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UM HÍBRIDO
Presidente Prudente
2012
i
Campus de Presidente Prudente
UM HÍBRIDO
Presidente Prudente
2012
ii
FICHA CATALOGRÁFICA
iii
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO....................................................................... 10
RESUMO................................................................................... 13
ABSTRACT................................................................................ 14
INTRODUÇÃO........................................................................... 15
iv
.
CAPÍTULO 5. AS RELAÇÕES QUE ENVOLVEM A TRÍADE
RURAL/URBANO/AGRÍCOLA.................................................... 200
BIBLIOGRAFIA......................................................................... 268
.
ANEXOS (disponível em CD Rom) ............................................... 298
v
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Arco-Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis,
Pracinha e São João do Pau D'Alho 2010 – Meios de
consumo coletivo e bens de consumo
privado.................................................................... 42
Quadro 2 Características dos dois circuitos da economia urbana.... 106
Quadro 3 Flora Rica 2010 – O entrevistado e a cidade.................. 122
Quadro 4 Mariápolis 2010 – O entrevistado e a cidade.................. 123
Quadro 5 Pracinha 2010 – O entrevistado e a cidade.................... 123
Quadro 6 Flora Rica 2010 – Concepção de cidade dos
entrevistados............................................................ 129
Quadro 7 Mariápolis 2010 – Concepção de cidade dos
entrevistados............................................................ 129
Quadro 8 Pracinha 2010 – Concepção de cidade dos
entrevistados............................................................ 130
Quadro 9 Arco-Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis, Monte
Castelo, Paulicéia, Pracinha, Queiroz e São João do Pau
D'Alho 2010 – A cidade e o agronegócio: agricultura
camponesa............................................................... 169
Quadro 10 Arco-Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis, Monte
Castelo, Paulicéia, Pracinha, Queiroz e São João do Pau
D'Alho 2010 – A cidade e o agronegócio: emprego e
renda....................................................................... 211
Quadro 11 Cidades, rede urbana 2008......................................... 265
Quadro 12 Amostra de questionários 2010................................... 267
LISTA DE TABELAS
vi
fundiária: Produção em toneladas das lavouras
permanentes ou temporárias...................................... 167
Tabela 15 Arco Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis, Monte
Castelo, Paulicéia, Pracinha, Queiroz, S. J. P. D’Alho
2010 – A cidade e o campo......................................... 206
Tabela 16 Nova Alta Paulista 1991, 2000 e 2010 – População
Total, Rural e Urbana................................................. 237
Tabela 17 Nova Alta Paulista 2000 – Setores censitários e
indicadores, 2000...................................................... 255
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE MAPAS
vii
domicílio com rendimento mensal mais de meio até dois
salários mínimos......................................................... 146
Mapa 13 Dracena – Flora Rica 2010 – responsável pelo domicílio
com rendimento mensal mais de meio até dois salários
mínimos..................................................................... 147
Mapa 14 Lucélia – Pracinha 2010 – responsável pelo domicílio com
rendimento mensal mais de meio até dois salários
mínimos..................................................................... 148
Mapa 15 Adamantina – Mariápolis 2010 – responsável pelo
domicílio com rendimento mensal de mais de 15 salários
mínimos..................................................................... 149
Mapa 16 Dracena – Flora Rica 2010 – responsável pelo domicílio
com rendimento mensal de mais de 15 salários
mínimos..................................................................... 150
Mapa 17 Lucélia – Pracinha 2010 – responsável pelo domicílio com
rendimento mensal de mais de 15 salários mínimos......... 151
Mapa 18 Nova Alta Paulista 2002 – Área de ocupação de cana-de-
açúcar....................................................................... 161
Mapa 19 Nova Alta Paulista 2008 – Área de ocupação de cana-de-
açúcar....................................................................... 162
Mapa 20 Nova Alta Paulista 2010 – Agroindústria Canavieira.......... 164
Mapa 21 Nova Alta Paulista - 10ª Região Administrativa do Estado
de São Paulo.............................................................. 227
Mapa 22 Nova Alta Paulista 2010 – Política-cultural...................... 229
Mapa 23 Nova Alta Paulista 2010 – População.............................. 236
Mapa 24 Nova Alta Paulista – Vias de acesso............................... 239
Mapa 25 Nova Alta Paulista 2010 – Unidades Prisionais................. 244
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Modelo de pares recíprocos.......................................... 259
viii
AGRADECIMENTOS
não significa uma coisa natural; que a pobreza não é simples consequência;
simples, pois pode ser pensada e discutida no cotidiano, sem ser simplista.
- suas críticas (três páginas cada relatório) foram de suma importância para
ix
o melhor desenvolvimento do trabalho e as ponderações nos auxiliaram a
graduação e no mestrado.
Ao Raul, fico pensando como agradecer, pois ele é tão brilhante nas
ideias, como orientador que é difícil encontrar palavras. Mas tenho que
dizer que ser orientanda do Raul foi muito enriquecedor. Obrigada, por
tudo.
A Sara, que ficou doente, chorou, exigiu minha presença, mas, sorriu,
disse “eu te amo”, “que seremos as melhores amigas” e pediu para terminar
concluí-lo.
incentivou.
x
APRESENTAÇÃO
12
RESUMO
13
ABSTRACT
14
INTRODUÇÃO
15
A presente tese foi desenvolvida a partir da experiência de pesquisa
na chamada região da Nova Alta Paulista, localizada no extremo oeste do
Estado de São Paulo e composta basicamente por pequenas cidades,
conforme observamos nos mapas 1 e 2.
Mapa 1
Nova Alta Paulista
Política- cultural - 2010
Mapa 2
Nova Alta Paulista
População – 2010
16
17
Desde a obra de Pierre Monbeig (1984), sobre a ocupação do Planalto
Ocidental Paulista – “Pioneiros e fazendeiros de São Paulo” – essa porção do
interior paulista tem sido objeto de reflexão da geografia. Mais recentemente os
estudos de Fresca (1993) focaram a formação urbana resultante do processo de
ocupação naquela região e enfatizaram a dinâmica funcional da rede urbana.
Oliveira (2003) analisou a configuração da microrregião geográfica de Dracena e
sua formação histórica, e Silva (2006) discutiu a colonização e enfatizou o
processo de produção dos espaços. Por sua vez, Gil (2007) apresentou três fases
distintas de formação da região ao trabalhar com o desenvolvimento da Nova
Alta Paulista. No estudo sobre tipologias das cidades brasileiras (BRASIL, 2005) a
Nova Alta Paulista também é objeto de reflexão.
18
de pobreza, e em sua multidimensionalidade nos permite pensar que um mesmo
processo está relacionado a diversos e diferentes elementos.
Para expor este caminho reflexivo, nos capítulos um, dois e cinco da
tese, nossas análises serão no sentido de desvelar os conteúdos que estruturam
as realidades analisadas. Para isso, no capítulo um –Transformações dos
conteúdos das cidades locais- realizaremos uma discussão sobre como se
estruturou a organização espacial pela rede de cidades, demonstrando que o
espaço se organiza a partir de sucessivas sobreposições de divisões do trabalho.
Assim, superando tipologias baseadas em critérios populacionais, de caráter
funcional hierárquico, realizamos uma análise que permite entender como o
espaço se organiza a partir das funções urbanas que propiciam uma vida de
relações.
19
nos permitirá melhor compreender as dinâmicas existentes entre a dimensão
material e política da pobreza.
1
A expressão - o outro lado - da expansão da atividade agroindustrial
canavieira procura enfatizar que além da técnica, da ciência e da informação há
processos excludentes. Portanto, – o outro lado – procura destacar os processos
excludentes que estão associados à expansão da atividade agroindustrial canavieira.
Ainda, frisamos que não existem dois lados, separados, mas processos que fazem parte
da “mesma moeda”.
20
entre diferentes segmentos sociais nas cidades, e o acesso aos meios de
consumo coletivo e individuais.
Portanto, procuraremos demostrar que se a segregação socioespacial,
fruto das contradições sociais, é estruturada a partir da urbanização, processo
que transcende os limites da cidade por que, então, restringir sua análise ao
espaço intra-urbano?
Refletindo esta questão a partir dos dados coletados no campo, nos
deparamos com as relações contraditórias entre a desigual distribuição dos
meios de consumo coletivo e as condições de vida da população. Essa discussão
nos conduziu à análise do segundo viés da tese, materializado no capítulo quatro
– Os impactos da atividade agroindustrial canavieira nas cidades locais híbridas.
Ali, discutimos a expansão do atividade agroindustrial canavieira na área de
estudo, demostrando como sua territorialização altera padrões pré-existentes,
gera impactos nas cidades, intensificando, principalmente na realidade analisada,
problemas como a falta de oferta de moradias, a elevação no valor dos aluguéis,
aumento no atendimento na área de saúde e assistência social.
Ainda no sentido de pensar os impactos gerados pela atividade
agroindustrial canavieira, realizamos uma análise sobre a estigmatização dos
trabalhadores migrantes demostrando que este processo configura a relação
entre “estabelecidos” e “outsiders” (ELIAS & SCOTSON, 2000), o que fortalece
ainda mais o processo de exclusão social.
Assim, procuramos demostrar que mesmo a atividade agroindustrial
canavieira sendo vista como o motor do desenvolvimento, produz e reforça, com
muita intensidade, espaços da exclusão social, da pobreza urbana e da
expropriação, gerando o outro lado da cidade do agronegócio, que é a cidade da
exclusão social.
No capítulo cinco – As relações que envolvem a tríade
rural/urbano/agrícola – consideramos tais relações como elementos constitutivos
da realidade dos aglomerados analisados. É por isto que iremos considerar essa
tríade entendida enquanto um híbrido, no qual, a mistura, a relação, a
complementariedade e a síntese são estruturadores da mesma.
21
Mesmo procurando desvelar os diversos elementos que caracterizam os
processos socioespaciais existentes em uma determinada realidade empírica,
devemos considerar que questões são levantadas e outras são deixadas de lado.
Nesse sentido, procuramos em todos os momentos pensar os diferentes
elementos que poderiam estar relacionados aos processos, que para nosso
entendimento permeia a estruturação de um circuito de pobreza urbana,
contudo, diferentes olhares sobre a mesma realidade poderia acrescentar
elementos aos ponderados por nós, como, também, destacar outros.
Para isso nos utilizaremos de diferentes áreas e correntes do pensamento.
Esse fator não indica, em nosso entendimento, confusões e incoerências teóricas
e metodológicas, mas, sobretudo, a tentativa de superar as leituras
unidimensionais e unicausais dos processos. E corroborando inteiramente com
Suzuki (2007, p. 147) para pensar a compreensão campo e cidade:
22
dinâmicas da realidade que perpassa os processos socioepaciais analisados nesse
trabalho.
23
Por fim, para iniciarmos, destacamos que o circuito de pobreza urbana,
sendo multidimensional, nos coloca o desafio e a dificuldade de apresentação
formal da tese, poi, os processos se imbricam de tal maneira que qualquer
divisão que temos de realizar para fim de uma apresentação formal acabaria por
fragmentar o trabalho.
24
CAPÍTULO 1
TRANSFORMAÇÕE’S DOS
CONTEÚDOS DAS CIDADES
LOCAIS
25
Neste primeiro capítulo iniciaremos nossa discussão percorrendo a
trajetória de estudos dedicada a entender e demonstrar de que maneira se
estrutura a rede de cidades. Nesse processo perceberemos que o espaço se
produz a partir de sucessivas sobreposições de divisões do trabalho, e que, em
cada período, a rede de cidades reflete uma diferente divisão territorial e social
do trabalho, na qual as cidades locais possuem um papel fundamental.
26
1.1. Produção do espaço e rede de cidades
27
Corrêa e Lima (1977, p. 596), utilizando-se do estudo Divisão do Brasil em
Regiões Funcionais Urbanas, identificaram quatro níveis de cidades, comportando
as primeiras quatro categorias de centros e as demais duas categorias,
correspondentes às diferentes formas de atuação dos centros: os centros que
comandam as redes; os centros regionais; os centros sub-regionais e os centros
locais, mantém uma relação hierárquica com os demais centros, mas, também,
podem estar vinculados diretamente com as metrópoles, ou seja, os centros que
comandam as redes.
28
como destacamos, se sobrepõe a cada período histórico modificando as
estruturas organizacionais existentes e, com isso, transformando as relações
entre os centros urbanos, entre a cidade e o campo, e alternado os fluxos
materiais (mercadorias, pessoas etc.) e imateriais (informações, dados,
mensagens etc.). Nesse sentido, que a rede urbana que se produz,
predominantemente, de maneira hierárquica passa a uma organização baseada
na inter-relação.
29
justaposições de relações. Mantém-se a rede hierárquica, mas, ao mesmo
tempo, temos a interface direta entre cidade pequena e a metrópole.
30
especializados, que podem ser cidades médias ou metrópoles sem,
necessariamente, percorrer as demais localidades situadas na rede hierárquica
de cidades.
31
deve determinar a reconsideração das hierarquias como
tradicionalmente propostas: há elos financeiros de agentes
financeiros internacionais e toda e qualquer cidade. O
planejamento nacional foi substituído por planejamentos
estratégicos, envolvendo redes de cidades; cidades estas de mais
de um tamanho, num elo direto, sem intermediações assentadas
nas hierarquias.
Devemos apontar que para a grande maioria das pessoas a rede urbana
ainda se estrutura de forma hierárquica, pois a apreensão da rede urbana está
relacionada à mobilidade do indivíduo que depende de sua posição na escala das
32
redes (SANTOS, 2004 [1979]), ou seja, a rede urbana não tem o mesmo
significado para as diferentes camadas socioeconômicas (SANTOS, 2004 [1979]).
Portanto, para os segmentos dotados de maior poder aquisitivo e fluidez, a
possibilidade de rompimento da rede hierárquica se processa constantemente.
No entanto, para os segmentos de menor poder aquisitivo essa possibilidade
existe, mas é limitada, persistindo uma forma de acesso a bens e serviços
hierarquizados.
34
Nessa conceituação fica evidente que a cidade local detém o nível
funcional mais elementar na rede de cidades e, mesmo sendo capaz de
responder às necessidades vitais mínimas de sua população, suas demandas,
necessariamente, implicam em uma vida de relações, ou seja, a
interdependência com outros centros é a possibilidade de sua permanência.
35
acrescenta-se, também, novos estoques de sementes e implementos, de capital
de giro, de mão-de-obra (também especializada), os centros de transporte e de
comunicação e o papel de polos de difusão. Assim, esses fatores processam
modificações no conteúdo dessas cidades e na organização espacial e funcional
da rede urbana. Neste contexto, para o autor as cidade dos notáveis passam a
cidades econômicas, nas quais o agrônomo, o veterinário, o bancário, o piloto
agrícola e o especialista em adubos representam os novos nexos existentes
nesses espaços.
36
trabalhando com a rede urbana como um todo, mas, sim, uma subtotalidade –
Nova Alta Paulista – podemos dizer que para esta área as transformações nos
conteúdos das cidades e a organização das redes urbanas foram substanciais.
37
Ainda, nesse sentido, observamos que Bessa, Borges e Soares (2002), ao
analisar cidades que apresentam entre cinco a 69 estabelecimentos
agropecuários, de 289 a 1293 empresas com CGC, e de zero (uma localidade
dentre as 34 cidades analisadas) a sete agências bancárias, utilizam-se da
denominação de cidades locais. Será que essas localidades estão inseridas no
limite inferior da complexidade urbana?
2
Não podemos generalizar nossas análises para a realidade brasileira, assim,
ponderamos que as transformações observadas por nós diz respeito às cidades
localizadas na região da Nova Alta Paulista, extremo oeste do estado de São Paulo, no
entanto, através de leituras bibliográficas podemos em alguns momentos pensar de
forma mais abrangente.
38
um equívoco igualar cidades que em essência são diferentes. Ela destaca que a
palavra pequena é um adjetivo, que remete à noção de tamanho e dimensão, no
caso de cidade, associa-se a pequeno número de habitantes com pequena área.
Para ela, as cidades que extrapolam o denominado nível mínimo (conforme
conceituação de Milton Santos), mas não assumem elementos para serem
consideradas intermediárias, “significando que mesmo tendo certa complexidade
de atividades urbanas acima do nível mínimo, continuam sendo pequenas. E aqui
reside razão para o uso da expressão cidade pequena para aquelas que não são
centros locais” (FRESCA, 2001, p. 77).
39
regionais) as dinâmicas são superiores às das cidades locais, identificando que as
transformações modificaram os conteúdos das cidades e a estruturação da rede
urbana.
40
vivendo dos fundos de repasses governamentais. Portanto, na perspectiva de
Milton Santos, esses aglomerados não poderiam ser considerados urbanos.
Quadro 1
Arco-Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis, Pracinha e S. J. do Pau D’ Alho
Meios de consumo coletivo e individual e outros – 2010
41
Meios de Consumo Coletivo e Individual e Outros
Cidades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
Arco Íris
Flora Rica
Inúbia Paulista
Mariapólis
Pracinha
São J. do Pau
D'Alho
Cidades 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81
Arco Íris
Flora Rica
Inúbia Paulista
Mariapólis
Pracinha
São J. do Pau
D'Alho
42
Tabela 1
Mariápolis
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Principais locais de consumo – 2010
E Hospital
x
onde obtém o serviço Frequência %
i Sim Não
s
t X Adamantina 85 85,00
ê Adamantina/Marília 7 7,00
n Adamantina/Presidente Prudente 2 2,00
c Adamantina/Marília/Pte Prudente 1 1,00
i
Presidente Prudente/Marília 1 1,00
a
Marília 1 1,00
n Presidente Prudente 1 1,00
a
Não utiliza 2 2,00
c Posto de saúde onde obtém o serviço Frequência %
i
d Sim Não Mariápolis 95 95,00
a X Mariápolis/Adamantina 2 2,00
d
Não utiliza 3 3,00
e
Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
(particular)
Sim Não Adamantina 79 79,00
X Adamantina/Presidente Prudente 5 5,00
Adamantina/Lucélia 2 2,00
Adamantina/Marília/Pte Prudente 2 2,00
Presidente Prudente 2 2,00
Adamantina/Tupã 1 1,00
Adamantina/Marília 1 1,00
Adamantina/Dracena/Pte Prudente 1 1,00
Marília 1 1,00
Lucélia 1 1,00
Não utiliza 5 5,00
Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
(público/particular)
Sim Não Mariápolis 65 65,00
X Adamantina 16 16,00
Adamantina/Mariápolis 4 4,00
Não utiliza 15 15,00
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Mariápolis 17 17,00
X Não utiliza 83 83,00
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Mariápolis 92 92,00
X Adamantina 1 1,00
Não utiliza 7 7,00
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
Tabela 2
Arco-Íris
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Principais locais de consumo – 2010
MEIOS DE CONSUMO COLETIVO
E Hospital
x
onde obtém o serviço Frequência %
i Sim Não
s
t X Tupã 50 83,33
ê Tupã/Marília 10 16,67
n Posto de saúde onde obtém o serviço Frequência %
c
i
a Sim Não Arco Íris 59 98,33
X Tupã 1 1,67
n Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
a (particular)
Sim Não Tupã 47 78,33
c X Não utiliza 13 21,67
i
d Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
a (público/particular)
d Sim Não Arco Íris 46 76,67
e X Tupã/Arco Íris 2 3,33
Não utiliza 12 20,00
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Arco-Íris 15 25,00
X Não utiliza 45 75,00
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Arco-Íris 100 100,00
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
45
bem como os cursos profissionalizantes, de idiomas e de computação e
informática, dentre outros. E são naquelas localidades também que buscam os
serviços do poder judiciário, da previdência social, de um sistema bancário mais
diversificado, de médicos particulares e pronto atendimento de saúde mais
especializado e, finalmente, de comércio.
Tabela 3
Mariápolis
O entrevistado e as relações com Presidente Prudente, Marília e São Paulo - 2010
Relação com Presidente Prudente
SIM N. % NÃO N. %
79 79,00 21 21,00
Motivo Frequência %
Saúde 31 31,00
Passeio 21 21,00
Compras 10 10,00
Saúde/passeio 10 10,00
Saúde/compras 6 6,00
Não informou 1 1,00
Relação com Marília
SIM N. % NÃO N. %
81 81,00 19 19,00
Motivo Frequência %
Saúde 75 75,00
Passeio 5 5,00
Saúde/passeio 1 1,00
Relação com São Paulo
SIM N. % NÃO N. %
44 44,00 56 56,00
Motivo Frequência %
Passeio 32 32,00
Moradia 4 4,00
Trabalho 3 3,00
Saúde 3 3,00
Passeio/compras 1 1,00
Passeio/saúde 1 1,00
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
46
Tabela 4
Arco-Íris
O entrevistado e as relações com Presidente Prudente, Marília e São Paulo - 2010
Relação com Presidente Prudente
SIM N. % NÃO N. %
7 11,67 53 83,33
Motivo Frequência %
Passeio 2 28,57
Médico 2 28,57
Trabalho 2 28,57
Presidio 1 14,28
Relação com Marília
SIM N. % NÃO N. %
51 85,00 91 15,00
Motivo Frequência %
Saúde 37 72,55
Lazer 5 9,80
Compras 1 1,96
Saúde/compras 1 1,96
Saúde/lazer 1 1,96
Saúde/lazer/compras 1 1,96
Trabalho 1 1,96
Relação com São Paulo
SIM N. % NÃO N. %
17 28,33 43 71,67
Motivo Frequência %
Passeio 10 58,82
Moradia 5 29,41
Trabalho 3 17,65
Compras 1 5,88
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
48
se vinculou à marginalização e periferização da pobreza, principalmente, nos
contextos metropolitanos, sendo na maioria das vezes empregado em um
sentido pejorativo. As principais características que envolvem o conteúdo dessas
cidades é que são essencialmente utilizadas como local de residência, as demais
atividades cotidianas e o trabalho são realizadas em outros municípios. Assim, os
movimentos pendulares são necessários para pensar as características dessas
cidades a partir de evidência comparativa, pois a pendularidade não é a única
associação a ser feita no termo cidade-dormitório. Os autores acrescentam que
com mais frequência o termo está associado às condições socioeconômicas, o
dinamismo econômico e à qualidade de vida dessas localidades.
49
Carlos (2011, p. 64 e 65) realiza uma discussão sobre a produção do
espaço considerando as condições de vida da sociedade em sua multiplicidade de
aspectos, conforme podemos observar a seguir:
Observamos nas cidades analisadas que o ritmo de vida não expressa mais
as características dos lugarejos, mas, também, não é o metropolitano dotado de
um tempo mais rápido. No entanto, está baseado em uma dinâmica onde as
relações de vizinhança predominam, a identificação com o lugar, a casa própria
como elemento fundamental para a permanência dessas pessoas, a proximidade,
o conhecimento mútuo, as práticas políticas. Todos esses fatores nos demostram
que para além das funções urbanas econômicas existem outros determinantes
que fermentam essas localidades, mesmo que esse urbano seja, dialeticamente,
negado em alguns momentos.
51
Contudo, classificar essas cidades enquanto cidade local, centros sub-
regionais e, sucessivamente, não traz em si elementos importantes para a
discussão, pois as classificações que tendem, somente, à hierarquização não
explicam os conteúdos e os nexos dessas realidades urbanas. Porém, entendê-
las enquanto local ou sub-regional pela leitura de conteúdo nos possibilita
entender os demais processos que são gerados no contexto, pois são as
características presentes em cada realidade que irá intensificar ou modificar os
processos socioespaciais.
Ao trabalhar com território usado, Maria Laura Silveira (2008) aponta que
esse é um quadro de vida que se caracteriza em um híbrido de materialidade e
de vida social. O território usado abriga ações passadas já cristalizadas em
objetos e normas e as ações presentes e, acrescenta, “no es um dualismo, no
son conceptos puros porque, de um momento histórico a outro, algunas
existencias permanecen, otras se transforman parcialmente, otras desaparecen”
(SILVEIRA, 2008, p. 04)
53
modificando os espaços, de maneira conflituosa e contraditório, mantém
estruturas passadas.
3
O padre no sermão religioso pediu para os fieis observarem os candidatos que
frequentava a igreja antes de decidirem em quem deveria governar a cidade, sendo que
um dos candidatos estava na igreja - o candidato eleito foi o que estava na igreja.
54
contextos metropolitanos, mas o processo de globalização remodela as
estruturas preexistentes e modela um novo processo de urbanização. E como
podemos constatar estão presentes em nossa área de estudo através da
expansão do agronegócio globalizado, que efetua mudanças na região e cidades.
Portanto na sobreposição de divisões do trabalho que se apresenta o híbrido
entre as cidades dos notáveis e a cidade econômica, como no híbrido entre as
relações que envolvem a tríade rural/urbano/agrícola.
56
CAPÍTULO 2
RELAÇÕES ENTRE AGENTES
SOCIAIS/SUJEITOS E
VISIBILIDADE DOS
PROCESSOS
57
Pensar nas relações entre os agentes sociais/sujeitos e a visibilidade dos
processos sociais, características dos conteúdos existentes nas cidades locais
híbridas, nos possibilitará melhor compreender as dinâmicas existentes entre a
dimensão material e política da pobreza e isso, como parte do próprio conteúdo
dessas localidades.
A pobreza incluída era vista como uma pobreza acidental, residual e como
um acidente natural ou social de base local. Assim, as soluções eram privadas,
assistencialistas e locais. Nesse momento o consumo ainda não era largamente
4
Frisamos que, ao refletirmos sobre pobreza e sua relação com o circuito inferior, não
nos deteremos neste capítulo às características desse circuito, ponto que será debatido
no capítulo quatro, ao tratarmos das relações interurbanas, pois circuito inferior e
superior são complementares e só podem ser entendidos em sua inter-relação.
58
difundido, tornando a pobreza menos discriminatória (SANTOS, 2004 [2000],
p.70).
59
Nesse sentido, Antunes (2006, p. 72) aponta que o desemprego e a
precarização das relações de trabalho aprofundam-se no início da década de
1970 através da reorganização produtiva em escala global, cujos contornos mais
evidentes foram o neoliberalismo, a privatização do Estado e a desmontagem do
setor produtivo estatal. Essas questões aprofundam a pobreza e as
desigualdades sociais devido à exclusão de grande parte dos trabalhadores do
processo produtivo, o desemprego. Nesse sentido “ser excluído do processo de
exploração do trabalho no capitalismo não se torna um privilégio, e sim um fator
de inserção em uma condição de privação e de pobreza...” (THOMAZ JUNIOR e
GONÇALVES, 2009, p. 130).
60
básicas de sua população, sendo essa uma característica que fôra, na década de
1980, utilizada para conceituar as cidades locais que estavam no limite inferior
da complexidade urbana, conforme descrito por Santos (1982). Nestes termos,
as cidades locais híbridas detêm funções urbanas mais simples e estabelecem
relações de dependência com outras cidades. Acoplado a este fator está a
prevalência do circuito inferior da economia. Em vista disto, vejamos como se
reproduz a relação entre pobreza e circuito inferior nessas localidades.
62
mais lucros e menos capacidade ociosa, e o circuito inferior, cada dia mais pobre
e endividado” (SILVEIRA, 2009, p.72).
63
pedreiro, trabalhador agrícola (cortador de cana-de-açúcar), dentre outras. As
profissões declaradas pelos entrevistados que se diferenciam das demais foram
de professor, funcionário público municipal e trabalhador agrícola como
maquinista, tratorista, etc.. Ainda nesse sentido, não foi constatado entre os
entrevistados ocupações que usualmente exigem maior qualificação e/ou
conferem remuneração mais elevada, como por exemplo, empresários,
advogados, magistrados, médicos, veterinários, engenheiros, dentre outros.
Gráfico 1
Pracinha
Renda familiar dos entrevistados - 2010
64
Gráfico 2
Flora Rica
Renda familiar dos entrevistados – 2010
Gráfico 3
Mariápolis
Renda familiar dos entrevistados - 2010
mais de 4 sm – 6%
não informou – 7%
65
Gráfico 4
São João do Pau D’Alho
Renda familiar dos entrevistados - 2010
mais de 4 sm – 3%
mais de 3 até 4 sm – 5%
66
O problema é imaginar que essa economia, que corresponde à
maioria da nação e do território, não cria riqueza, emprego nem é
produtiva. Na realidade, o circuito inferior e, tantas vezes, o
circuito superior marginal criam riqueza mais lentamente e, por
isso, menos desigualmente. Com menos capital cria-se mais
emprego.
Assim, Santos (1985, p. 10) aponta que o lugar atribui aos elementos
constituintes do espaço um valor particular. Cada elemento do espaço – homens,
firmas, instituições, meio – adquire características próprias, mesmo estando
67
subordinados ao movimento do todo. O autor destaca que fábricas com o mesmo
poder econômico e político apresentam diferenciações de resultados se
considerarmos suas localizações e, também, indivíduos dispondo da mesma
formação e virtualidades “não têm a mesma condição como produtores, como
consumidores e até mesmo como cidadãos” (SANTOS, 1985, p. 10) devido à
localização.
Desta forma, o acesso aos bens e serviços pela população das cidades
locais híbridas perpassa a disponibilidade de recursos financeiros, mas, também,
pela questão da acessibilidade.
5
As questões acerca dos deslocamentos e a questão da acessibilidade serão
discutidas com mais ênfase no capítulo três.
68
Esses elementos reforçam ou são reforçados pela falta de oferta que acaba
por desviar a demanda, reduzindo as possibilidades de oferta. Esse fator se
intensifica dependendo das condições das estradas e dos transportes,
diminuindo, assim, a importância dos que se encontram abaixo na escala
funcional da rede urbana, e “os indivíduos mais pobres, isto é, os menos móveis
(ou mais imóveis), terão dificultado o seu acesso aos bens e serviços de nível
compatível com seu poder de compra” (SANTOS, 1985, p. 84).
69
Portanto, nessa organização espacial do ponto de vista econômico, as
“cidades pequenas se acham em uma posição incômoda. Algumas vegetam,
outras desaparecem, outras tantas resistem como sede de empresas sublocadas,
cidades dormitórios ou reservatórios de mão-de-obra” (SANTOS, 1980, p. 105).
70
2.2. A pobreza política das cidades locais híbridas
Ao discutirmos a questão da pobreza política devemos pontuar que no
Brasil, por ser um país marcado por pobreza estrutural globalizada, há a extrema
necessidade de políticas públicas de distribuição de renda. Nos últimos 10 anos
as políticas públicas de assistência social têm promovido inúmeras mudanças
para que a distribuição de renda seja concretizada para além do assistencialismo,
assim, devemos frisar os avanços de combate à fome, considerando que “a fome
é a face mais cruel da desigualdade e da pobreza” (GRAZIANO DA SILVA, 2003,
p. 52), e também de autonomia, sendo este o principal objetivo das políticas
públicas, como destaca Silva (2003, p. 58):
71
mas estão nas relações e interações que existem no âmbito das
mesmas.
6
Trabalhar com a questão do coronelismo, patrimonialismo, voto de cabresto e
todos os seus desdobramentos no contexto atual, envolve muitas questões legais, que
não teríamos condições de enfrentar neste trabalho, mas, também ultrapassaria os
objetivos deste que não se restringir somente a essa discussão. Nesse sentido,
ressaltamos que em alguns momentos do trabalho nos reservamos do direito de não citar
o local de ocorrência de alguns fatos – mas são nucleares das localidades apontadas no
início como necessárias para que pudéssemos desenvolver a discussão – importantes
para que possamos demostrar as práticas coronelistas, do voto de cabresto, mercadoria.
Assim, esses elementos são observações de campo registradas por nós em períodos
eleitorais, convivência com os agentes sociais/sujeitos das cidades analisadas, dentre
outros momentos do trabalho de campo.
73
sistema tem seu habitat preferencialmente nos municípios rurais, ou
predominantemente rurais.
74
Nesse processo há uma intencionalidade, qual seja: manter as
necessidades da população, ou seja, do eleitorado para que possa a todo o
momento estar “doando” benfeitorias e ao manterem o vínculo entre “doador” e
“receptor”, manter, ao mesmo tempo, o poder.
Cada vez mais fica claro que não é imaginável resolver a pobreza
sem a participação do pobre. Com efeito, uma política que
pretende reduzir os níveis quantitativos da pobreza, pode até
distribuir benefícios e minorar compensatoriamente a fome, mas
agrava a pobreza política, porque recria o esmolar, ou seja, aquele
que troca a comida pelo cabresto (CEPAL/PNUD/Unicef, 1984;
Silva Pinto, 1984; Carley & Bustelo, 1984).
75
entanto, quando o prefeito paga consulta do “bolso”, se torna um “paizão” e dá
comida não estamos, somente, no âmbito da assistência social, mas, sim do
assistencialismo exacerbado, recriando o esmolar, a verdadeira troca de comida
pelo cabresto.
7
Como exemplo disso podemos citar um exemplo ocorrido na última eleição municipal,
quando um eleitor residente em outra localidade há mais de 10 anos, que ainda mantém
o título de eleitor em uma das cidades locais híbridas analisadas, não tinha candidato
para vereador e declarou que votaria em quem lhe desse alguma coisa. Um dos
candidatos, a vereador, lhe deu 25 litros de combustível e em troca recebeu seu voto,
vendido enquanto mercadoria. Essa dinâmica não é pontual, mas faz parte das práticas
políticas das cidades analisadas.
76
prefeito que ele dá”. Essas relações estão enraizadas nas práticas políticas, não
sob um ponto de vista politizado, mas no sentido de dependência e, também, na
aquisição de vantagens pessoais e benefícios próprios.
78
constituir a autonomia relativa enquanto sujeito (Demo, 2006). Acrescenta-se:
sujeito de direitos.
Podemos dizer que nas cidades locais híbridas, situadas no nível inferior da
complexidade urbana, as duas faces da pobreza: a material – relacionada,
principalmente ao desemprego e má remuneração – e a política – ligada ao
assistencialismo e política de favorecimento – se reforçam mutuamente,
constituindo elementos estruturantes de uma pobreza excludente, que é
estrutural e globalizada.
80
CAPÍTULO 3
CIDADES LOCAIS HÍBRIDAS E A
SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL
INTERURBANA
81
Nesse capítulo defenderemos que, devido o contexto social das cidades
locais híbridas, a análise da segregação socioespacial exige uma imbricação
escalar entre o espaço intra-urbano e as relações interurbanas, pois as
incipientes funções urbanas, dialeticamente, acabam por negar o urbano e nesse
processo se estrutura um híbrido entre o urbano e não urbano. Dessa forma, a
possibilidade da apreensão da segregação socioespacial interurbana.
Na presente discussão o conceito de segregação socioespacial é utilizado
para explicar processos decorrentes da urbanização, referentes à separação
entre diferentes segmentos sociais nas cidades locais híbridas e o acesso aos
meios de consumo coletivo e individuais.
No entanto, não objetivamos delimitar os processos segregativos
existentes no espaço intra-urbano das cidades analisadas. Nosso foco de análise
não é indicar a existência/ausência da segregação socioespacial no espaço intra-
urbano, mesmo que esse fator possa evidenciar-se no decorrer do trabalho.
Contudo, utilizaremos dos referenciais conceituais existentes na literatura
referente à segregação socioespacial para pensarmos o processo na escala
interurbana.
Pois, se a segregação socioespacial, fruto das contradições sociais, é
estruturada a partir da urbanização, processo que transcende os limites da
cidade por que, então, restringir sua análise ao espaço intra-urbano?
Da mesma forma que o processo de urbanização não está restrito às
cidades, entendemos que, a partir da justaposição ou superposição de relações
interurbanas, no bojo da globalização, o processo de segregação socioespacial,
expressão do aprofundamento das desigualdades socioespaciais levadas em seus
limites, não deve ser apreendido somente na escala intra-urbana, mas também a
partir das relações interurbanas.
Como nos capítulos posteriores aprofundaremos nossas análises a partir
da realidade empírica de três cidades, dentre elas Mariápolis, Pracinha e Flora
Rica, porém, os dados das demais cidades, que encontram-se em anexo,
também nos subsidia para pensarmos o processo analisado.
82
3.1. Apontamentos sobre os meios de consumo coletivo e a segregação
socioespacial
De princípio, pensamos ser necessário pontuar objetivamente o que
compreendemos por meios de consumo coletivo. Eles podem ser divididos entre
os de consumo coletivo e os de consumo individual. Lojkine (1997 [1981], p.
154, 155 e 156) afirma que eles refletem a organização do processo de consumo
e aponta três características para distingui-los uns dos outros:
83
(LOJKINE, 1997 [1981]).
Quanto aos meios de consumo individuais, sejam eles objetos materiais
(salsichas) ou serviços (aulas)8, a possibilidade de obtê-los está diretamente
relacionada ao poder de compra e à satisfação pessoal de cada cidadão.
A análise da segregação socioespacial relacionada aos meios de consumo
permite-nos entender as relações contraditórias entre a cidade (todo) e os
bairros (as partes), pois revela a desigual distribuição dos meios e as condições
de vida que estão inseridas parcelas da população.
Ao trabalhar com a questão da segregação social e espacial, Lojkine (1997
[1981], p.244-245) destaca três tipos de segregação: a primeira no nível da
habitação; a segunda no nível dos equipamentos coletivos (creches, escolas,
equipamentos esportivos, sociais, etc.); e a terceira segregação no nível do
transporte domicílio-trabalho.
Nesse sentido, o autor (1997 [1981]) correlaciona as dinâmicas
segregativas à distribuição socioespacial dos meios de consumo coletivo na
escala intra-urbana como na escala interurbana, pois a existência dos meios
define a localização das unidades destinadas ao desenvolvimento do capital e da
força de trabalho.
Nessa linha de raciocínio podemos entender uma das questões
relacionadas à permanência das cidades locais híbridas, ou seja, sua existência
se dá em parte pela presença de meios de consumo coletivo necessários a
reprodução da força de trabalho e capital, ao mesmo tempo, a presença desses
meios se dá para manutenção dessa reprodução, assim, tornando as cidades
locais híbridas reservatório de mão de obra.
A produção e manutenção dos meios de consumo coletivo correlacionados
à segregação socioespacial tem no poder público um importante agente social.
Nessa perspectiva, Lojkine (1997 [1981], p. 193) apresenta três principais
intervenções estatais: o controle da localização das atividades industriais e
terciárias (e também de seus meios diretos ou indiretos de incitação); o controle
da localização dos diferentes tipos de habitação; a localização dos meios de
consumo coletivo e, destaca, o Estado como principal agente de distribuição
social e espacial dos equipamentos urbanos para diferentes classes. Assim, o
Estado monopolista reflete negativamente as contradições e as lutas de classes
geradas pela segregação social.
8
Os exemplos arrolados são os mesmos utilizados por Lojkine (1997 [1981], p. 131).
84
No mesmo sentido de analisar as intervenções estatais na produção do
espaço, Rodrigues (2008) afirma que a presença e a aparente ausência do
Estado aprofundam as contradições inerentes ao modo de produção capitalista.
No que tange à presença, dentre outras dinâmicas, destaca-se à implantação de
infraestrutura e equipamentos de uso coletivo e ao não promover o acesso
universal a esses o Estado parece ausente.
O Estado atua de forma heterogênea no espaço urbano e esse tipo de ação
acentua a apropriação diferenciada das vantagens e desvantagens locacionais. O
maior ou menor preço dos lotes está diretamente ligado à localização que, por
conter vantagens ou desvantagens locacionais, passam a exercer forte influência
no preço do solo “criando uma hierarquia intra-urbana de áreas mais ou menos
valorizadas” (MELAZZO, 1993).
Nesse sentido, Villaça (2001) aponta que a produção da segregação
socioespacial, qualificada por ele como espacial, é resultado da luta de classes,
que estrutura as desigualdades expressas no espaço urbano, devido à
apropriação diferenciada das vantagens e desvantagens que se distribuem na
cidade.
Nessa dinâmica, além do Poder Público, os promotores imobiliários, são
importantes agentes sociais segregadores e no nível econômico da produção do
espaço as ações dos promotores imobiliários, do sistema financeiro e da gestão
pública às vezes de modo conflitante, em outras, convergente, orientam e
organizam o processo de reprodução espacial através da divisão socioespacial do
trabalho, promovendo especializações de áreas, hierarquizando lugares e
fragmentando os espaços (CARLOS, 2008).
Portanto, nessa sociedade baseada na propriedade privada marcada por
processos segregativos a produção da cidade é pensada pela lógica do processo
de valorização (CARLOS, 2006). Essa lógica da mercadoria e da valorização,
promove no espaço urbano vantagens locacionais e acesso desigual aos meios de
consumo coletivo.
A análise dos meios de consumo coletivo é uma das dimensões que nos
permite entender o processo de segregação socioespacial, pois através do acesso
aos espaços, às infraestruturas e serviços urbanos é possível apreender como a
cidade se apresenta de modo extremamente desigual e quais são os resultados
dessa ausência/presença e/ou qualidade/quantidade dos meios de consumo
coletivo nas condições de vida urbana.
85
E como indicamos em Roma (2008, p. 56):
86
Desta forma, a produção da segregação esfacela a cidade produzida
enquanto lugar da vida, para a cidade reproduzida pela lógica do processo de
valorização. No “momento em que o uso vira troca”, a sociedade baseada na
propriedade constrói uma cidade de “acessos desiguais aos lugares de realização
da vida numa sociedade de classes onde os homens se situam dentro dela e no
espaço de forma diferencial e desigual” (CARLOS, 2006, p. 49).
Nessa perspectiva, a cidade vista enquanto local de moradia, lazer, trocas
de experiências, amizade, convivência, conflitos é deixada em segundo plano,
pois as funções econômicas e o mundo da mercadoria é o que constrói e
caracteriza a cidade das trocas. Assim, concordando com Carlos (2006), uma
sociedade que sustenta na propriedade privada sua principal forma de
reprodução social, mantém na estruturação de seus espaços um acesso desigual
aos lugares que resulta na diferenciação, afastamento e isolamento entre
moradores e frequentadores de diferentes áreas da cidade.
Esse processo de diferenciação, afastamento e isolamento foi analisado
originalmente segundo o modelo centro-periferia. No entanto, os espaços
periféricos na cidade brasileira contemporânea contêm uma maior pluralidade de
contextos e práticas socioepaciais e, conceitualmente, não cabe mais a simples
adoção da noção ou conceito de periferia para fazer referência a uma realidade
urbana, pois esses espaços se diversificam cada vez mais (SPOSITO, 2007).
Em Roma (2008, p. 40) destaca-se que a separação socioespacial
repercute de diversas formas nos diferentes segmentos sociais e em diferentes
espaços e tempos:
87
Essa escamoteação do conflito que é gerado pelo processo de segregação
socioespacial apresenta-se ““dissolvido” no tecido urbano, por meio de uma
diferenciação tida como natural” (PEREIRA, 2006, p. 130). Também na
perspectiva de naturalização dos processos socioespaciais excludentes, Vieira
(2009, p. 16), analisando a realidade de cidades médias, destaca que:
Pensamos que esse processo não seja exclusivo de cidades médias, mas
presentes na sociedade contemporânea. É nesse sentido que a proximidade
espacial – não social – entre os diferentes evidencia os conflitos sociais, mas ao
mesmo tempo, a distância social mantida através dos muros, guaritas e
shopping centers que revela a cidade enquanto segregação socieospacial
possibilita escamotear e naturalizar os conflitos.
Ainda nesse sentido, Lefèbvre (1969, p. 124) afirma que:
88
espaço que se torna apenas lugar de passagem, sem a possibilidade de
encontros entre os diferentes (ROMA, 2008).
Ainda no sentido de apreensão do processo de segregação socioespacial
podemos perceber sua efetivação em outras dimensões como de maneira
voluntária ou involuntária ou no processo de auto-segregação9.
Como também, através da dimensão subjetiva, nesse sentido, Sabatine,
Cáceres e Cerda (2004, p. 63 e 64) demostram a importância da dimensão
subjetiva no processo de segregação socioespacial e frisam que essa dimensão
nos possibilita entender os aspectos mais negativos da segregação, tais como, a
desintegração social e o sentimento de marginalidade. O sentimento de não
pertencimento à cidade se insere nos aspectos subjetivos que permitem
entender como as pessoas se sentem em relação aos espaços da cidade e como
percebem os diferentes espaços.
Essa forma de apreender e analisar a segregação nos permite destacar os
extremos e visualizar claramente o rompimento das relações. No entanto,
Prèteceille (2003 e 2004) defende que a tese da dualização dos espaços que
destaca exemplos contrastantes não possibilita uma visão de conjunto e, frisa
que, entre as condições extremas encontram-se situações intermediárias e,
nesse sentido, indica que a localização residencial das categorias intermediárias
seja considerada.
O autor (2003 e 2004) trabalha na perspectiva das grandes metrópoles,
porém em Roma (2008) e na área de pesquisa atual, observamos que nas
localidades com contingente populacional reduzido – cidades locais híbridas – nas
quais, a proximidade espacial é marcante, a segregação socioespacial percebida
em seus extremos não se configura, ou seja, não existem loteamentos e/ou
condomínios fechados e favelas. Contudo, podemos perceber, através da
observação do espaço urbano e nas relações sociais, uma diferenciação na
estruturação dos segmentos sociais no espaço intra-urbano da cidade.
No entanto, devemos pontuar que nos centros sub-regionais já se
identifica a presença de loteamentos e/ou condomínios fechados e de
aglomerados subnormais, como estudado por Roma (2008).
10
O conceito de vida de relações foi cunhado por P. George, no livro “A Ação do
Homem”, para referir-se às solidariedades internas aos lugares, no entanto, esses
lugares se relacionam uns com os outros. Mais recentemente, Milton Santos e Maria
Laura Silveira mencionam o conceito de vida de relações no livro o Brasil: território e
sociedade do século XXI (2006 [2001]).
90
sendo estas práticas um elemento da própria produção do espaço dessas
localidades.
O espaço é entendido enquanto forma, estrutura, função e processo
(SANTOS, 1985). A forma e a estrutura expressam e traduzem as materialidades
observadas no espaço urbano, embora não se restrinjam a essa dimensão, pois
ultrapassam o que é efetivamente material. As funções e os processos referem-
se ao urbano, uma vez que tratam dos papéis exercidos pelas cidades e do
próprio movimento das transformações. As funções apoiam-se nos equipamentos
e serviços urbanos que dão suporte para a existência da vida em sociedade como
educação, saúde, sistema financeiro, comércio, etc. Os processos são as
dinâmicas da sociedade que promovem, por exemplo, a segregação
socioespacial, a exclusão social, a segregação socioespacial interurbana.
