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IMÓVEL RURAL
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RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMÓVEL RURAL
PARTES:
AUTOR: DNIT - DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE
TRANSPORTES
REUS: VILSON MIGUEL VEDANA, EDUARDO PICCINI, ALEXANDRE TORRES VEDANA,
CESAR TORRES VEDANA, JULIANA TORRES VEDANA PICCINI
FISCAL DA LEI: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (PROCURADORIA)
IMÓVEL RURAL
SÍTIO OURO VERDE - MATRÍCULA 4036
ÁREA TOTAL DO IMOVEL: 58,8496 HECTARES
LOCALIZAÇÃO
SITIO OURO VERDE - BR 242, SENTIDO LESTE, A 3,5 KM DA ÁREA URBANA DE NOVA
UBIRATÃ/MT
DATA DE REFERÊNCIA
SETEMBRO 2021
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ÍNDICE
1. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLICITANTES ....................................................................... 5
2. FINALIDADE DO LAUDO ........................................................................................ 5
3. OBJETIVO DA AVALIAÇÃO ..................................................................................... 5
4. PRESSUPOSTOS, PREMISSAS E RESSALVAS............................................................. 6
5. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO DA REGIÃO, DO IMÓVEL AVALIANDO E DA
ÁREA EXPROPRIADA.............................................................................................................. 7
5.1. IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL................................................................................................... 7
5.2. IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA EXPROPRIADA ................................................................................... 7
5.3. CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO ................................................................................................ 7
5.3.1 SOLOS ............................................................................................................................... 8
7. DA DESAPROPRIAÇÃO .......................................................................................... 21
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7.1. LEGISLAÇÃO, BASE LEGAL, CONCEITUAL E DE PROCEDIMENTO SOBRE DESAPROPRIAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
9. AVALIAÇÃO .......................................................................................................... 26
9.1. INDICAÇÃO DO MÉTODO E PROCEDIMENTOS UTILIZADOS............................................................ 26
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1. IDENTIFICAÇÃO DOS SOLICITANTES
2. FINALIDADE DO LAUDO
O presente laudo tem finalidade de apresentar avaliação de imóvel rural para identificar
o valor de desapropriação parcial, em caráter permanente de área de Sr. Vilson Miguel Vedana,
em face de faixa de domínio da execução de obra da Rodovia Federal BR 242, bem como
responder aos quesitos formulados pelas partes.
3. OBJETIVO DA AVALIAÇÃO
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Proceder às diligencias que se fizerem necessárias para apresentar as conclusões sobre o
valor do imóvel Sítio Ouro Verde e mensurar o valor de indenização da área expropriada, além de
responder aos quesitos formulados pelas partes envolvidas no processo.
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5. IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO, DO IMÓVEL
AVALIANDO E ÁREA EXPROPRIADA
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Localizada no Planalto dos Parecis, o Médio Norte do Mato Grosso, onde está situado o
imóvel avaliando, é uma região com grande potencial para produção agrícola. Tendo solos, clima
e precipitação propícios para a agricultura, e os municípios que compõe essa região estão
constantemente no ranking dos que mais produzem grãos no país.
De acordo com estatísticas do IMEA, em 2015/2016 a região Médio norte foi
responsável por 33,86% do cultivo de soja do estado, enquanto a região Centro-Sul ficou com
7,46%, Nordeste com 16,52%, Noroeste com 6,33%, Norte com 2,87%, Oeste com 11,94% e a
região Sudeste contribuiu com 21,03% da produção.
No ano de 2020, 22 municípios Mato-grossenses ficaram entre os 50 com maior valor de
produção agrícola do país, desses, 6 municípios estão na macrorregião do médio norte, de acordo
com a Pesquisa Agrícola Municipal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E Nova
Ubiratã ocupou a 8º colocação no ranking nacional de produção de soja com um faturamento de
R$ 2,33 bilhões.
Em 2011, Nova Ubiratã ocupou o 7º lugar entre os maiores produtores de soja do Brasil,
e também aparece bem colocada na produção nacional de milho, é o 15º maior produtor na lista
dos 20 municípios para esse ano, segundo o IBGE.
