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No entanto, a lavra pelo método câmaras e pilares consiste na remoção de camadas ou corpos
tabulares de minério em aberturas para as quais o teto é estável, sustentado por pilares e
eventualmente podem ser realizados trabalhos de melhoria do teto, como aparafusamento. É
um dos métodos mais frequentemente utilizados e para produções médias a grandes tem se
tomado um dos mais eficientes. A produção pode ser obtida de duas maneiras distintas: por
mineradores contínuos ou em operações cíclicas, com equipamento convencional.
1.2.Problematização
A mineração subterrânea tem sido uma prática essencial na indústria de extração de minérios
por décadas, e o método "câmaras e pilares" é uma abordagem tradicional, porém, não
otimizada. Durante a implementação desse método, é comum deixar grandes quantidades de
minério para servir como suporte para as paredes e o teto das galerias. Embora esse método
ofereça sustentação robusta, a retenção excessiva de minério tem se refletido negativamente
nos custos operacionais das empresas de mineração.
Para resolver esse desafio, várias empresas têm buscado meios de substituir os pilares naturais
por elementos artificiais. No entanto, a problemática reside na resistência desses elementos
artificiais, uma vez que a maioria das mineradoras tem enfrentado impactos negativos
significativos ao tentar realizar essa transição. Isso inclui incidentes trágicos, como a morte de
trabalhadores, danos graves aos equipamentos de mineração, perda substancial de minério e,
em casos extremos, o abandono completo de minas.
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1.2.1. Pergunta de partida
Quais métodos de sustentamento podem ser aplicados com eficácia para minimizar os
impactos negativos durante a recuperação dos pilares em minas subterrâneas que utilizam o
método de câmaras e pilares?
1.3.Justificativa
1.5.Relevância Temática:
A elaboração deste projeto de pesquisa científica é motivada por várias razões de importância
crítica:
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1.5.1. Relevância do estudo
Este projeto de pesquisa científica também é valioso para a comunidade acadêmica, uma vez
que se baseia em informações comprovadas cientificamente. O documento resultante será uma
fonte de referência confiável e ajudará a esclarecer muitos tópicos relacionados a este método
específico de mineração subterrânea
A relevância pessoal deste projeto é substancial, uma vez que visa consolidar e expandir o
conhecimento sobre o método "câmaras e pilares".
O esforço dedicado a esta pesquisa representa uma das maiores empreitadas da minha carreira,
contribuindo significativamente para o desenvolvimento de habilidades de pesquisa e aquisição
de conhecimento técnico profundo sobre técnicas de mineração subterrânea.
A sociedade como um todo se beneficiará com o desenvolvimento deste artigo. Aqueles que se
interessam em lê-lo obterão conhecimento detalhado sobre o funcionamento de uma das partes
essenciais de uma mina subterrânea. Isso pode fomentar uma compreensão mais profunda sobre
os desafios e a importância da indústria de mineração e, potencialmente, informar a tomada de
decisões relacionadas à mineração, segurança no trabalho e práticas sustentáveis.
1.6.Hipóteses
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1.7.Limitação do estudo
O presente projecto foi devido em cinco (5) capítulos, na qual o primeiro capítulo compreende
a secção introdutória, o segundo capítulo a metodologia empregue para elaboração do mesmo,
o terceiro capítulo a apresentação do quadro teórico (revisão bibliográfica), o quarto
apresentação da conclusão e quinto capítulo apresentação das referências bibliográficas
consultadas durante a elaboração do projecto.
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II. CAPÍTULO METODOLOGIA
O presente capítulo visa trazer uma descrição detalhada das técnicas que foram utilizadas
durante pesquisa, ainda neste capítulo é feita a observância das fases da pesquisa que
envolveram os métodos usados para a realização do projecto.
2.1.Quanto ao enfoque
Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa é bibliográfica, de acordo com Silva (2008),
pesquisa bibliográfica é constituída basicamente de livros, artigos e informações
disponibilizadas na internet.
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III. CAPÍTULO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Lavra por Câmaras e Pilares
A lavra por câmaras e pilares é um método de suporte natural, onde os pilares de minério são
deixados no decorrer da lavra com intuito de sustentar a escavação. Quanto maior o pilar, maior
a estabilidade da escavação e menor a recuperação de minério e quanto menor o pilar, menor a
estabilidade da escavação e maior a recuperação do minério. Encontrar um valor ótimo de
tamanho de pilar que obedeça às condições de segurança geotécnica e seja economicamente
viável é um dos pontos mais importante de uma lavra por câmaras e pilares.
Na figura 1 será ilustrada a estrutura comuns de uma lavra por câmaras e pilares como o poço
principal (main shaft), galerias que servem de acesso aos painéis (entries), equipamentos como
os shuttle cars e mineradores contínuos, poços de ventilação e pilares.
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dependem, principalmente, das características de resistência da encaixante superior (capa) e do
minério, da potência do depósito e de sua profundidade.
Este método de lavra é principalmente adotado quando o corpo de minério se encontra em uma
posição bastante próxima da horizontal. O depósito necessita ter uma espessura conveniente,
em adição ao fato de que tanto o minério quanto a massa de rocha adjacente necessitam ter
uma elevada resistência à compressão. O método é frequentemente empregado em minerais
não metálicos como carvão, calcário, sal, potássio, etc.
Muito do que observado na literatura diz respeito a minas de carvão. Para Gonzatti et al. (2014),
a quase totalidade da produção científica.
