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Resumo
A atividade mineral na região de Mato Grosso está em conformidade com as exigências dos
órgãos estaduais e da Agência Nacional de Mineração (ANM). A extração é realizada em minas
a céu aberto e o beneficiamento do minério de ouro ocorre em um circuito fechado, com os
resíduos armazenados em barragens. O ouro é então concentrado em uma central de
amalgamação, onde a água e o mercúrio são reutilizados. As barragens em Poconé,
conhecidas como barragens do tipo "pond", estão acima da topografia original do terreno e
diferem das barragens em outras regiões de mineração brasileiras. Este trabalho discute os
estudos que levaram à análise de estabilidade dos taludes de uma dessas barragens, a
barragem Ouro Fino, e à elaboração de um mapa de inundação em caso de ruptura hipotética.
Este estudo de caso é parte de um projeto associado à CoopePoconé - Cooperativa de
Desenvolvimento Mineral de Poconé/MT
Abstract
The mineral activity in the Mato Grosso region is in compliance with the requirements of state
agencies and the National Mining Agency (ANM). Extraction is carried out in open-pit mines
and the beneficiation of gold ore occurs in a closed circuit, with the waste stored in dams. The
gold is then concentrated in an amalgamation center, where water and mercury are reused.
The dams in Poconé, known as "pond" type dams, are above the original topography of the
terrain and differ from dams in other Brazilian mining regions. This work discusses the studies
that led to the analysis of the stability of the slopes of one of these dams, the Ouro Fino dam,
and the development of a flood map in the event of a hypothetical rupture. This case study is
part of a project associated with CoopePoconé - Mineral Development
Cooperative of Poconé/MT.
2
SUMÁRIO
1. Introdução ....................................................................................................................................... 6
2. Localização e acesso ........................................................................................................................ 7
3. Metodologia .................................................................................................................................... 8
3.1. Análise de Estabilidade da Barragem Ouro fino ........................................................................... 8
3.2. Mapa de Inundação da Barragem Ouro fino................................................................................ 8
4. Resultados e Discussões .................................................................................................................. 9
4.1. Análise de estabilidade ................................................................................................................ 9
4.2. Mancha de inundação ............................................................................................................... 28
4.2.1. Modos de Falha Avaliados ............................................................................................. 29
4.2.2. Localização das rupturas hipotéticas ............................................................................. 32
4.2.3. Características da Brecha de Ruptura............................................................................ 33
4.2.4. Volume Mobilizado........................................................................................................ 34
4.2.5. Hidrograma de Ruptura ................................................................................................. 36
4.2.6. Trecho Analisado e Seções Notáveis ............................................................................. 38
4.2.7. Propagação dos Hidrogramas ........................................................................................ 38
4.2.8. Requisitos do Critério de Parada ................................................................................... 43
4.2.9. Mapa de Inundação....................................................................................................... 43
5. Conclusões ..................................................................................................................................... 45
5.1. Análise de estabilidade .............................................................................................................. 45
5.2. Análise de mancha de inundação .............................................................................................. 45
6. Referências Bibliográficas .............................................................................................................. 46
3
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Mapa de Localização da BCR OURO FINO. .............................................................................. 7
Figura 2 – Mapa de disposição espacial dos ensaios laboratoriais, SPT e Ina’s. ....................................... 9
Figura 3 – Síntese dos resultados dos ensaios de laboratoriais para a fundação ................................. 12
Figura 4 - Fatores de segurança mínimos, segundo a ABNT NBR 13028:2017. ...................................... 13
Figura 5 - Localização das seções estudadas. ......................................................................................... 15
Figura 6 -Análise de estabilidade de talude Seção 01 Cenário I. ........................................................... 16
Figura 7 - Análise de estabilidade de talude Seção 01 Cenário II. ......................................................... 17
Figura 8 - Análise de estabilidade de talude Seção 01 Cenário III. ........................................................ 18
Figura 9 - Análise de estabilidade de talude Seção 02 Cenário I. .......................................................... 19