Portanto, devemos trabalhar com as relações inerentes ao urbano, pois,
sob o prisma da materialidade, não podemos negar a existência das cidades
locais híbridas, ainda que possamos questionar a incipiência das funções urbanas
econômicas nelas existentes.
É o caráter dialético entre urbano e não urbano que possibilita-nos
defender a existência de segregação socioespacial interurbana. Afinal, em seu
nível urbano essas localidades apresentam uma forte correlação entre incipiência
das funções urbanas, meios de consumo coletivo e segregação socioespacial -
considerando que somente as necessidades básicas da população são satisfeitas.
Contudo, nas cidades locais híbridas a localizações de serviços e
equipamentos urbanos não nos permite correlacionar localização intra-urbana
com o processo de segregação socioespacial, pois esses meios são em sua
grande maioria localizados no centro das cidades. Além do mais, a distância do
centro às áreas periurbanas é pequena. Porém, para esse tipo de cidade, a
presença/ausência dos meios de consumo coletivo, necessários à reprodução da
vida, nos possibilita compreender o processo de segregação socioespacial
interurbana, pois é na comparação com o outro – meios de consumo existentes
em outras localidades – que percebemos a presença/ausência e
qualidade/quantidade dos meios de consumo coletivo e individuais.
Destacamos que em todas as diferentes realidades urbanas – metrópoles,
cidades médias, cidades sub-regionais e cidades locais híbridas – há entre os
espaços urbanos uma vida de relações, devido à divisão territorial do trabalho
existente na estruturação da rede urbana, possibilitando a complementariedade
e a complexidade do urbano. No entanto, as cidades locais híbridas contemplam
91
particularidades que lhe são peculiares, pelo seu contingente populacional,
proximidade e visibilidade dos processos sociais, dinâmica econômica e política
que imprimem nesses espaços características próprias.
É justamente, nesse sentido, que podemos falar que a urbanidade nas
cidades locais híbridas se processa na vida de relações com outras localidades,
diferentemente da realidade das metrópoles ou cidades médias, que mantém
intensa vida de relações entre as diferentes cidades, mas sua urbanidade não se
expressa, majoritariamente, nessa dimensão. Essa intensa vida de relações
fortalecida pela necessidade de deslocamento para acesso aos meios de consumo
coletivo e individuais se transformam, pela intensidade, em práticas
socioespaciais da população, pois fazem parte do cotidiano dessas pessoas.
As práticas socioespaciais se revelam nos elevados índices de
deslocamentos realizados pela população para terem acesso aos meios de
consumo coletivo e individuais, como expressos nas tabelas um e dois, como
também na definição de cidade, na qual, os entrevistados identificam sua
localidade como um bairro de outras cidades.
Portanto, se devido às funções urbanas incipientes a população de uma
localidade precisa se deslocar para outros lugares para ter suprida boa parte de
suas necessidades e que uma parcela da população não se sente inserida em
uma realidade urbana, não estaríamos frente a um processo de segregação
socioespacial interurbana? Ou seja, uma cidade toda não poderia estar
segregada socioespacialmente?
Esta hipótese já vem sendo explorada por outros autores.
Prèteceille (2003) apreendeu a inter-relação escalar no estudo da
segregação socioespacial e também correlacionou equipamentos e serviços
urbanos para pensar o processo de segregação socioespacial, utilizando-se da
escala intra-urbana de Paris e dos municípios ao redor da cidade principal.
Por sua vez, Lojkine (1997 [1981], p. 171-172) aponta que a “armação
urbana”, no estágio monopolista, estrutura uma segregação espacial e social
entre os espaços urbanos centrais e os destinados à execução e aos meios de
reprodução empobrecidos, como segue:
93
necessárias à reprodução da força de trabalho. No entanto, mesmo que
necessária para a própria reprodução do capital, a oferta desses meios é
destinada somente para suprir as necessidades básicas destinadas à reprodução
da força de trabalho e capital. Na rede urbana as atividades mais diversificadas e
desenvolvidas estão localizadas nas cidades sub-regionais e médias, mesmo que
isso reflita negativamente nas condições de vida da população residente nas
cidades locais híbridas.
Os custos referentes à oferta dos meios para manter a reprodução da
força de trabalho são repassados pelo monopólio privado ao financiamento
público (LOJKINE, 1997 [1981]). Por sua vez, os conjuntos habitacionais, os
meios de consumo coletivos como escolas, postos de saúde, lazer dentre outros
são financiados pelo Poder Público Municipal.
Nas cidades locais híbridas a esfera pública empobrecida mantém os meios
de consumo para a reprodução da vida dos trabalhadores. Contudo, essas
localidades que vivem majoritariamente dos fundos de repasses governamentais,
somente conseguem suprir os meios de sobrevivência destinados às
necessidades básicas implicando uma vida de relações.
No sentido da vida de relações, Lojkine (1997 [1981], p. 180), pensando
nos bens coletivos, aponta que “a cidade, a região e os diversos tipos de
aglomeração espacial seriam a combinação de infra-estruturas em parte
indissociáveis, estreitamente complementares, que forneciam uma base
indispensável às diferentes atividades”. Desta forma, a reprodução da força de
trabalho e da vida dos trabalhadores nas cidades locais híbridas se possibilita
pela relação existente com as demais localidades, sendo esta indissociável e
complementar. Desta maneira, a cidade local híbrida não se apresenta como
todo, mas como parte de um todo que se completa em outras cidades e até
mesmo na região.
Diante do exposto entendemos que, para se reconhecer o processo de
segregação socioespacial interurbana numa cidade, seja necessário que essa
realidade urbana apresente alguns pressupostos que foram por nós
materializados em indicadores, quais sejam:
1. depender das relações interurbanas para suprir suas necessidades de
acesso aos meios de consumo coletivo e individuais;
2. apresentar elementos que levam ao questionamento da existência ou não
do caráter urbano desse espaço;
94
As indagações que vimos desenvolvendo nos levam à necessidade da
constatação desses indicadores sem os quais não é possível defender a hipótese
levantada, pois eles nos possibilitam entender o grau de dependência da cidade
em relação à rede urbana que vai, justamente, expressar ou não a segregação
socioespacial interurbana.
96
teoria dos dois circuitos da economia urbana se reforça, ainda mais, como uma
possibilidade de apreensão das dinâmicas urbanas.
Os circuitos não são estanques, não podendo ser analisados
separadamente, mas são “vasos comunicantes” (Silveira, 2007), em movimento,
que a cada nova divisão territorial do trabalho modifica suas lógicas e a
estruturação do espaço urbano.
Nos espaços urbanos metropolitanos, por exemplo, coexistem inúmeros
elementos constituintes dos dois circuitos, porém, nas cidades locais híbridas a
economia urbana é marcada, predominantemente, pelo circuito inferior. Mas
devemos destacar que não se trata de uma tipologia, pois há elos que as
articulam também ao circuito superior, mas, a base da economia urbana são as
relacionadas ao circuito inferior.
No entanto, não podemos trabalhar com os circuitos da economia urbana
em cidades que apresentam somente as dinâmicas do circuito inferior, como nas
locais híbridas, pois para a estruturação dos circuitos é necessária à dialética
entre ambos. Somente podemos pensar a questão do circuito inferior, em
cidades locais híbridas, acoplada à análise da divisão do trabalho interurbana.
Portanto, a análise do circuito inferior dessas localidades se faz possível
pela intensa vida de relações existente com outros aglomerados que
desenvolvem as dinâmicas do circuito superior e superior marginal, permitindo-
nos a compreensão de uma economia política da urbanização e da cidade. A
relação entre as escalas intra e interurbana permite-nos visualizar as dinâmicas
dos circuitos da economia urbana na produção da cidade, que para as locais
híbridas se expressam no circuito inferior.
A complementariedade dos circuitos, através das relações interurbanas, se
apresenta pelo acesso da população às instituições financeiras, aos
supermercados inseridos no circuito superior e superior marginal, às lojas de
departamentos como, por exemplo, Casas Pernambucas, Casas Bahia, dentre
inúmeros outros nexos. Nesse processo o circuito inferior existente nas cidades
locais híbridas encontra condições para sua reprodução. Isso demonstra-nos que
a economia urbana é um conjunto solidário e contraditório de divisões do
trabalho, como indicado por Silveira (2004) para pensar as cidades.
A prevalência do circuito inferior, nas localidades analisadas, não significa
que essa população não consuma objetos técnicos modernos. Ao contrário, a
interdependência com o circuito superior e superior marginal pelas relações
interurbanas possibilita, como indicado por Silveira (2007, p. 12) “a participação
97
dos pobres nos eventos contemporâneos”. E é, nesse sentido, que concordamos
com a autora quando afirma que todas as classes podem consumir fora dos
circuitos ao qual estão ligados.
A população empobrecida das cidades locais híbridas, mesmo não tendo
pleno acesso aos meios de consumo coletivo – bens coletivos – consome alguns
objetos técnicos modernos, mas mantem a pobreza estrutural. Assim, Silveira
(2007) destaca que há um equívoco quando se pretende associar pobreza e falta
de consumo, pois o crédito se processa em todos os lugares e classes sociais.
Portanto, circuito superior e inferior se correlacionam sendo opostos e
complementares e, no período atual de globalização, o hibridismo existente em
suas relações se intensifica. Contudo, cada circuito apresenta suas próprias
características, mas a complementariedade para o circuito inferior ganha forma
de dominação (SILVEIRA, 2007).
No entanto, sem levar em consideração o circuito inferior, a compreensão
da cidade é incompleta, principalmente se considerarmos para as cidades locais
híbridas, a relação entre circuito inferior e pobreza, considerando que “pobreza e
circuito inferior aparecem com relação de causa e efeito inegável” (SANTOS,
2004 [1979], p. 196).
Analisando alguns itens da tipologia presente na teoria dos dois circuitos
da economia, observamos quais as principais diferenças existentes entre os dois
e como o circuito inferior - nosso foco de análise – se utiliza das variáveis
existentes no período, demonstrando que, cada vez mais, a teoria nos permite
entender a realidade da economia urbana. Principalmente em um período
marcado por processos acelerados de modernizações, que levam consigo o
desemprego crônico, a obsolescência dos saberes, as técnicas de automação, a
concentração de propriedade e do excedente resultando em uma pobreza
estrutural (SILVEIRA, 2007).
Para a realidade da economia urbana das cidades locais híbridas
apreendemos que as dinâmicas do circuito inferior se modificam diante das
transformações presentes no período atual, mas também constatamos que
algumas variáveis mantêm suas características e outras se mesclam.
Na estruturação do circuito inferior das três cidades analisadas,
observamos que os motivos que levaram a população desempenhar tal atividade
se relacionam, principalmente, as questões ligadas às melhores oportunidades
financeiras, obtenção de renda, melhor lucro, liberdade financeira, trabalhar por
98
conta própria como, também, a falta do comércio ou serviços na cidade. Esses
motivos demonstram-nos duas questões.
A primeira é que um dos fatores preponderantes para abertura de um
comércio ou serviço ligados ao circuito inferior é a pobreza material, pois com
pouco capital inicial podem ter a oportunidade de aumento da renda, alternativa
ao desemprego, além da questão de trabalhar por conta e ser dono do seu
próprio negócio. A segunda questão está relacionada à reduzida quantidade de
comércios e serviços existentes nessas localidades, como destacado pelos
entrevistados, ou seja, não havia esse tipo de atividade na cidade para suprir a
necessidade da cidade, dentre outros.
No entanto, ainda no que tange aos motivos para desempenharem
determinada atividade, destaca-se, para as três cidades, a questão da herança.
Esse fator demonstra que a dinâmica desse circuito nas cidades locais híbridas se
difere das demais realidades urbanas, pois a questão herança tangencia que a
abertura das atividades não é efêmera, dito de outra maneira, a mortalidade
dessas atividades existe, mas a forte permanência predomina.
Silveira (2004), ao analisar a cidade de São Paulo, destaca que graças aos
baixos custos de produção, ampla oferta de insumos, mão de obra e clientes
surgem um considerável número de pequenas empresas e mesmo que a
mortalidade seja alta, a demanda possibilita que outras possam nascer.
Ao contrário, nas cidades locais híbridas onde não há o dinamismo das
grandes metrópoles, é reduzida a possibilidade de expansão do número de
atividades e a dinâmica de abertura de novas empresas.
Isso se reflete quando analisamos o tempo de abertura das empresas, que
para Mariápolis está na categoria mais de dez anos (57,14%); para Pracinha
temos mais de um até cinco anos (46,67%), de cinco a dez anos (33,33%) e,
mais de dez anos (20,00%); e para Flora Rica observa-se que até um ano,
corresponde há (12,00%); mais de um até cinco anos (32,00%), mais de cinco
até dez anos (28,00%) e, mais de dez anos de abertura (28,00%).
Nas principais características que compõem o circuito superior e inferior,
destacamos as mudanças ocorridas em ambos os circuitos na era da
globalização, pautada em inovações tecnológicas, telecomunicações e uma maior
e crescente organização do mercado financeiro global.
- Tecnologia e organização;
No circuito inferior está havendo uma adoção de tecnologia, como
observamos com a utilização de computadores e máquinas de cartão de crédito,
99
pois das empresas entrevistadas as que têm computador perfazem 57,14%,
53,33 e 28,00% para Mariápolis, Pracinha e Flora Rica, respectivamente. As que
possuem máquina de cartão de crédito correspondem 25,00%, 60,00% e
16,00%, respectivamente. Assim, mesmo que em um ritmo mais lento, está
havendo uma mudança nas características do circuito inferior dessas localidades
seguindo a dinâmica de transformações do período atual.
No entanto, mesmo com a introdução de tecnologia, o trabalho continua
sendo intensivo e não o capital intensivo, pois o que gera renda é o trabalho,
seja o familiar, doméstico, ou o trabalho assalariado, de baixa qualificação e
remuneração. Nesse mesmo sentido, a organização continua sendo primitiva,
como, por exemplo, no que tange aos estoques e na forma de demarcação de
preços, necessitando de trabalho intensivo.
Assim, referindo-se a essas duas variáveis, observamos que na
organização dos estoques, em Mariápolis, 53,57% das empresas realiza este
procedimento manualmente, 21,43% computadorizado e 14,29% as duas
formas; para Pracinha 73,33% procedem de forma manual, e apenas 6,67% o
procedem de forma computadorizada; já para Flora Rica temos 92,00%
manualmente e apenas 4,00% computadorizado. Para a demarcação de preços
segue-se quase a mesma dinâmica, como podemos observar nas tabelas 87, 99
e 111, em anexo.
Ainda no sentido de discutir a organização do circuito inferior que continua
sendo primitiva, temos os dados referentes à estrutura administrativa dessas
empresas. Os dados demonstram que, na grande maioria, não há tarefas
específicas e, predominantemente, as funções não são fixas, o que significa que
uma mesma pessoa realiza diferentes atividades no mesmo estabelecimento,
representando 96,43% em Mariápolis, 63,33% em Pracinha e 88,00% em Flora
Rica.
Assim, a inserção de tecnologia não modifica substancialmente a
organização e as formas de trabalho predominantes no circuito inferior dessas
cidades. Esse mesmo fator foi observado por Montenegro (2006) ao trabalhar
com o circuito inferior na cidade de São Paulo, demonstrando que essas
dinâmicas podem estar ocorrendo em diferentes espaços.
-Capital;
O que substancia o circuito inferior não é, como apontamos, capital
intensivo. Nas questões sobre o capital das empresas, contatamos que, nas três
cidades, os investimentos realizados para melhoria dos estabelecimentos é quase
100
inexistente e, quando ocorre, se refere a reparos na pintura, pequenas reformas
e em apenas um estabelecimento na cidade Mariápolis, investe-se, anualmente,
na troca e manutenção dos equipamentos (computadores) e renovação dos
móveis.
O capital/faturamento das empresas está relacionado à renda familiar,
pois, mesmo com a existência de conta bancária específica para empresa
57,17% dos estabelecimentos de Mariápolis, 66,67% de Pracinha e 24,00% de
Flora Rica a separação entre o capital da empresa e a renda familiar é de apenas
28,57% para Mariápolis, 46,67% para Pracinha e somente 4,00% para Flora
Rica.
-Arranjo organizacional;
As poucas e pequenas empresas instaladas nas cidades locais híbridas
estão baseadas em um arranjo organizacional não burocrático, mantém a forma
de contratação familiar, típico do circuito inferior da economia, com pouca
introdução do trabalho assalariado. Esse quadro se apresenta distribuído da
seguinte maneira: Para Mariápolis 53,57% de mão de obra familiar e 46,43%
assalariada; para Pracinha 40,00% familiar, 46,67% assalariada e 13,33% mista
e; para Flora Rica temos 64,00% familiar e 36,00% assalariada.
Devido ao pequeno porte dos estabelecimentos, nos quais a relação com a
clientela é direta e personalizada, persiste o sistema de registro das despesas em
cadernetas, com pagamento mensal. Mesmo que a adoção de novas tecnologias
tenha permitido a inserção do sistema de crédito, baseado no cartão de débito e
crédito - em alguns estabelecimentos das cidades locais híbridas - a grande
maioria das transações ainda consiste no registro de cadernetas, como podemos
observar nas tabelas 89, 101 e 113, em anexo.
Essa característica do circuito inferior presente nas cidades locais híbridas
se reforça devido à pobreza existente nesses espaços, ou seja, a falta de crédito
ou dinheiro líquido faz com que a população mais pobre adquira os produtos, nas
cidades locais híbridas, mesmo sendo estes sensivelmente mais caros, mas, o
fator determinante está justamente na possibilidade de crédito via caderneta,
“fiado”, além da possibilidade de diminuir os deslocamentos para outras cidades
para adquirir bens e produtos.
O trabalho de Montenegro (2006), com base na cidade de São Paulo, faz
contraponto interessante ao nosso estudo. Diferentemente das cidades locais
híbridas, para as metrópoles, mesmo com a intensificação do circuito inferior, as
101
formas de créditos via cartão de crédito, cheque e boleto bancário prevalecem,
tornando o “fiado” quase inexiste.
-Estoques;
Anteriormente, no modelo da sociedade industrial os estoques para o
circuito superior deveriam ser em grande quantidade. Já no período atual, com
as facilidades de deslocamento e comunicação, este sistema de estoque baseia-
se no modelo just-in-time, no qual os estoques são nulos, ou quase nulos
dependendo da demanda. No circuito inferior os estoques reduzidos continuam
sendo característicos – como podemos observar nas tabelas em anexo – devido à
limitação financeira dos estabelecimentos para realização de grandes estoques e
também, em certo sentido, seguindo a lógica do circuito superior e superior
marginal.
No que concerne aos estoques para cidade de Mariápolis a forma mais
usual de realização dos pedidos é através do vendedor, representando 39,29%
dos pedidos, seguido de vendedor e telefone, vendedor, telefone e internet,
telefone e internet e outra forma (adquire diretamente em outras cidades)
variando, percentualmente, entre 17,14% a 17,86%; o tempo para recebimento
das mercadorias varia de um a três dias em 28,57% dos casos e, no
contraponto, mais de 15 dias, corresponde a 14,29% dos pedidos. Para Pracinha
e Flora Rica temos 46,67% e 52,00% dos pedidos realizados por vendedores,
seguido de vendedor e telefone, com 33,33% para Pracinha e, na categoria
vendedor e outra forma (busca em outras cidades), 36,00% para Flora Rica.
Referente ao tempo necessário para recebimento das mercadorias tem-se: um a
três dias, correspondendo a 60,00% (Pracinha) e 20,00% (Flora Rica) seguido de
oito a 15 dias com 6,67% para Pracinha e quatro a sete dias com 48,00% para
Flora Rica.
Podemos observar que mesmo com a introdução de tecnologia em
algumas empresas os pedidos via internet ainda continuam limitados,
principalmente para as cidades de Pracinha e Flora Rica, demonstrando-nos,
acoplado a outros fatores pontuados, que o circuito inferior nas cidades locais
híbridas mantém em sua organização uma dinâmica da divisão territorial do
trabalho característica de um momento anterior, mas, se insere numa nova
forma de divisão do trabalho que altera as dinâmicas de estruturação do circuito,
mas não destrói por completo as formas pretéritas.
-Lucros;
102
Para o circuito inferior, ainda que o lucro por unidade comercializada nas
vendas possa parecer alto em comparação com os preços das mercadorias
adquiridas nas cidades sub-regionais (Lucélia, Adamantina, Dracena), como
informam os entrevistados, ele se reduz em função do pequeno montante
comercializado. Esse fato associa-se às relações interurbanas que se
estabelecem entre as cidades locais híbridas e as cidades maiores da região,
determinadas, justamente, pela reduzida oferta e os elevados preços dos
produtos nos estabelecimentos locais.
-Publicidade;
Ainda devemos ponderar que a publicidade no circuito inferior passa de
nula para pequena, mas existente. Dentre as três localidades analisadas a cidade
de Mariápolis foi a que mais introduziu na dinâmica do circuito inferior essa
questão; assim, das empresas entrevistadas, 64,29% já realizaram algum tipo
de publicidade e 35,71% declararam que não ter. Para Pracinha 40,00%
afirmaram buscar o recurso da publicidade e 60,00% não. E, para Flora Rica,
apenas 8,00% das empresas fazem publicidade e 92,00% nunca realizaram
algum tipo de publicidade. As formas utilizadas para publicidade são:
propagandas em rádios AM e FM, jornal da cidade, anúncios em agenda
telefônica, internet, panfletos, sistema de altos falantes em carro de som,
sacolas plásticas, calendários e propagandas em eventos realizados na cidade.
-Crédito;
Como destacado por Silveira (2007), as transformações atuais ocorridas
no circuito inferior também podem ser observadas na relação ao crédito, pois as
camadas da sociedade inseridas no circuito inferior passam a usufruir, cada vez
mais, de linhas de crédito, pois a organização do sistema financeiro ligado ao
circuito superior se utiliza do crédito para drenar a renda dos inseridos no
circuito inferior.
Nas cidades locais híbridas, das empresas entrevistadas, 100%
declararam nunca terem recebido ajuda governamental, como empréstimos para
manutenção dos estabelecimentos, dentre outros. Considerando que a relação
entre capital da empresa e renda familiar é intensa, podemos dizer que a
questão do crédito pode estar atrelada a dimensão pessoal, mesmo que este seja
utilizado na empresa e, como aponta Silveira (2007) à expansão dos nexos
financeiros – crédito – se relaciona à população inserida no circuito inferior,
drenando a renda dos que estão inseridos nesse circuito, aumentando a pobreza
do circuito inferior e as conexões entre os circuitos da economia urbana.
103
Ainda no sentido dos nexos entre os circuitos, destacamos, novamente, a
vida de relações, mas, também, a presença das usinas e/ou destilarias na região
e a cooperativa de consumo de Inúbia Paulista, que geram processos que
fortalecem a presença do circuito inferior da economia urbana nessas
localidades.
A grande quantidade de usinas e/ou destilarias na região da Nova Alta
Paulista, pauta-se, na monocultura com concentração de terra e renda
desapropria os camponeses de suas terras. Esses, por sua vez, passam a residir
nas cidades e com o tempo vivenciam ainda mais o empobrecimento,
participando, desta maneira, como consumidores – como já o faziam – e
também passam a constituir o circuito inferior enquanto trabalhadores desse
circuito.
Pensando na mecanização da cana-de-açúcar, processo que começa a se
devolver na região, pode-se dizer que os trabalhadores manuais dessa
monocultura vivenciam a substituição da mão de obra humana pela mecanizada
e esse processo leva, consequentemente, ao aumento do desemprego. Um
exemplo claro desse fator pode ser observado na substituição da plantação
manual da cana-de-açúcar pela mecanizada11. Nesse sentido, o circuito inferior
se reforça ainda mais nessas cidades locais híbridas perpetuando a pobreza, mas
sendo a única opção de obtenção de renda.
Ainda nesse sentido, destacamos a presença da cooperativa de consumo
na cidade Inúbia Paulista que gera um elevado fluxo de pessoas para a cidade
contribuindo para o fortalecimento e, ao mesmo tempo, enfraquecimento do
circuito inferior. Ao possibilitar a aglomeração de diversos camelôs nos seus
arredores, ou seja, proliferam pequenos trailers de venda de lanches, pastéis
etc., vendedores de roupas e outros produtos aumenta em quantidade e
dinamiza o circuito inferior, mas, também enfraquece o pequeno comércio ligado
11
Segundo informações obtidas no trabalho de campo para o plantio manual são
necessários: 2 tratoristas para preparar a terra; 5 ônibus de trabalhadores para o corte
da muda; um operador de carregadeira para o transporte das mudas; diversos
motoristas de caminhão para o transporte de mudas do local de corte para o de plantio;
aproximadamente dois ônibus de trabalhadores para distribuir as mudas nas valas de
plantio e; um tratorista para cobrir as valas e aplicar defensivo agrícola; já para o plantio
mecanizado tem-se: um maquinista que opera a cortadeira; 2 tratoristas que transferem
as mudas para dois caminhões e; três tratoristas que transferem as mudas para a
plantadeira que executa todo o processo final de plantio.
104
ao circuito inferior existente na cidade, justamente, pela presença da
cooperativa12.
Dentre as três cidades analisadas, podemos perceber que Flora Rica, na
estruturação do circuito inferior da economia urbana foi à localidade que menos
absorveu as transformações do período atual. A dinâmica do circuito inferior
presente nesse aglomerado, mantém, dentre as três cidades, o modelo de
organização mais primitivo, com menos inserção de tecnologia, dentre outros. E
a pobreza urbana, como nas demais localidades continua sendo parte de seu
conteúdo estruturador.
Mariápolis e Pracinha, mesmo de maneira mais lenta, inserem na dinâmica
do circuito inferior transformações tangenciadas pelos processos de
modernização tecnológicos, mas, ao mesmo tempo, mantém elementos
característicos do circuito inferior da economia urbana observados na década de
1970.
Assim, diante do exposto, para as cidades locais híbridas analisadas por
nós, podemos refletir sobre as características dos circuitos da economia urbana,
principalmente do circuito inferior. Porém, destacamos que as ponderações sobre
o circuito superior, no quadro dois, vem substanciadas pelo referencial teórico
utilizado nesse trabalho e para o circuito inferior as informações referem-se às
dinâmicas presentes nas cidades locais híbridas.
12
Para discussões referente a cooperativa de consumo na cidade Inúbia Paulista
consultar Roma e Vieira (2009).
105
Quadro 2
Características dos Dois Circuitos da Economia Urbana
Circuito Superior Circuito Inferior
Tecnologia capital intensivo trabalho intensivo, mas adoção
de tecnologia
Organização do trabalho burocrática primitiva mesmo com introdução
de tecnologia
Capital elevado reduzido
Emprego reduzido volumoso
Relações de trabalho assalariado dominante Familiar e assalariado
Estoques quantidade reduzida pequena quantidade
alta qualidade qualidade inferior
Preços fixos (em geral) submetida à discussão entre
comprador e vendedor
Crédito bancário institucional pessoal não-institucional
Margem de Lucro reduzido ou por unidade, mas elevado por unidade, mas
importante pelo volume de pequena em relação ao volume
negócios de negócios
13
Nesse capítulo estamos aprofundando as analises a partir da realidade empírica
de três cidades: Mariápolis, Pracinha e Flora Rica, assim, se repete a apresentação da
tabela um – Mariápolis e os meios de consumo coletivo e individuais e os principais locais
de consumo – para facilitar a leitura do trabalho). No entanto, pontuamos que para todas
as cidades locais híbridas do nosso recorte empírico, também foram levantados os
mesmos dados os quais se encontram em anexo.
106
complementariedade e dependência das cidades locais híbridas às localidades
com funções urbanas mais desenvolvidas e, dessa forma, como essa vida de
relações se materializa em práticas socioespaciais, permitindo-nos compreender
como a urbanidade dessas localidades se expressa no outro e o processo de
segregação socioespacial interurbana, intrínseco. Como, também, observar a
relação entre os circuitos da economia urbana na escala interurbana. (tabelas
cinco, seis e sete)
Tabela 5
Flora Rica
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Principais locais de consumo - 2010
MEIOS DE CONSUMO COLETIVO
E
x Hospital
i onde obtém o serviço Frequência %
s Sim Não
t Junqueirópolis 27 35,53
ê Junqueirópolis/Dracena 25 32,89
X
n
Junqueirópolis/Dracena/P. Prudente 10 13,16
c
i Dracena 4 5,26
a Dracena/Presidente Prudente 6 7,89
Junqueirópolis/Presidente Prudente 3 3,94
n Dracena/Adamantina 1 1,32
a
onde obtém o serviço Frequência %
c Posto de saúde
i
d Sim Não
a X Flora Rica 76 100
d Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
e (particular)
Sim Não Dracena 18 23,68
X Junqueirópolis/Dracena/P. Prudente 6 7,89
Dracena/P. Prudente 16 21,05
Junqueirópolis/Dracena 10 13,16
Presidente Prudente 5 6,58
Junqueirópolis 9 11,84
Marília 1 1,32
Junqueirópolis/Presidente Prudente 1 1,32
Dracena/Junqueirópolis/Adamantina 2 2,63
Não utiliza 8 10,53
Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
(público/particular)
Sim Não Flora Rica 56 73,68
X Flora Rica/Dracena 4 5,26
Junqueirópolis/Presidente Prudente 1 1,32
Irapuru/Flora Rica 1 1,32
Dracena 3 3,94
Irapuru 4 5,26
Não utiliza 7 9,21
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Flora Rica 1o 13,16
X Não utiliza 83 83,00
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Flora Rica 73 96,05
X Flora Rica/Presidente Prudente 1 1,32
Não utiliza 2 2,63
107
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
108
Tabela 6
Mariápolis
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual -
Principais locais de consumo - 2010
MEIOS DE CONSUMO COLETIVO
E
x Hospital
i onde obtém o serviço Frequência %
s Sim Não
t Adamantina 85 85,00
ê Adamantina/Marília 7 7,00
X
n
Adamantina/Presidente Prudente 2 2,00
c
i Adamantina/Marília/Pte Prudente 1 1,00
a Presidente Prudente/Marília 1 1,00
Marília 1 1,00
n Presidente Prudente 1 1,00
a
Não utiliza 2 2,00
c onde obtém o serviço Frequência %
i Posto de saúde
d
a Mariápolis 95 95,00
Sim Não
d
e X Mariápolis/Adamantina 2 2,00
Não utiliza 3 3,00
Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
(particular)
Sim Não Adamantina 79 79,00
X Adamantina/Presidente Prudente 5 5,00
Adamantina/Lucélia 2 2,00
Adamantina/Marília/Pte Prudente 2 2,00
Presidente Prudente 2 2,00
Adamantina/Tupã 1 1,00
Adamantina/Marília 1 1,00
Adamantina/Dracena/Pte Prudente 1 1,00
Marília 1 1,00
Lucélia 1 1,00
Não utiliza 5 5,00
Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
(público/particular)
Sim Não Mariápolis 65 65,00
X Adamantina 16 16,00
Adamantina/Mariápolis 4 4,00
Não utiliza 15 15,00
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Mariápolis 17 17,00
X Não utiliza 83 83,00
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Mariápolis 92 92,00
X Adamantina 1 1,00
Não utiliza 7 7,00
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
E
x Hospital
i onde obtém o serviço Frequência %
s Sim Não
t Lucélia 56 86,15
ê Lucélia/Adamantina 5 7,69
X
n
Lucélia/Marília 2 3,08
c
i Lucélia/Marília/Presidente Prudente 1 1,54
a Lucélia/Presidente Prudente 1 1,54
onde obtém o serviço Frequência %
n Posto de saúde
a
Sim Não
Pracinha 65 100,00
c X
i Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
d (particular)
a Sim Não Lucélia 23 35,38
d X Lucélia/Adamantina 12 18,46
e Adamantina 7 10,77
Lucélia/Presidente Prudente 5 7,69
Presidente Prudente 3 4,61
Adamantina/Presidente Prudente 2 3,08
Adamantina/Osvaldo Cruz 2 3,08
Marília/Presidente Prudente 1 1,54
Osvaldo Cruz 1 1,54
Marília/Tupã 1 1,54
Osvaldo Cruz/Presidente Prudente 1 1,54
Lucélia/Dracena/Adamantina 1 1,54
Lucélia/Adamantina/Tupã 1 1,54
Não Utiliza 5 7,69
Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
(público/particular)
Sim Não Pracinha 42 64,61
110
X Lucélia 5 7,69
Lucélia/Pracinha 4 6,15
Adamantina 3 4,61
Lucélia/Adamantina 2 3,08
Não utiliza 9 13,85
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Pracinha 4 6,15
X Lucélia 1 1,54
Não utiliza 60 92,31
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Pracinha 62 95,38
X Pracinha/Lucélia 2 3,08
Não utiliza 1 1,54
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
111
percentual é de 95%, sendo que 2% declararam utilizar concomitantemente em
Mariápolis e Adamantina e 3% não utilizam.
O acesso aos serviços de dentista (público e particular) apresenta a
seguinte proporção, dos entrevistados - 73,68%, 65%, 64,61%, para Flora Rica,
Mariápolis e Pracinha , respectivamente. Utilizam-no na localidade os demais, ao
mesmo tempo, tem acesso ao serviço na própria cidade como em outros
aglomerados. Dentre os entrevistados os que declararam não utilizar-se dos
serviços, perfazem 9,21% para Flora Rica, 15% para Mariápolis e 13,85% para
Pracinha.
No que concerne aos serviços de saúde devemos destacar que os
atendimentos realizados nos postos de saúde são destinados para atender
apenas procedimentos básicos, como pequenos curativos e inalações e as
especialidades médicas existentes são: clínico geral (para as três cidades, com
atendimento diário no período matutino em todas elas), ginecologista (no
período matutino, duas vezes na semana para Flora Rica e Pracinha e
diariamente em Mariápolis), pediatra (Mariápolis e Flora Rica, duas vezes na
semana, no período matutino) e ortopedista (apenas Mariápolis, duas vezes na
semana, no período vespertino) e, ainda, para Mariápolis tem-se o atendimento
odontológico (diariamente, no período vespertino e noturno). Para Flora Rica e
Pracinha o horário de funcionamento do posto de saúde é de segunda a sexta
feira, das 7h00 às 17h00. Em Mariápolis o atendimento no posto se estende até
as 21h, mas somente para o serviço odontológico. O posto de saúde não
funciona no período noturno, aos sábados, domingos e feriados, faz parte da
política municipal pela autonomia que exerce para decidir/investir nisto.
Assim, intensifica-se a necessidade de deslocamentos por parte da
população para ter acesso aos serviços de saúde, como constatado nos índices
de deslocamentos para os hospitais e médico particular, fortalecendo a
indissociabilidade entre espaços intra e interurbano. Este fator é um dado do
funcionamento das redes urbanas e a lógica por trás dessa vida de relações é a
divisão territorial do trabalho.
Os serviços de alta complexidade, por uma questão de escala, devem
estar localizados nos maiores centros. No entanto, os moradores das cidades
locais híbridas precisam se deslocar para terem acesso a esses serviços e podem
112
morrer no caminho14. Uma pessoa que teve um enfarto, por exemplo, se mora
perto de um hospital, pode, ainda, ter recurso de emergência (cateterismo, por
exemplo). Contudo, é inviável instalar os serviços de alta complexidade em cada
local, mas, o fato de morar nas cidades locais híbridas os coloca em
desvantagem do ponto de vista de acesso aos recursos tecnológicos, que são
seletivos.
Esse fator penaliza ainda mais os moradores dessas localidades,
considerando que os postos de saúde realizam procedimentos muito
elementares, não dispondo de recursos suficientes para um bom atendimento
entre os primeiros socorros, na cidade local híbrida, e o atendimento nos
hospitais localizados nas cidades sub-regionais ou médias.
No Brasil observamos grandes barreiras no acesso aos serviços
ambulatoriais e hospitalares, embora a saúde seja direito de todos, com acesso
universal e igualitário e essas barreiras, dentre outros fatores, são impostos pela
indisponibilidade da oferta de serviços básicos e especializados à grande maioria
da população (GUIMARÃES; AMARAL; SIMÕES, 2006, p. 17). E os autores
acrescentam:
14
Conforme relatado por entrevistados na cidade de Arco-Íris, uma moradora da
cidade teve parada cardiorrespiratória e no deslocamento para a cidade de Tupã veio a
óbito.
113
meios de consumo coletivo fazem parte das áreas opacas, no sentido da
racionalidade na distribuição dos equipamentos e serviços de saúde. Não
estamos dizendo que essa população não tenha acesso a esses recursos, pois
podem ser encaminhados para centros maiores, mas, o fator deslocamento ou a
falta de recursos financeiros os coloca em desvantagem em relação aos recursos
tecnológicos.
Portanto, Silveira (2007, p 11 e 12) destaca que a consequência desse
processo é que são privilegiados áreas e pontos em detrimento de extensas
partes, assim se “produz uma enorme dívida social” e acrescenta que não é
inerente ao princípio organizacional dos agentes hegemônicos a busca de justiça
espacial, como destaca vários autores, ao contrário, a globalização tal como é
aceita somente fortalece as polarizações socioespaciais e seu corolário “es la
escasez de recursos, bienes y servicios universales en el resto del territorio y,
por ello, un desigual ejercicio de la democracia, llevando a su fragilidad como
condición de vida de una sociedade”.
A desvantagem no acesso aos serviços universais, tanto os ditos “raros”
como os que deveriam ser básicos, são negados a essa população fragilizando a
vida em sociedade. Assim, o acesso desigual aos serviços e equipamentos de
saúde sendo um fator que aufere nas condições de vida desses moradores, indica
a ocorrência do processo de segregação socioespacial interurbana.
E, ainda mais, reforça a pobreza política que discutimos no capítulo dois,
demonstrando-nos que o circuito de pobreza perpassa por diferentes vieses e as
questões não são estanques ou lineares, se perpassam. Silveira (2007, p. 16)
destaca que os nexos do individualismo mercantil substituem os nexos da vida
coletiva, e acrescenta:
116
deslocamento, ou seja, essa população está em desvantagem e limitada pelo
deslocamento, reforçando o processo de segregação socioespacial interurbana.
Ainda referente aos dados das tabelas acima, pontuamos o acesso aos
bens individuais que, para nossa análise, destaca-se o comércio alimentar,
confecções, calçados e armarinhos.
Assim, para a cidade de Flora Rica o acesso da população se distribui da
seguinte forma: para o comércio alimentar os que declararam consumir somente
na cidade de Flora Rica perfazem somente 10,53% dos entrevistados, e para
confecções, calçados e armarinhos esses são apenas 3,94%. O acesso dos
demais se distribuem entre as cidades de Dracena, Adamantina, Amelianópolis,
Pacaembu, Irapuru, Inúbia Paulista, Junqueirópolis e Presidente Prudente.
Na cidade de Mariápolis, referente ao acesso ao comércio alimentar,
temos: 34,00% dos entrevistados consomem somente na localidade, os que
declararam consumir, concomitantemente, em Mariápolis e Adamantina são
22,00%, 37,00% afirmaram consumir exclusivamente em Adamantina e os
demais se distribuem entre Inúbia Paulista e Presidente Prudente. Para
confecções, calçados e armarinhos o percentual dos que somente tem acesso na
cidade é de 5,00%, os que utilizam em Mariápolis e Adamantina são 12,00% e
somente em Adamantina 73,00%, os demais para as mesmas cidades do
consumo alimentar.
Para Pracinha, os entrevistados que consomem o comércio alimentar
exclusivamente no aglomerado tem-se um percentual de 56,92%, os que
declararam consumir, simultaneamente, em Pracinha e Lucélia perfazem
13,85%, unicamente em Lucélia 20,00% e Inúbia Paulista 9,23%. Já o acesso a
confecções, calçados e armarinhos nenhum dos entrevistados declarou consumir
esses produtos somente na cidade e 4,61% utilizam-se destes em Pracinha e
Lucélia, e 69,23% exclusivamente em Lucélia e 10,77% em Adamantina, os
demais na cidade de Osvaldo Cruz e Presidente Prudente. Segundo
entrevistados, a predominância de utilização do comércio alimentar na própria
cidade se dá devido à possibilidade de comprar “fiado” e o valor dos produtos
não diferir muito dos encontrados em outras localidades, diferentemente do que
observamos nas demais cidades.
Pela prevalência do circuito inferior da economia os índices de
deslocamentos necessários para obtenção de boa parte dos meios individuais de
reprodução, acoplado ao fator custo financeiro, coloca a população em
desvantagem de acesso. Assim, essa população tem acesso aos bens individuais
117
na própria localidade ou em outras cidades, mas, no geral, pagando um preço
mais elevado nos bens e produtos.
Ao correlacionarmos os deslocamentos necessários para acesso aos meios
de consumo coletivo e individuais para pensar a estruturação do processo de
segregação socioespacial interurbana nos suscita a indagação referente ao
acesso aos bens individuais (pela prevalência do circuito inferior da economia
urbana).
Lojkine (1997 [1981]), como discutimos anteriormente, ao trabalhar com
meios de consumo coletivo, divide esses meios em de consumo coletivo
(necessidade social) e consumo individual – organização do processo de
consumo –; o consumo individual pode ser aulas, por exemplo, mas, também,
meio de subsistência e o valor de uso desses se cristaliza no próprio objeto
material. Assim, para o autor, os meios de consumo individuais são meios de
reprodução da força de trabalho e do capital, auxiliares do ponto de vista social.
Somente analisando os deslocamentos necessários para se ter acesso ao
consumo individual não podemos dizer que se estrutura o processo de
segregação socioespaical interurbana, pois esses são auxiliares do ponto de vista
social e não uma necessidade social.
Ainda no sentido de pensar o acesso aos bens individuais e sua correlação
ou não com o processo de segregação socioespacial, podemos utilizar-nos das
ponderações realizadas por Sposito (2011, p. 131):
119
Tabela 8
Flora Rica
Relação interurbana com Dracena - 2010
Fluxo
Ocorrência Frequência %
1 vez na semana 5 6,58
2 vezes na semana 10 13,16
3 vezes na semana 4 5,26
4 vezes na semana 1 1,32
Raramente 8 10,53
Sempre 3 3,94
Quando necessita 45 59,21
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Tabela 9
Mariápolis
Relação interurbana com Adamantina - 2010
Fluxo
Ocorrência Frequência %
1 vez na semana 20 20,00
2 vezes na semana 10 10,00
3 vezes na semana 6 6,00
4 vezes na semana 2 2,00
5 vezes na semana -- --
6 vezes na semana -- --
7 vezes na semana -- --
Raramente 7 7,00
Sempre -- --
Quando necessita 55 55,00
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Tabela 10
Pracinha
Relação interurbana com Lucélia - 2010
Fluxo
Ocorrência Frequência %
1 vez na semana 4 6,15
2 vezes na semana 6 9,23
3 vezes na semana 4 6,15
4 vezes na semana -- --
5 vezes na semana 1 1,54
6 vezes na semana -- --
7 vezes na semana 4 6,15
Raramente 4 6,15
Sempre 7 10,77
Quando necessita 35 53,85
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
120
Dentre os entrevistados os maiores índices de deslocamentos para as três
cidades está na categoria “quando necessário”, o que evidencia que para
qualquer coisa que necessite a população se desloca para outras localidades.
Segundo os entrevistados, existem semanas em que não há necessidade de
deslocamento, mas, em outras seja indispensável ou até mesmo ocorra várias
vezes na semana. Seguido das ocorrências que indicam uma a duas vezes na
semana, e para cidade de Pracinha, também se expressa a ocorrência sete vezes
na semana e sempre. Os que declararam se deslocar raramente perfazem
10,53% para Flora Rica, 7% para Mariápolis e 6,15% para Pracinha.
A intensa vida de relações interurbanas nos demonstra que as cidades
locais híbridas, pela incipiência dos meios de consumo coletivo e bens de
consumo individual, dependem das demais cidades da rede urbana e, também,
como esses fatores estão relacionados às condições de vida das pessoas
residentes nesses aglomerados. Assim, a lógica dessa vida de relações se
apresenta na divisão territorial do trabalho nos permitindo entender, a partir dos
dados de deslocamentos, por exemplo, como se dão as práticas socioespaciais da
população, como se apresenta a indissociação entre os espaços intra e
interurbano, a dependência e complementariedade.
Ainda nesse sentido, apresentamos as observações dos entrevistados
sobre a própria cidade, como sua relação com o outro – demais localidades com
as quais mantém relações. Assim, destacamos que as questões postas não
significam somente um dado da divisão territorial do trabalho ou hierarquia
urbana, mas reforçam, como demonstramos, uma desvantagem, uma limitação
ou não acesso aos recursos tecnológicos, uma possibilidade de melhor impacto
na questão ocupação-renda e no acesso ao lazer.
Quando analisamos as Tabelas 22, 45 e 62, em anexo – os entrevistados e
a cidade (você gosta de morar na cidade?) – nas quais se apresentam as
opiniões dos moradores sobre a cidade, observamos que as justificativas porque
não gostam de morar no local estão relacionados à dificuldade de acesso aos
equipamentos e serviços urbanos na própria cidade, a dependência da cidade em
relação às outras cidades da rede urbana e a questão relacionada ao emprego
e/ou trabalho, assim para Flora Rica destaca-se: “não tem emprego”; “falta
tudo”. Para Mariápolis apresenta-se as seguintes questões: “não tem emprego e
não proporciona oportunidades”; “tudo depende de Adamantina”; “falta de
acesso ao comércio”. Para Pracinha “muito calma não tem lazer”; “não tem
opção”; “para ganhar dinheiro tem que sair”; “não tem opção de emprego”.
121
Observa-se que os assuntos discutidos acima retornam nas ponderações
dos entrevistados. Pois, ao apontarem a questão do emprego, ou poderia ser
trabalho, demonstra que a prevalência do circuito inferior, mesmo gerando
emprego e renda, não é capaz de suprir a oferta de mão de obra, pelo número
reduzido, perpetuando a pobreza. Mas, também, se inscreve o fato de residir
nessas localidades, ou seja, a necessidade de deslocamento é um fator de
desvantagem para obtenção de emprego, como destaca a entrevistada de 18
anos, desempregada da cidade de Pracinha: “aqui não tem emprego, quando
vamos pedir emprego em Lucélia não podemos falar que moramos em Pracinha,
eles acham que vamos chegar atrasados e tem a questão da passagem”.
Acrescenta-se a isso a questão da ocupação-renda, por não ter emprego e
não ser proporcionado mecanismos como formação profissionalizante e, ainda, o
deslocamento ser mais um limitador ao acesso, no mesmo sentido, para a
questão do lazer.
