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Brasília
2009
1
P314a Patrício, Robson Luís
Avaliação de métodos de revegetação de áreas degradadas utilizados na
mineração de níquel em Niquelândia Goiás / Robson Luís Patrício, 2009.
40 f.: il.; 30 cm
CDU 622:502.147
01/09/2009
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA
Banca Examinadora:
______________________________________________
Prof. Dr. Gustavo Macedo de Mello Baptista
Orientador
_______________________________________________
Profa. Dra. Cássia Beatriz Rodrigues Munhoz
Examinadora Externa
_______________________________________________
Prof. Dr. Perseu Fernando dos Santos
Examinador Interno
_______________________________________________
Prof. Dr. Douglas José da Silva
Examinador Suplente
Á Deus.
Aos meus familiares e
Todos que me ajudaram na realização desta conquista.
2
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................
8
1.1 – JUSTIFICATIVA .......................................................................................
9
1.2 – OBJETIVOS .............................................................................................
9
2 – REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................
10
2.1 - RECUPERAÇÃO DE ÁREA DEGRADADA .............................................
10
2.2 - ÁREAS DEGRADADAS PELA ATIVIDADE DE EXTRAÇÃO MINERAL .
13
3 – DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ........................................................
15
4 – MATERIAL E MÉTODOS ..........................................................................
19
4.1 - MEDIDAS GERAIS DE GESTÃO NO PROCESSO DE
REVEGETAÇÃO ..............................................................................................
19
4.2 - MEDIDAS QUE ANTECEDEM À REVEGETAÇÃO .................................
20
4.3 – DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS PARA
REVEGETAÇÃO ..............................................................................................
23
4.4 - UTILIZAÇÃO FOTOGRAFIAS DIGITAIS PARA AVALIAR SUCESSO
3
LISTA DE FIGURAS
4
LISTA DE QUADROS
FORMULAÇÃO DA HIDROSSEMEADURA 22
QUADRO 3 – RESULTADOS 28
5
RESUMO
6
ABSTRACT
The results of the recovery process of damaged areas depends on the method and conditions of
terrain and possible treatments in this field. This dissertation has present a methodology for
evaluating the efficiency of methods for revegetation of degraded areas in the mining of nickel.
The different types of treatments have been developed between the months of July/2004 to
January/2007 at nickel-mining area, located in the unit of Votorantim Metais in Goiás
Niquelândia. The objectives of this study are to evaluate the efficiency of methods for
revegetation of areas degraded in the mining of nickel in the areas of study and test the
practical use of waste from mining to allow the recovery of degraded areas and minimize
environmental impacts.
The areas where the treatments were performed by means of the hidrossemeadura include
sterile areas of the stack, where the material layer of organic material had been deleted (sterile)
and old deposits of waste in the process of beneficiation of nickel (reject).
We used the digital photographs and software ENVI 4.3, to evaluate success of treatment and
verify the effectiveness of the revegetation of areas impacted by mining. And the results
indicated that the success in the process of hidrossemeadura in the recovery of an ecosystem
degraded by the use of topsoil and tailings from mining that contributed to the recovery of
areas now by treatments.
7
1. INTRODUÇÃO
8
intensificação de pesquisas que contemplem, entre outras linhas, a interação dos
conhecimentos sobre a físico-química e microbiologia do solo, a fenologia, a ciclagem de
nutrientes e a auto-ecologia das espécies vegetais.
1.1. JUSTIFICATIVA
1.2. OBJETIVOS
Esta dissertação tem como objetivo principal avaliar a eficiência dos métodos de
revegetação implementados na recuperação de áreas degradadas na mineração de níquel no
município de Niquelândia, Goiás, com vistas a promover condições que permitam não só a
manutenção da vida vegetal, mas também, o crescimento e desenvolvimento das espécies
plantadas.
9
Dentro dos métodos implementados destaca-se a utilização de rejeitos da mineração
possibilitando a recuperação de áreas impactadas pela mineração.
Espera-se ainda, apresentar e estabelecer métodos alternativos de recuperação de áreas
degradadas por meio dos resultados alcançados o processo de recuperação na mineração,
resultando em fontes de recomendação de metodologias que venham melhor contribuir para
minimizar o impacto visual, resgatando elementos da paisagem, tendo como estudo de caso
Unidade da Votorantim Metais de Niquelândia em Goiás.
