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Este artigo, reescrito para este livro, foi inicialmente uma comunicação apresentada na III Reunião da
Associação Brasileira de Estudos Homoeróticos (Belo Horizonte, UFMG, 2006) e no IV Congresso Brasileiro de
Pesquisadores Negros (Salvador, UNEB, 2006). Publicado em: SILVA, Joseli Maria; ORNAT, Marcio José A&
CHIMIN, Alides Baptista (Org.) Espaço, Gênero e Masculinidades Plurais. Ponta Grossa, Todapalavra, 2001, p.
261 – 289.
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Havia lido O Racismo ao vivo (BALWIN & MEAD, 1973) em disciplina ministrada pelo prof. Kabengele Munanga
na USP. Devo a Jarbas Ernandes de Oliveira e a Matheus Gato de Jesus a localização e o empréstimo de um
exemplar o livro Da próxima vez o fogo que deflagrou a nossa busca pelas obras do autor. Dedico este artigo
aos dois e a outros irmãos e camaradas: Rodrigo Reduzino, Joilson Santana, Welberg Bonifácio e Rinaldo
Teixeira.
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À semelhança de ativistas e estudiosos contemporâneos, prefiro o termo gay a homossexual que, por sua vez,
deriva de um discurso médico do século XIX (COSTA, 2002). No entanto, o utilizo quando estou centrado no
período entre os anos 1950 e 1970, quando o uso do termo gay no Brasil era muito restrito. (TREVISAN, 2004,
GREEN, 2000).
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Escritor e ativista do movimento pelos direitos civis negros nos EUA, James Arthur
Baldwin, nascido em 2 de agosto de 1924, em New York, e falecido em 1 de dezembro de
1987 em St. Paul de Vence, na Riviera francesa, tem uma obra significativa (ensaísta,
romancista, teatrólogo e poeta) que foi em parte traduzida no Brasil por editoras das
cidades do Rio de Janeiro e São Paulo entre os anos de 1960 e 1980. Baldwin é
relativamente conhecido por militantes da esquerda e do movimento negro e
homossexual nascentes. No entanto, a leitura segmentada – autor negro / gay – em
conjunto com a não tradução e não reedição de suas obras depois deste período
prejudica uma compreensão da unicidade e multiplicidade de seus escritos em que as
questões de negritude, masculinidade e sexualidade aparecem como centrais nos ensaios
e nos romances, além do homoerotismo na obra ficcional. A vida no Harlem, as viagens
para o Sul, o exílio em Paris, o retorno aos EUA, são acompanhados das suas vivências
espirituais (a ruptura com a instituição igreja), políticas (o ativismo negro) e afetivas
(famílias, amigos/as, amores não nomeados), que, de certo modo. Reaparecem nas
experiências homo, hetero e bissexuais de seus personagens masculinos negros ou
brancos.
As traduções de James Baldwin no Brasil e em Portugal entre os anos 1960 e
1980, de textos escritos e publicados nos EUA entre 1950 e 1970, apontam para uma
recepção de temas e abordagens, ainda que não completamente inéditos, mas
certamente polêmicos para os/as leitores/as tendo em vista a ditadura militar vigente no
país. O autor é publicado por editoras das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Há
também textos publicados pela Dom Quixote de Lisboa.
Dentre os escritos de cunho político os dois primeiros traduzidos o são por
editoras pequenas e hoje desconhecidas: Da próxima vez, o fogo (1967) pela Biblioteca
Universal Popular (coleção da Editora Civilização Brasileira) e a coletânea de entrevistas
para a TV O protesto Negro: James Baldwin, Malcom X, Martin Luther King (1969) pela
Laemmert, acrescida de um escrito de Leon Trotsky a respeito da “autodeterminação dos
negros americanos”. A Hemus, de São Paulo, edita os romances Um homem à minha
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espera/Going to Meet The Man (1969) e O preço da glória/Tell Me How Long the Train’s
Been Gone (1969) 4.
Mais de 15 anos após sua publicação nos EUA, Giovanni (1972) vem a público no
Brasil, no mesmo período, por uma editora de renome, a Abril Cultural, e segue sendo o
livro mais reeditado de Baldwin em português 5. Posteriormente a editora Brasiliense
edita E pelas praças não terá nome (1973). Somente depois é editado mais um romance
Numa terra estranha (1984), escrito mais de vinte anos antes. Não houve edição
brasileira de seus trabalhos publicados nos EUA nos anos 1980 e dos póstumos.
Na recepção brasileira dos livros de Baldwin, difundidos a partir do eixo Rio – São
Paulo, posso inferir que as editoras o ressaltam como “escritor negro”, autor de “ensaios
políticos” e que alguns livros são considerados “romances de protesto” por tratarem de
temas como relações raciais e homossexuais, dentre outros:
4
As edições da Hemus apresentam problemas: não há índices dos capítulos, o conto Sonny’s Blues está sem
título na coletânea denominada em português de Um homem à minha espera (1968), expressão que, em
conjunto com as capas, permite uma leitura erótica e distorce uma obra que focaliza tensões raciais.