Figura 10 - Análise de estabilidade de talude Seção 02 Cenário II. ....................................................... 20
Figura 11- Análise de estabilidade de talude Seção 02 Cenário III. ....................................................... 21
Figura 12 - Análise de estabilidade de talude Seção 03 Cenário I. ........................................................ 22
Figura 13 - Análise de estabilidade de talude Seção 03 Cenário II. ....................................................... 23
Figura 14 - Análise de estabilidade de talude Seção 03 Cenário III. ...................................................... 24
Figura 15 - Análise de estabilidade de talude Seção 04 Cenário I. ........................................................ 25
Figura 16 - Análise de estabilidade de talude Seção 04 Cenário II. ....................................................... 26
Figura 17 - Análise de estabilidade de talude Seção 04 Cenário III. ...................................................... 27
Figura 18 - Base topográfica utilizada. .................................................................................................... 28
Figura 19 localização da brecha de ruptura setor sul - mancha principal. .............................................. 32
Figura 20 Locais estudados para as rupturas na seção oeste e leste. .................................................... 33
Figura 21 - Hidrograma de ruptura. ........................................................................................................ 37
Figura 22 - Hidrograma de ruptura do dique leste ................................................................................. 37
Figura 23 - Hidrograma de ruptura do dique oeste. ............................................................................... 38
Figura 24 - Seções Transversais consideradas na jusante da barragem para o setor sul , considerada a
ruptura principal. ................................................................................................................................... 39
Figura 25 - Seções Transversais consideradas para os setores leste e oeste do barramento. ................. 39
Figura 26 Mapa de envoltória máxima (cenário de Ruptura Sul). .......................................................... 43
Figura 27 - Mapa da envoltória máxima (Cenário de Ruptura Leste)...................................................... 44
Figura 28 Mapa da envoltória máxima (Cenário de Ruptura Oeste). ..................................................... 44
4
ÍNDICE DE TABELAS
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1. Introdução
As barragens da região de Poconé são do tipo pond, ou seja, são estruturas geotécnicas cuja
cota superior está acima da topografia original do terreno. Essas estruturas, de controle
ambiental, são instaladas fora de linhas de talvegue e fundos de vale, de modo que não têm
finalidade de represar corpos hídricos para a contenção de rejeitos de mineração. Isso as
diferencia das várias barragens existentes em outras regiões mineradoras brasileiras. Desta
forma, os estudos recomendados pela ANM para essas estruturas, na região de Poconé se
diferem da maioria daqueles utilizados em outras regiões brasileiras.
6
Considerando essas especificidades, este trabalho tem como objetivo a discussão dos
resultados dos estudos que levaram à análise de estabilidade dos taludes de uma barragem; e
à confecção de seu mapa de inundação, em caso de hipotética ruptura. Essa barragem em
estudo, é do tipo pond e foi cadastrada no SIGBM sob a denominação, OURO FINO. Assim, este
estudo de caso da barragem Ouro Fino se refere a um empreendimento associado da CoopePoconé –
Cooperativa de Desenvolvimentos Minerais de Poconé/MT.
2. Localização e acesso
A barragem OURO FINO está localizada na parte sul no município de Poconé, no estado de
Mato Grosso. O acesso à área pode ser feito a partir da região metropolitana da grande Cuiabá
por estrada pavimentada, após o “trevo do lagarto”, pela BR-070 percorrendo-se cerca de
12km até o entroncamento da MT-060. Toma-se esta rodovia estadual, MT-060, em direção à
Poconé e percorre 70km até alcançar a área urbana desta cidade. A partir deste ponto, a
rodovia se torna Av. Aníbal de Toledo na malha urbana a qual se percorre até alvcançar a Av.
Generoso Poconé, quando se percorre 1,4Km até alcançar o trevo da rodovia Transpantaneira
que leva ao empreendimento após se percorrer 3,57Km, o qual fica à direita desta rodovia,
como pode ser observado na Figura 1.
7
3. Metodologia
Para a análise de estabilidade da barragem Ouro Fino foram consideradas as geometrias atuais
do maciço, com base na topografia atualizada e nas leituras dos poços de monitoramento de
nível d’água (N.A.). As seções geotécnicas do barramento foram modeladas com base nas
investigações geotécnicas existentes, nos ensaios realizados em campo e em laboratório; e em
correlações bibliográficas. A análise de estabilidade da barragem Ouro Fino foi realizada para
cada setor do barramento, definido em três porções, sul, leste e oeste, por se tratar de um
barramento tipo “pond” regionalmente denominado, bacia de contenção de rejeitos.
Para o mapa de inundação foram utilizados todos os dados dos ensaios de laboratório e a carta
planialtimétrica com topografia atualizada, via fotos aéreas de drone, que permitiu gerar as
áreas de inundação e o perímetro da Zona de Autossalvamento (ZAS). A área de inundação foi
projetada para todos os lados do maciço, levando em consideração todos os possíveis cenários,
8
tendo sido utilizada a forma de galgamento como o pior cenário possível, a qual considera
sempre o setor de topografia mais baixa, que também é considerada à de jusante. Os demais
setores foram analisados considerando a ruptura de tipo piping.