Analiticamente, esses objetivos podem ser desdobrados nos seguintes objetivos
específicos:
2. REVISÃO DA LITERATURA
10
recomposição, entre outros, cujos métodos estendem-se ao manejo e conservação de solos
degradados, áreas afetadas por mineração, florestas, pastagens, áreas abandonadas, recursos
hídricos e outros (LIMA, 1994).
Uma das primeiras preocupações dos estudiosos sobre o assunto foi uma questão de
ordem terminológica, onde os termos acima descritos vêm sendo usados sem muito cuidado
com a conceituação. Entretanto comenta-se que foi escolhido recuperar e restaurar como os
melhores termos para identificar e conceituar o assunto de recuperação de área degradada
(BELENSIEFER, 1998). Neste sentido serão relatadas abordagens sobre recuperação e
restauração:
Segundo Soil Conservation Society of America (SCSA) citado por Down & Stoks,
(1978), a recuperação pode ser conceituada como o processo de reconversão do recurso
perturbado à sua condição anterior ou a outro uso ou, ainda, o termo significa “o processo de
reconversão de terras perturbadas aos usos iniciais ou a outros usos produtivos”.
Box (1978), sugere a seguinte definição para recuperação: a área que sofreu degradação
permite que os organismos presentes originalmente, em número e composição, venham
novamente a ocupá-la após o processo de recuperação, aceitando se no entanto, que o sítio seja
ocupado por outros organismos próximos aos originais, mas que preencham o mesmo nicho
ecológico. Neste caso alguns ambientalistas e pesquisadores do assunto são resistentes em
aceitar que para recuperação se utilize outras espécies que não aquelas originalmente ali
estabelecidas.
O Sistema Nacional de Conservação da Natureza – SNUC, citado por Côrrea e Batista
(2004), define recuperação como a restituição de um ecossistema ou de uma população
silvestre degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição
atual e restauração como sendo a restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada o mais próximo da sua condição original.
Comentando ainda sobre recuperação, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA, 1990) o define como o retorno do sítio degradado a
uma forma de utilização de acordo com um plano pré-estabelecido para o uso do solo. Isso
implica na obtenção de uma condição estável em conformidade com os valores ambientais,
estéticos e sociais da circunvizinhança, significando também, que o sítio degradado terá
condições mínimas de estabelecer um solo e uma nova paisagem.
A restauração, por sua vez, significa o retorno da topografia original e o
restabelecimento do uso prévio do recurso. De acordo com a Soil Conservation Society of
11
America (SCSA), o termo refere-se “ao processo de restauração das condições do terreno como
era antes de ter sido perturbado”.
A restauração é definida também como o conjunto de processos utilizados para
recompor ecossistemas, tendo em vista as condições iniciais naturais, as alterações registradas
e os prognósticos resultantes do monitoramento do ambiente (SÃO PAULO ESTADO
SECRETARIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 1987).
Conforme Society of Ecological Restoration citada por Primark; Massardo (1988)
restauração ecológica se define como o processo de alteração intencional para estabelecer um
ecossistema histórico nativo. O objetivo deste processo é estimular a estrutura, função,
diversidade e dinâmica do ecossistema em questão.
Restaurar a função e a estrutura de um ambiente degradado, buscando similaridade com
as características anteriores à ação antrópica ou distúrbio ambiental causadores da degradação,
é um dos desafios que as ciências enfrentam na tentativa de mitigar os efeitos da degradação
(YOUNG, 2000).
Mais que um simples conceito, é preciso compreender a importância do processo de
restauração. Além de servir como forma alternativa às práticas conservacionistas por meio da
criação de habitats para comunidades vegetais e animais ameaçados, a restauração é uma
importante peça na pesquisa da ecologia, pois permite o teste de idéias e a avaliação de
hipóteses sobre as comunidades (JORDAN III et al., 1987). A prática da restauração
proporciona uma excelente oportunidade para avaliação do nível de conhecimento sobre o
funcionamento dos ecossistemas (HARPER, 1987).