5
Giovanni foi encenado em 1987, em São Paulo, no antigo Teatro do Bexiga, pelos atores Caíque Ferreira e
Hugo Della Santa nos papéis de Giovanni e David. www.spescoladeteatro.org.br.
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Texto da contracapa de Da próxima vez o fogo (1967), edição da Biblioteca Universal Popular.
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Texto da contracapa de Giovanni (1987), edição da Rocco.
5
Em entrevista ao periódico The Paris Review Baldwin afirma que era impossível
para ele naqueles anos 1950 tratar da questão negra e homossexual na mesma obra, daí
Giovanni’s Room, ter apenas personagens brancas:
Muitas são as opções. Ser um escritor, gay é afirmar uma afetividade que
longe de acentuar o isolamento e a alienação do homem contemporâneo, é
uma forma de redefinir práticas políticas marcadas pelo cotidiano, de uma
ética de um sujeito plural, como defende Jurandir Freire Costa, de uma
estética da existência, para lembrar uma vez mais Foucault (2002: p. 19).
Denílson Lopes segue afirmando o lugar dessa escritura gay dos anos 1990 que
nos permite rememorar o texto de Baldwin:
8
O ensaio Notas sobre o filho nativo pertence ao livro Alma no exílio publicado no Brasil (CLEAVER, 1971). Não
encontrei referências de alguma repercussão destas ideias entre intelectuais ativistas do período no Brasil.
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Baldwin pertence a uma época anterior, mas também experimentou este lugar
intranquilo. Recusa e afirma identidades sexuais de forma compreensível. Seus
personagens masculinos são homens negros (Léo, Rufus, Arthur, Jimmy) e brancos
(Giovanni, David, Eric) que têm seus relacionamentos homossexuais, por vezes, hétero
ou bissexuais, intra e/ou inter-raciais, compõem um universo da experiência do sujeito
que se desloca entre experiências e identidades raciais, de gênero, sexuais e espaciais,
sem essencializá-las ou negá-las. No entanto, num mundo heteronormativo e
hegemonicamente branco, a escrita de Baldwin torna-se negra e gay.
Este inocente país lançou-o num gueto no qual, de fato, desejava que você
perecesse. Deixe-me traduzir exatamente o que quero dizer com isso, pois
o essencial da questão está neste ponto e a raiz da minha pendência com o
meu país. Você nasceu onde nasceu e se defrontou com o futuro com que
se defrontou porque era negro e por nenhum outro motivo. Esperava-se
que os limites da sua ambição fossem, assim, fixados para sempre. Você
nasceu numa sociedade que traduzia numa clareza brutal, e no maior
número de formas possível, que você era um ser humano sem valor. Não
se esperava que aspirasse à perfeição: esperava-se que fizesse as pazes
com mediocridade. Para onde quer que você tenha se voltado James, no
curto espaço de tempo em que se encontra neste mundo, disseram-lhe
aonde podia ir e o que deveria fazer (e como podia fazer) e onde podia
morar e com quem podia casar. (BALDWIN, 1967: p. 24. Grifo do autor)
9
O que vi em torno de mim naquele verão no Harlem foi o que sempre vira:
nada mudara. Mas agora, sem qualquer aviso, as prostitutas, rufiões e
malfeitores da Avenida tinha-se tornado uma ameaça pessoal. Antes não
me ocorrera que eu poderia transformar-me num deles, porém agora
compreendia que havíamos sido gerados pelas mesmas circunstâncias.
Muitos dos meus camaradas tomavam nitidamente o rumo da Avenida e
meu pai dizia que eu estava no mesmo caminho. Meus amigos começavam
a beber e a fumar, e aventuravam-se – de início com avidez, depois a
gemerem – em suas carreiras sexuais. (1967: p.31-32)
Baldwin rememora que, para repetir esta situação, busca manter-se na escola e
entrega-se à igreja, à vivência religiosa, com a qual ele rompe depois. Menos que a
reprodução de estereótipos raciais, sexuais e de classe, com base na moral cristã e na
heteronormatividade, posso inferir que o que está em questão é a preocupação com os
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Eu escrevi sobre aqueles primeiros dias no Sul, mas de uma distância mais
ou menos impessoal. Eu nunca escrevi, por exemplo, sobre meu
inacreditável choque, quando percebi que estava sendo alisado por um dos
homens mais poderosos de um dos Estados que eu visitei. Ele se achava
suado de bêbado a fim de conseguir o seu desesperado gozo. Com os olhos
úmidos fitando minha cara e suas mãos úmidas alisando o meu pau, nós
estávamos, ambos, abruptamente, no bolso anal da história. Era muito
assustador – não o gesto em si mesmo, mas a degradação disso, e a
hipótese de uma cumplicidade rápida e repugnante: como minha
identidade estava definida pelo seu poder, conseqüentemente minha
humanidade deveria ser colocada à disposição de suas fantasias (1973:
p.49).