Segundo os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2016,
últimos dados oficiais divulgados pela instituição, o PIB de Nova Ubiratã foi de R$ 115.474,99 per
capta. E no ano de 2018, o município de Nova Ubiratã apareceu em 3º lugar no ranking do PIB per
capta (Produto Interno Bruto por habitante) do país.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em Nova Ubiratã foi de 0,669
no ano de 2010, o que é considerado um nível médio pelo Programa das Nações Unidas (PNUD –
Brasil).
O Médio Norte faz fronteira com todas as outras macrorregiões do estado, mas possui
ligações através de estradas apenas com as regiões norte e centro-sul, principalmente, pela
rodovia BR-163, por onde toda safra é escoada.
Apesar de a macrorregião possuir apenas três polos econômicos importantes, Sinop,
Sorriso e Lucas do Rio Verde, o comércio e o trânsito entre esses polos são intenso e o sistema de
produção é muito semelhante.
5.3.1. Solos
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Predomina na região o Latossolos Vermelhos Distróficos que são solos minerais com
teores médios a altos de Fe2O3 (óxido de ferro), possuem textura argilosa, muito argilosa ou
média. Suas condições físicas que aliadas ao relevo plano ou suavemente ondulado favorecem sua
utilização para a agricultura.
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5.3.4. Vocação e Aptidão Agrícola
A região do médio norte do Mato Grosso possui uma alta incidência de luminosidade,
regime regular de precipitação, relevo propício, clima adequado, que são fatores muito positivos
para o crescimento e desenvolvimento da agricultura, contudo o fator fertilidade natural do solo
se torna limitante a exploração agrícola, o que pode ser facilmente contornado com o uso
fertilizantes comerciais.
As culturas oleaginosas de ciclo curto (milho, soja, algodão, girassol, etc) são as mais
empregadas nessa região, que tem também espaço econômico para a fruticultura, horticultura,
silvicultura e desenvolvimento de pecuárias de corte e de leite.
Tabela 03 - Culturas mais tradicionais e níveis de aptidão:
CULTURA NÍVEL DE APTIDÃO
Soja Alto
Milho Alto
Algodão Alto
Girassol Alto
Arroz Alto
Horticultura Irrigada Alto, por irrigação mecânica em períodos de seca
Fruticultura Alto
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Nova Ubiratã é um município com número expressivo em empresas do ramo do
agronegócio, segundo dados do setor de tributação da Prefeitura Municipal de Nova Ubiratã, no
ano de 2020 foram emitidos mais de 20 Alvarás de Funcionamento para empresas do tipo
ARMAZÉNS GERAIS (Anexo A), confirmando que o a produção agrícola em grande escala se
tornou uma atividade consolidada no município, com elevado retorno econômico e
consequentemente, aumentando a liquidez dos imóveis e o fator de valorização imobiliária.
O município é cortado pela BR 242, o que facilita o escoamento da produção ligando-o
ao município a Sorriso, o maior produtor de grãos do Brasil, e a BR 163 que dá saída logística para
os portos de Miritituba e Santarém e para portos de Santos e Paranaguá.
No município, encontram-se instaladas grandes empresas do agronegócio brasileiro
como a Amaggi, Cargil, Sipal, Glencore, Cofco Internacional, C-Vale e Nidera, e outros potenciais
empreendimentos regionais como os Armazéns Gerais Vedana e os Armazéns da Fazenda Água
Limpa.
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a uma longitude 55º15'17"W, com uma altitude média entre 400 a 450 metros e possui uma área
de 12.845,882 km² ou 1.284.588,2 hectares. (Fonte: IBGE)
Em breve histórico, segundo moradores mais antigos da localidade, a denominação é
referência à Fazenda Ubiratã, em cujo território desenvolveu-se o núcleo que deu origem ao atual
município. Outra corrente afirma que a origem do nome é homenagem à cidade de Ubiratã,
localizada na região centro-oeste do Estado do Paraná, de onde vieram, os primeiros colonos que
habitaram esta região. A empresa que colonizou parte da área da antiga Fazenda Ubiratã foi a
COMIPIL - Comércio de Imóveis Pinheiro Ltda., cujo principal acionista era o Sr. Manoel Pinheiro.