Jackson et al. (1995) relatam definições de outras atividades relacionadas à restauração,
algumas delas utilizadas amplamente, sem grandes distinções, ou seja, a recuperação
considerada com objetivo menor do que a restauração completa, foi definida como resultante
num ecossistema estável e auto-sustentável que pode ou não incluir algumas espécies exóticas
e que inclui uma estrutura e função similares mas não idênticas às da formação original. A
reabilitação foi definida no mesmo estudo como o ato de tornar a terra útil novamente após um
distúrbio.
Ainda comenta Jackson et al. (1995) que o mais importante dentro dessas definições é
perceber que as atividades de reabilitação, recuperação e restauração formam um contínuo no
qual os resultados variam em relação ao grau de similaridade à condição existente antes da
intervenção antrópica, indo do menos para o mais similar.
12
Rodrigues (1999), Stringuetti (2001) apontam para a adoção da nomenclatura proposta
por Aronson (1995) pela clareza dos conceitos. Onde os termos utilizados para os objetivos
pretendidos pela recuperação são: restauração "senso stricto" restauração “senso lato",
reabilitação e redefinição, cada qual visando diferentes objetivos em uma recuperação
ambiental de uma área degradada. Assim, o termo recuperação por englobar todos os termos
anteriormente citados será empregado neste estudo para referir-se a intervenções que visem o
restabelecimento da vegetação em áreas degradadas.
13
atual ou potencial do mesmo (BLUM,1998). Os processos relacionados com a degradação do
solo são: erosão, compactação, acidificação, salinização, esgotamento de nutrientes, exaustão
do solo, diminuição do carbono orgânico e da biodiversidade. Tais processos podem afetar
outros componentes do meio físico, como clima, vegetação e água, caracterizando, assim, as
áreas degradadas (LAL, 1998).
Os programas de recuperação ambiental podem ser definidos como um conjunto de
ações, idealizadas e executadas interdisplinarmente entre as diferentes áreas do conhecimento,
que visa proporcionar o restabelecimento de condições de equilíbrio e sustentabilidade
existentes anteriormente em um sistema natural (DIAS; GRIFFITH, 1988). A complexidade
dos processos de degradação e de recuperação do ambiente deve-se aos inúmeros fenômenos
biológicos e físico-químicos envolvidos. Sendo assim, o trabalho interdisciplinar de
profissionais de diferentes áreas do conhecimento deve buscar o entendimento dos
mecanismos e o desenvolvimento de técnicas de recuperação de áreas degradadas
(KOBIYAMA et al., 2001).
14
3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
VM
15
As mineralizações de níquel laterítico, em questão, foram descobertas em 1929. Esses
depósitos estão localizados no Complexo Máfico-Ultramáfico de São José do Tocantins,
também denominado Complexo Máfico-Ultramáfico de Niquelândia, norte do estado de Goiás,
representada pela figura 2.
As jazidas de níquel laterítico da Votorantim estão localizadas na zona ultramáfica do
Complexo e encontram-se, de forma geral, acima de 1.050 m de altitude, orientação
aproximada N15E e se estendem ao longo de 17 km numa faixa de 2 km.
16
Segundo classificação do Departamento Nacional de Água e Energia Elétrica -
DNAEE (2005) a área em questão, encontra-se inserida na grande Bacia Hidrográfica do
Tocantins. Os Córregos Mosquito e Jacuba que nascem na Serra da Mantiqueira deságuam no
Córrego Biliágua que tem sua nascente principal nas proximidades da Cidade de Niquelândia,
e segue no sentido do Rio Maranhão, hoje Represa de Serra da Mesa.
A área onde se insere a Votorantim é dotada de uma vasta rede hidrográfica,
apresentando, devido ao relevo, rupturas de declive, vales encaixados, entre outras
características. São córregos de pequeno potencial hídrico, mas devido à grande quantidade de
tributários, estes córregos passam a apresentar maior volume d’água.
