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Recife
2023
LUAN ALVES FURTADO
Recife
2023
LUAN ALVES FURTADO
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 6
2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 6
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 7
3.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO ................................................................. 7
5 CRONOGRAMA ................................................................................................... 17
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 18
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1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA
A dinâmica entre o crescimento populacional e a expansão das cidades tem
intensificado as atividades industriais, gerando impactos significativos e repercussões
abrangentes que afetam expressivamente a sociedade, a economia e o meio ambiente. Nesse
cenário, a relação entre o crescimento urbano e as mudanças climáticas torna-se cada vez mais
evidente. O aumento das emissões de gases de efeito estufa tem contribuído para o
aquecimento global e para as alterações nos padrões climáticos, que incidem sobre o aumento
de eventos críticos.
O aumento da intensidade e frequência dos eventos hidrológicos extremos, associado a
redução das áreas permeáveis nos centros urbanos, tem comprometido a absorção de água
pelo solo, o que compreende a diminuição do escoamento de base. Consequentemente, ocorre
um aumento significativo no volume das águas de chuva em escoamento superficial,
potencializando os riscos de alagamentos e inundações em função da sobrecarga nos sistemas
de drenagem (SANTOS et al., 2013).
A implementação de técnicas compensatórias nos centros urbanos, surge como uma
alternativa promissora no reestabelecimento das condições hidrológicas pré-urbanísticas.
Essas medidas desempenham um papel essencial no amortecimento de picos de vazão, por
meio de ações de retenção, infiltração e reutilização de águas pluviais, buscando reestabelecer
o equilíbrio hidrológico.
Nesse contexto, técnicas como telhados verdes, intertravados drenantes e pavimentos
permeáveis se apresentam como uma solução sustentável e eficiente na perspectiva de
amortecimento dos picos de escoamento superficial na malha urbana. Essas técnicas permitem
a detenção dos picos de escoamento bem como a retenção em lote de uma parcela
significativa do volume pluvial. Além disso, contribuem com a melhoria da qualidade do ar, o
aumento do conforto térmico, a diminuição do efeito das ilhas de calor e a recarga de
aquíferos (TASSI et al., 2014).
Devido as diversas contribuições apresentadas pelas técnicas compensatórias e sua
ampla empregabilidade na drenagem sustentável, diferentes pesquisas têm sido desenvolvidas
com o intuito de aperfeiçoar sua construção, analisar sua eficiência e empregabilidade em
diferentes tipos de ambientes e investigar o seu impacto sobre o retardo no escoamento
superficial (BAPTISTA et al., 2023; PALLA e GNECCO, 2022; FRENI e LIUZZO, 2019).
A simulação do comportamento hidrológico sobre as técnicas compensatórias
representa uma medida essencial à tomada de decisões sobre a empregabilidade destas
tecnologias. Durante este processo, são consideradas variáveis como precipitação, escoamento
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Avaliar o desempenho hidrológico de diferentes técnicas compensatórias entre telhados
verdes, intertravado drenante e concreto permeável implementados em área de clima tropical
úmido e elevado índice pluviométrico.
3 METODOLOGIA
3.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE ESTUDO
O estudo será desenvolvido no campus Joaquim Amazonas da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), localizado no bairro Cidade Universitária, cidade do Recife, estado de
Pernambuco (Figura 1).
O Recife trata-se de uma cidade estuarina e costeira, com área territorial de 218 km² e
população estimada, para o ano de 2021, de 1.661.017 habitantes. A região encontra-se
localizada em uma zona de clima tropical úmido, de baixa amplitude térmica, e elevados
níveis de precipitação ao longo do ano, caracterizadas por raios e trovoadas além de
possuírem forte intensidade. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Recife,
capital de Pernambuco, é conhecida por sua localização litorânea e clima tropical úmido.
Segundo dados do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), a cidade apresenta um índice
pluviométrico anual de aproximadamente 2.100 mm, concentrando a maior parte das chuvas
entre os meses de abril e agosto. As temperaturas médias anuais variam entre 24°C e 30°C,
com leve queda durante os meses mais chuvosos. O tempo médio de insolação por ano é de
cerca de 2.600 horas, indicando um bom número de dias ensolarados. A umidade relativa do
ar se mantém elevada, com média anual em torno de 80%.
Localizado no campus da UFPE, encontra-se a nascente do Riacho do Cavouco,
afluente do rio Capibaribe, principal curso d'água de Pernambuco. Com extensão de 6.000
metros e largura variável entre 2 e 15 metros, o riacho percorre uma área que se estende desde
o Centro de Tecnologia e Geociências até o Hospital das Clínicas, recebendo carga poluidora
proveniente dos efluentes das próprias edificações. Apresentando um relevo praticamente
plano, com altitude média de 16 metros acima do nível do mar. Além disso, a região é cercada
pelas Unidades de Conservação de Mata Atlântica da Várzea e do Curado. A vegetação
presente no campus é diversa, composta por gramíneas, forrações, plantas herbáceas,
arbustos, árvores, palmeiras e algumas espécies nativas da região.
O Campus da UFPE em Recife possui uma variedade de usos e ocupações de solo. De
acordo com informações disponíveis no Plano Diretor Físico da Universidade, a área
construída total no campus é de aproximadamente 516.000 m². Essa área é composta por
diversos prédios acadêmicos, laboratórios, centros de pesquisa, bibliotecas, auditórios, áreas
administrativas, além de espaços destinados a atividades esportivas e culturais. A distribuição
desses edifícios é feita de forma a atender às demandas dos diferentes cursos e departamentos
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O protótipo (Figuras 2) foi projetado para abrigar 7 módulos com área interna de 2 m²
cada, distribuídos sobre uma laje de 18,86 m². A altura do protótipo foi de 1,50 e um pé
direito de 0,86 m, 12 cm de espessura de laje. A inclinação de 7%, na parte interior dos
módulos, foi obtida por meio de contrapiso. O isolamento dos módulos foi feito por meio de
alvenaria estrutural, com aproximadamente 0,15 m de largura.