O autor nos situa melhor diante do poderio daquele homem branco face à prática
de prisões e linchamentos de pessoas negras, durante a mobilização pela dessegregação:
O escravo sabe, muito embora o seu mestre [senhor] possa ficar desiludido
nesse ponto, que ele é chamado um escravo porque sua masculinidade foi,
ou pode ser, ou será, tomada dele. Ser escravo implica ter a masculinidade
engajada numa dúbia batalha, e este duro fato não é alterado por qualquer
que seja a devoção que alguns mestres [senhores] e alguns escravos
podem ter chegado em seus relacionamentos um com o outro. (1973: 49)
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Quando um homem segurou meu pau, eu não pensei nele como uma
bicha, não pelo fato de ele ter uma esposa, filhos, casa, carros e uma
posição respeitosa e poderosa na sociedade, que tudo isso não significa
nada, mas pelo fato de que na verdade ele não era: eu olhava para os
olhos dele, pensando, com grande tristeza, A vida não examinada não vale
a pena ser vivida. O desespero entre os não amados é que eles precisam
narcotizar-se antes de tocar qualquer ser humano. Eles então fatalmente
tocam a pessoa errada, não porque estão cegos, ou perderam o censo do
tato, mas porque não têm mais nenhuma maneira de saber que qualquer
toque sem amor é uma violação. (p. 50. Grifo do autor)
Vinculando amor e tensões sociais e afirmando que “amor não tem cor”
(pensamento que em parte se modifica em seus escritos posteriores), Baldwin evoca o
lugar ideal do afeto entre duas pessoas como um sentimento alternadamente forte e
frágil, livre e preso, face aos “problemas do mundo”:
(...) carreguei seu pai em meus braços e nos ombros, beijei-o e espanquei-
o e vi-o a prender a caminhar (...) Outras pessoas não podem ver o que
vejo sempre que contemplo o rosto do seu pai, porquanto por detrás do
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rosto dele como é hoje encontram-se todos aqueles rostos que também
foram dele um dia. Quando ri, vejo um porão do qual seu pai não se
recorda e uma casa de que guardo na lembrança, e ouço no seu riso de
hoje o de quando era criança. (...) Mas não há quem possa limpar as
lágrimas que hoje ele verte às escondidas, que se pressente no seu riso e
na sua voz, e nas suas canções. Bem sei o que o mundo fez com o meu
irmão e com que dificuldade ele a tudo sobreviveu. (BALDWIN, 1967: p.
22).
Posso inferir que Baldwin, por ter experimentado o auto-exílio, pensa naqueles/as
que se limitavam ao quadro espacial e social restrito. O afeto entre parentes e
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semelhantes, aqui entre irmãos, é colocado na arena política . Reencontramos em
algumas de suas obras ficcionais, essa possibilidade de uma relação potencilamente
horizontal frente aos impasses e assimetrias da vida. Observamos nelas tanto o afeto
entre irmãos, quanto o amor e o desejo entre homens.
9
Ideia retomada por hooks (2001) e outras autoras, no que se refere às relações de gênero na comunidade
negra estadunidense e às suas fissuras internas. O artigo de nascimento (1990) tem sentido similar para o
Brasil.
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Eram jovens demais para recear. Pelo que sabiam, pelo que se
importavam, o que acontecia entre eles jamais acontecera em toda a
história do mundo. Os outros têm palavras para o que quer que seja, muito
ruins, muito tristes – eles não seriam encontrados nesse dicionário.
Andavam na luz dos olhos um do outro, absolutamente conscientes de
brancos e de pretos, acordando às vezes nos braços uns dos outros, sem
saber em que cidade se encontravam, sem se importarem: eram chamados
‘periquitos’, eram chamados ‘Romeu e Romeu’ por estarem sós, distantes
dos demais, em perigo (p. 200).
Mais uma vez Baldwin procura o lugar seguro, tranquilo, para o afeto e o sexo, o
safe place a que bell hooks (2001) se refere. As longas páginas de afeto e sexo entre
homens negros desta obra parecem ainda não ter correlação na literatura negra que
circula no Brasil, publicada originalmente em inglês ou português.