Na lavra por câmaras e pilares, tem-se buscado cada vez mais conciliar o aprofundamento das
minas com a recuperação de minério, encontrando valores ótimos de parâmetros importantes.
A busca por esses valores ótimos na mecânica das rochas pode ser feita por modelos numéricos,
modelos matemáticos, testes experimentais e simulações.
Uma das definições de otimização é o processo por meio do qual se obtém o melhor valor de
uma grandeza. No caso da lavra por câmaras e pilares, essa grandeza é o tamanho do pilar, mais
especificamente o lado do pilar no caso de seção quadrada. Um método de otimização é a
programação, que é um tipo de modelo matemático. Ela consiste em classificar uma função
objetivo, maximizando ou minimizando alguma variável a partir das suas funções de restrições.
As curvas que formam os lados desse polígono não são necessariamente retas, já que a função
de restrição pode ser uma função não linear. Nesses casos, a escolha de uma função objetivo
apropriada, onde o ponto ótimo se localizaria perto de uma base ou topo reto, facilita muito a
execução da otimização. Conforme a figura abaixo ilustra:
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• No ponto 1 é um ponto mínimo e os pontos 2 e 3 são pontos máximos. As curvas 1-2 e
1-3 são lineares enquanto a curva 2-3 é não linear, gerando um polígono onde a busca
pelo valor mínimo seria mais fácil que a busca por um valor máximo.
3.3. O Método de Câmaras e Pilares
Este tipo de método de desmonte deve ser dimensionado, tendo como base o compromisso
entre a segurança e o aproveitamento económico máximo do jazigo mineral. A segurança e a
taxa de recuperação estão directamente ligados às dimensões dos pilares que são abandonados
e das câmaras que são exploradas.
3.4.Dimensionamento de desmontes
A maioria das pedreiras de mármore e de outros tipos de rocha ornamental, com exploração
subterrânea, recorre ao método de câmaras e pilares como método de desmonte
essencialmente, devido aos seguintes pressupostos:
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3.5. Caracterização do método de câmaras e pilares
Os pilares que normalmente são deixados podem ser de secção rectangular ou quadrada. Em
muitas explorações Italianas é, no entanto, utilizada uma variante deste método de desmonte,
o método de câmaras e pilares, no qual se formam câmaras de grandes dimensões separadas
por pilares barreira, ao invés da malha regular de pilares.
• Desabamento de tetos;
• Perda de minério nos pilares;
• Altos custos;
• Dificuldades de conseguir uma boa ventilação;
• Requer alto suporte técnico e de engenharia.
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• Altos custos: Esses custos acabam sendo altos por causa dos investimentos que e usado
para cálculo das tensões dos ângulos com vista a garantir o bem-estar dos trabalhadores
e bens ao longo das atividades mineiras e por ser um método em que o minério, a
minoria e deixada para sustentação do próprio teto.
• Dificuldades de conseguir uma boa ventilação: para diluição dos contaminantes em
razão da baixa velocidade de ar nos grandes espaços abertos, esse é um dos impactos
negativos que vem colocar em risco o bem-estar dos funcionários, tendo em que conta
que o ar na mina subterrânea é ventilado, não imagino tendo sistema de difícil acesso.
• Requer alto suporte técnico e de engenharia: Este método requere mão de obra
totalmente qualificada para realizar estas atividades ou para implementação do mesmo.
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IV. CAPÍTULO CONCLUSÃO
A operação de mineração subterrânea, especialmente no método de câmaras e pilares, enfrenta
desafios consideráveis. Estes incluem questões de sustentamento do teto, como o possível
deslocamento de recursos naturais. Também há preocupações geotécnicas relacionadas à
estabilidade das estruturas subterrâneas e à segurança dos trabalhadores. Além disso, a questão
econômica desempenha um papel fundamental, já que a otimização da recuperação de pilares
pode afetar diretamente a eficiência e a lucratividade das operações.
O projeto em causa não beneficia apenas a indústria da mineração, mas também contribui para
a sustentabilidade a longo prazo, promovendo práticas mais responsáveis e conscientes em
relação ao meio ambiente e aos recursos naturais. Esperamos que os resultados deste projeto
inspirem a indústria a adotar abordagens semelhantes e a continuar a busca por soluções
inovadoras para os desafios da mineração subterrânea
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V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bieniawski, Z. T. (1989). Engineering rock mass classifications: a complete manual for
engineers and geologists in mining, civil, and petroleum engineering. Brasil
Brady, B. H. (1993). Rock Mechanics: for underground mining. Kluwer Academic Publishers.
Souza, L.A.P. et al. (1998). Geologia de engenharia: métodos de Investigação. (2a ed.). São
Paulo.
Figueiredo R.P. (2002). Dimensionamento ótimo de painéis, câmaras e pilares com
programação não-linear. Brasil.
Gonzatti et al. (2014). Estudo do efeito escala na resistência à compressão uniaxial da
camada de carvão irapuá. Corimba.
Silva, A.M. (2008). Sustentabilidade Operacional no contexto da indústria mineral.
Vilela, T.M.C. (2010). Finanças dos municípios mineiros. Aequus consultoria. Rio Janeiro
Caldwell. L. (2019). Underground Mine Pillars. Disponível: technology.infomine.com. São
Paulo.
Martínez, M.I. (2017). Modelação numérica para o dimensionamento de pilares de minas
subterrâneas. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro
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