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MONOGRAFIA
São Luís
2020
1
ROBERTO HENRIQUE GUIMARÃES TEIXEIRA
São Luís
2020
2
ROBERTO HENRIQUE GUIMARÃES TEIXEIRA
Aprovado em: / /
Área de concentração:
Data da apresentação:
Resultado:______________________
BANCA EXAMINADORA
Prof.Dr.Marcos Porto
Doutor em Engenharia Geotécnica
Universidade Paulista _____________________________________
3
A Deus, por ter me concedido a oportunidade de
vivenciar momentos tão especiais em minha vida.
4
AGRADECIMENTOS
5
RESUMO
Neste trabalho foi realizado estudo de caso em uma obra inicialmente projetada para
implementação em terreno cercado por taludes naturais, mas após algumas
verificações relativas à implantação do prédio no terreno, foram observadas
impossibilidades do uso de espaços destinados aos pátios de circulação interna e
estacionamentos,resultado da necessidade do uso de grandes áreas
pelos respectivos taludes.Em face desses problemas, impôs-se o uso das estruturas
de contenção dos maciços contíguos, e, como tais estruturas representam parte
significativa do custo global de uma obra, fez-se necessária a análise de duas ou
mais soluções para fundamentar a escolha daquela que se apresentava como a
mais viável sob os pontos de vista técnico e econômico, a fim de evitar que os
custos da obra fossem excessivamente onerados, o que poderia conduzir à
inviabilidade do empreendimento.
Definidos os parâmetros do solo(densidade, granulometria e resistência) e a
geometria dos cortes, foram dimensionadas as estruturas de contenção previamente
estabelecidas, sendo determinada desta forma, a mais viável técnica e
economicamente em função das alturas de corte apresentadas ao entorno da obra
em questão, cuja variação compreendia-se entre 2,0m a 6,5 m.
6
ABSTRACT
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9
2 OBJETIVOS .......................................................................................................... 10
2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 10
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 10
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 10
3.1 TIPOS DECONTENÇÕES .............................................................................. 10
3.1.1Muros de arrimo por gravidade
3.1.2Muros de arrimo por flexão................................................................ 11
3.1.3 Paredes diafragma com Cortinas de estacas moldadas in loco ............... 12
3.1.4 Solo Grampeado e Cortina atirantada
3.1.5 Cortinas de estacas prancha
3.1.6 Cortinas de estacas justapostas moldadas no local
4.MÉTODO DE ANÁLISE
4.1 TEORIADE COULOMB .................................................................................. 15
4.2 EQUILÍBRIO ATIVO E PASSIVO DE MACIÇOS DE SOLO ........................... 17
4.3 TENSÕES NO ESTADO ATIVO ................................................................ 19
4.4 TENSÕES NO ESTADO PASSIVO............................................................. 21
4.5 INFLUÊNCIA DA COESÃO ........................................................................ 22
4.6 EMPUXO ATIVO E EMPUXO PASSIVO..................................................... 22
4.6.1 Solos Granulares ........................................................................... 22
4.6.2 Solos Coesivos ............................................................................. 24
5 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 25
5.1MURO DE ARRIMO DE GRAVIDADE
5.1.1DIMENSIONAMENTO
5.2 CORTINA DE ESTACACAS JUSTAPOSTAS MOLDADAS NO LOCAL ......... 27
5.2.1 DIMENSIONAMENTO
5.3 SOLO GRAMPEADO
5.3.1 DIMENSIONAMENTO
5.4 ESTUDO DE CASO ........................................................................................ 32
6 DISCUSSÃO ..................................................................................................... 40
7 CONCLUSÃO ................................................................................................... 42
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 43
8
LISTA DE FIGURAS
9
LISTA DE TABELAS
10
1 INTRODUÇÃO
11
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
12
ocupação de uma área considerável e o risco de de estabilidade às construções
contíguas, quando da sua execução ,na fase da implantação dos cortes.
Muros de arrimo por flexão são estruturas constituídas por concreto armado
para resistirem os esforços de flexão provocados por empuxos.Em geral tornam-se
estruturas de contenção anti-econômicas quando são executadas para contenção de
cortes acima dos sete metros.
