brotas de Macaúbas II BA2904506BAST00001
Brotas de Macaúbas
Brotas de Macaúbas III BA2904506BAST00002
Brotas de Macaúbas IV BA2904506BAST00003
Brotas de Macaúbas V BA2904506BAST00005

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 88
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN
Mangabeira BA2904506BAST00007
Morro do Cruzeiro BA2904506BAST00006
Itacanga BA2923209BAST00002
Pedra Furada BA2923209BAST00001
Oliveira dos Brejinhos
Sítio Arqueológico Paramirim BA2923209BAST00003
Sítio Casa do Engenho BA2904100BAST00020
Loca da Lapinha BA2904100BAST00003
Loca do Caldeirão BA2904100BAST00005
Macambira I BA2904100BAST00001
Pedra da Pinga BA2904100BAST00013
Pedra do Índio BA2904100BAST00004
Sítio da Estrada BA2904100BAST00012
Sítio da Pintura Preta BA2904100BAST00014
Sítio da Revolta BA2904100BAST00019
Boquira
Sítio da Topografia BA2904100BAST00016
Sítio do Cupim BA2904100BAST00011
Sítio do Olho BA2904100BAST00010
Sítio do Preto BA2904100BAST00002
Sítio Loca do Batateira I BA2904100BAST00008
Sítio Pedra Caída BA2904100BAST00007
Sítio Pedra da Abelha BA2904100BAST00015
Sítio Pedra do Olho D'água BA2904100BAST00009
Sítio Toca do Susto BA2904100BAST00018
Sítio Veado Galheiro BA2904100BAST00017

Sítio Xique-xique BA2904100BAST00006

Olho d'Água das Almas BA2923704BAST00001


Paratinga
Sítio do Macedo BA2923704BAST00002
Abrigo BA160 BA2903904BAST00003
Bom Jesus da Lapa Abrigo Curva da Serra BA2903904BAST00004
Morro da Lapa BA2903904BAST00001

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 89
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN
Pedra do Lormino BA2903904BAST00005
Quilombo de Piranhas BA2903904BAST00002
Sítio Boca do Riacho BA2903904BAST00006

Fonte: IPHAN, 2022.

Cabe destacar que os 191 sítios arqueológicos apresentados no Quadro 3-26 possuem localização
georreferenciada em arquivos shapefiles, obtidos no Portal do IPHAN, o que possibilitou a
identificação daqueles exclusivos à área do corredor de 16 km de largura, especificamente para os
municípios interceptados pela diretriz preferencial do empreendimento.

Dentre todos os sítios arqueológicos identificados, apenas 28 (14,7%) se encontram alocados no


corredor, ao longo dos municípios interceptados, conforme apresentado pelo Quadro 3-27.
Destaca-se que a grande maioria, 15 deles, encontra-se no município de Gentio do Ouro, 5 em
Ipupiara, 4 em Bom Jesus da Lapa, 2 em Oliveira dos Brejinhos, 1 em Brotas de Macaúbas e 1 em
Paratinga, conforme representados na Figura 3-14.

Quadro 3-27 – Relação de sítios arqueológicos registrados ao longo do corredor, para os municípios
interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

COORDENADAS UTM/
SIRGAS 2000 DISTÂNCIA À
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN Fuso 23 L DIRETRIZ
(km)
E N

Descanso BA2911303BAST00059 759970,97 8741960,01 6,22

Gameleira BA2911303BAST00118 756462,49 8750892,94 1,99

Itajubaquara 1 BA2911303BAST00081 755604,02 8737419,03 2,30

Lajes BA2911303BAST00087 750190,04 8754643,99 4,96


Gentio do
Ouro Poções BA2911303BAST00057 749502,96 8705726,03 1,09

Quartzo da
BA2911303BAST00108 754625,00 8751638,00 0,06
Vertente

Riacho do
BA2911303BAST00100 750123,62 8754629,35 4,99
Tanque 01

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 90
COORDENADAS UTM/
SIRGAS 2000 DISTÂNCIA À
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN Fuso 23 L DIRETRIZ
(km)
E N

Riacho do
BA2911303BAST00101 749683,90 8754834,18 5,45
Tanque 02

Riacho do
BA2911303BAST00102 749556,53 8754889,40 5,58
Tanque 03

Riacho do
BA2911303BAST00103 749439,78 8754906,91 5,68
Gentio do Tanque 04
Ouro (cont.)
Riacho do
BA2911303BAST00104 747686,95 8756231,83 7,87
Tanque 05

Riacho do
BA2911303BAST00105 747494,43 8756339,55 8,08
Tanque 06

Sítio
Arqueológico BA2911303BAST00088 753565,05 8738244,98 0,10
Coqueiro I

Sítio Gameleira
BA2911303BAST00109 755228,00 8751876,00 0,54
do Assuruá

Sítio Pituba BA2911303BAST00089 748470.00 8711060,95 0,02

Carlos Lamarca
BA2914109BAST00003 751106,98 8691024,26 4,45
I

Carlos Lamarca
BA2914109BAST00004 750955,07 8690964,09 4,62
II
Ipupiara
Pintada BA2914109BAST00006 751016,04 8691007,96 4,55

Sodrelândia I BA2914109BAST00001 751073,70 8686997,47 5,45

Sodrelândia II BA2914109BAST00002 751074,98 8687151,18 5,41

Brotas de Barragem
BA2904506BAST00008 771435,03 8652672,00 3,65
Macaúbas Aguda

Sítio
Arqueológico BA2923209BAST00003 753560,97 8628364,01 0,57
Oliveira dos Paramirim
Brejinhos
Sítio Casa do
BA2904100BAST00020 737127,73 8610553,13 2,19
Engenho

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 91
COORDENADAS UTM/
SIRGAS 2000 DISTÂNCIA À
MUNICÍPIO NOME CNSA/IPHAN Fuso 23 L DIRETRIZ
(km)
E N

Sítio do
Paratinga BA2923704BAST00002 716819,03 8592638,97 0,52
Macedo

Abrigo BA160 BA2903904BAST00003 679869,02 8541780,02 2,98

Abrigo Curva
BA2903904BAST00004 685746,97 8553919,03 0,57
da Serra
Bom Jesus
da Lapa Pedra do
BA2903904BAST00005 689440,65 8543293,02 5,31
Lormino

Sítio Boca do
BA2903904BAST00006 685234,00 8536365,00 3,72
Riacho

Fonte: IPHAN, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 92
Figura 3-14 – Localização dos sítios arqueológicos registrados ao longo do corredor, nos municípios
interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 93
3.5.3.2 Patrimônio paleontológico

A elaboração desta caracterização foi realizada a partir de consultas à Base de Dados Paleontológicos
(PALEO) da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), apoiadas pela análise de
publicações científicas e dados disponibilizados pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e
Paleobiológicos (SIGEP). Os bancos de dados foram acessados em abril de 2022.

A região da futura LT engloba rochas de diferentes naturezas e contextos geológicos, predominando


as metassedimentares, seguida, em menor escala, por ígneas e sedimentares, cujos terrenos, em
função das diferentes caraterísticas do substrato, apresentam variado potencial paleontológico.

De acordo com os dados levantados, em especial em bibliografia especializada, a área definida para
a implantação do futuro empreendimento possui alto potencial para ocorrências de jazigos
fossilíferos de diferentes idades e variedade de espécimes animais e vegetais, além de seus rastros e
suas dietas (MABESOONE et al., 1990; PESSENDA et al., 2001; GOUVEIA et al., 2005; PESSENDA et al.,
2005; PESSENDA et al., 2010; ASEVEDO et al., 2012 a, b; DANTAS, 2012; OLIVEIRA et al., 2014;
ARAÚJO-JUNIOR et al., 2015; WALDHERR et al., 2017 e SILVA et al., 2019).

A Base de Dados Paleontológicos (PALEO) indica o registro de ocorrências de espécies fósseis


associadas à Megafauna Pleistocênica, tanto em tanques naturais formados em rochas cristalinas de
natureza ígnea ou metamórfica quanto em cavernas calcárias. Essas jazidas fossilíferas estão
localizadas em diferentes municípios baianos, diretamente no entorno do buffer de estudos para a
caracterização do futuro empreendimento, tais como em Matina, Palmas de Monte Alto, Guanambi,
Serra do Ramalho, Carinhanha, Aracatu, Vitória da Conquista e Cabrália.

De modo geral, os vertebrados já identificados, segundo compilação de dados feita por WALDHERR
e colaboradores (2017), são os apresentados no Quadro 3-28.

Quadro 3-28 – Vertebrados identificados em depósitos fossilíferos de tanques naturais e cavernas.

RÉPTEIS AVES

Testudines Geochelone (***) Rheiformes Rhea ? (***)

Crocodylia Caimaninae indet. (**) Acciptriformes Acciptriformes indet. (***)

Ophidia Ophidia indet. (***) ANFÍBIOS

Lacertilia Lacertilia indet. (***) Anura Rhinella (***)

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 94
MAMÍFEROS MAMÍFEROS

Eremontherium (*) Proboscidea Notiomastodon (*)

Glossotherium (*) Notoungulata Toxodon (*)

Xenarthra
Catonyx (*) Equus (*)
Pilosa

Octonotherium (*) Perissodactyla Hippidion (*)

Nothrotherium (**) Tayassu (*)

Glyptotherium (*) Palaeolama (*)

Panochthus (*) Mazama (**)


Artiodactyla
Glyptodon (*) Ozotocerus (**)

Hoplophorus (*) Blastocerus (**)

Neuryurus (*) Smilodon (*)

Xenarthra
Pampatherium (*) Panthera (**)
Cingulata

Holmesina (*) Carnivora Leopardus (***)

Dasypus (***) Protocyon (**)

Euphractus (***) Cerdocyon (***)

Tolypeutes (***)
Litopterna Xenorhinotherium (*)
Pachyarmatherium (***)

Porte do espécime: (*) porte maior que 100 kg; (**) porte entre 10 kg e 100 kg;
(***) porte menor que 10 kg.
Fonte: WALDHERR et al., 2017.

Além desses jazigos fossilíferos em tanques naturais e cavernas calcárias, as rochas carbonáticas do
Grupo Bambuí, representadas especialmente pela Formação Sete Lagoas, apresentam diversos
registros de microbialitos, oncoólitos e uma grande variedade de microfitólitos, incluindo
estromatólitos.

