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LIMITES E CONFRONTAÇÕES
Georreferenciamento de Imóveis Rurais
1ª Edição
Brasília
2013
Manual Técnico de
Limites e Confrontações:
georreferenciamento de imóveis rurais
1ª Edição
Brasília
2013
HELIOMAR VASCONCELOS
Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário – Engenheiro Agrimensor
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5
2 DEFINIÇÕES ................................................................................................................... 6
2.1 Linha ideal .......................................................................................................... 6
2.2 Corpos d’água .................................................................................................. 6
2.3 Cursos d’água ................................................................................................... 6
2.4 Canal .................................................................................................................. 6
2.5 Elementos físicos ................................................................................................ 6
2.6 Limite de respeito .............................................................................................. 6
4 LIMITES .......................................................................................................................... 11
4.1 Identificação dos limites ................................................................................ 11
4.2 Descrição dos limites ...................................................................................... 12
4.2.1 Tipos de limites .............................................................................................. 12
4.2.1.1 Cerca ................................................................................................. 13
4.2.1.2 Muro ................................................................................................... 13
4.2.1.3 Estrada ............................................................................................... 13
4.2.1.4 Canal.................................................................................................. 13
4.2.1.5 Vala .................................................................................................... 13
4.2.1.6 Linha ideal ......................................................................................... 13
4.2.1.7 Limite artificial não tipificado ......................................................... 13
4.2.1.8 Corpo d’água ou curso d’água .................................................... 14
4.2.1.9 Linha de cumeada .......................................................................... 14
4.2.1.10 Grota ................................................................................................ 14
4.2.1.11 Crista de encosta ........................................................................... 14
4.2.1.12 Pé de encosta ................................................................................ 15
4.2.1.13 Limite natural não tipificado......................................................... 15
4.2.2 Tipos de vértices ........................................................................................... 15
4.2.2.1 Vértice tipo “M” (marco) ................................................................ 16
4.2.2.2 Vértice tipo “P” (ponto)................................................................... 17
4.2.2.3 Vértice tipo “V” (virtual) .................................................................. 17
5 CONFRONTANTES ....................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 24
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
1 INTRODUÇÃO
2 DEFINIÇÕES
É uma linha reta (imaginária) que é apenas idealizada, mas não está associada
diretamente a nenhum elemento físico. Exemplos: limites com faixas de domínio não
materializados; linha entre marcos implantados para fins de desmembramento, no
caso de limites ainda não materializados; linhas que não foram materializadas para
não inviabilizarem o trânsito de veículos e máquinas, dentre outros.
Qualquer acúmulo significativo de água, tais como: lagos, lagoas, dentre outros.
2.4 CANAL
3 IMÓVEL RURAL
Será atribuída uma certificação a cada parcela (imóvel) e esta será descrita em
matrícula própria no registro de imóveis.
Cada título de domínio se refere a apenas uma parcela e vice-versa, salvo nos
casos seguintes:
1Anteriormente à vigência da Lei 6015/73 – 1º de janeiro de 1976 – adotava-se a transcrição das transmissões, a
qual poderia incluir, num mesmo ato registral, dois ou mais imóveis. A partir desta data, foi introduzido o sistema de
matrículas, que vigora até hoje. Pelo novo sistema, cada imóvel terá matrícula própria e cada matrícula
corresponderá a um único imóvel.
2Nos casos de imóvel matriculado, esta situação é anômala, mas ocorre em alguns registros imobiliários. Com a
execução do georreferenciamento, será efetuada a devida correção.
Figura 2 – Remembramento
c) Houver interesse em parcelar/desmembrar a área objeto do título de domínio
sem transferência de titularidade (a área do título de domínio corresponderá
a duas ou mais parcelas);
3 Reconhecendo que não será possível retomar a área ocupada pelo posseiro e desejando regularizar a situação
da parte restante, o proprietário poderá, alternativamente, adotar um dos seguintes procedimentos: outorgar título
translativo de domínio ao posseiro, para que este se torne o proprietário, ou desmembrar/parcelar o imóvel,
individualizando as áreas.
c) Área interna encontra-se ocupada por posseiros, mas tal situação está
devidamente prevista na matrícula, de forma que a área encravada não
integra o imóvel matriculado. Neste caso, proceder conforme item “a”.