As informações sobre o entrevistado e a cidade nos quadros três, quatro e
cinco (quais as melhorias que faltam na cidade), também nos permitem perceber
essas questões.
Quadro 3
Flora Rica
O entrevistado e a cidade - 2010
Quais as melhorias que faltam em Flora Rica?
Esporte, lazer, educação e saúde Mais comércio, mais emprego e mais lazer
Conservação do asfalto Emprego para os jovens
Mais médicos e médico 24 horas Indústrias
Lazer e emprego para os jovens Emprego
Lazer para crianças e jovens Mais supermercado e comércio forte
Escola Emprego para as pessoas não irem embora
Mais horários de ônibus Emprego para tirar da cana-de-açúcar
Policiamento Farmácia
Conservar a cidade Emprego para mulher
Terminar a piscina pública Construir outra cidade
Esporte Faltam muitas coisas
Limpeza pública Falta tudo e um pouco mais
Melhorar administração há mais de 20 anos está Não sabe
parada Não falta nada
Vereadores acomodados
Assistência social para população
Mais casas populares
Ensino profissionalizante
População depende muito da assistência social,
diminuir isso
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
122
Quadro 4
Mariápolis
O entrevistado e a cidade - 2010
Quais as melhorias que faltam em Mariápolis?
Rodoviária Emprego
Lazer Mercados, lojas e fábricas
Médicos plantonistas Industrias
Mais policiamento Emprego para os jovens
Mais médicos no posto de saúde Comércio
Pavimentação Incentivo a lavoura
Lazer para as crianças Fábrica para as mulheres
Hospital Uma cooperativa, fábrica de bolsas, roupas
Pronto socorro Feira livre
Mais vagas na creche, faculdades Médico direto, dia e noite, para não precisarmos
Melhorar qualidade da creche ir para Adamantina
Mais limpeza pública Médico que morasse na cidade
Conservação dos espaços públicos Pavimentação para melhorar acesso a Presidente
Conservar a cidade como um todo – limpeza, Prudente
ruas, campo de futebol e asfalto Melhorar conservação da vicinal (asfalto) entre
Não fechar posto de saúde nos feriados Mariápolis e Adamantina
Academia ao ar livre Fábrica, para as mulheres não precisarem ir para
Ginástica para terceira idade Adamantina
Mais remédio no posto de saúde Cursos profissionalizantes
Lazer para idosos Casas populares
Saneamento básico Assistência social
Transporte Tudo bom, acostumado a sofrer
Ambulância pequena para Marília Tudo bom
Melhorar atendimento no posto de saúde Bastante coisa
Maior número de médicos e mais horários de Falta tudo
atendimento Menos fofoca
Se as melhorias dependerem do prefeito
estamos enrolados, precisa mudar a política
Atendimento sem preferências no posto de
saúde
Mais democracia no clube dos idosos
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 5
Pracinha
O entrevistado e a cidade - 2010
Quais as melhorias que faltam em Pracinha?
Lazer, atendimento de saúde Emprego
Lazer para jovens, crianças Emprego para jovens quase todos tem que sair
Mais horários de ônibus para arrumar emprego fora
Hospital, pronto socorro Emprego para mulheres
Bons médicos plantonistas Emprego para tirar do facão
Festas, mais movimento Fábricas, indústrias
Acabar a construção das casas populares Mais lavouras, café, tomate, feijão
Eleição roubada Mais comércio
Melhor organização Mais facilidade de acesso à cidade
Eles estão fazendo, mas a cidade é pequena é Seria bom não precisar sair da cidade para tudo
não tem muito recurso A cidade não vai para frente porque nada se
Tudo bom, quando não tem serviço o prefeito instala aqui
ajuda com comida Aqui não tem emprego, quando vamos pedir
Melhorar o prefeito emprego em Lucélia não podemos falar que
Tudo bom, depois que entrou esse prefeito as moramos em Pracinha eles acham que vamos
coisas ficaram melhor chegar atrasados e tem a questão da passagem
Cursos profissionalizantes Falta quase tudo
Tudo bom
De tudo um pouco
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
123
pobreza política, ao desemprego, mas, também, uma parcela das respostas está
correlacionada aos deslocamentos, dependência a outras cidades e acesso aos
equipamentos e serviços urbanos e individuais.
Dentre essas destacamos as questões referentes aos serviços de saúde
para os quais as principais indagações são a falta de médicos, principalmente de
médicos plantonistas, pronto socorro, não fechamento e mais horários de
funcionamento; a questão do lazer e dos relacionados aos bens e serviços
individuais.
Também nas tabelas 23, 46 e 63, em anexo – o entrevistado e a cidade
(você gostaria de morar em outra cidade?) – observamos que dos entrevistados
que declararam que gostariam de morar em outras localidades os motivos,
dentre outros, foram para Flora Rica “mais opção de emprego”; “mais eventos
culturais, acesso a projetos e oficinas culturais”. Para Mariápolis “mais emprego”;
“ficar mais perto de supermercados, lojas e hospitais”; “uma cidade onde tudo
seja mais fácil, médicos, hospitais, lojas, serviços”. Para Pracinha, destaca-se
“mais opção de emprego”; “Adamantina, tem mais lazer e emprego”.
Na relação com o outro, ou seja, na comparação entre a cidade local
híbrida e a cidade com a qual a população mantém maior interdependência, as
questões apontadas, igualmente, destacam o acesso aos equipamentos e
serviços urbanos, os deslocamentos, a dependência, ou seja, fatores
correlacionados à vida de relações com as demais localidades – Quadros 47, 31,
15 – (em anexo) - o entrevistado e as relações interurbanas (O que você acha de
Lucélia, Dracena, Adamantina, para os entrevistados de Pracinha, Flora Rica e
Mariápolis, respectivamente) – os fatores de maior expressividade foram: ”mais
facilidade de acesso”; “mais bancos, opção de compras, tudo”; “cidade maior, a
população não precisa sair para fazer compras”; “cidade maior, mais
possibilidade de acesso aos serviços e infra-estruturas urbanas”; “bastante opção
para as crianças no lazer, mais faculdades”; “mais facilidade de acesso”;
“melhor, tem hospital e médicos”; “tem faculdade e a escola técnica é boa”;
“dependemos muito de Adamantina”; “tudo de melhor, carro, som..... tem
escolhas coisa que em Mariápolis não tem”; “comércio mais dinâmico e melhor
preço”; “tem opção de escolhas”.
Esses dados confirmam a dependência dos moradores das cidades locais
híbridas em relação a outras localidades, principalmente Lucélia, Adamantina e
Dracena, por oferecerem mais recursos referentes aos meios de consumo
coletivo e individuais. Portanto, a incipiência dos equipamentos e serviços
124
urbanos implica uma vida de relações, pois, mesmo sendo capaz de responder às
necessidades vitais mínimas de sua população, suas demandas são supridas,
necessariamente, em outras localidades e é justamente essa interdependência
com outros centros que possibilita a permanência de cidades locais híbridas,
mas, por outro lado, a perda relativa de centralidade.
Assim, a dependência e a falta de opção é um dado da realidade que se
processa na estruturação da segregação socioespacial interurbana. A população,
em determinados momentos, deixa de realizar atividades ou ter acesso aos
meios de consumo coletivo e individuais pelo motivo deslocamento e, a falta de
acesso ou acesso limitado aos equipamentos e serviços de saúde, educação
(principalmente cursos profissionalizante), lazer/cultura, comércio são privações
que penalizam as condições de vida da população indo de encontro à justiça
social e espacial.
Nesse sentido, a dependência das relações interurbanas para suprir a
necessidade da população, no que tange aos meios de consumo coletivo e
individuais, demonstra que as cidades locais híbridas não podem ser analisadas
como uma totalidade, mas na interdependência todo-parte. Esse processo
revela-nos que a totalidade dos processos sociais existentes nas cidades locais
híbridas se processa nas relações entre elas e as demais cidades da rede urbana.
Porém essa totalidade é menor e inserida na totalidade da formação
socioespacial brasileira (SANTOS, 1977).
Santos (1985) indica que sendo a função, ação, a interação supõe
interdependência funcional e nos estudos das interações que se recupera a
totalidade social, ou seja, o espaço como todo. No caso em análise essa
interdependência funcional pela sua intensidade se revela enquanto práticas
socioespaciais.
Pensar sobre os pares dialéticos todo-parte no processo de segregação
socioespacial na escala interurbana nos remete às distinções de Sposito (2004),
entre continuidade/descontinuidade territorial e continuidade/descontinuidade
espacial. Para Sposito (2004, p. 204) a análise da descontinuidade territorial é
diferente de se avaliar a continuidade ou descontinuidade espacial:
125
equipamentos que possibilitam os deslocamentos e os contatos
(veículos automotivos, antenas, microcomputadores etc).
Quando essas duas dinâmicas – descontinuidade territorial e
continuidade espacial – ocorrem simultaneamente e se articulam,
pode se reconhecer, no plano da forma urbana, a constituição de
rupturas no tecido urbano e, no plano das dinâmicas e processos,
a realização da integração espacial. (grifo do autor)
126
Assim, retomando Santos (2004, p. 338), “a rede urbana não tem,
portanto, o mesmo significado para as diferentes camadas socioeconômicas”.
Mesmo analisando uma sub-totalidade da rede urbana podemos dizer que as
pessoas de maior poder aquisitivo residentes nas cidades locais híbridas têm
acesso à cidade como totalidade por meio dos deslocamentos interurbanos desse
segmento social. É desta forma que a parte (cidade local híbrida) e o todo
(relações interurbanas) sejam apreendidos como totalidade. No entanto, os de
menor poder aquisitivo tem menos possibilidade de consumir e se apropriar da
cidade (cidade local híbrida e relações interurbana) enquanto totalidade, pois
esbarram em suas condições econômicas, que os tornam prisioneiros da parte
(cidade local híbrida)15.
Assim, partindo das premissas de incipientes funções urbanas, da
dificuldade de acesso aos meios de consumo coletivo e individuais, da
dependência de bens e serviços disponíveis em outras cidades, podemos
questionar o caráter urbano das cidades locais híbridas.
15
Consideramos que a “totalidade” dos processos que estamos nos referindo não
está restrita a esse recorte de análise, sendo uma abstração considerar os processos
enquanto totalidade, pois são tantos outros nexos que podem ser utilizados para
entender o mesmo processo que a totalidade somente se explica enquanto um método
de apreensão da realidade de acordo com o objetivo proposto para análise.
127
Dito de outra maneira, a vida de relações entre as localidades é intensa,
se completam e se conflitam, e as interações passam a representar e objetivar-
se como práticas socioespaciais e essas práticas dão conteúdo à vida de relações
as transformando em conteúdos urbanos. Assim, dizer que a urbanidade se
expressa no outro demostra que o conteúdo urbano das cidades locais híbridas
deixa de ser restrito a sua unidade e se estabelece na interconexão e nos fluxos
que expressam um conteúdo relacional.
O questionamento da existência ou não do caráter urbano dessas
localidades pode ser analisado para além das funções urbanas, considerando que
são lugares de moradia, das relações de vizinhança, amizade, política e conflitos
e, também, pode ser apreendido por meio da análise das concepções de cidade
que seus próprios moradores têm, ainda que o discurso que elaborem esteja
fortemente marcado pelas imagens hegemônicas de cidades grandes
apresentadas pela mídia, pelos livros, sobretudo, didáticos e, por outros gêneros
de literatura.
Mesmo as funções urbanas sendo incipientes, os deslocamentos
necessários e a pobreza, característicos desses espaços, a maior parte dos
entrevistados residentes nas cidades locais híbridas declarou gostar de morar na
cidade e apontou como principais fatores: “pessoas se tratam como irmão, todo
mundo se preocupa comigo”; “conhece todo mundo na cidade”; “amizade”;
“liberdade”; “tranquilidade”; “sem violência”; “não tem roubos”; “não tem muita
droga e tiroteio”; “casa própria”; “só sai da cidade quando morrer”; “criou os
filhos e foi criado já estamos aqui por três gerações”; “é uma família”.
Essas questões elucidam a vida em comunidade muito característica de
um modo de vida rural, mas, igualmente, um modo de vida urbano que se faz
presente em relações não estritamente econômicas numa perspectiva que pensa
o urbano em uma multiplicidade de aspectos. Esse ponto reafirma a tríade
rural/urbano/agrícola enquanto possibilidade de leitura da realidade dessas
localidades elucida que mesmo esses espaços se estruturando com base na
amizade, na moradia, no conhecimento mútuo, no pertencimento ao local,
atributo de um modo de vida rural, os ritmos e signos urbanos também se
perfazem através das funções urbanas que negam e afirmam a urbanidade, nas
dinâmicas políticas.
Assim, mesmo que as funções urbanas econômicas possam negar em
certos momentos o urbano, elas próprias e as demais relações o reafirmam,
demostrando à complexidade do urbano.
128
A análise da concepção de cidade dos entrevistados nega e, ao mesmo
tempo, reafirma as cidades locais híbridas enquanto urbanas, conforme
observamos nos quadros seis, sete e oito.
Quadro 6
Flora Rica
Concepção de cidade dos entrevistados - 2010
Os entrevistados e a definição de cidade
Definição
Cidade maior, grande Saúde, comércio, prefeito, Segurança
Onde tenha de tudo população Opção de vida
Maior que essa Tenha lazer e Oportunidades
Melhor que Flora Rica supermercados Coisa boa
Com mais mercados Bastante comércio Calma e tranquilidade
Grande movimentação Lugar que tenha conforto, Onde se encontra tudo de
Que seja grande mais médicos e escolas bom e ruim
sem violência Que tenha emprego e
São Paulo, grande e tudo mais, mas que não
agitada seja grande e não tenha
Toda estrutura para não violência
precisar sair do seu lugar Flora Rica já é cidade boa
Rio de Janeiro Onde tem muita violência
Tenha muitos habitantes Boa administração
Comunidade Emprego Muito bem cuidada e o
População maior Indústrias povo seja respeitado
Grupo de pessoas Bancos
Local de convivência com Progresso
outras pessoas Desenvolvimento
Moradia Lugar para viver bem, pois Não sabe
Prédios o sítio não dá mais
Calçadão
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 7
Mariápolis
Concepção de cidade dos entrevistados - 2010
Os entrevistados e a definição de cidade
Definição
Lazer Lugar bom de morar Bem grande
Saúde Atormento, medo, Uma coisa grande com
Hospital agitação transito, poluição
Médicos, escolas e Correria e atormento Lugar maior,
serviços em geral Moda prosperidade
Eventos Sossego, descanso Tem que ter tudo, para
Limpeza Centro da sociedade, não precisar sair da sua
Ter praça de lazer e recursos cidade, como acontece
vários restaurantes Muita coisa, advogados com Mariápolis
Tenha tudo, recursos etc. Maior, que tenha tudo
médicos, saúde e lazer Lugar para morar Adamantina é cidade,
Posto de saúde tranquilo tem de tudo,
Tenha rodoviária Dificuldades movimento
Lugar com prefeitura Violência Não precisar sair do seu
Lugar que tenha Lugar que tenhamos lugar para ir longe
prefeito, banco, posto dignidade, respeito e Igual à cidade de
de saúde cidadania Marília
Tem que ter de tudo, Conforto Tem que ter de tudo,
fábricas, lazer Vida melhor médico, trabalho -
Lugar que tem tudo exemplo a cidade de
Ter conforto, como Adamantina
lazer, médicos, Cidade grande como
emprego Presidente Prudente
É ter mais estrutura e São Paulo, lá é cidade
não precisar sair Conforto com acesso a
escolas, médicos e
supermercados
melhores – exemplo a
cidade de Adamantina
129
População com mais de
50 mil habitantes
Grande e cheia de
diversão, indústrias
Bauru, Adamantina,
Marília, São Paulo,
Campinas
Tipo Adamantina lá tem
rodoviária, casa da
sopa e vários
supermercados
Quadro 8
Pracinha
Concepção de cidade dos entrevistados - 2010
Os entrevistados e a definição de cidade
Definição
Lugar maior Ofereça lazer Facilidade
Grande, desenvolvida Médicos Tudo de bom
Melhor que Pracinha Infraestrutura Melhor que aqui
Osvaldo Cruz, São Paulo, Lugar com hospital Violência
Presidente Prudente, Escolas Correria
Campinas Recursos Lugar que encontra tudo
Ser grande, muito Água encanada, energia que procura
movimento elétrica, médico, farmácia, Várias coisas
Grande cheia de prédios proximidade do comércio Opção de vida
Um determinado território Tem que ter tudo, lojas Onde podemos resolver
com muita gente e problemas, tarefas
bastante emprego Oportunidade
Ser grande, árvores, Tecnologia
parques Lugar de viver
Conforto
Sossego
Cidade é um lugar para
sobreviver
Pessoas Um lugar onde tem Boa administração, se
Grande movimento emprego, tudo que uma não, não pode ser
Convívio entre as pessoas cidade deve ter chamada de cidade
Conjunto de pessoas Progresso, Organização
desenvolvimento, evolução,
crescimento
Empregos
Comércio
Bancos
Lugar de moradia Não sabe
Casas
Prédios
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
130
As concepções de cidade dos entrevistados contrapõem à diferença
existente entre a vida na cidade e no campo, mas, também, apontam elementos
que negam o urbano das cidades locais híbridas, como por ter hospitais, fábricas,
população com mais de 50 mil habitantes, uma coisa grande com trânsito e
poluição, ou seja, a ideia de cidade relacionada aos serviços e equipamentos
urbanos e de cidade grande são os principais elementos que, na concepção dos
entrevistados, estruturaria uma cidade, portanto negando esses aglomerados
enquanto urbanos.
Mas, ao mesmo tempo, há concepções que reafirmam o urbano, como, por
exemplo, a existência de equipamentos e serviços que atendem as necessidades,
mesmo sendo incipientes como escolas, supermercados dentre outros, ser local
de moradia, a questão da vizinhança, da comunidade e de opção de vida.
Diante das concepções de cidade expressadas pelos entrevistados,
indagamos se sua localidade poderia ser considerada como sendo cidade. Nas
cidades de Flora Rica, Mariápolis, Pracinha e 55,26%, 58,00%, 52,31% dos
entrevistados responderam sim, respectivamente. Enquanto uma parcela
significativa dos entrevistados 47,69%, 42,00% e 44,74%, respectivamente
declarou não considerar sua localidade enquanto cidade, conforme constatamos
nas tabelas subsequentes.
Tabela 11
Flora Rica
Definição de cidade e sua aplicação - 2010
Flora Rica pode ser considerada cidade?
SIM N. % NÃO N. %
42 55,26 34 44,74
Justificativa do Sim Justificativa do não
Tem prefeito Não chega a ser cidade é um distrito
Município é cidade É uma fazenda
Uma vila muito pequena
Patrimônio igual ao sítio
É um município
Comunidade rural
É uma cidade pacata mais é Poucos habitantes
É uma cidade, mas é pequena Muito parada não tem futuro
Tranquila e pequena
É uma cidade, mas precisa melhorar Está se acabando o povo está indo
muito embora
Uma cidadezinha mais ou menos Se melhorar sim, desta forma, não
É, mas está incompleta faltam muitas Está muito acabada, desta forma, vai
coisas virar distrito
É uma cidade sem nada
É boa para morar todos se conhecem Só tem nome de cidade
Sim porque gosto dela Falta muita coisa para ser cidade
Não, porque o pastor mora fora, padre
mora fora, delegado não mora aqui,
médico e assistente social vem de fora e
até o prefeito anterior morava em
131
Presidente Prudente.
É muito pequena não mereceria ter
prefeito
É muito pequena não temos as coisas
que precisamos
Muito pequena e não tem emprego
Muito pequena
É uma vila. Quando fala que vai para
cidade vai para Junqueirópolis ou
Dracena e ainda vem um ônibus que
leva a população para fazer compras no
supermercado de Pacaembu porque aqui
não tem
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 12
Mariápolis
Definição de cidade e sua aplicação - 2010
Mariápolis pode ser considerada cidade?
SIM N. % NÃO N. %
58 58,00 42 42,00
Justificativa do Sim Justificativa do não
Tem prefeito é cidade É um município
Está como cidade É um patrimônio
Há mais de 60 anos é uma cidade Colônia das usinas
É um sítio não tem nada
Cidade pequena mais é Para ser cidade tem que ter de tudo e
Cidade pequena, boa para morar não tem não precisar buscar em outra cidade
perigo Falta muita coisa
É pequena mais é uma cidade Falta oportunidade de acesso
É pequena, mas tem de tudo tem um Tá considerado como cidade, mas não é.
pouco Falta muita coisa
Cidadezinha Faltam investimentos
Pequena, mas é cidade, tem rico, pobre e Para ser cidade tem que ter fábricas
da mesma forma que tem São Paulo
grande precisa de cidade pequena
Cidade pequena do interior
Mini cidade
Cidade pequena, não como Adamantina
Pode moramos aqui, mas está difícil Não é uma cidade ainda
porque as mulheres só podem trabalhar Quase uma cidade
na roça ou fazendo, faxina em
Adamantina e nem de boia-fria tem mais
como trabalhar, pois acabou o amendoim,
o feijão
É uma cidade fraca mais é
É, mais falta aperfeiçoar
Para mim não tem outra Muito pequena
Para mim é cidade Ainda não, por causa do porte pequeno
Para nós é, mas comparando com as Não podemos considerar só porque tem
outras não prefeito
É um bairro
É uma cidade rural Deveria ser igual à Adamantina
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 13
Pracinha
Definição de cidade e sua aplicação - 2010
Pracinha pode ser considerada cidade?
SIM N. % NÃO N. %
34 52,31 31 47,69
Justificativa do Sim Justificativa do não
Considero, porque passou oficialmente a Diz que é mais não é, na verdade é um
ser cidade, mas é fraca sítio
Conta no mapa Falta muito para ser cidade, é um sítio
É cidade, porque depois que foi Diz que é mais é tipo colônia
reconhecida melhorou sistema de saúde É um sítio
132
Pode, quando era distrito de Lucélia era Aqui é o meio do mato
um curau de boi É igual o sítio depende de outras cidades
Cidade constituída já é, mas ainda não foi É uma fazenda grande
para frente, no entanto, depois que
deixou de ser distrito melhorou 200%
Cidade pequena mais é Aqui esta como cidade, mas não
É uma mini cidade, poderia ser melhor considero é muito pequena
Bem pequenininha Pequena para cidade
Pelo nome é pelo tamanho não
Miúdo
Cidade que está progredindo Por enquanto ainda não
Cidade, cidade não, mas já melhorou
Falta tudo
Falta mais conforto
Ainda não, não tem tudo que deve ter
em uma cidade se fosse cidade não
precisaríamos sair para fazer pequenas
compras
Tem pouca estrutura para ser cidade
Poucos recursos
Poucas coisas para fazer
Só é cidade para os idosos
Esta mais para um bairro
É um bairro de Lucélia
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
133
Os que consideram suas localidades enquanto sendo cidade, dentre outras,
apontam a questão do tamanho da cidade, a comparação com área rural, à
existência dos equipamentos e serviços urbanos. Os que não as consideram
cidades destacam os mesmos pontos, mas, com conteúdos distintos, ou seja, de
um lado, cidade pequena, mas é; é uma cidade rural; tem de tudo, banco,
correio, mercado; de outro lado: não é cidade porque é muito pequena; é uma
fazenda, parece um sítio; tem que sair para fazer tudo, falta de oportunidade de
acesso.
Destacam também o tamanho das localidades e uma grande maioria não
considera essas cidades como tais devido à ausência de equipamentos e serviços
urbanos e o intenso grau de dependência é reforçado, quando a própria
população considera essas localidades como sendo um bairro de outras
cidades16, conforme revelam os relatos a seguir: “de jeito nenhum, parece um
bairro das outras cidades” – Inúbia Paulista; “é um bairro” – Mariápolis; “é um
bairro de Lucélia” – Pracinha; “podemos dizer que é uma vila de Dracena” – São
J. do Pau D’Alho; “é um bairro” - São J. do Pau D’Alho” e; “É uma vila. Quando
fala que vai para cidade vai para Junqueirópolis ou Dracena e ainda vem um
ônibus que leva a população para fazer compras no supermercado de Pacaembu
porque aqui não tem” – Flora Rica.
Esses aglomerados serem percebidos enquanto um bairro de outra
localidade não significa somente uma hipótese, mas, sim, demonstra-nos que as
práticas socioespaciais da população se expressam na vida de relações, pois os
deslocamentos são cotidianos, fazem parte da estruturação da dinâmica dessas
cidades que não nega por completo a urbanidade, pois sendo um bairro estão
inseridos em uma realidade urbana, mesmo que esta se completa no outro.
Nesse sentido, a percepção dos moradores materializa a dinâmica todo e parte
na estruturação do espaço urbano dessas cidades.
16
As respostas indicando que as localidades parecem um bairro são muito
importantes para fundamentar a ideia de segregação socioespacial interurbana, por esse
motivo, nos utilizaremos dos dados das demais cidades para demostrar que esse
processo não é restrito as três localidades selecionadas para análise nesse capítulo.
134
contraditórias entre todo e parte. Além disso, esses indicadores nos revelam as
condições de vida que estão submetidas parcelas da sociedade, possibilitando
melhor compreender a pobreza urbana e perceber que o circuito de pobreza,
sendo multidimensional, se expressa através de diferentes elementos.
Para isto foi fundamental o mapeamento realizado, que permite entender
o contexto socioespacial intra-urbano e abrange a escala interurbana. Esse
recurso metodológico nos permite melhor entender a relação todo/parte. Ou
seja, podemos materializar as cidades locais híbridas como sendo um bairro das
localidades com as quais mantém relações de complementariedade e
dependência.
Desta forma, concordamos com Préteceille (2004) ao discutir sobre os
problemas metodológicos em torno da dificuldade de definir o recorte espacial e
procuramos, em nosso mapeamento, ir além da definição política-administrativa
dos setores censitários definidos para o espaço intra-urbano das cidades.
Neste sentido, Préteceille (2004), aponta que na literatura das ciências
sociais sobre a cidade ou se analisa certos espaços ou o conjunto de uma cidade.
A primeira escolha metodológica tem a vantagem de concentrar a análise nos
fenômenos mais intensos, porém nos dá uma imagem parcial e dicotômica da
estrutura social urbana; por outro lado, a segunda considera o conjunto da
cidade como uma unidade econômica e social, entretanto, a identificação dos
limites do espaço urbano da cidade se apresenta como um problema de método
(PRÉTECEILLE, 2004).
Nesse sentido, Préteceille (2004, p. 15) frisa que:
135
articulação entre as escalas intra e interurbanas utilizando-se de dados
referentes aos setores censitários de cada localidade. Considerando que não há
recorte espacial que se imponha a priori sendo preciso escolher a escala
correspondente à prática social que se quer privilegiar na análise (PRÉTECEILLE,
2004), definimos a escala interurbana.
Assim, temos os mapas três, quatro e cinco – responsável pelo domicílio
alfabetizado (mapas seis, sete e oito) responsável pelo domicílio sem
rendimento mensal (mapas nove, dez e 11) responsável pelo domicílio com
rendimento mensal de até meio salário mínimo (mapas 12, 13 e 14), responsável
pelo domicílio com rendimento mensal mais de meio até dois salários mínimos
(mapas 15, 16 e 17) referente ao responsável pelo domicílio com rendimento
mensal de mais de 15 salários mínimos.
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
151
Nos indicadores sociais destacamos os que concernem à escolaridade. Nos
mapas cinco, seis e sete (responsáveis pelos domicílios alfabetizados), para a
cidade de Mariápolis e Adamantina, constatamos a presença dos indicadores
classificados como melhor e intermediário, mas, apenas na cidade de Mariápolis
tem-se um setor classificado com o pior indicador.
Para as cidades de Dracena e Flora Rica, observamos que para a primeira
apresentam-se setores classificados como melhor e intermediário e nenhum
setor com o pior índice, enquanto que para Flora Rica somente constatamos os
indicadores classificados como intermediário e pior.
Em Lucélia e Pracinha encontramos o indicador classificado como pior, no
entanto, para a cidade de Pracinha não observamos nenhum setor com o
indicador sendo intermediário ou melhor.
Assim, constatamos que nas cidades locais híbridas, com exceção de um
setor na cidade de Mariápolis, não há indicadores relacionados aos melhores
níveis de escolaridade, diferentemente das cidades sub-regionais (Adamantina-
Dracena-Lucélia) que inscrevem, em seus espaços, áreas com piores, mas,
também, a presença dos melhores indicadores.
Nos indicadores econômicos podemos observar, tanto nas cidades locais
híbridas (Mariápolis – Flora Rica – Pracinha) como nos centros sub-regionais
(Adamantina – Dracena – Lucélia), a presença de setores com indicadores
classificados como piores, intermediários e melhores. Para as cidades locais
híbridas podemos observar que a renda mensal dos responsáveis pelos domicílios
concentra-se em até meio salário mínimo e mais de meio até dois salários
mínimos. Contudo, não constatamos nenhum setor classificado no indicador mais
de 15 salários mínimos para as cidades locais híbridas.
Essas cidades não apresentaram nenhum setor censitário com os melhores
indicadores econômicos, enquanto Adamantina, Dracena e Lucélia mesmo
apresentando setores com piores indicadores também se observa a presença dos
melhores.
Concordamos com as análises de Torres (2004, p. 90) de que a
probabilidade de se conseguir trabalho é afetada pelo seu local de residência,
pois o principal fator para se conseguir trabalho é a rede de relações sociais da
pessoa. Assim:
152
seu contato com uma rede de relações sociais com mais acesso ao
mercado de trabalho, um pobre no centro da cidade é muito
diferente de um pobre da periferia.
153
Como indicamos anteriormente, a segregação socioespacial atrelada à
análise dos meios de consumo coletivo nos permite entender as relações
contraditórias entre o todo e as partes, revelando-nos a desigual distribuição
desses meios e as condições de vida da população.
Após as análises e discussões realizadas, podemos constatar que a
indissociabilidade entre a escala intra e interurbana é um dado do funcionamento
das redes urbanas e que não é possível instalar todos os serviços e
equipamentos urbanos em todas as cidades, fortalecendo a vida de relações,
fundada na divisão territorial do trabalho.
No entanto, a ausência e/ou precariedade no oferecimento de
equipamentos e serviços de saúde, educacional (profissionalizante), lazer e
cultura, como discutido, são privações inaceitáveis do ponto de vista da busca de
uma justiça socioespacial. E essas são privações que penalizam os habitantes
das cidades locais híbridas estruturando o processo de segregação socioespacial
interurbana, pois esses não são somente elementos da divisão territorial do
trabalho ou hierarquia urbana, mas, fatores que os colocam em desvantagem ou
privações de acesso.
Acrescenta-se, ainda, os indicadores de desigualdades e os de
deslocamentos necessários para o acesso aos bens individuais que ao auferirem
piores condições de vida da população, reforçam ou são reforçados, pelo
processo de segregação socioespacial.
Portanto, agrupando-os ao primeiro indicador – depender de relações
interurbanas para suprir as necessidades da população no acesso aos meios de
consumo coletivo e individuais – temos todos os fatores para a afirmarmos a
dependência interurbana das cidades locais híbridas. E, apreendida essa
dependência, inserimos o segundo indicador: apresentar elementos que levem
ao questionamento da existência ou não de um caráter urbano.
Assim, somando-se à dependência da rede urbana ao caráter dialético
entre urbano e não urbano dessas cidades, podemos afirmar que há a
estruturação do processo de segregação socioespacial interurbana, pois os
processos ocorridos nas cidades locais híbridas não podem ser pensados somente
na escala intra-urbana, uma vez que a vida urbana se totaliza a partir de
relações interurbanas.
Portanto, considerando a dimensão urbana, a estruturação do processo de
segregação socioespacial interurbana é um dos vieses que nos permitem pensar
154
em um circuito de pobreza que perpassa para “além” do urbano e, como iremos
apresentar no capítulo posterior, se expressa na realidade que vimos discutindo
através da expansão da atividade agroindustrial canavieira, que é a cidade da
exclusão social que deve estar associada a expansão da atividade agroindustrial
canavieira.
155
CAPÍTULO 4
OS IMPACTOS DA
AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA
NAS CIDADES LOCAIS
HÍBRIDAS
156
Nesse capítulo, primeiramente, iremos demonstrar através de dados as
transformações ocorridas na estrutura fundiária e na utilização das terras. Esses
dados indicam que a intensificação da atividade agroindustrial canavieira vem
promovendo um crescimento econômico cada vez mais desigual, acentuando as
desigualdades socioespaciais.
Portanto, discutiremos a expansão da atividade agroindustrial canavieira
na Nova Alta Paulista e sua territorialização, que altera padrões pré-existentes,
gera impactos nas cidades, intensificando, principalmente nas cidades locais
híbridas, problemas como a falta de oferta de moradias, a elevação no valor dos
aluguéis, aumento no atendimento na área de saúde e assistência social.
Ainda no sentido de pensar os impactos gerados pela atividade
agroindustrial canavieira realizaremos uma análise sobre a estigmatização dos
trabalhadores migrantes demonstrando que este processo configura a relação
entre “estabelecidos” e “outsiders” (ELIAS & SCOTSON, 2000), o que fortalece
ainda mais o processo de exclusão social em cidades locais híbridas.
Assim, procuraremos evidenciar que mesmo a atividade agroindustrial
canavieira sendo vista como o motor do desenvolvimento produz e reforça, com
muita intensidade, espaços da exclusão social, da pobreza urbana e da
expropriação.
Para aprofundar nossas análises nos utilizaremos da realidade empírica
das cidades de Arco Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis, Monte Castelo,
Paulicéia, Pracinha, Queiroz e São João do Pau D’Alho e, para análise
comparativa, os centros sub-regionais de Tupã, Osvaldo Cruz, Lucélia,
Adamantina e Dracena.
17
Ressaltamos que há um amplo debate crítico referente a este termo, porém nesta
tese procuramos entender a introdução da ciência, técnica e tecnologia, para demonstrar
como esse processo intensifica, cada vez mais, o emprobrecimento e a exclusão social.
Assim, o trabalho não se resume à discussão em torno da reestruturação produtiva da
agropecuátia, mas dos sujeitos envolvidos nesse processo.
157
insumos artificiais, na difusão de inovações químicas e mecânicas. Neste período
os insumos, em sua grande maioria, eram importados. O segundo momento, na
década de 1960, as grandes corporações se apropriaram do processo de
produção agropecuária brasileira, promovendo um intenso processo de instalação
de indústrias que assumiram as transformações do setor e a autora, utilizando-
se de Graziano da Silva (1996, 1999), indica que essa mudança caracterizou-se
pela desarticulação do chamado complexo rural para a constituição dos
complexos agroindustriais. Estes, baseados nas atividades agrícolas integradas à
indústria, intensificaram a divisão do trabalho e das trocas intersetoriais e a
especialização da produção agropecuária. E na terceira fase, na década de 1970,
o processo de reestruturação produtiva da agropecuária é centrado na integração
de capitais com a centralização destes e, principalmente, a difusão da
biotecnologia afetando a velocidade de rotação do capital.
Para Elias (2006, p, 07), esse processo de reestruturação produtiva da
agropecuária tem profundos impactos nos espaços agrícolas e acrescenta:
Mapas 18 e 19
Nova Alta Paulista
Área de ocupação de cana-de-açúcar 2002 e 2008
18
Observamos que segundo Thomaz Junior (2009) e Gil (2007) o boom da cana-
de-açúcar na Nova Alta Paulista ocorreu no ano de 2006.
160
161
162
Para 2003/2004 a área plantada de cana-de-açúcar correspondia a 53.400
ha, já em 2007/2008 que demarca um momento de consolidação da cultura a
área passa para 126.273 ha, perfazendo um aumento de 120,22% na área
plantada, conforme cartografado. Prosseguindo, na safra 2011/2012 temos
223.205 ha, correspondendo um crescimento de 76,76% em relação à safra
2007/2008.
Isso demostra que mesmo após o boom apresentado pela cultura seu
crescimento continua substancial, ou seja, a cana-de-açúcar continua a se
expandir e a se territorializar.
A expansão da cana-de-açúcar está atrelada ao elevado número de usinas
e destilaria de açúcar e álcool presentes na região da Nova Alta Paulista (mapa
20) reestruturando a dinâmica dos municípios, principalmente, em uma região
basicamente composta por pequenas propriedades. Além das agroindústrias
canavieiras existentes no território da Nova Alta Paulista, encontram-se ainda
usinas e/ou destilarias em Nova Independência, Castilho, Mirandópolis,
Valparaíso, Bento de Abreu, Guararapes, Clementina e Presidente Prudente
(distrito de Ameliópolis), que merecem destaque pela sua proximidade
geográfica com a região analisada, pois a dinâmica da agroindústria canavieira
extrapola os limites municipais/regionais.
Como se pode observar no gráfico seis, sete e oito e na tabela 14, a
expansão da monocultura da cana-de-açúcar, além de transformar a estrutura
fundiária e a utilização das terras, engendra mudanças nos processos
socioespaciais.
163
Mapa 20
Nova Alta Paulista
Agroindústria canavieira – 2010
Gráfico 5
Nova Alta Paulista
Estrutura Fundiária: Número de Estabelecimentos Agropecuários - 1995 e 2006
70
60
50
40
1995
(%)
30 2006
20
10
0
menos de 20-50 50-100 100-200 200-500 500-1000 de 1000 a
20 mais
Hectares
164
Gráfico 6
Nova Alta Paulista
Estrutura Fundiária: Área dos Estabelecimentos Agropecuários - 1995 e 2006
35
30
25
20 1995
(%)
15 2006
10
0
menos de 20 - 50 50 - 100 100 - 200 200 - 500 500 - 1000 de 1000 a
20 mais
Hectares
19
A Prefeitura Municipal adquiriu uma área com cerca de cinco hectares e
subdividiu-a em pequenas unidades de 500 m² cada, concedendo-as, com direito de uso,
a 146 famílias, para plantarem mudas ornamentais e frutíferas.
165
hectares ou mais, destacando-se, dentre eles, Adamantina, Dracena,
Junqueirópolis, Osvaldo Cruz, Parapuã, Queiroz e Tupã.
Observando à ampliação das áreas com 1.000 hectares ou mais podemos
dizer que está havendo, mesmo que de maneira incipiente, uma tendência para
concentração fundiária, considerando ainda que o dado é de 2006 e que a
expansão da atividade agroindustrial canavieira se intensificou após esse
período. Assim, a Nova Alta Paulista começa a seguir o padrão de concentração
fundiária presente no Brasil. Para Oliveira (2003, p. 127), o Brasil “apresenta
elevadíssimos índices de concentração de terra” e “os maiores latifúndios que a
história da humanidade já registrou”. O aumento da concentração fundiária na
região está atrelado à expansão da cana-de-açúcar que, cada vez mais,
desterritorializa os camponeses em favor do agronegócio.
No entanto, Oliveira (2003, p.126) mostra que o discurso dos grandes
proprietários de terra é de que:
Gráfico 7
Nova Alta Paulista
Estrutura fundiária: Utilização das Terras - 1995 e 2006
650000
600000
550000
500000
Área em Hectares
450000
400000
350000
300000
250000
200000
150000
100000
50000
0
Lavouras Lavouras Pastagens Matas e Florestas
Permanentes Temporárias
1995 2006
Fonte: Censo Agropecuário 1995 e 2006 (IBGE); Org. autor, 2010.
166
Considerando-se a área, há uma pequena diminuição das lavouras
permanentes, que passam de 34.254,725 para 33.493,000 ha, um acréscimo
das lavouras temporárias, sobretudo pela presença da cana-de-açúcar, e uma
redução das terras com pastagem, utilizadas, principalmente, com pecuária
extensiva.
Gráfico 8
Nova Alta Paulista
Estrutura fundiária: Área plantada (ha) com lavoura permanente ou temporária -
2002, 2006 e 2008
163769
Área Plantada em Hectares
95024
2002
2004
47547
2008
23640
21215
17690
15454
16067
15163
13812
13070
9253
8356
3400
3820
2544
1460
735
582
720
326
246
221
435
392
242
188
189
238
213
Banana Café Maracujá Uva Algodão Amendoim Arroz Cana-de- Feijão Milho
açúcar
Fonte: Produção Agrícola Municipal de 2002, 2006 e 2008 – (IBGE); org. autor, 2010.
Tabela 14
Nova Alta Paulista
Estrutura fundiária: Produção em toneladas das lavouras permanentes ou
temporárias - 2002, 2006 e 2008
Ano/Produção 2002 2006 2008
Banana 4.503 5.730 4.260
Café 12.701 8.687 6.188
Maracujá 12.701 7.493 7.172
Uva 5.740 5.480 4.992
Algodão 4.110 2.503 1.260
Amendoim 36.627 33.404 39.669
Arroz 1.052 303 306
Cana-de-açúcar 3.635.557 8.363.015 13.517.469
Feijão 7.498 3.341 3.510
Milho 79.941 72.107 50.624
Fonte: Produção Agrícola Municipal de 2002, 2006 e 2008 – (IBGE); org. autor, 2010.
168
Quadro 9
Arco Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis, Monte Castelo, Paulicéia,
Pracinha, Queiroz e São João do Pau D’Alho
A cidade e o agronegócio: Agricultura camponesa - 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Depois da cana-de-açúcar piorou muito as Menos renda para cidade, pois o forte era a
coisas. Acabou com todas as lavouras agricultura
com o gado, quando morávamos no sítio Pior, acabou com as lavouras que empregava
era muito melhor, tínhamos fartura e muito boia-fria e as usinas não pega todo
hoje é tudo comprado mundo
Tinha mais lavouras e agora é só cana-de- Com a lavoura tinha emprego para a família
açúcar e isso é ruim toda, com a cana-de-açúcar não
Ruim, tirou as lavouras O lado bom é o emprego, mas, o lado ruim
Ruim, só se vê cana-de-açúcar supera. Pois, estão somente plantando
Acabou com toda agricultura e ainda está cana-de-açúcar e não existe mais lavoura
acabando com a oferta de mão de obra branca. Deveria ser repartido o tanto que
Ninguém planta mais nada nas lavouras, vai de cada plantação porque não vamos
assim a salvação são as usinas ter mais alimentos para comer
Antes era café, amendoim etc. agora só tem Somente ter cana-de-açúcar no campo não vai
cana-de-açúcar, é o que tem, temos de desenvolver de forma abrangente, além
achar bom disso na cana somente trabalha homens
Acabou com todos os outros tipos de lavoura sendo que nas outras lavouras todos
Acabou com o sítio. Antes tinha famílias com podiam trabalhar
até 10 pessoas morando e trabalhando Acabou com as lavouras e pecuária, só tem
no sítio agora está tudo desempregado álcool e açúcar
na cidade Acabando com todas as lavouras só está
Não é bom, se não fosse a cana-de-açúcar sobrando cana-de-açúcar, mas ninguém
teríamos outras lavouras que geram mais irá beber garapa
renda Não dá mais para plantar um é de milho
Ficou muito ruim, pois arrendou o sítio e não Muito ruim para criação de gado
tem o que fazer Quando tinha outras lavouras tinha mais
Como acabou com as lavouras tirou renda dos emprego e a cana-de-açúcar gera menos
agricultores emprego
20
Grupo de Pesquisa vinculado ao Programa de Pós-graduação em Geografia da
UNESP – Universidade Estadual Paulista, Campus de Presidente Prudente.
170
O empobrecimento material se expressa, principalmente, na redução da
renda, no desemprego familiar e até mesmo na necessidade de recorrer à
compra de todos os produtos consumidos pela família.
Ao vender sua terra esse sujeito que tem sua identidade ligada a ela,
muitas vezes, não consegue, nas cidades, inserir-se em outro setor produtivo,
provocando uma diminuição acentuada da renda familiar. Quando a “opção” é o
arrendamento, essa redução ocorre com a revisão dos contratos, com o
empobrecimento do solo e, também, como destacado, o desemprego familiar e a
compra dos produtos alimentares que refletem na renda, como esclarecem dois
entrevistados: “a cana-de-açúcar acabou com os sítios, antes tinha família com
até dez pessoas morando e trabalhando no sítio, agora está tudo desempregado
na cidade”; “a cana-de-açúcar acabou com as lavouras, na cidade não dá para
plantar um pé de milho, temos que comprar tudo.”
Nesse sentido, Thomaz Junior (2009) destaca que ir para a cidade não
necessariamente piora a vida das pessoas, mas, devido às condições que
predominaram no Brasil, através da brutalidade do processo de industrialização,
que ao dinamizar o campo rompeu para um número significativo de camponeses
e trabalhadores os vínculos com a terra, faz com que esses, ao migrarem para as
cidades, conheçam a mesma piora das condições de vida. Resumindo, perda de
vínculos com a terra, diminuição de renda, desemprego, dentre outros
processos.
Thomaz Junior (2009) e Oliveira (2003) apontam as pequenas unidades de
produção como as que mais geram emprego e renda e as responsáveis pela
maior produção de alimentos no campo brasileiro, em contraponto ao discurso do
agronegócio, que atribui este papel de destaque às grandes propriedades.
Portanto, o empobrecimento simbólico é o que caracteriza, para o
camponês, a perda de sua “possibilidade de existência”, como afirma Thomaz
Junior (2009, p. 65):
171
Ao serem desapropriados de suas terras, acrescenta Silva (1999, p. 222),
são desenraizados da própria experiência vivida:
172
4.3. O agronegócio globalizado e as cidades locais híbridas
Como já discutido em capítulos anteriores e no subitem anterior, na região
analisada se expande o agronegócio globalizado. Nesse espaço o meio natural e
o meio técnico são substituídos pelo meio-técnico-científico-informacional, o que
significa que os espaços agrícolas se mecanizam e as atividades agropecuárias
ligadas ao agronegócio passam a serem baseadas na utilização intensiva de
capital, tecnologia, ciência e informação (ELIAS, 2008). Pois, a introdução da
ciência, da tecnologia e da informação na agropecuária resulta em um novo
modelo técnico, econômico e social de produção agropecuária, que é agricultura
científica (SANTOS, 1996 [1993]; ELIAS, 2005).
No contexto de reestruturação produtiva da agropecuária, as alterações
apresentam-se nas relações entre campo e cidade, transformando os pares
dialéticos rural/urbano na tríade rural/urbano/agrícola (ROMA, 2008). Ou seja, o
capitalismo transforma o meio rural que, por sua vez, transforma o tipo de
produção dos domicílios e das relações sociais, logo, o par rural/urbano na tríade
rural/urbano/agrícola.
