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Passo a passo para

elaborar um PRAD
(Projeto de Recuperação de Área Degradada)

Engª Agrônoma Jessica Cavalheiro Ferreira Bueno


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

DIA 1 – 21/06 DIA 2 – 22/06


o Introdução e legislação o Discussão sobre o exercício prático
o Características de um projeto o Avaliação de indicadores e
o Passo a passo da elaboração do monitoramento do PRAD
PRAD o Cronograma e orçamento
o Diagnóstico ambiental o Exemplos de termos de referência (TR)
o Objetivos o Dicas de escrita, formatação e gestão
o Implantação e manutenção do projeto
(Técnicas de restauração com enfoque no o Exemplo de PRAD na mineração
Bioma Mata Atlântica) o Bibliografia
o Exercício prático!
OBJETIVO

o Compartilhar o passo a passo da elaboração do Projeto de


Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD).

→ O enfoque será no projeto escrito consolidado!


(desde a fase de diagnóstico ambiental, escolha das metodologias, etc até a
finalização do projeto escrito)

→ Falar sobre processos e não respostas concretas.

→ Saber quais os caminhos/locais confiáveis para serem realizadas consultas


MINICURRÍCULO

Jessica Cavalheiro Ferreira Bueno


Engenheira Agrônoma formada pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC), com graduação
sanduíche em Engenharia Agroambiental pela
Universidade de León – Espanha. Técnica em Meio
Ambiente e Técnica em Saneamento formada pelo
Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Pós-graduanda
em Solos e Nutrição de Plantas pela SolloAgro-
Esalq/USP. Possui experiência na elaboração de PRADs
na área da mineração no estado do Espírito Santo. Atua
como Gestora de Projetos.
@jessica_cfbueno
MINI LINHA DO TEMPO...

2018-19
2020
2010.1 2015 Voltei a 2021 2022
2012/13 2016 Daniel
Início trabalhar na Início da Inspetora
Agronomia Intercâmbio Formei! Engravidei... Tavares
área pós CREA
Consultoria
ESTUDANTE SEMPRE!

Capacitar e formar restauradores, difundindo o


conhecimento técnico e de qualidade em
restauração, respeitando os princípios de boas
práticas e buscando troca de experiências.

Ser um eixo central de convergência das diversas


iniciativas de instituições nacionais, otimizando
recursos e esforços para essa difusão do
conhecimento e boas práticas.

https://sobrestauracao.org/dispersar
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO

o O QUE É PRAD?

Projeto de Recuperação de Área Degradada ou Perturbadas

Documento que reúne informações, diagnósticos, levantamentos e


estudos que permitam a avaliação da degradação ou alteração e a
consequente definição dos objetivos, de medidas adequadas à
recuperação da área e o posterior monitoramento, em conformidade com
as especificações dos Termos de Referência na legislação pertinente.
INTRODUÇÃO

o Área degradada:
É aquela que, após sofrer um forte impacto, perdeu a capacidade de retornar
naturalmente ao estado original ou a um equilíbrio dinâmico, ou seja,
perdeu sua resiliência.

o Área perturbada:
É aquela que, após sofrer um certo distúrbio natural ou mesmo antrópico,
ainda consegue regenerar-se naturalmente, ainda possui resiliência.

Fonte: MARTINS, 2016.


INTRODUÇÃO
Restituição de um ecossistema ou de
uma população silvestre degradada o
mais próximo possível da sua condição
natural.

Aplicação de técnicas silviculturais,


agronômicas e de engenharia, visando à
recomposição topográfica e à
revegetação de áreas que foram
degradadas.

Intervenção humana planejada visando


à melhoria das funções de ecossistema
degradado, atribuindo uma função
Fonte: adequada ao uso humano, sendo uma
Bitar e Braga, 1995. situação alternativa e estável
INTRODUÇÃO

Fonte:
DISPERSAR, 2023.
https://sobrestauracao.org/dispersar
INTRODUÇÃO

o Restauração ecológica:

Ciência, prática e arte de assistir e manejar a recuperação da


integridade ecológica dos ecossistemas, incluindo um nível mínimo
de biodiversidade e de variabilidade na estrutura e no
funcionamento dos processos ecológicos, considerando-se seus
valores ecológicos, econômicos e sociais.
SER – Society for ecological restoration (2004)

Restauração dos processos ecológicos em ecossistemas florestais


construção de uma floresta funcional - sustentável e perpetuada no tempo
Biodiversidade e processos ecológicos