A composição dos módulos será padrão (Figura 4), seguindo uma estrutura composta
por camada impermeabilizante, camada drenante com espessura de 0,10 m utilizando argila
expandida (Tipo 3222), camada filtrante utilizando BIDIM, substrato com uma espessura de
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0,15 m composta de material orgânico decomposto fornecido pela BERSO, por fim, o plantio
da vegetação e instalação das diferentes superfícies de drenagem.
da NBR 7181 (ABNT, 1984). Além disso, serão realizados ensaios de densidade e densidade
específica de partícula.
A caracterização da camada drenante (argila expandida) será feita mediante ensaios de
teor de absorção, determinada pela NBR 16916 (ABNT, 2021) e caracterização da
microestrutura: caracterização mineralógica por meio de Difração de Raios - X, análise
morfológica e análise química elementar utilizando Microscopia Eletrônica de Varredura
(MEV). A realização destes ensaios encontra-se passível de alteração, pois depende da
identificação de estrutura laboratorial adequada.
parâmetros e verificar o quão bem os resultados obtidos pelo modelo se aproximaram dos
dados observados. Cada uma dessas variáveis estatísticas desempenha um papel fundamental
na análise de validação, fornecendo insights sobre a precisão e confiabilidade dos parâmetros
adotados no modelo.
O Coeficiente de Determinação (R²) trata-se de uma medida estatística que indica o grau
de variação dos dados observados que pode ser explicado pelo modelo. Varia de 0 a 1, sendo
que valores mais próximos de 1 indicam um ajuste melhor do modelo aos dados observados
(MAIA, 2013; ALVES et al., 2022).
𝑆𝑄𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙
𝑅2 = 1 − (1)
𝑆𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
Onde:
• SQresidual – Soma dos quadrados dos resíduos, exibida pela Equação 29;
• SQtotal – Soma dos quadrados totais, exibida pela Equação 30.
𝑁
𝑆𝑄𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 = ∑ (𝑀𝑖 − 𝑇𝑖 )2 (2)
𝑖=1
𝑁
𝑆𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∑ ̅ )2
(𝑀𝑖 − 𝑀 (3)
𝑖=1
∑𝑁 𝑁
𝑖=1 𝑀𝑖 − ∑𝑖=1 𝑇𝑖
𝐶𝑀𝑅 = (4)
∑𝑁
𝑖=1 𝑀𝑖
O Erro Padrão (EP), trata-se de uma medida que estima a dispersão dos resíduos em
torno da linha de ajuste do modelo. É utilizado para avaliar a precisão das estimativas do
modelo, sendo desejável que o erro padrão seja o menor possível (SANTOS et al., 2013).
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̅ )2
∑𝑛 (𝑀𝑖 − 𝑀
𝐸𝑃 = √ 𝑖=1 (5)
𝑛
4 RESULTADOS ESPERADOS
De modo preliminar, podem ser elencados três resultados que fundamentam a relevância
da pesquisa, respondendo a hipótese levantada, a saber:
capacidade explicativa. Espera-se também que a razão de desvios (NS) apresente valores
positivos, indicando uma boa concordância entre os resultados simulados e observados. Além
disso, é esperado que o coeficiente de massa residual (RMS) seja baixo, denotando uma
menor dispersão dos resíduos e, portanto, um bom ajuste do modelo. Por fim, espera-se que o
erro padrão seja reduzido, evidenciando a precisão das estimativas do modelo. Através dessa
análise estatística, prevê-se que o Modelo SWAT seja validado e demonstre sua capacidade
em simular adequadamente os processos hidrológicos da bacia estudada.
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5 CRONOGRAMA
Conforme Tabela 3, que expressa o cronograma executivo para o doutorado, até a fase
de envio do Plano de Atividades, foram cumpridos parte dos créditos eletivos e da
implementação do protótipo para realização dos ensaios experimentais.
Legenda
Concluído
Em
execução
Projeção para execução
Datas relevantes
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BIBLIOGRAFIA
FRENI, G.; LIUZZO, L. Effectiveness of Rainwater Harvesting Systems for Flood Reduction
in Residential Urban Areas. Water, [S.L.], v. 11, n. 7, p. 1389, 2019.
http://dx.doi.org/10.3390/w11071389.
NAVARATNAM, C. U.; ABERLE, J.; QIN, J.; HENRY, P. Influence of Gravel-Bed Porosity
and Grain Orientation on Bulk Flow Resistance. Water, [S.L.], v. 10, n. 5, p. 561, 2018.
https://doi.org/10.3390/w10050561.
PALLA, A.; GNECCO, I.; LABARBERA, P. The impact of domestic rainwater harvesting
systems in storm water runoff mitigation at the urban block scale. Journal of Environmental
Management, [S.L.], v. 191, p. 297-305, 2017.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jenvman.2017.01.025.
TASSI, R.; TASSINARI, L. C. S.; PICCILLI, D. G. A.; PERSCH, C. G. Telhado verde: uma
alternativa sustentável para a gestão de águas pluviais. Ambiente Construído, Porto Alegre,
v. 14, n. 1, p. 139-154, 2014. Disponível em:
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=849a0402cd1eec69JmltdHM9MTY4Njg3MzYwMCZpZ3
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WMvYS9TTFR6Vk1UUENiS01ReHhUYjM3RnpDci8&ntb=1. Acesso em: 19 abr. 2023.