Utilizando-nos de Elias (2007) elencamos elementos para se compreender
nas cidades a materialização e os impactos desse processo que, para ela, pode
ser compreendido como as chamadas cidades do agronegócio.
O agronegócio globalizado adapta as cidades próximas às suas principais
demandas e exigências (ELIAS, 2006, 2007, 2008). Assim, consiste apreender
quais os pontos luminosos e/ou de exclusão que se processam nas cidades
analisadas.
Abrindo um parêntese, frisamos que nosso foco de análise consiste em
pontuar os impactos da atividade agroindustrial canavieira nas cidades locais
híbridas - Arco Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis, Monte Castelo,
Paulicéia, Pracinha, Queiroz e São João do Pau D’Alho. Contudo, em alguns
momentos, torna-se necessário, para entender a própria realidade das cidades
analisadas, apontar as dinâmicas que se materializam nas cidades sub-regionais,
considerando que a expansão do agronegócio globalizado não se restringe
somente as cidades específicas, mas interfere numa dinâmica de âmbito
regional. E este exercício nos permitirá uma análise comparativa entre as
dinâmicas existentes nas cidades locais híbridas e os centros sub-regionais.
Elias (2007) apresenta três temáticas que podem reconhecer as
especificidades existentes nas cidades, por ela denominadas de cidades do
agronegócio globalizado, quais sejam: 1) formação das redes agroindustriais e as
173
novas relações campo-cidade; 2) mercado de trabalho agropecuário e dinâmica
populacional e; 3) aprofundamento das desigualdades socioespaciais.
Considerando essas temáticas, a autora (2007) elenca indicadores que
podem expressar a materialização do processo.
No que tange aos sistemas de objetos existentes nas cidades sub-
regionais, temos: aeroportos particulares, pista de pouso, rodovias estaduais,
estradas vicinais, rodoviárias, que funcionam enquanto terminais rodoviários
urbanos; agência de correios, caixa de coleta de correspondência, centrais
telefônicas, terminais telefônicos em serviço, emissoras de rádio, provedores da
internet, antenas parabólicas; centrais de geração e transformação, urbana e
rural; hotéis; espaços destinados à realização de feiras agropecuárias, festas de
peão de boiadeiro e; perímetros irrigados, canais de irrigação, adutoras.
Para as cidades locais híbridas, podemos considerar as estradas vicinais;
agência de correios, centrais telefônicas, terminais telefônicos em serviço,
antenas parabólicas; centrais de geração e transformação, urbana e rural;
perímetros irrigados, canais de irrigação, adutoras.
Nos indicadores associados à economia urbana temos, para as cidades
sub-regionais: equipamento industrial de máquinas agrícolas; cursos de
graduação e cursos técnicos como gestão do agronegócio, engenharia de
alimentos, veterinária, açúcar e álcool, agronomia; empresas comerciais de
máquinas de implementos agrícolas, produtos veterinários e agrotóxicos; aviação
agrícola, informática, empresas de gestão de recursos humanos, de transportes
de cargas, entre outras que se desenvolvem no próprio interior das usinas e/ou
destilarias de açúcar e álcool; empresas provedoras de internet; bancos públicos
e privados; caixas eletrônicos; corretoras. Para as cidades locais híbridas, banco
público e/ou correspondente bancário.
Muitos desses nexos não são utilizados nessas localidades pelas usinas
e/ou destilarias de açúcar e álcool, mesmo sendo uma base técnica e
informacional importante para o setor, como, por exemplo, compra de máquinas
e implementos agrícolas mais sofisticados, dentre outras. Essas agroindústrias
canavieiras estão instaladas na região, porém suas dinâmicas se inserem em
outras escalas, não necessariamente regionais.
Destacamos também que na região da Nova Alta Paulista os itens como,
por exemplo, agência de correios, emissoras de rádio, antenas parabólicas,
centrais de geração de energia, são objetos que existiam antes da entrada
massiva do agronegócio globalizado. O que se observa é uma maior dinamização
174
desses com a intensificação da atividade agroindustrial canavieira. E frisamos,
ainda, que a irrigação existente nas cidades locais híbridas se faz, na grande
maioria, pelas próprias usinas e/ou destilarias de açúcar e álcool que ao
arrendarem terras implementam-na nos diversos espaços destinados ao cultivo
da cana-de-açúcar.
Quando o viés de análise é o mercado formal de trabalho agropecuário,
optamos em dividi-lo por categoria ocupacional21. Assim, para o período de
Janeiro de 2007 a Julho de 2012, observa-se que a composição do trabalho
formal agropecuário é extremamente dinâmica e de difícil apreensão, pois no
conjunto da composição do trabalho formal há ocupações que podem ser
exercidas tanto no setor agrícola (cana-de-açúcar) como relacionada a outras
dinâmicas do setor agropecuário, como, por exemplo, “operador de
colheitadeira” – que pode colher cana-de-açúcar, como milho, amendoim, etc..
Assim, nos esforçamos para subdividir esse quadro ocupacional a fim de
caracterizar o emprego formal agropecuário da área em análise.
21
Na tabela 79, em anexo, destacamos as ocupações que mais admitiram no
período analisado, ou seja, as que admitiram até dez trabalhadores devido à infinidade
de ocupações exististes
175
Devemos ressaltar que esses dados refletem a estrutura do emprego
formal e que o trabalhador do campo, na maioria das vezes, não está dentro
desta lógica, seja o chamado “boia-fria” que trabalha todos os dias, mas, em
diferentes culturas e para diferentes empregadores, dificilmente, inserido na
estrutura do emprego formal ou o camponês que é reconhecido enquanto
trabalhador rural, no entanto, muitas vezes não está dentro dessa estrutura,
como outras inúmeras situações.
22
Este é o número de unidades em funcionamento. Segundo informações no site da
UDOP (União das Destilarias do Oeste Paulista) há 04 unidades projetadas ou em
processo de instalação na região da Nova Alta Paulista.
176
Sendo assim, podemos dizer que o a atividade agroindustrial canavieira,
na Nova Alta Paulista, segue a dinâmica de contratações e elevação do número
de empregos formais agropecuários, conforme caracterizado para pensar as
cidades do agronegócio.
178
trabalho de campo, e para Paulicéia o aumento no percentual está atrelada a
dinâmica turística pela presença de ranchos.
Já para a cidade de Mariápolis, por exemplo, houve um aumento no
número de domicílios não-ocupados, ou seja, aumentou o número de imóveis
disponíveis23. Contudo, já em Roma (2008) e em nossos inúmeros trabalhos de
campo e entrevistas junto à secretária de assistência social apreendemos um
aumento no número de migrantes, sendo, esse, um dos principais fatores
apontado pela população pela redução da oferta de imóveis para venda ou
locação, além do aumento no valor dos alugueis.
As alterações nas dinâmicas imobiliárias podem ser observadas
analisando-se, principalmente, os apontamentos dos entrevistados que
destacam: “ajuda o desenvolvimento do comércio e aumenta o número de casas
existentes na cidade”; “aumento movimento na cidade e no valor dos alugueis”;
“aumentou muito, muito o preço dos alugueis”; “além de aumentar o valor dos
alugueis também diminuiu o número de casas disponíveis para alugar”; “piora
muito as coisas, principalmente, pelo valor dos alugueis”; “valorizou muito os
imóveis”; “ficou muito fácil alugar casa”; “como para os baianos o aluguel é
cobrado por cabeça o valor dos alugueis sobe muito”; “nos sorteios de casas
populares eles pegam tudo e as pessoas da cidade não pega nada”.
As pessoas que dependem do aluguel e/ou pretendem a compra de imóvel
pontuam a dificuldade de se encontrar casas na cidade, mas, principalmente, a
elevação no valor dos alugueis e dos imóveis. Por outro lado, os proprietários de
imóveis destacam a valorização dos imóveis e a facilidade de locação, reforçando
a diferenciação social existente entre os segmentos sociais da cidade.
No período atual a pobreza é estrutural e globalizada (SANTOS, 2004
[2000]) e grande parte dos trabalhadores é excluída do processo produtivo,
aprofundando a pobreza e as desigualdades socioespaciais.
As cidades locais híbridas se caracterizam pela presença massiva do
circuito inferior da economia, uma pobreza material relacionada ao desemprego
23
O responsável pela unidade do IBGE na cidade de Adamantina nos informou que
essa constatação, também foi indagada pelas lideranças políticas de Mariápolis e, nos
apresentou dois elementos que levam a essa configuração. O primeiro refere-se à coleta
das informações pelos recenseadores. Por exemplo, no terreno existem dois domicílios, o
da frente é utilizado como residência propriamente dita e o imóvel do fundo mais
deteriorado serve de depósito ou até mesmo para residência dos filhos, no entanto ao
responder o recenseador o proprietário indica o imóvel como não-ocupado. O segundo
elemento sugere que os moradores dessas localidades não querem alugar os domicílios
para migrantes, alegando que seus imóveis serão deteriorados e os declaram como não-
ocupados.
179
e má remuneração, baixos índices de escolaridade, insuficiência dos
equipamentos e serviços urbanos e os principais recursos administrativos são
provindos dos fundos de repasses governamentais gerando uma pobreza
material e política, como discutimos no capítulo dois. E é justamente essa
pobreza que vai intensificar os impactos gerados pelo agronegócio globalizado,
aprofundando as desigualdades socioespaciais.
Dentre os problemas apontados pela população, além daqueles referentes
à moradia, os que mais se destacam estão correlacionados aos serviços de saúde
e assistência social: “acaba com a cidade, os recursos vão tudo para eles”; “pega
tudo que é nosso – casa popular, leite”; “não é certo, faltam as coisas para nós e
eles tomam frente de tudo”; “eles tomam frente na saúde, nas coisas do governo
e em tudo”; “os baianos tomaram conta da cidade”; “não é bom, tinha que ter
um limite no número de baianos que poderiam ficar na cidade, pois eles pegam
todo leite do posto e brigam muito”; “não pode julgar, mas exagera o tanto de
gente que toma nossos empregos”; “utilizam muito os médicos”; “baianos
utilizam todas as vagas da creche”; “não é bom. Eles gastam mais no comércio,
mas acabam com nossos medicamentos (EX: 16 vagas de consulta no posto de
saúde 10 são deles”); “eles vem tirar o pouco que nós temos”.
Portanto, as principais questões como pobreza material e política
corroboram para que a presença dos trabalhadores agrícolas provindos de outros
estados brasileiros acentuem ainda mais os problemas urbanos. Essas questões
urbanas são problemas agrários, pois, são gerados pelo modelo adotado de
produção, ou seja, pode-se afirmar que o problema urbano é um problema
agrário e vice-versa.
Outro elemento que transforma a dinâmica das cidades locais híbridas é o
aumento no consumo consumptivo. Nas ponderações de Elias (2005, 2007,
2008) observamos que o campo desencadeiam necessidades de consumo
produtivo e consumptivo.
Assim, para Elias (2005), a reestruturação produtiva da agropecuária gera
um processo de modernização do agrícola, aumenta a demanda pelo consumo
produtivo do campo, adaptando as cidades próximas às suas exigências e essas
passam a fornecer a maioria dos aportes técnicos, financeiros, mão de obra e
dos demais produtos e serviços necessários. Mesmo o consumo produtivo do
campo se ampliando mais rapidamente que o consumo consumptivo, esse
igualmente se amplia (ELIAS, 2005).
180
O aumento do consumo produtivo do campo na região da Nova Alta
Paulista desenvolveu-se em parte nas cidades sub-regionais de Dracena,
Adamantina, Lucélia, Osvaldo Cruz e Tupã. Logo nas cidades locais híbridas o
aumento do consumo produtivo não se expressa substancialmente, mas se
atrela as dinâmicas da atividade agroindustrial canavieira como reservatório de
mão de oba rural, destinada a suprir as demandas do setor.
181
No Brasil agrícola moderno diversas cidades mantêm como função
principal as demandas produtivas dos setores de difusão do capitalismo no
campo. Assim, a urbanização dessas localidades se deve a expansão do
agronegócio e são responsáveis pela materialização das condições gerais de
reprodução do capital (ELIAS, 2007).
182
Essa predominância das verticalidades sobre as horizontalidades e
articulação das escolas em âmbito internacional presente nas dinâmicas da
agricultura moderna, denota o que Santos e Silveira (2006 [2001], p. 143,144)
indicam como “a necessidade de substituir a noção de circuitos regionais de
produção por circuitos espaciais de produção”, pois, segundo os autores, devido
à crescente segmentação territorial das etapas do trabalho intensificam-se as
trocas e as relações entre as regiões, que não precisam ser entre áreas
contíguas.
185
estabelecendo uma relação de “estabelecidos” e “outsiders”. Nesse processo se
intensifica a exclusão social dos trabalhadores migrantes destinados,
principalmente, ao corte da cana-de-açúcar.
186
históricas, “a fronteira é essencialmente o lugar da alteridade” (MARTINS, 2009,
133).
187
Portanto, as características das cidades locais híbridas fortalecem,
sobremaneira, a possibilidade de conflito entre os “da cidade” e “os de fora”. Na
região da Nova Alta Paulista, comparativamente, observamos que são nas
cidades locais híbridas onde mais fortemente se estabelece o conflito entre
“estabelecidos” e “outsiders”. Esse fator ocorre em espaços maiores que se
subdividem em comunidade de bairros, por exemplo. No entanto, em cidades
nas quais a proximidade espacial e a visibilidade dos processos configuram uma
vida própria a elas, esse processo é visível e intenso.
189
outro lado, nas cidades que não recebem a mão de obra dos cortadores, a
questão da estigmatização enquanto fábulas imaginárias também ocorrem: “os
cortadores são muito briguentos ‘baianos’”; “em Luziânia tem muita briga ‘o
povo do Maranhão!’”, mas, a valorização da cidade se processa mais
intensamente: “aqui não vem cortador, só quem trabalha dentro da usina”;
“aumentou a população, misturou as culturas”; “vem mais motorista, tratorista
para o corte é pouco”; “valorizou a cidade” e; “valorizou os imóveis”.
190
Assim, a negação simbólica aos direitos básicos de cidadania se estende e
se intensifica, pois, como apontamos, as cidades locais híbridas são
empobrecidas e os repasses governamentais estão atrelados ao contingente
populacional. Acoplado a esse fator, temos os migrantes que não são contados
no recenseamento como moradores dessas cidades, pelo período que
permanecem nesses locais.
191
e não entre os mais velhos ou mais jovens, no sentido de grupo etário. Os
“outsiders” migrantes (cortadores), em nossa realidade empírica, também são
vistos pelos estabelecidos como indignos de confiança, indisciplinados e
desordeiros: “causa muita briga”; “ficam nos bares”; “incomoda, gera
desconfiança e nos deixa com medo”; “muita confusão”; “desordeiros”; “já deu
assassinato entre eles”; “a cidade ficou perigosa”; “não se pode deixar mais nada
para fora”; “muito atrito”; “drogas, roubos”; “só acontece coisa pesada”.
192
conhece”; “tem bastante gente desconhecida”; “antigamente era mais próximo
todo mundo se conhecia, agora não”; “não se conhece mais as pessoas todas são
estranhas” e; “não se sabe mais nada da cidade”.
193
(...) espécie de miséria coletiva que fere, como uma fatalidade,
todos aqueles que estão amontoados nos lugares de rejeição
social, onde as misérias de cada um são redobradas por todas as
misérias nascidas da coexistência e da coabitação de todos os
miseráveis e sobretudo, talvez, do efeito de destino que está
inscrito na pertença a um grupo estigmatizado.
194
numa situação de privação das relações sociais, pois, sendo estigmatizados pela
população local, passam a não serem reconhecidos como iguais.
Devemos pontuar que um dos principais motivos, mas não o único motivo,
para deixar seus locais de origem para trabalhar na atividade agroindustrial
canavieira no Estado de São Paulo, está atrelado ao fator econômico, como
expresso pelos entrevistados. Mas, também fatores ligados a uma cultura
migratória se inserem nos motivos por terem de sair do seu local de moradia, de
196
relações de vizinhança e amizade. Para Silva (2008, p. 173) é essa “cultura
migratória que redefine as práticas sociais, os estilos de vida e as visões de
mundo”.
199
CAPÍTULO 5
AS RELAÇÕES QUE
ENVOLVEM A TRÍADE
RURAL/URBANO/AGRÍCOLA
200
Aqui demostraremos que um dos elementos constitutivos das cidades
locais híbridas é as relações que envolvem a tríade rural/urbana/agrícola.
Entendemos esta tríade enquanto um híbrido, na qual a mistura, a relação, a
complementariedade e a síntese são estruturadores da mesma.
Para isso discutiremos as dinâmicas e processos que premeiam o rural, o
agrícola, o urbano e suas especificidades e interfaces. Assim, nos esforçaremos
para demonstrar cada elemento que compõe a tríade e as relações existentes
entre eles como fundamentais para pensar a complexidade que envolve o
processo.
Na região na qual estão inseridas as cidades analisadas, a tríade
rural/urbano/agrícola se explica, principalmente, pela entrada da cultura
canavieira.
201
Assim, através da complementariedade, rural/urbano afirmam-se “em
função um do outro, não podendo ser compreendido isoladamente, nem ser
também reduzido ao outro, e um concorrendo ativamente para a vigência do
outro” (QUEIROZ, 1975, p. 281).
É claro que o agrícola, o rural e o urbano não são a mesma coisa. Cada
um contém suas próprias dinâmicas. Dito de outra maneira, pode-se pensar as
dinâmicas do rural e suas ressignificações, as do agrícola e suas lógicas, como,
também, no mesmo sentido o urbano. Contudo, através da análise das relações
que envolvem a tríade, observamos que os processos se incluem e, ao mesmo
tempo, se excluem. É neste sentido que a tríade se apresenta enquanto uma das
formas possíveis de leitura da realidade, pois permite apreender a multiplicidade
dos aspectos que envolvem a questão e com isto a diversidade, mas, e acima de
tudo, a contradição existente entre as lógicas de produção agrícola baseadas na
racionalização, na ciência e na técnica e as lógicas do rural balizadas na
produção, enquanto, reprodução da vida e, intrínseco, o urbano, locus dos dois
vieses.
Para entender além das formas – lógica formal – devemos nos atentar aos
conteúdos, e é através da análise do urbano e do rural que os processos
202
socioespaciais podem ser apreendidos. Assim, campo e cidade enquanto formas
e rural e urbano como seus conteúdos. Deste modo, ao tratarmos os conteúdos
do rural está imbuída à produção agrícola tanto destinado à reprodução do
camponês, como a produção voltada para as dinâmicas do agronegócio
globalizado.
No entanto, como nos referimos acima, tanto Elias (2006) como Santos
(1996 [1993]) apontam para a reestruturação da agropecuária que culmina com
a racionalização do espaço agrícola, baseado na ciência e na técnica. É por isto
que a cidade torna-se locus do que se faz no campo. E um dos principais vetores
dessa reorganização é a difusão da agricultura científica e do agronegócio
(ELIAS, 2005).
A introdução da ciência, da tecnologia e da informação resulta em um
novo modelo técnico, econômico e social de produção agropecuário denominado
de agricultura científica muito mais produtiva e competitiva, conforme aponta
Elias (2005), que acrescenta:
203
contexto, podemos dizer que nessa área vem se estruturando a chamada
agricultura científica e globalizada, fragmentando o espaço rural.
O rural tornou-se tão fragmentado com tantas novas ressignificações que
é difícil pensar como mesma coisa a produção agrícola a desenvolvida pelo
agronegócio globalizado como aquela produzida pelo campesinato, pois são
maneiras diferenciadas de utilização das técnicas e da própria relação com a
terra. E, também, estaríamos somente nos apoiando no fator produção e não nas
dinâmicas que extrapolam o estritamente material como a própria relação com a
terra e o modo de vida. No entanto, é difícil a distinção porque “o rural foi sendo
construído como sinônimo de agrícola”, mas, “rural torna-se, cada vez mais,
diferente de agrícola” (RUA, 2005, p. 48).
A separação da tríade para entendermos as dinâmicas concernentes a
cada elemento é apenas uma aspecto que não deve ser mantida, pois “conhecer
um objeto ou um fenômeno é justamente não considerá-lo como sendo isolado”
(LEFEBVRE, 1975, p. 184).
Portanto, o rural é entendido enquanto locus da existência camponesa.
Para Thomaz Junior (2009), a sociabilidade do camponês não se restringe ao
circuito das relações essencialmente capitalistas, a terra vista não como
mercadoria, mas território de vida, da existência.
As práticas agrícolas do camponês revelam um conhecimento complexo
que perpassa pelo triângulo Deus, Homem, Terra, e não somente a utilização de
diferentes técnicas. Portanto, há uma lógica simbólica da lavoura camponesa que
expressa uma ética de equilíbrio (WOORTMANN, 2009).
Também no sentido de pensar as dinâmicas do campesinato, Wanderley
(1996) destaca que este se baseia em formas particulares de agricultura familiar,
mas como esse sujeito está inserido e convive com outras categorias sociais, sua
sociabilidade ultrapassa os laços de parentesco.
O campesinato, mesmo se transformando, mantém-se enquanto
persistência, como demonstram Àvila e Suzuki (2011), e indicam que “o avanço
espacial da relação social capitalista não implica a destruição de outras formas
de sociabilidade, mas (de modo dialético) de sua recomposição (ou sua
subordinação)” (ÁVILA E SUZUKI, 2009, p. 02). Assim, os autores destacam que
o camponês com seu modo de vida e forma de produzir está imerso na relação
social capitalista, embora contraste com ela.
Desta forma, o rural é entendido enquanto local de produção e essa
produção voltada para a reprodução da vida. A relação com a terra representa a
204
própria existência do ser camponês. Ainda que este esteja inserido na lógica
capitalista sua razão de ser não desaparece, mesmo se transformando em alguns
aspectos.
Rua (2006, p. 85) frisa que uma lógica capitalista baseada em uma visão
produtivista, dominante, difunde novas representações e novos sentidos do
espaço rural, que se traduzem em novos qualificativos para outras relações entre
o rural e o urbano e entre cidade e campo. Essas novas relações remetem para
outra conceituação de urbano e rural, mas também de agrícola. “Rural torna-se
cada vez mais diferente de agrícola”.
Tabela 15
Arco Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis, Monte Castelo, Paulicéia,
Pracinha, Queiroz, S. J. P. D’Alho
A cidade e o campo - 2010
Cidades Não Aposentado Trabalha
trabalha % Trabalha No setor Família Agrícola Rural
% % agrícola ou no setor % %
rural % agrícola
ou rural
%
Arco Íris 43,33 30,00 26,67 25,00 18,33 54,54 45,45
Flora Rica 42,10 31,58 26,31 20,00 31,58 91,67 8,33
Inúbia Paulista 42,35 15,29 42,35 25,00 38,82 81,82 18,18
Mariápolis 41,00 28,00 31, 00 41,94 45,00 95,56 4,44
Monte Castelo 50,53 24,21 25,26 25,01 41,05 100,00 --
Paulicéia 34,37 20,84 41,67 7,50 27,08 100,00 --
Pracinha 44,61 18,46 36,92 8,33 21,54 100,00 --
Queiroz 34,38 25,00 40,62 23,10 39,06 100,00 --
S. J. P. D’Alho 26,23 36,07 37,70 21,74 37,80 47,81 21,73
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
24
Conforme demonstraremos no capítulo quatro referente a entrada da cana-de-
açúcar e seus impactos nas cidades.
206
papéis no espaço rural, sendo, portanto, parte do agrícola, ou seja, desenvolvem
hábitos e signos do urbano, mas adquirem seu sustento e experiência
profissional no mundo rural e nas atividades agrícolas.
207
Em nosso trabalho estamos, diante das transformações observadas,
diferenciando os trabalhadores agrícolas – boias-frias – como aqueles destinados
a desenvolverem suas atividades laborais no setor agrícola, ou seja, do
agronegócio globalizado e a população rural que vive no campo ou na cidade.
No que tange aos signos e costumes, a relação entre campo e cidade liga-
se à vida dos habitantes e seus ritmos. A percepção do espaço urbano por uma
parcela da população das cidades se confunde com o espaço da produção do
campo, materializada pelos habitantes da cidade através dos quintais25,
mantendo uma forma de imanência recíproca (QUEIROZ, 1975).
Esses hábitos fazem com “que suas culturas se aflorem através do sentido
imaterial, subjetivo, composto por ideias, hábitos, vontades e costumes”
(ROSAS, 2010, p. 25 e 193). Nas pequenas cidades, principalmente nas locais
híbridas o rural não se encontra apenas na paisagem, mas nas “relações
cotidianas de produção, funções e hábitos de vida”.
25
A ideia dos quintais justifica-se pela utilização desses espaços como locais de
criação de animais e de plantações, reproduzindo os hábitos rurais.
208
muito pequena para ser cidade” para Arco-Íris. Nessas falas evidencia-se além
da materialidade da paisagem um modo de vida que está permeado pelo rural
em suas múltiplas dimensões, como a paisagem e o modo de vida.
O jeito de ser e o estilo de vida dos moradores das cidades locais híbridas
são transformados pela mídia, cinema, internet, pelas novas relações agrícolas.
No entanto, mantém suas tradições (permanências) – como um modo de ser
rural, mesmo vivendo na cidade. Assim há transformações, mas, também
permanências (complementariedade) entre o modo de vida rural/urbano.
26
Vários outros tipos não identificados por nós nos trabalhos de campo são
analisados pelos trabalhos desenvolvidos junto ao grupo de pesquisa CEGET (Centro de
Estudos de Geografia do Trabalho).
209
para as dinâmicas econômicas das cidades locais híbridas, como podemos
observar na tabela a cidade e o campo e no quadro sobre a cidade e o
agronegócio.
210
Quadro 10
Arco Íris, Flora Rica, Inúbia Paulista, Mariápolis, Monte Castelo, Paulicéia,
Pracinha, Queiroz e São João do Pau D’Alho
A cidade e o agronegócio: emprego e renda – 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Única fonte de renda da cidade e dos pobres Favorece muito o município, se não fosse isso
Melhorou a cidade, sendo a única opção de estaria muito ruim, pois só temos emprego
emprego na prefeitura e um comércio fraco
Muito emprego Melhor qualidade de vida pela renda
Crescimento da cidade, mais poder de compra Mudou para melhor, mas eu não gostaria de
Mais movimento na cidade, mais emprego trabalhar na cana-de-açúcar
É bom para o povo, dá emprego Muito bom para os pobres e sem estudo
Pela renda é bom, mas tira outras opções A solução da nossa cidade
É a sorte do povo para trabalhar Na geração de emprego e renda melhorou
Bom pela opção de emprego muito, mas quem trabalha no setor
Bom pela parte do emprego, pois se não precisará se especializar devido à entrada
fosse à cana-de-açúcar não teríamos das máquinas
outra coisa Progresso
Serviço de outra coisa não tem é só prefeitura É a potencia do município
e cana-de-açúcar Aumento populacional
Único serviço do município se não fosse à Bom, atrai mais habitantes para a cidade
cana-de-açúcar não teria mais ninguém A cana-de-açúcar toma conta de tudo, mas se
aqui não fosse ela não teríamos onde trabalhar
Gera muito emprego se não fosse à cana-de- Não dá emprego para as mulheres
açúcar o povo estava morto Ajuda muito as pessoas
No interior para quem não tem estudo é a É o único meio de vida, mas as máquinas estão
única oportunidade de emprego tirando os empregos
Maioria das pessoas trabalham na cana-de- Se não fosse a cana-de-açúcar seria muito pior,
açúcar se acabar não teremos o que passaríamos fome
fazer Se não fosse a cana-de-açúcar estaríamos
Aumento da renda bebendo pinga e comendo farinha
Movimento no comércio Se não fosse isso a cidade tinha acabado
Gera emprego, principalmente, para quem É a única coisa que tem na cidade
não tem estudo Salvação do povo
Quem ia embora não vai mais pelo emprego A maioria das pessoas da cidade sobrevive da
na cana-de-açúcar cana-de-açúcar
Antes não tinha emprego agora tem Se não fosse a cana-de-açúcar estaria pior
Emprega muita gente, fica desempregado Sem a cana-de-açúcar seria nosso fim
quem quer Se não fosse a cana-de-açúcar muita gente
Para a região é muito útil passaria fome
Pela oportunidade de emprego melhorou a Sustento do povo
qualidade de vida Bom para os pobres, se não fosse à cana-de-
Se não fosse a cana-de-açúcar não teríamos açúcar numa cidade pequena como essa
mais nada não teríamos outra coisa
Não temos opção na cidade é somente na Se não fosse a cana-de-açúcar seria difícil para
cana-de-açúcar a cidade
Para quem não tinha emprego a entrada da Só tem as usinas e coitado de nós se não fosse
cana-de-açúcar foi bom elas
211
Analisando as colocações de Santos (1996 [1993]), podemos dizer que
para a região da Nova Alta Paulista as dinâmicas concernem às características de
um Brasil agrícola e rural que inclui áreas urbanas: as pequenas cidades da
região, principalmente as locais híbridas. Além do mais, é através da atividade
agroindustrial canavieira que a agricultura moderna se expressa, sendo
responsável pela área de exportação própria do Brasil Agrícola com áreas
urbanas.
Portanto, para as cidades da Nova Alta Paulista sua unidade se dá pela
inter-relação entre o mundo rural/agrícola e o mundo urbano, pois é o campo
que comanda a vida econômica e social do urbano, sobretudo nos níveis
inferiores da complexidade urbana.
No Brasil agrícola com áreas urbanas a agricultura científica comanda as
relações econômicas e as relações que envolvem a tríade rural/urbano/agrícola.
Nesse sentido, emergem as cidades do campo (SANTOS, 1996 [1993]). No
momento atual segundo Elias (2007), estas cidades podem ser chamadas de
cidades do agronegócio. As cidades do agronegócio estão relacionadas
diretamente à consecução do agronegócio globalizado e, conforme Elias (2005,
p. 4482), as demandas das produções agrícolas e agroindustriais modernas:
213
destruir o primeiro, ao contrário, denota descobrir um complemento de
determinações.
Cada um é aquele que nega o outro. O agrícola, nega o rural e vice-versa
e o rural nega o urbano, contudo este processo faz parte dele mesmo. A lógica
dialética da dupla determinação nos demonstra que cada referencial utilizado
para pensar os processos nos possibilita dizer que um mesmo enunciado seja
falso e/ou verdadeiro, como destacado no estudo de Ávila e Zusuki (2009).
Por isso insistimos na tríade porque a dialética não é dual e pode ser
aprendida de diferentes vieses. Na tríade rural/urbano/agrícola podemos
considerar diversas formas de apreensão da realidade, pois elas se
complementam e cada elemento se perfaz um no outro, assim temos:
Urbano (vida urbana), rural (negação do urbano); agrícola (reafirma o
urbano em uma escala maior, mas não elimina o rural, pois faz parte dele
mesmo);
Agrícola (agronegócio globalizado produção baseada na técnica, na
ciência, na informação e racionalização), rural (nega esse modo de
produzir); urbano (locus dos dois);
Rural (produção para reprodução da vida), agrícola (nega esse modo de
vida, fragmenta o espaço rural, desapropria os camponeses de seu modo
de vida, de sua existência); urbano (locus dos dois);
Urbano (local de reprodução das relações sociais dos camponeses
desapropriados de suas terras), agrícola (urbano, enquanto local de
reservatório de mão de obra), rural (resistência a esse processo, pois
mesmo fragmentado não se difunde no agrícola ou no urbano).
214
Diante do exposto, observamos que perante as mudanças no modelo
produtivo e organizacional do campo, o modo de vida rural está permeado pelo
modo de vida urbano ou como estudado por Rua (2006, p. 94) “urbanidades no
rural”. No mesmo sentido, o modo de vida nas cidades é permeado pelo rural,
sendo denominado pelo mesmo autor de “ruralidades no urbano”. Essas
múltiplas territorialidades, vivenciadas pelos sujeitos, marcam o “surgimento de
espaços híbridos, inovadores, fruto da interação entre rural e urbano”.
215
CONSIDERAÇÕES FINAIS
216
Para pensar os diferentes processos que se estruturam nas localidades
analisadas – segregação socioespacial interurbana e impactos da atividade
agroindustrial canavieira que também gera o seu outro, a cidade da exclusão
social – tivemos de início compreender os conteúdos desses espaços.
218
as partes. Revelando-nos a desigual distribuição desses meios e as condições de
vida da população.
219
trabalho e transforma os pares dialéticos rural/urbano na tríade
rural/urbano/agrícola.
220
segregando-as, desapropriando-as, estigmatizando-as, fragmentando os espaços
de vida e inserindo lógicas excludentes que nos imprime a necessidade de pensar
outras possibilidades que possam existir diante desses processos. Ou seja, outra
realidade é possível.
221
Nesse contexto, a geografia sendo uma ciência que mantém o
pensamento em movimento, se apresenta enquanto uma possibilidade heurística
de interpretação e transformação da realidade.
222
APÊNDICE 1
NOVA ALTA PAULISTA:
RECORTE EMPÍRICO
223
Realizaremos um breve balanço sobre o conceito de região com base em
diferentes concepções teórico-metodológicas para apresentar os motivos que nos
levam a escolher a Nova Alta Paulista como recorte empírico, uma vez que nos
interessa desvendar o conteúdo político-cultural da sua configuração territorial,
indo além do entendimento apenas do recorte administrativo.
224
b) regionalização como classificação, com base nos princípios da lógica formal,
cujo propósito da classificação é o de dar ordem aos objetos estudados,
sistematizar informações, fazer generalizações indutivas. Assim, o espaço é
classificado de acordo com os propósitos a serem atingidos, como por exemplo,
as regiões homogêneas agrícolas, regiões funcionais urbanas, regiões
administrativas. Para o autor nessa perspectiva o espaço é desagregado de sua
complexidade.
226
Região Administrativa, com sede em Presidente Prudente. Nessa subdivisão a
Nova Alta Paulista é composta por 23 municípios. Como podemos observar no
mapa 21.
Mapa 21
Nova Alta Paulista
10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo
228
Mapa 22
Nova Alta Paulista
Política-cultural - 2010
229
Isto não quer dizer que desprezamos as diversas posturas teórico-
metodológicas de se apreender um recorte regional. Nos deparamos, nesta
pesquisa, com a necessidade de utilizar, como ponto de partida, os estudos da
REGIC sobre influência das cidades e discutimos questões de hierarquia urbana
em trabalhos anteriores (ROMA, 2008), como também utilizamos desses
apontamentos. Afinal, Corrêa (2006) frisa que a classificação funcional das
cidades, que parte da compreensão da divisão territorial do trabalho, não deve
ser considerada um fim em si mesma, mas um começo de pesquisa.
230
Nesse contexto iniciou-se, na atualmente denominada Nova Alta Paulista,
uma colonização de mercado na qual, devido aos fatores de localização e a
ausência de infraestrutura, ofereceram-se aos fazendeiros e empresas loteadoras
os elementos estruturantes para reservas de valor.
Por sua vez, Gil (2007, p. 45) destaca que os fazendeiros e as empresas
loteadoras “foram as que mais se beneficiaram com as ações governamentais
voltadas à criação e oficialização de medidas regulamentadoras para a posse das
terras e instalação de infra-estruturas”.
Como a maior parte dos novos proprietários eram ex-colonos das antigas
fazendas de café, contando com parcos recursos financeiros, tecnológicos e
técnicos podia comprar somente uma pequena gleba, contribuindo para que a
estrutura fundiária da região fosse constituída de pequenas e médias
propriedades rurais (GIL, 2007).
232
se sedes de comarca e, consequentemente, aumentar seu prestígio junto ao
governo do Estado.
3. Dinâmica populacional
234
advém do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é distribuído pelo
número de habitantes e mudando seu percentual de repasse a cada 10.000 mil
habitantes, torna-se significativa a diminuição da população neste município. Nos
municípios que compõem essa faixa populacional, a perda de habitantes da área
rural entre 1991 e 2000 está entre 3,30% a 8,51%, com destaque para o
município de Flórida Paulista que apresentou uma diminuição de 14,88%. Já no
período seguinte – 2000 a 2010 – há municípios que ganham população rural,
como Lucélia e Flórida Paulista.
Nos municípios com população com até 10.000 mil habitantes destacamos
Pracinha. A população do município de Pracinha perfazia em 2000, 1.443
habitantes, em 2010 registra-se um contingente populacional de 2.863
habitantes. Este incremento populacional explica-se pela população carcerária
recebida após dezembro de 2006, com a inauguração da unidade prisional.
Observamos que os menores municípios são os que apresentam na região,
percentualmente, a maior perda de população total no período de 2000 a 2010,
destacando Flora Rica e Arco-Íris, com perda significativa de população (-19,52%
e -11,00%, respectivamente). Já com relação à população rural, entre 1991 e
2000, a perda fica entre 9,74% a 15,33% sendo que o incremento na população
urbana não acompanha as perdas. Destacamos, ainda que no período seguinte
Irapuru tem incremento de população rural de aproximadamente 25,00%.
Considerando que essas cidades estão no limite inferior da complexidade urbana,
seu pequeno dinamismo econômico não consegue absorver todo fluxo migratório
advindo do campo.
Mapa 23
Nova Alta Paulista
População - 2010
235
236
Tabela 16
Nova Alta Paulista - População Total, Rural e Urbana - 1991, 2000 e 2010.
Municípios População Urbana Rural População Urbana Rural População Urbana Rural
Total 1991 Total 2000 Total 2010
Municípios com mais de 50.000 mil habitantes
Tupã 61.302 55.578 5.724 63.333 60.366 2.967 63492 60946 2546
90.66% 9,34% 95,32% 4,68% 96,00% 4,00%
Municípios com população entre 20.000 a 50.000 mil habitantes
Dracena 39.693 34.863 4.830 40.500 37.153 3.347 43263 39946 3317
87,83% 12,17% 91,74% 8,26% 92,00% 8,00%
Adamantina 32.091 27.662 4.429 33.497 30.368 3.129 33797 31948 1849
86,20% 13,18% 90,66% 9,34% 95,00% 5,00%
Osvaldo Cruz 28.918 23.663 5.255 29.648 26.141 3.507 30917 27782 3135
81,83% 18,17% 88,17% 11,83% 90,00% 10,00%
Municípios com população entre 10.000 a 20.000 mil habitantes
Lucélia 19.289 15.731 3.555 18.316 15.698 2.618 19885 17222 2663
81,55% 18,43% 85,71% 14,29% 87,00% 13,00%
Bastos 19.116 15.191 3.925 20.588 17.040 3.548 20461 17624 2837
79,47% 20,53% 82,77% 17,23% 86,00% 14,00%
Junqueirópoli
s 17.708 12.769 4.939 17.005 13.420 3.585 18726 15399 3327
72,11% 27,89% 78,92% 21,08% 82,00% 18,00%
Tupi Paulista 14.045 10.621 3.424 13.286 10.877 2.409 14262 11203 3059
75,62% 24,38% 81,87% 18,13% 89,00% 21,00%
Flórida
Paulista 12.510 8.257 4.253 11.106 8.982 2.124 12849 10138 2711
66,00% 34,00% 80,88% 19,12% 79,00% 21,00%
Pacaembu 12.365 8.317 4.048 12.518 9.497 3.021 12934 9745 3189
67,26% 32,74% 75,87% 24,13% 75,00% 25,00%
Panorama 12.343 10.702 1.641 13.649 12.665 984 14603 14168 435
86,71% 13,29% 97,79% 7,21% 97,00% 3,00%
Parapuã 11.418 7.477 3.941 11.104 8.494 2.610 10844 8896 1948
65,48% 34,52% 76,49% 23,51% 82,00% 18,00%
Rinópolis 11.169 7.768 3.401 10.255 7.948 2.307 9935 8636 1299
69,55% 30,45% 77,50% 22,50% 87,00% 13,00%
Municípios com população até 10.000 mil habitantes
Arco-Íris 2.163 1.068 1.095 1925 1097 828
49,38% 50,62% 57,00% 43,00%
Flora Rica 2.380 1.476 904 2.177 1.568 609 1752 1418 334
62,02% 37,98% 72,03% 27,97% 81,00% 19,00%
Herculândia 7.036 5.216 1.820 7.992 6.824 1.165 8696 7921 775
74,13% 25,87% 85,39% 14,58% 91,00% 9,00%
Iacri 7.038 4.039 2.999 6.784 4.795 1.988 6419 5050 1369
57,39% 42,61% 70,68% 29,30% 79,00% 21,00%
Inúbia Paulista 3.355 2.468 887 3.318 2.764 554 3630 3177 453
73,56% 26,44% 83,30% 16,70% 88,00% 12,00%
Irapuru 8.257 5.399 2.858 7.454 5.629 1.828 7787 5505 2282
65,39% 34,61% 75,52% 24,52% 71,00% 29,00%
Mariápolis 4.352 2.498 1.857 3.854 2.803 1.051 3916 3137 779
57,40% 42,60% 72,73% 27,27% 80,00% 20,00%
Monte Castelo 4.718 2.897 1.821 4.089 3.004 1.085 4063 3211 852
61,40% 38,60% 73,47% 26,53% 79,00% 21,00%
Nova
Guataporanga 2.133 1.527 606 2.087 1.728 359 2178 1893 285
71,59% 28,41% 82,80% 17,20% 87,00% 13,00%
Ouro Verde 7.093 5.666 1.427 7.148 6.345 803 7794 7170 624
79,88% 20,12% 88,77% 11,23% 92,00% 8,00%
Paulicéia 4.157 3.074 1.083 5.302 3.934 1.368 6342 5271 1071
73,95% 26,05% 74,20% 25,80% 83,00% 17,00%
Pracinha 1.431 1.186 245 2863 1369 1494
82,88% 27,12% 48,00% 52,00%
Queiroz 1.936 1.300 636 2.171 1.659 512 2808 2385 423
67,15% 32,85% 76,42% 23,58% 85,00% 15,00%
Sagres 2.653 1.214 1.439 2.439 1.578 861 2395 1819 576
45,76% 54,24% 64,70% 35,30% 76,00% 24,00%
Salmourão 4.462 3.212 1.250 4.401 3.561 840 4818 4321 497
71,99% 28,01% 80,91% 19,09% 90,00% 10,00%
Santa
Mercedes 2.982 2.044 938 2.803 2.231 572 2831 2458 373
68,54% 31,46% 79,59% 20,41% 87,00% 13,00%
São J. do P.
D`Alho 2.814 1.673 1.141 2.180 1.611 569 2103 1705 398
59,45% 40,54% 73,90% 26,10% 81,00% 19,00%
Total 357.333 282.302 75.031 362.598 310.937 51.660 378288 332560 45728
Fonte: IBGE, censo demográfico de 1991, 2000 e 2010. Org. Claudia Marques Roma, 2010.
237
4. Vias de acesso
Mapa 24
Nova Alta Paulista
Vias de acesso
238
239
A localização geográfica, também, influi sobre as atividades presentes
nas cidades e encontramos cidades em que estão presentes,
principalmente, as atividades associadas ao circuito inferior, devido a seu
tamanho populacional, sua incipiente função urbana e até mesmo por sua
localização geográfica, pois como afirma Santos (2004, p. 263):
240
Dentre essas a única que não se constituiu como “Ponta de Trilho” ou “Boca
de Sertão” no período de colonização foi à cidade de Osvaldo Cruz.
Essa discussão nos remete as cidades que estão mais distantes das
principais rodovias e cujo acesso se dá por vicinais com ou sem
pavimentação. Cidades como Arco-Irís, Pracinha, Sagres, Mariápolis, Nova
Guataporanga e São João do Pau D’Alho, caracterizam-se pela
predominância maciça das atividades do circuito inferior. Seus tamanhos
populacionais determinam que as funções urbanas sejam destinadas apenas
a suprir as necessidades básicas da população e, juntamente, com suas
posições geográficas, inibem a instalação de empresas ligadas ao circuito
superior. Nesse contexto, as atividades econômicas urbanas são
predominantemente do circuito inferior da economia, fazendo com que seus
moradores dependam de outras cidades para o acesso a bens e serviços na
rede urbana.
241
As cidades citadas acima, estão localizadas aproximadamente 600 km
da metrópole paulistana, distante de 70 a 160 km das cidades médias que
as circundam, com deficientes sistemas de transporte, dificilmente
apresentarão condições de oferecer suportes às empresas ligadas ao
circuito superior da economia.
5. Unidades prisionais
242
Neste novo contexto, Vainer (2002) aponta para necessidade de uma
articulação das escalas, ou seja, somente uma análise trans-escalar poderia
responder as questões postas atualmente.
243
244
Não nos aprofundaremos a respeito das vantagens e desvantagens
dessa reestruturação da Nova Alta Paulista, pois a questão prisional
brasileira e de segurança pública vai muito além de um subitem para
caracterização de uma região. Porém algumas observações podem ser
suscitadas a fim de instigar novas investigações.
245
modo pulverizado, não alavancando atividades que sejam geradoras de
desenvolvimento.”
246
níveis de variação do PIB. Esses quatro tipos são: tipo 1 – alta renda; tipo 2
– dinâmica; tipo 3 – estagnada; tipo 4 – baixa renda.
247
vistas social, econômica e politicamente como marginalizadas, fazem parte
do sistema que possibilita e reproduz a divisão territorial do trabalho.
Ainda, a fim de compreender as cidades localizadas na Nova Alta
Paulista, com base no mapeamento realizado por Roma (2010) tendo como
referência o ano de 2000, apresentavam uma diferenciação socioespacial
existente entre os espaços.
Esse mapeamento (em anexo) permite-nos visualizar o espaço
intraurbano na escala interurbana, ou seja, os setores censitários das
cidades podem ser observados com os mesmos valores de referência na
escala interurbana, nos permitindo uma comparação entre as diferentes
cidades. Dessa forma, compreender as articulações escalares, identificando
que os processos sociais que ocorrem em uma determinada escala, não se
restringem a ela.
Assim, referente os indicadores relacionados aos domicílios e
infraestruturas urbanas não há uma diferenciação acentuada entre as
diferentes cidades, em praticamente todas as localidades podemos observar
setores com melhores e piores indicadores.
No entanto, analisando os indicadores econômicos, podemos ressaltar
claramente que as cidades com menor contingente populacional apresentam
os menores níveis de renda. Nos indicadores responsável pelos domicílios
sem rendimento mensal, responsável pelos domicílios com rendimento
mensal de até meio salário mínimo e responsável pelos domicílios com
rendimento mensal de meio a dois salários mínimos, destacamos: no
primeiro com o pior percentual a cidade de Panorama, no segundo as
cidades de Rinópolis, Ouro Verde, Monte Castelo, Flórida Paulista, Flora
Rica, Pracinha, Herculândia e Osvaldo Cruz e no terceiro as localidades de
Ouro Verde, Nova Guataporanga, Flora Rica, Queiroz e Osvaldo Cruz.