O protagonista de O preço da glória (1970), Léo Proudhamer, ator maduro, um
dos mais famosos artistas negros de sua época, rememora sua infância no Harlem, parte
de sua juventude vivida pelas ruas, a entrada como auxiliar de uma companhia teatral, a
amizade e o relacionamento com Bárbara, atriz branca também iniciante. O narrador
relembra os momentos em que colocou sua figura pública a favor do Movimento pelos
Direitos Civis, quando encontra Christopher, um jovem negro ativista radical, com quem
se envolve afetivamente. É nesse cenário que ele descobre o amor, na sua relação com o
jovem, quando ambos têm cerca de 40 e 20 anos respectivamente:
Sem insistir em correlacionar por demais vida e obra, observo que a postura
reflexiva de Léo se parece com aquela de Baldwin de pensar como “o mundo” lhe vê.
Inúmeras pessoas gays, em diversas fases de sua vida, indagam-se como são vistas e
acabam por ver a si mesmas como um corpo estranho, uma figura abjeta, contrária às
normas sociais.
Observo que nos textos em que a condição racial e a homossexual de suas
personagens é fundamental, James Baldwin constrói relacionamentos horizontais como
possibilidade de rompimento com as assimetrias masculino/feminino, homem/mulher,
heterossexual/gay, branco/negro.
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Outros espaços de pequena área comparecem em sua obra, mas, por falta de “espaço”, não posso abordá-
los nesse texto. É o caso do camarim e do palco para o ator de teatro Léo Proudhammer no romance O preço
da glória (BALDWIN, 1970) e também do bar e do palco para músico Sonny no conto Sonny’s Blues (BALDWIN,
1969). Nos palcos dos teatros, a todo tempo, espacialidades são recriadas nas encenações.
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Posso depreender que em Numa terra estranha (1984), escrito no início dos anos
1960, Baldwin vincula envolvimentos socialmente interditados com o próprio contexto
socioespacial onde ocorrem – New York / EUA – em que todos almejam um outro país
(Another Country), como o título original do romance. Dentre as “saídas” mais pungentes
estão o suicídio de Rufus e os transtornos psíquicos de Leona. Eric apenas consegue viver
um relacionamento mais estável com Yves, outro jovem branco, quando reside na
França. Nesta obra, Baldwin toca de perto os impasses da aproximação entre pessoas
negras e brancas nos Estados Unidos.
O primeiro exílio para a França não implica apenas em sair do país, é deixar o
local da experiência vivida, da segregação racial. Tal deslocamento leva na outra ponta a
uma situação de não se sentir-se em casa, a semelhança de imigrantes e outros exilados
em que oriundos de colônias francesas na África e negros estadunidenses se
encontravam assemelhados e distintos na visão de Baldwin (1973: p. 24-32). Nos anos
1970, Baldwin se auto-exila novamente em Paris, mas continua a escrever tendo sua
“estranha” terra natal como contexto de suas obras, ficcionais ou não, até sua morte.
Neste retorno ele também estranha a cidade (BALDWIN, 1973: p. 32). Os deslocamentos
não implicam necessariamente em ruptura com o sentido de lugar (MCDOWELL, 1999).
Baldwin (ou algum personagem seu) entra e sai dos espaços fechados,
fisicamente restritos e socialmente confinados como quartos de hotel, bares
segmentados, bairros segregados, como qualquer outra pessoa em seu trânsito afetivo e
sexual, e aborda esse deslocamento em seus textos ficcionais, no desejo de alargar o
repertório de possibilidades das pessoas, personas, personagens.
A obra de James Baldwin, ficcional e não-ficcional, bastante estudada nos EUA,
merece atenção no Brasil em face de sua importância para os estudos de relações
raciais, sexualidade, gênero e, no meu entendimento, espaço. Trata-se de um pensador
das espacialidades restritas para indivíduos e grupos específicos, figuarndo ele mesmo
pessoas negras, em especial para homens negros gays, o autor solitária.
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Apêndice
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Giovanni’s room 1956 Giovanni 1972 Abril Rio de Romance
Cultural Janeiro
The fire next time 1963 Da próxima vez, o fogo 1967 Biblioteca Rio de Ensaio
Universal Janeiro
Popular
Going to meet the 1965 Um homem à minha 1969 Hemus São Paulo Contos
man espera
The Negro Protest 1963 O protesto negro 1969 Laemmert Rio de Entrevista
Janeiro
Tell Me How Long the 1968 Preço da Glória 1970 Hemus São Paulo Romance
Train’s Been Gone
The Amen Corner 1968 Esquina do Amém 1972 Lidador Rio de Teatro
Janeiro
A Rap on Race 1971 O racismo ao vivo 1973 Lisboa Dom Entrevista
Quixote
No name in the street 1972 E pelas praças não terá 1973 Brasiliense São Paulo Ensaio
nome
Just above my head 1979 Marcas da vida 1980 Nova Rio de Romance
Fronteira Janeiro
Another country 1962 Numa terra estranha 1984 Globo Rio de Romance
Janeiro