A localidade foi fundada pelo Sr. Manoel Pinheiro. Foi também Manoel Pinheiro quem denominou
o núcleo de Ubiratã. Nova Ubiratã foi desmembrada dos municípios de Vera e Sorriso e foi
elevado à categoria de município, pela lei estadual nº 6.691, em 19/12/1995. Em divisão
territorial datada de 2007, o município é constituído de 7 distritos: Nova Ubiratã, Entre Rios, Novo
Mato Grosso, Parque Água Limpa, Piratininga, Santa Terezinha do Rio Ferro e Santo Antônio do
Rio Bonito. (Fonte: Wikipédia).
O município de Nova Ubiratã, é um dos municípios que contribui com o território que do
Parque Nacional Indígena do Xingu, com uma área aproximada de 295 km2.
Segundo o IBGE, em Censo de 2010 a população de Nova Ubiratã era de 9.218
habitantes, com densidade demográfica de 0,73 hab/km², e em 2020 a população é estimada em
12.298 e densidade demográfica de 0,95 hab/km².
A economia do município tem a sua base na produção agrícola, sendo as principais
culturas soja, milho, algodão, girassol e outras produções em menor escala como pecuária,
fruticultura, horticultura e apicultura.
Nova Ubiratã possui tipos de solos e relevo com grande aptidão para mecanização
agrícola, localizado no Planato e Chapada dos Parecis, apresentando-se como um relevo
predominantemente plano a levemente ondulado. (Fonte: Mapa de Solos do Estado de Mato
Grosso – Zoneamento Sócio-Econômico-Ecológico – 2001)
Com uma área destinada para agricultura de aproximadamente de 400 mil hectares, no
ano de 2020, Nova Ubiratã foi considerado o município com a 5ª maior produção de grãos do
Estado de Mato Grosso, e a 9ª maior produção de grãos do Brasil, com produção avaliada em 2,33
bilhões de reais. (Fonte: IBGE)
Os municípios limítrofes são: Sorriso, Vera, Feliz Natal, Santa Rita do Trivelato e
Paranatinga. As distâncias aos principais centros próximos são: 84 km de Sorriso; 170 km do
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Sinop; 475 km da capital Cuiabá. As principais rodovias de acesso direto ao município é BR 242 e a
MT 140.
Imagem 02 - Mapa do Mato Grosso com destaque do município Nova Ubiratã
(Wikipédia)
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APP – Área de Preservação Permanente 3,3414
AVN – Área de Vegetação Nativa 8,5803
AUAS – Área de Uso Antropizado do Solo 0,000
Área Consolidada 50,2694
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A partir da Rua Idemar Riedi, que faz acesso no entroncamento da BR 163 com BR 242
no município de Sorriso-MT, segue ao leste por 84 km até o município de Nova Ubiratã-MT. Daí
segue pelo prolongamento da mesma BR 242, por aproximadamente 3,5 km onde a margem
direita da rodovia encontra-se a área objeto desse laudo de avaliação.
Imagem 03 – Croqui de Acesso a Área
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ambiental) Terras cultiváveis, com problemas complexos de
conservação e/ou manutenção de
Classe III
melhoramentos (exigem práticas ou medidas
especiais de conservação de solo)
Terras cultiváveis ocasionalmente, com sérios
problemas de conservação (exigem práticas ou
Classe IV
medidas muito severas de conservação),
apresentando limitações muito severas de uso
Terras adaptadas em geral para pastagens,
reflorestamento e preservação ambiental,
Classe V
cultiváveis apenas em casos especiais, sem
GRUPO B
necessidade de práticas especiais de conservação
Terras impróprias para
Terras adaptadas em geral para pastagens,
cultivo, mas adaptadas
reflorestamento e preservação ambiental,
para uso com
Classe VI cultiváveis apenas em casos especiais de cultura
pastagens,
permanente, com problemas simples
reflorestamento e
de conservação
preservação ambiental
Terras para uso restrito para pastagens e
Classe VII reflorestamento, com problemas complexos de
conservação, apta a preservação ambiental
GRUPO C
Terras impróprias para Terras impróprias para cultura, pastagem e
culturas, pastagem e reflorestamento, servindo apenas para abrigo de
reflorestamento, fauna e flora silvestre, recreação e
Classe VIII
adequada para armazenamento de água.
recreação e
preservação ambiental
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Estrada de chão com Sem condições
Vicinal III Significativa 80
servidão de passagem satisfatórias
Estrada de chão com Problemas sérios
Vicinal IV porteiras nas servidão Significativa na estação 75
de passagem chuvosa
Estrada de chão com
Problemas sérios
porteiras e
Vicinal V Significativa mesmo na 70
interceptadas por
estação seca
córregos sem pontes
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Os percentuais foram obtidos através de regras matemáticas básicas, análises a imagens
de satélite da área (Anexo E) e conferidos em vistoria “in loco”.