Ainda em relação a esses indicadores, constatamos que um número
elevado de setores censitários das cidades locais híbridas são classificados
como intermediários para pior. Já nos centros sub-regionais estão os
melhores indicadores e os intermediários para melhor. Destacamos nesse
grupo que a cidade de Osvaldo Cruz apresenta em seu espaço urbano dois
setores censitários classificado como pior e intermediário para pior, sendo
um deles o setor censitário denominado pelo IBGE como aglomerado sub-
normal “favela”.
248
Quando analisamos o indicador responsável pelo domicílio com
rendimento mensal com mais de 15 salários mínimos evidencia-se, ainda
mais, a diferença de nível socioeconômico presente nas cidades da Nova
Alta Paulista. Com os melhores indicadores temos somente as cidades de
Dracena, Adamantina e Tupã e, como intermediários as cidades de
Junqueirópolis, Pacaembu, Tupi Paulista, Lucélia, Bastos e Osvaldo Cruz.
Ressaltamos que praticamente todos os setores censitários das cidades com
população inferior a 5.000 habitantes, as quais estão inseridas no limite
inferior da complexidade urbana, apresentaram os piores indicadores
(Queiroz, Arco-Íris, Mariápolis, Pracinha, Inúbia Paulista, Salmourão,
Sagres, Flora Rica, Santa Mercedes, São João do Pau D’Alho, Ouro Verde e
Nova Guataporanga), somente em Monte Castelo e Inúbia Paulista
observamos setores censitários classificados como intermediários para pior,
perfazendo 3,85 a 6,55% dos domicílios.
Os indicadores sociais. No que concerne à escolaridade responsável
pelos domicílios sem instrução e menos de um ano de estudo, e responsável
pelos domicílios com 17 anos ao mais de estudo, identificamos também que
nas cidades locais híbridas estão os piores níveis de escolaridade.
No primeiro os setores censitários com os piores indicadores estão
nas cidades de Flora Rica e Osvaldo Cruz e os melhores percentuais podem
ser observados em Tupã, Dracena, Adamantina, Osvaldo Cruz, Tupi
Paulista, Junqueirópolis, Parapuã, Herculândia, Bastos e Iacri. Destacamos,
novamente, que nas cidades menores não há ocorrência de nenhum
indicador classificado como melhor sendo que os intermediários estão
indicando para pior, enquanto nas maiores além de estruturarem em seus
espaços os melhores indicadores (exceto um setor de Osvaldo Cruz)
observamos os intermediários para melhor.
No segundo evidencia-se que os maiores níveis de escolaridade
acompanham o aumento no contingente populacional da região. Somente
na cidade de Tupã, constatamos a presença de setores censitários
classificados com os melhores indicadores, enquanto em Adamantina,
Dracena e Osvaldo Cruz e as localidades com população acima de 5.000
habitantes apresentam indicadores intermediários. Nesse indicador,
constatamos que todos os setores censitários das cidades locais híbridas,
249
inseridas no limite inferior da complexidade urbana, são considerados como
piores.
Essa caracterização da região da Nova Alta Paulista, enquanto
realidade empírica torna-se importante para que possamos melhor
compreender as dinâmicas estruturadora que se estrutura os processos
socioespaciais analisados nesse trabalho, ou seja, em que contexto
socioespacial estão inseridas as cidades analisadas nesse trabalho.
250
APÊNDICE 2
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
251
1. Coleta dos dados
252
Ano 1995 Ouro Verde
menos de 20 1466,804
20 - 50 1855,955
50 - 100 1395,13
100 - 200 1683,86
200 - 500 5283,018
500 - 1000 6892,26
de 1000 a mais 8513,56
253
- Trabalho de campo com aplicação de questionários junto à população das
cidades selecionadas para estudo;
254
Tabela 17
Nova Alta Paulista
Setores censitários e indicadores, 2000
setores A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U
Adamantina 1 302 0,00 2,32 0,66 0,00 5,30 0,00 0,00 0,00 0,00 99,67 0,33 0,00 0,99 0,00 19,87 14,90 8,61 2,32 0,99
Adamantina 2 306 0,00 0,00 0,00 0,00 3,27 100,00 0,33 100,00 0,00 100,00 0,00 12,91 2,29 0,33 23,53 10,46 9,80 0,98 0,65
Adamantina 3 253 0,40 3,16 1,19 0,00 11,07 99,67 0,00 100,00 0,40 100,00 0,00 13,73 0,00 0,40 14,62 25,69 10,67 2,37 0,00
Adamantina 4 291 0,00 0,00 7,90 0,00 4,81 100,00 0,00 99,60 0,00 100,00 0,00 17,00 6,53 0,34 22,68 20,96 11,00 3,09 0,69
Adamantina 5 308 0,00 0,00 0,00 0,00 3,25 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 15,12 1,30 0,32 23,70 12,01 14,61 1,62 0,32
Adamantina 6 303 0,00 0,00 0,00 0,00 1,98 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 13,64 4,29 0,33 30,03 7,26 15,18 1,32 0,00
Adamantina 8 281 0,00 0,00 0,00 0,00 1,42 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 18,81 0,00 0,71 23,84 9,61 12,10 1,07 0,00
Adamantina 9 202 0,00 0,00 0,00 0,00 0,50 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 17,79 0,00 0,50 50,00 1,98 18,32 0,50 0,00
Adamantina 10 216 0,00 4,63 0,00 0,00 0,00 100,00 0,46 100,00 0,00 99,54 0,46 15,84 0,00 0,00 43,06 0,46 20,37 0,93 0,00
Adamantina 11 303 0,00 0,33 4,95 0,00 1,65 99,54 0,33 100,00 0,00 100,00 0,00 20,83 0,00 0,33 26,40 12,54 12,87 0,33 0,33
Adamantina 12 373 0,00 0,00 0,00 0,80 5,09 99,67 1,07 100,00 0,00 99,20 0,80 15,51 0,80 0,00 26,54 10,46 11,26 1,34 0,00
Adamantina 13 353 0,00 0,00 0,85 0,00 0,00 98,12 1,70 100,00 1,70 100,00 0,00 13,67 0,28 0,57 41,93 1,70 21,81 0,00 0,57
Adamantina 14 295 0,00 1,02 0,00 0,00 0,34 98,30 0,68 98,30 0,00 100,00 0,00 20,11 3,05 0,34 37,63 4,75 21,36 0,34 0,00
Adamantina 15 332 0,30 0,00 0,00 1,51 0,00 99,32 7,83 100,00 0,00 100,00 0,00 19,32 3,31 1,81 54,52 1,51 25,60 0,30 0,60
Adamantina 16 352 0,28 1,14 0,00 1,42 0,28 90,66 4,55 100,00 0,00 99,43 0,57 21,69 14,49 2,84 55,40 0,28 24,72 0,00 0,28
Adamantina 17 365 0,27 2,19 0,00 0,00 0,00 94,03 9,32 100,00 0,27 99,73 0,27 27,84 4,93 1,92 62,74 0,27 23,01 1,64 0,27
Adamantina 18 390 0,00 0,26 0,00 0,00 3,59 90,68 0,26 99,73 0,00 100,00 0,00 25,21 5,64 0,00 29,49 10,26 17,69 0,77 0,26
Adamantina 19 327 0,00 0,00 0,00 0,00 0,31 99,74 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 18,72 3,98 0,31 38,53 1,22 16,82 0,00 0,31
Adamantina 20 194 0,00 0,00 0,00 1,03 1,03 100,00 0,00 100,00 0,52 100,00 0,00 20,80 2,06 0,52 55,15 0,52 23,71 0,00 1,03
Adamantina 21 192 0,00 0,00 0,00 0,00 4,69 98,97 0,00 99,48 0,00 99,48 0,52 20,10 0,00 0,52 28,65 13,02 13,54 1,04 0,00
Adamantina 22 201 0,00 0,00 0,00 0,50 1,00 100,00 6,47 100,00 0,00 100,00 0,00 21,88 1,49 0,00 24,88 1,00 11,94 1,00 1,00
Adamantina 23 208 0,00 0,48 0,00 0,00 1,44 93,03 0,96 100,00 0,00 100,00 0,00 17,91 1,44 0,00 30,77 3,37 8,65 0,96 0,48
Adamantina 24 369 0,00 0,00 0,00 0,00 1,36 99,04 1,90 100,00 0,00 100,00 0,00 23,08 1,90 0,00 32,52 6,50 15,99 0,81 0,00
Adamantina 25 252 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 98,10 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 11,11 0,40 0,40 36,90 1,19 16,67 0,40 0,00
Adamantina 26 247 0,40 0,00 0,00 0,40 2,43 100,00 0,40 100,00 0,00 100,00 0,00 24,60 1,62 0,00 35,22 7,69 14,57 0,40 0,40
Adamantina 27 193 1,04 0,00 0,00 0,00 0,00 99,19 0,00 100,00 0,00 99,48 0,52 16,60 0,00 0,52 56,99 0,00 10,88 1,04 0,00
Adamantina 28 228 0,44 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00 1,75 100,00 0,00 99,12 0,88 17,10 3,51 0,00 57,02 0,00 23,25 0,00 0,88
Adamantina 29 247 0,81 0,00 0,00 0,40 0,00 98,25 0,00 100,00 0,00 99,60 0,40 25,44 1,62 0,00 65,99 0,00 27,53 0,00 0,40
255
Adamantina 30 283 0,71 2,12 0,00 0,00 0,71 99,60 2,47 100,00 0,00 99,65 0,35 33,60 0,71 1,06 36,40 2,12 17,31 0,35 0,35
Adamantina 31 249 0,40 3,61 0,00 2,41 0,40 97,53 11,65 100,00 0,40 98,39 1,61 17,67 8,84 2,41 48,19 0,80 24,50 1,61 0,00
Adamantina 33 14 0,00 0,00 0,00 0,00 7,14 85,94 #### 99,6 100,00 100,00 0,00 24,90 0,00 0,00 28,57 28,57 14,29 0,00 0,00
Adamantina 34 275 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 94,55 5,09 99,64 0,36 99,64 0,36 7,14 4,73 2,55 45,45 0,73 20,00 0,00 0,00
Arco-Íris 1 304 0,00 0,00 0,00 0,66 0,00 97,37 1,97 99,34 0,66 99,01 0,99 21,82 2,96 1,32 66,45 0,99 33,88 0,00 0,66
Bastos 1 180 0,00 0,00 0,00 0,00 2,78 100,00 0,00 100,00 0,00 99,44 0,56 24,01 1,67 0,00 23,33 8,89 10,00 0,56 0,00
Bastos 2 265 0,00 0,38 0,00 0,00 2,64 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 24,44 1,51 0,00 32,45 8,30 8,30 1,13 0,75
Bastos 3 310 0,32 0,97 0,00 0,32 1,94 99,35 0,32 99,35 0,00 99,35 0,65 20,75 0,32 0,65 20,32 15,16 4,84 2,26 0,32
Bastos 4 203 0,00 0,49 0,00 0,00 0,00 99,01 0,99 100,00 0,00 100,00 0,00 22,58 7,88 0,99 45,32 1,97 11,82 0,00 0,00
Bastos 5 202 0,99 0,50 0,00 0,00 0,00 98,02 1,98 99,5 0,00 100,00 0,00 21,67 0,50 1,49 59,41 0,00 10,40 0,00 0,50
Bastos 6 176 0,57 0,57 0,00 0,00 0,57 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 23,27 1,70 1,14 64,77 0,57 20,45 0,00 2,84
Bastos 7 280 0,00 0,36 0,00 0,00 0,36 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 23,86 2,86 0,00 50,71 1,43 13,21 0,36 0,36
Bastos 8 141 0,00 4,26 0,00 0,71 4,26 90,07 9,22 95,74 0,00 95,74 4,26 20,00 13,48 0,00 31,91 7,09 2,84 0,00 0,71
Bastos 9 190 0,53 0,00 0,00 0,00 0,53 98,95 1,05 100,00 0,00 100,00 0,00 23,40 0,53 1,58 44,21 0,53 10,53 0,53 1,58
Bastos 10 229 0,00 0,00 0,00 0,00 0,44 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 22,63 0,44 0,87 47,60 1,31 5,24 0,44 0,44
Bastos 11 52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 88,46 11,54 98,08 0,00 98,08 1,92 24,89 0,00 0,00 42,31 0,00 11,54 0,00 1,92
Bastos 12 211 6,64 0,47 0,00 0,00 0,00 96,21 3,79 96,21 0,00 98,58 1,42 25,00 5,21 0,00 38,39 0,00 5,69 9,95 0,47
Bastos 13 104 1,92 0,00 0,00 1,92 0,00 98,08 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 20,38 2,88 3,85 62,50 0,00 12,50 0,00 0,00
Bastos 14 303 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 99,34 0,66 99,34 0,33 99,67 0,33 28,85 1,98 1,32 64,36 0,00 27,06 0,00 0,33
Bastos 15 345 0,00 6,38 0,00 0,58 0,00 99,13 0,29 98,26 0,29 100,00 0,00 30,03 3,77 2,32 61,16 0,00 21,45 0,00 1,45
Bastos 16 288 0,35 1,39 0,00 0,35 0,00 99,31 0,35 99,65 0,35 92,71 7,29 24,64 5,21 0,69 45,83 0,35 21,53 0,00 1,74
Bastos 17 250 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 98,80 1,20 100,00 0,00 100,00 0,00 23,96 9,20 0,00 50,40 0,40 13,60 0,00 1,60
Bastos 18 290 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 99,31 0,69 100,00 0,00 98,28 1,72 21,20 5,86 1,03 58,28 1,03 15,17 0,00 0,34
Bastos 19 283 0,00 0,00 0,00 0,00 0,71 99,65 0,35 100,00 0,00 99,29 0,71 22,07 1,06 1,41 49,82 2,47 7,42 0,00 0,00
Bastos 20 167 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 28,27 0,60 0,60 44,31 0,00 13,17 0,60 0,60
Bastos 21 234 0,00 0,00 0,00 0,43 0,00 99,57 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 25,15 1,28 3,85 52,56 0,43 10,26 0,00 0,43
Dracena 1 165 0,00 0,00 3,64 0,00 21,82 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 37,18 1,21 0,00 6,67 29,09 6,67 1,82 0,00
Dracena 2 167 0,00 0,00 0,00 0,00 10,78 100,00 0,00 100,00 0,00 98,20 1,80 7,27 1,20 0,00 14,37 26,95 5,39 2,40 0,00
Dracena 3 255 0,00 0,00 0,39 0,00 7,45 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 14,37 1,18 0,00 24,31 17,65 11,37 1,96 0,00
Dracena 4 169 0,00 0,00 0,00 0,00 6,51 100,00 0,00 100,00 0,00 100,00 0,00 14,90 2,37 0,59 29,59 17,16 12,43 4,14 0,00
SUCESSIVAMENTE
256
A- Número dos domicílios;
B- Domicílios particulares improvisados (%);
C- Domicílios particulares permanentes tipo cômodo(%);
D- Domicílios Coletivos(%);
E- Domicílios particulares permanentes sem banheiro ou sanitário(%);
F- Domicílios particulares permanentes com quatro banheiros ou mais(%);
G- Domicílios particulares permanentes esgotamento sanitário ligado a rede geral de esgoto(%);
H- Domicílios particulares permanentes esgotamento sanitário de outra forma(%);
I- Domicílios particulares permanentes com abastecimento de água(%);
J- Domicílios particulares permanentes com abastecimento de água outra forma(%);
L- Domicílios particulares permanentes com coleta de lixo(%);
M- Domicílios particulares permanentes com outro destino do lixo(%);
N- Domicílios particulares permanentes com mais de cinco moradores(%);
O- Pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes sem rendimento mensal(%);
P- Pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes com rendimento nominal de até ½ salário mínimo(%);
Q- Pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes com rendimento nominal de até dois salários mínimos(%);
R- Pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes com rendimento nominal de mais de 15 salários mínimos(%);
S- Pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes sem instrução e menos de um ano de estudo(%);
T- Pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes com 17 anos ou mais de estudo(%);
U- Pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes com 10 a 19 anos de idade(%);
257
3. Definição das classes
X 100 13,24
258
Então, no papel milimetrado, marcamos o ponto de 0,07%, depois, unimos
os pontos e, assim sucessivamente até a obtenção de 100%, conforme se
observa no exemplo a seguir.
Figura 1
Modelo de Pares Recíprocos
0,00 0,30 0,31 0,43 0,47 0,77 0,97 1,27 1,37 4,00 4,14 5,12 6,76 10,09 12,82 13,54
5
10
MODELO DE PARES RECÍPROCOS
15
20
25
30
35
40
45 CLASSES
50 0,00 - 1,37
4,0 - 5,12
55 6,76
10,09
60 12,82 - 13,54
65
70
100
Essa técnica por pares recíprocos permite uma perda de até 15% dos
detalhes e, dessa maneira, a linha traçada no exemplo acima representa esses
15%, e é justamente no cruzamento entre as linhas que se define o intervalo das
classes.
260
Pacaembu 4 3 20,48
Adamantina 14 3 21,36
Adamantina 13 3 21,81
Flórida Paulista 6 3 22,32
Flórida Paulista 1 3 22,63
Adamantina 17 3 23,01
Adamantina 28 3 23,25
Adamantina 20 3 23,27
Pacaembu 1 3 23,27
Pacaembu 9 3 23,90
Adamantina 31 3 24,50
Adamantina 16 3 24,72
Adamantina 15 4 25,60
Flórida Paulista 9 4 26,34
Pacaembu 5 4 26,55
Adamantina 29 4 27,53
Pacaembu 10 4 27,76
Flórida Paulista 3 4 28,18
Mariapólis 2 5 29,63
Pacaembu 8 5 29,81
Pacaembu 2 5 30,08
Mariapólis 4 5 30,92
Flórida Paulista 5 5 31,07
Flórida Paulista 4 5 31,90
Mariapólis 1 5 32,46
Flórida Paulista 7 6 33,76
Mariapólis 3 6 34,80
Pacaembu 11 6 35,00
OBS: Essa técnica foi elaborada para todos os indicadores e grupos de mapas.
261
nossa pesquisa representa a maioria, vetorizamos os setores censitários
manualmente27.
Ressaltamos que a classe definida para cada indicador é única para todas
as cidades, nos permitindo compreender o espaço intraurbano de cada cidade na
escala interurbana. No entanto, para que o software MapInfo® geocodifique as
informações com os respectivos setores censitário torna-se necessário que a
elaboração dos mapas seja individual. Assim, com os mapas finalizados juntam-
se todos em um único layout.
Libault (1975) destaca que “pelo menos nos países ocidentais, as cores
evocam vários sentimentos que o cartógrafo não pode desprezar”. (242), e que a
noção mais usual que corresponde às cores é a noção de calor, na qual, o
vermelho é considerado uma cor quente e o azul uma cor fria. Nesta técnica de
coloração tem-se o colorido corocromático convencional, sendo uma gama
simples crescente vermelho ao laranja, e colorido corocromático convencional,
sendo gama dupla que vai vermelho ao amarelo e no outro extremo azul escuro
aos tons mais claros. O autor acrescenta que “uma tradição no uso das cores
pode se estabelecer, mas uma normalização jamais conseguirá agregar todas as
adesões”. (p. 242)
27
Exemplo de descrição dos setores censitários: do ponto inicial - rua das araras -
rua bem-te-vi - rua pinguim - alameda yosakichi yoshida - segue por esta ate a rua juriti
- deflete a direita por 90º numa distancia de 400 mts. na divisa de propriedade de
natalino chagas - rua nabuco yoshikawa - por 225 mts. - deflete a direita por 90º na
divisa de propriedade de seisaburo ito por 400 mts. - prolongamento da alameda
yosakichi yoshida - rua das cerejeiras - rua dos canarios - ate o ponto inicial.
262
Libault (1994, p. 26) ao explicar a combinação da variável cor destaca que
sua composição não é fortuita:
O autor ainda nos ressalta que a percepção das cores deve levar em conta
três fatores, ou três dimensões das cores: o matiz, a saturação e o valor. A
dimensão valor é a quantidade de energia refletida, organizados em
equidistâncias perceptivas. Essa dimensão consiste em uma série de valores que
podem ser uma sequência de cinzas, indo do preto ao branco, ou vermelho ao
amarelo, etc..
263
5. Escolha das cidades a serem analisadas
264
Quadro 11
Cidades, rede urbana - 2008.
CIDADES/REDE URBANA (REGIC)
Sub-reginal (A) Sub-regional (B) Local/Centro de Zona
Adamantina Florida Paulista
Mariápolis
Pacaembu
Dracena Flora Rica
Irapuru
Junqueirópolis
Monte Castelo
Nova Guataporanga
Ouro Verde
Panorama
Paulicéia
Santa Mercedes
São João do Pau D’Alho
Tupi Paulista
Lucélia Pracinha
Osvaldo Cruz Inúbia Paulista
Sagres
Salmourão
Tupã Arco-Íris
Bastos
Herculândia
Iacri
Parapuã
Queiroz
Rinópolis
Fonte: IBGE, Regiões de influência das cidades, 2008. Org. Claudia M. Roma, 2010.
265
Observamos, ainda, a necessidade de acrescentarmos os municípios de
Queiroz, Monte Castelo e Paulicéia no que tange as questões relacionadas à
entrada da atividade agroindustrial canavieira, pois, Queiroz possui uma usina
e/ou destilaria de açúcar e álcool, destacando-se na composição do PIB
industrial; Monte Castelo e Paulicéia no que se refere à mão-de-obra destinada à
atividade agroindustrial canavieira.
6. Seleção da amostra
266
Portanto, como em nossa pesquisa as cidades locais híbridas analisadas
apresentam uma distribuição normal da população – pequena e estagnada no
período de 2000 (IBGE, Censo Demográfico) e 2007 (IBGE, Contagem
Populacional) – e com desvio padrão entre elas definido por uma variação
populacional de 2% (para mais ou para menos) optamos em trabalhar com esta
metodologia.
Quadro 12
Amostra de questionários, 2010
CIDADES POPULACÃO URBANA – 2000* AMOSTRA
(número de questionários a serem
aplicados)
ARCO-ÍRIS 1.068 60
FLORA RICA 1.568 75
INÚBIA PAULISTA 2.764 96
MARIÁPOLIS 2.803 96
PRACINHA 1.186 63
QUEIROZ 1.659 65
MONTE CASTELO 3.004 96
SÃO JOÃO DO PAU D’ALHO 1.611 61
PAULICÉIA 3.934 96
Fonte: IBGE (2000) e LEE (2010). Org. Alexandre Bergamin Vieira e Cláudia Marques Roma.
* A referência da população urbana recai sobre o Censo Demográfico de 2000 pois a Contagem Populacional de
2007 não se subdivide em população rural e urbana.
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e desafios teóricos).v. 3., Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente
Prudente, 2009. tese de livre docência
297
ANEXOS
298
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Arco-Íris 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 8
Quadro 2 Arco-Íris 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 9
Quadro 3 Arco-Íris 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 9
Quadro 4 Arco-Íris 2010 – Local de origem dos entrevistados.............. 15
Quadro 5 Arco-Íris 2010 – O entrevistado e a cidade........................... 16
Quadro 6 Arco-Íris 2010 – O entrevistado e a cidade........................... 16
Quadro 7 Arco-Íris 2010 – O entrevistado e as relações interurbanas 16
com Tupã.......................................................................
Quadro 8 Arco-Íris 2010 – Concepção de cidade dos entrevistados........ 17
Quadro 9 Flora Rica 2010 – A cidade e o agronegócio.......................... 20
Quadro 10 Flora Rica 2010 – A cidade e o agronegócio.......................... 21
Quadro 11 Flora Rica 2010 – A cidade e o agronegócio.......................... 21
Quadro 12 Flora Rica 2010 – Local de origem dos entrevistados............. 27
Quadro 13 Flora Rica 2010 – O entrevistado e a cidade........................ 28
Quadro 14 Flora Rica 2010 – O entrevistado e a cidade......................... 29
Quadro 15 Flora Rica 2010 – O entrevistado e as relações interurbanas 29
com Dracena..................................................................
Quadro 16 Flora Rica 2010 – Concepção de cidade dos entrevistados..... 30
Quadro 17 Inúbia Paulista 2010 – A cidade e o agronegócio................... 33
Quadro 18 Inúbia Paulista 2010 – A cidade e o agronegócio................... 34
Quadro 19 Inúbia Paulista 2010 – A cidade e o agronegócio................... 34
Quadro 20 Inúbia Paulista 2010 – Local de origem dos entrevistados...... 40
Quadro 21 Inúbia Paulista 2010 – O entrevistado e a cidade.................. 41
Quadro 22 Inúbia Paulista 2010 – O entrevistado e a cidade.................. 42
Quadro 23 Inúbia Paulista 2010 – O entrevistado e as relações 42
interurbanas com Osvaldo Cruz..........................................
Quadro 24 Inúbia Paulista 2010 – Concepção de cidade dos 43
entrevistados.................................................................
Quadro 25 Mariápolis 2010 – A cidade e o agronegócio........................ 47
Quadro 26 Mariápolis 2010 – A cidade e o agronegócio........................ 47
Quadro 27 Mariápolis 2010 – A cidade e o agronegócio......................... 48
Quadro 28 Mariápolis 2010 – Local de origem dos entrevistados............ 54
Quadro 29 Mariápolis 2010 – O entrevistado e a cidade......................... 56
Quadro 30 Mariápolis 2010 – O entrevistado e a cidade......................... 56
Quadro 31 Mariápolis 2010 – O entrevistado e as relações interurbanas 57
com Adamantina.............................................................
Quadro 32 Mariápolis 2010 – Concepção de cidade dos entrevistados...... 59
Quadro 33 Monte Castelo 2010 – A cidade e o agronegócio.................... 62
Quadro 34 Monte Castelo 2010 – A cidade e o agronegócio................... 63
Quadro 35 Monte Castelo 2010 – A cidade e o agronegócio.................... 64
Quadro 36 Monte Castelo 2010 – Local de origem dos entrevistados....... 65
Quadro 37 Paulicéia 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 68
Quadro 38 Paulicéia 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 68
Quadro 39 Paulicéia 2010 – A cidade e o agronegócio.......................... 69
Quadro 40 Paulicéia 2010 – Local de origem dos entrevistados.............. 70
Quadro 41 Pracinha 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 72
Quadro 42 Pracinha 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 73
Quadro 43 Pracinha 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 73
Quadro 44 Pracinha 2010 – Local de origem dos entrevistados............... 79
Quadro 45 Pracinha 2010 – O entrevistado e a cidade........................... 80
Quadro 46 Pracinha 2010 – O entrevistado e a cidade.......................... 81
Quadro 47 Pracinha 2010 – O entrevistado e as relações interurbanas
i
com Lucélia.................................................................... 81
Quadro 48 Pracinha 2010 – Concepção de cidade dos entrevistados........ 82
Quadro 49 Queiroz 2010 – A cidade e o agronegócio............................ 85
Quadro 50 Queiroz 2010 – A cidade e o agronegócio............................. 86
Quadro 51 Queiroz 2010 – A cidade e o agronegócio............................ 87
Quadro 52 Queiroz 2010 – Local de origem dos entrevistados............... 88
Quadro 53 São João do Pau D'Alho 2010 – A cidade e o agronegócio...... 90
Quadro 54 São João do Pau D'Alho 2010 – A cidade e o agronegócio....... 91
Quadro 55 São João do Pau D'Alho 2010 – A cidade e o agronegócio....... 91
Quadro 56 São João do Pau D'Alho 2010 – Local de origem dos
entrevistados................................................................... 97
Quadro 57 São João do Pau D'Alho 2010 – O entrevistado e a cidade...... 99
Quadro 58 São João do Pau D'Alho 2010 – O entrevistado e a cidade...... 99
Quadro 59 São João do Pau D'Alho 2010 – O entrevistado e as relações
interurbanas com Dracena................................................ 100
Quadro 60 São João do Pau D'Alho 2010 – Concepção de cidade dos
entrevistados................................................................... 101
Quadro 61 Flora Rica – Atividade desenvolvida no circuito inferior – 2012 104
Quadro 62 Flora Rica – Custos fixos – 2012......................................... 108
Quadro 63 Pracinha - Atividade desenvolvida no circuito inferior - 2012 108
Quadro 64 Pracinha - Custos fixos – 2012........................................... 112
Quadro 65 Mariápolis - Atividade desenvolvida no circuito inferior - 2012 112
Quadro 66 Mariápolis - Custos fixos – 2012......................................... 116
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Arco-Íris 2010 – Ocupações dos entrevistados...................... 7
Tabela 2 Arco-Íris 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 8
Tabela 3 Arco-Íris 2010 – A cidade e os meios de consumo coletivo e
individual – meios de locomoção para Tupã......................... 10
Tabela 4 Arco-Íris 2010 – A cidade e os meios de consumo coletivo e
individual – transporte coletivo para Tupã............................ 11
Tabela 5 Arco-Íris 2010 – A cidade e os meios de consumo coletivo e
individual – infraestrutura................................................. 11
Tabela 6 Arco-Íris 2010 – A cidade e os meios de consumo coletivo e
individual – principais locais de consumo............................. 11
Tabela 7 Arco-Íris 2010 – Assistência Social..................................... 12
Tabela 8 Arco-Íris 2010 – O entrevistado e as relações com Presidente 13
Prudente, Marília e São Paulo.............................................
Tabela 9 Arco-Íris 2010 – Relações interurbanas com Tupã................. 14
Tabela 10 Arco-Íris 2010 – O entrevistado e a cidade.......................... 15
Tabela 11 Arco-Íris 2010 – O entrevistado e a cidade.......................... 16
Tabela 12 Arco-Íris 2010 Definição de cidade e sua aplicação............... 18
Tabela 13 Flora Rica 2010 – Ocupações dos entrevistados.................... 19
Tabela 14 Flora Rica 2010 – A cidade e o agronegócio......................... 20
Tabela 15 Flora Rica 2010 – A cidade e os meios de consumo coletivo e
individual – meios de locomoção para Dracena e Presidente
Prudente......................................................................... 22
Tabela 16 Flora Rica 2010 – A cidades e os meios de consumo coletivo
e individual – transporte coletivo para Dracena e Presidente
Prudente......................................................................... 23
Tabela 17 Flora Rica 2010 – A cidades e os meios de consumo coletivo 23
e individual – infraestrutura...............................................
Tabela 18 Flora Rica 2010 – A cidades e os meios de consumo coletivo 24
ii
e individual – principais locais de consumo..........................
Tabela 19 Flora Rica 2010 – Assistência Social.................................... 25
Tabela 20 Flora Rica 2010 – O entrevistado e as relações com 26
Presidente Prudente, Marília e São Paulo.............................
Tabela 21 Flora Rica 2010 – Relações interurbanas com Dracena.......... 26
Tabela 22 Flora Rica 2010 – O entrevistado e a cidade......................... 28
Tabela 23 Flora Rica 2010 – O entrevistado e a cidade......................... 30
Tabela 24 Flora Rica 2010 Definição de cidade e sua aplicação............ 31
Tabela 25 Inúbia Paulista 2010 – Ocupações dos entrevistados............. 32
Tabela 26 Inúbia Paulista 2010 – A cidade e o agronegócio.................. 33
Tabela 27 Inúbia Paulista 2010 – A cidades e os meios de consumo 35
coletivo e individual – meios de locomoção para Adamantina
e Osvaldo Cruz................................................................
Tabela 28 Inúbia Paulista 2010 – A cidades e os meios de consumo 36
coletivo e individual – transporte coletivo para Adamantina e
Osvaldo Cruz...................................................................
Tabela 29 Inúbia Paulista 2010 – A cidades e os meios de consumo 36
coletivo e individual – infraestrutura...................................
Tabela 30 Inúbia Paulista 2010 – A cidades e os meios de consumo 37
coletivo e individual – principais locais de consumo...............
Tabela 31 Inúbia Paulista 2010 – Assistência Social............................. 38
Tabela 32 Inúbia Paulista 2010 – O entrevistado e as relações com 39
Presidente Prudente, Marília e São Paulo.............................
Tabela 33 Inúbia Paulista 2010 – Relações interurbanas com 39
Adamantina e Osvaldo Cruz...............................................
Tabela 34 Inúbia Paulista 2010 – O entrevistado e a cidade.................. 41
Tabela 35 Inúbia Paulista 2010 – O entrevistado e a cidade.................. 43
Tabela 36 Inúbia Paulista 2010 Definição de cidade e sua aplicação...... 44
Tabela 37 Mariápolis 2010 – Ocupações dos entrevistados................... 45
Tabela 38 Mariápolis 2010 – A cidade e o agronegócio......................... 46
Tabela 39 Mariápolis 2010 – A cidades e os meios de consumo coletivo 49
e individual – meios de locomoção para Adamantina.............
Tabela 40 Mariápolis 2010 – A cidades e os meios de consumo coletivo 50
e individual – transporte coletivo para Adamantina...............
Tabela 41 Mariápolis 2010 – A cidades e os meios de consumo coletivo 50
e individual – infraestrutura...............................................
Tabela 42 Mariápolis 2010 – A cidades e os meios de consumo coletivo 50
e individual – principais locais de consumo..........................
Tabela 43 Mariápolis 2010 – Assistência Social.................................... 52
Tabela 44 Mariápolis 2010 – O entrevistado e as relações com 52
Presidente Prudente, Marília e São Paulo.............................
Tabela 45 Mariápolis 2010 – Relações interurbanas com Adamantina..... 53
Tabela 46 Mariápolis 2010 – O entrevistado e a cidade........................ 55
Tabela 47 Mariápolis 2010 – O entrevistado e a cidade........................ 58
Tabela 48 Mariápolis 2010 Definição de cidade e sua aplicação............. 60
Tabela 49 Monte Castelo 2010 – Ocupações dos entrevistados.............. 61
Tabela 50 Monte Castelo 2010 – A cidade e o agronegócio................... 62
Tabela 51 Paulicéia 2010 – Ocupações dos entrevistados..................... 66
Tabela 52 Paulicéia 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 66
Tabela 53 Pracinha 2010 – Ocupações dos entrevistados..................... 71
Tabela 54 Pracinha 2010 – A cidade e o agronegócio........................... 72
Tabela 55 Pracinha 2010 – A cidade e os meios de consumo coletivo e 74
individual – meios de locomoção para Lucélia.......................
Tabela 56 Pracinha 2010 – A cidade e os meios de consumo coletivo e 74
iii
individual – transporte coletivo para Lucélia.........................
Tabela 57 Pracinha 2010 – A cidade e os meios de consumo coletivo e 75
individual – infraestrutura.................................................
Tabela 58 Pracinha 2010 – A cidade e os meios de consumo coletivo e 76
individual – principais locais de consumo.............................
Tabela 59 Pracinha 2010 – Assistência Social...................................... 77
Tabela 60 Pracinha 2010 – O entrevistado e as relações com Presidente 78
Prudente, Marília e São Paulo.............................................
Tabela 61 Pracinha 2010 – Relações interurbanas com Lucélia.............. 78
Tabela 62 Pracinha 2010 – O entrevistado e a cidade........................... 80
Tabela 63 Pracinha 2010 – O entrevistado e a cidade........................... 81
Tabela 64 Pracinha 2010 – Definição de cidade e sua aplicação............. 83
Tabela 65 Queiroz 2010 – Ocupações dos entrevistados....................... 84
Tabela 66 Queiroz 2010 – A cidade e o agronegócio............................ 85
Tabela 67 São João do Pau D'Alho 2010 – Ocupações dos entrevistados. 89
Tabela 68 São João do Pau D'Alho 2010 – A cidade e o agronegócio...... 90
Tabela 69 São João do Pau D'Alho 2010 – A cidade e os meios de 92
consumo coletivo e individual – meios de locomoção para
Dracena e Tupi Paulista....................................................
Tabela 70 São João do Pau D'Alho 2010 – A cidade e os meios de 93
consumo coletivo e individual – transporte coletivo para
Dracena e Tupi Paulista.....................................................
Tabela 71 São João do Pau D'Alho 2010 – A cidade e os meios de 93
consumo coletivo e individual – infraestrutura......................
Tabela 72 São João do Pau D'Alho 2010 – A cidade e os meios de 93
consumo coletivo e individual – principais locais de
consumo.........................................................................
Tabela 73 São João do Pau D'Alho 2010 – Assistência 95
Social...................
Tabela 74 São João do Pau D'Alho 2010 – O entrevistado e as relações 95
com Presidente Prudente, Marília e São Paulo.......................
Tabela 75 São João do Pau D'Alho 2010 – Relações interurbanas com 96
Dracena e Tupi Paulista.....................................................
Tabela 76 São João do Pau D'Alho 2010 – O entrevistado e a cidade...... 98
Tabela 77 São João do Pau D'Alho 2010 – O entrevistado e a cidade...... 100
Tabela 78 São João do Pau D'Alho 2010 – Definição de cidade e sua 101
aplicação.........................................................................
Tabela 79 Nova Alta Paulista – Emprego agropecuário formal – 2012..... 102
Tabela 80 Flora Rica – Motivo que levou desempenhar atividade – 2012 104
Tabela 81 Flora Rica – Tempo de atividade – 2012.............................. 105
Tabela 82 Flora Rica – Tecnologia – 2012........................................... 105
Tabela 83 Flora Rica – Estrutura administrativa – 2012........................ 105
Tabela 84 Flora Rica – Capitais – 2012............................................... 106
Tabela 85 Flora Rica – Empregos – 2012............................................ 106
Tabela 86 Flora Rica – Estoques – 2012............................................. 107
Tabela 87 Flora Rica – Preços das mercadorias -2012......................... 107
Tabela 88 Flora Rica – Margem de lucro – 2012.................................. 107
Tabela 89 Flora Rica – Relação com o cliente – 2012........................... 108
Tabela 90 Flora Rica – Publicidade – 2012.......................................... 108
Tabela 91 Flora Rica – Ajuda governamental p/ o estabelecimento – 108
2012..............................................................................
Tabela 92 Pracinha – Motivo que levou desempenhar atividade – 2012 109
Tabela 93 Pracinha – Tempo de atividade – 2012................................ 109
Tabela 94 Pracinha – Tecnologia – 2012....... ..................................... 109
iv
Tabela 95 Pracinha – Estrutura administrativa – 2012......................... 110
Tabela 96 Pracinha – Capitais – 2012................................................ 110
Tabela 97 Pracinha – Empregos - 2012.............................................. 110
Tabela 98 Pracinha – Estoques – 2012............................................... 111
Tabela 99 Pracinha – Preços das mercadorias -2012............................ 111
Tabela 100 Pracinha – Margem de lucro – 2012.................................... 111
Tabela 101 Pracinha – Relação com o cliente – 2012............................. 112
Tabela 102 Pracinha – Publicidade – 2012............................................ 112
Tabela 103 Pracinha – Ajuda governamental p/ o estabelecimento - 2012 112
Tabela 104 Mariápolis – Motivo que levou desempenhar atividade – 2012 113
Tabela 105 Mariápolis – Tempo de atividade – 2012.............................. 113
Tabela 106 Mariápolis – Tecnologia – 2012.......................................... 114
Tabela 107 Mariápolis – Estrutura administrativa – 2012....................... 114
Tabela 108 Mariápolis – Capitais – 2012.............................................. 114
Tabela 109 Mariápolis – Empregos – 2012........................................... 115
Tabela 110 Mariápolis – Estoques – 2012............................................. 115
Tabela 111 Mariápolis – Preços das mercadorias -2012.......................... 115
Tabela 112 Mariápolis – Margem de lucro – 2012.................................. 116
Tabela 113 Mariápolis – Relação com o cliente – 2012........................... 116
Tabela 114 Mariápolis – Publicidade – 2012.......................................... 116
Tabela 115 Mariápolis – Ajuda governamental p/ o estabelecimento -
2012.............................................................................. 116
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 Arco-Íris 2010 – Idade dos entrevistados.......................... 7
Gráfico 2 Arco-Íris 2010 – Sexo dos entrevistados...................…........ 7
Gráfico 3 Arco-Íris 2010 – Renda familiar dos entrevistados................ 9
Gráfico 4 Arco-Íris 2010 – Situação do imóvel................................... 10
Gráfico 5 Arco-Íris 2010 – Tempo de residência em anos dos 14
entrevistados...................................................................
Gráfico 6 Flora Rica 2010 – Idade dos entrevistados.......................... 18
Gráfico 7 Flora Rica 2010 – Sexo dos entrevistados.................…......... 19
Gráfico 8 Flora Rica 2010 – Renda familiar dos entrevistados............... 22
Gráfico 9 Flora Rica 2010 – Situação do imóvel.................................. 22
Gráfico 10 Flora Rica 2010 – Tempo de residência em anos dos 27
entrevistados...................................................................
Gráfico 11 Inúbia Paulista 2010 – Idade dos entrevistados................... 31
Gráfico 12 Inúbia Paulista 2010 – Sexo dos entrevistados...............…... 32
Gráfico 13 Inúbia Paulista 2010 – Renda familiar dos entrevistados........ 35
Gráfico 14 Inúbia Paulista 2010 – Situação do imóvel........................... 35
Gráfico 15 Inúbia Paulista 2010 – Tempo de residência em anos dos 40
entrevistados...................................................................
Gráfico 16 Mariápolis 2010 – Idade dos entrevistados......................... 44
Gráfico 17 Mariápolis 2010 – Sexo dos entrevistados........................... 45
Gráfico 18 Mariápolis 2010 – Renda familiar dos entrevistados.............. 49
Gráfico 19 Mariápolis 2010 – Situação do imóvel................................ 49
Gráfico 20 Mariápolis 2010 – Tempo de residência em anos dos 53
entrevistados...................................................................
Gráfico 21 Monte Castelo 2010 – Idade dos entrevistados.................... 60
Gráfico 22 Monte Castelo 2010 – Sexo dos entrevistados...................... 61
Gráfico 23 Monte Castelo 2010 – Tempo de residência em anos dos 64
entrevistados...................................................................
Gráfico 24 Paulicéia 2010 – Idade dos entrevistados........................... 64
v
Gráfico 25 Paulicéia 2010 – Sexo dos entrevistados............................. 65
Gráfico 26 Paulicéia 2010 – Tempo de residência em anos dos 66
entrevistados...................................................................
Gráfico 27 Pracinha 2010 – Idade dos entrevistados............................ 70
Gráfico 28 Pracinha 2010 – Sexo dos entrevistados..........................… 71
Gráfico 29 Pracinha 2010 – Renda familiar dos entrevistados............... 71
Gráfico 30 Pracinha 2010 – Situação do imóvel.................................... 73
Gráfico 31 Pracinha 2010 – Tempo de residência em anos dos 74
entrevistados...................................................................
Gráfico 32 Queiroz 2010 – Idade dos entrevistados............................ 79
Gráfico 33 Queiroz 2010 – Sexo dos entrevistados............................... 83
Gráfico 34 Queiroz 2010 – Tempo de residência em anos dos 84
entrevistados...................................................................
Gráfico 35 São João do Pau D'Alho 2010 – Idade dos entrevistados....... 87
Gráfico 36 São João do Pau D'Alho 2010 – Sexo dos entrevistados......... 88
Gráfico 37 São João do Pau D'Alho 2010 – Renda familiar dos 88
entrevistados...................................................................
Gráfico 38 São João do Pau D'Alho 2010 – Situação do imóvel.............. 91
Gráfico 39 São João do Pau D'Alho 2010 – Tempo de residência em anos 96
dos entrevistados............................................................
MAPAS
Mapas Mapeando os indicadores intra-urbanos na escala interurbana 117
vi
Gráfico 1
Arco-Íris
Idade dos entrevistados – 2010
Gráfico 2
Arco-Íris
Sexo dos entrevistados – 2010
Tabela 1
Arco-Íris
Ocupações dos entrevistados - 2010
Trabalha?
SIM N. % NÃO N. % Aposentado N. %
16 26,67 26 43,33 18 30,00
Profissão
7
Tabela 2
Arco-Íris
A cidade e o agronegócio - 2010
Alguém da família que trabalha em usinas e destilarias de açúcar e álcool e/ou no campo?
SIM N. % NÃO N. %
11 18,33 49 81,67
Profissão
Granja 1 9,09
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Quadro 1
Arco-Íris
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha do trabalho na cana-de-açúcar?
Muito, muito difícil Como qualquer outro
Deve ser difícil Não sabe
Piores condições de trabalho
Péssimo, muito difícil
Pesado, mas precisa trabalhar
A cana-de-açúcar não dá lucro, mas
temos poucas opções
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
8
Quadro 2
Arco-Íris
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Bom, atrai mais habitantes para cidade Bom pela parte do emprego, mas acabou
Emprego com todas as lavouras
Mais opção de emprego Quando tinha outras lavouras tinha mais
emprego a cana-de-açúcar gera menos
emprego
Só dá cana-de-açúcar
Acabou com a lavoura
Menos renda para cidade, pois o forte era a
agricultura
Menos emprego, acabou com as lavouras
Pior, acabou com as lavouras que
empregava muito boia-fria e as usinas não
pega todo mundo
Com a lavoura tinha emprego para família
toda com a cana-de-açúcar não
Mais emprego, mas os caminhões que
passam na cidade quebra a fiação e
danifica os asfaltos, além da poluição
Acabou com as estradas e as pontes
O pessoal daqui ainda não está indo muito
na cana-de-açúcar é mais prefeitura e
diarista
Poluição
Destruição da natureza
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Quadro 3
Arco-Íris
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha dos trabalhadores que vem de outras cidades para trabalhar na cana-de-
açúcar?