Biodiversidade – diversidade biológica:


riqueza e variedade dos organismos
(microrganismos, plantas, animais) que
ocorrem em uma área e como interagem
entre si

A diversidade a ser empregada na


restauração deve contemplar não só a
quantidade de espécies, mas também a
diversidade funcional, que é a diversidade
de modos como as espécies reagem a
processos ecológicos ou condições
ambientais

Processos ecológicos - interações entre


diferentes componentes da biodiversidade
capazes de manter o funcionamento e a
manutenção de um determinado
ecossistema
O local recuperado deverá ter
qualidades próximas ao local
antes do impacto
(IBAMA IN 04 do 13/04/2011)

Equilíbrio dos
processos ambientais
Atributos funcionais –
qualidade do solo

Fonte: Adaptado de Tian et al., 2001


Espécies vegetais:
ENGENHEIRAS DO
ECOSSISTEMA
Fonte: Adaptado de Moreira
& Siqueira, 2006.

Matéria orgânica:
REGULADORA DAS
PROPRIEDADES E
FUNÇÕES DO SOLO
A redução dos impactos e a melhoria do manejo já Fonte:
DISPERSAR, 2023.
é considerada dentro do Continuum https://sobrestauracao.org/dispersar
Engenharia ambiental

Engenharia ambiental

Variados enfoques da
restauração:

Um projeto de
restauração completo
deve contar com todas
essas áreas, cada uma
tendo sua importância
LEGISLAÇÃO
LEGISLAÇÃO
PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL - PRA

o As ações do PRA estão de acordo com o cumprimento do Capítulo XIII da Lei


n12.651/2012.
o Os proprietários/possuidores que dispuserem de passivo ambiental relativo à
supressão irregular de remanescentes da vegetação nativa, que ocorreu até 22
de julho de 2008, em APP, Reserva Legal e de uso restrito, que tiverem inscrição
no CAR poderão solicitar adesão ao PRA do estado em que estiver inserido, para
que seja continuada a regularização ambiental do seu imóvel.
o A regularização ambiental se dará então mediante recuperação, recomposição,
regeneração ou compensação (exclusiva para RL).
PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL -
PRA

Espírito Santo:
Programa P.R.A. VALER
Regularização Ambiental Produtiva

Simplificação dos processos


(instrumentos digitais)
O PRAD É UM PROJETO

São características de um PROJETO:

→ Ser único e temporário;


→ Possuir início, meio e fim;
→ Gerar um resultado único, como um produto ou uma melhoria em
processos por exemplo;
→ Estar conectado a um ou mais objetivos da organização;
→ Possuir um escopo e recursos definidos.

Fonte: @planningiscool
O PRAD É UM PROJETO

Fonte: MARCZYNSKI (2019)


baseado no PMBOK (2008)
O PRAD É UM PROJETO

o PROCESSO DE INICIAÇÃO:

1. Conversa inicial com o cliente


2. Reconhecimento do local do projeto (diagnóstico prévio)
3. Identificação das partes interessadas (cliente, órgão
ambiental, comunidade etc)

Fonte: Adaptado de MARCZYNSKI


(2019) baseado no PMBOK (2008)
O PRAD É UM PROJETO

o PROCESSO DE PLANEJAMENTO:

1. Escopo do projeto
2. Documentos obrigatórios solicitados pelo órgão ambiental
3. Estimar recursos e tempo necessários – proposta orçamentária ao
cliente
4. Elaboração do contrato e assinatura (termo de abertura)
5. Solicitar ao cliente documentos técnicos já existentes
6. Definir cronograma e organizar!
Fonte: Adaptado de
MARCZYNSKI (2019)
baseado no PMBOK (2008)
O PRAD É UM PROJETO

o PROCESSO DE EXECUÇÃO:

1. Solicitar ao cliente documentos obrigatórios necessários


2. Mobilizar a equipe e orientar a realização dos estudos
3. Ida a campo → Diagnóstico Ambiental
4. Definição das técnicas de recuperação
5. Definição dos critérios a serem avaliados e monitoramento
6. Escrita do projeto técnico e elaboração dos mapas e plantas → Revisar!
7. Integrar os estudos, formulários e documentos para ser entregue ao órgão
ambiental

LEMBRE-SE: O PRAD não deve ser um “copia e cola”


O PRAD não é uma receita de bolo!
Fonte: Adaptado de
MARCZYNSKI (2019) baseado
no PMBOK (2008)
PASSO A PASSO DO PRAD