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Como já mencionado, as jazidas em lavra pela Votorantim encontram-se situadas no
complexo máfico-ultramáfico de Niquelândia, ao norte do estado de Goiás. As rochas do
complexo estão representadas na sua zona basal por gabros e noritos, intercalados por
piroxenitos. Sobrepostos às rochas da zona basal do complexo existe uma zona ultramáfica,
caracterizada por intercalações de dunitos e piroxenitos. Segue-se a essa zona uma outra zona
máfica com gabro-noritos com poucas intercalações de piroxenitos e, finalmente, a porção
superior, localmente denominada como Unidade Serra dos Borges, composta
predominantemente por gabros, leuco-troctolitos e anortositos. (VMN, 2007)
A lavra de todas as minas de minério niquelífero da Votorantim se dá a céu-aberto, por
meio de métodos convencionais de lavra em bancada. As bancadas possuem alturas de 3 m e
as bermas, ou seja, a frente do talude, com largura de 7 m. (VMN, 2007)
Esse processo se dá inicialmente com a retirada da camada vegetal, e a regularização do
terreno. A camada vegetal é então estocada para ser utilizada na reabilitação de outras áreas
degradadas. Após o processo de retirada da matéria orgânica é feita a escavação e
carregamento de minério e de estéril.
O estéril é o local onde a camada contendo matéria orgânica foi excluída e minério foi
retirado. Esse, então é encaminhado por caminhões para a pilha de disposição controlada de
estéril.
A pilha de estéril e o antigo depósito de rejeito que fazem parte do objeto de pesquisa
estão representados na figura 4.
Depósito de Rejeito
Pilha de Estéril
18
4. MATERIAL E MÉTODOS
Os tratamentos das áreas onde foram realizados os testes, detalhados a seguir, possuem
caráter orientador para as tomadas de decisões, necessárias na gestão contínua da
sustentabilidade ambiental do empreendimento em pauta. Mesclam-se, portanto, neste
trabalho, orientações e procedimentos, necessários para todos os tipos de superfícies das areas
onde passaram pelo processo de revegetação. A concepção das medidas de revegetação baseia-
se em dados diagnosticados em campo, bem como em dados colhidos em informações internas
da empresa.
As medidas de revegetação propostas nesse trabalho consistem em proporcionar um
cenário futuro de perfeita integração paisagística e ambiental com o cenário original da região,
resgatando em todas as áreas degradadas uma função ambiental adequada aos recursos
autóctones encontrados localmente.
Para garantir qualidade serão implantados recursos e metodologias eficientes,
considerando as limitações regionais de solos e clima.
19
As áreas sujeitas a revegetação, além de constarem no cadastro, conforme apresentado
no quadro 1 foram avaliadas quanto ao cenário temporal.
Os tratamentos T1 e T2 foram realizados na pilha de estéril e os tratamentos T3 e T4
correspondem aos tratamentos realizados nos antigos depósitos de rejeitos, que podem ser
visualizados na figura 4.
20
4.2.2 – Recomposição topográfica e reaplicação do solo de cobertura em áreas a serem
revegetadas
Superfície a revegetar
21
- A qualidade das sementes garantida pelo fornecedor, que deverão estar localmente
adaptadas ou aclimatadas;
- Seleção de espécies conforme indicado nesse documento;
Considerando esses pressupostos, a mistura utilizada para a aplicação do coquetel, por
meio de hidrossemeadura, nos taludes das pilhas de estéril foi utilizada de acordo com as
informações apresentadas no quadro 2..
22
4.3 – Descrição dos tratamentos utilizados para revegetação.
23
face do talude a revegetar. O material foi transportado até o local por meio de caminhões
basculantes.
Em geral, taludes altos exigem a confecção de bancadas intermediárias, denominadas
de bermas. Visando a rapidez da revegetação desses taludes, foram criados corredores verdes
sobre as bermas em forma de leiras, formadas com solo orgânico de cobertura ("topsoil"),
misturado com corretivos agrícolas. Essas leiras, longitudinais e paralelas às bordas externas
das bermas, têem formato trapezoidal, com 2 m de base e 1 m de altura. As mesmas foram
construídas por meio do despejo sucessivo de caminhões basculantes, carregados com
“topsoil”. Posteriormente foram conformadas mecanicamente com pá-carregadeira. A
superfície das leiras foi levemente compactada pela força da pá e dos pneus da máquina. Em
casos que as bermas não tinham largura para o acesso do maquinário, as leiras foram feitas
manualmente (figura 8).
Talude
Talude
Berma
FIGURA 8 - Modelo esquemático das leiras e revegetação sobre taludes terrosos com
bermas
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Em geral as superfícies na base de escavações, estradas desativadas, pátios e áreas de
empréstimo planas, encontram-se altamente compactas devido ao tráfego intenso de veículos.
Essas áreas, antes de sua revegetação, receberam um tratamento específico de descompactação.