Toma todos os nossos serviços Mais movimento na cidade
Tiram nossos empregos, mas não Vende mais no comércio
perturbam
Tem muito maranhense. Dá medo,
perdemos a liberdade, eles brigam e as Foi bom a vinda deles
mulheres temem andar sozinhas Tem muita gente de fora, mas não muda
Tem gente que ficou com medo, olhava nada
como se fossem bicho Os maranhense gostam daqui eles não
É um povo que a gente não conhece querem mais voltar
Tem gente que reclama, fica com medo Tem muita gente do maranhão, mas eles
Acho estranho, gente desconhecida, só não mexem com ninguém
homem, sem família; preferia que fosse Não muda nada
só dá cidade Não muda nada: os de fora vem trabalhar
Muita confusão, bebidas e mulheres de aqui e os daqui vão para fora
fora Nunca mexeram comigo
Só foi para pior, só sai briga, estragou a São bem educados e respeita o povo
cidade Nem vejo eles
Meu namorado fica com ciúmes Normal, vieram para trabalhar
Indiferente
Não muda nada, mas o maranhão tomou
conta da cidade
Não sabe
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Gráfico 3
Arco-Íris
Renda familiar dos entrevistados – 2010
9
Fonte: Trabalho de Campo, 2010
Gráfico 4
Arco-Íris
Situação do imóvel – 2010
Tabela 3
Arco-Íris
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual -
Meio de locomoção para Tupã - 2010
Principais meios de locomoção utilizados pela população
Meio locomoção N. %
Transporte Coletivo 36 60,00
Condução Própria / Transporte 15 25,00
Coletivo
Condução Própria 4 6,67
Outros 5 8,33
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
10
Tabela 4
Arco-Íris
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Transporte coletivo - 2010
Suficiência do transporte coletivo
SIM N. % NÃO N. % NÃO N. %
SABE
40 66,67 15 25,00 5 8,33
Justificativa do sim Justificativa do não
Vários horários Passagem cara
É bom, mais faltam horários Falta vaga para idoso
Não sabe Ônibus velho
Não tem cobrador
Não tem ponto de parada
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Tabela 5
Arco-Íris
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual –
Infraestrutura - 2010
Existência de pavimentação?
SIM N. % NÃO N. %
60 100,00 00 00
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Tabela 6
Arco-Íris
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Principais locais de consumo - 2010
MEIOS DE CONSUMO COLETIVO
A
E Hospital
x onde obtém o serviço Frequência %
i Sim Não
s Tupã 50 83,33
t Tupã/Marília 10 16,67
X
ê
n onde obtém o serviço Frequência %
c Posto de saúde
i
Arco Íris 59 98,33
a Sim Não
X Tupã 1 1,67
n
Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
a
(particular)
c Sim Não Tupã 47 78,33
i X Não utiliza 13 21,67
d
a Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
d (público/particular)
e Sim Não Arco Íris 46 76,67
X Tupã/Arco Íris 2 3,33
Não utiliza 12 20,00
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Arco-Íris 15 25,00
X Não utiliza 45 75,00
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Arco-Íris 100 100,00
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
11
Sim Não Tupã 52 86,67
X Tupã/Arco Íris 5 8,33
Arco-Íris 3 5,00
Confecções, calçados onde obtém o serviço Frequência %
e armarinhos
Sim Não Tupã 57 95,00
X Ganha 2 3,33
Não utiliza 1 1,67
Área de Lazer onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Arco Íris 10 16,67
X Tupã 7 11,67
Não utiliza 43 71,67
CCI, Praça, futebol, pescaria,
rio (Arco Íris)
Baile, festas, clube, pesqueiro
(Tupã)
Escola onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Arco Íris 17 28,33
X Tupã 3 5,00
Tupã/Arco Íris 1 1,67
Adamantina/Arco Íris 1 1,67
Osvaldo Cruz 1 1,67
Não utiliza 37 61,67
Tupã (ensino médio particular
e faculdade)
Adamantina (faculdade)
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 7
Arco-Íris
Assistência social - 2010
Utiliza ou já utilizou assistência social do município?
SIM N. % NÃO N. % Não N. %
respondeu
33 55,00 26 43,33 1 1,67
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
12
Tabela 8
Arco-Íris
O entrevistado e as relações com Presidente Prudente, Marília e São Paulo - 2010
Relação com Presidente Prudente
SIM N. % NÃO N. %
7 11,67 53 83,33
Motivo Frequência %
Passeio 2 28,57
Médico 2 28,57
Trabalho 2 28,57
Presidio 1 14,28
Relação com Marília
SIM N. % NÃO N. %
51 85,00 91 15,00
MOTIVOS
Motivo Frequência %
Saúde 37 72,55
Lazer 5 9,80
Compras 1 1,96
Saúde/compras 1 1,96
Saúde/lazer 1 1,96
Saúde/lazer/compras 1 1,96
Trabalho 1 1,96
Relação com São Paulo
SIM N. % NÃO N. %
17 28,33 43 71,67
MOTIVOS
Motivo Frequência %
Passeio 10 58,82
Moradia 5 29,41
Trabalho 3 17,65
Compras 1 5,88
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
13
Tabela 9
Arco-Íris
Relações interurbanas com Tupã – 2010
Fluxo
Ocorrência Frequência %
1 vez na semana 6 10,00
2 vezes na semana 6 10,00
3 vezes na semana 5 8,33
4 vezes na semana -- --
5 vezes na semana -- --
6 vezes na semana -- --
7 vezes na semana -- --
Raramente -- --
Sempre 5 8,33
Quando necessita 38 63,33
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Gráfico 5
Arco-Íris
Tempo de residência em anos dos entrevistados – 2010
14
Quadro 4
Arco-Íris
Local de origem dos entrevistados - 2010
Onde nasceu? Motivo da mudança para Mariápolis?
Origem Motivo
Minas Gerais Família
Paraná Lavoura não dava mais
Bahia Trabalhar nas fazendas de café
Sítio da região Casamento
São Paulo (capital) Doença
Alagoas Pai e mãe vieram
Tupã (SP) Sossego
Pernambuco Trabalho
Borá (SP) Concurso do filho
Braúna (SP)
Pompéia (SP)
São José do Rio Preto (SP)
Queiroz (SP)
Garça (SP)
Jaú (SP)
Campinas (SP)
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Rinópolis (SP)
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 10
Arco-Íris
O entrevistado e a cidade - 2010
Você gosta de morar em Mariápolis?
SIM N. % NÃO N. %
58 96,67 2 3,33
Justificativa Justificativa
Sossego Porque não tem nada
Pacata
Calma e sem violência
Calma e tem liberdade
Bom para adolescentes, sem drogas e
armas
Muito tranquila
Boa para criar os filhos
Ninguém perturba ninguém
Não tem ladrão
É calma, não gosto de cidade grande
Acostumou
Amigos
Muita gente boa
Família
Vizinho bom
Adoro, não quero ir embora nunca
Porque é pequena, confortável e dão
recursos
Porque tenho casa própria, mas não
gosto muito
É melhor do que o sítio, tem posto de
saúde
Boa para morar, mas falta emprego
Porque é o único jeito que tenho Não sabe
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
15
Quadro 5
Arco-Íris
O entrevistado e a cidade - 2010
Quais as melhorias que faltam em Arco Íris?
Lazer Emprego
Médico 24 horas Tudo, principalmente emprego
Policiamento Fábricas
Hospital Supermercado bom
Pronto socorro 24 horas Emprego para mulheres
Cultura Emprego para jovens
Médicos de diversas especialidades É boa, mas falta emprego
Rodoviária e ponto de ônibus para se proteger da
chuva
Moradia Tá bom assim
Nada
Tudo bom
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 6
Arco-Íris
O entrevistado e a cidade – 2010
O que você acha de Arco Íris?
É uma cidade boa, pequena Deveria ter mais emprego e lazer para os
É calma jovens
Muito boa É uma cidade mais ou menos
Maravilhosa É muito parada
É lugar bom não tem ladrão É boa para aposentado e para quem trabalha
Sossegada na prefeitura
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 7
Arco-Íris
O entrevistado e as relações interurbanas com Tupã - 2010
O que você acha de Tupã?
Ótima, tem de tudo Boa, comercio
Boa, gostaria de morar lá Boa, lojas e festas
É boa porque é maior Tem comércio
Grande, tudo que precisa tem Boa para trabalho
É maior, tem mais opções Boa para comércio, mas também tem pouco
Muito grande, tem mais lugar para compras emprego
Se eu pudesse morar lá. Aí de nós
Se não fosse Tupã, não teria Arco Íris
Maior é melhor
Maior e mais problema
É uma cidade melhor que aqui
Mais desenvolvida
Bom para médicos É muito boa, todos são bem atendidos lá
Nada
Gosto muito
Não é muito bom tem muito roubo e o lugar
Não sabe
pequeno é melhor que o grande
Eu amo Tupã
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
16
Tabela 11
Arco-Íris
O entrevistado e a cidade - 2010
Gostaria de morar em outra cidade?
SIM N. % NÃO N. %
15 25,00 45 75,00
Qual cidade Motivos
Tupã (SP) Mais emprego
Birigui (SP) Mais opção
Jaú (SP) Cidade natal
Campo Grande (MS)
Clementina (SP)
São José do Rio Preto
(SP)
Bem longe daqui
Uma cidade com mais
emprego
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 8
Arco-Íris
Concepção de cidade dos entrevistados – 2010
Os entrevistados e a definição de cidade
Definição
Igual a Tupã, Marília Hospital e médicos bons Violência
Grande, bastante carro Lazer Reunião de tudo
Imagino ser grande Lazer, hospital, vizinhos Tem de tudo
Cidade grande Atende as necessidades Melhor para viver
São Paulo, Bauru, Marília (médico, escola, oportunidade
Grande, onde as coisas supermercado)
são longe
Grupo de pessoas Bastante emprego
Povoamento Progresso, indústria, Não sabe
Pessoas, prédios e emprego, lazer
empresas e movimento
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
17
Tabela 12
Arco-Íris
Definição de cidade e sua aplicação - 2010
Arco Íris pode ser considerada cidade?
SIM N. % NÃO N. %
35 58,33 25 41,67
Justificativa do Sim Justificativa do não
Quando era distrito era ruim agora É um distrito
melhorou É um patrimônio
Em vista do que era antigamente hoje é Parece um sitio, muito pequena para
ser cidade
É um patrimônio, não tem nada, tudo
caro
É um município
Cidadezinha Não é não é muito meia boca
Pequena, mas é cidade Ainda não, tudo vai para Tupã
Pelo tamanho não, mas tem esgoto, Não tem nada
creche aí pode ser cidade Não tem nada ainda pode ser que um
É cidade, tem esgoto, correio e banco dia vire cidade
Pequena, mas é, tem de tudo Não tem estrutura
Não tem de tudo, mas é cidade Falta muito para ser cidade, mas já
melhorou
Agora está aumentando um pouco, mas Muito pequena
precisa muito emprego. Não é fácil pegar Meio parada
serviço aqui. Precisa trazer firmas para as Muito pequena para ser cidade
mulheres
Cidade pequena, parece um sítio Cidade é Tupã. Aqui eles exploram a
Pequena, mas parece uma fazenda gente
grande
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Gráfico 6
Flora Rica
Idade dos entrevistados – 2010
18
Gráfico 7
Flora Rica
Sexo dos entrevistados – 2010
Tabela 13
Flora Rica
Ocupações dos entrevistados - 2010
Trabalha?
SIM N. % NÃO N. % Aposentado N. %
20 26,31 32 42,10 24 31,58
Profissão
% %
Profissão Frequência Profissão Frequência
Cabelereira 2 10,00
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
19
Tabela 14
Flora Rica
A cidade e o agronegócio - 2010
Alguém da família que trabalha em usinas e destilarias de açúcar e álcool e/ou no campo?
SIM N. % NÃO N. %
24 31,58 52 68,42
Profissão
Quadro 9
Flora Rica
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha do trabalho na cana-de-açúcar?
Um trabalho muito difícil e penoso É bom não é ruim não
É muito sofrido É bom
É difícil e muito pesado Ótimo, porque se não fosse a cana-de-
Cansativo, escravo só trabalha por açúcar o que seria de mim
necessidade É o pão de cada dia
É um serviço ruim É o único emprego que tem
É bravo Não sabe
Por ser muito pesado desgasta muito
É difícil, admiro quem corta cana-de-
açúcar porque é desgastante
Sofrido
O corte é muito sofrido, mas as outras
profissões são boas
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
20
Quadro 10
Flora Rica
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Foi bom, se não fosse a cana-de-açúcar Cruel, a cana-de-açúcar está matando
muita gente passaria fome nosso povo, aumentando as filas nos
É a única coisa que tem postos de saúde e acabou com a
Não temos outro serviço só cana-de- agricultura
açúcar e usinas Lado bom é o emprego, mas o lado ruim
Só temos emprego na prefeitura e na supera, pois somente estão plantando
cana-de-açúcar cana-de-açúcar e não existe mais lavoura
É emprego para o povo, se não fosse a branca. Deveria ser repartido o tanto que
cana-de-açúcar teríamos que sair vai de cada plantação porque não vamos
trabalhar fora ter mais alimentos para comer
Se não fosse a cana-de-açúcar não Somente ter cana-de-açúcar no campo não
teríamos mais nada desenvolve de forma abrangente, além
O emprego que tem aqui é somente disso na cana somente trabalha homens
esse sendo que nas outras lavouras todos
Não temos opção na cidade é somente podiam trabalhar
a cana-de-açúcar A maioria da população depende da cana-
Para quem não tinha emprego a de-açúcar, no entanto está entrando as
entrada da cana-de-açúcar foi bom máquinas e teremos mais desemprego na
Se não fosse a cana-de-açúcar, Flora região
Rica não existiria mais Fonte de emprego que vai acabar
Cana-de-açúcar é nosso sustento A cana-de-açúcar não dá emprego para as
Favorece muito o município, se não mulheres
fosse isso estaria muito ruim, pois só Acabou com as lavouras, pecuária. Só tem
temos a prefeitura e um comércio fraco álcool e açúcar
Só tem as usinas e coitados e nós se Mudou para melhor, mais emprego
não fossem elas Mais emprego
Geração de renda
Na questão do emprego e renda melhorou
muito, mas quem trabalha no setor
precisará se especializar devido à entrada
das máquinas
A solução da nossa cidade
Muita sujeira, fuligem e poluição
Deveria eliminar as queimadas e diminuir a
quantidade de veneno que é utilizado, pois
acaba com tudo
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Quadro 11
Flora Rica
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha dos trabalhadores que vem de outras cidades para trabalhar na cana-de-
açúcar?
Tira nossas oportunidades com certeza Se viesse seria bom para aumentar a
Não vem, mas acho que são tranqueiras cidade
21
Gráfico 8
Flora Rica
Renda familiar dos entrevistados – 2010
Gráfico 9
Flora Rica
Situação do imóvel – 2010
Tabela 15
Flora Rica
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Meio de locomoção para Dracena e Presidente Prudente - 2010
Principais meios de locomoção utilizados pela população
Meio locomoção N. %
Transporte Coletivo 39 51,32
Condução Própria 15 19,74
Condução Própria/Transporte coletivo 6 7,89
Transporte Coletivo / Carona 8 10,53
Carona 3 3,94
Condução Própria / Carona 5 6,58
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
22
Tabela 16
Flora Rica
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Transporte coletivo para Dracena e Presidente Prudente - 2010
Suficiência do transporte coletivo
SIM N. % NÃO N. % NÃO N. %
SABE
56 73,68 12 15,79 8 10,53
Justificativa do sim Justificativa do não
Conhecimento com o motorista Poucos horários
e cobrador muita lotação
Tem horários de sábado e Falta respeito com os idosos
domingo
Tabela 17
Flora Rica
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual – Infraestrutura - 2010
Existência de pavimentação?
SIM N. % NÃO N. %
75 98,68 1 1,32
23
Tabela 18
Flora Rica
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Principais locais de consumo - 2010
MEIOS DE CONSUMO COLETIVO
E
x Hospital
i onde obtém o serviço Frequência %
s Sim Não
t Junqueirópolis 27 35,53
ê Junqueirópolis/Dracena 25 32,89
X
n
Junqueirópolis/Dracena/P. Prudente 10 13,16
c
i Dracena 4 5,26
a Dracena/Presidente Prudente 6 7,89
Junqueirópolis/Presidente Prudente 3 3,94
n Dracena/Adamantina 1 1,32
a
onde obtém o serviço Frequência %
c Posto de saúde
i
d Sim Não
a X Flora Rica 76 100
d Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
e (particular)
Sim Não Dracena 18 23,68
X Junqueirópolis/Dracena/P. Prudente 6 7,89
Dracena/P. Prudente 16 21,05
Junqueirópolis/Dracena 10 13,16
Presidente Prudente 5 6,58
Junqueirópolis 9 11,84
Marília 1 1,32
Junqueirópolis/Presidente Prudente 1 1,32
Dracena/Junqueirópolis/Adamantina 2 2,63
Não utiliza 8 10,53
Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
(público/particular)
Sim Não Flora Rica 56 73,68
X Flora Rica/Dracena 4 5,26
Junqueirópolis/Presidente Prudente 1 1,32
Irapuru/Flora Rica 1 1,32
Dracena 3 3,94
Irapuru 4 5,26
Não utiliza 7 9,21
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Flora Rica 1o 13,16
X Não utiliza 83 83,00
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Flora Rica 73 96,05
X Flora Rica/Presidente Prudente 1 1,32
Não utiliza 2 2,63
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
24
Emilianópolis 1 1,32
Irapuru/Mascate 1 1,32
Confecções, calçados onde obtém o serviço Frequência %
e armarinhos
Sim Não Irapuru/Dracena 14 18,42
X Presidente Prudente 5 6,58
Irapuru 30 39,48
Dracena 2 2,63
Pacaembu 3 3,94
Irapuru/Pacaembu/Dracena 1 1,32
Flora Rica 3 3,94
Dracena/Adamantina/Pacaembu 1 1,32
Irapuru/P. Prudente/Adamantina 1 1,32
Dracena/Junqueirópolis 2 2,63
Irapuru/Dracena/Presidente Prudente 5 6,58
Dracena/Presidente Prudente 4 5,26
Junqueirópolis/Flora Rica 1 1,32
Irapuru/Flora Rica 1 1,32
Mascate/Dracena 1 1,32
Outros 1 1,32
Não utiliza 1 1,32
Área de Lazer onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Flora Rica 11 14,48
X Região 9 11,84
Irapuru/Dracena 1 1,32
Presidente Prudente 1 1,32
Não utiliza 54 71,05
Pescaria e zona rural (Região)
Atividades da Terceira Idade
(Flora Rica)
Shopping (P.Prudente)
Escola onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Flora Rica 30 39,48
X Adamantina 2 2,63
Adamantina/Flora Rica 2 2,63
Flórida Paulista 1 1,32
Lucélia 2 2,63
Não utiliza 39 51,32
← Adamantina (Faculdade,
técnico e ensino médio
particular)
← Lucélia (Faculdade)
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 19
Flora Rica
Assistência social - 2010
Utiliza ou já utilizou assistência social do município?
SIM N. % NÃO N. %
47 61,84 29 38,16
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
25
Tabela 20
Flora Rica
O entrevistado e as relações com Presidente Prudente, Marília e São Paulo - 2010
Relação com Presidente Prudente
SIM N. % NÃO N. %
68 89,47 8 10,53
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Saúde 27 39,7 Saúde/passeio 10 14,71
Passeio 15 22,06 Saúde/compras 13 19,12
Compras 3 4,41
Relação com Marília
SIM N. % NÃO N. %
26 34,21 50 65,79
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Saúde 15 57,7 Saúde/passeio 2 7,69
Passeio 7 26,92 Outros 2 7,69
Relação com São Paulo
SIM N. % NÃO N. %
30 39,47 46 60,53
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Passeio 21 70 Saúde 6 20
Moradia 3 10
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 21
Flora Rica
Relação interurbana com Dracena - 2010
Fluxo
Ocorrência Frequência %
1 vez na semana 5 6,58
2 vezes na semana 10 13,16
3 vezes na semana 4 5,26
4 vezes na semana 1 1,32
Raramente 8 10,53
Sempre 3 3,94
Quando necessita 45 59,21
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
26
Gráfico 10
Flora Rica
Tempo de residência em anos dos entrevistados - 2010
Quadro 12
Flora Rica
Local de origem - 2010
Onde nasceu? Motivo da mudança para Flora Rica?
Origem Motivo
Minas Gerais Trabalhar usina/destilaria
Pernambuco Família
Bahia Emprego
Alagoas Cansou de morar em São Paulo (SP)
Paraíba Casamento
Sítio da região Não respondeu
Adamantina (SP)
Tarabaí (SP)
Santa Cruz do Rio Pardo (SP)
Presidente Epitácio (SP)
São Paulo (SP)
Mirandópolis (SP)
Emilianópolis (SP)
Santos (SP)
Pacaembu (SP)
Irapuru (SP)
Norte do Brasil
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
27
Tabela 22
Flora Rica
O entrevistado e a cidade - 2010
Você gosta de morar em Flora Rica?
SIM N. % NÃO N. %
68 89,47 8 10,53
Justificativa Justificativa
Muito boa Muito parada
Calma
Sossego
Adora muito
Tranquilidade
Não tem violência
É bastante quieto
Se adaptou e acostumou ao lugar Falta tudo
Amizades Não tem emprego
Construiu a vida na cidade
Família toda mora na cidade
Não sabe Sem motivo
Sem motivo
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 13
Flora Rica
O entrevistado e a cidade - 2010
Quais as melhorias que faltam em Flora Rica?
3. Esporte, lazer, educação e saúde Mais comércio, mais emprego e mais lazer
4. Conservação do asfalto Emprego para os jovens
5. Mais médicos e médico 24 horas Indústrias
6. Lazer e emprego para os jovens Emprego
7. Lazer para crianças e jovens Mais supermercado e comércio forte
8. Escola Emprego para as pessoas não irem embora
9. Mais horários de ônibus Emprego para tirar da cana-de-açúcar
10. Policiamento Farmácia
11. Conservar a cidade Emprego para mulher
12. Terminar a piscina pública
13. Esporte
14. Limpeza pública
Assistência social para população Faltam muitas coisas
Mais casas populares Falta tudo e um pouco mais
Ensino profissionalizante Não sabe
População depende muito da assistência social, Não falta nada
diminuir isso Construir outra cidade
Melhorar administração há mais de 20 anos
parada
Vereadores acomodados
28
Quadro 14
Flora Rica
O entrevistado e a cidade - 2010
O que você acha de Flora Rica?
Boa As pessoas são legais, mais não gosta da
Calma, sossegada, tranquila cidade
Limpa Boa, mais falta uma administração mais
Não tem lugar melhor para morar do que competente
Flora Rica Boa, mais não tem emprego
População é toda unida É preciso aumentar fazer benfeitorias
Gosta da cidade, pois todos são amigos um É pacata precisa de desenvolvimento
ajuda o outro Agora acabou, mas já foi muito melhor
Cidade pequena mais é boa Cidade muito fora de mão
Não é ruim Não dá para fazer futuro tem de ir para fora
Organizada Melhorar população
Solidária É fraca
Bem administrada Muito tranquila
É preciso “limpar” a cidade
É lugar para Aposentado
Aqui não tem nada para tudo tem de sair,
buscar fora
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 15
Flora Rica
O entrevistado e as relações interurbanas com Dracena – 2010
O que você acha de Dracena?
Tem bons hospitais Tem emprego
Tem opção de escolhas Bom para emprego
Boa para médicos e exames Muita opção de emprego e lazer
Tem mais festas
Razoável, mas tem mercados
Boa, comércio e mercados
Boa, conforto, tudo que precisa
As mercadorias são mais baratas
Boa para alugar casa
Conforto tem bancos
Mais empregos, faculdade, hospital
29
Tabela 23
Flora Rica
O entrevistado e a cidade - 2010
Gostaria de morar em outra cidade?
SIM N. % NÃO N. %
27 35,53 49 64,47
Qual cidade Motivos
Presidente Prudente (SP) Mais opção de emprego
Três lagoas (MS) Mais eventos culturais acesso a
São Paulo (SP) projetos e oficinas culturais
Dracena (SP) Trabalhar em refinarias
Americana (SP) Para melhorar de vida
Santa Rita do pardo (MS) Família
Santos (SP) Cidade maior
Bahia
Junqueirópolis (SP)
Indaiatuba (SP)
Mato Grosso
Adamantina (SP)
Cidade maior
Qualquer uma menos
Flora Rica
Área rural
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 16
Flora Rica
Concepção de cidade dos entrevistados - 2010
Os entrevistados e a definição de cidade
Definição
Cidade maior, grande Saúde, comércio, prefeito, Segurança
Onde tenha de tudo população Opção de vida
Maior que essa Tenha lazer e supermercados Oportunidades
Melhor que Flora Rica Bastante comércio Coisa boa
Com mais mercados Lugar que tenha conforto, Calma e tranquilidade
Grande movimentação médicos e escolas Onde se encontra tudo de
Que seja grande mais sem bom e ruim
violência Que tenha emprego e tudo
São Paulo, grande e agitada mais, mas que não seja
Toda estrutura para não grande e não tenha
precisar sair do seu lugar violência
Rio de Janeiro Flora Rica já é cidade boa
Onde tem muita violência
Boa adminstração
Comunidade Emprego Desenvolvimento
Tenha muitos habitantes Indústrias Muito bem cuidada e o
População maior Bancos povo seja respeitado
Grupo de pessoas progresso
Local de convivência com
outras pessoas
Moradia Lugar para viver bem, pois o Não sabe
Prédios sítio não dá mais
Calçadão
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
30
Tabela 24
Flora Rica
Definição de cidade e sua aplicação - 2010
Flora Rica pode ser considerada cidade?
SIM N. % NÃO N. %
42 55,26 34 44,74
Justificativa do Sim Justificativa do não
Tem prefeito Não chega a ser cidade é um distrito
Município é cidade É uma fazenda
Uma vila muito pequena
Patrimônio igual ao sítio
É um município
Comunidade rural
É uma cidade pacata mais é Poucos habitantes
É uma cidade, mas é pequena Muito parada não tem futuro
Tranquila e pequena
É uma cidade, mas precisa melhorar Está se acabando o povo está indo
muito embora
Uma cidadezinha mais ou menos Se melhorar sim, desta forma, não
É, mas está incompleta faltam muitas Está muito acabada, desta forma, vai
coisas virar distrito
É uma cidade sem nada
É boa para morar todos se conhecem Só tem nome de cidade
Sim porque gosto dela Falta muita coisa para ser cidade
Não, porque o pastor mora fora, padre
mora fora, delegado não mora aqui,
médico e assistente social vem de fora
e até o prefeito anterior morava em
Presidente Prudente.
É muito pequena não mereceria ter
prefeito
É muito pequena não temos as coisas
que precisamos
Muito pequena e não tem emprego
Muito pequena
É uma vila. Quando fala que vai para
cidade vai para Junqueirópolis ou
Dracena e ainda vem um ônibus para
comprar no supermercado de
Pacaembu porque aqui não tem
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Gráfico 11
Inúbia Paulista
Idade dos entrevistados - 2010
31
Gráfico 12
Inúbia Paulista
Sexo dos entrevistados - 2010
Tabela 25
Inúbia Paulista
Ocupações dos entrevistados - 2010
Trabalha?
SIM N. % NÃO N. % Aposentado N. %
36 42,35 36 42,35 13 15,29
Profissão
% %
Profissão Frequência Profissão Frequência
32
Tabela 26
Inúbia Paulista
A cidade e o agronegócio - 2010
Alguém da família que trabalha em usinas e destilarias de açúcar e álcool e/ou no campo?
SIM N. % NÃO N. %
33 38,82 52 61,18
Profissão
% %
Profissão Frequência Entre-safra Frequência
Bóia-fria 2 6,06
Pecuarista 1 3,03
Quadro 17
Inúbia Paulista
A cidade e o agronegócio – 2010
O que você acha do trabalho na cana-de-açúcar?
Para cortador é muito cansativo, acaba Bom
com as pessoas Melhor serviço que tem é na cana-de-
Muito sofrido, sol muito quente, poeira açúcar
← Desumano ← Bom, ganha bem
Duro, mais é a salvação dos pobres Bom pelo emprego, mas é muito pesado
Ruim, mais é a única coisa que tem Bom, para quem não tem outro emprego
Difícil; pesado Bom para ganhar dinheiro, mas o trabalho
Muito serviço para pouco ganho é ruim
Muito forçado, cansativo, mas permite Não sabe
sobreviver
Difícil, judia da pessoa
Sofrimento, mas dá emprego para a
cidade. Não temos comércio, as únicas
coisas são a cooperativa e a cana-de-
açúcar
O povo da cidade não tem estudo o
único emprego é a cana-de-açúcar
O trabalho por produção é muito difícil,
a pessoa tem que ser máquina, mas é o
único meio de vida
Perigoso
Não tem outro
Única fonte de renda para os pobres
É um serviço de escravo
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
33
Quadro 18
Inúbia Paulista
A cidade e o agronegócio – 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Única fonte de renda da cidade e dos Muita sujeira
pobres Muitas queimadas
Melhorou a cidade, sendo a única opção ← Devido das queimadas temos muita falta
de emprego de ar
← Muito emprego, mais movimento Para o meio ambiente é ruim
Crescimento da cidade, mais poder de Muito ruim, queimada causa doenças
compra Depois da cana-de-açúcar piorou muito as
Ajuda muito as pessoas coisas, acabou com todas as lavouras, com
É o único meio de vida, mas as o gado. Quando morávamos no sítio era
máquinas estão tirando os empregos muito melhor, tínhamos fartura e hoje é
Pelo emprego é bom para o povo tudo comprado
Pela renda é bom, mas tira outras Tinha mais lavouras agora é só cana-de-
opções açúcar e isso é ruim
Se não fosse a cana-de-açúcar seria Ruim, tirou a lavoura
muito pior, passaríamos fome Ruim, só se vê cana-de-açúcar
Se não fosse a cana-de-açúcar Progresso
estávamos bebendo pinga e comendo Não sabe
farinha
É a sorte do povo para trabalhar
Ruim, passa ter somente emprego na
cana-de-açúcar não diversifica
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Quadro 19
Inúbia Paulista
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha dos trabalhadores que vem de outras cidades para trabalhar na cana-de-
açúcar?
A gente não conhece mais quem é Mesma coisa
quem Não muda nada
Aumento da população piorou a cidade ← Inúbia Paulista ainda não mudou muita
← Aumento da população coisa
Muita gente diferente Não atrapalha
Nos sorteios de casas populares eles Gosta do convívio
pegam tudo e as pessoas da cidade não Vem em busca de trabalho não toma frente
pega nada de ninguém
Não deveria vir, eles tomam serviço do Não faz nada para ninguém
pessoal da cidade Muita mudança, mas não trouxe problemas
Acaba com a cidade, os recursos vão Mistura de pessoas é melhor
tudo para eles Não incomoda
Diminuiu nossos empregos Cada um tem seu modo de vida, mas eles
Tira nossas oportunidades, emprego vem em busca de emprego que lá não tem
Não mudou nada para a cidade as brigas
são entre eles
Dinamiza o comércio
Mais renda, mais movimento para a cidade
Não sabe
Não sabe, não tem muito contato
Aumento valor dos alugueis
Aumento da procura por casas
34
Gráfico 13
Inúbia Paulista
Renda familiar dos entrevistados - 2010
Gráfico 14
Inúbia Paulista
Situação do imóvel - 2010
Tabela 27
Inúbia Paulista
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Meio de locomoção para Adamantina e Osvaldo Cruz - 2010
Principais meios de locomoção utilizados pela população
Meio locomoção N. %
Condução Própria 10 11,76
Transporte Coletivo 50 58,82
Transporte Coletivo / Carona 5 5,88
Transporte Coletivo / Condução 13 15,29
Própria
Carona 7 8,23
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
35
Tabela 28
Inúbia Paulista
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Transporte coletivo para Adamantina e Osvaldo Cruz – 2010
Suficiência do transporte coletivo
SIM N. % NÃO N. %
49 57,65 24 28,23
REGULAR N. % NÃO SABE N. %
3 3,53 9 10,59
Tabela 29
Inúbia Paulista
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual – Infraestrutura - 2010
Existência de pavimentação?
SIM N. % NÃO N. %
79 92,94 6 7,06
36
Tabela30
Inúbia Paulista
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Principais locais de consumo – 2010
MEIOS DE CONSUMO COLETIVO
E
x Hospital
i onde obtém o serviço Frequência %
s Sim Não
t Adamantina 75 88,23
ê Adamantina/Osvaldo Cruz 4 4,7
X
n
Osvaldo Cruz 3 3,53
c
i Adamantina/Marília 1 1,18
a Adamantina/Osvaldo Cruz/Marília 1 1,18
Marília 1 1,18
n onde obtém o serviço Frequência %
a Posto de saúde
c Sim Não
Inúbia Paulista 85 100
i X
d Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
a (particular)
d Sim Não Osvaldo Cruz 23 27,06
e X Adamantina 20 23,53
Adamantina/Osvaldo Cruz 17 20
Marília 2 2,35
Lucélia 2 2,35
Osvaldo Cruz/Londrina 1 1,18
Rinópolis 1 1,18
Presidente Prudente 1 1,18
Tupã 1 1,18
Adamantina/Osvaldo Cruz/Tupã 1 1,18
Não utiliza 15 17,65
Não informou 1 1,18
Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
(público/particular)
Sim Não Inúbia Paulista 44 51,76
X Osvaldo Cruz 20 23,53
Inúbia Paulista/Osvaldo Cruz 5 5,88
Inúbia Paulista/Adamantina 2 2,35
Lucélia 1 1,18
Adamantina 1 1,18
Adamantina/Osvaldo Cruz 1 1,18
Não utiliza 11 12,94
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Inúbia Paulista 6 7,06
X Não utiliza 79 92,94
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Inúbia Paulista 78 91,76
X Inúbia Paulista/Osvaldo Cruz 1 1,18
Inúbia Paulista/Parapuã 1 1,18
Não utiliza 5 5,88
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
37
Lucélia 3 3,53
Adamantina 3 3,53
Presidente 2 2,35
Prudente/Adamantina/Osvaldo Cruz
Mascate/Osvaldo Cruz 1 1,18
Não compra/Ganha 1 1,18
Não informou 1 1,18
Área de Lazer onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Inúbia Paulista 14 16,47
X Adamantina 4 4,71
Lucélia 2 2,35
Lucélia/Osvaldo Cruz 2 2,35
Osvaldo Cruz 2 2,35
Adamantina/Osvaldo Cruz 1 1,18
Não informou 1 1,18
Não utiliza 59 69,41
15. Pesqueiro (Lucélia)
16. Praça, rua , Futebol, Baile,
Ginástica terceira idade,
esporte adaptado terceira
idade, Igreja, Sítio (Inúbia
Paulista)
17. Clube, Parquinho infantil,
festa, (Osvaldo Cruz)
18. Festa (Adamantina)
Tabela 31
Inúbia Paulista
Assistência social - 2010
Utiliza ou já utilizou assistência social do município?
SIM N. % NÃO N. %
45 52,94 40 47,06
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
38
Tabela 32
Inúbia Paulista
O entrevistado e as relações com Presidente Prudente, Marília e São Paulo - 2010
Relação com Presidente Prudente
SIM Nº % NÃO Nº %
55 64,71 30 35,29
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Compras 17 30,91 Compras -saúde 2 3,64
Passeio 16 29,09 Trabalho 1 1,82
Saúde 13 23,64 Passeio - saúde 1 1,82
Passeio - compras 5 9,09
Relação com Marília
SIM Nº % NÃO Nº %
63 74,12 22 25,88
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Saúde 51 80,95 Passei - saúde 5 7,94
Passeio 6 9,52 Trabalho 1 1,59
Relação com São Paulo
SIM Nº % NÃO Nº %
31 36,47 54 63,53
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Passeio 22 70,97 Passeio - saúde 1 3,22
Moradia 3 9,68 Saúde 1 3,22
Trabalho 2 6,45 Não informou 1 3,22
Aeroporto 1 3,22
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 33
Inúbia Paulista
Relação interurbana com Adamantina e Osvaldo Cruz - 2010
Fluxo
Ocorrência Frequência %
1 vez na semana 10 11,76
2 vezes na semana 6 7,06
3 vezes na semana 5 5,88
4 vezes na semana -- --
5 vezes na semana 1 1,18
6 vezes na semana 2 2,35
7 vezes na semana 3 3,53
Raramente 11 12,94
Sempre 3 3,53
Quando necessita 44 51,76
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
39
Gráfico 15
Inúbia Paulista
Tempo de residência em anos dos entrevistados – 2010
Quadro 20
Inúbia Paulista
Local de origem – 2010
Onde nasceu? Motivo da mudança para Inúbia Paulista?
Origem Motivo
Sítio na região Acabou o café
Marília (SP) Não dava mais para plantar
Parapuã (SP) Acabou lavoura
Indiana (SP) Falecimento esposo
Lucélia (SP) Procura de emprego
Paraná Casamento
Salmourão (SP) Cidade mais facilidade que o sítio
Pernambuco Família
Florida Paulista (SP) Procura de sossego
Garça (SP) Trabalho
São Paulo (SP)
Osvaldo Cruz (SP)
Rio de Janeiro
Junqueirópolis (SP)
Sorocabana (SP)
Jaú (SP)
Minas Gerais
Olímpia (SP)
Mato Grosso
Pacaembu (SP)
Maranhão
Sergipe
Bahia
Aracaju
Bilac (SP)
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
40
Tabela 34
Inúbia Paulista
O entrevistado e a cidade - 2010
Você gosta de morar em Inúbia Paulista?
SIM N. % Razoável N. % NÃO N. %
69 81,18 1 1,18 15 17,65
Justificativa Justificativa
Paz Falta opção de acesso aos
Calma equipamentos e serviços urbanos
Tranquilidade Falta de lazer, lanchonetes,
Sossego restaurantes
Cidade abençoada Falta de bancos, médicos
Sem barulho da cidade grande Não tem nada
Boa de morar
Mais liberdade
Não falta trabalho Falta de emprego
Falta trabalho para jovens e mulheres
Falta opção de emprego
Não tem violência Muito tranquilo
Não tem bandido Não tem o que fazer
Sem assaltos Não tem movimento
Sem brigas Necessidade constante de
Não tem vagabundo deslocamento
Conhece todo mundo Não sabe
Amizades
Comodismo
Não sabe
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 21
Inúbia Paulista
O entrevistado e a cidade -2010
Quais as melhorias que faltam em Inúbia Paulista?
Lazer (festas, cinema, diversão para jovens, Mais fábricas, comércio e indústrias
piscina pública, parque infantil, atividade para Mais concorrência no comércio, não somente
idosos) cooperativa
Saúde (especialistas, atendimento 24 horas, Emprego (mais opção, emprego para jovens,
maior quantidade de médicos) emprego para mulheres, )
Asfalto Bancos
Tudo bom, tem ambulância, farmácia, dentista Desenvolvimento da cidade, sem ser a
cooperativa
Emprego, sem ser na cana-de-açúcar
Conservação da cidade Casas populares
Voltar prefeito anterior Maior atuação assistência social
Menos impostos Remédio
Melhorar sistema tratamento de esgoto Ta bom assim, se fosse cidade grande não
estaria aqui
Não tem nada
Falta de tudo um pouquinho
Não falta nada
Tudo bom
Muitas coisas
Não sabe
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
41
Quadro 22
Inúbia Paulista
O entrevistado e a cidade - 2010
O que você acha de Inúbia Paulista?
Cidade para aposentado Muito boa, sossegada, aconchegante
Muito boa, só falta emprego Cidade boa de morar
Muita fofoca Bem administrada
Só tem lei para alguns, para outros não Tem de tudo por causa da cooperativa
Cooperativa, não deixa crescer mais nada
Só cooperativa domina a cidade
Cidade parece abandonada
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 23
Inúbia Paulista
O entrevistado e as relações interurbanas - 2010
O que você acha de Osvaldo Cruz?
Bons médicos Comércio muito bom
Boa, tem clubes, lanchonetes Variedade de lojas
Tem, rodoviária para comprar passagem Várias agências bancárias
Tem hospital Mais opção de compra
Mais facilidade de acesso Tem indústrias
Tem faculdade Mais empregos
Mais lazer
Muito boa, é grande Mais oportunidade
Muito desenvolvida Muito violenta
Tudo fazemos em Osvaldo Cruz dependemos de Cidade regular
lá Perfeita para tudo
É maior, tem trabalho, comércio, mais opção de Tem de tudo
lazer Não respondeu
Boa, comparando com Inúbia Paulista lá tem Mais opção
mais emprego, atendimento médico 24 horas e
mais lazer
Para morar é ruim
Mais movimento, ótima
Maior que Inúbia Paulista, bom
Cidade grande, mais conforto
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
42
Tabela 35
Inúbia Paulista
O entrevistado e a cidade - 2010
Gostaria de morar em outra cidade?
SIM N. % NÃO N. %
37 43,53 48 56,47
Qual cidade Motivos
Adamantina (SP) Comércio
Osvaldo Cruz (SP) Falta de cinema
Salmourão (SP) Opção de emprego
Presidente Prudente (SP) Família
Paraná Ter de tudo, lazer, médicos,
São J. do Rio Preto (SP) oportunidades
Marília (SP)
Indaiatuba (SP)
Ribeirão Preto (SP)
Curitiba (PR)
Rinópolis (S)
Sagres (SP)
Uma cidade com mais
oportunidade de emprego
Uma cidade maior
Cidade grande
Uma cidade que ofereça
maior oportunidade de
estudo
Uma cidade com mais
oportunidade para viver
Sítio
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 24
Inúbia Paulista
Concepção de cidade dos entrevistados - 2010
Os entrevistados e a definição de cidade
Definição
Rua Opção de vida Lugar bem grande
Tem que ter hostital, boas Tranquila, que não tenha Uma cidade grande
escolas roubos, violência Campinas, São Paulo
Médico Recursos Tem que ser como
Lazer Lugar de oportunidade Adamantina, Osvaldo
Faculdade Várias opções Cruz, Tupã, ter de tudo
Lojas, mercados, Melhoria de vida Para ser cidade é de
farmácias Facilidade Adamantina para cima
Limpeza Tudo perto Igual Inúbia Paulista,
Infra-estrutura Sossego tem moradores,
Boa estrutura na saúde Segurança farmácia, e mercado
Escolas Melhor condição de vida
Posto de Gasolina Misturas
Cinema Barulho
Comércio no geral
43
Tabela 36
Inúbia Paulista
Definição de cidade e sua aplicação - 2010
Inúbia Paulista pode ser considerada cidade?
SIM N. % NÃO N. %
57 67,06 28 32,94
Justificativa do Sim Justificativa do não
Parada mas é Para ser de verdade teria que ser maior
Tem de tudo É muito pequena para ser cidade
As pessoas moram juntas Tem que sair para fazer tudo
Como moro nela acho que sim Falta muita coisa
Pela quantidade de habitantes Falta bastante para acontecer
Cidade mesmo, ainda não
Cidade não precisa ficar deslocando-se
para outros lugares, assim comparando
com outras cidades, não é
Cidade pequena, mas é É uma fazenda grande, não uma cidade
Cidade já cresceu muito É um sítio, somente pela cooperativa
Cidadinha dá ar de cidade
Patrimônio, depende de tudo
Vila, falta tudo
É parada como um sítio
Vila ou bairro, menos cidade
Povoado
Só é cidade pela presença da cooperativa, De jeito nenhum, parece um bairro das
se não seria uma fazenda outras cidades
Se não fosse a cooperativa Inúbia Paulista Parece um bairro, só não falam que é
não existiria pela presença da cooperativa
Não sabe População pequena
Não tem movimento
Meu pai quando vai para Osvaldo Cruz
fala que vai para a cidade, então aqui
não é cidade
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Gráfico 16
Mariápolis
Idade dos entrevistados - 2010
44
Gráfico 17
Mariápolis
Sexo dos entrevistados - 2010
Tabela 37
Mariápolis
Ocupações dos entrevistados - 2010
Trabalha?
SIM N. % NÃO N. % Aposentado N. %
31 31,00 41 41,00 28 28,00
Profissão
% %
Profissão Frequência Profissão Frequência
45
Tabela 38
Mariápolis
A cidade e o agronegócio - 2010
Alguém da família que trabalha em usinas e destilarias de açúcar e álcool e/ou no campo?
SIM N. % NÃO N. %
45 45,00 55 55,00
Profissão
% %
Profissão Frequência Entre-safra Frequência
Lavrador 2 4,44
46
Quadro 25
Mariápolis
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha do trabalho na cana-de-açúcar?
Preço da cana de açúcar muito baixo, Bom, é o único que tem
cansativo demais Feliz quem arruma emprego na cana de
Muito pesado, sofrido, mas é o único açúcar
meio de sobrevivência Muito bom é o sustento
Não é bom, mas é um meio de vida Não sabe
Muito pesado, tem que ter força
Maltrata muito
Corte é muito pesado
Terrível
Sacrificado
Não tem outra saída tem que ir
trabalhar, mas tem de ter saúde
Para quem não tem estudo é bom
Muito difícil, última opção de emprego
Último trabalho do mundo
A cinza deixa doente
Não é serviço para mulher
Não presta, mas, é o único para
sobreviver
Paga-se muito pouco pela diária
Pesado, dá dor nos braços, costas etc.
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Quadro 26
Mariápolis
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Bom pela pouca opção de emprego Acabou com toda agricultura e ainda está
Bom pela parte do emprego, pois se acabando com a oferta de mão de obra
não fosse a cana de açúcar não Ninguém planta mais nada nas lavouras,
teríamos outra coisa assim a salvação são as usinas
Se não fosse ela iríamos passar fome Acabo com as lavouras
Se não fosse isso Mariápolis tinha Ruim, só tem cana de açúcar
acabado Antes era café, amendoim etc. agora só
É a única coisa que tem na cidade cana de açúcar, é o que tem, temos de
Dá emprego mais explora muito e paga achar bom
pouco
Serviço de outra coisa não tem é só Muito bom
Prefeitura e cana de açúcar Gera muito emprego para cidade
Salvação do povo Forte gerador de emprego
Único serviço do município se não fosse Ajuda muito
esse não teria mais ninguém aqui Aumento da renda
Gera muito emprego se não fosse a Fundamental para cidade
cana de açúcar o povo estava morto Bom, o sítio está arrendado da usina
A maioria das pessoas da cidade Bom para o município
sobrevive da cana de açúcar É a potência do município
Se não fosse a cana de açúcar estaria
pior As queimadas são ruins
Sem a cana de açúcar seria nosso fim Não traz benfeitorias somente sujeira
As queimadas são ruins
poluição
Não sabe
47
Quadro 27
Mariápolis
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha dos trabalhadores que vem de outras cidades para trabalhar na cana-de-
açúcar?