Apesar do grande volume de registros fósseis encontrados em rochas da Formação Sete Lagoas,
esse potencial ainda é pouco conhecido no Estado da Bahia, cujos registros paleontológicos mais

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 95
abundantes estão relacionados ao período Quaternário, em que os espécimes de megafauna estão
preservados em sedimentos depositados em ambientes cársticos regionais.

Com relação aos Sítios Geológicos e Paleobiológicos catalogados pela SIGEP, não há Sítios
Paleontológicos registrados para a região de entorno ao buffer de estudos para a caracterização do
futuro empreendimento.

3.5.3.3 Patrimônio histórico‐cultural


O patrimônio material protegido pelo Iphan é composto por um conjunto de bens culturais
classificados segundo sua natureza, conforme os quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico
e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. A Constituição Federal de 1988, em seus
artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens
culturais de natureza material e imaterial e, também, ao estabelecer outras formas de preservação,
como o Registro e o Inventário, além do Tombamento, instituído pelo Decreto-Lei nº. 25/1937, que
é adequado, principalmente, à proteção de edificações, paisagens e conjuntos históricos urbanos.

Os bens tombados de natureza material podem ser imóveis como os das cidades históricas, sítios
arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; ou móveis, como coleções arqueológicas, acervos
museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e
cinematográficos.

De acordo com a consulta realizada à “Lista dos Bens Tombados e Processos em Andamento” do
IPHAN, atualizada em 15/04/2022, para os municípios que integram o corredor da diretriz
preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3, não há monumentos ou
espaços públicos tombados federalmente. Ressalta-se, no entanto, que, na citada “Lista” do IPHAN,
constam dois bens de natureza material, um localizado em Bom Jesus da Lapa (Conjunto Paisagístico:
Morro do Santuário do Bom Jesus da Lapa) e o outro em Boquira (Capela da Comunidade de Santa
Rita), cujo tombamento foi indeferido pelo IPHAN.

Cabe salientar que, para ser considerado um bem tombado na esfera federal, é necessário instaurar
um processo com o pedido ao IPHAN, de acordo com a Portaria nº 11, de 11 de setembro de 1986.
Após instaurado o processo, é dado o início à instrução processual, através da qual são identificados
os valores nacionais do bem e, após a devida análise técnica e jurídica, o Conselho Consultivo do
Patrimônio Cultural decide sobre o seu tombamento.

De qualquer forma, para conhecimento e registro, estão sendo apresentadas no Quadro 3-29
informações sobre esses dois bens, assim como suas localizações na Figura 3-15. Ambos se
encontram fora do corredor de estudo do empreendimento e da diretriz preferencial da LT.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 96
Quadro 3-29 – Relação dos bens de natureza material.

COORDENADAS UTM/
SIRGAS 2000 DISTÂNCIA
MUNICÍPIO CLASSIFICAÇÃO NOME ATRIBUÍDO 2 À DIRETRIZ
Fuso 23 L
(km)
E N
Conjunto Paisagístico:
Bom Jesus Patrimônio
Morro do Santuário do 671071,01 8533466,01 5,43
da Lapa Natural
Bom Jesus da Lapa
Capela da Comunidade de
Boquira Edificação 739273,98 8596969,17 8,99
Santa Rita

Fonte: IPHAN, 2022.

Na esfera estadual, de acordo com a consulta realizada no Portal do Instituto do Patrimônio Artístico
e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, no Sistema
de Informações do Patrimônio Cultural da Bahia (SIPAC), não há bens tombados nos municípios
abrangidos pelo corredor da diretriz preferencial da LT. O único bem identificado pelo SIPAC é o
Sítio Pedra Furada, localizado no município de Oliveira dos Brejinhos, registrado na esfera federal
através do IPHAN, conforme relacionado no Quadro 3-26 (CNSA/IPHAN – BA2923209BAST00001),
que se encontra fora do corredor de estudo da LT. Trata-se de um sítio pré-colonial, de arte rupestre,
no qual há centenas de pinturas realizadas em cima de quartzito contendo representações gráficas
e de animais.
Na esfera municipal, de acordo com as pesquisas realizadas, não foram identificados bens tombados
municipalmente no corredor da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da
Lapa II C2 e C3.
A Figura 3-15 ilustra a localização dos bens identificados na Lista dos Bens Tombados e Processos
em Andamento do IPHAN, nos municípios, ao longo do corredor, interceptados pela diretriz preferencial.
Esses bens encontram-se nas sedes urbanas das cidades de Bom Jesus da Lapa e de Bocuituba,
Distrito pertencente ao Município de Boquira, fora do corredor de estudo da LT, em distância
superior a 5 e 8 km, respectivamente.
Ressalta-se que os bens foram localizados a partir de informações obtidas no portal do IPHAN na
internet, ora por coordenadas, ora por endereço. Nos casos em que havia ausência de informação,
foram realizadas pesquisas no portal dos municípios na internet, bem como no Google Earth e nas
cartas topográficas do IBGE. Esgotadas as possibilidades, optou-se pela localização da cidade ou da
sede do distrito, vila ou povoado em que o bem cultural está inserido.

2
De acordo com a “Lista dos Bens Tombados e Processos em Andamento (atualizado em 15/04/2022)” do IPHAN, esses dois bens tiveram
o tombamento indeferido na esfera federal.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 97
Figura 3-15 – Localização dos bens materiais identificados nos municípios ao longo do corredor,
interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II - Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 98
De acordo com a Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário, disponibilizada no Portal do IPHAN,
atualizada em 23/09/2021, não há bens ferroviários declarados de valor histórico, artístico e cultural
nos termos da Lei nº 11.483/07 e da Portaria IPHAN nº 407/2010, registrados nos municípios
inseridos no corredor da diretriz preferencial.

Em relação aos bens culturais de natureza imaterial, o IPHAN define como sendo “aquelas práticas e
domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas
de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e
santuários que abrigam práticas culturais coletivas)”. Conforme a lista de bens imateriais registrados
pelo IPHAN no Estado da Bahia, 7 estão sendo considerados em âmbito federal, conforme
apresentado no Quadro 3-30.

Quadro 3-30 – Relação de bens culturais imateriais registrados.

BENS CULTURAIS IMATERIAIS REGISTRADOS LIVRO DE REGISTRO

Samba de Roda do Recôncavo Baiano Formas de Expressão

Ofício das Baianas de Acarajé Saberes

Ofício dos Mestres de Capoeira Saberes

Roda de Capoeira Formas de Expressão

Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim Celebrações

Literatura de Cordel Formas de expressão

Bembé do Mercado Celebrações

Fonte: IPHAN, 2022.

Na esfera estadual, de acordo com a consulta realizada no Portal do Instituto do Patrimônio Artístico
e Cultural da Bahia (IPAC), autarquia vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, no Sistema
de Informações do Patrimônio Cultural da Bahia (SIPAC), não há bens tombados nos municípios
abrangidos pelo corredor da diretriz preferencial da LT. Entretanto, de acordo com as consultas feitas
aos Livros de Registro Especial de Eventos e Celebrações, das Expressões Lúdicas e Artísticas, dos
Saberes e Modos de Fazer e dos Espaços Destinados a Práticas Culturais e Coletivas, disponibilizados
no Portal do IPAC, a Capoeira, o Ofício das Baianas do Acarajé e o Ofício de Vaqueiro foram
decretados como bens de natureza imaterial de abrangência estadual.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 99
Na esfera municipal, não foram identificados bens de natureza imaterial registrados nos municípios
de abrangência do corredor da diretriz preferencial da LT.

Em processo de registro no IPHAN, há três bens imateriais no Estado da Bahia, conforme a lista de
“Bens Imateriais em Processo de Instrução para Registro”, e um outro de abrangência nacional,
relacionados no Quadro 3-31, a seguir.

Quadro 3-31 – Relação de bens culturais imateriais em processo de registro.

BENS CULTURAIS IMATERIAIS


ESTADO PROPONENTE
REGISTRADOS

Ofício de Raizeiras e Raizeiros no


Cerrado (Farmacopeia Popular do Articulação Pacari - Plantas Medicinais do Cerrado
Cerrado)

Bahia Associação Cultural Balaio Nordeste - João Pessoa


Matrizes do Forró
(PB)

Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores


Repente
Populares do DF e Entorno

Grupo Curumim, Instituto Nômades, Associação das


Abrangência Saberes e Práticas das Parteiras Parteiras Tradicionais e Hospitalares de Jaboatão dos
Nacional Tradicionais do Brasil Guararapes e Associação das Parteiras Tradicionais
de Caruaru

Fonte: IPHAN, 2022.

Ainda no que se refere aos bens culturais de natureza imaterial, o IPHAN utiliza um dos instrumentos
de produção de conhecimento e documentação denominado Inventário Nacional de Referências
Culturais – INRC. Através dele, por meio de metodologia de pesquisa desenvolvida pela própria
equipe desse Instituto, são identificadas as práticas e os bens culturais considerados os mais
importantes para uma comunidade, porque articulam sentidos de pertencimento e de identificação,
em respeito à memória e à identidade das pessoas que neles se reconhecem. As referências culturais
são identificadas em cinco categorias: Celebrações, Ofícios e Modos de Fazer, Lugares, Edificações e
Formas de Expressão.

A delimitação da área do INRC ocorre em função das referências presentes em um determinado


território. Tais áreas podem ser reconhecidas em diferentes escalas, podendo corresponder a uma
vila, um bairro, uma zona ou mancha urbana, uma região geográfica culturalmente diferenciada ou
a um conjunto de segmentos territoriais. Os projetos do INRC são distribuídos por regiões do País e
pelas Superintendências Estaduais do IPHAN, sendo classificados como realizados e em andamento.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 100
De acordo com as informações disponibilizadas no Portal do IPHAN, não há projetos do INRC em
andamento no Estado da Bahia. Entretanto, há 11 projetos realizados no Estado, conforme
apresentado no Quadro 3-32. Ressalta-se que, no INRC, não há referência cultural inventariada nos
municípios que fazem parte do corredor da diretriz preferencial da LT. Entretanto, pode haver
referências inventariadas na área de abrangência do empreendimento, relacionadas aos projetos
listados nesse Quadro, embora as informações não estejam disponíveis para todas as referências
culturais identificadas, no que se refere à localização ou aos municípios de abrangência.