Foi aplicada uma operação de subsolagem, (figura 9), realizada com trator de esteiras com
“ripper” acoplado. O “ripper” foi tracionado em curvas de nível, sempre que possível
operacionalmente. A ação de subsolagem consistiu em duas passagens de “ripper” a uma
profundidade de 60 cm. Essa operação foi realizada com clima seco no mês de agosto do ano
2005,
25
T04
T03
4.4 Utilização fotografias digitais para avaliar sucesso da recuperação de uma área
degradada.
Para tal utilizou-se fotografias digitais capturadas uma câmera portátil modelo: DSC-
P41 da marca SONY com uma resolução de 1 mega pixels.no formato jpeg.
As fotografias foram registradas a uma altura de 2,0 metros, perpendicular ao solo. Isso
foi possível posicionando a câmera sobre uma haste de madeira. Foram realizados 10 (dez)
registros no dia 06 de Novembro de 2008 em para cada área do objeto de estudo sorteadas ao
acaso. Os registros fotográficos foram realizados em um dia ensolarado (sem nuvens) no
período de 09 às 12hs. O mesmo fotógrafo tomou todas as 50 fotografias utilizadas para avaliar
o terreno cobertura vegetal nos diferentes tratamentos. Salienta-se que na área a qual foi
aplicado o tratamento 2, ou estéril mais topsoil, foram obtidas imagens na área plana (berma) e
na área inclinada (taludes), visando identificar os efeitos da compactação sobre o tratamento.
Por isso, quatro tratamentos e cinqüenta fotos.
26
4.4.1 Classificação digital das Fotografias
27
Depois foi calculado o somatório dos ranks (Rk) atribuídos para cada tratamento. De
posse desses valores calculou-se o valor de H pela equação 1.
(Eq. 1)
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Quadro 3 – Resultados
28
T01 T02 T03 T04
FIGURA 11 – Registros fotográficos e imagens processadas
T03
T04 T01
T02
29
Ainda os tratamentos 2 e 4, onde se utilizou topsoil, foram os que apresentaram os
melhores resultados de grau de cobertura.
Analisando os dados por meio do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, obteve-se
um valor de H calculado de 28,927 e o valor obtido de Qui-Quadrado para 4 graus de liberdade
e para um α=0,05, foi de 0,711. Portanto, rejeita-se a hipótese inicial e os tratamentos são
estatisticamente diferentes.
O somatório dos ranks obtidos no método de Kruskal-Wallis apresenta o maior valor
para o tratamento 4 (402), seguido do tratamento 2 (309), depois pelo tratamento 1 (255) e
finalmente pelo tratamento 3 (63). Isso corrobora a análise dos percentuais de cobertura, ou
seja, o somatório dos ranks evidencia os valores médios apresentados no quadro 3.
Segundo Toy et al., 2001; Parrota et al., (2001) as boas práticas envolvidas no processo
de recuperação de áreas degradadas pela atividade de mineração incluem a descompactação e
medidas de conservação de solo, a reposição da camada superficial do solo original (“topsoil”).
Medidas essas que fazem parte dos processos que antecedem os processos de revegetação.
Ainda comparando-se os tratamentos com “topsoil” e sem “topsoil”, contata-se com
que os tratamentos que se utilizou de topsoil apresentaram diferença significativa entre os
tratamentos, com efeito positivo (SENA, 2006).
30
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De posse dos resultados verifica-se que o método do uso das fotografias digitais pode
ser utilizado para analisar a eficiência nos processo de revegetação e pode ser largamente
aplicado devido a sua facilidade.
O processo de revegetação na mineração é imprescindível na busca bom resultados de
recuperação de áreas degradadas. Com os resultados de porcentagem de cobertura que medem
a e eficiência nos tratamentos demonstrados, destacam-se os resultados onde foi utilizado o
top-soil em conjunto com rejeito que pode neste objeto de estudo ser utilizado com substrato
na recuperação de áreas.
E considerando que as empresa mineradoras vêm implantando práticas que visam a
obtenção de um melhor desempenho na recuperação e manejo de áreas degradadas este método
é um ferramenta importante na avaliação de um processo de recuperação.
Finalmente, é importante considerar este método de avaliação dos processos de
revegetação com um instrumento de gestão, visando o estabelecimento de indicadores nos
processos de recuperação de áreas degradadas.
31
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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