14
3.2 ESTRUTURA DE CONTENÇÃO COM A ALTERNÂNCIA DO MURO DE GRAVIDADE E
CORTINA DE ESTACAS JUSTAPOSTAS EM BALANÇO
15
4 MÉTODO DE ANÁLISE
𝜏 = 𝑐 + 𝜎 . tan 𝜑 (01)
16
Figura 2: Resistência ao cisalhamento do solo em função da coesão e do ângulo de atrito
Onde:
: coesão do solo;
Tensão normal sobre o plano de ruptura;
: ângulo de atrito interno do solo.
Figura 3: Função
17
passando pelo ponto, a tensão de cisalhamento igualou-se à resistência ao
cisalhamento.
Onde:
σ1= Tensão principal maior
σ3= Tensão principal menor
𝜎 = 𝜎 . 𝑁𝜑 + 2𝑐 𝑁𝜑 (02)
onde: = 𝑡𝑔 (45° + )
𝑁𝜑 = (03)
18
Figura 5: Atuação das tensões verticais e horizontais sobre um ponto em repouso
19
Figura 6: Estados de ruptura ativo e passivo
Verifica-se no círculo de Morh (II) que o plano horizontal, onde atua σv, e o
plano vertical onde atua σa, são planos principais. A tensão principal σ1 é igual a σv,
que no caso da superfície do terreno ser horizontal é dada por:
𝜎 = 𝜎 = 𝛾. 𝑧 (06)
Onde:
γ: peso específico do solo.
A tensão principal menor σ3 será igual a σa.
Substituindo σ1 e σ3 na expressão (02) tem-se as tensões ativas em função
20
da tensãovertical.
𝜎 = 𝐾 . (𝛾. 𝑍 − 𝑅 )(07)
21
Figura 9: distribuição das tensões para solos granulares
22
Analogamente ao estado ativo, temos o círculo de Mohr (III), da Figura 07,
onde:
𝜎 =𝜎
𝜎 = 𝛾. 𝑧 (11)
𝜎 = 𝐾 . 𝛾. 𝑧 + 𝑅 (12)
1
𝐾 =
𝐾
23
No caso de solos granulares tem-se:
24
Segundo Pereira (1984), a coesão atua sempre no sentido de diminuir as
tensões ativas e aumentar as tensões passivas. As tensões ativas significam ações
e as passivas significam resistências, a influência da coesão será sempre favorável,
pois diminui as ações e aumenta as resistências.
A coesão é de difícil determinação experimental e com grande variabilidade,
diferente do ângulo de atrito. Devido a este fato preferiu-se trabalhar com a
resistência a compressão simples que é um parâmetro de fácil determinação e que
engloba a coesão e o ângulo de atrito.
25
Figura 10: Diagrama de tensões para os estados ativo e passivo e força resultante
𝐸 = 𝑘 . 𝛾. (16)
𝐸 = 𝑘 . 𝛾. (17)
Figura 11: Diagrama de tensões para os estados ativo e passivo com ação de sobrecarga na
superfície em solos granulares
𝐸 = 𝐾 . 𝑞. 𝐻 + 𝛾. . 𝑘 (18)
𝐸 = 𝐾 . 𝑞. 𝐻 + 𝛾. . 𝑘 (19)
26
No caso de empuxo ativo, deve-se tomar um cuidado com as tensões
negativas, pois estas não têm como ser transmitidas à estrutura de contenção.
Deve-se então, desprezar a faixa de terreno de altura z0 a partir dasuperfície.
Figura 12: Diagrama de tensões para os estados ativo e passivo com ação de sobrecarga
na superfície em solos granulares
( )
𝐸 = 𝐾 .𝛾 (20)
𝐸 = 𝐾 . 𝛾. + 𝑅 .𝐻 (21)
27
Figura 13: Diagrama de tensões para os estados ativo e passivo com ação de sobrecarga
na superfície para solos coesivos
Se Rs>q, tem-se:
𝑧′ = (22)
( . )
𝐸 = . (𝐻 − 𝑧 ) (23)
.
𝐸 = 𝐾 (𝑞 − 𝑅 ). 𝐻 + (24)
.
𝐸 = 𝑅 . 𝐻 + 𝐾 𝑞. 𝐻 + (25)
28
Figura 14: Corte esquemático de carregamento do muro de arrimo
①Σ N=0
②Σ T=0
As equações acima representam o equilíbrio de translação ou deslizamento.
③ΣM=0
Esta última representa o equilíbrio de rotação ou tombamento.
Σ N=0. É necessário que N, componente normal de R, resultante das forças na seção considerada,
seja de compressão, e que o ponto C(centro de pressão)caia dentro da junta AB.