1. Diagnóstico ambiental
2. Definição dos objetivos
3. Isolamento da área a ser recuperada e retirada dos fatores de degradação
4. Preparo e manejo do solo
5. Plantio e/ou semeadura de espécies
6. Métodos de catalização do processo de recuperação
7. Manutenção das áreas implantadas por meio de semeadura e/ou plantio
8. Monitoramento – avaliação de indicadores
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

PRÉ-CAMPO:

o Coordenadas do local → Avaliação prévia no Google


Earth, Qgis (shapes) e Proater
- Qual é a bacia hidrográfica?
- Qual é o Bioma? - Qual a formação florestal?
- Solo? - Período de chuva? – Relevo?
- Histórico da área por imagem de satélite
o Checklist pré-campo (não esqueça do que deve levar)
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
NÃO PENSE APENAS NAS ÁRVORES!
Avalie a nível de paisagem! OBSERVE e CONVERSE

o Qual é o histórico desta área? o Relevo?


o Quais são os fatores de o Regeneração natural? Espécies?
degradação? o Fragmentos florestais?
o Água: Como está a qualidade da o É local de APP ou Reserva Legal? USO DE
água? A água se mantém?
Nascentes? Áreas de recarga?
o Qual a acessibilidade? DRONE!
Como é a drenagem? o Há risco de incêndios?
o Solo: Como está a qualidade do o Uso futuro?
solo? Erosão?
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O que influencia nessa decisão?

o Obrigatoriedade
o Viabilidade técnica
o Tempo
o Recursos – viabilidade financeira
o Desejo do cliente!

Fonte: @thaisfariabio
PRÓXIMOS PASSOS?
1. Enviar solo ao laboratório para análise física e química***
2. Organizar informações coletadas e finalizar o desenho do zoneamento
ambiental
3. Iniciar a escrita com o planejamento das etapas da recuperação e definir:
3.1 O objetivo geral e os específicos
3.2 Implantação: técnicas de recuperação serão utilizadas em cada área,
espécies que serão recomendadas, etapas de preparo da área de implantação
3.4 Manutenção: tratos culturais e demais intervenções
3.5 Monitoramento: indicadores de avaliação, metodologia e resultados
esperados
3.6 Cronograma físico-financeiro* de implantação, manutenção e
monitoramento
4. Escrever o projeto executivo, fazer os mapas e as plantas!
OBJETIVOS

o GERAL:

o Apresentar subsídios técnicos e de planejamento de medidas de


recuperação ambiental da área XXXX referente à XXXX da empresa XXXXX
na Fazenda XXXX, localizada no Distrito XXXX em XXXXX– ES, e das áreas
de medida compensatória, que possibilitem o restabelecimento de
condições próximas às existentes anteriormente, estabilidade do meio
ambiente e conformidade com os valores ambientais, estéticos e sociais
da circunvizinhança.
ESPECÍFICOS:

o Recomendar procedimentos o Melhorar a qualidade física, química e


metodológicos para recuperação dos biológica do solo;
processos ecológicos essenciais da área o Proporcionar rapidez no processo de
degradada; revegetação;
o Recuperar a área degradada com o Selecionar as espécies a serem
restabelecimento da cobertura vegetal utilizadas na recomposição da
para conservação da biodiversidade e vegetação;
melhoria da qualidade do meio
o Relacionar o plantio com tipo de relevo,
ambiente;
solo, vegetação e clima da região;
o Controlar processos erosivos presentes;
o Propor um cronograma físico para
o Aumentar a infiltração e o execução dos serviços.
armazenamento de água no solo;
IMPLANTAÇÃO

Definir a metodologia de restauração!

Chave para a definição das ações de restauração de áreas degradadas


(LERF/LCB/ESALQ/USP)
IMPLANTAÇÃO

Check-list básico para escolha da metodologia:

✓Atende a legislação e solicitação do órgão competente


✓A técnica é acessível
✓Há recurso financeiro suficiente para execução completa
✓O tempo previsto é compatível a metodologia
✓Foi apresentado e aprovado pelo dono da área/cliente

Fonte: @thaisfariabio
IMPLANTAÇÃO
IMPLANTAÇÃO

o Além disso... Reabilitação! Adequada ao uso humano.

o Novo uso! Caso a legislação e o órgão ambiental permitam


IMPLANTAÇÃO

1 – Restauração da
fertilidade do solo
2 – Produção florestal
3 – Recuperação de
biodiversidade e serviços
de ecossistema

Fonte: RODRIGUES, 2013.


IMPLANTAÇÃO

Possíveis métodos de
restauração ecológica

Fonte: LERF, 2008.