4. Resultados e Discussões
9
Os ensaios de laboratório para o barramento utilizados na análise de estabilidade foram:
10
• Cisalhamento direto e densidade real dos grãos. Baseou-se nas recomendações da
ASTM - D3080-11 e na NBR-6458/17, cujos resultados estão consolidados no gráfico a seguir.
Com base nesses ensaios e nos critérios de análise, para o material do aterro, adotou-se valores
de peso específico (γ) igual a 25,76kN/m³, coesão (c’) de 40,8kPa, ângulo de atrito (Φ’) de 31°
e k = 6,30 x 10-9 m/s e kv/kh = 1,0. O coeficiente de permeabilidade nos diferentes planos, foi
utilizado na análise kv=kh, para alimentar o Programa SLIDE 2 adotado no estudo.
Com relação aos resultados das amostras deformadas e indeformadas, para caracterizar a
fundação da barragem Ouro Fino, foram obtidos dos ensaios realizados à uma distância
aproximada de 1km do eixo deste barramento; os quais estão a seguir consolidados na Figura
3.
11
Figura 3 – Síntese dos resultados dos ensaios de laboratoriais para a fundação
Com base nesses ensaios e nos critérios de análise, para o material da fundação, adotou-se
valores de peso específico (γ) igual a 25.6 kN/m³, coesão (c’) de 31.3 kPa, ângulo de atrito (Φ’)
de 30° e k = 7.09 x 10-9 m/s e kv/kh = 1,0, O coeficiente de permeabilidade nos diferentes
planos, foi adotado na análise kv=kh, para alimentar o Programa SLIDE 2 adotado no estudo.
12
Os resultados de análises do rejeito foram obtidos do Projeto “AS IS” de 2020, em que se
adotou valores de peso específico (γ) igual a 25 kN/m³, coesão (c’) de 20 kPa, ângulo de atrito
(Φ’) de 34° e k = 6,30 x 10-9 m/s e kv/kh = 1,0.
𝜏𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝐹𝑆 = > 1: obra estável
=< 1: ocorre ruptura
𝜏𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
Assim, as superfícies potenciais em análise foram simuladas com auxílio do software Slide 2,
embasadas por meio dos estudos de campo, índices obtidos em ensaios e por meio de
correlações bibliográficas. Foram consideradas as possibilidades de ruptura local e global nos
seguintes casos:
I. Cenário I:
Neste cenário foi simulada a fase de operação normal do barramento, na qual há a condição
de carregamento normal, considerando-se a combinações de ações com grande probabilidade
de ocorrência ao longo da vida útil da estrutura, com condições hidrológicas normais (superfície
13
freática normal no nível de operação do reservatório). Neste caso, o fator de segurança mínimo
deve ser de 1,5 na avaliação do talude de jusante.
II. Cenário II:
Neste cenário foi simulada a fase de operação com baixa probabilidade de ocorrência ao longo
da vida útil da estrutura, sendo combinada a ocorrência de uma ação excepcional
(representada pela condição hidrológica excepcional com reservatório no nível máximo
maximorum) com a condição de carregamento normal. Neste caso, o fator de segurança
mínimo deve ser de 1,5 na avaliação do talude de jusante e fundações.
III. Cenário III:
Neste cenário foi simulada a condição de carregamento limite correspondente a uma
probabilidade de ocorrência ao longo da vida útil da estrutura muito baixa, na qual há a
combinação de mais de uma ação excepcional, neste caso, representada pela condição
hidrológica excepcional (com reservatório no nível máximo maximorum) e a ocorrência de
sismo. Para este caso, o fator de segurança mínimo deve ser de 1,1 na avaliação do talude de
montante, jusante e fundações.
14
iterativamente a posição da linha de saturação para escoamentos não confinados, como é o
caso da barragem Ouro Fino.
Tabela 2 Resumo dos valores de fator de segurança estimados nas análises de estabilidade
FS DE REF. 1.5 FS DE REF. 1.5 FS DE REF. 1.1
15
Figura 6 -Análise de estabilidade de talude Seção 01 Cenário I.
16
Figura 7 - Análise de estabilidade de talude Seção 01 Cenário II.
17
Figura 8 - Análise de estabilidade de talude Seção 01 Cenário III.