Pega tudo eu é nosso – casa popular, Ajuda desenvolvimento do comércio,
leite aumentou o número de casas existentes na
Não é certo, falta as coisas para nós cidade
eles tomam frente de tudo Custo de vida mais alto
Eles tomam frente na saúde, nas coisas Aumento movimento na cidade, no valor
do governo e em tudo dos alugueis
Os Baianos tomaram conta da cidade Aumentou muito, muito o preço dos
Não é bom, tinha que ter um limite no alugueis
número de baianos que poderiam ficar Aumento da população
na cidade, pois eles pegam todo leite do Mudou muito a cidade
posto e brigam muito Além de aumentar o valor dos alugueis
Não pode julgar, mas exagera o tanto também diminuiu o número de casas
de gente que toma nossos empregos disponíveis para alugar
Desfruta tudo que tem na cidade e vão Piora muito as coisas, principalmente, pelo
embora e ainda acabam tendo mais valor dos alugueis
chances que a gente. Para o comércio é muito bom, eles ganham
Baiano só vem buscar o que tem aqui e e gastam em Mariápolis
vai embora. Deixa mulher grávida, Valorizou muito os imóveis
filhos Ficou muito fácil alugar casa
Tira o emprego das pessoas da cidade Como para os baianos o aluguel é cobrado
Utilizam muito os médicos por cabeça o valor dos alugueis sobre
São sem educação. Querem ser donos muito
da cidade que não é deles
Tem de dar valor para os dá cidade
Baiano fica tudo rico e vai embora
Baianos utilizam todas as vagas da
creche
Não é bom. Eles gastam mais no
scomércio, mas acabam com nossos
medicamentos (EX: 16 vagas de
consulta no posto 10 são deles)
20% dos que vem são bons o restante
só quer se encostar e bagunçar
Tira nossas oportunidades
48
Gráfico 18
Mariápolis
Renda familiar dos entrevistados - 2010
Gráfico 19
Mariápolis
Situação do imóvel - 2010
Tabela 39
Mariápolis
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Meio de locomoção para Adamantina - 2010
Principais meios de locomoção utilizados pela população
Meio locomoção N. %
Transporte Coletivo 55 55,00
Condução Própria 20 20,00
Transporte Coletivo / Condução 14 14,00
Própria
Transporte Coletivo / Carona 7 7,00
Carona 2 2,00
Condução Própria / Carona 2 2,00
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
49
Tabela 40
Mariápolis
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Transporte coletivo para Adamantina - 2010
Suficiência do transporte coletivo
SIM N. % NÃO N. % NÃO N. %
SABE
70 70,00 19 19,00 11 11,00
Justificativa do sim Justificativa do não
Bons horários Faltam horários
Bom Poucos horários
Único que tem No período da tarde temos
Serve que vir em pé
Ajuda No período da noite não tem
Ótimo circulação
Bom, mas precisa melhorar Empresa de ônibus implica
horário com as caronas
Bom, pouco movimento para Falta lugar nos ônibus
colocar mais horários Elevado valor da passagem
Não sabe Falta uma rodoviária
Não sabe
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Tabela 41
Mariápolis
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual – Infraestrutura – 2010
Existência de pavimentação?
SIM N. % NÃO N. %
89 89,00 11 11,00
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Tabela 42
Mariápolis
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual -
Principais locais de consumo - 2010
MEIOS DE CONSUMO COLETIVO
E
x Hospital
i onde obtém o serviço Frequência %
s Sim Não
t Adamantina 85 85,00
ê Adamantina/Marília 7 7,00
X
n
Adamantina/Presidente Prudente 2 2,00
c
i Adamantina/Marília/Pte Prudente 1 1,00
a Presidente Prudente/Marília 1 1,00
Marília 1 1,00
n Presidente Prudente 1 1,00
a
Não utiliza 2 2,00
c onde obtém o serviço Frequência %
i Posto de saúde
d
a Mariápolis 95 95,00
Sim Não
d
e X Mariápolis/Adamantina 2 2,00
Não utiliza 3 3,00
Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
(particular)
Sim Não Adamantina 79 79,00
X Adamantina/Presidente Prudente 5 5,00
Adamantina/Lucélia 2 2,00
50
Adamantina/Marília/Pte Prudente 2 2,00
Presidente Prudente 2 2,00
Adamantina/Tupã 1 1,00
Adamantina/Marília 1 1,00
Adamantina/Dracena/Pte Prudente 1 1,00
Marília 1 1,00
Lucélia 1 1,00
Não utiliza 5 5,00
Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
(público/particular)
Sim Não Mariápolis 65 65,00
X Adamantina 16 16,00
Adamantina/Mariápolis 4 4,00
Não utiliza 15 15,00
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Mariápolis 17 17,00
X Não utiliza 83 83,00
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Mariápolis 92 92,00
X Adamantina 1 1,00
Não utiliza 7 7,00
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
51
Tabela 43
Mariápolis
Assistência social - 2010
Utiliza ou já utilizou assistência social do município?
SIM N. % NÃO N. %
61 61,00 39 39,00
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 44
Mariápolis
O entrevistado e as relações com Presidente Prudente, Marília e São Paulo - 2010
Relação com Presidente Prudente
SIM N. % NÃO N. %
79 79,00 21 21,00
Motivo Frequência %
Saúde 31 31,00
Passeio 21 21,00
Compras 10 10,00
Saúde/passeio 10 10,00
Saúde/compras 6 6,00
Não informou 1 1,00
Relação com Marília
SIM N. % NÃO N. %
81 81,00 19 19,00
MOTIVOS
Motivo Frequência %
Saúde 75 75,00
Passeio 5 5,00
Saúde/passeio 1 1,00
Relação com São Paulo
SIM N. % NÃO N. %
44 44,00 56 56,00
MOTIVOS
Motivo Frequência %
Passeio 32 32,00
Moradia 4 4,00
Trabalho 3 3,00
Saúde 3 3,00
Passeio/compras 1 1,00
Passeio/saúde 1 1,00
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
52
Tabela 45
Mariápolis
Relação interurbana com Adamantina - 2010
Fluxo
Ocorrência Frequência %
1 vez na semana 20 20,00
2 vezes na semana 10 10,00
3 vezes na semana 6 6,00
4 vezes na semana 2 2,00
5 vezes na semana -- --
6 vezes na semana -- --
7 vezes na semana -- --
Raramente 7 7,00
Sempre -- --
Quando necessita 55 55,00
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Gráfico 20
Mariápolis
Tempo de residência em anos dos entrevistados - 2010
53
Quadro 28
Mariápolis
Local de origem - 2010
Onde nasceu? Motivo da mudança para Mariápolis?
Origem Motivo
Minas Gerais Negócio iludido
Paraná Trabalhar nas lavouras do município (boia-fria)
Flora Rica (SP) Família
Quintana (SP) Emprego
Flórida Paulista (SP) Emprego público e não tinha muito facilidade
Ameliópolis (SP) de acesso devido os poucos horários do
Adamantina (SP) transporte coletivo
Caiabú (SP) Cidade mais sossegada
Osasco (SP) Procurar melhoria de vida
Birigui (SP) Lavoura não dava mais
Bahia Pensou que era bom
Floresta do Sul (SP) Os pais vieram derrubar mata
Sítio da região Vendeu o sítio
Rio de Janeiro Parou de tocar lavoura
Ceará Trabalhar na cana de açúcar
Lucélia (SP) Não pode mais trabalhar na roça
Pracinha (SP) Casamento
São Paulo (capital) Para ter a casa própria
Araçatuba (SP)
Alagoas
Paraíba
Bauru (SP)
Martinópolis (SP)
Valparaíso (SP)
Ouro Branco (SP)
Tupã (SP)
São João do Pau D`Alho (SP)
Pernambuco
Arco-Íris (SP)
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
54
Tabela 46
Mariápolis
O entrevistado e a cidade - 2010
Você gosta de morar em Mariápolis?
SIM N. % NÃO N. %
92 92,00 8 8,00
Justificativa Justificativa
Tranquilidade Muito calma, não tem lazer
Sossego Muitas fofocas
Pode andar por tudo que não
acontece nada
Não existe outra
Para morar é muito tranquila, mas
para saúde é péssima
Podemos dormir com a janela aberta
Não tem roubos
Sem violência
Não tem muito barulho
Liberdade
Conhecimento Não tem empregos e não
Pessoas se tratam como irmãos, todo proporcionada oportunidades
mundo se preocupa comigo
Acostumou
Conhece todo mundo na cidade
Gosto do lugar, do povo
Criou os filhos
Terra natal
Não tem muita droga e tiroteios
Amizade
Casa própria Tudo depende de Adamantina
Falta de acesso ao comércio
Gosta daqui, mas a Bahia é melhor Não sabe
Tem que gostar
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
55
Quadro 29
Mariápolis
O entrevistado e a cidade - 2010
Quais as melhorias que faltam em Mariápolis?
Rodoviária Emprego
Lazer Mercados, lojas e fábricas
Médicos plantonistas Industrias
Mais policiamento Emprego para os jovens
Mais médicos no posto de saúde Comércio
Pavimentação Incentivo a lavoura
Lazer para as crianças Fábrica para as mulheres
Hospital Uma cooperativa, fábrica de bolsas, roupas
Pronto socorro Feira livre
Mais vagas na creche, faculdades
Melhorar qualidade da creche
Mais limpeza pública
Conservação dos espaços públicos
Conservar a cidade como um todo – limpeza,
ruas, campo de futebol e asfalto
Não fechar posto de saúde nos feriados
Academia ao ar livre
Ginástica para terceira idade
Mais remédio no posto de saúde
Lazer para idosos
Saneamento básico
Transporte
Ambulância pequena para Marília
Melhorar atendimento no posto de saúde
Maior número de médicos e mais horários de
atendimento
Se as melhorias dependerem do prefeito Médico direto, dia e noite, para não precisarmos
estamos enrolados, precisa mudar a política ir para Adamantina
Atendimento sem preferências no posto de Médico que morasse na cidade
saúde Pavimentação para melhorar acesso a Presidente
Mais democracia no clube dos idosos Prudente
Melhorar conservação da vicinal (asfalto) entre
Mariápolis e Adamantina
Fábrica, para as mulheres não precisarem ir para
Adamantina
Cursos profissionalizantes Tudo bom, acostumado a sofrer
Casas populares Tudo bom
Assistência social Bastante coisa
Falta tudo
Menos fofoca
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 30
Mariápolis
O entrevistado e a cidade - 2010
O que você acha de Mariápolis?
Que tem uma assistência social muito boa, Muito parada
sem preferências Cidade pequena sem oportunidades para os
É um bom lugar jovens é uma cidade para idosos
Cidade boa Faltam muitas coisas
Agora está boa Uma cidade pequena, uma pessoa faz ou fala
Povo muito amigo, conhecido alguma coisa o outro está sabendo, mas,
Atende a pobreza. Do jeito deles, mas atende depois dos baianos ninguém mais sabe quem
Assistência social está bem melhor é quem
Melhorou muito Precisa crescer
Não tenho do que reclamar Lugar fraco
Policia muito bruta
Boa para morar, mas não tem recursos
Cidade para aposentado
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
56
Quadro 31
Mariápolis
O entrevistado e as relações interurbanas com Adamantina - 2010
O que você acha de Adamantina?
Bastante opção para as crianças no lazer, mais Variedade no comércio
moradia e faculdades Mais opção de compras
Opção para os estudos Comércio mais dinâmico e melhor preço
Adamantina além de emprego tem lazer Melhor comércio, movimento
Mais médicos Melhor para trabalho e comércio
Mais opção. Tem fórum, INSS, lojas etc. Mercadorias são mais baratas
Mais facilidade de acesso Emprego
Ótima infraestrutura Boa para o comércio, mas também faltam
Melhor, tem hospital e médicos indústrias
Tem faculdade, escola técnica é boa Adamantina é nosso centro comercial
Tem fábrica
Bom gerenciamento Mais violenta, mas precisamos ir lá
Prefeito bom É uma cidade que vai pra frente, acho que é a
melhoria de vida
Grande, tem mais opção de emprego Nada
Dependemos muito de Adamantina Não sabe
Tudo que precisa acha, lá tem conforto aqui não Boa
Mais desenvolvida Muitas coisas boas
Gosta, nem muito grande nem pequena Movimentada
Muito boa, grande Tem de tudo
Uma cidade grande de movimento Lugar bom, mas opção
É grande tem mais coisas Tudo que precisa tem lá
Muito desenvolvida, grande Um recurso a mais
Adamantina é como uma arvore maior que Ótima
Mariápolis se precisamos pegar um fruto vamos Excelente
Para lá, é, assim, com médicos e supermercados
Diferente de Mariápolis
Mais evoluída que Mariápolis
Cidade maior
Bem melhor que Mariápolis, tem de tudo
Melhor em tudo, emprego, compra, comércio
Tudo de melhor, carro, som.... tem escolhas
coisa que em Mariápolis não temos
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
57
Tabela 47
Mariápolis
O entrevistado e a cidade - 2010
Gostaria de morar em outra cidade?
SIM N. % NÃO N. %
39 39,99 61 61,00
Qual cidade Motivos
Adamantina (SP) Mudar de vida
Jundiaí (SP) Mais emprego
Marília (SP) Procurar por melhoras
Flórida Paulista (SP) Família
Presidente Prudente (SP) Ficar mais perto de
Campinas (SP) supermercados, lojas e
hospitais
Para crescer na vida, ser
alguém
Mais lazer
Uma cidade com mais
oportunidade de emprego
Voltar para Bahia
Uma cidade maior, para
conhecer pessoas
diferentes
Uma cidade onde tudo
seja mais fácil, médicos,
hospitais, lojas, serviços
Uma cidade com mais
diversão e emprego
Uma cidade com mais
opção
Cidade maior
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
58
Quadro 32
Mariápolis
Concepção de cidade dos entrevistados - 2010
Os entrevistados e a definição de cidade
Definição
Bem grande Lazer Tem que ter de tudo,
É ter mais estrutura e não Saúde fábricas, lazer
precisar sair Hospital Lugar que tem tudo
Uma coisa grande com Médicos, escolas e serviços Conforto
transito, poluição em geral Vida melhor
Lugar maior, prosperidade Eventos Ter conforto, como lazer,
Tem que ter tudo, para Limpeza médicos, emprego
não precisar sair da sua Ter praça de lazer e vários Lugar bom de morar
cidade, como acontece restaurantes Atormento, medo,
com Mariápolis Tenha tudo, recursos agitação
Maior, que tenha tudo médicos, saúde e lazer Correria e atormento
Adamantina é cidade, tem Posto de saúde Moda
de tudo, movimento Tenha rodoviária Sossego, descanso
Não precisar sair do seu Centro da sociedade,
lugar para ir longe recursos
Igual à cidade de Marília Muita coisa, advogados
Tem que ter de tudo, etc.
médico, trabalho - Lugar para morar
exemplo a cidade de tranquilo
Adamantina Dificuldades
Cidade grande como Violência
Presidente prudente
São Paulo, lá é cidade
Conforto com acesso a
escolas, médicos e
supermercados melhores
– exemplo a cidade de
Adamantina
População com mais de 50
mil habitantes
Grande e cheia de
diversão, indústrias
Bauru, Adamantina,
Marília, São Paulo,
Campinas
Tipo Adamantina lá tem
rodoviária, casa da sopa e
vários supermercados
População Onde temos firmas, Lugar que tenha prefeito,
Pessoas emprego banco, posto de saúde
Conjunto de pessoas Supermercado, bancos e Lugar que tenhamos
morando juntas movimento nas ruas dignidade, respeito e
Movimento de pessoas Oportunidade de emprego, cidadania
Aglomeração fábricas, comércio Lugar com prefeitura
Lugar que morra bastante Lugar com lojas
pessoas Lugar com grandes
Convivência com outras supermercados e lojas
pessoas Bancos
Mercadorias mais acessíveis
e baratas
Casas, prédios, carros Diferente de sítio Não sabe
Lugar cheio de casas Tudo de bom, diferente do
sítio que não dá nada
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
59
Tabela 48
Mariápolis
Definição de cidade e sua aplicação - 2010
Mariápolis pode ser considerada cidade?
SIM N. % NÃO N. %
58 58,00 42 42,00
Justificativa do Sim Justificativa do não
Tem prefeito é cidade É um município
Está como cidade É um patrimônio
Há mais de 60 anos é uma cidade Colônia das usinas
É um sítio não tem nada
Cidade pequena mais é Para ser cidade tem que ter de tudo e
Cidade pequena, boa para morar não tem não precisar buscar em outra cidade
perigo Falta muita coisa
É pequena mais é uma cidade Falta oportunidade de acesso
É pequena, mas de tudo tem um pouco Tá considerado como cidade, mas não
Cidadezinha é. Falta muita coisa
Pequena, mas é cidade. Tem rico, pobre e Faltam investimentos
da mesma forma que tem São Paulo Para ser cidade tem que ter fábricas
grande precisa de cidade pequena
Cidade pequena do interior
Mini cidade
Cidade pequena, não como Adamantina
Pode moramos aqui, mas está difícil Não é uma cidade ainda
porque as mulheres só podem trabalhar Quase uma cidade
na roça ou fazendo faxina em Adamantina
e nem de boia-fria tem mais como
trabalhar, pois acabou o amendoim, o
feijão
É uma cidade fraca mais é
É, mais falta aperfeiçoar
Para mim não tem outra Muito pequena
Para mim é cidade Ainda não, por causa do porte pequeno
Para nós é, mas comparando com as Não podemos considerar só porque tem
outras não prefeito
É um bairro
É uma cidade rural Deveria ser igual à Adamantina
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Gráfico 21
Monte Castelo
Idade dos entrevistados - 2010
60
Gráfico 22
Monte Castelo
Sexo dos entrevistados - 2010
Tabela 49
Monte Castelo
Ocupações dos entrevistados - 2010
Trabalha?
SIM N. % NÃO N. % Aposentado N. %
24 25,26 48 50,53 23 24,21
Profissão
% %
Profissão Frequência Profissão Frequência
Jardineiro 1 4,17
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
61
Tabela 50
Monte Castelo
A cidade e o agronegócio - 2010
Alguém da família que trabalha em usinas e destilarias de açúcar e álcool e/ou no campo?
SIM N. % NÃO N. %
39 41,05 56 58,95
Profissão
% Entre-safra Frequência %
Profissão Frequência
Quadro 33
Monte Castelo
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha do trabalho na cana-de-açúcar?
Muito pesado tem de ter coragem para Bom, mas é pesado
encarar Bom
Ruim Muito bom
Muito pesado Bom ganha bem, mas é pesado
Só corta porque não tem outro emprego Bom para os homens, ruim para as
Muito sofrido mulheres
Não é aquelas coisas, mas precisa Trabalho normal
Não é fácil Gosto do emprego
Difícil
É um serviço escravo
Não é bom não
Sacrificado
Cansativo
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
62
Quadro 34
Monte Castelo
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Melhorou, mais renda, pode compras as Antes tinha roça, agora acabou. É só cana-
coisas de-açúcar
Só não trabalha quem não quer Ninguém planta mais nada. O boia-fria e o
Melhorou muito lavrador acabou tudo
Muito emprego Precisa diversificar só tem cana-de-açúcar
A cidade não tinha movimento Acabou com a lavoura. Mulher trabalhava
Antes não tinha empego de boia-fria, na cana-de-açúcar não
Se não fosse a usina estava todo Acabou com a pecuária e subiu muito o
mundo parado preço da carne
Melhorou o movimento financeiro da Lavoura acabou, gado acabou, a carne e o
cidade arroz estão caros
A maioria dos empregos na cana-de- O único emprego é a cana-de-açúcar e isso
açúcar é com carteira assinada acabou com as lavouras. Assim quem não
Pelo emprego foi bom pode trabalhar na cana-de-açúcar fica sem
É a salvação dos boias-frias. Porque nada
acabou com o serviço do povo Onde vai parar o preço dos alimentos?
Graças a Deus que tem o serviço na Quem vai continuar a plantando?
cana-de-açúcar, senão o que seria do povo Emprego para uns e outros não. Antes na
Até mulher corta cana-de-açúcar lavoura todos podiam trabalhar. A lavoura
Fora da usina não tem outra opção de acabou: uns comem e outros não
emprego Não se planta mais lavoura para comer.
A cana-de-açúcar tomou conta de tudo, Ninguém vive só de cana-de-açúcar
mas deu muito trabalho para o povo É ruim, porque sem estudo e acima dos 50
A cana-de-açúcar tira emprego, porque anos não consegue trabalho e acabou com
depois da safra não tem mais emprego outras lavouras
Poderia ter cana-de-açúcar e mais tipos A cana-de-açúcar tirou o que comer do
de trabalho povo. Não se planta mais nada
Estragou a cidade agora só tem esse A cana-de-açúcar é bom, mas tá
serviço avançando demais e acabando com o gado
Para a maioria não melhorou nada Mais fumaça e poluição
Mudou para pior Sujeira
Ruim, o álcool está caro, o açúcar está Falta de ar
caro e a carne também Ardência nos olhos
A usina prefere os jovens Ar poluído
Quando não tinha cana-de-açúcar tinha Muita queimada
mais emprego. A cana-de-açúcar tomou Mudou, abafado
conta de tudo
Só tem cana-de-açúcar
Entra a cana-de-açúcar e mais nada. Em
A cidade está ficando muito pequena, pois
cinco anos não tem mais terra e ainda o
a cana-de-açúcar está muito perto
açúcar é caro
Além da cana-de-açúcar tem trabalho na
uva
Cana-de-açúcar e uva são os trabalhos que
tem na cidade
Tem colorau, uva, manga e cana-de-açúcar
dá para escolher
Tem outros empregos sem ser a cana-de-
açúcar
Não sabe
63
Quadro 35
Monte Castelo
A cidade e o agronegócio – 2010
O que você acha dos trabalhadores que vem de outras cidades para trabalhar na cana-de-
açúcar?
Tira o emprego do povo que já é pouco Não mudou nada
aqui na cidade São gente boa
Tem que dar preferência para quem é Quem mora na cidade e quer trabalhar tem
daqui serviço. Então não tira emprego
Com certeza tira os empregos do povo Vem muita gente, mas não percebi nada
daqui de diferente
Mais concorrência no emprego: Vem muita gente para trabalhar nas
mecânico e tratorista máquinas. Não mudou nada
Tira nossa vez no posto de saúde Tem muita gente diferente, mas não
Tira nossas oportunidades. Mas cada mudou nada
um na sua não faz brigas Dificulta na parte do aluguel mais gente,
Gente que não conhecemos mas não tem nenhum conflito
Cheio de gente da usina, são diferentes, Vieram em busca de emprego dentro e fora
povo esquisito não é amigo da gente da usina
Não sei de onde, mas tem muita gente Tem muito serviço na cana-de-açúcar, para
diferente todos
Gente desconhecida, tira o sossego, fico Vem muita gente, mas não tira o emprego
mais preocupada de ninguém
Não conheço mais ninguém Tem emprego para todos
Piorou devido o pessoal do corte da
Mais violência, brigas, bebem demais
cana-de-açúcar, muita gente estranha.
Os motoristas são bons mais amigos
Aluguel ficou mais caro (de R$200 para
R$500); preço das casas e dos terrenos
também subiu
Subiu o valor dos alugueis
Valorizou os imóveis, o aluguel
Mais movimento na cidade
Mais gente na cidade
As casas não estão mais fechadas
Abriu mais comércio, então mudou
bastante
Mais movimento no comércio
Melhorou bastante. Corto bastante Não sabe
cabelo do pessoal da usina
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Gráfico 23
Monte Castelo
Tempo de residência em anos dos entrevistados - 2010
64
Quadro 36
Monte Castelo
Local de origem dos entrevistados – 2010
Onde nasceu? Motivo da mudança para Monte Castelo?
Origem Motivo
Nova Independência Lavoura quebrou
Catanduva (SP) Filhos vieram para cidade e a lavoura acabou
Ceará Cansou do trabalho no sítio
Pernambuco Trabalho na cana-de-açúcar mais fácil que no
Guararapes (SP) sítio
Iacri (SP) Trabalho na usina
Rancharia (SP) Morar perto da mãe
Paraná Família
Novo Horizonte (SP) Trabalho
Andradina (SP) Casamento
Pirajuí (SP) Alagamento do lago para construção da usina
Lutercia
Pompéia (SP)
Terra Nova
Rio Claro (SP)
Mirassol (SP)
Mirandópolis (SP)
Americana (SP)
Campinas (SP)
Tupi Paulista (SP)
Panorama (SP)
Mato Grosso do Sul
Santa Mercedes (SP)
Dracena (SP)
Bauru (SP)
Junqueirópolis (SP)
Sítios da região
Norte
Bahia
Minas Gerais
Alagoas
São Paulo (Capital)
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Gráfico 24
Paulicéia
Idade dos entrevistados - 2010
65
Gráfico 25
Paulicéia
Sexo dos entrevistados - 2010
Tabela 51
Paulicéia
Ocupações dos entrevistados - 2010
Trabalha?
SIM N. % NÃO N. % Aposentado N. % N. N. %
respondeu
40 41,67 33 34,37 20 20,84 3 3,12
Profissão
% %
Profissão Frequência Profissão Frequência
Açougueiro 1 2,50
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
66
Tabela 52
Paulicéia
A cidade e o agronegócio - 2010
Alguém da família que trabalha em usinas e destilarias de açúcar e álcool e/ou no campo?
SIM N. % NÃO N. %
26 27,08 70 72,92
Profissão
% %
Profissão Frequência Entre-safra Frequência
67
Quadro 37
Paulicéia
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha do trabalho na cana-de-açúcar?
Muito ruim Muito bom
Muito difícil Bom, muito bom, quero entrar na usina
Sol muito quente, muito abafado para o corte da cana-de-açúcar
Muito pesado É bom, ruim é a quentura
É um serviço para quem precisa Bom trabalho
Alguns gostam
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Quadro 38
Paulicéia
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Gerou emprego antes era só cerâmica Acabou com outras lavouras, aumento no
Desenvolvimento da região preço dos alimentos porque não sobra
É bom, faz açúcar e álcool terra
Desenvolvimento 100% da cidade; Pior, acabou com as lavouras, gado. A
grande empresa que gera emprego para família não pode trabalhar na cana-de-
centenas de pessoas a cidade era açúcar. Tomávamos conta de uma fazendo,
parada mas o patrão mandou embora para
Gera bastante emprego arrendar para cana-de-açúcar
Melhor, mais emprego Acabou com outras lavouras
Aumento da população Poluição
Aumentou movimento da cidade Queimada, fumaça
Se não fosse a usina não teria emprego Matou os animais
para o povo As aves estão vindo para a cidade
Muito bom para a cidade As margens dos rios estão acabando
Melhorou a vida aqui Economicamente melhorou para o meio
Ajudou muito na nossa vinda para cá ambiente é ruim
Tirou o povo da miséria Muito veneno
A cana-de-açúcar é a salvação do povo Tirando as queimadas é bom
Melhor, não tinha emprego agora tem. Gera mais emprego, mas temos as
O povo passava fome era um corredor cerâmicas também
de fome As cerâmicas dão mais emprego que as
Evoluiu bastante usinas
Revolucionou a cidade. Trouxe Por enquanto está bom pelo emprego,
progresso depois não se sabe
Quem trabalhava com gado fracassou e Ruim, aumento no valor dos alugueis
arrendou para cana-de-açúcar A cidade está cheia já não conheço todo
Aumentou movimento no comércio mundo
Ruim, o preço da carne subiu não tem
gado
Trouxe trabalho para o povo de fora os
daqui não sabe trabalhar na cana-de-
açúcar
Acabou com as estradas
Não alterou nada
Não sabe
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
68
Quadro 39
Paulicéia
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha dos trabalhadores que vem de outras cidades para trabalhar na cana-de-
açúcar?
Levou as mulheres embora Não mudou nada
A verba de remédio, dentista é igual. O Vem só para trabalhar
povo da cidade fica sem usar O serviço está para todos não trabalha
Tem o dia deles no posto de saúde quem não quer
O posto de saúde tá lotado Não incomoda
Eles vão acabar tomando frente de tudo São mais educados que o pessoal da
Tem uma chuva de alagoano aqui cidade
Não tem mais sossego eles querem ser Eles gostam daqui
os donos da cidade e a gente não pode Teve atrito no começo, agora melhorou
ficar por baixo Não mexem com ninguém
Tira emprego do pessoal daqui Tem muita gente, mas não tirou emprego
Porque esse povo vem tudo para cá e de ninguém
não vai para outro lugar Ninguém mexe com ninguém
Alagoano é praga Veio muito alagoano eles já vem
Aqui era Paulicéia agora é “alagocéia” contratados
Aumentou as brigas
Muito atrito Tem bastante alagoano. Foi bom para o
A cidade está desestabilizada; brigas, comércio; eles bebem e comem demais
roubos Mais movimento no comércio
Confusão, brigas, muito preconceito Mais construção de casas
contra eles: falam que já foram presos Movimentou mais o comércio de pinga
e vieram para cá Em parte mudou para melhor (aumento no
O povo fala que eles são muito comércio e valorizou os imóveis) em parte
esquentados piorou ( aluguel subiu)
Drogas, roubos Mais movimento
Só acontece coisa pesada Aumentou a população
Barulho, bagunça Só melhorou
A cidade ficou perigosa A cidade cresceu
Tem muito furto na cidade Quanto mais gente melhor para o comércio
Não se pode deixar mais nada para fora É bom para a cidade
A cidade virou tumulto Não se conhece mais as pessoas; todos
Muita gente diferente são estranhos
Tirou a liberdade da gente Muita gente estranha
Mais gente mais assalto Não se sabe mais nada da cidade
Eles bebem muito Tirou a liberdade da cidade
O pessoal reclama que eles quebram Ninguém mais é amigo, não dá para
orelhão. Muita bebedeira. Corre atrás confiar mais em ninguém
das mulheres na rua São diferentes
Aumentou o movimento; até roubo está Gerou insegurança
tendo
Eu não vejo, mas falam que brigam
muito
Não todos, mas o povo diz que eles
brigam muito. Nem pode ter festa na
cidade que eles brigam
Dobrou a população mais a verba para Viemos para cá porque lá é muito ruim
a saúde é a mesma para serviço. Seis meses tem serviço,
Ficou tudo mais caro comemos mais ou menos e seis meses
Subiu o valor dos alugueis passamos necessidade
Não tem mais casas para alugar Fui bem recebido, todos são amigos. Eu
Não tem mais casa para alugar; eles vim em busca de emprego
acabam com as casas. Tudo que ganha Estou gostando, vim com a família toda e
no aluguel precisa usar na reforma aos poucos tento fazer amizade mais é
depois difícil.
O aluguel ficou mais caro por causa
desse povo
As famílias pobres não pode mais pagar
aluguel
Não sobra mais casa para alugar
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
69
Gráfico 26
Paulicéia
Tempo de residência em anos dos entrevistados - 2010
Quadro 40
Paulicéia
Local de origem dos entrevistados - 2010
Onde nasceu? Motivo da mudança para Paulicéia?
Origem Motivo
Primavera (SP) Com os pais
Penápolis (SP) Família
Tupi Paulista (SP) Terreno barato
Panorama (SP) Tentar a vida
Brasilândia (MS) Trabalhar
Ilha tibiriça Casamento
Paraná Alagamento do lago para construção da usina
Mato Grosso do Sul hidrelétrica
Osvaldo Cruz (SP) Não tinha emprego vim para trabalhar na
Novo Horizonte (SP) cerâmica e virei pescador
Promissão (SP) Trabalho na cana-de-açúcar
São João do Pau D’Alho (SP)
Rosana (SP)
Santa Mercedes (SP)
Santos (SP)
Ouro Verde (SP)
Dracena (SP)
Barra Bonita (SP)
Bauru (SP)
Junqueirópolis (SP)
Santo Anastácio (SP)
Monte Castelo (SP)
Presidente Venceslau (SP)
Araçatuba (SP)
Jales (SP)
Sítios de outros Estados
Sítios da região
Norte
Bahia
Minas Gerais
Alagoas
Pacaembu (SP)
São Paulo (Capital)
Não respondeu
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
70
Gráfico 27
Pracinha
Idade dos entrevistados - 2010
Até 19 anos
25% 12%
20 a 29 anos
15%
30 a 39 anos
40 a 49 anos
9%
50 a 59 anos
14% 25%
60 anos ou mais
Gráfico 28
Pracinha
Sexo dos entrevistados - 2010
43%
Feminino
57% Masculino
Tabela 53
Pracinha
Ocupações dos entrevistados - 2010
Trabalha?
SIM N. % NÃO N. % Aposentado N. %
24 36,92 29 44,61 12 18,46
Profissão
% %
Profissão Frequência Profissão Frequência
71
Tabela 54
Pracinha
A cidade e o agronegócio - 2010
Alguém da família que trabalha em usinas e destilarias de açúcar e álcool e/ou no campo?
SIM N. % NÃO N. %
14 21,54 51 78,46
Profissão
% %
Profissão Frequência Entre-safra Frequência
Quadro 41
Pracinha
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha do trabalho na cana-de-açúcar?
Terrível Não é muito ruim, é uma boa opção para
Péssimo, o ganho depende da qualidade quem não estuda
da cana-de-açúcar Bom, mas é pesado
Muito pesado Digno
Pesado, mas preciso Muito bom
O trabalho na cana-de-açúcar já foi Ganha-se muito bem trabalhando na cana-
melhor hoje abaixou muito o preço do de-açúcar
metro de cana-de-açúcar cortada Não sabe
Um trabalho sofrido
Muito ruim, pesado só realiza porque
precisa
Não é bom, mas não tem outra opção
Cansativo, mas dá para ganhar o pão
Para homem é bom para mulher
desumano
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
72
Quadro 42
Pracinha
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Terrível, mais é a única fonte de Melhor qualidade de vinda pela renda
emprego e renda Muito mais renda para cidade
Dá emprego para a cidade Mudou para melhor, mas não gostaria de
No interior para quem não tem estudo é trabalhar na cana-de-açúcar
a única oportunidade de emprego Acabou com todos os outros tipos de
Aqui em Pracinha ou é cana-de-açúcar lavoura
ou prefeitura Acabou com o sítio, antes tinha famílias
Se não fosse a cana-de-açúcar muita com até 10 pessoas morando e
gente passaria fome trabalhando no sítio agora está tudo
É o sustento do povo de Pracinha desempregado na cidade
O povo de Pracinha maioria trabalha do Não é bom, se não fosse a cana-de-açúcar
corte, dentro da usina é difícil pegar teríamos outras lavouras que geram mais
daqui renda
Só gera emprego para homem As queimadas são ruins
Maioria das pessoas trabalham na cana- Não sabe
de-açúcar se acabar não teremos o que
fazer
Bom para os pobres, se não fosse a
cana-de-açúcar numa cidade pequena
como esse não teríamos outra coisa
Quadro 43
Pracinha
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha dos trabalhadores que vem de outras cidades para trabalhar na cana-de-
açúcar?
Em Pracinha ainda não chegou Eles vêm em busca de emprego não
Veio mais já foram embora atrapalham ninguém
Eles não vem mais para Pracinha Aqui só nos atrapalham os que vêm do
porque é muito difícil arrumar casa para presídio
alugar Não incomoda
Não vem Não atrapalha, tem muitas usinas
Não tem nem para os que moram aqui,
para quem vir mais gente
Aumento da população
Eles tomam muito a frente do povo da
cidade
Eles vem tirar o pouco que nós temos
Tira emprego das pessoas da cidade
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Gráfico 29
Pracinha
Renda familiar dos entrevistados - 2010
15%
Até 1 salário mínimo
Mais de 1 até 2
3%
39% salários mínimos
3% Mais de 2 até 3
2% salários mínimos
Mais de 3 até 4
salários mínimos
Mais de 4 salários
mínimos
Não informou
38%
73
Gráfico 30
Pracinha
Situação do imóvel - 2010
2%
5%
11%
Própria
Alugada
Financiada
C edida
82%
Tabela 55
Pracinha
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Meio de locomoção para Lucélia - 2010
Principais meios de locomoção utilizados pela população
Meio locomoção N. %
Condução Própria 16 24,61
Transporte Coletivo 26 40,00
Transporte Coletivo / Carona 3 4,62
Transporte Coletivo / Condução 5 7,69
Própria
Carona 12 18,46
Condução Própria / Táxi 3 4,62
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Tabela 56
Pracinha
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Transporte coletivo para Lucélia - 2010
Suficiência do transporte coletivo
SIM N. % NÃO N. % NÃO N. %
SABE
42 64,61 2 3,08 21 32,31
Justificativa do sim Justificativa do não
Antes não tinha circulação de Ainda poucos horários
transporte coletivo Valor elevado da tarifa
Ótima Não sabe, porque ainda não
Agora tem, antes tinha que utilizou
esperar carona
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
74
Tabela 57
Pracinha
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual – Infraestrutura - 2010
Existência de pavimentação?
SIM N. % NÃO N. %
63 96,92 2 3,08
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
75
Tabela 58
Pracinha
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Principais locais de consumo - 2010
MEIOS DE CONSUMO COLETIVO
E
x Hospital
i onde obtém o serviço Frequência %
s Sim Não
t Lucélia 56 86,15
ê Lucélia/Adamantina 5 7,69
X
n
Lucélia/Marília 2 3,08
c
i Lucélia/Marília/Presidente Prudente 1 1,54
a Lucélia/Presidente Prudente 1 1,54
onde obtém o serviço Frequência %
n Posto de saúde
a
Sim Não
Pracinha 65 100,00
c X
i Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
d (particular)
a Sim Não Lucélia 23 35,38
d X Lucélia/Adamantina 12 18,46
e Adamantina 7 10,77
Lucélia/Presidente Prudente 5 7,69
Presidente Prudente 3 4,61
Adamantina/Presidente Prudente 2 3,08
Adamantina/Osvaldo Cruz 2 3,08
Marília/Presidente Prudente 1 1,54
Osvaldo Cruz 1 1,54
Marília/Tupã 1 1,54
Osvaldo Cruz/Presidente Prudente 1 1,54
Lucélia/Dracena/Adamantina 1 1,54
Lucélia/Adamantina/Tupã 1 1,54
Não Utiliza 5 7,69
Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
(público/particular)
Sim Não Pracinha 42 64,61
X Lucélia 5 7,69
Lucélia/Pracinha 4 6,15
Adamantina 3 4,61
Lucélia/Adamantina 2 3,08
Não utiliza 9 13,85
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Pracinha 4 6,15
X Lucélia 1 1,54
Não utiliza 60 92,31
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Pracinha 62 95,38
X Pracinha/Lucélia 2 3,08
Não utiliza 1 1,54
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
76
Adamantina 2 3,08
Presidente Prudente 2 3,08
Lucélia/Adamantina/Osvaldo Cruz 2 3,08
Lucélia/Mascate 1 1,54
Área de Lazer onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Pracinha 19 29,23
X Adamantina/Lucélia 1 1,54
Cidades da região 1 1,54
Panorama 1 1,54
Lucélia 1 1,54
Martinópolis 1 1,54
Não utiliza 41 63,08
Pescaria, igreja, quermesse,
praça (Pracinha)
Festas (Adamantina, Lucélia)
Balneário (Panorama,
Martinópolis)
Escola onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não Pracinha 27 41,54
X Pracinha/Adamantina 2 3,08
Adamantina 2 3,08
Lucélia 2 3,08
Não utiliza 32 49,23
Adamantina (Faculdade,
técnico)
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 59
Pracinha
Assistência social - 2010
Utiliza ou já utilizou assistência social do município?
SIM N. % NÃO N. %
44 67,69 21 32,31
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
77
Tabela 60
Pracinha
O entrevistado e as relações com Presidente Prudente, Marília e São Paulo - 2010
Relação com Presidente Prudente
SIM N. % NÃO N. %
42 64,62 23 35,38
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Passeio 14 33,33 Saúde/compras 2 4,76
Saúde 14 33,33 Esporte 1 2,38
Compras 9 21,42 Trabalho 1 2,38
Relação com Marília
SIM N. % NÃO N. %
49 75,38 16 24,62
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Saúde 45 91,84 Esporte 1 2,04
Passeio 3 6,12
Relação com São Paulo
SIM N. % NÃO N. %
32 49,23 33 50,77
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Passeio 20 62,50 Passeio/Moradia 2 6,25
Moradia 5 15,62 Esporte 1 3,12
Trabalho 3 9,37 Saúde 1 3,12
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 61
Pracinha
Relação interurbana com Lucélia - 2010
Fluxo
Ocorrência Frequência %
1 vez na semana 4 6,15
2 vezes na semana 6 9,23
3 vezes na semana 4 6,15
4 vezes na semana -- --
5 vezes na semana 1 1,54
6 vezes na semana -- --
7 vezes na semana 4 6,15
Raramente 4 6,15
Sempre 7 10,77
Quando necessita 35 53,85
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
78
Gráfico 31
Pracinha
Tempo de residência em anos dos entrevistados - 2010
Quadro 44
Pracinha
Local de origem dos entrevistados - 2010
Onde nasceu? Motivo da mudança para Pracinha?
Origem Motivo
Mariápolis (SP) Casamento
Paraná Para trabalhar depois se casou
Martinópolis (SP) Emprego
Lucélia (SP) Família
Paraíba São Paulo era muito perigoso
Bastos (SP) Lavoura não deu mais nada, os filhos vieram
Osasco (SP) para a cidade
Minas Gerais Acabou os arrendamentos de café
Jundiaí (SP) Tentar a vida e ficou
Rondônia Sitio começo a ter muitos gastos e vendia as
Sitio na região coisas muito barato, acabava não pagando as
Flórida Paulista (SP) dívidas
Sagres (SP)
São Paulo (capital)
Norte
Araçatuba (SP)
Pernambuco
Pacaembu (SP)
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
79
Tabela 62
Pracinha
O entrevistado e a cidade - 2010
Você gosta de morar em Pracinha?
SIM N. % Razoável N. % NÃO N. %
54 83,08 1 1,54 10 15,38
Justificativa Justificativa
Sossego Muito calma, não tem lazer
Tranquilidade Não tem opções
Gosta por que é tranqüilo, mas não é Não tem nada para fazer é um lugar
bom muito parado
Gosta pelo sossego, mas não tem Vizinhos, muitas fofocas
opções
Pelo sossego é bom para criar os
filhos
Boa de morar
Acostumou com as pessoas Para ganhar dinheiro tem que sair
Só sai da cidade quando morrer daqui
Conhecimento Não tem opção de emprego
Criou os filhos e foi criada já estamos
aqui por três gerações
Conhece todo mundo, é pequeno
Amizade
Teve filhos e construiu tudo na cidade
Não saio daqui de jeito nenhum
Casa própria Cidade muito pequena
Tanto faz a cidade Não sabe
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 45
Pracinha
O entrevistado e a cidade - 2010
Quais as melhorias que faltam em Pracinha?
Lazer, atendimento de saúde Emprego
Lazer para jovens, crianças Emprego para jovens quase todos tem que sair
Mais horários de ônibus para arrumar emprego fora
Hospital, pronto socorro Emprego para mulheres
Bons médicos plantonistas Emprego para tirar do facão
Festas, mais movimento Fábricas, indústrias
Acabar a construção das casas populares Mais lavouras, café, tomate, feijão
Mais comércio
Eleição roubada Mais facilidade de acesso à cidade
Melhor organização Seria bom não precisar sair da cidade para tudo
Eles estão fazendo mas a cidade é pequena é A cidade não vai para frente porque nada se
não tem muito recurso instala aqui
Tudo bom, quando não tem serviço o prefeito Aqui não tem emprego, quando vamos pedir
ajuda com comida emprego em Lucélia não podemos falar que
Melhorar o prefeito moramos em Pracinha eles acham que vamos
Tudo bom, depois que entrou esse prefeito as chegar atrasados e tem a questão da passagem
coisas ficaram melhor
Cursos profissionalizantes Falta quase tudo
Tudo bom
De tudo um pouco
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
80
Quadro 46
Pracinha
O entrevistado e a cidade - 2010
O que você acha de Pracinha?
As pessoas ajudam umas as outras por ser Muito parada
uma cidade pequena Falta emprego, precisa de mais comércio
Está boa Cidade pequena tem muita fofoca
Está crescendo Cidade para aposentado
Um lugar solidário Nada a declarar
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Quadro 47
Pracinha
O entrevistado e as relações interurbanas com Lucélia - 2010
O que você acha de Lucélia?
Tem santa casa Mais emprego
Mais facilidade de acesso Mais opção de compra
Mais bancos, opção de compras, tudo que Mais bancos
precisa encontra na cidade
Tabela 63
Pracinha
O entrevistado e a cidade - 2010
Gostaria de morar em outra cidade?
SIM N. % NÃO N. %
29 44,62 36 55,38
Qual cidade Motivos
Lucélia (SP) Lucélia tem mais opção de
Mariápolis (SP) emprego
Adamantina (SP) Família
Campinas (SP) Adamantina, campinas é bem
Birigui (SP) maior
Presidente Prudente (SP) Mais opção de emprego
Exterior (Holanda) Mais opção na vida
Jundiaí (SP) Adamantina, tem mais lazer e
Alagoas emprego
Ribeirão Preto (SP)
Uma cidade maior
Uma cidade boa para
estudar
Uma cidade com mais
emprego
Sítio
Tenha mais oportunidade
de tudo
81
Quadro 48
Pracinha
Concepção de cidade dos entrevistados - 2010
Os entrevistados e a definição de cidade
Definição
Lugar maior Ofereça lazer Facilidade
Grande, desenvolvida Médicos Tudo de bom
Melhor que Pracinha Infra-estrutura Melhor que aqui
Osvaldo Cruz, São Paulo, Lugar com hospital Violência
Presidente Prudente, Escolas Correria
Campinas Recursos Lugar que encontra tudo
Ser grande, muito Água encanada, energia que procura
movimento elétrica, médico, farmácia, Várias coisas
Grande cheia de prédios proximidade do comércio Opção de vida
Um determinado território Onde podemos resolver
com muita gente e problemas, tarefas
bastante emprego Tem que ter tudo, lojas
Ser grande, árvores, etc.
parques Oportunidade
Tecnologia
Lugar de viver
Conforto
Sossego
Cidade é um lugar para
sobreviver
Pessoas Um lugar onde tem Boa administração, se
Grande movimento emprego, tudo que uma não, não pode ser
Convívio entre as pessoas cidade deve ter chamada de cidade
Conjunto de pessoas Progresso, Organização
desenvolvimento, evolução,
crescimento
Empregos
Comércio
Bancos
Lugar de moradia Não sabe
Casas
Prédios
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
82
Tabela 64
Pracinha
Definição de cidade e sua aplicação - 2010
Pracinha pode ser considerada cidade?