Logo, de acordo com a classificação da capacidade de uso dos solos em termos
percentuais, o imóvel apresenta 85% da extensão da na Classe I e 15% da área na Classe V, e está
localizado as margens de BR 242, uma via de acesso asfaltada com boa conservação.
Uma vez identificada e determinada as classes de capacidade de uso do solo, as condições
de acesso e a localização do imóvel, foi possível obter a nota agronômica por meio dos fatores de
ponderação e determinar que a Nota Agronômica do bem avaliando é 0,903.
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Não foram identificadas benfeitorias não reprodutivas no imóvel. Não possui nenhum
investimento como construções, casas, galpões ou outras obras que consideram benfeitorias não
reprodutivas.
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de vegetação nativa que possuía na data corte de 22.07.2008, e portanto, perante a legislação
vigente, não possui passivo ambiental em Reserva Legal.
Sobre a responsabilidade de Reserva Legal, consta ainda averbado as margens da
Matrícula as seguintes transcrições: AV.01/4.036, em 07 de março de 2018. Protocolo nº 18030,
de 14/02/2018. RESERVA LEGAL. Conta o seguinte ato inscrito na matrícula anterior: AV.01/125,
em 17 de dezembro de 2010, protocolo nº 280, de 15/12/2010, referente a “AV-01/30.207 –Nos
termos da Certidão da Matrícula 10.561 do serviço registral da comarca de Sinop-MT; encontram-
se inscritos na mesma os seguinte atos: AV-2/10.561 de 04/01/1993 - Termo de Responsabilidade
e Preservação de Floresta ou outra forma de vegetação existente junto ao IBDF, ficando gravada
como de utilização limitada a área de 31.1250 ha, relativos a 50% do total da propriedade, não
podendo nela ser feito qualquer tipo de exploração a não ser mediante autorização expressa do
IBDF: AV-3/10.561 de 02/10/2000 – Termo de Retificação para constar que fica gravada como de
utilização limitada a área de 12,45 ha equivalente a 20% do total da propriedade, não podendo
nela ser feita qualquer tipo de exploração a não ser mediante autorização expressa do IBAMA,
ficando assim a área de 49,80 ha equivalente a 80% do total da propriedade, passivo de
exploração e não de 50% como anteriormente.”
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marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde
a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
30 m para cursos d’água de menos de 10 m de largura;
50 m para cursos d’água que tenham de 10 a 50 m de largura;
100 m para cursos d’água que tenham de 50 a 200 m de largura;
200 m para cursos d’água que tenham de 200 a 600 m de largura;
500 m para cursos d’água que tenham largura superior a 600 m;
O Imóvel avaliando, tem divisa de área com o Rio Tartaruguinha, curso d’água com largura
inferior a 10 metros, portanto deve-se manter uma área de preservação permanente de 30
metros de largura ao longo do rio. De acordo com informações registradas por satélites, e
conferência em vistoria no local, a área de preservação permanente do Sítio Ouro Verde,
encontra-se bem preservada, atendendo as necessidades ambientais e exigências legais.
De acordo com CAR – Cadastro Ambiental Rural apresentado na SEMA-MT (Secretaria de
Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso), o Sitio Ouro Verde possui APP – Área de Preservação
Permanente de 3,3414 hectares, com ausência de APPD – Área de Preservação Permanente
Degradada.