18
Figura 9 - Análise de estabilidade de talude Seção 02 Cenário I.
19
Figura 10 - Análise de estabilidade de talude Seção 02 Cenário II.
20
Figura 11- Análise de estabilidade de talude Seção 02 Cenário III.
21
Figura 12 - Análise de estabilidade de talude Seção 03 Cenário I.
22
Figura 13 - Análise de estabilidade de talude Seção 03 Cenário II.
23
Figura 14 - Análise de estabilidade de talude Seção 03 Cenário III.
24
Figura 15 - Análise de estabilidade de talude Seção 04 Cenário I.
25
Figura 16 - Análise de estabilidade de talude Seção 04 Cenário II.
26
Figura 17 - Análise de estabilidade de talude Seção 04 Cenário III.
27
Isso significa que os fatores de segurança (FS) estão acima dos parâmetros sugeridos pela
norma. Desta forma, os estudos de estabilidade demonstram que atualmente a estrutura
se apresenta estável do ponto de vista de estabilidade geotécnica, considerando- se o
talude global e os níveis freáticos.
O levantamento foi realizado na bacia e em seu entorno, com uma abrangência de 500m,
a partir da base dos taludes (Figura 18).
28
A bacia de rejeito Ouro Fino foi projetada acima do terreno, em arranjo do tipo “pond”
com maciços de terra compactada e sendo o material de empréstimo proveniente de
estéreis das cavas. O terreno possui suaves inclinações e a estrutura se encontra em uma
depressão, fora de linha de talvegue ou drenagens intermitentes.
a) Galgamento
A bacia de contenção de rejeitos Ouro Fino não conta com sistema extravasor de
superfície, sendo utilizada uma tubulação de retorno de água com canos de 4”.
Entretanto, a segurança frente às cheias ocorre por manutenção de uma borda livre
suficiente para amortecer uma chuva decamilenar.
O galgamento considerou a análise supercrítica do estudo de “Dam Break”, uma vez que
se trata de um modelo de barramento do tipo Pond, sendo esta modalidade de falha
considerada de maior propensão a ocorrer no setor sul da barragem em função da cota
altimétrica mais baixa.
29
A Tabela 4 mostra o tipo de escoamento em função da porcentagem da Concentração
Volumétrica para o escoamento de rejeito no pior cenário da porção sul da barragem.
𝐶𝑣 (%) 68,6%
𝐶𝑣 (%) 95,0%
𝐶𝑣 (%) 69,1%
b) Piping
A segunda maior probabilidade de ruptura da barragem é do tipo piping, uma vez que
em um cenário crítico poderia haver no corpo da barragem a formação de dutos por
heterogeneidade na compactação de seus taludes. Neste caso, o modo de falha por
piping, foi adotado para refletir as demais faces leste e oeste da bacia.
O escoamento foi definido integralmente como Mud Flow, logo, o material propagado
terá comportamento de fluido não-newtoniano, conforme as Tabelas 5 e 6.
30
Tabela 5 - Tipo de escoamento em função do CV para o cenário leste.
REFERÊNCIA PARÂMETROS CENÁRIO- LESTE
Densidade rejeito – ρs (kg/m³) 2,500
Densidade água – ρs (kg/m³) 1,000
Reservatório Teor de sólidos em massa – Ts (%) 84.5%
Volume - rejeito (m³) 696,805.00
Volume de sólidos (m³) 477,728
Cv (%) 68.6%
Densidade dos sólidos – ρs (kg/m³) 1,800
Densidade água – ρs (kg/m³) 1,000
Brecha de
Teor de sólidos em massa – Ts (%) 97%
Ruptura (aterro) Volume da brecha de ruptura (m³) 2,736
Volume de sólidos (m³) 2,592
Cv (%) 95%
Volumes de água livre até cota piping (155) (m³) 150,640.00
TOTAL Volume de sólidos 480,320
Volume total (m³) 850,181
Cv (%) 56.50%
Tipo de Escoamento em função do CV Mud Flow
31
4.2.2. Localização das rupturas hipotéticas
32
Figura 20 Locais estudados para as rupturas na seção oeste e leste.
Foi realizada a definição e validação dos parâmetros da brecha de ruptura para o cenário
considerado no estudo. Os dados de entrada das equações de previsão de brechas são
definidos a partir dos métodos empíricos referenciados na literatura e podem ser
extraídos a partir da relação cota X volume do reservatório.