SIM N. % NÃO N. %
34 52,31 31 47,69
Justificativa do Sim Justificativa do não
Considero, porque passou oficialmente a Diz que é mais não é, na verdade é um
ser cidade, mas é fraca sítio
Conta no mapa Falta muito para ser cidade, é um sítio
É cidade, porque depois que foi Diz que é mais é tipo colônia
reconhecida melhorou sistema de saúde É um sítio
Pode, quando era distrito de Lucélia era Aqui é o meio do mato
um curau de boi É igual o sítio depende de outras
Cidade constituída já é, mas ainda não foi cidades
para frente, no entanto, depois que É uma fazenda grande
deixou de ser distrito melhorou 200%
Cidade pequena mais é Aqui esta como cidade, mas não
É uma mini cidade, poderia ser melhor considero é muito pequena
Bem pequenininha Pequena para cidade
Pelo nome é pelo tamanho não
Miúdo
Cidade que está progredindo Por enquanto ainda não
Cidade, cidade não, mas já melhorou
Falta tudo
Falta mais conforto
Ainda não, não tem tudo que deve ter
em uma cidade se fosse cidade não
precisaríamos sair para fazer pequenas
compras
Tem pouca estrutura para ser cidade
Poucos recursos
Poucas coisas para fazer
Só é cidade para os idosos
Esta mais para um bairro
É um bairro de Lucélia
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Gráfico 32
Queiroz
Idade dos entrevistados - 2010
83
Gráfico 33
Queiroz
Sexo dos entrevistados - 2010
Tabela 65
Queiroz
Ocupações dos entrevistados - 2010
Trabalha?
SIM N. % NÃO N. % Aposentado N. %
26 40,62 22 34,38 16 25,00
Profissão
% %
Profissão Frequência Profissão Frequência
84
Tabela 66
Queiroz
A cidade e o agronegócio - 2010
Alguém da família que trabalha em usinas e destilarias de açúcar e álcool e/ou no campo?
SIM N. % NÃO N. %
25 39,06 39 60,94
Profissão
% %
Profissão Frequência Entre-safra Frequência
Quadro 49
Queiroz
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha do trabalho na cana-de-açúcar?
Muito pesado Bom
Muito difícil, mas quem precisa tem de Para quem quer trabalhar não tem serviço
trabalhar pesado
É péssimo Serviço como outro qualquer
Horrível cortar cana-de-açúcar
Um pouco pesado
Uns falam que é pesado, mas depois
acostuma
Ruim, sol quente
cansativo
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
85
Quadro 50
Queiroz
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
Mais emprego para região toda Só melhorou o emprego ficou ruim para as
Maravilhosa mais renda para a cidade demais plantações
Bom para a cidade trás emprego Bom para o usineiro; ruim para a lavoura
Só a usina gera emprego não tem outra Não tem mais um pé de plantação só cana-
opção de-açúcar
Gera emprego na roça Mudou 100% o dado ruim é que não tem
Só tem prefeitura e cana-de-açúcar mais lavouras
Emprego para todo mundo Bom pelo emprego, ruim porque acabou
Aumentou a cidade, número de casas com as outras lavouras
Muitas vantagens: combustível mais Pior, tinha mais lavoura e mais emprego. A
barato; renda para os municípios; antes cana-de-açúcar empega menos
era diarista agora todo mês recebe A roça não tem mais nada
Desenvolveu a cidade e o comércio Menor renda para a cidade, pois o forte era
Para o nosso município é a nossa a agricultura
salvação Mudou bastante a cidade, muita gente
Setor mais produtivo que gera riqueza Mudou muito a cidade ela não estava
para a cidade preparada para receber tantas
Valorizou os imóveis modificações
Se não fosse a cana-de-açúcar o povo Aumentou o número de casas, o preço dos
passava fome aluguéis, o comércio e os problemas de
É uma grande oportunidade para vagas nas escolas
trabalhar Subiu o preço do aluguel
Melhorou o movimento Mais emprego, mas queimadas e os
A cidade cresceu caminhões na cidade quebra os fios de o
Bom, mais habitantes para trabalhar na asfalto
cana-de-açúcar Acabou com as estradas e pontes
Não tem emprego a cana-de-açúcar é a Não vejo vantagens ganha-se muito pouco
alternativa A cana-de-açúcar aqui não dá emprego
A usina para a cidade não é nada
86
Quadro 51
Queiroz
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha dos trabalhadores que vem de outras cidades para trabalhar na cana-de-
açúcar?
Aqui não vem cortador só quem O povo daqui não quer trabalhar na cana-
trabalha dentro da usina de-açúcar, sobra vaga para muitos
No começo veio bastante cortador Tem trabalho para todos se não querem
agora parou, mas aumenta do comércio trabalhar tem outros que precisam
Já veio bastante, hoje não vem muito; Todo mundo precisa trabalhar
mecanização Não muda nada
O cortador parou, mas tá vindo outros e Tem emprego para todo mundo
isso fez aumentar a prostituição Aumento bastante a população e misturou
Veio bastante, mas foram embora não a cultura (músicas)
tem mais facão Bastante gente de fora, mas não tem nada
No corte já veio hoje parou. Vem de diferente
muitos para trabalhar dentro da usina e Não tira emprego porque os daqui já estão
muito serviço terceirizado trabalhando e continuam
Muitos já foram embora Não tem o que reclamar
Diminuiu cortador (mecanização) vem Acho eles bacana, nunca ouvi falar nada.
alguns especializados Se der queixa na usina são mandados
Vem mais maquinista, tratorista para o embora
corte pouco Para os que tem estudo não tira
Ainda bem que não vem para cá. Vem só para cortar cana-de-açúcar não
Porque me falaram que em Luziânia atrapalha
acabou com tudo até remédio no posto Tem bastante gente desconhecida
de saúde Antigamente era mais próximo todo mundo
Tira emprego do pessoal daqui. Eles se conhecia, agora não
vem com firma e deixa a população Pessoas diferentes
sem chance de emprego Muita gente diferente que não conheço não
Ruim, o serviço tem que ser gerado tenho contato
para quem mora na cidade Tira a paz da cidade
Tira emprego do pessoal da cidade. Fazem bagunça
Tem pouca firma aqui e quando vem Algumas brigas e problemas que são
uma trás o pessoal de fora graves
Tem muito desempregado porque o Aumentou as brigas
pessoal de fora tira a vaga Os cortadores são muito briguentos,
Tira o emprego porque falta qualificação bravos “baianos”
do pessoal daqui Em Luziânia tem muita briga “o povo do
Maranhão”
Aluguel mais caro A maioria fica na semana e vai embora ao
Aumentou o comércio final de semana
A cidade cresceu
Vim em busca de oportunidade e Não sabe
emprego fora da minha cidade Prefiro não falar
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Gráfico 34
Queiroz
Tempo de residência em anos dos entrevistados - 2010
87
Quadro 52
Queiroz
Local de origem dos entrevistados - 2010
Onde nasceu? Motivo da mudança para Pracinha?
Origem Motivo
Pernambuco Trabalhar
Sítio da região Família
Norte Construção da usina
Bahia Tentar coisa melhor que o sítio
Minas Gerais Desempregado em São Paulo
Pompéia (SP) Marido faleceu teve de sair do sítio
Lins (SP) Para descansar
Sergipe Casamento
Alagoas Lavoura não deu mais
Pacaembu (SP)
São Paulo (Capital)
São Vicente (SP)
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Gráfico 35
São João do Pau D’Alho
Idade dos entrevistados - 2010
7%
Até 19 anos
20%
40% 20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
16% 50 a 59 anos
10% 7% 60 anos ou mais
Gráfico 36
São João do Pau D’Alho
Sexo dos entrevistados - 2010
30%
Feminino
Masculino
70%
88
Tabela 67
São João do Pau D’Alho
Ocupações dos entrevistados – 2010
Trabalha?
SIM N. % NÃO N. % Aposentado N. %
23 37,70 16 26,23 22 36,07
Profissão
% %
Profissão Frequência Profissão Frequência
Pescador 1 4,35
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
89
Tabela 68
São João do Pau D’Alho
A cidade e o agronegócio - 2010
Alguém da família que trabalha em usinas e destilarias de açúcar e álcool e/ou no campo?
SIM N. % NÃO N. %
23 37,80 38 62,30
Profissão
% %
Profissão Frequência Entre-safra Frequência
Bóia-fria 3 13,04
Lavrador 2 8,69
Quadro 53
São João do Pau D’Alho
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha do trabalho na cana-de-açúcar?
Para o braçal é muito difícil Bom para quem não tem outro emprego
Não é bom É bom para não ficar parado sem emprego
Pesado, só trabalha na cana-de-açúcar Não sabe
porque precisa muito
Muito sol, muito ruim
Muito perigoso
Depende da função, para o cortador é
bravo
Não gostaria de forma alguma trabalhar
na cana-de-açúcar
Muito bruto
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
90
Quadro 54
São João do Pau D’Alho
A cidade e o agronegócio - 2010
O que você acha da cana-de-açúcar para cidade?
A cana-de-açúcar toma conta de tudo, Acabou com todas as lavouras
mas se não fosse ela não teríamos onde Ficou muito ruim, arrendou o sítio e não
trabalhar tem mais o que fazer
Bom para quem não tem outro emprego Como acabou com as lavouras tirou renda
Mais emprego dos agricultores
Aumento da renda Acabando com todas as lavouras só está
Mais movimento no comércio sobrando cana-de-açúcar, mas ninguém irá
Mais movimento na cidade beber garapa
Se não fosse a cana-de-açúcar o povo Não dá mais para plantar um pé de milho
passaria fome Muito ruim para criação de gado
Gera emprego principalmente para Fumaça das queimadas faz muito mal para
quem não tem estudo saúde
Quem iria embora da cidade não vai Muita queimada
mais pelo emprego na cana-de-açúcar Muita poluição
Aqui só tem emprego na cana-de- Igual a época do café
açúcar e na prefeitura Acabou com todas as estradas
Se não fosse a cana-de-açúcar seria É um mar de cana-de-açúcar
difícil para a cidade Melhorou tudo
Aumento populacional Não sabe
Antes não tinha emprego agora tem
Emprega muita gente, fica
desempregado quem quer
Para a região é muito útil
Muito bom para os pobres e sem estudo
Pelas oportunidades de emprego
melhorou a qualidade de vida
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Quadro 55
São João do Pau D’Alho
A cidade e o agronegócio – 2010
O que você acha dos trabalhadores que vem de outras cidades para trabalhar na cana-de-
açúcar?
Para cá não vem Muita gente estranha
Não tem muita casa disponível, então Pouco mais está vindo, passa ter pessoas
eles não vem diferente
Está indo para Paulicéia Aqui é poucos e já não conhecemos mais
Não vem, mas também não quero que todo mundo imagine se fosse igual a
vem não Paulicéia
Tira um pouco da oportunidade dos dá
cidade Emprego tem para todos
Tem muitas usinas
Não atrapalha
Não sabe
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Gráfico 37
São João do Pau D’Alho
Renda familiar dos entrevistados - 2010
91
15%
23% Até 1 salário mínimo
3% Mais de 1 até 2
salários mínimos
5%
Mais de 2 até 3
salários mínimos
Mais de 3 até 4
salários mínimos
15% Mais de 4 salários
mínimos
Não informou
39%
Gráfico 38
São João do Pau D’Alho
Situação do imóvel - 2010
8%
8%
Própria
11% Alugada
Financiada
C edida
73%
Tabela 69
São João do Pau D’Alho
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Meio de locomoção para Dracena e Tupi Paulista - 2010
Principais meios de locomoção utilizados pela população
Meio locomoção N. %
Condução Própria 13 21,31
Transporte Coletivo 22 36,06
Transporte Coletivo / Carona 9 14,75
Transporte Coletivo / Condução 12 19,67
Própria
Carona 3 4,92
Condução Própria / Carona 2 3,28
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
92
Tabela 70
São João do Pau D’Alho
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Transporte coletivo para Dracena e Tupi Paulista - 2010
Suficiência do transporte coletivo
SIM N. % NÃO N. % NÃO N. %
SABE
39 63,93 14 22,95 8 13,11
Justificativa do sim Justificativa do não
Tem poucos horários mais está Poucos horários
bom Horários ruins, sábados,
Está bom, tem poucos horários domingos e feriados não
mais o aumento não compensa tem ônibus, assim não
pela quantidade de usuários podemos sair daqui para se
Não sabe divertir ou passear aos
sábados e domingos
Tiraram todos os horários
Vai para Dracena depois não
tem horário para voltar
Como têm poucos horários
os ônibus circulam lotados
Tabela 71
São João do Pau D’Alho
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual – Infraestrutura - 2010
Existência de pavimentação?
SIM N. % NÃO N. %
61 100 -- --
Tabela 72
São João do Pau D’Alho
A cidade e os meios de consumo coletivo e individual
Principais locais de consumo - 2010
MEIOS DE CONSUMO COLETIVO
E
x Hospital
i onde obtém o serviço Frequência %
s Sim Não
t Tupi Paulista 27 44,26
ê Tupi Paulista/Dracena 22 36,06
X
n
Dracena 6 9,84
c
i Dracena/Tupi Paulista/Presidente 2 3,28
a Prudente
Dracena/Presidente Prudente 1 1,64
n Tupi Paulista/ Andradina 1 1,64
a Dracena/Andradina 1 1,64
c Tupi Paulista/Presidente Prudente 1 1,64
i onde obtém o serviço Frequência %
d Posto de saúde
a
d Sim Não
São João do Pau D’ Alho 61 100,00
e X
Serviço médico onde obtém o serviço Frequência %
(particular)
Sim Não Dracena 23 37,70
93
X Dracena/Tupi Paulista 16 26,23
Tupi Paulista 6 9,84
Dracena/Presidente Prudente 4 6,56
Dracena/Andradina 2 3,28
Andradina 1 1,64
Não utiliza 9 14,75
Serviço de dentista onde obtém o serviço Frequência %
(público/particular)
Sim Não São João do Pau D’ Alho 37 60,65
X Tupi Paulista 9 14,75
São João do Pau D’ Alho/Tupi Paulista 3 4,92
Dracena 3 4,92
Dracena/Tupi Paulista 2 3,28
São João do Pau D’ Alho/Andradina 1 1,64
Panorama 1 1,64
Não utiliza 5 8,20
Creche onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não São João do Pau D’ Alho 54 88,52
X Não utiliza 7 11,48
Igreja onde obtém o serviço Frequência %
Sim Não São João do Pau D’ Alho 60 98,36
X São João do Pau D’ Alho/Dracena 1 1,64
Comércio alimentar onde obtém o serviço Frequência %
94
Tabela 73
São João do Pau D’Alho
Assistência social - 2010
Utiliza ou já utilizou assistência social do município?
SIM N. % NÃO N. %
44 72,13 17 27,87
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 74
São João do Pau D’Alho
O entrevistado e as relações com Presidente Prudente, Marília e São Paulo - 2010
Relação com Presidente Prudente
SIM N. % NÃO N. %
43 70,49 18 29,51
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Saúde 28 65,12 Compras 2 4,65
Passeio 7 16,28 Concurso 2 4,65
Passeio/saúde 3 6,98 Saúde/compras 1 2,32
Relação com Marília
SIM N. % NÃO N. %
18 29,51 43 70,49
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Saúde 12 66,67 Passeio 6 33,33
Relação com São Paulo
SIM N. % NÃO N. %
26 42,62 35 57,38
MOTIVOS
Motivo Frequência % Motivo Frequência %
Passeio 20 76,92 Passeio/Moradia 1 3,85
Moradia 3 11,54 Igreja 1 3,85
Trabalho 1 3,85
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
95
Tabela 75
São João do Pau D’Alho
Relação interurbana com Dracena e Tupi Paulista - 2010
Fluxo
Ocorrência Frequência %
1 vez na semana 7 11,47
2 vezes na semana 8 13,11
3 vezes na semana 1 1,64
4 vezes na semana -- --
5 vezes na semana -- --
6 vezes na semana -- --
7 vezes na semana 3 4,92
Raramente 9 14,75
Sempre 3 4,92
Quando necessecita 29 47,54
Não informou 1 1,64
Fonte: Trabalho de campo, 2010.
Gráfico 39
São João do Pau D’Alho
Tempo de residência em anos dos entrevistados - 2010
96
Quadro 56
São João do Pau D’Alho
Local de origem dos entrevistados - 2010
Onde nasceu? Motivo da mudança para São João do Pau D’Alho?
Origem Motivo
Rinópolis (SP) Com os pais
Pernambuco (PE) Café acabou
Sítio da região Não sabe
Monte castelo (SP) Concurso público
Paraíba Casamento
São José do Rio Preto (SP) Emprego
Andradina (SP) Lavoura não deu mais
Mirandópolis (SP) O café acabou, os filhos vieram embora e nós
Pacaembu (SP) ficamos velhos
Jaú (SP) Tentar a vida
Santa Mercedes (SP) Trabalhávamos como diarista e foi acabando a
Nova Guataporanga (SP) lavoura
Maranhão
Votuporanga (SP)
Junqueirópolis (SP)
Presidente Prudente (SP)
Americana (SP)
Norte
Flórida Paulista (SP)
Bahia (BA)
Paulicéia (SP)
Marília (SP)
Mariápolis (SP)
Minas Gerais
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
97
Tabela 76
São João do Pau D’Alho
O entrevistado e a cidade - 2010
Você gosta de morar em São João do Pau D´Alho?
SIM N. % Razoável N. % NÃO N. %
59 96,72 -- -- 2 3,28
Justificativa Justificativa
Calma, tranquila Falta de lazer
Pode dormir de porta aberta que
ninguém mexe com ninguém, amo
essa cidade
Não tem violência
Sossegada
Porta aberta ninguém entra
Não tem perigo de roubo
Não tem bandido
Amizade é tudo uma família. Cidade Não tem emprego
grande ninguém conhece ninguém, Falta opção de emprego
não se ajudam. Cidade pequena é
uma família um precisa o outro ajuda.
Não tem melhor
Acostumou
Gosta do lugar
Conhecimento
Amizade
Criou-se na cidade
Vizinhos
Aconchegante
Um ajuda o outro
Conhece todo mundo
Cidade grande éramos presos, aqui
somos mais soltos
Pessoas boas
Apego
Bom para criar os filhos
Cidade pequena melhor para criar os
filhos
Por ser pequena
Casa própria
Tem que gostar
Assistência social fornece tudo, o
prefeito nos ajuda
Ajudas
Tem todos os recursos quando precisa
Não sabe
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
98
Quadro 57
São João do Pau D’Alho
O entrevistado e a cidade - 2010
Quais as melhorias que faltam em São João do Pau D’Alho?
Médicos Emprego
Saúde em geral e lazer Indústrias
Mais diversão para os jovens Emprego para as mulheres
Hospital, bons médicos Tirar a cana de açúcar para gerar outro tipo de
Mais, médico posto de saúde trabalho
Médicos 24 horas Opção de emprego para os jovens
Lazer Uma firma para dar empregos sem ser na cana
Mais recursos na área de saúde de açúcar
Mercados
Mais comércio
Farmácia, Posto de gasolina
Tudo bom Emprego para não precisar sair da cidade
Como todos se ajudam não precisamos de mais Mais horários de ônibus, para melhor
nada deslocamento
Cursos profissionalizantes Administração pública
Quadro 58
São João do Pau D’Alho
O entrevistado e a cidade - 2010
O que você acha de São João do Pau D’Alho?
Cidade boa, calma Cidade para idosos
Cidade pacata, não tem brigas Tão pequena que não tem muito que falar
Maravilhosa, limpa, sossegada Para idosos é sossegada já os jovens tem de
Organizada arrumar emprego fora
Boa para morar não para emprego Não sabe
Como morava em cidade grande acho que
falta mais comércio
Nosso prefeito é maravilhoso
Cidade boa, todos unidos
Bem administrada
Quando preciso sou atendido
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
99
Quadro 59
São João do Pau D’Alho
O entrevistado e as relações interurbanas com Dracena - 2010
O que você acha de Dracena?
Mais médicos Mais movimento no comércio
Boa, mas também faltam médicos Mais opção de comércio
Bom para todas as infraestruturas Emprego
Tudo que precisa encontra na cidade Muita opção de compra e emprego
Bastante lugar de lazer É maravilhosa tem mais farmácias, lojas etc.
Hospital
Todos os recursos
Melhor infraestrutura
Festas e restaurantes
Cidadão, boa, melhor, mais movimento Não respondeu
Para tudo que precisa Não sabe
Cidade mais desenvolvida Cidade boa
Utiliza tudo nela Não tem muito que falar
Grande, mais opção em tudo
Muito grande, mais opção no comércio
Melhor que São João do Pau D´Alho
Tem tudo
Outra coisa, grande metrópole
Cidade grande
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 77
São João do Pau D’Alho
O entrevistado e a cidade - 2010
Gostaria de morar em outra cidade?
SIM N. % NÃO N. %
14 22,95 47 77,05
Qual cidade Motivos
Bauru (SP) Falta de emprego
Andradina (SP) Cidade pequena
Dracena (SP) Família
São J. do Rio Preto (SP) Não sabe
Curitiba (PR)
Cidade que tiver melhor
proposta de emprego
Cidade que possibilite
uma renda maior
Cidade maior
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
100
Quadro 60
São João do Pau D’Alho
Concepção de cidade dos entrevistados - 2010
Os entrevistados e a definição de cidade
Definição
Dracena, Adamantina, Faculdade Lugar onde vive
Tupi Paulista, Marília, São Centro de saúde Conforto
Paulo, Americana Ofereça infraestrutura Acesso
São Paulo, Rio de Janeiro Lazer Bonita
(violência), cidade Opção na área de saúde Limpeza
pequena (sossego) Melhorias
Grande, correria, Paraíso
badalação Tem que ter tudo,
Cidade grande grande
Lugar maior Diferente de sítio e muito
Maior que São João do Pau barulho
D’Alho Convívio
Muito grande Violência
Cidade grande (emprego), Melhor condição de vida
pequena (morar e criar os
filhos)
Tem que ter tudo que
necessita para não
precisar ir buscar fora
Mais desenvolvida que São
João do Pau D´Alho (como
Dracena, Presidente
Prudente)
Mais movimento
Conjunto de moradores Progresso Bem organizada, limpa e
Povoamento, com Muito emprego grande
comércio, bar e farmácia Indústrias
Casas Não sabe
Ruas, carros e prefeitura
Prédios
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
Tabela 78
São João do Pau D’Alho
Definição de cidade e sua aplicação - 2010
São João do Pau D´Alho pode ser considerada cidade?
SIM N. % NÃO N. %
46 75,41 15 24,59
Justificativa do Sim Justificativa do não
Tem prefeito É um patrimônio
É um município Cidade rural
Tem o nome de cidade mais é uma
curutela
Curutela
Cidade pequena mais é Mais ou menos, falta um pouco
Cidadinha Cidade ainda não é
Não é cidade, mas é bom de morar
Tem de tudo Falta comércio tem que sair para tudo
Tem banco e igreja Não tem opções
Tem mercado, tem correio
Para quem mora aqui Pode dizer que é uma vila de Dracena
É um bairro
Não sabe
Fonte: Trabalho de Campo, 2010.
101
Tabela 79
Nova Alta Paulista
Emprego formal – 2012
Período Jan/2007 a Jul/2012
FUNÇÃO ADMISSÃO DEMISSÃO SALDO
Trabalhador da cultura da cana-de-açúcar 17.382 15.072 2.310
Trabalhador da avicultura de postura 7.095 6.426 669
Trabalhador agropecuário em geral 3.451 4.709 -1.258
Trabalhador volante da agricultura 2.815 2.225 590
Tratorista agrícola 1.366 1.238 128
Motorista de caminhão 1.184 1.005 179
Trabalhador pecuária (bovino corte) 883 910 -27
Operador de pá carregadeira 494 346 148
Aux. De excritório em geral 327 236 91
Aux. De produção farmaceutica 240 207 33
Operador de máquina de beneficiamento de produtos agrícolas 238 163 75
Trabalhador no cultivo de trepadeiras frutíferas 233 260 -27
supervisor de exploração agrícola 208 249 -41
Trabalhador pecuária (bovino de leite) 163 209 -46
Aux. De laboratório de imunobiologia 163 150 13
Trabalhador pecuário polivalente 131 159 -28
Operador de caregadeira 129 117 12
Trabalhador pecuária (bovino leite) 121 150 -29
Mecânico de manutenção de máquinas agrícolas 107 96 11
Operador de colheitadeira 101 121 -20
Continuo 100 32 68
Alimentador linha de produção 94 113 -19
Motorista de furgão ou veículos similares 93 57 36
Operador de motoniveladora 84 76 8
Trabalhador cultura café 84 72 12
Seringueiro 80 65 15
Carpinteiro 69 59 10
Trabalhador produção de mudas e sementes 67 40 27
Operador de máquinas fixas, em geral 66 60 6
Supervisor de exploração agropecuária 63 71 -8
Recreador 56 40 16
Tropeiro 56 47 9
Trabalhador na suinocultura 53 52 1
criador de peixes 51 43 8
Operador de incubadora 50 54 -4
Caseiro (agricultura) 46 61 -15
Trabalhador da avicultura de corte 46 68 -22
Trabalhador da cultura de mamona 44 33 11
Assistente administrativo 43 50 -7
Administrador 39 44 -5
102
Ajudante de motorista 39 34 5
Trabalhador da cultura do amendoim 36 45 -9
Trabalhador na siricicultura 34 49 -15
Trabalhador cultivo de árvores frutiferas 31 33 -2
Trabalhador pecuária (budalinos) 28 22 6
Apontador de mão de obra 28 35 -7
Soldador 27 23 4
Mecânico manutenção de automóveis, motonetas e similares 25 11 14
Mecânico de veículos automotores a disel 24 26 -2
Operador de máquinas de abrir valas 24 19 5
Almoxerife 23 14 9
Operador de caldeira 21 18 3
Apontador de produção 20 21 -1
Balanceiro 19 13 6
Eletricista de instalação 19 12 7
Operador de equipamento de refinação de açúcar 18 13 5
Lubrificador industrial 18 11 7
Técnico agrícola 17 13 4
Engenheiro agronomo 16 12 4
Viveirista florestal 15 14 1
Técnico em segurança do trabalho 13 9 4
Contador 11 8 3
Técnico em secretáriado 9 8 1
Engenheiro segurança do trabalho 9 7 2
Técnico laboratório industrial 6 9 -3
Técnico florestal 6 3 3
Secretária executiva 6 5 1
Médico veterinário 5 2 3
Engenheiro agrícola 4 5 -1
Biologo 3 2 1
Aux. De enfermagem do trabalho 3 0 3
Enfermeiro do trabalho 3 1 2
Analista de suporte computacional 3 1 2
Psicologo do trabalho 3 2 1
Economista agroindustrial 3 2 1
Técnico contabilidade 3 3 0
Médico do trabalho 3 1 2
Enfermeiro 2 0 2
Nutricionista 2 2 0
Períto contábil 2 1 1
Técnico em manutenção equiapamento de informática 2 1 1
Economista financeiro 2 2 0
Secretária bi e trilingue 2 1 1
Topográfo 2 2 0
Técnico agropecuário 1 2 -1
103
Engenheiro ambiental 1 1 0
Engenheiro florestal 1 0 1
Engenheiro mecânico automotivo 1 1 0
Analista de transporte e comércio exterior 1 1 0
Tecnologo em logistica de transporte 1 0 1
Técnico em caldeira 1 2 -1
Programador sistema de informaçãp 1 0 1
Técnico controle meio ambiente 1 0 1
Técnico enfermagem do trabalho 1 0 1
Técnico de apoio em pesquisa e desenvolvimento agroflorestal 1 2 -1
Técnico obras cívis 0 2 -2
Analista pesquisa de mercado 0 1 -1
Zootecnista 0 2 -2
Fonte: Ministério do trabalho e emprego, 2012. Organizado por Claudia Marques Roma, 2012.
Quadro 61
Flora Rica
Atividade desenvolvida no circuito inferior - 2012
Revenda de gás Padaria Farmácia
Loja de roupas (2) Sorveteria Loja e armarinhos
Bazar Borracharia Bar e lanchonete (6)
Açougue Lotérica Minimercado (5)
Quitanda Restaurante Salão de Beleza
Fonte: Trabalho de Campo, 2012.
Tabela 80
Flora Rica
Motivo que levou desempenhar a atividade? - 2012
Motivo Frequência (%)
Sempre teve vontade de ter um comércio 1 4
Falta de outras opções 1 4
Surgiu a oportunidade 1 4
Não havia o tipo de loja na cidade 2 8
Liberdade financeira e melhorar de vida 3 12
Cansou de trabalhar na lavoura e resolveu abrir a loja 4 16
Herança 5 20
Gosta do ramo 7 28
Não respondeu 1 4
Fonte: trabalho de campo, 2012.
104
Tabela 81
Flora Rica
Tempo de atividade - 2012
Período Frequência (%)
Até 1 ano 3 12
Mais de 1 ano até 5 anos 8 32
Mais de 5 anos até 10 anos 7 28
Mais de 10 anos 7 28
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 82
Flora Rica
Tecnologia - 2012
3.1 Tem computador?
SIM – 7 (28%) NÃO – 18 (72%)
3.2 Sistema de demarcação de preços?
Manual – 22 (88%) Computador – 2 (8%) As duas formas – 1 (4%) Não respondeu ou não se
aplica – --
3.3 Forma de controle de estoque?
Manual – 23 (92%) Computador – 1 (4%) As duas formas – -- Não respondeu, não se aplica
ou não tem estoque – 1 (4%)
3.4 Possui maquina de cartão de crédito?
SIM – 4 (16%) NÃO – 21 (84%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 83
Flora Rica
Estrutura administrativa - 2012
4.1 Como é dividido o serviço no estabelecimento. Tem uma pessoa específica para desenvolver cada
atividade?
Não tem divisão – 19 (76%)
Tem divisão – 6 (24%)
Não respondeu – ----
4.2 As funções são fixas
Sim – 3 (12%) Não – 22 (88%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
105
Tabela 84
Flora Rica
Capitais -2012
Faturamento-Investimento
5.1 Tem uma conta bancária específica para empresa ou junto com a conta pessoal?
Junta – 17 (68%) Separada – 6 (24%) Não respondeu ou não tem
conta bancária – 2 (8%)
5.2 Tem separação entre o dinheiro da empresa e a renda familiar? Ou é tudo junto?
Junto – 23 (92%) Separada – 1 (4%) Não respondeu – 1 (4%)
5.3 Investimento Realiza investimentos mensais para melhor a empresa?
Sim – 19 (76%) Não – 3 (12%) Não respondeu – 3 (12%)
Tabela 85
Flora Rica
Empregos - 2012
6.1 Quantas pessoas trabalham no estabelecimento? E qual a forma de contratação?
Quantidade Frequência (%) Forma Frequência (%)
1 7 28 Familiar 16 64
2 7 28 Assalariado 9 36
3 7 28
4 4 12
5 ou mais 1 4
Fonte: trabalho de campo, 2012.
106
Tabela 86
Flora Rica
Estoques - 2012
7.1 quantidade Grande – 21 (84%) Pequena – 1 (4%) Não se aplica ou sem estoque – 3 (12%)
Vendedor 13 52
Vendedor e telefone 1 4
Telefone 1 4
Vendedor e outra forma (busca em outras cidades – abate 9 36
e vende)
Não se aplica 1 4
7.4 Quanto tempo em média que demora para chegar os produtos?
Período (em dias) Frequência (%)
1a3 5 20
4a7 12 48
8 a 15 2 8
Não se aplica 6 24
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 87
Flora Rica
Preços das mercadorias - 2012
Fixos – 17 (68%) Negociável – 8 (32%) Fixo e negociável – ---
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 88
Flora Rica
Margem de lucro -2012
Porcentagem Frequência (%)
20 a 29% 3 12
30 a 39% 14 56
40 a 49% 3 12
50 ou mais% 4 16
Não respondeu 1 4
Fonte: trabalho de campo, 2012.
107
Tabela 89
Flora Rica
Relação com o cliente - 2012
10.1 Qual é a forma de atendimento ao cliente?
Pessoal – 25 (100%)
10.2 Forma de venda oferecida aos clientes?
Forma de pagamento Frequência (%)
Cheque e a vista 3 12
Caderneta, cheque e a vista 14 56
Caderneta, cheque, a vista e cartão 3 12
Caderneta e cheque 2 8
Caderneta e a vista 2 8
Somente a vista 1 4
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Quadro 62
Flora Rica
Custos fixos - 2012
Apenas custo de manutenção – água, luz e produtos – 13 (52%)
Aluguel mais custos de manutenção – 3 (12%)
Aluguel, custos de manutenção, salários funcionários e escritório – 9 (36%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 90
Flora Rica
Publicidade - 2012
Sim – 2 (8%) Não – 23 (92%)
Panfleto – 1 (50%) Eventos na cidade – 1 (50%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 91
Flora Rica
Ajuda governamental para o estabelecimento - 2012
Sim – --- Não – 25 (100%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Quadro 63
Pracinha
Atividade desenvolvida do circuito inferior -2012
Material de Construção (2) Posto de Gasolina Bar
Conveniência Bar e restaurante Sorveteria
Loja atendimento Loja e armarinhos Minimercado (2) Salão de Beleza
Restaurante (2) Telefônica Farmácia
Fonte: trabalho de campo, 2012.
108
Tabela 92
Pracinha
Motivo que levou desempenhar essa atividade? - 2012
Motivo Frequência (%)
Para suprir a necessidade da cidade 1 6,67
Aumentar a renda 1 6,67
Necessidade financeira 1 6,67
Na lavoura estava difícil 1 6,67
Para obter renda 2 13,33
Herança 2 13,33
Não havia o tipo de loja na cidade 4 26,67
Não respondeu 3 20,00
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 93
Pracinha
Tempo de atividade - 2012
Período Frequência (%)
Até 1 ano -- --
Mais de 1 ano até 5 anos 7 46,67
Mais de 5 anos até 10 anos 5 33,33
Mais de 10 anos 3 20,00
Não respondeu -- --
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 94
Pracinha
Tecnologia - 2012
3.1 Tem computador?
SIM – 8 (53,33%) NÃO – 7 (46,67%)
3.2 Sistema de demarcação de preços?
Manual – 9 (60%) Computador – 5 As duas formas – 1 (6,67%) Não respondeu ou não se
(33,33%) aplica – 3 (20%)
3.3 Forma de controle de estoque?
Manual – 11 Computador – 1 As duas formas – -- Não respondeu, não se aplica
(73,33%) (6,67%) ou não tem estoque – 3
(20%)
3.4 Possui maquina de cartão de crédito?
SIM – 9 (60%) NÃO – 6 (40%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
109
Tabela 95
Pracinha
Estrutura administrativa -2012
4.1 Como é dividido o serviço no estabelecimento. Tem uma pessoa específica para desenvolver cada
atividade?
Não tem divisão – 5 (33,33%)
Tem divisão – 7 (46,67%)
Não respondeu – 3 (20%)
4.2 As funções são fixas
Sim – 1 (6,67%) Não – 14 (93,33%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 96
Pracinha
Capitais - 2012
Faturamento-Investimento
5.1 Tem uma conta bancária específica para empresa ou junto com a conta pessoal?
Junta – 4 (26,67%) Separada – 10 (66,67%) Não respondeu ou não tem
conta bancária – 1 (6,67%)
5.2 Tem separação entre o dinheiro da empresa e a renda familiar? Ou é tudo junto?
Junto – 8 (53,33%) Separada – 7 (46,67%) Não respondeu – --
5.3 Investimento Realiza investimentos mensais para melhor a empresa?
Sim – 2 (13,33%) Não – 13 (86,67%) Não respondeu --
Tabela 97
Pracinha
Empregos - 2012
6.1 Quantas pessoas trabalham no estabelecimento? E qual a forma de contratação?
Quantidade Frequência (%) Forma Frequência (%)
1 -- -- Familiar 6 40,00
2 8 53,33 Assalariado 7 46,67
3 4 26,67 Os dois 2 13,33
4 1 6,67
5 ou mais 2 13,33
Fonte: trabalho de campo, 2012.
110
Tabela 98
Pracinha
Estoques - 2012
7.1 quantidade Grande – 2 Pequena – 10 Não se aplica ou sem estoque – 3 (20%)
(13,33%) (66,67%)
7.2 Qual a forma que se utiliza para fazer pedidos?
Forma Frequência (%)
Vendedor 7 46,67
Vendedor e telefone 5 33,33
Vendedor, telefone e internet 1 6,67
Vendedor e internet 1 6,67
Vendedor, telefone e outra forma (busca em outra cidade) 1 6,67
Não se aplica 1 6,67
7.4 Quanto tempo em média que demora para chegar os produtos?
Período (em dias) Frequência (%)
1a3 9 60,00
4a7 4 26,67
8 a 15 1 6,67
Não se aplica 1 6,67
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 99
Pracinha
Preços - 2012
Fixos – 7 (46,67%) Negociável – 7 (46,67%) Fixo e negociável – 1 (6,67%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 100
Pracinha
Margem de lucro - 2012
Porcentagem Frequência (%)
20 a 29% 6 40,00
30 a 39% 5 33,33
40 a 49% 2 13,33
50 ou mais% 2 13,33
Fonte: trabalho de campo, 2012.
111
Tabela 101
Pracinha
Relação com o cliente - 2012
10.1 Qual é a forma de atendimento ao cliente?
Pessoal – 15 (100%)
10.2 Forma de venda oferecida aos clientes?
Forma de pagamento Frequência (%)
Cheque e a vista 3 20,00
Caderneta, cheque e a vista 5 33,33
Caderneta, cheque, a vista e cartão 5 33,33
Caderneta e cheque 2 13,33
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Quadro 64
Pracinha
Custos fixos - 2012
Apenas custo de manutenção – água, luz e produtos – 8 (53,33%)
Aluguel mais custos de manutenção – 3 (20%)
Aluguel, custos de manutenção, salários funcionários e escritório – 4 (26,67%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 102
Pracinha
Publicidade - 2012
Sim – 6 (40%) Não – 9 (60%)
Jornal – 2 (33,33%) Eventos na cidade – 2 (33,33%)
Rádio – 1 (16,67%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 103
Pracinha
Ajuda governamental - 2012
Sim – --- Não – 15 (100%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Quadro 65
Mariápolis
Atividade desenvolvida no circuito inferior - 2012
Minimercado e açougue Academia (2) Salão de Beleza
Loja de material esportivo Bar e mercearia (2) Nutrimar
Funerária (2) Mercado (2) Farmácia (2)
Loja de roupas (2 Sorveteria e Restaurante Bazar
Posto de Gasolina Loja de material de alumínio e LanHouse
Auto-elétrica portões Açougue
Bar (4) Escritório de Contabilidade
Fonte: trabalho de campo, 2012.
112
Tabela 104
Mariápolis
Motivo que levou desempenhar essa atividade? - 2012
Motivo Frequência (%)
Não havia o tipo de loja na cidade 1 3,57
Para ter lucro e já tinha experiência como vendedora 1 3,57
Necessidade: tinha outro comércio que faliu e já trabalhou no ramo 1 3,57
anteriormente como assalariado e decidiu abrir o próprio negócio.
Era motorista e resolveu abrir o próprio negócio pois estava velho 1 3,57
Na época em que abriu o negócio não havia outro na cidade 1 3,57
Expandir o negócio, pois tem outras duas lojas em cidades diferentes e pela 1 3,57
carência na cidade
Era da capital e resolveu trazer o negócio para o interior 1 3,57
Queria trabalhar por conta 1 3,57
Estabelecimento é da família 1 3,57
Porque gosta da profissão e da lucro 1 3,57
Sonho 1 3,57
Já trabalhava na área 1 3,57
Gosta do ramo 1 3,57
Trabalho 1 3,57
Trabalhava na roça e montou o bar com a intenção de estudar os filhos 1 3,57
Para ter autonomia financeira – fonte de renda 2 7,14
Herança 3 10,71
Para suprir a necessidade da cidade 7 25,00
Não respondeu 2 7,14
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 105
Mariápolis
Tempo na atividade - 2012
Período Frequência (%)
Até 1 ano 3 10,71
Mais de 1 ano até 5 anos 4 14,29
Mais de 5 anos até 10 anos 4 14,29
Mais de 10 anos 16 57,14
Não respondeu 1 3,57
Fonte: trabalho de campo, 2012.
113
Tabela 106
Mariápolis
Tecnologia - 2012
3.1 Tem computador?
SIM – 16 (57,14%) NÃO – 12 (42,86%)
3.2 Sistema de demarcação de preços?
Manual – 14 (50%) Computador – 8 As duas formas – 4 (14,29%) Não respondeu ou não se
(28,57%) aplica – 2 (7,14%)
3.3 Forma de controle de estoque?
Manual – 15 Computador – 6 As duas formas – 1 Não respondeu, não se aplica
(53,57%) (21,43%) (3,57%) ou não tem estoque – 6
(21,43%)
3.4 Possui maquina de cartão de crédito?
SIM – 7 (25%) NÃO – 21 (75%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 107
Mariápolis
Estrutura administrativa – 2012
4.1 Como é dividido o serviço no estabelecimento. Tem uma pessoa específica para desenvolver cada
atividade?
Não tem divisão – 19 (67,86%)
Tem divisão – 9 (32,14%)
Não respondeu – --
4.2 As funções são fixas
Sim – 1 (3,57%) Não – 27 (96,43%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 108
Mariápolis
Capitais - 2012
Faturamento-Investimento
5.1 Tem uma conta bancária específica para empresa ou junto com a conta pessoal?
Junta – 10 (35,71%) Separada – 16 (57,14%) Não respondeu ou não tem
conta bancária – 2 (7,14%)
5.2 Tem separação entre o dinheiro da empresa e a renda familiar? Ou é tudo junto?
Junto – 20 (71,43%) Separada – 8 (28,57%) Não respondeu – 2 (7,14%)
5.3 Investimento Realiza investimentos mensais para melhor a empresa?
Sim – 7 (25%) Não – 18 (64,29%) Não respondeu – 3
(10,71%)
- anualmente renovação de móveis e
computadores
- anualmente
- sim
- em produtos
- pintura e infraestrutura do imóvel
- na melhoria e diversidade da
mercadoria
- reforma geral
Fonte: trabalho de campo, 2012.
114
Tabela 109
Mariápolis
Empregos - 2012
6.1 Quantas pessoas trabalham no estabelecimento? E qual a forma de contratação?
Quantidade Frequência (%) Forma Frequência (%)
1 8 28,57 Familiar 15 53,57
2 7 25,00 Assalariado 13 46,43
3 5 17,86
4 3 10,71
5 ou mais 5 17,86
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 110
Mariápolis
Estoques - 2012
7.1 quantidade Grande – 2 (7,14%) Pequena – 20 (71%) Não se aplica ou sem estoque – 6 (21,43%)
Vendedor 11 39,29
Vendedor e telefone 3 17,86
Telefone e fax 2 17,14
Vendedor, telefone e internet 2 17,14
Vendedor, telefone e outra forma (busca em outra cidade) 1 3,57
Telefone e internet 2 17,14
Internet 1 3,57
Outra forma (busca em outra cidade) 3 17,86
Não se aplica 3 17,86
7.4 Quanto tempo em média que demora para chegar os produtos?
Período (em dias) Frequência (%)
1a3 8 28,57
4a7 6 21,43
8 a 15 4 14,29
Mais de 15 4 14,29
Não se aplica 6 21,43
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 111
Mariápolis
Preços - 2012
Fixos – 10 (35,71%) Negociável – 17 (60,71%) Fixo e negociável – 1 (3,57%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
115
Tabela 112
Mariápolis
Margem de lucro - 2012
Porcentagem Frequência (%)
20 a 29% 9 32,14
30 a 39% 8 28,57
40 a 49% 1 3,57
50 ou mais% 7 25,00
Não respondeu 3 17,86
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 113
Mariápolis
Relação com o cliente - 2012
10.1 Qual é a forma de atendimento ao cliente?
Pessoal – 28 (100%)
10.2 Forma de venda oferecida aos clientes?
Forma de pagamento Frequência (%)
Cheque e a vista 1 3,57
Caderneta, cheque e a vista 14
Caderneta, cheque, a vista e cartão 6
Caderneta e cheque 1 3,57
Caderneta e a vista 3 17,86
Somente a vista 1 3,57
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Quadro 66
Mariápolis
Custos fixos - 2012
Apenas custo de manutenção – água, luz e produtos – 9 (32,14%)
Aluguel mais custos de manutenção – 9 (32,14%)
Aluguel, custos de manutenção, salários funcionários e escritório – 10 (35,71%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 114
Mariápolis
Publicidade – 2012
Sim – 18 (64,29%) Não – 10 (35,71%)
Jornal – 9 (50%) Jornal e internet – 1 (5,56%)
Rádio – 1 (5,56%) Panfleto e carro de som – 1 (5,56%)
Jornal, internet e rádio – 1 (5,56%) Sacola plástica e calendário – 1 (5,56%)
Jornal e rádio – 2 (11,12%) Jornal e agenda telefônica – 1 (5,56%)
Agenda telefônica – 1 (5,56%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
Tabela 115
Mariápolis
Ajuda governamental - 2012
Sim – -- Não – 28 (100%)
Fonte: trabalho de campo, 2012.
116
Mapeando os indicadores intra-urbanos na escala interurbana
28
A metodologia que estamos discutindo e foi utilizada para elaboração desse
mapeamento está descrita nos procedimentos metodológicos contido neste trabalho.
117
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120
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122
123
Os indicadores habitacionais revelam a localização dos diferentes segmentos
sociais no espaço intraurbano da Nova Alta Paulista a partir da característica das
moradias, ou seja, boa condição (mapa - domicílios com quatro banheiros ou mais)
ou condição ruim (mapa - domicílios improvisados; mapa - domicílios tipo cômodo;
mapa - domicílios coletivos; mapa - domicílios sem banheiro ou sanitário e; mapa
domicílios com cinco moradores ou mais).
Numa análise geral dos mapas, observamos que as cidades locais começam a
se destacar com os melhores indicadores (por exemplo, quando verificamos que em
Dracena e Tupã estão localizados os setores censitários com melhor avaliação em
relação a presença de domicílios com quatro banheiros ou mais, além disso, a quase
totalidades dos setores das cidades locais classificam-se no pior indicador), enquanto
as cidades menores apresentam os piores indicadores (como Bastos, Paulicéia,
Parapuã, Iacri e Rinópolis,que possuem os piores setores censitários em relação aos
domicílios improvisados, ou Ouro Verde em relação aos domicílios sem banheiro ou
sanitário).
Os mapas estão relacionados aos domicílios com infraestrutura de saneamento
básico. Nessa análise podemos identificar pontualmente, em todos os seis mapas, os
poucos setores censitários que se classificam com os piores indicadores