Quadro 3-32 – Relação de projetos realizados de identificação de bens culturais imateriais.

BENS CULTURAIS IMATERIAIS

INRC do Museu Aberto do Descobrimento

INRC do Município de Mucugê

INRC da Cerâmica do Rio Real

INRC do Tabuleiro das Baianas em Salvador

INRC do Ofício das Baianas de Acarajé

INRC da Festa de Santa Bárbara

INRC do Acarajé em Salvador

Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim

INRC no Município de Rio de Contas

INRC do Sertão Baiano – Municípios de Euclides da Cunha, Monte Santo e Canudos

INRC dos Mestres Artífices na Chapada Diamantina

Fonte: IPHAN, 2022.

Dentre os Projetos Realizados de Identificação de Bens Culturais Imateriais de Abrangência Regional,


há dois que abrangem o Estado da Bahia, conforme listados no Quadro 3-33.

Quadro 3-33 – Relação de projetos realizados de identificação de bens culturais de abrangência regional.

BENS CULTURAIS DE ABRANGÊNCIA REGIONAL

INRC da Farinha de Mandioca

Mapeamento dos Clubes Sociais Negros

Fonte: IPHAN, 2022.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 101
3.5.3.4 Patrimônio natural
O patrimônio cultural é composto por monumentos, conjuntos de construções e sítios
arqueológicos, de fundamental importância para a memória, a identidade e a criatividade dos povos
e a riqueza das culturas, bem como pelo patrimônio natural. Esta composição está definida na
Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, elaborada na Conferência
Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris
(França), em 1972, e ratificada pelo Decreto nº 80.978, de 12 de dezembro de 1977.

Essa Convenção definiu, também, que o patrimônio natural é formado por monumentos naturais
constituídos por formações físicas e biológicas, formações geológicas e fisiográficas, além de sítios
naturais. Nele, a proteção ao ambiente, do patrimônio arqueológico, o respeito à diversidade cultural
e às populações tradicionais são objeto de atenção especial.

Em consulta à lista do Patrimônio Mundial Cultural e Natural no Portal do IPHAN e do IPAC/BA, não
há patrimônio natural nos municípios que fazem parte do corredor de estudo da diretriz preferencial
da LT, nas esferas federal, estadual ou municipal.

3.5.4 Assentamentos rurais


Foram identificados 9 (nove) Projetos de Assentamento (PAs) federais nos municípios interceptados
pela diretriz preferencial, todos cadastrados no Acervo Fundiário do INCRA (2022).

Bom Jesus da Lapa possui 6 PAs, sendo o município com maior concentração de assentamentos.
Paratinga vem em seguida, destacando-se pela presença de 2 PAs.

Dos 9 PAs identificados, 3 (três) deverão ser interceptados pela diretriz preferencial, conforme pode
ser observado no Quadro 3-34, a seguir, que apresenta também outras informações sobre os PAs
identificados no corredor de estudo da diretriz.

Quadro 3-34 – Projetos de Assentamento Rural do INCRA nos municípios interceptados pela diretriz
preferencial da LT 500 Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

TOTAL DE
MUNICÍPIO/ ÁREA TOTAL DE INTERCEPTADO
NOME CRIAÇÃO LOTES
UF (HA) LOTES PELA DIRETRIZ
OCUPADOS

PA Nova união
Oliveira dos
da Fazenda 1.497,00 30/12/1997 20 12 Não
Brejinhos/BA
Ferraria

PA Riacho dos
Paratinga/BA 31.842,08 24/04/1995 500 478 Sim
Porcos

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 102
TOTAL DE
MUNICÍPIO/ ÁREA TOTAL DE INTERCEPTADO
NOME CRIAÇÃO LOTES
UF (HA) LOTES PELA DIRETRIZ
OCUPADOS

PA Santo
1.233,62 13/07/2004 40 40 Sim
Antônio

PA Santa Rita 8.593,90 20/11/2000 250 242 Não

PA Campo
4.368,67 20/06/2000 120 113 Sim
Grande I

PA São
José/Campo 7.000,00 20/11/2000 230 227 Não
Bom Jesus da Grande II
Lapa/BA
PA Boa
1.125,17 20/11/2000 35 26 Não
Esperança

PA Nova Volta 9.241,32 20/06/2000 255 162 Não

PA Curral das
9.213,39 20/09/2004 155 152 Não
Vargens

Fonte: INCRA, 2022.

Cabe salientar que foi feita solicitação de informações complementares sobre os PAs inseridos nos
municípios atravessados pela diretriz preferencial à Superintendência do INCRA na Bahia,
contudo, não houve resposta até a data de fechamento deste Relatório R3.

3.5.5 Cavidades naturais

Foram analisados o Mapa de Potencialidade de Ocorrência de Cavidades no Brasil (CECAV, 2012) e


as informações do Banco de Dados geoespacializados do Cadastro Nacional de Informações
Espeleológicas (CANIE), disponibilizados pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de
Cavernas (CECAV).

O levantamento indicou 1 (uma) cavidade no corredor de estudos da diretriz preferencial da LT 500


kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3, que não apresenta área de influência sobreposta
à Faixa de Servidão, considerando um raio de 250 m. O Quadro 3-35 indica a cavidade identificada.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 103
Quadro 3-35 – Cavidade no corredor de estudos da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e
C3.

DISTÂNCIA DA FAIXA DE
CAVERNA LOCALIDADE MUNICÍPIO (UF)
SERVIDÃO (m)

Sítio do Macedo 490 Sem informação Paratinga (BA)

O Quadro 3-36 e o Quadro 3-37 indicam as classes de potencialidade de ocorrência de cavidades


identificadas no corredor de estudos, com as respectivas áreas e extensões na Faixa de Servidão de
ambos os circuitos C2 e C3. Predominam terrenos com Baixo e Médio potencial espeleológico (cerca
de 59% e 40%, respectivamente), conforme ilustrado na Figura 3-16.

Quadro 3-36 – Classes de potencialidade de ocorrência de cavidades ao longo do corredor de estudo da


diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2.

POTENCIAL DE OCORRÊNCIA DE % FAIXA DE


ÁREA (ha) EXTENSÃO (km) % DIRETRIZ
CAVIDADES SERVIDÃO

Muito Alto 3,25 0,19 0,50 0,18

Alto - - - -

Médio 704,82 40,07 108,48 40,09

Baixo 1.038,04 59,02 159,65 59,00

Ocorrência Improvável 12,74 0,72 1,97 0,73

Quadro 3-37 – Classes de potencialidade de ocorrência de cavidades ao longo do corredor de estudo da


diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C3.

POTENCIAL DE OCORRÊNCIA DE % FAIXA DE


ÁREA (ha) EXTENSÃO (km) % DIRETRIZ
CAVIDADES SERVIDÃO

Muito Alto 2,34 0,13 0,36 0,13

Alto - - - -

Médio 703,32 40,01 108,94 40,29

Baixo 1.039,19 59,12 159,15 58,85

Ocorrência Improvável 12,90 0,74 1,98 0,73

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 104
Figura 3-16 – Potencial de ocorrência de cavidades no corredor de estudo da diretriz preferencial LT 500 kV
Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 105
4. SÍNTESE DAS PRINCIPAIS INTERFERÊNCIAS DA DIRETRIZ

4.1 Travessias
a) Infraestruturas lineares
Quadro 4-1 – Travessia de Linhas de Transmissão e Distribuição de alta tensão pela diretriz preferencial da
LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2


LINHA DE TRANSMISSÃO/DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
INTERVALO DE VÉRTICES STATUS
TENSÃO
Pórtico Gentio do Ouro II - V-01 LT 230 kV Itaguaçu - Gentio do Ouro II C1 Planejada
Pórtico Gentio do Ouro II - V-01 LT 230 kV Complexo Eólico São Vitor - Gentio do Ouro II C1 Planejada
V-01 - V-02 LT 230 kV Gentio do Ouro II - Brotas de Macaúbas C1 Existente
V-01 - V-02 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 Existente
V-22 - V-23 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 Existente
V-22 - V-23 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Brotas de Macaúbas C1 Existente
V-27 - V-28 LT 69 kV Boquira - Oliveira dos Brejinhos Existente
V-49 - V-50 LT 69 kV Bom Jesus da Lapa - Paratinga Existente
V-49 - V-50 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 Existente
V-49 - V-50 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Tabocas do Brejo Velho C1 Existente
V-49 - V-50 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Brotas de Macaúbas C1 Existente
V-51 - V-52 LT 69 kV BJL Chesf - Boquira Existente
V-52 - V-53 LT 69 kV UFV São Pedro - Bom Jesus da Lapa 2 Existente
V-52 - V-53 LT 69 kV Bom Jesus da Lapa - Paratinga Existente
V-52 - V-53 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa II - Bom Jesus da Lapa C1 Existente
V-52 - V-53 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa II - Bom Jesus da Lapa C2 Existente
V-52 - V-53 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Tabocas do Brejo Velho C1 Existente
V-52 - V-53 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Brotas de Macaúbas C1 Existente
V-53 - V-54 LT 500 kV Rio das Éguas - Bom Jesus da Lapa II C1 Existente

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 106
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

LINHA DE TRANSMISSÃO/DISTRIBUIÇÃO DE ALTA


INTERVALO DE VÉRTICES STATUS
TENSÃO

Pórtico Gentio do Ouro II - V-01 LT 230 kV Itaguaçu - Gentio do Ouro II C1 Planejada