7. DA DESAPROPRIAÇÃO
Trata-se de ação desapropriatória parcial, em caráter permanente, ajuizada pelo DNIT
(Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em face de Vilson Miguel Vedana e
Outros, tendo como objeto uma área de terras de 2,7663 hectares, não inclusa a “área non
aedificandi” da propriedade denominada Sítio Ouro Verde (Matrícula atual nº 4.036, Registro
anterior nº 125, da Comarca de Nova Ubiratã/MT) á margem da BR-242.
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A avaliação de imóveis e as desapropriações de área de interesse público são rígidasá luz
das seguintes preceitos:
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 - Art. 5º, XXIV:
LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999. - Regula o processo administrativo no âmbito da
Administração Pública Federal.
LEI Nº 13.240, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2015. - Dispõe sobre a administração, a alienação,
a transferência de gestão de imóveis da União e seu uso para a constituição de fundos;
LEI Nº 9.636, DE 15 DE MAIO DE 1998 - Dispõe sobre a regularização, administração,
aforamento e alienação de bens imóveis de domínio da União.
DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941. - Dispõe sobre desapropriações por
utilidade pública.
LEI Nº 6.766, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979 - Dispõe sobre o Parcelamento do Solo
Urbano e dá outras Providências.
LEI Nº 13.913, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2019 - Altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro
de 1979, para assegurar o direito de permanência de edificações na faixa não edificável contíguas
às faixas de domínio público de rodovias e para possibilitar a redução da extensão dessa faixa não
edificável por lei municipal ou distrital.
LEI Nº 8280, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 - D.O. 30.12.04.–Dispõe sobre a definição e
fixação de áreas de interesse público e de proteção às rodovias estaduais e dá outras
providências.
LEI Nº 4.504, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964. - Dispõe sobre o Estatuto da Terra, e dá
outras providências.
Norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), NBR 14.653-1/2019 e NBR
14.653-3/2019
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 2 DE MARÇO DE 2021 - Dispõe sobre o uso das faixas de domínio de
rodovias federais sob circunscrição do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
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I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
...”
O art. 5º, inciso XXIV, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – CR/88 –
rege os pressupostos da desapropriação para necessidade pública, utilidade pública e o interesse
social:“Art. 5º - XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previstos nesta Constituição”
De forma sucinta, toda vez que se faz necessária a transferência da propriedade privada
para o Poder Público, independente da vontade do detentor e justificativa a necessidade do Poder
Público, constitui-se a desapropriação.
Faixa de Domínio: Define-se como “Faixa de Domínio” a base física sobre a qual assenta
uma rodovia, constituída pelas pistas de rolamento, canteiros, obras-de-arte, acostamentos,
sinalização e faixa lateral de segurança, até o alinhamento das cercas que separam a estrada dos
imóveis marginais ou da faixa do recuo. (Fonte: DNIT, 2021)
As faixas de domínio são competência da União e o seu uso é regulamentado pela
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 2 DE MARÇO DE 2021, e podem ser utilizados para dutos, serviços de
energia, telecomunicações, implantação de agricultura e outros serviços, bem como para acesso
comercial, industrial, particular, público, estabelecimentos cadastrados como locais de espera,
repouso, descanso e pontos de paradas, e uso publicitário estático gratuito ou oneroso.
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De acordo com o Art. 4º da Resolução Nº 7/2021, “Toda e qualquer ocupação da faixa de
domínio, de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem ônus, deverá ter seu respectivo TPEU,
com a expressa indicação daquela que se tornará a permissionária, e estar em conformidade à Lei
nº 6.766, de 1979, e com o disposto na lei municipal de uso do solo da região.
§ 1º As ocupações irregulares identificadas durante a fiscalização do DNIT estarão sujeitas à
remoção e à aplicação de penalidades”
Conforme o Art. 50 do Código de Trânsito Brasileiro Lei nº 9.503/1997, o uso de faixas
laterais de domínio e das áreas adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições de
segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
Área “Non Aedificandi”: As Áreas “Non Aedificandi”, traduzido do latim como áreas não
edificante, são as faixas de terra contados a partir da linha que define a faixa de domínio da
rodovia. As Áreas “Non Aedificandi”, até novembro de 2019 possuíam uma largura fixa de 15
(quinze) metros, porém a Lei nº 13.913, de 2019, permitiu a redução das faixas não edificáveis as
margens das rodovias.