4 LIMITES
e) Nos casos de imóveis passíveis de titulação (ver item 3.2), deverão ser
observados os limites de respeito, além das indicações anteriores, quando for
o caso.
a) Elementos artificiais (Limites Artificiais - LA): cerca, muro, estrada, vala, canal,
linha ideal5 e limite artificial não tipificado;
4.2.1.1 Cerca
4.2.1.2 Muro
4.2.1.3 Estrada
Será considerada como limite entre o imóvel a ser georreferenciado e uma estrada
confrontante o elemento (cercas, linhas ideais, dentre outros) que delimita em
campo a faixa de domínio, se houver instrumento jurídico que a defina. Não
preenchido este requisito, o limite será a própria estrada.
4.2.1.4 Canal
4.2.1.5 Vala
Como se trata de uma reta ideal, a descrição desses limites é realizada com a
determinação dos vértices extremos dessa linha, que devem ser do tipo “M”, salvo
nos casos contidos no item 4.2.2.3.
4.2.1.10 Grota
4.2.1.12 Pé de encosta
Caso identifique um limite caracterizado por elemento natural que não tenha sido
contemplado neste manual, o credenciado deverá atribuir ao mesmo a definição
de limite natural não tipificado.
O Quadro 1 traz o resumo dos tipos de limites com seus respectivos códigos de
identificação.
“É o ponto onde a linha limítrofe do imóvel rural muda de direção ou onde existe
interseção desta linha com qualquer outra linha limítrofe de imóvel contíguo.”
a) Marco de concreto: traço 1:3:4, alma de ferro com diâmetro de 4,2 mm, em
forma de tronco de pirâmide, com as seguintes dimensões 8 x 12 X 60 cm;
ICE
9
RT
99
VÉ
99
M
10 cm
m
8c
AA DO
AA ENCIA
ED
CR
ICE
9
RT
99
VÉ
99
M
10 cm
90 cm
50 cm 80 cm
cm
12
3 mm
CREDENCIADO
AAAA
5 cm
5 cm
VÉRTICE
M99999
8 mm
As situações mais comuns que utilizarão vértices tipo “P” serão aquelas nas quais os
limites são definidos por cercas e cursos d’água.
Dentre as situações onde este tipo de vértice pode ser utilizado, podemos citar:
O Quadro 2 traz o resumo dos tipos de vértices com seus respectivos códigos de
identificação.
5 CONFRONTANTES
Os imóveis que não possuírem registro serão identificados por sua denominação,
conforme exemplos a seguir:
d) Terrenos de marinha;
f) Áreas devolutas;
7 CNS é um código único que cada cartório possui e pode ser obtido nos seguintes endereços eletrônicos:
http://portal.mj.gov.br/CartorioInterConsulta/index.html ou http://www.cnj.jus.br/corregedoria/justica_aberta/
(opção de serventias extrajudiciais).
8 O credenciado deverá esgotar todas as possibilidades de localização do registro da área vizinha, consultando o
registro de imóveis, órgãos públicos que tratam de aspectos fundiários e proprietários da região. Salienta-se que
essas informações poderão ser objeto de verificação, caso o INCRA julgue necessário.
6.1 DESMEMBRAMENTO/PARCELAMENTO
B1
Parcela A Parcela B Parcela A
B2
B1
B1 B2
Parcela A B2 Parcela A
A2 A3
Parcela A
A1
Figura 12 – Desmembramento/parcelamento
6.2 REMEMBRAMENTO
Parcela A
Parcela C Parcela D
Parcela B
Figura 13 – Remembramento
Todo o material que subsidiou o credenciado na identificação dos limites deve ser
arquivado e mantido sob a sua guarda. Faz-se necessária a manutenção desse
material para sanar possíveis dúvidas ou divergências quanto à localização dos
limites apresentados pelo credenciado. Tais informações poderão ser requeridas
pelo INCRA, quando julgar necessário.
REFERÊNCIAS
________. Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001. [on-line] Altera dispositivos das Leis
nos 4.947, de 6 de abril de 1966, 5.868, de 12 de dezembro de 1972, 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, 6.739, de 5 de dezembro de 1979, 9.393, de 19 de dezembro de
1996, e dá outras providências. Disponível na Internet via WWW.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10267.htm> (24/12/2012).