Pórtico Gentio do Ouro II - V-01 LT 230 kV Complexo Eólico São Vitor - Gentio do Ouro II C1 Planejada
V-01 - V-02 LT 230 kV Gentio do Ouro II - Brotas de Macaúbas C1 Existente
V-01 - V-02 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 Existente
V-22 - V-23 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 Existente
V-22 - V-23 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Brotas de Macaúbas C1 Existente
V-27 - V-28 LT 69 kV Boquira - Oliveira dos Brejinhos Existente
V-49 - V-50 LT 69 kV Bom Jesus da Lapa - Paratinga Existente
V-49 - V-50 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 Existente
V-49 - V-50 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Tabocas do Brejo Velho C1 Existente
V-49 - V-50 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Brotas de Macaúbas C1 Existente
V-51 - V-52 LT 69 kV BJL Chesf - Boquira Existente
V-52 - V-53 LT 69 kV UFV São Pedro - Bom Jesus da Lapa 2 Existente
V-52 - V-53 LT 69 kV Bom Jesus da Lapa - Paratinga Existente
V-52 - V-53 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa II - Bom Jesus da Lapa C1 Existente
V-52 - V-53 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa II - Bom Jesus da Lapa C2 Existente
V-52 - V-53 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Tabocas do Brejo Velho C1 Existente
V-52 - V-53 LT 230 kV Bom Jesus da Lapa - Brotas de Macaúbas C1 Existente
V-53 - V-54 LT 500 kV Rio das Éguas - Bom Jesus da Lapa II C1 Existente

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 107
Quadro 4-2 – Travessia de rodovias pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da
Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO DE VÉRTICES RODOVIA

Pórtico Gentio do Ouro II - V-01 BR-330


V-02 - V-03 Sem identificação
V-04 - V-05 BR-330
V-04 - V-05 BR-330
V-04 - V-05 Sem identificação
V-07 - V-08 Sem identificação
V-08 - V-09 Sem identificação
V-09 - V-10 Sem identificação
V-09 - V-10 Sem identificação
V-09 - V-10 Sem identificação
V-09 - V-10 Sem identificação
V-10 - V-11 Sem identificação
V-10 - V-11 Sem identificação
V-10 - V-11 Sem identificação
V-12 - V-13 Sem identificação
V-12 - V-13 Sem identificação
V-12 - V-13 Sem identificação
V-12 - V-13 Sem identificação
V-13 - V-14 BA-156
V-13 - V-14 Sem identificação
V-14 - V-15 Sem identificação
V-14 - V-15 Sem identificação
V-15 - V-16 Sem identificação
V-15 - V-16 Sem identificação
V-15 - V-16 Sem identificação
V-18 - V-19 Sem identificação
V-18 - V-19 Sem identificação

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 108
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO DE VÉRTICES RODOVIA

V-19 - V-20 Sem identificação


V-20 - V-21 Sem identificação
V-20 - V-21 BA-156
V-21 - V-22 Sem identificação
V-22 - V-23 BR-242
V-23 - V-24 Sem identificação
V-23 - V-24 Sem identificação
V-23 - V-24 Sem identificação
V-23 - V-24 Sem identificação
V-23 - V-24 Sem identificação
V-24 - V-25 Sem identificação
V-25 - V-26 Sem identificação
V-25 - V-26 Sem identificação
V-26 - V-27 Sem identificação
V-26 - V-27 Sem identificação
V-27 - V-28 Sem identificação
V-27 - V-28 Sem identificação
V-27 - V-28 BA-156
V-27 - V-28 Sem identificação
V-30 - V-31 Sem identificação
V-30 - V-31 Sem identificação
V-30 - V-31 Sem identificação
V-34 - V-35 Sem identificação
V-35 - V-36 Sem identificação
V-36 - V-37 Sem identificação
V-39 - V-40 Sem identificação
V-40 - V-41 Sem identificação
V-41 - V-42 Sem identificação
V-41 - V-42 Sem identificação

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 109
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO DE VÉRTICES RODOVIA

V-42 - V-43 Sem identificação


V-42 - V-43 Sem identificação
V-43 - V-44 Sem identificação
V-44 - V-45 Sem identificação
V-45 - V-46 Sem identificação
V-46 - V-47 Sem identificação

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

INTERVALO DE VÉRTICES RODOVIA

Pórtico Gentio do Ouro II - V-01 BR-330


V-02 - V-03 Sem identificação
V-03 - V-04 BR-330
V-04 - V-05 BR-330
V-04 - V-05 Sem identificação
V-07 - V-08 Sem identificação
V-08 - V-09 Sem identificação
V-09 - V-10 Sem identificação
V-09 - V-10 Sem identificação
V-09 - V-10 Sem identificação
V-10 - V-11 Sem identificação
V-10 - V-11 Sem identificação
V-12 - V-13 Sem identificação
V-12 - V-13 Sem identificação
V-12 - V-13 Sem identificação
V-12 - V-13 Sem identificação
V-13 - V-14 BA-156
V-13 - V-14 Sem identificação
V-14 - V-15 Sem identificação
V-14 - V-15 Sem identificação

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 110
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

INTERVALO DE VÉRTICES RODOVIA

V-15 - V-16 Sem identificação


V-15 - V-16 Sem identificação
V-15 - V-16 Sem identificação
V-17 - V-18 Sem identificação
V-18 - V-19 Sem identificação
V-19 - V-20 Sem identificação
V-19 - V-20 Sem identificação
V-20 - V-21 Sem identificação
V-20 - V-21 Sem identificação
V-20 - V-21 BA-156
V-21 - V-22 Sem identificação
V-22 - V-23 BR-242
V-23 - V-24 Sem identificação
V-23 - V-24 Sem identificação
V-23 - V-24 Sem identificação
V-23 - V-24 Sem identificação
V-23 - V-24 Sem identificação
V-24 - V-25 Sem identificação
V-25 - V-26 Sem identificação
V-25 - V-26 Sem identificação
V-26 - V-27 Sem identificação
V-26 - V-27 Sem identificação
V-27 - V-28 Sem identificação
V-27 - V-28 Sem identificação
V-27 - V-28 BA-156
V-27 - V-28 Sem identificação
V-30 - V-31 Sem identificação
V-30 - V-31 Sem identificação
V-34 - V-35 Sem identificação

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 111
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

INTERVALO DE VÉRTICES RODOVIA

V-35 - V-36 Sem identificação


V-36 - V-37 Sem identificação
V-39 - V-40 Sem identificação
V-40 - V-41 Sem identificação
V-41 - V-42 Sem identificação
V-41 - V-42 Sem identificação
V-42 - V-43 Sem identificação
V-42 - V-43 Sem identificação
V-43 - V-44 Sem identificação
V-44 - V-45 Sem identificação
V-45 - V-46 Sem identificação
V-46 - V-47 Sem identificação

Não foram identificadas travessias de ferrovias, dutos ou infraestrutura linear subterrânea existentes
ou planejadas que sejam interceptadas pela diretriz preferencial da LT.

b) Zona de proteção de aeródromos/helipontos

Não são atravessadas Zonas de Proteção de Aeródromos ou pela diretriz preferencial da LT 500 kV
Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

c) Corpos d’água
Quadro 4-3 – Travessia de corpos d’água pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom
Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO DE EXTENSÃO DA
TIPO DO CORPO D’ÁGUA NOME DO CORPO D’ÁGUA
VÉRTICES TRAVESSIA (m)

V-01 - V-02 Curso d’água Riacho ou Vereda do Coelho <10m


V-02 - V-03 Curso d’água Sem identificação <10m
V-03 - V-04 Curso d’água Sem identificação <10m
V-03 - V-04 Curso d’água Sem identificação <10m
V-04 - V-05 Curso d’água Riacho Bom Sucesso ou Cajueiro <10m

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 112
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO DE EXTENSÃO DA
TIPO DO CORPO D’ÁGUA NOME DO CORPO D’ÁGUA
VÉRTICES TRAVESSIA (m)

V-04 - V-05 Curso d’água Sem identificação <10m


V-05 - V-06 Curso d’água Sem identificação <10m
V-05 - V-06 Curso d’água Sem identificação <10m
V-07 - V-08 Curso d’água Riacho Umbuzeiro <10m
V-08 - V-09 Curso d’água Riacho Imbaúba <10m
V-09 - V-10 Curso d’água Sem identificação <10m
V-09 - V-10 Curso d’água Riacho Fortaleza <10m
V-10 - V-11 Curso d’água Sem identificação <10m
V-10 - V-11 Curso d’água Sem identificação <10m
V-11 - V-12 Curso d’água Riacho da Carranca <10m
V-12 - V-13 Curso d’água Sem identificação <10m
V-12 - V-13 Curso d’água Sem identificação <10m
V-12 - V-13 Curso d’água Sem identificação <10m
V-14 - V-15 Curso d’água Sem identificação <10m
V-14 - V-15 Curso d’água Sem identificação <10m
V-14 - V-15 Curso d’água Sem identificação <10m
V-14 - V-15 Curso d’água Sem identificação <10m
V-15 - V-16 Curso d’água Sem identificação <10m
V-15 - V-16 Curso d’água Sem identificação <10m
V-15 - V-16 Curso d’água Sem identificação <10m
V-16 - V-17 Curso d’água Sem identificação <10m
V-18 - V-19 Curso d’água Riacho Bela Vista <10m
V-18 - V-19 Curso d’água Sem identificação <10m
V-19 - V-20 Curso d’água Córrego da Baixa <10m
V-19 - V-20 Curso d’água Sem identificação <10m
V-20 - V-21 Curso d’água Sem identificação <10m
V-20 - V-21 Curso d’água Sem identificação <10m
V-20 - V-21 Curso d’água Sem identificação <10m

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 113
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO DE EXTENSÃO DA
TIPO DO CORPO D’ÁGUA NOME DO CORPO D’ÁGUA
VÉRTICES TRAVESSIA (m)