Σ T=0. Sendo T a componente tangencial da resultante R,já que não se pode contar com a
resistência ao cisalhamento, e nem mesmo com a aderência no solo,pois para isso ter-se-ia que ter
ensaios de cisalhamento “in situ”.Neste caso, a única força que deverá resistir a componente T é a
força de atrito exercida sobre o plano ACB:
A expressão ④ representa a equação de equilíbrio limite. Para segurança Fa > T, daí termos que
adotar um coeficiente contra escorregamento ou deslizamento.
Portanto, devemos ter:
Ɛ1 T = μ N :: Ɛ1 T = μ N/T ⑤
Coeficiente de segurança contra escorregamento
Ɛ1 ≥ 1,5
29
Pela figura tg ῳ = T/N
Pela ⑤ T/N= μ/Ɛ1; Portanto tg ῳ = μ/Ɛ1⑥
O coeficiente de atrito μ, pode ser expresso em função da tangente do ângulo de atrito entre os
materiais em contato. No presente caso, μ = tg ρ, sendo ρ, o ângulo de atrito. A expressão ⑥ fica:
tg ῳ = ρ/Ɛ1⑥, aproximadamente ῳ = ρ/Ɛ1.⑦
Finalmente , a expressão ⑦ , exprime a condição do equilíbrio de translação, isto é, que a resultante
E faça com a normal à junta ACB, um ângulo ῳ, Ɛ1 vezes inferior ao ângulo ρ de atrito entre os
materiais:
Valores de ρ;
alvenaria/alvenaria …. ρ = 35°
alvenaria ou concreto/solo =>{ Seco…. ρ = 28° ; Saturado …. ρ = 16°
Alvenaria/concreto …. ρ = 30 °
-ANÁLISE DO EQUILÍBRIO DE ROTAÇÃO
A rotação do muro, como bloco indeformável, só pode se dar em torno do ponto A, da junta
AB.Temos:
Isto significa que a resultante R de G e E deve passar por A. Entretanto, para maior segurança
devemos ter Mg >Me, ou seja, R deve cair no interior da junta AB, satisfazendo assim também a
condição de esforços de tração.
Adotando-se um coeficiente de segurança Ɛ2, chamado de coeficiente de segurança contra rotação
ou tombamento:
Ɛ2 = Mg/Me⑧ Ɛ2 ≥1.5.
Para obter-se Ɛ2, deve-se considerar as forças G e E, nas suas verdadeiras direções, e não pelas
suas componentes.
Através dos Tratados da Resistência dos Materiais quando do estudo da flexão composta ou presso-flexão,
temos:
σ = - N/S ± M/W
Como as tensões de compressão deverão prevalecer,para a análise dos resultados convenciona-se:
Sinal (+) positivo Tensão de Compressão
Sinal (-) negativo Tensão de Tração
Nestas condições, para uma seção intermediária qualquer, teremos:
Os valores de σ1 e σ2 variam com a relação e/k, chamada de módulo de excentricidade.De acordo com a
variação e/k, podemos considerar os seguintes casos de distribuição de tensões, indicadas na Tabela 2.
1º CASO- COMPRESSÃO SIMPLES ..... e=0;
2º CASO- COMPRESSÃO EXCÊNTRICA... e< k
Este 2º caso, corresponde ao “caso geral” para as seções intermediárias dos de alvenaria ou
concreto “ciclópico”, portanto poderemos chamá-lo de flexão composta ou presso-flexão, caso geral.