“Art. 1o Esta Lei altera a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, para assegurar o direito
de permanência de edificações na faixa não edificável contígua às faixas de domínio público de
rodovias e para possibilitar a redução da extensão dessa faixa não edificável por lei municipal ou
distrital.
Art. 2º O art. 4º da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar com as
seguintes alterações:
“Art. 4º ...
III – ao longo das faixas de domínio público das rodovias, a reserva de faixa não edificável
de, no mínimo, 15 (quinze) metros de cada lado poderá ser reduzida por lei municipal ou distrital
que aprovar o instrumento do planejamento territorial, até o limite mínimo de 5 (cinco) metros de
cada lado.”
Na propriedade em estudo, a área não edificável totaliza uma área de 1,1865 hectare, e
não está computada no valor final da indenização.
8. METODOLOGIA DE ESTUDO
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8.1.1. Etapa Inicial
Os trabalhos em campo tiveram início às 7:40 horas da manhã do dia
23/06/2021,conforme o agendamento previsto, com a realização da vistoria doimóvel rural,
motivo da avaliação.
Foi feita a identificação e reconhecimento de toda a área da propriedade a fim de
confirmar as informações das características da área, como preservação das APPs, limite da faixa
de domínio, capacidade de uso de solo,bem como o grau de utilização, levando-se em conta
também a situação ou localização da propriedade visando a avaliação de terra nua.
As 8:30 horas foi dado início aos trabalhos técnicos de medição com a instalação de GPS
geodésico para de base de referência, a coleta dos pontos do eixo da pista e a marcação e
rastreamento georreferenciado de 06 pontos de controle para mapeamento por drone.
As 9:30 horas foi realizado o vôo de drone para obtenção de aerofotografias que
compuseram o mosaico ortorretificado do mapeamento sobre a área da pista e adjacências.
As 10:30 horas foi finalizada a visita técnica de coleta de dados a campo.
Em campo foi constatado um plantio eucalipto em formato de reflorestamento. O
reflorestamento não está contido na área interesse da expropriação.
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Após dados coletados foi dado início a Elaboração do Laudo Pericial, a Avaliação de Imóvel
Rural e a efetivação do valor da terra nua.
9. AVALIAÇÃO
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Para a determinação do valor do imóvel foi aplicado o MÉTODO COMPARATIVO DEDADOS
DE MERCADO, nos termos do item 7.2.1 da NBR-14.653-1 (Norma Brasileira para Avaliação de
Bens – Parte 1: Procedimentos Gerais), onde encontramos a seguinte definição:
"7.2.1 Método comparativo direto de dados de mercado
“Identifica o valor de mercado do bem por meio de tratamento técnico dos atributos dos
elementos comparáveis, constituintes da amostra.”
Este método define o valor através da comparação com dados de mercado assemelhados
quanto às características intrínsecas e extrínsecas. As características e os atributos dos dados
pesquisados que exercem influência na formação dos preços e consequentemente, no valor, e
devem ser ponderados por homogeneização por fatores ou por inferência estatística, respeitados
os níveis de fundamentação e precisão definidos em Norma. É condição fundamental para
aplicação deste método a existência de um conjunto de dados que possa ser tomada,
estatisticamente, como amostra do mercado imobiliário.
Optou-se como mais apropriada a avaliação:
MÉTODO COMPARATIVO DIRETO DE DADOS DE MERCADO
POR INFERÊNCIA ESTATÍSTICA ou ANÁLISE POR REGRESSÃO LINEAR
De acordo com a NBR 14.653-3
“7.7.3. Tratamento científico
7.7.3.1 Os modelos utilizados para inferir o comportamento do mercado e formação de
valores devem ter seus pressupostos devidamente explicitados e testados. Quando necessário,
devem ser intentadas medidas corretivas, com repercussão na classificação dos graus de
fundamentação e precisão.
7.7.3.2 Outras ferramentas analíticas para a indução do comportamento do mercado,
consideradas de interesse pelo profissional da engenharia de avaliações, como redes neurais
artificiais, regressão espacial e análise envoltória de dados, podem ser aplicadas, desde que
devidamente justificadas do ponto de vista teórico e prático, com a inclusão de validação, quando
pertinente. Convém observar os Anexos C, D e E.