V-23 - V-24 Curso d’água Riacho do Mulungu <10m


V-23 - V-24 Curso d’água Sem identificação <10m
V-24 - V-25 Curso d’água Rio Paramirim <10m
V-25 - V-26 Curso d’água Sem identificação <10m
V-25 - V-26 Curso d’água Sem identificação <10m
V-26 - V-27 Curso d’água Sem identificação <10m
V-27 - V-28 Curso d’água Córrego do Coité <10m
V-27 - V-28 Curso d’água Sem identificação <10m
V-27 - V-28 Curso d’água Sem identificação <10m
V-27 - V-28 Curso d’água Riachão <10m
V-30 - V-31 Curso d’água Sem identificação <10m
V-32 - V-33 Curso d’água Córrego das Canas <10m
V-32 - V-33 Curso d’água Sem identificação <10m
V-33 - V-34 Curso d’água Riacho do Mulungu <10m
V-34 - V-35 Curso d’água Sem identificação <10m
V-35 - V-36 Curso d’água Rio Santo Onofre <10m
V-35 - V-36 Curso d’água Córrego das Porteiras <10m
V-36 - V-37 Curso d’água Córrego da Bocaina <10m
V-37 - V-38 Curso d’água Sem identificação <10m
V-38 - V-39 Curso d’água Sem identificação <10m
V-41 - V-42 Curso d’água Córrego Jatobá Torto <10m
V-41 - V-42 Curso d’água Sem identificação <10m
V-42 - V-43 Curso d’água Sem identificação <10m
V-42 - V-43 Curso d’água Sem identificação <10m
V-42 - V-43 Curso d’água Sem identificação <10m
V-42 - V-43 Lago/Lagoa Sem identificação 468,8
V-43 - V-44 Curso d’água Riacho Santa Rita <10m
V-44 - V-45 Curso d’água Sem identificação <10m

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 114
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO DE EXTENSÃO DA
TIPO DO CORPO D’ÁGUA NOME DO CORPO D’ÁGUA
VÉRTICES TRAVESSIA (m)

V-45 - V-46 Curso d’água Córrego Mulungu <10m


V-45 - V-46 Rio Sem identificação 59,2
V-46 - V-47 Curso d’água Riacho Pajeú <10m

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

INTERVALO DE EXTENSÃO DA
TIPO DO CORPO D’ÁGUA NOME DO CORPO D’ÁGUA
VÉRTICES TRAVESSIA (m)

V-01 - V-02 Curso d’água Riacho ou Vereda do Coelho <10m


V-02 - V-03 Curso d’água Sem identificação <10m
V-03 - V-04 Curso d’água Sem identificação <10m
V-03 - V-04 Curso d’água Sem identificação <10m
V-04 - V-05 Curso d’água Riacho Bom Sucesso ou Cajueiro <10m
V-04 - V-05 Curso d’água Sem identificação <10m
V-04 - V-05 Curso d’água Sem identificação <10m
V-05 - V-06 Curso d’água Sem identificação <10m
V-05 - V-06 Curso d’água Sem identificação <10m
V-07 - V-08 Curso d’água Riacho Umbuzeiro <10m
V-08 - V-09 Curso d’água Riacho Imbaúba <10m
V-09 - V-10 Curso d’água Sem identificação <10m
V-09 - V-10 Curso d’água Riacho Fortaleza <10m
V-10 - V-11 Curso d’água Sem identificação <10m
V-10 - V-11 Curso d’água Sem identificação <10m
V-11 - V-12 Curso d’água Riacho da Carranca <10m
V-12 - V-13 Curso d’água Sem identificação <10m
V-12 - V-13 Curso d’água Sem identificação <10m
V-12 - V-13 Curso d’água Sem identificação <10m
V-14 - V-15 Curso d’água Sem identificação <10m
V-14 - V-15 Curso d’água Sem identificação <10m
V-14 - V-15 Curso d’água Sem identificação <10m

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 115
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

INTERVALO DE EXTENSÃO DA
TIPO DO CORPO D’ÁGUA NOME DO CORPO D’ÁGUA
VÉRTICES TRAVESSIA (m)

V-15 - V-16 Curso d’água Sem identificação <10m


V-15 - V-16 Curso d’água Sem identificação <10m
V-15 - V-16 Curso d’água Sem identificação <10m
V-16 - V-17 Curso d’água Sem identificação <10m
V-18 - V-19 Curso d’água Riacho Bela Vista <10m
V-18 - V-19 Curso d’água Sem identificação <10m
V-19 - V-20 Curso d’água Córrego da Baixa <10m
V-19 - V-20 Curso d’água Sem identificação <10m
V-20 - V-21 Curso d’água Sem identificação <10m
V-20 - V-21 Curso d’água Sem identificação <10m
V-20 - V-21 Curso d’água Sem identificação <10m
V-23 - V-24 Curso d’água Riacho Mulungú <10m
V-23 - V-24 Curso d’água Sem identificação <10m
V-24 - V-25 Curso d’água Rio Paramirim <10m
V-25 - V-26 Curso d’água Sem identificação <10m
V-25 - V-26 Curso d’água Sem identificação <10m
V-26 - V-27 Curso d’água Sem identificação <10m
V-27 - V-28 Curso d’água Córrego do Coité <10m
V-27 - V-28 Curso d’água Sem identificação <10m
V-27 - V-28 Curso d’água Sem identificação <10m
V-27 - V-28 Curso d’água Riachão <10m
V-30 - V-31 Curso d’água Sem identificação <10m
V-32 - V-33 Curso d’água Córrego das Canas <10m
V-32 - V-33 Curso d’água Sem identificação <10m
V-33 - V-34 Curso d’água Riacho do Mulungu <10m
V-34 - V-35 Curso d’água Sem identificação <10m
V-35 - V-36 Curso d’água Rio Santo Onofre <10m
V-35 - V-36 Curso d’água Córrego das Porteiras <10m

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 116
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

INTERVALO DE EXTENSÃO DA
TIPO DO CORPO D’ÁGUA NOME DO CORPO D’ÁGUA
VÉRTICES TRAVESSIA (m)

V-36 - V-37 Curso d’água Córrego da Bocaina <10m


V-37 - V-38 Curso d’água Sem identificação <10m
V-38 - V-39 Curso d’água Sem identificação <10m
V-41 - V-42 Curso d’água Córrego Jatobá Torto <10m
V-41 - V-42 Curso d’água Sem identificação <10m
V-42 - V-43 Curso d’água Sem identificação <10m
V-42 - V-43 Curso d’água Sem identificação <10m
V-42 - V-43 Curso d’água Sem identificação <10m
V-42 - V-43 Lago/Lagoa Sem identificação 433,4
V-43 - V-44 Curso d’água Riacho Santa Rita <10m
V-44 - V-45 Curso d’água Sem identificação <10m
V-45 - V-46 Curso d’água Córrego Mulungu <10m
V-45 - V-46 Rio Sem identificação 163,1
V-46 - V-47 Curso d’água Riacho Pajeú <10m

d) Processos minerários
Quadro 4-4 – Travessia de áreas com atividade de minerárias pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio
do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO
NÚMERO DO FASE DO PROCESSO EXTENSÃO
DE SUBSTÂNCIA
PROCESSO MINERÁRIO (m)
VÉRTICES

V-02 - V-05 870691/2020 Autorização de Pesquisa Minério de Ouro 3.928,82


V-04 - V-05 870288/2017 Autorização de Pesquisa Minério de Ouro 895,10
V-04 - V-05 870834/2016 Autorização de Pesquisa Quartzito 774,17
V-04 - V-05 871147/2016 Autorização de Pesquisa Quartzito 2.319,44
V-04 - V-06 870302/2017 Autorização de Pesquisa Minério de Ouro 6.850,39
V-09 - V-10 871922/2014 Autorização de Pesquisa Quartzito 2.265,63
V-10 - V-13 871645/2021 Autorização de Pesquisa Minério de Cobre 4.739,18

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 117
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO
NÚMERO DO FASE DO PROCESSO EXTENSÃO
DE SUBSTÂNCIA
PROCESSO MINERÁRIO (m)
VÉRTICES

V-12 - V-13 871643/2021 Requerimento de Pesquisa Minério de Cobre 4.560,70


V-12 - V-14 871640/2021 Requerimento de Pesquisa Minério de Cobre 3.982,19
V-13 - V-14 871488/2018 Requerimento de Lavra Garimpeira Quartzo 20,84
V-14 - V-15 870670/2018 Disponibilidade Quartzo 1.635,51
V-14 - V-15 871081/2021 Requerimento de Pesquisa Quartzo 1.635,51
V-15 - V-16 871743/2015 Autorização de Pesquisa Quartzito 698,47
V-15 - V-17 871543/2018 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.698,30
V-16 - V-17 870721/2019 Autorização de Pesquisa Minério de Ouro 363,46
V-16 - V-17 871054/2017 Autorização de Pesquisa Fosfato 2.047,50
V-16 - V-17 871608/2008 Requerimento de Lavra Quartzito 1.197,77
V-16 - V-18 870330/2022 Requerimento de Pesquisa Minério de Ouro 4.230,34
V-17 - V-19 871016/2002 Requerimento de Lavra Quartzito 1.813,49
V-18 - V-19 870917/2019 Requerimento de Lavra Garimpeira Quartzo 522,32
V-20 - V-21 870175/2022 Requerimento de Pesquisa Quartzito 3.567,66
V-20 - V-21 870524/2021 Autorização de Pesquisa Barita 1.298,17
V-20 - V-21 871606/2019 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.708,12
V-20 - V-21 874084/2008 Requerimento de Lavra Barita 884,97
V-20 - V-21 874776/2008 Autorização de Pesquisa Barita 330,22
V-20 - V-22 870535/2022 Requerimento de Pesquisa Manganês 2.767,14
V-23 - V-25 874064/2011 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.817,07
V-25 - V-26 874070/2011 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 0,66
V-25 - V-27 872179/2014 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 1.793,93
V-27 - V-28 871512/2014 Autorização de Pesquisa Quartzito 940,98
V-27 - V-28 874206/2011 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 264,60
V-27 - V-29 872989/2015 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.456,66
V-28 - V-30 872990/2015 Autorização de Pesquisa Quartzito 3.942,85
V-29 - V-31 871535/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 945,10

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 118
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO
NÚMERO DO FASE DO PROCESSO EXTENSÃO
DE SUBSTÂNCIA
PROCESSO MINERÁRIO (m)
VÉRTICES