32
33
Tabela 1: Distribuição das tensões na base do muro de arrimo
Segundo Moliterno (1994), as formulações para cálculo dos muros de arrimo por gravidade seguem o roteiro a
seguir:
Fórmulas Empíricas:
Bo = 0,14 h; b= bo + h/3;
Bo largura do topo
B largura da base
h altura do muro
hs trecho enterrado (depende do solo)
1) Cálculo do Empuxo
A) Coeficiente de Coulomb
𝐾 = 𝑡𝑎𝑛 45° −
C) Altura total
H= h+ho
D) Grandeza
E= ½ K ɣs (H²-ho²)
E) Ponto de aplicação
Y=h/3*(2ℎ + 𝐻)/(ho +H)
F) Direção
𝛿 = φ1+θi=0
G) Componentes:
34
Ev=E*sen 𝛿
Eh=E*cos 𝛿
H) Braço:
y’=y+hs
3)Momentos:
Mi= GM*gm+GS*gs
Me= -Eh.y’
5) Excentricidade
e=b/2 – u
6) Equilíbrio Estático
a)Coeficiente de segurança contra escorregamento
Ԑ1=μΜ/T e T=Eh e Ԑ1≥1,5
μ = concreto/solo =0,55
35
b)Coeficiente de segurança contra rotação
Ԑ2 = (GM* gm + GS * gs)/E*Y’ = Mi/Me≥1,5
7) Equilíbrio Elástico
N/S = N/b e 6e/b
Tensões:
-Máxima=> σ1 = N/S(1+6e/b)= .......................< = σadm. solo
-Mínima=> σ2 = N/S(1-6e/b)= ......................< 0
_VERIFICAÇÃO DA ESTABILIDADE DAS JUNTAS
X=(bs² +bs*bi+bi²)/3(bs+bi)
G=bi-x
MG=G*g
E=1/2*k* ɣs (H²-ho²)
Y= h/3*(2ho+h)/(ho+H)
Me= E*Y
M=MG-ME e u=M/G e e=bi/2-u
Ԑ1= μG/E ≥ 1,5 e Ԑ2= MG/ME ≥ 1,5
N/S=G/bi e 6e/bi
σ2 = G/bi(1-6e/bi).........................> 0
Apresentamos a seguir o perfil transversal do muro de arrimo de gravidade utilizado neste estudo
36
comparativo:
𝜑 = 32°
𝛾 = 1,9 𝑡𝑓⁄𝑚
𝜃 = 0°
𝜎 = 2,5 𝐾𝑔𝑓⁄𝑐𝑚 𝜑 = 0°
37
38
Figura 19a: Seção transversal do muro de arrimo
40
Figura 20: Corte esquemático de carregamentos da cortina
41
Segundo Pereira (1984), admitindo-se o carregamento Pv como uma
sobrecarga, cada um dos carregamento, para espaçamento unitário de estacas, são
expressos da seguinte forma:
(26a)
(26b)
(26c)
(26d)
(26e)
(26f)
( 26g)
(26h)
A distância “A” refere-se ao ponto onde o carregamento se anula, e é dada
por:
(27)
Chamando de:
(28)
(29)
Tem-se:
(30)
(31)
Tem-se na expressão (31), uma equação de 2º grau, que nos fornece a distância Z a
partir do ponto X.
Pereira (1984), também afirma que a segunda condição de equilíbrio, é a de
momento estático igual a zero, e por sua vez é obtida tomando-se por exemplo, o
momento no ponto B.
42
Desta forma, tem-se:
3. = 0 (32)
Tem-se a solução da equação(32),isolando-se Z de X na equação (31) e
substituindo-se na equação (32), o que resultaria numa equação de 3º grau da
variável X.
Entretanto, optamos pelo processo mais simples, por tentativas, onde se
arbitra um valor para X, e com o valor de X na equação (31), obtêm-se Z. A partir
daí, se verifica na equação (32) se os valores de X e Z anulam o momento no ponto
B.
Caso o valor arbitrado não satisfizer o objetivo, escolhe-se outro, de maneira
a se aproximar da condição expressa na equação (32). O valor da ficha é então
obtido somando-se as alturas X e Z.
43
Figura 22: Diagrama de Esforços da cortina
(33)
3.D(34)
Onde:
(35)
(36)
(37)
Multiplica-se o valor obtido na equação 34 pelo espaçamento entre-eixos das
estacas para se obter o valor do momento em cada uma das estacas. Após a
obtenção dos esforços, procede-se o dimensionamento.
Segundo Pereira (1984), quando o tereno apresentar uma sobrecarga, esta
deverá ser considerada nos cálculos, haja visto que os esforços alteram
significativamente. Neste caso as equação 35, 36 e 37 sofrem o acréscimo deste
efeito da seguinte forma:
44
(38)
(39)
(40)
Onde:
q: sobrecarga no terreno
45
Figura 23: Perfil do terreno pelo ensaio de SPT
5.3 Dimensionamento
5.3.1Método de Cálculo
Para seções circulares, tanto para a flexão simples como para a flexo-
compressão, a solução é obtida iterativamente. Foram utilizadas as fórmulas
apresentadas por Pereira(1984), com uso de notas técnicas do Prof. Lauro Modesto
dos Santos, através de exposição da matéria sobre “Instabilidade e Projeto de
Pilares”- São Paulo- Notas de Aulas-Curso ET—03A/78 da FDTE/USP, que
mostraremos a seguir.