7.7.3.3 No caso de utilização de modelos de regressão linear, deve ser observado o Anexo
A.”
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O Método Comparativo Direto de Dados de Mercado em tratamento por Inferência
Estatística foi escolhido para essa avaliação, pois é o que melhor retrata a realidade do
comportamento do mercado quando quantidade de dados amostrais disponível similar ao imóvel
avaliando para realizar o tratamento por inferência estatística.
VARIÁVEL DEPENDENTE:
Valor Unitário (R$/Há): para a obtenção de valores unitários, dividimos o preço global
pela respectiva área do comparativo amostral.
VARIÁVEIS INDEPENDENTES:
Benfeitorias:
Baixo: sem benfeitorias (1);
Médio: com poucas benfeitorias, casas de madeira, estrutura de curral em madeira (2);
Alto: com muitas benfeitorias, casa de alvenaria, barracão de estrutura metálica (3).
Classificação :
Baixo = 1; Médio = 2; Alto= 3;
Localização: Essa variável é uma combinação das Variáveis “Distância do Centro Urbano”
e “Distância da Via Asfaltada”
Boa: < 5 km.
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Mediana: 5 a 39 km;
Ruim: + 40 km;
Classificação :
Ruim= 1; Mediana = 2; Boa = 3;
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17 13.500.000,00 2.669,45 5.057,22 100
18 11.000.000,00 850,00 12.941,18 65
19 16.500.000,00 1.200,00 13.750,00 60
«20» 22.500.000,00 194,00 115.979,38 3
21 10.500.000,00 950,00 11.052,63 4
22 67.000.000,00 4.057,00 16.514,67 70
23 210.000.000,00 3.050,00 68.852,46 6
24 48.792.000,00 2.033,00 24.000,00 7
25 80.000.000,00 5.000,00 16.000,00 120
30
18 125 baixo Plana Ruim
19 120 médio Plana Ruim
«20» 20 médio Plana Mediana
21 80 médio Plana Mediana
31
Segundo a NBR 14.653, o valor de mercado é a quantia mais provável pela qual se
negociaria voluntariamente e conscientemente um bem, em uma data de referência, dentro das
condições do mercado vigente.
O valor de mercado apresentado nesse laudo respeita os fatores de oferta e demanda do
mercado para determinada época de negociação, sendo esses reflexos diretos da situação
mercadológica atual, passível de alterações dentro de um determinado período de tempo.
32
9.7. Resultados Estatísticos
33
R$/ha 76.000,00
34
Grau
Item Descrição
III II I
Completa quanto às
Caracterização Completa quanto às
variáveis Adoção de situação
1 do imóvel variáveis utilizadas no
consideradas paradigma
avaliando modelo
influenciantes a priori
Quantidade
mínima de dados 4 (k + 1), onde k é o 3 (k + 1), onde k é o 2 (k + 1), onde k é o
2 de mercado, número de variáveis número de variáveis número de variáveis
efetivamente independentes independentes independentes
utilizados
Todos os dados e Atributos relativos aos
Apresentação Todos os dados e
variáveis analisados dados e variáveis
3 dos dados de variáveis analisados na
na modelagem, com efetivamente utilizados
mercado modelagem
foto no modelo
35
para a rejeição
da hipótese nula
de cada
regressor (teste
bicaudal)
Nível de
significância
máximo admitido
para a rejeição
6 1% 2% 5%
da hipótese nula
do modelo
através do teste
F de Snedecor
36
Grau de precisão – as avaliações de imóveis rurais devem ser especificadas quanto à
precisão no caso em que for utilizado exclusivamente o MCDDM, conforme a Tabela 6.
37
valor do “Metro Quadrado Médio” ou do “Antes e Depois”, uma vez que há o entendimento que
em processos de desapropriação o valor de indenização deve possibilitar ao expropriado
recompor o seu bem.
A sugestão em utilizar a “Fração Isolada a ser Desapropriada” que está sendo
desapropriada ao invés do “Metro Quadrado Médio” se dá em razão de considerar que o objeto
que está sendo desapropriado é aquela parte do imóvel e não o imóvel como um todo.