V-30 - V-33 870771/2003 Disponibilidade Quartzito 2.686,72


V-30 - V-33 870937/2021 Autorização de Pesquisa Quartzito 2.686,71
V-32 - V-33 870255/2016 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.356,70
V-32 - V-33 871922/2017 Requerimento de Pesquisa Fosfato 1.629,40
V-32 - V-34 871461/2019 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.806,70
V-33 - V-35 870508/2022 Requerimento de Pesquisa Minério de Manganês 3.587,41
V-34 - V-36 870959/2019 Apto para Disponibilidade Quartzito 3.416,27
V-35 - V-37 870851/2014 Requerimento de Lavra Quartzito 1.200,67
V-36 - V-38 303130/2018 Disponibilidade Dado Não Cadastrado 1.441,72
V-37 - V-38 870062/2002 Direito de Requerer a Lavra Chumbo 1.143,05
V-37 - V-38 871023/2021 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.894,46
V-37 - V-38 872583/2013 Disponibilidade Minério de Ferro 2.894,48
V-37 - V-40 873051/2011 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.193,03
V-39 - V-40 871028/2021 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.901,99
V-39 - V-40 872582/2012 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 412,30
V-39 - V-40 872586/2012 Disponibilidade Minério de Ferro 2.901,96
V-39 - V-41 872584/2012 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.761,27
V-40 - V-42 872583/2012 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.751,37
V-41 - V-42 870793/2021 Autorização de Pesquisa Quartzito 2.343,00
V-41 - V-42 872383/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 59,84
V-42 - V-43 870698/2020 Autorização de Pesquisa Minério de Manganês 5.789,16
V-42 - V-45 871977/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 2.558,06
V-44 - V-45 870611/2018 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.802,52
V-44 - V-45 872290/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 3.452,21
V-44 - V-45 872291/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 699,37
V-44 - V-45 872292/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 2.041,15
V-45 - V-46 871965/2005 Concessão de Lavra Gnaisse 378,96

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 119
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

INTERVALO
NÚMERO DO FASE DO PROCESSO EXTENSÃO
DE SUBSTÂNCIA
PROCESSO MINERÁRIO (m)
VÉRTICES

V-45 - V-47 871490/2020 Autorização de Pesquisa Granito 2.585,66


V-46 - V-48 870191/2020 Autorização de Pesquisa Mármore 1.366,05
V-50 - V-51 870765/2018 Licenciamento Areia 525,57

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

INTERVALO
NÚMERO DO FASE DO PROCESSO EXTENSÃO
DE SUBSTÂNCIA
PROCESSO MINERÁRIO (m)
VÉRTICES

V-02 - V-05 870691/2020 Autorização de Pesquisa Minério de Ouro 3.928,84


V-04 - V-05 870288/2017 Autorização de Pesquisa Minério de Ouro 895,10
V-04 - V-05 870834/2016 Autorização de Pesquisa Quartzito 774,17
V-04 - V-05 871147/2016 Autorização de Pesquisa Quartzito 2.319,44
V-04 - V-06 871590/2008 Apto para Disponibilidade Minério de Ouro 468,51
V-05 - V-06 870302/2017 Autorização de Pesquisa Minério de Ouro 6.100,71
V-09 - V-10 871922/2014 Autorização de Pesquisa Quartzito 2.265,63
V-10 - V-13 871645/2021 Autorização de Pesquisa Minério de Cobre 4.739,20
V-12 - V-13 871643/2021 Requerimento de Pesquisa Minério de Cobre 4.560,70
V-12 - V-14 871640/2021 Requerimento de Pesquisa Minério de Cobre 3.980,99
V-13 - V-14 871488/2018 Requerimento de Lavra Garimpeira Quartzo 293,99
V-14 - V-15 870670/2018 Disponibilidade Quartzo 1.635,51
V-14 - V-15 871081/2021 Requerimento de Pesquisa Quartzo 1.635,51
V-15 - V-16 871743/2015 Autorização de Pesquisa Quartzito 545,80
V-15 - V-17 871543/2018 Autorização de Pesquisa Quartzito 2.002,23
V-16 - V-17 870721/2019 Autorização de Pesquisa Minério de Ouro 363,46
V-16 - V-17 871054/2017 Autorização de Pesquisa Fosfato 2.047,50
V-16 - V-17 871608/2008 Requerimento de Lavra Quartzito 1.197,77
V-16 - V-18 870330/2022 Requerimento de Pesquisa Minério de Ouro 4.228,89
V-17 - V-19 871016/2002 Requerimento de Lavra Quartzito 1.811,59

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 120
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

INTERVALO
NÚMERO DO FASE DO PROCESSO EXTENSÃO
DE SUBSTÂNCIA
PROCESSO MINERÁRIO (m)
VÉRTICES

V-18 - V-19 870917/2019 Requerimento de Lavra Garimpeira Quartzo 555,97


V-18 - V-19 870922/2019 Apto para Disponibilidade Quartzito 24,55
V-20 - V-21 870175/2022 Requerimento de Pesquisa Quartzito 3.567,66
V-20 - V-21 870524/2021 Autorização de Pesquisa Barita 1.509,85
V-20 - V-21 871606/2019 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.708,12
V-20 - V-21 874084/2008 Requerimento de Lavra Barita 1.096,66
V-20 - V-21 874776/2008 Autorização de Pesquisa Barita 118,53
V-20 - V-22 870535/2022 Requerimento de Pesquisa Manganês 2.547,87
V-23 - V-25 874064/2011 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.825,51
V-25 - V-26 874070/2011 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 130,66
V-25 - V-27 872179/2014 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 1.936,87
V-27 - V-28 871512/2014 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.077,91
V-27 - V-28 874206/2011 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 127,67
V-27 - V-29 872989/2015 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.567,34
V-28 - V-30 872990/2015 Autorização de Pesquisa Quartzito 3.823,11
V-29 - V-32 871535/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 1.066,05
V-31 - V-33 870771/2003 Disponibilidade Quartzito 2.530,01
V-31 - V-33 870937/2021 Autorização de Pesquisa Quartzito 2.530,00
V-32 - V-33 870255/2016 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.515,15
V-32 - V-33 871922/2017 Requerimento de Pesquisa Fosfato 1.629,39
V-32 - V-34 871461/2019 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.634,45
V-33 - V-34 871459/2019 Autorização de Pesquisa Quartzito 36,28
V-33 - V-35 870508/2022 Requerimento de Pesquisa Minério de Manganês 3.612,11
V-34 - V-36 870959/2019 Apto para Disponibilidade Quartzito 3.433,12
V-35 - V-37 870851/2014 Requerimento de Lavra Quartzito 1.163,40
V-36 - V-38 303130/2018 Disponibilidade Dado Não Cadastrado 1.296,61
V-37 - V-38 870062/2002 Direito de Requerer a Lavra Chumbo 1.286,43

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 121
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

INTERVALO
NÚMERO DO FASE DO PROCESSO EXTENSÃO
DE SUBSTÂNCIA
PROCESSO MINERÁRIO (m)
VÉRTICES

V-37 - V-38 871023/2021 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.751,03


V-37 - V-38 872583/2013 Disponibilidade Minério de Ferro 2.751,05
V-37 - V-40 873051/2011 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.335,85
V-39 - V-40 871028/2021 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.755,18
V-39 - V-40 872582/2012 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 559,11
V-39 - V-40 872586/2012 Disponibilidade Minério de Ferro 2.755,15
V-39 - V-41 872584/2012 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.760,80
V-40 - V-42 872583/2012 Autorização de Pesquisa Minério de Ferro 2.752,34
V-41 - V-42 870793/2021 Autorização de Pesquisa Quartzito 2.486,88
V-42 - V-43 870698/2020 Autorização de Pesquisa Minério de Manganês 5.965,67
V-42 - V-45 871977/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 2.725,58
V-44 - V-45 870611/2018 Autorização de Pesquisa Quartzito 1.634,81
V-44 - V-45 872290/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 3.452,13
V-44 - V-45 872291/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 867,13
V-44 - V-45 872292/2013 Autorização de Pesquisa Fosfato 2.041,15
V-45 - V-46 871965/2005 Concessão de Lavra Gnaisse 685,75
V-45 - V-47 871490/2020 Autorização de Pesquisa Granito 2.585,69
V-46 - V-48 870191/2020 Autorização de Pesquisa Mármore 1.364,58
V-50 - V-51 870765/2018 Licenciamento Areia 369,69

e) Áreas de restrição legal ou relevância socioambiental


Quadro 4-5 – Travessia com Assentamentos Rurais pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II –
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2


NOME DO ASSENTAMENTO
INTERVALO DE VÉRTICES EXTENSÃO (m)
RURAL
PA Riacho dos Porcos V-40 - V-43 11.738,2
PA Santo Antônio V-42 - V-43 3.216,7

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 122
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2
NOME DO ASSENTAMENTO
INTERVALO DE VÉRTICES EXTENSÃO (m)
RURAL
PA Campo Grande I V-44 - V-45 6.228,6

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3


NOME DO ASSENTAMENTO
INTERVALO DE VÉRTICES EXTENSÃO (m)
RURAL
PA Riacho dos Porcos V-41 - V-43 11.555,3
PA Santo Antônio V-42 - V-43 3.193,4
PA Campo Grande I V-44 - V-45 6.225,9

Quadro 4-6 – Travessia de Sítios Arqueológicos pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II –
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2


INTERVALO DE VÉRTICES CNSA EXTENSÃO (m)
V-10 - V-11 BA01993 128,6

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3


INTERVALO DE VÉRTICES CNSA EXTENSÃO (m)
V-10 - V-11 BA01993 57,4

Quadro 4-7 – Travessia de Áreas Prioritárias para Conservação da Biodiversidade (APCBs) pela diretriz
preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2


INTERVALO DE EXTENSÃO DA
APCB PRIORIDADE
VÉRTICES TRAVESSIA (km)
Pórtico Gentio do Ouro
Lago de Sobradinho Extremamente Alta 9,9
II - V-05
V-07 - V-10 Vereda do Bonito Muito Alta 8,8
V-21 - V-22 Oliveira dos Brejinhos Muito Alta 4,2
V-27 - Pórtico Bom
Bom Jesus da Lapa Muito Alta 66,8
Jesus da Lapa II

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 123
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3
INTERVALO DE EXTENSÃO DA
APCB PRIORIDADE
VÉRTICES TRAVESSIA (km)
Pórtico Gentio do Ouro
Lago de Sobradinho Extremamente Alta 9,8
II - V-05
V-07 - V-10 Vereda do Bonito Muito Alta 8,6
V-21 - V-22 Oliveira dos Brejinhos Muito Alta 4,0
V-27 - Pórtico Bom
Bom Jesus da Lapa Muito Alta 66,8
Jesus da Lapa II

Não são atravessadas Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Territórios Quilombolas ou Áreas
de Influência de Cavidades pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da
Lapa II C2 e C3.