O momento para o qual a estaca deve ser dimensionada é dada multiplicando-se o momento máximo
da expressão 34 pelo espaçamento entre estacas.
O dimensionamento da seção pode ser feito pelas fórmulas universais, válidas para seção
qualquer, admitindo-se uma distribuição uniforme de tensões no concreto.
Os parâmetros que definem a geometria da seção estão indicados na figura 27.
47
As1 = área da armadura tracionada pelo efeito exclusivo d momento fletor.
As2 = idem para armadura comprimida.
Ac = área de concreto total da seção.
Acc = área de concreto comprimida
z = posição do centro de gravidade da seção.
zg = posição do centro de gravidade da área de concreto comprimida.
e1, e2 = distâncias dos centros de gravidade das armaduras As1, As2, ao centro de gravidade da
seção.
x = posição da linha neutra.
y = 0,8∙x = altura da área de concreto comprimida.
h = altura total da seção.
d’ = cobrimento da armadura.
d = h – d’ = altura útil da seção.
48
No caso de seção circular, tem-se:
𝑐𝑜𝑠𝜑 = 1 − 2 ⋅ 𝛽
β= (φ – sen φ∙cos φ)/π
β’= 0,5∙β – sen3 φ /3π
Os parâmetros adimensionais relativos aos esforços são:
𝜎𝑠1𝑑
𝛼1 =
𝜎𝑐𝑑
𝜎𝑠2𝑑
𝛼2 =
𝜎𝑐𝑑
𝑁
𝜈=
𝜎 ⋅𝐴
𝑀
𝜇=
𝜎 ⋅𝐴 ⋅ℎ
onde: σs1d e σs2d são as tensões nas armaduras As1 e As2, respectivamente, Nd e Md são o esforço
normal e o momento fletor de cálculo, e σcd é a tensão de compressão no concreto, dada por:
0,80
𝜎𝑐𝑑 = ⋅ 𝑓𝑐𝑘
1,4
As expressões que fornecem as duas taxas de armadura são:
𝛽𝑒2 ⋅ 𝜈 − 𝜇 − 𝛽′ + 𝛽 ⋅ 𝛿2
𝜌1 =
𝛼1 ⋅ 𝛽𝑒1 + 𝛽𝑒2
𝛽𝑒1 ⋅ 𝜈 + 𝜇 + 𝛽′ − 𝛽(1 − 𝛿)
𝜌2 =
𝛼2 ⋅ 𝛽𝑒1 + 𝛽𝑒2
No caso da flexão simples, esforço normal nulo, o dimensionamento pode-se dar na zona C
ou na zona D.
49
Na zona D o concreto resiste sozinho ao esforço de compressão e a armadura de compressão
é desnecessária. Neste caso temos como incógnita a posição da linha neutra. Como a armadura As2
é nula, a posição da L.N. é tal que:
𝜇 + 𝛽′ − 𝛽(1 − 𝛿)
=0
𝛼2 ⋅ 𝛽𝑒1 + 𝛽𝑒2
𝜇 = 𝛽(1 − 𝛿) − 𝛽′
O valor de βy é tal que o valor de μ, calculado pela expressão 50 seja igual ao μ dado, e deve
ser determinado por tentativas.
Nesta zona, a deformação na armadura de tração será sempre maior do que a deformação
correspondente ao escoamento. Logo sempre teremos:
𝑓𝑦𝑘
𝜎𝑠1𝑑 = 𝑓𝑦𝑑 =
𝛾𝑓
Na zona C a seção requer uma armadura de compressão. Nesta situação, a posição da linha neutra
deve ser imposta. Por questão econômica, adota-se para esta situação a posição da linha neutra
limite dada por:
35
βx lim= ⋅ (1 − 𝛿)
35+𝜉𝑦𝑑
51
52
53
5.3.3 Dimensionamento da armadura transversal
54
O dimensionamento ao cisalhamento deve satisfazer as condições
estabelecidas na NBR 6118 (2003):
(I)
(II)
Onde:
Vc é a força cortante resistente de cálculo do concreto;
Vsw é a força cortante resistente de cálculo do aço;
Vsd é a força cortante solicitante de cálculo, na seção;
VRd2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais
comprimidas de concreto;
VRd3 = VC + Vsw, é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração
diagonal.