Porem é possível perceber uma controvérsia na utilização do valor de mercado como
sendo o valor de indenização em casos de desapropriação, uma vez que o conceito de valor de
mercado diverge do ato da desapropriação, ou seja, o valor de mercado é obtido considerando
que o bem seria negociado voluntariamente e conscientemente em condições normais de
mercado em uma referida data.
Na desapropriação, a negociação não ocorre voluntária e muito menos em uma condição
normal de mercado. Diante do exposto, o perito chama a atenção para a possibilidade da
utilização do valor especial, pois existe condições de premissas especiais, como a rigidez
locacional do projeto e a o fato de não existir uma negociação voluntária.
Nas condições normais de mercado encontramos as seguintes situações:
- a pessoa que vende um bem;
- a pessoa que precisa vender um bem por condições adversas;
- a pessoa que não quer vender o seu bem
Para cada uma destas situações existe um valor diferente:
- a pessoa que vende, realiza a transação pelo valor de mercado;
- a pessoa que precisa vender, vende por um valor abaixo do valor de mercado uma vez
que ela tem a necessidade de desfazer do bem, e;
- a pessoa que não quer vender o seu bem, o negocia por um valor acima do valor médio
de mercado.
Logo, a pessoa que não tem a intenção de vender um bem, que estaria mais próxima aos
casos de desapropriação, e deve receber a um valor justo, que corresponderia ao valor especial, já
que existe uma premissa especial e consequentemente um “comprador” especial.
A imagem a seguir, ilustra a situação supracitada, onde para imóveis semelhantes entre si,
o valor unitário tende a aumentar, à medida que sobe no gráfico, ou seja, um imóvel cujo dono
precisa vender apresenta valor unitário mais baixo que àquele que está à venda sem a real
necessidade de concebê-la. Da mesma forma, o imóvel negociável apresenta valor unitário mais
baixo que aquele onde o dono não pretende vender.
38
11.1. Aplicação do Cálculo do Valor de Indenização
Considerando que a área total do imóvel é de 58,8496 ha, sendo desapropriado
parcialmente uma área de 2,7663 hectare, se utilizarmos o critério do “Antes e Depois”, ou o
“Metro Quadrado Médio”, os valores encontrados não possibilitarão ao proprietário do imóvel
recompor o seu bem.
Para recompor o bem, devemos comparar o objeto que está sendo desapropriado com
imóveis com áreas semelhantes, neste caso a fração de 2,7663ha.
Entendo, como avaliador que, para o proprietário voltar a ter 58,8496 ha, ele terá que
comprar 2,7663 ha, e para tanto ele comprará pelo preço isolado de uma área de 2,7663 ha
(fração desapropriada) e não pelo preço de 58,8496 ha (Metro Quadrado Médio).
Ainda, caso o proprietário resolva vender 2,7663 ha, ele venderia considerando o valor do
imóvel em uma área de 2,7663 ha (Fração Isolada), e não o valor de 58,8486 ha (Metro Quadrado
Médio)
Uma vez que ele negociaria conscientemente e voluntariamente o bem, o preço deste
objeto (fração isolada de 2,7663 ha) poderia variar em função da localização, do formato e/ou de
função de outras características dentro desta gleba, mas não deixando de considerar que, o valor
unitário seria de acordo com a fração em oferta e não o valor do metro quadrado médio
considerando a área total do imóvel.
De forma sucinta, da mesma maneira que o valor unitário é inversamente proporcional à
área total do imóvel, a regra pode ser aplicada para frações desapropriadas em um mesmo
imóvel. À medida que a fração a desapropriar diminui, o valor unitário cresce, conforme
demonstrado no exemplo do gráfico abaixo
39
Também é importante salientar que, nos casos específicos de imóveis rurais, o critério do
“Antes e Depois” muitas vezes ao ser aplicado impossibilita a justa indenização, sendo que
corriqueiramente este valor mostra-se substancialmente menor quando comparado ao “Metro
Quadrado Médio” em função do percentual da fração a ser desapropriada ser muito pequena em
relação à área total do imóvel.
40
Para uma Área Expropriada
2,7663 ha temos:
41
CREA: 1207095362
ART: 1863709
TELEFONE: (66) 999118575
E-MAIL: douglasraber@hotmail.com
16. ANEXOS
42