4.2 Paralelismos
a) Linhas de Transmissão e de Distribuição de Alta Tensão

O termo aqui empregado refere-se à justaposição com faixas de


domínio ou servidão de linhas de transmissão e de distribuição de alta tensão.

Quadro 4-8 – Paralelismo com linhas de transmissão e distribuição pela diretriz preferencial da LT 500 kV
Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2


LINHA DE TRANSMISSÃO/DISTRIBUIÇÃO DE ALTA
INTERVALO DE VÉRTICES EXTENSÃO (km)
TENSÃO
V-02 - V-06 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 23,90
V-08 - V-11 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 21,31
V-15 - V-19 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 12,30
V-19 - V-20 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 0,70
V-26 - V-27 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 1,09
V-31 - V-35 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 14,45
V-37 - V-39 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 6,59
V-41 - V-42 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 6,20
V-44 - V-49 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 36,77

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 124
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

LINHA DE TRANSMISSÃO/DISTRIBUIÇÃO DE ALTA


INTERVALO DE VÉRTICES EXTENSÃO (km)
TENSÃO

V-02 - V-06 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 23,90

V-08 - V-11 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 21,29

V-15 - V-19 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 12,35

V-19 - V-20 LT 500 kV Sol do Sertão - Gentio do Ouro II C1 0,70

V-26 - V-27 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 1,08

V-31 - V-35 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 14,41

V-37 - V-39 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 6,58

V-41 - V-42 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 6,18

V-44 - V-49 LT 500 kV Sol do Sertão - Bom Jesus da Lapa II C1 36,77

b) Rodovias

Devido à tipologia dos empreendimentos, o paralelismo justaposto entre linhas de transmissão e


rodovias não é desejável. Por esse motivo, na elaboração das diretrizes, buscou-se manter a maior
proximidade possível com as vias, sem que houvesse a justaposição entre eles e a diretriz preferencial
da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3. Sendo assim, no Quadro 4-9, o
paralelismo considerado abrangeu as rodovias identificadas em um raio de até 1 km da diretriz
preferencial e que seguiram contiguamente ao seu eixo.

Quadro 4-9 – Paralelismo com rodovias pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus
da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2


INTERVALO DE VÉRTICES RODOVIA EXTENSÃO (km)
V-02 - V-06 BR-330 21,12
V-07 - V-08 Sem Identificação 1,56
V-08 - V-10 Sem Identificação 2,62
V-09 - V-10 Sem Identificação 6,67
V-09 - V-12 Sem Identificação 10,59
V-12 - V-14 Sem Identificação 9,11
V-15 - V-17 Sem Identificação 4,48

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 125
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2
INTERVALO DE VÉRTICES RODOVIA EXTENSÃO (km)
V-17 - V-19 Sem Identificação 4,82
V-19 - V-22 BA-156 19,55
V-27 - V-28 Sem Identificação 4,55
V-28 - V-36 Sem Identificação 21,83
V-41 - V-42 Sem Identificação 2,43
V-41 - V-46 Sem Identificação 7,60
V-41 - V-46 BA-160 26,50
V-50 - V-51 BA-160 4,00

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3


INTERVALO DE VÉRTICES RODOVIA EXTENSÃO (km)
V-02 - V-06 BR-330 21,49
V-07 - V-08 Sem Identificação 1,50
V-08 - V-10 Sem Identificação 2,61
V-09 - V-10 Sem Identificação 6,14
V-09 - V-12 Sem Identificação 10,53
V-12 - V-14 Sem Identificação 9,24
V-15 - V-17 Sem Identificação 4,55
V-17 - V-19 Sem Identificação 4,93
V-19 - V-22 BA-156 19,68
V-27 - V-28 Sem Identificação 4,19
V-28 - V-36 Sem Identificação 21,70
V-41 - V-42 Sem Identificação 2,35
V-41 - V-46 Sem Identificação 7,55
V-41 - V-46 BA-160 25,19
V-50 - V-51 BA-160 3,48

4.3 Proximidade com áreas de restrição legal ou de relevância socioambiental


a) Proximidade com Unidades de Conservação

Não foram identificadas Unidades de Conservação ou Zonas de Amortecimento em um raio de 3 km


a partir da faixa de servidão da diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da
Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 126
b) Proximidade com terras indígenas

Não foram identificadas terras indígenas a uma distância que tornasse necessária a elaboração de
estudos complementares associados ao licenciamento ambiental.

c) Proximidade com territórios quilombolas


Quadro 4-10 – Proximidade com territórios quilombolas pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2


MENOR DISTÂNCIA ENTRE A
INTERVALO DE VÉRTICES TERRITÓRIO QUILOMBOLA
DIRETRIZ E O TQ (km)
V-05 – V-06 CRQ Mato Grosso 4,3
V-10 – V-11 CRQ Alagoinhas 3,7
V-54 - V-55 CRQ Lagoa do Peixe 4,3
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3
MENOR DISTÂNCIA ENTRE A
INTERVALO DE VÉRTICES TERRITÓRIO QUILOMBOLA
DIRETRIZ E O TQ (m)
V-05 – V-06 CRQ Mato Grosso 4,2
V-10 – V-11 CRQ Alagoinhas 3,6
V-54 - V-55 CRQ Lagoa do Peixe 4,4

d) Comunidades Remanescentes de Quilombos certificadas e que ainda não possuem RTID

O Quadro 4-11 apresenta as comunidades remanescentes de quilombos certificadas e que ainda


não possuem RTID identificadas nos municípios interceptados pela diretriz preferencial da LT 500 kV
Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

Quadro 4-11 – Comunidades Remanescentes de Quilombos certificadas nos municípios interceptados pela
diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

COMUNIDADE DISTÂNCIA
INTERVALO DE VÉRTICES REMANESCENTE DE MUNICÍPIO (UF) DA DIRETRIZ
QUILOMBO CERTIFICADA (km)

Pórtico Gentio do Ouro II - V-01 CRQ Água Doce Gentio do Ouro 36,47
V-04 - V-05 CRQ Pacheco Gentio do Ouro 12,78
V-05 - V-06 CRQ Mato Grosso Gentio do Ouro 4,31

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 127
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2

COMUNIDADE DISTÂNCIA
INTERVALO DE VÉRTICES REMANESCENTE DE MUNICÍPIO (UF) DA DIRETRIZ
QUILOMBO CERTIFICADA (km)

V-09 - V-10 CRQ Malhada e Olho d´Água Gentio do Ouro 6,56


V-10 - V-11 CRQ Gregório e Silvério Gentio do Ouro 10,70
V-10 - V-11 CRQ Alagoinhas Gentio do Ouro 3,70
V-12 - V-13 CRQ Barreiro Preto Gentio do Ouro 10,87
V-39 - V-40 CRQ Barro Paratinga 22,92
V-41 - V-42 CRQ Tomba Paratinga 13,92
V-42 - V-43 CRQ Lagoa do Jacaré Paratinga 10,80
V-43 - V-44 CRQ Fortaleza Bom Jesus da Lapa 16,50
V-44 - V-45 CRQ Bandeira Bom Jesus da Lapa 10,01
V-44 - V-45 CRQ Juá Bom Jesus da Lapa 9,83
V-46 - V-47 CRQ Peroba Bom Jesus da Lapa 8,07
V-54 - V-55 CRQ Capão da Areia Bom Jesus da Lapa 23,59
V-54 - V-55 CRQ Lagoa do Peixe Bom Jesus da Lapa 4,32
V-54 - V-55 CRQ Rio das Ras Bom Jesus da Lapa 50,52
V-55 - Pórtico Bom Jesus da Lapa II CRQ Bebedouro Bom Jesus da Lapa 28,07

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

COMUNIDADE DISTÂNCIA
INTERVALO DE VÉRTICES REMANESCENTE DE MUNICÍPIO (UF) DA DIRETRIZ
QUILOMBO CERTIFICADA (km)

Pórtico Gentio do Ouro II - V-01 CRQ Água Doce Gentio do Ouro 36,42
V-04 - V-05 CRQ Pacheco Gentio do Ouro 12,72
V-05 - V-06 CRQ Mato Grosso Gentio do Ouro 4,25
V-09 - V-10 CRQ Malhada e Olho d´Água Gentio do Ouro 6,63
V-10 - V-11 CRQ Gregório e Silvério Gentio do Ouro 10,63
V-10 - V-11 CRQ Alagoinhas Gentio do Ouro 3,63
V-12 - V-13 CRQ Barreiro Preto Gentio do Ouro 10,80
V-39 - V-40 CRQ Barro Paratinga 22,99

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 128
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3

COMUNIDADE DISTÂNCIA
INTERVALO DE VÉRTICES REMANESCENTE DE MUNICÍPIO (UF) DA DIRETRIZ
QUILOMBO CERTIFICADA (km)

V-41 - V-42 CRQ Tomba Paratinga 13,98


V-42 - V-43 CRQ Lagoa do Jacaré Paratinga 10,87
V-43 - V-44 CRQ Fortaleza Bom Jesus da Lapa 16,57
V-44 - V-45 CRQ Bandeira Bom Jesus da Lapa 10,08
V-44 - V-45 CRQ Juá Bom Jesus da Lapa 9,89
V-46 - V-47 CRQ Peroba Bom Jesus da Lapa 8,01
V-54 - V-55 CRQ Capão da Areia Bom Jesus da Lapa 23,67
V-54 - V-55 CRQ Lagoa do Peixe Bom Jesus da Lapa 4,39
V-54 - V-55 CRQ Rio das Ras Bom Jesus da Lapa 50,59
V-55 - Pórtico Bom Jesus da Lapa II CRQ Bebedouro Bom Jesus da Lapa 28,14

4.4 Interferência em cobertura vegetal e uso do solo


Quadro 4-12 – Extensão das classes de cobertura vegetal e uso do solo interceptadas pela diretriz
preferencial da LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2


CATEGORIA CLASSE EXTENSÃO (km) PERCENTUAL
Campestre 1,01 0,37
Natural Florestal 3,05 1,13
Savânica 192,03 70,96
Mosaico de Agricultura e
9,65 3,57
Antrópico Pastagem
Pastagem 64,76 23,93
Corpo Hídrico Rio/lago/lagoa 0,11 0,04

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3


CATEGORIA CLASSE EXTENSÃO (km) PERCENTUAL
Campestre 1,30 0,48
Natural Florestal 3,13 1,16
Savânica 190,51 70,45

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 129
LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3
CATEGORIA CLASSE EXTENSÃO (km) PERCENTUAL
Mosaico de Agricultura e
11,87 4,39
Antrópico Pastagem
Pastagem 63,57 23,51
Corpo Hídrico Rio/lago/lagoa 0,05 0,02

Quadro 4-13 – Estimativa de edificações interceptadas pela diretriz preferencial da LT 500 kV Gentio do
Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3.