33
Altura da brecha - Hb (m) 24,00
132 0.00
33 9.87
134 21.55
135 31.42
136 42.19
137 50.27
138 58.35
34
Cota (m) Volume Mobilizado (1.000 m³)
139 112.21
140 162.49
141 225.32
142 228.91
143 250.73
144 280.08
145 299.84
146 335.74
147 343.69
148 347.10
149 402.69
150 461.03
151 517.46
152 573.25
153 603.29
154 635.31
155 689.95
156 696.80
35
Tabela 12 - Volume Propagado – Cenário de ruptura do dique leste.
Parcela Volume (m³)
696,80 632,1
36
Figura 21 - Hidrograma de ruptura.
159
1200
1100 156
1000 153
900
150
Vazão(m³/s)
800
700 147 NA (m)
600
144
500
400 141
300 138
200
100 135
0 132
0:00:00
0:07:00
0:14:00
0:21:00
0:28:00
0:35:00
0:42:00
0:49:00
0:56:00
1:03:00
1:10:00
1:17:00
1:24:00
1:31:00
1:38:00
1:45:00
1:52:00
1:59:00
2:06:00
2:13:00
2:20:00
2:27:00
2:34:00
2:41:00
2:48:00
2:55:00
Tempo
37
550 159
500
156
450
Vazão(m³/s) 400 153
350
NA (m)
300 150
250 147
200
150 144
100
141
50
0 138
0:00:00
0:12:00
0:24:00
0:36:00
0:48:00
1:00:00
1:12:00
1:24:00
1:36:00
1:48:00
2:00:00
2:12:00
2:24:00
2:36:00
2:48:00
3:00:00
3:12:00
3:24:00
3:36:00
3:48:00
4:00:00
4:12:00
4:24:00
4:36:00
4:48:00
5:00:00
5:12:00
Tempo
A área de abrangência da mancha definida pelos estudos de Dam Break da porção sul
(principal) da barragem possui aproximadamente 3.000 m de extensão, tendo à jusante
áreas antropizadas. Para o dique leste a mancha possui aproximadamente 910 metros de
extensão, tendo à jusante bacias de recirculação de água e cavas exauridas. Já no cenário
do dique oeste, a mancha possui aproximadamente 3400 metros de extensão, tendo à
jusante área rural.
38
Figura 24 - Seções Transversais consideradas na jusante da barragem para o setor sul ,
considerada a ruptura principal.
40
Tabela 18 - Resultados da Simulação do Cenário de Ruptura do dique LESTE e modo de falha por erosão interna.
CENÁRIO - LESTE
Eixo da Eixo da
0,0 N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
Barragem Barragem
41
Tabela 19- Resultados da Simulação do Cenário de Ruptura do dique OESTE e modo de falha por erosão interna.
CENÁRIO - OESTE
Eixo da Eixo da
0,0 N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
N/A (1)
Barragem Barragem
42
4.2.8. Requisitos do Critério de Parada
A partir dos resultados obtidos, é possível identificar que, para o Cenário sul a seção ST -04,
para o setor leste a seção ST-03 atendeu o critério de parada e para o cenário oeste, a ST-07.
Como resultado dos estudos de Dam Break da Bacia de Contenção de Rejeitos Ouro Fino, foi
gerado o mapa de contextualização apresentado nas Figuras 26, 27 e 28.
43
Figura 27 - Mapa da envoltória máxima (Cenário de Ruptura Leste).
44
5. Conclusões
De acordo com os resultados apresentados no presente estudo de caso, podem ser elencadas
as seguintes constatações:
Para o cenário Sul, a inundação fica restrita a região ao sul do barramento com 2.385 metros,
atingindo apenas planícies de baixa declividade.
Para o cenário oeste, a inundação fica limitada as regiões entre a barragem a até no máximo
3400 metros se acomodando ao longo da planície de baixas declividades e, para o cenário leste,
limita-se entre a barragem e até 910 metros sentido as calhas formadas pelas cavas próximas,
onde as alturas de onda chegam a maiores valores (≅ 18 metros na seção ST-02).
A ZAS do presente estudo compreende toda a mancha de inundação para o cenário Sul, foi
considerado como ZAS para o setor leste a área em malha quadriculada e para o cenário oeste
foi considerada toda a mancha de inundação.
45
Espera-se que o resultado das manchas de inundação e as variáveis hidrodinâmicas associadas
às seções de interesse devam ser empregados para a avaliação do Dano Potencial Associado
(DPA) desta estrutura e, caso necessário, na elaboração do PAEBM.
6. Referências Bibliográficas
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