IMPLANTAÇÃO
IMPLANTAÇÃO

1. Retirada dos fatores de degradação

o Isolamento da área - cercamento;


o Construção de aceiros;
o Controle/eliminação de exóticas;
o Controle de erosão;
o Biorremediação
o Etc
IMPLANTAÇÃO
Retirada dos fatores de
Controle da erosão degradação
o Canais de escoamento para drenagem
o Terraceamento
o Caixas secas
o Cordão vegetal
o Roçada seletiva
o Engenharia natural
o Controle e estabilização de voçorocas
o Estabilização de taludes
o Plantio em curva de nível
o Cobertura morta
IMPLANTAÇÃO

Técnicas de conservação solo e água

o Diminua a velocidade da água


o Aumente o tempo de permanência na água na bacia
o Espalhe o fluxo da água pela paisagem
o Maneje o excedente de água como recurso
o Mantenha o solo sempre coberto
o Uso de biológicos (ex.: micorrizas, promotores de
crescimento)
o Uso de fertilizantes à base substâncias húmicas
IMPLANTAÇÃO

2. Preparo e manejo do solo

o Descompactação do solo em locais onde houver necessidade;


o Calagem e adubação de acordo com resultado da análise do solo;
o Adubação verde (seleção, semeadura, tratos culturais e
incorporação)
IMPLANTAÇÃO

Adubação verde Preparo e manejo do solo


IMPLANTAÇÃO

3. Plantio e/ou semeadura de espécies

o Seleção das espécies de cada área;


o Implantação de cordão vegetal;
o Preparo dos locais para o plantio e/ou semeadura das espécies;
o Plantio e/ou semeadura das espécies e adubação.

Plantio em curva de nível!


IMPLANTAÇÃO

Seleção das espécies de cada área


Lista de espécies nativas recomendadas para
Espécies tolerantes à condição restauração disponibilizada pelo IEMA,
atual e que aos poucos criem as webambiente e literatura e disponíveis nos
condições necessárias para que viveiros da região
as espécies desejadas ocupem a
área posteriormente Atenção às características de cada área

Gramíneas, 60% de pioneiras (P) e secundárias iniciais


leguminosas, (SI)
lianas e trepadeiras 40% secundárias tardias (ST) e climáxicas (C)
*também selecionar espécies atrativas à fauna
*Mudas de áreas de
supressão vegetal autorizada Informar em qual viveiro mudas serão
adquiridas!
IMPLANTAÇÃO
Plantio total Plantio e/ou semeadura de espécies

P: rápido crescimento e boa cobertura de copa - rápido D: são fundamentais para garantir a perpetuação da área
fechamento da área plantada. plantada.
IMPLANTAÇÃO
Adensamento e enriquecimento Plantio e/ou semeadura de espécies
IMPLANTAÇÃO
Condução da regeneração natural assistida
IMPLANTAÇÃO

4. Métodos de catalização dos processos de recuperação

o Transposição de galharia
o Transposição de banco de sementes
o Transposição de serapilheira
o Poleiros artificiais
MANUTENÇÃO

Tratos culturais e demais intervenções

o Irrigação *hidrogel;
o Coroamento de mudas e controle de invasoras;
o Controle de pragas e doenças;
o Combate a formigas e cupins;
o Ressemeadura e replantio.
EXERCÍCIO – BORA PENSAR!

DIAGNÓSTICO PRÉ-CAMPO:
o Coordenadas do local → Avaliação prévia no Google Earth, Qgis (shapes) e Proater
- Qual é a bacia hidrográfica? Bacia Hidrográfica do Rio Doce
- Qual é o Bioma? Bioma Mata Atlântica
- Qual a formação florestal? Floresta Estacional Semidecidual Submontana
- Solo: classe de solo predominante é o Latossolo Amarelo Distrófico Húmico
- Relevo: acidentado - inclinação máxima de 35,4% na área de pastagem e nas
áreas declivosas, inclinação máxima de 60%.
- Período de chuva: concentrado entre outubro a abril
- Histórico da área por imagem de satélite → Abrir Google Earth
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL CAMPO:
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL CAMPO:
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL CAMPO:
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL CAMPO:
DIAGNÓSTICO CAMPO:

o Qual é o histórico desta área? Pastagem


o Quais são os fatores de degradação? Gado, falta de vegetação – erosão
o Água: Como está a qualidade da água? A água se mantém? Não. Nascentes? Local
onde seria uma nascente. Áreas de recarga? Parte degradada e parte com vegetação.
Como é a drenagem? Boa.
o Solo: Como está a qualidade do solo? Baixa qualidade. Erosão? Presença de ravinas e
voçoroca. Solo exposto e visualmente com baixa fertilidade.
o Relevo? Acidentado. → Avaliação mais efetiva pelas curvas de nível.
o Fauna? Flora? Fragmentos florestais? Fragmentos florestais no entorno. Regeneração
natural? Baixa.
o É local de APP ou Reserva Legal? APP em parte.
o Qual a acessibilidade? Boa Há risco de incêndios? Não
o Uso futuro? Compensação ambiental – Restauração florestal
o Acesse: https://www.webambiente.cnptia.embrapa.br/

o Faça seu cadastro ou login


Amanhã voltaremos aqui com mais
conteúdo que você irá gostar ☺
Finalização do exercício
Avaliação de indicadores e monitoramento do PRAD
Cronograma e orçamento
Termos de referência – Legislação, IDAF e IEMA (mineração)
Dicas para a escrita e de formatação
PRAD REAL - Mineração
A gestão do projeto
BOA NOITE!

(E não esquece de fazer o exercício)

Até amanhã! ☺

Jessica C. F. Bueno
jessicabuenoagro@gmail.com @jessica_cfbueno
Passo a passo para
elaborar um PRAD
(Projeto de Recuperação de Área Degradada)

Engª Agrônoma Jessica Cavalheiro Ferreira Bueno


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

DIA 1 – 21/06 DIA 2 – 22/06


o Introdução e legislação o Discussão sobre o exercício prático
o Características de um projeto o Avaliação de indicadores e
o Passo a passo da elaboração do monitoramento do PRAD
PRAD o Cronograma e orçamento
o Diagnóstico ambiental o Exemplos de termos de referência (TR)
o Objetivos o Dicas de escrita, formatação e gestão
o Implantação e manutenção do projeto
(Técnicas de restauração com enfoque no o Exemplo de PRAD na mineração
Bioma Mata Atlântica) o Bibliografia
o Exercício prático!
Voltando ao exercício...

Chave para a definição das ações de restauração de áreas


degradadas (LERF/LCB/ESALQ/USP)
Foto: Eng. Agr. Bruno Mação
Assoreamento do córrego do Cedro, Santo Agostinho - Água Doce do Norte
Foto: Eng. Agr. Bruno Mação
Foto: Eng. Agr. Bruno Mação
Contenção em nível de águas pluviais no meio de um morro
Foto: Eng. Agr. Bruno Mação
Funciona muito bem integrado as barraginhas ou caixas secas
MONITORAMENTO

o ESTRUTURA – Vegetação
o COMPOSIÇÃO - Diversidade
o FUNCIONAMENTO – Processos ecológicos
O que se espera?

o Diversidade e estrutura de comunidade similares aos locais de referência


o Presença de espécies nativas
o Presença de grupos funcionais necessários para estabilidade a longo prazo
o Ambiente físico é capaz de sustentar populações em reprodução (solo e água)
o Funcionamento normal
o Integração com a paisagem
o Eliminação de ameaças potenciais
o Resiliência a perturbações naturais
o Auto sustentabilidade

Parâmetros para restauração


Fonte: SER – Society for ecological restoration (2004)
CRONOGRAMA
ORÇAMENTO

PLANILHA IEMA
TERMOS DE REFERÊNCIA

o IN ICMBIO Nº 11, 11/2014


o IEMA/ES – MINERAÇÃO
o IDAF/ES
DICAS PARA A ESCRITA

o Não seja prolixo: Prefira qualidade e não quantidade de texto! → Seja objetivo!
o Não coloque seu ponto de vista no documento técnico: você escreve para o/a analista
ler → Seja técnico!
o Não utilize de arcaísmo: não escreva palavras em desuso → Seja claro!
o Não escreva frase ou período longo→ Coloque-se no lugar da pessoa que irá ler!
o Não utilize “ o mesmo/ a mesma” para retomar a informação anterior: isso se usa
apenas no sentido próprio. → Substitua por “este” “esta” ou substituto da palavra.
o Atente-se à coesão e coerência → O texto precisa ter sentido!
o Cuide com a ortografia → Ler ajuda!
DICAS PARA A FORMATAÇÃO

o Utilize referência cruzada→ Vai facilitar sua vida!

o Utilize sumário automático→ Depois é só atualizar!

o Nas figuras, quadros e tabelas insira a legenda→ Vai ajudar na referência cruzada!