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C2


INTERVALO DE VÉRTICES NÚMERO DE EDIFICAÇÕES
V-07 – V-08 1
V-16 – V-17 2

LT 500 kV GENTIO DO OURO II – BOM JESUS DA LAPA II C3


INTERVALO DE VÉRTICES NÚMERO DE EDIFICAÇÕES
V-07 – V-08 1
V-16 – V-17 2
V-46 – V-47 1

Destaca-se que as edificações indicadas para os vãos V-07 – V-08 e V-16 – V-17 são as mesmas para
os dois circuitos.

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Em linhas gerais, a diretriz preferencial proposta para implantação da LT 500 kV Gentio do Ouro II –
Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 é beneficiada pela possibilidade de implantação em paralelismo, ora
justaposto, ora com pequenos afastamentos, com as LTs 500 kV Bom Jesus da Lapa II – Sol do Sertão
e Sol do Sertão – Gentio do Ouro II, conforme pode ser verificado no Quadro 4-8, da seção 4 –
Síntese das Principais Interferências da Diretriz e, pelo Anexo 2A – Ficha Resumo de Linha de
Transmissão.

Um fator de atenção, que pode resultar em futuras complicações construtivas e no licenciamento


ambiental, diz respeito à expansão dos projetos para geração de energia através de fontes
renováveis, especialmente os parques fotovoltaicos no município de Bom Jesus da Lapa. A difusão
de projetos para implantação dos referidos parques no entorno da SE Bom Jesus da Lapa II pode
provocar a necessidade de mudanças futuras da alocação do traçado durante as etapas seguintes,

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 130
até o início da fase construtiva da LT e, em casos extremos, até mesmo inviabilizar o acesso de novas
LTs à SE em questão.

Outro aspecto que pode gerar sobrecustos na implantação do projeto diz respeito à travessia de
serras com relevo acidentado entre os vértices V-28 e V-35 e entre o V-37 e o V-39. Nessas regiões,
além das declividades acentuadas, o solo é constituído de material pedregoso, intercalado com áreas
de afloramento rochoso, e os fragmentos de vegetação se encontram em maior estado de
preservação. Nesses locais, foi dada preferência à alocação da diretriz proposta em paralelismo
justaposto com as LTs 500 kV Sol do Sertão – Bom Jesus da Lapa II e 230 kV Bom Jesus da Lapa –
Brotas de Macaúbas C1, de forma a aproveitar os acessos às torres existentes, reduzindo a
necessidade de abertura de novas áreas ao mínimo necessário.

Ainda sobre o tema cobertura vegetal, as diretrizes propostas interceptam, aproximadamente, 3 km


de formações florestais, o que corresponde a pouco mais de 1% da extensão total da LT, conforme
apresentado no Anexo 2A – Ficha Resumo de Linha de Transmissão. De acordo com o subitem
3.3.1.2 – Classes de Cobertura Vegetal, as formações florestais interceptadas são caracterizadas
como remanescentes de Savana Estépica Florestada, localizadas majoritariamente, nas encostas, em
áreas de relevo acidentado e apresentam um predomínio de dossel contínuo. Esses locais podem
gerar custos adicionais na implantação da LT, em função da necessidade de alteamento de torres,
para viabilização da distância de segurança dos cabos em relação à vegetação.

Do ponto de vista socioeconômico, durante as etapas do licenciamento ambiental, deverão ser


avaliados os possíveis impactos nas comunidades identificadas com proximidade da diretriz
proposta. Devido ao paralelismo com outras LTs existentes, a distribuição desse tipo de estrutura
pode alterar o modo tradicional de utilização da terra na região, especialmente em pequenas
propriedades rurais.

Em relação às comunidades tradicionais, foram identificadas 3 (três) Comunidades Remanescentes


de Quilombos (CRQs), Mato Grosso e Alagoinhas, no município de Gentio do Ouro (BA), e Lagoa do
Peixe, em Bom Jesus da Lapa (BA). Devido a seus núcleos estarem a menos de 5 km da diretriz,
seguindo a Instrução Normativa no 111, de 22/12/2021, do INCRA, que tem como base a Portaria
Interministerial no 60, de 24/03/2015, deverão, para elas, ser elaborados estudos específicos de
eventuais impactos relativos ao componente quilombola.

Com base nos aspectos aqui observados, para as próximas fases de desenvolvimento do projeto,
recomenda-se atenção especial aos temas apresentados no Quadro 5-1.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 131
Quadro 5-1 – Síntese de sobrecustos, complexidade ambiental e medidas mitigadoras.

RISCOS OU
EMPREENDIMENTO TEMA MEDIDAS MITIGADORAS
SOBRECUSTOS

• Necessidade de desvios
• Acompanhamento
Projetos para futuros com o surgimento
constante sobre o surgimento
geração de de novos projetos de usinas
de novos projetos para geração
energia fotovoltaicas no entorno da
de energia.
SE Bom Jesus da Lapa II.

• Máximo aproveitamento de
• Custo construtivo alto acessos existentes às LTs
para abertura de acessos, paralelas.
Travessia de praças de torres e fundação.
regiões com • Adoção de técnicas
relevo acidentado • Risco de deflagração de construtivas adequadas para
processos erosivos e esse tipo de terreno, a serem
movimentos de massa. propostas futuramente no
Projeto Básico Ambiental da LT.

• Alteamento de torres.
• Custos maiores com
alteamento de torres. • Emprego de técnicas
construtivas que minimizem a
Fragmentos de • Possível demora no
LT 500 kV Gentio do necessidade de abertura de
vegetação nativa licenciamento ambiental,
Ouro II – Bom Jesus acessos nessas áreas, tanto na
para a emissão da
da Lapa II C2 e C3 construção das fundações e na
autorização para supressão
montagem das torres, como no
da vegetação nativa.
lançamento de cabos.

• Aprofundamento nos
• Restrições ao uso levantamentos sobre o uso da
tradicional da terra em terra em pequenas
Modificação no
pequenas propriedades propriedades atravessadas.
uso da terra
devido ao paralelismo de
LTs. • Possível realocação de
proprietários.

• Consulta aos órgãos


intervenientes (INCRA e
Fundação Cultural Palmares),
• Custos adicionais e
com um pedido de
Comunidades maior complexidade
manifestação sobre a
Quilombolas durante o processo de
elaboração de Programas
licenciamento ambiental.
Ambientais específicos para as
CRQs Mato Grosso, Alagoinhas
e Lagoa do Peixe.

LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 132
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LT 500 kV Gentio do Ouro II – Bom Jesus da Lapa II C2 e C3 Definição da diretriz de traçado e Revisão 01
análise socioambiental – R3 Maio de 2022 141
8. EQUIPE TÉCNICA

ATUAÇÃO NO REGISTRO
NOME FORMAÇÃO E-MAIL
ESTUDO PROFISSIONAL

Edson Engenheiro CREA-SP


Gerência Geral edson@biodinamica.bio.br
Nomiyama Civil 100.641-D

Fabrícia CRBio-RJ
Gerência Técnica Bióloga fabricia@biodinamica.bio.br
Guerreiro 29.440/02-D

Michelle CRBio-RJ
Coordenação Geral Bióloga michelle@biodinamica.bio.br
Drumond Rocha 62.876/02-D

Coordenação
Adjunta,
Gabriel Lousada Coordenação dos CREA-RJ
Geógrafo gabriel@biodinamica.bio.br
Borges Estudos do Meio 2019.100.611
Físico e Vistoria de
Campo

Emiliane Coordenação dos


CRBio-RJ
Gonçalves Estudos do Meio Bióloga emiliane@biodinamica.bio.br
49.742/02-D
Pereira Biótico

Adalton Coordenação dos


CORECON-RJ
Cerqueira de Estudos do Meio Economista adalton@biodinamica.bio.br
23.848-1-D
Argolo Socioeconômico

Camila Carnevale CRBio-RJ


Vistoria de Campo Bióloga camila@biodinamica.bio.br
de Carvalho 78.301/02

Vitor César Engenheiro CREA-RJ


Vistoria de Campo vitor@biodinamica.bio.br
Magnan Teixeira Florestal 2.012.109.253

Elis Antônio Técnico


Desenhos Técnicos elis@biodinamica.bio.br -
Pereira Ambiental

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análise socioambiental – R3 Maio de 2022 142
9. ANEXOS
ANEXO 1A – PLANILHA SÍNTESE DE VERIFICAÇÃO DA ADERÊNCIA DO R3 COM O R1 (LINHA
DE TRANSMISSÃO)

ANEXO 2A – FICHA-RESUMO DE LINHA DE TRANSMISSÃO

ANEXO 3A – RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

ANEXO 4A – CADERNO DE MAPAS PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO AÉREAS

Anexo 4A.1 – Carta-Imagem (LTs aéreas convencionais)


Anexo 4A.2 – Mapa de Localização e Infraestrutura Regional
Anexo 4A.3 – Mapa de Cobertura Vegetal e Uso do Solo
Anexo 4A.4 – Mapa de Condicionantes Geológico-Geotécnicos
Anexo 4A.5 – Mapa de Geomorfologia
Anexo 4A.6 – Mapa de Suscetibilidade à Erosão
Anexo 4A.7 – Mapa de Processos Minerários e Campos de Petróleo e Gás
Anexo 4A.8 – Mapa de Relevância Socioambiental
Anexo 4A.9 – Mapa de Referência ao Relatório Fotográfico
ANEXO 5 – BANCO DE DADOS GEOGRÁFICOS
ANEXO 6 – CORRESPONDÊNCIAS

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