𝑉 = 0,27. 𝛼𝜈 . 𝑓 . 𝑏 . 𝑑
Onde:
bw.d equivale a área efetiva de uma seção retangular, e será substituída pela
área referente ao diâmetro efetivo da armadura, definido por:
Onde:
55
Onde:
fctk,inf: valor inferior da resistência característica à tração do concreto;
fct,m: resistência média à tração do concreto;
fck: resistência característica à compressão do concreto;
fctd: resistência de cálculo à tração do concreto;
𝑉 =𝜌 , í . 0,9. 𝑏. 𝑑. 𝑓
Onde:
𝜌 , í : taxa da armadura transversal mínima, dependente das resistências do concreto e do
aço. A seguir é apresentada uma tabela com os valores da taxa mínima da armadura
transversal, em porcentagem, segundo Pinheiro (2010).
56
Figura 26: Planta baixa do muro de arrimo e da cortina dimensionados
57
Figura 27: Vista frontal de uma estaca da cortina dimensionada
59
Desconsideram-se o momento da resistência e a resistência dos grampos.Além disso, levou-
se em conta que a massa de solo dentro da zona ativa produz força atuante. A resistência ao
cisalhamento do solo no plano de ruptura e a componente te tração no grampo fornecem a
resistência.
Conforme Muni Budhu(2013), para os projetos de solo grampeado, deverão ser feitas duas
verificações:
A primeira verificação trata-se da estabilidade interna nos seguintes pontos:ruptura do
grampo à tração,arrancamento do grampo e a ruptura estrutural da conexção parede com a
cabeça do grampo.
A segunda verificação trata-se da estabilidade externa, ou seja,a segurança contra a
translação, contra a rotação, a capacidade de carga e ruptura profunda.A estabilidade
externa é obtida da mesma forma que se obtém para os muros reforçados.
Quanto à establidade interna, devemos seguir rigorosamente as orientações abaixo:
_ Arrancamento do Grampo:
O arrancamento do grampo pode ocorrer devido a fraca aderência entre o solo e a
argamassa ou entre a argamassa e o grampo.
É sabido que a aderência entre o solo e a argamassa é influênciada pela fluência do solo, e a
velocidade de fluência do solo deve ser inferior a 2mm/minuto para um período de seis a 60
minutos(escala logarítmica).
_ Cabeça do Grampo:
A resistência da cabeça do grampo depende da punção na face e nas suas conexões , da
resistência à tração do rebite da cabeça e da resistência à flexão da face.A carga mínima
admissível na cabeça do grampo é:Tnh=Ff*ka*Ɣ*Ho*Sz*Sy;
onde:
•Ff é o fator de serviço igaual a 0,5;
•Ka é o coeficiente de empuxo de terras ativo;
•Ho é a altura do muro;
•Sz é o espaçamento vertical entre os grampos;
•Sy é o espaçamento horizontal entre os gramps.
Abaixo apresentamos os detalhes de uma seção de solo grampeado(Fig.11.6).
60
Figura 31: Ações e resultantes atuantes sobre a contenção de solo grampeado
61
Figura 32: Perfil do terreno pelo ensaio de SPT
63
contenções uma vez que buscava-se um aumento dos espaços internos, mitigar os
riscos quando da escavação próximas às edificações existentes, assim como obter-
se uma economia razoável para remanejamento de recursos financeiros para
complemento da obra.
É importante registrar a existência de edificações vizinhas em uma das
laterais do terreno. Foi executada uma campanha de sondagem para
investigação geotécnica do tipo “SPT”,
pela empresa Geocret Engenharia Ltda.
A determinação dos parâmetros geotécnicos deu-se através de correlações
com o NSPT.
64
Figura 33: Perfil do terreno pelo ensaio de SPT
65
Figura 34: Planta baixa do muro de arrimo e da cortina dimensionados
66
TABELA DE CUSTOS:
-MURO DE GRAVIDADE
67
-CORTINA DE CONTENÇÃO DE SOLO GRAMPEADO
68
6 DISCUSSÃO
69
7 CONCLUSÃO
70
8 REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS
71
PEREIRA, V. F. Cortina de estacas circulares em concreto armado. Curso de
Especialização em Engenharia Civil – Universidade Estadual de Londrina. Londrina
1984. Notas de Aula.
72