o Faça um cabeçalho e rodapé padrão→ Fica bonito!

o Centralize as figuras e alinhe a legenda→ Tenha seu padrão

o Tópicos e subtópicos devem ser adicionados em níveis→ Apenas até nível 3

o Padronize as margens, espaçamento entre linhas, etc → Tenha seu padrão


VAMOS VER UM PRAD
APRESENTADO AO IEMA
REFERENTE À ÁREA DO
EXERCÍCIO?
E A GESTÃO DO PROJETO?
PROCESSOS DE CONTROLE E MONITORAMENTO:

1. Monitorar e controlar os trabalhos do projeto


2. Verificar e controlar o escopo e o cronograma
3. Gerenciar e realizar o controle de mudanças
4. Monitorar e controlar riscos e prazos
5. Monitorar e controlar o andamento do protocolo junto ao órgão
ambiental
6. Monitorar e atender possíveis exigências do órgão ambiental

Fonte: Adaptado de
MARCZYNSKI (2019)
baseado no PMBOK (2008)
PROCESSOS DE ENCERRAMENTO

1. Realizar o acerto das pendências financeiras finais e encerrar o


projeto (esse pode ser o tópico após 4, caso seu pagamento final
esteja condicionado ao aceite do órgão ambiental, o que não
recomendo)
2. Receber o parecer positivo do órgão ambiental
3. Informar ao cliente e entregar documentos comprobatórios
4. Orientar o cliente acerca dos próximos passos relativos ao PRAD →
Implantação, avaliação, monitoramento e relatórios
5. Quem sabe fechar outro serviço relativo ao PRAD!
Fonte: Adaptado de
MARCZYNSKI (2019) baseado no
PMBOK (2008)
MAIS DICAS PARA EVOLUIR

Técnica Pomodoro

Fonte: @planningiscool
PRATIQUE SEMPRE...
BIBLIOGRAFIA
o BITAR, O.Y., BRAGA, T.O. O meio físico na recuperação de áreas degradadas. In: BITAR, O.Y., coord.. Curso de geologia
aplicada ao meio ambiente. São Paulo: ABGE/IPT-Digeo, 1995. p.165-179. (Série Meio Ambiente).
o GEOBASES - Sistema Integrado de Bases Geoespaciais do Estado do Espírito Santo.
o GOOGLE EARTH PRO. Google. Software de geoprocessamento. Disponível em: http://earth.google.com, 2018.
o MARCZYNSKI, E. S. Fatores críticos de sucesso no gerenciamento de projetos de licenciamento ambiental. IN:
FERRARA, M.; SCALON, M. Recursos Naturais e meio ambiente sob a ótica delas. Rio de Janeiro, RJ. Lumen Juris,
2019. 464 p.
o MARTINS, S. V. Recuperação de áreas degradadas. Viçosa, MG: Aprenda Fácil Editora, 2016. 266 p.
o PACTO PELA RESTAURAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA. Protocolo de Monitoramento para Programas e Projetos de
Restauração Florestal. 2013. Disponível em: <https://www.pactomataatlantica.org.br/wp-
content/uploads/2021/05/protocolo-de-monitoramento-pt.pdf>. Acesso em: 01 junho 2022.
o PROATER - Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural 2020-2023. Planejamento e Programação de Ações.
Itaguaçu, 2020. INCAPER, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural. Disponível em:
https://incaper.es.gov.br/media/incaper/proater/municipios/Itaguacu.pdf
o RODRIGUES, E. Ecologia da Restauração. Editora Planta – Londrina, 2013. 300p.
o SALVADOR, A. R. F.; MIRANDA, J. S. Recuperação de áreas degradadas. IETEC, 2007.
o RODRIGUES, R R. et al. (Ed.). Pacto pela restauração da mata atlântica: referencial dos conceitos e ações de
restauração florestal. LERF; Piracicaba: ESALQ, 2009 b.256p.
2014

“A prova de fogo de nosso


conhecimento não é se conseguimos
colocar as partes dos ecossistemas em
pedaços de papel, ainda que
cientificamente, mas se conseguimos
unir estas partes concretamente e fazê-
las funcionar”

Anthony D. Bradshaw (1987)


Jessica C. F. Bueno
jessicabuenoagro@gmail.com @jessica_cfbueno

Agradeço ao Crea-ES por possibilitar a realização desse


evento!

O certificado de participação será enviado pelo CREA-ES ☺

Acesse o link enviado no CHAT para baixar o material do curso

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